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Artigo 27 min de leitura

As 12 camadas da
personalidade
humana segundo
o professor Olavo
de Carvalho
OLAVO DE 2 de março de
FILOSOFIA PERSONALIDADE
CARVALHO 2023

Redação Brasil Copiar

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O professor Olavo de Carvalho desenvolveu a teoria das 12

camadas da personalidade humana a partir de seu conhecimento e

análise sobre as motivações das pessoas. A partir daí, acrescentou

os elementos fundamentais para que a teoria se tornasse uma

psicologia geral.
Esta é a contribuição de sua teoria: ajudar a compreender o que

motiva uma pessoa em cada etapa de seu desenvolvimento como

personalidade. A motivação é o que nos faz agir.

Abordaremos as 12 camadas e os objetivos e sofrimentos próprios


de cada uma.

Você pode ler a apostila do próprio Professor Olavo, As Doze

Camadas da Personalidade Humana e as formas próprias de

sofrimento, sobre o assunto. Neste artigo, faremos uma síntese


didática, contando também com as contribuições que o psiquiatra
Italo Marsili acrescentou ao conteúdo.

Em muitas de nossas séries, contamos com a participação do

Professor Olavo. Ele concedeu várias entrevistas falando sobre

temas importantes para todos os brasileiros. Não deixe de assistir

ao nosso conteúdo gratuito.

O que você vai encontrar neste


artigo?
1. Para que serve o estudo das 12 camadas da personalidade?
2. Contextualização sobre pessoa, camada e personalidade
3. A mudança entre as camadas
4. As 12 camadas da personalidade
5. Por que acreditar nesta teoria?

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Para que serve o estudo das 12

camadas da personalidade?

A teoria das 12 camadas descreve em que etapa da vida nos


encontramos. Com este reconhecimento, podemos identificar as
causas de nossos sofrimentos e o nosso principal objetivo ou

motivação na vida.

Outro benefício é poder estabelecer algum grau de previsibilidade

dos desafios que estão por vir nas camadas seguintes.

Contextualização sobre pessoa,

camada e personalidade

Antes de entender as 12 camadas, precisamos entender o que é a

personalidade e o que é pessoa.

O que é pessoa?

Uma definição técnica de pessoa que encontramos no século XII é:

“Substância individual de natureza racional”.

Isto é correto, entretanto alguns espanhóis pensaram o conceito de

uma forma mais encarnada, mais presente, real e tocante. Para

homens como Julián Marías, Ortega y Gasset e Pedro Laín

Entralgo, por exemplo,uma pessoa está sempre instalada em um


lugar e sempre possui um projeto de vida, uma intenção própria.

Em comparação, objetos não são assim. Eles não podem opor-se

ao uso que lhes damos. Uma cadeira nunca poderá reclamar de nos

assentarmos sobre elas. Com as pessoas é diferente, elas podem

resistir aos eventos e ações do mundo ou dos outros.


Sobre a instalação em um lugar, na realidade, as pessoas possuem

um corpo – com uma certa forma, idade e possibilidades –, estão

em algum lugar, possuem carga cultural e têm uma projeção. Isto

significa que potencialmente pode realizar algo a partir de suas

circunstâncias.

As pessoas podem buscar ser o que ainda não são, desde que isso
seja possível de acordo com sua realidade.

Para Ortega y Gasset:

“Eu sou eu e minhas circunstâncias”.

Pessoas também possuem um mundo interior muitíssimo vasto.

Quando olhamos para alguém, é impossível saber o que realmente

se passa em seu interior, a menos que fale. O mundo interior de

cada pessoa é dinâmico, não estático, tende à felicidade ou à

infelicidade.

O que é personalidade?

O que é possível chamar de seu em você mesmo? Há algo que

apenas você possui e nenhuma outra pessoa tem. Isto é a

personalidade, aquilo que está presente em nossa pessoa de uma

É o que temos de próprio e não é


maneira única e mais forte.

compartilhado, algo exclusivamente nosso.

Na psique, ou seja, em nossa mente, a personalidade é o fruto da

articulação que acontece durante a vida, entre o mundo externo e

o mundo interno. A vida está acontecendo e cada pessoa assimila

dentro de si os acontecimentos do mundo, criando projetos e

constituindo motivações para agir.

Em sua personalidade está seu mundo espiritual, psicológico e

afetivo, suas crenças e ideias. O tempo passa e cada um, por sua

constituição e história de vida, apresenta certas razões para agir,

certas motivações.

É precisamente neste aspecto que entra a teoria das 12 camadas da

personalidade humana. À medida que as camadas mudam, a

intenção ou motivação da pessoa com sua ação também muda.

Em cada camada, as pessoas absorvem os acontecimentos do


mundo de forma diferente, filtrando o que vai ingressar em sua
psique. Da mesma forma, mudará como se manifesta, como reage
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motivações mais genéricas.

Quanto mais personalidade, mais singular é a pessoa, muito

mais única, com motivações mais específicas.

Em cada uma das doze camadas da personalidade, as pessoas

reagem de formas distintas à seguinte pergunta:

“Como agir concretamente nesta situação?”

Ora a motivação é ser feliz e não racional, ora é o dinheiro, ora a

convivência, ora Deus e assim por diante.

As motivações que levam alguém a agir, alteram-se durante o

curso da vida. Veremos que são 12 motivações autoconscientes e


diferentes.

O que é camada?

A camada é a síntese da personalidade, seu resumo e momento.


Ela é o que dá a finalidade dos atos, ou seja, dita o objetivo das

ações, a razão de se viver.

Em cada uma há preocupações e tensões, são eternas e não

desaparecem. Quando se muda de camada, não se deixa de sentir

o que era da outra. Elas apenas deixam de ser o elemento central.

As camadas seguintes absorvem os objetivos e sofrimentos das


anteriores.

Além disso, os objetivos da camada seguinte são sempre

incompreensíveis para os indivíduos nas camadas anteriores.

Torne-se Membro da Brasil Paralelo para ter acesso aos diversos

cursos e entrevistas do nosso Núcleo de Formação. Um dos

professores que nos concedeu entrevistas foi o próprio Olavo de

Carvalho.

A mudança entre as camadas


ç

Antes de vermos cada uma das 12 camadas da personalidade

humana, é preciso entender quea mudança entre elas ocorre


apenas quando a personalidade inteira muda. O objetivo de vida
da pessoa torna-se outro, todas as energias voltam-se para uma

nova realidade.

A mudança está no fim, naquilo que se almeja. Portanto, veremos

12 propósitos, 12 motivações para viver e agir no mundo.

Em cada mudança de camada, notaremos um novo padrão de


autoconsciência. Estas motivações correspondem a uma escala de
evolução individual e cronológica.

Camadas Integrativas

As camadas 1, 2, 5, 6, 8 e 11 fecham a personalidade em um quadro

definido.

Camadas Divisivas

As camadas 3, 4, 7, 9, 10 e 12 abrem a personalidade para que ela


receba influências externas, que rompem o equilíbrio
antecedente. Nelas, há a luta por uma nova integração, que será
superior.

Para Gaston Berger, todas as camadas até a 8 estão presentes em

todo indivíduo adulto normal. Nem todos, porém, alcançam as

próximas.

Para descobrir rapidamente a camada em que as pessoas se

encontram, basta perguntar: “Onde dói?”. Cada camada tem um


sofrimento próprio e, ao ser descoberto, revela-se também a
motivação da pessoa.
As 12 camadas da personalidade

As 12 camadas da personalidade, segundo o professor Olavo de


Carvalho, são:

1. Astrocaracterologia;

2. Psicologia do destino;

3. Aprendizado;

4. Afeto interior;

5. Autodeterminação do Ego;

6. Conquista de habilidades;

7. Papel social;

8. Eu diante da Morte;

9. Vida intelectual;

10. Vida Moral;

11. Eu histórico;

12. Eu diante de Deus.

1ª camada da personalidade: Caráter,

camada integrativa, astrocaracterologia

Esta camada da personalidade ainda não é consciente. Não temos


acesso a esta motivação, mas podemos conhecê-la. Notamos que
algumas pessoas são de um jeito, outras são de outro e que já

existe, naturalmente em cada um, uma tendência anterior à


consciência.

Ninguém escolhe ter determinadas inclinações ou propensões e

isto já está lá, em seu corpo, antes de ser tornar consciente como

indivíduo.Notamos uma facilidade em agir de um jeito e uma


dificuldade em agir de outro. Isto já está dado.

Pense em uma mesa de sinuca.

Perceba seu formato, sua aparência e sua função. Ao observá-la

como um poeta, é como se a ouvíssemos chamar para ser jogada,

como se quisesse ser usada. Em outro exemplo, um drink quer ser

bebido, embora não tenha vontade, consciência ou algo parecido.

Isto ilustra que algumas características desejam aparecer no


mundo, querem ser realizadas. Nós temos características corporais
anteriores ao surgimento da consciência e elas conduzem a

manifestar-nos de uma forma e não de outra.

A constituição física, moral e intelectual nos leva a ter aptidões

dif t S á i d i tid d
diferentes.Será preciso dominar o corpo, no sentido de se
entender como uma unidade: engatinhar, caminhar, dormir,
acordar, etc.

E porque o nome Astrocaracterologia?

Para o Professor Olavo de Carvalho, esta é a ciência que poderia

explicar as características anteriores ao corpo, em comparação

com os astros. Se funcionaria não é o que está em questão.

Resumindo

A motivação da primeira camada da personalidade é própria do


sujeito e anterior a tudo. O corpo é a pré-condição da existência
da personalidade e está dado no nascimento. Assim como a mesa
de sinuca quer ser jogada, cada pessoa aparece no mundo de uma

forma, com um jeito de “funcionar” que não muda até a morte.

Notamos facilidade ou dificuldade em agir de uma certa maneira e

nada muda a existência desta inclinação. Ela está presente.

Pense em si mesmo. Você nota o que lhe demanda esforço, que a

outros não? Nota no que tem facilidade, que para outros é uma

dificuldade?

Atenção! Isto não tira a liberdade de ninguém. Trata-se apenas do


reconhecimento de que há em cada um algo como um “chamado”,

uma “convocação” para agir de uma forma.

Temos que olhar para nós mesmos e perceber que “sou isto” e não

aquilo.

São características de instalação na realidade pelas quais


agiremos e construiremos nossa personalidade. Estas
características não subtraem a liberdade, mas definem o ser.

Por exemplo, o homem perdeu a liberdade de dar à luz? Não, mas

suas características masculinas o definem como uma coisa e não

como outra.

Sofrimento

Neste caso, que envolve apenas o corpo, são as doenças.

Objetivo principal

Dominar a natureza do próprio corpo, a própria constituição física.

2ª camada da personalidade:
Hereditariedade, constituição,

temperamento, estrutura pulsional

Esta camada é quase inconsciente. Na primeira, vimos uma

motivação que envolve a constituição do corpo. Nesta, notamos a


hereditariedade. Mas não tem nada a ver com a biologia, a
genética e os cromossomos.

Para explicar melhor esta camada da personalidade humana, o

psiquiatra Italo Marsili recomenda o conceito de outro psiquiatra, o

húngaro Lipot Szondi. Ele fala sobre a Teoria do Inconsciente


Familiar.

Ele diz que é possível explicar o que motiva as pessoas,

entendendo que seus antepassados pedem a repetição de seus

sucessos e fracassos. Para o Dr. Lipot Szondi, há nas pessoas uma


inclinação a repetir os processos de seus familiares antepassados.
Isto nos ajuda a compreender o que o Professor Olavo propõe

nesta etapa da teoria das doze camadas.

Ao teorizar sobre o inconsciente familiar, é como se pensássemos

em uma linha pelas gerações. Ela começa nos parentes que vieram

antes de nós e sua ponta desenrolada está conosco. O recém-


nascido sofre o impacto das condições físicas externas e adversas
ou de tendências mórbidas de sua hereditariedade.

Já aconteceu de você se perceber agindo de uma forma e nem

saber o porquê, além de notar que seus antepassados também

fizeram o mesmo?

Uma canção de Belchior retrata isso de forma análoga em um de

seus trechos:

“Minha dor é perceber / Que apesar de termos /

Feito tudo o que fizemos / Ainda somos os mesmos /

E vivemos / Ainda somos os mesmos / E vivemos /

Como os nossos pais”.

Resumindo

Esta camada também está fora de seu controle, como a primeira.

Não há como escolher não herdar os desejos e tensões dos


antepassados. É possível escolher como lidar com eles, o que é
diferente e garante sua liberdade.

Estas duas camadas apresentam tensões que estarão sempre

if t d t d
conosco: um corpo que se manifesta de um certo modo e uma
herança familiar. São um material bruto e o que virá será
construído sobre este substrato, sobre esta realidade que nos

forma e da qual não há como escapar.

Sofrimento

Envolve os próprios problemas hereditários e não está sob o

controle do indivíduo.

Objetivo principal

Provar e gostar das experiências vividas.

Você está interessado em assuntos de desenvolvimento


pessoal? Um dos cursos que temos no Núcleo de Formação
para Membros, é o “Vícios e Compulsões do dia a dia”, com o

psiquiatra Bruno Lamoglia. Assine agora mesmo para ter

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3ª camada da personalidade: Cognição,

percepção

Nesta camada, aparece pela primeira vez uma motivação


consciente na pessoa: o aprendizado primário. Surge o elemento
de liberdade e indeterminação.

Não se trata do aprender para se gabar, enriquecer, passar em

Quando uma
provas, por curiosidade ou para se sentir bem.

criança começa a aprender, sua motivação é primária e o


conhecimento não é instrumento de outra intenção.

No desenvolvimento infantil, a etapa dos “porquês” é fundamental.

Seu mundo é um mundo de descobertas. Quando a criança

começa a brincar e descobrir como o mundo funciona, ela está

iniciando uma relação com a realidade.

Este aprendizado não é delimitado pela hereditariedade ou pelas

condições físicas. Nada disto influencia as oportunidades de

aprendizado ou determina a capacidade de absorver as coisas.

Resumindo

Éa
Esta é uma camada da personalidade que o adulto já perdeu.

motivação do aprendizado pelo aprendizado por si mesmo, não o

intelectual, mas o de cálculo do funcionamento do mundo.


Qual o tamanho do mundo para uma criança? O que é possível

fazer? O aprendizado medirá justamente isto, sem preocupação

com vitórias ou derrotas.

Aqueles que passaram aproximadamente dos 10 anos, não

retornam mais à terceira camada, porque já compreendem como o

mundo funciona e não mais aprendem pelo aprendizado em si.

Apenas autistas graves e pessoas com retardo mental ou lesão em

certas áreas cerebrais retornam ou ficam presas à terceira camada

da personalidade.

O aprendizado desta etapa é básico: como articular membros,


musculatura, fala e sua extensão, etc.

Piaget dedicou-se a pesquisar sobre o desenvolvimento e o

aprendizado das crianças. Outras contribuições foram dadas por

Kholer, Gestalt, pelo behaviorismo, Festinger e pela psicologia da

linguagem.

Pense na criança que não come tudo no prato e desperdiça os

alimentos. Um discurso sobre a fome na África não tem efeito

nenhum, pois ela não entende conceitos, não sabe o que é a África,

a fome, o dinheiro, as consequências.

Por isso é importante conhecer a teoria das 12 camadas da


personalidade humana, para não tentar motivar uma pessoa de um
modo que não faça sentido. É preciso entender com quem se está
falando para tocar as motivações certas.

A motivação básica da criança é organizar o mundo, por isso, até

aproximadamente os 6 anos de idade, elas precisam do mundo

material organizado e não de conceitos. Precisam de ordem,

alimentação, higiene e sono.

Sofrimento

Nesta camada, o sofrimento tem a ver com o sucesso ou o fracasso

no aprendizado. Não há traumas, a duração da dor é curta e a

evolução natural do indivíduo a supera. São dificuldades vencidas

com o tempo, exercícios e nutrição, principalmente.

Objetivo principal:

Exercer a liberdade no aprendizado.

4ª camada da personalidade: História


pulsional e afetiva, camada decisiva

Rei Joffrey Boratheon da série Game of Thrones.

Se alguém chega à vida adulta ainda na quarta camada, dela não

sai sozinho. É preciso psicoterapia, segundo o Professor Olavo de

Carvalho.

O que temos nesta motivação? O surgimento do mundo da


afetividade, a percepção de um certo sofrimento, uma certa
carência, que surge de um afeto não preenchido ou não recebido.

Isto acontece na chamada segunda infância, na pré-adolescência

em geral. Se a pessoa não tiver recebido um tipo específico de

afeto de seus pais ou parentes, ela terá problemas na adolescência

e na vida adulta.

Qual é este afeto que não pode faltar para que a quarta camada
seja superada?

É preciso que os pais ou parentes próximos ofereçam um afeto:

Abnegado;

Constante;

Gratuito;

Benévolo.

Não é uma questão de ser o amigão da criança, do filho, etc. Ele

também tem seus amigos com quem brincar. Cabe aos


responsáveis dar segurança para seu desenvolvimento. A criança
precisa olhar para seus pais e notar que eles estão preocupados

com ele, não com o filho do vizinho ou outros interesses

mesquinhos.

A criança espera ver ações de justiça nos pais, de confiança, de

atenção ao que estão vivendo.O que não pode acontecer da parte


de quem deve garantir amor, segurança presença e afeto é a
indiferença, a despreocupação e a desatenção.

Até que tal afeto seja sentido, um buraco permanece aberto no

coração. As pessoas na quarta camada buscam a validação de

seus sentimentos, de seus afetos. Permanecem presas buscando


f t ti t ti t d t
fazer o que toca seus sentimentos ou os sentimentos dos outros.

Pela primeira vez surge a questão da felicidade e da infelicidade.


Ela não surge mais cedo porque é natural que o homem seja feliz.

Pensa-se também: Sou amado ou rejeitado?

Resumindo

A motivação aqui vista é a do sentimento pelo afeto ou carinho do


outro. Por isso notamos o vitimismo, no qual tudo o que acontece é
levado para o lado pessoal, sentimental, autorreferente. A pessoa

se vê de uma forma especial, com direito a praticamente tudo. Em

sua concepção, as pessoas devem servi-la.

Quem está preso na quarta camada não percebe que existe um


mundo objetivo acontecendo independentemente de como ele se
sente. Ele não distingue o mundo real do imaginário. A psicanálise
freudiana aborda a quarta camada com o conceito de

transferência. Klein e a psicanálise em geral também

desempenham um papel nela.

Uma vez que os vitimistas estão inseridos aqui, notamos a


propensão à falsidade, à fofoca, à mentira e a outros tipos de
vínculos artificiais em busca de legitimidade. Acrescente-se a isso
a inclinação a sentir-se ofendido ou injustiçado com facilidade.

Na terapia, é ideal que haja o momento em que o paciente coloca o

terapeuta no lugar de seu pai e de sua mãe. Quando isto acontece,

a transferência é feita. Quando isto acontece, pode-se fechar o

ciclo, caso o terapeuta consiga ser benévolo, constante e

proporcionar segurança ao paciente.

Nesta camada é que se conquista a estabilidade dos afetos


interiores, para que se viva objetivamente no mundo sem viver
tudo sentimentalmente de forma vitimista, colocando-se no
centro e querendo que tudo o que os outros façam,
necessariamente nos faça sentir bem.

Sofrimento

Surge quando a criança percebe se ela se sente feliz ou não, por

causa de repetidas frustrações. O maior problema é chegar à

maturidade com necessidades esquecidas, com o sentimento de

rejeição.

Objetivo principal

Encontrar aceitação e segurança emocional.


5ª camada da personalidade: Ego,

autoconsciência e individuação

Dando sequência ao nosso resumo das 12 camadas da

personalidade humana, chegamos à quinta. A motivação é a


autodeterminação do Ego.

Notamos aqui uma pessoa rebelde, que quer testar sua força no
mundo. Mesmo que nem todos os adolescentes estejam na quinta
camada, ela é própria deles, estando com os afetos interiores

estáveis.

É possível olhar o mundo de forma objetiva, sem interiorizar as

coisas nos sentimentos e buscar orgulho ao se observar, vendo-se

como o autor da própria vida.

Agora a intenção é validar a força, encontrar obstáculos e enfrentá-

los. Pode ser discussão verbal, disputa física, implicância…

Entretanto, muitos adolescentes estão presos na quarta camada,


ainda no mundo interior mal resolvido. Não alcançam esta etapa
de testar sua força no mundo, afinal, para isso é preciso ter

primeiro estabilidade interna.

É normal distanciar-se um pouco dos pais nesta etapa, ser

briguento e arrogante. Ele precisa vencer, pensar que é forte, que

consegue. É o processo de amadurecimento que está

acontecendo, é a saída do mundo da autorreferência para o mundo

real, externo. A referência é o Ego em relação ao mundo exterior.

Quando ele percebe que já possui uma força, quando percebe do

que é capaz e onde pode vencer, ele está pronto para uma nova

motivação, já que não precisa mais testar a si mesmo.

Sofrimento

A fonte de sofrimento é o autojulgamento depreciativo (sentimento

de perdedor), que acontece por perceber uma falta de capacidade

pessoal, o que gera autodecepção.

Objetivo principal

Ganhar autoconfiança, vencer as disputas.

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filosofia.

6ª camada da personalidade: Aptidão e

vocação

Muitas vezes a força testada na quinta camada é inútil. Ganha-se

uma disputa, uma briga, uma coisa qualquer, mas qual é o retorno

disso?

Na sexta camada da personalidade busca-se uma vitória que


alcance um bem objetivo. A pessoa usa sua capacidade para
trabalhar e ganhar dinheiro. Não importa se o patrão gosta e fala
bem dela, muito menos se é o funcionário do mês, se não houver

lucro financeiro.

A motivação é conseguir o dinheiro necessário para pagar as

contas e comprar os bens desejados, para si mesmo ou para a

família.

O elogio põe sobre a mesa o pão de cada dia? A vitória de ter a

foto no quadro de funcionário destaque trouxe algum conforto

objetivo a mais ou apenas amaciou o ego?

Quem está nesta camada pensa assim:

“Não precisa gostar de mim, obrigado! Também não

precisa se preocupar em emoldurar meu rosto. Quero

o dinheiro, porque tenho coisas importantes a

resolver”.

O exercício da humildade é mais aparente nesta camada e o eixo


de valor sai do sujeito (pessoa) e vai para o objeto (resultado).

Aqui vemos a objetividade com muita força. A luta é pela conquista

de capacidades e habilidades que o instalem melhor no que é apto,

em sua vocação.

Especialmente na quarta camada e até mesmo na quinta, as

pessoas acham que o status de uma profissão já as qualifica. Ser

professor não traz autoridade, respeito e valor. Ser médico não traz

autoridade, respeito e valor. Não importa o título ou a faculdade

f it
feita.

O que importa é se você tem as habilidades para executar o que

você diz saber, se objetivamente é capaz de executar bem seu

trabalho, se dá conta da missão.

Na sexta camada, a pessoa busca as habilidades de que precisa

para realizar sua vocação.Ela olha para o que faz e quer fazer
melhor para ter mais resultados, não se ancora em títulos.

A personalidade instalada nesta motivação, ouve críticas e busca o

aprimoramento, a que está na quarta fica magoada.

Sofrimento

O sofrimento ocorrerá por um prejuízo objetivo, pela frustração no

resultado. A falta de dinheiro para pagar as contas é um exemplo.

Principal objetivo

Obter lucro.

7ª camada da personalidade: Situações e

papeis sociais

Por muito lutar em conquistar habilidades, o sujeito pode vir a

conquistá-las e vivê-las. Com suas habilidades reais e com seus

resultados objetivos, ele entrega valor à sociedade.

A motivação passa a ser a de entregar algo à sociedade. O sujeito


percebe que só ele pode entregar o que a coletividade demanda.

Ele percebe que tem um papel social a cumprir.

Muitos possuem papéis sociais por causa do cargo, mas não da

habilidade. São médicos e não sabem exercer a medicina,

advogados e não sabem exercer o direito, políticos e não sabem

exercer a política. Não estamos falando deles.

Quem alcançou a sétima camada da personalidade domou suas


habilidades e é capaz de cumprir seu dever. Esta pessoa entende a
expectativa da sociedade e faz de sua vida uma entrega, um

serviço.

A experiência do papel social completa-se no casamento ou em

votos religiosos, sistemas que abarcam a totalidade do indivíduo,

enquanto uma profissão, por exemplo, solicita apenas uma parcela.

A motivação não é servir à sociedade para se sentir bem ou para

d E t j it t d t b lh l
ser remunerado. Este sujeito entendeu que seu trabalho pelos
outros é o seu lugar no mundo. Na obra “Dom Quixote” de Miguel
de Cervantes, o próprio Dom Quixote diz no final:

“Yo sé quien soy”.

Na sétima camada, o indivíduo já sabe com maior profundidade


quem ele é no mundo, sabe qual é o seu papel social. O
cumprimento de seu dever é a manifestação de seu amor, que não

é um sentimento, mas sim uma atitude.

Sofrimento

São relativos à percepção de estar no palco errado e ao não

cumprimento de expectativas mútuas, na falha do desempenho do

papel social. Não cumprir o papel que lhe cabe e que é esperado é

a causa da dor. Isto também envolve os outros, pois pensa-se na

infelicidade deles pela falha na entrega.

Objetivo principal

Compreender quem se é no grupo e ficar bem com isso.

8ª camada da personalidade: Síntese

individual

Homem jogando xadrez com a morte, cena do filme O Sétimo Selo.

Após a sétima camada, na qual o indivíduo sabe quem é no mundo,

surge a seguinte pergunta:

Quem sou eu diante da morte?

Italo Marsili, cuja explicação guia nosso resumo didático das 12

camadas da personalidade humana, explica que a motivação diante

da morte pode ser retificar ou ratificar. Consertar o que fez até o


presente ou confirmá-lo?

O indivíduo encontra-se diante da finitude de sua vida e é

convidado a refletir:

“Este sou eu e permanecerei fazendo isso até meu

último dia. O que faço possui valor mesmo sabendo

que minha vida vai acabar, tem sentido mesmo diante

da morte”
da morte .

Ou

“O que foi que eu fiz da minha vida?”

Algumas pessoas, confrontadas com a ideia de um fim, percebem

que, diante da morte, fariam outra coisa, com outra qualidade e

Na oitava camada da personalidade vive-se um


intensidade.

drama, um sofrimento muito específico.

Se o indivíduo percebe que seu dever não tem valor diante da

morte, mesmo assim não pode mudar deixando de fazer o que faz,

Por esta razão,


afinal ele cumpre um papel social importante.

precisa encontrar a solução sem deixar de continuar servindo.

Não é atitude de oitava camada perceber a necessidade de

mudança, de largar todas as responsabilidades, de pessoas que lhe

são dependentes e de ir em busca das realizações. Isto é atitude de

quarta camada em busca de bons sentimentos.

Sempre que surgir o pensamento “vou largar tudo e mudar”, saiba

que ele não pertence a esta camada. Quem chegou aqui entendeu

seu dever, sua responsabilidade. Ao encontrar um problema,

permanecerá até encontrar a solução.

Novamente: Retificar ou ratificar? Reparar ou reafirmar?

Se for reparar, a solução não pode deixar desamparados aqueles

que dependem de você na sociedade.

Não há deserção na oitava camada. Se a solução prática não for


encontrada, o indivíduo viverá com esta tensão até a morte.

Notamos que o amadurecimento dói, mas a felicidade que dele

resulta é mais plena.

Nela, toca-se naquilo que é e não pode deixar de ser. A noção de

verdade é realmente aprendida, juntamente com a reflexão entre o

bem e o mal. A personalidade padrão está completa.

Sofrimento

O sujeito sofre consigo mesmo ao pensar “O que fiz da minha

vida?”. Mesmo aqueles que acertaram, podem refletir sobre todo o

curso de sua existência. É preciso julgar a vida inteira sem culpar

i é
ninguém.

Objetivo principal

Encontrar o sentido da vida diante da morte.

9ª camada da personalidade:

Personalidade intelectual

Esta é a camada da vida intelectual, na qual se vive devotamente


em busca da verdade. Não se trata de simplesmente estudar, pois
há analfabetos na nona camada. A motivação é conhecer e viver

imerso na verdade, não importa o que aconteça.

É a camada do conhecimento da verdade que formará sua

personalidade intelectual. Seu interesse será buscar a verdade,

mesmo que isso incomode os outros. Encontrar a solução para um

problema prático ou teórico que se apresente à sua inteligência

será mais importante do que a própria personalidade.

O indivíduo tentará solucionar seus problemas intelectuais para o

bem de sua própria consciência. É algo que se ele não fizer,

ninguém vai notar.Não se trata de buscar a verdade para os


outros, sim de uma necessidade interna, um imperativo.

Feito isto, já se pode passar para a décima camada.

Sofrimento

Quem chegar a este ponto sofrerá com a ausência de uma solução

para o problema que se apresenta ao seu intelecto. O indivíduo não

quer se sentir inseguro quanto à sua capacidade de compreender a

verdade e, portanto, seu mérito em influenciar as pessoas.

Objetivo principal

Alcançar a criação intelectual, inserir a sua forma de ver o mundo

na sociedade.

Contamos com a colaboração de muitos professores que se


dedicam à vida intelectual no Núcleo de Formação da Brasil
Paralelo. São pessoas que servem ensinando a verdade, ensinando
a pensar, a estudar e a muito mais.

Torne-se Membro para acessar a todo este conteúdo.

10ª camada da personalidade: Eu


transcendental

Trata-se da camada da vida moral. Uma vez conhecida a verdade,

vive-se e age-se diante dela. A questão feita é: Tudo o que faço na


minha vida corresponde à verdade?

Antes disso, a questão tinha um peso relativo e menos profundo.

Neste caso, você percebe que pode ser mau e não caminhar na

verdade. Você percebe que pode não agir de forma moral.

O indivíduo se vê como um representante da espécie humana,


dotado de autoconsciência e responsável por seus atos. Ele se vê
de um ângulo no qual qualquer outro em seu lugar também

encararia da mesma forma.

Ele obedece às próprias regras, de forma que morrer por elas não

seja mais um absurdo.

Sofrimento

Na décima camada, quando a pessoa percebe que foi imoral, sente

um profundo rasgo em sua biografia. Ela sofre por perder poder.

Objetivo principal

Obter poder para exercer suas ideias na sociedade.

11ª camada da personalidade: Personagem

Ao passar um tempo constante no agir moral, alcança-se a camada

do “eu histórico”. Ora, quem assim agiu por muito tempo, gera um

efeito na história. Sua personalidade marca a história.

Ele percebe que as ações verdadeiras e morais não terminam com

a morte, não acabam neste mundo. Elas permanecem.

A motivação da décima primeira camada é a constituição de uma


personalidade duradoura através do tempo. Não importa se são
ações grandes ou pequenas, são ações inseridas na história como

um todo, no processo de evolução da espécie humana.

Neste caso, suas ações serão julgadas pela humanidade, afinal, elas

mudam o curso da história. Este tipo de ação não pode ser avaliada

pelo conteúdo social ou pelo proveito prático. Acontece em


função de algo que ainda não existe.

Quando Getúlio Vargas se suicidou, ele sabia que sua ação entraria

hi tó i d i El f i t t
para a história e mudaria seu curso. Ele o fez conscientemente,

posicionando-se como peça histórica em um momento específico,

com a certeza de que o que ele que estava fazendo mudaria o

pensamento da coletividade humana.

Napoleão Bonaparte, George Washington, Lênin, Stálin, Alexandre

e Genghis Khan são outros exemplos de personalidades que

mudaram conscientemente a história.

Sofrimento

A dor desta própria camada é justamente falhar em atos históricos

e não alcançar impacto, não modificar o rumo das sociedades.

Objetivo principal

Mudar conscientemente o curso da história com suas ações.

12ª camada da personalidade: Destino final

Foto de Madre Teresa de Calcutá.

A motivação é um constante agir diante de Deus.

Finalmente chegamos ao final das 12 camadas da personalidade.

Nesta última, temos um sujeito transcendental.

A pessoa se
Não se trata apenas de estar diante do fim, da morte.

vê diante de um observador onisciente, do destino final. Deus


conhece todas as coisas, todos os corações, o melhor e o pior.

Muitos têm religião, frequentam os templos e seguem os ritos de

culto. Mesmo estas pessoas terminam o mês pensando em

dinheiro, nos problemas do mundo, na morte. Em qualquer camada

é possível gostar de Deus. Mas, nas camadas inferiores, a

motivação por excelência não é Deus.

Nesta camada o sujeito precisa responder pessoalmente diante


d’Aquele que sabe tudo e criou tudo. Ele precisa responder a um
ser infinito. Cada ato é concebido sob um prisma eterno, cada ação

é pensada diante de Deus.

Na 12ª camada , acontece o encontro com o sentido da vida. O


indivíduo aceita o sofrimento inevitável por amor a Deus. Um santo

católico, por exemplo, será enigmático e complexo caso Deus seja

ti d d i t t ã d t
retirado da interpretação de seus atos.

Outros exemplos de pessoas que alcançaram a décima segunda

camada são Jesus, Gandhi, Sidarta Gautama, Moisés e Maomé.

Sofrimento

Decepcionar a Deus, não correspondê-lO. Sofre-se pela própria

humanidade.

Principal objetivo

A redenção.

Veja este vídeo que resume as 12 camadas de forma ilustrativa:

AS 12 CAMADAS DA PERSONALIDADE DE OLAV…


OLAV…

Por que acreditar nesta teoria?

Para o Professor Olavo de Carvalho, a primeira coisa a ser dita é


que ela é auto-evidente. À medida em que é apresentada, a teoria
demonstra uma geometria de encaixe dos argumentos e é

reconhecida na vida.

O ouvinte percebe que é verdade quanto mais ouve e entende.


Isto ressignifica sua vida. A teoria não permanece teórica, pois está

ancorada em fatos, ela está adequada à realidade.

Ela também é crível por acomodar diferentes fenômenos

psicológicos descritos por Piaget, Freud, Jung, Lacan, Szondi,

A teoria das 12 camadas da personalidade não cria


Frankl.

fenômenos imaginados, mas organiza os que existem e que já são


percebidos.

Conclusão
As 12 camadas da personalidade fecham o ciclo de uma vida

humana. Explicam a vida daquele que possui um corpo, se

manifesta, aprende, supera sua necessidade afetiva, confronta o

mundo em busca de vitória, conquista habilidades úteis, descobre

um dever social, vê-se diante da morte, busca a verdade, busca a

vida moral, constitui um “eu histórico” e alcança a transcendência

diante de Deus.

Quanto mais avançado nas camadas, mais singular é o indivíduo,


mais pessoal, mais único. É por isso que ele tem mais
personalidade, é menos identificado com as massas e se parece

mais consigo mesmo do que com os outros.

Tendo lido tudo isso, você consegue responder em qual camada


da personalidade você se encontra? Compartilhe o artigo para
que mais pessoas conheçam a teoria.

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