Descrição petrográfica – Rochas para seleção de Agregados
Descrição petrográfica
Responsável: Msc. Jean Santarelli Monteiro de
Castro. Março de 2017
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Descrição petrográfica – Rochas para seleção de Agregados
1) Descrição Macroscópica – Rocha Magmática
A rocha é fanerítica, holocristalina, leucocrática de coloração bege. É um
litotipo inequigranular porfirítico com granulação variando de fina a média com grãos no intervalo entre 0,1 a 3 mm e pórfiros de até 1cm. A rocha tem aspecto maciço (Figura 1) e não se observa orientação dos minerais que se encontram de forma dispersa na matriz rochosa.
A composição mineralógica é dada pela presença de k-feldspato,
plagioclásio, quartzo e biotita como minerais essenciais e granada como mineral acessório. O k-feldspato é um mineral de cor bege, com hábito tabular que ocorre em forma de pórfiros que variam de 5mm a tamanhos de até 1cm. O plagioclásio tem cor cinza, hábito tabular a prismático, subédrico, com granulometria variando de fina a média. O quartzo é um mineral incolor, transparente, anédrico de granulometria fina. A biotita tem hábito planar, cor preta e granulometria média. A granada é um mineral de hábito granular, cor vermelha, ocorre em grãos euédricos a subédricos.
A rocha analisada não apresenta vestígios de alteração intempérica,
apesar de apresentar pouco brilho.
Sua composição modal é dada por (50%) k-feldspato, (15%) plagioclásio,
(28%) quartzo, (6%) biotita e (1%) granada.
Com base na tabela de classificação das rochas magmáticas (Streckeisen,
1973) essa rocha é classificada como granito porfirítico.
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Figura 1 – Aspecto macroscópico da amostra de granito porfirítico.
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2) Descrição Macroscópica – Rocha metamórfica
A rocha tem textura granolepidoblástica inequigranular variando de fina a
grossa. Apresenta estrutura bandada visível e tem cor cinza. A foliação é denotada pela intercalação de bandas milimétricas a centimétricas de composição quartzo-feldspática (hololeucocrática), com bandas milimétricas a centimétricas de composição máfica (mesocrática), ricas em biotita (Figura 2). Como minerais acessórios são identificados granada, pirita e como produtos secundários muscovita e sericita fruto de eventuais processos de transformação mineralógica no estado sólido (alteração intempérica e/ou hidrotermal) (Figura 3). Sua composição mineralógica é dada por quartzo (45%), plagioclásio (25%), biotita (16%), k-feldspato (13%) e minerais acessórios (1%). Na banda hololeucocrática a textura predominante é do tipo nematoblástica de granulometria variando de média a grossa, com cristais de plagioclásio que podem chegar a até 1 cm. O plagioclásio possui grãos subédricos a anédricos variando em granulometria, de média a grossa, mantendo uma média de 3 mm. Os grãos médios muito raramente mostram-se alterados, podendo, entretanto, ocorrer saussurita em alguns casos. O quartzo da banda hololeucocrática é anédrico, de granulometria fina a média, com grãos variando entre 2 e 3 mm. Os grãos de K-feldspato são xenoblásticos com granulação média. Na banda mesocrática, há um predomínio do mineral biotita (máfico). A biotita ocorre como grãos subédricos de granulação média (2 a 4 mm), com hábito planar e seus grãos mostram-se alinhados, impondo a esta banda uma textura lepidoblástica. A rocha deve ser classificada como um ortognaisse granodioritico.
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Figura 2 – Aspecto geral da rocha, observar a presença da textura
granolepidoblástica e bandamento gnáissico bem marcado.
Figura 3 – Aspecto macroscópico da amostra de gnaisse: ocorrência de pirita e
plagioclásio esbranquiçado. Legenda: Pi – pirita ; PL – plagioclásio.
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Referências Bibliográficas
WERNICK, E. (2004) - Rochas magmáticas: conceitos fundamentias e
classificação modal, química, termodinânima e tectônica. Ed. Unesp. São Paulo.
YARDLEY, B. D. (1994) – Introdução a petrologia metamórfica. Ed. UnB. 340p.
STRECKEISEN, A. (1976) – To each plutonic rock its proper name. Earth Sci. Rev., 12: 1-33.
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