Você está na página 1de 8

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DA 21.

ª VARA FEDERAL DE CURITIBA –


SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ

Autos eletrônicos sob n. º XXXXX.XXXX.XXX-XX/PR


Ação Previdenciária

Nome do recorrente, vem por intermédio de sua procuradora ora signatária, ambos já
devidamente qualificados nos autos supra, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com
base no artigo art.º42 da Lei n.º 9.099/1995 e no artigo art.º 5 da Lei n.º 10.259/2001, interpor:

RECURSO INOMINADO

Contra a r. sentença proferida em evento n. 22 que julgou parcialmente


procedente os pedidos ventilados na exordial, requerendo o recebimento do mesmo, apenas
no efeito devolutivo, pelos fatos e fundamentos jurídicos anexos, com a consequente remessa
ao Colegiado Recursal competente.

Outrossim, informa a parte recorrente que deixa de efetuar o preparo do


presente recurso por ser beneficiária da Assistência Judiciária Gratuita deferida em sentença
(evento n. 22).

Nestes termos,
Pede deferimento.
Curitiba/PR, data do protocolo eletrônico.
COLENDA TURMA RECURSAL DO ESTADO DO PARANÁ

Autos eletrônicos sob n. º XXXXX.XXXX.XXX-XX/PR


Recorrente: nome do recorrente

EMÉRITOS JULGADORES

1. DA TEMPESTIVIDADE

De início, verifica-se a tempestividade do presente recurso, pois a parte


recorrente fora intimada do teor da r. sentença em 02/12/2016, inaugurando, portanto, o prazo
recursal em 06/12/2016 e tendo como termo final a data de 23/01/2017, de acordo com a nova
regra de contagem de prazo trazida pelo art.º 219 da lei 13.105/2015.

2. DA SÍNTESE PROCESSUAL

A parte recorrente ajuizou a presente ação previdenciária para revisão do


benefício de aposentadoria por tempo de contribuição que foi concedido ao autor na via
administrativa; mediante o reconhecimento da especialidade dos períodos de 24/05/1982 a
20/02/1985, 02/06/1986 a 03/11/1992, 11/04/1994 a 08/07/1994, 01/08/1994 a 02/01/1995
e de 09/01/1995 a 11/11/2014, com aplicação do fator 1.4, com o pagamento das parcelas
vencidas desde a DER (originária ou relativizada), sendo os referidos valores monetariamente
corrigidos, inclusive acrescidos dos juros moratórios à razão de 1% ao mês a contar da citação,
incidentes até a data do efetivo pagamento, conforme deflui-se da exordial anexada em evento
n. 1, INIC1.

Em evento n.22 fora proferida sentença de parcial procedência, conforme


verifica-se do dispositivo que segue transcrito:

>>>> COLE AQUI O DISPOSITIVO DA SENTENÇA<<<

Data vênia, verifica-se que a r. sentença a quo merece reforma no ponto que
deixou de reconhecer a especialidade dos períodos de 01/01/1997 a 18/11/2003, 01/01/2004
a 31/12/2006, de 01/01/2009 a 31/12/2009 e de 01/01/2011 a 11/11/2014.

Destarte, conforme fundamentos fático-jurídicos adiante delineados, por


intermédio do presente recurso, devolve-se a matéria a essa Colenda Corte, onde se espera seja
o decisum parcialmente reformado.
3. DAS RAZÕES RECURSAIS

3.1. Da especialidade dos períodos de 01/01/1997 a 18/11/2003,


01/01/2004 a 31/12/2006, de 01/01/2009 a 31/12/2009 e de 01/01/2011 a 11/11/2014:

Nos períodos de 01/01/1997 a 18/11/2003, 01/01/2004 a 31/12/2006, de


01/01/2009 a 31/12/2009 e de 01/01/2011 a 11/11/2014, o recorrente desenvolveu suas
atividades laborais junto à empresa Nome da empresa Ltda., conforme faz prova o formulário
PPP anexado em evento n. 1, PPP9.

Em r. sentença o referido período não foi reconhecido como especial sob a


fundamentação de que:

“Conforme Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP (evento 1 - PPP9):

período setor cargo agente nocivo


09.01.1995 a cabine operador ruído 84,9dB(A)
31.12.1996
01.01.1997 a cabine operador, ruído 80 dB(A)
31.12.1997 montador
01.01.1998 a cabine montador ruído 86,7 dB(A)
31.12.1998
01.01.1999 a montagem de cabines montador ruído 81,4 dB(A)
31.12.1999
01.01.2000 a montagem de cabines montador ruído 79,8 dB(A)
31.12.2000
01.01.2001 a montagem de cabines montador ruído 78,4 dB(A)
31.12.2001
01.01.2002 a montagem de cabines montador ruído 81,6 dB(A)
31.12.2002
01.01.2003 a montagem de cabines montador ruído 85,2dB(A)
31.12.2003
01.01.2004 a montagem de cabines- montador ruído 79,6 dB(A)
31.12.2004 caminhões semi pesado
01.01.2005 a montagem de cabines- montador ruído 79,1 dB(A)
31.12.2005 caminhões semi pesado
01.01.2006 a montagem de cabines linha montador ruído 81 dB(A)
31.12.2006 VM
01.01.2007 a f cab assembly line montador ruído 86 dB(A)
31.12.2007
01.01.2008 a fcab assembly line montador ruído 85,9dB(A)
31.12.2008
01.01.2009 a f cab assembly line montador ruído 84,3 dB(A)
31.12.2009
01.01.2010 a f cab assembly line montador ruído 87,3dB(A)
17.06.2010
18.06.2010 a f cab assembly line montador ruído 87,3dB(A)
31.12.2010
01.01.2011 a f cab assembly line montador ruído 80,2 dB(A)
31.12.2011
01.01.2012 a f cab assembly line montador ruído 79,1 dB(A)
31.01.2012
01.02.2012 a montagem de cabines linha montador ruído 78,9 dB(A)
31.12.2012 VM
01.01.2013 a montagem de cabines linha montador ruído 75,2 dB(A)
31.12.2013 VM
01.01.2014 a montagem de cabines linha montador ruído 73 dB(A)
11.11.2014 VM

Por esta razão, deve ser o tempo considerado como trabalhado em


condições especiais de 09.01.1995 a 31.12.1996, de 19.11.2003 a 31.12.2003, de 01.01.2007 a
31.12.2008 e de 01.01.2010 a 31.12.2010, na esteira da previsão constante do item 1.1.6, do
Dec. 53.831/64, e item 1.1.5, do Dec. 83.080/79 e item 2.0.1, do Dec. 3.048/99, devendo ser
convertido em tempo comum, mediante aplicação do fator 1.4.”. (Grifo nosso)

Data vênia, verifica-se que a r. sentença a quo merece reforma no ponto que
deixou de reconhecer a especialidade dos períodos de 01/01/1997 a 18/11/2003, 01/01/2004
a 31/12/2006, de 01/01/2009 a 31/12/2009 e de 01/01/2011 a 11/11/2014.

Veja que em impugnação à contestação anexada em evento n. 18 a parte


recorrente informou que o formulário PPP anexado em evento n. 1, PPP9, indicava que nos
períodos de 01/01/1997 a 18/11/2003, 01/01/2004 a 31/12/2006, de 01/01/2009 a
31/12/2009 e de 01/01/2011 a 11/11/2014 o segurado esteve exposto ao agente físico ruído
nos níveis que seguem descritos:

01/01/1997 a 31/12/1997 RUÍDO na intensidade de 80 decibéis.


01/01/1998 a 31/12/1998 RUÍDO na intensidade de 86,7 decibéis.
01/01/1999 a 31/12/1999 RUÍDO na intensidade de 81,4 decibéis.
01/01/2000 a 31/12/2000 RUÍDO na intensidade de 79,8 decibéis.
01/01/2001 a 31/12/2001 RUÍDO na intensidade de 78,4 decibéis.
01/01/2002 a 31/12/2002 RUÍDO na intensidade de 81,6 decibéis.
01/01/2003 a 18/11/2003 RUÍDO na intensidade de 85,2 decibéis.
01/01/2004 a 31/12/2004 RUÍDO na intensidade de 79,6 decibéis.
01/01/2005 a 31/12/2005 RUÍDO na intensidade de 79,1 decibéis.
01/01/2006 a 31/12/2006 RUÍDO na intensidade de 81 decibéis.
01/01/2009 a 31/12/2009 RUÍDO na intensidade de 84,3 decibéis.
01/01/2011 a 31/12/2011 RUÍDO na intensidade de 80,2 decibéis.
01/01/2012 a 31/12/2012 RUÍDO na intensidade de 79,1 decibéis.
01/01/2013 a 31/12/2013 RUÍDO na intensidade de 78,9 decibéis.
01/01/2014 a 11/11/2014 RUÍDO na intensidade de 75,2 decibéis.

Contudo, a parte recorrente impugnou o formulário apresentando pela ex-


empregadora do segurado, realizando a juntada parcial do PPP do segurado HELIO DIAS
BORGES, que exerceu atividades idênticas ao autor junto à empresa Nome da empresa Ltda:

>>>cole aqui a imagem do PPP<<<

Observa-se que apesar do PPP listar as mesmas atividades desempenhadas


pelo autor no período de 09/01/1995 a 11/11/2014, este informa que as referidas atividades
eram exercidas sob a exposição do agente nocivo RUÍDO em intensidade de 88,5 decibéis.

Diante disso, restou caracterizada a divergência nas informações prestadas


pela ex-empregadora do autor, razão pela qual o mesmo requereu em impugnação à
contestação protocolada em evento n.18 a produção de prova pericial para comprovar a
insalubridade decorrente do contato com o agente físico RUÍDO ao qual o mesmo foi exposto
no período que trabalhou junto à empresa Nome da empresa Ltda., devendo a parte autora ser
intimada da data, horário e local da realização da perícia, bem como, para apresentar quesitos
e nomear assistente técnico.

Destaca-se que o STJ e o TRF4 entendem que em casos nos quais as questões
acerca da natureza das condições laborais vivenciadas pelo segurado não possam ser
esclarecidas de forma satisfatória através de prova documental é necessária a realização de
perícia técnica, conforme deflui-se das ementas abaixo colacionadas:

PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL.


APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO/CONTRIBUIÇÃO.
VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC. SÚMULA 284/STF. CÔMPUTO DE
TEMPO ESPECIAL. PROVA TÉCNICA. PERÍCIA POR SIMILARIDADE.
CABIMENTO. RECURSO ESPECIAL CONHECIDO EM PARTE E NESSA
PARTE PROVIDO. 1. Em preliminar, cumpre rejeitar a alegada violação
do art. 535 do CPC, porque desprovida de fundamentação. O
recorrente apenas alega que o Tribunal a quo não cuidou de atender
o prequestionamento, sem, contudo, apontar o vício em que incorreu.
Recai, ao ponto, portanto, a Súmula 284/STF. 2. A tese central do
recurso especial gira em torno do cabimento da produção de prova
técnica por similaridade, nos termos do art. 429 do CPC e do art. 55, §
3º, da Lei 8.213/1991. 3. A PROVA PERICIAL É O MEIO ADEQUADO E
NECESSÁRIO PARA ATESTAR A SUJEIÇÃO DO TRABALHADOR A
AGENTES NOCIVOS À SAÚDE PARA SEU ENQUADRAMENTO LEGAL
EM ATIVIDADE ESPECIAL. Diante do caráter social da previdência, o
trabalhador segurado não pode sofrer prejuízos decorrentes da
impossibilidade de produção da prova técnica. 4. Quanto ao tema, a
Segunda Turma já teve a oportunidade de se manifestar,
reconhecendo nos autos do Recurso Especial 1.397.415/RS, de
Relatoria do Ministro Humberto Martins, a possibilidade de o
trabalhador se utilizar de perícia produzida de modo indireto, em
empresa similar àquela em que trabalhou, quando não houver meio
de reconstituir as condições físicas do local onde efetivamente prestou
seus serviços. 5. É exatamente na busca da verdade real/material que
deve ser admitida a prova técnica por similaridade. A aferição indireta
das circunstâncias de labor, quando impossível a realização de perícia
no próprio ambiente de trabalho do segurado é medida que se impõe.
6. A perícia indireta ou por similaridade é um critério jurídico de
aferição que se vale do argumento da primazia da realidade, em que o
julgador faz uma opção entre os aspectos formais e fáticos da relação
jurídica sub judice, para os fins da jurisdição. 7. O processo no Estado
contemporâneo tem de ser estruturado não apenas consoante as
necessidades do direito material, mas também dando ao juiz e à parte
a oportunidade de se ajustarem às particularidades do caso concreto.
8. Recurso especial conhecido em parte e nessa parte provido. (REsp
1370229/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA
TURMA, julgado em 25/02/2014, DJe 11/03/2014)

EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. RECONHECIMENTO DE ATIVIDADE


ESPECIAL. CERCEAMENTO DE DEFESA. PRODUÇÃO DE PROVA
PERICIAL. ANULAÇÃO DA SENTENÇA. Caracteriza-se cerceamento de
defesa a não produção de perícia quando esta se traduz no único
meio hábil a comprovar a pretensão deduzida pela parte autora, qual
seja o reconhecimento de atividade urbana desenvolvida em
condições especiais. Anulada a sentença com o retorno dos autos à
vara de origem para restabelecimento da dilação probatória e novo
julgamento do mérito da lide. (TRF4, APELREEX 5013878-
73.2011.404.7112, Quinta Turma, Relator p/ Acórdão Rogerio Favreto,
juntado aos autos em 20/03/2014)

Assim, em se tratando de elemento probatório imprescindível ao


reconhecimento da especialidade da atividade laboral exercida pelo segurado, o indeferimento
da realização da prova pericial, consistiria em atentado ao direito de ampla defesa. Afinal, o
autor não deve ser penalizado pelas divergências constantes nos documentos fornecidos pela
empresa Nome da empresa Ltda.

Cabe inclusive salientar que os documentos foram preenchidos e fornecidos


pela ex-empregadora do autor, de forma que o mesmo não possui outros meios para a
comprovação de seu direito, senão a realização de perícia técnica.

Destaca-se, que em r. sentença fora negado o direito da autora à produção


de provas para sanar as divergências constantes na documentação fornecida pela ex-
empregadora do autor. Todavia, a r. sentença não deve prosperar, razão pela qual a parte
autora requer que seja determinada a conversão do feito em diligência para que seja realizada
a produção de prova pericial.
3.2.DO CERCEAMENTO DE DEFESA

Por conseguinte, a manutenção do decisum importará em cerceamento de


defesa, e afronta direta aos artigos 5º, LIV e LV, LXXVIII; art. 7º, XXIII; e art. 201, §1º da
Constituição Federal e aos artigos 57, §§3º, 4º e 5º e 58, §§1º, 2º, 3º e 4º da Lei n. 8.213/91,
bem como às Súmulas n. 26 e 68 da TNU, e ainda a Jurisprudência do STJ, na medida em que
não houve deferimento de produção de provas.

Saliente-se que nos termos do art. 480 do CPC “O juiz determinará, de ofício
ou a requerimento da parte, a realização de nova perícia quando a matéria não estiver
suficientemente esclarecida”.

Ademais, não pode ser imputada ao segurado a pena pela divergência ou


ausência das informações, ante sua hipossuficiência técnica e inacessibilidade à documentação
da empresa, vide ementa que segue transcrita:

MEIO AMBIENTE DO TRABALHO. DEVER DE DOCUMENTAÇÃO


AMBIENTAL DO EMPREGADOR. DIREITO DE INFORMAÇÃO DO
TRABALHADOR. PRESUNÇÃO DE NEXO ENTRE O AGRAVO À SAÚDE DO
TRABALHADOR E O SERVIÇO PRESTADO. 1. A documentação da
existência ou não de condições ambientais nocivas e de risco à saúde
e à segurança do empregado incumbe ao empregador. Estas
obrigações ambientais desdobram-se, em sede processual, no dever
do empregador de demonstrar, nos autos, de forma cabal, o correto
cumprimento das medidas preventivas e compensatórias adotadas
no ambiente de trabalho, para evitar danos aos trabalhadores. 2.
Obrigatoriedade de fornecimento do PPP - perfil profissiográfico
previdenciário pelas empresas, documento no qual devem constar
todas as informações relativas ao empregado, a atividade que exerce,
o agente nocivo ao qual está exposto, a intensidade e a concentração
do agente, exames médicos clínicos, além de dados referentes à
empresa. Inteligência do art. 157 da CLT, c/c art. 19, §1º, e art. 58, §4º,
da Lei 8213/91, e NR 09, do MTE. (...) (PROCESSO: 0001122-
68.2013.5.04.0030 RO, 2ª Turma, Rel. Des. Marcelo José Ferlin
D'Ambroso, j. 27/08/2015)

Neste sentido, é o teor da questão de ordem n.º 20 da TNU: “Se a Turma


Nacional decidir que o incidente de uniformização deva ser conhecido e provido no que toca a
matéria de direito e se tal conclusão importar na necessidade de exame de provas sobre matéria
de fato, que foram requeridas e não produzidas, ou foram produzidas e não apreciadas pelas
instâncias inferiores, a sentença ou acórdão da Turma Recursal deverá ser anulado para que tais
provas sejam produzidas ou apreciadas, ficando o juiz de 1º grau e a respectiva Turma Recursal
vinculados ao entendimento da Turma Nacional sobre a matéria de direito.(Aprovada na 6ª
Sessão Ordinária da Turma Nacional de Uniformização, do dia 14.08.2006)”.
Desta feita, a parte autora requer que seja determinada a conversão do feito
em diligência para que seja designada a produção de prova pericial com o fito de comprovar a
natureza das atividades que o autor desenvolveu nos períodos de 01/01/1997 a 18/11/2003,
01/01/2004 a 31/12/2006, de 01/01/2009 a 31/12/2009 e de 01/01/2011 a 11/11/2014.

4. DO PEDIDO

Ante o exposto, a parte recorrente requer que o presente recurso seja


conhecido e provido, a fim de reformar a r. sentença a quo no ponto que deixou de reconhecer
a especialidade dos períodos 01/01/1997 a 18/11/2003, 01/01/2004 a 31/12/2006, de
01/01/2009 a 31/12/2009 e de 01/01/2011 a 11/11/2014, com aplicação do fator 1,4, para que
seja determinada a condenação do INSS a revisar o benefício de aposentadoria por tempo de
contribuição que fora concedido ao autor na via administrativa, sendo lhe facultada a aplicação
do fator previdenciário ao benefício ou, sucessivamente, a conversão do benefício em
aposentadoria especial, sendo garantida a revisão em sua forma mais vantajosa ao autor e o
pagamento das diferenças devidas desde a DER, com a incidência dos consectários legais:
correção monetária pelo INPC e juros de mora de 1% ao mês, diante do cancelamento da Súmula
n. 61 da TNU, em razão do julgamento do Pedido de Uniformização n. 0003060-
22.2006.4.03.6314 em 09/10/2013.

De forma sucessiva, a parte autora requer que seja determinada a conversão


do feito em diligência para que seja realizada a produção de prova pericial com o fito de
comprovar que nos períodos pleiteados como especiais o autor desenvolveu suas atividades
laborais exposto ao agente físico ruído em intensidade insalubre de forma habitual e
permanente.

Reitere- se que a manutenção do decisum importará em afronta direta aos


artigos 5º, LIV e LV, LXXVIII; art. 7º, XXIII; art. 93, IX; e art. 201, §1º da Constituição Federal e aos
artigos 57, §§3º, 4º e 5º e 58, §§1º, 2º, 3º e 4º da Lei n. 8.213/91, artigos 332, 480 do CPC, bem
como às Súmulas n. 26 e 68 da TNU, e ainda a Jurisprudência, na medida em que não houve
deferimento de produção de provas.

Ademais, a parte recorrente requer que o INSS seja condenado a pagar


honorários sucumbenciais fixado em 20% do valor da condenação ou sobre valor atualizado da
causa.

Todavia, se o presente recurso restar improvido a parte recorrente requer


que sejam prequestionados todos os dispositivos legais utilizados na fundamentação, a fim de
oportunizar ao recorrente o acesso as instâncias superiores.

Nestes termos,
Pede deferimento.
Curitiba/PR, data do protocolo eletrônico.

Você também pode gostar