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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DE MOÇAMBIQUE

ENGENHARIA GEOLÓGICA E DE MINAS

Estatística

Gráficos de frequência

Turma: A

Discentes:
Darwin Mapute

Júlio Munguambe
Omeise Badrú
Yassin Vala
Docente: Salomão Munguambe

Maputo, 8 Maio de 2022


Índice
Introdução........................................................................................................................................1

2.1. Procedimento....................................................................................................................3

2.2. Tipos de histograma......................................................................................................5

2.2.1. Histograma Simétrico ou unimodal...........................................................................5

2.2.2. Histograma distorcido a direita..................................................................................5

2.2.3. Histograma distorcido a esquerda..............................................................................6

2.2.4. Histograma bimodal...................................................................................................7

2.2.5. Histograma multimodal.............................................................................................7

2.2.6. Histograma platô (achatado)......................................................................................8

3. Polígono de frequência.............................................................................................................8

4. Ogiva......................................................................................................................................10

5. Gráficos circulares..................................................................................................................11

5.1. Quando usar o gráfico circular........................................................................................12

6. Gráficos de barras...................................................................................................................13

6.1. Diferença entre gráfico de barras e histograma..............................................................15

Referencias bibliográficas.............................................................................................................16
Introdução
Ao realizar um estudo estatístico, o pesquisador deve coletar dados para a variável específica em
estudo. Por exemplo, se um pesquisador deseja estudar o número de pessoas que foram picadas
por cobras venenosas em uma área geográfica específica nos últimos anos, ele deve coletar os
dados de vários médicos, hospitais ou departamentos de saúde.

Para descrever situações, tirar conclusões ou fazer inferências sobre eventos, o pesquisador deve
organizar os dados de alguma forma significativa. O método mais conveniente de organizar os
dados é construir uma distribuição de frequência.

Após a organização dos dados, o pesquisador deve apresentá-los para que possam ser
compreendidos por quem se beneficiará com a leitura do estudo. O método mais útil de
apresentar os dados é construir tabelas e gráficos estatísticos. Existem muitos tipos diferentes de
tabelas e gráficos, e cada um tem uma finalidade específica.

O presente trabalho explica como se comportam os diferentes gráficos. Os gráficos ilustrados


aqui são histogramas, polígonos de frequência, ogivas, gráficos circulares, e gráficos de barras.

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1. Gráficos

Gráficos são tabelas que consistem em pontos, linhas e curvas. As tabelas são desenhadas em
folhas de gráfico. Escalas adequadas devem ser escolhidas para ambos os eixos x e y, de modo
que todos os dados possam ser apresentados na folha de gráfico. As representações gráficas são
usadas para dados quantitativos agrupados.

2. Histograma

A palavra histograma vem do grego histos, que significa poste ou mastro, e grama, que significa
carta ou gráfico.

Portanto, a definição direta de histograma é, gráfico de polos. Talvez essa palavra tenha sido
escolhida porque um histograma se parece com vários polos colocados lado a lado.

De acordo com Negas (2021), um histograma é usado para exibir a distribuição de valores de
dados ao longo da reta numérica real. Ele compete com o gráfico de probabilidade como método
de avaliação da normalidade. Um histograma é criado dividindo-se o intervalo dos dados em um
pequeno número de intervalos ou compartimentos. O número de observações que caem em cada
intervalo é contado. Isto dá uma distribuição de frequência.

Um histograma é um gráfico da distribuição de frequência em que o eixo vertical representa a


contagem (frequência) e o eixo horizontal representa o intervalo possível dos valores dos dados.

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Figura 1: Histograma

O objetivo de um histograma é ilustrar como uma determinada amostra de dados ou população


está distribuída, dispondo as informações de modo a facilitar a visualização da distribuição dos
dados. Ao mesmo tempo, ressalta a localização do valor central e da distribuição dos dados em
torno deste valor central.

É útil construir um histograma quando se deseja:

 Resumir grandes conjuntos de dados de forma visual: Muitas vezes quando


utilizamos tabelas não é tão fácil tirar conclusões. Podemos facilitar nosso trabalho e
ganhar muito mais tempo e eficiência utilizando um histograma.

 Comparar os resultados: É possível, com o auxílio do histograma, rapidamente


comparar os resultados e, com o auxílio do eixo y, conhecer, se houver, quais colunas
ultrapassaram os limites que se precisava ou não.

 Comunicar as informações graficamente: As pessoas podem ver facilmente os valores


que ocorrem com mais frequência. Quando se usa um histograma para resumir grandes
conjuntos de dados ou para comparar resultados está-se a utilizar uma poderosa
ferramenta de comunicação.

2.1. Procedimento

Exemplo prático: cálculo da amostra da idade dos funcionários de uma empresa com 50
trabalhadores.

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Passo 1: Organizar os dados obtidos em uma tabela de frequência:

Classes Idades Número de funcionários

1 20-30 10

2 30-40 20

4 40-50 15

4 50-60 3

5 60-70 2

Passo 2: Encontrar a amplitude entre o maior e o menor valor. Nesse exemplo o maior valor é 70
anos e o menor é 20 anos. A amplitude encontrada (70-20=50) é de 50 anos.

Passo 3: A quantidade de classes é definida conforme a amplitude. Nesse caso, para a amplitude
de 50 podemos utilizar 5 classes (50/5 =10). Cada classe corresponde a 10 anos.

Passo 4: Montar o histograma:

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2.2. Tipos de histograma
2.2.1. Histograma Simétrico ou unimodal

Um histograma simétrico (ou unimodal) centraliza os dados na média (medida central) e possui
características por meio da distribuição da média e do desvio padrão. Uma característica do
histograma simétrico é conter a partir do centro do gráfico o maior número de dados. Em

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estatística, este modelo é chamado de normal e permite analisar o quanto outros dados se afastam
desse modelo.

Figura 2: histograma simétrico ou unimodal

2.2.2. Histograma distorcido a direita

Um histograma é distorcido à direita quando a distribuição de dados indica a ocorrência de altos


valores com baixa frequência. Este modelo também é comumente chamado de modelo com
cauda à direita, pois ele vai afinando conforme percorremos o eixo x, indicando que a frequência
vai diminuido.

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Figura 3: Histograma distorcido a direita

2.2.3. Histograma distorcido a esquerda

Estamos perante o histograma distorcido à esquerda quando a frequência dos dados está
concentrada nos altos valores, do lado esquerdo, conforme percorremos o eixo x. Podemos,
então, também chamá-lo de histograma com cauda à esquerda, pelo mesmo motivo anterior, já
que à esquerda formamos uma espécie de cauda devido à baixa frequência dos dados no início.
Observa-se que há mais informações acima da média devido a falta de simetria.

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Figura 4: histograma distorcido a esquerda

2.2.4. Histograma bimodal

Iremos chamar o histograma de bimodal quando há o aparecimento de dois picos. Dessa forma
sabemos que em dois momentos diferentes há uma concentração de frequência que se destaca.

Figura 5: histograma bimodal

2.2.5. Histograma multimodal

Um histograma é multimodal quando há o aparecimento de vários picos. Os picos vão nos


indicar o maior número de ocorrências.

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Figura 6:histograma multimodal

2.2.6. Histograma platô (achatado)

A palavra, platô, nos remete a um certo tipo de achatamento, de igualdade constante dos dados.
Um histograma tem o formato Platô quando suas barras têm praticamente as mesmas alturas. Isto
ocorre quando existem várias distribuições juntas com médias diferentes.

Figura 7: histograma platô

3. Polígono de frequência

Um polígono de frequência é um gráfico que se realiza através da união dos pontos mais altos
das colunas num histograma de frequência.

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Os polígonos de frequência para dados agrupados, por sua vez, constroem-se a partir da marca de
classe que coincide com o ponto médio de cada coluna do histograma. Quando são representadas
as frequências acumuladas de uma tabela de dados agrupados, obtém-se um histograma de
frequências acumuladas, que permite dispor em diagrama o seu polígono correspondente.

Toda a área abaixo de um polígono de frequência deve ser igual a área que está abaixo das
barras. Outro ponto importante a mencionar é que os polígonos devem ser fechados nas duas
extremidades, já que a área sob a curva é a que representa todos os dados.

Figura 8: Polígono de frequências

Geralmente, os polígonos de frequência são usados quando se pretende mostrar mais de uma
distribuição ou a classificação cruzada de uma variável quantitativa contínua com uma
qualitativa ou quantitativa discreta num mesmo gráfico.

O ponto que tiver mais altura num polígono de frequência representa a maior frequência, ao
passo que a área abaixo da curva inclui a totalidade dos dados existentes. Convém lembrar que a
frequência é a repetição menor ou maior de uma ocorrência, ou a quantidade de vezes que um
processo periódico se repete por unidade de tempo.

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Considere, por exemplo, a tabela abaixo é uma distribuição de frequência das alturas de 40
estudantes da Universidade XYZ:

Figura 9: Estaturas (em cm)

Para a tabela da distribuição de frequência das alturas (em cm) de 40 alunos da


Universidade XYZ temos o seguinte Polígono de Frequência:

Figura 10: Poligono de frequencia das estaturas da XYZ

4. Ogiva

Uma distribuição cumulativa de frequências pode ser representada graficamente por uma ogiva.
Para construí-la representa-se os limites superiores das classes na abscissa e faz-se a altura dos
pontos proporcionais à frequência acumulada até esses limites. Estes pontos são então unidos por

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linhas retas. Ao contrário do polígono de frequências, a interpolação é permissível com ogivas.

Figura 11: Ogiva

Segundo Reis (2008), uma ogiva é útil para descobrir o número ou percentagem de observações
acima ou abaixo de um determinado valor, também oferece uma técnica gráfica para determinar
medidas de tendência central como mediana, quartis, decis, percentis, etc.
5. Gráficos circulares

Para Negas (2021), um gráfico circular é um círculo dividido em seções ou fatias de acordo com
a percentagem de frequências em cada categoria da distribuição. Um gráfico circular mostra
como um valor total é dividido entre os níveis de uma variável categórica como um círculo
dividido em fatias radiais. Cada valor categórico corresponde a uma única fatia do círculo, e o
tamanho de cada fatia tanto em área quanto em comprimento de arco, indica qual proporção do
todo cada nível de categoria ocupa.

Exemplo: Em uma eleição numa pequena cidade 3 eleitores receberam 1000 votos distribuídos
na seguinte tabela

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Eleitores Votos
William 198
Reyes 467
Chu 335
total 1000

O gráfico circular acima mostra a distribuição de votos para uma eleição fictícia para uma
pequena cidade. Podemos ver que Reyes, representado pela primeira fatia azul, tem quase a
metade dos votos. Chu (amarelo) está em segundo lugar, com cerca de um terço dos votos,
enquanto Williams (roxo) é o último, com cerca de um quinto dos votos. As anotações no canto
superior direito nos dão um julgamento mais preciso das proporções, mas o gráfico circular conta
a história abrangente de onde os votos caíram.

5.1. Quando usar o gráfico circular

Gráficos circulares têm um caso de uso bastante restrito que é encapsulado particularmente bem
por sua definição (Negas, 2021). Para usar um gráfico circular, deve-se ter algum tipo de valor
total que é dividido em várias partes distintas. O objetivo principal em um gráfico circular deve
ser comparar a contribuição de cada grupo para o todo, em vez de comparar grupos entre si. Se
os pontos acima não forem satisfeitos, o gráfico circular não é apropriado e um tipo de gráfico

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diferente deve ser usado.

Os valores que compõem um todo e as categorias que dividem o todo geralmente vêm em duas
variedades principais. Em primeiro lugar, é quando o todo representa uma contagem total.
Exemplos disso incluem votos em uma eleição divididos por candidato ou número de transações
dividido por tipo de usuário por exemplo, convidado, novo usuário, usuário existente.

Um segundo tipo de todo é quando o total é uma soma sobre uma variável de dados real. Por
exemplo, podemos estar interessados não no número de transações, mas no total monetário de
todas as transações. Dividir esse total por um atributo como tipo de usuário, faixa etária ou local
pode fornecer informações sobre onde a empresa é mais bem-sucedida.

6. Gráficos de barras

Um gráfico de barras é uma forma de resumir um conjunto de dados categóricos. Ele mostra os
dados utilizando um número de barras de mesma largura, cada uma delas representando uma
categoria particular. A altura de cada barra é proporcional a uma agregação específica por ex., a
soma dos valores na categoria que representa. As categorias podem ser algo como um grupo de
idade ou uma localização geográfica.

Se aplicado quando uma análise foi criada, o gráfico de barras pode exibir informação adicional
em linhas de referência ou em diferentes tipos de curvas. Estas linhas ou curvas podem, por
exemplo, exibir quão bem os seus dados se adaptam a certo ajuste de curva polinomial ou para
resumir uma coleção de pontos de dados amostrais ajustando-os a um modelo que descreverá os
dados e exibirá uma curva ou uma linha reta no topo da visualização. A curva normalmente
modifica a aparência dependendo de quais valores você filtrou na análise. Ao passar o mouse,
uma dica mostra como a curva é calculada.

Exemplo:

Uma tabela de dados contém os números de venda para um número de diferentes frutas e
legumes. O gráfico de barras pode mostrar a soma total das vendas de diferentes anos.

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Figura 12: venda de frutas e legumes 2001-2003

As barras são coloridas pela Categoria coluna a qual contém os dois valores de Fruta e Vegetais.

Figura 13: gráfico de barras separando as frutas e legumes

Na segunda figura, a coluna de Categoria foi adicionada ao eixo X, tal que as barras foram
divididas em duas barras separadas, uma para cada categoria.

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Figura 14: gráfico de barras horizontal

As barras podem também ser mostradas horizontalmente.

6.1. Diferença entre gráfico de barras e histograma

Visualmente falando, um histograma é um tipo de gráfico de barras, pois também usa retângulos
para representar visualmente os dados, e esses retângulos podem ser organizados vertical ou
horizontalmente. Mas os histogramas são usados para uma finalidade diferente.

Onde os histogramas se diferenciam é que eles se destinam a mostrar distribuições de dados, em


vez de como as categorias de dados se comparam entre si.

6.2.

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Referencias bibliográficas

REIS, E. (2008). Estatística Descritiva (7a ed.). Edições Silabo: Lisboa.

NEGAS, E. (2021). Estatística Descritiva (2a ed.). Edições Silabo: Lisboa.

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