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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

INSTITUTO DE QUÍMICA

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA GERAL E INORGÂNICA

DISCIPLINA: QUIA43 – O professor e o ensino da química

Eric Vinicius

Salvador

2013

SUMÁRIO
1. OBJETIVOS....................................................................................................................
...03

2. INTRODUÇÃO TEÓRICA
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...03

3. PARTE EXPERIMENTAL
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...04

3.1 Procedimentos, materiais e reagentes


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...04

4. RESULTADOS
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5. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS


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6. TRATAMENTO DE DADOS ...............................................................08

7. CONCLUSÃO
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8. REFERÊNCIAS
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1.0 Objetivos

Esta prática em laboratório visa a verificação experimental da influência das


concentrações dos reagentes, da área de contato, da temperatura e da presença de um
catalisados sobre o tempo necessário para que uma reação ocorra.

2.0 Introdução teórica

A velocidade de reação mede quão rapidamente um reagente é consumido ou um produto é


formado, durante a reação. Para ver como as velocidades de reação podem ser descritas
quantitativamente, considere a reação hipotética, homogênea (em fase única):

A + B ---> C + D

As velocidades de reação dependem, em geral, das concentrações das várias espécies presentes na
mistura reagente. Estas incluem, geralmente, um ou mais reagentes, podendo incluir também os
produtos ou outras substâncias. A equação de velocidade expressa a natureza da
proporcionalidade entre a velocidade e estas concentrações.
A ordem de uma reação é a soma dos expoentes das concentrações que aparecem na equação de
velocidade.
A equação de velocidade de uma reação global não pode ser deduzida da equação da
reação simplificada, mas tem de ser obtida a partir de dados experimentais. O
mecanismo de uma reação consiste, em geral, em uma série de etapas individuais
denominadas processos elementares.
A molecularidade de um processo elementar é o número de moléculas reagentes que
colidem na etapa em questão; a molecularidade pode ser igual a um, dois ou, ocasionalmente, três.
Entretanto, a ocorrência de uma reação trimolecular é muito pouco provável.
Um intermediário é uma espécie formada em uma etapa e consumida numa etapa subseqüente do
mecanismo de reação.
A energia de ativação de uma reação é importante, pois determina a influência da temperatura na
velocidade. É a energia mínima que as moléculas reagentes, que colidem,devem ter para a formação
dos produtos. A grandeza da energia de ativação pode ser determinada a partir da curva de
Arrhenius.
Um processo elementar pode ser interpretado com base na teoria das colisões, de
acordo com a qual a velocidade de um processo elementar depende: (1) do número de
colisões de moléculas reagentes por segundo; (2) da fração de moléculas que possuem
energia pelo menos igual à energia de ativação, que é a energia necessária para o
rearranjo "bem-sucedido"das ligações; e (3) da fração das colisões com orientação geométrica
favorável para a formação dos produtos (o fator estérico). Uma teoria alternativa, a teoria do
estado de transição, focaliza a maneira pela qual os átomos se rearranjam e a seqüência das
variações de energia potencial que ocorrem durante o processo elementar. De acordo
com esta teoria, quando as partículas colidem têm energia igual ou maior do que a energia
de ativação, e das colisões resulta o complexo ativado, que é um agregado instável e temporário
de átomos, fracamente ligados. O complexo ativado pode se decompor nos reagentes ou nos
produtos. O caminho de um processo elementar pode ser acompanhado colocando-se num gráfico a
energia potencial do sistema e a sua transformação de reagentes para o complexo ativado, e deste em
produtos.
Um mecanismo de reação deve ser consistente com a estequiometria da equação global balanceada
e com a equação de velocidade experimental. Muitas reações ocorrem por meio de uma seqüência
de etapas, uma das quais é mais lenta do que as outras. Esta etapa, a etapa determinante de
velocidade, atua como um gargalo e limita a velocidade do processo global.
O catalisador aumenta a velocidade da reação fornecendo um mecanismo alternativo
com baixas energias de ativação. O catalisador não é consumido na reação e, embora reaja numa
etapa, é regenerado em outra etapa posterior. Os catalisadores heterogêneos são
superfícies com sítios ativos que transformam as moléculas em espécies mais reativas

3.0 Parte experimental

3.1 Procedimentos, resultados, materiais e reagentes

Materiais:
- Termômetro
- Pipetas volumétricas
- Tubos de ensaio
- Béquer de 50 mL
- Conta-gotas
- Balões Volumétricos
- Aquecedor
- Provetas de 10 mL
- Béquer de 500 mL

Reagentes:
- Zn granulado e em pó
- Solução de NaIO3 (0,02 mol.L-¹)
- Solução de H2SO3 (0,01 mol.L-¹)
- Solução de Amido
- Solução de HCl (1 mol.L-¹)
- Solução de MnSO4 (0,04 mol.L-¹)
- Solução de H2SO4 (4,0 mol.L-¹)
- Solução de NaIO3 (0,02 mol.L-¹)
- Solução de KMnO4 (0,04 mol.L-¹)
- Solução de Iodo
Procedimentos:

Experimento I: Influência da Concentração dos Reagentes


Ao iniciar o experimento, verifique a coloração que a solução do iodo adquire na
presença do amido. Faça os cálculos necessários para proceder as diluições das soluções
de NaIO3, q eu serão utilizadas no experimento. Cada equipe deve preparar 100 mL de
solução de Iodato de sódio 0,02 mol.L-¹

1. Meça em uma proveta de 5 mL de solução de NaIO3 0,02 mol.l-¹ e adicione três


gotas de amido.
2. Meça em outra proveta de 5 mL da solução de H2SO3- 0,01 mol.L-¹
3. Misture as duas soluções num béquer de 50 mL e comece a marcar o tempo,
agitando rapidamente.
4. Observe cuidadosamente a solução dentro do béquer olhando contra um fundo
branco e anote o tempo que a solução leva para se tornar azul.
5. Repita o mesmo procedimento, variando a concentração da solução de NaIO3.

Experimento 2: Influência da área de contato


1. Pegue dois tubos de ensaio e adicione a cada um 2 mL de solução de HCl 1
mol.L-¹
2. No primeiro tubo coloque um pedaço de Zn e no outro uma quantidade
equivalente de Zn em pó. Esta adição deve ser feita simultaneamente nos dois
tubos.
3. Observe e compare a velocidade aparente de reação nos dois tubos.

Experimento 3: Influência da temperatura de reação


1. Cada equipe deverá trabalhar com uma temperatura diferente, de acordo com a
orientação do professor.
2. Apenas a solução de NaIO3 deve ser termostatizada na temperatura de trabalho.
3. A solução indicadora de amido deve ser adicionada imediatamente antes da mistura
dos reagentes.
4. A temperatura deve ser medida na solução no momento da mistura
5. Os dados deverão ser compartilhados com as demais equipes.
Experimento 4: Influência do Catalisador

1. Tome dois tubos de ensaio e coloque em cada um 5 mL de solução de H2C2O4


0,5 mol.L-¹ de solução de H2SO4 4 mol.L-¹
2. Em outros dois tubos, coloque em cada um 4 mL de solução de KMnO4 0,04
mol.L-¹ e a apenas um destes tubos adicione 5 gotas do MnSO4 0,1 mol.L-¹
3. A dois béqueres de 50 mL, transfira simultaneamente o conteúdo dos tubos
contendo o ácido oxálico e o permanganato de potássio.
4. Compare o tempo necessário para as duas soluções perderem a cor.

4.0 Resultados

Experimento 1
Houve alterações na coloração da solução, que se modificou para azul.
O valor da concentração de NaIO3 após ser diluído no H2S é de 3x10-9 mol.L-1
a lei de reação é: V=K[NaIO3].
A reação é de ordem global igual a 1.

Experimento 2
O recipiente em que continha zinco sólido, a reação ocorreu mais lentamente do
que, no recipiente em que continha o zinco em pó.

Experimento 3
No tubo 1, houve a coloração e descoloração total da solução num tempo total
de 4 minutos e 5 segundos.
No tubo 2, em presença do Sulfeto de magnésio, a reação global ocorreu num
tempo de 2 minutos e 25 segundos.
5.0 Tratamentos de dados

Ordem: V1 = K1[NaIO3]x 4x10-4 = K [0,01]x


______________  _______________  2 = (1,6)x  X = ln2/
ln1,6
V2 = K2[NaIO3]x 2x10-4 = K[0,006]x

 X = 0,69/0,5 = 1,4

Ordem Global = 1 ( Como a reação é de 1ª ordem, a equação que descreve seu gráfico
é: ln [NaIO3] = - Kt + ln [NaIO3]inicial

Lei de Velocidade da reação: V = K [NaIO3]  K = V / [NaIO3]

[NaIO3] K = D[NaIO3]/ Dt  K = 10-3 / [0,02 mol.L-1] = 0,05 mol.L-1.s-1

No decorrer do experimento 1, três valores de concentração foram escolhidos


respectivamente; 0,02 mol/L, 0,01 mol/L e 0,006 mol/L
Os valores encontrados de K foram:

K1 = 0,05 mol.L-1.s-1 (25ºC)


K2 = 0,04 mol.L-1.s-1 (25ºC)
K3 = 0,03 mol.L-1.s-1 (25ºC)

Experimento Concentração Velocidade de Ln [IO3-] Ln [IO3-]


inicial reação inicial final
1 0,02 mol.L-1 10-3 mol/L.s-1 -4,60 -8,91
2 0,01 mol.L-1 4x10-4 mol/L.s-1 -5,11 -14,60
3 0,006 mol.L-1 2x10-4 mol/L.s-1 -5,52 -20,61
tabela 1.0 relação dos experimentos com as suas respectivas velocidades.
6.0 Discussão dos resultados

No experimento 1, observou-se as mesma reações em diferentes concentrações dos


reagentes, a partir das medidas dos tempos de reação, e após efetuados os cálculos, pelo
método do gráfico, no qual o coeficiente angular de cada ponto determina os valores de
suas velocidades de reação através da relação entre concentração e tempo, com estes
dados, após analisados, pode-se comprovar o que foi previsto pela literatura, que a
influência da concentração dos reagentes atua de forma direta na velocidade da reação.

No experimento 2, temos um mesmo material, que se apresentam em forma sólida e em


pó. Após a observação das reações, percebe-se que o Zinco em pó reage mais
rapidamente do que no experimento com Zinco sólido.

Uma reação química ocorre em virtude das colisões entre as partículas da superfície do
material, assim, quanto maior for a superfície de contato dos reagentes envolvidos,
maior será a taxa de desenvolvimento da reação e vice-versa.

Isso significa que com uma superfície de contato maior, haverá mais partículas entrando
em colisão e aumentará a probabilidade desses choques serem efetivos, ou seja, de
resultarem na quebra das ligações dos reagentes e na formação de novas ligações,
originando os produtos.

No experimento 3, observou-se duas reações equivalentes contendo H 2SO4 e H2C2O4,


porém, em um dos tubos de ensaio, houve a adição do Sulfeto de magnésio. Após medir
os tempos de descoloração destas, e analisado o resultado, vemos que, o Sulfeto de
magnésio influênciou de forma significativa na velocidade da reação.
Quando a solução aquosa de permanganato de potássio (KMnO4) é adicionada
lentamente à solução de ácido oxálico (H2C2O4), em meio ácido (H+), ocorre a reação
representada abaixo:

5H2C2O4(aq) + 2KMnO4(aq) + 3H2SO4(aq) --> 2MnSO4(aq) + 10CO2(g) +


K2SO4(aq) + 8H2O(l)

Reação simplificada: 5C2O42- (aq) + 2MnO4-(aq) + 16H+(aq) --> 2Mn2+(aq) +


10CO2(g) + 8H2O(l)
A velocidade dessa reação varia em função da presença de um catalisador. Sabe-se que
nesta reação há um certo número etapas elementares.
Na etapa em que se formam os complexos ativados, o catalisador fornece uma
superfície com a qual as espécies químicas podem reagir mais facilmente, chamados de
sítios ativos, estes que de alguma maneira, modificam a molécula de forma a poderem
reagir mais facilmente, o que é evidenciado pela diminuição na energia de ativação. A
natureza destes sítios ainda não é compreendida inteiramente.
Através da equação de Arhennius, temos a determinação da energia de ativação de uma
reação, partindo de dados cinéticos experimentais. As moléculas ao se colidirem devem
ter uma energia mínima necessária para que as colisões sejam efetivas na formação do
produto, denominada como energia de ativação, que está relacionada com a fração de
moléculas com energia cinética suficiente para que a reação ocorra, ou seja, quanto
maior o valor de energia de ativação, maior a energia cinética média das moléculas para
que a reação ocorra após estas colidirem.

7.0 Conclusão

Após observado os experimentos, analisado os resultados, pode-se comprovar que a


velocidade das reações sofrem inflências da area de contato do reagente, da
concentração dos reagentes, dos produtos, ou mesmo de substâncias que não estão
presentes não aparecem na reação global. Percebeu-se também que os catalisadores
influência ,de algum modo, a velocidade das reações, evidenciado pelos resultados.
8.0 Referências bibliográficas

1. ATKINS, Peter; JONES, Loretta. Princípios de química: questionando a vida


moderna e o meio ambiente, 3ª edição, 2007

2. John B Russell. Química Geral – vol.2, 2ª edição, Makron Books, 1994.

3. Theodore L. Brown, H. Eugene Lemay, Jr., Bruce E. Bursten. Química, a Ciência


Central. 9ª edição, Pearson Prendice Hall, 2005.

5.1 Referências digitais

1. http://www.dicio.com.br

2. http://www.mundofisico.joinville.udesc.br/PreVestibular/2005-
1/mod1/node34.html

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