Você está na página 1de 2

CAPÍTULO 17

INTRODUÇÃO
- Potlach (Franz Boas): forma de troca ritual que consistia em encontros
tribais entre comunidades que rivalizavam entre si, por meio da destruição de riquezas.
Marcada pelas obrigações de dar, receber e retribuir (princípio da reciprocidade).
* Trocas agonísticas ou prestações totais de tipo agonístico - Marcel
Mauss: trocas extremamente competitivas. Realizado através de expedições
marítimas que mobilizavam as ilhas Trobriand.
- Kula (Malinowski): troca cerimonial de braceletes de conchas e colares
fixado por regras tribais. Em ambos os casos os objetos raramente utilizados. Associadas a
esse tipo de troca, outras ações eram depreendidas, tais como: construção de canoas, rituais
mortuários, além do comércio de artigos comuns. Marcada pelas obrigações de dar, receber e
retribuir (princípio da reciprocidade - para os nativos Hau: espírito da coisa dada inerente ao
objeto transacionado).

- Boas e Malinowski apreendem os significados simbólicos e rituais dessas


trocas. Logo, esses autores iluminaram a racionalidade presente nas trocas em destaque,
dentro de seus contextos sociais.
- As trocas possuíam a função sociológica específica de construção e
manutenção de laços sociais entre os grupos.
- Mauss: percebe que nas trocas, não eram os indivíduos, mas sim a
coletividade que se representavam. Observa correspondências dessas trocas nas sociedades
modernas.
- Mauss alerta que a ciência deve tratar os fenômenos como fatos sociais
totais, isto é, devem ser observados ao mesmo tempo em todas as dimensões sociais.
- Formalistas: visão formal da economia em que estuda o comportamento
humano enquanto uma relação entre meios escassos visando alcançar fins alternativos.
- Substancialistas: visão da economia como as formas e estruturas sociais de
produção, distribuição e da circulação de bens que caracterizam a sociedade num determinado
momento de sua existência.
* Karl Polanyi: cita que apesar do mercado ser uma estrutura antiga,
desde a pré-história da humanidade, não existiu nenhum sistema econômico anterior à
sociedade capitalista moderna que fosse controlado e regulado pelo mercado. Os
sistemas econômicos estavam incrustados nas relações sociais como um todo. Pode-
se afirmar que nessas sociedades a economia era dirigida por interesses “não-
econômicos”, pois o processo de produção e de distribuição e circulação de bens
estavam mais atrelados ao conjunto de interesses sociais, os quais asseguravam a
necessidade das ações de caráter econômico, em vem de estarem estritamente ligados
ao caráter econômico de posse de bens.
- Para Polanyi, no caso das sociedades capitalistas modernas as
relações sociais estão submetidas à lógica do sistema econômico.
- Marshall Sahlins: pensa a cultura como sistema simbólico. Critica a
noção de que as mercadorias na sociedade capitalista são geradas a partir da atividade
prática (empírica) e a partir de um interesse estritamente utilitário (sem valor
simbólico). Destaca como qualidade distintiva do homem o fato dele viver de acordo
com um esquema de significações criadas no seio da cultura, e não em um mundo
material. Realça a característica da cultura, não o fato dela se amoldar às pressões
materiais, mas sim de fazê-lo conforme um esquema de significação definido social e
historicamente.
- Mary Douglas e Baron Isherwood: o consumo possui uma
importância prática quanto ideológica, tendo papel estrutural na sociedade. A ação de
comprar reveste-se de um valor simbólico social servindo de meio para expressar
categorias, cultivar ideias e marcas e distinguir estilos de vida, apartado do seu
caráter de essencialidade para a subsistência.

Você também pode gostar