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SUMÁRIO
Para ajudar a memorizar o nome das entidades que compõem a administração pública indireta, use a palavra
FASE, veja a seguir:
Fundação Pública;
Autarquia;
Sociedade de Economia Mista;
Empresa Pública
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Essa relação entre as duas é formalizada por uma relação de vinculação. Sendo assim, a administração
pública indireta é vinculada à administração pública direta.
A expressão vinculação significa que entre a administração pública direta e a indireta não existe
hierarquia e subordinação. Logo, conclui-se que existe uma relação entre ambas, essa relação não é uma relação
hierárquica e por meio desse vínculo entre elas é que a administração pública direta controla a entidade da
administração pública indireta instituída.
O controle realizado pela administração pública direta sobre a entidade administrativa instituída é
chamado de controle finalístico, supervisão ministerial ou poder de tutela.
A competência para iniciar o processo legislativo, que tem por objetivo instituir uma entidade da
administração pública indireta, é do chefe da respectiva administração pública. Em regra, compete ao chefe do
poder executivo (presidente da república, governador do estado e prefeito municipal) a propositura do projeto de lei
que institui os entes administrativos.
A lei responsável pela formalização da instituição da entidade da administração pública indireta pode
instituir a respectiva entidade de duas formas: ou a lei cria diretamente a entidade, ou a lei autoriza a criação da
entidade.
Quando a lei cria diretamente a entidade, nasce uma entidade administrativa com personalidade
jurídica de direito público. É dessa forma que SEMPRE nascem as autarquias e que, EVENTUALMENTE, pode ser
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instituída uma fundação pública. Nesses casos, a formalização da instituição da entidade não depende de nenhum
tipo de registro em cartório ou em junta comercial.
Quando a lei autoriza a criação da entidade, nasce uma entidade administrativa com personalidade
jurídica de direito privado. É dessa forma que SEMPRE nascem as empresas públicas e sociedades de economia mista
e que, eventualmente, pode ser instituída uma fundação pública. Nesses casos, a formalização da instituição da
entidade depende de registro em cartório ou em uma junta comercial.
As entidades da administração pública indireta não podem, em nenhuma hipótese, ser instituídas
somente por decreto do chefe do respectivo poder, ou seja, não existe criação de entidade administrativa por meio
de decreto, somente por meio de lei.
MUITO IMPORTANTE!!!
O critério adotado para definir a personalidade jurídica das entidades da administração pública indireta
é apenas o fato de a entidade ter sido criada por lei ou autorizada a criação pela lei, sendo que no primeiro caso a
entidade administrativa é sempre pessoa jurídica de direito público e no segundo caso ela é sempre pessoa jurídica
de direito privado.
As entidades da administração pública indireta não podem, em nenhuma hipótese, ser extintas
somente por decreto.
1.5 AUTARQUIA
Neste tópico será apresentado o conceito que define a autarquia e as suas principais características.
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1.5.1 CONCEITO DE AUTARQUIA
Autarquia é a pessoa jurídica de direito público, criada por lei, com capacidade de autoadministração,
para o desempenho de serviço público ou atividades típicas do Estado, de modo descentralizado.
Por autarquia comum deve se entender as autarquias ordinárias, aquelas que se submetem a regime
jurídico comum das autarquias. Na esfera federal, o regime jurídico comum das autarquias é o Decreto-Lei 200/67.
Se a autarquia além das regras do regime jurídico comum ainda é alcançada por alguma regra especial,
peculiar as suas atividades, será esta autarquia considerada uma autarquia em regime especial.
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1.5.3.3 AGÊNCIAS REGULADORAS
As agências reguladoras são espécies de autarquia responsáveis por regular, normatizar e fiscalizar
determinados serviços públicos que foram delegados ao particular. Em razão dessa característica, elas têm mais
liberdade e maior autonomia, comparadas com as Autarquias comuns.
O consórcio público é pessoa jurídica formada exclusivamente por entes da Federação, na forma da Lei
nº 11.107 de 2005, para estabelecer relações de cooperação federativa, inclusive a realização de objetivos de
interesse comum, constituída como associação pública, com personalidade jurídica de direito público e natureza
autárquica, ou como pessoa jurídica de direito privado sem fins econômicos.
Sendo assim, não é todo consórcio público que representa uma Autarquia Inter-federativa, somente os
consórcios públicos com personalidade jurídica de direito público. Os consórcios públicos com personalidade jurídica
de direito privado não são considerados autarquias.
Caso a fundação pública tenha sido instituída por meio de autorização da lei, essa fundação pública não
é uma autarquia fundacional ou fundação autárquica, é somente uma fundação pública comum.
Apesar da definição de fundação pública apresentada no Decreto-Lei 200/67, as fundações públicas não
são sempre criadas por autorização da lei. Em regra, as fundações públicas são pessoas jurídicas de direito privado,
pois sua criação é autorizada pela lei, entretanto, excepcionalmente, uma Fundação Pública pode vir a ser criada
pela lei e nesse caso ela será uma pessoa jurídica de direito público. Quando isso acontecer o nome empregado para
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tal entidade é FUNDAÇÃO AUTÁRQUICA ou AUTARQUIA FUNDACIONAL, que nada mais é do que uma espécie de
Autarquia.
Sendo assim, neste tópico será apresentado um conceito comum para definir tanto as empresas
públicas, quanto as sociedades de economia mista e também serão apresentadas as principais características
comuns a ambas.
Quando é dito que o capital da empresa pública deve ser 100% do poder público, isso significa que
qualquer entidade da administração pública direta e indireta pode ser sócia de uma empresa pública. O que não é
admitido é o capital de pessoas ou instituições que não compõe a estrutura da administração pública
8. A empresa pública pode ser constituída sob qualquer forma social jurídica;
9. A justiça competente para julgar as ações judiciais de que as empresas públicas fazem parte é:
Empresas Públicas Federais = Justiça Federal;
Empresas públicas estaduais, distritais ou municipais = Justiça Estadual.
10. Exemplos de empresas públicas: Correios, Caixa Econômica Federal.
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2 ÓRGÃO PÚBLICO
Várias teorias foram desenvolvidas com o objetivo de conceituar a expressão órgão público, dentre elas
destacam-se a teoria do mandato, a teoria da representação e a teoria geral do órgão. As duas primeiras não foram
adotadas no Brasil, sendo assim, conclui-se que a teoria que fundamenta e dá significado para a expressão órgão
público é a teoria geral do órgão.
Segundo a teoria geral do órgão, os órgãos são centros despersonalizados de competências e possuem
necessariamente funções, cargos e agentes.
Órgãos públicos não são pessoas físicas e nem pessoas jurídicas, sendo assim, eles não são pessoas e
não tem personalidade jurídica.
É comum haver questões de prova afirmando que o órgão público tem personalidade jurídica de direito
público ou privado, essa afirmação é errada, pois órgão público não tem personalidade jurídica de direito de nenhum
tipo.
Muitas pessoas se assustam com essa regra, devido ao fato de os órgãos públicos possuírem CNPJ,
realizarem licitações e também por celebrarem contratos públicos, todavia essas situações não devem ser levadas
em consideração neste momento.
O CNPJ não é suficiente para conferir personalidade jurídica para o órgão público, e o CNPJ é um
instituto que interessa ao direito civil e ao direito tributário, o direito administrativo não o considera.
Os órgãos públicos não são pessoas, mas sim partes das pessoas jurídicas que compõem as entidades da
administração pública direta e indireta, ou seja, eles integram a estrutura orgânica das pessoas jurídicas que
pertencem.
3. Órgãos públicos não possuem personalidade judiciária (capacidade processual), salvo os órgãos
independentes e autônomos que podem impetrar Mandado de Segurança em defesa de suas
prerrogativas constitucionais, quando violadas por outro órgão;
Os órgãos públicos não são pessoas, e por isso, em regra, eles não têm capacidade processual, todavia,
essa regra não é absoluta, pois comporta duas exceções. Existem dois tipos de órgãos públicos (órgãos
independentes e os órgãos autônomos) que possuem capacidade processual para defesa de prerrogativas
constitucionais quando violadas por outro órgão. Sendo assim, se você encontrar uma questão de prova que afirma
que os órgãos públicos não têm capacidade processual, considere-a CERTA. Se você encontrar uma questão de prova
que afirma que os órgãos públicos NUNCA têm capacidade processual, considere-a errada.
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Os órgãos públicos não são pessoas e, por isso, eles não têm direitos patrimônios, sendo assim, o
patrimônio utilizado dentro de um órgão público para execução do serviço de competência desse órgão, não é de
titularidade do órgão, mas sim da pessoa jurídica da administração pública a que este órgão está ligado.
Os órgãos públicos estão estruturados dentro do corpo da pessoa jurídica a que pertencem em uma
estrutura que apresenta hierarquização entre eles, ou seja, existem órgãos superiores e órgãos subordinados.
Quando o agente público que trabalha no órgão está executando as suas atividades, a conduta desse
agente público é imputada à pessoa jurídica a que este agente está ligado pelo órgão. Em razão disso, caso a conduta
do agente público cause prejuízo para um particular, este particular não pode processar diretamente o agente
público ou o órgão público em que este agente trabalha, mas sim a pessoa jurídica a que este agente está atuando
em nome. Isso não significa que não haverá responsabilização para o agente público que causou o prejuízo. O agente
público vai ser responsabilizado perante a entidade que trabalha e a entidade é responsabilizada perante o
particular prejudicado.
3 QUESTÕES
1. Os municípios, assim como os estados-membros, poderão ter sua administração indireta, em razão da
autonomia a eles conferida pela CF.
2. É defesa aos Poderes Judiciário e Legislativo a criação de entidades da administração indireta, como
autarquias e fundações públicas.
3. As autarquias somente podem ser criadas mediante lei específica, enquanto empresas públicas,
sociedades de economia mista e fundações, que integram a administração indireta, podem ter sua
criação autorizada mediante decreto do presidente da República.
5. A figura do instituidor, que faz a doação patrimonial; o objeto, consistente em atividades de interesse
social; e a ausência de fins lucrativos constituem elementos essenciais no conceito de fundação pública.
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6. Empresas públicas são aquelas entidades da administração indireta que possuem personalidade jurídica
de direito privado e cujo capital admite recursos da iniciativa privada, desde que, no mínimo, 51% dele
consista de recursos públicos.
8. As sociedades de economia mista sujeitam-se ao regime trabalhista próprio das empresas privadas.
9. Segundo o entendimento do STJ, a câmara municipal não possui personalidade jurídica, mas apenas
personalidade judiciária, de modo que somente pode demandar em juízo para defender os seus direitos
institucionais, entendidos estes como sendo os relacionados ao funcionamento, à autonomia e à
independência do órgão.
10. Os órgãos administrativos são pessoas jurídicas de direito público que compõem tanto a administração
pública direta quanto a indireta.
3.1 GABARITO
1-C; 2-E; 3-E; 4-E; 5-C; 6-E; 7-E; 8-C; 9-C; 10-E.
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