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JUSTIÇA

RESTAURATIVA
DOCENTE

Jailson Braga Brandão

DISCENTES

Emile Leal Pereira da Silva


Fernanda Evangelista de Menezes
Layze Moraes Lopes
Maria da Conceição Lima Fernandes
Raylla Cunha
Marcos Melo
Justiça
Restaurativa nas
Escolas

Brenda Morrison
A JUSTIÇA RESTAURATIVA – ABORDAGEM DE
VARIADOS COMPORTAMENTOS

De acordo com Brenda Morrison, as escolas australianas identificaram


alguns comportamentos prejudiciais e repetitivos entre os alunos. São eles:

 Intimidação
• Pode se dar em três categorias: família (o aluno sofre intimidação pela
família e reproduz esse comportamento em outros ambientes); escola
(alunos que exercem abusos sobre outros alunos e até professores);
individual (se dá entre dois alunos).
• Definição: “a intimidação está definida como o abuso de poder
sistemático e a justiça restaurativa colabora para afastar os
desequilíbrios de poder”.
A JUSTIÇA RESTAURATIVA – ABORDAGEM DE
VARIADOS COMPORTAMENTOS

 Considerações importantes sobre a intimidação:

 O estudo da intimidação é importante para entender e


mensurar a escalada do conflito e da violência.

 “Crianças que intimidam na escola provavelmente


continuarão utilizando esta forma de dominar
comportamentos em outros contextos”
A JUSTIÇA RESTAURATIVA – ABORDAGEM DE
VARIADOS COMPORTAMENTOS

 Outras situações identificadas:

 Comportamentos inadequados, dentro e fora da sala


de aula. Ex: brigas

 Resistências à mudanças e propostas inovadoras no


contexto escolar.

 Atos infracionais: danos a propriedade; furtos;


vandalismo; incidentes relacionado ao uso de drogas
A JUSTIÇA RESTAURATIVA – ABORDAGEM DE
VARIADOS COMPORTAMENTOS

 Exclusão

A exclusão se manifesta nas mais variadas relações escolares,


sobretudo entre os alunos, causando conflitos e consequências
nefastas, principalmente entre os adolescentes.

• Dentre as consequências apontadas pela autora, a exclusão reduz o


pensamento inteligente; aumenta agressividade e a infrequência e
estimula o comportamento contraproducente.

• Noutro extremo, “estudantes que se sentem-se conectados à


comunidade escolar são menos propensos ao uso de drogas,
álcool, gravidez precoce e comportamentos violentos”
COMO A JUSTIÇA RESTAURATIVA PODE ATUAR NA
REALIDADE ESCOLAR?

 Prevenção e tratamento dos conflitos;


 Alternativas mais eficazes à judicialização dos conflitos;
 Resolução de conflitos
 Restabelecimento do convívio/relações;
 Construção de soluções pedagógicas;
 Construção de uma cidadania responsável – envolve as
famílias e a comunidade escolar como um todo.
TEORIA DA VERGONHA INTEGRATIVA (JOHN
BRAITHWAITE)

Quais as bases teóricas que fundamentam as práticas


restaurativas aplicadas às escolas australianas? Teoria da
vergonha integrativa (John Braithwaite)

 A vergonha pode se manifestar de formas diferentes: segregação


(humilha, condena, segrega) x integração (reforça a ideia de
responsabilidade);
 A vergonha é um valor que pode ser gerenciado através de formas
criativas e que estimulem a noção de pertencimento;
 Nem sempre a vergonha remete à ideia de culpa.
REGULAMENTO RESPONSIVO

“O regulamento responsivo, como insinua o nome, busca trazer respostas às


necessidades daqueles que regulamenta, aumentando ou reduzindo as
intervenções reguladoras, dependendo das preocupações dos agentes
envolvidos e do ponto em que o comportamento prejudicial afetou outros
membros da comunidade”(veja Ayres e Braithwaite, 1992).
REGULAMENTO RESPONSIVO

 As ideias de Braithwaite sobre regulamento responsivo e justiça restaurativa


(2002), concebidos como uma pirâmide reguladora de respostas, oferecem
uma alternativa à tolerância zero e à outras abordagens formais.

A regulação responsiva é baseada na noção de Pirâmide regulatória


que pode ser considerada um modelo de gerenciamento dos conflitos. A
pirâmide prevê uma intervenção escalonada em três níveis. O que não
funciona no primeiro nível, realiza-se no segundo e assim por diante.
REGULAMENTO RESPONSIVO

 A segurança escolar deve ser norteada de forma semelhante ao


regulamento de saúde pública;

 Três níveis diferentes de esforços preventivos que formam uma


quantidade contínua de respostas baseado em princípios comuns.
INTERVENÇÕES
TERCIÁRIAS

INTERVENÇÕES SECUNDÁRIAS OU COM


OBJETIVO

INTERVENÇÕES PRIMÁRIAS
NAS INTERVENÇÕES PRIMÁRIAS OU UNIVERSAIS

 Objetivo de desenvolver um forte clima normativo de respeito, um senso


de pertencer à comunidade escolar;

 Programa criativo de resolução de conflito:


O programa visa desenvolver as habilidades de escutar de forma
ativa, de criar empatia e compreender as perspectivas, a cooperação, a
negociação e a percepção da diversidade.
NAS INTERVENÇÕES SECUNDÁRIAS OU COM
OBJETIVO:

 Quando o comportamento prejudicial cresce em proporção causando danos mais


profundos e/ou afetando um número maior de pessoas na comunidade escolar as
intervenções devem ser elevadas e devem tornar-se mais intensivas.
 Requer uma terceira pessoa

 Mediações de Iguais
“Método estruturado de resolução de conflitos no qual indivíduos treinados (os
mediadores) ajudam as pessoas em litígio (as partes) escutando suas preocupações
e ajudando-as a negociar” (Cohen, 2003: 111)
NAS INTERVENÇÕES TERCIÁRIAS

 Este nível de intervenção busca ser o mais intenso e o mais exigente.


 Reunião de Justiça restaurativa:
O processo reúne as pessoas mais afetadas pelo dano ou mal, para falar a
respeito:
(1) do que aconteceu;
(2) de como o incidente os afetou e
(3) de como consertar o dano feito.
 Conferir poder aos participantes frequentemente significa desenvolver o nível de
responsabilidade do comportamento do “infrator” e do nível de resistência da “vítima”,
embora esta dicotomia seja muito simplista.
O FOCO DAS FOCO DAS INTERVENÇÕES
INTERVENÇÕES INTERVENÇÕES TERCIÁRIAS
PRIMÁRIAS SECUNDÁRIAS ESTÁ EM
ESTÁ EM ESTÁ EM CONSERTAR E
REAFIRMAR RECONECTAR RECONSTRUIR
RELAÇÕES; RELAÇÕES; RELAÇÕES.
 Assim administrar um ambiente seguro requer:

Apoio contínuo que permita às comunidades


escolares aprender e desenvolver estas
habilidades práticas;

Monitoramento contínuo, que traga


respostas à diminuição e ao fluxo a
vida social, comportamento, dentro da
comunidades escolar.
Padrões de
administração da
vergonha
e da condição de
intimidação
Eliza Ahmed
O comporta-
mento de Variáveis da
intimidação das família
crianças
A VERGONHA SE RELACIONA COM:

 Sentimentos de inferioridade;
 Desesperança;
 À perda da autoestima;
 Medo;
 Exclusão social.
“A vergonha é um sentimento que afeta mais
intensamente os sentimentos de humilhação e de
indignação. A vergonha é uma emoção de auto
desaprovação que faz com que as pessoas sintam-
se defeituosas aos olhos dos outros”.
O QUE É A ADMINISTRAÇÃO DA VERGONHA? POR
QUE ELA É IMPORTANTE?

Existe duas maneiras diferentes de controlar a


vergonha:

• Reconhecimento da vergonha
• Deslocamento da vergonha.
CINCO COMPONENTES DO RECONHECIMENTO
DA VERGONHA

 (1) Ter sentimento de vergonha;


 (2) Esconder a si mesmo;
 (3) Ter responsabilidades;
 (4) Sentir a rejeição dos outros;
 (5) Fazer a reparação.
CINCO COMPONENTES DO DESLOCAMENTO
DA VERGONHA

 (1) Culpa exteriorizada;


 (2) Culpa perseverada;
 (3) Sentimento de raiva;
 (4) Raiva por retaliação;
 (5) Raiva deslocada.
OBJETIVO: INVESTIGAR A MANEIRA PELA QUAL OS DIFERENTES
COMPONENTES DA ADMINISTRAÇÃO DA VERGONHA SE RELACIONAM
AOS DIFERENTES PAPÉIS DE INTIMIDADORES NAS CRIANÇAS.

INTIMIDADORES NÃO VÍTIMAS


INTIMIDADORES/
NÃO VÍTIMAS

• - RECONHECIMENTO • + RECONHECIMENTO
DA VERGONHA • + RECONHECIMENTO
DA VERGONHA DA VERGONHA
• + DESLOCAMENTO • - DESLOCAMENTO DA
DA VERGONHA VERGONHA
• Medidas de intimidadores e de vítimas
A classificação de intimidação resultou do auto relatório das seguintes três
perguntas:
1. Com que frequência você fez parte de um grupo que fez intimidação
contra alguém durante o ano passado? [variando de nunca (1) a diversas
vezes por semana;
2. Com que frequência você, sozinho, fez alguma intimidação contra
alguém durante o ano passado? [variando de nunca (1) a diversas vezes
por semana; e
3. Por que você acha que fez uma intimidação contra aquela criança?
[diversas razões que variam do sim (1) ao não.
MOTIVOS DA INTIMIDAÇÃO

a) Eu acho que é divertido cometer intimidação, desta


maneira ele/ela sabe quem é o poderoso para começar,
b) Ele/ela olha ou age diferente,
c) É válido machucar alguém que me incomoda,

OBS: a intimidação deve ter sido feita sem ter sido


provocado, sem finalidade de revidar
PARA AGRUPAR EM INTIMIDADORES

Por que você acha que fez


Com que frequência você fez Com que frequência você, uma intimidação contra
parte de um grupo que fez sozinho, fez alguma aquela criança?
intimidação contra alguém intimidação contra alguém
durante o ano passado? durante o ano passado?

Indicação dos motivos nas categorias:


eu acho que é divertido cometer
intimidação, desta maneira ele/ela sabe
quem é o poderoso, para começar,
OBS: a intimidação ele/ela olha ou age diferente, é válido
deve ter sido feita machucar alguém que me incomoda, e
sem que o agente eu não sei
tenha sido
provocado
anteriormente
PARA CLASSIFICAR COMO VÍTIMAS

Com que frequência você sofreu uma intimidação por


parte de um outro estudante ou grupo de estudantes?

Por que você acha que sofreu uma intimidação?

• Indicar motivos para serem vítimas dentro da categoria: eu fiz algo que
machucou alguém, eu sou menor, mais fraco ou mais novo, eu
suponho que simplesmente mereci, eu olho ou ajo diferente, eu sempre
me saio bem nas aulas, e eu não sei.
Relatórios dos pais

1. Com que frequência seu


2. Com que frequência seu
filho foi acusado de
filho sofreu uma intimidação
intimidação durante o ano
durante o ano passado?
passado?

OBS: a correlação entre as respostas apresentadas pelos


pais e pelos filhos foram baixas, mas como as crianças
frequentemente não relatam os incidentes de intimidação
aos pais, o resultado obtido forneceu sustentação para a
validade da pesquisa.
CATEGORIAS DOS STATUS DE INTIMIDAÇÃO

Membros do grupo “não Membros do grupo “vítima”


intimidador/não vítima” nem tinham sido vítimas sem
cometeram intimidação provocação e nunca haviam
contra outros nem foram cometido uma intimidação
vítimas de intimidação. contra ninguém.

Membros do grupo Membros do grupo de


“intimidador” nunca tinham “intimidador/vítima” tanto
sido vítimas mas tinham cometeram intimidação
cometido intimidação contra contra outros quanto
outros, sozinhos ou em um sofreram uma intimidação
grupo, sem provocação. sem provocação.
OBS: tomando por
base outras
pesquisas que
seguem a mesma
linha, os resultados
da ocorrência
relatados na Tabela 1
estão dentro dos
limites sugeridos.
O STATUS DE INTIMIDAÇÃO ESTÁ RELACIONADO À
ADMINISTRAÇÃO DA VERGONHA?
O STATUS DE INTIMIDAÇÃO ESTÁ RELACIONADO À
ADMINISTRAÇÃO DA VERGONHA?
RESULTADOS

Não intimidador/não vítima


• Crianças social e emocionalmente mais competentes, liberam a vergonha adequadamente

Vítimas
• Sente mais rejeição, confundindo-se sobre quem deve ser responsabilizado. O perfil para as
vítimas sugere uma profunda dor emocional, humilhação e rejeição que a maioria das outras
crianças não experimentaram.
Intimidadores
• Apresentam uma falha na sua vergonha, não tendo oportunidade para descarrega-la, criando
uma necessidade para defender ou humilhar, o que direciona a culpa e a raiva aos outros e à
vingança.
Intimidador/vítima
• Quando vítimas experimentaram o reconhecimento da vergonha, mas quando intimidadores
deslocaram a vergonha apresentando deslocamento da vergonha. Por expor ambos os
problemas, podem ter mais dificuldades em manter relacionamentos sociais positivos.
RESPOSTA DA COMUNIDADE
Ampliação da Resposta da Justiça de
uma Comunidade a Crimes Sexuais
Pela Colaboração da Advocacia, da
Promotoria e da Saúde Pública:
Apresentação do Programa
RESTORE

Mary P. Koss , Karen Bachar ,


C. Quince Hopkins e Carolyn Carlson
RESPOSTA DA COMUNIDADE
Ampliação da Resposta da Justiça de uma
Comunidade a Crimes Sexuais
Pela Colaboração da Advocacia, da Promotoria, e da Saúde Pública:
Apresentação do Programa RESTORE*

A Pesquisa Nacional de Violência Contra a Mulher (1998)


documentou que:
• 18% das mulheres americanas haviam sido estupradas;
• 6 em cada 7 estupros envolviam pessoas que se conheciam;
• Os crimes sem penetração são ainda prevalentes; (quase a metade das mulheres
americanas se deparou com um caso de exibicionismo em suas vidas.)
• 5% de mulheres universitárias (aproximadamente 400.000 mulheres) se
depararam com alguém expondo seus órgãos genitais para elas, 5% receberam
telefonemas obscenos, e outras 2.5% foram observados nuas sem sua permissão;
• O estudo projetou que 20% e 25% das mais de 8 milhões de mulheres estudantes
seria estuprada enquanto frequentasse a universidade.
RESPOSTA DA COMUNIDADE
Ampliação da Resposta da Justiça de uma
Comunidade a Crimes Sexuais
Pela Colaboração da Advocacia, da Promotoria, e da Saúde Pública:
Apresentação do Programa RESTORE*

Problemas Identificados:

1) Pequenos Delitos Sexuais são Indicadores de Práticas


Futuras de Crimes Sexuais
• Esses casos são resolvidos normalmente sem multa, com 1 ano de
condicional sem supervisão e nenhum tratamento designado;
• Os perpetuadores dificilmente serão detidos por leis que injustamente
assumem que eles repetem o mesmo tipo de ofensa;
• O baixo nível da sanção prejudica a dissuasão geral ao comunicar ao público
que estes crimes são menos sérios que um crime de trânsito como “rachas”.
RESPOSTA DA COMUNIDADE
Ampliação da Resposta da Justiça de uma
Comunidade a Crimes Sexuais
Pela Colaboração da Advocacia, da Promotoria, e da Saúde Pública:
Apresentação do Programa RESTORE*

2) Os Perpetradores Não São Responsabilizados

• Existe um processo de triagem que resulta em apenas uma fração pequena


chegando ao tribunal;
• São informados à polícia apenas 16% dos estupros;
• Embora a polícia tenha pré-selecionado suas investigações mais robustas, os
promotores encerram a maioria de casos sem apresentar acusações;
• O desfecho mais comum nos casos em que há a instauração de processo
não é o julgamento, mas a negociação da alegação de inocente ou culpado.
RESPOSTA DA COMUNIDADE
Ampliação da Resposta da Justiça de uma
Comunidade a Crimes Sexuais
Pela Colaboração da Advocacia, da Promotoria, e da Saúde Pública:
Apresentação do Programa RESTORE*

3) A Resposta de Justiça Criminal Frequentemente Desaponta


e Traumatiza as Vítimas

• Até mesmo os crimes sexuais menores são perturbadoras para mulheres;


• As mulheres percebem que estes crimes são trivializados;
• Causam ferimentos externos e das consequências crônicas de longo
prazo para a saúde física e mental;
• Hoje muitas nações usam um sistema de justiça baseado na lei Anglo
Saxã derivada de precedentes ingleses e franceses) para julgar os
crimes contra as mulheres e tratar as necessidades da vítima.
RESPOSTA DA COMUNIDADE
Ampliação da Resposta da Justiça de uma
Comunidade a Crimes Sexuais
Pela Colaboração da Advocacia, da Promotoria, e da Saúde Pública:
Apresentação do Programa RESTORE*

4) No sistema de justiça criminal, as acusações são apresentadas em


nome do Estado
• 2 de cada 3 vítimas de estupro tiveram seus casos recusados pela promotoria;

• 8 de cada 10 recusas foram contra os desejos expressos das vítimas;

• As vítimas têm o direito de serem informadas sobre uma negociação da alegação de inocente ou
culpado, mas tipicamente tem poucos recursos para se opor a eles;

• Os acusados pedem um julgamento por júri;

• Nos julgamentos pelo júri, o veredicto é alcançado por um grupo das pessoas que são destreinadas;

• Os júris respondem muito diferentemente para casos de estupro em que a vítima e os infratores eram
estranhos e quando se conheciam.
RESPOSTA DA COMUNIDADE
Ampliação da Resposta da Justiça de uma
Comunidade a Crimes Sexuais
Pela Colaboração da Advocacia, da Promotoria, e da Saúde Pública:
Apresentação do Programa RESTORE*

Visão Geral da Justiça Restaurativa

• Um programa completamente restaurativo envolve todos os três grupos de


interessados, incluindo as vítimas, os infratores, e suas comunidades de
cuidado como círculos de elaboração de sentença e grupos familiares ou
encontro comunitário;
• Os círculos de elaboração de sentenças envolvem o encontro de um grupo
grande das pessoas, inclusive juízes, promotores, policiais, assistentes
sociais, o infrator, a vítima, e membros da comunidade.
RESPOSTA DA COMUNIDADE
Ampliação da Resposta da Justiça de uma
Comunidade a Crimes Sexuais
Pela Colaboração da Advocacia, da Promotoria, e da Saúde Pública:
Apresentação do Programa RESTORE*

Avaliações do Modelo de encontros restaurativos

Temor as pessoas que comparece ao encontro possam apoiar a pessoa responsável e


reforçar os valores patriarcais tradicionais;
Pessoas que defendam nos encontros a atribuição de culpa à vítima e sejam a favor de
ideias de estupro. Porém, também haverá participantes que irão contradizer estas ideias;
O ganho primário das vítimas com as desculpa é a oportunidade de ter sua
lesão emocional reconhecida e serem aliviados de sua raiva e amargura;
96% das vítimas disseram que os infratores se desculparam durante a encontro, e
88%delas perceberam que ele parecia arrependido;
Necessidade de criação de uma justiça alternativa e Criação do Programa RESTORE.
PROGRAMA RESTORE

É um programa de prevenção a violência para perpetradores


promovido pelos centros para o controle e prevenção de
doenças.
A visão do RESTORE é oferecer a “Justiça que cura”. Visa
facilitar uma resolução centrada na vítima, voltada para a
comunidade de crimes sexuais individuais e criar e executar
um plano para responsabilidade, cura e segurança pública.
O RESTORE permite atenção á cura dos sobreviventes num
programa proposto para reduzir a reincidência.
PROGRAMA RESTORE

 O RESTORE é projetado para equilibrar as necessidades dos sobreviventes,


das pessoas responsáveis, e da comunidade, inclusive da família e dos
amigos.
 Os crimes encaminhados ao RESTORE:
 Estupros que envolve conhecidos.
 Crimes sexuais sem penetração.
 Proibições para aderir ao RESTORE:
 Não ter sido preso por crime dolo nos último 5 anos.
 Não ter praticado violência doméstica.
PROGRAMA RESTORE

 O RESTORE opera por etapas.


 Fase de indicação – os promotores que são os habilitados para
selecionar os casos meritórios selecionados com justiça e tem chance
razoável de condenação.
 O RESTORE só é oferecido ao infrator após a vitima concordar em
participar.
 Fase preparatória – é fundamental para o sucesso de encontros
restaurativos comunitários. É avaliado a segurança, articula os
impactos do delito, e formula reparações apropriadas.
PROGRAMA RESTORE

 Fase do Encontro Restaurativo – É realizado em local seguro, não há


contato não permitido com o sobrevivente.

 Existe o mediador que assegura a fala de ambos, o desrespeito as


normas implica a volta do caso para a promotoria.

 O encontro restaurativo reúne os membros da comunidade, a família


do sobrevivente e a pessoa responsável.

 Fase da responsabilidade e da Reintegração – o RESTORE esta


preocupado em tratar o problema da reincidência a necessidade de
justiça moral e o desligamento da comunidade na solução do crime.
PROGRAMA RESTORE

 Concluindo...
 Os crimes que são tratados pelo RESTORE não são de menor potencial
ofensivo, no entanto implicam responsabilidades mínimas dos causadores do
dano.
 Nesse trabalho é apresentado propostas alternativas de respostas de justiça
criminal aos crimes sexuais e ao estupro.
 Isso porque as sanções aplicadas no sistema de justiça convencional são
insuficientes e inconsistentes distante das causas e não são eficazes como
medidas preventivas.
 Visto que o próprio processo de justiça agrava a angustia da vítima em lugar
de promover a cura.
REFERÊNCIAS

 SLAKMON, Catherine; VITTO, Renato Campos Pinto de; PINTO,


Renato Sócrates Gomes (Org.). Justiça Restaurativa: Coletânia
de Artigos. Brasília: Ministério da Justiça e Programa das Nações
Unidas Para O Desenvolvimento - Pnud, 2005. 479 p.

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