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DEZEMBRO DE 1821, ÉÉ»'


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Nem os Compadres de Lisboa , Rio, ott grande, « eommtim interesse: mas en
Belém, nem todos o» Sacristães da Monarquia deixar circunlocuçóes , e figuras , ipara fallar
Portuguesa", serião bastante para me fazerem re. com clareza , e precisão, pois necessito muito
tratar a prolestaçáo que eu ...tinha feito de não que todos me eutendáo.
me arriscar, a escrever, ÇHiáquanto náo visse a Quapdo Sua Magestade El Rei -ahio deste
certeza .de '-iêr lido com imparcialidade , oa jul- Reino, era tal o estado de alvoroço , perple-
gado com indulgência : mas. o que náo íizeráo xidade , e confusão , que resultavão da manei-
nem Sacristães , nem Compadres, nem «todos os ra com que esta mudança se effectnava , que
acontecimentos nesta Cidade , desde Outubro do todos os homens sisudos reconheciáo que já desde
auno passado até agora , vai hoje effectuar a 7 de Março nada se fazia debaixo de hum
circulação das noticias que acabáo de chegar de sjsiema fixo, e concertado de Gabinete: o* ma-
Portugal. nejos que tiveráo lugar nos princípios , e meado
.J.JSU desejaria poder agora convidar tanto o de Abril , para o estabelecimento do GovefBo
Filho, do Compadre do Rio de Janeiro , como que devia substituir o de Sua Magestade , mos-
o Amigo Saevistáo , par» •?-,« ajudarem «om o 4j»ráo evidentemente que nada havia de preme-
vem desempenho a- safar-me bem dg^taréfa em ditado ,- que se lançava mão do pensamento do
"ijSgji,
qus, me vou metter ; mas como Alliança» Üía ,• e que o excesso de boafé em huus , e o
he mais o tempo qne se perde do:<*ae aquelle extremo de odiosa intriga em outros , tinhão
'^tau- isnbstituido as vezes da firmeza, e do tino. No
que se ganha, e como eu desejo anticipaf
lo possa , as disposi ções, que necessariamente firo de tudo sobreveio o malfadado dia 22 de
deverão preceder a factura da Coveriuuqa fu- ifL-bril, que acabando de encher tudo de terror,
tnra do llio de Janeiro ^wt isso mo abandona-, % desconfiança i acabava lambem de tirar a m,
rei &-0m. mesmo i e.'àél-mens.'liqnerios re- *_ » „„ii.íi:j«^. deyàciocmar; bem como as
r^JKpgHaoi.
'% I atrocHades dt^Paris de líí)2,e 170»^ que m
Por pijptisiqócs. das Cortes Geraes, ..e Ex- aturdindo o«^|res Parisienses ., eráo sú «aten-
traordinarias da' Nação Portugnezá está final^ didas pelo RobMpieirc que as dirigia.
mente decidido, dia a Fama Publica, que as' Eta impossível que na resolução ein que
Pessoas Reaes aqui exisientes tem de se ir ti.-a t Sua Magestade estava de deixar o Paiz , e na
resultava dò golpe do
para Portugal , siibsüt«iodo-se a Regência de consternação Geral que alguma deliberação
Sua Alícza Real pela Governança Política dia 22, se podesse tointr-;
creada. pelo modelo da de Pernambuco , ficando que náo fosse insufficiente para a nossa posição
exlinctas Tribunaes;»V.« mais Smralacros de Au- melindrosa: Sua Mage8tade.„noineon Regente o
thoridaile Regio Política , qne haviáo* sidij crea- Senhor Príncipe Real, e cíelW: quatro Ministros
dos por Sua Magestade , ou pára melhor dizer pura as repartições , bem aí fórma do antigo
algum. Náo havia
pela natureza da Emigração de 1807 , e do quadro, sem mais açpssorio náo,lastimasse com
Quadro que o Mundo Político oíFerccia então hum só homem de beir» que
de Sua Al-
aos olhos de todo o homem de tac|», fino , e profunda dòr , e magoa a situaçfl
despido de prejuisi*. teza Real , qà* coutando apenas vinte e dou»
Pr- _ a
t\ An„tíi,,r. a áv\*i*ni>\a A:t» tt»ÍWimlr!*, DíttÉfr- anuos, se via rodeado de cousas
il'.l llliiuutl ** t.»igii«vin »*W »' ¦'~JtSVKKi
que nao per-
«içóes do Soberano Congresso , poder-se-ha de- initliáo esperar-se ásíesurreiçáo de força moral,
I

duzir; qu? fica. evidente a dnecção da torça nem a possibilidade de sustar por hum momento
di-
Moral da Constituição a respeito do Rrasil ; a opinião publica, para depois lhe dar fina
todiiíj as vistas políticas de D. Luiz da rtoeçãü : entregue por hum íad ás especulações
qne, outro
Cunha , « do Marquez de Pombal eriío sonhos, ociosas do Conde dos A rcos , e receoso por
e ociosidade.» que - , as ti rim do Pacto Soi;al , <k convulçoes dos Corpos de Portugal qne le-
e o dcavjo de melhorar a, Constituições, e Go- Hiatos, pela maior boa fé da niauuteiiçáo da
vorsios de Paizes .«'.«Jr-ra disppB»*f *íugacidcde Constituirão, ã involuntária, mas miserrima ,
: profunda. CQmbiBítçBS iist. reuiimo execuçáo das barbaridade* do dia 22, não ti-
So»'iuteaiuses dc dlgcrentea Povw.era Imin »í nlmo agora outro expediente a tomar s itnào
:s»' ,•% S&tÊcSmSrSBlSmmP
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2]
consiituirem-se execntores pontuaes da Constitui- dencia dos Senhores Reis , o qual discutido
qão; e islo u todu o custo, para o que lhes cabalmente levava annos a solver.
dava lugar , e campo pleno , u insuíuciencia A fixação de Sua Alleza Real no Brazil
das ratdidas publicadas desde fins de Abril ali; inBue , dirão os Constitiiciouaes de Portugal
5 ile Junho : por tanto via-se claramente náo paru, dar ,
preponderância a esla parle da Monar-
. só a sorte que espw-a^a as Capitanias ü vista quia : esíabelecendo a fav.iir delia a depeiidelieia
do que aqui se passava , iii8sv.aíé se decifrava que sempre lia das P^vigitas
bem aonde nos poderia levar esL dissolução de pilai em que reside o &ii^i|o ftftgJisecgtivo, para com a Cá-
nexd^politico ; ;qxc huus julgava^, com razão , devendo portanto esta resicífViia ser "em Liifboa,
perigosa , e firWfetivel de anarquia , e outros por que Lisboa, dizem eM.. ,% , «yBerço da
como hum \shnples. preparatório gradual
para os Monarquia Portuguesa: febaixo de tal raciofi-
desenvolvimentos que agora se nos ápresentáo. nio poderia a Cidade de Aiosjtejív,.aiirnilur as
A installaçáo de hum novo Governo aqui, pertcuçóes de Petersbuigo ToJouo as àe Ma-
t a relirada de Sua Alteza Real para Portugal drid ; Braga , e Coimbra ; as de J^i^nia,;'
em seguimeuto das decisões do Soberano Con- liio de Janeiro lambem teria g o
qne aifegar quan-
grosso , parecem indubitavelmente o remate da do os Senhores Príncipes Brasileiros tivessem
grande tarefa da mudança de fôrma de Gorei-- idade para poder dizer que nascerão no Paiacio
no no Brazil ; tarefa quasi concluída em de São Chrislováo.
ca,- e íjíie já o estava em theoria, apesar prati- Os Constitucionaes do Rio de Janeiro , e
que
ao momento desta'Conclusão theoricir, faltava Províncias immediatas a. quem a Constituição
ao Soberano Congresso a metade dos Deputados tem cuslailo mais caro ,
, e qne por isso lahez
do Biasil , e a pesai' talvez de senão ter euca- a amem mais,
olháo com bastante pesar para
rado etn Portugal o Prospecto
político qne aquelle a serie de acontecimentos desenvolvidos com ra-
paiz deve necessariamente offerecer antes do fim pidez tal , que nem o mais admirável
do anno <!e 1822. As Províncias do Brasil prévio
remadas quasi municipalmente, sem mais nexo go- concerto os arraujava melhor-. e por isso mesmo
luiiii Governo Moaarcho-Representativo
entre si do que aquelle qne nenhum Político que oflerecc hum remédio aos seus muitos males, e
lhes
lhes poderá tirar ; com hum Governador de sobre tudo aos
Armas independente ein tudo do Governo golpes que se deráo ao seu Bau-
provin- co, por isso desejao náo abandonar o Direito
ciai , e só sim entendendo-se
por de a cá o , de conservar os dous
oferecem , ao meu ver, hum formato,pre.:.de preciosos Ramos da Dy-
hum zeloso Corcunda . hum aterrado republicano que' nastia Reinante , que a Providencia , e abaixo
ou hum aiiílaas aventureiro com , delia a Política , fizeráo nascer neste Paiz , e
grandes fundos, que náo teriâo sido 0s primeiros Keaes líamos
poderáó facilmente aproveitar-se , para zombar oriundos deste Hemisfério se a Pa/,
em breres audiências de lodo aquelle Constitu- da , da Gm-rm
Snccessáo
cu.iiai que pertender snpprir a necessidade da sâ náo tivessem de Filippe Quinto, e a de 1763
deferido para I80J huma Emigra-
pohiíca. com prejnisos de Pátria , on com lhe- çao da muitos hoje affectáo esquecer-se.
ecs invertidas do Pacto Social. qual
'Os Constituciotiaes das
•Se a posae de huma perfeita liberdade Cons- do outras Províncias
Brazil diráo o mesmo com as alterações
tifucional, e da plena força moral
resulta , náo soo sufficientes quo delia liies convierem. 'que
para realisar a fe- Os Sectários do Republicanismo diráo
licidade daquelle dos dons Reinos
habitado pelo Chefe do Poder Executivo, que náo for pouco, ou nada importa ceder aos desejos que dos
então Senhores Conslituciouaes de Portugal
está visto que sempre ha de existir Pomo de (e com ra-
zôo para os seus fins ) pois
Discórdia: se esta supposiçéo náo hs verdadeira que da tal cessão
lhes resulta hum mais abreviado
e se he indifiereníe a residência aqui ou lá , golpe de vista
, , sobre a sua futura sorte , já porque ficão reco-
do Chefe do Executivo , no nome
é para que dò nhecendo melhor
Bom Senso náo se contenta Poilugal com a ac- qual foi , e he a Política de
tii.il posse dc El Hei , reservando a decisão Portugal a respeito do Brazil ,
da ausência dos Reaes liamos aqui nascidos, ja por que a
fuliira residência dos .Senhores Reis ser sol-
dis- vo-iido o nexo moral do compatriotismo,
cniida etn Pleno Senado , e com a para reflexão que poria a systemas de Federação, abria a
hum tao importante assumpto exige ? rle mais. mais 011 menos
imperfeitos , trazendo com sigo desordens e
O Capilulo Vílí. do Livro IU. do Conirac- 'de , aoar-
io Social, iido com atiençáo, e boa fé, deixa quias, das quaeS nao seria admirar ,
cessem entre nój os Puyrredon.
ver claramenle , entre outras verdades u seguinte : , Artigas , Bo-
uvars , e São Martins.
qne os Paizes qne lem sobras são os mais pro- Os Corcundas
prio» para a su.sle11ia.7ao do luxo, e do ornato "niulaiis mutandis finalmente dirião o mesmo ,
das Monarquias: e parece me incrível „ na esperança que o «trazò
, que ao moral do Brazil, com a necessidade de
momer.to em qne turnos Sábios deviáo estar mm manejar a Escravatura junto
os olhos abertoa sobre esla importante verdade , e de ler força armada
, fm pe . facilitaria em pouco tem.10 o repenso
que não podia passar por alto aos Habitantes do Século de Marfim do A lemtejo ,
do Brasil . houvesse ella de escapar infelizmente qBe°,«ra
elles loi tao propicio , e do
A Sabedoria daquelles que senão dignarão de
as expectaçoes á vista de hnma qual só perderão
atíendel-a : por que tendo Portugal de Consiituiçáo
a sua riqueza do Brazil , e de suas sobras qwivar que tenha desde já por accessora aqui
caeao desde o Bereo, dos dous , a edu-
iicaya a porta aberta ao desconfiado Brasileiro , Príncipes !ira.
sileiros. '
pura formar as suas conjecturas sobre a faciü- Mas eu que „âo sou Coidõtilucional
dade com que se resolvia o Problema da Resi- _ m
-outrac.o , Mn Corcunda
por incíi„a,;áo , una
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Republicano por que jâ Bino ha Gregos, nem ros rle taes gentes: Veremos a França ma! tu-
Komanos ; eu que fui educado á sombra da rada de chagas que se fecharão com a força e
Miigtia Charla , e do Biil dos Direilos do Ho- não cotn o tempo, e cuja nova irrupção tem
iiicm ; eu que me rcgosijei quando vi qne oí só por obstáculo a vida de hum homem ás bor-
de ?A de das da sepultura: Notaremos a Casa de Aus-
primeiros beneméritos da Pátria ,
Agosto, tratavão ele levantar a Monarquia das iria , e seu Gabinete eom prospeclo (le liilura
riiinas que a hiáo eiilerrando; não posso enca- influencia em França, mediante os manejos qne
rar sem siimmo receio a quasi impossibilidade iiie poderão offerecer paia o futuro os direilos
de concertar tantas, e tão divergentes couside- do Duque de Reiehstadt: Notaremos a possibi-
rações, húmus políticas , outras coustitucionaes, lidade de Guerras de Successáo , novas pura
e a maior parle dellas uatnraes. nós , mas velhas na Historia : Veremos , ou
Oh vós Illustres Varões que hoje consti- para melhor dizer , passaremos por alto tudo
ttíís a primeira. Assemblea da Nação Porlu- quanto a Hespanha nos offerece, por isso que
gueza nestes derradeiros Séculos ! t, vos mui nada queremos apprender delia , e mui especial,
's
especialmente oh Deputados ,1o liio de Janeiro I mente assim no Artigo America s:: Acharemos
que melhor <iv. que eu podereis para o futuro a primeira, e segunda Época cm que , n"hum
explicar ao Povo que vos elegeo , os molhos só Século , Portugal 1cve de projectitr o seu
' assento uo Brazil , e marcaremos cm grande ai-
do vosso silencio , ou quasi silencio perdoai
vos pe.;o , o excesso de zelo com que vos apre- garismo a terceira vez de tal projecio; vez em
sento as minhas ideas solire a difficuldade que elle se vio constrangido a eüecttialo: Cou-
de unir convenientemente os interesses tle Ho- templaremos finalmente, e em resumo, a silua-
I meus , e cousas , que disiáo tanto entre si, ção tio Brasil , que como Paiz novo offerece
-, e também sobre todas as probabilidades de suecesso aos nossos
quer mora! , quer fisicamente
a urgente precisão en: que vos achais de pôr Legisladores , se esles desapegando-se da luta
em actividade dous grandes dados , a saber , a de reconciliação de cousas velhas com cousas
Força aMoral da Constituição , e a sagaz poli- novas, se dignarem meditar profundamente na
tica de dar com aiiticipaçáo o que brevemente solução contheuda uo Capitulo detimo do Li-
se não poderá negar -, a saber , a residência vro segundo do Contracto Sócia: acerca das
nesíe Hemisfério dei dous Poderes Legislativo , qualidades que se requerem em lntíi Paiz para
e Executivo: Dignai-vos lambem convir que o se legislar com vantagem : De tnlo tiraremos
melhor , talvez único . liador interino da per- por conclusão ; que hum Paiz brando , doce,
feita união dos dois Hemisférios , e o ramo de favorecido por extremo da natureza, ao abrigo
oliveira de todo o Brasil será a conservação da ambição, ou ciúme de vesinhos, oecupando
neste Reino dos Príncipes Brazileiros. huma extensa , e proveitosa Cosia de duas du-
Mas , pergunto en : o que he que n()s ziits dc gráos , e hum terreno feríl , he mui-
convém fazer aqui no momento em que se trata to mais próprio para prometter tr,.7 Séculos de
de huma nova forma de Governança, e da re- felicidade àionarcho-Constituciotial , do que hu-
tirada, daquella parle da Família Real , qne por ma nesga da Europa, que não pole dar hum
huma necessária política aqui havia ficado ? passo na influencia Europea se não mediante a
Que recursos licilos temos nos para nos des- «ua integridade do Brazil , a qual ainda assim
viarmos de males que nas ameaçou , sem com- mesmo nunca será sufficiente para obstar a de-
prometler nossa Fé jurada . sem praguejarmos ciditla ambição dos Belligerantes, para o que
a taciturnidade dos nossos cinco Constituídos, veja-se. a oecupação de Portugal em 1807 ,
ou sem nos reduzirmos a hum manhoso , ou a pesar de Talleyrand ter declarado a Napoleon ,
cobarde silencio? Temos, temos hum expediente, que à Corte Portugueza tie certo náo se demo-
e bem poderoso que elle he ! abriremos os Re- ratia para fazer as honras da caza ; exemplo
gistos da Europa, e coin elles. nos upr.yientare- esle que a verificar-se novameute em qualquer
mos perante nosso Soberano Senado em Cortes, futuro rompi meu to político com Cações Estran-
e folhearemos algumas das mais importantes pa- geiras, ou ainda mesmo em virtude de algu-
gírias do seu destino: faremos ver nellas afine- ma procissão appaiaiosa da -Arca da Santa Al-
tua ção . dás cousas hniiianas , e a vicissitude liança , poderia trazer para este Hemisfério
ilo grandes crises políticas em nossos dias: ob- empecilhos ¦ e riscos dc invalidar a nossa santa
servaremos que a Europa repurtiòa em quatro, Constituição , que , pelo. estado das cousas aqui ,
on cinco grandes interesses . que se chocáo pc- deve necessariamente levar mais tempo a tomas
riodicameiile , pr«dusindo convnlçóes , e irrup- consistência do que etn Poilugal , e isto ainda
ções, offerece de Século em Século, ou ainda mais assim se tal segunda emigração tivesse
mesmo de Geração em Geração , a invasão , de ter o cunho de gcceleraçáo da de 1 SO7.
ou aniquilação dos difiorentes interesses . oc l!'.s- Com estes, e outros ponios de reflexão,
'
lados pequenos, que deriváo mais ou menos dos que huma penna mais hábil poderia desenhai
grandes: Veremos a Polônia . a Bélgica , a Nome- melhor , convidaremos também nossos Constitui-
segun- dos do Collegio Eleitoral, « lhes diremos: Ci-
ga . Gênova Nápoles Ioda:: com primeiro,
do , e algumas até com terceiro Tomo de Par- dadáos Eleitores ! vós que reunia a Palma do
íilbií sem Testamento . e i.-io no curto espaço Martírio a Sapiência' dos Confessores da Cons-
de quarenta hunos : Veremos a gigantesca po- tittiiçáo ! vos que em observância dos vossos
litica do Gabinete Tartaro-Europeo sem que .ios importantes deveres tendes de '.os convocar no-
meio dia , vãmente para ver arrancar-vos imm uovo sucri-
possamos lisonjear que oa Povos do
por inliilí-s vezes ititiundados de Tailaroa , se- ficio I medi com circunspecção a latitude desle
jáo auíSeieato pura repelir as^asma! vifldoa- íey.;udo sttaükio: Examinai até que ponto vu#
4]
auforisáo os vossos Poderes para remediar os em vós a incnlpfiçlo que se poderá fazer doa
males de huma immensa distancia , qi:e vos dic- resultados de infelizes combinações , formada»
ta 'Miuin novo immedialo recurso ao Soberano em momentos do dificuldades políticas; inculpa-
Congresso: estendei vossas vistas, e penetrai os ção , que no meu modo de ver as cousas, se
Íntimos recantos do coraçáo do Homem : e ve- deve sempre dirigir a nós, e náo aos Portugue-
reis que a pesar tir, profunda magoa que aflligio zes do Heiiiisfeng velho ; que por isso mesmo
nossos corações em .Abril deste anno , a pesai- que se achão longe ilo tabulado , terão direito
de iodas as considerações que delia deriváo , de criminar , on nosso manhoso silencio , ou a
ejiisíe hum Laço apertado que une mui singu- nossa roiseiavel indillereuça á vista de males
larmenie o Povo do Brasil com a pane da Dy- dos quaes lemos obrigação de ser relatores pe-
nastia Reinante que aqui nasceu : Vede que á raule o Soberano Congresso!
dissolução deste Laço eslá auuexa a conimi- Eu nao poderia terminar este meu insigni-
naçáo profetisada pelo Abbade De Pratít a res- ficante trabalho, sem protestar á lace de todos,
-,
ptilo da America Portngueza profecia esfa que que na publicidade qne ora dou a estes ineiig
em uiiilíi se torna suspeita , pois que o Escnp- sentimentos, não exisle outro alvo uiais do que
tor alem de anticipar-se annos, náo podia ler, provocar a aualyse . e a critica justa de toda
razoavelmente fadando, empenho em nos preta- a casta de Cidadãos, Proprietários, Gentes de
ver contra hum futuro que nem elle , nem nós Guerra. Diplomatas. Legislas, Commerciautes,
julgávamos provável, e talvez nem possível; Lavradores, Artistas, e de todos os que aqui
Representai com airosa eneigia sobre Indo o qtiti compõem a grande família de Homens Livres ,
v,»s parecer digno de nlterior reflexão . c refor a cuja censura prompfamenle me submeterei;
ma; escrevei uobre , e sublimemente para con- consignando lanto os meus sentimentos como o
vidar as opiniões de todos a manifestarem-se criticismo dos outros a consideração do Collegio
por meio da Imprensa .- levai finalmente os fru:- de Eleitores.
tos dos vossos primeiros trabalhos com a mai ir Por lauto cumpre-me declarar , e protestar
brevidade ao conhecimento do Soberano Cougre<- á face de todos os que me lerem . ipie só a pro-
so, e já aqui á informação do Príncipe liegen- fui) a persuasão rui que me deixão os Retrospectos
te , que corio Príncipe., e Pai deveu ler já políticos dos nossos visinhos Hespanhnea , e os
reconhecido o meliudre de sua situação , e qne Prospeclos presentes , e futuros das cousas do
a sua Fé jurada longe de o dispensar como P,,- Império Portuguez nos dous Hemisférios , serião
lilieo . on «uno Pai , dc retlectir seriamente suficientes paru me deseucovar de hum silencio
sob.e a futura sorte tio Brasil , antes lhe im- a que por alguns annos me havia consignado
põe o rigoroso dever de afastar os máos effeitos hum ia! ou qual conhecimento tios Homens, ou
de huma excessiva , e literal religiosidade. talvez, a minha insuficiência ; aliegando por tanto
Oh Diti 26 de Fevereiro! Dia em que o em meu abou,; a obiigaçáo que todos temos de
.Brasil jurou cooperar em tudo , e por ludo evitar, quanto de nós dependa , a comminaçáo
para a grande obra .da santa Constitniçèo! náo de Mr. Ronsseau: —Quando se diz á cerca dos
consenti ja mais que a ignorância , ou malícia Negócios do Esiado ss
que me imporia ? k deve-se
de contemporâneos , ou vindouros procure knçar coutar que o Estado está
perdido, —

-«í> w 4n0 * ?•——"¦¦«¦

O Redactor ao Publico.

Não me permitlindo nem minhas oecupaçóes, nem minhas circunstancias domesticas tomar,
alem do trabalho da redacçáo , cargo algum ua administração da Folha (jue respeitosamente me
propui. offerecer a quem n.e quizer ler , tenho a honra de prevenir todos os Senhores que qui-
zerem favorecer a obra cem sua leitura , se hajáo de dirigir aos Síírs. Moreira
, e Garcez na
sua Officiua na Rua da Candelária, N.° 9. esquina da dos Pescadores;
porisso
se achão plenamente authorisados para tratar de Iodos os ofajeclos de sua impressão que eHes Sfírs.
, direcçao,
e percepção de rendimentos , cujo liquido se adjudicará a fins de Caridade Christá
. e utilidade
publica , como constará periodicamente par títulos irrefragaveis ; restando-me poitaoto declarar,
que náo permittiodo ainda o .estada da Typographia dos precitados Súrs. afiançar a sabida regular
de nlteriores trabalhos, serão esles aimmiciados em seu devido tempo-, sendo esla,
entre outras,
huma ciuisa de se evitar lazer p.,r ora Piano algum de Subscrijçáo. veutler-se-hão
portanto avnl-
«os os I. umeroí, á descripçáo dos Proprietário» da reísrida Typographia, e bem nu sentido
acima
apontado.

Os Editoiiks ao Publico,

A venda desta Folha se fará ua Rotica de Anlonio Joaquim da Silva Garcez , Ha» dos Pwc*.
dores N. 6 esquina da da Candelária ,
preço 120 réis.

Rio de Janeiro. Na Typographia de Moreii, , e Garcez.

*•

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