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Custo Económico
Exemplo: quando vou comprar algo, se preciso de 50 euros para a comprar, ou trabalho e
esforço-me uma hora para ganhar os 50 euros e compro o que quero, ou então não trabalho
(repouso) mas também não compro o que queria.
O custo económico é subjetivo, varia de individuo para individuo, isto porque depende do
individuo em 2 dimensões: da sua aptidão física e da sua conformação psicológica.
Exemplo: se eu gosto de dar aulas, e preciso de dar 1 hora de aulas para comprar uma camisa,
então, o meu custo será menor do que se tivesse de fazer um trabalho que não gostasse (aí a
camisa teria um custo maior).
Maria Gomes
17-01-2018
Y
c
b d
a e Utilidade Marginal
f
Desutilidade X
Inicial
a`
b`
c`
d` e`
f`
Desutilidade Marginal
Para produzir a dose “a” de um certo bem, adequado á satisfação de determinada necessidade,
um sujeito económico teve de suportar a pena “a`”. Para produzir a dose “b”, a pena
experimentada “b`” já foi maior. A partir da dose “d”, a utilidade das doses sucessivas passou a
diminuir, enquanto as penas respetivas vão sempre aumentando. Haverá um momento em que
a pena a suportar para produzir uma nova dose do bem será igual á utilidade dessa mesma dose
(f = f`). A partir desse momento, a produção deixa de ter interesse. Porque a utilidade do bem
não cobre o seu custo (esforço/desutilidade).
Desutilidade Inicial: custo da primeira dose de determinado bem, ou seja, primeiro esforço
desenvolvido. (Exemplo: 1ª hora de trabalho).
Maria Gomes
17-01-2018
Desutilidade Total: soma de todas as colunas de desutilidade, ou seja, o somatório dos vários
esforços. (Exemplo: soma das sucessivas horas de trabalho).
Desutilidade Marginal: penosidade provocada pela ultima dose positiva empregue para
satisfação de uma necessidade. (Exemplo: ultima hora de trabalho realizada para a produção de
um bem).
Valor Economico
As economias monetárias projetam o valor dos bens no plano dos preços que se estabelecem
nos mercados. Esses preços resultam de um encontro entre vendedores e compradores, entre
a oferta e a procura.
Há uma variável muito importante na economia, que é a demografia (estudo da população). Este
estudo é fundamental para a economia porque a população é consumidora; consegue-se prever
o processo económico através da população e o Principio da Escassez (para percebermos como
podemos produzir mais eficientemente para satisfazer as necessidades).
Desenvolvimento Económico
Maria Gomes
17-01-2018
Capitulo IV
1- Grécia Antiga
A Grécia antiga não teve um contributo relevante para a economia. Nesta altura, o fenómeno
económico não tinha grande importância. Isto porque, a economia estava subordinada á politica
e á filosofia, logo não havia um estudo autónoma sobre as questões económicas. As questões
da produção económica não eram importantes porque existiam escravos, eram estes que
produziam os bens sem se preocuparem com a escassez.
Ainda assim, há dois autores que se destacam e que lançaram sementes para algumas das
correntes mais importantes:
Economicamente a Grécia Antiga teve uma evolução, devido também ao facto da expansão do
comercio com grandes dinâmicas evolucionárias, com a utilização da moeda e de outras
dinâmicas como os títulos de crédito. O pensamento económico não teve evolução.
Maria Gomes
17-01-2018
2- Roma Antiga/Clássica
Em Roma, as questões económicas terão merecido ainda menor relevo doutrinal que na Grécia.
O trabalho ficava a cargo das províncias conquistadas (dos estrageiros), enquanto que os
Romanos eram essencialmente consumidores e não trabalhadores (visto que o trabalho era
considerado indigno).
O Império Romano desenvolve muito o Direito, no entanto, os romanos não pensavam muito
sobre a economia.
Em 495, uma crise economia no Império (o império fica sem rendimento para se sustentar) leva
a que o Imperio decida começar a intervir na economia, através da regulamentação da atividade
agrícola e industrial.
3- Idade Média
Século V a XI
Idade Média
Século XI a XIV
A idade média divide-se em 2 fases: a primeira do século V a XI; a segunda de XI a XIV. Esta
divisão acontece porque na 1ª fase da Idade Média assistimos a uma grande fragmentação
política que leva a uma grande fragmentação económica.
Maria Gomes
17-01-2018
Esta dinâmica muda na 2ª fase da Idade Média, onde é instaurada uma nova dinâmica
económica principalmente por causa das trocas comerciais, porque as trocas já não são locais,
mas sim regionais (várias localidades/conjunto de localidades).
No século XI dá-se o movimento das Cruzadas e neste contexto, os cristãos europeus são
influenciados pelo Papa a reconquistar Jerusalém (que estava controlada pelos muçulmanos).
Os cavaleiros abriram as rotas e mais tarde os comerciantes seguem essa rota (os comerciantes
já não estavam contentes com as vendas inter-regionais, então 2/3 seculos depois vão para o
médio oriente estabelecer trocas). Desenvolvendo-se assim a comercialização do Médio
Oriente, há uma internacionalização do comércio.
4- Época Medieval
O pensamento económico é influenciado pela igreja e pelos teólogos (influência por causa da
conceção moral). Há então:
Maria Gomes
17-01-2018
5- Mercantilismo
• Política
• Intelectual
• Geográfica
Maria Gomes
17-01-2018
Os descobrimentos vão dar um novo sentido á moeda e á troca, porque os reis que governavam
atribuíram um monopólio aos comerciantes. Atribui-se, então, importância ás questões
comerciais (trocas e comercio). Surge então uma ligação próxima entre o mercantilismo e o
absolutismo politico.
Maria Gomes
17-01-2018
Então o Rei Carlos IX, pede a DeMalestroit um estudo sobre esta subida de preços. Este em 1576
escreve um texto onde explica o que estava a acontecer em todos os reinos europeus. Então diz
“a subida dos preços foi aparente”, na verdade não houve subida dos preços, porque houve uma
maior disponibilidade de metal na economia – só houve uma subida nominal dos preços.
Surge então a Ideia Metalista (Ideia central e também mais importante): os mercantilistas
defendem que a riqueza de um Estado depende da quantidade de metal que um Estado
possui/dispõe. Então baseia-se em 3 pressupostos:
Cada reino tem estratégias diferentes de acumular metal. Há então 3 tipos de mercantilismo e
todos eles partem da deia metalista. São eles:
• O Mercantilismo Ibérico
• O Mercantilismo Francês
• O Mercantilismo Inglês
1- Se a riqueza = metal, então vamos impedir que saía metal precioso do reino. (As
fronteiras são vigiadas e impede-se as pessoas de sair do reino com metais preciosos).
2- Controlam os contratos individuais de exportações e importações. Ou seja, um
comerciante que quisesse sair do reino e vender produtos, era lhe exigido que teria de
exportar mais do que importar, garantindo assim uma balança comercial favorável ou
equilibrada.
“Incentivam as exportações e controlam as importações”
3- Promoção da entrada de metais preciosos através da oferta de juros elevados. Não só
retêm o metal que têm no reino como também tentam convencer os outros países a
investirem o dinheiro cá, através da diminuição de impostos e o aumento das taxas de
juro.
Maria Gomes
17-01-2018
1- Em vez de estarem preocupados em fechar fronteiras para não sair o metal, vão
desenvolver relações económicas que atraíssem para o seu território os metais
preciosos a que não tinham direto acesso. Para isto, os políticos franceses procuram
desenvolver as industrias de produtos facilmente exportáveis, a fim de obter ouro e
prata em troca desses produtos. Interessava exportar bens ricos, que concentrassem
elevados valores em volumes e pesos relativamente reduzidos. Assim, desenvolveram-
se as industrias francesas de luxo – sedas, tapeçarias, loiças, perfumes. Deram então
origem a bens com qualidade e competitivos internacionalmente (por exemplo na
questão dos preços). Isto levará a mais exportações que nos trará mais metal para o
reino francês.
2- O mercantilismo francês também é populacionista, ou seja, incentiva a natalidade
porque mais pessoas significa mais mão de obra, mais mão de obra significa mais bens,
tendo mais bens há mais exportações, e se há mais exportações haverá mais riqueza.
Mais pessoas – mais mão de obra – mais bens – mais exportações – mais riqueza
Pessoas = Riqueza
3- Por último, é também industrialista (investem no setor industrial)
Como é uma ilha, tem de desenvolver a armada comercial (a marinha). Os ingleses desenvolvem
então os barcos comerciais, mas também a armada militar (por causa da pirataria – visto que os
barcos comerciais eram alvos dos piratas, pois estes queriam roubar os bens).
Maria Gomes
17-01-2018
Muito pouco. Para o Reino Unido o que cria realmente riqueza é a circulação monetária, ou seja,
uma maior abertura da economia trás melhores resultados.
O Mercantilismo Inglês constitui uma critica ao próprio mercantilismo, na medida em que, o que
é mais vantajoso não é fixar o metal, mas sim a abertura da economia. Propõem então o
liberalismo económico.
Uma desvantagem das correntes é que se crie outra corrente. O Mercantilismo vai acabar e vai
dar lugar a outra corrente por causa das suas desvantagens, que serão corrigidas na próxima
corrente.
Balanços do Mercantilismo
Temos ainda 2 aspetos negativos, que são uma grande justificação para a criação da escola do
pensamento fisiocrata:
6- Fisiocracia
A fisiocracia é uma escola do pensamento que tem origem no seculo 17, ainda na fase do
mercantilismo. O grau advento da fisiocracia vem no seculo 18.
Fisio/cracia
Natureza Governo
Inspirados no naturalismo começam a achar que devem dar importância á agricultura, devem
valorizar o setor primário. Os fisiocratas criticam o mercantilismo, dizendo que este é arbitrário,
é uma criação do homem e não da natureza e por isso devemos pensar na economia de outra
forma.
A ideia central dos fisiocratas é a agricultura. Não nos podemos central na atividade industrial
porque isso só transforma e não cria excedente.
Os fisiocratas cansados das arbitrariedades que davam valor ao comercio e ao setor secundário
e á consequente desvalorização do setor primário, vão apelar á pratica de racionalidade da
politica económica, ou seja, os fisiocratas dizem que temos de olhar para as leis da natureza e
aplica-las na organização económica.
Os fisiocratas defendem também que o Estado devia conceder liberdade económica incluindo a
da alienação da propriedade, ou seja, não deveria haver intervenção estatal. Quanto á questão
Maria Gomes
17-01-2018
da alienação, antigamente não se podia vender a propriedade, só se podia alugar par alguém
nela produzir. Mas como isso dava muito trabalho (por causa das rendas, etc), os donos dos
terrenos deixavam os terrenos ao abandono, causando assim ineficiência. Os fisiocratas vêm
defender, então, que se pode vender propriedade, para que assim, que tivesse interesse em
cultiva-la, poderia fazê-lo e assim haveria uma evolução do setor primário.
• Corrente conservadora (porque tem uma logica de regressar aos valores originais – que
estão na agricultura)
• Corrente agrarista
Há uma critica á organização da sociedade: a única classe que produz riqueza é subcarregada
para sustentar as outras 2 classes que não produzem.
Os fisiocratas defendem também que há uma ordem natural que nos rege e o principal objetivo
da ordem natural é a multiplicação dos Homens (porque mais pessoas = mais natureza) e a sua
felicidade. – Este é um aspeto igual ao mercantilismo francês: a multiplicação dos seres
humanos. Tem também um aspeto diferente do mercantilismo que é a felicidade humano, o
bem-estar. O mercantilismo não se preocupava com isto. Esta ideia fisiocrata surge também
como uma critica ao mercantilismo: “não se preocupam com as pessoas, mas sim com o
enriquecimento do Estado”.
A questão da propriedade:
Maria Gomes
17-01-2018
7- Liberalismo Económico
Surge no seculo 16/17 e consolida-se mais tarde com o capitalismo económico no seculo
18/19. Surge como forma de contestação aos mercantilistas e aos fisiocratas, ou seja, ás 2
correntes anteriores. Por isso apresentam ideias novas.
Foi inspirado pelo racionalismo (paradigma filosófico que inspirou o liberalismo económico) aos
quais se juntam o individualismo e o utilitarismo.
O segundo aspeto tem a ver com a razão pela qual o liberalismo económico surgiu, onde surgiu.
Maria Gomes
17-01-2018
• Uma revolução demográfica por vários motivos nomeadamente por causa do êxodo
rural (que resultou da industrialização) (definição de êxodo: saída do campo para a
cidade) e a urbanização desmesurada (ou seja, o crescimento das cidades)
• Uma deslocação da atividade económica do setor primário para o setor secundário
(antes da industrialização, maior parte das pessoas trabalhava no setor primário. Com a
introdução de novas máquinas é preciso pessoas para trabalhar com elas, então vai se
buscar essas pessoas ao setor primário)
Maria Gomes
17-01-2018
• Condições de vida das pessoas nas cidades: condições muito difíceis porque havia
muita exigência/pedido/procura por mão de obra. Estas competências eram básicas e
pouco qualificado, então como consequência têm salário muito baixo.
• Entrada para o mercado de trabalho de mulheres e de crianças: antes estavam foram
do processo industrial, mas qua vão começar a integrar o processo produtivo (em
primeiro lugar porque havia muita procura de mão de obra, e os homens não
chegavam, então recorriam ás mulheres e ás crianças. A outra razão é o facto de as
tarefas serem pouco qualificadas, ou seja, o trabalho é tao fácil que até uma criança
pode fazer). Os salários eram tão baixos, que mesmo todo o agregado familiar (pais,
filhos, etc.) a trabalhar e a receber, mesmo assim tinham dificuldades.
Adam Smith:
Era um professor de filosofia natural, viveu no seculo 18 e em 1759 publica uma obra chamada
“teoria dos sentimentos morais”. O que dizia Adam Smith nesta obra? Dizia que a condição para
que exista harmonia na sociedade é a simpatia (sentimentos morais, e que hoje chamamos de
empatia). Cada pessoa deve ser a mais empática possível (capacidade que temos de nos colocar
no lugar do outro).
Só que, passado uns anos, ele escreve uma outra obra em 1776, “o inquérito á riqueza das
nações” onde apesar de não terem passados assim tantos anos, adam Smith vai substituir este
conceito da simpatia. O que é preciso para que a sociedade funcione de forma harmoniosa é o
interesse. Ele diz que a sociedade funciona bem, não por causa da simpatia/empatia que
nutrimos pelos outros, mas por causa de perseguirmos os nossos próprios objetivos e interesses
individuais.
Esta obra debruçasse muito sobre a riqueza das nações. A riqueza para Adam Smith são todos
os bens (materiais) necessários e cómodos á vida. Não considerava os serviços. Propõem uma
definição de riqueza que nos aproxima da conceção da ciência da riqueza (de ciência politica). A
riqueza de uma nação é a produção destes bens necessário e cómodos á vida num período de
um ano. Isto faz-nos lembrar o conceito de PIB.
Se a riqueza de uma nação depende da produção destes bens, então como é que os
estados/nações/economias deverão ou poderão aumentar a sua riqueza? Produzindo mais.
Maria Gomes
17-01-2018
Adam Smith traz para o centro da economia o estudo do trabalho, porque a riqueza só há, se
existir trabalho.
Se as pessoas passam a dedicar-se a uma tarefa a que sejam melhores, então segundo o Adam
Smith, nós fazemos o que sabemos fazer melhor e compramos tudo o resto.
NOTA: os liberais são burgueses, logo não há ninguém que aceite e queira mais a propriedade
privada. Isto é aceitar desigualdades entre as pessoas. Estas desigualdades são justificadas com
o esforço de cada um. Quem trabalha muito tem muito, quem trabalha pouco tem pouco.
Adam Smith também criou um novo conceito, os mercados, são um espaço abstrato com
dimensão mundial onde se conjugam as trocas. E, portanto, o preço dos bens determina-se nos
mercados (ponto de equilíbrio). E que existe a chamada “mão invisível”, há uma logica de
autorregulação dos mercados, os mercados regulam-se sozinhos, não é necessária uma
intervenção externa (o Estado) a dizer o preço, ou quando devemos produzir ou assim.
São contra o intervencionismo estatal. Porque o Estado só ia estragar, visto que tudo corre bem
não é necessário a intervenção de ninguém.
Para que os mercados funcionem normalmente tem de haver uma logica de livre concorrência
(onde nenhum agente pode ou consegue condicionar o mercado). Um dos agentes que
consegue fazer isso é o Estado.
O mercado funciona muito bem se ninguém interferir, mas se por acaso alguém interferir
(tentando controlar os preços, por exemplo um grupo de produtores), o Estado tem de garantir
a livre concorrência e o ambiente propicio para o desenvolvimento económico. E como? Através
da justiça (o estado precisa de ter tribunais e juízes), da manutenção da paz (para isto o estado
precisa de ter um exercito).E tem de assegurar também os bens públicos – os mínimos possíveis,
os que não conseguiríamos manter sem o estado – (bens que respondem a necessidade publicas
mais facilmente alçados em sociedade). Como o Estado paga isto? Com os impostos.
Os liberais dizem que o estado tem de se abster da atividade económica, mas têm de cobrar
impostos módicos/moderados, ou seja, só o necessário para pagar estas funções (assegurar a
paz, justiça e os bens públicos).
Maria Gomes
17-01-2018
David Ricardo:
Viveu no final do seculo 18 inicio do seculo 19. E em 1817 escreveu um livro chamado “princípios
da economia politica e do imposto”.
David Ricardo como viveu algumas décadas depois de Adam Smith, então estes, apesar de
liberais, não têm as mesmas visões, porque também a época em que viveram era diferente.
Davi Ricardo começou por observar um acontecimento no reino unido que era a agricultura.
Havia uma lei que protegia os proprietários agrícolas, porque havia um imposto que e aplicava
aos cereais importados no reino unido. Este imposto era muito elevado e originava uma
diminuição da importação e as pessoas eram obrigadas a consumir os bens nacionais. Mas isto
tem uma consequência: a falta de competitividade, alterações ao mercado e consequentemente
preços artificias ou artificialmente elevados.
Ele diz que este imposto tinha de acabar porque o Estado mais uma vez esta a mexer nos
mercados, criando preços superficiais, não permitindo a livre concorrência e está a usar o
rendimento da industria para compensar a dos cerais.
Maria Gomes