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Anuo I Còritiba, 12 de Junho de 1913 K. 1

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Õüerr) não ten? cão... •>*"

O' seu borracho, chega-me da rua em

-Que queres, filha? que estado'
Já não ha mais agua...
 BJCZZZ» fl Bomba !_________=!
PoKIRp
O gosto das leituras constitue um
dos maiores prazeres intellectuaes: con-
firmam-no todas as pessoas de senso.
E' verdade, essa, reconhecida pelos mais
simples entendimentos e pelos mais cul-
tos. E tão corriqueira ella é, tão gene-
ralizada e clara, que quando se vai, por
acaso, descrever o facto da sua existen-
cia, já se sabe, de antemão, que muitos,
com enfado irônico e um tanto cruel,
hão de terphrases mais ou menos assim:
«Não era preciso que mo dissessem!»
Felizmente é resumido o numero desses
orgulhosos. A maioria acha até prazer
(e como é agradável assignalal-o!) em
ver num escriptó qualquer, ora uma opi-
nião que seja bem parecida á sua, ora
uma idéia que esteja conforme a sua
maneira de comprehender as coisas, ora
a graça tênue de um sentimento, que
coexista com a delicadeza do seu sentir.
O escriptor sabe que não poderá íigra-
dar a todos.
As pessoas que lêm, sabem que não
poderão sempre admirar. Não poderão.
Mas lêm, para desenvolver o seu com-
mentario opportuno, a sua censura, a
sua apreciação discordante
E vamos e venhamos: a satisfação de
criticar não é lá das menores! Por isso,
quem não lê, no seu desinteresse das
coisas humanas, desinteresse tão duro
e quasi inconcebível, será vencido, fa-
talmente, pela única concurrencia pode-
rosa, que é a das intelligencias que se
adestraram em observações sobre livros,
jornaes e revistas . . .
Muitos que não lêm, inimigos de to-
da espécie de literatura, invocam o
exemplo dos Estados-Unidos, como sen-
do o pais, onde só se cuida de critério-
sas utilidades! Mesmo na literatura leve,
nervosamente moderna, os Estados Uni-
dos apresentam escriptores brilhantes:
desde os humoristas que se chamaram
Washington Irving e Mark Twain, até
os que em nossos dias são a expressão
da intellectualidade norte americana.
Quem não lê por indolência, não se
conhece como suppôe, não aprecia de-
vidamente os homens, as mulheres e os
episódios conimiins da vida . . .
O amor das leituras, subtilizado em
alguns, menos intenso em outros, é um
verdadeiro bem: e abençoado seja elle,
que nos consola e nos faz esquecer,
tantas vezes, naturalissimas desillusões,
pungitivas decepções injustas, pequeni-
nas magoas românticas.
Bolívar.
Muita gente ficou radiante com o nos-
so apparecimento, e a prova segura disso
é o montão de cartas de felicitações que
se vêm amontoando ao nosso lado. Mas
ninguém como um fremiu de tanto enthu-
siasmo, a ponto de tentar uns passos vai-
seados de ximarrete... Foi o nosso velho
amigo dr. Xavier.
Dizem-nos que elle já está antegozando
a delicia única de passar o dia inteiro de
bomba em punho, quando não nos queixos,
chupando gostosamente um chimarrão...
W
A Bomba
No meio de um fragor immenso_j*jiifi_xe.tumtiar-.
Fugindo ao pingalim do humour que de ti zomba,
Vaes, pacato burguez, nos servir de zabumba
E paz já não terás porque estourou a Bomba.
i
Faze por evital-a e arreda si ella tomba,
Como o rei hespanhol ao vel-a fazer bumba . . .
Mas vem lêl-a si triste estás como uma tumba
Que ella para o teu mal é um elixir de arromba.
Por toda parte irá, do palácio á tarimba,
E si um facto qualquer para a troça descamba.
Com uma piada feroz a Bomba já o carimba.
Cuidado ! Alerta, pois, porque sinão —caramba! —
Ella em ti baterá como em piano — marimba
E terás que dansar sobre uma corda bamba.
Barão da Flor de Alface
¥
Soubemos que o sr. Euphrasio Cortes
é candidato á primeira vaga do Centro de
Letras. Tratando-se de letras somos de
opinião que é muito justa a pretenção
daquelle senhor.
 ESSE A Bomba

A vida pratica. Pela maneira de

|

andar é que se conhecem as pessoas bem Estilhaços . . .

educadas, principalmente entre as do bello
sexo, a quem nos dirigimoc. A mulher
que
tiver um andar muito remexido é coquette
e leviana; o andar pausado denota lerdice
e preguiça; o andar apressado denota um
caracter irritadiço; o andar que não é nem
apressado nem pausado, é indicio certo
de que a pessoa nunca se casará. Serão
Esses os meus eternos pesadelos . . .
Ver o Carlos empréstimos fazer
Sem que se mexa para me valer,
Que não posso empenhar nem os cabellos..
Monteiro.
#

felizes e tudo conseguirão na vida as

mulheres que puderem andar paradas. Ex-
perimentem e verão.
ik
ves .
de piston
E' uma questão complicada
Que o cérebro põe em cacos
Tapar buracos de estrada
Sem no cofre abrir buracos .
A questão da Graciosa trouxe ao
conhecimento publico que o Estado é o
fiador do aluguel de certas casinhas
per-
tencentes a um alto funccionario
publico do
Estado. E si a questão continuar nesse
pé,
não demorará muito tempo que veremos
esse pessoal todo mutuamente se
pondo a
calva á mostra. Também quizeram mexer
com pedreiras e areaes, agora agüentem
firmes com as pedradas e com a areia
nos olhos, para não olharem
para o vi--
sinho . . .

Dalló. O Centro Artístico, que trabalha sob a

direcção do sr. Major Paulo Assumpção,
está tratando, com animação, de levar logo
á scena uma opera, que supplantará o sue-
cesso alcançado pela Sideria. A nova ope-
A nossa gloriosa policia não des-
medeí_as_suas tr.adLÇQes._-h^r-oiras do Iranyr .Ia„.Í5Í!Íyl^-se^á, segundo-o-uvfmos—xürerv-
Nas suas ultimas manobras, foi escalada Quem não chora não mama ou Como se
uma guarda avançada para vigiar o inimigo. canta para entoar...
Mas, nem bem este appareceu a guarda Sabemos também que se encarregou de
desandou numa corrida louca, que passou compor o libreto o magnífico tracejador das
do local onde estava acampado o grosso Violetas, capitão Sabo.
das forças. Interrogado o official comman-
dante da guarda, a que cargas d'agua vinha *
aquella corrida fora de tempo, disse o re-
ferido official que havia estado no Irany: Ja sabes porque nos está faltando
—«E' que me distrahi
por causado somno, água ?
e pensando que a coisa era de verdade, Porque seccaram os mananciaes
pareceu-me ouvir aquella mesma gritaria da serra. .-
que eu ja havia ouvido no Irany ... Qual o
que ! E' que a caixa da-
gua do Alto de S. Francisco é um verda-
deiro Jardim Zoológico, e para os bichos
todos que ali vivem mal chega a água
* que
nos vem da serra.
Por
que seria que até hoje ainda
não sahio o inquérito do Irany?
m
Ora essa, o dr. Chefe
porque Recebemos e agradecemos os magníficos
de Policia em vez de mandal-o publicar mataborrões
reclames que nos foram offe-
no Diário Official como prometteu. mandou-o recidos
pela victoriosa Casa Modelo, depo-
para a Penitenciaria. sitaria do afamado calçado Melillo.
 pM =Mma g pomba ^pgp
I rrrD
Bu té b©i
oco o o
'*/////,y/*/,s*
*rS*f*//*"///'/
Mas, porque você
quer sahir? per-
guntou o Reverendo ao Miguel, que havia
trinta annos já fazia tenção disso, mas
tinha medo de dizer.
O Miguel era sacristão e como tal havia
quarenta e tantos annos era um verdadeiro
burro de carga, como se costuma dizer,
por que o padre, não só o fazia accender
as velas, tocar sino, soltar foguetes, ajudar
nas missas, recommendar defuntos e outros
misteres da egreja, como também, obriga-
va-o a fazer o serviço doméstico em casa
do reverendo.
Por que necessito, respondeu o Mi-
guel, de cabeça baixa, com duas lagrimas
nos cantos dos olhos, recordando tal vez,
o meio século passado entre o convívio
familiar dos santos.
Necessitas? Não sates
que si você
me abandonar agora, São Pedro não te
deixará entrar no ceu ? No emtanto, filho,
si você ficar me ajudando, quando morrer
irás como um rojão, direito para lá, dis-
cõrTía~l^paWé"cõm lábias, querendo con-
vencel-o que devia continuar a ser burro
de carga.
Pois é por isso mesmo, tornou Mi-
guel, quasi chorando,
Por isso mesmo? Interroga o
padre,
com os olhos quasi fora das orbitas. Ha-
verá maior recompensa do que em a gente
morrendo ir para o ceu, paraizo dos que
soffreram na terra, logar em que só entra
quem foi bem e obediente; mas, por que
você não quer ir para o ceu?
E' . . . por que, torna Miguel, eu te-
nho certeza que assim que São Pedro me vir
entrar, gritará logo: Oh Miguel apague a
Lua e accenda o Sol. Recolha o vento, sol-
te o trovão. Coe as pedras para chuva.
Limpe as estrellas. Amasse os aereolitos,
Empurre as nuvens. Não deixe a chuva ca-
hir. Diga a Marte que não passe muito per-
to da terra hoje. Veja si ainda temos arcos
da velha novos, si não tivermos pinte uns
para amanhã e outras coisas mais; já vê,
leverendo que eu tenho razão de sobra pa-
ra não querer continuar como sacristão e ir
para o ceu.
^
0///ra muda de roupa.
o
Brevemente a Policia
adoptará novo fardamento,
de accordo com certas
necessidades actuaes (Dos
Jornaes)
Quer ella queira ou não queira,
Pra poder andar aqui,
Tem, si esteve no Irany
De mudar a roupa inteira . . .
Da Fiuicção tio Se na oração, impor-
tante livro que o Conego Braga irá apre-
sentar ao Centro de Letras do Paraná,
extrahimos estas notas :—Gollocado no
principio da oração fará desta um coração.
Uma oração, porem, não começará nunca
por se. Collocado depois do ar e antes de
ão> fará arção; depois de ra e antes de
ão, fará ração; depois do a e antes de
ão, fará ação na orthographia phonetica;
depois de ro e antes de a fará roça; de-
pois de or e antes do o ou do a, iam
orço ou orça; antes desta ultima, fará
corça, é contra a regra este caso; e an-
tes do o e depois do a, fará aço. etc. etc.
Como se vê, A Funcção do Se ria ora-
ção, é um maravilhoso trabalho, onde o
Conego diz os segredos todos da natura,
de um modo original que irá assombrar os
sábios da escriptura... philologica.
De outro não menos importante livro,
De corno se ginetêa um sapo, da aueto-
ria do festejado auetor D. Nascimento, tra-
taremos mais de espaço.
W
Trisquetroques
O Theodorico Bittencourt agora
No direito romano vê-se baio,
Porquanto os commentarios, numa hora,
Inteirinhos de Gaio elle devora,
A ponto de o chamarem papa Gaio.. .
 § B g ^ jGSJ
O primeiro beijo
Que pena, meu amor, tudo acabou-se !
Beijamo-nos os dois, mas só uma vez...
Que beijo suave! Antes assim não fosse,
Porque tão brando tanto mal me fez.
Aquelle beijo cheio de embriaguez,
Beijo de creanças, que illusões me trouxe!
Já dei mil beijos, com furor talvez,
Mas nunca dei um beijo assim tão doce.
Coraste, toda tremula, de leve
Ao recebel-o á sombra do caminho.
Que linda eras ! Parece que te vejo...
Cheguei a bocea á tua boquinha breve
E então de manso como um passarinho
Fugio cantando ao sol o nosso beijo...
O xadrez é sem duvida a coisa que
mais aterrorisa a burguesia. Estamos a
apostar como ninguém, nem por brincadeira,
desejaria passar um mau quarto de hora
engaiolado num posto policial. Apezar disso,
porem, como cadeia não foi feita para ca-
chorros, segundo apregoam os que nella
vão dar com os costados, muita gente boa,
mal anoitece vai direitinha para o xadrez,
e diz ás mulheres que tem passado as
noites inteiras de olhos abertos, á cabeceira
de um amigo enfermo. Essa gente, mal
soube do nosso apparecimento, empalideceu
de espanto, porque vio o caldo todo entor-
nado com a nossa bisbilhotice. Entretanto,
podemos garantir-lhes que não é nosso in-
tento bombear os que entram e saem do
xadrez- . . .
&

Rodrigo Júnior. Pr. Veía de Cera . . .

Era eu antes B. Luz Filho,
A classe estudantal, que Mas ja que vim p'ra a primeira,
aliás é grande em nosso meio, foi a Passo a ser, pelo meu brilho,
que maior espanto soffreu com o nosso O doutor Vela de Cera . . .
apparecimento e que nos espia assim com
olhos de terror. Também, pudera, não ! si
a bomba é a coisa que mais medo inspira ik
aos pobres estudantes ? Os nossos estudan-
tes, porem, podem ficar descansados que A politica em nossa terra não passa
do que vemos, guerrilhas e escaramuças de
lhes não daremos bombas, e si quizerem, que
as comprem, quando os lentes lh'as não caudilhos que se querem mutuamente passar
derem. a perna. Quando um sobe ja planejam
outros derrubal-o. Agora quem está
na dependura de um tombo é o general
A vida pratica Pessoas ha por ahi, Pinheiro,
que vivendo sempre fechadas em casa,^ E para o verem por terra, os colli-
quando saem á rua, não tem geito nem gados põem em acção todos os seus es-
para andar, tal o desengonço com que se tratagemas de ataque. E como o Pinheiro
apresentam. Aconselhamos-lhes por isso, é forte e tem cerne, cuidam agora os
que todas as vezes que andarem na rua colligados de encontrar um machado afia-
façam-no sempre de pé, não tendo nunca do que possa, cortal-o de um
golpe, e é
os olhos para atas. por isso que o Caio ja foi chamado ao
• &
Rio . . .

Estilhaços . . .
Mim que ganhe os tois bernes o terreites,
E o outro esquerte tampem, as tois pem feites,
Non bote endente nunque porque geites
As esses xentes, como u Chulia Leites,
Vai tiz que mim non dên berne er
Schnei^er.
ü
—Porque será que os fios aéreos dos
bondes electricos não acompanham os
trilhos?
—Ora, simplesmente porque o diploma
de engenheiro não acompanha também o
Dr. Aristides, que dirige esse serviço.
 Um problema da carne

__x)/^_

Não comprehendo este.mysterio... em uns açougues, ha tanta fal*

ta de carne fresca e doutros, abunda...
 JZZ=3 j Bomba |"~1
^——¦————II——¦ *m—M^*s*i*s^*s»-lt^*Mtt-M*s*i*sM*>*MM*«MB*IMWB«MWHMM*M^

terrível falta d'agua que se está

A fria e ninguém mais sairá com um quente
dando em nossa capital, tem motivado S9- e dois fervendo.
rios embaraços a muita gente limpa Os padeiros continuarão numa gre-
e endiabrados trocadilhos entre o pessoal ve, mas desta vez involuntária, porque não
que vive de falar atravessado. E nós então poderão mais fazer os taes pães dágua.
que andamos aguando por esses factos Dos poetas ficaremos apenas com
sensacionaes, temos apanhado interessantes os que tiverem sal porque os d?agua-doce,
instantâneos, não incluindo, por exemplo, esses desapparecerão.
os pobres namorados que andam sujos E nós ca da casa que andamos
com as namoradas, nem estas que estão seccos por troças, não contaremos nunca
com agua na bocea por um casamento. mais com a concurrencia das terríveis bom-
O dr. Nilo e o Velloso, esses vão bas dágua. E assim continuaremos e/ixu-
requerer uma indemnisação á Companhia tos com o nosso espirito, que não soffre-
de Melhoramentos, por prejuisos causados rá mais a ogeriza dos anti-alcoolicos...
a sua industria, visto se acharem na con-
tingencia de fechar as suas pharmacias que *
ja não podem mais fornecer as milagrosas Lá do Glub Cavalcante
aguinlias homeopathicas.
Não é proposta maluca
O governo vai acabar com o im- Propor para presidente
posto sobre o álcool, porque deixando de O nosso amigo Baduca.
haver a a*ua desapparecerão conseqüente-
mente os caixas, que não serão mais en-
xugadores de agua ardente. w
Muita gente anda por ahi num
Já que estamos com a mão na massa
áeúavamento sem igual, na segurança de noticiemos aqui o que nos veio declarar
que ninguém lhe poderá lavar a cara em um senhor padeiro. Disse-nos que não
plena rua. pertence á fornada dos seus collegas ga-
O pessoal do desvio é tambem nanciosos e está prompto a dar tres pães
quem anda radiante, porque afinal, depois por um tostão, com excepção da brôa, já
de tanto tempo, vai deixar de lavar ca- se ve.
chorro.
Acabam-se, da mesma forma, as M
intrigas familiares, porque se não lavará Ora vejam o que é o progresso!
mais roupa suja em casa. Houve um tempo em que Coritiba pacata
O corpo de bombeiros, que vive e ignorante, desconhecia uma das pragas
sempre rengo, quando tinha agua não mais perniciosas da civilisação: a praga
tinha bomba, e agora que vai ter uma dos calembourgs. Hoje não ha quem não
bomba não tem agua. os faça; ainda hontem escutamos por acaso
O snr. Flaviano Fontes já pedio a palestra de duas mocinhas maliciosas em
garantias á policia, porque se não acha que os trocadilhos esfusiavam
capaz de fornecer agua á toda a po- Interessante foi aquelle perpetrado por
pulação. um pharmaceutico, que tendo o freguez ihe
Garantias idênticas pediram tam- perguntando si já havia chegado o xarope
bem os que soffrem de barrigas de agua que tinha encommendado, respondeu:
allegando que ainda as tem, mas ja não Jà tá a/ii.
são mais dágua. O Zé dos Passos ainda outro dia sem
Emfim a falta de agua está dando agua querer fez um que lhe attraio as iras de
pela barba de muita gente bôa... gentil senhorita polaca das suas relações.
Não se dão muito bem com este Encantado pela sua graça pudica o
estado de coisas, os celebres políticos pes- desventurado saudou-a com um madrigal:
cadores de águas turvas. Oh! qu' anja\
— Todas as coisas passarão a ser Ao que ella retrucou abespinhada':
difficeis e nada mais agora será agua. Está muito enganado: eu não sou gal-
Os gatos perderão o medo d'agua linha . . .
 1 i fl
— Frete é ser camarista municipal em
Coritiba ?
— Porque?
• — Porque o Domingos Velloso,
que é
portuguez e camarista, diz que ser cama-
rista é uma carga pesada, que lhe deu o
eleitorado coritibano. E frete é o que se
dá a um gallego por levar uma carga. Logo
frete é ser camarista . . .
$
Ladrão!
Ronda um guarda civil á noite a minha porta
E a nossa creada em cerco apaixonado aperta.
Nada tenho que ver com isso... Que me importa ?
Mas surda irritação o caso me desperta.
E' que elle percebeu que a Martha não é experta
E por seus bigodões de amores já está morta
O que hoje vou fazer, porém, suas vasas corta...
Como seu defensor ha de me achar alerta.
Ao commandante assim—a queixa será curta:
«Senhor», escreverei numa enérgica carta,
«Tenta um guarda, e talvez a astucia effeitos surta,
Ver se de nossa casa a cosinheira aparta.
E' duas vezes ladrão: nôl-a furtando, furta
A virginal capella á encantadora Martha».
Dr Vela de Cera
Wi
Dos Estados colligados parece que
Minas Geraes será o primeiro a voltar ao
antigo aprísco do Pinheiro Machado. Pelo
menos é o que se pode deduzir dos nomes
mineiros em evidencia na actualidade po-
litica. O Pinheiro com uma machadada
bem acertada, derrubará os tres principaes
cabecilhas da colligação mineira, que devi-
do a sua flexibilidade nominal não pode-
rão resistil-a. O Carlos Peixoto só poderá
pixotear, e o Bueno Brandão mais o Ri-
beiro que por ser Junqueira, também é
brando, esses então cederão a todas as
injuncções políticas. Também teria graça
que um junqueiro não se dobrasse ao peso
de um pinheiro , . .
Bomba I I
O Prefeito pedindo auxilio da
nossa gloriosa policia para matar a cainça-
lha que infesta as nossas ruas, lem-
brou-se de dar-lhe a antiga funcção de
mata cachorro ...
Falta agora o medico municipal
pedir-lhe auxilio para acabar com as mos-
cas, para voltar a ser também mata-mos-
quito.
{Não se veja aqui a menor allusão
ao Papa moscas.)
*
Que tal a trindade da revisão dos
impostos municipaes?
Esplendida, muitas
pessoas livrar-
se-hão do barrete e outras serão arro-
chadas.
#
O engrossam en to apezar de
ser uma das mais tem cuida-
das instituições nacionaes, não se acha
ainda bem aperfeiçoado. Tanto assim, que
promovem por ahi romarias engrossativas,
sem allusões á Cartilha, as quaes em vez
de attrahirem para os seus promotores as
sympathias dos engrossados, levam-lhes o
nojo e o aborrecimento.
Ha poucos dias ainda os incolas de
um logarejo, a Tranqueira, cujo nome dá
uma idéia assim de certo logar cercado,
tiveram a idéa bizarra de fundar ali um
club de dansas, dando a este o nome do
major Pathé
Ora, imaginem só com que constran-
gimento o chefe do nosso Poder Executivo
não ha de ir patronar o tal club numa
Tranqueira . . . Estamos quasi garantindo
que o plano dos tranqueireanos é entran-
queirar o nome de S. Ex.
Parece até perfídia de algum opposi-
cionista . . .
Os padeiros, agora sim, estão fa-
zendo pão grande.
E' verdade, são tão
grandes que
se chega a encontrar nelles gargalos de
garrafa.
 Um Capitão do meu regimento, con- Ha males que vêm para bem, lem-
tava-nos o cabo Malachias, deu-se, depois bra um muito acertado adagio. Um homem
de velho, ao grande luxo de fazer literati- que não tenha pernas, não se verá nunca
ce em prosa e verso. Mas, para mal dos nos apertos de descalçar uma bota nem
seus peccados, quando elle tencionava ali- poderá passar tambem a perna no visinho,
nhavar alguma coisa em prosa, empunhava nem outros poderão pisar-lhe os callos; os
em vez de uma caneta uma tesoura luzidia, desdentados, não conseguirão nunca dar
e a sua tinta, ora vejam que extravagância, com a lingua nos dentes nem afugentarão
era a gomma liquida brazileiro. E dahi quem falar francez porque não poderão
era um pulo, elle começar e terminar o mordel-o ; e até mesmo si gente houvesse
artigalhaço, que não passava de uma col- sem cabeça, estaria livre de lhe servir ai-
cha de retalhos tecida com trechos trans- guma carapuça. Ora, o Suriani é um dos
ladados de outros autores. Ai! porem, da- que tendo o mal de falar fino, tem o bem
quelle que caisse na temeridade de dizer- de falar grosso aos músicos da policia só
lhe ser de José de Alencar este ou aquelle porque fala fino, por isso que é o maestro.
pedacinho; esse. pobre infeliz inscrevia-se E si falasse grosso ?
no canhenho negro do capitão. Para o ve- Ah si elle deixasse de falar com
lho auetor os seus trabalhos mentaes, como aquella vozinha afinada, seria mau musico
elle os chamava, rescendiam a aromas de porque desafinaria . . .
violetas, e o seu estylo então era incom-
paravel, e tinha mesmo violências verme- §
lhas de hymno nacional...
Mas, tanto o alfinetaram um dia na Dr. Cera de Vela * , .
sala de ordem do quartel, relativamente á
sua escandalosa maneira de fazer artiga- Sou doutor Vela.de Cera,
lhaços, ? custa dos outros, que o capitão E-ponho em grossa esparrela
não teve sinão esta saida: — [ Quem jogar commigo a pêra
«Vocês são uns tolos, pensando que Ôu me achar com uma maneira
eu me deu ao cuidado de copiar trabalhos ; De doutor Cera de Vela . . . .
alheios. Não negarei que, em minhas pro- B. Luz.
ducções, se encontrem pensamentos e mes-
mo trechos inteiros de José de Alencar e
outros; mas, isto é um facto muito natural Um incêndio em Coritiba,
com que nós, adeptos do espiritismo, quando começa, o menor mal que
estamos familiarisados. E' que no momen- pode fazer é apagar se depois de quei-
to em que me disponho a produzir, encar- mar tudo, porque o Corpo de Bombeiros,
na-se em meu corpo o espirito de algum quando o descobre, quer apagal-o de balde
dos meus auetores predilectos e dahi essa E assim procedem os nossos jovens bom-
coincidência, mera coincidência e nada beiros, porque lhes faltam bombas e outros
mais...» apparelhos indispensáveis. Pois de hoje em
diante deixarão elles de ser baldeiros. pa-
ra serem muito bons bombeiros de verda-
de, pois por falta de bombas não será que
os incêndios se repitam, que a nossa ahi
Variações . . . vai, capaz de apagar o fogo mais abra-
sador ...
de violino.
(Com sentimento)
O teu olhar já não chora Trísquetroques
Pela mais pequena magoa . . .
O' querida, estás agora Como pensam, talvez, diversos cavalheiros,
Mais secca que a caixa d'agua. Declaramos, embora esta seja de arromba,
Que, hoje atirando ahi na rua a nossa Bomba,
Messlna. Não pertencemos inda ao Corpo de Bombeiros.
 Pedacinhos de ouro
Venha o meu amez, a minha cotta e malha!
Quero voz seguir, o meo cavallo é guapo!
(Faliam cavalleiros:—Ríspida a batalha
para o menestrel gineteando um sapo...)
Domingos Nascimento

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 cm
^m 3 Bomba
nu ia J>
8 a
com o dr. Cândido de Abreu
Revelações importantes
Marcava o nosso PateciV 9 horas da ma-
nhã quando tornamos o auto que nos con-
duzio á casa do nosso prefeito em quem a
população da nossa terra deposita as suas
mais caras esperanças. O auto voava, e
para nós, que só accordamos quando os
outros almoçam, foi uma alegre sorpresa o
movimento matutino das nossas ruas que
os colonos enchiam com suas rudes vozes
a apregoar hortaliças.
Por fim o auto parou e nós entramos
na rica vivenda de s. ex. que, logo que
soube da nossa chegada, veio ao nosso
encontro com um sorriso nos lábios.
—Ah! é A Bomba? Faça o favor de
entrar... Muito prazer...
Era evidente (só não o notaria um imbe-
cil) que s. ex. pegava no nosso modesto es-
tupim com amabilidade de quem está a
pedir elogios impressos.
—Aqui viemos para uma interview...
—Ah! já sei... Querem o meu retrato
para publicar.
Fizemos ouvidos moucos e passamos
adiante:
— Queríamos informar os nossos leitores
sobre os seus projectos que, segundo se
rosna por ahi, são na verdade admiráveis...
(Era a nossa vez de pegar no bico).
—Oh! os meus projectos! e s. ex. es-
petou o indicador para o ar, todo elle ai-
çado por um enthusiasmo extranho, a vi-
brar, como um artista creador ao se lhe
falar na obra. Continuou com vehemencia :
—O maior dos meus projectos é cons-
truir... (Nisto, ao esboçar um gesto expres-
sivo, s. ex. bateu num copo de água que
estava sobre a secretaria e este se pro-
jectou no chão) E' construir um jardim
suspenso, como os de Babylonia, já de
certo ouvio falar...
—Jã os vimos numa gravura... Mas em
que
logar?
—Na Praça Tiradentes. Tenciono tam-
bem abrir uma avenida subterrânea que vá do
Wã
rafe vm
posto da praça Zacharias ao posto do Ba-
tél. Esta via, já se vê, é só para uso pri-
vado da policia. Junto aos magníficos mie-
torios já existentes serão collocados mie-
torios especiaes para o bello sexo, com es-
pelhos, pós de arroz, carmim, etc.
Devendo a entrada ser terminantemen-
te vedada aos marmanjos, observamos res-
peitosamente.
Lançamos então um olhar ás paredes e
notamos com admiração que a ellas se
achavam appensos projectos e plantas de
todas as dimensões formando uma original
ornamentação.
S. Ex. no emtanto continuava:
Outro projecto importante é o calça-
mento a parallelepidos de madeira das
ruas do Passeio Publico. E' o calçamento
japonez muito usado em Tokio, novidade
para o Brazii, sendo o material fornecido
pe'a Casa Japoneza. Junto á caixa d'agua
será estabelecida uma caixa d'agua quente
que fornecerá por preços módicos água
nestas condições a quem quizer. Para este
serviço serão utilisados os canos da antiga
empreza sanitária que a repartição da hy-
giene desinfectará convenientemente. A
agencia de creadas para solteirões será. ou-
tro melhoramento notável com que dotare-
mos Coritiba. A exemplo do que se faz
nas grandes cidades as nossas ruas serão
irrigadas diversas vezes por dia pelas bom-
bas do Corpo de Bombeiros, com quem te-
mos contracto firmado para isso.
—Nesse caso, exmo., para esse serviço
patriótico também pomos ao seu dispor a
nossa modesta Bomba, murmuramos já
abombados com tanto projecto.
—Obrigado. Ah e s. ex. bateu na tes-
ta.
—E' outro projecto! pensamos aniquilados,
mas reverentes. Felizmente não era; era um
serviço que s. ex. tinha que fazer ás 10
horas... Soavam já dez horas.
Pedimos desculpa, agradecendo a bonda-
de de s. ex. e retiramo-nos fazendo o pro-
jecto de voltar ali ainda outra vez.
Emquanto o auto voava' uma singular
reflexão nos veio : é que é muito fácil es-
boçar mil projectos, mas em compensação
é muito difficil executar um só delles.
Em todo caso, s. ex. é um homem en-
cantador.
 j§S WM <&g
| A Bomba j. j

Piap morta.
Em cima o velho azul, o azul do Egypto,
0 azul sem vibrações, o azul sem vida,
Largo manto estendido no infinito,
Com a quietez impassível de um druida.
"•;
V" - ¦**$?&": -'"":'^':f-v V:Ci* 'h;fé'f%--/".^S^WM^y-
Embaixo uma paisagem dolorida, ''•-.' i' '
-¦¦.-¦'¦•• *-v''.v. ¦ .'¦ . ¦•>" .„•' •.'< -*-.->.'¦>*•;." ¦ ¦'Ç*^VA^íêv:

Como um recanto de pais maldicto,

A espreguiçar-se molle e aborrecida
Dentro da nostalgia de um proscripto.
li£#&vflYK' *"¦'' '
Quanto amor que floriu ao sol do outono, *^fl B
it^^^^S^^^^____________________H-_______
Outrora á sombra dos murtaes agrestes , •?$$ **
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Destas regiões lançadas ao abandono. . . _../-«
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Paisagem morta, ó muda soledade, •¦<.a'v>->3í> .''7'7:, _&
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Como um símbolo austero da saudade. ;,íifl B^& Pfc :-';

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(Do Centro de Letras do Paraná.) ün
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Concursos da Bomba. Qual é o O chimico Berlim communicou-nos que,

melhor cinema em Coritiba? As bases como resultado dos seus consideráveis e
do primeiro concurso. Um prêmio ao ei- importantes estudos sobre o matte
nema'victorioso. (ilexpa-
raguaiensis), conseguio descobrir que o
Estando agora em moda a idea dos principio activo desta é um especi-
planta
concursos, resolvemos também, para inte- fico infallivel contra o micróbio do callo.
resse geral, adoptal-a, como sempre fare- O nosso distineto amigo
mos com tudo que acharmos útil e apro- so telegramma do dr. Lamenha já recebeu honro-
Lins con-
veitavel. O nosso primeiro concurso versa-
— gratulando-se e felicitando-o por tão impor-
rá sobre este thema Qual é o melhor tante descoberta.
cinema em Coritiba ?
Dado o grande numero de casas ei-
nematographicas existentes em nossa Ca-
pitai, é natural que haja certa curiosidade #

em saber-se qual seja o nosso melhor ei-

nema. Para que se possa votar, a Bomba A vida pratica. Temos sempre nota-
insere numa das suas paginas um coupon do serem rarissimas as mulheres que sa-
bem fazer uso do pó de arroz. Umas dei-
que nos deverá ser devolvido, depois de
dado ahi o voto do eleitor. A apuração dos xam camadas brancas pela tez, outras
votos será feita pela redacção e o seu re- empoam sobrancelhas e cabellos e tudo,
sultado publicado na nossa edição do dia outras ainda ficam verdadeiramente masca-
30. O cinema, inclusive o do Portão, que radas. Para nós, acreditamos que a melhor
— Usarem somente pó de
sair victorioso das nossas urnas eleitoraes, forma é esta:
terá como prêmio um annuncio gratuito arroz creme e perfumado, empoando-se com
numa pagina inteira de um numero da um arminho côr de rosa, mas antes de
Bomba, podendo esse annuncio ser feito da lavarem o rosto.
forma que desejarem os emprezarios da
casa vencedora. A pagina em que sair ¥
esse annuncio, será inserta no texto da
revista.
— Qual é o melhor cinema em Ecos do raid
Coritiba ?
No raid em que um caçador
Chegou de todos á frente,
Em meio o applauso vehemente
Variações... Tocou o hymno com furor.

de bandolim. Moças num gesto de amor

«Foi preta a coisa (assim pôz Jogaram uma chuva olente
A's claras o delegado) De flores, alegremente,
Na pensão do negro Claro Sobre o fjliz vencedor
Que afinal foi alvejado.»
D. Giovanni.
O povo só admirou-se
Da policia — que façanhas
w Como estas faz — não ganhar . . .
Você va ver, e depois nos conte,
que embrulho é aquelle ali na estrada . . . Pois si uma corrida fosse
Então você não quer . . . Estás Garanto que dos meganhas
agora como a historia do mico que quer Fora o primeiro logar i
ver si o angu está quente, mas, com a
mão do gato . . . Dr. Penetra.
 A Bomba
Odr. Chefe de Policia, apezar
da
insistência do coronel Fabriciano não
quiz
de forma alguma assistir as manobras da
Policia . . .
Diz elle
que disso de manobras,
fartou-se com a do Irany.
<^
Violetas
, r I.
Ao amigo A. Cabo
Li, amigo, as Viofetas tuas mimosas
E dei á luz um riso de prazer;
Commigo disse : isto é que é escrever!
O mais são baboseiras mentirosas.
Fazer versos com rimas preciosas,
Versos que não se pode comprehender,
Isso literatura pode ser,
Mas enjoa as pessoas judiciosas.
Por isso é que gostei das tuas Violetas
Que estão no canto do jardim discretas
E modestas na ponta da sua haste . . .
Mas a obra entre todas immortal,
O' meu amigo, com que nos brindaste,
E' o magnífico hymno nacional
Conselheiro Acacío
N. da R. — O nosso collaborador
Conselheiro Acacio pede que notemos
que
o seu amigo A. Çaboy a quem se re-
fere, não è o snr. capitão Antônio Sabo,
que por uma admirável coincidência tam-
bem é poeta, autor de um livro intitulado
Violetas e de festejado hymno nacional co-
nhecido em todo Brazil. Fica assim desfei-
to todo e qualquer equivoco,
Para alguém
Acha-me triste, sempre preoccupador
Estranha o modo porque a trato agora...
Ah ! não comprehende qual é meu estado
Essa que é pura como é pura a aurora.
Não saiba nunca o fei deste meu travo
E o que a cabeça me transtorna e
perde,
A dona dessa bocea cor de cravo,
Ácida ainda como um frueto verde,
Aluizio França.
^r
tm
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Contam por ahi que o Bayma, ten-
do depositado uma certa somma num dos
nossos Bancos, resolveu, um dia, por qual-
quer desconfiança, levantar o deposito em
questão, que andava nos seus vinte contos,
sem que fossem do vigário . . . Mas, o
Bayma, que para dinheiro leva a dianteira
ao usurario Tio Gaspar dos Sinos de Cor-
neville, como recebesse esse dinheiro em
notas que ja não eram as mesmas por elle
entregues aos banqueiros, recusou acceital-
as allegando : — «Os snrs. querem abusar
da minha boa fé, {que também não é do
vigário) querem roubar-me, dando-me um
dinheiro que não é o meu, porque eu lhes
não dei nenhuma destas notas que me
apresentam.»
Decididamente o Tio Gaspar si não é
um poço, é ao menos um lago de esper-
teza . . .
Variações
de ophcleide
Será difficil achar
Sujeito vaidoso e prosa
Que breve não vá engrossar
As fileiras da Briosa.
Jeca dos Amores.
Num bivac, por oceasião das ultimas
manobras feitas pelo Regimento de Segu-
rança, o tenente Busse narrava aos seus
camaradas, que não haviam ido ao Irany,
as peripécias daquella expedição militar.
E, como no momento que elle explicava
ser aquelie seu celebre «avancem» uma
antiphrase, alguém o aparteasse, elleindíg-
nads apostrophou esse alguém: —
Vocês pensam
que Irany, é a gente
vir aqui, brincar de jogo de barra, com par-
tido azul e partido vermelho? No Irany a
coisa não era azul nem vermelha, era mais
do que roxa, era preta.
E foi por isso, acrescentaram o Miran-
da e o Adolphito que, saímos dali baios . '.
depois de nos vermos amarellos.
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Eu si fosse o Goulin, forneceria as

pedras para a Câmara; não chamaria con-
curre_i.es por edital.
Como ? pois o Goulin também tem
pedreiras ?
Si não tem foi por que não quiz, por que elle levou bem boas
pedras por
causa das cplebres calçadas da Rua 15,

(«Alcançou victoria no Jockey Club

Bem acompanhada Fluminense a égua paranaense—«Primavera»
Dos jornaes)

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Lili:—Então, foste hontem ao cinema com Reflexão de um phifosopho:— Quando as

teu noivo? bestas de um Estado, devido á sua infe-
Jujú:—Fui; mamãe diz que é costume rioridade, não conseguem honral-o lá fora,
dos bolinas funcionarem nos cinemas, por deve o Estado enviar para lá os cavallos,*
isso fui com elle.,. que o encherão de gloria e brilho,
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A bomba ||g| ^
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O prefeito na policia ... E? um habito velho o nosso de se
A policia que tem o nome assignalado
porem trancas de ferro em portas, depois
de arrombadas. Assim é que antes de se
Nas paginas da historia heróica desta terra, desenrolar aquella luetuosa tragédia no com-
Com uma fama brutal de nunca decantado missariado da 4a. circumscripção, quem
Heroísmo sem par que vai de serra a serra ... quizesse, por mais armado que se apresen-
tasse, teria entrada franca em qualquer
E que conhece a fundo os segredos da guerra, das nossas repartições publicas. Mas, de-
Onde teve oceasião de deixar bem provado pois daquelle triste acontecimento, as nos-
sas auetoridades, porque andam abarbadas
O seu grande valor, hoje fileiras cerra
de serviço, puzeram as barbas de molho,
Pra defender seu nome augusto e venerado ... determinando que ninguém mais entre arma-
do nas suas repartições. Nesse sentido são
Também, pudera, não, si o Prefeito, num rasgo diariamente instruídas as praças policiaes
De ironia feroz, deixou-a num engasgo escaladas para o serviço de guarda. No
Quando pra matar cães foi pedir-lhe socorro. Fórum, por exemplo, ja ninguém mais pode
entrar com armas na cinta. Mal a gente
De sorte que a policia heróica do Irany, salta do bond, ja ouve a intimação da
O' cruel irrisão! o povo até sorri,
sentinella, que abre desmesuradamente os
braços na porta : — «Cidadão, desarme-
Novamente vem ser. que horror, mata-cachorro
se primeiro, si quizer entrar.» Ainda, ha
tf*?-. dias para atras, tivemos oceasião de as-
M. Fragoso.
sistir esta passagem: — O Castilho afo-
bado salta do bonde e ia ja entrando, por-
J|L ta a dentro, quando o cabo da guarda,
cuspinhou-lhe na cara: —
Como estão a celebrar-se agora as es- E' prohibido entrar com armas,
tardaçalhantes festas do coronel S. Antônio,
paisano !
e como também está em epoca o engrossa- Arma, foi coisa que nunca eu
mento ao nosso Presidente, que é um carreguei.
santo antoninho onde te porei dos homens Pois, então và buscar uma, para
da situação, vieram ao nosso escriptorio ser desarmado, si quizer entrar.. . .
diversos pingentes governistas encommen- Desnecessário é dizer-se que o
dar-nos algumas bombas para esses feste- capitão não entrou . . .
jos. S. Ex. pois, que se acautele, porque si Outra do mesmo gênero, mas, curta;
hoje é o Santo Antônio do dia, não faltará Aqui ninguém entra armado, ei-
amanhan quem lhe não queira metter os dadão.
fogos . . . - ;: Não estou armado. Queremos re-
construir a caserna da Rio Branco, e trago
& aqui uma subscripção para o pessoal as-
signar. Sou representante do Tiro a e quero
A vida pratica, O olhar é sem du- para aquelle fim dar uma facada no Chefe
de Policia ...
vida a arma principal com que a gente Também desnecessário é dizer-se que
conta para um ataque ou deíeza em todo o major Claro Américo teve que andar de
e qualquer momento Mas, nem todos sa- Herodes a Pilatos para conseguir a soltura
bem ter essa graça, esse chie parisien, de do Newton.
saber olhar. Uns olham arregalando desme-
suradamente os olhos ; outros fechando o
¦

olho direito e abrindo o esquerdo ou vice-

versa, alem de mil caretas grotescas que A sorte do Paraná está dependendo
fazem. A's mulheres principalmente faze- da questão das candidaturas presidenciaes,
mos esta lembrança ; — Nos salões, na Porque si derem mesmo um echéc-matth
rua e mesmo nas janellas, não olheis no Pinheiro, o Paraná era uma vez . . .
nunca para alguém de olhos fechados. nem mais matte nem pinheiro...
 1 É fl Bomba 1
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Um que não pesca em águas turvas

w*m*r\**»*i0*i**

sito que nem sempie nos faz a vontade e

Goisas do progresso ás vezes até se esquece de cumprir as suas
obrigações. Foi por isso que o Anacleto des-
0 Anacleto era o homem mais infe- envolveu toda sua actividade no sentido de
liz do mundo por causa da sogra, a d. Eu- o encontrar e pol-o em brio.
sebia, uma mulhersinha de cabello na ven- E' o que explica o facto de procurar
ta. A esposa, d. Virgínia, coitada ! era mui- o Anacleto conduzir a sogra a logares pe-
to boa, mas a jararaca da velha é que des- rigosos, incitando--a a viajar constantemen-
manchava a paz domestica. Por qualquer te de trem de ferro, bonde, etc. Quando appa-
coisa reprehendia o desventurado Anacleto; receram em Corityba os primeiros automo-
si elle se demorava um pouco mais na rua veis de aluguel elle exultou.
era^descompostura infallivel em casa. Que Era o que sonhava — uma ma-
era um pelintra, que onde se vio um ho- china infernal destruidora de gente, princi-
mem serio entrar aquella hora . . . E o palmente de sogras. Gastou então um di-
pobre homem nem podia ir á ultima sessão nheirão em automóveis em constantes pas-
do Mignon, de que tanto gostava por causa seios, seguindo pelos caminhos mais invios
das chanteuses. e ruas mais tortuosas. Infelizmente nenhum
Era, pois, muito natural que o Ana- desastre a abençoar. A megera até engor-
cleto com ardor desejasse secretamente que dava mais; aquelles passeios em que res-
a velha deixasse a casa. Ora isto só se po- pirava ares mais puros faziam-lhe bem á
deria dar em caso de fallecimento . . . Não saúde.
era isso propriamente o que elle desejava; Pensou que os desastres eram muito
em todo caso que poderia fazer si assim o bons para o Rio de Janeiro ; Coritiba ainda
quizesse o destino ? estava atrazada, não podia ter por em-
0 destino, porem, é um sujeito exqui- quanto aquelle chie. Dasanimou. Quando,
1=3 fl Bomba
porem, se inauguraram os bondes electricos
o Anacleto ficou radiante ; agora sim, era
possivel que o destino o favorece. Levou
d. Eusebia a passear em todas as linhas
e nessa noite tomou um pifão tão forte
para festejar a data, que entrou em casa
á meia-noite.
A velha, que o esperava armada de
cabo de vassoura atráz da porta desandou-
lhe o páo com todas as regras da arte.
Saiam passear todas as tardes de
bonde, elle e a sogra, por que o Anacleto, todo
amável, insistia tanto que a d. Eusebia
era impossível resistir.
Uma noite, ás oito horas e tanto,
tomaram o electrico perto do quartel da po-
licia em demanda da rua 15.
Estava fresca a noite e o vehiculo
pezado, sem esthetica, com a aquella sua
antipathica cor de cinza deslisava veloz-
mente sobre os rails.
A paginas tantas, porém, em frente
á casa de banhos, onde ha um desvio, o
motorista distraio-se, não fez diminuir a
marcha do vehiculo e este zás ao entrar
na curva do desvio que era forte, saio fora
dos trilhos e virou tombando de lado. O
Anacleto soltou presto tendo visto a sogra
rolar ao fundo do bonde. Estava radiante
de júbilo e esquecendo tudo correu para
casa onde entrou gritando :
Morreu, ella morreu !
Quem ? perguntou a mulher.
'¦**»>
Tua mãe, menina, o bonde virou
e ella rolou morta. . , Vi com estes olhos
Deixei-a ao cuidado de um amigo e corri
a te avisar.
Era uma peta para desculpar o aban-
dono em que deixara a megera.
Pedio um copo de água, já restabe-
cido do susto : lembrou-se que estava de
lucto agora e collocou um fumo no braço.
Ia já a sair no corredor quando esbarrou
com a sogra em carne e osso. Que deso-
ladora surpresa !
Oh! a senhora! Julgava-a morta ...
Isso é o que tu querias, patife.
E ella bufava, furiosa por o genro a
ter abandonado no momento do perigo.
E nem me acudio esta lesma. O
que elle queria era safar-se para o Elite...
Perdido ! Felizmente não foi nada, só es-
folei um pouco as canellas.
li
Então o Anacleto para a engrossar,
muito desapontado, correu a buscar salmou-
ra e sob uma chuva de insultos, poz-se a
esfregar as pernas cabelludas da velha ...
Ferrãosinho.
Estilhaços
Commigo é nove! E não venham pedir-me
Que mude de opinião, pois quando penso
Alguma coisa, a pedidos sou infenso,
E faço pé de boi, faço pé-firme . . .
Portes.
Com immenso prazer damos inser-
ção aqui á amável cartinha que recebemos
do distineto humorista allemão dr. Von Lanz-
mann traduzida pelo Manecs Scnaide :
Curritybes, trintes de Maia de 1913
Amigues e Zinhorra Patrão dos Bombes
Nos Curritybes mesma
Eu sabendes que a Zinhorra indes tir-
randes uma chornal, por issa como nois tu-
des dos Curritybes gostandes lerr uma chor-
naltezinhes, eu venha pra querrendes sa-
bendes da patrão dos Bomhes ze a Zinhor-
ra pode decha nois fais uma chornaltezi-
nhes dentres do Bombes mesma, non eus-
tantes nades, quem comprandes o Bombes
cha ganhades a chornaltezinhes sem precize
gastandes um de reis.
Issa é bonite mesme, tudes nois pu-
dendês fais um brinca deirra de pande-
gues con as nosse patrices.
Chuandes a Zinhorra quer dechandes
eu chu vaé escrevendes pra outra numerra
muites coize bonites pra fais sahir no Ba-
tates : (Eu escolhendes esta nome pro que
tudes as minhes patrices gostandes muites
deste fruitinhes) agorre quandes a Zinhorra
quer, podes digues coize licheirra, prontes.
Des sua Criades.
Doctor Von Lanzmann.
P. S. Eu contandes con todos as pa-
trices Curritebes, Zam Bente, Joinville, Blu-
menau etc, pra escrevendes na chornalte-
zinhes do Batates.
Da mesma Doutor V. Langmann.
¦"" ¦ I I II l« llli
"^ .^^ V ¦**—--•-»•. *»i> in,.*» -n rimnrtfcinin>i — a
m

«ar * - ';"*- ":".:.;"'-' :"* - --

Não é certo que o padrinho mora num chiqueiro, papae ?

Num chiqueiro?!!
Sim, pois elle não se chama Leitão?

—Os implicados no caso das

pedras e
areias estão dando por páos e por pedras
para se defenderem»
—Mas é difficil por areia nos olhos do
povo...

— O soldado que estava no do-

mingo de sentinelia no quartel de Policia
quando vio o Otto Hertel, ja: de volta de
São José, não pode se conter e disse ; Este
Como vae o trust dos padeiros? caboclo com certeza esteve no Irany.
Tal qual as empregadas da Empreza Telephonica
Como assim ?
Não fazem ligação!
gZIIgK a Bomba jjlllj
^a^^^^^ma^^^mmmmwmm^Ê^ma^mmi^mmmmmmmtmmmmmÊm.âwt^Êm^aÊm-mammmm^mi^^mÊ^^m^m*Ê^mtmma^^

No Diário da Tarde o maestro Leo

Kessler, cuticando as representações do
Peor é a emenda ...
Trovador e do Rigoletto- saio-se com esta A propósito dos meios fios feitos de
desafinação: — cimento pela Municipalidade para ador-
Todos os artistas foram bastante ap- nar os passeios.
plaudidos e a frieza que se notou a come-
ço deverá ser attribuida á «lavagem» um O nosso maior tormento,
um tanto tardia do theatro. Os applausos
foram em «crescendo» de acto em acto, o Que todo mundo reclama,
E' termos depois da lama,
que estimulou os artistas, e até o assoalho Pó preto, roxo cinzento.
seccou com o caloroso enthusiasmo do pu-
blico.
Deante dessa affirmativa vieram-nos Agora que se proclama
estas ponderações ; O applauso é maniíes- Nos jornaes com espaven o;
tado, theatralmente falando, .por meio das Que a Câmara vae deixar fama,
clássicas palmas. Palmas, segundo diccio- Com o Grande melhoramento
naristas portuguezes, são as parte inferiores
das mãos ou dos cascos das bestas. Ora, Que começou a fazer
Eu tenho só a temer.
para a humidade do assoalho exercer sua
influencia sobre as palmas, seria preciso (E sinto até arrepios!)
que o auditório andasse de quatro ou que
fosse composto de bestas, porque só assim Que depois com qualquer vento
se comprehende que mãos ou pés estives- Venha inda o pó de cimento
sem em contacto com o assoalho, a ponto Sahido dos meios fios.
Dr. Sá PoskL
de este seccar com o calor do enthusiasmo.
Mas, todo o mundo sabe que em Coritiba
ninguém anda de quatro e que nenhuma
b^sta se daria ao trabalho de ir ao theatro.
Logo os applausos, a que se re refere o
Leo Kessler, foram manifestados por meio
de sapateadas, e neste caso esses applau-
_ fl BOMBA _______

sos não foram mais do que pateadas, E Expediente. A Bomba, revista illustra-
uma vez que os pés entram em scena, en- da, humorística e literária, será de publica-
tra também a sua inseparável sola, que
lhes é a parte inferior, como palma o é da ção trimensal, saindo nos dias 10, 20 e 30
de cada mez.
mão. E assim sendo ainda, conclue-se que Proprietário: Marcello Bittencourt.
o audictorio do Guahyra não batia palmas, Redactores: Rodrigo Junior e Cie-
mas batia sola, sem que fosse composto mente Ritz.
de sapateiros, resultando disso verda-
Redáctor artístico ; — Felix.
deiras botas que são as criticas do Leo Redacção; — Rua Marechal Deodo-
Kessler .... roro, n°. 36. Telephone n°. 420. Caixa Pos-
tal-U. Endereço teiegraphico: — Marcello,
Assignaturas:
Annual: — 14$000. Semestral: —
8S000.
Que é um cachorro hydrophobo? Numero avulso: — $400. Numero
E' um cachorro attacado por uma atrasado: $500.
doença que causa aversão á agua. E aqui A publicação dean núncios é contrac-
nós temos muitos cães hydrophobos ac- tada com o proprietário.
tualmente. Não serão devolvidos os originaes,
Ahn! por isso é que a Companhia embora deixem de ser publicados.
de Melhoramentos está negando agua á O corpo de collaboração da Bomba
representado no que ha de mais no-
população. Eu logo vi que isso era aversão acha-se
á água... tavel em nosso meio artístico literário.
 Coisas da politica
(Coisas serias)
O magno problema das candidaturas
presidenciaes, que tem fortemente convul-
sionado o mundo político do paiz. não dei-
xou de vir dar as suas sacudidelas na nos-
sa politica regional. Pelo tom circumspecto
e cerimonioso, com que vamos alinhavando
esta chroniqueta, verificarão os nossos lei-
tores, que esta é uma secção verdadeira-
mente seria, revestida dessa máscula cir-
cumspecção que ha caracterisado o nosso
amigo Chico Feio. Abrindo e fechando este
ligeiro parenthesis, devemos declarar aos
nossos políticos legentes, que as notas aqui
insertas, respigamol-as de altas rodas offi-
ciaes, e que não são verdadeiras somente
as que se deixarem alinhavar em pontos
falsos. Dicto isto, continuemos.
Os esforçados membros da politica
paranaense, pelos seus trabalhos exhaus-
tivos e pelas suas lúcidas intelligencias, con-
seguiram collocar o nosso Estado no pri-
meiro plano, em que se acham enfíleira-
dos os principaes Estados da Confederação
Brasileira. Dada essa circumstancia impor-
tantissima, justifica-se perfeitamente o es-
tado de assombro que dominou os chefes
da politica nacional, quando o nosso governo,
num gesto de independência, o que é raro
nestes tempos, mandou que os directorios
municipaes da politica republicante {para
não dizermos reinante) levantassem a can-
didatura do senador Pinheiro Machado, á
Presidência da Republica. Esse gesto do
nosso governo foi de tamanha importância
na politica do paiz, que os maiores Estados,
como S. Paulo, Rio, Minas-Ceraes, Pernam-
buco e Bahia correram arredrontados do
Paraná para perto dos que abandonaram o
candidato paranaense. E assim ficou ape-
nas o governo paranaense em defesa do se-
nador gaúcho, e é por isso que todo mundo
tem ainda fundadas esperanças de ser aquel-
le chefe político guindado ás águias sobe-
ranas do Cattete. Esse brilhareco, que ha
de ficar assignalando nas paginas da his-
toria pátria um triumpho para nós, deve-
mel-o aos bem esclarecidos espíritos que
se acham á frente da nossa politica esta-
dina. Por isso é que esses illustres patri-
cios mal podem simular o contentamento
que lhes vae por alma dentro, pois quando
não conseguissem a victoria, para o seu
candidato, ao menos chamaram para o Pa-
raná a attenção do pais inteiro, tamanha é
anossacotação na politicageraldospovosedas
povas também. Revellações importantíssimas
promettemos aos nossos leitores para o pro-
ximo numero.
Machiavel Júnior.
i
Recebemos do sr. general Edgard Stel-
feld uma delicada amostra do seu prepa-
rado Dontiphainos em pòs, pasta e elixir.
Entregando-a a • uma senhora das nossas
relações, esta gabou a excellencia desse
dentifricio principalmente para dentes pos-
ticos. Gratos.
*
Pedro Paulo versus D. D. Velloso.
O Pedro Paulo do Diário,
Que é medico com certeza,
Desfiou um longo rosário,
Chegando a coisa á aspereza,
Contra o Domingo Velloso,
Procurando mesmo á outrance
Acabar com esse famoso
Instituto de Lawrence.
E o povo todo que gosta
De escândalos desse geito,
Contra o Pedro Paulo aposta.
Que não sabe dar direito.
Porque não doem as pauladas
Dadas em vello macio,
E as pelo Velloso vibradas
Parecem até assovio.
E o Pedro Paulo apanhando
O povo que vê curioso.
Diz ao outro, num tom brando: —
Dê — mais pau, dê, dê, Velloso.
Paulificante,
m
Que taes os meios fios de cimen-
to mandados fazer pela prefeitura ?
Optimos ! daqui a pouco tempo
estarão novamente reduzidos a pó.
 l__j fl Bomba Ç^J,
«Um electrico da linha Batei foi a Então o Romário desta vez perdeu
pique.» Do Diário. do Affonso Camargo?
">

— A pique? O leitor exclama, a

Sua extranheza não esconde. — Pois o Romário era quem tinha ba-
Mas está certo, que o bonde tido o recorddo engrossamento no Paraná,
Foi a pique em mar de lama . . . mas o Affonso tomou-lhe agora a dianteira.
Como assim?
Então o sábio aliemão dr. Wartteg Pois em homenagem ao dr. Carlos
dedicou-se exclusivamente a correr o mundo? Cavalcanti e ás suas virtudes paternaes, o dr.
*Mas, em Ponta Grossa saio-lhe o Affonso deu ao seu filho o nome hybrido
triumpho ás avessas, pois Ia foi elle corri- de Carlos Affonso.
do, quando disse que o pouco que o Brazil —Realmente é o cumulo!
sabe deve-se aos allemães • • •

Charutaria Celeste e onde se encontra o melhçr sortimento de charutos Bahianos e Havanezes

Rua -15 de Novembro n. 4-4- =

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Uma excursão ao Sitio Pinhaes do nosso confrade Júlio Pernetta, que está de
chapéo panamá. O da direita em attitude de inspirado é o nosso confrade
Leite Júnior

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 1 1 A Bomba
Notes de voyage
Je suis cheguée a Coritiba au jour 25
du móis passe. Faisait froid par burre.
Dans Ia estacion je fut tres atrapalhadée
voyant que javait de charger ma bagage
pour n'y avoir qui puissent faire ce servi-
ce ! Heureusement un jeune homme três
distingue nommé Raul Gomes se chárgea
de ceei. Quei aimable garçon celui-lá!
Aprés nous allons, tous deux, au Ho-
tel Paris que j'á i preferu parce que je suis
parisienne. Je me donnai a connaitre alors
a monsleur Raul comme journaliste que je
suis.
En seguide nous jantons juntement
dans Ia table noble de i'hotel. Mon com-
pagnon au dessert ma donné beaucoup de
informations a respecte de cet Etat ; fut
ainsi que je su que le president de Ie de-
partement s'appelle Charles Cavalcante et
c' est un major chauve de Tarmée. Le
beau future de ce pays repose seulement
sur 1'agriculture que le ministre Ernest
d'01ivier travail pour develloper avec tous
les efforts, achetant des avetruches et des
bezôres, ce que je ache inutile parce que
il y a beaucoup de bezôres dans les rues
de Ia cite.
II obterá de suecés por force avec cet-
te geniale et lumineuse idée.
•(*W
^^¦**i^^V>^V^-**»W»*'"ii
Fumem os adoráveis cigarros Edme
e Flor de Lis, são os melhores.
Guerra ao jogo que devora!
Para acabal-o de vez
Quem quizer jogar agora
Levem direito ao Xadrez.
—E o Domingos Véilozo?
—E' verdade, depois que foi nomeado
camarista até naturalizou-se cidadão Vra-
zileiro.
—Porque o Dr. Candinho nomeou uma
commissao para rever os impostos muni-
cipaes ?
—Porque lá dentro ha breu.
i 1
Pendant le diner m'a paru que mon-
sieur Raul a sympathisê beaucoup avec
moi et me faisait Ia courte . . . ***•
Aprés le café nous avons allé voir Ia
ville. Mon compagnon m'a montré des
beaux edifices, comme les Gavetons, que
sont en Coritiba comme le Moulin Rouge
en Paris. Alors monsieur Raul ma raconté
et decrit Thorrible incendie qu'il y a peu de
temps detruit Ia Forteresse, formidable et
beau palace de Ia rue docteur Muricy.
Invitée pour mon jeune ami nous fu-
mes au bal public du Salon Ehle;s, qui est
de le même genre du Mabille. La je con-
nu três charmantes jeunes filies d'órigine
polonaise qui dansaient avec beaucoup de
joie.
On m'a apresente dans ce bal les plus
hauts representants dela politique, poetes,
journalistes, deputes, hommes d'Etat, etc.
On a mangê et bébu toute Ia nuit de
manière que de madrugade je me rencon-
trai dans un état difficile de décrire, ayant
eté conduite a l'Hotel d'automobile pour m'e-
tre impossible d'aller pour mes pieds,
Quelle grosse farre! Continuerai.
Mme. Quelque Chose.
de Ia revue femenine
(Directeure
VEsculhamba tio/i.)
^^/^»»^»*«****^**^ *»»»»ui*»*»**»%^*'.***V*<*<»»»**^»*'*«.^
Quem fumar Ednjé e pior de Lis,
não sofre do estômago
Concursos da Bomba
O melhor cinema em Coritiba, inclusive
os do Portão, é .... . . . ,
• • * •
• •
Este ecupon deve ser remettido á redac-
ção da Bomba até o dia 22 do corrente,
Impresso nas Oíficinas da TYP.
INTERNACIONAL—PraçaTiradente 1,27
 V7.
^^__Í!--5^__^V
.___^v^*^____L_
*
___r*^ ^"^**^^?t_^-^^5?V*>'*»*«« - ¦- - V•,|*__****' *^
•
_pVi'<-****' __*_^t-__iiT«'«-»•¦.*%-» PE*35**_**_______
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*— Porque a Camara não dá carne aos cães recolhidos ao deposito? Será por
deshumanidade ?
— Não: é por causa da apthosa . . .

Instrtacções in civis

Projecto de moQumepto
.."—E quando encontral-os na rua altas
horas da noite? Em homenagem ao futuro «reformador
— Deixal-os.—E' que elles vão por si de Coritiba».—
mesmos para o xadrez... i A estatua será fundida em asphalto sob
um pedestal dé parallelepipedos de (diver-
sas formas geométricas.
 ílâFffilfl ünum
Praça Tiraderçfej r>. Aí
Completo sortimento
de drogas, produetos
G. Barboza Arruda
chimicos e pharma-
Específicos de Humphreis, artigos de borra- ceuticos, preparados
cha, Homoeopathia, Thermometros, Seringas nacionaes e extran-
de Luer para inspecções Hypodermicas etc.
geiras.
Escrupttlosa e fiel execução dos receitua-
rios: —Avia-se receita a qualquer ljora do dia ou da noite

PEITORAL infantil salvação das crianças empregado com suecesso nas

Bronchites Pneumonia, Coqueluche, Grippe etc.

W> *5
2)r. cM. êupplicif ôq JLJacerâa
tJIÍMIGO
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Alienados, com pratica nos
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m \títÍ^^M ÍEb^^B>*^^^^TO1p'

~— De onde vens, Anastácia ?

Da padaria do Narciso, aquelle a quem coube a victoria na questão dos pa-
deiros.
Ah! sim . . . E quanto custou tudo isso ?
Dois mil reis.
Chii! Que barato! Vou dizer á minha patroa . . .Alem disso o Narciso é tão
sympathico!