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Mônica Barros
Junho de 2003
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Quem sou eu?
Mônica Barros
Doutora em Séries Temporais – PUC-Rio
Mestre em Estatística – University of Texas at Austin,
EUA
Bacharel em Matemática – University of Washington,
Seattle, EUA
Professora da PUC-Rio (Depto. de Eng. Elétrica)
E-mails: monica@ele.puc-rio.br
monica@mbarros.com
Home page: http://www.mbarros.com
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Estrutura da Apresentação
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Mercados de Energia
Histórico
Contratos futuros de commodities agrícolas começaram
a ser negociados há mais de 120 anos
Os primeiros contratos futuros de energia foram
negociados com sucesso em 1978 e desde então têm
experimentado grande crescimento
Principais commodities energéticas negociadas:
óleo para aquecimento
Gás natural
Gasolina
Óleo “cru”
Eletricidade
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Foco Principal = Mercados de
Energia ELÉTRICA (EE)
Característica Mais Importante e Principal
“Complicador”
Ao contrário de outras commodities (gás, petróleo,
commodities agrícolas, etc...), a EE não pode ser
“guardada” (como energia por si mesma...)
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Características “Típicas” dos
Preços de Energia
Sazonalidade nos preços
Alta volatilidade nos preços spot, mas preços futuros
tendem a ser mais “bem comportados” – isso parece
ser conseqüência direta da incapacidade de
armazenamento da eletricidade
Risco de “base” (diferentes locais de entrega)
Risco de “base” devido a diferentes datas de entrega
“Pulos” e reversão à média (isto é, apesar dos preços
sofrerem oscilações brutais, não apresentam tendência
permanente de subida ou queda, tendem a “voltar” a um
certo nível “médio” – pelo menos em teoria...)
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Características “Típicas” dos
Preços de Energia
O que afeta os preços da eletricidade?
Relação atual de oferta e demanda
Custos de geração
Status operacional do parque gerador (manutenções
não programadas, quedas nas linhas de transmissão,...)
Variações sazonais na demanda
Eventos climáticos (temperaturas extremas, chuvas
fracas ou extremas, ...)
Expectativas futuras de crescimento da demanda e da
capacidade instalada
Capacidade de transmissão
Elasticidade-preço da demanda
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Mercados de Energia Elétrica
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Instrumentos Financeiros
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Instrumentos Financeiros
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Instrumentos Financeiros
Mercado Spot
É a forma mais simples de transacionar uma
commodity – a venda ou compra é feita a um
“preço de mercado”, e a entrega do “bem”
(neste caso, a eletricidade), deve ocorrer num
período curto (por exemplo, nas próximas 24
horas)
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Instrumentos Financeiros
Notação
T = data de vencimento do contrato
K = preço especificado no contrato na data
de vencimento
ST = preço spot na data de vencimento
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Instrumentos Financeiros
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Instrumentos Financeiros
Financiamento
Comprar
para
assegurar
Preço Futuro
Forward
Operação Venda
Caixa para
assegurar
Preço Futuro
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Instrumentos Financeiros
Contratos Futuros
A idéia é bastante parecida com a dos “forwards”, mas
existe uma diferença fundamental: contratos futuros
são padronizados, e negociados numa bolsa organizada
(por exemplo, NYMEX, CBOT, CBOE, BMF, IPE
(Londres)....
Vantagens
Aumento de liquidez
Garantias de crédito – a bolsa é responsável pela
liquidação das operações
Esta garantia de crédito se dá através do depósito de
“margens” pelos envolvidos
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Instrumentos Financeiros
Contratos Futuros
Vantagens
Conceito básico de “margem” – a cada dia existe
uma contabilização, e o risco financeiro não fica só
no dia do vencimento do contrato
Ou seja, se hoje o mercado foi na direção contrária à
sua “aposta”, você perde dinheiro, que é retirado da
conta que você é obrigado a manter para poder
operar.
Do contrário, se o mercado andou na direção que lhe
foi favorável, sua conta é creditada.
O mesmo mecanismo se repete diariamente até o
vencimento.
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Instrumentos Financeiros
Contratos Futuros
E o que acontece se você fica sem dinheiro na sua
conta?
Duas opções: recebe esta “chamada de margem” e
deposita a quantidade necessária OU sua posição é
automaticamente encerrada e você está fora do “jogo”.
Desvantagens
Custo: não necessariamente um agente do mercado quer
(ou pode) comprometer um volume de capital para as
chamadas de margem
Padronização: pode ser uma faca de dois gumes, e não dar
a você (ou à sua empresa) o tipo de proteção (ou
alavancagem) que você deseja!
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Instrumentos Financeiros
Contratos Futuros
Mesmo nos mercados de commodities, uma parcela
muito pequena (cerca de 2%) dos contratos futuros é
levada até a entrega física.
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Exemplo – Contrato Futuro no
NORDPOOL
Volume: 840 MWh, para uma
determinada semana, ao preço de 5
centavos/kWh.
As duas partes envolvidas assinam Nord Pool
um contrato que representam um
“seguro” mútuo
Se o preço médio do sistema para a
semana em questão torna-se 5.4 Ask Bid
cent./kWh, o gerador paga ao (vendidos) (comprados)
comercializador a diferença, isto é,
0.4 cent./kWh * 840 MWh. Produtor Comercializador
Ao contrário, se o preço médio do (Gerador)
sistema for 4.7 cent./kWh, o gerador
recebe do produtor a diferença, i.e,
0.3 cent./kWh * 840 MWh.
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Exemplo – Contrato Futuro no
NORDPOOL
Quem está na posição “bid” (comprada) recebe $$$ se o
preço SOBE acima do valor especificado no contrato
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Instrumentos Financeiros
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Instrumentos Financeiros
Swaps
Como diz o próprio nome: é a “troca” de uma coisa por
outra.
Mas, o que se troca num swap? Basicamente, dois
fluxos de caixa diferentes, ou duas taxas diferentes, por
exemplo, uma taxa fixa e outra flutuante.
Podem ser negociados ou não em bolsa, com prazos
longos ou curtos.
Valor nocional = valor do contrato de swap (não é
efetivamente negociado) – apenas a diferença entre as
taxas é paga ou recebida, e calculada sobre este valor
nocional.
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Instrumentos Financeiros
Swaps
As duas partes envolvidas num swap concordam em
pagar uma à outra a diferença entre um preço fixo e um
índice de preços.
Este “índice de preços” é uma média de preços de
mercado que deverá refletir a volatilidade dos preços
durante da duração do swap.
Os pagamentos são feitos em períodos previamente
acordados entre as partes.
Para entrar num swap não é necessário fazer qualquer
pagamento “up-front”.
Exemplos típicos do mercado financeiro:
Taxas de juros pré e pós fixadas
Swaps de taxas de câmbio
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Instrumentos Financeiros
Swap de Energia
Um produtor de energia quer assegurar um
preço pela commodity que vende (por
exemplo, não quer que ele caia muito). Pode
entrar num swap com uma contraparte,
comparando um preço fixo com um certo
índice relevante (por exemplo, o preço da sua
commodity em algum mercado)
Se o índice < preço fixo (preço da commodity caiu!)
Contraparte paga ao produtor a diferença: fixo-índice
Se o índice > preço fixo (preço da commodity subiu!)
Contraparte recebe do produtor a diferença: índice -
fixo
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Instrumentos Financeiros
Swap de Energia - II
Um consumidor de energia teme que o preço que terá
que pagar no futuro pelo seu insumo seja muito alto.
Pode entrar num swap com uma contraparte,
comparando um preço fixo com um certo índice
relevante, mas agora a sua posição deverá ser oposta à
do agente do exemplo anterior (produtor de energia)
Se o índice < preço fixo (preço da commodity caiu!)
Contraparte recebe do consumidor a diferença: fixo-índice
Se o índice > preço fixo (preço da commodity subiu!)
Contraparte paga ao consumidor a diferença: índice - fixo
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Instrumentos Financeiros
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Instrumentos Financeiros
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Instrumentos Financeiros
Americanas
Podem ser exercidas a qualquer instante
No caso de “calls” americanas, pode-se provar que o
exercício antecipado não é ótimo
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Instrumentos Financeiros
Paridade Put-Call
Válida apenas para opções EUROPÉIAS
A relação entre o preço de uma “put” e o de
uma “call” (ambas européias) com as mesmas
características (mesmo preço e data de
exercício) é:
C – P = S – K.e-r(T-t)
Desta relação, podemos obter o valor de uma
“put” a partir de uma “call” com preço de
exercício K, vencimento em T e cujo ativo
objeto hoje é negociado à vista por S.
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Instrumentos Financeiros
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Instrumentos Financeiros
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Instrumentos Financeiros
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Exemplo – Call de Energia
nPrêmio Mensal
oEnergia - MWh Agente B
Agente A
pStrike – R$XX/MWh
Agente A tem o direito (mas não a obrigação)
obrigação de comprar X MW de
energia mensalmente do Agente B segundo condições previamente
acordadas.
n O Agente A paga no i-ésimo dia do mês ao agente B um PRÊMIO em
R$/MWh pelo direito de comprar energia
Se opção NÃO for exercida:
O Agente B com o PRÊMIO e não tem obrigação nenhuma de vender
energia para o Agente A
Se opção for exercida:
o O Agente A compra a energia do Agente B pelo preço especificado
p O Agente B fica obrigado a vender a energia para o Agente A, que a
comprará pelo de exercício naquele mês específico.
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Exemplo – Put de Energia
nPrêmio Mensal
Agente Agente
oEnergia - MWh
A B
pStrike – R$XX/MWh
Onde:
S σ S σ
2 2
P = K .e − r (T −t )
.(Φ (− d 2 )) − S .Φ (− d1 )
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Instrumentos Financeiros
Delta
Uma aplicação do delta do portfolio é a construção de
carteiras com opções que são quase insensíveis aos
movimentos de preço do ativo objeto. Estes portfolios
“delta-neutros” são úteis quando se quer evitar, através
da montagem de uma carteira contendo opções, perdas
decorrentes de movimentos desfavoráveis do preço do
ativo objeto.
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Instrumentos Financeiros
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Instrumentos Financeiros
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Instrumentos Financeiros
Gama
Mede a sensibilidade do Delta em relação às variações
no preço do ativo objeto. Numa analogia com a Física, o
Gama é uma medida da “aceleração” no preço de um
derivativo, ou seja:
∂∆ ∂2F
Γ = =
∂S ∂S 2
Se o Gama é pequeno, as variações do preço da ação
objeto implicam em pequenas variações no Delta da
opção (e assim não é necessário fazer grandes
alterações num portfolio para mantê-lo Delta-neutro).
Gama
Da fórmula de Black e Scholes segue que o
Gama de uma call ou put européia é:
ϕ (d1 )
Γ=
S .σ . T − t
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Instrumentos Financeiros
Theta
Mede a sensibilidade do derivativo em relação ao
tempo, isto é:
∂F
Θ=
∂t
Para uma call européia:
S .ϕ (d1 ).σ
Θ=− − r.K .e − r (T −t ).Φ (d 2 )
2 T −t
Para uma put européia:
S .ϕ (d1 ).σ
Θ=− + r.K .e − r (T −t ).Φ(− d 2 )
2 T −t
Θ é negativo na maioria dos casos (isto é, o valor da
opção decresce com o passar do tempo)
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Instrumentos Financeiros
Rô
Mede a sensibilidade de uma opção às variações na
taxa livre de risco: ∂F
ρ=
∂r
Da fórmula de Black e Scholes segue que:
Para uma call européia: ρ = K .e
− r (T −t )
(T − t ).Φ(d 2 )
Para uma put européia: ρ = − K .e − r (T −t ) (T − t ).Φ (− d 2 )
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Instrumentos Financeiros
Vega ou Lambda
É a sensibilidade do preço do derivativo às variações
na volatilidade. No modelo Black-Scholes supõe-se
que a volatilidade é constante, mas na prática esta
varia durante a vida da opção.
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Instrumentos Financeiros
Caps
Funciona como um portfolio de “calls” européias
Objetivo: proteger o comprador de oscilações de preço
ACIMA de um nível determinado, durante um período de
tempo especificado
Floors
Funciona como um portfolio de “puts” européias
Objetivo: garantir um preço MÍNIMO (a ser pago ou
recebido) durante um período de tempo especificado
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Instrumentos Financeiros
Collars
É um portfolio de posições longas
(compradas) em caps e vendidas em floors.
Uso típico
Consumidores de energia que querem hedge contra
aumentos de preços e utilizam o prêmio recebido
pelo floor para financiar a proteção dada pelo cap.
Pode-se, com alguma engenharia financeira,
construir um collar de custo zero!
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Instrumentos Financeiros
Opções Asiáticas
São “path-dependent” (dependentes do
caminho), isto é, seu pay-off depende do
caminho seguido pelos preços da commodity
até o vencimento, e NÃO APENAS do preço
final
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Instrumentos Financeiros
1 m
max 0, ∑ S k − K
m k =1
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Instrumentos Financeiros
Opções de Barreira
São opções “path-dependent” também
Dois principais tipos:
Knock–out
Deixa de existir se o preço do ativo objeto
(geralmente, o preço spot ou o preço de um forward)
atravessa um certo nível H (a “barreira”)
Knock-in
Começa a existir quando o preço do ativo objeto
atavessa a “barreira”
São mais baratas que opções “padrão” com
basicamente as mesmas características, pois podem
nunca chegar a existir (ou deixar de existir)
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Instrumentos Financeiros
30
Pode-se pensar numa usina “baseload” como estar numa posição longa
(comprada) num swap cujo preço é US$ 30 (custo marginal da planta)
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Instrumentos Financeiros
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Instrumentos Financeiros
Combinando diversas estruturas
2) Lançar call de R$80 = recebe prêmio e perde
dinheiro se o preço ultrapassa R$ 80
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Instrumentos Financeiros
Swap R$ 56
ESTRUTURA FINAL
130
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Instrumentos Financeiros
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Instrumentos Financeiros – O
Contrato de Energia da BM&F
Especificações (versão proposta em Abril 2002)
Data de vencimento: 5o. dia útil anterior ao mês de
vencimento do contrato
Na data de vencimento não serão permitidas operações
de “day trade” nem a abertura de novas posições
vendidas
BM&F será responsável pela liquidação das
posições em aberto
A execução do contrato de compra e venda de
energia ocorrerá amparada nas regras do MAE
Nota: a BM&F desistiu do lançamento deste
produto por causa das incertezas regulatórias do
setor
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Instrumentos Financeiros
Building-block approach
Desagregar o seu portfolio nas suas
componentes de risco, em pequenos pedaços
“compreensíveis” e identificá-los com os
instrumentos padrão
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Instrumentos Financeiros
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Instrumentos Financeiros
NYMEX
NORDPOOL
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NYMEX
NYMEX - gás
O gás natural tem uma importância
fundamental na matriz energética dos EUA, e
representa quase 25% da energia consumida.
Sua participação na matriz energética tende a
aumentar no futuro.
O mercado americano de gás natural é
extremamente dinâmico e competitivo,
caracterizado por:
Grande liquidez de contratos de curto e médio prazo
Transparência de preços e existência de operações
sofisticadas usando derivativos
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NYMEX
NYMEX - gás
Abril de 1990 – lançamento do contrato futuro de gás
para o Henry Hub (ponto de confluência de gasodutos,
situado na Louisiana, funciona como uma espécie de
centro de gravidade)
É o indicador mais líquido e transparente para o
mercado de gás americano.
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NYMEX
NYMEX - gás
Outros produtos
Swaps
Spread de calendário – contrato de opções
para a diferença de preços entre duas datas
de exercício diferentes
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NYMEX
Petróleo Brent
É um óleo “cru” leve do Mar do Norte que serve
como referencial para contratos futuros na
NYMEX.
Grande parte do refino ocorre no Noroeste da
Europa, e grandes volumes são enviados para os
EUA. Os produtores negociam a maior parte da
produção no mercado spot.
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NYMEX
Contratos Futuros de WTI
Futuros de WTI na NYMEX
42.00
38.00
34.00
30.00
26.00
22.00
18.00
14.00
10.00
02/01/1985
02/01/1986
02/01/1987
02/01/1988
02/01/1989
02/01/1990
02/01/1991
02/01/1992
02/01/1993
02/01/1994
02/01/1995
02/01/1996
02/01/1997
02/01/1998
02/01/1999
02/01/2000
02/01/2001
02/01/2002
02/01/2003
New York, NY Crude Oil Future Contract 1 ($/bbl) New York, NY Crude Oil Future Contract 4 ($/bbl)
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NYMEX
Crack Spreads
Envolve a relação entre óleo “cru”, gasolina e
óleo para aquecimento.
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NYMEX
Crack Spreads
Para calcular o spread, faça a conversão do
preço do óleo cru de barris para galões (divida
por 42).
Por exemplo, considere um crack spread 5-3-2 e
suponha que os preços são:
Óleo cru: US$ 17.12/barril = US$ 0.4076/galão
Gasolina: US$ 0.4390/galão
Heating Oil: US$ 0.4927/galão
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NYMEX
Crack Spreads
Insumo: 5*cru = US$ 2.038095
Produto: 3*gas+ 2*HO = 2.4644
Spread por 5 unidades de óleocru:
2.4644-2.0380=0.4263
Spread por unidade de óleo cru:
0.4263/5 = US$ 0.0853
Compra de Spread: venda cru e compre os
produtos
Venda de Spread: compre cru e venda os
produtos
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NYMEX
Crack Spreads (5-3-2 para Nov 1999)
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NORDPOOL
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NORDPOOL
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NORDPOOL
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NORDPOOL
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NORDPOOL
Distribuidores Distribuidores
Mercado de Varejo
Pequenas Indústrias, Serviços,
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Consumidores Residenciais 84
NORDPOOL – Mercado
Atacadista
Mercado OTC (de balcão)
Intermediação entre compradores e vendedores,
eliminando risco de crédito
Contratos padronizados ou não
Bolsa de Energia
Funciona como clearing, promove a liquidação
financeira e assume a exposição ao risco da contraparte
Apenas contratos padronizados
Mercado Bilateral
Negociação entre dois agentes, ambos expostos ao
risco da outra parte
Contratos “tailor made”
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NORDPOOL
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NORDPOOL
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NORDPOOL – FORMAÇÃO DE
PREÇOS – MERCADO SPOT
MWh
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NORDPOOL
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NORDPOOL
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Produtos - NORDPOOL
Produtos
Elspot - Mercado spot com entrega física de energia
Eltermin - Mercado financeiro para contratos futuros e
forward
Eloptions - Mercado financeiro para contratos de
opções do estilo europeu e asiático
Elclearing - Serviço de compensação
O NordPool toma o risco da contraparte e garante
pagamentos
Rotina de compensação diária, e a liquidação é
baseada nas mudanças no valor de mercado das
posições dos participantes
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ELSPOT - NORDPOOL
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ELSPOT- NORDPOOL
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ELBAS - NORDPOOL
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Eltermin - NORDPOOL
Eltermin é um mercado financeiro para “hedging”
de preços e administração de riscos
Duas categorias principais: Futuros e Forwards
Horizonte de comercialização – até 3 anos à
frente
Não há entrega física de energia, apenas
liquidação financeira
Comercialização eletrônica, entre 8 e 15:30 hs
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Eltermin – NORDPOOL –
Contratos Futuros
O valor de cada contrato é ajustado diariamente baseado
em mudanças no preço de mercado do contrato.
Divididos em estações
dividido em 3-6 blocos
cada bloco tem 4 semanas
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Eltermin – NORDPOOL -
Contratos a termo
Não há troca de dinheiro entre as partes antes do
vencimento; a liquidação é feita apenas no
período de entrega
Cada participante tem que fazer um depósito de
seguro na Nord Pool
Horizonte de comercialização - 3 anos
Contratos por estações ou contratos anuais.
Períodos de entrega forward
FWV1xx ( inverno 1, ano xx): 1 Janeiro - 30 Abril
FWSOxx( verão, ano xx): 1 Maio - 30 Setembro
FWV2xx( inverno2, ano xx): 1 Outubro - 31 Dezembro
FWYRxx( ano inteiro xx) 1 Janeiro - 31 Dezembro
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Eloptions - NORDPOOL
Contratos de opções, negociadas a partir
de outubro de 1999
Dois tipos: opções européias e asiáticas
As opções européias comercializadas no
NordPool têm, como ativo objeto,
contratos forward para estações e anos
Nas opções asiáticas do NORDPOOL, o
ativo objeto depende do preço do sistema
do mercado spot
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NORDPOOL
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Gerenciamento de Risco no
NORDPOOL
Método que vem sendo empregado para análise de
risco
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Tight Pool vs. Loose Pool
Despacho Centralizado - Tight Pool ( Brasil e Chile )
Despacho e Preço definidos por modelos de otimização
energética
Leilão - Loose Pool ( Noruega e Colômbia )
Produtores fazem ofertas ("bid") para diversos patamares de
geração ⇒ Curva de Oferta
Consumidores fazem propostas ("ask") para diversos
patamares de consumo ⇒ Curva de Demanda
$/MWh $/MWh
3.0
Geração
A interseção das
Consumo
2.0 curvas
Consumo Geração
1.0 preço spot Preço "Spot"
despacho contratado
Despacho
0 10 20 30 40 50
MWh MWh
info@mbarros.com 101
Mercado de E.E. no Brasil
info@mbarros.com 102
Mercado de E.E. no Brasil
ONS
Operador Nacional do Sistema
Faz o “despacho” das usinas no sistema com
o objetivo de minimizar o custo total (custo
atual + custo futuro)
MAE
Mercado atacadista de energia
Determina o preço spot, que é gerado por
modelos matemáticos!
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Mercado de E.E. No Brasil
info@mbarros.com 104
Mercado de E.E. No Brasil
info@mbarros.com 105
Preço MAE
O preço do MAE é determinado em base semanal,
para três patamares de carga, em cada
submercado do sistema elétrico brasileiro.
100
95% Hidráulico
80
60
40
20
0
7
9
8
9
7
97
98
99
00
7
0
/9
/9
/9
/9
l/9
l/9
r/0
r/9
r/9
r/9
n/
n/
n/
n/
ut
ut
ut
l
Ju
Ju
Ju
Ab
Ab
Ab
Ab
Ja
Ja
Ja
Ja
O
O
CMO (R$/MWh)
Ja
n
0,000
50,000
100,000
150,000
200,000
250,000
300,000
350,000
400,000
450,000
500,000
-9
Ap 3
r-
9
Ju 3
l-9
O 3
ct
-9
Ja 3
n-
9
A 4
pr
-9
Ju 4
l-9
O 4
ct
-9
Ja 4
n-
9
A 5
pr
-9
Ju 5
l-9
O 5
ct
-9
Ja 5
n-
9
A 6
pr
-9
6
Ju
l-9
O 6
ct
-9
Ja 6
n-
9
A 7
pr
-9
Ju 7
l-9
Meses
O 7
ct
-9
Ja 7
n-
9
A 8
pr
-9
info@mbarros.com
Ju 8
Evolução dos CMOs / Sudeste
l-9
O 8
Preço da Energia - Brasil
ct
-9
Ja 8
n-
9
Ap 9
r-
9
Ju 9
l-9
O 9
ct
-9
Ja 9
n-
0
Ap 0
r-
0
Ju 0
l-0
O 0
ct
-0
Ja 0
n-
0
Ap 1
r-
01
108
109
S u d e s te
Sul
P re ç o s s e m a n a is M A E a p ó s o ra c io n a m e n to (s u b m e rc a d o s S u d e s te e S u l)
3
00
/2
06
3/ 3
-1 00
03 /2
20 3/05 3
6/
/0 -2 00
07 03 /2
20 2/05 3
5/
/0 -0 00
17 03 /2
20 1/04 3
4/
/0 -1 00
26 03 /2
20 1/03 3
4/
/0 -2 00
05 03 /2
20 /02
3/ 8 3
/0 -2 00
15 03 /2
20 7/02 3
2/
/0 -0 00
22 03 /2
20 7/01 2
2/
/0 -1 00
01 03 /2
info@mbarros.com
20 7/12 2
1/
/0 -2 00
11 02 /2
20 6/12 2
2/
/1 -0 00
21 02 /2
20 5/11 2
1/
00
Após o racionamento
/1 -1
30 02 /2
Preço semanal MAE
20 5/10 2
1/
/1 -2 00
09 02 /2
20 4/10 2
0/
/1 -0 00
19 02 /2
20 3/09 2
9/
/0 -1 00
28 02 /2
20 3/08 2
9/
/0 -2 00
07 02 /2
20 2/08 2
8/
/0 -0 00
17 02 /2
20 2/07 2
7/
/0 -1 00
27 02 /2
20 1/06 2
7/
/0 -2 00
06 02 /2
20 1/05 2
6/
/0 -3 00
15 02 /2
20 0/05 2
5/
/0 -1 00
25 02 /2
20 9/04 2
5/
/0 -1 00
04 02 /2
20 9/03 2
4/
/0 -2 00
13 02 /2
20 8/03
/
/ 03 -0
23 02
20/
/ 03
02
2 7 .0 0
2 4 .0 0
2 1 .0 0
1 8 .0 0
1 5 .0 0
1 2 .0 0
9 .0 0
6 .0 0
3 .0 0
110
N ordeste
P reços sem an ais M AE apó s o racion am ento (sub m ercados N o rdeste e N orte)
N orte
3
00
/2
06 3
3/ 0
-1 20
03 5/
20 3/0 03
6/ -2
/0
03 20
07 5/
20 2/0 03
5/ -0
/0
03 20
17 4/
20 1/0 03
4/ -1
/0
03 20
26 3/
20 1/0 03
4/ -2
/0
03 20
05 2/
20 8/0 03
3/ -2
/0
03 20
15 2/
20 7/0 03
2/ -0 0
/0 /2
22 03 1
20 7/0 02
2/ -1
/0 20
info@mbarros.com
01 03 2/
20 7/1 02
1/ -2
/0
02 20
11 2/
20 6/1 02
2/ -0 0
/1 /2
21 02 1
20 5/1 02
1/
Após o racionamento
/1 -1 20
02 0/
Preço semanal MAE
30
20 5/1 02
1/ -2
/1
02 20
09 0/
20 4/1 02
0/ -0
/1
02 20
19 9/
20 3/0 02
9/ -1
/0
02 20
28 8/
20 3/0 02
9/ -2 0
/0 /2
07 02 8
20 2/0 02
8/ -0
/0
02 20
17 7/
20 2/0 02
7/ -1
/0
02 20
27 6/
20 1/0 02
7/ -2 0
/0 /2
06 02 5
20 1/0 02
6/ -3
/0
02 20
15 5/
20 0/0 02
5/ -1
/0
02 20
25 4/
20 9/0 02
5/ -1
/0
02 20
04 3/
20 9/0 02
4/ -2
/0
02 20
13 3/
20 8/0
3/ -0
/0
23 02
20
3/
/0
02
27.00
24.00
21.00
18.00
15.00
12.00
9.00
6.00
3.00
Preço Médio Diário da Energia
na Colômbia
70% Hidráulico
info@mbarros.com 111
Preço Médio Mensal na
Noruega
350
300 99% Hidráulico
250
Nok/MWh
200
150
100
50
0
96
98
99
97
00
6
9
7
7
6
9
t/9
t/9
t/9
t/9
/9
/9
/9
/9
n/
n/
n/
n/
n/
ai
ai
ai
ai
Se
Se
Se
Se
Ja
Ja
Ja
Ja
Ja
M
M
info@mbarros.com 112
Sistemas Predominantemente
Hidroelétricos
A princípio, é possível utilizar a água armazenada
nos reservatórios para evitar o custo de combustível
das unidades térmicas.
A operação deve considerar a incerteza nas
afluências futuras.
O valor da água armazenada nos reservatórios não
pode ser obtido diretamente.
A água que passa em uma usina afeta outras
usinas a jusante (“mais para baixo na cascata”)
Custo evitado de geração térmica
Existe acoplamento temporal, i.e., uma decisão
operativa hoje afeta o custo de operação no futuro.
info@mbarros.com 113
Planejamento da Operação
Afluência
Alta
OK
Utilizar Água
Utilizar
Água reduz custo presente
Afluência aumenta custo futuro
Baixa
Déficit risco de déficit
Armazenar Água
Afluência
Alta
Vertimento
aumenta custo presente
Armazenar reduz custo futuro
Água
risco de vertimento
Afluência
Baixa
OK
info@mbarros.com 116
Cálculo do Custo Futuro
Custo
Futuro =
média de
todas as
trajetórias
info@mbarros.com 117
Planejamento da Operação no
Sistema Brasileiro
É centralizada pelo Operador Nacional do
Sistema Elétrico (ONS) - Tight Pool.
info@mbarros.com 118
Planejamento da Operação
Objetivos
Em cada etapa do horizonte de planejamento,
determinar as metas de geração para cada
usina, de forma a atender a carga,
minimizando o valor esperado do custo de
operação.
info@mbarros.com 119
Planejamento da Operação
Planejamento
de Longo Prazo
Planejamento
de Médio Prazo
Despacho Real (1 ano em bases semanais)
(1 hora) Desagregação da geração
hidráulica em usinas
individualizadas
Pré-despacho Planejamento
(1 dia em bases horárias) de Curto Prazo
programação de curto prazo (1 semana em bases horárias)
atendendo aos requisitos Desagregação da geração
energéticos e elétricos semanal em bases horárias
info@mbarros.com 120
Sistema Brasileiro- Cadeia de
Modelos
Dados do Palnejamento de
Longo Prazo
Previsão de Carga
Séries de Afluência Programa NEWAVE
de Longo Prazo
info@mbarros.com 122
Newave
Objetivo
Definir a alocação ótima de geração térmica e
hidráulica a cada mês, de forma a minimizar o custo
esperado total (inclui o custo da geração térmica e o
custo de deficit, que é o custo do não suprimento de
energia)
Solução do problema de otimização usa....
Programação Dinâmica Dual Estocástica (PDDE)
Representação em sistemas equivalentes
Estado do sistema: energia armazenada nos
reservatórios e tendência hidrológica (vazões)
info@mbarros.com 123
Newave
ARQUIVOS ENTRADA NEWAVE DESCRIÇÃO
info@mbarros.com 124
Newave - Dados de Saída
info@mbarros.com 125
Simulação da Operação
info@mbarros.com 126
Dados de Saída
info@mbarros.com 127
Relacionamento entre os
modelos
info@mbarros.com 128
Gerenciamento de Risco
Em sistemas predominantemente hidráulicos os agentes
estão expostos a diferentes tipos de risco:
risco associado à incerteza na carga
risco associado à incerteza na disponibilidade
risco associado à incerteza hidrológica
risco de preço (direta ou indiretamente associado aos riscos
de quantidade)
riscos financeiros (câmbio, crédito, taxas de juros, etc.)
riscos regulatórios
info@mbarros.com 129
Riscos no Mercado de E.E.
Geradores
longos períodos com preços spot baixos
correlação negativa entre preço spot e capacidade
de produção (hidro)
Consumidores
preços spot podem ser muito elevados
(>$1000/MWh) por vários meses
preço spot pouco afetado por nível de consumo
info@mbarros.com 130
Riscos no Mercado de E.E.
18000 450
16000 400
Energia armazenada (MW médios mensais)
14000 350
12000 300
10000 250
8000 200
6000 150
4000 100
2000 50
0 0
info@mbarros.com 131
E agora? Como aplicar isso ao
Brasil?
Uma condição necessária para o desenvolvimento
de um mercado FINANCEIRO de energia é:
INICIALMENTE estabelecer um mecanismo de preços spot
confiável, pois....
info@mbarros.com 132
E agora? Como aplicar isso ao
Brasil?
Diversas propostas
Oferta e demanda? Talvez! Existem questionamentos, a
respeito da possível ineficiência disso em termos
operativos... Será que o mercado não acaba se ajustando e
se comportando de maneira eficiente bem rápido?
info@mbarros.com 133
E agora? Como aplicar isso ao
Brasil?
Preços de Longo Prazo
Possivelmente o VN servirá de balizador para estes
preços, mas é necessário que estes preços garantam a
expansão da oferta e a entrada de novos agentes
geradores
info@mbarros.com 134
E agora? Como aplicar isso ao
Brasil?
A QUESTÃO FUNDAMENTAL É: não importa qual
o modelo de preços a ser adotado no futuro, é
importante que os agentes reconheçam:
A importância do uso de “novos” instrumentos
(derivativos e etc...)
Sejam capazes de acessar, medir e controlar a sua
exposição ao risco
Disseminem a cultura “financeira” como parte integrante
do seu negócio
O negócio de Energia (e não apenas EE), com toda a sua
volatilidade de preços, não pode mais se dar ao luxo de
ignorar ferramentas desenvolvidas originalmente nos
mercados financeiros
info@mbarros.com 135
Referências
Páginas na Internet
A new spin on derivatives software
http://www.freecreditderivatives.com/riskpowr.htm
Price Development in Power Markets
http://www.rwe-energy-trading.com
Risk management- Swaps, Caps and Floors, Collars
http://www.dena.duke-energy.com/services
NYMEX
http://www.nymex.com
MAE
http://www.mae.org.br
NORDPOOL
http://www.nordpool.com
NUCA – UFRJ
http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/provedor/
info@mbarros.com 136
Referências
Apresentações
Bernini, E.J. (2002) – O Mercado de Energia Elétrica:
Desafios e Perspectivas – Seminário Realizado na
FIRJAN, Abril, 2002.
Bueno, A. (2002) – A Proposta de Contrato Futuro de
Energia Elétrica– Seminário Realizado na FIRJAN, Abril,
2002.
Houmøller, Anders P. (2001) - The Nordic Model
Thorensen, J.V. & Andersen, J. H.(2002) – The
Experience in Scandinavia – Seminário Realizado na
FIRJAN, Abril, 2002.
Oliveira, Armando (2000) – Exame de Qualificação –
Departamento de Eng. Elétrica – PUC-Rio
info@mbarros.com 137
Referências
Livros
Clewlow, L. & Strickland, C. (2000) – Energy
Derivatives Pricing and Risk Management
Errera, S. & Brown, S.L. (1999) – Fundamentals of
Trading Energy Futures and Options
Fusaro, P.C. (1998) – Energy Risk Management
Hull, J.C. (2000) – Options, Futures and Other
Derivatives, 4th edition
Jorion, P. (2001) – Value at Risk, 2nd. edition
Pilipovic, D. (1998) – Energy Risk – Valuing and
Managing Energy Derivatives
Wilmott, P. (2000) – Paul Wilmott on Quantitative
Finance, vols. I and II
info@mbarros.com 138