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Capacitação e Aperfeiçoamento Cristão

HOMILÉTICA
SIMPLIFICADA
PASSO A PASSO PARA MONTAR SEUS SERMÕES

VANESSA SCHUMACHER
HOMILÉTICA
SIMPLIFICADA
PASSO A PASSO PARA MONTAR SEUS SERMÕES

VANESSA SCHUMACHER

Conteúdo elaborado por Vanessa Schumacher


Design e Diagramação por Vanessa Schumacher
Revista e Corrigida por Pastor Fábio Silva
Curso de Capacitação e Aperfeiçoamento Cristão
vanessaschumacher.net
vanessaschumacherblog@gmail.com
1ª Edição / 2018
Todos os direitos reservados e protegidos por Lei.
A cópia não autorizada deste conteúdo completo ou parcial constitui-se crime.
Conteúdo
INTRODUÇÃO
O que é Homilética 04
Gêneros de sermões 06

PARTE I
Responsabilidades e qualificações do pregador 07
O Milagre da pregação 09

PARTE II
Os componentes do esboço 10
Dicas ao pregador 14

PARTE III
Onde pesquisar 16
HOMILÉTICA 04

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INTRODUÇÃO O que é Homilética


Homilética é a disciplina teológica que estuda a ciência, a arte e a técnica de analisar, estruturar e
entregar a mensagem do Evangelho.
O termo surgiu durante o Iluminismo, entre os séculos XVII e XVIII, quando as principais disciplinas
teológicas receberam nomes gregos, como, por exemplo, dogmática, apologética e hermenêutica.

É derivado do substantivo grego homilia, que significa “associação”,


HOMILÉTICA “companhia”, e do verbo grego homileo, que significa “falar”,
“conversar”.

HOMILÉTICA É ...

ciência arte técnica

É ciência, quando É é arte, quando É técnica, quando


considerada sob o ponto de considerada em seus considerada pelo modo
vista de seus fundamentos aspectos estéticos, a beleza específico de sua execução
teóricos, históricos,
do conteúdo e da forma. ou ensino.
psicológicos e sociais.

Objetivos da Homilética

Ajudar na confecção de sermões para uma pregação mais eficiente. Isto porque, beneficia o pregador
tornando mais fácil a pregação do sermão, e beneficia o auditório, pois um sermão homileticamente preparado
é mais assimilável.

Auxiliar na elaboração de temas que apresentem de forma atraente uma mensagem da Palavra de Deus,
com tal eficiência que os ouvintes compreendam o que devem fazer e sejam movidos para fazê-lo.
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Importância de estudar Homilética

Um sermão bem estruturado e elaborado, e, antes de tudo, conduzido pelo Espírito Santo, faz com que a
mensagem anunciada seja ouvida e crida, gerando fé, salvação, libertação e arrependimento (Rm 10.17).
A salvação é só primeiro passo. A homilética vai ajudar também, na elaboração de sermões encorajadores,
de maneiras a levar o crente a ter uma vida de santificação, ânimo e confiança o Senhor (Jo 17.17; Sl 119. 9-
11).

Quem deve estudar Homilética

Pastores, obreiros, líderes e todo o cristão que deseja cumprir o ide dos Senhor com excelência. Jesus nos
deu uma tarefa suprema aqui na Terra "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura" (Mc 16.15).
Todo servo que anseia por anunciar a Palavra de Deus deve se debruçar sobre o estudo da Homilética. O
apóstolo Paulo em sua primeira carta à Timóteo exorta sobre a diligência no ministério: "Persiste em ler,
exortar e ensinar" (1Tm 4.13). Da mesma forma, em 2Tm 2.15, Paulo admoesta para que todo o obreiro não
seja envergonhado por não conhecer a Palavra: "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que
não tem do que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade".

Benefícios e Cuidados com o estudo da Homilética


Conscientiza o pregador de sua missão Vencer a tentação de ser ouvinte crítico
Possibilita a elaboração de melhores sermões Deixar de lado a inspiração divina
Ajuda na elaboração de sermões com forma e Acreditar que um sermão bem elaborado já é
conteúdo garantia de salvação de almas
Facilita um melhor desempenho no púlpito Deixar de ser totalmente dependente do
Permite a interdisciplinaridade Senhor
Aproxima o pregador do altar
Motiva o pregador a estudar sempre
Enriquece o acervo homilético
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Gêneros de Sermões
De acordo com a mensagem ministrada o sermão pode ser classificado de maneiras diferentes. No entanto,
vale ressaltar que tais classificações não são únicas e, nem tão pouco, inflexíveis.

Evangelístico: leva o ouvinte face a face com Cristo, como o Filho de Deus, mostrando a necessidade do
arrependimento e de aceitar a Cristo como Senhor e Salvador.
Exemplo: Jo 3.16; Is 1.18; Rm 3. 23,24.
Doutrinário: interpretação de uma verdade cristão com fins práticos. Este gênero apela tanto para mente
quanto para o coração.
Exemplo: Trindade, Santificação, Últimas Coisas, Ressurreição. - ICo 15.3-8, 20-28; ef 4.17-24.
Pastoral ou Devocional: é um sermão inspirador, encorajador, que fortifica e anima o crente.
Exemplo: Is 40.1, 29-31; 41.10; Sl 1.3.
Cerimonial: pregado em cerimônias especiais, tais como, casamentos e sepultamentos, inauguração de
Templo, nascimento, etc.
Exemplo: Sl 100; Pv 22.6; Gn 2.18-24; Jó 19.25-27

HORA DE PRATICAR

De acordo com o os gêneros, como podemos classificar os textos a seguir para montagem de sermão?

1. "Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus.


Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor;
Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o
salvador do corpo".
Efésios 5:21-23
2. "Por que estás abatida, ó minha alma? E por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda
o louvarei, o qual é a salvação da minha face e Deus meu".
Salmos 43:5

3. "Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se
manifeste o homem do pecado, o filho da perdição".
2 Tessalonicenses 2:3
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PARTE I As Responsabilidades e
Qualificações do Pregador
O estudo faz o pregador crescer espiritualmente e lhe dá condições de conhecer e aplicar as técnicas mais
adequadas à elaboração e à comunicação de seus sermões.
Pregar é uma das mais árduas e gloriosas tarefas reservadas ao ser humano. Paulo em I Coríntios 4. 1 e 2
nos dá uma noção desta sublime tarefa:
“Que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros*dos mistérios de Deus.
Além disso, requer-se nos despenseiros que cada um se ache fiel”.
ARC – Almeida Revista e Corrigida
Asia
“Portanto, que todos nos considerem servos de Cristo e encarregados dos mistérios de Deus. O que se requer
desses encarregados é que sejam fiéis”.
NVI – Nova versão Internacional

“Vocês nos devem tratar como servidores de Cristo, que foram encarregados de administrar a realização dos
planos secretos de Deus.
O que se exige de quem tem essa responsabilidade é que seja fiel ao seu Senhor”.
NTLH – Nova Tradução na Linguagem de Hoje

*Despenseiros: distribuidor de algo que está em sua guarda, administrador da despensa.

Precisamos ser fiel a Deus e fiel ao ministério que Ele nos concedeu. Precisamos nos doar, nos
desprendermos de nós mesmos a fim de executar essa linda tarefa com excelência. Vejamos, agora, algumas
competências necessárias que o pregador precisa ter:
a) Deve ser regenerado e ter experiência de vida cristã abundante;
b) Deve conhecer e amar Jesus (Jo 21.15-19);
c) Deve sentir amor profundo pelos perdidos e pelos irmãos (Jo 13.34);
d) Deve conhecer a Bíblia e tê-la como fonte de mensagens e inspiração;
e) Deve gastar tempo em oração. Jesus foi o nosso melhor exemplo, pois Ele fazia vigílias sozinho, passando
horas com Deus;
f) Deve desenvolver uma vida de santidade e consagração;
g) Deve ter inspiração divina que lhe garanta o elemento profético no sermão;
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h) Deve ter sinceridade, esse é o meio pelo qual o pregador alcança a simpatia dos ouvintes. A sinceridade
deve ser um dos traços básicos de um pregador, pois nada irá afastar mais depressa uma congregação do
que o fato dos membros considerarem o pregador como um hipócrita; e por outro lado, nada irá tornar um
auditório mais receptivo ou mais disposto do que a sinceridade por parte do orador (1Tm 1.5);
i) Deve ter entusiasmo. É o entusiasmo que gera a coragem de falar das nossas convicções mesmo que o
nosso emprego ou nossa vida estejam em risco.
j) Deve ter senso do fardo. Pregar não é algo fácil como muitos imaginam. É trabalhoso exaustivo;
k) Deve ter humildade. A primeira bem-aventurança declara: “Bem aventurados os humildes de espírito,
porque deles é o reino dos céus (Mt 5.3). Esse tipo de pobreza de espírito significa o conhecimento de nossas
limitações;
l) Deve ter mansidão. Outra pedra fundamental no caráter do ministro (Nm 12.3);
m) Deve ter paciência; Asia
n) Deve ter competência intelectual. Todo pregador deve levar para o seu trabalho certo equipamento básico.
Ele precisa ter facilidade para aprender ideias e retê-las. Todo pregador para alcançar sucesso na pregação
deve esmerar-se no estudo. O apóstolo Paulo aconselhou a Timóteo “Aplica-te a leitura” (1Tm 4.13; 2Tm
2.15);
o) Não há nada que o pregador possa saber que não seja de valor para ele: História, Literatura, Ciência, Arte,
Agricultura, Política, Medicina, Negócios, Sociologia, Publicidade, Filosofia, Música, Esportes, Acontecimentos
da atualidade, Línguas estrangeiras, Astronomia etc;
p) Quanto mais amplo o conhecimento, tanto maior a força e variedade em seu poder de ilustração e
aplicação;
q) A capacidade mental do pregador deve conter uma imaginação rica, como uma boa dose de originalidade,
poder de ilustração e uma sede insaciável de verdade. Há também nos bons pregadores uma imaginação
ativa e um toque artístico, isto é, um talento especial para apresentar uma história interessante ou uma frase
que comprove atenção. Isso é tão importante na pregação como a capacidade de arranjo lógico no
desenvolvimento do sermão;
r) Em resumo, o pregador não deve se conformar com seus conhecimentos já adquiridos, mas deve estar
constantemente envolvido nas pesquisas. Sua mente é a ferramenta básica, e ela deve ser suprida com amplo
conhecimento e ajustada com uma compreensão perceptível da palavra de Deus;
s) O pregador deve também ter espírito de liderança.
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O Milagre da Pregação
A pregação bíblica é um milagre duplo. O primeiro milagre é Deus usar um homem imperfeito, pecador e
cheio de defeitos para transmitir a perfeita e infalível Palavra de Deus. Trata-se de um Ser perfeito usando um
ser imperfeito como seu porta-voz. Só um milagre pode tornar isso possível.
O segundo milagre é Deus fazer com que os ouvintes aceitem o porta-voz imperfeito, escutem a mensagem
por intermédio do pecador e finalmente sejam transformados por essa mensagem. Esse é o grande milagre da
pregação!
Aos quarenta anos de idade, Moisés conhecia todas as técnicas dos mais variados ramos do conhecimento
humano, inclusive a arte de falar em público em diferentes línguas. Anos depois, quando Deus o desafiou a
Asia
tornar-se pregador, o erudito Moisés respondeu: “Ah! Senhor! Eu nunca fui eloquente...” (Êx 4.10). Faltava a
Moisés algo mais: o milagre! Foi esse milagre que Deus lhe ofereceu quando disse: “Vai, pois, agora, e eu serei
com a tua boca, e te ensinarei o que hás de falar” (Ex 4.12). Mesmo com relutância, Moisés aceitou o milagre e
tornou-se pregador e líder.
Por incrível que pareça, é essa mistura do humano com o divino que dá poder à pregação. Segundo Phillips
Brooks, teólogo americano, a pregação é a “apresentação da Verdade através da personalidade”, e foi Deus
quem escolheu essa combinação da Verdade perfeita com a personalidade imperfeita para dar poder à
pregação.
Em outras palavras, o pregador usa as características de sua personalidade, como conhecimento,
habilidade, voz, pensamento, e a sua vida para transmitir a Verdade Divina, e essa união do divino com o
humano tem o poder de alcançar outros seres humanos e transformá-los. Isto é pregação: um poderoso
milagre de Deus, o infinito fluindo por via finita, o perfeito chegando até nós por meio do imperfeito, a santidade
sendo transmitida através de pecadores, e isso tem o poder de transformar outros pecadores.
Com essa visão da pregação como um milagre de Deus, passemos a considerar os elementos técnicos e
estratégicos que Deus deseja utilizar nessa mistura do humano com o divino. Entraremos agora na parte
prática de como montar os sermões.
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SIMPLIFICADA

PARTE II Os Componentes do Esboço


Introdução
É na introdução que você vai despertar a atenção e simpatia dos ouvintes, mostrando a relação entre o
texto e suas próprias vidas.
Em sua elaboração procure responder à esta pergunta que estará na mente dos ouvintes: O que este
texto tem haver com a minha vida para que eu preste atenção nesta mensagem?

1.Importância da introdução:
a) Desperta a atenção
b) Ganha a simpatia
c) É na introdução que você fará a leitura do texto bíblico
d) Apresentará o título da mensagem
Para não errar:
2. Características da boa introdução: seu sermão precisa ser...
a) Está ligada ao tema Bíblico
b) É interessante Teologicamente correto
c) É clara e simples Cristocêntrico
d) É breve e direta Evangélico – comunica As Boas Novas
Espiritual – letra e intelecto não convence o
3. O que evitar na introdução: homem do pecado
Atual e pertinente – que responda as
Asia
a) Ficar se desculpando
necessidades do agora
b) Prometer uma grande mensagem
Profético – deve transmitir o que o Senhor
c) Impressionar com palavras difíceis quer dizer a igreja
d) Tentar ganhar a simpatia com piadas
e) Sobrecarregar a introdução com muitas informações
f) Antecipar algum ponto que será dito mais tarde, no desenvolvimento
g) Alongar-se

Atenção: o título indica o enfoque do texto,


traz o aspecto central das ideias desenvolvidas.
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4. As Fontes da Introdução:
a) Texto: referência ao autor ou uma explicação sobre o texto
b) Contexto: o que está escrito antes ou depois do texto lido, ou ainda a contextualização histórica-geográfica
do texto
c) Assunto do sermão: explicar o assunto ou a finalidade do sermão
d) Ocasião: essa pode ser uma das melhores maneiras de se introduzir um sermão
e) Ilustração: figura ou representação que se relacione bem com o assunto
f) Empirismo: experiência de vida do pregador

COMO ESCOLHER O TEXTO DO SERMÃO


Asia
Quando falamos do texto do sermão, nos referimos a uma parte específica
das Escrituras Sagradas, que desejamos estudar para depois expô-la aos
nossos ouvintes.
Não existe uma regra para o tamanho do texto, pode ser um versículo, um
conjunto de versículos ou ainda uma parte de um versículo.
Para um pregador iniciante, a escolha do texto do sermão pode tornar-se um
verdadeiro pesadelo, algo absolutamente desnecessário. O texto é-nos dado nas
Escrituras Sagradas. Todavia, precisamos reconhecer que dependemos do
Espírito Santo na escolha do texto.
Não podemos selecionar a passagem sozinhos ou sem recorrer à obra do
Mestre. Por isso, a oração é indispensável. Se escolhêssemos sozinhos um
texto bíblico, estaríamos correndo o risco de nos limitarmos a nossos assuntos
ou passagens preferidas.

Vale a pena observar também as seguintes regras práticas na escolha de seu texto:
a) Escolha-o com, pelo menos, uma semana de antecedência
b) Evite optar por textos difíceis, polêmicos ou de linguagem pomposa e extravagante
c) Não se limite apenas ao Novo Testamento, como faz a maioria dos pregadores
d) Varie os livros bíblicos, a fim de não negligenciar nenhum dos 66
e) Uma vez escolhido o texto, não mude mais, a não ser que o Espírito Santo assim indique claramente
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Desenvolvimento
O desenvolvimento é conhecido também como corpo do sermão. Este corpo é organizado em pontos ou
tópicos.

1. Importância do desenvolvimento:
a) Cria uma sequencia lógica para assimilação da verdade

2. Características de um bom desenvolvimento:


a) É organizado em pontos ou tópicos
b) Os pontos devem ser colocados em escala ascendentes
c) Deve conduzir o sermão ao climax
d) Deve ser claro e explicar elementos apresentados na introdução
Asia
3. Erros a se evitar no desenvolvimento:
a) Exagerar no número de pontos
b) Mudança brusca e ilógica do tema
c) Citação de nomes de pessoas sem seu consentimento ou de modo a constrangê-las
d) Prévia apresentação dos tópicos

DE OLHO NA DICA

O elemento preparatório para se passar de uma divisão para outra pode ser feito
por uma palavra ou uma breve sentença. Utilize:
AGORA - ALÉM DISSO - VEJAMOS - OUTRO PONTO - SEGUINDO -
A QUESTÃO SEGUINTE - CONTINUANDO
A transição de um tópico para outro pode ser caracterizada, também, pela
mudança de voz, gestos com mãos (sem exageros) ou respiração.
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Conclusão
Visa principalmente convencer os ouvintes a tomar uma decisão favorável à mensagem. Em sua
elaboração procure responder à esta pergunta que estará na mente dos ouvintes: Por que é importante que
eu mude a forma de pensar ou agir?
Encare a conclusão como a batalha final, para isso, reúna suas forças e seus melhores argumentos para
este momento.

1. Importância da conclusão:
a) Mostra que a mensagem atingiu seu objetivo
b) Leva os ouvintes a tomar uma atitude
c) Leva os ouvintes ao clímax
d) Momento onde ocorre o convite ("apelo")

2. Características de uma boa conclusão:


a) Encerra o assunto
Asia
b) Reforça a aplicação da mensagem
c) Enfatiza o positivo e não o negativo, as bênçãos e não as maldições
d) Incentiva o ouvinte a tomar a decisão certa
e) Fala de forma direta e pessoal (segunda pessoa do singular, usando-se o "você")
f) É simples e objetiva
g) É, geralmente, breve
h) Procura alcançar todos os grupos presentes

3. Erros a se evitar na conclusão:


a) Explicar os pontos novamente (eles podem ser relembrados, e não explicados de novo)
b) Incluir novas ideias.
c) Prometer bênçãos irreais
d) Concluir friamente
e) Terminar abruptamente
f) Dizer algo engraçado (isto pode ser útil no desenvolvimento, jamais na conclusão)
g) Alongar-se

4. O convite ou apelo:
Apele sem apelação. Diga claramente o que você pretende que o ouvinte faça em reação ao sermão recém
apresentado. No caso de não haver manifestações, não ameace o auditório com “pragas infernais”.
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Dicas ao pregador
1. Extensão do sermão
O Sermão deve ser curto ou longo? Como decidir entre os dois? Observe a fisionomia dos ouvintes, se eles
aparentam cansaço e apatia é bom caminhar para a conclusão.
O que é melhor? Um sermão curto sem conteúdo, ou um sermão longo com profundidade bíblica? Nenhum
dos dois. Observe o auditório!
Vale, também, perguntar ao pastor ou ao dirigente do culto quanto tempo você tem para explanar a
mensagem.
Lembre-se: nunca ultrapasse o tempo determinado. É feio e deselegante!

2. Ilustrações

Asia
As ilustrações jocosas, alegres e descontraídas cabem melhor no início do sermão. Seja mais solene ao
concluir. Use preferivelmente ilustrações verdadeiras, colhidas na experiência do dia-a-dia.

3. Dicção correta
Comer os “s” finais, errar concordância e pronunciar palavras incorretamente refletem pouca cultura e
desprestígio à língua portuguesa.
Exemplos: Jesuis, fômu, bênça, os discípulos estava e muitos outros.

4. Tom de voz
Com sua voz o pregador denuncia sua convicção. Gritar e esmurrar o púlpito não convencem, nem
escondem o caráter do pregador. Module a voz. Fale alto, baixo, rápido, vagarosamente. Voz monótona dá
sono!

5. Anúncio do texto bíblico


Ao enunciar o texto bíblico seja claro quanto ao livro e preciso na referência. Aguarde até que o auditório
tenha localizado o texto.

6. Aplicação prática
Seja prático nas aplicações. O que é melhor dizer? - “Levemos Jesus ao mundo” (genérico), ou “Ao chegar
em sua casa hoje, pegue o telefone, ligue para sua mãe que não é crente e diga-lhe: mamãe eu amo você e
Jesus a ama também...”

7. Esboço do sermão
Se precisar olhar seu esboço, faça com brevidade, não fique procurando informações. Isso pode soar como
despreparo.

8. Gestos
Os gestos do pregador reforçam os verbos. Gesticulação sem propósito denuncia o nervosismo do pregador,
e não causa bom efeito nos ouvintes.
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9. O uso do microfone
O microfone é um amigo do pregador! Não dê pancada nele antes de usá-lo. No caso de dificuldades em
conviver com ele, faça um curso e aprenda a usar o recurso. Não fique limpando o microfone com toalhas ou
no paletó, isso é desagradável.

10. Autenticidade
Pregue, de preferência, os seus sermões. Pregue sermões de outros pregadores, quando desejar. Ao fazê-lo,
diga a fonte. Não é feio omitir, é desonesto! Alguém descobrirá o plágio e você cairá em descrédito.
Seja autêntico! Sua personalidade é única. Não tente imitar outros pregadores.

12. Expressão facial


Mantenha uma fisionomia tranquila. Não é preciso sorrir sempre. O auditório vê o sermão no semblante do
pregador, antes de ouvi-lo através de sua voz.
Altere a expressão facial sempre que o texto exigir.

13. Movimentação
Asia
Caminhar na plataforma é um bom exercício para o pregador e uma excelente maneira de arremessar o
auditório para fora do sermão. Procure aquietar-se!

14. Clareza
Ao ler o texto básico do sermão, respeite a pontuação e enfatize os termos que serão explicados e aplicados
durante a mensagem. Leia o texto em voz alta algumas vezes durante a preparação do sermão, isso trará
familiaridade e evitará erros grotescos na hora da leitura.

15. Emoção
O pregador pode chorar. Há ocasiões em que isto é inevitável durante o sermão. É espontâneo e natural, não
mero artifício de comunicação. Mas, o chorar não deve se tornar um hábito.

16. Chavões
A grande massa evangélica produz a sua gíria. Chavões circulam no meio do povo como “axioma teológico”.
Cabe ao pregador fugir dessas expressões inócuas, tais como: “Amém, irmãos!” - “Uma bênção... Uma
Maravilha!”, “O toque de Deus”, e outras. Usá-las no sermão, a todo o momento, reflete pobreza de exegese
bíblica e falta de vocabulário.

17. Desculpas
Ao pregador não cabe o pedir desculpas pelo conteúdo da mensagem que foi, ou será apresentada.
Desculpar-se não é bom nem antes, nem depois do sermão. A falsa humildade revela verdadeiro desleixo.

18. Tiques
O pregador, nervoso, repete o mesmo gesto. Leva a mão ao nó da gravata, pigarreia, arruma os óculos no
rosto. Todo o gesto repetido desperta a atenção do ouvinte e desvia-o do sermão. Controle-se.

Para os iniciantes no ministério é interessante pregar em casa na frente do espelho, gravar sua voz para que
você analise como está sua dicção e pregar para familiares mais chegados, para que eles possam alertar
sobre possíveis tiques. Observe-se a si mesmo! Antes que os adolescentes façam piadas de você!
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PARTE III Onde Pesquisar


A Bíblia é a principal fonte de inspiração e pesquisa. No entanto, isso não quer dizer que o pregador
não possa recorrer a fontes secundárias. Nesta seção veremos livros, sites e outras ferramentas que podem
auxiliá-lo na hora da montagem do sermão.

1. Bíblia:
O bom pregador precisa ter ao seu alcance diferentes versões da Bíblia. Isso pode facilitá-lo no entendimento
de variados textos. Nesse momento, a internet é uma grande aliada. Existem aplicativos confiáveis que
apresentam variadas versões dos textos sagrados. Nossa indicação é o Bible em www.bible.com.
Além disso, a Bíblia de Estudo Pentecostal apresenta interessantes recursos que podem auxiliar o
pregador.

2. Dicionários:
São essenciais e fundamentais. Abrem um leque de conhecimento e esclarecem importantes questões. Nossa
sugestão é o Dicionário Wycliffe, além de completo, pode ser baixado com facilidade na internet.

3. Livros:
Paixão dos estudiosos, os livros são, geralmente, fontes confiáveis de pesquisa. Na dúvida, leia sempre dois
autores diferentes sobre o mesmo tema. Tenha em mente que a verdade bíblica é única, mas as opiniões dos
autores não.
Não hesite em consultar, também, livros seculares, eles são importantes fontes de pesquisa, sobretudo de
História.

4. Sites:
A internet é uma bênção quando usada de forma consciente. Sites confiáveis indicam os autores
apresentando uma breve biografia e informam as fontes utilizadas. Não confiem em sites sem autorias.
Fique ligado: a Wikipédia não é confiável e não deve ser usada como fonte de pesquisa!
Nossas indicações são (apenas alguns):
www.omundobiblico.net - você pode fazer o download é ter sempre a mão uma fonte de pesquisa com
mapas, datas, dicionário e diversos recursos.
www.gotquestions.org/Portugue - este site apresentam questões bíblicas respondidas.
www.voltemosaoevangelho.com - este blog disponibiliza textos e vídeos online de diversos pregadores do
mundo inteiro.
www.mapasbiblicos.blogspot.com.br - este blog apresenta diversos mapas bíblicos.
www.escoladominical.com.br - site da CPAD com diversos recursos, sobretudo para escola dominical.

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