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Tecnologia das

Construções
para o ensino médio
Tecnologia das Construções para o Ensino Médio – Prof. Marcos Valin Jr (2023)
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Olá, meu nome é Marcos de Oliveira Valin Jr, mas pode me chamar só de VALIN, ok?

Minhas anotações de aulas, apresentações, atividades e provas foram compiladas


aqui em forma de apostila. Esse material acumulado é fruto de um trabalho
desenvolvido ao longo de dez anos (2012 a 2022) ministrando o componente
curricular de Tecnologia das Construções, no Curso Técnico em Edificações
Integrado ao Ensino Médio, no IFMT.

Meus alunos me moldaram como docente, a cada nova turma um ajuste na


apresentação, na atividade que durou mais ou menos tempo que o previsto, nos
exemplos práticos, na forma de avaliar, em tudo. Obrigado por me ensinarem tanto!

Esta apostila tem o objetivo de trazer informações e atividades possibilitando ao


aluno do Curso Técnico em Edificações compreender os serviços e as técnicas
construtivas de uma edificação.

Cuiabá – MT, janeiro de 2023.

IG @marcos.valin
YT @MarcosValin

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SUMÁRIO
1 - Quais são as etapas de uma obra? ................................................................................ 9

2 - Estudos e Serviços Preliminares .................................................................................. 12


2.1 - Programa de necessidade ..................................................................................... 12
2.2 - Estudo de Viabilidade ............................................................................................. 15
2.2.1 - Viabilidade Técnica ......................................................................................... 15
2.2.2 - Viabilidade Econômica ................................................................................... 17
2.3 - Condições de Vizinhança ....................................................................................... 18
2.4 - Serviços Preliminares ............................................................................................. 19

2.4.1 - Limpeza do Terreno........................................................................................ 19


2.4.2 - Levantamento Topográfico ........................................................................... 20
2.4.3 - Sondagens de Simples Reconhecimento de Solo ...................................... 23
2.5 - Anteprojeto .............................................................................................................. 23
2.6 - Projeto ...................................................................................................................... 23
3 - Instalação do Canteiro de Obras ................................................................................. 25
4 - Serviços Iniciais ............................................................................................................... 27
4.1 – Aprovação na Prefeitura ....................................................................................... 27

4.2 - Placa de identificação da Obra ............................................................................. 28


4.3 - Vistoria da Área da Obra........................................................................................ 29
4.4 – Demolição................................................................................................................ 29
4.5 - Limpeza do Terreno ............................................................................................... 30
4.6 - Terraplenagem ........................................................................................................ 30
4.6.1 - Fatores que Influenciam o Projeto Terraplenagem................................... 32
4.6.2 - Noções de segurança para movimentação de terra ................................. 32

4.6.3 - Empolamento .................................................................................................. 33


4.8 - Locação da Obra ..................................................................................................... 33
4.8.1 – Locação na Prática ......................................................................................... 35
5 – Lista de exercícios: Serviços Iniciais ............................................................................ 42
6 – Fundações ....................................................................................................................... 47

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6.1 – Classificação quanto à Transmissão das Cargas ............................................... 49
6.1.1 - Diretas ............................................................................................................... 49
6.1.2 - Indiretas ............................................................................................................ 49

6.2 – Classificação quanto à Profundidade ................................................................. 50


6.2.1 - Rasas ................................................................................................................. 50
6.2.2 - Profundas ......................................................................................................... 57
7 – Construções de Concreto Armado .............................................................................. 67
7.1 – Introdução / Princípios .......................................................................................... 67
7.2 – Concreto Armado ................................................................................................... 68
7.3 – Etapas de Execução ............................................................................................... 70

7.3.1 – Formas e Escoramentos ................................................................................ 73


7.3.2 – Aço / Armação ................................................................................................. 76
7.3.3 – Concretagem ................................................................................................... 86
7.3.4 – Cura .................................................................................................................. 94
8 – Lista de exercícios: Fundações e Estruturas .............................................................. 97
9 – Vedações Verticais .......................................................................................................102
9.1 - Propriedades e requisitos ...................................................................................102

9.2 - Vedações – Tipos mais utilizados .......................................................................103


9.2.1 - Paredes de alvenaria ....................................................................................103
9.2.2 - Painéis Leves ..................................................................................................109
9.2.3 - Painéis pré-moldados ou pré-fabricados ..................................................109
9.2.4 - Vidros e Esquadrias ......................................................................................110
9.3 – Detalhes de Execução em alvenarias de tijolos e blocos ...............................110
9.3.1 - Marcação ........................................................................................................110
9.3.2 - Nivelamento da 1.ª Fiada .............................................................................113

9.3.3 - Assentamento das demais fiadas...............................................................114


9.3.4 - Ligações com pilares ....................................................................................115
9.3.5 - Ligações com Vigas ou Lajes .......................................................................116
9.3.6 - Preparação de vãos de esquadrias ............................................................119
10 – Revestimentos de Argamassa .................................................................................123
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10.1 - Preparação da Base ...........................................................................................125
10.2 – Chapisco ..............................................................................................................125
10.2.1 - Chapisco Tradicional ..................................................................................126

10.2.2 - Chapisco Industrializado Desempenado ................................................126


10.2.3 - Chapisco Rolado..........................................................................................127
10.3 – Reboco .................................................................................................................128
10.4 - Detalhes Construtivos ........................................................................................136
10.4.1 – Juntas de Trabalho .....................................................................................136
10.4.2 – Peitoris .........................................................................................................138
10.4.3 – Pingadeiras ..................................................................................................139

10.4.4 – Quinas e Cantos .........................................................................................139


10.4.5 - Reforço do Revestimento com Tela Metálica .........................................140
11 – Cobertura ....................................................................................................................142
11.1 – Telhados com telha Cerâmica ..........................................................................143
11.1.1 – Elementos Constituintes ...........................................................................143
11.1.2 – Madeiramento ............................................................................................146
11.1.3 – Colocação das Telhas ................................................................................147

11.1.4 – Geometria da cobertura ...........................................................................149


11.2 – Lajes .....................................................................................................................149
11.3 – Telhado Verde ....................................................................................................150
11.4 – Outros tipos ........................................................................................................153
11.5 – Calhas...................................................................................................................153
12 – Esquadrias ..................................................................................................................155
13 – Lista de exercícios: Vedações, Reboco, Cobertura e Esquadrias .......................169
14 – Instalações ..................................................................................................................173

14.1 – Instalações Elétricas ..........................................................................................173


14.1.1 – Entrada de Luz e Força ..............................................................................173
14.1.2 - Condições para o início ..............................................................................174
14.1.3 - Instalações Embutidas: ..............................................................................175
14.1.4 - Fiação ............................................................................................................177
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14.1.5 - Terminação ..................................................................................................178
14.1.6 – Instalação Aparente ...................................................................................179
14.1.7 – Instalação Enterrada ..................................................................................179

14.2 – Instalações Hidrossanitárias ............................................................................180


14.2.1 - Entrada de água da rede ...........................................................................180
14.2.2 – Sistema de abastecimento de água ........................................................181
14.2.3 – Sistema de Escoamento de Esgoto......................................................186
14.3 – Outros tipos de Instalações..............................................................................188
15 – Lista de Exercícios: Instalações................................................................................189
16 – Impermeabilização ....................................................................................................191

16.1 – Impermeabilização Rígida ................................................................................195


16.2 – Cristalização ........................................................................................................195
16.3 – Manta asfáltica ...................................................................................................196
17 – Revestimentos ............................................................................................................198
17.1 – Paginação ............................................................................................................199
17.2 – Aplicação .............................................................................................................200
17.2.1 – Início, Contrapiso e Nivelamento.............................................................200

17.2.2 – Argamassa ...................................................................................................204


17.2.3 – Juntas de Assentamento ...........................................................................206
17.2.4 – Juntas de Dilatação ....................................................................................209
18 – Pintura .........................................................................................................................212
18.1 – Caiação ................................................................................................................214
18.2 –Látex PVA ..............................................................................................................216
18.3 - Látex Acrílico........................................................................................................217
18.4 - Pintura sobre Madeira .......................................................................................219

18.5 - Pintura sobre Metais ..........................................................................................221


19 – Vidros ...........................................................................................................................223
19.1 - Recozido ...............................................................................................................225
19.2 - Temperado ..........................................................................................................225
19.3 - Laminado .............................................................................................................227
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20 – Jardinagem ..................................................................................................................231
21 – Limpeza e Inspeção Final .........................................................................................236
22 – Lista de Exercícios: Acabamentos e Finalização da Obra ....................................239

23 – Acessibilidade em Edificações .................................................................................241


24 – Sustentabilidade nas Construções .........................................................................242
25 – Saúde e Segurança na Execução dos Serviços em Obras de Edificações.........243
26 – Trabalho de conclusão ..............................................................................................244
27 – Atribuições, Remuneração e Registro no CFT para o Técnico em Edificações 245
BôNUS – Lista de Exercícios com Questões Técnicas de EDIFICAÇÕES no ENEM ...246

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1 - QUAIS SÃO AS ETAPAS DE UMA OBRA?

ATIVIDADE (EM AULA)


O estudante deverá listar todas as atividades/serviços de uma obra e organizar em
um fluxograma.

Essa é uma atividade de nivelamento, portanto não se preocupe em estar certo ou


errado, apenas faça com o que sabe e entende estar correto.

Estamos na nossa aula inicial e já adianto que a última atividade deste componente
curricular você fará novamente fluxograma para aí então avaliarmos a evolução do
seu aprendizado.

Elipse -> Início ou fim do Processo

Retângulo -> Tarefa ou Atividade

Losango -> Tomada de decisão

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Exemplo:

Listar atividades e serviços:

 Fundações  ______________________________
 Contratação de Mão de Obra  ______________________________
 Limpeza de terreno  ______________________________
 Canteiro de obras  ______________________________
 Locação  ______________________________
 Projeto  ______________________________
 ______________________________  ______________________________
 ______________________________  ______________________________
 ______________________________  ______________________________
 ______________________________  ______________________________
 ______________________________  ______________________________
 ______________________________  ______________________________
 ______________________________  ______________________________
 ______________________________  ______________________________
 ______________________________  ______________________________
 ______________________________  ..... quanto mais, melhor será o
 ______________________________ planejamento da sua obra.

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Faça aqui seu Fluxograma:

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2 - ESTUDOS E SERVIÇOS PRELIMINARES

2.1 - PROGRAMA DE NECESSIDADE


Esta etapa é destinada à determinação das exigências, necessidades e expectativas
dos usuários, a serem satisfeitas pela edificação a ser concebida.

A elaboração do Programa de Necessidades vai muito além de perguntar ao cliente


quantos quartos e vagas de carro ele precisa na garagem. É importante entender as
reais necessidades da família ou comércio que ocupará a edificação a ser construída.

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2.1.1 - OBJETIVOS
Todo cliente possui um objetivo. E aqui estão alguns exemplos:

 Ele pode estar se mudando para


um apartamento maior porque
o que mora hoje não atende à
todas as suas necessidades;
 Ele pode estar se mudando para
um apartamento menor porque
os filhos saíram de casa e estão
com muito espaço obsoleto;
 Ele deseja reformar um
apartamento antigo para
vender;
 Ele deseja apenas fazer uma
reforma simples para usar o
aluguel do imóvel como
investimento.

Após um primeiro contato, entender o objetivo do cliente em contratar os seus


serviços, pode ser o ponto de partida para as demais perguntas a serem feitas
durante a reunião inicial, que inclusive será base para calcular o valor a ser cobrado
pelo seu serviço.

Se o cliente estiver, por exemplo, apenas reformando um apartamento para


investimento, não faz sentido perguntar a ele sobre sua rotina ou se pretende ter
mais filhos, não é verdade?! Fazer esse tipo de pergunta para um cliente com perfil
empresarial poderá ocasionar o efeito contrário ao desejado.

2.1.2 - ESTILO DE VIDA

Cada detalhe é importante! É nesse elemento que estão escondidos itens que
poderão ser decisivos na aprovação do projeto.

Há quem compare a profissão do projetista à de um psicólogo e, pensando bem, faz


todo sentido!

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É preciso entender todas “as dores” do cliente, mas sem ser direto. Quanto maior for
a empatia, maior as chances de conseguir abertura e informações relevantes que
não seriam extraídas em uma conversa rápida e direta.

Entenda a rotina da família:

 Quantas pessoas moram na casa?


 O que gostam de fazer no tempo livre?
 Quais são seus hobbies?
 Tem pets?
 Praticam esportes?

Pode parecer simples, mas faz toda a diferença na hora de definir o layout e as
divisões internas dos cômodos, definir a decoração, os materiais a serem utilizados
e até mesmo a distribuição interna dos armários.

Por exemplo, imagine o cenário de um casal de clientes que ama pedalar, onde será
necessário pensar em uma solução para guardar as bicicletas e acessórios. Veja que
um questionamento simples é capaz de influenciar diretamente nas decisões do
projeto:

 Colocar um armário específico na parede da área de serviço?


 Dar destaque e colocá-las na parede da sala?

Para “bater o martelo”, deve-se ter entendido muito bem quais são as expectativas.
Estas questões não teriam surgido se, ao realizar o questionário do levantamento de
necessidades, não houvesse tido uma preocupação em conhecer os hobbies do
casal.

Exemplo de perguntas de desejo:

 Poderia me mostrar a foto de uma referência de uma cozinha ideal? O que te


encanta nessa cozinha?
 Você tem um estilo de arquitetura que gostaria de utilizar no seu projeto?

Exemplos de perguntas de necessidades:

 Você costuma cozinhar muito? Um fogão de 4 bocas, atenderá sua


necessidade? (Com essa pergunta, por exemplo, é possível prever o espaço
que deverá se destinar ao cooktop ou fogão);
 Você trabalha em casa? (Aqui, o objetivo é prever se o cliente precisa, ou não,
de um espaço de home office, por exemplo).
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ATIVIDADE (EM AULA)

Elaborar um roteiro de perguntas para o LEVANTAMENTO DE NECESSIDADES –


PROJETO/OBRA COMERCIAL.

2.2 - ESTUDO DE VIABILIDADE


Coletar e analisar dados que permitam avaliar a viabilidade técnica e econômica do
empreendimento.

2.2.1 - VIABILIDADE TÉCNICA

Análise de fatores limitantes da construção em relação ao meio físico ou entraves


técnicos ou barreiras legais.

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Características e informações essenciais:

 Identificar no local o verdadeiro lote adquirido segundo a escritura,


confirmando localização e medidas;
 Verificar junto à Prefeitura local se o loteamento onde se situa o terreno está
devidamente aprovado e liberado para a construção;
 Situação do lote dentro da quadra, medindo-se a distância da esquina ou
construção mais próxima;
 Com bússola de mão, confirmar a linha N-S;
 Verificar se existem benfeitorias (água, esgoto, energia);
 Localização de postes, árvores, bueiros, linhas de alta tensão, mobiliário
urbano existentes em frente ao imóvel, etc.;
 Sendo o terreno com inclinação acentuada, em declive, verificar se existe viela
sanitária vizinha do lote, em uma das divisas laterais ou fundo;
 Largura da rua e calçada;

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Algumas características ideais de um terreno para um projeto econômico:

 Não exigir grandes movimentações de terra para a construção;


 Ter dimensões tais que comporte o projeto e construção previstos;
 Ser seco;
 Ser plano ou pouco inclinado para a rua;
 Ser resistente para suportar bem a construção;
 Ter facilidade de acesso;
 Terrenos localizados nas áreas mais altas dos loteamentos;
 Escolher terrenos em áreas não sujeitas a erosão;
 Evitar terrenos que foram aterrados sobre materiais sujeitos a decomposição
orgânica.

2.2.2 - VIABILIDADE ECONÔMICA

Comparação entre a estimativa de custo do empreendimento e disponibilidade


orçamentária do empreendedor e/ou rendimentos que se espera obter por meio de
sua comercialização.

Compreender e estar bem alinhado com o cliente sobre a diferença de suas


necessidades e seus desejos é algo fundamental para que se tenha 100% de
aprovação na entrega final do projeto e, consequentemente, da obra.

Entende-se por necessidades os pontos que são essenciais e que não podem ser
deixados de lado. Já os desejos, estão muito relacionados ao fator financeiro: são
itens que o cliente gostaria muito que fossem incluídos, mas que não são
indispensáveis ao projeto.

O papel do projetista, neste caso, é avaliar se o que o cliente aponta como


obrigatório é realmente algo indispensável e entregar para ele algo que atenda às
suas reais necessidades.
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Por exemplo, um cliente pode mencionar que precisa de duas cubas para lavar
roupas, mas ele mora sozinho e lava a roupa em uma lavanderia do bairro. Ele pode
ter visto uma referência em uma série de TV ou em uma revista e tomou essa
informação como verdade absoluta. Cabe ao profissional explicar que apenas uma
cuba é suficiente para sua demanda e que, no lugar da cuba obsoleta, ele poderia
colocar algo de maior utilidade.

É necessário que a conversa seja clara e transparente por ambas as partes, do


contrário, a frustração será uma consequência esperada.

Quando não se consegue compreender qual o real orçamento disponível para o


projeto e para a execução da reforma ou da construção, o profissional pode acabar
especificando itens e gerando o desejo de um revestimento, de um móvel ou de uma
iluminação, no qual não há como custear.

É fundamental ressaltar a importância de ser claro e tentar fazer perguntas um


pouco mais diretas, direcionando-o para respostas mais esclarecedoras.

 Quanto você estaria disposto a investir no projeto?


 Quanto você gostaria de investir na obra?
 Você já fez algum orçamento anteriormente?

2.3 - CONDIÇÕES DE VIZINHANÇA

A análise prévia das condições de


vizinhança diminui a possibilidade de
contratempos durante a obra, tais
como trincas excessivas ou mesmo
desabamentos de construções
vizinhas, bem como funciona como
prevenção para possíveis reclamações
de vizinhos.

O registro deve ser feito em relatório técnico específico, contendo informações que
comprovem as observações, como indicação da localização das ocorrências e fotos
devidamente datadas.
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ATIVIDADE (TAREFA)
Realizar um estudo de caso.

A concepção de um projeto comercial (qualquer coisa: padaria, concessionária de


veículos, loja de sapatos, franquia do Bob’s, etc ....) além dos critérios técnicos para
a escolha do terreno onde se deseja construir ( tipo de solo, se existe rede de água,
dimensões, topografia do terreno...). Também devem ser observados os critérios
comerciais e de logística (existe demanda/público para o comércio que se deseja
construir?).

Tirar foto de algum comércio que foi projetado sem o devido estudo de viabilidade
(em funcionamento ou fechado/falido) e apresentar na próxima aula, junto com a
explicação/justificativa.

2.4 - SERVIÇOS PRELIMINARES

2.4.1 - LIMPEZA DO TERRENO

Retirada de tudo que pode atrapalhar os trabalhos na obra, como raízes, tocos,
material vegetal, entulho, etc.

Corte de árvores deve obedecer a legislação local: Obtenção de licença em se


tratando de árvores com diâmetro de caule (tronco), igual ou superior a 15 cm e
medindo a altura de 1m.

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Para árvores de menor porte (caule menor de 15 cm) o pedido de licença poderá ser
feito por comunicação prévia à prefeitura, que procederá à verificação e emitirá
comprovante.

CARPIR, ROÇAR OU DESTOCAR

CARPIR - Quando a vegetação é rasteira e com pequenos arbustos, usando para tal,
unicamente a enxada.

ROÇAR - Quando além da vegetação rasteira, houver árvores de pequeno porte, que
poderão ser cortadas com foice.

DESTOCAR - Quando houver árvores de grande porte, necessitando desgalhar,


cortar ou serrar o tronco e remover parte da raiz. Este serviço pode ser feito com
máquina ou manualmente.

2.4.2 - LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO


Processo de medição que permite reproduzir em mapas todas as características
físicas de um terreno, como seus limites, desníveis e informações sobre o entorno.

Com relação ao Terreno, o Levantamento deve conter:

 Marcação de curvas de nível de metro em metro, devidamente cotadas, ou de


planos cotados (Para casos de terrenos com desnível menor de 2m);
 Localização de árvores existentes, de caule (tronco) com diâmetro superior a
15 cm (medindo a 1 m acima do terreno circundante);
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 Demarcação de córregos ou quaisquer outros cursos de água existentes no
imóvel ou em sua divisa;
 Demarcação de faixas de não edificação e galerias existentes no imóvel ou em
suas divisas;
 Indicação das cotas de nível na guia, nas extremidades da lateral do imóvel
 Indicação da área real do imóvel resultante do levantamento, bem como da
área constante do título de propriedade;
 Indicação da linha N-S;
 Indicação das medidas de cada segmento do perímetro do terreno e ângulos
entre eles;
 Demarcação do perímetro de edificações eventualmente existentes no
imóvel;

Com relação ao Entorno, o Levantamento deve conter:

 Indicação dos confinantes: frente, lateral e fundos;


 Largura de ruas e calçadas;
 Localização de postes, árvores, bocas-de-lobo, fiação e mobiliários urbanos
existentes em frente ao imóvel;
 Indicação de pavimentação e rebaixos;
 Em terrenos com aclive ou declive acentuados, deverá conter dados genéricos
sobre a implantação das eventuais construções vizinhas, correspondendo a
uma faixa de, no mínimo, 3m de largura ao longo das divisas;

LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO PLANIMÉTRICO

Visa representar o contorno da área em estudo. A representação gráfica deste


levantamento é a Planta Planimétrica.

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LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO ALTIMÉTRICO

Visa representar as alturas da área em estudo em relação a um plano


topográfico. A representação gráfica deste levantamento é o Perfil.

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2.4.3 - SONDAGENS DE SIMPLES RECONHECIMENTO DE SOLO
O Objetivo da sondagem é conhecer as propriedades mecânicas do solo (tipo,
resistência) onde a obra será executada.

A Importância é para determinar o tipo de fundação adequada ao terreno.

Procedimento barato em relação ao custo da obra (0,05 a 0,005%). Pode reduzir o


custo com fundações, ao reconhecer corretamente o solo.

2.5 - ANTEPROJETO

Etapa que traz a primeira versão da interpretação das informações colhidas quando
da elaboração do programa de necessidades, e que são traduzidas para a linguagem
do desenho arquitetônico (o projeto propriamente dito). O estudo preliminar
contempla, além de informações técnicas, a concepção de organização e a qualidade
do conjunto dos ambientes.

2.6 - PROJETO

Após aprovação do anteprojeto inicia-se o desenvolvimento e detalhamento do


projeto, incluindo os aspectos técnico-construtivos que envolvem a construção.

Tais informações estão relacionadas à estrutura, às instalações elétricas e


hidráulicas, aos materiais de acabamento etc.

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ATIVIDADE (TAREFA - SEMINÁRIOS)
Temas serão sorteados entre os estudantes. Apresentação no início da aula da
próxima semana.

 Regras para elaboração de projeto (plano diretor), emissão de alvará de abra e


Habite-se em Cuiabá;
 Regras para elaboração de projeto (plano diretor), emissão de alvará de abra e
Habite-se em Várzea Grande;
 Valor cobrado por projeto: Como cobrar? Quanto?
 O SOL e as edificações: Conforto ambiental;
 O SOL e as edificações: Eficiência energética
 Elaboração do Plano / Cronograma de contratação de mão de obra;
 Elaboração do Plano / Cronograma de aquisição de materiais, ferramentas e
equipamentos;
 Fatores climáticos que devem ser considerados na elaboração do cronograma
de execução da obra;

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3 - INSTALAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS
Faz-se necessário que ainda durante a etapa de planejamento do canteiro, seja
identificada a potência dos equipamentos que serão utilizados para que se possa
projetar a potência a ser requisitada à Concessionária.

A soma das potências dos equipamentos utilizados no canteiro, aliada a um fator de


demanda deles (uma vez que nem todos os equipamentos serão utilizados de uma
única vez), possibilita conhecer a potência necessária para a rede de energia a ser
implantada.

Durante a implantação do canteiro, cuidado especial deve ser dado à montagem do


quadro provisório de distribuição de energia, pois uma instalação mal realizada pode
ser fonte de muitos riscos aos operários.

A água, além de ser necessária para a higiene pessoal dos operários, é a matéria
prima para alguns materiais como concretos e argamassas.

Recomenda-se uso de água da rede pública, a qual apresenta qualidade garantida.

No caso de inexistência da rede pública de água no local da obra, caso pouco


comum, deve-se verificar a possibilidade de expansão da rede junto à
concessionária.

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Em casos em que não existe a rede e nem mesmo plano para a expansão da
existente, tem-se como alternativas a perfuração de poços no local da obra ou ainda
a compra da água, que comumente é entregue através de caminhões.

Quando da existência de edifícios no local em que se vai realizar a obra, pode-se ter
a possibilidade de aproveitamento de parte ou de todas as edificações existentes
como instalações provisórias para escritório, almoxarifado ou mesmo alojamento
dos operários. Neste caso, cabe um estudo de implantação do canteiro buscando
utilizar tais construções durante o desenvolvimento da obra, deixando sua
demolição para o final.

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4 - SERVIÇOS INICIAIS

4.1 – APROVAÇÃO NA PREFEITURA

A liberação para início das obras está associada à emissão do Alvará de Construção
pela prefeitura local.

Sem essa liberação, não é permitido qualquer tipo de alteração no lote.

O procedimento para a obtenção do Alvará varia de município para município, bem


como as exigências e taxas.

Os projetos para a prefeitura são executados de acordo com as exigências


municipais, cujas obrigatoriedades variam de prefeitura para prefeitura.

Normalmente, trata-se de plantas baixas em escala 1:100 de todos os pavimentos,


cortes longitudinais e transversais, fachadas frontal e lateral, além de implantação
no lote e cálculos de coeficiente de aproveitamento e taxa de ocupação. O prazo
para aprovação do projeto na prefeitura varia de município para município.

Para obras em condomínios fechados, o projeto deve seguir para a análise no


condomínio antes mesmo de ser encaminhado à municipalidade.

DOCUMENTAÇÃO PARA APROVAÇÃO DOS PROJETOS:

 Registro do profissional no CREA e na prefeitura;


 Cadastros, fichas e formulários;
 Escritura do imóvel;

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27
 IPTU;
 E outros, que variam de acordo com a prefeitura.

4.2 - PLACA DE IDENTIFICAÇÃO DA OBRA

Deve ser instalado uma placa de identificação da obra, conforme exigências


municipais.

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4.3 - VISTORIA DA ÁREA DA OBRA

Antes do início da construção, terá de ser feito um levantamento minucioso e


completo da área do canteiro de obras e imediações, para verificar entre outros:

• Fragilidades perigosos do terreno;

• Drenos ou tubulações enterradas de utilidade pública ou de terceiros;

• Possibilidade de enfraquecimento de construções vizinhas por escavações e


vibrações;

• Ninhos de cupins.

4.4 – DEMOLIÇÃO

Antes da demolição, deve-se:

• Verificar se a obra a demolir tem estrutura de concreto armado ou de


alvenaria;

• Elaborar o “Plano de desmonte”.

A NBR 5682 -"Contratação, execução e supervisão de demolições" [ABNT, 1977], fixa


algumas condições exigíveis para a contratação e licenciamento de trabalhos de
demolição, providências e precauções a serem tomadas antes, durante e após os
trabalhos e métodos de execução.

Também a NR-18 do Ministério do Trabalho, em sua divisão 5, fixa algumas


condições para a realização de atividades de demolição.

Os cuidados, destacados a seguir, dizem respeito à equipe de demolição em si,


sendo indispensáveis para o bom andamento do trabalho:

• Toda a equipe deve trabalhar em um único pavimento;

• Garantir a iluminação adequada de todo o local de trabalho;

• Usar roupas adequadas (que não enrosquem) para a realização do trabalho;

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29
• Evitar acúmulo de carga (sobrecargas) em pontos localizados, principalmente
em lajes de forros e telhados;

• Escorregar em vez de arremessar materiais e peças demolidas;

• Não demolir a peça em que está trabalhando;

4.5 - LIMPEZA DO TERRENO

Os serviços de roçado e destocamento serão executados de modo a não deixar


raízes ou tocos de árvore que possam prejudicar os trabalhos ou a própria obra,
podendo ser feitos manual ou mecanicamente.

Toda a matéria vegetal resultante do roçado e destocamento bem como todo o


entulho depositado no terreno terão de ser removidos do canteiro de obras.

O corte de vegetação de porte arbóreo fica subordinado às exigências e às


providências legais.

4.6 - TERRAPLENAGEM

Os serviços ligados ao movimento de terra podem ser entendidos como:

“Conjunto de operações de escavação, carga, transporte, descarga, compactação e


acabamentos executados a fim de passar-se de um terreno no estado natural para
uma nova conformação topográfica desejada“.

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Podemos executar, conforme o levantamento altimétrico, cortes, aterros, ou cortes
+ aterros:

A importância desta atividade no contexto da execução de edifícios convencionais


decorre principalmente do volume de recursos humanos, tecnológicos e
econômicos que envolvem.

Em sendo uma das primeiras etapas que comumente ocorre na obra e que acaba
fazendo parte do caminho crítico, devendo ser uma atividade adequadamente
projetada para que não origine atrasos no cronograma final.

O Movimento de Terras pode ser:

• MANUAL – quando é executado pelo homem com o uso de ferramentas como:


pá, enxada e carrinho de mão;

• MECANIZADO – uso de caminhões para o transporte e escavação com


equipamentos.

Observa-se que a etapa de movimento de terra pode se estender desde a retirada


do resíduo de demolição, envolvendo ainda o desmatamento e o destocamento, até
a limpeza do terreno retirando-se a camada superficial dando condições para o
prosseguimento das atividades de movimento de terra propriamente ditas.

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31
Definido QUANDO realizar o movimento de terra, é preciso definir COMO executá-
lo, e para isto devem-se considerar alguns fatores que interferem no projeto do
movimento de terra.

4.6.1 - FATORES QUE INFLUENCIAM O PROJETO TERRAPLENAGEM

A sondagem proporciona valiosos subsídios sobre a natureza do terreno que irá


receber a edificação, como:

• Características do solo;

• Espessuras das camadas;

• Posição do nível da água – Lençol freático.

Além de prover informações sobre o tipo dos equipamentos a serem utilizados para
a escavação e para retirada do solo, bem como, ajuda a definir qual o tipo de
fundação que melhor se adaptará ao terreno, de acordo com as características da
estrutura.

4.6.2 - NOÇÕES DE SEGURANÇ A PARA MOVIMENTAÇ Ã O DE TERRA


1 - Depositar os materiais de escavação a uma distância superior à metade da
profundidade do corte;

2 - Os taludes instáveis com mais de 1,30m de profundidade devem ser estabilizados


com escoramentos;

3 - Estudo da fundação das edificações vizinhas e escoramentos dos taludes;

4 - Sinalizar os locais de trabalho com placas indicativas;

5 - Somente deve ser permitido o acesso à obra de terraplenagem de pessoas


autorizadas;

6 - A pressão das construções vizinhas deve ser contida por meio de escoramento.

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4.6.3 - EMPOLAMENTO
Empolamento é um fenômeno característico dos solos, importante
na terraplenagem, principalmente quanto ao transporte de material.

Quando se escava um terreno natural, o solo que se encontrava num certo estado
de compactação, proveniente do seu próprio processo de formação, experimenta
uma expansão volumétrica que chega a ser considerável em certos casos.

Após o desmonte o solo assume, portanto, volume solto (Vs) maior do que aquele
em que se encontrava em seu estado natural (Vn) e, consequentemente, com a
massa específica solta (γs) correspondente ao material solto, obviamente menor do
que a massa específica natural (γn).

4.8 - LOCAÇÃO DA OBRA

O objetivo da Locação da Obra é Passar o projeto que está desenhado no papel em


pequena escala para o terreno em dimensões reais; marcar no solo as linhas sobre
as quais será construído o edifício.

 É de suma importância, pois:


 É Referência para a execução da estrutura, que por sua vez passam a ser
referência para as alvenarias e estas para os revestimentos.
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 Garante que a obra seja erguida no local correto.
 Agiliza o processo de execução e proporciona precisão
 = menor custo final e menos erros durante a construção.

Existem diferentes métodos de locação, que usualmente variam em função do


tipo de edifício.

Fica claro que deve ser diferente locar um "shopping center" horizontal de
300x150m² de área, um edifício de múltiplos pavimentos de 20x25m² de área ou
uma habitação térrea de 10x15m2 de área.

Equipamentos Topográficos

- Obras de grande vulto = risco de acúmulo de erros e grandes perdas


financeiras.

- Obras que utilizam estruturas pré-fabricadas (metálicas, madeira, concreto) =


necessidade de alta precisão.

- Método dos Cavaletes

- Método dos Gabaritos

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4.8.1 – LOCAÇÃO NA PRÁTICA
Este método se executa cravando-se no solo, cerca de 50cm, pontaletes de pinho de
(3" x 3" ou 3" x 4") a uma distância entre si de 1,50m e a 1,20m das paredes da futura
construção, que posteriormente poderão ser utilizados para andaimes.

Nos pontaletes serão pregadas tábuas em todo o perímetro da construção


(geralmente de 15 ou 20cm), em nível e aproximadamente 1,00m do piso.

Pregos fincados nas tábuas com distâncias entre si iguais às interdistâncias entre os
eixos da construção, todos identificados com letras e algarismos respectivos
pintados na face vertical interna das tábuas, determinam os alinhamentos

Nos pregos são amarrados e esticados linhas ou arames, cada qual de um nome
interligado ao de mesmo nome da tábua oposta. Em cada linha ou arame está
materializado um eixo da construção.

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Localizar referências reconhecíveis:

- Eixos principais da construção (Constantes no projeto de arquitetura, de


fundações e de implantação);

- O alinhamento da rua;

- Um poste no alinhamento do passeio;

- Uma lateral do terreno.

Projeção

x
y

Limites do Lote

POSTE
Alinhamento da Rua

- Projeto de Implantação

- No projeto de implantação, o edifício sempre está referenciado a partir de um


ponto conhecido e previamente definido.

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- A partir deste ponto, passa-se a posicionar (locar) no solo a projeção do
edifício (perímetro e recuos) desenhada no papel.

- Este referencial poderá ser o próprio alinhamento do terreno, caso ele esteja
corretamente definido, ou mesmo o alinhamento do passeio.

Iniciando a locação:

- Marcar os alinhamentos dos eixos no terreno;

- Locar os elementos da fundação

Sapatas, alicerces, estacas, tubulões, etc.;

- Locar os elementos da estrutura intermediária

Blocos e baldrames;

- Locar elementos da estrutura e alvenaria

Pilares e paredes

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Locação das Fundações

Definidas pelo cruzamento das linhas fixadas por pregos no gabarito.

Transfere-se esta interseção ao terreno, através de um prumo de centro.

No ponto marcado pelo prumo, crava-se uma estaca de madeira (piquete), com
dimensões 2,5x2,5x15,0cm

Assim, podemos passar todos os pontos das fundações para o terreno.

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Locação de Baldrames e Paredes

Devemos locar a obra utilizando os eixos, para evitarmos o acúmulo de erros


provenientes das variações de espessuras das paredes.

DICAS:

 Na execução do gabarito, as tábuas devem ser pregadas em nível.


 A locação da obra deve, de preferência, ser efetuada pelo responsável técnico
pela execução ou conferido pelo mesmo.
 A marcação pelo eixo, além de mais precisa, facilita a conferência pelo
Responsável Técnico pela Execução.
 Verificar os afastamentos da obra, em relação às divisas do terreno.
 Confirmar a perfeita locação da obra no que se refere aos eixos das paredes,
pilares, sapatas, blocos e estacas.
 Evitar trenas de pano devido a sua variação dimensional.

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4.8.1.1 – TEOREMA DE PITÁGORAS
É indispensável saber traçar perpendiculares sobre o terreno, pois é através delas
que marcamos os alinhamentos das paredes externas, da construção,
determinando assim o esquadro. Isto serve de referência para locar todas as demais
paredes.

Um método simples para isso, consiste em formar um triângulo através das linhas
dispostas perpendicularmente, cujos lados meçam 3 - 4 e 5m (triângulo de
Pitágoras), fazendo coincidir o lado do ângulo reto com o alinhamento da base.

O teorema de Pitágoras é uma relação matemática entre os comprimentos dos


lados de qualquer triângulo retângulo.

c² = a² + b²

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5 – LISTA DE EXERCÍCIOS: SERVIÇOS INICIAIS

1 – Leia a reportagem publicada no site G1 Mato Grosso, no dia 25/02/2013.

Secopa faz estudo sobre viabilidade de continuar obra de teleférico em MT

A Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) realiza estudo para verificar a viabilidade de


continuar o projeto para a construção de um teleférico no Parque Nacional de Chapada dos
Guimarães, a 60 quilômetros de Cuiabá. Segundo a Secopa, até o mês que vem deve haver uma
definição acerca do projeto, que foi suspenso em 2011 após a Auditoria-Geral do Estado (AGE)
identificar irregularidades no contrato de R$ 6 milhões firmado com a empresa vencedora da
licitação para a execução da obra. A suspensão ocorreu após o pagamento de quase R$ 600 mil à
então empresa contratada.
A AGE apontou que o plano elaborado pela Secretaria de Desenvolvimento do Turismo do Estado
(Sedtur) previa somente a aquisição de equipamentos e não levou em consideração outros fatores,
como, por exemplo, a concessão da licença ambiental, projeto básico e sondagem.
A Secopa informou que não existe compromisso do governo do estado em retomar o projeto,
porém, está fazendo um estudo para a realização de licitação, bem como a elaboração do
cronograma e viabilidade da obra.
A obra do teleférico busca fomentar o turismo em Mato Grosso para a Copa e deveria durar cerca
de 12 meses após a data de início. Conforme o projeto, o teleférico deve possuir 30 pequenos
bondes com dois lugares que devem percorrer uma distância de 1.650 metros que permitiria uma
visão ampla das belezas de Chapada.
Na época da suspensão, a Secopa informou que, tratava-se de uma obra de construção civil. Por
se tratar de uma obra, seria necessário o cumprimento de exigências prévias, como a
apresentação de um projeto básico e do licenciamento ambiental antes do processo licitatório, o
que não ocorreu”.
Utilizando a reportagem acima como exemplo, explique qual a diferença entre “Programa de
Necessidades” e “Estudo de Viabilidade”.

2 - (Concurso público - Porto de Santos/2010) – Um engenheiro solicitou a montagem de um triângulo


de madeira que auxiliasse na verificação da ortogonalidade da inserção das linhas durante a locação
da obra. Assinale a alternativa que corresponde ao conjunto de medidas de peças que permite a
montagem de tal triângulo.

a) 5,0 – 10,0 – 15,0 d) 4,0 – 8,5 – 12,0

b) 6,0 – 8,0 – 12,0 e) 6,0 – 8,5 – 13,5

c) 7,5 – 10,0 – 12,5

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3 - (Concurso público – Eletronorte/2006) - Em uma obra estão sendo realizadas aberturas de valas
para execução de sapatas. Cada vala tem 2,50m de profundidade por 1,0m² de área. Após a retirada
do material da cava, este se expande em trinta por cento. O volume a ser retirado da obra, para
cinquenta cavas, é de: (0,5 ponto)

a) 100 m³ d) 225 m³

b) 125 m³ e) 250 m³

c) 162,5 m³

4 – A natação é um esporte que trabalha o corpo inteiro; Não prejudica as articulações; Alonga os
músculos; É bom para quem tem asma; É ótimo para queimar calorias; E ainda é refrescante!

Pensando nisso dois colegas resolveram praticar este excelente esporte na aula de Educação Física
do IFMT, mas para otimizar o desempenho no treinamento, cada um deles, resolveu construir uma
piscina olímpica em casa. Um deles mora em Várzea Grande (solo com empolamento de 11%) e o
outro em Cuiabá (solo com empolamento de 25%).

A piscina olímpica possui 50 metros de comprimento, 25 metros de largura e 2 metros de


profundidade.

Cada um deles contratou apenas 1 caminhão ao custo de R$ 93,45/hora (caçamba de 6,5 m3) e 1
retroescavadeira ao custo de R$ 167,96/hora (rendimento de 70m3/h quando está apenas escavando
+ 7 minutos para carregar o caminhão e nesses 7 minutos para de escavar). O trabalho não pode ser
superior a 44h semanais.

Como Várzea Grande não possui um local devidamente regularizado para o bora fora de resíduos e
solos, o aluno encontrou um terreno para deposito que fica a 11 minutos da obra da piscina. Já o
outro colega que reside em Cuiabá, cidade que possui uma moderna legislação de resíduos, terá que
depositar o solo escavado em um local que fica a 52 minutos da obra da piscina.

Quem concluir a obra da piscina primeiro, terá maior vantagem no treinamento e será escolhido
como representante do IFMT na Edição Nacional dos Jogos Estudantis.

Considerando as informações dadas, calcule:

a) qual o volume de solo que cada um vai precisar escavar?

b) qual o volume de solo que cada um vai transportar?

c) quantas viagens de caminhão cada um precisará fazer?

d) Alguma das retroescavadeiras ficará ociosa em algum momento? Por que?

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e) qual a logística de trabalho do caminhão? Horário de início do trabalho? Quantas viagens no
período matutino? Qual o horário de almoço? Quantas viagens no período vespertino? Vai ser igual
em todos os dias da semana? Vai trabalhar aos sábados? E a Retroescavadeira?

f) qual o prazo de conclusão da terraplenagem em cada uma das obras?

g) qual o custo de cada uma das obras?

5 - (Concurso público – Eletronorte/2006) Para verificação da influência da insolação, deve-se indicar


na planta de situação a seguinte orientação:

a) sul-leste; d) sudeste-norte;

b) norte-sul; e) sol e lua.

c) nordeste-sudeste;

6 - (Concurso público – Eletronorte/2006) - Segundo a NBR 13532/1995, para elaboração do projeto


de arquitetura de edificações, é necessário:

a) consultar leis municipais de parcelamento de solo e zoneamento (registro de uso, recuos e


afastamentos, coeficiente de construção, taxa de ocupação e gabaritos);

b) consultar o código de trânsito para verificar a influência no tráfego de ruas próximas à área
destinada à edificação;

c) consultar o gabarito de bairros vizinhos para verificação dos afastamentos e taxa de ocupação da
área destinada à construção;

d) conseguir autorização do departamento de parques e jardins a fim de definir a área verde do


projeto;

e) conseguir laudo das concessionárias de serviços públicos para definir as demandas específicas de
cada serviço.

7 - (Concurso público – UNIR/2009) A operação de transferir para o terreno pré-estabelecido, na escala


natural, as medidas em planta baixa de um projeto elaborado em escala reduzida corresponde a: (0,4
ponto)

a) projeção da obra d) nivelamento da obra

b) lançamento da obra e) lançamento da estrutura

c) locação da obra
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8 - (Concurso público – SESC PE) Implantação é a primeira fase de uma obra e consiste em traçar, no
terreno, a situação exata da futura obra. A piquetagem é a colocação das estacas para marcar os
pontos importantes do traçado. Marque a alternativa que NÃO representa um instrumento
necessário para a implantação e a piquetagem. (0,4 ponto)

a) Mira. d) Fio de prumo.

b) Trena. e) Teodolito

c) Anemômetro.

9 - (Concurso público – IFMT/2013) Sobre o tema escavação a céu aberto, assinale a afirmativa correta.
(0,4 ponto).

a) São tipos de escoramentos provisórios de escavações: pranchada de madeira, cortina de concreto


armado moldada no local, painéis de chapas de aço escorados com vigas de aço e cortinas atirantadas
no maciço escorado.

b) O risco de acidentes em escavação a céu aberto é diretamente proporcional ao desconhecimento


das propriedades do solo a ser escavado, ao otimismo em relação à sua estabilidade e à desatenção
quanto a possíveis influências de fatores externos.

c) A boa técnica de execução de escavações envolve as etapas seguintes: fixação das dimensões das
escavações, levantamento do estado das construções adjacentes, escolha do escoramento e
prescindir de estudos geotécnicos do local.

d) Os taludes instáveis das escavações com mais de dois metros de altura não precisam ser escorados
por estruturas projetadas para essa finalidade.

10 - (Concurso público – SESC PE) Com relação aos aterros, analise os itens abaixo: (0,4 ponto)

I- Talude é a inclinação dada às paredes de terra para evitar o seu desmoronamento.

II- O aterro consiste em colocar terra para aumentar o nível do solo.

III- Em geral, a terra extraída de uma escavação ocupa um espaço inferior ao volume da escavação.

Está CORRETO, apenas, o que se afirma em:

a) I. d) I e II.

b) II. e) I e III.

c) III.
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11 - (Concurso público – Infraero/2011) Considere as imagens de máquinas e equipamentos de
construção civil.

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6 – FUNDAÇÕES

Fundação é a parte da estrutura de uma edificação que transmite ao terreno


subjacente a carga de uma obra. São as fundações que distribuem no terreno todas
as cargas (peso da edificação).

Devem ser executadas rigorosamente como forma especificadas pelo projeto


estrutural.

São definidas através de prévios estudos geotécnicos (ex.: SPT). O Projeto de


fundações não é matematicamente exato como o estrutural pois lida diretamente
com fatores da natureza.

A decisão conceitual, como a análise de terreno e de vizinhança, vem antes do cálculo


matemático.

A resistência de um solo destinado a suportar uma construção é definida por uma


carga unitária expressa em kgf/cm2 ou kPa.

Os solos apresentam resistências por limite de carga que podem suportar, sem
comprometer a estabilidade de construção.

O grau de resistência indica qual tipo de fundação é mais adequada.

Os níveis da água no solo bem como sua quantidade devem ser analisados para
prevenção infiltrações e deslizamentos.

Devem ser levadas em consideração a vibração causada pelo processo de execução


das fundações.

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Se os solos A=B=C têm características
iguais de resistência, é possível
implantar a fundação em A;

Se só A é resistente, deve-se apoiar


fundações de estruturas leves, cuja
carga limite deve ser determinada por
análise de recalque;

Se A é solo fraco e B é resistente, a


fundação é do tipo profunda,
atendendo à carga limite em função da
resistência de C;

Se A=B são solos fracos e C é


resistente, o apoio da fundação deverá
ser em C.

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6.1 – CLASSIFICAÇÃO QUANTO À TRANSMISSÃO DAS CARGAS

6.1.1 - DIRETAS
A transmissão da carga para o solo é feita principalmente pela base.

6.1.2 - INDIRETAS
A transmissão da carga para o solo é feita principalmente pela superfície lateral.

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6.2 – CLASSIFICAÇÃO QUANTO À PROFUNDIDADE

6.2.1 - RASAS
Executadas quando a resistência de embasamento pode ser obtida no solo
superficial.

Sempre transmitem a carga de forma direta – pela base.

Podem ser contínuas ou isoladas.

A fundações RASAS podem ser executadas quando a resistência de embasamento


pode ser obtida no solo superficial numa profundidade que pode chegar a até 3,0
metros. Estas podem ser:

CONTÍNUAS

 Alicerce de tijolos, pedras e concreto ciclópico


 Alicerce de blocos de concreto
 Sapata corrida
 Radier

ISOLADAS

 Sapata isolada
 Sapata associada
 Sapata alavanca ou com viga de equilíbrio.

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6.2.1.1 - ALICERCE DE TIJOLOS, PEDRAS E CONCRETO CICLÓPICO
Utilizada quando a camada de terreno firme se encontra a uma distância
relativamente pequena da superfície. (< 1m)

Execução:

1. Abertura da vala

2. Compactação da camada do solo resistente, apiloando o fundo;

3. Lastro de concreto magro (90 kgf/cm2) de 5 a 10 cm de espessura;

4. Execução do embasamento, que pode ser de concreto, alvenaria ou pedra;

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Recomendações:

Alicerce de alvenaria (Assentamento dos tijolos)

 Ficam semi-embutidos no terreno;


 Tem espessuras maiores do que a das paredes sendo:
 paredes de 1 tijolo - feitos com tijolo e meio.
 paredes de 1/2 tijolo - feitos com um tijolo.
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 Seu respaldo deve estar acima do nível do terreno, a fim de evitar o contato
das paredes com o solo;
 O tijolo utilizado é o maciço queimado e seu assentamento é feito em nível;

Reaterro das valas: Após a execução da impermeabilização das fundações, podemos


reaterrar as valas. O reaterro deve ser feito em camadas de no máximo 20cm bem
compactadas.

6.2.1.2 – SAPATA CORRIDA


Utilizada quando a existência de terreno firme se encontra a mais de 1m de
profundidade da superfície.

EXECUÇÃO:

1. Escavação;

2. Lastro de concreto magro de 5 a 10cm de espessura;

3. Posicionamento das fôrmas;

4. Colocação das armaduras;


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5. Concretagem;

6. Cinta de concreto armado: sua função é a maior distribuição das cargas, evitar
deslocamentos pelo travamento da fundação.

Camada Impermeabilizante: Função de evitar a subida de umidade por capilaridade


na alvenaria de elevação.

Deve ser feita com argamassa com adição de impermeabilizante e deve estender-se
pelo menos 10cm para o revestimento da alvenaria.

Pintada posteriormente com emulsão asfáltica em duas demãos.

6.2.1.3 – SAPATA ISOLADA

Utilizado quando o terreno apresenta boa resistência e a carga a ser suportada pelo
terreno é relativamente pequena.

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Execução:

1. Abertura das cavas (manual ou mecanizada: retroescavadeira) e esgotamento da


água se for o caso;
2. Apiloamento do fundo;
3. Lançamento do concreto magro no fundo;
4. Confecção das formas;
5. Colocação da armadura do fundo;
6. Localização do eixo do pilar e posicionamento da armadura do pilar;
7. Concretagem;
8. Retirada das formas após o endurecimento do concreto.

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6.2.1.4 – RADIER
Utilizado quando o terreno é de baixa resistência (fraco) e a espessura da camada
superficial é relativamente profunda, impedindo outra fundação rasa.

O terreno todo também deve ter o mesmo tipo de solo.

Consiste em uma laje (placa) contínua em toda a área da construção com o objetivo
de distribuir a carga o mais homogeneamente possível.

Além do papel de fundação, o radier funciona como contrapiso e calçada.

Deve-se instalar os tubos de esgoto e os ralos antes de concretar.

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6.2.2 - PROFUNDAS
São peças alongadas, cilíndricas ou prismáticas, cravadas ou confeccionadas no solo
e podem ser Pré-moldadas ou Moldadas in loco.

6.2.2.1 – BROCAS
Usada para pequenas cargas, quando o solo firme estiver entre 1,2 a 6m.

São executadas por uma ferramenta simples denominada broca (trado de concha
ou helicoidal - um tipo de saca rolha), que pode atingir até 6 metros de profundidade,
com diâmetro variando entre 15 a 25 cm, sendo aceitáveis para pequenas cargas.

Recomenda-se que sejam executadas estacas somente acima do nível do lençol


freático, para evitar o risco de estrangulamento do fuste.

Devido ao esforço de escavação exigido são necessárias duas pessoas para o


trabalho.

O espaçamento entre as estacas brocas numa edificação não pode ultrapassar 4


metros e devem ser colocadas nas interseções das paredes e de forma equidistante
ao longo das paredes desde que menor ou igual ao espaçamento máximo permitido.

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Execução:

1. Escavação ou perfuração: utilizando trado manual (tipo concha ou helicoidal),


usando água para facilitar a perfuração;
2. Preparação: depois de atingir a profundidade máxima, promover o
apiloamento do fundo, executando um pequeno bulbo com pedra britada 2
ou 3, com um pilão metálico;
3. Concretagem: Preencher todo o furo com concreto (traço 1:3:4), promovendo
o adequado adensamento, tomando cuidados especiais para não contaminar
o concreto (utilizar uma chapa de compensado com furo para o lançamento
do concreto para proteger a boca do furo);
4. Colocação das esperas: fazer o acabamento na cota de arrasamento desejada,
fixando os arranques para os baldrames.

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58
São feitas a trado, em solo sem água, de forma a não haver fechamento do furo nem
desmoronamento.

Limite de diâmetro: 15 (6") a 25cm (10")

Limite máximo de comprimento é da ordem de 6,0m, e o mínimo de 3,0 m a 4,0m

Os diâmetros mais usados são 20cm e 25cm.

A execução das brocas é extremamente simples e compreende apenas quatro fases:

1. abertura da vala dos alicerces


2. perfuração de um furo no terreno
3. compactação do fundo do furo
4. lançamento do concreto

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Ao contrário de outros tipos de estacas, que veremos adiante, as brocas só serão
iniciadas depois de todas as valas abertas, pois o trabalho é exclusivamente manual,
não utilizando nenhum equipamento mecânico.

Inicia-se a abertura dos furos com uma cavadeira americana e o restante é


executado com trado, que tem o seu comprimento acrescido através de barras de
cano galvanizado, (geralmente com 1,5m cada peça) até atingir a profundidade
desejada.

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6.2.2.2 –ESTACAS CRAVADAS – PRÉ MOLDADAS
As estacas de concreto são indicadas para transpor camadas extensas de solo mole
e em terrenos onde o plano de fundação se encontra a uma profundidade
homogênea, sem restrição ao seu uso abaixo do lençol freático.

Podem ter diversas seções geométricas (quadradas, circulares, duplo “T”, etc...) com
diâmetros variando de 20 a 60cm.

Têm limitações de comprimento devido ao transporte e içamento, sendo possível


fazer emendas em caso de necessidade.

O processo de cravação mais utilizado é o de cravação dinâmica, onde o bate-estacas


utilizado é o de gravidade.

Este tipo de cravação promove um elevado nível de vibração, que pode causar
problemas a edificações próximas do local.

O processo prossegue até que a estaca que esteja sendo cravada penetre no terreno,
sob a ação de um certo número de golpes até atingir o ponto de “nega”.

Nega: um comprimento pré-fixado em projeto uma medida dinâmica e indireta para


controle de cravação da estaca.

Em campo, “tira-se” a “nega” da estaca através da média de comprimentos cravados


nos últimos 10 golpes do martelo.

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Sequência Executiva:

1. Posiciona-se o Bate Estaca

2. Ergue-se a Estaca Pré-Moldada

3. Posiciona-se a Estaca

4. Protege-se a Cabeça da Estaca

5. Cravação Até a Nega

6. Quebra e Preparo da Cabeça da Estaca

O objetivo de verificação da nega para as diferentes estacas é a uniformidade de


comportamento das estacas.

Deve-se ter cuidado com a altura de queda do martelo: a altura ideal está entre 1,5
a 2,0 m, para não causar danos à cabeça da estaca e fissuração da mesma, não
esquecendo de usar também o capacete metálico para proteger a cabeça da estaca
contra o impacto do martelo, mesmo assim, estas estacas apresentam índice de
quebra às vezes alto. Se a altura de queda for inferior à ideal, poderá dar uma “falsa
nega”.

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Estas estacas não resistem a esforços de tração e de flexão e não atravessam
camadas resistentes.

Uma vantagem destas estacas é que podem ser cravadas abaixo do nível d’água.

Sua aplicação de rotina é em obras de pequeno a médio porte.

6.2.2.3 –ESTACAS CRAVADAS – METÁLICAS


As estacas metálicas podem ser perfis laminados, perfis soldados, trilhos soldados
ou estacas tubulares.

Podem ser cravadas em quase todos os tipos de terreno; possuem facilidade de


corte e emenda; podem atingir grande capacidade de carga; trabalham bem à flexão;
e, se utilizadas em serviços provisórios, podem ser reaproveitadas várias vezes.

Seu emprego necessita com cuidados sobre a corrosão do material metálico.

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5.2.2.4 –ESTACAS CRAVADAS – MADEIRA
São troncos de árvore cravados com bate-estacas de pequenas dimensões e
martelos leves.

Antes da difusão da utilização do concreto, elas eram empregadas quando a camada


de apoio às fundações se encontrava em profundidades grandes. Para sua utilização,
é necessário que elas fiquem totalmente abaixo d’água;

O nível d’água não pode variar ao longo de sua vida útil.

Utilizam-se estacas de madeira para execução de obras provisórias, principalmente


em pontes e obras marítimas.

6.2.2.5 –ESTACAS ESCAVADAS


Trado Helicoidal

Caracterizam-se por serem moldadas no local após a escavação do solo, que é


efetuada mecanicamente com trado helicoidal.

São executadas através de torres metálicas, apoiadas em chassis metálicos ou


acoplados em caminhões. Em ambos os casos são empregados guinchos, conjunto
de tração e haste de perfuração, podendo esta ser helicoidal em toda a sua extensão
ou trados acoplados em sua extremidade.

Seu emprego é restrito a perfuração acima do nível d'água.

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Execução:

1. Perfuração até a cota por trado helicoidal


2. Remoção do Trado
3. Posicionamento da armadura
4. Lançamento do concreto:

Propriedades

 Pequenos e Grandes Ø 24 a 120cm


 Profundidade 15 a 60m
 Cargas 40 a 150 t

Hélice Contínua

Execução:

1. Escavada com hélice mecânica


2. Concretagem simultânea à retirada da hélice
3. Limpeza manual da hélice
4. Colocação de armadura

Propriedades:

 Cargas até 400 t


 Ø até 100cm
 Profundidade até 24 m
 Baixo grau de ruído e vibração

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 Perfuração em solos pouco coesos e abaixo N.A.

ATIVIDADE (TAREFA - SEMINÁRIOS)

Temas serão sorteados entre os estudantes. Apresentação no inicio da aula da


próxima semana.

 História das Fundações, iniciando na Pré-história, passando pela Idade Média


e até a fase Contemporânea.
 Obras de Contenções (o que é / tipos / métodos construtivos)
 métodos de verificação de desempenho das fundações (Controle Tecnológico)
 rebaixamento de lençol freático

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7 – CONSTRUÇÕES DE CONCRETO ARMADO
7.1 – INTRODUÇÃO / PRINCÍPIOS

Estrutura é um conjunto de elementos que desempenham uma função.

 Corpo humano: esqueleto, músculos, órgãos, …


 Natureza: animais, plantas, minerais
 Edificações: prédios, casas …
 Obras de Arte: pontes, viadutos, barragens….

Qual o princípio básico para um projeto de estrutura de Concreto?

A SEGURANÇA é a propriedade básica que define a qualidade das estruturas.

Desde as civilizações antigas, a preocupação com a segurança das estruturas levou


a construí-las com peças de dimensões equivalentes às empregadas em construções
existentes que haviam dado certo.

O Código de Hamurabi é um conjunto de leis criadas na Mesopotâmia, por volta do


século XVIII a.C, pelo rei Hamurabi da primeira dinastia babilônica. O código é
baseado na lei “olho por olho, dente por dente”;

As 281 leis foram talhadas numa rocha. As leis dispõem sobre regras e punições para
eventos da vida cotidiana. Tinha como objetivo principal unificar o reino através de
um código de leis comuns. Para isso, Hamurabi mandou espalhar cópias deste
código em várias regiões do reino.

 Pena de morte para roubo de templo ou propriedade estatal, ou por aceitação


de bens roubados.
 Se um homem tomar uma mulher como esposa, mas não tiver relações com
ela, esta mulher não será considerada esposa deste homem.
 Se uma casa mal construída causa a morte de um filho do dono da casa, então
o filho do construtor será condenado à morte.

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7.2 – CONCRETO ARMADO

O concreto é um material que apresenta alta resistência às tensões de compressão,


porém, apresenta baixa resistência à tração (cerca de 10 % da sua resistência à
compressão).

O ato de juntar o concreto com um material de alta resistência à tração, com o


objetivo deste material, disposto convenientemente, resistir às tensões de tração
atuantes, produz esse material composto (concreto e armadura – barras de aço),
surge então o chamado “concreto armado”, onde as barras da armadura absorvem
as tensões de tração e o concreto absorve as tensões de compressão.

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“A união do concreto simples e de um material resistente à tração (envolvido pelo
concreto) de tal modo que ambos resistam solidariamente aos esforços solicitantes ”.

Qual a importância do estudo das estruturas de Concreto Armado ?

1 - Representa de 14% a 23% do custo de um edifício.

2 - Responsável pela solidez e a segurança do edifício

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Vantagens

 boa resistência ao fogo;


 adaptação a qualquer forma;
 possibilidade de dimensão reduzida em relação ao vão a vencer;
 maior resistência mecânica com a idade;
 boa resistência a choques e vibrações; e
 fácil execução.

Desvantagens

 impossibilidade de sofrer modificações;


 demolição de custo elevado e sem reaproveitamento do material;
 peso próprio elevado.

7.3 – ETAPAS DE EXECUÇÃO

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Aspectos de um bom projeto de Concreto Armado

TÉCNICO: que o projeto seja eficiente tecnologicamente, atenda às normas técnicas


e aos aspectos funcionais, permitindo um bom desempenho da construção acabada,
com despesas adequadas de manutenção;

EXEQUIBILIDADE / “CONSTRUTIBILIDADE”: que a execução da obra seja possível com


boa produtividade e segurança do trabalhador, com o projeto voltado ao processo
construtivo;

CUSTO: que a implantação da obra ocorra por valores condizentes com os


inicialmente estimados, tendo sido projeto elaborado com uma meta orçamentária
a ser alcançada;

SUSTENTABILIDADE: que o projeto seja desenvolvido levando em conta os aspectos


da adequação ambiental e o consumo de recursos naturais.

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7.3.1 – FORMAS E ESCORAMENTOS
O concreto é moldável. Por isso, é necessário projetar a montagem dos moldes -
chamados de fôrmas. As fôrmas devem ser confeccionadas de maneira adequada,
travadas, niveladas e escoradas, para que a estrutura de concreto tenha um bom
desempenho evitando a ocorrência de deformações não previstas em projeto.

A qualidade do desempenho estrutura está diretamente relacionada à qualidade das


fôrmas: seção transversal, excentricidades, posicionamento das armaduras, etc.

A confecção das fôrmas faz parte do caminho crítico de uma obra e essa atividade
dispende muito tempo e receitas.

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As fôrmas são uma estrutura provisória, construída para conter o concreto fresco,
dando a ele a forma e as dimensões requeridas, e suportá-lo até que ele adquira a
capacidade de auto-suporte.

As fôrmas são os moldes dos elementos estruturais que conferem a conformação


geométrica estabelecida no projeto estrutural.

Funções das formas:

1. Dar Forma ao concreto;

2. Conter o concreto fresco e sustentá-lo até que tenha resistência suficiente


para se sustentar por si só.

3. Proporcionar à superfície do concreto a rugosidade requerida.

4. Servir de suporte para o posicionamento da armação, permitindo a colocação


de espaçadores para garantir os cobrimentos.

5. Limitar a perda de água do concreto, facilitando a cura.

Elementos Constituintes do Sistema:

Molde é o elemento que entra em contato direto com o concreto, definindo o


formato e a textura concebidos para a peça durante o projeto

Estrutura do Molde é o que dá sustentação e travamento ao molde. É destinada a


enrijecer o molde, garantindo que ele não se deforme quando submetido aos

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esforços originados pelas atividades de armação e concretagem. É constituído
comumente por gravatas, sarrafos acoplados aos painéis e travessões.

Escoramento (cimbramento) é o que dá apoio à estrutura da fôrma. É o elemento


destinado a transmitir os esforços da estrutura do molde para algum ponto de
suporte no solo ou na própria estrutura de concreto. É constituído genericamente
por guias, pontaletes e pés-direitos.

As cargas atuantes nas formas dos elementos de concreto são:

1. Peso próprio da forma

2. Peso próprio do concreto e da armação em caso de vigas e lajes

3. Peso dos operários

4. Cargas dinâmicas devido ao lançamento e adensamento do concreto

5. Cargas de vento (em edifícios com mais de 6 andares) ou obras de arte

6. Cargas das ondas em obras marítimas ou fluviais

Materiais das Formas:

 madeira na forma de tábua


 compensado;
 materiais metálicos - alumínio e aço;
 papelão
 Plástico ou Sintéticas (Polipropileno)
 Pré-laje de concreto
 Laje Pré-moldada/ Laje Mista
 Laje Pré-moldada/ EPS
 Laje Steel Deck
 Metálicas deslizantes ou trepantes
 Metálicas

O critério para escolha de um sistema de fôrmas depende do custo em função do


prazo. Ou seja, considerar quanto custa alugar as fôrmas durante o período da obra,
verificar a disposição econômica da empresa de investir na aquisição em curto prazo,
visando o aproveitamento em longo prazo. Em seguida deve-se calcular quanto

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custa para fabricar fôrmas com outros tipos de material. A partir dos resultados
obtidos deve-se escolher o material que será utilizado nessa execução.

A madeira tem vantagens destacadas na execução de fôrmas:

Reaproveitamento em outras peças;

Grande flexibilidade de uso;

Menor custo de matéria prima;

As desvantagens apresentadas pela madeira na execução de fôrmas são:

Maior geração de resíduos no canteiro de obras;

Necessidade de profissionais (carpinteiros) no canteiro de obra;

Menor número de reutilizações das peças.

7.3.2 – AÇO / ARMAÇÃO


O concreto é um material que apresenta alta resistência às tensões de compressão,
porém, apresenta baixa resistência à tração (cerca de 10 % da sua resistência à
compressão).

O ato de juntar o concreto com um material de alta resistência à tração, com o


objetivo deste material, disposto convenientemente, resistir às tensões de tração
atuantes, produz esse material composto (concreto e armadura – barras de aço),
surge então o chamado “concreto armado”, onde as barras da armadura absorvem
as tensões de tração e o concreto absorve as tensões de compressão.

Se o concreto é bom para compressão, por que os pilares tem armação ?

Quando um pilar é comprimido, ele cede lateralmente, gerando tensões de tração.

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É necessário conter essa tendência do pilar em se distender (efeito da tração). Por
isso o pilar recebe uma estrutura de contenção, que são os estribos.

As Barras de aço São usadas na construção civil para aumentar a resistência do


concreto aos esforços de tração e de flexão.

Principais tipos: CA-60, CA-50 e CA-25 (ex.: CA-60 suporta kgf/mm2).

As barras são os produtos de diâmetro igual ou superior a 12 mm e os fios/arames


são aqueles com diâmetro inferior a 12 mm.

As barras precisam ter obrigatoriamente superfícies com saliências transversais,


também chamadas de "mossas", que asseguram a aderência da barra de aço com o
concreto.

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CUIDADOS QUE DEVEMOS TOMAR:

• Armazenamento das barras e fios de aço devem ser feitas em baias separadas
por diâmetro, sem contato direto com o solo

• Devem ser armazenadas sempre abertas (não dobradas).

• Não pode haver corrosão (ferrugem) excessiva na superfície das barras. Uma
corrosão uniforme, leve e superficial é admitida

• A estocagem dos vergalhões a céu aberto é permitida se o tempo de


estocagem for pequeno

• No momento da concretagem verificar se há uma camada de concreto


cobrindo toda a armadura. Essa camada de concreto protege a armadura da
corrosão.

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ARMADURAS – ESQUEMA DO PROCESSO EXECUTIVO

Central de Armação

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Ferramentas – Corte

Após o corte, as barras são dobradas sobre uma bancada de madeira grossa sobre
a qual são fixados diversos pinos de apoio.

O dobramento é feito com o auxílio de chaves de dobrar.

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Montagem: As ligações das barras e entre barras e estribos são feitas com arame
recozido = maleabilidade.

Podem ser montadas no pátio de armação ou diretamente na fôrma, em função das


dimensões, do sistema de transporte, da espessura das barras, etc.

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Posicionamento e Cobrimento

Quando da colocação das armaduras nas fôrmas todo o cuidado deve ser tomado
de modo a garantir o perfeito posicionamento da armadura no elemento final a ser
concretado.

Os dois problemas fundamentais a serem evitados são a falta do cobrimento de


concreto especificado (normalmente da ordem de 25mm para o concreto
convencional) e o posicionamento incorreto da armadura negativa (tornada
involuntariamente armadura positiva).

Para evitar a ocorrência destas falhas é recomendável a utilização de dispositivos


construtivos específicos para cada caso:

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Cobrimento = espaçadores ou pastilhas

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Posicionamento = caranguejos

Montagem de Armadura de Vigas e Lajes

• Especificação do aço – Tipo de aço, diâmetro

• Plano de protensão – desenhos em planta e corte das cordoalhas, sequência


de protensão, detalhes das ancoragens, vista do posicionamento das
ancoragens, força de protensão, alongamento, etc.

• Racionalização e padronização das armaduras.

• Tabela resumo de aço Tabela resumo de aço

• Cobrimento – especificado no projeto.

• Detalhes de armadura – ex: detalhes em 3 dimensões onde necessário

• Armaduras complementares – ex: malha de aço provisória na caixa corrida


dos elevadores

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7.3.3 – CONCRETAGEM
Para a utilização dos concretos dosados em central, o que devemos saber é
programar e receber o concreto. Verificar o local de descarga do concreto que deve
estar desimpedido e o terreno firme.

A circulação dos caminhões deve ser facilitada.

A programação deve ser feita com antecedência e deve incluir o volume por
caminhão a ser entregue, bem como o intervalo de entrega entre caminhões.

Recebimento: antes de descarregar, deve-se verificar:

 O volume do concreto pedido


 A resistência característica do concreto à compressão (fck).
 Aditivo, se utilizado

Se tudo estiver correto, só nos resta verificar o abatimento (slump test) para avaliar
a quantidade de água existente no concreto.

Uma vez liberado, o concreto deverá ser transportado para o pavimento em que está
ocorrendo a concretagem, o que poderá ser realizado por:

• Carrinho ou Jerica;

• Elevadores de obra;
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• gruas com caçambas;

• Bombeamento;

• Helicópteros com caçambas

O lançamento do concreto deve ser feito por camadas não superiores a 50cm,
devendo-se vibrar cada camada expulsando os vazios. A vibração usualmente é
realizada com vibrador de agulha.

Em casos de pilares altos a 2,00m fazer uma abertura "janela" para o lançamento do
concreto, evitando com isso a queda do concreto de uma altura fazendo com que os
agregados graúdos permaneçam no pé do pilar formando ninhos de pedra a
vulgarmente chamado "bicheira".

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Quando o transporte é realizado com bomba, o lançamento do concreto no pilar é
realizado diretamente, com o auxílio de um funil.

Quando o transporte é feito através de caçambas, é comum primeiro colocar o


concreto sobre uma chapa de compensado junto à "boca" do pilar e, em seguida,
lançar o concreto para dentro dele, nas primeiras camadas por meio de um funil, e
depois diretamente com pás e enxadas.

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Umedecer previamente as fôrmas, para evitar que esta absorva água do concreto
em demasia

O concreto deverá ser lançado logo após o amassamento, não sendo permitido
intervalo superior a 1 hora, salvo se utilizado aditivo retardadores de pega –
consultar fabricante

Em nenhuma hipótese o lançamento poderá ocorrer após o início da pega.

Espalha-se o concreto após o lançamento com o uso de pás e enxadas, distribuindo


por todos os elementos estruturais e locais de difícil acesso.

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Rastreabilidade do Concreto

O destino do concreto deve ser conhecido:

• Peça concretada

• Nota fiscal

• Características do concreto

• Fck solicitado

• Slump

• Identiicação do CP

• Resultados de ensaios no CP

• Horário de início e final de emprego

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Cuidados na concretagem

Quando uma concretagem for interrompida por mais de três horas a sua retomada
só poderá ser feita 72 horas - após a interrupção; este cuidado é necessário para
evitar que a vibração do concreto novo, transmitida pela armadura, prejudique o
concreto em início de endurecimento.

A superfície deve ser limpa, isenta de partículas soltas, e para maior garantia de
aderência do concreto novo com o velho devemos:

1. retirar com ponteiro as partículas soltas


2. molhar bem a superfície e aplicar
3. ou uma pasta de cimento ou um adesivo estrutural para preencher os vazios
e garantir a aderência.

As vigas deverão ser concretadas de uma só vez, caso não haja possibilidade, fazer
as emendas à 45º.

As emendas de concretagem devem ser feitas de acordo com a orientação do


Engenheiro calculista. Caso contrário, a emenda deve ser feita a 1/4 do apoio, onde
geralmente os esforços são menores. Devemos evitar as emendas nos apoios e no
centro dos vãos, pois os momentos negativos e positivos, respectivamente, são
máximos.
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Sarrafeamento ou Nivelamento

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7.3.4 – CURA
Os cuidados com a cura do concreto influenciam a sua estabilidade volumétrica,
melhora seu desempenho mecânico e a sua resistência aos agentes agressivos do
meio ambiente.

Durante muito tempo a cura do concreto não era vista como um fator importante
para o resultado final e qualidade de uma peça de concreto. Patologias ocorriam e
não se sabia ao certo a sua causa, que muitas vezes era pela falta de cura.

A cura, processo de hidratação do cimento, é realizada por duas razões básicas:


hidratar o quanto possível o cimento e reduzir ao máximo a retração do concreto,
fatores intrínsecos à durabilidade.

Presumimos que a cura bem feita proporciona além das características desejáveis
em uma peça de concreto, resistência e durabilidade, uma redução dos custos com
manutenção e também a diminuição de resíduos provenientes deste material.

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Sabe-se que nem sempre as condições de execução permitem o processo de cura
úmida por 28 dias, entretanto a alternativa de 7 dias em cura úmida apresenta
resultados satisfatórios do ponto de vista de resistência mecânica, de durabilidade
e sustentabilidade, sendo o mínimo necessário para uma peça de concreto armado.

ATIVIDADE (TAREFA)

Cada aluno deverá apresentar na aula da próxima semana -> 1 caso de construção
em concreto armado que tenha entrado em colapso / ruína / desabado e causado a
morte de pelo menos 1 pessoa.

A origem do problema pode ser na estrutura, fundação ou solo.

Conteúdo mínimo:

 Data da ocorrência
 Localização
 Fotos/vídeo de reportagem jornalística
 Resumo do causa do acidente (projeto mal dimensionado / erro de execução
/ falta de manutenção / etc)
 Explicação sobre a patologia que ocasionou o acidente

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As apresentações devem ser de no máximo 10 minutos, pois TODOS deverão
apresentar.

OBS: Não pode repetir a mesma obra/acidente. Conversem entre vocês para evitar
que isso aconteça.

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8 – LISTA DE EXERCÍCIOS: FUNDAÇÕES E ESTRUTURAS

1 - (Concurso público – UNIR/2009) A fundação de uma obra composta por 06 sapatas iguais, cujas
medidas horizontais são de (1,00 x 1,00) m e volume de concreto de cada sapata com respectivo
arranque de pilar é de 0,60m³. Sabendo-se que a escavação do solo teve uma profundidade igual a
1,55 m e lastro de concreto magro uma espessura de 5 cm; podemos afirmar que o volume de
concreto magro e o reaterro da obra são respectivamente:

a) 0,05 m³ e 5,4 m³ d) 0,5 m³ e 8,4 m³

b) 0,3 m³ e 5,4 m³ e) Nenhuma das respostas anteriores

c) 0,025 m³ e 6,3 m³

2 - (Concurso público – SESC PE) Com relação às fundações rasas, analise os itens abaixo:

I. As fundações rasas ou indiretas são assim denominadas, por se apoiarem sobre o solo a uma
profundidade de 4 a 5 m, em relação ao solo circundante.

II. Blocos de fundação são elementos de apoio construídos de concreto simples e caracterizados por
uma altura relativamente grande, necessária para que trabalhem essencialmente à flexão.

III. As sapatas são elementos de apoio, de concreto armado, de menor altura que os blocos, que
resistem, principalmente, à flexão.

Está CORRETO o que se afirma em:

a) I. d) I e II.

b) II. e) II e III.

c) III.

3 - (Concurso público – SESC PE) Estacas, que são introduzidas no terreno por meio de um processo
que não promove a retirada de solo, são denominadas de estacas:

a) de deslocamento. d) tipo broca.

b) escavadas. e) de hélices contínuas.

c) injetadas.

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4 - (Concurso público – Eletronorte/2006) - Para que as cargas de uma edificação sejam transferidas
para o solo, são usados os elementos estruturais de fundação. Assinale a alternativa referente a
elemento de fundação direta:

a) estaca pré-moldada de concreto; d) tubulão;


b) estaca de concreto moldada in loco; e) sapata.
c) estaca de madeira;

5 - (Concurso público – IFMG/2014) – Em relação as definições abaixo marquem (V) para verdadeiro e
(F) para falso: (

( ) Radier: denomina-se de radier ao elemento de fundação que recebe a carga de todos os pilares
ou carregamentos distribuídos da edificação. Considerada uma fundação econômica quando as
cargas são pequenas e a resistência do terreno é baixa, sendo uma opção interessante para que não
seja usada a solução de fundação profunda;

( ) Estacas: Estaca é um elemento estrutural alongado que, colocado no solo por cravação ou
perfuração, tem a finalidade de transmitir cargas ao subsolo, seja pela resistência sob sua
extremidade inferior (resistência de ponta), seja pela resistência ao longo de sua superfície lateral
(atrito lateral), ou pela combinação das duas. Podem ser de madeira, aço e concreto;

( ) Alicerce: É um elemento de fundação de execução bastante simples, constituído de alvenaria. É


utilizado em construções comuns, de no máximo 2 andares, com sistema estrutural do tipo “paredes
portantes”, localizadas em regiões onde o subsolo próximo a superfície apresenta características de
resistência e deformabilidade adequadas;

( ) Sapata: é um elemento de fundação de concreto armado, de altura menor que o bloco, utilizando
armadura para resistir aos esforços de tração. Quanto à forma, a sapata é usualmente de base
quadrada, retangular ou trapezoidal. As sapatas podem ser classificadas como: sapata simples ou
isolada, sapata associada, sapata corrida (ou viga de fundação ou baldrame) e sapata alavanca;

( ) Tubulão: é o elemento de fundação rasa, de pequeno porte, com seção circular, em geral com
um alargamento em sua extremidade inferior, destinado a transmitir as cargas da estrutura a uma
camada de solo de alta resistência que se encontra a grande profundidade. Pelo menos na etapa final
de escavação do tubulão, há a descida de operário. O trecho cilíndrico do tubulão é chamado de fuste
e sua extremidade inferior de base alargada. O diâmetro do fuste varia normalmente entre 0,7 a 2,0
m e o da base entre 1,0 até 6m. Podem ser do tipo pocinho ou céu aberto, do tipo pneumático, do
tipo Chicago, do tipo Gow e do tipo pneumático.

É correto AFIRMAR que as definições são:

a) F, V, F, V e F; d) V, F, V, F e V;
b) V, V, F, F e F; e) V, V, V, V e F.
c) F, F, V, F e V;

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6 - (Concurso público – Porto de Santos/2010) – As fundações compostas por elementos contínuos
que acompanham a linha das paredes, que lhes transmitem carga por metro linear, são
denominadas:

a) Estaca escavada d) Sapatas corridas

b) Radiers e) Vergas

c) Sapatas associadas

7 - Interprete a planta a seguir, de um pavimento em concreto armado (laje + vigas + pilares), com
pé direito de 3m, e responda:

a) Calcule a área das fôrmas dos pilares, em m2 (somente o molde).


b) Calcule a área das fôrmas das vigas, em m2 (somente o molde).
c) Calcule o volume de concreto que será necessário (laje + vigas + pilares).
d) Sobre todas as vigas do pavimento devem ser construídas paredes em alvenaria de tijolos
cerâmicos furados. Desconsiderando as aberturas, qual é o custo direto total, em reais, do
serviço necessário à execução dessa alvenaria? Considere a tabela de composição de custos
abaixo.

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8 - Qual a finalidade da cura do concreto? De que maneira a cura pode ser realizada? Cite no mínimo
3 exemplos.

9 - Explique detalhadamente o processo de execução de um pilar.

10 - No caso da produção do concreto de maneira manual, quais os cuidados devem ser tomados?
Qual a ordem de colocação/mistura dos materiais?

11 - Referente ao adensamento do concreto, responda:


a) Qual a melhor definição para “trabalhabilidade”?
b) Qual sua importância na prática na obra?
c) Explique sobre a função do vibrador de imersão usado na concretagem. Quando não
utilizado, que tipo de patologias pode ocasionar?

12 - Os agregados usados nos traços de concretos e argamassas são classificados em graúdos e


miúdos. Qual a definição correta do que é dimensão máxima do agregado? Por que é tão importante
conhecer a dimensão máxima dos agregados graúdos para construções em concreto armado?

13 - Cite no mínimo 3 vantagens e 3 desvantagens para cada tipo de estrutura.


a) Concreto armado
b) Madeira
c) Metálica

14 - Você ficou encarregado pela execução de uma grande obra. Escreva um memorando (oficio /
carta) para o proprietário da obra, solicitando a contratação de um técnico em edificações.
OBS: sublinhar / destacar todas as palavras obrigatórias no texto.

Palavras obrigatórias: concreto armado, resistência, 7 dias, 28 dias, cura, fissura, adensamento, ficha
de verificação de serviços, ensaio de abatimento, moldagem, estrutural, 2h30m, fôrma, escoramento,
hidratação do cimento, espaçadores, tecnólogo, padiola.

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15 - Referente ao concreto, faça as relações corretas entre as opções.

01 – Concreto Protendido

02 – Concreto Armado

03 - Concreto Protendido e Concreto Armado

( ) – Introduz na estrutura tensões, de modo a melhorar sua resistência ou seu comportamento,


sob ação de diversas solicitações, por meio de cabos de aço de alta resistência, tracionados e
ancorados no próprio concreto.

( ) – Para evitar a ocorrência de falhas é recomendável a utilização de dispositivos construtivos


específicos para cada caso: Cobrimento = espaçadores ou pastilhas Posicionamento= caranguejos

( ) – O concreto tem boa resistência á compressão, porém baixa resistência à tração.

( ) – Durante a operação, o concreto e o aço são submetidos a tensões em geral superiores às que
poderão ocorrer na viga sujeita às cargas de serviço, se tornando uma prova de carga da viga.

( ) – O concreto tem boa resistência à compressão enquanto que o aço tem excelente resistência à
tração. No entanto, a resistência à tração dos concretos é muito baixa, cerca de 1/10 de sua resistência
à compressão, o que justifica seu emprego solidariamente com o aço.

( ) – As fôrmas são uma estrutura provisória, construída para conter o concreto fresco, dando a ele
a forma e as dimensões requeridas, e suportá-lo até que ele adquira a capacidade de auto-suporte.

( ) – Pode ser executado através de peças pré-moldadas, onde o transporte das peças pode limitar
seu comprimento.

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9 – VEDAÇÕES VERTICAIS
São elementos que compartimentam e definem os ambientes internos, controlando
a ação de agentes indesejáveis.

Pode-se dizer que seja o invólucro do edifício.

9.1 - PROPRIEDADES E REQUISITOS

São elementos de vedação vertical empregados interna ou externamente; moldados


no próprio local ou pré-fabricadas e montados no local;

 As paredes podem ser sub-classificadas em função de seu desempenho


funcional em:

 estruturais: atua como estrutura portante do edifício;

 de contraventamento: tem função de aumentar a rigidez da estrutura


reticulada e absorver os esforços decorrentes da deformação do pórtico; e

 de vedação: atua somente como componente de vedação

Suas funções são:

 Desempenho térmico (principalmente isolamento);


 Desempenho acústico (principalmente isolamento);
 Estanqueidade à água;

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 Controle da passagem de ar;
 Proteção e resistência contra a ação do fogo;
 Desempenho estrutural (estabilidade, resistência mecânica e
deformabilidade);
 Controle de iluminação (natural e artificial) e de raios visuais (privacidade);
 Durabilidade;
 Custos iniciais e de manutenção;
 Padrões estéticos (de conforto visual) e
 Facilidade de limpeza e higienização.

9.2 - VEDAÇÕES – TIPOS MAIS UTILIZADOS

 Paredes de alvenaria ou maciças;


 Painéis Leves;
 Painéis pré-moldados ou pré-fabricados;
 Vidros e Esquadrias.

9.2.1 - PAREDES DE ALVENARIA

O termo alvenaria pode ser definido como: componente complexo, conformado em


obra, constituído por tijolos ou blocos unidos por si por juntas de argamassa
formando um conjunto rígido e coeso.

A partir dessa definição pode-se fazer uma classificação das alvenarias segundo o
material empregado. Essa classificação é apresentada a seguir:

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9.2.1.1 - ALVENARIA DE BLOCO CERÂMICO

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Vantagens:

 Durabilidade superior à da maioria dos outros materiais.


 Facilidade e baixo custo de produção dos componentes.
 Facilidade de produção.
 Maior aceitação pelo usuário.
 Bom a excelente desempenho funcional:
 Bom isolamento térmico
 Bom isolamento acústico
 Boa estanqueidade à água
 Excelente resistência ao fogo
 Excelente resistência mecânica

Desvantagens:

 Baixa produtividade relativa na execução (elevado consumo de mão de-obra);


 Domínio técnico centrado na mão-de-obra executora;
 Elevada massa por unidade de superfície;
 Necessidade de revestimentos adicionais para ter rugosidade baixa;
 A VEDAÇÃO VERTICAL concentra o maior desperdício de materiais e mão-de-
obra:
o Argamassa + bloco (alvenaria)
o Resíduo que sai
o Resíduo que fica

9.2.1.2 - ALVENARIA DE BLOCO DE CONCRETO


Peças regulares e retangulares, fabricadas com cimento, areia, pedrisco, pó de pedra
e água

Recentemente, os blocos de concreto de cor cinza receberam inovação e


apresentam novas variedades de tamanhos, formas, cores e texturas.

Os diferenciais que determinam a opção pelos blocos de concreto são os benefícios


obtidos através do conceito de sistema construtivo, como segue:

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 Precisão das dimensões e modulação
 Construção sem a necessidade do uso de formas
 Possibilidade de paredes sem revestimento externo
 Tubulações embutidas nas paredes
 Desperdício mínimo, sem geração de entulho

No Brasil são fabricados vários tipos de blocos que se diferenciam pelas cores,
formatos e dimensões.

estrutural canaleta vedação

ranhurado Meio bloco split

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9.2.1.3 - ALVENARIA DE BLOCO DE SOLO CIMENTO
Material obtido pela mistura de solo arenoso - 50 a 80% do próprio terreno onde se
processa a construção, cimento Portland de 4 a 10%, e água, prensados
mecanicamente.

 dimensões: 20x10x4,5cm
 quantidade: a mesma do tijolo maciço

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Vantagens:

 Economia de energia na sua produção.


o Para se ter uma ideia, mil tijolos de argila queimada (o tijolo tradicional)
precisam de 1m³ de madeira para ser produzidos, o que equivale mais
ou menos a seis árvores de porte médio.
 O custo do frete também pode ser eliminado, pois o solo do próprio local da
obra pode ser utilizado na confecção dos tijolos.
 Ao contrário dos tijolos de argila queimada, que quando quebram têm que
ser jogados fora, os de solo-cimento podem ser moídos e reaproveitados.

9.2.1.4 - ALVENARIA DE PEDRA

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9.2.2 - PAINÉIS LEVES

9.2.3 - PAINÉIS PRÉ-MOLDADOS OU PRÉ-FABRICADOS

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9.2.4 - VIDROS E ESQUADRIAS

9.3 – DETALHES DE EXECUÇÃO EM ALVENARIAS DE TIJOLOS E BLOCOS

9.3.1 - MARCAÇÃO

Depois de ter estudado os projetos e providenciado os componentes, materiais e


equipamentos necessários, iniciamos a marcação da alvenaria locando e marcando
no pavimento a origem das medidas.

Verifica-se o esquadro da obra através da diferença entre as diagonais de um


retângulo. Se para cada 10 metros você encontrar uma diferença menor ou igual a
5 mm entre as diagonais, isso significa que o pavimento se encontra no esquadro.

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Locar e marcar a direção das paredes, vãos de portas e shafts utilizando a linha
traçante (também chamado de “cordex”)

Conferir referências com o gabarito de marcação ou locação da obra.

A marcação das paredes perpendiculares pode ser feita usando as medidas: 3, 4 e 5


(Teorema de Pitágoras).

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111
Os escantilhões podem ser fixados com pregos de aço ou bucha e parafuso.

Colocação dos escantilhões no prumo - Para essa operação, utilizamos


preferencialmente a régua prumo-nível

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112
9.3.2 - NIVELAMENTO DA 1.ª FIADA

Na direção das paredes, com um nível, percorremos o pavimento e determinamos o


ponto mais alto.

Em cada escantilhão, transferimos esse nível e ajustamos a marca da 1.ª Fiada.


Posicionamento das linhas, para garantir o alinhamento e nivelamento das fiadas.

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Molhar a superfície do pavimento com o uso de uma brocha na direção da parede
antes da aplicação da argamassa. Aplicar a argamassa de assentamento com uma
colher de pedreiro na largura aproximada do bloco

9.3.3 - ASSENTAMENTO DAS DEMAIS FIADAS

A execução da alvenaria a partir da segunda fiada torna-se intuitiva, quase


“automática”.

Contudo, deve-se atentar para o correto posicionamento dos blocos na parede onde
serão aplicados elementos como:

a) Tomadas e interruptores elétricos

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114
b) Componentes pré-fabricados de concreto ou argamassa armada, tais como
quadros elétricos, visitas hidrossanitárias, molduras para ar-condicionado;
contramarco de janelas e contra-vergas de portas;

Recomenda-se levantar os cantos primeiro porque, desta forma, o restante da


parede será erguida sem preocupações de prumo e horizontalidade, pois estica-se
uma linha entre os dois cantos já levantados, fiada por fiada.

Durante toda a etapa de elevação, o prumo, o nível e o alinhamento devem ser


verificados de maneira constante. A régua-prumo-nível agiliza e confere precisão a
este procedimento.

9.3.4 - LIGAÇÕES COM PILARES


Chapisca-se as faces dos Pilares em contato futuro com a alvenaria.

Pode-se utilizar reforços Metálicos com a função de Evitar Destacamentos das


Paredes (Fissuras, Trincas ou Rachaduras) devido as Movimentações causadas por:

o Dilatações e retrações térmicas


o Deformação da Estrutura
o Acomodações do Solo (recalques)
o Acomodação da própria Alvenaria

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9.3.5 - LIGAÇÕES COM VIGAS O U LAJES

9.3.5.1 - FIXAÇÃO RÍGIDA


Com pré-tensionamento

Transmite os esforços e deformações da estrutura para alvenaria

Utilizada em estruturas pouco deformáveis, caso contrário pode ocorrer trincas na


alvenaria.

Está caindo em desuso por ser o método que possui menor trabalhabilidade.

Métodos:

 Encunhamento com tijolos inclinados

 Encunhamento com cunhas de concreto

 Fixação com argamassa expansiva

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9.3.5.2 - FIXAÇÃO RESILIENTE
Técnica recomendada para estruturas mais deformáveis– menor nível de tensão nas
paredes do que na ligação rígida e, portanto, diminuição da probabilidade de
surgimento de fissuras pelas deformações impostas pela estrutura.

Agrega materiais como massa podre (argamassa rica em cal hidratada e pequeno
consumo de cimento), tijolos de barro cozido com pequeno módulo de deformação,
argamassas com elastômeros, esferas de isopor, placas de neoprene, cortiça ou
isopor, poliuretano expandido e outros

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9.3.5.3 - FIXAÇÃO PLÁSTICA
Com o uso de espumas, é uma técnica recomendada para estruturas muito
deformáveis – menor nível de tensão nas paredes de todas as técnicas e, por
consequência:

 menor risco de surgimento de fissuras pelas deformações impostas pela


estrutura
 Fixação é garantida pela colagem
 Necessidade de forro falso em todos os cômodos ou o uso de mata juntas.

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9.3.6 - PREPARAÇÃO DE VÃOS DE ESQUADRIAS
Sobre o vão das portas e sobre e sob os vãos das janelas devem ser construídas
vergas

Quando trabalha sobre o vão, a sua função é evitar as cargas nas esquadrias.

Quando trabalha sob o vão, tem a finalidade de distribuir as cargas concentradas


uniformemente pela alvenaria inferior. Caso contrário, a alvenaria ficara sujeita à
carga concentrada nas laterais do vão e sem carga no centro. Essa diferença fará
com que surjam trincas na alvenaria.

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119
As vergas podem ser pré-moldadas ou moldadas no local, e devem exceder ao vão
no mínimo 30cm ou 1/5 do vão.

No caso de janelas sucessivas, executa-se uma só verga.

Vergas em Paredes de Tijolos Maciços

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Vergas em Paredes de Blocos de Concreto

Vergas em Paredes de Tijolo Furado

Vergas Pré-Moldadas

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ATIVIDADE (TAREFA)
A ausência da execução das vergas ocasiona patologias nas alvenarias.

Cada aluno deverá localizar 1 edificação com essa patologia e enviar por e-mail ou
sistema acadêmico:

- Foto da Patologia;

- Foto do tipo Selfie no local da patologia;

- Análise e explicação do fato.

ATIVIDADE (TAREFA - SEMINÁRIOS)

Temas serão sorteados entre os estudantes. Apresentação no início da aula da


próxima semana.

 Seminário prático no pátio de obras sobre a utilização do PRUMO DE FACE,


PRUMO DE CENTRO, MANGUEIRA DE NÍVEL E NÍVEL DE BOLHA (grupo de 3
alunos)

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10 – REVESTIMENTOS DE ARGAMASSA
Argamassa são materiais de construção, com propriedades de aderência e
endurecimento, obtidos a partir da mistura homogênea de um ou mais
aglomerantes, agregados miúdos (areia) e água, podendo conter ainda aditivos e
adições.

Suas principais utilizações são:

 Assentamento de alvenarias
 Revestimentos: chapisco e reboco
 Regularização de contrapiso
 Assentamento de cerâmicas e pedras
 Rejuntamento de cerâmicas e pedras
 Acabamento de pisos.

Empregada na execução de revestimentos, a argamassa deve ter, basicamente, as


seguintes características:

 Economia
 Poder de incorporação de areia
 Plasticidade
 Aderência
 Retenção de água
 Homogeneidade
 Compacidade
 Resistência à infiltração, à tração e a compressão e durabilidade.

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123
Chapisco: Camada de preparo da base, aplicada de forma contínua ou descontínua,
com finalidade de uniformizar a superfície quanto à absorção e melhorar a aderência
do revestimento.

Camada única: Revestimento de um único tipo de argamassa aplicado à base, sobre


o qual é aplicada uma camada decorativa, como, por exemplo, a pintura; também
chamado popularmente de “massa única” ou simplesmente “reboco”.

Revestimento decorativo monocamada: Trata-se de um revestimento aplicado em


uma única camada, que faz, simultaneamente, a função de regularização e
decorativa, muito utilizado na Europa. A argamassa de RDM é um produto
industrializado, ainda não normalizado no Brasil, com composição variável de
acordo com o fabricante, contendo geralmente: cimento branco, cal hidratada,
agregados de várias naturezas, pigmentos inorgânicos, fungicidas, além de vários
aditivos (plastificante, retentor de água, incorporador de ar, etc.).

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124
10.1 - PREPARAÇÃO DA BASE

Conjunto de atividades que visam adequar a base ao recebimento da argamassa:

 Limpeza da estrutura e da alvenaria;


 Eliminação das irregularidades superficiais;
 Remoção das incrustações metálicas;
 Preenchimento de furos.

A limpeza da base deve ser feita através da escovação, lavagem ou jateamento de


areia, a depender da extensão e dificuldade de remoção das sujeiras.

Essa limpeza deve proporcionar a eliminação de elementos que venham a prejudicar


a aderência, tais como: pó; barro; fuligem; graxas e óleos, fungos e eflorescências.

A lavagem deve ser feita de cima para baixo, de modo a não contaminar superfícies
já limpas.

10.2 – CHAPISCO

É um revestimento rústico empregado nos paramentos lisos de alvenaria, pedra ou


concreto. Ele serve principalmente para melhorar a aderência devido a sua
superfície porosa e áspera.

Os tetos, independentemente das características de seus materiais, também devem


ser previamente preparados mediante a aplicação de chapisco. Este chapisco deverá
ser acrescido de adesivo para argamassa a fim de garantir a sua aderência (chapisco
tradicional).
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125
A cura do chapisco se dá após 24hs da aplicação, podemos assim executar o reboco.

O chapisco pode ser usado ainda como acabamento rústico, podendo ser executado
com vassoura ou peneira para salpicar a superfície.

Existe diferentes tipos de chapisco: o tradicional; o industrializado; e o rolado.

10.2.1 - CHAPISCO TRADICIONAL


Argamassa de cimento, areia e água, função da reflexão do material. Pode
adequadamente dosada, geralmente ser aplicado sobre alvenaria e
traço de 1:3 a 1:4 (cimento:areia) estrutura. Espessura máxima de 5mm.
relativamente fluida. Pode ser
acrescido de adesivo para chapisco.

Deve ser lançado sobre o paramento


previamente umedecido com auxílio
da colher, de baixo para cima,
energicamente em uma única camada
de argamassa.

Resulta em uma película rugosa,


aderente e resistente. Apresenta um
elevado índice de desperdício, em

10.2.2 - CHAPISCO INDUSTRIALIZADO DESEMPENADO

Argamassa industrializada semelhante


à argamassa colante. Só é necessário
acrescentar a água no momento da
mistura na proporção definida pelo
fabricante. Apresenta uma elevada
produtividade e rendimento

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10.2.3 - CHAPISCO ROLADO

Obtido da mistura de cimento e areia,


com adição de água e resina acrílica ou
industrializado, bastando apenas
adicionar água. Argamassa bastante
plástica, aplicada com um rolo para
textura acrílica em demãos.
Proporciona uma elevada
produtividade e um maior rendimento
do material.

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10.3 – REBOCO

O reboco é uma argamassa mista de cimento, cal e areia, em traços elaborados para
cada situação, como por exemplo nas proporções indicadas na tabela abaixo
conforme a superfície a ser aplicada.

Nas paredes externas, em contato com o solo, o emboço é executado com


argamassa de cimento e recomenda-se a incorporação de aditivos
impermeabilizantes.

No caso de tetos, com argamassas mistas de cimento e cal.

A areia empregada é a média ou grossa, de preferência a areia média.

O revestimento é iniciado de cima para baixo, ou seja, do telhado para as fundações.

A superfície deve estar previamente molhada. A umidade não pode ser excessiva,
pois a massa escorre pela parede.
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128
Por outro lado, se lançarmos a argamassa sobre a base seca esta absorverá a água
existente na argamassa e se desprenderá.

As espessuras admissíveis para os revestimentos de argamassa estão apresentadas


na tabela a seguir, de acordo com a norma NBR 13749 (ABNT, 12013).

Caso não seja possível atender às espessuras admissíveis, devem ser tomados
cuidados especiais. Se a espessura do revestimento for maior, devem ser adotadas
soluções que garantam a sua aderência.

Se a espessura for menor, não deve ultrapassar alguns limites, para que a proteção
do revestimento à base não seja prejudicada. A tabela a seguir apresenta as
espessuras mínimas nos pontos críticos do revestimento de argamassa de fachada:

Antes de iniciar o revestimento de qualquer base, devem ser criadas as referências


para a definição do plano a ser obtido, em relação aos revestimentos contíguos de
parede, teto e piso.

Considerando que os planos das paredes e tetos sejam ortogonais entre si, é
necessário que o plano do revestimento dessas superfícies esteja em prumo ou em
nível e obedeça às espessuras admissíveis.

Nas paredes internas que apresentam aberturas, os marcos já assentados servem


como referência de espessura, prumo e esquadro para o revestimento.

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129
Para conseguirmos uma uniformidade do emboço e tirar todos os defeitos da
parede, devemos seguir com bastante rigor o prumo e o alinhamento. Para isso
devemos fazer o Taliscamento.

As taliscas são pequenos tacos de madeira ou cerâmicos, que assentados com a


própria argamassa do emboço nos fornecem o nível.

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No caso de paredes, quando forem colocadas as taliscas, é preciso fixar uma linha
na sua parte superior e ao longo de seu comprimento.

A distância entre a linha e a superfície da parede deve ser da ordem de 1,5cm.

As taliscas (calços de madeira de aproximadamente 1x5x12cm, ou cacos cerâmicos)


devem ser assentados com argamassa mista de cimento e cal para emboço, com a
superfície superior faceando a linha.

Sob esta linha, recomenda-se a colocação das taliscas em distâncias de 1,5m a 2m


entre si, para poder utilizar réguas de até 2,0m de comprimento, favorecendo a sua
aplicação

A partir da sua disposição na parte superior da parede, com o auxílio de fio de


prumo, devem ser assentadas outras na parte inferior (a 30cm de piso) e as
intermediárias.

É importante verificar o nível dos batentes, pois eles podem regular a espessura do
emboço.

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Devemos ter o cuidado para que os batentes não fiquem salientes em relação aos
revestimentos, e nem tampouco os revestimentos salientes em relação aos batentes
e sim faceando.

No caso dos tetos, é necessário que as taliscas sejam assentadas empregando-se


régua e nível de bolha ao invés de fio de prumo.

Ou através do nível referência do piso acabado, acrescentando uma medida que


complete o pé direito do ambiente

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132
Executa-se então as Mestras, faixas estreitas e contínuas de argamassa feitas entre
duas taliscas, que servem de guia para a execução do revestimento.

Através desses elementos, fica delimitada uma região onde será aplicada a
argamassa.

Sobre as mestras, a régua metálica é apoiada para a realização do sarrafeamento.

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133
A aplicação da argamassa sobre a superfície deve ser feita por projeção enérgica do
material sobre a base, de forma manual ou mecânica (argamassa projetada).

É aconselhável que a aplicação da argamassa seja feita de maneira sequencial, em


cada trecho delimitado pelas mestras.

Depois de aplicada a argamassa, deve ser feita uma compressão com a colher de
pedreiro, eliminando os espaços vazios e alisando a superfície.

Após ser aplicada a argamassa e atingido certo tempo, segue a atividade do


sarrafeamento, que consiste no aplainamento da superfície revestida, utilizado uma
régua de alumínio apoiada nos referenciais de espessura, descrevendo um
movimento de vaivém de baixo para cima. Concluída essa etapa, as taliscas devem
ser retiradas e os espaços deixados por elas, preenchidos

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134
Após, o desempeno consiste na movimentação circular de uma ferramenta,
denominada desempenadeira, sobre a superfície do emboço ou da massa única,
imprimindo-se certa pressão. Essa operação pode exigir a aspersão de água sobre a
superfície.

Aí então o camurçamento que consiste na fricção da superfície do revestimento


(massa única ou reboco) com um pedaço de esponja ou com uma desempenadeira
com espuma, através de movimentos circulares.

O camurçamento proporciona uma textura mais lisa e regular para as superfícies,


sendo recomendado no caso do acabamento final especificado do revestimento ser
uma pintura com tintas minerais, com látex acrílico sobre massa acrílica ou com
textura acrílica em uma única demão.

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135
O período de cura do reboco, antes da aplicação de qualquer revestimento, deve ser
igual ou maior a sete dias.

10.4 - DETALHES CONSTRUTIVOS

Os detalhes construtivos devem ser previstos no projeto para contribuir para o


melhor desempenho do revestimento de argamassa.

Existem diversos tipos de detalhes, sendo destacados as juntas de trabalho, os


peitoris, as pingadeiras, as quinas e cantos e o reforço do revestimento com tela
metálica.

10.4.1 – JUNTAS DE TRABALHO


Função é subdividir o revestimento para aliviar tensões provocadas pela
movimentação da base ou do próprio revestimento e podem funcionar como
elemento de composição arquitetônica.

Elas podem ser horizontais ou verticais. No caso das juntas do revestimento de


argamassa, o projeto do revestimento deve levar em conta o seu posicionamento,
largura e material de preenchimento.

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136
O espaçamento entre juntas de trabalho varia com alguns fatores, tais como: as
características de deformabilidade da base; a existência de aberturas; as condições
de exposição.

De uma forma geral, as juntas do revestimento são mais frequentes no revestimento


de fachada. Nesse caso, recomenda-se que as juntas horizontais estejam localizadas
a cada pavimento e as verticais a cada 6 m, para painéis superiores a 24 m².

A localização das juntas deve ser,


preferencialmente, no encontro da
alvenaria com a estrutura, no encontro
de dois tipos de revestimento, nos
peitoris ou topos das janelas ou
acompanhando as juntas de trabalho
do substrato.

O perfil da junta de trabalho do


revestimento de fachada com
acabamento em pintura deve permitir
esconder possíveis fissuras e um
correto escoamento da água,
apresentando um funcionamento
adequado.

Essa junta deve ser executada logo após a conclusão de pano do emboço ou da
massa única, em uma região delimitada, utilizando-se ferramentas adequadas:
régua dupla, com afastamento equivalente à largura da junta, que serve de guia para
a execução, e um frisador, que é o molde do perfil.

No caso do acabamento do revestimento de argamassa ser a cerâmica, recomenda-


se que a profundidade da junta seja equivalente a espessura de todo o revestimento
até chegar a base, a largura compatível com as dimensões do componentes e
preenchidas com material enchimento e selante.

Essa junta pode ser feita antes da aplicação das placas cerâmicas, através do corte
do emboço com ferramentas adequadas.

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137
10.4.2 – PEITORIS

O peitoril é um detalhe que protege a fachada da ação da chuva e que precisa ser
devidamente projetado. No entanto, em função desses elementos não estarem
projetados ou executados devidamente, verifica-se a ocorrência não desejada da
deposição de poeira e de manchas de umidade com cultura de esporos de micro-
organismos nessas regiões.

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138
Recomenda-se que o peitoril avance na lateral para dentro da alvenaria, ressalte do
plano da fachada e apresente um canal na face inferior para o descolamento da
água, que é usualmente denominado pingadeira. O caimento do peitoril deve ser de
7%, no mínimo.

Ainda é recomendado o emprego de um peitoril pré-moldado ou de pedras naturais,


com textura lisa, apresentando baixa permeabilidade à água.

10.4.3 – PINGADEIRAS
As pingadeiras são saliências ou projeções da fachada que podem ser feitas com
argamassa, com pedras ou com componentes cerâmicos e que servem para o
descolamento do fluxo de água sobre a fachada.

10.4.4 – QUINAS E CANTOS

É aconselhável que o acabamento das quinas e cantos seja feito com ferramentas
adequadas, ou seja, desempenadeiras com lâmina dobrada a 90°, que garantem a
pressão necessária no momento do desempeno.

Também podem ser utilizadas cantoneiras metálicas embutidas na alvenaria,


garantindo melhor acabamento e proteção mecânica.

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139
10.4.5 - REFORÇO DO REVESTIMENTO COM TELA METÁLICA

O reforço do revestimento de argamassa com tela metálica galvanizada deve ser


feito nas regiões de elevadas tensões da interface alvenaria-estrutura.

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ATIVIDADE (TAREFA - SEMINÁRIOS)

Temas serão sorteados entre os estudantes. Apresentação no início da aula da


próxima semana.

 Reboco de gesso;
 Por que o reboco trinca?
 Qual o melhor momento para executar o serviço do reboco? Antes e/ou
depois de quais serviços?

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11 – COBERTURA
A cobertura é a parte superior da construção que serve de proteção contra o sol, a
chuva, os ventos, o calor, o frio, poeiras e gases do meio ambiente.

Existem superfícies:

 Planas: como as lajes horizontais e inclinadas


 Telhados: com telhas cerâmicas, de alumínio, de plástico, de fibrocimento,
de zinco, de ardósia
 Curvas, como as abóbadas, as cúpulas, as estruturas em arco e as cascas.

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11.1 – TELHADOS COM TELHA CERÂMICA

11.1.1 – ELEMENTOS CONSTITUINTES

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Tesoura simples
Tesoura com lanternim

Tesoura simples com asnas


Tesoura com lanternim

Tesoura com tirantes e escoras Tesoura sem linha

11.1.2 – MADEIRAMENTO

Um particular importante, e que não deve ser esquecido neste momento, é que a
caixa d’água, sendo colocada entre o forro e o telhado, e sendo ainda uma peça de
grande tamanho, deve ser providenciada antes que o carpinteiro termine o
madeiramento para que ela possa entrar. Mais exatamente, o momento propício
será depois da feitura das tesouras, para que já se possa ter uma ideia do local mais
indicado para a colocação, mas antes de serem pregados os caibros, já que depois
não haveria espaço para sua entrada.

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146
As madeiras mais comuns utilizadas
para a construção são: peroba do
campo, peroba rosa, canela, pinho do
Paraná, jatobá, pinus e eucalipto.

11.1.3 – COLOCAÇÃO DAS TELHAS

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11.1.4 – GEOMETRIA DA COBERTURA

11.2 – LAJES

As lajes são estruturas destinadas a servirem de cobertura, forro ou piso para uma
edificação.

Feitas de concreto armado, elas podem ser pré-moldadas ou concretadas no


próprio local. As lajes concretadas no local, também chamadas de lajes maciças de
concreto armado, devem ser projetadas por um profissional habilitado, que também
orientará e acompanhará a sua execução.

As lajes pré-moldadas são constituídas por vigas ou vigotas de concreto e blocos


conhecidos como lajotas ou tabelas. As lajotas e as vigotas montadas de modo
intercalado formam a laje. O conjunto é unido com uma camada de concreto,
chamada de capa, lançada sobre as peças.

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149
11.3 – TELHADO VERDE

Telhado verde é uma técnica usada em arquitetura cujo objetivo principal é o plantio
de árvores e plantas nas coberturas de residências e edifícios. Através da
impermeabilização e drenagem da cobertura dos edifícios, cria-se condições para a
execução do telhado verde.

Vantagens do telhado verde:

 Criação de novas áreas verdes, principalmente em regiões de alta


urbanização;
 Diminuição da poluição ambiental;
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 Ampliação do conforto acústico no edifício que recebe o telhado verde;
 Melhorias nas condições térmicas internas do edifício;
 Aumento da umidade relativa do ar nas áreas próximas ao telhado verde;
 Melhora o aspecto visual, através do paisagismo, da edificação.

Desvantagens do telhado verde:


 Custo de implantação do sistema e sua devida manutenção;
 Caso o sistema não seja aplicado de forma correta, pode gerar infiltração de
água e umidade dentro do edifício.

A obra exige a instalação de uma estrutura específica na cobertura da casa - se o


telhado for simplesmente uma laje, é preciso impermeabilizá-la; se for feito de telhas
de cerâmica, é preciso retirá-las e colocar placas de compensado que servirão de
base para a cobertura vegetal. Ali serão colocados a terra e o adubo para o
crescimento das plantas.

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11.4 – OUTROS TIPOS

 Fibrocimento
 Polipropileno
 Metálicas
 Termoacústica

11.5 – CALHAS

A funilaria é constituída por peças de folhas de zinco ou cobre que têm a função de
recolher às águas de chuva que caem sobre o telhado, e conduzi-las até o solo.

• Calhas: captam as águas da chuva e conduzem aos ralos.

• Ralos: captam ou sozinhos ou associados às calhas as águas da chuva.

• Condutores verticais: tubulações responsáveis por conduzir a água


recolhida as caixas de areia ou inspeção, podem ser verticais ou
horizontais depende do nível do ralo em relação às caixas de inspeção.

• Caixas de areia e caixas de inspeção: parte para verificar o escoamento


da água e conduzi-las as sarjetas.

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As águas recolhidas pelas peças são recolhidas pelos:

Nos solos, as águas poderão escorrer pela superfície ou por canalizações


subterrâneas em manilhas.

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12 – ESQUADRIAS
Chamam-se esquadrias aos elementos que se empregam na vedação das aberturas
dos edifícios.

As janelas remontam ao ano 4000 a.c., nas casas de Persépolis, as quais


apresentavam umas aberturas semelhantes a janelas. Por volta do ano 100 d.c. os
Romanos introduziram as janelas com vidro, embora esta prática se tenha perdido
com a queda do Império Romano.

No Período Gótico, as janelas ajudavam a criar uma atmosfera diferenciada no


interior das Igrejas por meio dos vitrais, que, muitas vezes, apresentavam desenhos
geométricos ou representavam um santo ou uma passagem do texto bíblico.

No período Barroco, as janelas eram utilizadas de formas decorativas, assumindo


formas redondas, elípticas e de geometria livre.

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155
No início do século XX, surge o movimento ‘Arte Nova’ (Art Nouveau), caracterizado
por formas orgânicas e valorização do trabalho artesanal.

No Período Modernista, as janelas assinalavam um dos 5 pontos característicos do


movimento, as “Janelas em Fita”.

As esquadrias podem ser de:

• Madeira;

• Metálicas (ferro, aço, galvanizada, alumínio); e

• PVC.

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156
São estudadas sob dois ângulos:

- Relativo à atividade do marceneiro/serralheiro - faz a esquadria.

- Relativo à atividade do pedreiro – guarnece o vão.

Para o arquiteto é importante que ele saiba eleger qual o tipo de esquadria mais
adequado em função de cada ambiente

É também importante que ele saiba o que existe em termos de esquadrias prontas
no mercado, suas dimensões padronizadas, seus tipos e seus desempenhos.

A opção por uma esquadria já padronizada e industrializada traz economia, rapidez


e maior segurança quanto a expectativa do objeto final.

Esquadria projetada se encaixa perfeitamente aos objetivos do projeto em relação a


iluminação, ventilação e estética, porém apresenta maior custo.

Em linhas gerais, uma esquadria deve:

• Garantir a iluminação natural, em níveis satisfatórios de acordo com a


construção e vedar essa iluminação quando necessário.

• Proporcionar um contato visual (janelas) e físico (portas) entre os ambientes


tanto internos como externos.
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157
• Permitir ventilação em taxas satisfatória.

• Estanqueidade com relação à água e ao ar quando em quantidades


prejudiciais.

• Isolar acusticamente tanto ruídos externos como internos.

• Contribuir para o conforto térmico.

• Resistir a solicitação de temperatura, umidade, cargas de manuseio,


segurança quanto à tentativa de intrusão.

• Facilidade de manuseio e limpeza.

• Conservação da qualidade ao longo do tempo.

• Localização deve levar em conta a composição das fachadas.

Devemos considerar o tipo de batente a ser utilizado pois a sua medida deverá ser
acrescida ao vão livre da esquadria:

Esquadrias de madeira

• porta = acrescentar 10 cm na largura e 5cm na altura, devido aos batentes.

• janela = acrescentar 10cm na largura e 10cm na altura.

Esquadrias Metálicas e PVC

• como o batente é a própria esquadria, os acréscimos serão de 3cm tanto na


largura como na altura.

Sobre o vão das portas e sobre e sob o vão das janelas devem ser construídas Vergas.

Quando trabalha sobre o vão, a sua função é evitar as cargas nas esquadrias.

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158
Quando trabalha sob o vão, tem a finalidade de distribuir as cargas concentradas
uniformemente pela alvenaria inferior.

Caso contrário, a alvenaria ficara sujeita à carga concentrada nas laterais do vão e
sem carga no centro. Essa diferença fará com que surjam trincas na alvenaria.

Basicamente são confeccionadas em:

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159
Na fase de projeto deve-se observar:

O sentido de abertura e localização das portas em relação à funcionalidade do


ambiente.
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O material e o tipo em função da exposição às intempéries.

O material e o tipo em função da necessidade de segurança.

Componentes básicos

• Batente

Peça fixada na alvenaria, onde será


colocada a folha por meio de
dobradiças.

Pode ser de madeira ou chapa


dobrada de aço.

• Folha

Parte móvel que veda o vão deixado


pelo batente.

• Guarnição

Acabamento colocado entre o batente


e a alvenaria para esconder as falhas
existentes entre o batente e a
alvenaria.

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Batente de Madeira

A menor distância entre dois batentes verticais é o Vão Livre ou Vão Luz.

As folhas das portas são, portanto, sempre 2cm maiores que o vão livre e se
encaixam nos batentes.

Marco: quando reveste a parede de ½ tijolo.

Caixão ou Caixotão: quando reveste a parede de 1 tijolo.

O Batente de Madeira é assentado após a execução da alvenaria e da verga.

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Aprumar os montantes.

Depois de aprumado e nivelado coloca-se as cunhas de madeira para o travamento


dos batentes e posterior fixação.

A fixação pode ser feita por grapas, pregos, parafusos em tacos de madeira ou
espuma de poliuretano.

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Guarnição (Alisar)

Serve para cobrir a fresta que existe entre o batente (ou contra-batente) e a
alvenaria.

Possui largura variável:

- Padronizados comercialmente – 5,0, 7,0 e 9,0cm.

- Especificada pelo arquiteto

Largura varia entre 1,0-1,5cm.

Pregada com pregos sem cabeça 12x12cm.

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Batente Metálico

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Porta de PVC ou Alumínio

Marco

Depois de colocado no vão, o marco deve ser travado com o auxílio de cunhas de
madeira e escorado, para evitar a deformação.

- Argamassa de fixação traço 3:1.

- Apenas as grapas devem ser chumbadas inicialmente para evitar que o peso
deforme o perfil do marco.

- Antes de chumbar verifique se não houve flambagem ou deformação da peça,


o que pode comprometer a instalação das folhas.

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Parafuso + Bucha

- O vão deverá ser previamente limpo com o auxílio de uma espátula, retirando
os ressaltos de argamassa e outros tipos de resíduos que possam desnivelar
a base.

- Após isso, a esquadria deverá ser colocada no vão totalmente apoiada na base
e com as folgas laterais distribuídas uniformemente.

- A esquadria deverá ser travada no vão com cunhas de madeira

- Uma vez travada, marcar os furos existentes no marco na alvenaria,


sinalizando a posição das buchas de fixação.

- Retirar a esquadria do vão e furar a alvenaria nos pontos marcados utilizando


uma broca de 8mm.

- Remover o pó da furação com auxílio de pincel ou pano, pois ele pode reduzir
a aderência do silicone.

- Colocar as buchas nos devidos furos.

- Encaixar a esquadria no vão e apertar os parafusos até que o marco da


esquadria comece a ser repuxado.

- As laterais devem ficar aprumadas e a parte superior no nível, sem altos e


baixos.

- Vedar com silicone e colocar os arremates.

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ATIVIDADE (TAREFA)
Cada aluno deverá localizar 1 edificação com esquadrias de cada período na sua
cidade e enviar:

- Foto da Esquadria;

- Foto do tipo Selfie no local;

- Descrição do local e de como identificou o tipo de esquadria com o período.

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13 – LISTA DE EXERCÍCIOS: VEDAÇÕES, REBOCO,
COBERTURA E ESQUADRIAS

01) A alvenaria pode ser definida como componente complexo, conformado em obra, constituído
por tijolos ou blocos unidos por si por juntas de argamassa formando um conjunto rígido e coeso.
Explique a diferença entre “alvenaria de vedação” e “alvenaria estrutural”.

02) Cite no mínimo 1 vantagens e 1 desvantagens para cada tipo de alvenaria.


Tipo de Alvenaria Vantagem Desvantagem
Cerâmica de 8 furos
Bloco estrutural
Painel leve
Painel pré-fabricado
Vidro
Maciça de concreto
Bloco de solo-cimento

03) Qual a diferença entre parede de ½ vez e parede de 1 vez?

04) Quais a principais características da Alvenaria Estrutural? Vantagens e Desvantagens?

05) Coloque as etapas de serviço na ordem correta e escreva ferramentas necessárias.


Ordem Etapa Ferramenta
Realizar a marcação
Aprumar o escantilhão
Assentar blocos da 1ª fiada
Estudar o projeto
Molhar a superfície do pavimento
Aplicar a argamassa de assentamento
Providenciar matérias e equipamentos
Instalar escantilhões
Nivelar a 1ª fiada
Assentamento das demais fiadas

06) Explique a função do “esquadro” e do “escantilhão” na execução das vedações verticais.

07) As ligações da alvenaria com as vigas ou lajes pode ser realizada de várias maneiras, como
por exemplo: rígida (encunhamento com tijolos inclinados) ou resilientes (espumas). Qual a
importância dessas ligações?

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08) Uma das funções do chapisco é auxiliar na melhor aderência do reboco. Qual a importância
da aderência do reboco?

09) Qual a espessura recomendada para o reboco (camada única ou emboço + reboco)? Quais os
problemas que podem ocorrer se o reboco for muito espesso?

10) Qual o volume (m3) de areia usada em uma argamassa mista de cimento, cal e areia no traço
em peso de 1:2:6, relativo a um saco de cimento de 50kg e materiais secos.

Dados:

δ cimento=1200 kg/m3 γ cimento=3000 kg/m3 δ areia= 2000 kg/m3 γ areia= 1500 kg/m3

11) A tabela abaixo apresenta a ficha de composição de custos unitários do serviço de reboco, de
2 cm de espessura, com preparo mecânico de argamassa.
Supondo que essa tabela seja adotada para definir o preço de execução de 2.500 m² de
reboco em uma reforma predial cujo percentual de benefícios e despesas indiretas (BDI) é de 23%,
qual o valor a ser cobrado?
(obs: obrigatório apresentar memorial de cálculo)

INSUMO COEFICIENTE UNIDADE CUSTO DO INSUMO


(R$)
Argamassa (preparo 0,02 m3 350,00
mecânico)
Pedreiro 0,50 H 10,00
Servente 1,00 H 5,00
CUSTO (R$) / M2
Quantidade 2.500
SUBTOTAL
BDI (R$) / M2
BDI
VALOR TOTAL (R$) / M2
VALOR TOTAL

12) A alvenaria pode ser definida como componente complexo, conformado em obra, constituído
por tijolos ou blocos unidos por si por juntas de argamassa formando um conjunto rígido e coeso.
Referente a suas propriedades, marque “C” para as alternativas corretas e “I” para alternativas
incorretas. (0,5ponto)
( ) Apresenta bom desempenho térmico, porém não possui desempenho acústico.
( ) Estanqueidade à água e Controle da passagem de ar;
( ) Alta produtividade na execução;
( ) Controle de iluminação (natural e artificial) e de raios visuais (privacidade);
( ) Durabilidade;
( ) Custos iniciais e de manutenção são altos porém na execução possui pouco desperdício;
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( ) Atende a padrões estéticos (de conforto visual);
( ) Facilidade de limpeza e higienização.

13) O que são as vedações verticais do tipo “painéis leves”? Cite no mínimo 2 exemplos.

14) Você é o coordenador técnico de uma grande obra que possuí várias equipes de alvenaria.
Elabore uma Instrução Padrão de Treinamento aos Pedreiros e ajudantes explicando
detalhadamente sobre TODAS as etapas da execução da alvenaria de ½ vez em bloco cerâmico de 8
furos e do reboco.
Atenção todas as equipes devem realizar o serviço exatamente da mesma maneira, então quanto
mais detalhado o treinamento melhor será a padronização do serviço.

15) Considerando 50 metros quadrado(s) de alvenaria, calcule o que se pede abaixo.


a) Quantidade de tijolos e o volume de argamassa utilizado para execução da alvenaria de meia
vez executada com tijolo cerâmico de 8 furos de 9cmx19cmx19cm, espessura da argamassa
de assentamento horizontal e vertical é de 1 cm.
b) Quantidade de argamassa para rebocar as paredes (ambos os lados) com espessura de 2 cm.

16) Quais as exigências funcionais quanto a segurança, habitabilidade, durabilidade e economia


da cobertura?

17) Explique as principais diferenças entre as coberturas com telhado e as lajes de concreto
impermeabilizadas.

18) Qual é a quantidade de telhas necessárias para cobrir um telhado de duas águas, com
dimensões de 16 m × 20 m e inclinação de 75%, onde são necessárias 15 telhas para cobrir 1 m2 de
telhado.

19) Relacione corretamente o nome dos elementos constituintes do telhado.

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B C

A
D

J G E
F

I H

( ) Água ( ) Cumeeira ( ) Terças

( ) Água furtada ( ) Empeno ou oitão ( ) Tesoura

( ) Beiral ( ) Espigão ( ) Testeira

( ) Caibros ( ) Ripas

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14 – INSTALAÇÕES
14.1 – INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

14.1.1 – ENTRADA DE LUZ E FORÇA

São necessários dois quadros:

 Relógio medidor com a chave


geral
 Distribuição onde a entrada
geral será subdividida em
diversos circuitos.

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Um padrão de energia é composto por caixa de medidor, eletrodutos, fios, disjuntor,
etc... É por meio do padrão que a energia elétrica chega até a edificação.

É muito importante que o padrão seja construído de acordo com as Normas exigidas
e dimensionado em conformidade com a carga de energia que será utilizada.

>>>CONSULTE SEMPRE AS REGRAS DA CONCESSIONÁRIA LOCAL<<<

Após a conclusão da instalação, entre em contato com a concessionária para que ela
possa inspecionar se o padrão está de acordo com as regras vigentes e realizar a
ligação de energia elétrica na sua Unidade Consumidora.

14.1.2 - CONDIÇÕES PARA O INÍCIO


 Os projetos devem estar disponíveis;
 Os equipamentos e /ou ferramentas de produção devem estar em condições
adequadas de uso;
 Quando se tratar de instalações elétricas embutidas nas lajes, a montagem da
forma da laje deve estar concluída;
 Em se tratando de instalações elétricas embutidas na alvenaria a marcação
deve estar concluída.

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14.1.3 - INSTALAÇÕES EMBUTIDAS:
Concreto/Laje:

 Fixação das caixas de passagem de acordo com o projeto elétrico;

 Distribuição das tubulações de acordo com o projeto;

 Travamento das tubulações;

 Prever aberturas na laje para a descida do quadro elétrico e para prumadas


das tubulações;

 Prevenir o entupimento das caixas de passagem com serragem ou papel.

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14.1.4 - FIAÇÃO

Após as tubulações estarem prontas inicia-se a passagem das fiações; não é muito
recomendável deixar essa etapa para o final porque caso ocorra o entupimento de
alguma tubulação é possível recuperá-lo.

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14.1.5 - TERMINAÇÃO

Nessa fase é feita a colocação de tomadas, interruptores com os respectivos


espelhos, lustres etc... Deverá ser feito depois da pintura das paredes para evitar
que suje os interruptores.

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14.1.6 – INSTALAÇÃO APARENTE

Muitas vezes os eletrodutos e as caixas de derivação da instalação elétrica são


colocados de forma aparente, ou seja, não embutidos no concreto e ou alvenaria.
Eletrodutos rígidos são utilizados nestes casos, fixados com o uso de buchas,
parafusos e abraçadeiras.

14.1.7 – INSTALAÇÃO ENTERRADA


Ficam enterradas dentro de valetas abertas no solo. Cuidados quanto à instalação
enterrada:

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179
 as emendas de tubulações (eletrodutos) devem ser bem feitas e vedadas para
não ocorrer à entrada de água;
 o nivelamento deve ser num só sentido;
 as caixas de derivação devem ser executadas de tal modo que não permita
entrada de água;
 aconselhável que a tubulação seja revestida com uma camada de areia, e
depois com a terra;
 compactação criteriosa para não esmagar a tubulação.

ATIVIDADE (TAREFA - SEMINÁRIOS)


Temas serão sorteados entre os estudantes. Apresentação no início da aula da
próxima semana.

 Leitura de relógio medidor de energia e sistema de cobrança


 Instalação e manutenção de para-raios
 Principais cores utilizadas na fiação
 Patologias em instalações elétricas e o risco de acidentes (passar fio com
auxílio de detergente, uso de adaptadores, falha no dimensionamento, entre
outros)
 Avanços tecnológicos / automação residencial
 Geração de energia por hidroelétricas e termoelétricas
 Geração de energia por métodos renováveis

14.2 – INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS

14.2.1 - ENTRADA DE ÁGUA DA REDE


Quando a água é obtida da rede, a entrada no lote é feita obrigatoriamente pelo
cavalete.

Do cavalete a água é levada para o depósito (reservatório principal) que abastece


toda a residência.

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180
Para instalações mais simples, a alimentação dos aparelhos nas edículas (banheiro
e tanque) poderá ser direta da rua (quando na cidade não tem problema de falta de
água).

>>>CONSULTE SEMPRE AS REGRAS DA CONCESSIONÁRIA LOCAL<<<

14.2.2 – SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA


Ramal predial: canalização que coleta água da rua e alimenta o reservatório.

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181
Reservatório: local de armazenamento da água coletada da rede pública que
alimenta o colar ou barrilete.

DISTRIBUIÇÃO DO DEPÓSITO PARA OS APARELHOS: Após o abastecimento dos


reservatórios faz-se a distribuição da água para os aparelhos (torneiras, pias, vaso,
chuveiro, etc.). Existem dois tipos de distribuição:

Mas, na realidade, utiliza-se um sistema misto.

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182
Os depósitos devem ter dois dispositivos de emergência: ladrão e saída de limpeza.

Os tubos e conexões para as redes de distribuição de água fria e água quente em


instalações prediais são de:

Os tubos e conexões podem ser do tipo soldável ou roscável.

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183
Sub-ramal: ligação entre o ramal e a peça de utilização.

Os encanadores comparecem à obra quando a alvenaria estiver pronta para o


embutimento dos canos e registros.

Após a inspeção a tubulação é revestida. A segunda fase de trabalho será quase no


final da obra, depois de pronto os pisos, para a colocação dos aparelhos.

Deverá ser feito e terminado logo que as paredes forem levantadas, e antes da
preparação dos pisos, restando para o final das obras apenas a ligação dos
aparelhos.

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184
Quando a rua não possui rede de esgotos, devemos recorrer a fossa negra (poço
negro) para lançamento das águas servidas.

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185
14.2.3 – SISTEMA DE ESCOAMENTO DE ESGOTO
O Sistema de escoamento de esgoto é composto por componentes, como os vasos
sanitários e chuveiros, tubulação plástica ou metálica para condução do esgoto.
Caixas de inspeção e sifonadas de alvenaria ou concreto assim como os poços de
esgoto.

A rede de esgoto se destina ao recolhimento das águas servidas. Os fatores que


influenciam numa rede bem planejada e executada são:

 Bitola suficiente para a vazão de cada ramal


 Declividade adequada para um bom escoamento
 Abundância de caixas de inspeção
 Base sólida para apoio das manilhas ou tubos
 Boa conexão entre manilhas ou tubos
 Colocação de caixas de gorduras na cozinha
 Usar adequadamente a rede

>>>CONSULTE SEMPRE AS REGRAS DA CONCESSIONÁRIA LOCAL<<<

Quando a rua não possui rede de esgotos, devemos recorrer a fossa negra (poço
negro) para lançamento das águas servidas.

Importante realizar o Tratamento Preliminar, através da Caixa de Gordura, que tem


a função de:
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186
 Evitar obstrução nos coletores;
 Evitar aderência e perturbações no funcionamento de equipamentos;
 Evitar a formação de odores e aspectos desagradáveis nas unidades
posteriores.

ATIVIDADE (TAREFA - SEMINÁRIOS)

Temas serão sorteados entre os estudantes. Apresentação no início da aula da


próxima semana.

 Ciclo Natural da água e a Legislação brasileira sobre o uso da água


 Funcionamento de um Sistema de Tratamento de Esgoto;
 Funcionamento de um Sistema de Tratamento da Água;
 Patologias em instalações sanitárias ocasionados por falhas de execução (erro
de declividade, altura e declive do assentamento de pisos, entupimento de
tubo, esmagamento por amarração com arame, entre outras);
 Patologias em instalações sanitárias ocasionados por utilizar peças
inadequadas (problema com o uso dos materiais): falhas de soldagem ou
rosco, aquecimento de tubo para dobrar, entre outras.
 Uso da água do dreno de aparelhos de ar condicionado e pluvial (captado no
telhado/calha) (opção de interligar na rede de água pluvial ou usos
alternativos);
 Leitura de hidrômetro e sistema de cobrança;
 Regras/legislação para o uso de poços artesianos para captação de água em
edificações urbanas;

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187
14.3 – OUTROS TIPOS DE INSTALAÇÕES

 Ar-condicionado;
 Prevenção e Combate a Incêndios;
 Gás;
 Rede de Lógica - Dados – TI.

ATIVIDADE (TAREFA - SEMINÁRIOS)


Temas serão sorteados entre os estudantes. Apresentação no início da aula da
próxima semana.

 Instalação de sistemas de ar condicionado central utilizado em grandes


empreendimentos
 Possibilidades para a utilização da água do dreno de aparelhos de ar
condicionado
 Em quais situações é necessário um Projeto de Prevenção e Combate a
Incêndios?
 Funcionamento da distribuição de gás em edifícios verticais de múltiplos
pavimentos.

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188
15 – LISTA DE EXERCÍCIOS: INSTALAÇÕES
01) Explique a função nas instalações elétricas para os materiais abaixo.

• Conectores: • Disjuntor:

• Eletrocalha: • Eletroduto:

02) Qual a diferença entre cabos rígidos e flexíveis?

03) Assinale ( V ) para as alternativas Verdadeiras e ( F ) para as Falsas.

( ) Os projetos devem estar disponíveis para o início dos serviços;

( ) Instalações elétricas embutidas só podem ser realizadas após os 28 dias da cura do concreto;

( ) Lajes e alvenarias são cortadas para passagem dos eletrodutos;

( ) No serviço de instalações elétricas a argamassa não é utilizada, pois é um material de uso


exclusivo do pedreiro;

( ) Não é muito recomendável deixar a etapa de passagem da fiação para o final (após revestimentos
e pintura), porque caso ocorra o entupimento de alguma tubulação é possível recuperá-lo.

( ) Para auxiliar na passagem da fiação, pode-se utilizar vaselina.

( ) Para auxiliar na passagem da fiação, pode-se utilizar margarina, óleo de soja ou detergente
líquido.

( ) A instalação dos espelhos, tomadas,, interruptores e lustres é recomendada para após o serviço
da pintura.

( ) Instalações aparentes consistem em eletrodutos, eletrocalhas e caixas de derivação instaladas de


maneira visível;

( ) Instalações enterradas são idênticas as instalações embutidas.

04) Cite um exemplo de avanço tecnológico nas instalações elétricas e fale sobre a sua
importância.

05) Sabendo que a água não pode ser propriedade privada, pois é um bem de todos, explique
como é feita a regulamentação desse bem natural.

06) Explique sobre o processo de uso da água para uso humano (captação, tratamento,
distribuição).

07) Quais as diferenças, vantagens e desvantagens na distribuição de água do reservatório por


sangramento, pendentes e mista?
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08) Qual a importância de abundância na quantidade de caixas de inspeção nas instalações de
esgoto?

09) Assinale ( C ) para as alternativas Corretas e ( I ) para as Incorretas, sobre as instalações


hidrossanitárias.

( ) O projeto de instalação hidráulica é aquele no qual estão indicadas todos os pontos de distribuição
de águas (fria e quente), rede de esgotos, alimentação de águas pluviais;

( ) O projeto de instalações hidráulicas com pontos de distribuição de água quente deve ser
integrado ao projeto de instalações elétricas;

( ) Os reservatórios devem ter dois dispositivos de emergência: ladrão e saída de limpeza.

( ) As principais vantagens de tubos e conexões em pvc são a facilidade de instalação, alta resistência
à pressão, leveza, durabilidade e baixo custo;

( ) Nas instalações de esgoto a declividade na instalação da tubulação não é importante.

10) Considere os dados abaixo para a execução da instalação de um Tê de redução de PVC


soldável marrom, diâmetro 110 mm × 75 mm, para água fria. Qual o valor unitário em Reais para a
execução do Tê de redução. (obs: obrigatório apresentar memorial de cálculo)
Dados:
 Tê de redução em PVC soldável marrom, para água fria, diâmetro 110 mm×75 mm.
 Mão de obra: encanador e ajudante.
 Consumos de adesivo para PVC e de solução limpadora por unidade de serviço: 0,075
litro/peça e 0,120 litro/peça, respectivamente (já inclusas as perdas de materiais).
 Produtividade da mão de obra em hora/peça: encanador, 0,5; ajudante, 0,5.
 Taxa de BDI = 20%.
 Leis Sociais e Trabalhistas = 100%.
 Preços unitários dos insumos: encanador = R$ 20,00/hora; ajudante= R$10,00/hora; Tê
de redução de PVC soldável marrom, diâmetro 110 mm×75 mm = R$100,00; solução
limpadora = R$ 30,00/litro; adesivo para PVC = R$20,00/litro.
 Unidade: peça.

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16 – IMPERMEABILIZAÇÃO

Por que impermeabilizar?

• Mais saúde para os habitantes

• Redução de custos

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• Mais segurança à edificação

• Preservar a estética

• Atender à normatização recém implantada

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192
O concreto e as argamassas utilizadas nos revestimentos possuem poros, trincas e
pequenas fissuras, na maioria das vezes imperceptíveis, mas que, com a presença
da água acabam dando origem a pontos de umidade ou até mesmo vazamentos.

A Impermeabilização previne a ocorrência de tais problemas evitando o contato da


água com a construção.

A impermeabilização é executada em áreas molhadas (banheiros, cozinhas, áreas de


serviço), laje de cobertura, caixas d’água de concreto armado, poços de elevadores,
terraços e floreiras.

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193
A impermeabilização é de fundamental importância na durabilidade das
construções, pois os agentes trazidos pela água e os poluentes existentes no ar
causam danos irreversíveis a estrutura e prejuízos financeiros difíceis de serem
contornados. A impermeabilização é fator importantíssimo para a segurança da
edificação e para a integridade física do usuário.

Todo o serviço de impermeabilização deverá preceder-se da preparação da base:

• A área de impermeabilização deverá estar isenta de qualquer tipo de sujeira


(pó, restos de madeiras, pontas de ferro, tijolos, óleos ou graxas);

• A limpeza da área deverá ser feita com água em abundância;

• Todas as tubulações ou peças embutidas deverão já estar fixadas em seus


lugares;

• Eventuais ninhos ou cavidades deverão ser cuidadosamente preenchidas,


com argamassa de cimento e areia, no traço 1:3

Para preparação da base, deverão ser adotados alguns cuidados básicos, descritos
a seguir:

• Aplicação de uma camada de argamassa de regularização, obedecendo os


caimentos necessários;

• Os ralos deverão ser chumbados;

• O preparo da argamassa de regularização, se possível deverá ser feito em


betoneira, com traço de 1:3;

• A textura do acabamento da superfície deverá ser rústica, obtida com


desempenadeira de madeira;

• Após a aplicação da argamassa deverá se esperar no mínimo 48 horas, para o


início dos serviços de impermeabilização;

• A camada de regularização deverá ter no mínimo 2 cm de espessura, devendo


nos cantos e arestas (verticais e horizontais) serem arredondadas em meia
cana;

• As superfícies horizontais deverão ter caimento mínimo de 1 %, em direção


aos pontos de escoamento da água;
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194
16.1 – IMPERMEABILIZAÇÃO RÍGIDA

Consiste na adição de produto impermeabilizante à argamassa de cimento e areia;

A argamassa poderá ser a utilizada para revestimentos de subsolos, alicerces, caixas


d’água e revestimentos de paredes em geral;

Para se obter um funcionamento não podemos aplicar em superfícies que


apresentarem trincas ou fissuras;

A superfície deverá estar limpa e áspera para melhor aderência;

Deve-se aplicar duas a três demãos de argamassa, intercalada com uma camada de
chapisco entre elas;

A espessura final do revestimento variará entre 2 e 3 cm.

16.2 – CRISTALIZAÇÃO

É executada com a utilização de cimento cristalizante, que são cimentos dotados de


aditivos químicos minerais, de pega rápida e ultrarrápida, resistente a sulfatos, que
penetram por porosidade nos capilares da estrutura, cristalizando-se em presença
de água ou umidade;

Após a execução do preparo da base a ser impermeabilizada, deve-se encharcar com


água;

Aplica-se uma demão do impermeabilizante;

Após um intervalo de 30 minutos, aplicar mais duas demãos, em sentido cruzado ao


da demão anterior;

Em caso de se detectar um ponto de vazamento, poderá ser executado o


tamponamento com cimento cristalizante de endurecimento rápido, aplicando-se
puro sobre o furo;

Esse processo de impermeabilização poderá ser utilizado em piscinas, poços de


elevadores e áreas molhadas.

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195
16.3 – MANTA ASFÁLTICA

Primeiramente faz-se a limpeza da superfície;

Aplica-se uma demão de primer (pintura de ligação), com pincel ou rolo, aguardando
aproximadamente 4 horas para a secagem completa;

Em seguida faz-se a aplicação com manta asfáltica, que deverá ser aquecida com
maçarico junto à superfície, à medida que for sendo desenrolada, procedendo-se a
colagem dela com o auxílio de espátula;

Após a colocação da primeira manta as demais serão colocadas com uma


sobreposição de 10 cm nas bordas para que haja uma perfeita continuidade em toda
a superfície impermeabilizada;

Deverão eliminar todas as bolhas de ar que se formem entre a manta e a superfície;

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196
A seguir cobre-se essa manta com uma camada de proteção feita com argamassa de
cimento e areia (traço 1:4) e espessura de 1 cm, no caso de áreas molhadas;

Quando for impermeabilizar lajes de subsolos, coberturas, terraços e piscinas


recomenda-se utilizar uma manta asfáltica reforçada com asfalto oxidado;

Depois de pronto faz-se o teste de eficiência com uma lâmina de água com duração
de 72 horas.

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17 – REVESTIMENTOS

Quais as vantagens no uso de Revestimentos Cerâmicos?

• Versatilidade: apresentam inúmeros padrões, texturas, formatos e cores,

• Alta durabilidade e menor incidência de problemas como descascamento,


manchas ou desgaste

• São mais resistentes que qualquer tipo de pintura.

• Baixo custo de manutenção

• Resistentes ao fogo

• Antialérgicos

• Estabilidade de cores;

• Facilidade de limpeza;

• Alta resistência mecânica;

• Resistência ao desgaste por abrasão;

• Isolamento térmico;
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198
Quais os fatores considerados na escolha do tipo de Revestimento?

Fator estético desejado - necessário que o revestimento agrade ao usuário, seja


bonito e combine com estilo do edifício. O mercado oferece uma imensa variedade
de produtos, rústicos, porcelanatos, azulejos finos, pintados à mão entre outros

Fator custo - o preço do produto deve ser condizente com o orçamento e limitação
do consumidor. Há uma grande variedade de produtos e preços, para todos os tipos
de usuário

Desempenho técnico - Estabelecido de acordo com o local onde se deseja revestir.


O desempenho tecnológico do revestimento cerâmico envolve o conhecimento das
características da placa cerâmica (propriedades).

Observações: De acordo com a placa cerâmica escolhida deve-se atentar para que
não haja enganos nos materiais e métodos de instalação, que envolve as
propriedades da argamassa e do rejunte; no preparo da superfície; e nos
procedimentos de instalação, que envolve a qualidade da mão-de-obra.

17.1 – PAGINAÇÃO

Muitas combinações de paginações podem ser criadas misturando peças de formato


igual ou diferentes. Cada profissional pode personalizar a paginação do piso ou
revestimento, misturando tipos diferentes de arrumação e inserindo peças especiais
oferecidas pelos fabricantes. Em casos de azulejos decorados, planejar com
antecedência a distribuição das peças decoradas.

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199
17.2 – APLICAÇÃO

17.2.1 – INÍCIO, CONTRAPISO E NIVELAMENTO

Deve-se iniciar o assentamento pelo encontro das paredes mais visíveis do local,
escondendo os possíveis recortes para outras paredes. Esses possíveis recortes são
as sobras de cerâmica em função do tamanho da parede. As primeiras peças
assentadas são chamadas de "peças mestras", que podem variar conforme o
esquema de colocação das peças.

Veja alguns:

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200
Todas as vezes que vamos aplicar qualquer tipo de piso, não podemos fazê-lo
diretamente sobre o solo ou sobre as lajes.

Devemos executar uma camada de preparação em concreto magro, que chamamos


de contrapiso, base ou lastro, ou uma argamassa de regularização, respectivamente.

Os lastros mais comuns são executados com concreto não estrutural no traço 1:4:8,
1:3:5 ou 1:3:6.

Para aplicarmos o concreto devemos preparar o terreno, nivelando e apiloando.

Quando se tem um aterro e este for maior que 1,0m, devemos executá-lo com
cuidados especiais, em camadas de 20cm apiloadas.

Quando não se puder confiar num aterro recente, convém armar o concreto e
nesses casos o concreto deve ser mais resistente, podendo usar o traço 1:2,5:4.

A espessura mínima do contrapiso deverá ser de 5cm; podendo atingir até 8cm. Em
residências, nos locais de passagem de veículos o lastro deverá ser no mínimo 7,0cm,
podendo chegar até a 10,0cm

Para termos uma superfície acabada de concreto plana e nivelada devemos


proceder da seguinte forma:

1 - Determinamos o nível do piso acabado em vários pontos do ambiente, que se faz


utilizando o nível de mangueira.

2 - Descontar a espessura do piso e da argamassa de assentamento ou


regularização.

3 - Colocar tacos cujo nivelamento é obtido com o auxílio de linha.

4 - Entre os tacos fazemos as guias em concreto.

5 - Entre duas guias consecutivas será preenchido com concreto e passando a régua,
apoiadas nas guias se retira o excesso de concreto

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Nivelamento com Mangueira de Nível

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202
Devemos ter cuidado quanto à umidade no contrapiso, pois prejudica todo e
qualquer tipo de piso, seja ele natural, cerâmico ou sintético.

Caso haja umidade, deverá ser feito um tratamento impermeável para que o piso
não sofra danos na fixação (desprendimento do piso), no acabamento
(aparecimento de manchas) e na estrutura do piso (empenamento, etc...).

Esse tratamento consiste em colocar aditivo impermeabilizante no concreto do


contrapiso ou na argamassa de assentamento ou ainda a colocação de lona plástica
sob o contrapiso.

Nos pavimentos superiores (sobre as lajes) devemos realizar uma argamassa de


regularização, que em certos casos poderá ser a própria argamassa de
assentamento.

Utilizamos a argamassa de regularização quando a espessura da argamassa de


assentamento exceder a 3,0cm.
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203
E utilizamos argamassa de assentamento para regularizar, quando a espessura da
argamassa de assentamento não exceder a 3,0cm, pois o piso é assentado com a
argamassa ainda fresca e a mesma perde volume comprometendo a planicidade do
piso.

Para cada tipo de piso existe um tipo mais indicado de traço de argamassa de
regularização.

- Antes de iniciar a aplicação, ler atentamente as instruções da embalagem;

- Verificar se e a quantidade adquirida é suficiente (considerar sobra de 5 a 10% para


os arremates e eventuais reposições);

-Respeitar as juntas mínimas indicadas na embalagem;

-Nivelamento e perfeita secagem do contra-piso;

-Somente inicie o assentamento após a cura da base (cerca de 14 dias) prumo,


paralelismo e esquadrejamento das paredes;

-Após a aplicação, proteger o piso quanto a riscos e outros danos.

A aplicação do piso brilhante deve ser feita no final da obra, ou então o piso deve ser
cuidadosamente protegido;

Nos pisos com características mais rústicas ou que imitam pedras, recomenda-se
abrir 4 ou 5 caixas em paralelo e ir aplicando-as alternadamente de modo a formar
um painel balanceado, no que diz respeito às nuances de tonalidade.

17.2.2 – ARGAMASSA

As argamassas colantes são um tipo de "cola" utilizada para assentar cerâmica. A


maioria dessas argamassas são a base de cimento portland contendo retentor de
água (as peças cerâmicas não precisam ser previamente molhadas) e

Tecnologia das Construções para o Ensino Médio – Prof. Marcos Valin Jr (2023)
204
superplastificantes, aditivadas ou não com látex (para melhorar a adesividade e
trabalhabilidade).

A escolha da argamassa colante depende principalmente do local de aplicação, da


absorção de água da placa.

Para uso em Porcelanato utilizar argamassa específica para Porcelanato.

No Brasil a NBR 14081 classifica as argamassas nos seguintes tipos:

• AC-l (INTERIOR): Para revestimentos internos, com exceção daqueles aplicados


em saunas, churrasqueiras, estufas e outros revestimentos especiais.

• AC-II (EXTERIOR): Resistentes à ação da chuva e/ou vento, à ação de cargas


como as decorrentes do movimento de pedestres em áreas públicas e de
máquinas ou equipamentos leves sobre rodízios não metálicos.

• AC- III (ALTA RESISTÊNCIA): É especialmente indicada para uso em fachadas que
durante o assentamento não estejam submetidas à insolação direta, em
saunas, em piscinas e em ambientes similares.

• AC-III-E (ESPECIAL): Especialmente indicada para fachadas que durante o


assentamento estejam submetidas à insolação direta.

Neste método, a argamassa colante pré-dosada é aplicada sobre a base, com uso de
uma desempenadeira denteada de aço. A argamassa é espalhada com o lado liso, e
logo depois, com o lado denteado, formando os cordões onde serão aplicadas as
placas cerâmicas.

Tecnologia das Construções para o Ensino Médio – Prof. Marcos Valin Jr (2023)
205
17.2.3 – JUNTAS DE ASSENTAMENTO

As placas de um revestimento cerâmico devem ser assentadas com espaçamentos


ou juntas entre elas, dimensionadas conforme o tamanho das peças a serem
aplicadas, para que possam:

 compensar a variação de bitola das placas cerâmicas, facilitando o


alinhamento;
 oferecer relativo poder de acomodação às movimentações da base e das
placas cerâmicas, suportando tensões oriundas da dilatação térmica e
expansão por umidade, sem transmiti-las para as peças vizinhas
 facilitar o perfeito preenchimento, garantindo a completa vedação da junta;
 facilitar a troca das placas cerâmicas.

O dimensionamento das juntas está intimamente ligado à dimensão da peça e ao


tipo de movimentação ao qual o sistema está sujeito.

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A Argamassa de Rejuntamento deve ser selecionada de acordo com as seguintes
propriedades:

• Estabilidade da cor: em ambientes externos (ou mesmo internos) os


rejuntes devem manter sua coloração inalterada diante da ação de
agentes agressivos (sol, chuva, vapor);

• Limpabilidade: principalmente em locais úmidos, pavimentos públicos


e fachadas, o rejunte deve apresentar facilidade de limpeza e
resistência ao encardido;

• Permeabilidade à água: os rejuntes à base de cimento + aditivos têm


baixa permeabilidade; os à base de látex ou de epóxi têm baixíssima
permeabilidade;

• Flexibilidade: levando em conta o módulo de deformação dos panos


cerâmicos;

• Resistência ao mofo e ao fungo: para uso em ambientes muito úmidos


e/ou externos;

• Resistência aos ácidos: apenas para casos específicos, esses rejuntes


não devem ser danificados por ambientes agressivos (laticínios,
frigoríficos e similares).

Tecnologia das Construções para o Ensino Médio – Prof. Marcos Valin Jr (2023)
207
As juntas devem estar limpas, sem resíduos ou poeiras e devem ser levemente
umedecidas com uma broxa;

O material deve ser aplicado em excesso com o auxílio de uma desempenadeira ou


espátula de borracha ou rodo, diagonalmente às juntas, preenchendo-as
completamente; O rejunte deve secar por cerca 15 a 30 minutos;

Realizar o frisamento do rejunte utilizando um pedaço de mangueira, adequado à


largura das juntas ou frisadores disponíveis no mercado;

O excesso deste material deve ser removido com uma vassoura macia;

Limpar as placas com uma esponja de borracha macia, limpa e úmida e finalizar com
um pano ou estopa limpa e seca.

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208
17.2.4 – JUNTAS DE DILATAÇÃO

Finalidade de aliviar tensões criadas por movimentações da parede e do próprio


revestimento.

São mais largas que as de assentamento e devem ser localizadas preferencialmente


em pontos críticos do sistema (encontros alvenaria-estrutura ou de diferentes
materiais).

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Tecnologia das Construções para o Ensino Médio – Prof. Marcos Valin Jr (2023)
210
ATIVIDADE (TAREFA)
VISITA TÉCNICA INDIVIDUAL: Cada aluno deverá ir sozinho ou acompanhado de
familiar em alguma loja de materiais de construção e conhecer os produtos de modo
geral, com foco principal nos revestimentos cerâmicos e conhecer os tipos,
classificações (Absorção, Abrasão, Resistência, Risco, Atrito,....), acessórios
(espaçadores), ferramentas para execução + argamassa de assentamento e rejunte.

Cada aluno deverá elaborar um relatório da visita técnica e enviar por e-mail até a
aula da próxima semana.

SUGESTÃO: Façam uma lista de materiais de construção como se fosse para fazer a
troca de piso da sua casa e ao ir na loja "simulem" que de fato estão indo
orçar/comprar esses materiais. Escolham revestimentos diferentes (classificação de
PEI diferente) para os cômodos da residência. O aluno que seguir a sugestão e
conseguir um orçamento em seu nome poderá enviar apenas o orçamento e ficará
dispensado do relatório.

ATIVIDADE (TAREFA - SEMINÁRIOS)

Temas serão sorteados entre os estudantes. Apresentação no inicio da aula da


próxima semana.

 Pisos de Madeira
 Pisos Pétreos
 Granilite
 Cimento Queimado

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211
18 – PINTURA

Cabe à pintura o acabamento final da maioria das peças de uma construção: portas,
janelas, paredes, forros, beirais, portões, grades, etc.

Ela representa também papel decisivo na conservação das peças que cobre. A
escolha das cores, pertence ao proprietário, arquiteto ou decorador.

Valor estético, influência sensível da cor sobre o ambiente.

Combater a deterioração dos materiais formando uma película superficial resistente


aos agentes de destruição ou corrosão.

Argamassa - Protege contra esfarelamento, umidade e bolores.

Madeira - Reduz absorção de umidade.

Materiais ferrosos - Retarda a corrosão.

Alvenaria Aparente - Melhora a estanqueidade.

Para realizar as aplicações das tintas sobre as superfícies designadas são necessários
equipamentos adequados. Essas aplicações podem ser feitas com: Brochas, pinceis,
rolos, revólver, etc...

Cada superfície exige um preparo especial, que depende do estado em que ela se
encontra e do material de que é constituída. Uma das causas da curta duração da
película de tinta é a má qualidade da primeira demão de fundo.
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212
Para assegurar bons resultados deve-se aplicar uma película que tenha alta
aderência ao material e que produza ao mesmo tempo uma boa base para o
revestimento final.

A superfície deve estar firme, isto é, não poderá estar soltando partículas do
revestimento, deve ser limpa, seca e sem poeira.

Deverá ser lixada, eliminando as partes soltas dos revestimentos.

Quando as áreas apresentarem gorduras ou graxas, as mesmas deverão ser lavadas


com água e detergente comuns.

Quando se trata de paredes com mofo, este poderá ser eliminado com lavagem,
utilizando-se uma mistura de água comum e água sanitária, em seguida a superfície
deverá ser enxaguada e esperando a secagem antes de iniciarmos os serviços.

Pequenas irregularidades no revestimento das paredes poderão ser corrigidas, com


a utilização de massa corrida comum para paredes internas, e massa corrida acrílica
para paredes externas.

O revestimento (reboco), deverá estar completamente “curado”, antes de iniciarmos


os serviços de pintura.

 Reboco novo: aguardar a secagem e cura (28 dias no mínimo);


 Concreto novo: aguardar a secagem e cura (28 dias no mínimo). Aplicar uma
demão de Fundo Preparador para Paredes base d'água;
 Superfície altamente absorvente (gesso, fibrocimento e tijolo): aplicar uma
demão de Fundo Preparador para Paredes base d'água (selador);
 Superfícies caiadas e superfícies com partículas soltas ou mal aderidas: raspar
e/ou escovar a superfície eliminando as partes soltas. Aplicar uma demão de
Fundo Preparador para Paredes base d'água;
 As imperfeições rasas das superfícies devem ser corrigidas com: Massa
Acrílica (reboco externo e interno) Massa Corrida (reboco interno);

Fundo ou Primer - Produto destinado à primeira demão sobre a superfície,


desempenhando o papel de uma ponte entre o substrato e a tinta de acabamento:

 Prepara a base para receber a tinta;

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213
 Diminui e uniformizam a absorção;
 Isola a tinta do substrato (quimicamente);
 Otimiza a aderência;
 Diminui consumo de tinta de acabamento;
 Protege quimicamente contra corrosão dos metais.

Massas - Produto pastoso, com a função de corrigir irregularidades da superfície já


selada:

 Proporciona superfície lisa;


 Deve secar, ser lixada e ter o pó eliminado com pano úmido, antes do
acabamento;
 Exige nova aplicação de fundos.

18.1 – CAIAÇÃO

Muito utilizada em construções rurais por ser mais econômica que as demais, de
fácil execução, além de ser desinfetante. Também usada originalmente em
construções antigas/históricas.
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214
No preparo da tinta:

 Cal de boa qualidade; recomenda-se cal própria para caiação.


 Passagem da pasta através de uma peneira fina.
 A adição da água deve ser em quantidade necessária para obter-se uma pasta
maleável, ou seja, um leite de cal mais ou menos denso.

Aplicação:

 Há necessidade de, no mínimo, três demãos,


 No caso de aplicação de cores, a primeira demão deve ser branca.
 Para se obter cor, é aplicado corante.
 Quando é necessária maior proteção contra a infiltração de água da chuva,
adiciona-se à cal produtos impermeabilizantes.
 Aplicação Usual: Pintura de postes, meio-fio, muros, etc...
 Ferramentas de aplicação: brochas, pincéis grandes, etc...

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215
18.2 –LÁTEX PVA

Tinta aquosa, à base de acetato de polivinila (PVA.).

Indicado para pinturas internas.

Pode ser aplicado diretamente sobre emboço/reboco ou Massa Corrida.

Massa Corrida:

 Vem pronto para uso e é aplicado em camadas finas com espátulas ou


desempenadeiras de aço lisas;
 Normalmente é aplicada em 1 ou 2 demãos, com intervalos de 1 hora;
 Após secagem deve ser lixada para posterior aplicação do produto final;
 Não deve ser aplicada em superfícies externas;
 Misturar bem o produto antes e durante a aplicação;
 Eliminar completamente o pó resultante do lixamento, antes da aplicação do
produto;
 Aplicar com temperatura ambiente entre 10º e 35º;
 Evitar aplicar em dias chuvosos, sobre superfície quente ou com corrente de
ar intensa, ou com umidade relativa do ar superior a 85%;
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216
 Pingos de chuva ou contato com água podem manchar pinturas recentes (até
30 dias); se ocorrer, lave toda a superfície imediatamente com água em
abundância;
 Nunca interromper a aplicação no meio da superfície;
 Evitar retoques isolados após a secagem do produto;

Tinta Látex PVA:

 Aplica-se com trincha ou rolo


 Costuma-se aplicar três demãos em paredes que recebem a primeira pintura,
com intervalos de 4 horas entre elas
 Os fabricantes, mesmo aqueles mais conceituados no mercado, possuem em
sua linha de produtos os chamados látex de 2.ª linha, com qualidade e
rendimento inferiores aos de 1.ª linha.

18.3 - LÁTEX ACRÍLICO

Produto a base de resina acrílica estirenada, pigmentos, aditivos e solventes.

Possui resistência maior que o látex PVA, sendo por isso mais indicada para
superfícies externas.

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217
Preparo do Substrato

>>> Mesmos procedimentos citados para Látex PVA <<<<

Fundo Preparador- Selador Acrílico:

 Utilizado como primeira demão em superfícies não seladas, proporciona


uniformidade na absorção e devido ao seu alto poder de enchimento, diminui
a porosidade do substrato proporcionando maior rendimento dos produtos
de acabamento.

Massa Acrílica:

 Mais resistente que a PVA, portanto, indicada para exteriores.


 Aplicada também em 1 ou duas demãos com desempenadeira de aço ou
espátulas, em intervalos de 1 hora.
 O rendimento e as embalagens são semelhantes às massas corridas PVA.

Acabamento Texturizado:

 Obtido utilizando o rolo alveolar – com furos em sua superfície


 A textura mais aberta ou fechada é consequência do número de vezes que o
rolo passa sobre a superfície

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218
18.4 - PINTURA SOBRE MADEIRA

Preparo da superfície:

 Eliminar qualquer espécie de brilho, usando lixa de grana;


 Partes soltas ou mal aderidas devem ser eliminadas, raspando ou escovando
a superfície;
 Eliminar manchas de gordura ou graxa;
 Partes mofadas devem ser eliminadas, limpando a superfície com água
sanitária. Em seguida, passar um pano úmido e aguardar a secagem;

Preparo para envernizar:

 Madeira nova: utilizar lixa grana para eliminar farpas. Aplicar uma demão de
Seladora para Madeira. Após a secagem lixar e eliminar o pó;

 Madeira nova resinosa: lavar toda a superfície com solvente (thinner), deixar
secar e repetir a operação. Lixar com grana para eliminar farpas. Aplicar uma
demão de Seladora para Madeira. Após a secagem, lixar com grana e eliminar
o pó.

 Obs.: Madeiras Resinosas: Angelim, Angico, Cabriúva Vermelha Cumaru,


Freijó, Grápia, Ipê, Itaúba, Jatobá, Maçaranduba, Peroba e Sucupira

Seladora para Madeira:

 Indicada para superfícies internas de madeira nova, onde se deseja finíssimo


acabamento após a aplicação dos vernizes. Melhora o rendimento e a
qualidade do acabamento dos vernizes, proporcionando ótimo poder de
enchimento e maior maciez no lixamento.

Vernizes:

 São produtos à base de resinas alquídicas, aditivos especiais e solventes,


sendo indicados para a pintura de superfícies internas e externas de madeira;

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219
 Apresentam acabamento brilhante ou fosco, e são aplicados com rolo de
espuma, pincel ou pistola;

 São aplicados em 2 ou 3 demãos, com intervalos de 12 horas entre cada


demão;

 Os vernizes também são diferenciados nos tipos filtro solar, poliuretano, copal
e marítimo;

 Os do tipo solar e marítimo podem ser usados interna e externamente,


enquanto os outros apenas internamente;

 Existem também vernizes com tingidor para realçar ou alterar a tonalidade


da superfície;

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Tinta esmalte:

 Produto indicado para pintura de superfícies externas e internas de madeira


e ferro;
 Apresentam acabamento final brilhante, acetinado e fosco;
 Aplicação feita com rolo de espuma, pincel ou pistola;
 Normalmente são aplicadas duas ou três demãos do produto com intervalos
de 12 horas.

18.5 - PINTURA SOBRE METAIS

Preparação da superfície:

 Eliminar qualquer espécie de brilho, usando lixa de grana;


 Partes soltas ou mal aderidas devem ser eliminadas, raspando ou escovando
a superfície;
 Manchas de gordura ou graxa devem ser eliminadas com solução de água e
detergente. Em seguida, enxaguar e aguardar a secagem;
 Partes mofadas devem ser eliminadas, lavando-se a superfície com água
sanitária. Em seguida, enxaguar e aguardar a secagem;

Ferro novo sem indício de ferrugem:

 Lixar com grana e eliminar o pó. Aplicar uma demão de Zarcão (fundo
anticorrosivo) .
 Aguardar secagem, lixar e eliminar o pó;

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Ferro com ferrugem:

 Remover totalmente a ferrugem utilizando lixa com grana e/ou escova de aço.
Aplicar uma demão de Zarcão. Após a secagem, lixar e eliminar o pó;

Alumínio:

 Aplicar fundo fosfatizante.

Aço Galvanizado:

 Aplicar fundo específico para galvanizado;

Zarcão:

Anticorrosivo e antioxidante, indicado para a proteção de superfícies ferrosas,


externas e internas, novas ou com vestígios de ferrugens.

Aplicado com trincha, pincel, rolo ou pistola.

Tinta Esmalte:

>>> Aplicação igual à madeira. <<<

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19 – VIDROS
O vidro é uma substância inorgânica, homogênea e amorfa, obtida através do
resfriamento de uma massa a base de sílica em fusão.

Principais características e qualidades:

 Reciclabilidade
 Transparência (permeável à luz)
 Dureza
 Não absorvência
 Baixa condutividade térmica
 Recursos abundantes na natureza
 Durabilidade.

A tecnologia de produção e beneficiamento do vidro plano tem permitido que os


desafios dos complexos e arrojados projetos dos profissionais da arquitetura e
decoração sejam reproduzidos com garantia de segurança, proteção, economia de
energia, controle da luz e calor solar e controle acústico, além de formas
harmoniosas e variadas, o que exige especialização profissional e profundos
conhecimentos técnicos dos fabricantes e transformadores.

Também nos espaços cada vez mais reduzidos, vidros e espelhos são utilizados
como peça fundamental para dar a sensação de ampliação de espaços.

O vidro aparece cada vez mais em fachadas, coberturas, pisos, escadas, divisórias,
paredes e portas corta-fogo, janelas. Substituindo diversos materiais em residências,
prédios comerciais, hotéis, aeroportos, parques temáticos, shopping centers,
hospitais e escolas.

A tendência é sua utilização crescente nos setores:

 Residencial;

 Comercial;

 Turismo: hotéis, aeroportos, parques temáticos;

 Serviços: Shopping Centers e Ed. Comerciais;

 Infraestrutura: Hospitais, Escolas, Museus e Parques


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O vidro está presente na arquitetura sob diversas formas, desde sua aplicação mais
conhecida em janelas, sob a forma de lâminas planas ou curvas, até sua utilização
como blocos ou mesmo fibras.

Podem ser de espessura variável, dependendo da sua utilização em janelas, portas,


divisórias, como elemento decorativo (espelho, vidros impressos) e como parte de
um sistema construtivo (fachadas cortina).

Alguns vidros apresentam desenhos ou padrões em sua superfície e são conhecidos


como vidros impressos ou fantasias

Os vidros que recebem um filme metálico podem ser conhecidos como


termorrefletores ou espelhados.

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19.1 - RECOZIDO

Obtido por fusão dos seus componentes, sendo à saída do forno sujeito a um
tratamento de recozimento para eliminar as tensões internas.

19.2 - TEMPERADO

Obtido por meio de aquecimento gradativo e resfriamento abrupto num forno de


têmpera, o temperado, antes de tudo, é um vidro de segurança. Em caso de quebra,
fragmenta-se em pedaços pouco cortantes e bem pequenos.

Depois de temperado, o vidro não pode ser beneficiado, cortado, furado, etc... É
muito utilizado na construção civil, indústria automotiva e recentemente, na
decoração. É também o único vidro que pode ser aplicado como porta sem a
utilização de caixilhos.

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As principais opções de cores de vidros temperados são :

 Float : Incolor, verde, cinza e bronze (espessuras 4 ,5 ,6 ,8 e10 mm);


 Impresso: Pontilhado incolor (espessuras 8 e 10mm);
 Espelhado: Incolor, verde, havana , cinza (espessuras 5, 6, 8 e 10mm);
 Esmeralda e prata (espessuras de 6 e 8mm);
 Cinza aço (espessura de 6mm)

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19.3 - LAMINADO

O vidro de segurança laminado desenvolveu-se em função dos grandes avanços da


indústria automobilísticas e, em menor grau, da indústria do plástico.

Os vidros de segurança começaram a ser empregados nos automóveis na década de


20. Na construção Civil, somente no início da década de 60 que muitos países
passaram a adotar normas de segurança para vidros utilizados em locais de grande
risco.

Os laminados múltiplos são recomendados em casos de severas exigências de


segurança, tais como:

 Para-brisas e janelas de carros  Joalherias


blindados  Guichês especiais
 Visores de cabines de vigilância  Piscinas
 Torres de segurança (vidros  Instalações hidráulicas
resistentes a bala)  Coberturas, aeroportos
 Para-brisas de locomotivas e
aeronaves
 Visores para navios

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Constituído de lâminas de vidro intercaladas por uma película de material plástico de alta
resistência e elasticidade, o PVB (Polivinil butiral), garante segurança e proteção a pessoas
e bens patrimoniais.

É um vidro de segurança que, quando quebrado, não estilhaça. Suas partículas ficam
presas ao PVB, não causando ferimentos e não devassando o vão.

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Aplicações:

 Coberturas, fachadas, sacadas, portas, janelas, divisórias, vitrinas, etc.


 Locais que exijam proteção contra balas, contra vandalismo ou contra
arrombamento, como por exemplo bancos, guaritas, caixas automáticos,
embaixadas, edifícios governamentais (laminado múltiplo), etc.;
 Pisos e degraus de vidro, aquários e visores de piscinas (laminado múltiplo), etc.;
 Prateleiras, portas de armários, tampos de mesa, divisórias, painéis decorativos,
etc.

Em caso de quebra, o laminado para arquitetura tende a permanecer inteiriço no caixilho.

A adesão do vidro à película reduz enormemente o perigo de queda de fragmentos do


vidro.

O vidro laminado pode ser fabricado com vidro comum, vidro fortalecido termicamente
ou vidro temperado, dependendo da especificação.

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20 – JARDINAGEM
O paisagismo tem a função de influenciar a harmonia da população, do
relacionamento e da convivência comunitária.

Antes de iniciar o plantio do jardim, é preciso verificar as condições do local, para que o
jardim tenha um planejamento correto e as espécies escolhidas sejam adequadas ao
ambiente.

A iluminação é um fator limitante para o crescimento e a reprodução das plantas.

Temos de estudar a incidência de sol durante os vários períodos do ano, pois é isso que
permite que algumas plantas se adaptem ou não ao local. Além da determinação dos
pontos cardeais (Norte, Sul, Leste, Oeste), é preciso verificar a existência de construções,
muros, árvores e declives do terreno, fatores que alteram as condições de luz,
temperatura, umidade e ventilação do local.

Com o auxílio de uma bússola, devem-se localizar o Norte e as outras posições


geográficas, ou, então, de uma forma mais simples:

 Estendendo o braço direito em direção ao sol nascente, temos o Leste;


 Em oposição, o braço esquerdo estendido indicará o Oeste;
 À frente, teremos o Norte;
 Às nossas costas, o Sul.

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Face LESTE

A face leste é a mais privilegiada, pois, quando o sol nasce, a temperatura é amena.

Essa situação permite que a umidade do solo se mantenha por mais tempo.

Há plantas que precisam da incidência direta do sol por 2 a 4 horas, de temperaturas


amenas e de umidade modera da no solo. É o caso das folhagens, por exemplo.

Se quisermos um canteiro de antúrios, lírios da paz, marantas, ou mesmo flores, como as


marias-sem-vergonha, que são sensíveis ao sol quente, é melhor plantá-los na posição do
sol nascente, ou seja, a leste.

Face OESTE

A face oeste, do sol poente, é mais quente, uma vez que a temperatura se “acumula” nos
minerais do solo, fazendo a água evaporar mais depressa.

Assim, somente as plantas que possuem raízes e folhas mais resistentes podem se
adaptar a essas condições.

Outras espécies, se plantadas nesses locais, precisarão de regas mais constantes. Os


arbustos, como azaléias, hibiscos, pingos-de-ouro, ou plantas resistentes à seca, como
cactáceas e suculentas, se adaptam com facilidade às condições do sol poente.

Face NORTE

A face norte é a mais ensolarada durante o inverno. Isto faz com que seja a ideal para o
plantio de hortaliças, pois, mesmo nos meses frios de junho e julho, as plantas terão mais
calor junto ao solo, permitindo a germinação e o crescimento, se irrigadas.

A face norte também é ideal para o plantio de espécies que florescem durante o ano
inteiro.

É o caso das roseiras, cuja poda é feita a partir do dia 23 de junho. A partir dessa data, os
dias se tornam mais longos e ensolarados, o que faz com que elas floresçam mais. As
plantas típicas de inverno, como petúnias, begônias, sempre floridas, hortênsias, entre
outras, têm floração mais abundante, se expostas à face norte.

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Face SUL

A face sul do terreno, ao contrário da face norte, é a mais sombreada e fria.

Diz a sabedoria popular que o joão-de-barro nunca constrói o seu ninho voltado para o
sul, para evitar os ventos frios, que sopram principalmente nas madrugadas.

Se observarmos esses princípios básicos, as chances de sucesso serão maiores, pois os


danos e as condições impróprias, que dificultam o crescimento dos vegetais e favorecem
o ataque de pragas e doenças, que, por sua vez, atingem normalmente as plantas mais
fracas, estarão sendo evitados.

Um projeto de paisagismo envolve muitos aspectos, como os arquitetônicos,


agronômicos, artísticos e até psicológicos, pois cada pessoa tem uma preferência.

As plantas não devem ser compradas apenas pela beleza ou vontade. Como já vimos, é
preciso estudar as condições do terreno e usar as plantas adequadas à luz e à
temperatura do local.

Um item importante é o porte das plantas adultas e o crescimento das raízes para evitar
problemas futuros com calçadas e até nas fundações das edificações.

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A terra do terreno natural deverá arada (lavrada = descompactá-la e, assim, viabilizar um
melhor desenvolvimento das raízes das plantas) em profundidade de 40 a 50 cm.

É necessário retirar todo o entulho e os outros restos de materiais, bem como eliminar os
torrões e afofar a terra.

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Incorporar estrume curtido ou compostos em quantidade de 40 l/m 3.

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21 – LIMPEZA E INSPEÇÃO FINAL
Terminados todos os serviços construtivos, devemos remover todo o entulho da obra,
sendo cuidadosamente removidos para não provocar danos a serviços já executados.

A remoção do entulho deverá ser feita o mais rápido possível, não podendo ele ficar
acumulado sobre a calçada.

Os pisos cimentados, mosaicos, ladrilhos cerâmicos e pedras que não tem a superfície
polida serão limpas com uma solução de ácido muriático na proporção de 1:6 (1 parte de
ácido para seis de água).

Os salpicos de argamassa e tintas serão retirados com esponjas de aço e espátula.

Os pisos de vinílicos, borracha, cerâmicos esmaltados, deverão ser limpos com pano
úmido, quando de sua colocação, para que sejam removidos todos os excessos de
argamassa.

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Na limpeza final deverão ser utilizadas espátulas, palha de aço e escovas, para se retirar
eventuais respingos de tintas ou argamassa e posteriormente procedida uma limpeza
com água e sabão.

Os pisos cerâmicos poderão também ser lavadas com uma solução bem diluída de ácido
muriático, sendo posteriormente enxaguados com água em abundância.

Os azulejos, aparelhos sanitários e peças esmaltadas serão limpas inicialmente com pano
seco, removendo-se os salpicos de argamassa e tinta com esponja de aço fina. A lavagem
final se dará com água.

Os vidros serão limpos com esponja de aço, espátula, removedor e água.

As esquadrias metálicas serão limpas com pano úmido, sem o uso de escovas, espátulas
ou produtos que agridam a pintura.

Os pisos de madeira receberão raspagem e depois serão encerados ou receberão o


acabamento com verniz sintético.

Os pisos que receberam polimento, tais como granilito, mármore ou granito, serão
protegidos com estopa e gesso, logo após o polimento. Essa proteção será retirada no
término da obra e a limpeza se dará com água, esponja de aço fina e espátula, podendo
os mesmos serem encerados no final.

Terminados os serviços de limpeza, deverá ser feita uma rigorosa verificação das perfeitas
condições de funcionamento e segurança de todas as instalações de água, esgoto, águas
pluviais, instalações elétricas, aparelhos sanitários e equipamentos diversos, ferragens,
portas e demais itens.

O manual de uso e operação deverá ser entregue pela construtora junto com a entrega
do imóvel (chaves).

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ATIVIDADE (TAREFA - SEMINÁRIOS)

Temas serão sorteados entre os estudantes. Apresentação no inicio da aula da próxima


semana.

 Conteúdo mínimo do Manual do Proprietário (manual de uso e operação)


 Elaboração do Projeto As-Built (como construído)

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22 – LISTA DE EXERCÍCIOS: ACABAMENTOS E FINALIZAÇÃO DA
OBRA

01) Sobre a impermeabilização, responda:


a) Qual a importância?
b) Quais patologias nas edificações podem ocorrer pela sua ausência?
c) Principais tipos de impermeabilização?

02) Explique sobre cada item de classificação das tintas.


a) Estabilidade:
b) Rendimento:
c) Aplicabilidade:
d) Durabilidade:
e) Lavabilidade:

03) Como deve ser realizada a preparação de paredes para pintura?

04) Por que se deve esperar o prazo de 28 dias entre a execução do reboco e a pintura?

05) Qual a diferença entra a pintura da caiação, com látex PVA e o látex acrílico? Qual a recomendação
de uso para cada uma delas?

06) Considerando uma casa é composta por dois quartos, sala, cozinha, área de serviço, banheiro, área
de lazer e garagem. As metragens correspondentes as paredes azulejadas (cozinha, banheiro e área de
serviço) é de 70 m2 e as demais áreas internas e externas que necessitam de pintura é de 325 m2. Outras
informações:
 3 portas de madeira (0,9 x 2,1 m)
 2 portas metálicas (0,9 x 2,1 m)
 5 janelas metálicas (1,2 x 1,2m) tipo veneziana
 1 janela (0,6 x 0,6m) metálica no banheiro
 O pé direito é de 2,5 m.
 A casa possui forro de PVC.
 Trata-se de uma repintura.
 Será aplicada 2 demãos em cada superfície.
 Tinta látex pva = rendimento 11 m2/l
 Verniz = rendimento 9 m2/l
 Esmalte 10 m2/l

Qual a quantidade de tinta, verniz e esmalte que deve ser adquirida?

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07) Existem diferenças entre Tintas de 1° linha e as de 2° linha, mesmo sendo do mesmo fabricante.
Considerando a quantidade em m2 calculada no exercício anterior das paredes internas, e nas informações
de rendimento das duas tintas apresentadas, calcule qual irá apresentar o menor custo.

Tinta Acrílica Fosca Maxvinil Premium (1ª linha)

Rendimento: até 19m²/L por demão

Lata 18 L = R$ 195,00

Tinta Acrílica Fosca Maxvinil Cobertex (2ª linha)

Rendimento: até 16m²/L por demão

Lata 18 L = R$ 170,00

08) Considerando as patologias das pinturas abaixo, escreva suas origens:


a) Bolhas
b) Crateras
c) Descascamento
d) Eflorescência
e) Enrugamento

09) Explique detalhadamente a diferença entre os vidros comum, temperado, aramado e o laminado.
Cite exemplos de suas aplicações.

10) Qual a importância da determinação dos pontos cardeais (Norte, Sul, Leste, Oeste) para o
paisagismo de uma edificação? Que tipo de paisagismo deve ser escolhido para cada face?

11) Utilizando o seu conhecimento e sua experiência, escreva uma carta como o tema ADEQUAÇÃO DAS
EDIFICAÇÕES E DO MOBILIÁRIO URBANO À PESSOA DEFICIENTE, direcionada a conscientizar projetistas.

12) Terminados os serviços de limpeza, deverá ser feita uma rigorosa verificação das perfeitas
condições de funcionamento e segurança de todas as instalações de água, esgoto, águas pluviais,
instalações elétricas, aparelhos sanitários e equipamentos diversos, ferragens, caixilharia e portas. Qual a
importância dessa etapa final da obra?

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23 – ACESSIBILIDADE EM EDIFICAÇÕES

ATIVIDADE (TAREFA)

Utilizando o seu conhecimento e sua experiência, escreva uma carta como o tema
ADEQUAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES E DO MOBILIÁRIO URBANO À PESSOA DEFICIENTE,
direcionada a conscientizar projetistas.

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24 – SUSTENTABILIDADE NAS CONSTRUÇÕES

Carbono zero na construção civil se refere ao desenvolvimento de edifícios e


infraestruturas que não emitem gases de efeito estufa (GEE) durante sua vida útil. Isso é
alcançado através de práticas de projeto e construção que reduzem o consumo de
energia, geram fontes de energia renovável e utilizam materiais de baixo carbono. As
edificações de carbono zero também devem ser projetadas para serem adaptáveis às
mudanças climáticas e para proporcionar um ambiente interno saudável.

Além de reduzir as emissões de GEE, a construção de edifícios de carbono zero também


pode ter benefícios econômicos e sociais. A construção de edifícios mais eficientes em
termos de energia pode economizar dinheiro para os proprietários e inquilinos no longo
prazo, enquanto a utilização de fontes de energia renovável pode reduzir a dependência
de fontes de energia não renováveis e ajudar a criar empregos na indústria de fontes de
energia renováveis. Além disso, edifícios de carbono zero proporcionam ambientes
internos saudáveis e confortáveis, aumentando a qualidade de vida dos ocupantes.

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25 – SAÚDE E SEGURANÇA NA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS EM
OBRAS DE EDIFICAÇÕES
A construção civil é uma das líderes em acidentes de trabalho no Brasil. A maioria desses
casos acontece em decorrência de situações comuns no canteiro de obras, como a falta
de treinamentos e a não utilização dos equipamentos de proteção individual (EPI). Esse
tipo de negligência aumenta as chances de riscos como choques elétricos, quedas de
altura, queda de materiais e outros acidentes — que em alguns casos podem até ser
fatais.

Nesse cenário, a gestão de riscos na construção civil é um assunto que tem ganhado cada
vez mais atenção. Esse processo consiste em buscar a redução ou a erradicação de
situações que causam os riscos mais comuns, por meio do cumprimento das prescrições
e medidas indicadas nas normas reguladoras, também conhecidas como NRs.

ATIVIDADE (TAREFA)

Relacionar os Riscos, EPI e EPC, para cada uma das etapas de serviço de uma edificação.
Pode ser em formato de relatório ou planilha.

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26 – TRABALHO DE CONCLUSÃO

ATIVIDADE (TAREFA)
Cada aluno deverá realizar o LAUDO DE INSPEÇÃO PREDIAL (LIP), seguindo todas as
instruções da LEI MUNICIPAL DE CUIABÁ Nº 5.587, DE 03 DE OUTUBRO DE 2012 QUE
DETERMINA A REALIZAÇÃO PERIÓDICA DE INSPEÇÃO EM EDIFICAÇÕES E CRIA O LAUDO
DE INSPEÇÃO PREDIAL (LIP) (+ obrigatoriamente apresentar a planta baixa) de uma
edificação residencial (preferencialmente a sua própria casa ou de algum familiar).

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27 – ATRIBUIÇÕES, REMUNERAÇÃO E REGISTRO NO CFT PARA
O TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES

IFormei
Dá para ganhar dinheiro com esse curso?

O que o técnico de edificações pode assinar?

Como faço o registro no conselho federal dos técnicos?

O que é preciso para ser um bom técnico em edificações?

Se você chegou até aqui, então PARABÉNS, chegamos com sucesso ao fim da nossa
jornada em compreender os serviços e as técnicas construtivas de uma edificação.

Que Deus os abençoe nos caminhos que escolherem e que possam sempre tomar as
melhores decisões no campo profissional e pessoal!

Muito Sucesso e contem sempre comigo! Grande Abraço.

IG @marcos.valin
YT @MarcosValin

Se me esqueceres, só uma coisa, esquece-me bem devagarinho. - Mario Quintana

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BÔNUS – LISTA DE EXERCÍCIOS COM QUESTÕES TÉCNICAS DE
EDIFICAÇÕES NO ENEM

01 - (ENEM/2000) - Um marceneiro deseja construir uma escada trapezoidal com 5 degraus, de forma que o mais
baixo e o mais alto tenham larguras respectivamente iguais a 60 cm e a 30 cm, conforme a figura:

Os degraus serão obtidos cortando-se uma peça linear de madeira cujo comprimento mínimo, em cm, deve ser:

a) 144.

b) 180.

c) 210.

d) 225.

e) 240.

02 - (ENEM/2001) - Um engenheiro, para calcular a área de uma cidade, copiou sua planta numa folha de papel
de boa qualidade, recortou e pesou numa balança de precisão, obtendo 40 g. Em seguida, recortou, do mesmo
desenho, uma praça de dimensões reais 100 m x 100m, pesou o recorte na mesma balança e obteve 0,08g. Com
esses dados foi possível dizer que a área da cidade, em metros quadrados, é de, aproximadamente,

a) 800.

b) 10000.

c) 320000.

d) 400000.

e) 5000000.

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03 - (ENEM/2002) - Um terreno com o formato mostrado na figura foi herdado por quatro irmãos e deverá ser
dividido em quatro lotes de mesma área.

Um dos irmãos fez algumas propostas de divisão para que fossem analisadas pelos demais herdeiros.

Dos esquemas abaixo, onde lados de mesma medida têm símbolos iguais, o único em que os quatro lotes não
possuem, necessariamente, a mesma área é:

a)

b)

c)

d)

e)

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04 - (ENEM/2002) - Na construção civil, é muito comum a utilização de ladrilhos ou azulejos com a forma de
polígonos para o revestimento de pisos ou paredes. Entretanto, não são todas as combinações de polígonos que
se prestam a pavimentar uma superfície plana, sem que haja falhas ou superposições de ladrilhos, como ilustram
as figuras:

A tabela traz uma relação de alguns polígonos regulares, com as respectivas medidas de seus ângulos internos.

Se um arquiteto deseja utilizar uma combinação de dois tipos diferentes de ladrilhos entre os polígonos da tabela,
sendo um deles octogonal, o outro tipo escolhido deverá ter a forma de um

a) triângulo.

b) quadrado.

c) pentágono.

d) hexágono.

e) eneágono.

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05 - (ENEM/2003) - Prevenindo-se contra o período anual de seca, um agricultor pretende construir um
reservatório fechado, que acumule toda a água proveniente da chuva que cair no telhado de sua casa, ao longo
de um período anual chuvoso. As ilustrações a seguir apresentam as dimensões da casa, a quantidade média
mensal de chuva na região, em milímetros, e a forma do reservatório a ser construído.

Sabendo que 100 milímetros de chuva equivalem ao acúmulo de 100 litros de água em uma superfície plana
horizontal de um metro quadrado, a profundidade (p) do reservatório deverá medir

a) 4m
b) 5m
c) 6m
d) 7m
e) 8m

(2013)

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06 - (ENEM/2004) Para medir o perfil de um terreno, um mestre-de-obras utilizou duas varas (VI e VII), iguais e
igualmente graduadas em centímetros, às quais foi acoplada uma mangueira plástica transparente, parcialmente
preenchida por água (figura ao lado).

Ele fez 3 medições que permitiram levantar o perfil da linha que contém, em seqüência, os pontos P1, P2, P3 e P4.
Em cada medição, colocou as varas em dois diferentes pontos e anotou suas leituras na tabela a seguir. A figura
representa a primeira medição entre P1 e P2.

Ao preencher completamente a tabela, o mestre-de-obras determinou o seguinte perfil para o terreno:

a)

b)

c)

d)

e)

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07 - (ENEM/1999) - Assim como na relação entre o perfil de um corte de um torno e a peça torneada, sólidos de
revolução resultam da rotação de figuras planas em torno de um eixo. Girando-se as figuras abaixo em torno da
haste indicada obtêm-se os sólidos de revolução que estão na coluna da direita.

A correspondência correta entre as figuras planas e os sólidos de revolução obtidos é:

a) 1A, 2B, 3C, 4D, 5E.

b) 1B, 2C, 3D, 4E, 5A.

c) 1B, 2D, 3E, 4A, 5C.

d) 1D, 2E, 3A, 4B, 5C.

e) 1D, 2E, 3B, 4C, 5A.

(2016)

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08 - (ENEM/2007) - Representar objetos tridimensionais em uma folha de papel nem sempre é tarefa fácil. O artista
holandês Escher (1898-1972) explorou essa dificuldade criando várias figuras planas impossíveis de serem
construídas como objetos tridimensionais, a exemplo da litografia Belvedere, reproduzida ao lado.

Considere que um marceneiro tenha encontrado algumas figuras supostamente desenhadas por Escher e deseje
construir uma delas com ripas rígidas de madeira que tenham o mesmo tamanho. Qual dos desenhos a seguir
ele poderia reproduzir em um modelo tridimensional real?

a)

b)

c)

d)

e)

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09 - (ENEM/2006)

Na figura acima, que representa o projeto de uma escada com 5 degraus de mesma altura, o comprimento total
do corrimão é igual a

a) 1,8 m.

b) 1,9 m.

c) 2,0 m.

d) 2,1 m.

e) 2,2 m.

(2016)

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10 - (ENEM/2005) - Um pátio de grandes dimensões vai ser revestido por pastilhas quadradas brancas e pretas,
segundo o padrão representado ao lado, que vai ser repetido em toda a extensão do pátio.

As pastilhas de cor branca custam R$ 8,00 por metro quadrado e as de cor preta, R$ 10,00. O custo por metro
quadrado do revestimento será de

a) R$ 8,20.

b) R$ 8,40.

c) R$ 8,60.

d) R$ 8,80.

e) R$ 9,00.

11 - (ENEM/2005) - Quatro estações distribuidoras de energia A, B, C e D estão dispostas como vértices de um


quadrado de 40 km de lado. Deseja-se construir uma estação central que seja ao mesmo tempo equidistante das
estações A e B e da estrada (reta) que liga as estações C e D.

A nova estação deve ser localizada

a) no centro do quadrado.

b) na perpendicular à estrada que liga C e D passando por seu ponto médio, a 15 km dessa estrada.

c) na perpendicular à estrada que liga C e D passando por seu ponto médio, a 25 km dessa estrada.

d) no vértice de um triângulo equilátero de base AB, oposto a essa base.

e) no ponto médio da estrada que liga as estações A e B.

(2017)

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12 - (ENEM/2008) - A figura abaixo mostra um reservatório de água na forma de um cilindro circular reto, com 6
m de altura. Quando está completamente cheio, o reservatório é suficiente para abastecer, por um dia, 900 casas
cujo consumo médio diário é de 500 litros de água.

Suponha que, um certo dia, após uma campanha de conscientização do uso da água, os moradores das 900 casas
abastecidas por esse reservatório tenham feito economia de 10% no consumo de água. Nessa situação,

a) a quantidade de água economizada foi de 4,5 m3.

b) a altura do nível da água que sobrou no reservatório, no final do dia, foi igual a 60 cm.

c) a quantidade de água economizada seria suficiente para abastecer, no máximo, 90 casas cujo consumo
diário fosse de 450 litros.

d) os moradores dessas casas economizariam mais de R$ 200,00, se o custo de 1 m3 de água para o


consumidor fosse igual a R$ 2,50.

e) um reservatório de mesma forma e altura, mas com raio da base 10% menor que o representado, teria
água suficiente para abastecer todas as casas.

13 – (ENEM/2012) - O mecanismo que permite articular uma porta (de um móvel ou de acesso) é a dobradiça.
Normalmente, são necessárias duas ou mais dobradiças para que a porta seja fixada no móvel ou no portal,
permanecendo em equilíbrio e podendo ser articulada com facilidade. No plano, o diagrama vetorial das forças
que as dobradiças exercem na porta está representado em

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a)

b)

c)

d)

e)

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14 – (ENEM/2021) - Um parque temático brasileiro construiu uma réplica em miniatura do castelo de
Liechtenstein. O castelo original, representado na imagem, está situada na Alemanha e foi reconstruído entre os
anos de 1840 e 1842, após duas destruições causadas por guerras.

O castelo possui uma ponte de 38,4 m de comprimento e 1,68 m de largura. O artesão que trabalhou para o
parque produziu a réplica do castelo, em escala. Nessa obra, as medidas do comprimento e da largura da ponte
eram respectivamente, 160 cm e 7cm.

A escala utilizada para fazer a réplica é:


a) 1 : 576
b) 1 : 240
c) 1 : 24
d) 1 : 4,2
e) 1 : 2,4
(2017)

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15 - (ENEM/2020) - No desenho técnico, é comum representar um sólido por meio de três vistas (frontal, perfil e
superior), resultado da projeção do sólido em três planos, perpendiculares dois a dois.

A figura representa as vistas de uma torre.

Com base nas vistas fornecidas, qual figura melhor representa essa torre?

a)

b)

c)

d)

e)

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16 – (ENEM/2020) - Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o Museu de Arte = Contemporânea
(MAC) tornou-se um dos cartões-postais da cidade de Niterói (Figura 1).

Considere que a forma da cúpula do MAC seja a de um tronco de cone circular reto (Figura 2), cujo
diâmetro da base maior mede 50 m e 12 m é a distância entre as duas bases. A administração do
museu deseja fazer uma reforma revitalizando o piso de seu pátio e, para isso, precisa estimar a sua
área. (Utilize 1,7 como valor aproximado para ✓3 e 3 para π) .

A medida da área do pátio do museu a ser revitalizada, em metro quadrado, está no intervalo
a) [100, 200]
b) [300, 400]
c) [600, 700]
d) [900, 1 000]
e) [1 000, 1 100]

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17 – (ENEM/2019) - Em qualquer obra de construção civil é fundamental a utilização de equipamentos
de proteção individual, tal como capacetes. Por exemplo, a queda livre de um tijolo de massa 2,5kg
de uma altura de 5m, cujo impacto contra um capacete pode durar até 0,5s, resulta em uma força
impulsiva média maior do que o peso do tijolo. Suponha que a aceleração gravitacional seja 10 m s–
2 e que o efeito de resistência do ar seja desprezível.

A força impulsiva média gerada por esse impacto equivale ao peso de quantos tijolos iguais?
a) 2
b) 5
c) 10
d) 20
e) 50

(2018)

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18 – (ENEM/2019) - Na construção civil, 1 metro cúbico de materiais diversos, como areia e brita
(pedras quebradas), é a quantidade desse material que cabe em um recipiente de 1 metro cúbico de
capacidade. para fazer certos tipos de concretos para lajes, as orientações mostram que são
necessários 0,50 metro cúbico de areia e 0,75 metro cúbico de brita para se conseguir 1,00 metro
cúbico da mistura desses materiais, já que parte da areia vai ocupar espaços vazios da brita. a razão
entre o volume do espaço vazio da brita e o volume de brita, propriamente dito, é de:

a) um terço.

b) um meio.

c) dois terços.

d) três quintos.

e) quatro quintos.

19 – (ENEM/2015) - Na construção de um conjunto habitacional de casa populares, todas serão feitas


num mesmo modelo, ocupando, cada uma delas, terrenos cujas dimensões são iguais a 20 m de
comprimento por 8 m de largura. Visando a comercialização dessas casas, antes do início da obra, a
empresa resolveu apresenta-las por meio de maquetes construídas numa escala de 1:200. As
medidas do comprimento e da largura dos terrenos, respectivamente, em centímetros, na maquete
construída, foram de:
a) 4 e 10
b) 5e2
c) 10 e 4
d) 20 e 8
e) 50 e 20
(2019)

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20 – (ENEM /2016) - Um senhor, pai de dois filhos, deseja comprar dois terrenos, com áreas de
mesma medida, um para cada filho. Um dos terrenos visitados já está demarcado e, embora não
tenha um formato convencional (como se observa na Figura B), agradou ao filho mais velho e, por
isso, foi comprado. O filho mais novo possui um projeto arquitetônico de uma casa que quer
construir, mas, para isso, precisa de um terreno na forma retangular (como mostrado na Figura A)
cujo comprimento seja 7 m maior do que a largura.

Para satisfazer o filho mais novo, esse senhor precisa encontrar um terreno retangular cujas medidas,
em metro, do comprimento e da largura sejam iguais, respetivamente, a:
a) 7,5 e 14,5
b) 9,0 e 16,0
c) 9,39,3 e 16,3
d) 10,0 e 17,0
e) 13,5 e 20,5

21 – (ENEM/2020) - Uma empresa deseja construir um edifício residencial de 12 pavimentos, num lote
retangular de lados medindo 22 e 26 m. Em 3 dos lados do lote serão construídos muros. A frente do
prédio será sobre o lado do lote de menor comprimento. Sabe-se que em cada pavimento 32 m2
serão destinados à área comum (hall de entrada, elevadores e escada), e o restante da área será
destinado às unidades habitacionais. A legislação vigente exige que prédios sejam construídos
mantendo distâncias mínimas dos limites dos lotes onde se encontram. Em obediência à legislação,
o prédio ficará 5 m afastado da rua onde terá sua entrada, 3 m de distância do muro no fundo do lote
e 4 m de distância dos muros nas laterais do lote, como mostra a figura.

A área total, em metro quadrado, destinada às unidades habitacionais desse edifício será de

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a) 2640
b) 3024
c) 3840
d) 6480
e) 6864

22 – (ENEM/2010) - Em canteiros de obras de construção civil é comum perceber trabalhadores


realizando medidas de comprimento e de ângulos e fazendo demarcações por onde a obra deve
começar ou se erguer. Em um desses canteiros foram feitas algumas marcas no chão plano. Foi
possível perceber que, das seis estacas colocadas, três eram vértices de um triângulo retângulo e as
outras três eram os pontos médios dos lados desse triângulo, foram indicadas por letras.

Nessas condições, a área a ser calçada corresponde:


a) à mesma área do triângulo AMC
b) à mesma área do triângulo BNC
c) à metade da área formada pelo triângulo ABC
d) ao dobro da área do triângulo MNC
e) ao triplo da área do triângulo MNC
(2019)

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23 – (ENEM/2017) - Para se adequar às normas ambientais atuais, as construtoras precisam prever)
em suas obras a questão do uso de materiais de modo a minimizar os impactos causados no local.
Entre esses materiais está o chamado concregrama ou pisograma, que é um tipo de revestimento
composto por peças de concreto com áreas vazadas, preenchidas com solo gramado. As figuras
apresentam essas duas formas de piso feitos de concreto.

A utilização desse tipo de piso em uma obra tem o objetivo de evitar, no solo, a:
a) Impermeabilização
b) diminuição da temperatura
c) acumulação de matéria orgânica
d) alteração do pH
e) salinização

24 – (ENEM /2019) - Em qualquer obra de construção civil é fundamental a utilização de equipamentos


de proteção individual, tal como capacetes. Por exemplo, a queda livre de um tijolo de massa 2,5 kg
de uma altura de 5 m, cujo impacto contra um capacete pode durar até 0,5 s, resulta em uma força
impulsiva média maior do que o peso do tijolo. Suponha que a aceleração gravitacional seja 10 m s−2
e que o efeito de resistência do ar seja desprezível. A força impulsiva média gerada por esse impacto
equivale ao peso de quantos tijolos iguais?
a) 2
b) 5
c) 10
d) 20
e) 50

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25 – (ENEM/2019) - O concreto utilizado na construção civil é um material formado por cimento
misturado a areia, a brita e a água. A areia é normalmente extraída de leitos de rios e a brita, oriunda
da fragmentação de rochas. Impactos ambientais gerados no uso do concreto estão associados à
extração de recursos minerais e ao descarte indiscriminado desse material. Na tentativa de reverter
esse quadro, foi proposta a utilização de concreto reciclado moído em substituição ao particulado
rochoso graúdo na fabricação de novo concreto, obtendo um material com as mesmas propriedades
que o anterior. O benefício ambiental gerado nessa proposta é a redução do(a):
a) extração da brita
b) extração de areia
c) consumo de água
d) consumo de concreto
e) fabricação de cimento

(2022)

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