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SUMÁRIO

1. PREFÁCIO

2. O COACH JESUS CRISTO

3. A MISSÃO DE VIDA DE JESUS CRISTO


O último dia na carpintaria
O batismo de Jesus
A tentação do Coach Jesus
Após a terceira tentação
Os primeiros Coachees de Jesus
Jesus completa sua equipe de Coaches
O convite para uma festa de casamento
O Sermão da Montanha
Os Sinais do Rei

4. O TREINAMENTO DOS COACHEES


O Sermão da Montanha
Os Sinais do Rei
As Parábolas de Coaching
As Experiências de Coaching entre o Povo

5. COACHING NA PRÁTICA
A Entrada Triunfal em Jerusalém
A Segunda Purificação do Templo
A Obediência e a Fidelidade
Três Perguntas Capciosas
A Seleção para o Reino
Sepultado
A Sua Ressurreição
A Grande Comissão do Rei
6. MISSÃO CUMPRIDA
A Conspiração, a Unção e a Traição
A Páscoa e a Ceia do Senhor
A Agonia do Coach
O Aprisionamento do mestre
O Julgamento pelo Sinédrio
Judas, Herodes e Pilatos
Sentenciado à Cruz
No Caminho da Cruz
A Sua Morte

7. O LEGADO DO COACH JESUS CRISTO


A Sua Ressurreição
A Grande Comissão do Rei
Uma Semana Mais Tarde
Jesus aparece pela 3° vez a seus Coaches
“Siga-me”!
1. PREFÁCIO

Por que você precisa do exemplo de Jesus


como um Coach para sua vida?

Como um Coach e analista comportamental,


estou convencido de que os seres humanos
estão adoecendo coletivamente.

Não precisa ser um analista comportamental


para perceber que a tristeza e a angústia estão
aumentando assustadoramente na vida das
pessoas. Apesar de a indústria do lazer e a
tecnologia ter se expandido, nossa geração
vive triste e insegura. Buscam o prazer para
esconder o vazio que existe em suas vidas.

A solidão está se espalhando e nos


contaminando. As pessoas estão sós nos
elevadores, no ambiente de trabalho, nas ruas,
nas praças esportivas e até nas igrejas. Estão
sós no meio da multidão. O diálogo está
morrendo e a família moderna está se tornando
um grupo de estranhos, onde todos ficam
ilhados em seu próprio mundo, vivendo a
amizade superficial das mídias sociais.

A violência chegou a patamares insuportáveis,


perdemos o sentido da espécie. Os seres
humanos se dividiram, se discriminaram e se
excluíram.

A qualidade de vida está se deteriorando.


Apesar dos avanços da medicina, da psicologia
e da psiquiatria, o normal agora é ser ansioso e
estressado e o anormal é ser tranquilo e
relaxado. As ciências da psique têm enfocado o
tratamento, e não a prevenção.

As pessoas vivem perdidas, não sabem o que


estão fazendo neste mundo, perderam o
sentido da vida ou talvez nunca o tenham
encontrado. Como um time de futebol que não
consegue mais chegar ao título, tocam suas
vidas como se apenas estivessem cumprindo
tabela e esperando o fim do campeonato. Por
não saberem o que estão fazendo aqui, vivem
o roteiro dos outros. A grama do vizinho
sempre será a mais verde.

Esses pensamentos não são pessimistas, mas


realistas. A crise do ser humano vivenciada nos
atendimentos de Coaching fez-me aprofundar
nos exemplos de Cristo e constatar que Ele sim
foi o maior e melhor Coach que já existiu. Seus
ensinamentos auxiliaram-me muito no processo
de Coaching que apliquei em minha vida e na
vida daqueles que precisavam conhecer o
prazer de viver, superar suas deficiências,
descobrir sua missão, desenvolver o diálogo
interpessoal, prevenir a depressão, os
transtornos ansiosos e o estresse. Seus
ensinamentos me ajudaram a sair do ponto “A”
para o “B” em todos os meus sonhos.

Quanto mais estudo a vida de Jesus, mais


impressionado fico com Seus ensinamentos.
Só depois de tê-Lo observado pela ótica do
Coaching, consegui abrir uma cortina que há
anos estava fechada diante de meus olhos
como cristão. Descobri que não existe melhor
modelo para orientar pessoas na direção de
seus objetivos do que o exemplo de Jesus
Cristo. Estas minhas descobertas compartilho
com você neste e-book, no blog de mesmo
nome e no e-book “Líder Coaching Cristão” que
futuramente pretendo lançar.
Aconselho você a não apenas ler este material,
mas a estudá-lo, desfrutá-lo, incorporá-lo em
sua vida. Vamos então aprender juntos com o
Coach Jesus Cristo? Aproveite e boa leitura!
2. O COACH JESUS CRISTO!

Ele viveu na plenitude todos os princípios da


saúde intelectual, emocional, espiritual e social
num ambiente em que tinha todos os motivos
para ser uma pessoa fracassada.

Ele é o personagem mais famoso da história da


humanidade, mas, provavelmente, o menos
conhecido como um Coach.

Veja a vida e a influência de Jesus Cristo


através da história e você verá que ele e a sua
mensagem sempre tem produzido grandes
mudanças nas vidas de homens e nações. Por
toda parte onde os Seus ensinamentos e
influência tem chegado, a santidade do
casamento, os direitos e a opinião das
mulheres na sociedade foram reconhecidos;
escolas e universidades de ensino superior
foram estabelecidas; leis para proteger
crianças foram feitas; a escravidão foi abolida;
e uma multidão de outras mudanças foram
feitas para o bem da humanidade. Indivíduos
também são transformados drasticamente.

"Aquele que introduz nos negócios públicos o


princípio do cristianismo primitivo mudará a
face do mundo." Benjamin Franklin, século
XVIII, norte-americano inventor e político.

Por exemplo, Lew Wallace, um famoso general


e gênio literário, era um ateu conhecido. Por
dois anos o Sr. Wallace estudou nas principais
bibliotecas da Europa e América procurando
informações que destruíssem para sempre o
cristianismo. Enquanto redigia o segundo
capítulo de um livro que ele planejava escrever,
ele subitamente encontrou-se de joelhos
chorando e clamando por Jesus, dizendo: "Meu
Senhor e Meu Deus."

Por causa das evidências sólidas e irrefutáveis,


ele não podia mais continuar a negar que
Jesus Cristo era o Filho de Deus. Mais tarde,
Lew Wallace escreveu "Ben Hur", considerado
um dos melhores romances ingleses de todos
os tempos.

Do mesmo modo, o falecido C.S. Lewis,


professor na Universidade de Oxford na
Inglaterra, era um agnóstico que negou a
divindade de Cristo por anos. Mas ele também,
dentro de uma honestidade intelectual
submeteu-se a Jesus como seu Deus e
Salvador depois de estudar as evidências
esmagadoras da sua divindade.
Quem é Jesus Cristo para você?
A sua vida nesta terra e por toda eternidade é
determinada por sua resposta a esta pergunta.

A maior parte das religiões foram fundadas por


homens e estão baseadas em filosofias, regras
e normas de condutas feitas por homens. Tirem
os fundadores destas religiões de suas
disciplinas e práticas de adoração e pouco será
mudado. Mas tire Jesus Cristo do cristianismo
e não teremos nada. O cristianismo bíblico não
é apenas uma filosofia de vida, nem um padrão
ético ou obediência a um ritual religioso. O
verdadeiro cristianismo está baseado numa
relação vital e pessoal com um Salvador
ressuscitado e vivo.

"Se alguma vez o Divino apareceu na terra, foi


na pessoa de Cristo." Johan Wolfang von
Goethe, escrito pelo dramaturgo alemão nos
últimos anos de sua vida.

"Honestamente não sei o que será da


civilização e da sua história se a influência
acumulada de Cristo, tanto direta como
indireta, for erradicada da literatura, da arte,
das transações comerciais e dos padrões
morais e criativos nas diferentes atividades da
mente e do espírito." Dr. Charles Malik
(Libanês), ex-presidente da Assembleia Geral
das Nações Unidas.
O papel de um Coach
Se você ainda não conhece o papel de um
Coach, saiba que é um treinador que
assessora o cliente (coachee), levando-o a
refletir, chegar a conclusões, definir ações e,
principalmente, a agir em direção a seus
objetivos, metas e anseios. A essência do
Coaching está em fornecer suporte para uma
pessoa mudar da maneira que pretende, assim
como auxiliar a seguir a direção desejada.

Um profissional de Coaching deve ter


conhecimentos em comportamento humano,
mudança, negócios e, principalmente, em seu
nicho de atuação. Em reuniões que são
realizadas em sessões semanais, quinzenais
ou mensais, o Coach aplica técnicas, utilizando
ferramentas e um questionamento eficaz, a fim
de mobilizar seu cliente (Coachee) a entrar em
ação para atingir suas metas e acelerar os
resultados em sua vida.

O Coach está focado em liberar o potencial e


maximizar a performance dos indivíduos na
vida pessoal e profissional.

Jesus como Coach


Ninguém foi alvo de tantos livros,
documentários e filmes quanto Jesus, mas o
estudo de Sua vida como um Coach ainda é
intocável.
Pouquíssimo se conheceu sobre como Ele
governava Sua vida, liderava Seus
pensamentos, escrevia Seu roteiro de vida,
formava líderes e brilhava em situações em
que só era possível ser escravo da incerteza e
da ansiedade.

Estudaremos o homem que viveu as funções


mais importantes da inteligência, que sabia
pensar antes de reagir; expor e não impor suas
ideias; que fez da arte de amar uma fonte de
saúde intelectual; que apostou cada minuto da
sua vida no ser humano e que em apenas três
anos escreveu um roteiro único, sendo fiel ao
Seu propósito de vida sem desviar um
centímetro, apesar das pressões e situações
adversas de Sua breve existência.

Vamos aprender como viver os princípios da


qualidade de vida que Jesus transmitiu a seus
discípulos, que eram bárbaros, apreensivos,
impacientes, e se tornaram a classe mais
excelente de Coaches que podemos conhecer.

Numa época em que cada vez mais somos


apenas um número na sociedade, estudar a
personalidade de Jesus Cristo como um Coach
pode transformar nossas vidas.

O Mestre dos mestres não foi apenas o maior


Coach que já existiu, mas também o maior
pedagogo, psicoterapeuta, socioterapeuta,
empreendedor, professor, pastor, líder e
motivador de pessoas da História.
3. A MISSÃO DE VIDA DE JESUS CRISTO

O último dia na carpintaria

Gosto muito do relato de Max Lucado em seu


ótimo livro “Seu nome é Jesus”, quando ele
imagina como seria o último dia de Jesus na
carpintaria de Seu pai.

Max Lucado com maestria descreve Jesus


entrando pela última vez na carpintaria, abrindo
as venezianas de madeira para que um raio de
sol penetrasse na escuridão do chão
empoeirado.

Jesus observa a sala e permanece por um


instante no refúgio daquela pequena oficina
que abrigava tantas lembranças agradáveis.
Pega o martelo, o mesmo instrumento que
dentro de alguns anos daria fim a Sua vida.
Passa os dedos pela lâmina afiada da serra,
bate em uma madeira já bastante desgastada
do cavalete. Estava ali para dizer adeus.
Chegara o momento de partir. Havia em Seu
coração um chamado maior. Tinha apenas três
anos e meio pela frente para cumprir Sua
missão de vida, sem poder protelar... Estava ali
para sentir pela última vez o cheiro da
serragem e da madeira.

A vida ali era calma, tão segura, onde passara


incontáveis horas de alegria com Seu pai, Sua
mãe e Seus irmãos. Naquele mesmo chão
empoeirado Ele brincou e engatinhou enquanto
Seu pai trabalhava. Foi ali que José o ensinou
a pregar, uma tarefa que sempre O remetia a
um futuro breve. Sua missão terminaria nas
batidas dos instrumentos que O
acompanharam durante trinta anos de Sua
vida. Mas isso nunca O abateu. Nunca O
desanimou. Porém, era chegada a hora, tinha
um planejamento a ser cumprido, entretanto
Seu coração estava partido. Segura nas mãos
alguns pregos e imagina como seria a dor que
sentiria...

A partida deve ter sido difícil, afinal de contas a


segurança de estar com a família, trabalhar
com o pai e viver em Nazaré não se comparava
aos desafios que teria que enfrentar com a
missão de morrer por pessoas que O
rejeitariam.

Todavia Jesus conhecia Sua missão, e quando


estamos convictos do que temos que fazer com
nossas vidas, fica mais fácil escrevermos
nosso roteiro. Jesus estava escrevendo Seu
roteiro, que O levaria a cumprir as profecias.
Como um bom Coach, tinha também uma visão
de vida bem realista. Durante toda a Sua vida
até então, tinha construído esta visão, e o fato
de trabalhar com os instrumentos que um dia
seriam usados para o Seu sacrifício o ajudaram
a se acostumar e aceitar as dificuldades
futuras.

Devemos aprender com o Mestre: Jesus saiu


de Nazaré para cumprir Sua missão porque
tinha convicção de Seu chamado, pois
conhecia muito bem a Si e ao Pai.

Agora pensemos: somos filhos de Deus, e o


Senhor não nos deixou às cegas neste mundo.
Temos a Bíblia, e Ele mesmo veio a este
mundo para dar-nos muitos exemplos e
ensinamentos, como um padrão a ser copiado.
Precisamos somente nos conhecer bem para
descobrirmos por que Deus nos fez de tal jeito,
tão diferentes uns dos outros, com sonhos,
temperamentos, caráter, desejos e paixões tão
diversos: cada um tem uma missão.

Porém, nos conhecermos não é suficiente, e


embora Coaches não cristãos achem que seja
suficiente apenas o conhecimento interno,
como cristãos, temos também que conhecer
bem a Deus, pois é nEle que descobriremos o
porquê e para quê estamos aqui. Quando isso
acontecer, teremos a coragem que Jesus teve.
Se Ele não soubesse Sua missão de vida,
talvez tivesse sido um homem frustrado em
Nazaré da Galiléia.

E você, aonde quer chegar com sua vida?


Como gostaria de ser lembrado? Você é
verdadeiramente feliz? Se tudo terminasse
hoje, sua vida teria se tornado do jeito que você
queria? Você arrastar-se-ia para um trabalho
que não suporta? O que realmente quer fazer
com o resto de sua vida? Você sente que está
vivendo no propósito para o qual veio a existir
ou tem desperdiçado seu precioso tempo neste
planeta? Se você morresse hoje, poderia
descrever qual foi seu propósito em vir a esta
terra? Acha realmente relevante pensarmos em
qual será nossa missão e alinharmos nossa
vida pessoal e profissional com ela? Isso faz
diferença na carreira? Conheça a si mesmo e a
Deus que lhe criou, e comece a escrever um
roteiro que o leve a cumprir a missão que Ele
lhe comissionou.

EXERCÍCIOS:

 Procure na Internet alguns testes


comportamentais, que lhe auxiliarão a
conhecer melhor a pessoa que Deus criou para
um determinado propósito.

 Faça também um teste de dons espirituais


(você também encontrará na Internet de
maneira variada e simplificada).
 Leia o livro “Vida com Propósitos” de Rick
Warren.

No e-book “Líder Coaching Cristão”, trato do


assunto “Missão de Vida” com mais
profundidade, pois ninguém que não tem
definido sua missão de vida poderá estar apto
a liderar pessoas.
O batismo de Jesus

Como vimos anteriormente, Jesus trabalhava


com Seu pai José, que era carpinteiro em
Nazaré da Galiléia. Segundo interpretação da
Bíblia, José já havia falecido nessa época,
deixando Jesus em seu lugar a cuidar de Sua
mãe Maria e Seus irmãos Tiago, José, Judas e
Simão, além de Suas irmãs (Mateus 13:55,
Marcos 6:3).

Aos trinta anos de idade, quando todo o povo


estava sendo batizado, Jesus subiu da Galiléia
para ser também batizado por João,
percorrendo para isso uma distância de quase
100 quilômetros. Foi um passo marcante em
Sua vida, pois Ele deixou o Seu trabalho
secular e pouco depois começou Seu ministério
de três anos junto ao povo de Israel.

O batismo de João era um símbolo de


arrependimento pelos pecados e dedicação do
povo a Deus. Era um testemunho público
mediante o qual os cristãos declaravam sua
conversão, saindo de seu comportamento
pecaminoso para praticar a justiça de Deus.
João estava batizando muitas pessoas quando
Jesus apareceu, e assim que percebeu Sua
presença, parou o batismo e chamou a atenção
do povo:

“- Atenção, povo de Israel: está entre nós o


Cordeiro de Deus, que tira o pecado do
mundo.” (João 1:29)

Jesus Se aproximou de João e disse:


“ - João... Preciso ser batizado por você...

João se admirou muito, pois o conhecia muito


bem, era seu primo e sabia que Jesus não
tinha pecado para que se arrependesse e,
portanto, não haveria a necessidade de ser
batizado:

“ - De maneira alguma, Jesus, eu é que preciso


ser batizado por Você, e Você está querendo
que eu O batize?”

João não estava compreendendo que o


batismo de Jesus tinha um significado muito
mais profundo do que o batismo do povo. Não
era a ocasião propícia para lhe dar uma
explicação completa, então o Senhor lhe disse
simplesmente:

“- Escute João, tenho pressa, deixe esta


discussão para outra ocasião, pois é dessa
maneira que faremos, porque isso é tudo o
que Deus quer que façamos, ok?”
Vemos aqui uma característica importante do
caráter de Jesus como Coach, para
espelharmos em nossas vidas: a Humildade.
Jesus, Rei dos Reis, nasceu em uma
estrebaria. O Senhor dos Senhores foi envolto
em faixas e deitado em um cocho. Sua infância
foi vivida na pobreza e humilhação, com fugas
e expulsões para países estranhos. Do início
de Seu ministério público até o final, não
conheceu outra coisa que não desonras,
humilhação e dor, e agora participa de um ritual
preparado exclusivamente para pecadores. No
entanto, nenhum desses acontecimentos
perturbou Sua mente, pois ser uma pessoa
humilde fazia parte do legado que Ele deixaria
para todas as pessoas que O seguissem.

E é esse o tipo de legado que devemos deixar


para nossos filhos, colegas de trabalho,
funcionários e para a Sociedade.
Thomas Brooks afirmou certa vez: “Os homens
mais santos são sempre os mais humildes”.

Gosto muito do testemunho de Samuel Morse,


inventor do telégrafo elétrico (importante meio
de comunicação à distância), dispositivo que
utiliza correntes elétricas para controlar
eletroímãs que funcionam para emissão ou
recepção de sinais. Ele foi um cristão convicto.
Escrevendo a seu irmão, assim se expressou:
“A significação da minha invenção considero-a
como resposta às minhas orações. A Deus, de
fato, pertence toda a glória. Tenho provas
bastantes de que, sem Cristo, eu nada poderia
ter inventado. Toda a minha força está nele, e
eu ardentemente desejo dirigir-lhe todos os
louvores”. Com base nas palavras de Morse, é
claro que um cientista, por maior que seja a
sua projeção, pode ser um humilde servo do
Deus Altíssimo.

Jesus também foi batizado para servir de


exemplo a todos que O seguissem. Ser um
exemplo era outro legado que Ele já no início
de Sua carreira ressalta neste episódio de Sua
vida.

O “batismo” de Jesus era somente parte deste


processo. Quem procurava João Batista para
ser batizado eram os pecadores. No entanto,
Jesus, mesmo sendo puro, igualou-se a eles
em atitude extrema ao fazê-lo. Foi batizado
para dar-nos o exemplo, da mesma forma que
o Senhor descansou ao sétimo dia após a
Criação. Pense comigo, Deus Se cansou? Não.
Deus descansou para deixar o exemplo para
nós.

O teólogo alemão Albert Schweitzer disse certa


vez que “dar o exemplo não é a melhor
maneira de influenciar os outros. É a única”.

Jesus tinha pecado para Se arrepender e ser


batizado? Não. Lembremos que Ele é o modelo
de homem perfeito de Deus para nós.
Devemos ser Seus imitadores (Ef 5:1), logo,
precisamos ser batizados também.
Há alguns anos, o governo comunista da China
mandou um escritor escrever uma biografia do
missionário Hudson Taylor, com o objetivo de
torcer os fatos e provocar descrédito no seu
trabalho. Enquanto o autor fazia a sua
pesquisa, ficou bastante impressionado com o
caráter santo e a vida dedicada de Taylor,
concluindo que sua tarefa seria
demasiadamente difícil de executar. Mesmo
sabendo que estaria arriscando sua vida,
colocou de lado a caneta, abandonou o
ateísmo e recebeu o Senhor Jesus como seu
Salvador pessoal.

Nosso exemplo, queiramos ou não, influencia a


muitos que estão ao nosso redor. Nosso
testemunho poderá conduzi-los à Eternidade
com ou sem Deus. Somos luz para o mundo e
essa luz não pode, de maneira alguma,
permanecer apagada. Nossa vida é uma
pregação constante e nossos amigos a ouvirão
sempre que se encontrarem conosco. Quando
Cristo é o principal tema de nosso viver diário,
as trevas se dissipam, os escarnecedores se
colocam à margem, os indiferentes são
motivados, o sol das bênçãos de Deus brilha
com mais intensidade.

Voltando ao relato, João se satisfez com a


resposta de Jesus e, obediente ao Messias,
batizou-O nas águas do Rio Jordão, e pela
primeira vez na História, os céus se abriram. O
Espírito Santo desceu; a voz do Pai declarou:
“Este é o meu Filho amado, em Quem me
comprazo”. O Pai publicamente registrava o
prazer que tinha na pessoa de Seu Filho, em
especial com a grande obra de redenção que
Este decidiu realizar.

Vejam a sequência dos eventos pré-ministeriais


de Jesus:

Ele se batiza, recebe a Unção (ou batismo no


Espírito Santo) e a testificação (ou
confirmação) do Pai, o que tipifica o chamado;
depois, é levado pelo Espírito Santo ao deserto
para ser tentado (enfrenta a batalha espiritual
com jejum e oração), e aí sim Ele está mais
capacitado para cumprir Seu ministério terreno.
Ele fez tudo isso para que nós O imitássemos.

Deus não pula etapas, por isso Jesus precisou


cumprir passo a passo Seu ministério, o que
configura um princípio importante no processo
de Coaching. E isso vale para a história de
qualquer pessoa que deseja atingir um
propósito em sua vida. Deus não tropeça nos
caminhos.

EXERCÍCIOS:

 Analise se ultimamente você tem deixado


de fazer alguma tarefa que tenha uma ligação
com sua missão de vida por simplesmente
achar que isso lhe diminui.
 Você tem sido um bom exemplo a ser
seguido? Seus filhos, amigos, funcionários,
parentes, veem em você uma pessoa a ser
imitada?

 Se você tem algum objetivo a ser atingido,


divida-o em pequenos alvos mensuráveis e
distribua-os em sua agenda, cumprindo-os um
por um, sem pular. Quando menos esperar,
você terá atingido seu objetivo. Seja
disciplinado, aprenda com o Coach Jesus
Cristo.
A tentação do Coach Jesus

Na luta do cristão contra satanás, o principal


campo de batalha é a tentação. Jesus tornou-
Se um homem, foi tentado como somos, obteve
a vitória, e como um perfeito Coach nos dá
ferramentas e mostra como podemos triunfar
sobre o inimigo (note Hebreus 2:17-18; 4:15). É
essencial, portanto, que analisemos
cuidadosamente de que forma Jesus venceu.

Após Seu batismo, com a pele ainda molhada,


Jesus foi "levado pelo Espírito ao deserto, na
mesma área em que João Batista vivia e
pregava. Lá foi deixado por Deus durante
quarenta dias e tentado pelo diabo" (Lucas 4:1-
2).

Veja que logo após ter sido oficialmente


apresentado como o Cordeiro de Deus e
passado pelo batismo, assinalando assim o
início de sua missão, nosso Mestre Coach teve
de passar por um deserto. Esta é a experiência
que muitos novos obreiros, pastores,
empreendedores, líderes e qualquer outra
pessoa que caminha na direção de um sonho
poderão passar. Notamos que todos nós temos
que passar pelo deserto, alguns passam mais
de uma vez, o deserto é a escola de Deus.

Deserto é um local onde a chuva é um evento


raro. Por conta disso, as baixas umidades
associadas ao calor extremo fazem com que a
vida humana, bem como a da maioria dos
animais se torne árida e difícil. Algumas vezes
passamos por situações em nossas vidas que
se assemelham ao deserto. A aridez começa a
tomar conta de tudo ao nosso redor, causando
um sofrimento que parece ser interminável,
pois não conseguimos ver, diante de nós, nem
sinal da chuva de Deus.

Todos nós passamos por vários desertos ao


longo de nossas vidas. Na infância, na
adolescência, na juventude etc. A passagem
pelo deserto é algo recorrente e, quase
sempre, inesperada. Isso faz com que nos
perguntemos o porquê de passarmos pelo
tantas dificuldades.

Jesus no deserto
Jesus foi levado ao deserto pela iniciativa do
Espírito Santo, que O levou (impeliu segundo
Marcos) a passar pela prova da tentação pelo
diabo durante quarenta dias e quarenta noites.
Não comeu nada durantes esses dias e ao fim
deles, teve muita fome.

Agora pense comigo: quantas pessoas


desistiriam ao começar uma empreitada como
esta? Quem acreditaria em uma missão que no
início lhe faria passar por tamanha dificuldade?
Imagine você abrir um comércio e durante
quarenta dias não vender nada? Imagine ainda
durantes esses dias você chegar a passar
fome?

O deserto não foi algo comum para Jesus, pois


o que era comum foi deixado no Jordão. O
deserto foi e é atípico para qualquer um de nós,
é um parêntese obscuro na história de nossas
vidas. Não bastasse o deserto, nosso Coach
enfrentou a tentação por quarenta dias e,
pasmem, quarenta noites também. A batalha
não se limitou a três perguntas, Jesus passou
durante todo esse tempo um inferno longo e
solitário.

A primeira tentação
“Se és filho de Deus”...
Por que satanás diria isso? Porque ele ouviu
Deus dizer no batismo “Este é o meu filho
amado, de quem me agrado” (MT 3:17). Ao
assumir a natureza do homem, Cristo não
manteve aparência semelhante à dos anjos do
Céu, pois esta era uma das humilhações pelas
quais necessitava passar quando
voluntariamente aceitou tornar-Se o Redentor
do homem. Satanás insistiu que Ele, se
realmente era o Filho de Deus, deveria prover
alguma evidência de Seu exaltado caráter.
Estava sugerindo que se Jesus realmente
fosse Seu Filho, Deus não permitiria que
chegasse a tão deplorável situação, insinuando
que um dos anjos fora expulso do Céu e
enviado à Terra, e que a aparência de Cristo
indicava que Ele era o tal anjo caído e não o
Rei dos Céus.

É isso que satanás faz com todos aqueles que


se aprisionam com mentiras a respeito de si
mesmos. Muitos não conseguem dar um passo
na direção de seus objetivos por acreditarem
que não são capazes.

Gosto muito do conto que fala de um


camponês que foi à floresta vizinha apanhar
um pássaro para mantê-lo em sua casa.
Conseguiu pegar um filhote de águia, colocou-o
no galinheiro junto com as galinhas e o
alimentava com milho e ração própria para
galinhas, embora fosse uma águia, o rei de
todos os pássaros. Depois de cinco anos, este
homem recebeu em sua casa a visita de um
especialista em aves de rapina. Enquanto
passeavam pelo jardim, disse o especialista:

- Esse pássaro aí não é galinha, é uma águia.

- De fato - disse o camponês - é uma águia,


mas eu a criei como galinha. Ela não é mais
uma águia, transformou-se em galinha como as
outras, apesar das grandes asas.

- Não, retrucou o especialista, ela é e será


sempre uma águia, pois tem um coração de
águia que a fará um dia voar às alturas, está no
instinto, o Criador a fez assim.
- Não, não, insistiu o camponês, ela virou
galinha e jamais voará como águia.

Então decidiram fazer uma prova. O


especialista tomou a águia, ergueu-a bem alto
e desafiando-a disse:

- Já que você de fato é uma águia, abra suas


asas e voe!

A águia pousou sobre o braço estendido do


especialista, olhando distraidamente ao redor.
Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos, e
pulou para junto delas.

O camponês comentou:
- Eu lhe disse, ela virou uma galinha!

- Não, tornou a insistir o especialista, ela é uma


águia, e uma águia será sempre uma águia.
Vamos experimentar novamente amanhã.

No dia seguinte, o especialista subiu com a


águia no teto da casa e sussurrou-lhe:

- Águia, já que você é uma ave de rapina, abra


as suas asas e voe!

Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas


ciscando o chão, pulou e foi para junto delas. O
camponês sorriu e voltou à carga:
- Eu lhe disse, é uma galinha!
- Não, respondeu firmemente o especialista, ela
é águia e sua missão é ser uma águia. Vamos
experimentar ainda uma última vez. Amanhã eu
a farei voar.

No dia seguinte, o especialista e o camponês


levantaram bem cedo, pegaram a águia,
levaram-na para fora da cidade, longe das
galinhas, no alto de uma montanha.

O sol nascente dourava os picos das


montanhas. O especialista ergueu a águia para
o alto e ordenou-lhe:

- Águia, já que sua missão é ser uma ave de


rapina, já que você pertence ao céu e não à
terra, abra suas asas, voe e desfrute sua vida
nas alturas!

A águia olhou ao redor. Tremia como se


experimentasse uma nova vida. Mas não voou.
Então o especialista segurou-a firmemente,
bem na direção do sol, para que seus olhos
pudessem encher-se da claridade solar e da
vastidão do horizonte. Nesse momento, ela
abriu suas potentes asas, grasnou com o típico
kau-kau das águias e ergueu-se, soberana,
sobre si mesma, e começou a voar, a voar para
o alto, a voar cada vez mais para o alto. Voou...
Voou... Até confundir-se com o azul do
firmamento.

Como essa águia, fomos criados com um


propósito, uma missão, com capacidades
especiais, talentos e dons. Porém, pelas
circunstâncias de nossas vidas, pelos traumas
de infância ou por pessoas que nos fizeram
pensar como galinhas, nos afastamos de nossa
missão. E muitos acham ainda que são
galinhas, embora no seu íntimo sejam
verdadeiramente águias.

Satanás aproveitou o estado frágil de Jesus


para tentar semear esse tipo de pensamento
assassino em Sua mente e, como se não
bastasse, ofereceu-Lhe a oportunidade de Se
corromper. E é sempre assim, justo nos dias de
maior fraqueza, nos piores dias, que nos
aparecem as oportunidades para trairmos, nos
corrompermos, mentirmos, roubarmos...
Todavia, no caso de nosso Coach Jesus, o
período de quarenta dias e quarenta noites
sem comida não foi transformado em um jejum
cerimonial cheio de murmurações, mas que
resultava de uma intensa reflexão e comunhão
com Deus. Nesta situação, Suas necessidades
físicas foram suspensas e a vitória foi obtida.

Sua resposta, como as demais durante esta


prova, é tirada da Bíblia. Trata-se de
Deuteronômio 8:3, palavras inspiradas de
Moisés ao povo de Israel no fim da sua vida,
declarando que o homem não viverá só de pão
(o alimento físico), mas de toda a palavra que
sai da boca de Deus. A obediência a Deus é
ainda mais importante do que a satisfação das
nossas necessidades físicas; nossa vida neste
mundo deve ser subordinada a ela.

A segunda tentação
Como Jesus não havia mordido a isca, o diabo
prosseguiu, fazendo uma nova tentativa de
demolir a firmeza do nosso Coach Senhor
Jesus. Levou-O até o pináculo do templo na
Cidade Santa (Jerusalém), um lugar de onde
poderia ser visto todo o povo que se
encontrava abaixo. Tomando ele próprio um
texto das Escrituras (Salmo 91:11,12), o diabo
incita Jesus a lançar-se espetacularmente do
alto. Sugere que nenhum mal Lhe viria porque
(segundo sua interpretação enganosa) o texto
promete que Ele seria amparado. É a soberba
da vida, segundo João (I João 2:16).

Billy Graham pregava em um lugar e lhe


disseram que muitas pessoas tinham vindo de
longe para vê-lo. Sugeriram-lhe andar pelo
meio do povo antes da pregação, para ser visto
e tocado e dar autógrafos. Sua resposta,
porém, foi seca: "Deus não reparte sua glória
com o homem".

Para um simples homem qualquer, convencido


de que era o Filho de Deus, essa tentação
poderia ser bem válida, pois sua ambição o
levaria à interpretação errada do texto e à
omissão de uma cláusula importante. Certo de
que os anjos o carregariam como um
paraquedas, ao pular, se desse certo ele
provavelmente teria impressionado tanto a
multidão que seria aceito como o Messias
descendo do céu, como um sinal conforme a
expectativa popular concernente ao Messias
daquela época.

Mas o Senhor Jesus provou que era o Filho de


Deus, conhecendo as Escrituras perfeitamente,
ao dar uma resposta simples e arrasadora para
essa tentação, tirada de Deuteronômio 6:16:
"Não tentarás ao SENHOR, teu Deus". O diabo
havia aplicado de maneira totalmente errada a
promessa de proteção que ele encontrara nas
Escrituras. Diante dele estava o Filho de Deus,
conhecedor da Palavra, a quem ele nunca
poderia enganar com falsas interpretações.

A terceira tentação
O Coach Jesus saiu vitorioso da segunda
tentação, e então satanás se manifesta em seu
verdadeiro caráter. Não se apresenta como
aquele horrível monstro de pés de cabra e asas
de morcego, mas declara-se como o líder da
rebelião e o deus deste mundo. Colocando
Jesus sobre uma alta montanha, fez com que
todos os reinos do mundo, em toda a sua
glória, passassem, em vista panorâmica, diante
dEle. Nas duas primeiras tentações, satanás
havia encoberto seu verdadeiro caráter e
propósito, declarando ser um exaltado
mensageiro enviado pelas cortes celestiais.
Agora, porém, lança fora todo disfarce e se
apresenta como o Príncipe das Trevas,
requerendo a Terra como seu domínio.
O grande enganador tentou cegar os olhos de
Cristo com o brilho e resplendor do mundo,
apresentando diante dEle os reinos deste
mundo e sua glória. Aquele que caíra do Céu
retratou este mundo como possuindo o
resplendor do reino celestial, de modo a induzir
Cristo a aceitar o suborno, prostrar-Se diante
dele e o adorar.

Você conhece a história do prego do diabo? A


história conta que um homem estava disposto a
fazer qualquer coisa a fim de ser milionário.
Então, o diabo mostrou-lhe uma mansão
maravilhosa e disse que lhe daria, com uma
condição: "Está vendo aquele prego na
parede? É meu, sempre será meu, você
aceita?" E o homem aceitou. Anos depois, o
homem ofereceu um banquete em sua
mansão. Foram convidados os homens mais
importantes da cidade. A festa era um luxo, e
tudo estava superando as expectativas, quando
alguém entrou e colocou um pedaço de carniça
fedorenta no prego da parede. O dono da
mansão mandou chamar os seguranças e
expulsou aquele intruso, mas então o diabo
apareceu e disse: "Um momento, o prego é
meu e eu tenho direito de usá-lo como eu
quiser." Se deixarmos satanás dominar um
pequeno cantinho do nosso coração, isto é o
suficiente para que ele transtorne toda a nossa
vida.

Enquanto satanás mostrava seu reino a Jesus,


a luz do Sol projetava-se sobre cidades cheias
de templos, palácios de mármore, campos
férteis e vinhas carregadas de frutos. Os
vestígios do mal estavam ocultos. Os olhos de
Jesus, cercados ultimamente de tanta tristeza e
desolação, contemplam agora uma cena de
inexcedível beleza e prosperidade. Ele ouve
então a voz do tentador: “Dar-Te-ei todo este
poder e a sua glória, porque a mim me foi
entregue, e dou-o a quem quero. Portanto, se
Tu me adorares tudo será Teu.” Lucas 4:6, 7.

Da mesma forma o tentador oferece a cada dia


através das circunstâncias da vida de cada
pessoa a entrega de parte do poder que um dia
usurpou. Assim como foi oferecido a Cristo,
somos bombardeados em determinados
momentos de nossa vida com propostas para
torná-la mais fácil através da desonestidade ou
do dinheiro fácil. Satanás paga o que for
necessário. O diabo ofereceu tudo para
"comprar" Jesus. Se houver um preço pelo qual
você desobedecerá a Deus, pode esperar que
o inimigo virá pagá-lo. (Leia Mateus 16:26)

Uma lenda poderia ser usada para ilustrar o


que acontece na vida de muitos por causa do
dinheiro. É a história do rei Midas que, por
amor às riquezas, desejou que tudo o que
tocasse virasse ouro, o metal mais cobiçado da
história. Na sua ganância, ele esqueceu que o
metal precioso não era a coisa mais importante
do mundo e que havia outras coisas tocáveis
de que precisava para continuar a viver. Como
consequência, ele tocou sua filha, que virou
uma estátua de ouro. Não conseguia nem
mesmo se alimentar, já que tudo o que tocava
virava ouro. Ao levar um frango à boca, mordia
um pedaço de ouro. Cercado de ouro
acabou morrendo de fome. Essa lenda ilustra o
que acontece quando colocamos o dinheiro
como centro de nossas ambições. O resultado
é desastroso: muitos sofrimentos.

Porém, chamando-o por seu verdadeiro nome,


Jesus repreendeu o tentador. Chamou-o
satanás, o anjo das trevas, aquele que deixara
seu primeiro estado e se recusara a manter-se
fiel a Deus. Satanás deixou o campo de batalha
como inimigo vencido, terminantemente
mandado embora. Às palavras de Cristo, “Vai-
te, satanás” (Lucas 4:8), o poderoso anjo caído
não teve escolha senão obedecer. Logo a
seguir, os anjos vieram e O serviram. Talvez
tenham lhe trazido o suprimento alimentar que
Ele havia recusado obter milagrosamente
quando da primeira tentação do inimigo.
Aprendemos que as pessoas controladas pelo
Espírito Santo podem ser tentadas, mas que
ele nada pode contra quem resiste usando a
Palavra de Deus (Efésios 6:17).

EXERCÍCIOS:

 A maneira que Jesus usou para se


defender também foi citar as Escrituras. Não
foram palavras de ordem, nem gritos, nem
chavões, nem simpatias ou campanhas de
sete, dez ou doze passos. A Palavra de Deus,
dentro do contexto correto, em conformidade
com a completude dela é que fez satanás
desistir de assediar a Cristo. No entanto,
muitos têm medo da Teologia, ou acham-na
desnecessária, bastando às experiências.
Teologia não é somente para acadêmicos.
Fazer Teologia é estudar sistematicamente a
Palavra, procurando entendê-la conforme a
orientação do Espírito Santo, ou seja, qualquer
cristão inteligente pode fazer Teologia. Não
estudá-la é coisa de crente preguiçoso e
relapso. A voga da Teologia da Prosperidade e
da Confissão Positiva, por exemplo, se deve à
falta de compreensão de assuntos básicos da
fé cristã. Portanto, como um bom Coach
cristão, estude a Palavra de Deus.

 Você tem tido momentos em que acredita


não ser capaz de realizar o que deseja? Acha-
se feio, incapaz, desinteligente? Tome muito
cuidado com estes pensamentos. Não os
aceite em sua mente. Toda vez que eles
aparecerem, diga palavras que os contrariem.
Faça satanás ouvir de sua boca palavras de
bênção sobre você. Leia a Bíblia toda vez que
pensamentos negativos assaltarem sua mente.
Faça como nosso Coach Jesus Cristo:

“Está escrito” (v.4)


“Está escrito” (v.8)
“Está escrito” (v.12)
Após a terceira tentação

Depois de haver fracassado em seu desígnio


de vencer a Cristo no deserto, satanás reuniu
suas forças para resistir ao ministério, tentando
atrapalhar Sua obra. Aquilo que não conseguira
realizar por esforço pessoal, direto, decidira
efetuar por meio de uma estratégia. Tão
depressa se retirara do conflito no deserto, em
concílio com seus anjos, amadureceu os
planos para cegar ainda mais o espírito do
povo judeu, a fim de não reconhecerem seu
Redentor. Planejou operar por meio de seus
agentes humanos do mundo religioso,
imbuindo-os de sua própria inimizade contra o
Coach da Verdade, levando-os a rejeitar a
Cristo e a tornar-Lhe a vida o mais amarga
possível, esperando desanimá-Lo em Sua
missão, assim como faz com cada cristão nos
dias de hoje.

Sei que somos provados em desafios, às


vezes, um tanto quanto impossíveis aos nossos
olhos. Foi o que aconteceu com Josué. O
homem que Deus tinha escolhido para ser o
Coach que auxiliaria o povo a entrar na terra
prometida, já que Moisés havia morrido.

Algumas vezes ficamos diante dos desafios


pensando apenas nas dificuldades não
enxergamos o grande propósito de Deus.

Bom, acredito que Josué confiava ser o homem


certo ou, talvez, nutria medos. No entanto,
Deus precisou dizer-lhe: “Esforça-te e tem bom
ânimo” (Js 1: 6). Mas, mesmo recebendo estas
palavras, ainda teve necessidade de ouvir
mais: “Tão somente esforça-te e tem bom
ânimo” (Js 1:7). Deus sabia dos desafios que
Josué ira enfrentar ao entrar em Canaã e que
tais desafios poderiam desanimá-lo. Não tenho
dúvidas ao fazer esta afirmação, pois a
resposta está na última palavra que Deus deu a
Josué naquele momento: “não to mandei eu?
Esforça-te e tem bom ânimo; não te
atemorizes, nem te espantes; porque o Senhor
teu Deus está contigo, por onde quer que
andares” (Js 1:9). Depois de receber esta
palavra de encorajamento e ordem, Josué se
levantou e passou o Jordão conduzindo o povo
à Terra Prometida.

Conta-se uma história na qual o diabo resolveu


vender todas as ferramentas que costumava
usar. Lá estavam: o ódio, a malícia, a inveja, a
enfermidade, e muitos outros instrumentos
usados para enfraquecer e desviar as pessoas
de Deus. Jogado num canto estava um
instrumento aparentemente inofensivo
chamado "desânimo". Parecia bem gasto, e era
o mais caro de todos. Perguntaram ao diabo
por que aquele instrumento custava tanto, e ele
respondeu: "Bem, é porque esse é o mais fácil
de usar, pois ninguém sabe que pertence a
mim. Com este instrumento eu posso
arrebentar a porta do coração com mais
facilidade do que qualquer outro. O desânimo
faz com que as pessoas desistam e deixem o
caminho de Deus". Esta história ilustra uma
verdade pouco reconhecida. Não se ganha
nenhuma batalha com desânimo. Desânimo é
sinônimo de fracasso.

Lutero, o grande herói da Reforma, vivia em


determinada ocasião bastante abatido em
razão das tremendas lutas que enfrentava.
Certa manhã, sua esposa, a dedicada
Catharina de Bore, amanheceu diante dele
trajada de um pesado luto. Lutero estranhou e
indagou-lhe, surpreso, quem morrera no círculo
dos parentes e amigos. E Catharina, com a
maior simplicidade, respondeu:

- Deus morreu... (O mesmo que estão dizendo


alguns sabichões dos nossos dias).

Lutero "estrilou".

- Não é possível, Catharina! Deus é o Criador


do universo, é eterno, onipresente, onisciente,
onipotente, etc...
Depois de ouvir o eloquente sermão do esposo,
Catharina obtemperou:

- Pois é, eu pensava que Deus houvesse


morrido, pois eu lhe vejo tão acabrunhado e
infeliz que estava supondo que nosso Pai
morrera...

Foi quando Lutero compreendeu a lição. Ele


pregou à esposa um eloquente sermão, mas
em verdade era ela que estava ensinando-lhe
um poderoso ensinamento.

Será que não temos nós muitas vezes trajado


luto, deixando-nos acabrunhar com problemas,
provações e tentações, parecendo mesmo que
Deus morreu?

EXERCÍCIOS:

Se o inimigo lançar uma seta de desânimo


diante de um objetivo que você tem diante de
si, colocando em sua mente o seguinte
pensamento: "Acho que não vou conseguir", o
que você deve fazer? Imediatamente rejeite
esse pensamento com o escudo da fé. Diga:
"Tudo posso em Cristo, que me fortalece".
Filipenses 4:13
Os primeiros Coachees de Jesus

Certo dia, João Batista, em companhia de dois


de seus discípulos, avistou Jesus que ainda
trabalhava sozinho. Indagou-lhes:

- Ei, vocês dois, estão vendo aquele homem


ali?

- Sim, estamos.

- Aquele é o Cordeiro de Deus, que há alguns


dias atrás batizei no Rio Jordão.

Imediatamente deixaram João Batista, porque


este já tinha completado a sua missão de
prepará-los, e começaram a seguir Jesus.

Quando se aproximaram do Mestre, Ele os


percebeu e, como já sabia que ambos O
estavam seguindo, fez uma pergunta que
somente um Coach experiente saberia fazer:

- O que buscais?

Uma das características que mais


observaremos ao estudar os diálogos do
Mestre sob a ótica do Coaching será a de
perguntas poderosas.

Perguntas podem nos levar a grandes


descobertas. É um modo muito eficaz de
aprendizagem, de conhecer e estudar a mente
de outros, de evoluir mentalmente e desvendar
um mundo novo com vários pontos de vista e
que às vezes podem ser diferentes, porém não
necessariamente incorretos.

Ao estudar a vida de Jesus sob o prisma do


Coaching, percebi que um dos objetivos
fundamentais dEle como um Coach era
conduzir o homem a ser um caminhante nas
trajetórias do seu próprio ser e ampliar seu foco
de visão sobre os amplos aspectos da
existência.

A atuação surpreendente de Cristo, em uma


época onde não havia qualquer recurso
pedagógico, valoriza muito o papel dos mestres
nas sociedades modernas.

Quando comecei minha carreira, a chave para


o sucesso era ter as respostas certas. Se meu
chefe tivesse uma dúvida, ele esperava que eu
tivesse a resposta ou pelo menos soubesse
como encontrá-la. Aqueles que progrediam na
carreira mais rapidamente eram os que
possuíam a maioria das respostas. Porém,
conforme eu comecei a subir as escadas
corporativas, descobri que a chave para o
sucesso começou a mudar: a cada dia foi se
tornando mais importante fazer as perguntas
do que conhecer as respostas certas.

Na era do Google, saber as respostas é a parte


fácil de qualquer desafio, pois você pode
pesquisar virtualmente qualquer coisa e obter a
resposta instantaneamente. Entretanto, para
que você obtenha a resposta correta, é
necessário que você faça a pergunta certa.

Se você quer se tornar um líder de sucesso,


você deverá aprender a fazer boas perguntas.
Um bom Coach é um bom perguntador.
Perguntas bem orientadas levam você a
ter insights e catarses, e a vislumbrar a tal “luz
no fim do túnel”.

Jesus utilizava frequentemente o método de


perguntas e respostas quando ensinava a seus
seguidores como, por exemplo, na “Parábola
do Bom Samaritano” e no “Sermão do Monte”.
Fazendo assim, ajudava seus ouvintes a
compreenderem mais claramente o significado
do Seu ensino. Depois de aconselhá-los a não
se preocuparem por causa de alimentos e
vestuário, Ele perguntou: “Não é a vida mais do
que o mantimento, e o corpo mais do que o
vestido?” (Mateus 6:25)

Jesus fazia questionamentos para obrigar Seus


ouvintes a pensarem; queria que realmente
compreendessem o que Ele lhes ensinava.
Noutra ocasião, Jesus quis ensinar Seus
discípulos acerca do pagamento de impostos.
Fez-lhes várias perguntas, sendo a primeira
delas: “... Que te parece, Simão?...” (Mateus
17:25). Ele não precisava dos conselhos de
Simão Pedro, nem das opiniões deste, mas
queria que Pedro pensasse sobre o assunto
em questão, pois sabia que este era um
importante aspecto da aprendizagem.

Ao indagar aos discípulos de João Batista o


que buscavam, Jesus esperava que cada um
repensasse seu propósito de vida; queria
ajudá-los a analisar se o que faziam estava de
acordo com sua missão, e nada melhor do que
uma pergunta para fazer alguém pensar sobre
seu roteiro de vida... Tanto pensaram que a
resposta foi devolvida com outra pergunta:

- Mestre, onde moras?

Eles ficaram tão perturbados com a pergunta


de Jesus que, enquanto continuavam
garimpando dentro de si mesmos a resposta
para ela, aproveitaram a situação para obter a
informação que os levaria a conseguir mais
tempo com o Mestre. Queriam fazer-Lhe visita
e aprender com Ele, entrevistá-Lo, saber onde
dormia, como era Sua vida pessoal. Esses dois
discípulos eram provavelmente André e João,
os primeiros discípulos de Jesus, junto com o
irmão de André, Simão (v. 42), Felipe (v. 43) e
Natanael (v. 45).
EXERCÍCIOS

Perguntas para serem feitas no início do


seu dia, para ajudá-lo a abrir o arquivo certo
logo cedo, para alimentar o seu bom humor,
o seu entusiasmo e fazer com que você saia
bem disposto para o primeiro dia do resto
de sua vida:

 O que me faz mais feliz atualmente?


 O que mais me estimula?
 Onde tenho sentido mais satisfação
(orgulho) em minha vida?
 O que está acontecendo nela que me faz
sentir mais grato?
 O que tem me dado mais prazer em viver?
 Com o que me sinto comprometido no
momento?
 A quem eu amo?
 Por quem sou amado?

Perguntas para serem feitas à noite, antes


de dormir:
 Como foi a minha produção hoje, como eu
me doei?
 O que eu fiz em meu dia e que fez a
diferença?
 O que eu aprendi?
 O que eu acrescentei em qualidade na
minha vida hoje?
 Como eu pude usar o meu hoje como um
investimento para o futuro da humanidade?
Como resolver problemas com perguntas:
 Qual é o meu problema?
 O que é mais grave em relação a ele?
 O que precisa acontecer para a situação
ficar como eu desejo?
 O que eu posso fazer?
 O que eu já estou fazendo?
 Quanto este problema já melhorou?
 Como posso tirar proveito desta situação
enquanto ela não se resolve?
 O que eu tenho que aprender com esta
situação?
Jesus completa sua equipe de Coaches

Jesus Cristo continuava se dirigindo a alguns


homens e convidando-os a estarem com Ele e
serem seus discípulos.

A Bíblia não declara, mas pode ser que Jesus


tenha recebido algumas respostas negativas ou
que alguns Lhe tenham virado as costas,
porém a Palavra de Deus traz o nome daqueles
que ouviram o chamado e então, se
dispuseram a seguir o Mestre.

Um dia Jesus resolveu ir para a região da


Galiléia. No caminho, conheceu Filipe e
convidou-o para trabalhar em Sua missão,
impactando-o imediatamente com Suas
palavras. Como um homem tão simples poderia
ser tão sábio? Jesus só poderia ser o Cristo.
Queria tanto seguir a Jesus e aprender com
Ele... Filipe ficou tão impressionado com Jesus
que rapidamente procurou seu irmão Natanael
e falou:
- Achamos Aquele de Quem Moisés e os
profetas também escreveram no Livro de Deus.

- Tá falando sério? E qual é o Seu nome?

Nesta época os Judeus ansiavam pela


chegada do Messias, e agora Filipe vem
declarando que O havia encontrado... O
coração de Natanael deve ter batido bem mais
forte...

Porém, Filipe fez a revelação que serviu como


base para a confissão de dúvida de seu irmão:

- Seu nome é Jesus e Ele é natural de Nazaré.


- Você tá brincando!

Nazaré era uma região desprezada pelos


Judeus, e não era de se estranhar o espanto
de Natanael. Nem sequer é mencionada no
Velho Testamento, nem nos escritos do
historiador Flávio Josefo ou de qualquer outro
rabino judeu.

- Como assim?
- Por acaso de Nazaré pode vir alguma coisa
boa?

- Venha e veja! - respondeu Filipe.

Este sempre foi o maior argumento em favor do


cristianismo. Discussões teológicas bem
elaboradas podem não passar de retórica oca.
"Vem e vê" é o Evangelho que, saindo do
papel, se torna vida. É a teoria transformada
em prática, é o argumento feito fato e, contra
fatos, não há argumentos.

Esta história bíblica relata bem uma das


situações que, muitas vezes, impedem as
pessoas de conquistar vitórias ou de serem
abençoadas: o subestimar algo ou alguém.
Assim como Natanael, muitas vezes queremos
definir como as coisas devem ser e de onde
devem vir. Contudo, na Bíblia vemos que não é
bem assim, e que o nosso Deus não opera pela
aparência.

Quantas vezes subestimamos pessoas porque


são de menos idade, porque aparentam algo,
ou até mesmo subestimamos situações que
parecem não dar em nada?

Como nosso Coach Jesus, não devemos


subestimar coisas nem pessoas. Sua história
está recheada de exemplos de que Deus não
Se importa com o exterior nem com o que diz a
Sociedade. Ao escolher Seus discípulos, Jesus
nos dá um grande exemplo disso.

Uma das grandes dificuldades para quem


procura emprego pela primeira vez é a falta de
experiência. As empresas estão sempre
exigindo experiência profissional. Nenhum
executivo faria o que Jesus fez: Ele não
escolheu os melhores, nem os mais bem
preparados. Ele escolheu homens simples,
pescadores, rudes e mais acostumados à
solidão do mar do que às multidões. Foram
estes que Jesus elegeu e a eles confiou a
missão de dar continuidade ao Seu Ministério.

A verdade é que Jesus não escolheu ninguém


baseado nos méritos, nos currículos nem na
aparência. Ele não olhou para as medalhas que
cada um carregava orgulhoso. Talvez nem eu
nem você escolhesse aqueles homens, no
entanto, foi o que Jesus fez.

Se você é um empresário, pastor, ou lidera


uma equipe, acredite no potencial que existe
nas pessoas. Um extrator bom extrai a
essência, o melhor do extrato, porém um mal
extrator, ao contrário, acentua e recolhe o pior.
Com seres humanos acontece a mesma coisa.
Um bom líder conseguirá focar e extrair as
fortalezas do colaborador, de cada membro da
equipe; um mau líder desenvolverá a culpa e
transformará todo potencial positivo humano
em carga negativa destruidora.

Agora, pior do que subestimar as pessoas, é


subestimar a si próprio. Talvez, em alguns
momentos de sua vida, você até se sinta como
estes homens chamados por Jesus: incapaz,
sem mérito, sem preparo, sem currículo, sem
experiência para segui-Lo. Talvez você olhe
para dentro de si mesmo e pense: “eu não sou
capaz, não reúno as mínimas condições de
vencer na vida!”
O trabalho que Jesus fez com estes homens é
a prova de que podemos superar qualquer
obstáculo na vida. Ele quer que você faça
como fizeram aqueles homens que deixaram
imediatamente as redes: “no mesmo instante,
deixando o barco e seu pai, o seguiram”. Não
olharam para suas limitações.

Todos nós, ao longo de nossas vidas, vamos


adquirindo crenças que configuram algo em
que acreditamos e que muitas vezes nos
impedem de superar obstáculos e obter
resultados extraordinários. Elas são
designadas como limitadoras.

As crenças são geradas pelas nossas vivências


desde o momento em que nascemos. Durante
a nossa infância e em parte da nossa
juventude, somos basicamente “fruto” do meio
em que estamos inseridos, da educação dos
nossos pais, professores, da influência dos
nossos amigos, familiares e até mesmo da
comunicação social: se nossas experiências
foram positivas, nossas crenças serão de
conforto e segurança; mas se eventualmente
elas foram negativas, se estivemos expostos a
sustos e a vivências que nos fizeram sentir
desconforto, aí podemos ter adquirido crenças
que talvez venham a limitar-nos no futuro.

Nosso Coach Jesus poderia pensar que por ser


de Nazaré, não seria “alguém na vida” por não
cumprir a missão que Deus Lhe havia
comissionado. Os discípulos, como pessoas
simples e sem estudos, poderiam também
acreditar em crenças que lhes limitassem.

Crenças Limitadoras são aquelas que lhe


diminuem as possibilidades, as capacidades, o
poder de transformação e o crescimento. São
crenças que lhe impedem de obter melhores
resultados e alcançar suas metas, fazendo-o
acreditar que os resultados negativos são
causados por fatores externos como, por
exemplo, a causa de se sentir deprimido ser o
seu trabalho: “meu trabalho me deprime.” Com
as crenças limitadoras, você atribui um
significado negativo às suas experiências, do
tipo receber uma crítica e encará-la como um
ataque pessoal.

Nossas crenças influenciam a forma como


cada um de nós vê a vida, controlando o que
somos no presente e no futuro. Por isso, é
fundamental superarmos e libertarmo-nos de
crenças que nos impedem de alcançar
resultados surpreendentes.

Seguindo a história, quando Natanael


conheceu a Jesus, bastaram minutos para que
ele aprendesse a não subestimar nem as
pessoas, nem a si mesmo. Após isso, como um
verdadeiro Coach, Jesus continuou provando o
quanto acreditava no potencial das pessoas e
em Sua própria capacidade de extrair o melhor
delas.
Em pouco tempo, reuniu o restante de Sua
equipe, formando um grupo ao qual
aparentemente ninguém confiaria missão
alguma.

A lista dos escolhidos por Jesus para serem


apóstolos não é muito impressionante do nosso
ponto de vista: Ele escolheu quatro pescadores
(Pedro, André, Tiago e João), um coletor de
impostos (Mateus), um terrorista (Simão
Zelote), Filipe, que às vezes parecia muito
difícil de entender as coisas, Tomé, que em
geral parecia pessimista, Judas, que O traiu, e
três outros a respeito de quem simplesmente
não sabemos coisa alguma.

EXERCÍCIOS:

 Não subestime pessoas pela sua


aparência, e nem mesmo situações por
crer que não vão dar em nada. Pode até
parecer que na terra, nada brotará, mas
temos um Deus que manda nas chuvas e
pode tudo mudar, fazendo-a produzir! Da
mesma forma Deus faz com a pessoas, por
mais simples que sejam, por mais que
pareça delas não brota nada, Deus as
capacitou com potencialidades para fazê-
las produzir. Se você é um líder em casa,
na empresa, na igreja ou em qualquer
ambiente, nunca se esqueça disso.
 Questione-se, em relação às áreas da sua
vida, onde você sente que não tem
capacidade para evoluir. Perante uma
crença limitadora, encontre uma crença
facilitadora para substituí-la, por exemplo,
quando se sentir inseguro, arrisque-se e
aos poucos se sentirá mais seguro de si: o
segredo está na ação. Veja como agiram
os discípulos, que deixaram tudo e
viajaram com Jesus, se converteram em
homens de Deus verdadeiros e levaram o
Evangelho para muitas pessoas, dando
origem a um movimento que hoje tem mais
de 2 bilhões de seguidores.
O convite para uma festa de casamento

Três dias depois de Felipe, André, Simão


Pedro e Natanael terem se juntado ao grupo de
seguidores de Jesus, depois de um tempo nas
proximidades do Jordão, Jesus volta à Galiléia
para participar de uma festa de casamento.

Os casamentos naqueles dias envolviam festas


ao longo de uma semana. Realizavam-se
banquetes para muitos convidados e a semana
era dedicada para celebrar a vida nova do
casal. Muitas vezes a cidade inteira era
convidada, e todos viriam, pois era considerado
um insulto recusar um convite de casamento.

José, o marido de Maria, provavelmente já


havia morrido. Maria, a mãe de Jesus, deve ter
sido amiga íntima da família envolvida no
casamento, talvez mesmo parente, pois estava
ali e comandava os criados. Jesus foi
convidado, bem como Seus discípulos que, até
o momento, pouco conheciam sobre Este
incrível homem e encontravam-se ansiosos por
saber qual seria a primeira missão ao lado do
Mestre.
A grande surpresa da maioria foi saber que
Jesus iria ao tal casamento em Caná. João
Batista, do qual alguns eram seguidores, nunca
participaria de uma festa de casamento, pois
nestas festas havia bebidas, folias, danças...

Enquanto caminhavam em direção a Caná da


Galiléia, perguntavam-se entre si o porquê de
Jesus levá-los a uma festa logo em Sua
primeira jornada. Ele não tinha princípios a
ensinar? Seu tempo não era limitado? Como
uma festa se encaixaria em Seus planos? Lá
Jesus Se encontraria novamente com Sua
mãe, de quem estivera separado por algum
tempo. Maria ouvira falar na manifestação às
margens do Jordão, quando do batismo dEle.

Como toda a Israel, Maria fora profundamente


comovida pela missão de João Batista. A
ligação dele com Jesus avivava-lhe novamente
as esperanças, entretanto também lhe haviam
chegado notícias da misteriosa retirada de
Jesus para o deserto, e sentia-se preocupada
por angustiantes pressentimentos. Desde o dia
em que ouviu o anúncio do anjo, no lar de
Nazaré, Maria sabia que Ele não podia ser
outro senão o Enviado de Deus. No entanto,
também lhe sobrevinham dúvidas e decepções,
e ela ansiava o tempo em que Sua glória
viesse a se manifestar.

Depois da morte de seu esposo José, com


quem ela compartilhara o mistério do
nascimento de Jesus, não havia agora ninguém
mais a quem pudesse confiar suas esperanças
e temores. Os dois meses anteriores tinham
sido muito dolorosos para ela, pois Jesus fazia-
lhe muita falta. Durante trinta anos, a sabedoria
e o equilíbrio de Jesus tornaram seu lar um
pedacinho do céu: Ele era um exemplo para
todos os outros irmãos e representava um
futuro brilhante para a família.

Por ocasião da festa encontrou-O novamente,


o seu Filho terno e serviçal de sempre. No
entanto, para sua surpresa, Ele não era mais o
mesmo: Seu semblante mudara, apresentava
os vestígios da luta no deserto, e uma nova
expressão de dignidade e poder testificava Sua
celestial missão.

Achava-Se com Ele um grupo de jovens


homens, cujos olhos O seguiam com
reverência, e que Lhe chamavam Mestre.
Esses companheiros contaram a Maria o que
tinham visto e ouvido por ocasião do batismo
em todos os lugares. E concluíram declarando:
“Havemos achado Aquele de Quem Moisés
escreveu na lei, e os profetas”. (João 1:45)

Era costume, naqueles tempos, que as festas


de casamento continuassem por vários dias e,
portanto, o consumo de bebidas e alimentos
era grande. Verificou-se nessa ocasião, antes
do fim da festa, que o estoque de vinho estava
se esgotando, causando constrangimento e
desgosto aos organizadores. Como parenta
dos noivos, Maria ajudara nos preparativos da
festa, e sentia-se responsável pela falta da
bebida. Foi até Jesus e disse: “Eles não têm
mais vinho”. Essas palavras eram uma
sugestão de que Jesus poderia suprir a
necessidade. Ele, todavia, respondeu: “Mulher,
que tenho Eu contigo? Ainda não é chegada a
Minha hora”. (João 2:3-5)

Havia risco de Maria olhar seu relacionamento


com Jesus como se ela ainda tivesse algum
direito sobre Sua vida, bem como o de, até
certo ponto, dirigi-lo em Sua missão. Ele havia
sido por trinta anos um Filho obediente e
amoroso, e Seu amor não havia mudado agora.
Entretanto, Ele tinha uma missão a cumprir:
como Filho do Altíssimo e Salvador do Mundo,
laço terrestre algum deveria afastá-lo de Sua
missão ou influenciar Seus procedimentos.
Jesus deveria estar livre para escrever Seu
próprio roteiro e não o de Seus pais.

Essa lição destina-se também a nós: a missão


que Deus nos dá é superior aos nossos laços
de relações humanas. Nenhum relacionamento
humano deve desviar nossos pés da vereda
que Deus nos manda trilhar. Se Deus que usar-
me como um músico, não posso cursar
medicina só porque esse é um sonho de meus
pais. Há pais que projetam seus sonhos
frustrados nos filhos, vendo neles a segunda
chance de realizá-los. Precisamos estar
conscientes de que as pessoas têm
individualidade e sonhos próprios. Pais sábios
sabem orientar seus filhos para que alcancem
a realização pessoal e profissional e sintam-se
satisfeitos com a escolha feita.

Ao dizer a Maria que Sua hora ainda não


chegara, respondia Jesus à expectativa que ela
acariciara: Maria esperava que Ele Se
revelasse como o Messias e tomasse o trono
de Israel. Entretanto, Jesus tinha um projeto,
um planejamento, e o tempo ainda não havia
chegado. “Tem coisas que só vamos entender
com o tempo. Nem adianta querer pular etapas,
um prédio não se constrói sem base...”
(Jefferson Fagundes Silva)

Perceba a sequência das instruções feitas por


Jesus:

1°) “Encham as jarras.” E eles encheram até a


boca.

2°) “Agora tirem um pouco de água destas


jarras e levem ao dirigente da festa.” E eles
levaram.

3°) O dirigente da festa provou da água e esta


havia sido transformada em vinho.

Percebeu a sequência? Primeiro os potes


foram cheios de água, que depois foi levada
até o serviçal e por último, transformada em
vinho. Note que o milagre acontece somente
depois que eles obedecem a Jesus, e não
antes, isto é, somente depois que eles fazem a
sua parte. Desde a formação do homem, Deus
exige sua participação em Seus trabalhos.
Deus é o Criador de tudo, mas a parte do
homem ele não faz; Ele faz o impossível,
todavia, o possível o homem deve fazer.

Hoje vemos homens e mulheres querendo que


Deus seja como um empregado que lhes
atenda em tudo: cure suas enfermidades,
prepare bons empregos e lhes dê soluções
para seus problemas, como se Deus fosse
submisso às nossas ordens. Porém, eles não
se importam em realizar sua parte, não movem
uma palha na obra de Deus, de nada
participam. Algumas pessoas parecem repetir o
personagem Garnizé, do Sítio do Pica-pau
Amarelo (obra de Monteiro Lobato) que vivia
cantarolando: “Eu queria ser um rio, pra nunca
sair do leito...”

Analise a história de nosso Coach Jesus Cristo


e verás que foram poucas as vezes em que
Jesus manifestou Seu poder em favor das
pessoas por Sua livre e espontânea vontade.
Ele sempre requeria que o necessitado
manifestasse o seu desejo com uma ação. E
nessa concordância, o milagre sempre
acontecia.

Quando acreditamos que Deus pode todas as


coisas, estamos agindo com nossa fé. Para
que possamos tomar posse de Suas
promessas, temos que ter atitude, acreditar,
agir pela fé, e não ficarmos esperando que
Deus faça algo em nossas vidas porque Ele é
bom, pois Ele mesmo diz que “Sem fé é
impossível agradá-Lo” (Hebreus 11:6).

Gosto muito de uma frase de Martin Luther


King que diz: “Teremos de nos arrepender
nesta geração não tanto das ações das
pessoas perversas, mas dos pasmosos
silêncios das boas pessoas”.

Assim acontece em uma terra fértil, tudo o que


semearmos, nós colheremos. Com a nossa
vida não é diferente, a Palavra de Deus nos
revela que a nossa vida também é como uma
terra fértil, pois tudo aquilo que plantarmos
(seja bem ou mal), nós iremos colher. Chama
isso de “Lei da Semeadura”. Essa lei é simples
de entender, mas severa em sua aplicação. Ela
traz a certeza de que o resultado do que foi
plantado será colhido. Benção para os retos,
preocupação e problemas para os incautos,
pior ainda para os que a conhecem e rejeitam o
seu ensinamento.

Esses dias, o apresentador Jô Soares contou


em seu programa uma piadinha que mostra
muito bem essa analogia de que só colheremos
o que desejamos se decidirmos plantar. A
piada narra sobre o diálogo de um fazendeiro
com seu empregado:

- Nesta terra dá arroz?


- Num dá não, sinhô.
- E feijão, dá?
- De jeito nenhum!
- E frutas e verduras?
- Também num dá não, sinhô.
- Soja, café, amendoim, não dá nada???
- Já disse, dotô, num dá nada.
- Quer dizer que não adianta eu plantar, que
não dá nada mesmo?
- Bão, prantando é outra coisa, né?

Este é um dos princípios do Coaching que mais


me fascina: levar as pessoas à ação. Foi
exatamente isso que os discípulos de Jesus
aprenderam naquela festa, e nem imaginavam
que poderiam aprender tanto.

Jesus como nosso Coach pode ser


considerado como o treinador que através de
Seu exemplo, modelo de vida e legado, leva-
nos a refletir, chegar a conclusões, definir
ações e, principalmente, agir em direção a
nossos objetivos, metas e desejos.

A essência do Coaching está em fornecer


suporte para uma pessoa mudar da maneira
que deseja, assim como auxiliar a seguir na
direção desejada. Ele cria consciência,
potencializa a escolha e leva à mudança.

Um profissional de Coaching, assim como


Jesus, deve ter conhecimentos em
comportamento humano e amar as pessoas.
Em reuniões que são sessões semanais,
quinzenais ou mensais, o Coach aplica
técnicas, ferramentas e um questionamento
eficaz para mobilizar seu cliente (Coachee) a
entrar em ação para atingir suas metas e
acelerar os resultados em sua vida.

O Coach está focado em liberar o potencial e


maximizar a performance dos indivíduos na
vida pessoal e profissional. O Cristianismo é a
única religião no mundo que nos fornece um
modelo de Coach para ser imitado e seguido:
Jesus Cristo!

EXERCÍCIOS:

 Você sabe bem onde e como deseja estar


daqui a cinco anos?

 Você tem permitido que os sonhos de


pessoas que possuem um relacionamento
afetivo muito forte com você interfiram no
seu futuro?

 Quando está diante de um problema, você


ora e toma ações que têm ligação com os
resultados esperados ou você fica parado,
murmurando?

 Ou quem sabe você simplesmente ora e


espera por um milagre?
Se você até agora gostou deste material,
acesse os blogues: http://www.codigodabiblia.com/ e
http://www.jesusmeucoach.com/.

Nestes blogs você encontrará mais artigos do


mesmo autor.

O e-book Jesus meu Coach, está em fase de


conclusão e em breve você receberá mais
informações sobre como obter o restante do
Livro com o excelente processo de Coaching
produzido a partir da vida e o legado de nosso
Coaching Jesus Cristo!

Que Deus lhe abençoe!

BIOGRAFIA

Mateus 1.16-21
Mateus 3:13-17
Mateus 4:1-11
Mateus 10:2-4
Marcos 1:9-11
Marcos 1:12-13
Marcos 3:13-19
Lucas 3:21-22
Lucas 4:1-13
Lucas 6:12-16,
João 1:15-51
João 2:1-11
João 6:5-7;
João 12:21-22;
João 14:8-9
João 11:16;
João 14:5; 20

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