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1 Introdução
Um dos estudos anteriores, com amostras desse tipo, foi realizado pelos
pesquisadores da Rajastan States Mines & Minerals Ldt., que obtiveram recuperações de
75% do P2O5 contido no minério. O melhor concentrado obtido apresentou os seguintes
teores: 34,75% de P2O5 1,41 de CaO/ P2O5, 0,05 de R2O3, 1,43% de MgO e 3,21% de SiO 2,
os quais foram considerados adequados à produção subseqüente de ácido fosfórico. O
descarte em massa foi em torno de 58%, com um teor de P 2O5 no rejeito de 8%. O processo
consistia na flotação dos carbonatos, conduzida com uma emulsão contendo ácido oléico,
espumante e hidróxido de sódio, na proporção 24:2:1 e dosagens de 1,33 kg de emulsão/t
de minério. O ácido ortofosfórico foi adicionado em todas as etapas de flotação (uma
rougher e duas cleaners), como depressor da apatita, consumido na proporção de 12 kg/t de
minério tratado.
Uma amostra com as mesmas características das estudadas pela equipe da Rajastan
States Mines & Minerals Ldt., foi processada no CETEM, partindo-se inicialmente de
estudos de caracterização mineralógica e texturais por microscopia eletrônica de varredura
(MEV), acoplada ao sistema de energia dispersiva de raios-X. Destas mesmas amostras
polidas foram geradas imagens ao MEV, com detector de elétrons retroespalhados (BSD),
para a obtenção do espectro de liberação das partículas de apatita em função da
granulometria do minério. O melhor resultado de concentração de fosfato obtido por
flotação de carbonatos apresentou recuperação de 66,74% de P 2O5. Foi obtido um
concentrado fosfático composto com as seguintes especificações: 35,4% de P 2O5, 50,6% de
CaO, 0,2% de Fe2O3, 1,7% de MgO, 1,43 de CaO/ P2O5, 0,05 MgO/ P2O5, 0,03 de R2O3/
P2O5, e 4,8 PF,21%. Partindo de uma amostra do minério de teor médio de 19,3% de P 2O5,
obteve-se um concentrado de 35,4% de P2O5. O material descartado, com um teor de cerca
de 9% desse composto, representou, neste caso, 45% em peso na alimentação. No processo
de depressão dos minerais de fósforo e consequente flotação dos carbonatos, em meio
ácido, foram consumidos 6 kg/t de minério tratado, adicionando-se em todas as etapas
efetuadas, rougher e cleaner.
2 Objetivos
3 Metodologia
Quanto aos ensaios de flotação, serão necessários estudos e ensaios práticos com
diversas combinações de reagentes, em diferentes condições de operação (percentagem de
sólidos na polpa, pH, velocidades e tempos de condicionamento / flotação, formas
diferentes de condicionamento , flotações em várias etapas e outras) para tentar conseguir
resultados satisfatórios. Os trabalhos terão de ser conduzidos em nível fundamental e em
escala de bancada, antes de se pensar em ensaios contínuos.
Os coletores clássicos para apatita são os ácidos graxos e seus sabões. Na literatura
há a menção a diversas técnicas para separar a calcita e a dolomita da apatita. Há artigos
excelentes, tratando do beneficiamento de minérios fosfáticos de origem sedimentar, a
maioria deles provenientes dos Estados Unidos, que tinham na Flórida suas grandes
reservas de minérios fosfáticos de alta qualidade. As pesquisas em relação aos minérios de
origem ígnea são, em sua maioria, mais recentes e são mais concentrados nas universidades
e centros de pesquisa, porquanto no mundo todo, o tratamento de minérios fosfáticos de
origem ígnea, ainda constitui um problema, na maioria das vezes, sem solução.
4) Miller, J.D., Liu,N.; Lu,Y. Improved Phosphate Flotation with Nonionic Polymers,
FIPR Publication nº 02-113-150, 40 p.,2001.
Semestre 1º 2º 3º 4º 5º 6º
Revisão Bibliográfica X X X X X
Amostragem/ Visitas Técnicas X
Caracterização Tecnológica X
Estudos Fundamentais/Bancada X X X
Avaliação de Resultados X
Ensaios Contínuos X X
"Workshops"/ Eventos X X
Relatório Final X X X
Semestre 1º 2º 3º 4º 5º 6º Total
5.000 5.0 5.00 52.0
Custeio 27.000,00 ,00 5.000,00 00,00 5.000,00 0,00 00,00
1.0 1 10.00 25.0
Diárias 4.000,00 - - 00,00 0.000,00 0,00 00,00
2.0 8.00 22.0
Passagens 6.000,00 - - 00,00 6.000,00 0,00 00,00
148.5
Equipamentos, taxas 148.515,00 15,00
40.0
Serviços de terceiros 20.000,00 20.000,00 00,00
15.011 15.0 1 15.01 90.0
Bolsas 15.011,01 ,01 15.011,01 11,01 5.011,01 1,01 66,06
40.011 23.0 3 38.01 377.5
Total 200.526,01 ,01 40.011,01 11,01 6.011,01 1,01 81,06
Equipamentos
Analisador de tamanho de partículas a laser 88.515,00
Absorção atomica (perkin elmer AANALYST 200) com lampadas 25.000,00
Medidor de potencial zeta da RankBrothers 35.000,00
total 148.515,00
8 Infraestrutura disponível
Os trabalhos aqui propostos serão realizados nos laboratórios da Universidade Federal da
Bahia – UFBA, que possuem uma infra-estrutura adequada para a realização do presente
trabalho, tanto nos aspectos bibliográfico quanto de espaço físico e equipamentos.
Especialmente será usado o Laboratório do Grupo de Produção e Recuperação de Materiais
Inorgânicos que dispõe de potenciostato/galvanostato interfaciado com computador (EG&G
273), analisador de impedância de ultima geração interfaciado com computador (Solartron
1260), forno tubular com controle de temperatura (ate 1600 oC ), moinho planetário (PM
100) com potes e corpos moedores de zircônia e de alumina, fontes de tensão,
osciloscópio, lupa estereoscopica, balanças analíticas, pH-metros, termômetro digital,
tacômetro digital, bombas peristálticas e cromatogafos à gás (CG Máster, CG 35 e CG 37)
com detector de ionização de chama e condutividade térmica com integradores.
Será também utilizado o Laboratório de Tecnologia Mineral, localizado do 3 o andar da
Escola Politécnica, possui cerca de 240 m2 de área construída e dispõe de três bancadas, e
duas salas com água, luz, e os seguintes equipamentos: moinhos de bolas e de barras,
britadores cônico e de rolo, peneiras, classificador hidráulico, ro-tap para análise
granulométrica, concentrador gravimétrico e magnético, células de flotação, balança semi-
analítica, medidor de pH de bancada, estufa, lupa estereoscópica, bombas de vácuo,
bombas peristálticas, coluna de flotação e gerador. A maior parte destes equipamentos foi
adquirida no início dos anos 1980, através de doação da Agência Canadense de
Desenvolvimento Internacional (CIDA) e continuam operacionais até esta
data. Outros equipamentos foram obtidos através de projeto de pesquisa financiado por
agencias de fomento nacional e o Laboratório de Metalurgia Extrativa Aplicada, criado com
recursos do PRODOC1/FAPESB, está localizado no primeiro andar da Escola Politécnica e
possui cerca de 25 m2 de área construída com capela, balanças analíticas, fonte de tensão,
eletrodos, vidrarias, agitador mecânico, agitador magnético,
destilador, medidores de pH e Eh, bomba de vácuo, multímetro, computadores, scanner e
impressora.
9 Membros da equipe
A equipe do projeto é composta de Pesquisadores Doutores (3) e outros
colaboradores atuantes na área de Tratamento de Minérios e Metalurgia Extrativa, na sua
maioria ligada à Universidade Federal da Bahia. Um desses colaboradores é Eng o de Minas
do Departamento Nacional da Produção Mineral. O coordenador do projeto, Eng o de Minas
e doutor em Metalurgia Extrativa, é Professor do Instituto Federal da Bahia, com passagens
pela UFRJ (COPPE) – Mestrado e Doutorado, CETEM – Pesquisador – e UFBA –
Professor/Pesquisador.