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Universidade São Tomás de Moçambique

Disciplina de Estatística

Distribuição de frequências
Apresentação de dados em gráficos e tabelas

Docente: Eduardo Sitoe


Assistente: Belmiro Mahita

Maputo, 3 de março de 2023

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Tópicos da aula 2

AULA 2: Representação tabular e gráfica de


frequências
1 Frequências simples: absolutas e relativas
2 Frequências acumuladas
3 Tabelas e gráficos

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Distribuição de frequências
Após a realização de uma pesquisa em que os dados foram coletados, é necessário
organizá-los e classifcá-los. Isso pode ser feito mediante tabelas e gráfcos.

As tabelas são recursos utilizados pela estatística, com o objetivo de organizar e


facilitar a visualização e comparação dos dados. As tabelas permitem uma visão geral
dos valores assumidos pelas variáveis dentro de certos parâmetros.

Elementos de uma tabela


Corpo Conjunto de linhas e colunas que contêm informações sobre a variável

Conjunto de infomações (mais completas possível) que respondem


Título
às perguntas: O quê? Quando? Onde? Localizado no topo da tabela

Cabeçalho Parte superior da tabela que especifica o conteúdo das colunas

Coluna indicadora Parte da tabela que especifica o conteúdo das linhas

Casa ou célula Espaço de intercepção entre linha e coluna, reservada a informação

Fonte Indicação da entidade responsável pelo forneciemnto dos dados ou tabela

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Exemplo da tabela

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Diatribuição de frequências
A integração de valores que temos nas tabelas permite-nos ainda, a utilização de
representações gráfcas, as quais, normalmente, são uma forma mais benéfca e
elegante de demonstrar as características que estão sendo analisadas.

Os gráfcos são representações visuais dos dados estatísticos cujo objetivo é produzir
uma impressão mais rápida e viva do fenômeno em estudo. Os gráfcos permitem a
representação de uma relação entre variáveis e facilitam a compreensão de dados.

Dependendo do tipo de informação, os tipos de gráficos podem ser designados como:

Gráfico de linhas
Nesse tipo de gráfico utiliza-se
uma linha poligonal para represen-
tar séries temporais, principalmente
quando a série cobrir um grande nú-
mero de períodos de tempo. Os da-
dos de uma tabela geralmente são
colocados num sistema cartesiano
ortogonal, tendo pontos ligados por
segmentos de reta.
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Diatribuição de frequências

É a representação de uma série estatística através de retângulos dispostos em


colunas (na vertical) ou em retângulos (na horizontal). Pode também conter barras
múltiplas. Esse tipo de gráfco representa praticamente qualquer série estatística.

Gráfico de colunas e de barras

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Diatribuição de frequências
Os dados são apresentados em setores circulares proporcionais aos valores a eles
atribuídos. É a representação gráfca de uma série estatística em um círculo de raio
qualquer, por meio de setores com ângulos centrais proporcionais às ocorrências. É
utilizado quando se pretende comparar cada valor da série com o total.
O total da série corresponde a 360º (total de graus de um arco de circunferência). O
gráfco em setores representa valores absolutos ou porcentagens complementares. As
séries geográfcas, específcas e as categorias em nível nominal são mais
representadas em gráfcos de setores, desde que não apresentem muitas parcelas (no
máximo sete).

Gráfico de sector circular


Para construir este gráfco, cada se-
tor será expresso grafcamente em
graus (ângulo do setor) e a porcen-
tagem calculada através de uma re-
gra de três:

Total(%) → 3600
Parte(%) → X 0
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Tipos de gráficos

Histograma
O histograma é formado por um conjunto de retângulos justapostos cujas bases se
localizam sobre o eixo horizontal (eixo x). Sobre esse eixo são representados os
intervalos de classe numa escala contínua, não sendo necessário que a escala inicie
no zero, de tal modo que os seus pontos médios coincidam com os pontos médios
dos intervalos de classe e seus limites coincidam com os limites da classe.

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Tipos de gráficos

Polígono de frequências
É um gráfco, em linha, de uma distri-
buição de frequências de confguração
linear. Esse gráfco é obtido unindo-se,
por segmentos de reta, os pontos médios
das bases superiores dos retângulos de
um histograma. Pode ser feito da mesma
forma para frequências acumuladas.

É um gráfco de linha em que cada ponto é


obtido considerando-se como valor de X, o
ponto médio do intervalo de classe e, como
valor de Y, a respectiva frequência do inter-
valo. Consideramos também uma classe
anterior à primeira e outra posterior à úl-
tima. Ligando todos os pontos, temos o po-
lígono de frequência.

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Distribuição de frequências

Dados organizados em grupos ou categorias/classes são usualmente designados


“distribuição de frequência”.

Uma distribuição de frequência é uma tabela que mostra categorias, classes ou


intervalos dos valores com a contagem do número de ocorrências em cada
categoria, classe ou intervalo. A frequência f de uma categoria ou classe é o número
de ocorrências de dados nessa categoria ou classe.

Tipos de frequência
Frequências absolutas (fi) é o número de vezes que cada valor da variável ocorre.
Frequências relativas (fr ) é a razão entre a frequência absoluta e o total de
observações.

As frequências relativas são calculadas pela seguinte expressão:

fi
fr =
Numero total de observacoes

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Distribuição de frequências

Exemplo
A USTM está interessado em saber os bairros de origem dos seus estudantes, para
ter uma ideia, perguntou os primeiros 15 alunos que entraram pelo portão principal da
USTM e os resultados foram os seguintes: Chamanculo, Jardim, Jardim, Benfica,
Maxaquene, Jardim, Maxaquene, Chamanculo, Triunfo, Jardim, Triunfo,
Maxaquene, Jardim, Triunfo, Jardim. De seguida, os dados foram resumidos numa
tabela de frequencias.

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Distribuição de frequências

Distribuição de frequências para uma variável quantitativa


Considere o levantamento de dados da idade de 50 trabalhadores da indústria A
(variável x), cujos resultados, em anos, mostrados abaixo, estão colocados na
sequência como foram obtidos.

Dados brutos Dados em rol

O primeiro passo para a organização dos dados é ordená-los de forma crescente ou


decrescente. A tabela, assim organizada, recebe o nome de rol e permite determinar
diretamente o menor valor (x = 20 anos), o maior valor (x = 49 anos)
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Distribuição de frequências

Ainda assim, o processo exige muito espaço, em especial, quando o número de


valores da variável (n) aumenta. O mais razoável nesses casos, quando a variável é
contínua, é agrupar os valores por intervalos. Desse modo, ao invés de listar cada um
dos valores que ocorrem, listam-se os intervalos de valores e a frequência
correspondente.
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Distribuição de frequências

Distribuição de frequências com Procedendo desta forma, perde-se


a informação detalhada das idades,
classes
mas se ganha em praticidade, pois
a análise dos dados fca simplifcada.
Examinando a tabela acima, podemos
facilmente verifcar que a maioria dos
trabalhadores tem idade entre 20 e 23
anos e que uma minoria é maior que
48 anos.

Frequentemente procedemos desta


forma numa análise estatística, pois
o objetivo da estatística é justamente
fazer o apanhado geral das carac-
terísticas de um conjunto de dados,
desinteressando-se por casos particu-
lares.

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Distribuição de frequências

Passos para elaboração de tabela de frequencias com classes


1 Determinar o número de classes (k);
2 Amplitude total (At);
3 Cálculo da amplitude da classe (h);
4 Limite inferior e superior da classe;
5 Determinação de intervalos de classe;
6 Determinação das frequencias dos intervalos de classe.

Determinar o número de classes (k)


Existem duas maneiras para estabelecer o número de classes em função do número
de dados da tabela.
Primeira maneira – é a fórmula desenvolvida pelo matemático Sturges para o cálculo
do número de classes.
K = 1 + 3.33 log n

Sendo: K = número de classes


n= tamanho da amostra
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Distribuição de frequências

Determinar o número de classes (k)


Segunda maneira – recomenda-se a utilização quando o número de dados coletados
for menor ou igual a 50 √
K = n para n ≤ 50

Exemplo: O número de classes aplicando as duas fórmulas, para n1 = 30 e n2 = 120 é:

K = 1 + 3.33 log 30 = 5.90 ≊ 6 classes e K = 1 + 3.33 log 120 = 7.91 ≊ 8 classes


√ √
K= 30 = 5.48 ≊ 5 classes e K = 120 = 10.95 ≊ 11 classes

Amplitude total (At)


É a diferença entre o maior e o menor valor observado nos valores da amostra.

At = Xmas − Xmin ou seja, (maior valor observado − menor valor observado)

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Distribuição de frequências

Cálculo da amplitude da classe (h)


Defnido com quantas classes vamos construir a tabela de distribuição de frequência,
pode-se passar ao cálculo de amplitude do intervalo de classe.
h = amplitude de classe ou amplitude do intervalo de classe

At
At =
K

NB: O valor obtido no cálculo da amplitude de classe nem sempre é um valor exato.
Sendo assim, para preservar o número de classes estabelecido, faz-se o
arredondamento da amplitude de classe para valores acima do valor obtido.

Limites inferiores e superiores das classes


Os valores do conjunto que compõe o intervalo de classe estão limitados entre dois
números que representam os extremos inferior e superior do intervalo. Apresentação
da convenção matemática para os símbolos utilizados na representação de intervalos
abertos e fechados é dada na tabela abaixo:

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Limites inferiores e superiores das classes

Limite inferior (li ) é o menor valor numérico do intervalo de classe.


Limite superior (ls ) é o maior valor numérico do intervalo de classe.
O símbolo ⊢ estabelece “Inclusão” ou “exclusão” para os valores limites num intervalo
de classe. Exemplo: Dado o intervalo 20 ⊢ 24
O valor do limite inferior é 20;
O valor do limite superior é 24;
O valor 20 está dentro do intervalo, pois o valor pertence ao intervalo, estando
fechado à esquerda;
O valor 24 está fora do intervalo, não pertencendo ao intervalo, pois o intervalo é
aberto à direita;
A amplitude do intervalo de classe é h = 4, pois h = 24 − 20 = 4.
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Tabela completa de distribuição de frequências

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