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CENTRO DE ENSINO TÉCNICO UNIDADE IPIRANGA – CETI

AUXILIAR DE ENFERMAGEM

GABRIELA PEREIRA MOTA

DEONTOLOGIA NO EXERCICIO DA ENFERMAGEM

MOGI DAS CRUZES 2019


Introdução.

Deontologia , em grego ciência do dever e obrigação.

O termo foi criado pelo filosofo inglês Jeremy Bentham em 1834

É conjunto de regras e condutas estabelecidas não pela moral e sim para correção
de suas intenções, ações, direitos, deveres e princípios que devem ser seguidas
pelos profissionais da área de enfermagem, visando regular o exercício da profissão
de acordo com o código de ética da categoria.

Todos deveram conhecer e aplicar aquilo que este determinado para a profissão.
LEGISLAÇÃO NO EXERCICIO DE ENFERMAGEM

Em 12 de julho de 1973 após 30 anos de luta foi promulgada a lei Nº5.905 criando o
COFEN E COREN (Conselho Federal e Regional de Enfermagem) órgãos que
disciplina e fiscaliza o exercício da enfermagem no Brasil.

Foi uma das maiores conquista para a área que a exemplos de outras desejavam ter
o controle da profissão, principalmente para a fiscalização das atividades e de todo o
pessoal que trabalha sob orientação e supervisão.

Antes da criação dos conselhos a enfermagem contava apenas com entidades de


classe de caráter científico-cultural e órgãos de defesa dos interesses de classe.

As ordens, conselhos e colégios disciplinam e fiscalizam os exercícios da


enfermagem sendo assim substituem o Estado no exercício de determinadas
funções como: cadastramento das pessoas que podem exercer uma determinada
profissão, de acordo com a legislação vigente; avaliação de seus títulos e registro na
categoria a que pertence; combate ao exercício ilegal da profissão: verificação do
cumprimento estrito das normas contidas no Código de Deontologia Profissional;
punição aos infratores desse Código, e promoção de estudos e campanhas visando
ao aperfeiçoamento dos membros da classe.

Todos os profissionais da área de enfermagem devem ser registrados ou ficam


proibidos de exercer a função.

CARACTERÍSTICAS DOS CONSELHOS DE ENFERMAGEM

COFEN – Tem jurisdição em todo território nacional é constituído por 9 membros


efetivos e 9 suplentes formados em Enfermagem. Os conselhos regionais
respondem ao COFEN; cabe a ele entre outras cassar o direito de exercer a função
dos profissionais que infringir as determinações do código de deontologia da
enfermagem.

COREN – Conselhos regionais instalados em cada estado ou território da federação


quando o numero for de no mínimo 50 profissionais, pode ter até 21 membros.
Como os Conselhos são responsáveis pela fiscalização do exercício profissional de
todos os que trabalham em serviços de enfermagem, foram criados três quadros
distintos, de acordo com as categorias profissionais existentes:

Quadro I: enfermeiros e obstetrizes ou enfermeiras obstétricas

Quadro II: técnicos de enfermagem

Quadro III: auxiliares de enfermagem, práticas de enfermagem e parteiras práticas.

ANEXO I

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM

LEIS

N.º 5.905, de 12 de julho de 1913

- Dispõe sobre a criação dos Conselhos Federal e Regionais de Enfermagem e dá


outras providências.

Art. 8.º. Compete ao Conselho Federal:

III - elaborar o Código de Deontologia de Enfermagem e alterá-lo, quando


necessário, ouvidos os Conselhos Regionais;

O código de deontologia da enfermagem foi aprovado pelo COFEN em 04 de


outubro de 1975 onde cita as ações, direitos, deveres e princípios que devem ser
seguidas pelos profissionais da área de enfermagem, visando regular o exercício da
profissão de acordo com o código de ética da categoria.

Os baixo alguns dos principais artigos do código.

Capítulo I

Das responsabilidades fundamentais


Art. 1º A responsabilidade fundamental do enfermeiro é prestar assistência de
enfermagem ao indivíduo, à família e à comunidade, em situações que requerem
medidas relacionadas com a promoção, proteção e recuperação da saúde,
prevenção de doenças, reabilitação de incapacitados, alívio do sofrimento e
promoção de ambiente terapêutico, levando em consideração o diagnóstico e o
plano de tratamento médico e de enfermagem.

Art. 2.º São deveres do enfermeiro:

III - prestar assistência de enfermagem aos indivíduos dela necessitados,


respeitando a dignidade e os direitos da pessoa humana, independentemente de
quaisquer considerações relativas a etnia, nacionalidade, credo político, religião,
sexo e condição sócio-econômica; a prioridade no atendimento deve obedecer
exclusivamente a razões de urgência do caso;

VII - executar as prescrições médicas, exceto quando contrárias à moral ou à ética


profissional, ou à segurança do cliente;

VIII - proteger o paciente contra eventuais falhas, imprudências, negligências,


omissões ou imperícia em relação ao seu atendimento, por parte de qualquer dos
membros da equipe de saúde. Constatado um fato dessa natureza, discutir o
assunto com o profissional faltoso e, em última instância, recorrer à chefia a fim de
que sejam tomadas medidas para salvaguardar a segurança e o conforto do
paciente;

Art. 3.º É vedado ao enfermeiro:

II - abandonar o paciente em meio a um tratamento sem causa justa e sem a


garantia de continuidade de assistência;

Capítulo II

Do exercício profissional

Art. 8.º O enfermeiro tem o dever moral de notificar, por escrito, irregularidades de
que tome conhecimento em função do exercício de suas atividades profissionais; em
se tratando de intervenções ou tratamentos ilícitos; a notificação deverá ser
encaminhada à Chefia Médica por intermédio do Serviço de Enfermagem da
Instituição.

Capítulo III

Do enfermeiro e sua profissão

Art. 16. É dever do enfermeiro:

I - pertencer, no mínimo, a uma entidade da classe, da jurisdição onde exerça suas


atividades profissionais;

Capítulo IV

Do relacionamento com colegas e demais membros da equipe de saúde

Art. 19. O enfermeiro abster-se-á de:

I - prestar aos pacientes serviços que, por sua natureza, compete a outro
profissional, salvo em caso urgente ou de calamidade pública;

II - ser conivente, mesmo a título de solidariedade, com erros, contravenção penal,


ou atos praticados por colegas que infrinjam os postulados éticos que regem o
exercício profissional;

Capítulo VI

Das disposições gerais

Art. 26. O enfermeiro tem direito a justa remuneração pelo seu trabalho e aceita
como retribuição de seus serviços profisisonais somente as prestações que lhe
forem devidas por contrato ou pelo cargo ou função que preencha.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

A enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde e a qualidade de vida da


pessoa, família e coletividade.

O profissional de enfermagem atua na promoção, prevenção, recuperação e


reabilitação da saúde, com autonomia e em consonância com os preceitos éticos e
legais.

O profissional de enfermagem participa, como integrante da equipe de saúde, das


ações que visem satisfazer as necessidades de saúde da população e da defesa
dos princípios das políticas públicas de saúde e ambientais, que garantam a
universalidade de acesso aos serviços de saúde, integralidade da assistência,
resolutividade, preservação da autonomia das pessoas, participação da
comunidade, hierarquização e descentralização político-administrativa dos serviços
de saúde.

O profissional de enfermagem respeita a vida, a dignidade e os direitos humanos,


em todas as suas dimensões. O profissional de enfermagem exerce suas atividades
com competência para a promoção do ser humano na sua integralidade, de acordo
com os princípios da ética e da bioética
Sites de referencia

https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/deontologia-em-
enfermagem/22663

https://www.significados.com.br/deontologia/

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71671976000100088

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