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ANEXO VI – SIMPLES NACIONAL – FATOR (R)
Aspecto Previdenciário

Sumário

1. Introdução
2. Simples Nacional
3. Enquadramento Do Simples Nacional No Anexo VI
4. Dispensadas Das Contribuições Previdenciárias Patronais
5. Fator “R”
5.1 – Base Para O Fator “R”
5.1.1 – Folha De Pagamento
5.1.2 ­ Exclusão
5.2 – Fórmula Do Fator “R”
5.3 ­ Apuração Do Fator “R”
5.4 ­ Independentemente Do Resultado Da Relação (R)
5.5 – Tabela VI

1. INTRODUÇÃO

A Resolução CGSN nº 94, de 29 de novembro de 2011 (DOU de 01.12.2011), dispõe sobre o Simples Nacional e a
Resolução CGSN nº 117, de 2 de dezembro de 2014 traz as últimas alterações.

O artigo 1º da Resolução CGSN nº 117/2014, dispõe sobre o Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e
Contribuições  devidos  pelas  Microempresas  e  Empresas  de  Pequeno  Porte  ­  Simples  Nacional,  e  dá  outras
providências. (Lei Complementar nº 123, de 2006 , art. 2º, inciso I e § 6º)

Nesta matéria será tratada sobre as empresas enquadradas no Simples Nacional, Anexo VI, pois a Contribuição para a
Seguridade Social (INSS patronal) não está incluída no Simples Nacional, devendo ser recolhida na forma da legislação
aplicável, a qual é apurada pelo Fator “r”.

2. SIMPLES NACIONAL

O  Simples  Nacional  é  um  regime  tributário  diferenciado,  simplificado  e  favorecido,  previsto  na  Lei  Complementar
nº123, de 14 de dezembro de 2006, aplicável às Microempresas e às Empresas de Pequeno Porte, a partir de 1º de
julho de 2007.

Seguem  abaixo,  informações  as  quais  foram  extraídas  do  site  da  Receita  Federal  do  Brasil
(http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/):

Abrange a participação de todos os entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios).

É  administrado  por  um  Comitê  Gestor  composto  por  oito  integrantes:  quatro  da  Secretaria  da  Receita  Federal  do
Brasil (RFB), dois dos Estados e do Distrito Federal e dois dos Municípios.

Observação: Matéria completa sobre o SIMPLES NACIONAL, vide Bol. INFORMARE n° 2/2015 – IMPOSTO DE RENDA
E CONTABILIDADE – SIMPLES NACIONAL.

3. ENQUADRAMENTO DO SIMPLES NACIONAL NO ANEXO VI

A Lei Complementar nº 123/2006, § 5º ­ I (atualizada pela LC nº 147/2014), as seguintes atividades de prestação
de serviços serão tributadas na forma do Anexo VI desta Lei Complementar, conforme abaixo:

a) medicina, inclusive laboratorial e enfermagem;

b) medicina veterinária;

c) odontologia;

d)  psicologia,  psicanálise,  terapia  ocupacional,  acupuntura,  podologia,  fonoaudiologia,  clínicas  de  nutrição  e  de
vacinação e bancos de leite;

e) serviços de comissaria, de despachantes, de tradução e de interpretação;

f) arquitetura, engenharia, medição, cartografia, topografia, geologia, geodésia, testes, suporte e análises técnicas e
tecnológicas, pesquisa, design, desenho e agronomia;

g) representação comercial e demais atividades de intermediação de negócios e serviços de terceiros;

h) perícia, leilão e avaliação;

i) auditoria, economia, consultoria, gestão, organização, controle e administração;

j) jornalismo e publicidade;

k) agenciamento, exceto de mão de obra;
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l) outras atividades do setor de serviços que tenham por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de
atividade  intelectual,  de  natureza  técnica,  científica,  desportiva,  artística  ou  cultural,  que  constitua  profissão
regulamentada  ou  não,  desde  que  não  sujeitas  à  tributação  na  forma  dos  Anexos  III,  IV  ou  V  desta  Lei
Complementar.

4. DISPENSADAS DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS PATRONAIS

As empresas enquadradas no Simples Nacional, no Anexo VI, terão no GFIP somente as contribuições previdenciárias
descontadas  dos  segurados  (empregados,  contribuintes  individuais:  que  prestam  serviços,  e  relativa  à  pessoa  do
empresário, no caso o pro labore), ou seja, não tem o CPP, RAT e Terceiros/Outras entidades (Artigo 13, inciso VI, da
LC nº 123/2006).

“VI  ­  Contribuição  Patronal  Previdenciária  ­  CPP  para  a  Seguridade  Social,  a  cargo  da  pessoa  jurídica,  de  que  trata
o art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, exceto no caso da microempresa e da empresa de pequeno porte
que se dedique às atividades de prestação de serviços referidas no § 5º­C do art. 18 desta Lei Complementar”.

Observação: Matéria completa sobre o assunto acima, se encontra no Boletim INFORMARE nº 02/2015 ­ SIMPLES
NACIONAL Aspectos Trabalhista e Previdenciário, em assuntos trabalhistas.

5. FATOR “R”

Os  Anexos  V  e  VI  tem  a  apuração  do  fator  “r”,  ou  seja,  tem  um  tratamento  diferenciado  em  relação  aos  outros
Anexos, especialmente em decorrência da necessidade de apuração desse fator.

As  empresas  optantes  pelo  SIMPLES  NACIONAL,  que  obtiverem  receitas,  sujeitas  aos  Anexos  V  e  VI  da  Lei
Complementar  nº  123,  de  14  de  dezembro  de  2006,  devem  calcular  (mensalmente)  a  relação  entre  a  folha  de
salários incluídos encargos, nos 12 (doze) meses anteriores ao período de apuração e a receita bruta total acumulada
nos 12 (doze) meses anteriores ao período de apuração (r).

Então,  conforme  a  legislação,  as  empresas  enquadradas  no  Anexo  VI,  de  acordo  com  o  artigo  26,  da  Resolução
CGSN/SE nº 117, de dezembro 2014, deverá também ser calculado o Fator “r”, igualmente a do Anexo V.

"Art.  26.  Na  hipótese  de  a  ME  ou  EPP  optante  pelo  Simples  Nacional  obter  receitas  decorrentes  da  prestação  de
serviços previstas nos incisos V e VI do § 1º do art. 25­A, deverá apurar o fator (r). (Lei Complementar nº 123, de
2006, Anexos V e VI)”.

5.1 – Base Para o Fator “R”

5.1.1 – Folha De Pagamento

Considera­se folha de salários, incluídos encargos, o montante pago nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de
apuração,  a  título  de  salários,  retiradas  de  pró­labore,  acrescidos  do  montante  efetivamente  recolhido  a  título  de
Contribuição Previdenciária Patronal e para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Segue abaixo os §§ 24 a 26, do artigo 18, da LC nº 123/2006:

“§ 24. Para efeito de aplicação dos Anexos V e VI desta Lei Complementar, considera­se folha de salários, incluídos
encargos, o montante pago, nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de apuração, a título de remunerações a
pessoas  físicas  decorrentes  do  trabalho,  incluídas  retiradas  de  pró­labore,  acrescidos  do  montante  efetivamente
recolhido  a  título  de  contribuição  patronal  previdenciária  e  para  o  FGTS.  (Redação  dada  pela  Lei  Complementar  nº
147, de 2014)

§  25.  Para  efeito  do  disposto  no  §  24  deste  artigo,  deverão  ser  consideradas  tão  somente  as  remunerações
informadas na forma prevista no inciso IV do caput do art. 32 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991”.

“IV – art. 32 – Lei nº 8.212/1991. Declarar à Secretaria da Receita Federal do Brasil e ao Conselho Curador do Fundo
de  Garantia  do  Tempo  de  Serviço  –  FGTS,  na  forma,  prazo  e  condições  estabelecidos  por  esses  órgãos,  dados
relacionados a fatos geradores, base de cálculo e valores devidos da contribuição previdenciária e outras informações
de  interesse  do  INSS  ou  do  Conselho  Curador  do  FGTS;  (Redação  dada  pela  Lei  nº  11.941,  de  2009)  (Vide  Lei  nº
13.097, de 2015)”.

5.1.2 ­ Exclusão

Não são considerados, para efeito do disposto no § 24 (acima), valores pagos a título de aluguéis e de distribuição de
lucros, observado o disposto no § 1o do art. 14 (§ 26, do artigo 18, da LC nº 126/2006).

5.2 – Fórmula Do Fator “R”

Para achar o fator “r” utiliza­se a seguinte fórmula:

r  =  Folha  de  salários,  incluídos  encargos,  nos  12  meses  anteriores  ao  período  de  apuração  /  Receita  bruta  total
acumulada nos 12 meses anteriores ao período de apuração

5.3 ­ Apuração Do Fator “R”
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Nas receitas sujeitas à aplicação de alíquotas do Anexo V, o fator “r” deverá ser apurado pela relação entre a folha de
salários, incluídos encargos, nos 12 (doze) meses anteriores ao período de apuração e a receita bruta total acumulada
nos 12 (doze) meses anteriores ao período de apuração.

Alíquotas e Partilha do Simples Nacional ­ Receitas decorrentes da prestação de serviços relacionados no § 5o­I do art.
18 desta Lei Complementar.

1) Será apurada a relação (r) conforme abaixo:

(r) = Folha de Salários incluídos encargos (em 12 meses)/Receita Bruta (em 12 meses)

2)  A  partilha  das  receitas  relativas  ao  IRPJ,  PIS/Pasep,  CSLL,  Cofins  e  CPP  arrecadadas  na  forma  deste  Anexo  será
realizada com base nos parâmetros definidos na Tabela V­B do Anexo V desta Lei Complementar.

3) Independentemente do resultado da relação (r), as alíquotas do Simples Nacional corresponderão ao seguinte: (Ver
a TABELA VI e também Tabela V­B do Anexo V)

5.4 ­ Independentemente Do Resultado Da Relação (R)

Independentemente  do  resultado  da  relação  (r),  as  alíquotas  do  Simples  Nacional  corresponderão  a  tabela  VI  (Ver
subitem “5.5” desta matéria). O qual a alíquota mínima será de 16,93% (com ISS) ou 14,93% (sem ISS).

5.5 – Tabela VI

ANEXO VI DA LEI COMPLEMENTAR No 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006 (Incluído pela Lei Complementar nº 147,
de 7 de agosto de 2014)

(Vigência: 1º de janeiro de 2015)

Alíquotas e Partilha do Simples Nacional ­ Receitas decorrentes da prestação de serviços relacionados no § 5o­I do art.
18 desta Lei Complementar.

1) Será apurada a relação (r) conforme abaixo:

(r) = Folha de Salários incluídos encargos (em 12 meses)

Receita Bruta (em 12 meses)

2)  A  partilha  das  receitas  relativas  ao  IRPJ,  PIS/Pasep,  CSLL,  Cofins  e  CPP  arrecadadas  na  forma  deste  Anexo  será
realizada com base nos parâmetros definidos na Tabela V­B do Anexo V desta Lei Complementar.

Importante: 3) Independentemente do resultado da relação (r), as alíquotas do Simples Nacional corresponderão ao
seguinte:

TABELA VI

Receita Bruta em 12 meses Alíquota IRPJ, PIS/Pasep, ISS


(em R$) CSLL, Cofins  e CPP

Até 180.000,00 16,93% 14,93% 2,00%

De 180.000,01 a 360.000,00 17,72% 14,93% 2,79%

De 360.000,01 a 540.000,00 18,43% 14,93% 3,50%

De 540.000,01 a 720.000,00 18,77% 14,93% 3,84%

De 720.000,01 a 900.000,00 19,04% 15,17% 3,87%

De 900.000,01 a 1.080.000,00 19,94% 15,71% 4,23%

De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 20,34% 16,08% 4,26%

De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 20,66% 16,35% 4,31%

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De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 21,17% 16,56% 4,61%

De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 21,38% 16,73% 4,65%

De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 21,86% 16,86% 5,00%

De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 21,97% 16,97% 5,00%

De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 22,06% 17,06% 5,00%

De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 22,14% 17,14% 5,00%

De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 22,21% 17,21% 5,00%

De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 22,21% 17,21% 5,00%

De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 22,32% 17,32% 5,00%

De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 22,37% 17,37% 5,00%

De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 22,41% 17,41% 5,00%

De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 22,45% 17,45% 5,00%

Observação:  Informações  acima  extraídas  do  site  da  Receita  Federal  do  Brasil
(www.receita.fazenda.gov.br/.../LeiComplementar1232006Anexo6.doc).

Fundamentos Legais: Os citados no texto.

http://www.informanet.com.br/Prodinfo/boletim/2015/trabalhista/anexo_vi_simples_nacional_fator_r_11_2015.php 4/4

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