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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO LUSÍADA DE

BENGUELA
Licenciatura em Direito

Trabalho de Direito dos Contratos

Tema: A EMPREITADA

5º Ano de Direito
Autores: Leandro Chimuco Afonso Kandjambeco
Roosevelt Manuel S. Lopes
Ivanilde Henriques Capenda
Introdução
O presente trabalho vai incidir sobre a empreitada que de acordo ao art.º
1207º do C.C é o contrato pelo qual uma das partes se obriga em relação a
outra a realizar certa, obra, mediante um preço.

O empreiteiro tem de executar a obra de acordo com o convencionado, não


podendo introduzir alterações ao plano acordado, mas conserva a sua
independência na execução do trabalho, podendo o dono da obra fiscalizar,
á sua custa, a execução desde que não perturbe o seu andamento ordinário.

A menos que haja convenção ou uso em sentido diverso, os materiais e


utensílios necessários a obra serão fornecido pelo empreiteiro e, se nada
estiver estipulado quanto a sua qualidade, esta não poderá ser inferior á
media. O dono da obra deve verificar antes de aceitar, se ela se encontra
nas condições convencionadas e sem vícios, devendo a verificação ser feita
dentro do prazo usual ou, na falta de uso, dentro do período que se julgue
razoável, depois de o empreiteiro colocar o dono da obra em condições de a
poder fazer, tendo ainda qualquer das partes o direito de exigir que a
verificação seja feita, á sua custa por perito. A não verificação ou a não
denúncia atempada dos efeitos determina a caducidade dos direitos que tem
o dono da obra á sua eliminação ou, caso essa não seja possível, á
exigência de nova construção e ainda, e em qualquer caso, á indeminização
dos prejuízos. Também caducam estes direito, se não forem exercidos
dentro de um ano a contar da recusa da aceitação ou da aceitação com
reserva. O art.º 1225,C.C na redacção do decreto – lei n.º 267/94,de 25 de
Outubro, estabelece um prazo de garantia do empreiteiro, se a empreitada
tiver por objecto a construção, modificação, ou reparação de edifícios ou
outros imóveis destinados por sua natureza a longa duração: esse prazo é de
cinco anos a contar da entrega da obra, ou outro que tenha cindo
convencionado, e durante ele o empreiteiro é responsável para com o dono
da obra, se esta ruir, total ou parcialmente, ou apresentar defeitos, desde
que tais situações se devam de vício do solo ou da construção da
modificação ou reparação efectuadas, ou erro na execução dos trabalhos.
Neste caso, a denúncia tem que ser feita dentro do prazo de um ano e a
indeminização feita no ano seguiste á denuncia.
Elementos da empreitada

O contrato da empreitada é constituído pelos seguintes elementos:

a) Acordo: entre o empreiteiro e o dono da obra, em aquele se obriga a


fazer a obra projectada e fornecer materiais e utensílios necessários; e este,
a pagar o preço. O acordo pode também prever que os materiais e utensílios
sejam também fornecidos pelo dono da obra.

B) Objecto: o objecto consiste na realização de certa obra em coisa imóvel


(construção, reparação ou demolição de um prédio, ponte ou túnel) Ou
(móvel reparação de automóvel, construção ou reparação de
electrodoméstico, mobiliário, vestuário, etc.)

c) Preço: deve consistir em dinheiro; doutro modo poder-se-á estar


eventualmente num contrato misto ou de outra natureza.

Características

A doutrina caracteriza este contrato com as seguintes notas:

1)-nominado e típico: este previsto nos art.º 1207 e SS. Do código civil.

2)-consensual: não é necessário a entrega da coisa para a sua perfeição


embora possa prever-se que o dono da obra entregue determinada coisa ou
coisas ao empreiteiro para a poder executar, não constitui elemento
essencial a formação de contrato.

3)-obrigacional e realmente também real quoad effectum: o contrato de


empreitada cria para o empreiteiro a obrigação de realizar a obra e, para o
dono desta a obrigação de pagar o preço. É, portanto, um contrato
obrigacional que, no entanto também é real quoad effetum quando na
empreitada de coisas móveis feitas com materiais do empreiteiro, a
aceitação da coisa transmite a propriedade ao dono obra.

4)-oneroso: o preço que o dono da obra é obrigado a pagar é o equivalente


ao valor do trabalho e dos materiais fornecidos pelo empreiteiro. Ambas as
prestações equilibram-se.

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