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a. Noções gerais sobre estrutura e classificação dos ossos, articulações e músculos ............................ 11
a. Tarefas que, sob orientação de um profissional de saúde, tem de executar sob sua supervisão
directa .......................................................................................................................................................... 24
b. Tarefas que, sob orientação e supervisão de um profissional de saúde, pode executar sozinho/a... 24
BIBLIOGRAFIA.................................................................................................................................................. 24
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DESENVOLVIMENTO
Célula
A célula é a unidade estrutural e funcional comum a todos os seres vivos, sendo que estes
podem ser constituídos por uma ou mais células.
São elas que realizam todas as funções fundamentais dos seres vivos, como por exemplo,
reprodução, crescimento, alimentação, movimentação, reacção a estímulos externos e respiração
(consumo do oxigénio com produção de dióxido de carbono). Sendo assim, a célula é a menor
parte de um ser vivo capaz de desenvolver-se e reproduzir, ou seja, a menor parte de um ser vivo
onde reconhecemos as propriedades básicas da vida.
Tecido
o Tecidos epiteliais;
o Tecidos conjuntivos;
o Tecidos musculares;
o Tecido nervoso;
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Aparelho ou sistema
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2. NOÇÕES SOBRE O SISTEMA IMUNITÁRIO
a. Barreiras naturais
Existe uma série de barreiras protectoras no corpo humano que servem para impedir ou
dificultar a entrada dos microorganismos patogénicos no mesmo. No entanto, se algum deles
conseguir vencer essas barreiras, deparar-se-á com vários mecanismos de defesa desencadeados
pelo sistema imunitário, com o objectivo de destruí-los ou desactivá-los.
Em primeiro lugar, a própria pele que reveste todo o corpo constitui uma barreira
inultrapassável para muitos agentes infecciosos. Para além disso, como se encontra revestida por
uma camada Lipídica ligeiramente ácida, proveniente das secreções das glândulas cutâneas, com
propriedades anti-sépticas, cria um meio desfavorável para o desenvolvimento de inúmeros
microorganismos na superfície do corpo. Embora exista uma flora cutânea permanente, esta
encontra-se formada por microorganismos saprófitas, ou seja, que vivem às custas do organismo,
mas não o danificam. Por outro lado, como a sua presença dificulta o desenvolvimento de
microorganismos patogénicos, ou seja, prejudiciais, podem ser considerados benéficos.
Para além de ser constituído por substâncias antimicrobianas, este muco é constantemente
arrastado em direcção ao exterior pelo movimento de reduzidos cílios das células que revestem a
superfície das vias respiratórias.
Os microorganismos que penetram pela via digestiva também têm que enfrentar várias
barreiras protectoras. O primeiro obstáculo corresponde à acidez do suco gástrico, que é capar de
destruir inúmeros tipos de microorganismos que chegam ao estômago. As secreções de outras
partes do tubo digestivo criam igualmente um meio hostil para muitos microorganismos. Por
último, existe a flora bacteriana intestinal, composta por microorganismos saprófitas inofensivos,
que travam a proliferação de outros considerados perigosos.
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b. Fisiologia celular e humoral
Quando um antigénio entra num organismo e chega a um órgão linfóide, vai estimular os
linfócitos B que possuem na membrana receptores específicos para esse antigénio. Como
resposta, os linfócitos B dividem-se e formam células que sofrem diferenciação, originando
plasmócitos e células – memória. Os plasmócitos têm um retículo endoplasmático desenvolvido e
produzem anticorpos específicos para cada antigénio. Os anticorpos são posteriormente lançados
no sangue ou na linfa e vão circular até ao local de infecção (fig.10).
c. Imunidade natural
Os mecanismos de defesa não específica que impedem a entrada dos agentes patogénicos
são as barreiras anatómicas (pele, mucosas e pêlos das narinas), as secreções (produzidas pelas
glândulas sebáceas, sudoríparas, salivares e lacrimais) e as enzimas (existentes no suco
gástrico).Os mecanismos de defesa não específica que actuam sobre os agentes patogénicos que
conseguiram transpor as barreiras externas são a reacção inflamatória, a fagocitose, o interferão e
o sistema complemento.
Reação inflamatória
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No tecido lesionado, alguns tipos de células como os mastócitos e os basófilos produzem
histaminas e outras substâncias. Estes sinalizadores químicos, para além de funcionarem como
atracção de neutrófilos e outros leucócitos para a área danificada - quimiotaxia, provocam a
dilatação dos vasos sanguíneos e o aumento da permeabilidade dos mesmos.
Como consequência, vai aumentar o fluxo sanguíneo, responsável pelo calor e rubor local,
e a quantidade de fluido intersticial, originando um edema. A dor, normalmente associada, é
devida à distensão dos tecidos e à acção de várias substâncias nas terminações nervosas.
Cerca de meia hora a uma hora após o início da reacção inflamatória, os neutrófilos e os
monócitos começam a atravessar as paredes dos capilares – diapedese e a passar para os tecidos
infectados. Os monócitos transformam-se então em macrófagos.
Fagocitose
Os macrófagos que já existiam nos tecidos que foram invadidos multiplicam-se e tornam-se
móveis. Estas células, os macrófagos resultantes da diferenciação dos monócitos e os já existentes
nos tecidos que são infectados, fagocitam os corpos estranhos e destroem-nos em vacúolos
digestivos por acção de enzimas hidrolíticas – fagocitose.
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Interferão
Os interferões são proteínas produzidas por certas células quando atacadas por vírus ou
por parasitas intracelulares. Estas proteínas não apresentam especificidade pois podem inibir a
replicação de diversos vírus.
Sistema complemento
d. Imunidade Adquirida
A imunidade específica refere-se então à protecção que existe num organismo hospedeiro
quando este sofreu previamente exposição a determinados agentes patogénicos e pode ser
mediada por anticorpos (imunidade humoral) ou mediada por células (imunidade celular).
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Imunidade mediada por células
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3. SISTEMAS OSTEOARTICULAR E MUSCULAR
Ossos
O osso é formado por vários tecidos diferentes: tecido ósseo, cartilaginoso, conjuntivo
denso, epitelial, adiposo, nervoso e vários tecidos formadores de sangue.
Por outro lado, como falado anteriormente, existem umas partes do esqueleto
denominadas de cartilagem que têm uma forma elástica de tecido conectivo semi-rígido que
forma partes do esqueleto onde há movimento. A cartilagem não possui suprimento sanguíneo
próprio e obtêm oxigénio e nutrientes através de difusão.
Ossos longos: Tem o comprimento maior que a largura e são constituídos por um
corpo e duas extremidades. Eles são um pouco encurvados, o que lhes garante
maior resistência. O osso um pouco encurvado absorve o stress mecânico do peso
do corpo em vários pontos. Os ossos longos têm as diáfises formadas por tecido
ósseo compacto e apresentam grande quantidade de tecido ósseo esponjoso nas
epífises. Exemplo: Fémur.
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Ossos curtos: são semelhantes a um cubo, tendo o comprimento praticamente
iguais às suas larguras. Eles são compostos por osso esponjoso, excepto na
superfície, onde há uma fina camada de ósseo compacto. Exemplo: osso do carpo
Ossos laminares: São ossos finos e compostos por duas lâminas paralelas de tecido
ósseo compacto, com uma camada de osso esponjoso entre elas. Os ossos planos
garantem proteção e geram grandes áreas para inserção de músculos. Exemplo:
osso parietal e frontal.
Ossos alongados: são ossos longos, porém achatados e não apresentam canal
central. Exemplo: costelas.
Ossos pneumáticos: são ossos ocos, com cavidades cheias de ar e revestidos por
mucosa, apresentando um pequeno peso em relação ao seu volume.
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o Estrutura dos ossos longos:
Músculos
Os músculos são estruturas individualizadas que cruzam uma ou mais articulações e pela
sua contração são capazes de transmitir-lhe movimento. O movimento é efectuado por fibras, as
fibras musculares, controladas pelo sistema nervoso. Um músculo vivo apresenta cor vermelha e
representam cerca de 40-50% do peso corporal.
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Quanto à situação
Quanto à forma
o Largos: caracterizam-se por serem laminares. São encontrados nas paredes das
grandes cavidades.
Quanto à função
o Fixadores: estabilizam a origem do agonista de modo a que ele possa agir mais
eficazmente.
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Quanto à estrutura os músculos classificam-se da seguinte forma:
Músculos estriados esqueléticos: contraem-se por nossa vontade, isto é, são voluntários.
O tecido muscular esquelético é chamado de estriado porque ao microscópio verificam-se
faixas estriadas alternadas, de cor clara e escura.
Músculos lisos: Localizado nos vasos sanguíneos, vias aéreas e maioria dos órgãos da
cavidade abdomino-pélvica. A acção involuntária é controlada pelo sistema nervoso
autónomo.
Locomoção
Movimentos
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o Supinação: movimento do antebraço e mão que gira o rádio lateralmente
em torno do seu eixo longitudinal de modo que a palma da mão olha
anteriormente no ombro
A coluna vertebral é responsável por dois quintos do peso corporal total e é composta por
tecido conjuntivo e por uma série de ossos, chamados vértebras. A coluna vertebral é constituída
por 24 vértebras
Proporciona flexibilidade para o corpo, podendo flectir-se para a frente, para trás,
para os lados e ainda girar sobre o seu eixo.
A osteoporose é uma doença óssea sistémica, (i.e. generalizada a todo o esqueleto), que
por si só não causa sintomas, caracterizada por uma densidade mineral óssea (DMO) diminuída e
alterações da microarquitectura e da resistência ósseas que causam aumento da fragilidade óssea
e, consequentemente, aumento do risco de fracturas.
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Se não for prevenida precocemente, ou se não for tratada, a perda de massa óssea vai
aumentando progressivamente, de forma assintomática, sem manifestações, até à ocorrência de
uma fractura.
Fracturas e luxações
As fracturas podem ser consideradas segundo o seu tipo em fracturas expostas e fracturas
não expostas.
Numa fractura exposta há fractura do osso sem que haja lesão (corte) da pele mas podem
existir tecidos lesionados debaixo da pele, ao contrário na fractura não exposta há fractura do
osso com lesão com corte da pele, sendo que o osso fracturado pode sair pela pele, provocando
contaminação com possibilidade de infeção.
Uma luxação é outra lesão considerada entre as lesões articulares, musculares e ósseas e
que consiste na perda de contacto das superfícies articulares por deslocação dos ossos que
formam a articulação. Os sinais e sintomas mais frequentes são a dor violenta, incapacidade
funcional, deformação e edema.
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Tumores ósseos
Os tumores ósseos são produzidos pelo crescimento de células anormais nos ossos.
Podem ser não cancerosos (benignos) ou cancerosos (malignos). Os tumores ósseos não
cancerosos são relativamente frequentes, enquanto os cancerosos são pouco frequentes. Além
disso, os tumores ósseos podem ser primários (tumores cancerosos ou não cancerosos que têm
origem no próprio osso) ou metastáticos, quer dizer, cancros originados noutro ponto do
organismo (por exemplo, nas mamas ou na próstata) e que depois se propagam ao osso.
Nas crianças, a maior parte dos tumores ósseos cancerosos são primários; nos adultos, a
maioria são metastáticos. A dor dos ossos é o sintoma mais frequente de tumores ósseos. Além
disso, é possível notar uma massa ou tumefacção. Por vezes, o tumor (especialmente se for
canceroso) enfraquece o osso, pelo que este se fractura com pouca ou nenhuma sobrecarga
(fractura patológica). Devem-se fazer radiografias das articulações ou de qualquer membro que
cause dor persistente.
Contudo, os raios X só mostram uma zona anormal, mas não indicam de que tipo de tumor
se trata. A tomografia axial computadorizada (TAC) e a ressonância magnética (RM) são úteis para
determinar a localização exacta e o tamanho do tumor. Contudo, não costumam fornecer um
diagnóstico específico.
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e. Alterações osteoarticulares e musculares decorrentes do processo de
envelhecimento e da mobilidade - implicações para os cuidados ao utente
Quando determinadas alterações osteoarticulares e musculares resultam do processo de
envelhecimento e que levam a alterações da mobilidade é necessário um planeamento de
cuidados adequado ao caso em questão. Na alteração da mobilidade, existem duas situações que
implicam cuidados de saúde: transferências do utente e prevenção de úlceras de pressão.
“As Úlceras de Pressão são áreas da superfície corporal localizadas que sofreram exposição
prolongada a pressões elevadas, fricção ou estiramento, de modo a impedir a circulação local, com
consequente destruição e/ou necrose tecidular.” (DGS, 2007).
i. Grau I
Presença de eritema cutâneo que não desaparece ao fim de 15 min de alívio da pressão.
Apesar da integridade cutânea, já não está presente resposta capilar.
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ii. Grau II
Ausência da pele, com lesão ou necrose do tecido subcutâneo, sem atingir a fáscia
muscular.
iv. Grau IV
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b. Fatores de Risco de úlceras de pressão
i. Fatores intrínsecos
São as forças físicas que actuam a nível local, como compressão prolongada, fricção
e estiramento.
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c. Medidas de Alívio de Pressão
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Técnicas de alívio de pressão O Técnicas de posicionamento dos doentes:
O evitar arrastar o doente –levantar!
O distribuir o peso do doente no colchão,
evitando zonas de pressão.
O colocar o doente em posições “naturais”.
(respeitando o alinhamento corporal).
Reposicionar doentes em intervalos de 3-4 horas!!!
d. Posicionamentos
i. Decúbito Dorsal
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4. TAREFAS QUE EM RELAÇÃO A ESTA TEMÁTICA SE ENCONTRAM NO
ÂMBITO DE INTERVENÇÃO DO/A TÉCNICO/A AUXILIAR DE SAÚDE
O Técnico Auxiliar de Saúde, sob supervisão directa de uma profissional de saúde pode executar
determinadas tarefas de transferências e posicionamentos de utentes em estado critico, auxiliando o
enfermeiro.
Por outro lado, ainda podem vigiar a pele do utente, alertando o enfermeiro sempre que haja
alterações da integridade ou aspecto da mesma.
BIBLIOGRAFIA
SERRA, Luís M. Alvim ; OLIVEIRA, António Fonseca, co-aut ; CASTRO, José Costa e, co-aut -
Critérios fundamentais em fraturas e ortopedia. 3ª ed. atualizada e aumentada. Lisboa :
Lidel, 2012
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