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I. Fatos
Em 10/06/2019, o autor contratou com a ré o plano “Vivo Pós 6 GB”, no valor mensal de R$
89,99.
O preposto da ré, nesse dia, disse ao autor que na primeira fatura seria cobrado apenas o
valor proporcional do plano.
No dia 30/6, a primeira fatura chegou, via e-mail, para o autor, no valor de R$ 319,39.
Na fatura, com vencimento para o dia 08/07/2019, constava o valor discriminado correto do
valor proporcional do plano, que foi de R$ 31,92.
Sucede que a vivo exigiu a cobrança de mais R$ 287,47 sob a rubrica “LIGAÇÕES DE
LONGA DISTÂNCIA OUTRAS OPERADORAS”.
Na fatura de julho/2019, a ré incluiu novamente a cobrança de ligações sob a rubrica acima
referida, no valor de R$ 90,56.
As ligações feitas pelo Autor sempre foram de Vivo para Vivo, quando os destinatários
estavam situados em outros Estados do Brasil.
Estas afirmações estão comprovadas pelos documentos que instruem esta petição inicial.
Vejamos.
Primeiro, analisemos quais foram as únicas ligações consideradas de longa distância realizadas
pelo Autor.
Pelo extrato detalhado disponibilizado pela ré (em anexo), nos meses de junho e julho o autor
realizou chamadas para os seguintes números fora do Estado de Minas Gerais (DDD 71 – longa
distância):
(71) 98802-4780
(71) 98802-4783
Estes dois números, que geraram as cobranças absurdas ora impugnadas, são da operadora
VIVO (ré):
Ora, Excelência, os serviços que estão incluídos no plano contratado pelo autor estão
elencados nas próprias faturas:
Trata o caso de relação de consumo, em que se aplicam as normas consumeristas, pelo que
não há que se indagar a respeito da culpa da requerida. A responsabilidade decorre,
exclusivamente, da falha na prestação do serviço (CDC, art. 14).
A parte ré descumpriu o contrato estabelecido com o autor quando deixara de observar a cláusula
que concede ligações ilimitadas de celulares Vivo para outros celulares Vivo, qualquer que fosse o
DDD. Houve, portanto, cobranças indevidas, sem lastro contratual, realizadas pela requerida.
Requer o autor a concessão de tutela provisória, para que a ré i) não suspenda a prestação do serviço
por ausência de pagamento e ii) que seja emitida fatura no valor previsto no contrato.
O autor apenas se recusa a pagar por serviços que não foram contratados, isto é, arcar com
cobranças sem lastro contratual – ligações de Vivo para Vivo.
Requer, também, que a parte ré seja intimada a emitir fatura no valor disposto no contrato, a saber,
em junho/2019 no valor de R$ 31,92 e em julho/2019 no valor de R$ 89,99.
A presença do fumus boni iuris pode ser comprovada a partir da documentação que instrui esta
peça. Os documentos dão conta de que o autor apenas fez ligações cujos custos já estão incluidos
no pacote do plano (Ligações DDD Operadora VIVO).
O perigo da demora exsurge das inúmeras dificuldades que a ausência de uma linha telefônica pode
causar a um cidadão na atualidade. Ficar sem celular trará sérios contratempos ao autor.
IV. Requerimentos
Ante o exposto, requer:
Dá-se à causa o valor de R$ 378,03 (trezentos e setenta e oito reais e três centavos).
Pede deferimento