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Física 

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*MÓDULO 1*  Velocidade escalar média no intervalo de tempo t.


É a razão entre a variação de espaço s e o
Movimento uniforme (MU) correspondente intervalo de tempo t:
É o movimento que possui velocidade escalar
instantânea constante. No movimento uniforme as
velocidades escalares, médias e instantâneas, são iguais
e as acelerações escalares, médias e instantâneas, são
nulas.

Conceitos fundamentais
 Referencial: é um corpo em relação ao qual
identificamos se determinado corpo em estudo está
em movimento ou em repouso.
Vamos inicialmente considerar o corpo em estudo,
 Figura 3 A razão entre a variação de espaço do móvel (s) e o
denominado móvel, um ponto material. correspondente intervalo de tempo (t) define a velocidade escalar
 Ponto material: é um corpo cujas dimensões não média.
interferem no estudo de determinado fenômeno.
 Aceleração escalar média no intervalo de tempo t.
 Movimento e repouso: um ponto material está em
movimento quando sua posição, em relação a um É a razão entre a variação de velocidade v e o
determinado referencial, varia no decorrer do tempo. correspondente intervalo de tempo t:
Se sua posição não varia ao longo do tempo,
dizemos que o corpo está em repouso em relação
àquele referencial.
 Trajetória: conjunto das posições sucessivas
ocupadas por um móvel no decorrer do tempo.

 Figura 1
Representação da
trajetória de um
móvel.
 Figura 4 A razão entre a variação de velocidade (v) e o
correspondente intervalo de tempo (t) define a aceleração escalar
média.

A trajetória de um móvel assume formas Movimento uniforme (MU)


diferentes dependendo do referencial adotado. 

 Espaço s de um móvel
 As variações de espaço, ou as distâncias percorridas
Para a localização, em cada instante, de um móvel P
ao longo da trajetória, são iguais em intervalos de
ao longo da trajetória, deve-se orientá-Ia e adotar um
tempos iguais.
ponto 0 como origem.
A medida algébrica do arco de trajetória 0P recebe o   = m = 0
nome de espaço s do móvel no instante t.  Função horária do espaço é do primeiro grau em t:
O ponto 0 é a origem dos espaços.

 Figura 2
Espaço s. portanto: s = s0 + v  t ; s0 é o espaço do móvel no
instante t = 0, isto é, s0 é o espaço inicial.

Um móvel em movimento uniforme pode descrever


 Variação do espaço ou deslocamento escalar s, uma trajetória retilínea ou curvilínea, realizando,
num dado intervalo de tempo t = t2 – t1, é a respectivamente, movimento retilíneo uniforme
diferença entre o espaço no instante t2 (s2)e o (MRU) ou movimento curvilíneo uniforme (MCU).
espaço no instante t1 (s1): s = s2 – s1.
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Gráficos s X t e v X t do MU
A função horária do espaço, de um movimento uniforme, é do primeiro grau em t. Assim, o gráfico s X t é uma reta
inclinada em relação aos eixos.
Os gráficos de funções crescentes representam movimentos progressivos (v  0) e gráficos de funções decrescentes
representam movimentos retrógrados (v  0).

Como a velocidade escalar do móvel é constante, o gráfico v X t é uma reta paralela ao eixo do tempo.

Variação de espaço a partir do gráfico v X t Corpos extensos


 A área A compreendida entre a reta e o eixo das  Até agora, analisamos o movimento uniforme
abscissas no intervalo considerado é numericamente considerando os corpos como pontos materiais. Mas
igual à variação de espaço do móvel entre os existem circunstâncias nas quais as dimensões do
instantes t1 e t2: corpo são relevantes num certo referencial, quando
comparadas às distâncias percorridas pelo corpo.
A = s (numericamente)

 Figura 8 Movimento de
travessia de uma ponte
de125 m feita por uma
carreta de 35 m.

 Figura 7 A área
sob a reta do gráfico
v X t fornece a
variação de espaço Na figura 8, nenhuma parte da carreta atravessou o
do móvel entre os
instantes t1 e t2.
ponto A no início da ponte. A travessia só é considerada
Observe que v  0 completa se toda a carreta passar pelo ponto B. Para
implica s  0. isso, qualquer ponto da carreta (como, por exemplo, o
ponto P na dianteira) deverá sofrer uma variação de
espaço scarreta dada por:
scarreta = Lponte + Lcarreta
scarreta = 125 + 35  scarreta = 160 m
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4. (UEA-AM)
*********** ATIVIDADES ***********
Embora as unidades das grandezas físicas pertençam ao
1. (UEL-PR) chamado “Sistema Internacional de Unidades”, ainda são
O gráfico abaixo representa o movimento de uma usadas, por conveniência ou tradição, algumas que não
partícula. integram o sistema; é o caso da velocidade dos navios,
medida em “nós” (1 m/s ≃ 2 nós) e de algumas
distâncias, medidas em “milhas” (1 milha ≃ 1,6 km). Um
navio, deslocando-se a 10 nós, cobrirá a distância de 5
milhas no seguinte tempo:
(A) entre 26 e 27 minutos
(B) 32 minutos
(C) um pouco mais de 40 minutos
(D) 2 horas
(E) em pouco menos de 3 horas

Analise as afirmativas seguintes e assinale a alternativa 5. (FUVEST-SP)


correta. Marta e Pedro combinaram encontrar-se em um certo
I. A velocidade escalar média entre t = 4 s e t = 6 s ponto de uma autoestrada plana, para seguirem viagem
é de –1 m/s. juntos. Marta, ao passar pelo marco zero da estrada,
II. A variação de espaço entre t = 4 s e t = 10 s é constatou que, mantendo uma velocidade média de 80
de 1 m. km/h, chegaria na hora certa ao ponto de encontro
III. A distância total percorrida desde t = 0 até t = combinado. No entanto, quando ela já estava no marco
10 s vale 8 m. do quilômetro 10, ficou sabendo que Pedro tinha se
atrasado e, só então, estava passando pelo marco zero,
(A) Somente I é correta. pretendendo continuar sua viagem a uma velocidade
(B) Somente I e II são corretas.
média de 100 km/h. Mantendo essas velocidades, seria
(C) Somente I e III são corretas.
previsível que os dois amigos se encontrassem próximos
(D) Somente II e III são corretas.
a um marco da estrada com indicação de:
(E) I, II e III são corretas.
(A) *KM 20* (C) *KM 40* (E) *KM 60*
2. (FUVEST-SP) (B) *KM 30* (D) *KM 50*
Uma moto de corrida percorre uma pista que tem o
formato aproximado de um quadrado com 5 km de lado.
6. (UEMG)
O primeiro lado é percorrido a uma velocidade média de
O gráfico abaixo mostra como o espaço de um corpo
100 km/h, o segundo e o terceiro, a 120 km/h, e o quarto,
a 150 km/h. Qual a velocidade média da moto nesse varia com o tempo.
percurso?
(A) 110 km/h (C) 130 km/h (E) 150 km/h
(B) 120 km/h (D) 140 km/h

3. (MACKENZIE-SP)
Um móvel se desloca segundo o diagrama da figura.

Em relação à situação mostrada nesse gráfico, assinale a


alternativa cuja afirmação esteja incorreta.
(A) Há inversão no sentido do movimento do móvel entre
0 e 40 s.
(B) A distância percorrida pelo móvel foi de 130 m.
A função horária do movimento é: (C) A velocidade do móvel entre 20 e 40 s foi maior que
(A) s = 20 – 2t (C) s = –t2 (E) s = –2t a velocidade do móvel entre 0 e 10 s.
(B) s = 20 – t2 (D) s = 20 + 2t (D) A velocidade do corpo foi nula entre 10 e 20 s.
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7. (UFPE) (A) 102,3 km/h (C) 116,0 km/h


Num edifício alto com vários pavimentos, um elevador (B) 100,8 km/h (D) 108,0 km/h
sobe com velocidade constante de 0,4 m/s. Sabe-se que
cada pavimento possui 2,5 metros de altura. No instante
11. (PUC-RS)
t = 0, o piso do elevador em movimento se encontra a
Um veículo passa pela cidade A, localizada no quilômetro
2,2 m do solo. Portanto, em tal altura, o piso do elevador
100, às 10 h, e segue rumo à cidade C (localizada no
passa pelo andar térreo do prédio. No instante t = 20 s, o
piso do elevador passará pelo: quilômetro 500), passando pela cidade B (localizada no
quilômetro 300).
(A) terceiro andar (D) sexto andar
(B) quarto andar (E) sétimo andar
(C) quinto andar

8. (UFLA-MG)
O gráfico abaixo foi elaborado considerando o movimento
de um veículo ao longo de uma rodovia. Nos primeiros 15
minutos, o veículo desenvolveu velocidade constante de
80 km/h. Nos 15 minutos seguintes, 60 km/h e, na meia
hora final, velocidade constante de 100 km/h.

Nessas circunstâncias, é correto afirmar que o veículo


passa pela cidade B às:
(A) 2,5 h (D) 12,5 h
(B) 3,0 h (E) 13,0 h
(C) 11,5 h

12. (UFRGS-RS)
A tabela registra dados do espaço s em função do tempo
Pode-se afirmar que a velocidade média do veículo
t, referentes ao movimento retilíneo uniforme de um
durante essa 1 hora de movimento foi de:
móvel. Qual a velocidade desse móvel?
(A) 80 km/h (C) 70 km/h
(B) 85 km/h (D) 90 km/h t (s) s (m)
0 0
9. (UFTM-MG) 2 6
Sobre uma mesma trajetória, associada ao piso de uma 5 15
rodovia, dois automóveis movimentam-se segundo as 9 27
funções horárias s1 = –20 – 20  t e s2 = 10 + 10  t, com
valores escritos em termos do Sistema Internacional. (A) . 1 . m/s (C) 3 m/s (E) 27 m/s
Nessas condições, os dois veículos: (A) . 9 .
(A) se encontrarão no instante 1 s.
(B) se encontrarão no instante 3 s. (B) . 1 . m/s (D) 9 m/s
(C) se encontrarão no instante 5 s. (B) . 3 .
(D) se encontrarão no instante 10 s. ________________________________________________
(E) não se encontrarão. *Anotações*

10. (UNIMONTES-MG)
Um motorista ultrapassa um comboio de 10 caminhões
que se move com velocidade média de 90 km/h. Após a
ultrapassagem, o motorista decide que irá fazer um
lanche num local a 150 km de distância, onde ficará
parado por 12 minutos. Ele não pretende ultrapassar o
comboio novamente até chegar ao seu destino final. O
valor mínimo da velocidade média que o motorista
deveria desenvolver para retomar a viagem, após o
lanche, à frente do comboio, seria de aproximadamente:
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*MÓDULO 2*
Movimento uniformemente variado (MUV)
No movimento uniforme (MU), a velocidade escalar
não varia, e a aceleração escalar é nula. A partir de
agora vamos revisar movimentos cuja velocidade escalar
varia de maneira uniforme, o que significa que a
aceleração escalar do movimento é constante.
 Figura 2 Representação de movimentos acelerados. (A) Progressivo;
Características do MUV (B) Retrógrado.

 O movimento uniformemente variado caracteriza-se


pelo fato de a variação da velocidade escalar do Assim, podemos concluir: mesmo sinal da velocidade
móvel ser sempre a mesma, em intervalos de tempo escalar e da aceleração escalar (v > 0 e  > 0 ou v < 0
iguais; ou seja, a aceleração escalar do móvel é e  < 0) indicam movimentos acelerados.
constante.
 No movimento retardado, o valor absoluto da
velocidade escalar deve diminuir com o decorrer do
tempo. Com base nessa definição, podem ocorrer
duas situações, dependendo da orientação da
Na figura 1 uma esfera desce um plano inclinado. Ela trajetória:
percorre distâncias cada vez maiores em intervalos de
1. Na figura 3A o objeto se move no sentido positivo da
tempo iguais.
trajetória. O valor absoluto de sua velocidade escalar
diminui, a aceleração escalar do objeto é negativa (
< 0), mas sua velocidade escalar é positiva (v > 0).
 Figura 1 A distância entre
duas posições sucessivas Tal movimento é chamado retardado progressivo.
aumenta com o passar do
tempo. 2. Na figura 3B o objeto se desloca no sentido oposto
ao da orientação da trajetória. O valor absoluto de
sua velocidade escalar diminui, a aceleração escalar
 Valores de aceleração escalar positivos não é positiva ( > 0), enquanto a velocidade escalar é
significam necessariamente movimento acelerado. negativa (v < 0). Esse movimento é chamado
Para que um movimento seja considerado acelerado, retardado retrógrado.
o valor absoluto da velocidade escalar deve
aumentar com o passar do tempo. Com base nessa
definição, podem ocorrer duas situações,
dependendo da orientação da trajetória:
1. Na figura 2A o objeto se move no sentido positivo da
trajetória. O valor absoluto de sua velocidade escalar
aumenta, a aceleração escalar do objeto é positiva
( > 0) e sua velocidade escalar também é positiva
(v > 0). Tal movimento é chamado de acelerado
progressivo.
2. Na figura 2B o objeto se desloca no sentido oposto
ao da orientação da trajetória. O valor absoluto de
sua velocidade escalar aumenta, a aceleração
escalar é negativa ( < 0), assim como a velocidade
escalar (v < 0). Esse movimento é chamado
acelerado retrógrado.

 Figura 3 Representação de movimentos retardados. (A) Progressivo;


(B) Retrógrado.

Assim, podemos concluir: sinais contrários da


velocidade escalar e da aceleração escalar (v > 0 e  < 0
ou v < 0 e  > 0) indicam movimentos retardados.
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Função horária da velocidade Equação de Torricelli


e seus gráficos no MUV No MUV há muitos casos nos quais interessa
A partir da definição de aceleração escalar média na relacionar diretamente a velocidade escalar v e o espaço
página anterior, obtemos a função horária da velocidade s, independentemente da variável tempo (t). Para isso,
no MUV: devemos eliminar o tempo nas funções horárias do
espaço e da velocidade:

Trata-se de uma função do 1.º grau em t, cujo gráfico


é uma reta inclinada em relação aos eixos.

Queda livre e lançamento vertical para cima


 No século XVI, Galileu Galilei observou que corpos
em queda livre próximos à superfície terrestre
apresentam sempre aceleração constante. Esta
aceleração é indicada por g e é denominada
aceleração da gravidade:

 Figura 4 Gráficos da função horária da velocidade escalar no MUV.

Função horária do espaço Nesse caso, o movimento de queda livre é um MUV


e seus gráficos no MUV acelerado. Desprezada a resistência do ar, corpos
Vimos no tópico anterior que a área no gráfico v X t é lançados verticalmente para cima também estão sujeitos
numericamente igual à variação de espaço do móvel; unicamente à aceleração da gravidade; trata-se,
logo, a partir do gráfico da velocidade escalar do MUV, portanto, de um MUV retardado. As funções do MUV,
podemos encontrar a função horária do espaço para estudadas anteriormente, descrevem a queda livre e o
esse movimento: lançamento vertical:

 Figura 5 A área sob


a reta do gráfico v X t é
numericamente igual à
variação de espaço no
intervalo t.

A função horária do espaço no MUV é uma função do


2.º grau em t, cujo gráfico característico é uma parábola.
O estudo dessas funções mostra que a concavidade da
parábola indica o sinal da aceleração escalar do
movimento.

 Figura 7 Representação dos movimentos de queda livre (A) e


lançamento vertical para cima (B) segundo os sinais da velocidade e da
 Figura 6 Gráficos da função horária do espaço no MUV. aceleração.
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4. (PUC-RS)
*********** ATIVIDADES ***********
Dizer que um movimento se realiza com uma aceleração
1. (UFMG) escalar constante de 5 m/s2 significa que:
Júlia está andando de bicicleta, com velocidade (A) em cada segundo o móvel se desloca 5 m.
constante, quando deixa cair uma moeda. Tomás está (B) em cada segundo a velocidade do móvel aumenta de
parado na rua e vê a moeda cair. Considere desprezível 5 m/s.
a resistência do ar. Assinale a alternativa em que as (C) em cada segundo a aceleração do móvel aumenta
trajetórias da moeda estão mais bem representadas de 5 m/s.
quando observadas por Júlia e Tomás. (D) em cada 5 segundos a velocidade aumenta 1 m/s.
(E) a velocidade é constante e igual a 5 m/s.
(A) (C)
5. (FEI-SP)
O movimento de um motoqueiro encontra-se registrado
no gráfico abaixo:

(B) (D)

2. (VUNESP) Qual é a variação de espaço do motoqueiro entre t = 0 e


No jogo do Brasil contra a Noruega, o tira-teima mostrou t = 100 s?
que o lateral brasileiro Roberto Carlos chutou a bola (A) s = 2.250 m (D) s = 750 m
diretamente contra o goleiro do time adversário. A bola (B) s = 1.500 m (E) s = 2.500 m
atingiu o goleiro com velocidade de 108 km/h e este (C) s = 2.000 m
conseguiu imobilizá-Ia em 0,1 s, com um movimento de
recuo dos braços. O módulo da aceleração média da 6. (UCS-RS)
bola durante a ação do goleiro foi, em m/s2, igual a:
Um móvel
(A) 3.000 (C) 300 (E) 30 descreve um
(B) 1.080 (D) 108 movimento
retilíneo, com
3. (PUC-SP) velocidade escalar
O diagrama da velocidade escalar de um móvel é dado variando com o
pelo esquema abaixo. tempo, conforme o
gráfico. Pode-se
afirmar então que:

(A) a aceleração escalar do móvel é nula.


(B) a velocidade escalar do móvel é constante.
(C) a aceleração escalar do móvel é constante e vale 5
m/s2.
O movimento é acelerado no(s) trecho(s):
(D) o móvel percorre 60 m em 2 s.
(A) FG (C) CE (E) AB e DE (E) a velocidade escalar média do móvel de 0 a 2 s vale
(B) CB (D) BC e EF 5 m/s.
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*Anotações* *Anotações*

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7. (UEL-PR) 12. (PUC-MG)


Um motorista está dirigindo um automóvel a uma Estudando-se o movimento de um objeto de massa 2 kg,
velocidade de 54 km/h. Ao ver o sinal vermelho, pisa no obteve-se o gráfico velocidade X tempo a seguir. A
freio. A aceleração máxima para que o automóvel não velocidade está em m/s e o tempo, em segundos.
derrape tem módulo igual a 5 m/s2. Qual a menor
distância que o automóvel irá percorrer, sem derrapar e
até parar, a partir do instante em que o motorista aciona
o freio?
(A) 3,0 m (C) 291,6 m (E) 5,4 m
(B) 10,8 m (D) 22,5 m

8. (MACKENZIE-SP)
Um carro parte do repouso com aceleração escalar
constante de 2 m/s2. Após 10 s da partida, desliga-se o
motor e, devido ao atrito, o carro passa a ter movimento É correto afirmar que a distância percorrida pelo objeto
retardado de aceleração constante de módulo 0,5 m/s2. entre t = 0 e t = 1,4 s foi aproximadamente de:
O espaço total percorrido pelo carro, desde sua partida
até atingir novamente o repouso, foi de: (A) 0,7 m (B) 1,8 m (C) 0,1 m (D) 1,6 m
(A) 100 m (C) 300 m (E) 500 m
(B) 200 m (D) 400 m 13. (UFSJ-MG, adaptada)
Um paraquedista salta de um helicóptero que está
9. (PUC-PR) parado a certa altura e cai em queda livre, isto é, com o
Uma pedra foi abandonada da borda de um poço e levou paraquedas fechado. Depois de três segundos de queda,
5 s para atingir o fundo. Tomando a aceleração da a distância percorrida foi h. Considerando-se que a
gravidade igual a 10 m/s2, podemos afirmar que a aceleração da gravidade tem valor constante e
profundidade do poço é: desprezando-se a resistência do ar, é correto afirmar que
(A) 25 m (C) 100 m (E) 200 m a distância percorrida pelo paraquedista nos seis
(B) 50 m (D) 125 m segundos subsequentes é de:

(A) 4 h (B) 9 h (C) 3 h (D) 12 h (E) 8 h


10. (UFMG)
Uma pessoa lança uma bola verticalmente para cima.
________________________________________________
Sejam v o módulo da velocidade e  o módulo da
*Anotações*
aceleração da bola no ponto mais alto da trajetória.
Assim sendo, é correto afirmar que, nesse ponto:
(A) v  0 e   0 (C) v  0 e  = 0
(B) v = 0 e  = 0 (D) v = 0 e   0

11. (UFAL)
Uma partícula, na
posição cujo espaço
é 12 m no instante
t = 0, tem a sua
velocidade escalar,
em função do tempo,
dada pelo gráfico ao
lado.

Se o espaço da partícula no instante t = 5 é igual a 20


m, o valor de  é igual a:
(A) 12 s (C) 16 s (E) 20 s
(B) 14 s (D) 18 s
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*MÓDULO 3*  Regra gráfica dos “vetores consecutivos”

Cinemática vetorial
Em Cinemática vetorial, velocidade, aceleração e
deslocamento são caracterizados como grandezas
vetoriais. Essas grandezas passam a ser representadas
por vetores, tendo, portanto, módulo, direção e sentido.

Grandezas escalares e vetoriais


 Grandeza escalar é aquela que fica perfeitamente
definida pelo seu valor numérico e a correspondente
Subtração vetorial
unidade. São exemplos a temperatura (40 0C), o
volume (5 L) e a massa (70 kg).
 Grandeza vetorial é aquela que, além do valor
numérico e da unidade, necessita de direção e
sentido para ser definida. São exemplos: a força, a
velocidade, o deslocamento e a aceleração.

Adição vetorial
Vetores de mesma direção
 e mesmo sentido.

Vetor deslocamento
 O ponto material ocupa no instante t1 a posição P1,
cujo espaço é s1 e no instante t2, a posição P2 de
espaço s2.

 e sentidos contrários.

𝒅: vetor deslocamento do ponto material entre os


Vetores de direções distintas
instantes t1 e t2.
 Regra do paralelogramo
A direção e o sentido do vetor
resultante são representados Velocidade vetorial 𝒗 num instante t
pela diagonal do Módulo: igual ao
paralelogramo e, nesse caso,
módulo da
não podemos simplesmente
velocidade escalar v
somar algebricamente seus
módulos. no instante t.

O módulo é determinado pela expressão derivada da lei


dos cossenos: 𝒗= v

Direção: da reta
tangente à trajetória
por P.
 Quando o ângulo é de 900, cos 900 = 0, e a lei dos
cossenos fica reduzida ao teorema de Pitágoras. Sentido: o do
movimento.
 Figura 7

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Aceleração vetorial 𝒂 num instante t


𝒂 = 𝒂cp + 𝒂t
 𝑎cp: aceleração centrípeta. Está relacionada com a
variação da direção de v.
v2
Módulo: 𝑎cp = , em que v é a velocidade escalar
R
e R é o raio de curvatura da trajetória.
Direção: perpendicular à velocidade vetorial v.
Sentido: para o centro de curvatura da trajetória.

 𝑎t: aceleração tangencial. Está relacionada com a


variação do módulo de v.
Módulo: 𝑎t = 
Direção: tangente à trajetória.
Sentido: o mesmo de v se o movimento for acelerado
e oposto ao de v, se o movimento for retardado. Movimento circular uniforme (MCU)
 Um corpo realiza MCU quando sua trajetória é
Composição de movimentos
circular e o módulo da velocidade vetorial é
 Galileu Galilei propôs que, se um corpo realiza um
constante durante todo o movimento. Apesar disso, o
movimento composto, cada um dos movimentos que
MCU possui aceleração, pois, em cada instante,
o compõem ocorre de maneira independente um do
varia a direção da velocidade vetorial e a variação de
outro e no mesmo intervalo de tempo. Esse
enunciado é conhecido como princípio da velocidade, por definição, implica uma aceleração.
simultaneidade. Essa aceleração, orientada para o centro da
trajetória, é a aceleração centrípeta.
Algumas grandezas são importantes na descrição
dos movimentos periódicos, como o MCU, entre elas:
velocidade escalar (v), velocidade angular (ω), raio
da trajetória (R), período (T), definido pelo tempo
gasto para realizar uma volta completa e frequência
(f), definida pelo número de voltas por unidade de
tempo e dada em hertz.
Valem as relações:
 Figura 8 O movimento resultante do barco, com velocidade vres, é a
composição dos movimentos na direção AB com velocidade vrel e do
arrastamento que o barco sofre com a correnteza, com velocidade varr.

Lançamento horizontal

Transmissão de MCU
 No caso da associação de polias por meio de
correias, não havendo escorregamento, todos os
pontos da correia têm a mesma velocidade linear. O
mesmo ocorre com as engrenagens em contato.
Assim, temos:
V A = V B  ω A • R A = ω B • RB

Lançamento oblíquo
No caso do lançamento oblíquo, estabelece-se um
ângulo entre a velocidade inicial de lançamento v0 e o
eixo x. Dessa forma, temos uma componente da
velocidade inicial no eixo x, constante durante todo o
movimento, e uma componente da velocidade inicial no
eixo y que se modifica com o passar do tempo, devido à  Figura 11 Transmissão do MCU por meio de engrenagens ou
aceleração da gravidade. correias.
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6. (UCSal-BA)
*********** ATIVIDADES ***********
Entre as cidades A e B, existem sempre correntes de ar
1. (PUC-MG) que vão de A a B com velocidade de 50 km/h. Um avião,
voando em linha reta, com velocidade de 150 km/h em
Para o diagrama vetorial, a única igualdade correta é: relação ao ar, demora 4 horas para ir de B até A. Qual é
a distância entre as duas cidades?
(A) 𝑎+𝑏=𝑐
(B) 𝑏-𝑎=𝑐 (A) 200 km (C) 600 km (E) 100 km
(C) 𝑎-𝑏=𝑐 (B) 400 km (D) 800 km
(D) 𝑏 + 𝑐 = -𝑎
(E) 𝑐-𝑏=𝑎
7. (UFAC)
Qual o período, em segundos, do movimento de um
disco que gira realizando 20 rotações por minuto?
2. (UNIFOR-CE)
1 2 1
A soma de dois vetores de módulos 12 N e 18 N tem (A) (C) (E)
certamente o módulo compreendido entre: 3 3 20

(A) 6 N e 18 N (D) 12 N e 30 N (B) 3 (D) 1


(B) 6 N e 30 N (E) 29 N e 31 N
(C) 12 N e 18 N 8. (UCS-RS)
Uma esfera é lançada
3. (PUC-PR) horizontalmente do
Em uma partícula, atuam duas forças, de 50 N e 120 N, ponto A e passa rente
perpendiculares entre si. O valor da força resultante é: ao degrau no ponto B.
(A) 130 N (D) 6.000 N
Sendo 10 m/s2 o valor
(B) 170 N (E) 140 N
da aceleração da
(C) 70 N
gravidade local, calcule
a velocidade horizontal
4. (UNIFESP) da esfera em A.
Na figura são dados os seguintes vetores 𝑎, 𝑏 e 𝑐 .
(A) 1,0 m/s (C) 2,0 m/s (E) 3,0 m/s
(B) 1,5 m/s (D) 2,5 m/s

9. (FUVEST-SP)
Um motociclista de motocross move-se com velocidade v
= 10 m/s, sobre uma superfície plana, até atingir uma
rampa (em A), inclinada de 450 com a horizontal, como
indicado na figura.
Sendo u a unidade de medida do módulo desses vetores,
pode-se afirmar que o vetor 𝑑 = 𝑎 – 𝑏 + 𝑐 tem módulo:
(A) 2 u, e sua orientação é vertical, para cima.
(B) 2 u, e sua orientação é vertical, para baixo.
(C) 4 u, e sua orientação é horizontal, para a direita.
(D) 2 u, e sua orientação forma 450 com a horizontal,
no sentido horário.
(E) 2 u, e sua orientação forma 450 com a horizontal,
no sentido anti-horário.

5. (UFJF-MG)
Um barco percorre a largura de um rio AB igual a 2 km,
em meia hora. Sendo a velocidade da correnteza igual a A trajetória do motociclista deverá atingir novamente a
3 km/h, temos para a velocidade do barco em relação à rampa a uma distância horizontal D (D = H), do ponto A,
correnteza: aproximadamente igual a:

(A) 5 km/h (C) 10 km/h (E) n.r.a. (A) 20 m (C) 10 m (E) 5 m


(B) 1,5 km/h (D) 50 km/h (B) 15 m (D) 7,5 m

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*MÓDULO 4* Segunda lei de Newton ou


princípio fundamental da Dinâmica
Leis de Newton e algumas forças especiais  A resultante das forças aplicadas a um ponto
material é igual ao produto de sua massa pela
Em 1687, o físico e matemático inglês Isaac Newton
aceleração adquirida.
publicou a obra Princípios Matemáticos de Filosofia
Natural, que continha fundamentos a respeito do 𝑭R = m • 𝒂
movimento dos corpos. Parte desses fundamentos foi Portanto, a força resultante 𝐹 R produz aceleração 𝑎
formulada por meio de três leis fundamentais, que com mesma direção e mesmo sentido da força
ficariam conhecidas como leis de Newton. A partir de
resultante e suas intensidades são proporcionais.
então, os modelos físicos baseados nesses princípios
explicariam inúmeros fenômenos, desde o
Terceira lei de Newton ou
comportamento dos gases ao movimento dos planetas. princípio da ação e reação
 Toda vez que um corpo A exerce num corpo B uma
Primeira lei de Newton ou princípio da inércia força, este também exerce em A outra força tal que
 Um ponto material isolado está em repouso ou em essas forças:
movimento retilíneo uniforme. a) têm a mesma intensidade;
Isso significa que um ponto material isolado possui b) têm a mesma direção;
velocidade vetorial constante. c) têm sentidos opostos;
d) têm mesma natureza, sendo ambas de campo
Inércia ou ambas de contato.
 Inércia é a propriedade da matéria de resistir a Uma das forças é chamada de ação e a outra de
qualquer variação em sua velocidade. reação.
Um corpo em repouso tende, por inércia, a As forças de ação e reação estão aplicadas em
permanecer em repouso. Um corpo em movimento corpos distintos e, portanto, não se equilibram.
tende, por inércia, a continuar em MRU.
EXEMPLOS: Cinco forças em destaque na Mecânica
Peso de um corpo (𝑷)
 É a força de atração que a Terra
exerce no corpo.

𝑷=m•𝒈
𝑃 e 𝑔 têm mesma direção e
mesmo sentido.

 Figura 3 A Terra atrai o corpo com a força


peso 𝑃, a qual, por sua vez, atrai a Terra com
uma força de mesma intensidade e direção,
mas de sentido oposto.
 Figura 1 Quando o ônibus freia, os passageiros tendem, por inércia, a
prosseguir com a velocidade que tinham em relação ao solo. Assim, são
atirados para frente em relação ao ônibus. Força normal ou reação normal de apoio (𝑭N)
 É a força que surge quando um
corpo se encontra sobre uma
superfície de apoio.

Na figura 4, devido à atração da


 Figura 2
Quando o cão entra Terra, o corpo exerce no apoio a
em movimento, o
menino, em repouso força de compressão –𝐹 N. Pelo
em relação ao solo, princípio da ação e reação, o apoio
tende a permanecer
em repouso. Note que, exerce no corpo a força 𝐹 N. Essa
em relação ao
carrinho, o menino é força é perpendicular à superfície de
atirado para trás.
contato e é, por isso, chamada força
normal ou reação normal do apoio.

 Figura 4 Diagrama de forças de


um corpo apoiado sobre uma superfície.
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Força de tração em fios (𝑻) Forças de atrito (𝒇at)


Considere o corpo de peso 𝑃,  Ao empurrarmos a caixa com uma força horizontal 𝑓 ,
suspenso por um fio e cuja imediatamente percebemos a ação de uma força
extremidade está ligada ao teto contrária à tendência de movimento, denominada
(figura 5). As forças 𝑇1 e 𝑇2 que o força de atrito.
corpo e o teto exercem nas
 Ao empurramos a caixa, a força que aplicamos pode
extremidades do fio, e tendem a
não ser suficiente para movimentá-Ia. Nesse caso,
alongá-Io, são chamadas forças
as duas forças estão em equilíbrio, e a força de atrito
de tração no fio.
é denominada força de atrito estático (𝑓 ate). Se
Considerando o fio ideal (peso
aumentarmos nossa força e o corpo ainda não entrar
desprezível, perfeitamente flexível
em movimento, a força de atrito estático também
e inextensível), conclui-se que 𝑇1
aumentará de intensidade, de modo a manter o
e 𝑇2 têm a mesma intensidade 𝑇.
corpo em repouso. Se continuarmos a aumentar a
Assim, temos: 𝑇1 = 𝑇2 = 𝑇.
 Figura 5 𝑇1 e 𝑇2 força que aplicamos na caixa, há um instante em que
forças de tração no fio ela estará na iminência de entrar em movimento.
Força elástica (𝑭el) Qualquer acréscimo de força a fará se mover. É
nesse instante que a força de atrito estático atinge
Considere o sistema elástico constituído por um bloco
seu valor máximo. Dizemos que essa é a força de
e uma mola (figura 6). Em (A) a mola não está
atrito estático máxima e ela é dada pela seguinte
deformada. Ao ser alongada (B) ou comprimida (C) a
expressão:
mola exerce no bloco a força elástica 𝐹 el, que tende a
trazer o bloco para a posição de equilíbrio. Por isso,
dizemos que a força elástica é uma força restauradora.

 Figura 7 0 ≤ fat.(max.) ≤ μe • FN

μe é o coeficiente de atrito estático (adimensional).


Seu valor depende dos tipos de superfície que estão
em contato.
 Quando o corpo entra em movimento, a força de
atrito continua atuando sobre ele em sentido
contrário ao do movimento, mas com valor constante
e menor que o valor da força de atrito estático
máxima, independentemente da velocidade do
corpo. A partir de então, a força de atrito é
denominada força de atrito dinâmico (𝑓 atd). Seu
 Figura 6 A força elástica é uma força restauradora, pois tende a trazer módulo ainda é diretamente proporcional ao módulo
o bloco para a posição de equilíbrio.
da força normal e dado por:
O cientista inglês Robert Hooke (1635-1703) estudou
as deformações elásticas e chegou à seguinte conclusão:
em regime de deformação elástica, a intensidade da
força elástica é proporcional à deformação. Isto é:

𝑭elást. = k • x

A constante de proporcionalidade k, denominada  Figura 8 fat = fatd = μd • FN

constante elástica da mola, representa uma característica em que μd é o coeficiente de atrito dinâmico. Note que
da mola, medida em N/m. μd < μe.
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4. (UFC-CE)
*********** ATIVIDADES ***********
No sistema da figura, os fios 1 e
1. (UFES) 2 têm massas desprezíveis e o
Um carro freia bruscamente e o passageiro bate com a fio 1 está preso ao teto. Os
cabeça no vidro do para-brisa. Três pessoas dão as blocos têm massas M = 20 kg e
seguintes explicações sobre o fato: m = 10 kg. O sistema está em
equilíbrio.
 1.ª O carro foi freado, mas o passageiro continuou
em movimento. T1
A razão, , entre as trações
 2.ª O banco do carro impulsionou a pessoa para a T2

frente no instante da freada.


dos fios 1 e 2, é:
 3.ª O passageiro só foi jogado para a frente porque a
velocidade era alta e o carro freou bruscamente.
1
Podemos concordar com: (A) 3 (D)
2
(A) a 1.ª e a 2.ª pessoas (D) apenas a 2.ª pessoa
1
(B) apenas a 1.ª pessoa (E) as três pessoas (B) 2 (E)
3
(C) a 1.ª e a 3.ª pessoas
(C) 1
2. (MACKENZIE-SP)
Em uma experiência de Física, abandonam-se, do alto de
uma torre, duas esferas, A e B, de mesmo raio e massas 5. (PUC-SP)
mA = 2mB. Durante a queda, além da atração A mola da figura tem constante elástica de 20N/m e
gravitacional da Terra, as esferas ficam sujeitas à ação encontra-se deformada em 20 cm sob a ação do corpo A,
da força de resistência do ar, cujo módulo é F = k • v2, cujo peso é 5 N.
onde v é a velocidade de cada uma delas e k, uma
constante de igual valor para ambas. Após certo tempo,
as esferas adquirem velocidades constantes,
respectivamente iguais a
VA
VA e VB, cuja relação é:
VB

2
(A) 2 (C) 2 (E)
2
(B) 3 (D) 1

3. (VUNESP)
A caixa C está em equilíbrio sobre a mesa. Nela atuam Nessa situação, a balança graduada em newtons marca:
as forças peso e normal. (A) 1N
(B) 2N
(C) 3N
(D) 4N
(E) 5N

6. (UFPR)
O cabo de um reboque arrebenta se nele for aplicada
uma força que exceda 1.800 N. Suponha que o cabo seja
Considerando a lei de ação e reação, pode-se afirmar
usado para rebocar um carro de 900 kg ao longo de uma
que:
rua plana e retilínea. Nesse caso, que aceleração
(A) a normal é a reação do peso.
máxima o cabo suportaria?
(B) o peso é a reação da normal.
(C) a reação ao peso está na mesa, enquanto a reação à (A) 0,5 m/s2
normal está na Terra. (B) 1,0 m/s2
(D) a reação ao peso está na Terra, enquanto a reação à (C) 2,0 m/s2
normal está na mesa. (D) 4,0 m/s2
(E) n.d.a. (E) 9,0 m/s2
100
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7. (ITA-SP) *MÓDULO 5*
Na figura temos um bloco de massa igual a 10 kg sobre
uma mesa que apresenta coeficientes de atrito estático Trabalho, potência e energia
de 0,3 e cinético de 0,25.
O trabalho de uma força é a medida da energia
transferida ou transformada.

Trabalho
Trabalho de uma força constante
em uma trajetória retilínea
Considere um corpo que se desloca sobre uma reta,
desde a posição A até a posição B, sob ação de um
sistema de forças. Seja 𝑑 o vetor deslocamento e 𝐹 uma

Aplica-se ao bloco uma força F de 20 N. Utilize a lei força constante entre as forças que agem no corpo (Fig.
fundamental da dinâmica (2.ª lei de Newton) para 1).
assinalar abaixo o valor da força de atrito (A) no sistema Por definição, trabalho 𝜏 da força 𝐹 no deslocamento
indicado. (g = 9,8 m/s2) 𝑑 é a grandeza escalar:
(A) 20 N (C) 29,4 N (E) n.r.a.
(B) 24,5 N (D) 6,0 N

8. (UFMG)
Nessa figura, está representado um bloco de 2,0 kg
sendo pressionado contra a parede por uma força 𝐹 . O
coeficiente de atrito estático entre esses corpos vale 0,5 ,
e o cinético vale 0,3. Considere g = 10 m/s2. F e d são os módulos da força 𝐹 e do vetor
deslocamento 𝑑, respectivamente, e  é o ângulo
formado entre a direção da força 𝐹 e o deslocamento 𝑑.
Quando o ângulo  é agudo (ou  = 0), a força
𝐹 favorece o deslocamento e o trabalho é positivo e
denominado trabalho motor. Quando o ângulo  é obtuso
(ou  = 1800), a força 𝐹 não favorece o deslocamento e o
A força mínima F que pode ser aplicada ao bloco para
trabalho é negativo e denominado trabalho resistente.
que ele não deslize na parede é:
Para  = 900, o trabalho é nulo.
(A) 10 N (C) 30 N (E) 50 N
(B) 20 N (D) 40 N Trabalho do peso
9. (FUVEST-SP)
O sistema indicado na figura a seguir, onde as polias são
ideais, permanece em repouso graças à força de atrito
entre o corpo de 10 kg e a superfície de apoio.

O trabalho do peso não depende da


trajetória entre as posições inicial e final.

Método gráfico para cálculo do trabalho


No gráfico da componente tangencial da força (Ft) em
Podemos afirmar que o valor da força de atrito é:
função do espaço (s), entre as posições A e B, cujos
(A) 20 N
espaços são s1 e s2, a área A é numericamente igual ao
(B) 10 N
valor absoluto do trabalho da força F, no deslocamento 𝑑.
(C) 100 N
(D) 60 N
(E) 40 N
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A propriedade enunciada tem validade geral, ou seja, As forças cujos trabalhos entre dois pontos
a força 𝐹 pode ser variável e a trajetória qualquer independem da forma da trajetória são chamadas forças
(Figuras 3A, B e C). conservativas. Às forças conservativas associa-se o
conceito de energia potencial.

Potência
Considere uma força 𝐹 que realiza um trabalho 𝜏 num
intervalo de tempo Δt. Define-se potência média Potm
dessa força, nesse intervalo de tempo, pela relação:

Sendo a força constante, temos: Potm = F • vm • cos 


Considerando a força constante paralela ao
deslocamento (cos  = 1), resulta para a potência
instantânea: Pot = F • v

Rendimento
Considere uma máquina que receba uma potência
total Pott e utilize a potência Potu (potência útil), perdendo
a potência Potp. Define-se rendimento 𝛈 da máquina a
Trabalho da força elástica relação entre a potência útil Potu e a potência total
recebida Pott:

Energia
Energia cinética
A energia cinética é uma forma de energia associada
ao estado de movimento de um corpo. Se um corpo de
massa m apresenta uma velocidade v, sua energia
cinética Ec é dada por:

Teorema da energia cinética


A variação da energia cinética de um corpo entre dois
instantes quaisquer é dada pelo trabalho da resultante
das forças que atuam sobre o corpo, entre os instantes
considerados.

Energia potencial
É a forma de energia associada à posição que um
O trabalho da força elástica não depende corpo ocupa no campo gravitacional (energia potencial
da trajetória entre as posições inicial e final. gravitacional) ou associada à deformação de um sistema
elástico (energia potencial elástica).
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 Energia potencial gravitacional *********** ATIVIDADES ***********


1. (UCS-RS)
Sobre um bloco atuam as forças indicadas na figura, as
quais o deslocam 2 m ao longo do plano horizontal.
Analise as informações.

 Figura 5 A esfera tem energia potencial gravitacional em relação ao


nível de referência.

 Energia potencial elástica

I. O trabalho realizado pela força de atrito 𝐹 a é


positivo.
II. O trabalho realizado pela força F vale 200 J.
III. O trabalho realizado pela força peso é diferente
de zero.
 Figura 6 Ao ser deslocada da posição de equilíbrio, a mola armazena
energia potencial elástica. IV. O trabalho realizado pela força normal N é nulo.

Energia mecânica Quais são as corretas?


Energia mecânica é a soma da energia cinética com a (A) apenas I e II
energia potencial. (B) apenas I e III
Emec = Ec + Ep (C) apenas II e III
(D) apenas II e IV
Conservação da energia mecânica (E) apenas III e IV

A energia mecânica de um sistema se 2. (PUC-MG)


conserva quando ele se movimenta sob ação
Um motor é instalado no alto de um prédio, para elevar
de forças conservativas e eventualmente de
pesos, e deve executar as seguintes tarefas:
outras forças que realizam trabalho nulo.
I. elevar 100 kg a 20 m de altura em 10 s.
II. elevar 200 kg a 10 m de altura em 20 s.
III. elevar 300 kg a 15 m de altura em 30 s.

A ordem crescente das potências que o motor deverá


desenvolver para executar as tarefas anteriores é:
(A) I, II, III (C) Il, I, III (E) Il, III, I
(B) I, III, Il (D) III, I, II
 Figura 7 Numa montanha-russa ideal, a energia mecânica
total se conserva, apesar de alternar entre potencial e cinética.
3. (FUVEST-SP)
Princípio da conservação da energia A equação da velocidade de um móvel de 20
Vimos que nos sistemas conservativos ocorre a quilogramas é dada por v = 3 + 0,2t, onde a velocidade é
transformação de energia potencial em cinética e vice- dada em m/s. Podemos afirmar que a energia cinética
-versa, de modo que a energia mecânica permanece desse móvel, no instante t = 10 s, vale:
constante. Havendo outras formas de energia, (A) 45 J
enunciamos o princípio da conservação da energia: (B) 100 J
(C) 200 J
Energia não pode ser criada ou destruída,
(D) 250 J
mas unicamente transformada.
(E) 2.000 J
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4. (AMAN-RJ) 8. (UFCE)
Com que velocidade o bloco da figura a seguir, partindo Uma bola de massa m = 500 g é lançada do solo, com
do repouso e do ponto A, atingirá o ponto B, supondo velocidade V0 e ângulo de lançamento  menor que 900.
todas as superfícies sem atrito? (g = 10 m/s2) Despreze qualquer movimento de rotação da bola e
influência do ar. O módulo da aceleração da gravidade,
no local, é g = 10 m/s2. O gráfico abaixo mostra a energia
cinética Ec da bola como função do seu deslocamento
horizontal x.

(A) 0 m/s
(B) 5 m/s
(C) 10 m/s
(D) 15 m/s
(E) 20 m/s

5. (FMIt-MG)
Um corpo de massa 2,0 kg, inicialmente em repouso, é
puxado sobre uma superfície horizontal sem atrito, por Analisando o gráfico, podemos concluir que a altura
uma força constante, também horizontal, de 40 N. Qual máxima atingida pela bola é:
será sua energia cinética após percorrer 5 m? (A) 60 m
(A) 0 joule (B) 48 m
(B) 20 joules (C) 30 m
(C) 10 joules (D) 18 m
(D) 40 joules (E) 15 m
(E) n.r.a.
9. (UFRR)
6. (UFPA)
Uma bola de borracha, de massa igual a 1 kg, cai de uma
Um corpo de massa 10 kg é lançado verticalmente para
altura de 2 m, em relação ao solo, com uma velocidade
cima com uma velocidade de 40 m/s. Considerando--se
inicial nula. Ao tocar o solo, a bola transfere para este
g = 10 m/s2, a altura alcançada pelo corpo, quando sua
12 J, na forma de calor, e volta a subir verticalmente.
energia cinética está reduzida a 80% de seu valor inicial,
Considere a aceleração da gravidade g = 10 m/s2. A
é:
altura, em cm, atingida pela bola na subida é de:
(A) 16 m (C) 80 m (E) 144 m
(B) 64 m (D) 96 m (A) 5
(B) 20
7. (IME-RJ) (C) 60
Um bloco A, cuja massa é 2 kg, desloca-se, como mostra (D) 80
a figura, sobre um plano horizontal sem atrito e choca-se (E) 125
com a mola C, comprimindo-a até o ponto B.
10. (UFAC)
Um carro se desloca com velocidade de 72 km/h na
Avenida Ceará. O motorista observa a presença de um
radar a 300 m e aciona imediatamente os freios. Ele
passa pelo radar com velocidade de 36 km/h. Considere
a massa do carro igual a 1.000 kg. O módulo da
Sabendo-se que a constante elástica da mola é
intensidade do trabalho realizado durante a frenagem,
0,18 N/m, a velocidade escalar do bloco, no momento em
em kJ, vale:
que se chocou com a mola, era:
(A) 6 cm/s (A) 50
(B) 20 cm/s (B) 100
(C) 50 m/s (C) 150
(D) 60 cm/s (D) 200
(E) 10 cm/s (E) 250
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*MÓDULO 6*
Princípio da conservação
da quantidade de movimento
O impulso e a quantidade de movimento são duas
grandezas vetoriais relacionadas pelo teorema do
impulso. Essas grandezas são importantes para a análise
das colisões entre corpos. Para sistemas de corpos
isolados de forças externas, a quantidade de movimento
se conserva.
 Figura 2

Quantidade de movimento Teorema do impulso


 Quantidade de movimento (ou momento linear) de  As grandezas impulso e quantidade de movimento
um corpo de massa m e velocidade 𝑣 é a grandeza estão relacionadas por meio do teorema do impulso:
vetorial 𝑄 = m𝑣, com as seguintes características: o impulso da força resultante num dado intervalo de
 Módulo: 𝑄 = m • 𝑣. tempo é igual à variação da quantidade de
movimento do corpo no mesmo intervalo de tempo.
 Direção: a mesma de 𝑣.
 Sentido: o mesmo de 𝑣.

Impulso
 O impulso é a grandeza física que relaciona a força Note que a expressão anterior trata de uma subtração
aplicada a um corpo com o intervalo de tempo de vetores. Além disso, fica claro que, para alterar a
durante o qual a força age no corpo. quantidade de movimento de um corpo, é necessário
aplicar uma força que interaja com ele durante certo
intervalo de tempo.

 Figura 3
A força exercida pela
jogadora, ao efetuar
uma cortada, altera a
quantidade de
movimento da bola.
 Figura 1 A raquete está aplicando na bola um impulso, isto é, uma
força durante certo intervalo de tempo.

Força constante
 Considere uma força 𝐹 constante atuando num corpo
durante o intervalo de tempo Δt.
O impulso 𝐼 dessa força constante nesse intervalo de
tempo é a grandeza vetorial 𝐼 = 𝐹 • Δt, com as Conservação da quantidade de movimento
características:  Se o sistema de corpos está isolado de forças
externas, vale o princípio de conservação da
 Módulo: 𝐼  = 𝐹 • Δt.
quantidade de movimento:
 Direção: a mesma de 𝐹 .
 Sentido: o mesmo de 𝐹 . 𝑸antes = 𝑸depois

Força de direção constante e intensidade variável É importante notar que a conservação da quantidade
 Se a força tiver direção constante e intensidade de movimento ocorre mesmo que não haja conservação
variável durante a interação, o impulso é da energia mecânica. Trata-se de um princípio mais
numericamente igual à soma algébrica das áreas geral, usado mesmo em colisões de partículas
entre o gráfico F X t e o eixo das abscissas. subatômicas.
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Se os sentidos dos movimentos coincidem, o módulo


da velocidade relativa será a diferença entre os módulos
das velocidades de cada um dos corpos.

 Figura 4
No lançamento de um foguete,
para que ele se mova para cima,
é necessário expulsar uma
enorme quantidade de gás em
sentido oposto. A quantidade de Supondo VA > VB, a velocidade relativa nas situações
movimento do sistema foguete + 3 e 4 será:
gás se conserva.
Vrel = VA − VB

Quantidade de movimento em uma dimensão


 A quantidade de movimento 𝑄 de um sistema de
corpos, A e B, com quantidades de movimento 𝑄 A e
𝑄 B, respectivamente, é dada por: 𝑄 = 𝑄 A + 𝑄 B.
Quando os vetores têm mesma direção, a igualdade
Colisões unidimensionais
vetorial transforma-se numa igualdade escalar,
 Numa colisão mecânica, supondo-se que a massa
adotando--se um eixo e projetando-se os vetores.
dos corpos não se altere, ocorrem duas etapas:
deformação e restituição. Na deformação, a energia Assim, temos os exemplos:
cinética dos corpos anterior ao choque se transforma
em energia potencial elástica, energia sonora (ruído)
e energia térmica (calor). Na restituição, toda ou
parte da energia transformada retornará, na forma de
energia cinética. As colisões passam então a ser
classificadas de acordo com o reaproveitamento da
energia cinética após a colisão, como veremos a
seguir.

 Figura 5
A colisão da bola de
boliche com os pinos
é praticamente
elástica.

Coeficiente de restituição
 É a razão entre o módulo da velocidade relativa dos
Velocidade relativa em uma dimensão corpos depois da colisão e o módulo da velocidade
Analisemos cuidadosamente todas as possibilidades relativa dos corpos antes da colisão.
de sentido de velocidades vetoriais entre duas esferas
que colidem na mesma direção.
 Se os sentidos dos movimentos dos corpos são
opostos, o módulo da velocidade relativa
corresponde à soma dos módulos das velocidades
de cada um dos corpos.  Se e = 1, a energia cinética se conserva, e a colisão
é dita perfeitamente elástica.
 Se e = 0, não ocorre restituição, e os corpos
permanecem unidos após a colisão. Essa colisão, na
qual ocorre a maior perda de energia cinética, é
conhecida como perfeitamente inelástica.

Para as situações 1 e 2, temos:  Se 0 < e < 1, a restituição da energia cinética é


parcial, e a colisão é denominada parcialmente
Vrel = VA + VB elástica.
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4. (UEL-PR)
*********** ATIVIDADES ***********
A quantidade de movimento de um ponto material se
1. (UFRGS-RS) mantém constante num dado intervalo de tempo. Com
Um veículo de massa 500 kg, percorrendo uma estrada relação à intensidade da resultante das forças que agem
horizontal, entra numa curva com velocidade de 50 km/h sobre esse corpo, pode-se afirmar que:
e sai numa direção que forma um ângulo de 600 com a (A) é constante não nula.
direção inicial e com a mesma velocidade de 50 km/h. (B) é nula.
Em unidades do Sistema Internacional, a variação da (C) aumenta linearmente com o tempo.
quantidade de movimento do veículo, ao fazer a curva, (D) diminui linearmente com o tempo.
em módulo, foi de, aproximadamente: (E) é não nula e tem o mesmo sentido do movimento.
(A) 7,0 • 104
(B) 5,0 • 104 5. (UFC-CE)
(C) 3,0 • 104 Na superfície de um lago congelado (considere nulo o
(D) 7,0 • 103 atrito), um menino de 40 kg empurra um homem de
(E) 3,0 • 103 80 kg. Se este adquirir a velocidade de 0,25 m/s, o
menino:
2. (UBC-SP) (A) escorregará, em sentido contrário, com velocidade
A força que age em um corpo variou segundo o gráfico igual em módulo.
dado. (B) ficará parado.
(C) deslizará, em sentido oposto, com velocidade de
0,50 m/s.
(D) deslizará, para trás, com velocidade de 2 m/s.

6. (UFMS)
Uma esfera de massa m se movimenta sobre um apoio
plano horizontal sem atrito com velocidade 𝑣 e choca-se
O impulso que a força imprimiu ao corpo foi de: frontalmente com outra, de massa 2m, que se movimenta
(A) 150 N • s com velocidade −2𝑣. Sabendo-se que a colisão foi
(B) 300 N • s inelástica, a velocidade do conjunto constituído pelas
(C) 40 N • s duas esferas será:
(D) 20 N • s 𝑣 𝑣 𝑣
(A) − (C) − (E)
2 3 3
3. (MACKENZIE-SP) 3𝑣
(B) − (D) − 𝑣
Uma bola de bilhar de 100 g, com velocidade de 8 m/s, 4
atinge a lateral da mesa, sofrendo um choque
perfeitamente elástico, conforme mostra a figura. No 7. (UESC-BA)
choque, a bola permanece em contato com a lateral da
De acordo com a lnfraero, no aeroporto Salgado Filho,
mesa durante 0,08 s.
em Porto Alegre-RS, 18 acidentes causados por choques
de aves com aeronaves foram registrados em 2007 e
mais quatro nos cinco primeiros meses de 2008.
Considere uma ave com 3,0 kg que se chocou
perpendicularmente contra a dianteira de uma aeronave
a 540,0 km/h. Sabendo-se que o choque durou 0,001 s e
desprezando-se a velocidade da ave antes do choque, a
força aplicada na dianteira da aeronave é equivalente ao
A intensidade da força que a bola aplica nessa lateral é peso de uma massa, em toneladas, aproximadamente
de: igual a:
(A) 20 N (A) 25
(B) 18 N (B) 35
(C) 16 N (C) 40
(D) 15 N (D) 45
(E) 10 N (E) 50
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8. (UFES) 9. (UFC-CE)
Um bloco A é lançado em um plano horizontal com A única força horizontal (ao longo do eixo x) que atua em
velocidade de módulo vA = 4,0 m/s. O bloco A tem massa uma partícula de massa m = 2 kg é descrita, em um dado
mA = 2,0 kg e colide frontalmente com uma esfera B de intervalo de tempo, pelo gráfico abaixo.
massa mB = 5,0 kg. Inicialmente, a esfera encontra-se em
repouso e suspensa por um fio ideal de comprimento L,
fixo em 0, como mostra a figura abaixo. Após a colisão, a
esfera atinge uma altura máxima de hB = 0,20 m. Os
atritos do bloco A e da esfera B com a superfície são
desprezíveis.

A partícula está sujeita a um campo gravitacional


uniforme cuja aceleração é constante, apontando para
baixo ao longo da vertical, de módulo g = 10 m/s2.
Despreze quaisquer efeitos de atrito.
a) Determine o módulo da força resultante sobre a
Com essas informações: partícula entre os instantes t1 = 1 s e t2 = 3 s,
a) determine o módulo da velocidade da esfera B, sabendo que o impulso ao longo da direção
imediatamente após a colisão; horizontal foi de 30 N • s no referido intervalo de
b) determine o módulo e o sentido da velocidade do tempo.
corpo A, após a colisão; b) Determine a variação da quantidade de movimento
c) determine a diferença entre a energia cinética do da partícula, na direção horizontal, entre os instantes
sistema, antes e após a colisão; t2 = 3 s e t3 = 7 s.
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d) responda se a colisão foi ou não perfeitamente
elástica. Justifique a sua resposta. ___________________________________________________
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