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REVISÕES EM PEDIATRIA
Resumo
INTRODUÇÃO
Apesar dos avanços no diagnóstico e no tratamento nas últimas décadas, esta desordem
apresenta ainda muitos desafios5.
HISTÓRICO
Os Chineses herbicistas, quatro mil anos atrás, usavam líquido seminal e urina de recém
nascidos para aliviar sintomas dispépticos.
No século XVII, Paul de Aeginia tratava pacientes dispépticos com Kaolin, enquanto,
no século XVI, Paracelsus defendia o uso de pó de pérolas.
DIAGNÓSTICO
Na investigação do refluxo gastroesofágico, três tipos de testes são freqüentemente
utilizados7:
Isso faz com que a seriografia e a cintigrafia sejam pouco específicas para o diagnóstico
da doença. Em estudo retrospectivo com 169 crianças, para se comparar a pHmetria
convencional de 24 horas com a seriografia, a pHmetria detectou refluxo em 89% dos
casos, com baixa incidência de falsos negativos (7%). A seriografia (Figura 1, 2 e 3)
apresentou baixa sensibilidade (43%) e uma alta incidência de falsos negativos (48%).
A seriografia, realizada em 344 pacientes saudáveis com vômitos crônicos, demonstrou
anormalidades anatômicas em 0,6% dos pacientes. A baixa acurácia da seriografia para
o refluxo gastroesofágico, principalmente em lactentes, a alta freqüência de refluxo
gastroesofágico não patológico nesse grupo etário e a alta taxa de tratamento
conservador, sugerem fortemente que a decisão clínica não deve ser baseada na
demonstração radiológica de refluxo12.
Figura 1 - Seriografia de paciente de 6 anos com Ruminação. Diagnóstico: Acalasia de
esôfago
Figura 2 - Seriografia em criança de 1 mês com "cólicas". Diagnóstico: Espasmo
esofagiano por alergia ao leite de vaca
Figura 3: Seriografia de recém nascido vomitador. Diagnóstico: Atresia de duodeno
A pHmetria pode ser realizada com vários canais (de um a quatro - dependendo do
equipamento utilizado). A pHmetria esofágica com dois canais, teoricamente, é indicada
em pacientes com doenças respiratórias crônicas. No entanto, a monitoração do pH da
faringe e do esôfago proximal, ainda não foi validada25. Quando realizada com dois
canais, não se conseguiu avaliar a gravidade dos sintomas ou sinais do refluxo na
laringe. Somente os sintomas de dor retro esternal tiveram correlação com refluxo
esofágico e laringofaríngeo26.
Tratamento
A maior parte dos casos de refluxo funcional não necessita de tratamento específico18.
Na ausência de erosões esofágicas, o objetivo do tratamento do refluxo gastroesofágico
é aliviar os sintomas do paciente5.
Somente pacientes com esofagite complicada têm significante refluxo nas 2 posições.
Para pacientes com doença grave, medidas posturais não são necessárias30.
A posição parece ser mais importante que a viscosidade da dieta. O decúbito ventral
parece ser a posição ideal para tratar pacientes com sintomas de pneumonia e apnéia.
No entanto, a combinação entre dieta espessada e decúbito ventral parece ser a melhor27.
Posição de decúbito ventral com cabeceira elevada em 30º é superior à posição de
decúbito dorsal ou em pé, enquanto pacientes estavam acordados ou dormindo29.
Apesar de fórmulas espessadas não diminuírem refluxos ácidos, elas podem ter uma
"ação cosmética", reduzindo os vômitos40.
Inibidores da Secreção
Mais estudos são necessários para avaliar o uso por tempo prolongado, por não se saber
o efeito da elevação crônica da gastrina em crianças. Em adultos, tem sido demonstrado
segurança no uso por longo tempo51. A dose de omeprazol em crianças por Kg de peso é
significativamente maior do que em adultos, especialmente entre 1 e 6 anos(0,7 a 1,4
mg/Kg/dia)49,52,53. Omeprazol em crianças é bem tolerado, altamente eficaz e seguro para
o tratamento da esofagite erosiva e dos sintomas de refluxo gastroesofágico, incluindo
para aquelas em que a cirurgia anti-refluxo e/ou outras medicações não obtiveram o
resultado esperado. Em estudo duplo cego controlado com placebo, omeprazol
melhorou significativamente a exposição de ácido no esôfago, mas não melhorou a
irritabilidade de lactentes, que só melhorou com o tempo54.
Lanzoprazol é uma opção de tratamento para esofagite. É uma droga segura para uso em
pediatria55. Após cinco dias de tratamento, lanzoprazol produziu um aumento
significativo do pH intra gástrico médio. A cura é alcançada em quatro semanas em
80% dos pacientes56. A dose recomendada é de 15 mg/dia para crianças abaixo de 30Kg
e de 30 mg para as maiores de 30 Kg55,56. O esopmeprazol também pode ser utçlizado em
adolescentes em uma dose de 20 a 40 mg por dia52.
É importante lembrar que o suco gástrico é uma defesa importante quando se refere a
agentes infecciosos comunitários.
Cirurgia
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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