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Estatística|Material Complementar

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NOÇÕES DE ESTATÍSTICA
Prof. Altevir Carneiro

8. GRÁFICOS ESTATÍSTICOS

O gráfico estatístico é uma forma de apresentação dos dados estatísticos, cujo objetivo é o de produzir, no
investigador ou no público em geral, uma impressão mais rápida e viva do fenômeno em estudo, já que os gráficos
falam mais rápido à compreensão do que as séries.

Para tornarmos possível uma representação gráfica, estabelecemos uma correspondência entre os termos da série e
determinada figura geométrica, de tal modo que cada elemento da série seja representado por uma figura
proporcional.

A representação gráfica de um fenômeno deve obedecer a certos requisitos fundamentais para ser realmente útil:
a. Simplicidade: o gráfico deve ser destituído de detalhes de importância secundária, assim como de traços
desnecessários que possam levar o observador a uma análise morosa ou com erros;
b. Clareza: o gráfico deve possibilitar uma correta interpretação do s valores representativos do fenômeno em
estudo;
c. Veracidade: o gráfico deve expressar a verdade sobre o fenômeno em estudo.

Os principais tipos de gráficos são os diagramas, os cartogramas e os pictogramas.

8.2. DIAGRAMAS

Os diagramas são gráficos geométricos de, no máximo, duas dimensões; para sua construção, em geral, fazemos uso
do sistema cartesiano.

Dentre os principais diagramas, destacamos:

8.2.1. Gráfico em linha ou em curva

Esse tipo de gráfico se utiliza da linha poligonal para representar a série estatística. Constitui uma aplicação do
processo de construção do gráfico de uma função no sistema de coordenadas cartesianas.

Exemplo:

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8.2.2. Gráfico em colunas ou em barras

É a representação de uma série por meio de retângulos, dispostos verticalmente (em colunas) ou horizontalmente
(em barras).

Quando em colunas, os retângulos têm a mesma base e as alturas são proporcionais aos respectivos dados. Quando
em barras, os retângulos têm a mesma altura e os comprimentos são proporcionais aos respectivos dados. Desse
modo, estamos garantindo a proporcionalidade entre as áreas dos retângulos e os dados estatísticos.

Exemplos:
a) gráfico em colunas

b) gráfico em barras

8.2.3. Gráfico em colunas ou em barras múltiplas

Esse tipo de gráfico é geralmente empregado quando queremos representar, simultaneamente, dois ou mais
fenômenos estudados com o propósito de comparação.

Exemplo:

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8.2.4. Gráfico em setores

Esse gráfico é construído com base em um círculo, e é empregado sempre que desejamos ressaltar a participação do
dado no total.

O total é representado pelo círculo, que fica dividido em tantos setores quantas são as partes. Os setores são tais
que suas áreas são respectivamente proporcionais aos dados da série. Obtemos cada setor por meio de regra de três
simples e direta, lembrando que o total da série corresponde a 360°.

Exemplo:

8.3. GRÁFICO POLAR

É o gráfico ideal para representar séries temporais cíclicas, isto é, séries temporais que apresentam em seu
desenvolvimento determinada periodicidade, como, por exemplo, a variação da precipitação pluviométrica ao longo
do ano ou da temperatura ao longo do dia, a arrecadação da Zona Azul durante a semana, o consumo de energia

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elétrica durante o mês ou o ano, o número de passageiros de uma linha de ônibus ao longo do dia ou da semana,
etc.

O gráfico polar faz uso do sistema de coordenadas polares.

Exemplo:

8.4. CARTOGRAMA

O cartograma é a representação sobre uma carta geográfica (mapa).

Este gráfico é empregado quando o objetivo é o de figurar os dados estatísticos diretamente relacionados com áreas
geográficas ou políticas.

Exemplo:

8.5. PICTOGRAMA

O pictograma constitui um dos processos gráficos que melhor fala ao público, pela sua forma ao mesmo tempo
atraente e sugestiva. A representação gráfica consta de figuras.

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Na confecção de gráficos pictóricos temos que utilizar muita criatividade, procurando obter uma otimização na união
da arte com a técnica.

Exemplo:

8.6. GRÁFICOS ESPECÍFICOS DA ESTATÍSTICA

Alguns gráficos são utilizados de forma mais específica, para ilustrar as tabelas de dados agrupados, chamadas
distribuição de frequências.

As distribuições de frequências podem apresentar dados agrupados sem intervalos de classe (geralmente feita
quando a variável é quantitativa discreta) ou dados agrupados com intervalos de classe (quando a variável é
quantitativa contínua ou quando, mesmo sendo discreta, apresentar grandes variações de respostas).

8.6.1. GRÁFICO DE HASTES

Uma distribuição de frequências sem intervalos de classe é representada graficamente por um diagrama onde cada
valor da variável é representado por um segmento de reta vertical (haste) de comprimento proporcional à respectiva
frequência. Esse diagrama é chamado gráfico de hastes.

Exemplo:

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8.6.2. HISTOGRAMA

Uma distribuição de frequências com intervalos de classe é representada graficamente por um diagrama chamado
histograma.

O histograma é formado por um conjunto de retângulos justapostos, cujas bases se localizam sobre o eixo
horizontal, de tal modo que seus pontos médios coincidam com os pontos médios dos intervalos de classe.

As larguras dos retângulos são iguais às amplitudes dos intervalos de classe. As alturas dos retângulos devem ser
proporcionais às frequências das classes, sendo a amplitude dos intervalos igual. Isso nos permite tomar as alturas
numericamente iguais às frequências.

As classes são representadas pelos retângulos, sendo um para cada classe, dispostos vertical e contiguamente (sem
espaço entre eles). As bases serão determinadas pelos limites destas classes (limites inferior e superior) e cujas
alturas serão determinadas pelas frequências de cada classe.

Exemplo:

O histograma goza de uma propriedade bastante utilizada na Estatística Indutiva: a área de um histograma é
proporcional à soma das frequências. No caso de usarmos as frequências relativas, obtemos um gráfico de área
unitária. Quando queremos comparar duas distribuições, o ideal é fazê-lo pelo histograma de frequências relativas.

8.6.3. Poligonal Característica

É o gráfico construído a partir do histograma, utilizando-se apenas os contornos deste.

Exemplo:

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8.6.4. Polígono de Frequência

O polígono de frequência é um gráfico em linha, sendo as frequências marcadas sobre perpendiculares ao eixo
horizontal, levantadas pelos pontos médios dos intervalos de classe.

Para realmente obtermos um polígono (linha fechada), devemos completar a figura, ligando os extremos da linha
obtida aos pontos médios da classe anterior a primeira e da posterior à última, da distribuição.

Exemplo:

Sobrepondo-se o Histograma e o Polígono de Frequência, pode-se observar que a área formada pelos retângulos é
igual à área do polígono.

8.6.5. Curva de Frequência

Como, em geral, os dados coletados pertencem a uma amostra extraída de uma população, podemos imaginar as
amostras tornando-se cada vez mais amplas e a amplitude das classes ficando cada vez menor, o que nos permite
concluir que a linha poligonal (contorno do polígono de frequência) tende a se transformar numa curva – a curva de
frequência –, mostrando, de modo mais evidente, a verdadeira natureza da distribuição da população.

Podemos dizer, então, que, enquanto o polígono de frequência nos dá a imagem real do fenômeno estudado, a
curva de frequência nos dá a imagem tendencial.

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Assim, após o traçado de um polígono de frequência, é desejável, muitas vezes, que se lhe faça um polimento, de
modo a mostrar o que seria tal polígono com um número maior de dados.

Esse procedimento, é claro, não nos dará uma certeza absoluta de que a curva obtida – curva polida – seja tal qual a
curva resultante de um grande número de dados. Porém, podemos afirmar que ela assemelha-se mais à curva de
frequência do que o polígono de frequência obtido de uma amostra limitada.

O polimento, geometricamente, corresponde à eliminação dos vértices da linha poligonal. Consegue-se isso com o
emprego de fórmula matemática para encontrar as frequências calculadas, tema que não abordaremos nesse curso.

As curvas de frequências são utilizadas para entender algumas propriedades presentes no estudo das medidas de
posição e das medidas de dispersão.

Exemplo:

8.6.5.1. As formas da Curva de Frequência

As curvas de frequência assumem a forma característica de sino.

As curvas em forma de sino caracterizam-se pelo fato de apresentarem um valor máximo na região central.

São muitos os fenômenos que oferecem distribuições em forma de sino: a estatura de adultos, o peso de adultos, a
inteligência medida em testes mentais, os preços relativos.

Distinguimos as curvas em forma de sino simétrica e assimétrica.

A curva simétrica caracteriza-se por apresentar o valor máximo no ponto central e pelo fato de os pontos
equidistantes desse ponto central terem a mesma frequência.

Exemplo:

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Na prática, não encontramos distribuições perfeitamente simétricas. As distribuições obtidas nas medições reais são
mais ou menos assimétricas, em relação à frequência máxima. Assim, as curvas correspondentes a tais distribuições
apresentam a cauda de um lado da ordenada máxima mais longa do que do outro. Se a cauda mais alongada fica à
direita, a curva é chamada assimétrica positiva. Se a cauda se alonga à esquerda, a curva é chamada assimétrica
negativa.

Exemplo:

8.6.6. Polígono de Frequência Acumulada

O polígono de frequência acumulada é traçado marcando-se as frequências acumuladas sobre perpendiculares ao


eixo horizontal, levantadas nos pontos correspondentes aos limites superiores dos intervalos de classe.

Trata-se de um gráfico em forma de ogiva.

Exemplo:

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