Você está na página 1de 8

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA

SEMINÁRIO DE LINHA DE PESQUISA III LINGUAGES, IDENTIDADE E


ESPACIALIDADES

SEMESTRE: 2019.1

PROF. FRANCISCO SANTIAGO JÚNIOR

PROGRAMA DE CURSO

EMENTA

Os seminários discutirão os resultados parciais das pesquisas em andamento tanto dos professores
quanto dos alunos inscritos nesta linha de pesquisa, contribuindo, assim, para a realização do trabalho
de campo, bem como para a redação da Dissertação de Mestrado, consolidando a formação
metodológica do aluno-pesquisador. Os seminários serão o espaço onde professores e alunos
debaterão seus projetos de pesquisa, bem como aquele em que professores convidados poderão expor
os resultados de pesquisas que tratem de temas de interesse da linha.

PROPOSTA:

Discussão sobre opções metodológicas disponíveis para as problematizações historiográficas dos


espaços segundo os múltiplos objetos. Exposição de resultados parciais de pesquisas de professores
e alunos. Discussão dos projetos de pesquisa da turma de ingressantes.

CRONOGRAMA:

Unidade 1: metodologias históricas e estudos da linguagem e da cultura


I. Encontro de apresentação (21/03):
Apresentação do professor, turma e disciplina.
II. Linguagens, espaços e metodologias (28/03): painel teórico- metodológico da disciplina:

- AGAMBEN, Giorgio. Tempo e história: crítica do instante e do contínuo. In: Infância e história.
Belo Horizonte; EDUFMG, 2008. p. 109-129.

III. Metodologização histórica e historiográfica – origem e base hermenêutica (04/04)

- PROST, Antoine. Os fatos e a crítica histórica. In: Doze Lições sobre a História. São Paulo:
Autêntica, 2008, p. 53-74; PROST, Antoine. As questões do historiador. In: Doze Lições sobre a
História. São Paulo: Autêntica, 2008, p. 75-95. (são dois capítulos)

- RÜSEN, Jörn. Metodologia – as regras do método histórico. In: Teoria da história: uma teoria da
história como ciência. Curitiba: EDUFPR, 2015, p. 167-188.

IV. Metodologização marxista (11/04)

- THOMPSON, Edward. A miséria da teoria ou um planetário de erros. Rio de Janeiro: Jorge


Zahar Editora, 1993. (capítulo VII – A lógica histórica)
- BENJAMIN, Walter. Sobre o conceito de história. In: O anjo da história. São Paulo: Autêntica,
2012.

V. Metodologização e narrativa (25/04)

- WHITE, Hayden. Teoria literária e escrita da história. Estudos históricos, Rio de Janeiro, v. 7, n.
13, 1994, pp. 21-48. Disponível em: http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/reh/issue/view/279.
Último acesso em: março de 2017.

- GINZBURG, Carlo. Sinais: raízes de um paradigma indiciário. In: Mitos, emblemas, sinais:
morfologia e história. São Paulo: Cia das Letras, 2002, p. 143-180. (Responsável: Janaína Sobreira)

VI. Método arqueológico (02/05)

- FOUCAULT, Michel. As regularidades discursivas. In: A arqueologia do saber. 7 ed. São Paulo:
Forense Universitária, 2008, p. 21-86.
- DELEUZE, Gilles. Os estratos ou formações históricas: o visível e o enunciável (saber). In:
Foucault. São Paulo: Editora Brasiliense, 2011, pp. 57-77.

VII. Iconologia e sintomatologia (09/05)

- MENESES, Ulpiano T. Bezerra de. Fontes visuais, cultura visual, história visual: balanço
provisório, propostas cautelares. Revista brasileira de história, São Paulo, v. 23, n. 45, jul. 2003.

- DIDI-HUBERMAN, Georges. A história da arte como disciplina anacrônica. In: Diante do


tempo: história da arte e anacronismo das imagens. São Paulo, 2013. p. 15-70.
__________

Unidade 2: unidades conceituais de métodos de pesquisas com espaços

VIII. Linguagens – sobre discursos e representações (16/05)

- CHARTIER, Roger. O mundo como representação. Estudos avançados, São Paulo, v. 5, n. 11,
jan/abr 1991. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
40141991000100010. Acesso em fevereiro 2019.

- STAM, Robert; SHOHAT, Ella. Tropos do império. In: Crítica da imagem eurocêntrica. São
Paulo: Cosac & Naify, 2004.

IX. Identidades e espaços – sobre usos e abusos (23/05)

- BARTH, Friedric. Grupos étnicos e suas fronteiras. In: O guru, o iniciador e outras variações
antropológicas. Rio de janeiro: Contracapa, 2000.

- MITCHELL, W. T. J. Spatial form in literature: toward a general theory. In: The language of
images. Chicago: University of Chicago Press, 1980, p. 271-300

X. Espaços e espacializações (30/05)

- Apresentação de professores do PPGH sobre suas propostas de pesquisa.

OBS: Primeira apresentação dos projetos pré-reformulados: 2 horas de aula para os oito projetos.

XI. Seminários metodológicos (06/06)

- Textos: indicações metodológicas dos mestrandos

XII. Seminários metodológicos (13/06)

- Textos: indicações metodológicas dos mestrandos

XIII. Seminários metodológicos (27/06)

- Textos: indicações metodológicas dos mestrandos

__________
Unidade 3: propostas de pesquisas da turma

XIV. Pesquisas dos mestrandos (04/07)

Apresentação e recebimento de propostas de pesquisas dos mestrandos.

- O intelectual e a cidade imaginada. Manoel Dantas e as representações de uma Natal do porvir


(1907-1923) - Gabriel Barreto da Silveira Oliveira.

- A cidade jurídica da república da bruzundanga: solidariedade, burocracia e espaço em Lima


Barreto (1881-1922) - Thiago Venícius de Sousa Costa.

- By-Brasil: a Ilha do Abençoado. Uma análise hermenêutica da espacialidade da Querela


Historiográfica entre Cortesão e Holanda (1940-1954) - Douglas André Gonçalves Cavalheiro.

- Cantos e recantos de saudade da terra natal: a construção do nordeste na obra de Luiz Gonzaga
(1941-1968) - Paulo Higor Duarte de Souza.

XV. Pesquisas dos mestrandos (11/07)

Apresentação e recebimento de propostas de pesquisas dos mestrandos.

- ‘Experiências de inverno’: a tradição do ‘roubo’ de São José e a sacralização de espaços católicos


em comunidades rurais de Pombal-PB (1960-1980) - Emerson José Ferreira de Sousa.

- Os piagas e a vila Pagã em José de Freitas-PI: religiosidade e espaço sagrado entre 2012-2018 -
Antônio Emanuel Batista de Sousa.

- Espacialidades de repressão: o uso da matermidade e de feminino enquanto instrumentos de tortura


no DOPS-SP, OBAN e Presídio Tiradentes (1969-1974) - Selly Laryssa da Fonsêca Lins.

- ‘Revolvendo as cinzas do passado’: a construção do espaço sagrado nos santuários aos


‘Protomártires do Brasil’(1988-2017) – Miquéias de Medeiros Bezerra.

HORÁRIOS DE ATENDIMENTO

Terça-feira, entre 14h30 e 17h.

METODOLOGIAS
1. Aulas dialogadas: apresentação e discussão dos tópicos do programa de curso; discussão de
textos considerados pertinentes para compreensão dos tópicos levantados;
2. Recursos audiovisuais, estudos de meio, seminários, painéis;
3. Concebemos a sala de aula como um espaço de construção do conhecimento numa troca entre
docente, monitores e discentes. A disciplina privilegiará o desenvolvimento de trabalhos
coletivos na formação do saber.

AVALIAÇÃO

Serão colocadas as seguintes avaliações:

• Avaliação continuada, seminários e trabalhos escritos.


• O trabalho final escrito consistirá na re-elaboração do projeto de pesquisa e desenvolvimento
na metodologia.

Nas avaliações acima pontuadas serão observados:

• Domínio de conteúdo: a capacidade de articulação e uso com propriedade do saber sobre o


patrimônio em aula;
• Capacidade de análise: desenvoltura na argumentação acerca do conteúdo;
• Organização: coerência e apresentação lógica das idéias nas apreciações orais, trabalhos
escritos, participação nos estudos de meios, etc;
• Nos trabalhos científicos requisitados serão exigidas as formas cabíveis (emprego técnico da
bibliografia, citações e estrutura do trabalho);
• Postura acadêmica: compromisso com o diálogo na base do respeito aos colegas de classe e
professor, à educação, às normas institucionais e científicas e à desenvoltura satisfatória das
atividades acadêmicas;
• Pontualidade: cumprimento dos prazos acordados para entrega dos trabalhos e assiduidade
nas aulas, atividades e eventos de interesse para o curso.

BIBLIOGRAFIA

AGAMBEN, Giorgio. Infância e história. Belo Horizonte; EDUFMG, 2008.

ALBUQUERQUE JR, Durval Muniz de. Um leque que respira: a questão do objeto em história. In:
História, a arte de inventar o passado. Ensaios de teoria da história. Bauru, SP: EDUSC, 2007. P.
149-164.

AROSTEGUI, Julio. A Pesquisa Histórica: teoria e método. Bauru, SP: EDUSC, 2006.
ASSMAN, Aleida. Espaços da Recordação: formas e transformações da memória cultural.
Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2011.

BARTH, Fredrik. O Guru, o Iniciador e outras variações antropológicas. Rio de Janeiro: Contra
Capa Livraria, 2000.

BAXANDALL, Michael. Padrões de Intenção: a explicação histórica dos quadros. São Paulo: Cia
das Letras, 2006.

BENJAMIN, Walter. Sobre o conceito de história. In: O anjo da história. São Paulo: Autêntica,
2012.

BLOCH, Marc. Apologia da história. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora.


BURKE, Peter (org.). A Escrita da História: novas perspectivas. São Paulo: Editora da UNESP,
1992.

BURUCUA, José Emilio. História, Arte, Cultura: de AbyWarburg a Carlo Ginzburg. Buenos
Aires: Fondo de Cultura Económica, 2007.

CARDOSO, Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo (orgs.). Domínios da História: teoria e


metodologia. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

CERTEAU, Michel de. A Escrita da História. 2 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2002.

CHARTIER, Roger. O mundo como representação. Estudos avançados, São Paulo, v. 5, n. 11,
jan/abr 1991. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
40141991000100010. Acesso em fevereiro 2019.

DELEUZE, Gilles. Os estratos ou formações históricas: o visível e o enunciável (saber). In:


Foucault. São Paulo: Editora Brasiliense, 2011, pp. 57-77.

DELGADO, Lucília de A. Neves; VISCARDI, Claúdia M. R. (orgs.). História Oral: teoria,


educação e sociedade. Juiz de Fora, MG: Editora UFJF, 2006.

DIDI-HUBERMAN, Georges. Diante do tempo: história da arte e anacronismo das imagens. São
Paulo, 2013.

DIEHL, Astor Antônio. Do método histórico. 2 ed. Passo Fundo: UPF, 2001.

FERES JR., João. A História do Conceito de “Latin American” nos Estados Unidos. Bauru, SP:
EDUSC, 2005.

FERES JR., João; JASMIN, Marcelo Gantus (orgs.). A História dos Conceitos: debates e
perspectivas. Rio de Janeiro: Editora PUC-Rio; Rio de Janeiro: Edições Loyola, 2006.

FOUCAULT, Michel. As regularidades discursivas. In: A arqueologia do saber. 7 ed. São Paulo:
Forense Universitária, 2008, p. 21-86.

GILROY, Paul. Atlântico Negro: modernidade e dupla consciência. São Paulo: editora 34, 2001.
GINZBURG, Carlo. Mitos, emblemas e sinais: morfologia e história. São Paulo: Cia das Letras,
2002.

______. Olhos de Madeira: nove reflexões sobre a distância. São Paulo: Cia das Letras, 2001.

HUNT, Lynn (org.). A Nova História Cultural. 3 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

KOSELLECK, Reinhardt. Estratos do tempo: estudos sobre história. Rio de Janeiro: contraponto,
2014, p. 73-90.

MENESES, Ulpiano T. Bezerra de. Fontes visuais, cultura visual, história visual: balanço
provisório, propostas cautelares. Revista brasileira de história, São Paulo, v. 23, n. 45, jul. 2003.
Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
01882003000100002&lng=pt&nrm=iso>. Acessos em 24 fev. 2011.

MITCHELL, W. J. T. Teoría de la Imagen: ensaios sobre representación verbal y visual. Madrid:


EdicioneAkal, 2009.

MITCHELL, W. T. J (org.). The language of images. Chicago: University of Chicago Press, 1980.

MORAES, José Geraldo Vinci de; REGO, José Marcio (orgs.). Conversas com Historiadores
Brasileiros. 2 ed. São Paulo: Editora 34, 2007.

PROST, Antoine. Doze Lições sobre a História. São Paulo: Autêntica, 2008.

RICOEUR, Paul. A Memória, a História, o Esquecimento. Campinas, SP: Editora da UNICAMP,


2007.

REVEL, Jacques. História e historiografia: exercícios críticos. Curitiba, PR: Editora da UFPR,
2010.

RUSEN, Jorn. Teoria da história: uma teoria da história como ciência. Curitiba: EDUFPR, 2015,
p. 167-188.

STAM, Robert; SHOHAT, Ella. Crítica da imagem eurocêntrica. São Paulo: Cosac & Naify,
2004.

THOMPSON, Edward. A miséria da teoria ou um planetário de erros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar
Editora, 1993.

______. As Peculiaridades dos Ingleses e outros artigos. Campinas, SP: Editora da UNICAMP,
2001.

______. Costumes em Comuns: ensaios sobre a cultura popular tradicional. 2 ed. São Paulo: Cia
das Letras, 1998.

VOVELLE, Michel. Ideologias e Mentalidades. São Paulo: Brasiliense, 1991.

WARBURG, Aby. Atlas Mnemosyne. Madrid: EdicionesAkal, 2010.


WHITE, Hayden. Teoria literária e escrita da história. Estudos históricos, Rio de Janeiro, v. 7, n.
13, 1994, pp. 21-48. Disponível em: http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/reh/issue/view/279.
Último acesso em: março de 2017.

Você também pode gostar