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V. Araújo
Alguma história
d2
− u(x) + V(x)u(x) = λu(x)
dx2
onde λ é alguma constante, ou seja, queremos saber
quais λ podem ser usados para obter soluções não
nulas (u ≡ 0 é sempre solução para todo λ ∈ R dado...).
Matrizes infinitas?
Como C2 ([0, 1], R) claramente é um espaço vetorial real
com as operações usuais de soma de funções e
multiplicação de função por escalar, mas não tem
dimensão finita, poderíamos pensar em usar uma
“matriz infinita” para representar este operador, se
tivêssemos uma base!
Esta não é a melhor maneira de tratar o problema (isto
de fato foi tentado inicialmente pelos físicos, a
Mecânica Quântica foi conhecida como “Mecânica de
Matrizes” até que Von Neumann mostrou aos físicos
que seria muito mais poderoso usar a linguagem dos
operadores lineares em espaços de Hilbert, e aí nasceu
essencialmente e Análise Funcional).
Mas num certo sentido estamos trabalhando com uma
matriz infinita!
V. Araujo Análise Funcional (MAT513)
Introdução Dimensão (In)Finita Completamento Topologia
Álgebra
e Álgebra
Linear em Dimensão Infinita Normas
Equivalência de normas
Dadas duas normas [·] e | · | no espaço vetorial E,
dizemos que elas são equivalentes se existem
constantes 0 < c1 ≤ c2 tais que
Prova: normas em R m
são equivalentes (1/2)
Vamos ver que toda norma [·] em Rm é equivalente à
norma k · k2 .
Primeiro notemos que toda norma [·] é uma função
contínua [·] : Rm → R na norma euclidiana. De fato
[x] = [x − y + y] ≤ [x − y] + [y] =⇒ [x] − [y] ≤ [x − y] e
trocando os papeis de x e y obtemos
X X
|[x] − [y]| ≤ [x − y] = [ (xi − yi )ei ] ≤ |xi − yi |[ei ]
m
X
≤ mM |xi − yi |, M = max{[e1 ], . . . , [em ]}.
i=1
1/ 2
|xi − yi |2
P P
Mas também temos |xi − yi | ≤ m logo
Prova: normas em R m
são equivalentes (2/2)
1 x
a≤ [x] = ≤ b, x 6= 0
|x|2 |x|2
Prova: normas em R m
são equivalentes (2/2)
1 x
a≤ [x] = ≤ b, x 6= 0
|x|2 |x|2
1 1
|fn |1 = p e |fn |2 =
αn + 1 2αn + 1
e portanto
p
|fn |1 2αn + 1
= & 0.
|fn |2 αn + 1
Demonstração.
Seja z ∈ N \ X e c = infx∈X kz − xk. Temos c > 0 porque X
é fechado. Portanto, para cada d > c existe w ∈ X com
z−w
c ≤ kz − wk ≤ d e o vetor y = kz−wk está em N \ X e
kyk = 1. Mais ainda, para u ∈ X vale
1
c c
ky − uk =
z − (w + ky − wk · w)
≥ ≥ .
kz − wk kz − wk d
Demonstração.
Se dim N < ∞ já sabemos que B̄(0, 1) é compacta. Se
dim N = ∞, seja y1 ∈ N com ky1 k = 1. Pelo Lema de
Riesz existe y2 ∈ N com ky2 k = 1 e ky1 − y2 k ≥ 1/ 2 (faça
α = 1/ 2 e X = K · y1 ). Agora {y1 , y2 } é fechado pois tem
dimensão finita (exercício!). Novamente o Lema de
Riesz garante que existe y3 com ky3 k = 1 e
ky3 − y2 k ≥ 1/ 2 e ky3 − y1 k ≥ 1/ 2. Sucessivamente
construimos sequência (yk )k≥1 , kyk k = 1, ∀k ≥ 1 e
kyi − yj k ≥ 1/ 2, ∀i 6= j. Logo B̄(0, 1) não é compacta pois
(yk )k≥1 não tem subsequência convergente.
V. Araujo Análise Funcional (MAT513)
Introdução Dimensão (In)Finita Completamento Topologia
Isomorfismos
e Álgebra Existência e Unicidade Exemplos
Exercício
Todo espaço métrico isométrico a um espaço métrico
completo é também completo.
Densidade
Completude
De fato, se ỹn ∈ X̃ é uma sequência de Cauchy em
˜ para cada n ≥ 1 escolhamos xn ∈ X tal que
(X̃, d),
˜ ỹn , κ(xn )) < 1/ n. Então para n, m ≥ 1
d(
˜
d(xn , xm ) = d(κ(x n ), κ(xm ))
˜
≤ d(κ(x ˜ ˜
n ), ỹn ) + d(ỹn , ỹm ) + d(ỹm , κ(xm ))
1 1
< + d( ˜ ỹn , ỹm ) +
n m
e portanto, dado ϵ > 0, existe N ≥ 1 tal que para
n, m ≥ N vale d(xn , xm ) < ϵ.
Então (xn )n≥1 ∈ X̄ representa algum x̃ = π (xn )n≥1 ∈ X̃ e
1
˜ ỹn , x̃) ≤ d(
d( ˜ ỹn , κ(xn )) + d(κ(x
˜ + lim d(xn , xm )
n ), x̃) <
n m→+∞
que pode ser feito arbitrariamente pequeno tomando n
suficientemente grande, logo ỹn → x̃.
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Isomorfismos
e Álgebra Existência e Unicidade Exemplos
Unicidade
Se existe outra isometria i : (X, d) → (Z, D) com i(X)
denso no espaço métrico completo (Z, D), então
i ◦ κ −1 : κ(X) → i(X) é uma isometria bijetiva.
Esta isometria se estende de maneira única a
uma isometria entre (X̃, d) ˜ e (Z, D). Tome, para
qualquer x̃ ∈ X, sequência xn ∈ X tal que κ(xn ) → x̃ em
˜ que é uma sequência de Cauchy em (X, d), e
(X̃, d),
tomando o limite z da sequência de Cauchy i(xn ) em
(Z, d), definimos aplicação x̃ 7→ z.
Esta aplicação está bem definida (não depende da
escolha da sequência xn ∈ X tal que κ(xn ) → x̃), é
injetiva e sobrejetiva (podemos inverter a construção) e
é a identidade restrita a κ(X). Portanto é uma isometria
pela continuidade da função distância. Isto termina a
prova do Teorema de Completamento.
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Isomorfismos
e Álgebra Existência e Unicidade Exemplos
Alguns completamentos
Outros completamentos
Os espaços de Lebesgue
Podemos também mostrar que, para toda medida μ
num espaço de medida (X, A, μ), se tem que
Z
Lp (X, μ) = f : X → K : |f |p dμ < ∞
O espaço L e a seminorma k · k1
Seja (X, A, μ) um espaço de medida. O conjunto
Z
L(X, A, μ) = L(μ) = f : (X, A) → R : |f | dμ < ∞
O espaço L e a seminorma k · k1
Seja (X, A, μ) um espaço de medida. O conjunto
Z
L(X, A, μ) = L(μ) = f : (X, A) → R : |f | dμ < ∞
O espaço L e a seminorma k · k1
Seja (X, A, μ) um espaço de medida. O conjunto
Z
L(X, A, μ) = L(μ) = f : (X, A) → R : |f | dμ < ∞
1
O espaço L
1
O espaço L
1
O espaço L
1
O espaço L e as classes de equivalência
p
Os espaços L
Analogamente ao caso L1 (μ), para 1 ≤ p < ∞
escrevemos
Z
L (μ) = L (X, A, μ) = f : (X, A) → R,
p p p
|f | dμ < ∞ / ∼
p
Os espaços ℓ
No caso particular X = N e μ = # medida de contagem,
escrevemos ℓp para os correspondentes espaços que
podem ser identificados com
( )
X
ℓp = (xn )n≥1 ⊂ R : |xn |p < ∞
n≥1
p 1/ p .
P
com a norma k(xn )n≥1 kp = n≥1 |xn |
Desigualdade de Hölder
Lema (Desigualdade de Hölder)
Sejam f ∈ Lp (μ), g ∈ Lq (μ) com p > 1 e p−1 + q−1 = 1.
Então fg ∈ L1 (μ) e kfgk1 ≤ kf kp kgkq .
Desigualdade de Hölder
Lema (Desigualdade de Hölder)
Sejam f ∈ Lp (μ), g ∈ Lq (μ) com p > 1 e p−1 + q−1 = 1.
Então fg ∈ L1 (μ) e kfgk1 ≤ kf kp kgkq .
Desigualdade de Hölder
Lema (Desigualdade de Hölder)
Sejam f ∈ Lp (μ), g ∈ Lq (μ) com p > 1 e p−1 + q−1 = 1.
Então fg ∈ L1 (μ) e kfgk1 ≤ kf kp kgkq .
Desigualdade de Hölder
Lema (Desigualdade de Hölder)
Sejam f ∈ Lp (μ), g ∈ Lq (μ) com p > 1 e p−1 + q−1 = 1.
Então fg ∈ L1 (μ) e kfgk1 ≤ kf kp kgkq .
Ap Bq
AB ≤ +
p q
Ap Bq
AB ≤ +
p q
Ap Bq
AB ≤ +
p q
Desigualdades de
Cauchy-Bunyakovskii-Schwarz e Minkowski
portanto f + h ∈ Lp (μ).
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Isomorfismos
e Álgebra Existência e Unicidade Exemplos
Desigualdades de
Cauchy-Bunyakovskii-Schwarz e Minkowski
portanto f + h ∈ Lp (μ).
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Isomorfismos
e Álgebra Existência e Unicidade Exemplos
kf kp kf + hkp/
p
q
+ khkp kf + hkp/
p
q
= (kf kp + khkp )kf + hkpp/ q .
kf kp kf + hkp/
p
q
+ khkp kf + hkp/
p
q
= (kf kp + khkp )kf + hkpp/ q .
kf + hkp−p/
p
q
≤ kf kp + khkp e p − p/ q = 1
kf + hkp−p/
p
q
≤ kf kp + khkp e p − p/ q = 1
kf + hkp−p/
p
q
≤ kf kp + khkp e p − p/ q = 1
Teorema
Se 1 ≤ p < ∞, então (Lp (μ), k · kp ) é espaço normado
completo.
∞
Os espaços L (μ) e o supremo essencial
∞
Os espaços L (μ) e o supremo essencial
∞
Os espaços L (μ) e o supremo essencial
∞
Definição de L (μ)
Podemos agora definir, para cada função
f : X → [−∞, +∞] A-mensurável
kf k∞ = ess sup(|f |)
∞
O espaço ℓ
Existe um espaço de sequências com esta norma: se
(xn )n é sequência em algum espaço normado (X, k · k),
então definimos
R
Então, é claro que R fn (x) dx = 0 para todo n ≥ 1,
portanto |fn − fm | = |fn (x) − fm (x)| dx = 0, mas o limite
¨
1 se x ∈ Q
lim fn (x) = f (x) =
n→∞ 0 se x ∈ R \ Q
Álgebras de Banach
Uma Álgebra de Banach é uma álgebra complexa X
com norma k · k tal que (X, k · k) é espaço de Banach e a
norma tem uma boa relação com a multiplicação:
kAvk2
kAk = sup
~ 6=v∈Cm
0 kvk2
P 1/ 2
m
onde kvk2 = k(v1 , . . . , vm )k2 = i=1
v̄i vi é a norma
euclidiana usual em Cm . Este espaço é uma Álgebra de
Banach.
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Topologias
e Álgebrafracas Álgebras de Banach e C∗
Álgebras C∗
Bibliografia: livros-texto
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