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Calçada Legal

Um caminho de respeito ao próximo


Manual de Apoio

Consulte o blog:
www.calcadalegaljaragua.blogspot.com
e saiba mais a respeito.
SUMÁRIO

O QUE É UMA CALÇADA LEGAL? 03


COMO FAZER UMA CALÇADA LEGAL
1. Espaços 04
2. Lixeiras residenciais 06

SUA CALÇADA PODE TER ÁRVORES?


3. Ela tem espaço para isso? 07

ÁRVORES E ESPÉCIES RECOMENDADAS


4. Árvores de pequeno porte 10
5. Árvores de médio/pequeno porte 11
6. Como plantar as árvores? 11
7. O que fazer com as árvores existentes
que estão indevidamente plantadas ou
rompendo as calçadas? 12
8. E os fios de energia? 13

COMO CONSTRUIR UMA CALÇADA LEGAL?


9. Que materiais usar para fazer a
calçada? 14
10. Como fazer a base de sua calçada 17
11. Como fazer uma rampa de
acessibilidade 18
12. Minha calçada não tem largura mínima
admissível. O que devo fazer? 18
13. Sugestões 19
02
PROJETO
JARAGUÁ CALÇADA LEGAL

Nós, organizadores desta campanha e


deste manual, somos pessoas físicas e jurídicas
voluntárias, de vários segmentos da sociedade
que, juntas, estamos decididas a ajudar a cidade
a resolver a situação insegura de suas calçadas.
Nosso objetivo é conscientizar e incenti-
var os cidadãos a cumprir a lei e zelar por suas
calçadas. Educados, poderemos buscar soluções
para outros problemas.

O QUE É UMA CALÇADA LEGAL?


É aquela que permite que todas as pes-
soas, inclusive as portadoras de necessidades
especiais, possam usá-la com segurança e facili-
dade de locomoção.

É uma calçada que proporciona pratici-


dade, uniformidade, conforto, beleza, prazer e
surpresas agradáveis. Com raras exceções, hoje
praticamente todos temos irregularidades nas
nossas calçadas.

Comece agora mesmo a pensar nas


melhorias da sua calçada e presenteie seus vi-
zinhos, sua rua, seu bairro e sua cidade com essa
ação. Você pode fazer uma grande diferença com
pequenos gestos, como remover lajotas e pedras
soltas, fechar buracos, nivelar o piso, tirar entu-
lhos e mato e acertar o que está irregular.

Junte-se a seus vizinhos e amigos e co-


mece hoje mesmo a planejar como melhorar a sua
calçada.

O mundo pode ser melhor se cada um


cuidar bem do que é seu.

03
COMO FAZER UMA
CALÇADA LEGAL
Em calçadas estreitas,
situar postes e equipa-
mentos urbanos como
1. Espaços
sinaleiras, lixeiras públi-
Devido à grande incidência de calçadas
cas e parquímetros o mais
próximo possível do meio- estreitas na cidade, precisaremos, junto ao poder
fio, para garantir sempre a público, achar soluções que se adaptem às míni-
passagem mínima de pe- mas dimensões necessárias de caminhabilidade
destres de 1,2m (segun- para todos.
do a NBR 9050/94) entre
limitadores na calçada ou
a admissível de 0,9m.

210

10 60 120

O mínimo espaço de caminhabilidade le-


gal é de 1,2m, para que duas pessoas possam
cruzar sem constrangimentos a calçada e adultos
possam caminhar com crianças lado a lado.
Mínimo Admissível
Telefones Públicos

Mínimo Legal
Piso Podotátil

Grama Preta
Árvores
Postes
Placas

Pessoas, árvores, postes Alinhamento


Predial
e equipamentos públicos
120cm
90cm

devem ocupar o espaço


da calçada com harmonia
e segurança.

Rua

Para calçadas estreitas, iguais ou menores a 1,5m, recomendamos o


uso de somente uma faixa do piso alertivo podotátil vermelho entre o
meio-fio e a calçada.

04
O mínimo admissível de distância entre postes,
equipamentos urbanos e árvores até os muros é
de 0,9m, para que um idoso num andador, um Calçadas devem ser
carrinho de bebê ou um cadeirante possam pas- homogêneas, sem de-
sar. Essa medida não é a ideal, mas foi determi- pressões e desníveis e
nada por causa da pouca largura de calçadas que não escorregadias. Meio
centímetro de depressão
temos na cidade. é um obstáculo para uma
cadeira de rodas, um an-
dador ou um carrinho de
bebê.

Postes, árvores e equipa-


mentos urbanos devem
ser colocados de forma
que não dificultem os
movimento das pessoas.
Devem estar localizados
no início do meio-fio até
0,6m ou 0,9m, dependen-
do da largura da calçada.

Saídas de carros não po-


dem se projetar com
rampas sobre a calçada
nem após o meio-fio na
sarjeta da rua.

Para segurança dos pe-


destres, não é permitido
o rebaixamento total do
meio-fio para fazer esta-
cionamento em frente às
propriedades. Precisa-se
obedecer ao código de
obras municipal.

05
Árvores inadequadas,
arbustos decorativos e
árvores cortadas não po-
dem ser um obstáculo
nas calçadas.

2. Lixeiras residenciais
Devem abrir suas porti-
nholas ou ter seus depósi- As lixeiras não podem ser um obstáculo
tos posicionados de forma para as calçadas e nem ser instaladas sobre elas.
a não interferir na pas-
sagem das pessoas.

As lixeiras devem ficar


dentro do terreno e suas
aberturas não podem se
projetar para fora do a-
linhamento predial vertical
do muro ou da parede do
edifício.

Recuado na calçada.

06
Posicionado na lateral da
entrada do edifício.

SUA CALÇADA PODE TER


ÁRVORES?
3. Ela tem espaço para isso?
Árvores são muito bem-vindas em calça-
das por sua beleza, diminuição da temperatura
por sombreamento, diminuição de ruído, blo-
queio de corredores de ventos e eliminação de
gás carbônico. Porém, elas precisam de espaço
Árvores necessitam de
para se sustentar, se nutrir e crescer sadiamente. espaço para se alimentar
Se não forem feitas escolhas adequadas e planta- e devem ser escolhidas de
das de forma correta, tornam-se armadilhas e as acordo com a largura da
grandes responsáveis por considerável parte das calçada, pelo seu porte e
deformidades de nossas calçadas. pela presença ou não de
fios e de marquises.

07
Sempre posicionar o canteiro da árvore
no limite do meio-fio, para ganhar mais espaço
de caminhabilidade na calçada. Sugerimos cobrir
esse espaço livre na superfície com grama preta,
que diminui os cuidados de manutenção. Esse
espaço precisa permanecer permeável, para per-
mitir a infiltração de água na raiz. Devem ser re-
movidos brotos e galhos que se projetem da base
É muito importante saber para a calçada.
a localização da infra-
estrutura (gás, água, es-
goto, energia, etc.) da Árvores devem ser plantadas afastadas
calçada para não plantar a pelo menos 1m da entrada e saída de veículos,
árvore sobre ela. em locais que não bloqueiem a iluminação públi-
ca e as placas de sinalização. É recomendado
manter a distância de 4 a 5m entre as espécies
de pequeno porte e 8 a 10m entre as de médio
porte, além de estar distante pelo menos 5m de
esquinas. A escolha de árvores deve seguir um
padrão para a rua. Consulte com seus vizinhos a
prefeitura.

EDIFÍCIO

Para árvores de pequeno MARQUISE

porte, prever 0,6x0,6m CAMINHÃO


de canteiro na calçada.
Somente quando a calça-
da tiver 1,5m, recomen-
damos o uso da área de
alimentação de 0,5x0,7m,
para não interferir com a Calçadas pequenas, que possuem e-
medida mínima admissível
de caminhabilidade de
difícios com marquises não comportam árvores,
0,9m. Árvores de médio bem como ruas onde não existe estacionamento,
porte, prever 0,8x1,4m pois os veículos grandes passarão quebrando os
de canteiro. Árvores de galhos. Em ruas comerciais, o volume da árvore
grande porte só podem acontecerá na projeção dela e, muitas vezes, na
ser plantadas em calça-
das maiores ou iguais a identificação comercial do imóvel. Para esses lo-
3m. Prever canteiro de cais, é preferível o uso de plantas ornamentais em
1,4x2,2m. vasos, nunca ultrapassando 0,6x0,6m do meio-
fio, se tivermos as condições mínimas legais de
caminhabilidade de 1,2m.

08
Recomendamos árvores somente para calçadas maiores ou iguais a
1,5m. Na presença de fiação, utilizar somente árvores de pequeno
porte.

Calçadas de 2,5m ou mais poderão ter árvores de médio porte Calçadas com menos de
no lado da rua onde não passa fiação elétrica. O canteiro deve ter
0,8x1,4m, para alimentação da árvore. 1,5m não comportam ár-
vores. Para esses casos,
sugerimos que os propri-
etários plantem as espé-
cies no interior do terreno
ou recuem os muros, para
garantir o espaço de cami-
nhabilidade legal.

Calçadas de 2m em ruas residenciais podem ter canteiros verdes de


grama ou flores baixas, que não se projetem para a área de caminha-
bilidade. Sempre prever espaços intercalados para cruzar o passeio,
livre de obstáculos.

Nas calçadas de muita circulação, usar grelha de ferro para aumentar


a área de caminhabilidade.

09
ÁRVORES E ESPÉCIES
RECOMENDADAS
Devemos escolher espécies de copa arre-
dondada com crescimento moderado, diminu-
indo assim serviços de podas de conformação.
Devem ter raízes profundas, tipo pivotantes, e
não agressivas, para não quebrar as calçadas. É
Sugerimos a escolha de importante que sejam adaptadas ao nosso clima
espécies com tronco bem e região. Devem ser resistentes às pragas e doen-
vertical, com as primei- ças. Não escolher espécies tóxicas, espinhentas
ras bifurcações dos ga-
ou frutíferas.
lhos na altura de 1,8m.
O local da passagem das
pessoas deve ter 2,1m
livres de folhagem e ga- 4. Árvores de pequeno porte
lhos.
São espécies cuja altura na fase adulta fica
entre 4 e 5m, com diâmetro de copa em torno de
3 ou 4m. São apropriadas para calçadas estreitas
de 1,5 a 2,5m de largura e aquelas com presença
Devido ao tamanho ge-
de fiação aérea e ausência de recuo predial.
ral de nossas calçadas
na cidade não ser maior
de 2,5m, especificaremos Em passeios com rede elétrica, deverá ser
aqui apenas espécies de respeitada a distância mínima de 3m dos postes e
pequeno porte e médio/ 6m entre uma e outra árvore, podendo ser plan-
pequeno porte, com-
tadas as seguintes espécies:
patíveis com elas.

Guaçatonga (Cesearia Sylvetris), Erva de Bugre. É popular-


mente conhecida como cafezinho-do-mato, pau-de-lagarto,
cafeeiro-do-mato e guaçatunga.

As espécies aqui mencio-


nadas são alguns dos e-
xemplos mais comuns de Caputuna-preta, car- Esponja-de-ouro,
espécies tropicais. Ou- rapateira, tembetaru, pom-pom, rabo-de-
tras espécies que preen- chupa-ferro (SP), cutia, flor-da-amizade,
cham os requisitos técni- quebra-machado (Me- pincel (Stifftia Crysan-
cos de espaços podem ser trodorea Nigra St. Hill). tha Mikan).
usadas.
Ipê-de-jardim Resedá anão ou
(Tecoma Stands). Juliete (Extremosa -
Lagerstroemia indica).

10
Grevílea anã Acácia-mimosa (Acacia
(Grevillea Forsterii). Podalyraefolia).

Se sua calçada for menor


Manacá-de-jardim
Algodão-da-praia que 2m e maior que 1,5m,
(Brunfelsia uniflora).
(Hibiscus pernambu- só comporta árvores de
cencis). pequeno porte e deve
ter espaço mínimo de
Pata-de-vaca rosa Manacá-da-serra, canteiro de 0,6x0,6m.
(Bauhinia blakeana). Manacá-da-serra anão,
Cuipeúna, Jacatirão
(tibouchina mutabilis).

5. Árvores de médio/pequeno porte


Indicadas para locais sem fiação elétrica
e largura mínima de calçada de 2,5m. Escolher
espécies de altura máxima de 8m e diâmetro de
copa entre 5 e 6m.

Quaresmeira Ipê-amarelo-do-cerra-
(Tibouchina Granulose). do (Tabebuia aurea). Se a calçada for maior
ou igual a 2,5m, e a
construção recuada 4 ou
Ipê rosa (Tabebuia Chuva-de-ouro, Cássia- 5m do alinhamento pre-
avellanedae). imperial, Canafístula dial, poderá ter árvores
(Cássia-fístula). de médio/pequeno por-
te se não tiver fiação elé-
Fedegoso ou Cássia trica, com área de canteiro
Macrantera (Cassia mínima de 0,8 x 1,4m ou
Alfeneiro (Ligustrum
spectabilis). 1 x 1,4m.
japonicum).
Alecrim de campinas
(holocalix balansae).

Sabão-de-soldado
(Sapindus saponaria).
Resedá-gigante (La-
gerstroemia speciosa).

6. Como plantar as árvores?


As covas devem ser livres de entulhos e
lixo. Deverão ser preenchidas com terra adubada
com composto orgânico ou esterco, para melhor
nutrir a árvore no seu desenvolvimento.

11
No fundo da cova, coloque um pouco de
areia e cascalho fino para facilitar a drenagem.
Devem ser tutoradas com estaca de material re-
sistente, colocadas de maneira que não quebrem
Para garantir a qualidade o torrão. Podem ser inclinadas da parte superior
da árvore e a verticalidade do tronco ao chão e amarradas nele com barban-
do tronco, plantar espé- tes em forma de “8”, para que não estrangulem a
cies já com altura de 2 a planta.
3m.

Sugerimos cova míni-


ma de plantio de
0,6x0,6x0,6m para ár-
vores de pequeno porte
e de 0,8x0,8x0,8m para
árvores de médio porte.

7. O que fazer com as árvores


existentes que estão indevidamente
plantadas ou rompendo as calçadas?

Sugerimos que o órgão


municipal responsável
pelo assunto, juntamente
com as associações de
moradores dos bairros,
trabalhem em conjunto
com engenheiros e ur-
banistas num plano de
recuperação, replantio
e tratamento dessas ár-
vores. Muitas árvores encontram-se doentes
e fracas por sofrerem agressões, sobrevivendo
em condições precárias de alimentação.
Algumas se adaptam à situação e sobrevivem he-
roicamente.

12
Muitas árvores, que hoje estão com as
raízes expostas ou galhos interrompendo a pas-
sagem das pessoas e colocando-as em risco de
tropeços, quedas e ferimentos, podem receber Alertamos que não pos-
tratamento técnico adequado de podas de al- suímos, no município,
gumas raízes e galhos e serem salvas do extirpa- calçadas com largura que
mento. comportem espécies de
grande porte. Ficcus e
Flamboyants são árvores
Em outros casos, a única solução é a re- de raízes radiais e invasi-
moção e o plantio de espécie adequada. vas, sendo recomenda-
das para grandes espaços
Muitas vezes, a boa intenção dos mora- livres, como parques e
praças.
dores, ao enfeitarem suas calçadas com espécies
decorativas, acaba sendo um transtorno por difi-
cultar a passagem das pessoas.

O manejo de árvores
é de responsabilidade
da prefeitura, que deve
ter técnicos qualificados
orientando e acompa-
nhando permanente-
mente todos os serviços
relativos às árvores e-
xistentes, devendo ser
tratadas com mais critério
e cuidados.

A calçada foi desviada para a Podas drásticas de árvores.


manutenção da árvore.

8. E os fios de energia?
Muitos dos espaços de caminhabilidade
das nossas calçadas foram tomados pelos postes,
fazendo com que as pessoas precisem transitar
na pista de automóveis. Aconselhamos as empre-
sas fornecedoras de serviços públicos a posicio-
narem postes, suportes de placas indicativas de
rua, sinaleiros, telefones e equipamentos urbanos
em locais onde garantam os espaços mínimos

13
de caminhabilidade aqui sugeridos. Quando isso
não for possível, contactar técnicos urbanistas da
prefeitura para encontrar a melhor solução.
Para o lado da rua com
fiação, se a calçada for
maior ou igual a 1,5m, Alertamos que, em qualquer situação,
poderá ter árvores de a condição de caminhabilidade deve ser pri-
pequeno porte. oridade. Em alguns casos, apenas a recolo-
cação pode resolver. Em outros, precisarão ser
estudadas soluções como recuos de muros,
alargamento da calçada e diminuição de á-
reas de estacionamento, para fazer os desvios
necessários, ou tubulação subterrânea de fiação.

COMO CONSTRUIR UMA


Empresas instaladoras CALÇADA LEGAL?
de serviços telefônicos
e de internet, algumas 9. Que materiais usar para fazer a
vezes têm seus fios
instalados fora da nor- calçada?
ma, causando acidentes
com veículos de porte
que trafegam abaixo de- De acordo com o Decreto-Lei 4.961/03,
les e os arrebentam com devemos escolher entre o bloco de concreto pa-
frequência. Também na ver e a lajota, em determinadas ruas da cidade.
descontinuidade de al- Também é admitido calçadas revestidas com pe-
gum serviço, os fios não dras (como placas de granito) e cimento alisado
devem ficar expostos
nos postes, após serem antiderrapante.
cortados.
As calçadas devem ter um contorno
sinalizador alertivo podotátil antes de obstáculos,
alertando deficientes visuais para a presença de-
les, como exemplificado nos desenhos das pági-
nas 04 e 09.

14
Como a característica geral de Jaraguá
do Sul compreende calçadas estreitas, não reco-
mendamos o uso do piso alertivo direcional
podotátil amarelo para cegos, pois numa pes- Antes de construir, re-
quisa feita com os pedestres, constatamos que construir ou reformar sua
ninguém gosta de caminhar sobre elas e, se as- calçada, consulte a pre-
sim as fizermos, serão um obstáculo em vez de feitura e siga o padrão
indicado.
uma ajuda. O piso alertivo direcional podotátil
amarelo é somente recomendado para calçadas
com larguras iguais ou maiores que 3m.

Piso alertivo sinalizador podotátil vermelho com paver e piso alertivo


direcional podotátil amarelo para cegos.

Recomendamos também
o uso de só uma linha do
piso podotátil vermelho
de acabamento para as
calçadas menores, por
ficar mais barato e não
atrapalhar nas calçadas
estreitas.

Esse meio-fio evita o crescimento de ervas daninhas na rua


e facilita a limpeza.

15
PADRÕES ACEITOS PELO MUNICÍPIO

1. Placa de concreto (lajota) lisa, na cor cinza, com


ranhuras estriadas ou circulares.
O meio-fio deve sempre
obedecer a diferença de
altura de 15cm entre o
nível da calçada e a rua.
Blocos de concreto que
tenham a superfície supe-
rior levemente inclinada
para o interior da calçada
são bem-vindos, pois evi- 2. Bloco intertravado de concreto (paver) do tipo
tam danos aos carros que holandês, na cor cinza (do calçadão). Recomen-
se aproximam muito de-
les. damos esse tipo de material pela grande capaci-
dade drenante e maior absorção de água das
chuvas, evitando a impermeabilização do solo.
Também pela facilidade de remoção e recolo-
cação, quando necessário, nos serviços públicos.

Não aconselhamos piso


cerâmico antiderrapante,
pois podem trazer muitos
padrões diferentes e são
menos resistentes.
3. Concreto desempenado. Feito com concreto
“in loco” levemente escovado ou vassourado na
superfície de acabamento, para ficar antiderra-
pante.

4. Lousa de granito, basalto ou ladrilho


hidráulico antiderrapante.

Todos os pisos deverão atender as normas da


ABNT, o PBQP-H, a ABCP, o CCB e o INMETRO.
Opte por pisos de qualidade: você garantirá du-
rabilidade e homogeneidade.

16
Todas as calçadas devem
primar pela regularidade
Bloco intertravado. e uniformidade. Devem
ter inclinação máxima en-
tre 2 e 3% do limite pre-
dial ao meio-fio e ser con-
tínuas com as dos vizinhos,
sem degraus ou rampas
de acesso aos portões das
Placa de concreto. propriedades.

Concreto desempenado.
Bloco de 6cm - Tráfego
médio: é recomendado
10. Como fazer a base de sua para áreas de tráfego de
calçada pedestres, automóveis em
garagens, estacionamen-
tos, etc.
Ver o Guia Prático de Execuções de Calçada edi- Bloco de 8cm a 10cm -
tado pela ABCP (Associação Brasileira de Cimen- Tráfego pesado: é reco-
to Portland), no link: mendado para áreas de
tráfego de veículos de
http://pt.scribd.com/doc/64715422 carga, acesso a indústrias,
postos de combustíveis,
estacionamentos, etc.
No link abaixo, ver o passo-a-passo de cada tipo
apresentado no título Mobilidade/Calçadas/Sis-
temas construtivos para calçadas:
http://www.solucoesparacidades.com.br/pas
seio_publico/sistemas-recomendados-para-o-
passeio-publico

Placas de concreto. Ladrilho hidráulico.

17
Pavimento intertravado. Concreto estampado.

11. Como fazer uma rampa


de acessibilidade
Largura da aba lateral mínima: 0,5m.
Hoje, entre 30 e 40% da Largura da passagem mínima: 0,9m, sendo a
população utiliza diaria- ideal 1,2m.
mente a calçada para se O começo da declividade até o meio-fio deve
locomover. Esse número acompanhar o que dispomos nela como as áreas
aumentará com a melhoria
de vegetação, tendo um mínimo de 0,5 até 0,9m.
e o uso mais intensificado
do transporte coletivo, Piso de alerta afastado da sarjeta.
que será amplamente
estimulado por razões Para mais detalhes, recomendamos ver
espaciais, econômicas e o Manual de Acessibilidade SMDU, editado pela
ecológicas. Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Flo-
rianópolis, disponível no link:
http://pt.scribd.com/doc/63816648/MANUAL-
DE-ACESSIBILIDADE-SMDU

Na regra mundial de trân-


sito, o pedestre vem em
1º lugar, o ciclista em 2º,
o transporte coletivo de
12. Minha calçada não tem
pessoas e cargas em 3º e, largura mínima admissível.
por último, o automóvel O que devo fazer?
particular.
Juntamente com seu vizinhos e repre-
sentantes de bairro, prefeitura e técnicos, busque
a melhor solução que, muitas vezes é o recuo do
alinhamento predial, alternativa subterrânea para
a fiação elétrica ou o alargamento da calçada so-
bre a pista de estacionamento da rua.

18
13. Sugestões
Devido à falta de espaços adequados nas O município deve or-
calçadas da cidade, sugerimos que, onde pos- ganizar o departamento
sível, aos poucos, as pessoas tomem consciência de Arborização e Calça-
das previsto no Plano
dessa necessidade e recuem os muros, permitin- Diretor, encontrando as
do um mínimo admissível de caminhabilidade e melhores soluções para o
segurança aos usuários das calçadas. que vemos inadequado
nas calçadas, exigindo
Para beneficiar a maior largura de calça- responsabilidade, inclu-
sive dos prestadores de
das, sugerimos a alteração do § 4, art. 16 da serviço.
Lei Municipal 1.766 de 9/12/93, permitindo
construir com afastamentos intermediários entre
o alinhamento predial e o recuo de 4 ou 5m, hoje
exigido sem fazer galerias. Isso permitirá calçadas
mais largas e favorecerá o pedestre que circula
hoje em calçadas muito estreitas, além de benefi- Devem ser desenvolvidos
projetos de melhoramen-
ciar o plantio de árvores, que terão mais espaço
tos das vias públicas,
para se desenvolver. incluindo um plano de
arborização adequado,
Ajustar e solucionar os problemas das padronizado por ruas
calçadas que não possuem o mínimo de largura ou áreas, bem como de
substituição, tratamento
necessária de caminhabilidade por falta de es-
e podas das espécies
paço. O município também deverá disponibilizar existentes.
via internet informações de infraestrutura, de pa-
drões de ruas incorporadas ao cadastro urbano
por propriedade, bem como manter um manual
atualizado das calçadas.

Com este material, esperamos contribuir


para fazer da minha, da sua e da nossa,
Trabalhar com um plano
UMA CIDADE SEGURA, DE ACESSIBILIDADE de um ou dois anos no
A TODOS, COM CALÇADA LEGAL! máximo, para regularizar
EXIJA RESPEITO E DÊ ESTE EXEMPLO. a situação.
PLANEJE BEM O SEU FUTURO!

19
Este manual foi elaborado por pessoas físicas voluntárias da sociedade, apoiadas
pelas entidades e empresas jurídicas abaixo citadas que representam.
Está baseado na legislação vigente municipal e nas normas técnicas nacionais.

Calçada Legal
Um caminho de respeito ao próximo

Para mais informações, acesse:


www.calcadalegaljaragua.blogspot.com

Apoio:

Grupo Teatral
Prefeitura Municipal
de Jaraguá do Sul

Rotary Club Centro Integrado de


Vale do Itapocu Profissionais Liberais

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