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Módulo I - Noções Prévias de Fiscalização de Projetos e Obras PDF
Módulo I - Noções Prévias de Fiscalização de Projetos e Obras PDF
Módulo I - Noções Prévias de Fiscalização de Projetos e Obras PDF
E OBRAS DE ENGENHARIA
ESAF
Escola de Administração Fazendária
Ficha técnica
Coordenação de Produção
Equipe de produção DIEAD/ESAF
Sumário
1.1. Qual é o conhecimento básico necessário aos profissionais que atuam no pre-
paro do instrumento convocatório, do contrato e na fiscalização?........................... 4
1.2. O Termo de Referência (ou Projeto Básico, anexo ao edital): os cuidados na sua
elaboração................................................................................................................... 12
Encerramento......................................................................................................... 32
NOÇÕES PRÉVIAS DE FISCALIZAÇÃO DE PROJETOS E OBRAS
MÓDULO 1
4
62)1. O regime jurídico para tais contratos, conforme a Lei n° 8.666/1993, confere à
Administração Pública a prerrogativa de modificá-los unilateralmente para a melhor
adequação às finalidades do interesse público, respeitados os direitos do contratado.
Importante
É muito importante que os profissionais que atuam nessas áreas
detenham um conhecimento básico de legislação relativa à ela-
boração de editais. A preparação desse instrumento convocató-
rio deve obedecer às inúmeras normativas, muitas em constante
atualização, devendo a sua redação ser correta e atualizada,
visto que esse será o principal documento da relação contratan-
te/contratado, servindo de referência legal durante todo o perío-
do da contratação. O edital, como é o principal elemento que
solucionará impasses e esclarecerá dúvidas, se incorreto, perde-
rá o seu propósito, inclusive dando oportunidade para contesta-
ções judiciais, caso não esteja bem elaborado ou redigido de
forma clara, coesa e obedecendo fielmente à legislação vigente.
1
BRASIL. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI da Constituição Federal, institui normas
para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 1993.
2
Esses conceitos serão desenvolvidos ao longo deste curso.
5
da Fazenda (MF), determina que devam ser adotadas as minutas padronizadas da
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) na elaboração de instrumentos de
contratação pública de serviços, como projetos ou execução de obras pelos órgãos
do MF. Essa determinação foi acatada com a edição da Portaria da Receita Federal do
Brasil (RFB) nº 2.363, de 6 de julho de 2017.
Preste muita atenção nos três pontos desse artigo (acima em negrito), os quais devem
ter a sua total atenção como fiscal do contrato.
O primeiro refere-se à previsão legal de que seja parte integrante do edital ao menos o
Projeto Básico do objeto (no caso em estudo, obras ou serviços de engenharia), com a
relação completa dos seus elementos (pranchas de desenho, especificações técnicas
e tantos outros elementos necessários ao entendimento do objeto). Você encontrará
um estudo mais aprofundado dessa relação no tópico 1.1.2 e no Módulo 2.
Importante
Este orçamento é uma responsabilidade da Administração, e ser-
virá como uma referência para o preço de venda que se deseja
para o objeto a ser contratado.
Isso não impede, no entanto, que as licitantes apresentem valores diferentes para
os custos unitários em relação àqueles demonstrados na planilha referencial da
Administração, advindos de sistemas de custos de referência. Essa possibilidade
deve respeitar, porém, regras definidas nos diversos Acórdãos do Tribunal de Contas
da União (TCU) sobre o tema e determinações que constarão do próprio edital.
7
Por Exemplo
O preço global da etapa não deverá ser excedido, ainda que os seu
custos unitários formadores sejam distribuídos de forma diferente, ou
que sejam diferentes daqueles obtidos a partir dos sistemas de custos
de referência previstos no Decreto nº 7.983/2013, assunto que estudare-
mos no Módulo 3.
Já o art. 41 da Lei nº 8.666/1993 define que o edital é peça régia quando da licitação
e contratação dos serviços, ou seja, ele é a lei interna da licitação, documento que
servirá ao esclarecimento para quaisquer controvérsias que venham a ocorrer durante
o período do contrato e ao qual a Administração está vinculada:
8
Importante
A elaboração de editais, considerando-se todos os quesitos já
discutidos até aqui, é tarefa complexa e que requer dedicação do
agente público. Por tal razão, é imprescindível a sua capacitação
no seu desenvolvimento. Soma-se a isso o fato de que há cons-
tantes atualizações na legislação afeta ao tema, que muitas
vezes corrigem ou alteram preceitos anteriormente adotados,
seja pela edição de novas leis, seja por jurisprudência dos Tribu-
nais Superiores ou outros órgãos de controle.
Contudo, uma análise detalhada da Gestão por Competências da RFB (no caso dos
servidores desse órgão), apresentada na forma de uma Cadeia de Valor, por meio do
Mapa Estratégico da instituição, informa quais são as competências que se espera
do servidor, em níveis fundamental, gerencial (quando servidor ocupante de cargos
de chefia) e específico.
9
Manutenção da infraestrutura física da RFB – gerir a infraestrutu-
ra física da RFB, mantendo a adequação dos imóveis aos padrões
técnicos e à imagem institucional, de forma a conferir funcionali-
dade e segurança à consecução das atividades-fim;
Perceba que, das competências elencadas, os dois itens marcados devem ser obser-
vados com muito cuidado, pois invocam grande responsabilidade do agente público.
Ambos tratam da responsabilidade subsidiária que está vinculada ao servidor quan-
do nomeado fiscal do contrato, na figura de especialista (engenheiro ou arquiteto), e
que será novamente tratada nos Módulos 2 e 4. O primeiro está diretamente ligado à
qualidade e à segurança do ambiente construído. O segundo, à observância das de-
terminações e jurisprudência dos órgãos de controle.
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Note que a qualidade e a segurança do ambiente construído referem-se ao cuidado
de se prever instalações que atendam às normas técnicas ou normas legais intrinsi-
camente vinculadas ao desempenho, à funcionalidade, ao conforto, à acessibilidade
e à segurança. Como exemplo, podemos citar a necessária observação à legislação
ambiental ou à legislação de incêndio. Nesse aspecto, o fiscal do contrato com for-
mação técnica é solidariamente responsável, caso não sejam cumpridas as norma-
tivas técnicas ou legais que são vinculadas à construção, inclusive podendo vir a ser
responsabilizado civil e criminalmente nesses casos.
Em relação aos órgãos superiores de controle, a não observância das suas normati-
vas legais (acórdãos ou outras jurisprudências), por parte do fiscal do contrato, pode-
rá implicar a sua responsabilização, inclusive prevendo sanções.
Dessa forma, é de vital importância que o fiscal proceda com todo o rigor na atuação
da sua fiscalização, devendo sempre fazer constar nos autos do processo adminis-
trativo do contrato todos os seus atos relativos a tais quesitos, como exigências da
observância de tais normas e, o mais importante, o seu cumprimento.
11
1.2. O Termo de Referência (ou Projeto Básico, anexo ao
edital): os cuidados na sua elaboração
Ao final deste tópico, o aluno será capaz de:
3
PEREIRA JR., J. T. Políticas públicas nas licitações e contratações administrativas. 2. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2012.
12
“Durante o estudo preliminar, avaliam-se questões que possibilitarão a elabo-
ração de anteprojeto em conformidade com as necessidades administrativas e as
características do objeto a licitar, ou a contratar de forma direta. Tal estudo leva
em conta aspectos como:
a) adequação técnica; b) funcionalidade; c) requisitos ambientais; d) adequação
às normas vigentes (requisitos de limites e áreas de ocupação, normas de urban-
ização, leis de proteção ambiental etc.); e) possível movimento de terra decor-
rente da implantação, necessidade de estabilizar taludes, construir muros de
arrimo ou fundações especiais; f) processo construtivo a ser empregado; g) possi-
bilidade de racionalização do processo construtivo; h) existência de fornecedores
que deem respostas às soluções sob consideração; i) estimativa preliminar de
custo e viabilidade econômico-financeira do objeto (PEREIRA JR., 2012).”
Importante
Essas diretrizes devem ser dadas por profissional habilitado, do
próprio quadro da Administração, ou contratado para tal, e serão
abordadas no Módulo 2.
13
Para a contratação de serviços de execução de obras, nos
quais já se tenha o Projeto Básico, estarão descritas em anexo
ao edital as diretrizes para a elaboração do Projeto Executivo
concomitante à obra (previsão dada pelo art. 7º, parágrafo 1º, da
Lei nº 8.666/1993), e as providências que se espera da contratada
quando da sua execução. Obviamente, não será descrito nesta
peça todo o roteiro técnico para a execução da edificação ou
obra viária ou de infraestrutura, visto que isso é tema do projeto
de construção civil (documentos técnicos) que dela fará parte.
Nas diretrizes para a elaboração do Projeto Executivo, complementar ao Projeto
Básico, estarão descritos os elementos que devem ser entregues à Administração
quando da execução ou finalização da obra (além do Projeto Executivo, os laudos,
o “as built”4 etc.), e as providências que devem ser tomadas pela contratada para
a execução do objeto (observância às normativas de sustentabilidade, à legislação
ambiental, ao cronograma de etapas, aos prazos etc.).
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f) Definição das quantidades e dos custos dos serviços e fornecimentos com
precisão compatível com o tipo e o porte do objeto, de forma a ensejar a
determinação do custo global;
5
CAMPELO, Valmir; CAVALCANTE, Rafael Jardim. Obras públicas: comentários à jurisprudência do TCU. 3. ed. Belo Hori-
zonte: Fórum, 2014.
15
Por certo essa condição remete àquela licitante toda e qualquer assunção de
responsabilidade pelos serviços que serão prestados, pelo preço ofertado e pela
distribuição dos seus custos, inclusive para a eventual celebração de aditivos ao
contrato, conforme será estudado no Módulo 3.
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o) Características e condições do local de execução dos serviços, bem como de
seu impacto ambiental, se houver, considerando-se os seguintes requisitos:
segurança, funcionalidade e adequação ao interesse público, possibilidade de
emprego de mão de obra, materiais, tecnologia e matérias-primas existentes
no local para execução, de modo a diminuir os custos de transporte, facilidade
e economia na execução, na conservação e na operação, sem prejuízo da
durabilidade do serviço, adoção das normas técnicas de saúde e de segurança
do trabalho adequadas e infraestrutura de acesso;
Tome Nota
A expressão “pessoas portadoras de deficiência” , constante no item
“p”, atualmente está em desuso. O item apresenta o texto da lei. Essa
expressão e as expressões correlatas “pessoa com necessidades
especiais” e “pessoa deficiente” não têm mais sido aceitas desde a
assinatura, pelo Brasil, do Tratado Internacional dos Direitos Huma-
nos na Convenção de Nova Iorque sobre os direitos das pessoas
com deficiência, em 2007, e da edição do Estatuto da Pessoa com
Deficiência, em 2015. Isso decorre do fato que a primeira expressão,
ao transmitir a ideia de portabilidade, pode levar à conclusão de que
se pode abrir mão da deficiência, configurando um eufemismo.
Igualmente, a segunda e terceira expressões, equivocadamente,
transmitem a ideia de redução da capacidade das pessoas com defi-
ciência. A deficiência se manifesta na relação com o meio externo,
mas jamais limita as habilidades das pessoas no desempenho de 17
expressão e as expressões correlatas “pessoa com necessidades
especiais” e “pessoa deficiente” não têm mais sido aceitas desde a
assinatura, pelo Brasil, do Tratado Internacional dos Direitos Huma-
nos na Convenção de Nova Iorque sobre os direitos das pessoas
com deficiência, em 2007, e da edição do Estatuto da Pessoa com
Deficiência, em 2015. Isso decorre do fato que a primeira expressão,
ao transmitir a ideia de portabilidade, pode levar à conclusão de que
se pode abrir mão da deficiência, configurando um eufemismo.
Igualmente, a segunda e terceira expressões, equivocadamente,
transmitem a ideia de redução da capacidade das pessoas com defi-
ciência. A deficiência se manifesta na relação com o meio externo,
mas jamais limita as habilidades das pessoas no desempenho de
competências ordinárias.
a) Cronograma físico-financeiro;
Saiba Mais
18
no cronograma físico e de acordo com a disponibilidade de recursos
financeiros, vedada a antecipação de pagamento à contratada.
Saiba Mais
i) Projeto Executivo.
19
1.3. Fiscal de contrato e o profissional habilitado: quais as
diferenças entre um e outro?
Ao final deste tópico, o aluno será capaz de:
Para essa situação, a Lei n° 8.666/1993 prevê, no seu art. 67, a possibilidade de
assessoramento técnico especializado:
20
“Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por
um representante da Administração especialmente designado, permitida a
contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações perti-
nentes a essa atribuição” (BRASIL, 1993).
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disso, a legislação traz explicitamente a possibilidade da contratação desses, como
assessoria, conforme já mencionado, pelos comandos da Lei nº 8.666/1993, e, no
caso da RFB, da Portaria RFB/Sucor/Copol nº 566, de 30 de novembro de 2011.
22
1.4. Os conceitos específicos na área de fiscalização de
projetos e obras
Ao final deste tópico, o aluno será capaz de:
24
3.95
Projeto Executivo
(PE)
3.99
(PECE)
7
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 16636-1:2017 – Elaboração e desenvolvimento
de serviços técnicos especializados de projetos arquitetônicos e urbanísticos – Parte 1: Diretrizes e terminologia. Rio
de Janeiro: ABNT, 2017.
25
Projeto Básico é o conjunto de desenhos, Memoriais Descritivos, especifica-
ções técnicas, orçamento, cronograma e demais elementos técnicos neces-
sários e suficientes à precisa caracterização da obra a ser executada, aten-
dendo às Normas Técnicas e à legislação vigente, elaborado com base em
estudos anteriores que assegurem a viabilidade e o adequado tratamento
ambiental do empreendimento.
E, por fim, o sistema Confea/Crea assim conceitua o termo “Projeto Executivo” na sua
Decisão Normativa nº 106, de 17 de abril de 2015:
8
IBRAOP – INSTITUTO BRASILEIRO DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS. Orientação Técnica n° 01/2006. Florianópolis:
Ibraop, 2006.
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“II – o Projeto Executivo, que consiste no conjunto dos elementos necessá-
rios e suficientes à execução completa da obra ou do serviço, conforme dis-
ciplinamento da Lei n° 8.666, de 1993, e das normas da Associação Brasileira
de Normas Técnicas – ABNT” (CONFEA, 2015).9
9
CONFEA – CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA. Decisão Normativa nº 106, de 17 de abril de 2015.
Conceitua o termo “Projeto” e define suas tipificações. Brasília: Confea, 2015.
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Esse último, cujo conceito deriva da expressão da língua inglesa que
significa “como construído”, trata tão somente do registro da solução
técnica efetivamente executada na obra. Conforme o Manual de Es-
copo de Projetos e Serviços de Arquitetura e Urbanismo – Indústria
Imobiliária, da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura
(Asbea), “as built” é o jogo completo do projeto arquitetônico e dos pro-
jetos das demais especialidades envolvidas, bem como dos pareceres
de consultorias, contendo todas as anotações de ajustes e/ou altera-
ções ocorridas, devidamente assinadas e assumidas pelos engenhei-
ros e/ou arquitetos responsáveis pela obra, e será a base para a ela-
boração do Manual do Proprietário, obrigatório conforme a ABNT NBR
14037: 2011 – Versão Corrigida: 2014 – Diretrizes para elaboração de
manuais de uso, operação e manutenção das edificações – Requisitos
para elaboração e apresentação dos conteúdos.
Esses conceitos devem ser parte integrante do instrumento convocatório com clara
e precisa conceituação, devendo estar presentes no Termo de Referência ou Projeto
Básico, anexo a esse.
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Retrofit, conforme definido na IN nº 2, de 4 de junho de 2014, da
SLTI/MP, é qualquer reforma que altere os sistemas de iluminação,
condicionamento de ar ou envoltória da edificação. Segundo Qualharini
(2004)10, retrofit “é processo de interferir em uma benfeitoria, que foi
executada em padrões inadequados às necessidades atuais”. Assim,
retrofit, em sua forma original, é qualquer tipo de reforma, a renovação
completa de uma edificação, uma intervenção a um patrimônio, ou
seja, colocar o velho em forma de novo, preservando seus valores
estéticos e históricos originais, além de trabalhar com o conceito de
sustentabilidade, na medida em que busca preservar os elementos
que caracterizam a edificação ao invés de simplesmente descartá-los.
Croitor (2009)11 define retrofit como a ação tomada quando há interesse
do empreendedor pela substituição de sistemas prediais ineficientes e/
ou inadequados, pela mudança de uso do imóvel ou, também, quando
as edificações encontram-se inacabadas e abandonadas. A ABNT NBR
15575-1:2013 – Edificações habitacionais – Desempenho – Parte 1:
Requisitos gerais, define retrofit como “remodelação ou atualização do
edifício ou de sistemas, através da incorporação de novas tecnologias
e conceitos, normalmente visando à valorização do imóvel, mudança
de uso, aumento de vida útil e eficiência operacional e energética”
(ABNT, 2013, grifo nosso)12.
10 11 12
Note que o retrofit não se limita apenas a dar uma cara nova ao edifício, como é
comumente entendido, mas lhe conceder renovação, necessariamente elevando o
seu desempenho.
10
QUALHARINI, E. L. Retrofit de construções: metodologia de avaliação. In: ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DO
AMBIENTE CONSTRUÍDO, 10., 2004, São Paulo. Anais... São Paulo: Antac, 2004.
11
CROITOR, E. P. N. A gestão de projetos aplicada à reabilitação de edifícios: estudo da interface entre projeto e obra.
2009. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Construção Civil) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo,
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.
12
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 15575-1:2013 – Edificações habitacionais –
Desempenho – Parte 1: Requisitos gerais. Rio de Janeiro: ABNT, 2013.
29
A compatibilização de projetos é a atividade de integrar os diferentes elementos do
projeto, para que todos tragam as mesmas informações. A coordenação de projetos,
em um nível mais aprofundado, busca a identificação de orientações conflitantes,
que poderiam ordenar comandos contraditórios nas pranchas de desenho ou outros
documentos dos diversos projetos envolvidos na concepção de um objeto. Assim,
projetos elétricos, hidráulicos, estruturais e de arquitetura, por exemplo, devem
trazer coerência nas informações, referenciando-se em uma mesma base (plantas
baixas, cortes, fachadas e demais desenhos). Os trabalhos de compatibilização e
coordenação dos projetos são complexos e com alto grau de dificuldade, devendo
ser feitos por profissional especializado (arquiteto ou engenheiro), e requerem
treinamento e experiência. Atualmente, esse trabalho vem sendo facilitado com o uso
de ferramentas BIM (Building Information Modelling – ou Modelagem da Informação
da Construção), tema que será tratado no Módulo 2.
Por fim, a etiquetagem das edificações, que teve o seu início por meio da Lei nº
10.295, promulgada em 17 de outubro de 2001. Conhecida como Lei da Eficiência
Energética, dispõe sobre a Política Nacional de Conservação e Uso Racional de Ener-
gia e visa desenvolver, difundir e estimular a eficiência energética no país. Esta lei foi
regulamentada pelo Decreto nº 4.059, de 19 de dezembro de 2001, que determinou
que:
13
13
BRASIL. Decreto nº 4.059, de 19 de dezembro de 2001. Regulamenta a Lei nº 10.295, de 17 de outubro de 2001, que
dispõe sobre a Política Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia, e dá outras providências. Diário Oficial da
União, Brasília, 2001.
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Para tanto, por meio do decreto foi instituído, em 2003, o Comitê Gestor de Indica-
dores e Níveis de Eficiência Energética (CGIEE), e, especificamente para edificações,
o Grupo Técnico para Melhoria da Eficiência Energética nas Edificações no país (GT-
-Edificações), para regulamentar e elaborar procedimentos para avaliação da efi-
ciência energética das edificações construídas no Brasil, visando ao uso racional da
energia elétrica.14
14
Mais informações em: <http://www.pbeedifica.com.br/etiquetagem>. Acesso em: 24 ago. 2018.
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Encerramento
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