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Kalel

Kalel é um shadowrunner que ganhou rapidamente dinheiro e reputação suficientes


para abrir uma famosa boate noturna e iniciar sua vida como atravessador, utilizando
seus contatos de rua e trabalho para este fim.

Foi em sua boate "Bizarro", que Kalel conheceu Meisa há dois anos, atraído
inicialmente por sua beleza.
Meisa estava sentada no bar, tentando obter informações de trabalho, quando Kal
fingindo ser um atendente se apresentou e então começaram a conversar. Inicialmente
ele não tinha certeza de que ela era tão boa quanto dizia ser, em entrar e sair sem ser
percebida, mas desejando manter contato com a jovem bela elfa, Kalel prometeu
arranjar um encontro com ela e um sr. Tanaka precisando dos serviços de alguém com
o seu perfil.

Kalel cumpriu sua promessa rapidamente e o primeiro trabalho que arranjou para
Meisa foi simples e quase sem riscos, mas tão bem-sucedido que não foi difícil lhe
conseguir mais e mais.

Rapidamente Bizarro se tornou o local favorito de Meisa, onde ela adora passar muitas
noites dançando, fazendo novos contatos ou conversando em uma das mesas do bar
com seus amigos mais próximos (pcs).

Apesar de sua beleza considerável, os frequentadores mais assíduos de Bizarro evitam


flertar descaradamente com ela, pois a maioria já percebeu que o relacionamento
entre Kalel e ela não é apenas o de uma simples amizade. E, como ninguém quer irritar
o cara que pode lhes conseguir o trabalho dos sonhos ou uma furada mortal, Meisa
consegue dançar e se divertir bastante sem ser muito incomodada.

Akemi

Akemi geralmente tinha sono pesado, por causa dos remédios que tomava, e não
acordava facilmente. Porém, naquela noite, em sua confortável cama de lençóis
trançados com cyberfios aquecidos, sentiu-se incomodada e então se levantou.

Caminhou na semiescuridão da casa, ganhada recentemente de seus pais em


comemoração à sua formatura em medicina, até alcançar a sala de estar, onde a
clareira digital aquecia e iluminava parcialmente o ambiente.
Entretanto, seus olhos foram parar no que achou ser inicialmente um vulto, mas então
entendeu ser uma jovem de orelhas pontudas, vestida com uma roupa tão escura
quanto as sombras da sala. A elfa encarava a grande pintura sobre a lareira. Uma obra-
prima do passado, herdada pela família de Akemi e dada de presente a ela por seu
pai. A peça preferida de Akemi em toda aquela casa.
Akemi se perguntou de onde teria vindo aquela elfa. Por que ela estaria ali? E por que
estaria triste?

As luzes da clareira brilharam sobre as lágrimas no rosto da jovem elfa e então ela se
virou para Akemi, vendo-a pela primeira vez.
No instante seguinte, a elfa apontava uma arma, avisando que eram apenas
tranquilizantes e que iria levar a pintura.
Akemi disse que poderia levar o quadro, que não a impediria, mas pediu que a ouvisse
por alguns segundos antes de atirar. Os olhos da jovem elfa brilharam em curiosidade
e ela a ouviu.
Então, as palavras saíram de Akemi como se tivessem represadas há muito tempo. Ela
queria ir lá fora, queria conhecer o mundo de onde a elfa tinha vindo. E em troca
poderia levar o quadro, ela prometeu nunca denunciar o roubo. Desconfiada a elfa riu
e negou, mas Akemi ofereceu dinheiro ou qualquer outra coisa que precisasse. Então,
como se tivesse testando-a, a elfa pediu a outra tela, a irmã daquela sobre a lareira.
Surpresa, por ela conhecer a outra peça, Akemi prometeu dizer onde estava, se a
levasse para o mundo dela e a trouxesse em segurança no dia seguinte.
E mesmo ainda desconfiada, a outra aceitou.

Akemi teve tempo de se trocar sob a supervisão da invasora que lhe disse exatamente
o que deveria vestir e pegar sua mochila. E, carregando a pintura enrolada em uma
proteção, ambas saíram sorrateiramente. Logo Akemi se viu na garupa de uma moto,
em direção a um mundo terrível e ainda assim incrível, que ela sempre havia desejado
conhecer.

E quando a elfa avisou que a levaria para uma boate para passar o tempo, Akemi
negou e pediu para ir até as áreas mais pobres e necessitadas, onde famílias tentavam
sobreviver. Ela precisou insistir para convencê-la.

Foram para um Abrigo para pobres, onde a elfa não conseguiu evitar a expressão de
espanto e descrença ao ver Akemi tirar da mochila um kit médico e começar a atender
desde o mendigo ork tossindo algo verde, até a criança troll no colo da mãe humana
subnutrida e o rapaz destruído pelas drogas.

Harpia (como ela descobriu que a elfa era chamada nas ruas) a protegeu naquela noite
e, antes de amanhecer, a levou de volta para sua rica casa. Entretanto, quando Akemi
iria lhe contar onde estava a outra peça de arte, Harpia devolveu a pintura dela.
Harpia disse que, apesar da pintura lembrar sua mãe, não a queria mais, pois não
roubaria nada de Akemi. Nunca.

E então veio a proposta de Akemi.


Ela queria voltar para aquelas ruas, queria ajudar aquelas pessoas com seu
conhecimento médico.

No início Akemi e Meisa iniciaram um relacionamento de negócios. Ela pagou Harpia


para a transformar em uma outra pessoa naquelas ruas, uma pessoa que pudesse
caminhar entre eles e atuar como médica em segurança. Mas em pouco tempo algo
mais do que amizade surgiu entre elas.

Akemi confiou cegamente em Maise e fez tudo o que pediu, deu a ela todo o dinheiro
que precisava para obter uma identidade falsa para si, alugar uma pequena clínica de
rua, comprar uma arma para a sua segurança e treiná-la. Em nenhum momento
percebeu que Meisa tentou enganá-la e isso fez sua confiança crescer mais e mais
nela.
Apesar dos perigos das ruas de Tókio, hoje Akemi dorme sem precisar de remédios e
sente que há um motivo para continuar a viver e suportar a vida vazia em seu mundo
luxuoso. Ela também tem consciência que teve muita sorte em conhecer e confiar na
pessoa certa, muitos shadowrunners a teriam traído e pedido um resgate milionário
para sua família, por isso faz o que pode para ajudar Meisa quando se trata de
necessidades médicas. Conseguir biônicos e cibernéticos de última geração, além de
uma sala de cirurgia segura e prontamente equipada em um dos hospitais em que
trabalha foi, por enquanto, tudo o que conseguiu fazer por ela em agradecimento.

Agora Akemi vive duas vidas. Uma em sua bela casa, trabalhando em uma clínica de
ponta. E outra nas ruas dos bairros pobres de Tókio, como uma médica de rua.

Entre jantares e encontros formais com os amigos de sua família, Akemi também
consegue algum tempo para ir até Bizarro, se divertir com Meisa e Kalel. Uma fuga
bem-vinda de suas responsabilidades e medos, que Akemi aproveita como se não
fosse existir o amanhã.

Mesmo que Akemi descubra que o amanhã signifique acordar algumas vezes ao lado
de uma bela elfa ladina e seu namorado de braços cibernéticos, para então fugir
sorrateiramente de volta ao seu mundo dourado.

Maki

Maki uma vez trabalhou em uma importante corporação, até ter tido a coragem de
denunciar o assédio que ela e outras funcionárias sofriam de um corporativo. Ele foi
punido sendo enviado para outra sede. Ela foi demitida com uma desculpa
esfarrapada.
Os tribunais não fizeram nada por ela e ainda precisou pagar as despesas dos
advogados, levando sua família à pobreza. Então, Maki resolveu encontrar outra forma
de conseguir justiça e se vingar.

Seu trabalho jornalístico não é apenas sobre fofocas da vida dos corporativos de
sucesso. Ela está escavando o lado podre das corporações para mostrar ao mundo o
que elas realmente são. Nenhuma corporação ajuda ninguém. São vampiras que
sugam o mundo ao redor, destruindo sonhos e vidas.

Maki recentemente conheceu Meisa no balcão do bar de Bizarro, desde então tem
conseguido obter algumas informações em troca de outras.

Ela só está apenas começando e no momento sabe que não é nenhuma ameaça às
corporações, mas tem certeza que um dia a informação certa irá parar em suas mãos
e então tudo vai mudar...

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