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Adriano Picanço
Tema: Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE)
❖ INTRODUÇÃO
➢ Doença de Alta prevalência
➢ Tem muito material na literatura: consensos, guidelines.
➢ DRGE X DISPEPSIA – tem sintomatologia muito parecida: azia/pirose, dor
em queimação na região epigástrica, as vezes sobre. O que torna a avaliação
inicial difícil de identificar uma ou outra. Por isso se faz o diagnostico
sindrômico, depois a patologia em si.
➢ Precisa ter em mente os sintomas/manifestações extra-esofágicas, as vezes o
paciente chega com sintomas típicos, mas as vezes ele chega com sintomas
não relacionados ao TGI: Tosse, pneumonia, asma, rinite, sinusite→ podem
esta relacionadas a doença do esôfago.
➢ Definição de Esôfago de Barret → quando ocorre migração para a parte dista
da região esofágica de células da mucosa gástrica ;
❖ CONCEITO
➢ Pelo consenso de Montreal (mundialmente aceito): DRGE é uma condição, na
qual se desenvolve o refluxo de conteúdo do estomago, causando uma gama
variável de sinais e sintomas.
➢ Pelo consenso brasileiro (ele é bem mais especifico): É o fluxo retrógado do
conteúdo gastroduodenal para o esôfago, e/ou órgãos adjacentes, acarretando
em espectro variável de sintomas e/ou sinais esofagianos e/ou
extraesofagianos, associados ou não a lesões teciduais.
- Prevalência:
> Afecção mais frequente na prática clínica
> Afecção orgânica mais comum de todo tudo digestivo
> Pirose: sintoma predominante – ocorre 1x/semana em 20% da população
> Brasil: 12%
❖ FISIOPATOLOGIA
➢ Relacionada aqueles mecanismos de contensão, mecanismos anti-refluxo:
EEI, diafragma, ângulo de His, válvula de Gubaroff e membrana
frenoesofágica (Laimer);
➢ Quando ocorre uma distorção dessa anatomia (hérnia de hiato por exemplo),
favorece o refluxo. Outros:
➢ Peristalse
➢ EEI (hipotônico)
➢ Diafragma
➢ Aumento do gradiente de pressão toraco-abdominal (obesidade, gravidez,
ascite);
❖ DIAGNÓSTICO
➢ Boa avaliação clínica
➢ Anamnese cuidadosa
➢ Sintomas: azia, pirose e regurgitação
➢ Intensidade, duração e frequência
OBS: professor comenta que só a partir da anamnese ele já pode não seguir com a
investigação: paciente sem sintomas de alarme, jovem < 40 anos com queixas de sintomas
típicos de DRGE, já pode começar uma terapêutica empírica (prova terapêutica), inicia o
IBP e reavalia o resultado em 4-8 semanas, se melhorar dx: DRGE, é dx de certeza? Não!
Pois teria que seguir com a investigação, mas já pode parar por ai.
❖ DIAGNÓSTICO (EXAMES)
➢ EDA → sempre faz parte da avaliação, porém tem uma sensibilidade baixa para o
refluxo em sim, mas ela ajuda a excluir alterações anatômicas que são fatores de
confusão para o dx de refluxo.
➢ Sensibilidade: 60%
➢ Fácil execução e acesso
➢ Método de escolha
➢ Avaliar a gravidade e realizar biópsias
➢ Classificações: Savary-Miller e Los Angeles ( usada atualmente)
→ Esofagografia → Foi utilizada durante muitos anos como exame auxiliar importante
na investigação de DRGE;
➔ Paciente toma um copo com contraste e fica no aparelho de RX, ele se
movimenta, se deita, vira um pouco de cabeça para baixo que é para observar
se com o aumento do gradiente de pressão , ele apresenta refluxo. (visto na
imagem de rx)
o Professor comenta que quando ele estudava, diziam que para investigar a
doença do refluxo, precisaria de uma manometria esofágica, que ela auxiliaria
no dx de refluxo... mas ela não dá o dx de refluxo, ela auxilia a identificar a
localização que será posicionada a sonda de Phmetria e ajuda a identificar
alterações motoras do esôfago que vão contraindicar qualquer procedimento
cirúrgico.
➔ Manometria → avalia a atividade motora do órgão, funcionalidade dos
esfíncteres (consegue ver se está hipotônico ou normotônico), atividade motora
pré-op, loc dos esfíncteres esofagianos.
➔ TTO MEDICAMENTOSO
➢ IBP : o prf faz o escalonamento – não respondeu a um, parte pra outro na
ordem: OMEPRAZOL, PANTOPRAZOL, ESOMEPRAZOL, DEXLANZOPRAZOL .
➢ Manejo dos Sintomas de Refluxo:
• Se tem sintomas atípicos ou não específicos ou de alarme → encaminhar
para o especialista.
• Sintomas típicos de DRGE → Iniciar IBP por 2-4 semanas, sintomas persistir
encaminhar para o especialista, se melhorar: suspende IBP e reavalia se tem
sintomas de alarme ou recaída frequentes, se sim encaminha pro
especialista.
➔ INDICAÇÕES:
➢ Pirose e regurgitação sem melhora com uso de IBP;
➢ Tosse induzida por refluxo;
➢ Paciente sem condições financeiras de manter o tto
➢ Mulheres pós menopausa com osteoporose. Pois o uso crônico de IBP
diminui a absorção de cálcio, o que piora o quadro.