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Apostila - Criminologia PDF
Apostila - Criminologia PDF
APOSTILA
CRIMINOLOGIA
COM ÊNFASE EM CONCURSOS PÚBLICOS
APOSTILA
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O descumprimento dessa orientação acarretará na sua exclusão do Curso. Agradecemos pela NOVO CPC
sua gentileza de adquirir honestamente o curso e permitir que o CEI continue existindo. 1ª ED.
2016
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INTRODUÇÃO
Esta apostila tem a finalidade de servir como espécie de “glossário” e ferramenta auxiliar na preparação
para concursos públicos quanto a temas de criminologia.
Embora a matéria seja muito complexa, heterogênea, diversificada, historicizada, seu tratamento na
formulação de questões em “provas de concurso” é bastante simplificador e repetitivo, sendo fácil perceber
que não se requer qualquer aprofundamento, mas sim o conhecimento superficial de determinados
conceitos e do sentido das principais teorias.
Sintetizar tais conceitos, de forma confessadamente superficial, mas certo de que tal memorização é tudo
quanto se precisa saber para se pontuar nesse tipo de questões, é o singelo propósito desta apostila.
É fundamental que se sistematize o estudo das teorias criminológicas dentro das duas grandes perspectivas
identificadas como:
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- criminologia construtivista (“da reação social”)/crítica, de outro lado - nos concursos públicos muito
frequentemente chamadas “TEORIAS DO CONFLITO”.
- a primeira linha busca identificar CAUSAS do crime e do comportamento criminoso (por isso é dita
“etiológica”) e se divide em teorias INDIVIDUAIS e SOCIOLÓGICAS;
- a segunda perspectiva busca analisar como é a reação social e institucional que define o que é crime
e quem é criminoso, recaindo o foco na seletividade do sistema penal e no desvelamento de funções
políticas não declaradas. Também aqui é possível identificar teorias individuais ou “MICRO”sociológicas (ex.
teoria do etiquetamento) e teorias “MACRO”sociológicas (ex. criminologias críticas, criminologia radical).
QUESTÕES DE REVISÃO:
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como exemplos, a Escola de Chicago e a Teoria Crítica, respectivamente. Essas visões também são
conhecidas como teorias:
b) Do consenso e do conflito.
c) Do conhecimento e da pesquisa.
d) Da formação e da dedução.
e) Do estudo e da conclusão.
- Contexto: Europa, século XIX. Movimentos de migração do campo à cidade. Críticas ao iluminismo
penal e ao “direito penal clássico”, tido como excessivamente abstrato e insuficiente para “enfrentar a
criminalidade”.
O positivismo criminológico fez parte da tentativa de aplicar os métodos e o paradigma das ciências
naturais ao estudo da sociedade, supondo-se que a superioridade científica de seus métodos seria mais
eficaz para a proteção da sociedade da criminalidade.
Veja o que escreveu Enrico Ferri em 1886 sobre a superioridade do método “científico” sobre o direito
penal clássico e seu método dedutivo:
“Nós falamos duas diferentes linguagens: para nós, o experimental indutivo é a chave de todo o
conhecimento; para eles, tudo deriva de deduções lógicas e de opiniões tradicionais. Para eles,
os fatos devem lugar ao silogismo (premissa maior1, premissa menor2, conclusão3). Para nós,
nenhuma razão pode ser sem partir de fatos. Para eles, a ciência necessita apenas de papel,
pena e tinta, e o resto vem de um cérebro cheio de mais ou menos abundante leitura de livros
feitos dos mesmos ingredientes. Para nós a ciência demanda a longa e demorada análise dos
fatos, um por um, reduzindo a um fato comum. Para eles um silogismo ou uma anedota é
suficiente para acabar com anos de análise e experimentação. Para nós, é o contrário.
Principais características (sobre o tema, sugestão de leitura: CIRINO DOS SANTOS, J. A criminologia da
2 João é homicida.
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repressão, 1979):
a) Empirismo e método indutivo: crença de que a ciência seria capaz de diagnosticar as causas do crime
e realizar prognósticos para políticas de prevenção.
b) Crença no determinismo do comportamento, rejeitando a ideia de livre arbítrio dos sujeitos. A conduta
desviante como sintoma de causas ligadas ao indivíduo. Rejeição do conceito de “culpabilidade” (direito
penal do fato) e valorização do conceito de “periculosidade” (direito penal do autor).
CESAR LOMBROSO [1835-1909] (L’Uomo Delinquente, 1876) e mais: (La donna delinquente, la prostituta
e la donna normale, 1859; Genio e degenerazione, 1908; Crime: it’s causes and remedies, 1913).
Como médico do exército, realizou medições antropométricas de 3000 soldados, observando as diferenças
físicas existentes entre os habitantes das várias regiões da Itália que passava, então, por conflitos civis.
Durante sua carreira, Lombroso examinou 383 crânios de criminosos e 5907 delinquentes vivos.
Com base em tais observações, defendeu a ideia de que o criminoso seria um tipo antropológico
distinto, propenso a cometer crimes e que poderia ser identificado mediante características físicas (como
a assimetria crânio-facial, testa inclinada para trás, cérebro hipo ou hiper desenvolvido, malares salientes,
sobrancelhas proeminentes, orelhas grandes, etc. e até uma “inclinação para a tatuagem”).
CRÍTICAS DE TIPO INTERNO: Mau uso das noções de atavismo e hereditariedade (por exemplo, ao inserir
o uso da tatuagem como sinal da personalidade criminosa). Críticas oriundas da Escola de Lyon.
CRÍTICAS DE TIPO EXTERNO: objeto de estudo pré-delimitado por parâmetros normativos, pois os presos
analisados por Lombroso já configuravam uma amostra selecionada pela própria lei penal e suas agências
de controle. Amostra também politizada, pois sua descrição dos tipos físicos “criminais” correspondia à
descrição dos trabalhadores braçais do Sul da Itália, ignorando os conflitos civis e materiais existentes.
INFLUÊNCIA DE LOMBROSO NO BRASIL: relação com o racismo científico de final do século XIX e a
transição do escravismo ao capitalismo industrial. Exemplo: o médico baiano Raimundo Nina Rodrigues
“coletivizou” o conceito originariamente individual de “criminoso nato”, associando a herança criminógena
de Lombroso à mestiçagem do povo brasileiro
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A obra de 1881 – Sociologia Criminale – é um tratado completo de criminologia, no sentido que contempla
criminologia teórica e outra aplicada:
a) A criminologia teórica de Ferri era MULTIFATORIAL: negava o livre arbítrio, explicando o crime como
determinado por uma série de fatores criminógenos os quais, combinados entre si, propiciam uma
classificação dos delinquentes. Uma novidade em seu pensamento era a inserção de fatores exógenos
(ligados ao meio físico e social) como explicação do comportamento criminal. Classificou os criminosos
em “tipos de autor”: natos, alienados, habituais, de ocasião e passionais.
IMPORTÂNCIA: Ferri influenciou a formulação do sistema “duplo binário” no Codice Rocco (Itália, 1930),
que previa a cumulação de penas e medidas de segurança; sistema este adotado pelo Código Penal
brasileiro de 1940 até a Reforma da Parte Geral em 1984. Influenciou, ainda, na formulação de diversos
procedimentos típicos da execução penal, tais como a “classificação”, o “exame” e a lógica da periculosidade
perpassando todo o sistema de justiça.
QUESTÕES DE REVISÃO:
b) Para a Escola Positiva italiana, o crime é resultado de uma deficiência moral e de caráter
do sujeito, o qual opta por violar a norma quando possível não fazê-lo.
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c) Mário de Andrade.
d) Oswaldo Cruz.
e) Fernando Ortiz.
(Papiloscopista Policial 2013). Pode-se afirmar que estão entre os princípios fundamentais da
escola clássica da criminologia:
a) O crime, na escola clássica, é um ente jurídico, não é uma ação, mas sim uma infração;
a punibilidade deve ser baseada no livre-arbítrio; adota-se o método e raciocínio lógico-
dedutivo.
c) O crime é visto como um fenômeno social e individual na escola clássica; a pena tem
caráter aflitivo, cuja finalidade é a defesa social.
d) O direito penal, que é uma obra humana; a responsabilidade social que decorre do
determinismo social; o delito, que é um fenômeno natural e social.
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teoria foi seu conceito de delito natural, o qual seria a “violação dos sentimentos médios de piedade e
probidade”, estas como ‘substrato moral’ a justificarem a repressão às condutas desviadas, relativos à
repugnância por ações cruéis, ao respeito pelo outro, e assim por diante. Fortemente influenciado por
C. Darwin e H. Spencer, indica uma concepção evolucionista de senso moral, o qual seria transmitido
hereditariamente, associando as noções de raça e civilização. Pensamento fortemente racista e ligado ao
colonialismo.
- Há outras teorias etiológicas individuais desenvolvidas ao longo do século XX. Mencionado como
exemplo a “teoria dos tipos de autor” de ERNST KRETSCHMER (1921). Segundo sua hipótese, a constituição
corporal da pessoa condicionava seu caráter. De acordo com cada tipo físico, poder-se-ia-se observar
uma certa tendência para certos crimes.
É bastante comum a divisão das teorias criminológicas entre “teorias do consenso” e “teorias do conflito”.
Embora haja problemas e simplificações graves nessa divisão, é comum que as teorias do consenso sejam
identificadas com a etiologia social norte-americana (perspectiva tradicional positivista), e as teorias do
conflito sejam identificadas com as várias teorias críticas (perspectiva crítica).
Em outros termos, pode-se dizer que o crime, para as teorias do consenso, é um “problema social”; e
para as teorias do conflito, é um “problema sociológico”.
a) Émile Durkheim,
A seu turno, seriam teorias do conflito as denominações relativas à dita “nova criminologia”: - Ao
interacionismo simbólico, à teoria do etiquetamento, à teoria da rotulação, etc.; - À criminologia crítica,
criminologia radical, etc.
a) Fato social: externalidade em relação ao indivíduo, coercitividade (pois sua inobservância gerará
sanções e resistências) e generalidade (porque se crê representar um consenso social) - a serem “tratados
como coisas” (As regras do método sociológico, 1895).
b) Crime como fato social normal, e não patológico. O delito como fator regulador e estabilizador da
coesão social - e nesse sentido, funcional. Seria ‘negativo’ apenas quando ‘anômico’, ou seja, oriundo de
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c) Pena como resposta e estabilização da “consciência moral coletiva”: Durkheim descreve, porém, as
distintas necessidades de resposta conforme se tenha uma sociedade de solidariedade mecânica ou
orgânica (A divisão do trabalho social, 1893). Imperaria um direito repressivo (de caráter retributivo) onde
a solidariedade é mecânica, pois a aversão coletiva ao desvio é mais forte. Com o desenvolvimento da
comunidade, e a passagem para uma solidariedade orgânica, o direito tenderia a ser mais restitutivo.
QUESTÕES DE REVISÃO:
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Desse modo, a criminalidade seria uma característica mais do ambiente e não tanto do indivíduo. A
teoria denominada ecológica se fundou na idéia de que o tipo de comportamento prevalente, dentro
de um grupo social, seria determinado pelo ambiente socio-cultural no qual tal grupo é colocado. As
características do ambiente, por sua vez, seriam conexas a fatores simultaneamente socio-econômicos
e de ordem histórico-cultural.
Para afrontar o tema da degradação urbana na cidade, toma-se um modelo ecológico: de equilíbrio entre
a comunidade humana e o ambiente natural. A cidade é tomada como objeto específico de investigação.
São teorias chamadas ecológicas porque analisam a influência do meio sobre a criminalidade. A cidade
é vista como um organismo dividido em zonas, de trabalho, de residência, etc., cada zona com um
diferente nível de condutas desviadas e delitivas. As zonas de transição ou zonas de ninguém seriam
altamente deterioradas, com infraestrutura deficiente. Haveria um processo de osmose através do qual
a população imigrante invade a segunda área removendo e pressionando os habitantes originais a irem
morar nas periferias.
A tese central é a de que o delito é causado pela desorganização social, que por sua vez é causada pelo
“afrouxamento das regras”.
Clifford Shaw e Henry McKay, principalmente, trabalham com a idéia de que as formas de ‘patologia
social’ não derivariam tanto de qualidades próprias dos indivíduos, mas sim das zonas socio-culturais
nas quais eles vivem. Shaw e McKay elaboraram a teoria do gradiente, segundo a qual quanto mais
se distancia do centro da cidade, o nível socio-econômico da população residente se eleva e a taxa de
criminalidade diminui. Essas são as conclusões extraídas do famoso mapa da cidade de Chicago.
MAS ATENÇÃO: Há uma outra dimensão da Escola de Chicago que, muito diferente de ser mais uma
teoria etiológica social, é a base teórica da criminologia da reação social que viria a se consolidar décadas
depois: identificando um conceito mais democrático - horizontalizado - de “controle social”, fundado
mais na persuasão e no convencimento que no temor à autoridade, diversas portas foram abertas com
métodos de pesquisa como a observação participante: v. por exemplo o trabalho de tipo etnográfico em
zonas urbanas intitulado “The Hobo: the sociology of the homeless man” (1923), de Nels Anderson.
Para GEORGE HERBERT MEAD, para quem o controle social primário ou informal seria exercido pelas
interações face a face, tornando-se, estas, também um objeto de estudo.
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a) Estas teorias se situam em uma perspectiva positivista, pois fundadas na crença de uma relação de
causalidade entre os fatores ecológicos e a delinqüência.
QUESTÕES DE REVISÃO:
(Médico Legista 2013). São propostas da Escola de Chicago (“ecologia criminal”) para o controle
da criminalidade:
c) Aumento das penas para o cometimento de delitos simples; criação de zonas de exclusão
para isolamento das áreas mais perigosas; disseminação de atividades recreativas como
escotismo e viagens culturais.
(Delegado de Polícia 2011). O efeito criminógeno da grande cidade, valendo-se dos conceitos de
desorganização e contágio inerentes aos modernos núcleos urbanos, é explicado pela:
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c) Teoria da anomia.
e) Teoria ecológica.
a) Teoria da anomia.
b) Escola de Chicago.
d) Criminologia crítica.
e) Labelling approach.
A teoria da associação diferencial ou do contato diferencial parte do ponto de vista do indivíduo (“A”)
que se encontra sob a influência de vários grupos - sua fidelidade será diferencial para cada grupo
de referência; dependerá se prevalecem mensagens deste ou daquele grupo, dependerá enfim, da
associação diferencial que faz o indivíduo.
Para SUTHERLAND, uma pessoa se torna delinquente quando, aos seus olhos, prevalecem definições
favoráveis à violação da lei sobre aquelas desfavoráveis.
SUTHERLAND negou que a pobreza fosse causa da delinquência e buscou construir uma teoria
UNIFATORIAL, a partir dos processos de aprendizagem.
PARÂMETROS:
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(1) Frequência
(2) Duração
(3) Prioridade
(4) Intensidade
(2) A conduta delitiva á aprendida em interação com outras pessoas no curso de um processo de
comunicação;
(3) A conduta criminal é aprendida principalmente em grupos pessoais íntimos, ou seja, os meios
de comunicação não teriam papel muito relevante (vale observar que a teoria é da década de 20-
30’ no século XX);
(4) A aprendizagem do delito compreende: (a) técnicas de comissão do delito; (b) orientação
específica dos motivos, inclinações, racionalizações e atitudes;
(5) Estas orientações específicas são aprendidas e valoradas positiva ou negativamente pelas leis;
(6) Uma pessoa se converte em delinquente em consequência do que predomina no seu entorno:
se predominam as posições favoráveis à infração sobre as que valoram negativamente a infração
da norma;
(8) Tal processo de aprendizagem é similar a qualquer outro processo de aprendizagem em que se
aprende outros tipos de condutas;
(9) A conduta delitiva expressa os mesmos valores e necessidades das condutas não delitivas:
ganhar dinheiro é uma aspiração comum tanto ao que rouba como ao que trabalha.
Conceito e temática também ligados a Sutherland, por meio de artigo (1940) e livro (1949) intitulados “White
collar crime”. Negando as ‘teorias do déficit’, ele buscava uma teoria capaz de explicar a criminalidade de
todas as classes sociais.
Descoberta da “cifra dourada”: os crimes “de colarinho branco”, cometidos por membros de setores
detentores de poder, e que permaneciam na obscuridade, não sendo incluídos nas estatísticas oficiais.
Conceito de “colarinho branco” (Sutherland): “um crime cometido por uma pessoa dotada de alto status
social, no curso de suas ocupações”
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QUESTÕES DE REVISÃO:
(Agente de Polícia 2012). Os “crimes de colarinho branco” são delitos conhecidos na Criminologia
por:
c) Cifras cinza.
d) Cifras amarelas.
e) Cifras douradas.
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Robert Merton publicou, em 1938, o texto “Anomie and social structure”. Segundo Merton, nossa
sociedade impulsiona o indivíduo à busca, sem limites, do sucesso pessoal – em busca da realização do
American dream. Há, por isso, uma profunda pressão anômica sofrida especialmente por aqueles “piores
colocados” na estrutura social. Há três idéias principais – fatores que geram esta pressão anômica: (a) há
um desequilíbrio entre os fins culturais almejados e os meios institucionais disponibilizados para o sujeito;
(b) há uma noção de universalidade dos fins, sendo estes estendidos a todos os cidadãos (por isso é uma
“teoria de consenso”; (c) a desigualdade de oportunidades, de acesso a bens culturais, etc.
Seu ponto de partida teórico, então, é a distinção entre estrutura cultural e estrutura social e análise dos
efeitos que ambas projetam sobre os indivíduos.
Estrutura cultural: conjunto de metas e fins historicamente construídos, como por exemplo: a ascensão
social, o êxito econômico, etc. Na nossa sociedade ocidental trata-se sem dúvida do êxito econômico e
do bem estar material. Sociedade de consumo.
Estrutura social: conjunto de meios e maneiras de se alcançar as metas culturais. Entre os legítimos, estão
por exemplo o trabalho ou a herança. Uma sociedade em que ambas as estruturas estão bem acopladas
e em harmonia é uma sociedade em que há meios legítimos suficientes para se alcançar o que se quer.
A conduta desviada decorre exatamente da falta dessa harmonia. Porém, atenção: a desproporção entre
metas culturais e meios legítimos não é por si só um fenômeno patológico. Será patológico quando
essa situação for extrema, quando então se terá uma situação de anomia, produzida pela exagerada
discrepância entre estrutura cultural e estrutura social.
Vejamos o quadro de MERTON sobre as diferentes atitudes que podem tomar os indivíduos, principalmente
diante de uma situação anômica:
(+ aceitação; - rejeição)
a) Conformista: se contenta com as metas culturais e os meios disponíveis; portanto, trata-se de uma
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adaptação não desviante e que, por isso mesmo, segundo Merton, deve ser majoritária para o equilíbrio
social.
b) Inovação: atitude típica de pessoas que cometem crimes, pois mantém as metas culturais e não aceitam
os meios institucionais oferecidos. Merton identifica uma correspondência proporcional entre a condição
de pobreza e a pressão anômica. Aqui o conceito de privação relativa, que depois retorna com o “realismo
de esquerda”: o indivíduo é projetado culturalmente conforme as metas, mas não tem os meios.
c) Renúncia / Evasiva: pessoas que negam tanto as metas culturais como os meios institucionais. São, por
exemplo, pessoas que levam a vida de um modo apático ou em posição ‘de retiro’.
d) Ritualista: aceitação de condições inferiores de vida, aceitando-se os meios disponíveis e abrindo mãos
de atingirem metas mais ousadas.
e) Rebelião/Rebelde: nega e rejeita tanto as metas culturais como os meios institucionais, buscando, ao
mesmo tempo, restabelecer valores, realizar uma mudança.
As teorias culturalistas, em criminologia, tem por objeto e tema a formação da personalidade por
meio de processos de socialização e internalização das regras culturais. Uma “subcultura” seria um
conjunto de valores e normas específicos, de conteúdo divergente em relação à “cultura hegemônica”. O
comportamento como “aprendido” (influência de Sutherland) e impulsionado pela frustração (influência
de Merton).
Contexto: preocupação com a “delinquência juvenil” e as “gangues” nos EUA pós-Segunda Guerra.
(a) Delinquência expressiva e não instrumental (Albert Cohen. Delinquent Boys: the culture of the
gang (1955))
Segundo tal vertente, as gangues juvenis não teriam, afinal, as tais metas aquisitivas, de êxito econômico,
a que se referida Robert Merton. Seriam ‘delinquência expressiva’, como modalidade de autoafirmação
identitária. Por si mesma, seria uma atividade que produz prazer (sentimento de pertencimento a um
grupo, afirmação da masculinidade, busca de status no grupo, etc.).
Segundo COHEN, estas subculturas se originam a partir de grupos de referência como é o caso dos
jovens da classe média, para os jovens da classe pobre, gerando frustração. O que leva os jovens (filhos
da classe trabalhadora) a delinqüir, segundo COHEN, é a frustração em não se poder alcançar o êxito
social ao se comparar com os filhos da classe média. Além da adesão à subcultura delinquente, COHEN
ainda trata de outras alternativas: haveriam os corner boys, de um lado - os resignados, que aceitam os
limites impostos a sua classe, renunciam às metas valorizadas pela cultura dominante; e os college boys,
de outro - a minoria de jovens da classe trabalhadora que se sacrifica para romper com a ética de sua
classe de origem e atingir as metas de sucesso da cultura dominante, ascendendo socialmente.
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(f) Ênfase na autonomia do grupo perante o resto da sociedade, grupo este composto por relações
afetivas (de proteção) e cognitivas (de aprendizado e dependência moral) entre seus membros.
Aqui se trata de uma delinqüência instrumental, que visa êxito econômico. Nem todos os adolescentes
de classe baixa têm as mesmas oportunidades de alcançar suas metas. A desigualdade de oportunidades
determina que haja uma desigual resposta à mesma pressão anômica. Nesse sentido, delinqüente não
seria apenas aquele a quem foi negado o acesso às metas culturais, mas também aquele que teve a
oportunidade de ser delinqüente. Segundo tal linha de pensamento, uma subcultura expressiva só se
torna instrumental caso encontre uma estrutura de oportunidades ilícitas no ambiente onde vive o jovem
(influência de Sutherland).
a) Abolicionismo penal.
b) Subcultura delinquente.
c) Identidade pessoal.
d) Minimalismo penal.
(Médico Legista 2013). Escola Criminológica que tem como expoente Albert Cohen, e que procura
equacionar, por meio de respostas não criminais e não punitivas, o comportamento geralmente
juvenil que desafia os modelos da produção consumista:
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(CEI) No que concerne à sociologia criminal da primeira metade do século XX, assinale a alternativa
INCORRETA:
d) Tanto a teoria da anomia de Robert Merton como a Escola de Chicago assumiram uma
postura de rejeição do funcionalismo, podendo ser caracterizadas como teorias fundadas
sobre o conflito, e não sobre o consenso.
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ETIQUETAR ou ROTULAR é um título para uma série de descrições do fenômeno das negativações morais
de comportamento, em especial as criminais, assumindo que o ato de “etiquetar ” tem consequências em
relação ao próprio comportamento do etiquetado.
Willian I. Thomas (1863-1947) afirmou, ainda no âmbito da Escola de Chicago, que “situações definidas
como reais serão reais em suas consequências”.
A grande novidade, aqui, é a mudança das perguntas: não mais “por que o criminoso comete crimes”,
mas “por que tais pessoas são tratadas como criminosos e outras não”; não mais os motivos do crime,
mas os critérios – mecanismos de seleção – das agências de controle.
Há, portanto, uma ruptura metodológica e epistemológica com a criminologia tradicional: abandono do
paradigma etiológico (sobretudo no plano individual).
- Demonstrou a relatividade do conceito de “crime”, definido por ele não como uma qualidade do ato,
mas como um “ato qualificado”. Não existiria, então, um conceito naturalístico ou essencialista de crime,
sendo sua definição sempre uma questão de definição. O desviante, por sua vez, seria aquele a quem tal
etiqueta é aplicada com sucesso.
- Em 1951 publicou “Social Pathology”, propondo um modelo geral chamado “resposta societal”:
O reforço do desvio primário constituiria o desvio secundário – incorporando o desvio primário como
parte de sua identidade.
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Desse modo, a resposta do ambiente é fundamental. Em outros termos, “um dos elementos que
estabilizam e determinam o diagnóstico é o próprio diagnóstico”!
- Rejeição do conceito meramente reativo de controle social de Talcott Parsons, criando a noção de
controle social ativo, relacionado ao conceito de desvio secundário.
- Conceitos importantes oriundos de sua obra: instituições totais, estigmas, processos de desculturação
e aculturação, entre outros.
Crítica que abriu caminho para a ‘criminologia crítica’: - Acusação de que não houve preocupação com
as relações de poder precedendo as definições de “crime”, “desvio”, etc.: a teoria do etiquetamento não
seria, assim, suficientemente politizada, havendo que se recuperar como central a tomada em conta da
estrutura econômica e das relações de produção.
B) CRIMINOLOGIA CRÍTICA
Contexto: a partir das décadas de 60/70. Politização e exigência de se tomar um lado, do ponto de vista
dos conflitos políticos e sociais do período - daí a crítica ao interacionismo e à teoria do etiquetamento
como “despolitizados”, não sendo capazes de oferecer uma interpretação global e completa do fenômeno
criminal.
- a seletividade do sistema de justiça criminal, compreendida como uma característica fisiológica, e não
patológica.
- uma criminologia comprometida com a transformação social e com a defesa de direitos humanos.
De acordo com Alessandro BARATTA, a criminologia crítica se preocupa em dizer como é distribuído o
poder de definição das condutas e dos sujeitos como criminosos, denunciando como a distribuição desse
poder de definição reflete a desigualdade nas relações de poder e propriedade.
“Criminalização primária é o ato e o efeito de sancionar uma lei penal material, que incrimina ou permite
a punição de certas pessoas (...) a criminalização secundária é a ação punitiva exercida sobre pessoas
concretas, que ocorre quando as agências policiais detectam uma pessoa, atribuem-lhe a realização de
certo ato criminalizado primariamente, investigam-na, em alguns casos privam-na de sua liberdade de
locomoção, submetem-na à agência judicial, a qual legitima a atuação pretérita, admite um processo
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(ou seja, o prosseguimento de uma série de atos secretos ou públicos para estabelecer se essa pessoa
realmente realizou a ação criminalizada), discute-se publicamente se a realizou e, em caso afirmativo,
admite a imposição de uma pena de determinada magnitude que, se privar uma pessoa de sua liberdade
de locomoção, executa-se em uma agência penitenciária (prisionalização).” (Trad. Livre. ZAFFARONI,
Eugenio Raul et alli. Derecho Penal, p. 7).
- Enquetes de vitimização: pesquisas por amostragem visando detectar a cifra oculta e obter dados mais
completos em relação às estatísticas criminais oficiais.
(Perito Criminal 2013). A teoria do labelling approach, a qual explica que a criminalidade não é
uma qualidade da conduta humana, mas a consequência de um processo em que se atribui tal
estigmatização, também é denominada teoria
a) Da desorganização social
b) Da rotulação ou do etiquetamento
c) Da neutralização
d) Da identificação diferencial
e) Da anomia
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d) A criminologia crítica pode ser vista como um componente ou dimensão interna à teoria
do etiquetamento.
e) Uma das características dos teóricos do etiquetamento sempre foi seu forte engajamento
e militância política, tendo por fulcro a crítica ao modo de produção capitalista.
(Médico Legista 2013). A expressão “cifra negra” em Criminologia corresponde ao número de:
c) Criminosos reincidentes.
(Escrivão de Polícia 2010). Consolidada na década de 1970 e inspirada nas ideias marxistas, alçou
a sociedade capitalista à categoria de principal desencadeador da criminalidade. O texto se refere
à:
a) Teoria ecológica.
c) Teoria da anomia.
d) Teoria da subcultura.
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e) Teoria crítica.
(CEI) De acordo com as reflexões das criminologias críticas, assinale a alternativa correta sobre o
conceito de “cifra negra ou oculta” da criminalidade:
c) O conceito de “cifra negra ou oculta” fortalece a postura político-criminal que luta por
um sistema penal igual para todos.
e) Diante do conceito de “cifra negra ou oculta”, nenhum novo instrumento de pesquisa foi
elaborado na tentativa de superar as falhas das estatísticas oficiais.
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- vitimização terciária: processos de estigmatização por parte da própria comunidade em relação à vítima.
PREVENÇÃO
A prevenção fora do âmbito do sistema penal pode ser de tipo situacional ou social. Será situacional
quando o objetivo for tornar mais difícil o cometimento do ato desviante, através do desincentivo ao
autor e o reforço da proteção das potenciais vítimas; e será de tipo social quando buscar modificar
as causas (sociais, culturais, econômicas) dos processos de criminalização e vitimização. A prevenção
integrada, por fim, é constituída com a combinação de elementos de ambas.
As políticas de prevenção situacional visam retirar do foco a preocupação tradicional com as “causas
do crime” como comportamento individual, defendendo, em seu lugar, a atuação sobre as situações
tidas como determinantes para que o crime possa ocorrer. Formulada e prevalente no Reino Unido,
especialmente por proposta dos setores políticos mais conservadores, tais políticas se difundiram por
todo o mundo visando, por um lado, reduzir oportunidades para o cometimento de atos “de incivilidade”,
estejam tipificados como crimes ou não, e por outro, aumentar os riscos para quem os comete, tomando
por pressuposto, como se vê, um modelo fundado na “escolha racional”4.
Na modalidade tecnológica, busca-se elevar a segurança de uma determinada região através do incremento
de dispositivos de vigilância, por exemplo com a presença ostensiva da polícia, com a instalação de
mecanismos de vigilância eletrônica e alarme ou simplesmente com a iluminação adequada de uma rua.
O primeiro problema apontado é a impossibilidade material de sua realização plena, visto que é possível
apenas em uma determinada região e em determinado período de tempo. Em segundo lugar, tendo
em vista a necessidade de seleção de recursos, é comum que se acabe privilegiando uma área ou classe
social, vindo a se aumentar a segurança de alguns através da diminuição da segurança de outros.
Já em sua concepção participativa, integra-se as pessoas através de Conselhos de Segurança nos bairros,
ou mesmo grupos de vítimas reais ou potenciais que se unem contra determinado tipo de criminalidade.
Não obstante a participação comunitária seja saudável e necessária em todos os âmbitos, não se pode
deixar de notar que muitas vezes se ocultam em tais movimentos indesejadas manifestações de desejo
de vingança privada.
4 CLARKE, Ronald V. G. “’Situational’ Crime Prevention: Theory and Practice”. British Journal of Criminology, v. 20, n. 2, p. 139
e ss.
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A prevenção através de ações sociais, também chamadas de tipo social-comunitário, é um típico produto
do Estado de Bem-Estar Social. Trata-se, afinal, de investir no atendimento às necessidades básicas da
população e na garantia dos direitos fundamentais.
O principal problema apontado é que tais ações, por sua própria natureza, não têm destinatários
individualizados e não são passíveis de verificação quanto aos resultados, acabando por serem
inevitavelmente deslegitimadas como insuficientes, exatamente por não serem capazes de produzir,
subjetivamente, mais segurança.
A primeira dimensão recuperaria uma distinção já utilizada em medicina entre prevenção (a) primária,
(b) secundária e (c) terciária, referentes à especificidade dos destinatários e indicando respectivamente
políticas dirigidas (a) à generalidade dos cidadãos ou situações, (b) aos grupos ou áreas considerados
mais propriamente “de risco” e sujeitos à incidência da criminalidade; e (c) àqueles já incursos em uma
sequência de comportamentos desviantes ou de vitimização.
Já o segundo grupo de critérios diferencia a prevenção conforme orientada especificamente (a) aos
autores de comportamentos desviantes, (b) às situações/áreas de risco e (c) às vítimas em potencial ou
concretas. Combinando-se as duas perspectivas, tem-se nove combinações que compõem o que se
chama de políticas de prevenção integrada.
Políticas orientadas aos autores podem ser primárias, quando aplicadas de forma genérica a toda a
população – através de campanhas educativas e pela paz, por exemplo –; secundárias quando focadas
em um determinado grupo considerado como “de risco”, por exemplo através da recuperação de toxico-
dependentes; ou terciárias, se voltadas diretamente à readaptação de egressos do sistema prisional,
programas com menores infratores, reincidentes em geral, e assim por diante.
Políticas de prevenção orientadas às situações ou áreas de risco também podem ser primárias, secundárias
ou terciárias conforme se refiram, respectivamente, a uma área genérica, a regiões de risco ou a zonas
específicas nas quais já se tenha a incidência de uma alta taxa de criminalidade.
Por fim, a prevenção orientada às vítimas é primária quando se tem por destinatário toda a população
tomada como vítima em potencial – exemplo recorrente neste ponto é a cartilha para “evitar assaltos”
–, é secundária quando considera grupos de pessoas sob risco concreto de vitimização – por exemplo,
mulheres sozinhas à noite, e é terciária quando trabalha com aqueles que já passaram por tal experiência.
MEDO DO CRIME
Tema dos mais atuais no âmbito da criminologia crítica, trata-se de desconstruir o “medo do crime” como
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A insegurança objetiva seria o risco “real” de vitimização, enquanto a subjetiva seria tal percepção individual
de riscos, não necessariamente correspondendo à primeira.
O aporte crítico demonstra não haver qualquer linearidade entre a probabilidade “objetiva” de vitimização
em determinado contexto e o sentimento maior ou menor de insegurança – a percepção individual dos
riscos – da população do mesmo local. Em outras palavras, não há relação direta entre as alterações nas
taxas de criminalidade e a percepção subjetiva de insegurança, sendo esta o produto de uma construção
social bastante complexa dentro da qual o risco real de vitimização, seja qual for, ocupa um papel
relativamente marginal.
d) Que ocorre no meio social em que vive a vítima e é causada pela família, por grupo de
amigos, etc.
(Investigador de Polícia 2013). Quando ocorre a falta de amparo da família, dos colegas de
trabalho e dos amigos, e a própria sociedade não acolhe a vítima, incentivando-a a não denunciar
o delito às autoridades, ocorrendo o que se chama de cifra negra, está-se diante da vitimização:
a) caracterizada
b) descaracterizada
c) secundária
d) primária
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e) terciária
(Delegado de Polícia 2013). A prevenção criminal que está voltada à segurança e qualidade de
vida, atuando na área da educação, emprego, saúde e moradia, conhecida universalmente como
direitos sociais e que se manifesta a médio e longo prazos, é chamada pela criminologia de
prevenção:
a) primária
b) individual
c) secundária
d) estrutural
e) terciária
b) Atuação, por meio de ações policiais, sobre os grupos que apresentam maior risco de
sofrer ou de praticar delitos.
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de seu ato.
b) A discriminação sofrida pela vítima pela sua própria comunidade se insere como
componente dos processos de vitimização secundária.
c) De acordo com a vitimologia crítica, o resgate do papel das vítimas de crime na resolução
de conflitos deve ser rejeitado por ser um estímulo à vingança privada.
d) O tratamento jurídico-penal dado pela Lei 11.340/06 (Lei Maria da Penha) às vítimas e
aos agressores em contexto de violência doméstica contra a mulher se adequa às premissas
e princípios da justiça restaurativa.
(Delegado de Polícia 2011). O movimento “lei e ordem” e a teoria das “janelas quebradas” (“broken
windows”) defendem que pequenas infrações, quando toleradas, podem levar à prática de delitos
mais graves. O texto se refere à:
a) Criminologia radical.
b) Defesa social.
c) Tolerância zero.
d) Escola retribucionista.
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( F ) Entende-se por cifra negra da criminalidade o conjunto de crimes cuja violência produz
elevada repercussão social.
( V ) Programas do tipo “tolerância zero” são estimulados pelo fracasso das políticas públicas
de ressocialização dos apenados, uma vez que os índices de reincidência a cada dia estão
mais altos.
c) A criminologia crítica e radical defende a ideia de que a prisão pode ser imediatamente
abolida em face de sua desnecessidade, considerando que já hoje um grande percentual de
delitos não chega sequer a ser objeto de registro oficial.
(CEI) Assinale a assertiva que associa CORRETAMENTE a teoria criminológica indicada com uma
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