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CNPJ: 32.133.

808/0001-33

LAUDO DE VISTORIA E ADEQUAÇÃO TÉCNICA


PÓS-INSTALAÇÃO

RESIDENCIAL FLAMBOYANT

BRASÍLIA, 05 DE ABRIL DE 2019


CNPJ: 32.133.808/0001-33

EMPRESA
PSP Soluções Integradas

RESPONSÁVEL
Engenheiro Mecânico Murilo A. V. Oliveira
CREA: 21.241D/DF

TÍTULO
Laudo De Vistoria e Adequação Técnica
Pós-Instalação Residencial Flamboyant
CNPJ: 32.133.808/0001-33

ÍNDICE

1 Objetivo

2 Identificação dos equipamentos instalados

3 Orientações do fabricante para instalação das condensadoras

4 Observações relevantes realizadas in loco

5 Conclusão das observações

6 Imagens dos equipamentos


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1. Objetivo
Objetivo da análise é verificar possíveis danos da instalação à estrutura do edifício ou
aos equipamentos dos demais moradores.
Vistoria presencial foi realizada em 01/04/2019, entre 14h e 15h.

2. Identificação dos equipamentos instalados


Foram identificados os seguintes equipamentos condensadores, conforme indicados em
laranja nas imagens a seguir:
 Na prumada dos apartamentos de final 1 e 2:
o Equipamentos 1, 2 e 3 (EQ01, EQ02 e EQ03, respectivamente) –
Condensadoras da marca Philco, modelo PH12000F.
o Equipamentos 4 e 5 (EQ04 e EQ05, respectivamente) – Condensadoras
da marca LG, modelo S4UQ12JA3WC.

Figura 1
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Figura 2
 Na prumada dos apartamentos de final 3 e 4:
o Equipamento 6 (EQ06) – Condensadora da marca Springer, modelo
38KCK09S5.

Figura 3
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 Na prumada dos apartamentos de final 5 e 6:


o Equipamento 7 (EQ07) – Condensadora da marca LG, modelo
S4UQ12JA3WC.

Figura 4

3. Orientações dos fabricantes para instalação das condensadoras


A seguir são apresentadas as principais características para instalação dos equipamentos
identificados no local:
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 EQ01, EQ02 e EQ03:


o Recomendações do fabricante:
 A unidade externa deverá ser instalada em uma superfície sólida e
fixada com segurança.
 Caso necessite fixar na parede, utilize os suportes de fixação
adequados e seguros, respeitando as distâncias mínimas.
 O procedimento a seguir deve ser observado antes da conexão
dos tubos e cabos: decidir qual é a melhor posição e deixar o
espaço suficiente para ser capaz de realizar operações de
manutenção. Fixar o suporte utilizando parafusos que são
adequados.
 Use uma quantidade maior de buchas do que normalmente é
necessário para o peso. O aparelho deve suportar vibrações
durante a operação, permanecendo presos na mesma posição
durante anos, assegure que os parafusos não soltem.
 Instalar de uma forma que a descarga de ar de uma unidade não
seja a tomada de ar de outra unidade, evitando assim um possível
curto circuito de ar.
o Distâncias recomendadas entre as condensadoras e as paredes mais
próximas:

Figura 5
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Figura 6
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 EQ04, EQ05 e EQ07:


o Recomendações do fabricante:
 Não instalar a unidade externa perto de fonte de calor, vapor ou
gás inflamável.
 Não instalar a unidade em lugares de muito vento, sujos, instalar
a unidade em local protegido da chuva.
 Não instalar a unidade onde há passagem de pessoas.
 Escolha um lugar aonde o barulho da saída de ar não incomode
seus vizinhos.
 Evite instalar a unidade onde fique diretamente exposta a luz
solar (se necessário utilize de uma proteção que não atrapalhe o
fluxo de ar.
 Deixe os espaços necessários conforme mostrados na figura para
que o ar circule livremente.
 Instale a unidade externa em lugar seguro e sólido, a base deve
estar fixa, deixando a unidade externa bem nivelada e apoiada.
 Se a unidade externa estiver sujeita a vibrações, coloque juntas de
borrachas junto aos pés da unidade.
 Caso necessite fixar na parede, utilize acessórios apropriados para
este tipo de instalação, respeitando as distâncias recomendadas.
 Instalar de uma forma que a descarga de ar de uma unidade não
seja a tomada de ar de outra unidade, evitando assim um possível
curto circuito de ar.
o Distâncias necessárias entre as condensadoras e as paredes mais
próximas:

Figura 7
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 EQ06:
o Recomendações do fabricante:
 Selecionar um lugar onde não haja circulação constante de
pessoas.
 Selecionar um lugar o mais seco e ventilado possível.
 Evitar instalar próximo a fontes de calor ou vapores, exaustores
ou gases inflamáveis.
 Evitar instalar em locais onde o equipamento ficará exposto a
ventos predominantes, chuva forte frequente e umidade/poeira
excessivas.
 Obedecer aos espaços requeridos para instalação, manutenção e
circulação de ar.
o Distâncias necessárias entre as condensadoras e as paredes mais
próximas:

Figura 8
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Figura 9
4. Observações relevantes realizadas in loco
 Observações gerais
o A cobertura do edifício está despreparada para receber a instalação de
unidades condensadoras. Cerca de 80% a 90% do terraço é coberto por
telhas de amianto e, portanto, não há área disponível para a instalação
deste tipo de equipamento.
o A solução encontrada por alguns moradores foi a instalação destes
equipamentos sobre a cobertura dos shafts de prumadas, sem que tenha
sido feito nenhum estudo ou análise anterior. Há competição de espaço
entre estas unidades e antenas de TV, por exemplo, o que acarreta em
algumas soluções alternativas (vide Figura 12).
o Para a instalação, foram realizados furos na estrutura do shaft, com a
finalidade de realizar a passagem das tubulações de conexão entre as
unidades internas e as unidades externas (vide exemplo na Figura 17).
Isoladamente, os furos não comprometem a segurança da estrutura,
apesar de, visualmente, identificarmos algumas rachaduras na estrutura
(vide Figura 13, Figura 19, Figura 28 e Figura 30). Contudo,
conjuntamente à não fixação dos equipamentos às suas respectivas bases
e as vibrações inerentes do funcionamento dos equipamentos, como será
mencionado posteriormente, estes furos implicam um encurtamento da
vida útil da estrutura.
o Como não foram analisadas as respectivas unidades evaporadoras ligadas
a cada unidade de condensadora, e também por esta análise não ser
escopo deste estudo, nada podemos afirmar sobre a eficiência das
mesmas e sobre a observação da distância máxima e desnível máximo
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permitidos entre as unidades. Esta análise focou na instalação das


unidades condensadoras e a relação das mesmas com o condomínio.
 Shaft da prumada de apartamentos de final 1 e 2
o Unidades EQ01, EQ02 e EQ03
 Estão adequadamente espaçadas, de forma que as distâncias entre
si e a vazão de ar entre as mesmas não comprometem o seu
funcionamento, conforme orientado no manual de instalação do
fabricante (vide Figura 5).
 As unidades não estão fixadas no bloco de concreto (vide Figura
16, Figura 18, Figura 20, Figura 21 e Figura 31), conforme
recomenda o fabricante. Estes equipamentos possuem motores de
rotação internos, que causam vibrações constantes. Essa vibração
em um equipamento deste peso, sem fixação correta, no longo
prazo, acarretará na quebra do bloco de concreto, devido à fadiga
inerente. Paralelamente, esta vibração pode causar ruídos que
incomodam os moradores. Não podemos afirmar o motivo dos
instaladores para a não-fixação destes equipamentos, mas
acreditamos que houvesse o receio ao fato de que furar o bloco de
concreto pudesse causar a sua quebra, bem como ao fato de que a
espessura do bloco é menor que o comprimento dos parabolts
necessários à fixação.
 Todo fabricante de ar-condicionado recomenda que, para a
instalação das unidades condensadoras, sejam usados
amortecedores de borracha, com a finalidade de reduzir os
impactos do equipamento ao piso e eventuais ruídos que
possam incomodar, conforme Figura 10 a seguir, retirada do
manual da unidade EQ06, como exemplo.

Figura 10
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 A passagem da tubulação pela parede do shaft no EQ01 foi


devidamente vedada após a instalação do equipamento, com
cimento. A mesma passagem dos equipamentos EQ02 e EQ03 foi
vedada com alguma espuma expansiva. A vedação acontece, mas
a qualidade visual do acabamento fica comprometida.
o Unidades EQ04 e 05
 As distâncias exigidas pelo fabricante para instalação destes
equipamentos foram respeitadas conforme ilustrado na Figura 7.
Como não havia espaço para a instalação sobre uma plataforma
horizontal, foram utilizados suportes de metal, o que está correto.
 O furo realizado no shaft para a passagem da tubulação foi
realizado com muito mais cuidado que para as unidades EQ01,
EQ02 e EQ03, reduzindo os riscos de quebra do concreto.
Contudo, nenhuma vedação posterior foi realizada (vide Figura
12, Figura 13, Figura 15 e Figura 34), o que significa que
mediante alguma chuva com vento, o shaft pode ficar molhado.
Como não foram analisadas as instalações elétricas e/ou
hidráulicas dentro dos shafts, não podemos afirmar que isso
poderia comprometer também estas instalações. De qualquer
forma, recomendamos a vedação destes furos.
 Shaft da prumada de apartamentos de final 3 e 4
o Unidade EQ06
 Esta unidade também não está devidamente fixada ao bloco de
concreto (vide Figura 22 e Figura 23), o que acarreta nos mesmos
problemas mencionados sobre este assunto para as condensadoras
EQ01, EQ02 e EQ03, anteriormente.
 Naturalmente que o impacto de uma unidade condensadora
operando sozinha, sem fixação, sobre um bloco de concreto, tem
o seu impacto vibracional diminuído, quando comparado a três
unidades condensadoras em um bloco de mesmas dimensões,
como no caso do shaft da prumada de apartamentos 1 e 2.
 O furo realizado para a conexão entre as unidades internas e
externas foi, aparentemente, menor que os anteriores, o que tende
a não comprometer a estrutura, por si só. Observamos, também,
que o furo foi devidamente recuperado, após a instalação, não
havendo áreas significativas para infiltração de água de chuva
(vide Figura 29).
 Adicionando às considerações o local de instalação da unidade
(próxima à extremidade do bloco) e as suas dimensões (área de
contato com a superfície menor e menor peso), consideramos que
o risco de colapso da estrutura é muito menor, quando comparado
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ao caso do shaft da prumada de apartamentos 1 e 2. No entanto,


não podemos desconsiderá-la por completo.
 Shaft da prumada de apartamentos de final 5 e 6
o EQ07
 Esta unidade foi a única que observamos estar fixada à base de
concreto (vide Figura 27), o que também diminui seus impactos
sobre a estrutura, apesar das suas dimensões e seu peso.
 O furo realizado na parede do shaft para a conexão de tubulações
entre evaporadora e condensadora foi bem maior que o podemos
identificar à primeira vista in loco, pois ele foi parcialmente
recuperado e pintado posteriormente (vide Figura 26 e Figura
28). Mas uma análise um pouco mais atenta mostra que o furo
original teve proporções de duas a três vezes maior que o
necessário, o que pode acarretar em sérios comprometimentos
futuros. A recuperação do furo não foi completa e, da forma
como está, é possível que o shaft fique molhado com uma chuva
mais forte.
 Mesmo com a fixação do equipamento e com a recuperação do
furo, não podemos afirmar que a estrutura está completamente
livre de riscos, pois a literatura sempre aponta que, com o tempo,
a vibração de um equipamento pesado sobre uma estrutura com
baixa resistência a tensões cisalhantes, como é o caso do concreto
(não armado), leva ao colapso por fadiga tensional.
5. Conclusão das observações
Conforme mencionado anteriormente, o terraço do condomínio não é adequado para a
instalação de condensadoras, principalmente por não haver um espaço destinado
especificamente para isso.
Os fabricantes, inclusive, não recomendam um desnível entre unidade interna
(evaporadora) e unidade externa (condensadora) maior que 5 metros, em alguns casos,
ou maior que 7,5m, em outros. Levando-se em consideração a distância vertical do
terraço para o primeiro andar, por exemplo, corre-se um sério risco desta recomendação
não ser respeitada, por exemplo.
Fomos altamente conservadores ao afirmar que a estrutura dos shafts podem estar
comprometidas com a forma com que as unidades condensadoras estão instaladas,
principalmente nos shafts das prumadas dos apartamentos de final 3 e 4 e dos
apartamentos de final 5 e 6. No shaft da prumada dos apartamentos de final 1 e 2, no
entanto, não fomos tão conservadores assim. A alta concentração de equipamentos, a
quantidade de furos na estrutura e a presença de equipamentos antigos, grandes, pesados
e não fixados na base superior de concreto não armado pode, sim, comprometer a sua
integridade em um intervalo de tempo consideravelmente curto.
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Visto a quantidade de apartamentos (seis por prumada, dezoito no total), afirmamos que
não existe viabilidade para instalação de ao menos um equipamento por apartamento, na
cobertura, devido à falta de espaço físico.
Nossa recomendação é de que a instalação dos equipamentos seja realizada na fachada
do prédio. Dessa forma, assim como muitos condomínios em Brasília permitem, as
condensadoras ficam próximas às janelas dos próprios moradores, certamente atendendo
às recomendações de instalação dos fabricantes. Assim, também, todos os moradores
têm a possibilidade de instalação da mesma quantidade de equipamentos.
Alternativamente, caso a instalação na fachada do prédio não seja possível por algum
motivo externo, sugerimos o estudo de um local alternativo, possivelmente de
levantamento de pequenas paredes, entre as telhas de amianto (vide Figura 12 e Figura
29 para melhor compreensão do contexto) para fixação vertical dos equipamentos,
desde que as distâncias de tubulação, neste caso, atendam as orientações dos
fabricantes. Outra solução, também existente em alguns prédios residenciais de Brasília,
é da instalação das unidades condensadoras dentro de alguma área isolada dentro do
próprio apartamento, como nas áreas de serviço.
6. Imagens dos equipamentos

Figura 11
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Figura 12

Figura 13
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Figura 14

Figura 15
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Figura 16

Figura 17
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Figura 18

Figura 19
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Figura 20

Figura 21
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Figura 22

Figura 23
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Figura 24

Figura 25
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Figura 26

Figura 27
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Figura 28

Figura 29
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Figura 30

Figura 31
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Figura 32

Figura 33
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Figura 34

Figura 35

PSP SOLUÇOES INTEGRADAS


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