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O crash da bolsa de Nova Iorque

Entre 1922 e 1929 a economia americana atravessou uma fase de grande prosperidade devido à
ânsia de viver, a estagnação do consumo e a especulação da bolsa. Mas, em Outubro de 1929,
rebentou na bolsa de Nova Iorque uma grave crise financeira (um crash). Com efeito, no dia 24
de Outubro (58-feiranegra) cerca de 13 milhões de acções foram postas à venda. Contudo, como
não houvesse interessados na sua compra, foram, de queda em queda, perdendo valor. Em
pouco tempo, a Bolsa de Nova Iorque (Wall Street) declarou falência. De imediato, gerou-se o
pânico entre os accionistas.

A crise alastrou-se aos bancos que tinham emprestado dinheiro para a compra de acções. Muitos
entraram em bancarrota. Em consequência, entre 1930/1933, faliram cerca de 9000 bancos
americanos. Por falta de poder de compra, a produção agrícola e industrial foi de imediato
afectada. Muitas empresas foram à falência e milhares de trabalhadores ficaram sem emprego.

A dimensão da crise
Os bancos americanos, para combater as dificuldades do seu país, retiraram os capitais que
tinham no estrangeiro. Por outro lado, as autoridades dos EUA adoptaram uma política
proteccionista, limitando as exportações, de modo a defender o que era produzido no país. Estas
medidas afectaram de imediato a economia mundial.

Na verdade, as produções agrícolas e industrial diminuíram por toda a parte. As compras de


matérias-primas (como o café do Brasil, a lã da Áustria, os cereais da Argentina) foram muito
afectadas. Por todo o lado multiplicaram-se as falências e encerraram as mais diversas empresas.
A produção a nível mundial diminuiu cerca de 40% e as trocas internacionais cerca de
30%.Também os preços caíra por toda a parte.

A falência de milhares e milhares de empresas provocou, em todo o mundo, cerca de 30'milhões


de desempregados. Todas as camadas sociais foram afectadas e nas cidades, multidões de
desempregados procuravam emprego e ofereciam os seus serviços a baixos preços. Nos meios
rurais, multidões de homens e mulheres percorriam os caminhos em busca de alimento.
O falhanço de Hoover
Quando deflagrou a crise de 1929, o presidente dos EUA era o republicano Hubert Hoover.
Adepto das ideias liberais, pouco interferiu na economia, limitando-se a reduzir as importações e
a desvalorizar a moeda. Por isso, em 1932 (ano de eleições) a crise atingiu o momento mais
crítico. O seu adversário político, o candidato democrata Franklin Roosevelt, anunciou uma nova
política de combate à crise, o New Deal/.

A política de Roosevelt
Vencidas as eleições e para recuperar a economia e combater os problemas sociais, Roosevelt
pôs em prática o New Dea/, tomando as seguintes medidas:

 Nas obras públicas – construção de pontes, barragens, centrais hidroeléctricas e estradas


com a finalidade de criar emprego e fomentar a economia;

 Estabelecimento de um salário mínimo e do horário semanal do trabalhador;

 Atribuição do subsídio de desemprego e criação de um seguro de velhice;

 Nos sectores agrícola e industrial - concessão de créditos aos agricultores, diminuição da


produção e distribuição de stocks a fim de aumentar os preços;

 Aumento dos impostos sobre os altos rendimentos.

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