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2. PRINCÍPIOS OU REGRAS?
A moderna doutrina considera que boa parte dos denominados
princípios constitucionais tributários, por não poderem ser ponderados quando
parecem conflitar com outros princípios, seriam na realidade regras, visto que
são disjuntivos, aplicando-se ou não a cada caso concreto, sem qualquer
ponderação. Todavia, continua sendo preponderante o entendimento de que as
limitações constitucionais ao poder de tributar são verdadeiros princípios
constitucionais tributários.
O tributo só pode ser criado por lei, seja ordinária, casos em que pode
ser usada a medida provisória, ou complementar (empréstimos compulsórios,
IGF e dos impostos ou contribuições residuais – conforme os arts. 148;153, VII;
154, I e 195, §4º, todos da CF).
3.1 DEMAIS MATÉRIAS SUJEITAS À RESERVA LEGAL
Em respeito ao princípio do paralelismo das formas (se um
determinado instituto jurídico foi criado por meio de uma regra de determinada
hierarquia, só pode ser alterada ou extinta por meio de ato normativo de
hierarquia igual ou superior), no ponto em que a CF exige lei para a instituição
ou majooração de tributo, também o faz, implicitamente, para a extinção e
redução.
§ 2º, Art. 97, CTN: Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto
no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base
de cálculo.
Por fim,
4. PRINCÍPIO DA ISONOMIA
Com relação à parte final do §1º, art. 145, CF, importante salientar
que, dentro da razoabilidade, deve haver uma ponderação entre a intimidade do
particular e o poder de tributar do Estado.
5.1 IRRETROATIVIDADE
5.1.2 Irretroatividade e IR
Súmula Vinculante 50, STF: Norma legal que altera o prazo de recolhimento
de obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade.
Por fim, o STF entende que não configura aumento de tributo a mera
redução ou extinção de desconto legalmente previsto, não sendo, portanto,
causa de incidência do princípio da anterioridade.
5.3 NOVENTENA
Art. 195.
§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas
após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver
instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III,
"b".
ESTÁTICA DINÂMICA
Analisa-se apenas o patrimônio em si Leva-se em consideração as
mesmo. Ex.: IPTU, IPVA, ITR potenciais mutações que constituam
acréscimos patrimoniais. Ex.: aluguel
de um imóvel
Exceções:
-> Pedágio:
- Instituídos e cobrados pelo Poder Público em virtude de vias por ele
conservadas
Devido ao fato de somente ser devido quando houver uso da rodovia, o STF
entende pela natureza não tributária do pedágio, por falta de compulsoriedade,
tratando-se, na verdade, de preços públicos (natureza contratual). Nesse sentido
é que o STF reconheceu na ADI 800/RS que não se sujeitam ao princípio da
legalidade estrita, sendo possível a sua instituição por meio de norma infralegal.
A doutrina critica esse posicionamento, alegando que o pedágio seria uma taxa,
visto que estas são cobradas em razão de uma serviço prestado pelo Estado ao
contribuinte.
- Conservação e administração da via atribuída a particulares por concessão
(art. 26, Lei 10.233/01)
Aqui não há dúvidas que se trata do regime contratual de preço público (tarifa)
Em concursos: sempre considerar o pedágio como preço público
(tarifa), ressalvadas as questões que abordem modelos semelhantes ao
antigo “selo-pedágio”, em que o Poder Público cobre um valor que não
varie em função da quantidade de vezes que o contribuinte faça a via
pedagiada, quando deverá ser considerado um tributo da espécie taxa.
Ainda, tal restrição visa evitar que a União tribute os rendimentos dos
servidores públicos estaduais e municipais de maneira mais gravosa que aquela
estipulada para os servidores públicos federais (princípio da isonomia).
8.3.1 Exceções
Art. 155, CF. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos
sobre:
(...)
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda
que as operações e as prestações se iniciem no exterior;
(...)
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
(...)
X - não incidirá:
a)sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre
serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o
aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações
anteriores;
(...)
XII - cabe à lei complementar:
(...)
e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior,
serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso X, "a";
Art. 152, CF. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios
estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza,
em razão de sua procedência ou destino.
Tal lei poderá ser ordinária, salvo nos casos em que o tributo a ser
isentado só puder ser criado mediante Lei Complementar, e deverá ser
específica (regular apenas benefícios fiscais ou o correspondente tributo ou
contribuição).
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
(...)
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda
que as operações e as prestações se iniciem no exterior;
(...)
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
(...)
XII - cabe à lei complementar:
g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito
Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e
revogados.
Nos termos do art. 176 do CTN, a isenção tributária somente pode ser
concedida mediante lei específica, com exceção do ICMS, que se dá mediante
convênio firmado entre todos os Estados (art. 150, § 6º c/c 155, § 2º, XII, g,
daCF/88). 2. Ilegalidade da concessão de isenção de tributos municipais por
resolução legislativa. 3. Recurso especial provido.
11. IMUNIDADES
OBS:
-> os valores investidos pelos entes federados, bem como a renda auferida estão
imunes ao IOF e ao IR (STF, AI AgR/RS 174.808);
-> bens que integram patrimônio de ente federado são imunes, mesmo que
estejam ocupados pela empresa delegatária de serviços públicos (STF, RE/SP
253.394);
-> a empresa privada que presta serviços de iluminação pública e é remunerada
pelo Município não é beneficiada pela imunidade, visto que paga ICMS à
Fazenda Estadual e o inclui no preço do serviço disponibilizado. A imunidade
tributária pressupõe a instituição de imposto incidente sobre serviço, patrimônio
ou renda do próprio Município (STF, AC-MC 457/MG);
Art. 5º (...)
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o
livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos
locais de culto e a suas liturgias;
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
(...)
VI - instituir impostos sobre:
(...)
b) templos de qualquer culto;
(...)
§ 4º As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem
somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as
finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.
Cola, tinta, linha, etc. destinados à produção não são imunes, apenas
o papel e os materiais e ele assimilados, como papel fotográfico, inclusive para
fotocomposição por laser, filme fotográfico, papel para de telefoto (RE
273.308/SP), filmes destinados à produção de capas de livros (RE
392.221/SP),etc.
-> Salvo na replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser: não são
abrangidos pela ressalva a distribuição das mídias digitais e o vinil, que
continuam beneficiados pela imunidade.
Art. 153, §5º c/c O ouro, quando definido em lei Tributos em geral,
ADCT, art. 74,§2º como ativo financeiro ou salvo CPMF e IOF
instrumento cambial
- contas de investidores
estrangeiros, relativos a entradas
no País e a remessas para o
exterior de recursos financeiros
empregados, exclusivamente,
em operações e contratos
referidos nas letras “a” e “b” no
item anterior.