Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O AMOR-PERFEITO
J0R1VAL CRITICO JOCOSO EIXSTRUCTIVO.
X0H91 mmm
<E> 3mor4)rrfctto.
• YXYYXXXXYVYYYYYYYYYYiYYVVXYVYYVXAXYYYVVX • VXYVYYYYYVm\VYY\YYVXVYVY*XV\l\MIUAlVWV»í
do, que devia ser o J.... ao menos o ttsta, a quem se paga com escasso
camarão devia estar alçado sobre o prêmio o serviço, que elle muitas
fíafeiro: c a Dulcinca, com desprezo vezes presta á sociedade em cada ba-
dos latidos, recebendo o Jornal, e ga de suor que derrama.— iVeste
entregando — un petit bilhet doux — ponto descançamos não nos empre-
cuidadosamente perfumado em ex- zarios, mas sim na dignidade sem-
trail de miei para o redactor!... pre illcza das authoridades compe-
No theatro nào tem oceorrido se- tentes.
não o costumado: a S r / Ida con- Quanto á Revista Theatral, apenas
tinua a gaguejar,—expressão de um diremos que o desforço é sempre
velhote da geral — que não podendojusto, é muito nobre, e se torna
dizer trinado gorgeio ou som mágicosempre muito necessário quando se
—disse gaguejar, e lavrou três ten- tem de moralisar e satisfazer ú so-
tos; porque elle, a nosso vêr, joga a ciedade e ao público; mas é sem-
partida com o Artista, e o A... Vere- pre muito torpe quando, apresen-
mos quem ganha. tando esse montão de verdades a
O Sr. Costa lá vai fazendo o que que quiz chamar verdadeiras, a Be-
pôde; o Sr. Brunaci do mesmo mo- vista Theatral, desce á baixeza de
do, c assim por diante. O theatro de — gritar ás armas—em uni tempo
S. Pedro d'Alcântara e um completo de tanta tranquillidade e de uma paz
museu de numismatica. Ascoristas tão completa ! Isto quer dizer que
parecem moedas dos reis Macedo- o autor do tal — Artigo Nacional—
nios; as bailarinnsjtem certo geito by- nos não pôde dizer muitas verdades,
sanlino, que nol as faz crer contem- sem as entremear de palavras que
porâneas dos jogos do Hipprodomo. lhe sejam inteiramente oppostas.
Sobre este montão d^anciens Sa- Terminamos pois, reconhecendo
voyards vai proceder-se á reforma: que mais não devemos alongar os
chamamos n'esta reforma a atten- nossos raciocínios porque ser
çtío das authoridades, —primo, por metter fouce era ceara alheia, sei
que os contractos se acham assigna- comtudo deixarmos de confessar
dos por quem os não pôde garantir; que hemos medo da catastrophc do
secundo, porque não é só por meio tal grito, porque tememos que a
de uma escriptura que um homem Sr/ Ida, cedendo ao espirito do sé-
estranho lhes assigna que os canto- culo e desprezando mesmo os jor-
res se decidem a vir para longes ter- naes Austríacos, e a derrota dos
ras, mas sim pela confiança e res- Húngaros nos venha fazer gelar de
peito que mereça o paiz na expres- susto, querendo imitar os altos fei-
são geral do estrangeiro;—tertio, tos de certa heroina portugueza.
porque as authoridades não consen- O MONTANHEZ.
tem fraudes, e muito mais quando
santrs <• sempre novos que agradam ao es- significação elles ignoram por se aebar fora
pirito, mas que faliam ao coração uma lin- do seu elemento.
guagem diversa da que ella alé nlão ouvi- L é por essa razão que a sociedade geme
ra ; um inanceho, entregue á si mesmo sob o peso do immoral: o baile não tem a
desde a mais tenra idade, acreditando ver forma que it- lhe perlendeu dar na SIM crea-
no baile a morada da orgia, accommelte ção : é—um inferno fechado—, porque to-
com as armas da estupidez a vaidade da da» :is suas portas acham-se guarnecidas
mulher : lisonjeirn, prodigalisa-lhe um sem pelo que ha de mais asqueroso e degradan-
numero de termos escolhidos, porém de te : a ociosidade e a infâmia.
ordinário sem nexo, fal- a corar á princi-
pio, mas tem certeza de que mais tarde es- C. Ros.
tarão de accordo: á esta classe pertence o
galardão de transformar o baile em inferno
fechado.
E d'ahi nasce o grande embaraço de es-
tabelecer-se uma reunião sem mescla : o
POESIA.
homem é ávido em adquirir renome, qual-
quci que elle seja ; a mulher é por demais
fraca em d-ixar-se incensar, qualquer que VI-A... E AMEI-A!...
seja o lliurihulo que o faça.
0 baile perde para mim todo o effcilo, Os olhos da minha bella
toda a belleza, desde que a sociabilidade São negros e são v iv ates ;
degenera em liberdade, em licença. Sendo Dão assim doce expressão
i sua origem destinada á bòa organisação A s suas mimosas faces.
de uma sociedade que, por assim dizer, for-
me unia só família, impossível lhe é prospe- Quaes são seus olhos são negros
rar cmquanlo se apresentarem em campo Os seus cabellos lambem;
opiniões e mesmo acções Iam heterogêneas. Com tal composto, mnU graça
—A innocencia é ahi posta cm hasta; con- 0 seu semblante contem.
t-tirrein a infâmia, a baixeza, a miséria, para
d'ella assenhorearem-se, e então honin, A sua tez não é alva,
reputação, dignidade, étudoatassalhado no Mas tle còr morena e linda ;
circulo dosociosos, dos jogadores, dos bai- Sua bocea é breve, em rosto
larinos de nossos dias. Longe de mim a De belleza assa/, infiuda.
idéia de equiparar todos os inancebos que
freqüentam salões; seria uma injustiça tan-
to mais digna de censura, quanto mais li- A expressão de seus olhos
mitado é o alcance da minha proposição. E' lão doce, é lão fagueira,
Ate agora não me tenho referido, e nunca Que de amores mata logo
me refeiirci, sempre que houver de arran- Cuma forca feiticeira !...
car mascaras.Jsinão á essa alluviã» tle semi-
vagabnndos que não faliam, não comem, E eu morri apenas vi
não dormem sinão ao som de contradanças O seu todo tão perfeito...
e valsas, e que despertam pronunciando ri- Eu senti ao vèl-a assim
dículas declarações de sentimentos, cuja Uni volcão dentro em roeu peito!.
8 CD Stmor-fJcrfrito.
•Y\XXYXYYYYUYIYa\Y\Y\lYYYYYmYXXXYYXYXXXX'*YYY\Y\Y\XJYY\VY(Y(YVVYIXIX\mX\XJYY'XIVVVXYYYYYY»l
1. Você apenas deve utilizar esta obra para fins não comerciais.
Os livros, textos e imagens que publicamos na Brasiliana Digital são
todos de domínio público, no entanto, é proibido o uso comercial
das nossas imagens.