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FACULDADE ANHANGUERA DE PELOTAS

ENGENHARIA MECÂNICA

ATIVIDADE DE
ELETRICIDADE APLICADA

PROFESSOR: ALBERTO NETO

ALUNO:
MATHEUS BENITES OLIVEIRA – 195965412836

PELOTAS(RS)
AGOSTO/2019
SUMÁRIO

1. PONTE DE WHEATSTONE.................................................................................... 3
1.1 O Circuito da ponte de Wheatstone ................................................................... 3
1.1.1 Ponte de Wheatstone - Caso 1: Todos os resistores são iguais .................. 5
1.1.2 Ponte de Wheatstone - Caso 2: Um resistor variáveis ................................. 5
1.1.3 Ponte de Wheatstone - Caso 3: Dois resistores variáveis ........................... 6
2. TEOREMA DE NORTON E THÉVENIN.................................................................. 9
3. CÁLCULO DO CIRCUÍTO .................................................................................... 10
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1. PONTE DE WHEATSTONE

No século XIX o cientista inglês Charles Wheatstone concebeu este método,


profundo estudioso dos circuitos elétricos Wheatstone desenvolveu vários outros
dispositivos com destaque ao estereoscópio que era um dispositivo que mostrava
imagens tridimensionais e o sistema de encriptação de mensagens Playfair cipher
que foi utilizado na Segunda Guerra Mundial, Seus estudos são relevantes
ainda na atualidade e foram desenvolvidos com base em resistências
ligadas em paralelo e em pontes, em série ou em paralelo com
equipamentos que são a base dos medidores-testadores multirange
modernos, os multímetros, amperímetros e ohmímetros digitais possuem
diferentes formas de medição, porém, os conceitos desenvolvidos por
Wheatstone foram a base para a medição de precisão de circuitos elétricos,
além disso pode-se utilizar o circuito ponte de Wheatstone para se aferir a
temperatura com a utilização de um sensor que varia a resistência conforme
a temperatura, as células de carga são outro exemplo que utilizam do
mesmo circuito para que se faça a medição de modo fácil valendo-se para
isso da utilização de amplificadores de instrumentação.

1.1 O CIRCUITO DA PONTE DE WHEATSTONE

Considere uma fonte de tensão V e quatro resistores R1, R2, R3, R4, dispostos
conforme a figura a seguir. Adote também as correntes I1 e I2, além dos nós A, B, C
e D.

Figura 1: Circuito proposto inicialmente


4

Temos, conforme nosso circuito anterior, que:

V=VAD (Eq. 1)

As equações para as correntes nesse circuito são as seguintes:

I1=VADR1+R3=VR1+R3 (Eq. 2)

I2=VADR2+R4=VR2+R4 (Eq. 3)

Os valores para cada uma das tensões nomeadas pelas letras A, B, C e D são:

VAB=R1I1=R1(VR1+R3) (Eq. 4)

VBD=R3I1=R3(VR1+R3) (Eq. 5)

VAC=R2I2=R2(VR2+R4) (Eq. 6)

VCD=R4I2=R4(VR2+R4) (Eq. 7)

Mas sabe-se que Vm pode ser representado por:

VM=VBD+VDC=VBD−VCD (Eq. 8)

Desenvolvendo essa equação, obteremos:

VM=R3(VR1+R3)−R4(VR2+R4) (Eq. 9)

VM=R3V(R2+R4)−R4V(R1+R3)(R1+R3)(R2+R4) (Eq. 10)

VM=R2R3V+R4R3V−R1R4V−R3R4V(R1+R3)(R2+R4) (Eq. 11)

VM=VR2R3−R1R4(R1+R3)(R2+R4) (Eq. 12)

Vm também pode ser representada pela equação 13 a seguir:

VM=VAC+VBA=VAC−VAB (Eq. 13)

A equação 13 também pode ser desenvolvida:


VM=R2(VR2+R4)−R1(VR1+R3) (Eq. 14)

VM=R2V(R1+R3)−R1V(R2+R4)(R1+R3)(R2+R4) (Eq. 15)


5

VM=R1R2V+R2R3V−R1R2V−R1R4V(R1+R3)(R2+R4) (Eq. 16)

VM=VR2R3−R1R4(R1+R3)(R2+R4) (Eq. 17)

Observe que chegamos a duas equações iguais, as equações 12 e 17.


Portanto, se a análise é feita levando-se em consideração R1 e R2 ou R3 e R4, o valor
de Vm é o mesmo.
Em caso de variações das diferentes resistências do circuito, obtemos o
seguinte resultado:

(Eq. 18)

Observe que, se as variações de resistência forem nulas, o resultado é igual à


equação 17.

VM=VR2R3−R1R4(R1+R3)(R2+R4) (Eq. 17)

1.1.1 Ponte de Wheatstone - Caso 1: Todos os resistores são iguais

Agora, imagine que:

R1R2=R3R4=1 (Eq. 19)

Ou seja,
R1=R2 (Eq. 20)

R3=R4 (Eq. 21)

Obtemos, substituindo na equação 17, que:

VM=VR2R3−R2R3(R1+R3)(R2+R4)=0 (Eq. 22)

Ou seja, em caso de resistências iguais, a tensão medida em Vm é nula, igual


a zero.

1.1.2 Ponte de Wheatstone - Caso 2: Um resistor variáveis


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Considere que um dos resistores varie, o resistor R4:

Figura 2: Resistor R4 variável.

Ou seja, o valor dos resistores é:

R1=R2=R3=R,R4=R+ΔR (Eq. 23)

Substituindo na equação 17:

VM=V(RR−R(R+ΔR))2R(2R+ΔR) (Eq. 24)

VM=V(R2−R2−RΔR)4R2+2RΔR (Eq. 25)

VM=V−RΔR4R2+2RΔR (Eq. 26)

VM=−ΔR4R+2ΔRV≈VM=−ΔR4RV (Eq. 27)

A equação encontrada representa o valor aproximado lido na tensão medida


entre os pontos B e C.

1.1.3 Ponte de Wheatstone - Caso 3: Dois resistores variáveis

Considere que dois resistores variem igualmente em quantidade, porem de


forma oposta. Considere, para nosso circuito, os resistores R2 e R4:
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Figura 3: Resistores R4 e R2 variáveis

Ou seja:
R1=R3=R;R2=R−ΔR;R4=R+ΔR (Eq. 28)

Substituindo na equação 17:

VM=VR2R3−R2R3(R1+R3)(R2+R4)=0 (Eq. 29)

VM=V(R−ΔR)R−R(R+ΔR)(2R)(R+ΔR+R−ΔR)=0 (Eq. 30)

VM=R2−RΔR−R2−RΔR2R2V=0 (Eq. 31)

VM=−2RΔR4R2V (Eq. 32)

VM=ΔR2RV (Eq. 33)

A equação encontrada representa o valor aproximado lido na tensão medida


entre os pontos B e C.
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Abaixo exemplifica-se um circuito de ponte de Wheatstone com seu respectivo


cálculo, considera-se neste exemplo que a medida aferida no amperímetro foi I = 0
(zero), configurando que a ponte encontra-se em equilíbrio, para se calcular o valor
de Rx procede-se da seguinte forma:

Cálculo:
R1.R = R2.Rx
5.2 = 10.Rx
10 = 10.Rx
Rx = 10/10
Rx = 1Ω
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2. TEOREMA DE NORTON E THÉVENIN

Os teoremas de Thévenin e de Norton são dois teoremas duais aplicáveis a circuitos


lineares.

O teorema de Thévenin estabelece


que qualquer circuito linear visto de um
porto pode ser representado por uma fonte
de tensão (igual à tensão do porto em
circuito aberto) em série com uma
impedância (igual à impedância do circuito
vista desse porto).

A esta configuração chamamos configuração Thévenin.

O teorema de Norton estabelece


que qualquer circuito linear visto de um
porto pode ser representado por uma
fonte de corrente (igual à corrente do
porto em curto-circuito) em paralelo com
uma impedância (igual à impedância do
circuito vista desse porto).

A esta configuração chamamos configuração Norton.

Decorre destes dois teoremas que uma configuração Thévenin pode ser transformada
numa configuração Norton, e vice-versa, desde que Vo = Z Is.
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3. CÁLCULO DO CIRCUÍTO

2A

Iniciamos o cálculo pela resistência equivalente dos resistores R3 e R4, estes


resistores estão ligados em série:
R3 = 2Ω
R4 = 4Ω
Req 2//3+4 = 4+2
Req 2//3+4 = 6 Ω
Seguimos com o cálculo a ligação restante em paralelo ou seja, dos resistores
R2 e Req 3+4:
1 𝑅1. 𝑅2
=
𝑅𝑒𝑞 𝑅1 + 𝑅2
1 6.6
=
𝑅𝑒𝑞 6 + 6
1 36
=
𝑅𝑒𝑞 12

𝟏
= 𝟑Ω
𝑹𝒆𝒒
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Na posse destas informações pode-se calcular a Req de todo o circuito,


1
bastando para tal somar-se os valores de R1 + 𝑅𝑒𝑞:
1
ReqCircuíto = R1 + 𝑅𝑒𝑞:

ReqCircuíto = 7+3
ReqCircuíto = 10 Ω
Pode-se a partir de agora calcular a tensão da fonte de energia, utilizando-se
da fórmula V = R.I.
R = 10.2 = 20V
Passamos a calcular a tensão no resistor R1 através da fórmula V1= R1.I1
V1 = 7.2
V1 = 14V
Na parte paralela do circuito a tensão, ou seja: V = 6V, valor este obtido através
do cálculo das variáveis:
𝟏
= 𝟑Ω 𝐱 𝟐𝐀(𝐈 𝐝𝐚 𝐟𝐨𝐧𝐭𝐞)
𝑹𝒆𝒒
𝑉
Já a tensão incidente em R2 e Req 2//3 e 4 são a mesma, quando aplica-se 𝐼 = 𝑅
6
𝐼=
6
𝑰 = 𝟏𝑨 𝒆𝒎 𝒂𝒎𝒃𝒐𝒔 𝒐𝒔 𝒄𝒂𝒔𝒐𝒔
As tensões em R3 e R4 são respectivamente: V3 = 2V e V4 = 4V aplica-se a
fórmula V= R.I para se que obtenham os respectivos valores.
Finalmente, pode-se anotar de forma organizada todos os valores referentes
ao circuito estudado:
V= 20v R= 10 Ω I3= 2A P= 40W
R1= 7 Ω R2=6 Ω R3=2 Ω R4= 4 Ω
V1= 14V V2= 6V V3= 2V V4= 4V
I1= 2A I2= 1A I3= 1A I4= 1A
P1= 28 W P2= 6W P3= 2W P4= 4W

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