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Essa diferença no “Bebé Melro” faz com que o pai o discrimine e o rejeite pela sua cor
de pele, levando o pequeno a abandonar a sua “casa” e a procurar a sua identidade.
Não é só em ficção que este tipo de coisas acontece. A discriminação pela cor de pele é
um tema real e presente todos os dias na vida humana.
Muitas pessoas são abordadas e maltratadas em locais públicos por terem uma cor
diferente da considerada “normal”, as oportunidades de trabalho nunca são as
mesmas para as pessoas de cor diferente. Na televisão é perfeitamente notório que a
maioria das vezes os papéis secundários (em especial os de empregada doméstica) são
sempre atribuídas a mulheres de cor negra.
Outro dos temas que a peça aborda e muito presenciado em vida real, é a hipocrisia e
a ganância das pessoas para conseguirem algo que os beneficie a si mesmos, verificada
quase no final da encenação, quando o “PAPA MELRO” aceita a diferença do filho só
porque sabe que irá conseguir ganhar algo em troca e a seu favor.
E assim, após a leitura da peça “O Melro Branco” considero-a com uma enorme
capacidade de engrandecimento emocional e psicológico, devendo ser assistida por
pessoas de todas as idades, pois mesmo parecendo destinada a um público infantil,
passa a mensagem e ensina o que muitos adultos ainda não sabem: o caráter, o
respeito e a humildade fazem, realmente, a diferença numa pessoa, não a sua cor de
pele.
Érica
O Melro Branco
Nesta história, há um melro que nasceu branco, sendo que a família é de cor negra. O
pai, vendo que os vizinhos iriam comentar, rejeitou o filho, que acabou por fugir e
passou por várias aventuras para descobrir o seu verdadeiro eu. No final, o pai acaba
por aceitar o filho como ele é, devido a uma recompensa.
O pai do melro branco só o aceitou de volta, pois iria receber uma recompensa,
mostrando-nos, mais uma vez, como as pessoas agem perante as suas necessidades,
não se importando de usar os outros como meio.
Alexandra
O melro branco
O “Melro Branco”, obra de Cándido Pazó proporcionou ao seu público uma notável
e relevante mensagem sobre padrões que são impostos, neste caso, a nível da cor de
“pele”, e porque estes não os seguem são alvos de discriminação.
A natureza assume o papel de protagonista nesta peça. Desde melros a uma árvore,
narradora desta história, esta peça envolve um melro que vai à procura da sua
identidade, que fora julgada e questionada pelos seus próprios pais por ser branco,
diferente destes que são pretos.
O final desta encenação apresenta uma contradição perante a mensagem
transmitida visto que o melro é aceite pelo pai simplesmente por uma mera
recompensa, o que indica que, infelizmente, o melro não foi aceite verdadeiramente,
mas sim por uma aliciante oferta. Então, o preconceito não foi ultrapassado por
compaixão ou mesmo por mudança de ideias e conceitos, o que tornou o final
desanimador.
Felizmente, a mensagem é bem clarificada ao longo da peça, chamando a atenção
para o facto de que nem sempre temos de nos encaixar num certo padrão para
agradar aos outros e que, por vezes, somos enganados e usados para alguém obter
algo que quer. Devemos sempre assumirmo-nos como somos, independentemente de
opiniões e descriminações alheias.
A obra de Cándido Pazó permite uma simples e breve leitura que não deixa que
ninguém se aborreça. Com um gosto de comédia, prende o público de tal forma que
crianças como adultos apreciam esta belíssima história não só pela suave dissimulação,
mas também pela grande mensagem.
Beatriz Sousa
O melro branco
Na sinopse da peça “O melro branco” lê-se que a peça conta a história de um melro
que nasceu branco, sendo que a sua cor natural é o preto. Tudo isso gera uma
confusão na sua família, onde ele é aceite pela sua mãe, mas não pelo seu pai.
Assistimos, ao longo da peça, a uma série de peripécias, que podem ser transferidas
para o nosso quotidiano. O pássaro é discriminado pelo facto de não ser da cor
considerada normal para a sua espécie.
Um problema social também referido é o modelo imposto pela sociedade, o que
leva a não se aceitar quem é diferente daquilo que foi predefinido como padrão, pelas
pessoas.
Um aspeto que também é salientado prende-se com o facto de o pai ser
interesseiro, pois queria que o seu filho voltasse a ser branco para receber o prémio
que estava a ser oferecido para quem encontrasse o melro branco, já que é algo raro,
tentando de tudo para o conseguir. Vai mesmo a um moinho e enche-se de farinha de
trigo ficando branco, mas isso não resultou devido à chuva que o limpou e fez com que
a sua cor natural fosse visível.
Em suma, eles recebem o prémio e o pai usa-o para o benefício de ambos e passa a
aceitar o filho, pois a cor dele não define nada. Mesmo sendo branco ele acaba por ter
as mesmas atitudes de um melro preto.
Beatriz Salgado
O melro branco
Esta é a história de um melro que, em vez de nascer negro, nasceu branco e, por
esta mesma razão, o seu pai não o queria, tinha vergonha do que os outros pássaros
poderiam pensar e dizer «Tinha que ser negro como eu.», «Mas o que é isto? Isto é
uma piada? Onde já se viu tal coisa, um melro branco…que indecência, que vergonha,
que libertinagem…». Para o PAPA MELRO, os melros são negros, como deve ser, como
está escrito, como é devido, e como sempre foi. O pequeno melro branco, ao ouvir a
discussão de seus pais, sobre o facto de ele ser branco, desata a chorar e foge para
muito, muito, muito, muito longe.
Enquanto o melro branco está lá naquele lugar muito, muito, muito, muito longe,
não sabendo o que é nem quem é, este é explorado para satisfazer as vontades de
várias outras aves (Gaivota, Caturra, Flamingo, Abutre e Pomba), que o enganam,
dizendo que este é cada um deles.
No final, o papá melro, ao ouvir que se recebe uma recompensa por quem
encontrar um pequeno melro branco, decide procurar o filho apenas para a receber.
Finalmente, consegue encontrar o filho, mas depara-se com um melro negro em vez
de um branco. Assim, já não poderá receber a recompensa. Então, viaja até a um
moinho para se cobrir de farinha para assim ficar branco e ganhar o tal banquete, mas
como se fossem os céus a castigá-lo, começa a chover e arruína-lhe os planos. Porém,
o melrinho aparece já branco e o papá melro refere: «Que interessa se és branco ou
negro, verde ou azul, amarelo ou vermelho. Para eu ser eu tenho de ser negro, para tu
seres tu tens de ser branco. E somos os dois melros, não somos? Pois dá-me um
abraço!». Mas o que realmente importava para o papá melro não era ter encontrado o
filhote, mas sim a recompensa.
Esta história retrata o tema da discriminação racial, a busca do nosso “eu”, da nossa
própria identidade e o amor paternal/familiar que toda a gente precisa para ser
verdadeiramente feliz!
Mafalda Luciano Cunha
“O Melro Branco”
A história “O Melro Branco” é contada por uma árvore que assume o papel de
narradora devido à sua proximidade para com os personagens principais. Tudo se inicia
com um casal de melros negros que estão prestes a experienciar o nascimento do seu
filho.
A história constrói-se com base no preconceito demonstrado pelo pai do melro
devido à cor branca do seu filho que foge do ninho, magoado.
O melro branco voa pelo mundo à procura da sua verdadeira identidade,
desesperadamente tentando ser alguém, procurando a aceitação que não obteve de
seu pai, entre diferentes espécies de pássaros que se pareciam minimamente com ele.
O pássaro é recusado por todos.
Após a sua última rejeição, o melro ouve falar sobre uma recompensa oferecida a
quem encontrasse o “melro branco” que era procurado por muitos. Quem também
ouviu esse comunicado foi o pai preconceituoso que apenas ficou interessado com o
banquete que receberia se entregasse o seu filho. Assim o fez. No momento em que o
seu tão “desejado” filho voltou para o ninho, o pai fingiu preocupar-se e aceitar as
diferenças do mesmo, sempre com o prémio em mente.
Esta obra critica o preconceito e interesse existente na sociedade, que não avança
devido a tais ideias e mentes fechadas. O “papa melro” representa a ignorância no
mundo, usando expressões como “que indecência, que vergonha” para descrever o
seu filho recém-nascido, deserdando-o imediatamente após se aperceber que este não
iria mudar. Também ataca verbalmente a mulher por gerar “um melro assim”
tentando colocar a culpa quando a mesma não deveria existir. A mágoa do melro está
constantemente presente, por vezes não lhe é dada a devida atenção.
“Morrer… eu prefiro morrer. É menos cansativo.”, o melro afirma numa situação
fisicamente desgastante, mas que não deveria ser menosprezada, porque essa é a
realidade. O preconceito no mundo é tanto, que por vezes, os alvos de ataque chegam
ao seu limite e têm de facto pensamentos do género.
A história, apesar de relativamente fácil de entender, contém uma mensagem
importante que ajudaria a sociedade de hoje a avançar, algo que ainda necessita de
trabalho e esforço, no entanto que é possível.
Francisca Simões