Você está na página 1de 20

Resumo

Introdução

Suicídio significa matar a si mesmo intencionalmente, (Durkheim, 1897), este

se apresenta como um fenômeno que pode ocorrer e afetar pessoas de distintas classes

sociais, culturas, níveis de escolaridade e raças. Segundo um estudo realizado pela

Organização das nações unidas (2018), uma pessoa se suicida a cada segundo,

aproximadamente 800 mil pessoas morrem ao ano em decorrência do suicídio, sendo

inclusive esta a segunda maior causa de morte, com prevalência em idades entre 15 e 29

anos.

O comportamento suicida pode ser apresentado em três fases: a ideação

suicida, que se caracteriza no pensar, arquitetar e planejar suicidar-se; (Werlang et al.,

2005).A tentativa de suicídio, que se ilustra através das tentativas de tirar a própria vida,

(Fukumitsu, apud Shneidman, 1993) e o suicídio, que é o ato de tirar a própria vida.

Diante desses dados alarmantes é importante que se pense a necessidade de se

falar sobre suicídio. Um tema que ainda hoje pode ser visto como um tabu e em

decorrência disso é silenciado, tanto pela família como pelas autoridades responsáveis

ou profissionais da saúde, ocultando-se assim esse grave problema de saúde pública

(Botega, 2002).

Com isso percebe-se que é necessário que haja uma desmitificação do suicídio,

que apesar de se mostrar um tema polêmico e provocador de angústias, é preciso atrair a

atenção da sociedade para este assunto. Promover uma mudança de olhares saindo da

percepção assustada, amedrontada para uma visão mais acolhedora e sensível, um

cenário onde os indivíduos possam ser escutados promovendo assim, com essa mudança

de olhar a execução de programas interventivos (Barbosa, Macêdo, & Silveira, 2011).


Levando em consideração os dados anteriores, podemos citar um breve

histórico no que diz respeito aos dispositivos de ajuda, na prevenção e tratamento da

temática do suicídio. Tudo teve começo depois do lançamento das contribuições da

Organização Mundial de Saúde em 2000 sobre o suicídio, dentre muitos pontos

positivos desse lançamento, um deles foi o incentivo ao estímulo da pesquisa sobre todo

o universo de como se define, ocorre e pode ser tratado.

Partindo sobre o que foi citado logo acima, essa pesquisa estará intimamente

ligada ao processo de transmitir conhecimento sobre o que o suicídio representa e

focalizando no que a prevenção pode atuar na melhora do corpo tanto individual como

grupal. Tomando como base ainda a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1990,

ela passou a considerar o suicídio como uma problemática de saúde pública e por isso,

procurou incentivar a criação de projetos para sua prevenção.

A OMS ainda designou que esse projeto tinha que possuir estratégias de cunho

multissetoriais. Muitos países implantaram planos nacionais para colocar esse plano em

prática, no Brasil, até por volta do ano 2000, o suicídio não era visto como um problema

proveniente de saúde pública, pois existiam outras doenças mais violentas que

camuflava esse problema. Porém, no mesmo ano de 2000, houve uma crescente, no que

se diz respeito ao universo da temática, tanto em discussão, quanto em pesquisas, livros,

eventos científicos e divulgação de dados sobre os índices em volta do suicídio nas

mídias. E, como afirmado por Thompson (1999), a mídia tem registro direto com os

fatores de risco para que ocorra o comportamento suicida.

Com o desenvolvimento dos planos nacionais de políticas públicas,veio a

necessidade de ter uma melhora na qualidade do atendimento emergencial como

também no que se diz sobre a prevenção. E com a criação das diretrizes que cercam o
problema, chegamos no que se refere aos dispositivos de saúde e como que eles

interferem nessa prevenção.

Pois, nesses ambientes o serviço prestado é individualizado, mais próximo do

convívio do indivíduo que se encontra em sofrimento psíquico que irá utilizar-se do

serviço. O usuário terá um melhor acolhimento e consequentemente atendimento por

estar fsmilisrizado com o ambiente (Hecket al., 2012).

A prevenção do suicídio em jovens requer o uso de múltiplas estratégias,

como a detecção precoce do comportamento suicida e o tratamento adequado

(BAGGIO; PALAZZO; AERTS, 2009). Neste contexto, a Atenção Primária à Saúde

(APS) pode exercer um papel estratégico, devido ao seu maior vínculo com a

comunidade, na prevenção do suicídio por meio do contato precoce e continuado com as

pessoas em situação de risco. (OMS, 2000).

A Atenção Básica é,conforme o Ministério da Saúde (2013), um local

estratégico de cuidado em saúde mental,na medida em que facilita o acesso das equipes

aos usuários e vice e versa, possibilitando a construção do vínculo e da

longitudinalidade da atenção. A partir do momento que várias equipes se reúnem,

compartinhando experiências e desenvolvendo propostas, ocasionando novos arranjos

do sistema de saúde, que é chamado de matriciamento.

De acordo com Campos e Domitti (2007, pag.400), a relação entre essas

equipes constitui um novo arranjo do sistema de saúde: “[...] apoio matricial e equipe de

referência são, ao mesmo tempo, arranjos organizacionais e uma metodologia para

gestão do trabalho em saúde, objetivando ampliar as possibilidades de realizar-se clínica

ampliada e integração dialógica entre distintas especialidades e profissões”.


Diante da relevância da temática, teremos como objetivo geral avaliar as

ocorrências e as ações sobre os casos de suicídios em Parnaíba. Os objetivos específicos

terão como foco identificar a frequência de casos de suicídio em Parnaíba entre os anos

de 2016 a 2018; verificar as ações promovidas nos dispositivos de saúde para prevenção

do suicídio e mapear a frequência do suicídio nos bairros de Parnaíba, observando a

relação gênero e idade.

Podemos perceber através deste trabalho a relevância de se estudar, falar e

pesquisar sobre suicídio. Dado o exposto questiona-se qual a frequência de casos de

suicídio em Parnaíba entre os anos de 2016 a 2018 e quais são as ações promovidas nos

dispositivos de saúde para prevenção do suicídio.

Caracterização do suicídio

Durkheim (1897) caracteriza o suicídio como sendo “todo caso de morte que

resulta direta ou indiretamente de um ato positivo ou negativo praticado pela própria

vítima, ato que a vítima sabia dever produzir este resultado”. Diferenciando-se da

tentativa de suicídio, em que o ato seria interrompido antes que ocorresse a morte. O

comportamento suicida pode ser classificado em três fases, a ideação suicida, a tentativa

e o suicídio consumado.

A ideação representa um importante alerta para a consumação do suicídio

(Werlang et al., 2005). Sabendo disso, é importante destacar que o suicida apresenta

sinais de que esta planejando tirar a própria vida. Outro ponto que deve ser enfatizado é

que depois de ter atentado contra a própria vida a primeira vez, o indivíduo irá tentar

mais outras vezes, até que consiga por fim na sua vida (Borges et al., 2008; Dutra,

2002).

A ideação suicida se apresenta associada a diversos fatores subjetivos, tais

como: como desesperança, impulsividade, agressividade, percepção do corpo,


dificuldades em comunicar-se e falta de pertencimento social. Além de questões

demográficas, socioeconômicas, orientação sexual, uso de álcool e comportamento

suicida em pessoas próximas. Apresentando-se assim como um evento que envolve

diversos fatores e dimensões (Silva, 2006).

O comportamento suicida refere-se comumente as tentativas de suicídio, estas

tentativas podem ser classificadas levando-se em consideração a gravidade da

intencionalidade, que engloba o risco e letalidade. (Fukumitsu, apud Shneidman, 1993).

O comportamento suicida está arraigado de diversos estigmas, fato que poderá

levar os sujeitos a se sentirem envergonhados ou mesmo discriminados. Junto com esses

estigmas, o comportamento suicida está carregado de mitos, que muitas vezes podem

contribuir para que pessoas em sofrimento sejam negligenciadas e acabem cometendo o

suicídio.

Dentre esses mitos estão as crenças de que quando as pessoas ameaçam

suicidar-se, não terão realmente coragem de fazê-lo. Esta informação é falsa já que na

maioria dos casos de suicídio esse “aviso” é dado. Outro mito é o pensamento de que

quando se fala sobre suicídio o risco de que as pessoas cometam aumenta. Pensamento

equivocado, já que falar sobre pode ajudar aliviar a angústia que esses pensamentos

podem estar causando ao indivíduo.

Suicídio e a dificuldade de se falar sobre

O suicídio é um fenômeno que pode afetar os mais diversos indivíduos e sua

compreensão é bastante complexa, tentar entender o suicídio é um exercício de bastante

estudo, observação e analises (Barbosa, Macedo e Silveira, 2011). De acordo com dados

da organização mundial de saúde até 2020, 1.53 milhões de indivíduos terão morte em
decorrência de suicídio. O Brasil figura entre os doze países onde ocorrem mais óbitos

por suicídio (Fukumitsu, 2014).

Segundo a OMS (2018) cerca de 800 mil pessoas anualmente vão a óbito em

decorrência de suicídio por ano. É um problema real e por vezes difícil de ser tratada,

tamanha sua complexidade, talvez esse seja um dos motivos pelos quais se evita falar

sobre o assunto. Porém se este tema for abordado de maneira correta o suicídio pode ser

prevenido.

Os casos de suicídio vêm aumentando a cada dia e é um tema que deve ser

falado, podemos perceber que apesar de um numero alarmante de casos de suicídio e

este representa um fenômeno complexo de saúde pública, verificamos uma tentativa que

por vezes soa como um pacto invisível de não trazer à tona o assunto.

As mídias como um todo, seja revista, jornais, programas e etc., exercem

influência de promover discussões e foco sobre determinado assunto a qual se propõe a

dar “luz” (Vermelho et al., 2014). Sendo assim explanar sobre o suicídio, suas possíveis

causas, expor os números, trazer o tema a debate, poderá ser uma porta de entrada para

falar sobre o assunto, suicídio.

Saúde Mental e o Suicídio

Segundo a Organização Mundial da Saúde (2016) a saúde mental quando

debilitada liga-se a mudanças drásticas no meio social, estilo de vida não saudável, risco

de violência, cotidiano estressante, discriminação de todos os tipos o que inclui também

fatores de personalidade e também psicológicos. Pode-se notar que as tentativas de

suicídio e suicídio consumado e o estado mental estão intimamente ligados.

Como dito anteriormente existem alguns transtornos psíquicos relacionados as

tentativas e consumação do suicídio, nos quais podemos citar:


Esquizofrenia: O primeiro a pesquisar sobre a doença foi Kraepelin (1856

1926) que definiu como “demência precoce”, pois os sintomas iniciais surgiam no

começo da vida. Os sintomas incluíam alucinações, perturbações, esvaziamento afetivo.

No que diz respeito às tentativas de suicídio e consumação, a esquizofrenia

deve ser acompanhada por profissionais da saúde que sejam especializados em ajudar.

Um tratamento multidisciplinar é essencial, processo farmacológico preciso e

tratamento com terapeutas ocupacionais (BRASIL, 2016)

Depressão: Segundo a OMS (2016) a depressão acomete aproximadamente

300 milhões de pessoas no mundo todo, tendo classificação como leve, moderada e

grave. As consequências da depressão é fazer com que a pessoa tenha dificuldade no

convívio social com familiares, amigos, dia-a-dia escolar e no trabalho.

Pode ocorrer que alguns desfechos da depressão pode ser o suicídio. Ainda de

acordo com a OMS aproximadamente 800.000 pessoas morrem por suicídio

anualmente, sendo assim a segunda causa principal da morte entre jovens de 15 a 29

anos.

É cabível aos profissionais da saúde atender a população com todo cuidado e

atenção necessária, contribuindo para um tratamento eficaz para fim de reduzir a

possibilidade de um ato suicida.

Transtorno do pânico e ansiedade: O transtorno do pânico se encontra entre

os problemas mais frequentes encontrados na área dos transtornos de ansiedade. De

acordo com Kapczinski; Quevedo; Izquierdo (2000), o transtorno de ansiedade

generalizado por uma preocupação em excessividade que acontece na maioria dos casos

o quadro durar mais de seis meses sem um autocontrole fácil do indivíduo.

Segundo Graeff e Brandão (1999) o transtorno do pânico se caracteriza por ter

ocorrências em repetidas vezes desses ataques. Nos quais os sintomas são: súbitos de
terror, acompanhado de manifestações intensas de: tonturas, palpitação, tremores e

dispneia entre outros.

Álcool e drogas: A utilização de álcool e drogasque antes era preocupante a

dependência de apenas adultos e idosos, agora acomete cada vez a população jovem. A

falta de fiscalização aumenta a probabilidade da venda de álcool e cigarro para menores,

o que deveria se destinar apenas para maiores de dezoito anos.

A questão da dependência dos jovens também envolve questões sociais como

violência doméstica, comportamento sexual de risco, gravidez indesejada. E também

aumenta a impulsividade do indivíduo o que eleva o risco de tentativa e consumação do

suicídio (BRAGA, 2011).

A solução possível para a quebra total ou redução do consumo de álcool e

demais drogas seria um foco pesado na realização de programas em escolas e

dispositivos de saúde. Isso tudo com fim de instruir a população do que o uso abusivo

de álcool e drogas faz com o indivíduo e com sua saúde mental.

Suicídio nas mídias sociais

De todos os casos de saúde pública, o suicídio é certamente um assunto que

merece muito a atenção da mídia em virtude dos desdobramentos e da complexidade

que estão envoltos neste processo. Esse entendimento ocorre nos veículos de

comunicação através de notícias sobre suicídio que são veiculadas e que chamam

bastante a atenção.

De acordo com Bock (2001) O suicídio está presente quando as condições de

vida social são pouco propícias ao desenvolvimento e realização pessoal e levam o

indivíduo a mecanismos de autodestruição e esse risco é muito maior na adolescência.

Por outro lado, Papalia (2008) também ressalta que o suicídio na adolescência é reflexo
de pressões culturais bem como da inexperiência e da imaturidade desses jovens, que

costumam correr riscos e a agir com imprudência.

Assim, a mídia desempenha um papel significativo na sociedade atual, ao

proporcionar uma ampla gama de informações a respeito deste problema, através dos

mais variados recursos haja vista que influencia fortemente as atitudes, crenças e

comportamentos das pessoas e ocupa um lugar central na vida das pessoas. Quando nos

referimos às mídias, destacamos as chamadas “redes sociais digitais”, assim definidas

como um tipo de mídia mais específica de comunicação em massa, em que há uma

constante troca de informações advindas de uma emergência cultural mundial

(Vermelho et al., 2014).

O suicídio é um problema de saúde pública que tem grande influência

nas mídias. Dessa forma, em conformidade com o Estatuto da Criança e do Adolescente

(1990) um dos direitos fundamentais da do adolescente de acordo com o artigo 17º é “o

direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da

criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da

autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais”.

De acordo com Oliveira & Silva (2015), a Internet tem influência direta em

casos de suicídio, a partir da sugestionabilidade, indução e instigação, fazendo isso

através de fóruns de pesquisa e redes sociais, fornecendo todas as dicas de como

cometer um suicídio.

A atual geração nasceu com acesso à tecnologia, e o contato com as mídias

sociais é inevitável. Existe uma busca de aceitação, de afeto, e isto, muitos têm acesso

no mundo virtual. Desse modo as mídias de hoje oferecem aos jovens uma voz que

pode ser transmitida e ouvida, bem como um ambiente que conduz à disseminação viral

de ideias e à organização de movimentos em torno de uma causa comum (Rich, 2013).


Quando uma causa comum é relevante socialmente, contribui para o seu

desenvolvimento e é uma vertente construtiva e poderosa do poder das redes sociais. O

problema é que muitas vezes o objetivo é potencializar e estimular o comportamento

autodestrutivo em um público vulnerável, como adolescente.

De acordo com Papaglia (2006, pág. 744) “adolescentes suicidas tendem a ter

má opinião sobre si mesmos, a se sentirem impotentes e a terem fraco controle de

impulsos e baixa tolerância à frustração e ao estresse”. Esses jovens costumam estar

alienados de seus pais e não ter ninguém de fora da família para recorrer, ficando assim

em um estado de vulnerabilidade.

O cenário da sociedade atual apresenta famílias afastadas e as relações são

rasas, abrindo espaço para novas formas de relacionamentos, porém virtuais, o que

certamente vai na contramão da nossa constituição. De acordo com o artigo 227 da

Constituição Federal (1988):

“é dever da família (...) assegurar ao adolescente e ao jovem, com absoluta


prioridade, o direito à vida (...) à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma
de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.
(pág.132)

O suicídio é um assunto muito complexo, a publicação de atos suicidas coloca

em questão o direito fundamental do cidadão à informação e os problemas que podem

provocar em algumas pessoas. O cuidado em relação à veiculação de suicídio de forma

inapropriada pode ser impressionante e podendo até estimular pessoas em risco em uma

condição de imitação.

Sobre o risco da imitação do comportamento autodestrutivo, o guia da

Organização Mundial de Saúde dá um importante alerta. OMS (2000, p.5) afirma que

“um dos muitos fatores que podem levar um indivíduo vulnerável ao suicídio pode ser a
publicidade sobre suicídios nos mídia. A forma como a mídia apresenta as notícias de

casos de suicídio podem influenciar outros suicídios”.

Outro detalhe que também é muito relevante é o anonimato. Neste ponto de

vista (Mirashara&Weisstub (2007) concordam que o anonimato na internet impede a

possibilidade de verificar a autenticidade das informações de um site, por isso encontra-

se sites que encorajam o suicídio com publicação de textos ou de informações sobre

métodos com detalhes específicos. Dessa forma, podemos deduzir que os responsáveis

por esses sites são pessoas despreparadas e sem qualquer orientação que publicam de

maneira errada e estimam o suicídio em pessoas vulneráveis.

Assim, constata-se que a internet é apenas mais um caminho ou rota

potencializadora para o suicídio. Apesar de também ser um fator agravante, a internet

pode ser usada como uma ferramenta para o auxílio e prevenção sobre o suicídio já que

possibilita a entrada em contato com plataformas de ajuda e acolhimento. Segundo

Hobsbawn (1995), a novidade dessa transformação está tanto em sua extraordinária

rapidez, quanto em sua universalidade.

Portanto, o fenômeno do suicídio demanda a necessidade de um olhar

cuidadoso para a intervenção em crise contextualizada por multifatores de atenção. Um

dos fatores na intervenção em crise seria o suporte de uma rede significativa, para que,

no momento da intervenção, esta rede possa significar espaços também na atenção.

Suicídio e população

Um estudo publicado pela Organização Mundial da Saúde (2018) diz que cerca

de 800 mil pessoas tiram a própria vida ao ano, sendo esta a segunda maior causa de

mortes entre pessoas de 15 a 29 anos e países de média e baixa renda abarcam

aproximadamente 80% dos casos.


O Brasil está entre os paises subdesenvolvidos e segundo pesquisas realizadas

pelo ministério da saúde divulgadas em 2018 foram registrados no Sistema de

Informações sobre Mortalidade (SIM) em 2016, cerca de 11.433 mortes.Uma alta

prevalência na taxa de suicídio entre idosos com mais de 70 anos também foi citada no

boletim do Ministério da saúde, nessa coorte foram registrados cerca de 8,9 mortes por

100 mil nos últimos seis anos ultrapassando a média nacional de 5,5 por 100 mil.

Na região nordeste do nosso país os índices epidemiológicos de suicídio de

acordo com artigo publicado em 2015 por alunas da universidade federal da Bahia

(UFBA) no ano de 2000 era de 3,0% taxa de mortalidade por suicídio em 2012 teve

uma percentual de mudança de 72,4% passando para 5,2 gerada por um aumento nos

casos na população do sexo masculino.

Dentro da região nordeste o estado que tem o índice de suicídios mais elevado

é o Piauí de acordo com pesquisas publicadas pelo ministério da saúde, atingindo 10

para 100 mil habitantes no ao de 2016 passando em 4,2 pontos a taxa de mortalidade

nacional, ainda nos diz que no período entre 2007 e 2016 o aumento de casos no Piauí

com indivíduos do sexo masculino foi de 48,8% e que há uma redução do risco em 14%

quando se tem CAPS a disposição do município.

A cidade de Parnaíba, que teve população estimada no ano de 2017 em

150.547 pessoas, apresenta, conforme os últimos cinco anos, a média de 10,4 suicídios

por ano, segundo dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Em 2013

foram 08 suicídios registrados; em 2014 foram 13 casos; em 2015 foram 11 suicídios;

no ano de 2016 foram registrados 13 casos; no ano passado (2017)foram 07 suicídios.

Em 2006 o ministério da saúde lançou a Portaria nº 1.876, de 14 de agosto de

2006 instituindo Diretrizes Nacionais para Prevenção do Suicídio, a ser implantadas

em todas as unidades federadas, respeitadas as competências das três esferas de


gestão, lançou o Manual dirigido a profissionais das equipes de saúde mental, em

2011 constituíram a rede de atenção psicossocial pela Portaria nº 3088/2011.

No ano de 2014 em 06 de junho definiram a Lista Nacional de Notificação

Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde

públicos e privados em todo o território nacional, torna as tentativas de suicídio e o

suicídio agravos de notificação compulsória imediata em todo o território nacional

através da Portaria nº 1271; estabeleceu em 2015 parceria com o centro de valorização

da vida.

Em 2017 as portarias nº 3.479Nº 3.491instituíram o Comitê Gestor para

elaboração de um Plano Nacional de Prevenção do Suicídio e instituiu o incentivo

financeiro de custeio para desenvolvimento de projetos de promoção da saúde,

vigilância e atenção integral à saúde direcionados para prevenção do suicídio no

âmbito da Rede de Atenção Psicossocial do Sistema Único de Saúde (SUS).

Selecionando os estados com as maiores taxas de mortalidade por suicídio para serem

pleiteados, ainda em 2017 laçou o boletim epidemiológico e a agenda de ações

estratégicas para a vigilância e prevenção do suicídio e promoção da saúde no Brasil.

Existem dispositivos públicos que estão diretamente ligados ao processo de

prevenção e luto as pessoas que passam por situações de suicídio, um deles é o Núcleo

de Estudo e Prevenção do Suicídio (Neps), uma instituição pública que faz parte do

Centro de Informações Antiveneno (Ciave), ligado à Secretaria de Saúde do Estado da

Bahia; assim como diz a carta de Ottawa, novembro de 1986 onde a Promoção da saúde

foi o nome dado ao processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria de

sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste

processo.
Para atingir um estado de completo bem-estar físico, mental e social os

indivíduos e grupos devem saber identificar aspirações, satisfazer necessidades e

modificar favoravelmente o meio ambiente. O Neps de acordo com Soraya Carvalho

promove ações de prevenção a pacientes com risco de suicídio, o dispositivo

disponibiliza acompanhamentos psicológicos e psiquiátricos, terapias ocupacionais,

com a família e leva a população através de reuniões informações relevantes sobre o

suicídio, a equipe é capacitada através de cursos a fim de que haja a instrumentalização

dos funcionários para reconhecerem os sinais e sintomas que indiquem o risco de

suicídio.

No Distrito Sanitário Especial Indígena de Mato Grosso do Sul (DSEI/MS) as

manobras para o auxilio para adaptação e compreensão ao processo de luto seguem o

modelo proposto por Cleiren e Diekstra (1995) que permite entender os mecanismos do

impacto do suicídio, aos sobreviventes. A magnitude da perda tem uma intensidade que

está relacionada segundo a intimidade. E dividem as manifestações deles após o luto em

sete categorias estado de choque, alivio, catarse, depressão, culpa, preocupaçãocom a

perda e raiva.

Método

O presente trabalho será realizado tendo foco nos dispositivos de saúde da

cidade de Parnaíba-PI, limitando-se às UBS que tem foco direto nos bairros e nosCras.

De acordo com o Ministério da Saúde (2006) as Unidades Básicas de Saúde (UBS) são

estabelecimentos ambulatoriais para o trabalho das equipes de saúde, são dispositivos

que tem como função acolher às demandas espontâneas, dando respostas às


necessidades de saúde da população de sua área de abrangência e garantindo a

continuidade dos cuidados na comunidade.

Levando-se em conta as Orientações Técnicas CRAS (2009) o Centro de

Referência de Assistência Social (CRAS) é uma unidade pública estatal descentralizada

da política de assistência social, responsável pela organização e oferta de serviços da

proteção social básica do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) nas áreas de

vulnerabilidade e risco social dos municípios e DF.

Dessa forma, neste trabalho considera-se que são necessáriostanto o

entrelaçamento entre os diversos profissionais de saúde como o enfoque interdisciplinar

entre essas equipes. É fundamental a compreensão de que o principal objeto de ação da

política de assistência social são as vulnerabilidades e riscos sociais.

Partindo do pressuposto colocado acima, as Orientações Técnicas CRAS (2009

pág.64) afirmam que“as respostas diversificadas são alcançadas por meio de ações

contextualizadas para as quais ascontribuições são construídas coletivamente e não

apenas por intermédio do envolvimento individualizado de técnicos com diferentes

formações”. Isto envolve um novo modo de produzir saúde, é um trabalho em equipe

que denominamos de Matriciamento.

Conforme o Guia Prático de Matriciamento em Saúde Mental (2011 pág.13)

“Matriciamento ou Apoio matricial é um novo modo de produzir saúde emque duas ou

mais equipes, num processo de construção compartilhada,criam uma proposta de

intervenção pedagógico-terapêutica”. Assim, o objetivo do Matriciamento é que duas

equipes interajam,traçando juntas um projetoterapêutico, num apoio que gerará novas

possibilidades, além de reuniremseus conhecimentos sobre aquele indivíduo, que por

sua vez vão servir para revelar seus conhecimentos sobre os hábitos do indivíduo, sua

família,sua comunidade, sua rede de apoio social e pessoal.


Primeiro investigaremos para logo depois comparar o que a literatura aponta

com o que está acontecendo na realidade nas unidades básicas de saúde (UBS) e dos

centros de referências de assistência social (CRAS). Participarão da presente pesquisa,

profissionais que estejam envolvidos na execução de atividades sobre prevenção do

suicídio que possivelmente estejam sendo realizadas nas UBS e nos CRAS.

Utilizaremos alguns instrumentos que darão embasamento e condições para

que nosso trabalho seja desenvolvido, como por exemplo, nos utilizaremos como

recursos entrevistas semiestruturadas e abertas, estas por sua vez elaboradas a partir do

que a literatura aponta sobre a temática suicídio. A entrevista semi-estruturada, para

Triviños (1987) tem como característica questionamentos básicos que são apoiados em

teorias e hipóteses que se relacionam ao tema da pesquisa.

Manzini (1990) define que o foco da entrevista semi-estruturada está em um

assunto sobre o qual confeccionamos um roteiro com perguntas principais,

complementadas por outras questões inerentes às circunstâncias momentâneas à

entrevista. Também é relevante saber que, na pesquisa aberta o pesquisador organizou

um conjunto de questões sobre o tema que está sendo estudado, mas permitiu que o

entrevistado falasse livremente sobre o assunto. (Gerhardt & Silveira, 2009).

O presente trabalho será submetido ao comitê de ética e somente depois será

aplicado. A coleta de dados contará com levantamento de documentos em hospitais e

necrotério, além de pesquisas bibliográficas em sites e revistas cientificas. Nos

utilizaremos também da pesquisa de campo.

Segundo Fonseca (2002) pesquisa de campo caracteriza-se pelas investigações

em que, além da pesquisabibliográfica e documental, se realiza coleta de dados junto a

pessoas, com o recurso de diferentes tipos de pesquisa. Através deste modelo de


pesquisa, serão feitas visitas aos dispositivos de saúde, será verificado se existem

projetos e/ou atividades que abarquem a temática da prevenção do suicídio.

A análise dos dados será feita com a utilização de porcentagem e proporção,

conforme diz Aurélio (2004), porcentagem é a parte calculada sobre uma quantidade,

enquanto que proporção é a parte de um todo, em comparação com esse todo.

Utilizaremos tambémestatística discriminativa, que de acordo com Field(2009 pág.642)

“esta análise identifica e descreve a função discriminante de um conjunto de variáveis e

é utilizada para dar seguimento a um teste”.

Referências

Baggio, L.; Palazzo, L. S.&Aerts, D. R. G. C. Planejamento suicida entre adolescentes


escolares: prevalência e fatores associados. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.
25, n. 1, p. 142-150, jan. 2009.

Barbosa, Fabiana de Oliveira, Macedo, Paula Costa Mosca, & Silveira, Rosa Maria
Carvalho da. (2011). Depressão e o suícido. Revista da SBPH, 14(1), 233-243.
Recuperado em 20 de novembro de 2018, de
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
08582011000100013&lng=pt&tlng=pt.

Berenchtein, N. Suicídio: uma questão de saúde pública e um desafio para a psicologia


clínica. In: CFP – CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. O suicídio e os
desafios para a psicologia. Brasília, DF, 2013. p. 13-24.

Bock, A. M. B. & Furtado, O. , & Teixeira, M. L. T. (2001) Psicologias. Uma


introdução ao estudo da Psicologia. São Paulo: Saraiva.

Borges, V.R.: Werlang, B.S.G.: Copatti, M. 2008. Ideação suicida em adolescentes de


13 a 17 anos. Barbarói, 11(1):109-123.

Botega NJ. 2002. Prática Psiquiátrica no Hospital Geral: interconsulta e emergência.


Porto Alegre: Artmed.

Braga LL, Dell'Aglio DD. Suicídio na adolescência: fatores de risco, depressão e


gênero. Contextos Clínicos. 2013;6(1):2-14.
Brasil. Constituição (1988). Constituição: República Federativa do Brasil. Brasília:
Senado Federal.

Brasil. Estatuto da criança e do adolescente (1990). Diário Oficial da União. Lei nº


8.069, de 13 de Julho de 1990. Brasília, DF

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. (2006). Departamento de


Atenção Básica. Manual de estrutura física das unidades básicas de saúde: saúde da
família / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de
Atenção Básica Brasília : Ministério da Saúde.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. (2013). Departamento de


Atenção Básica. Saúde Mental. Brasília: Ministério da Saúde.

Campos, G. W. de S.; Domitti, A. C. Apoio matricial e equipe de referência: uma


metodologia para gestão do trabalho interdisciplinar em saúde. Caderno de Saúde
Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 399-407, 2007.

CARTA DE OTTAWA PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE. (1986). Recuperado em


23 de julho de 2013, de: http://www.paho.org/spanish/HPP/OttawaCharterSp.pdf.

Conte, Marta, Meneghel, Stela Nazareth, Trindade, Aline Gewehr, Ceccon, Roger
Flores, Hesler, Lilian Zielke, Cruz, Claudia Weyne, Soares, Regina, Pereira,
Sanderlei, & Jesus, Irani. (2012). Programa de Prevenção ao Suicídio: estudo de
caso em um município do sul do Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 17(8), 2017-
2026. https://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232012000800013

Durkheim E. O suicídio: um estudo sociológico. Rio de Janeiro(RJ): Zahar Editores;


1897.

Dutra, E. 2002. Comportamentos autodestrutivos em crianças e adolescentes:


Orientações que podem ajudar a identificar e prevenir. In: C.S. HUTZ (Ed.),
Situações de risco e vulnerabilidade na infância e adolescência: Aspectos teóricos
e estratégias de intervenção. Porto Alegre, Casa do Psicólogo, p. 53-87.

Field, A. (2009). Descobrindo a estatística usando SPSS. 2ª Ed. Porto Alegre: Artmed.

Fonseca, J. J. S. (2002). Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC.

Fukumitsu, K. O. (2014). O psicoterapeuta diante do comportamento suicida. Psicologia


USP, 25(3), 270-275. https://dx.doi.org/10.1590/0103-6564D20140001

Gerhardt, T. E. E; Silveira, D. T. (2009). Métodos de pesquisa; Coordenado pela


Universidade Aberta do Brasil – UAB/UFRGS e pelo Curso de Graduação
Tecnológica – Planejamento e Gestão para o Desenvolvimento Ruralda
SEAD/UFRGS. – Porto Alegre: Editora da UFRGS.

Guia prático de matriciamento em saúde mental. (2011). Dulce Helena Chiaverini


(Organizadora) [et al.]. [Brasília, DF]: Ministério da Saúde: Centro de Estudo e
Pesquisa em Saúde Coletiva.
Hobsbawm, E. (1995) Era dos extremos – o breve século XX: 1914-1991. São Paulo:
Companhia das Letras.

Manzini, E. J. (1990). A entrevista na pesquisa social. Didática, São Paulo, v. 26/27, p.


149-158.

Müller, Sonia de Alcântara, Pereira, Gerson, &Zanon, Regina Basso. (2017). Estratégias
de prevenção e pósvenção do suicídio: Estudo com profissionais de um Centro de
Atenção Psicossocial. Revista de Psicologia da IMED, 9(2), 6-23.
https://dx.doi.org/10.18256/2175-5027.2017.v9i2.1686

Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. (2004). 3ª. edição, 1ª. impressão da
Editora Positivo, revista e atualizada

Oliveira, D. B.; & Silva, R. G. S. C. (2015) O viés digital do suicídio: instigação,


induzimento e auxílio ao suicídio em ambientes virtuais. Direito penal e
constituição; Florianópolis: CONPEDI.

Organização Mundial de Saúde (2000). Prevenção do suicídio: um manual para


profissionais da saúde em atenção primária [Internet]. Genebra. Disponível em:
<http://www.who.int/mental_health/prevention/suicide/
en/suicideprev_phc_port.pdf>. Acesso em: 22 Nov. 2018.

Orientações Técnicas: Centro de Referência de Assistência Social – CRAS. (2009).


Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. – 1. ed. – Brasília:
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Papalia, D. E. (2006), & Feldman, R. D. Desenvolvimento Humano. 8ª ed. Porto


Alegre: AMGH.

Pereira, Camila Corrêa Matias, &Botti, NadjaCristianneLappann. (2017). O suicídio na


comunicação das redes sociais virtuais: Revisão integrativa da literatura. Revista
Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental, (17), 17-24.
https://dx.doi.org/10.19131/rpesm.0179

Rich, Michael. (2013) As mídias e seus efeitos na saúde e no desenvolvimento de


crianças e adolescentes: reestruturando a questão da era digital. In: ABREU,
Cristiano Nabuco; EISENSTEIN, Evelyn; ESTEFENON, Susana Graciela Bruno
(orgs.). Vivendo esse mundo digital: impactos na saúde na educação e nos
comportamentos sociais. Porto Alegre: Artmed.

Silva, V. F. da. (2006) IDEAÇÃO SUICIDA: Um estudo de caso-controle na


comunidade. Dissertação de mestrado. Universidade Estadual de Campinas.
Campinas, SP. Brasil.

Triviños, A. N. S. (1987). Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa


qualitativa em educação. São Paulo: Atlas.
http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/setembro/21/17-0522-cartilha---

Agenda-Estrategica-publicada.pdf

http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/setembro/21/2017-025-Perfil-

epidemiologico-das-tentativas-e-obitos-por-suicidio-no-Brasil-e-a-rede-de-aten--ao-a-

sa--de.pdf

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt3491_22_12_2017.html

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt3479_22_12_2017.html

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2014/prt1271_06_06_2014.html

vsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/prt1876_14_08_2006.html

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt3088_23_12_2011_comp.html

https://nacoesunidas.org/oms-quase-800-mil-pessoas-se-suicidam-por-ano/

http://portalms.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/44404-novos-dados-reforcam-a-

importancia-da-prevencao-do-suicidio

Suicídio no Brasil, de 2000 a 2012, Borges Machado Daiane , Neves dos Santos Darci

https://nacoesunidas.org/oms-quase-800-mil-pessoas-se-suicidam-por-ano acesso em

30/02/2018.

Acesso em 25 de Novembro de 2018 em:


https://www.phbemnota.com/2018/03/suicidio-em-parnaiba-chega-media-acima.html

Você também pode gostar