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Escrevente Técnico Judiciário

Edital 2017
Sumário

Língua Portuguesa – Prof. Carlos Zambeli . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5


Informática – Prof. Márcio Hunecke . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145
Atualidades – Prof. Thiago Scott . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 339
Noções sobre Direitos das Pessoas com Deficiência – Prof. Mateus Silveira . . . . . . . . . . . . . . 387
Noções sobre Direitos das Pessoas com Deficiência – Prof. Rafael Ravazolo . . . . . . . . . . . . . . 397
Matemática – Prof. Dudan . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 411
Raciocínio Lógico – Prof. Edgar Abreu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 639
Direito Constitucional – Prof. André Vieira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 735
Direito Constitucional – Profª Alessandra Vieira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 775
Direito Administrativo – Profª Tatiana Marcello . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 785
Direito Penal – Prof. Joerberth Nunes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 857
Direito Processual Penal – Prof. Joerberth Nunes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 881
Direito Processual Civil – Prof. Giuliano Tamagno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 961
Estatuto dos Funcionários Públicos Civis de SP – Prof. Leandro Roitman . . . . . . . . . . . . . . . . 1095
Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Prof. Giuliano Tamagno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1113

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Língua Portuguesa

Professor Carlos Zambeli

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SEMÂNTICA E VOCABULÁRIO

Semântica

A semântica linguística estuda o significado usado por seres humanos para se expressar através
da linguagem.
Dependendo da concepção de significado que se tenha, têm-se diferentes semânticas.

Polissemia

A polissemia é o fato de uma determinada palavra ou expressão adquirir um novo sentido além


de seu sentido original, guardando uma relação de sentido entre elas.

Exemplos de polissemia:

Eu adoro comer laranja. Depositei o dinheiro neste banco.


Pintei a parede de laranja. Preciso sentar em um banco.
Esse era o laranja do grupo. Essa fruta chama-se manga.
Rasguei a manga da minha camiseta.

Palavra + contexto da frase + contexto do parágrafo + ideia do texto


A soma dessa equação chama-se CONTEXTO!

Sinonímia
Sinônimo é a palavra que tem significado idêntico ou muito semelhante ao de outra.

Edgar passou um trabalho fazendo a prova de Português.


Edgar passou um sufoco fazendo a prova de Português.
Edgar passou um aperto fazendo a prova de Português.

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Tenho muita esperança com esse concurso!
Tenho muita descrença com esse concurso!
Só escuto verdades no discurso dele.
Só escuto falsidades/ fantasias no discurso dele.
Ele vive uma realidade estranha.
Ele vive um sonho estranho.

Ambiguidade
Aquilo que pode ter mais de um sentido ou significado. É aquilo que apresenta indecisão,
hesitação, imprecisão, incerteza, indeterminação.
Papa abençoa fiéis do hospital. Edgar encontrou a esposa em seu carro. A cachorra da minha
colega é linda. Os alunos viram o incêndio do prédio ao lado.

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Português

CLASSES DE PALAVRAS (MORFOLOGIA) / FLEXÃO NOMINAL E VERBAL

A morfologia está agrupada em dez classes, denominadas classes de palavras ou classes


gramaticais.
São elas: Substantivo, Artigo, Adjetivo, Numeral, Pronome, Verbo, Advérbio, Preposição,
Conjunção e Interjeição.

Substantivo (nome)
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é a classe gramatical de palavras
variáveis, as quais denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os substantivos
também nomeiam:
•• lugares: Brasil, Rio de Janeiro...
•• sentimentos: amor, ciúmes ...
•• estados: alegria, fome...
•• qualidades: agilidade, sinceridade...
•• ações: corrida, leitura...

Destaque zambeliano
Concretos:
os que indicam elementos reais ou imaginários com existência própria, independentes
dois sentimentos ou julgamentos do ser humano.
•• Deus, fada, espírito, mesa, pedra.

Abstratos:
os que nomeiam entes que só existem na consciência humana, indicam atos,
qualidades e sentimentos.
•• vida (estado), beleza (qualidade), felicidade (sentimento), esforço (ação).

•• Dor, saudade, beijo, pontapé, chute, resolução, resposta

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Sobrecomuns
Quando um só gênero se refere a homem ou mulher.a criança, o monstro, a vítima, o
anjo.
Comuns de dois gêneros
Quando uma só forma existe para se referir a indivíduos dos dois sexos.
•• o artista, a artista, o dentista, a dentista...

Artigo

Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se ele está sendo empregado de
maneira definida ou indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o
número dos substantivos.

Detalhe zambeliano 1
Substantivação!
•• Os milhões foram desviados dos cofres públicos.

•• Não aceito um não de você.

Detalhe zambeliano 2
Artigo facultativo diante de nomes próprios.
•• Cláudia não veio. / A Cláudia não veio.

Detalhe zambeliano 3
Artigo facultativo diante dos pronomes possessivos.
•• Nossa banca é fácil.

•• A Nossa banca é fácil.

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Português – Emprego das Classes de Palavras/Morfologia – Prof. Carlos Zambeli

Adjetivo

Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser e se "encaixa"


diretamente ao lado de um substantivo.
•• O querido médico nunca chega no horário!

•• O aluno concurseiro estuda com o melhor curso.

Morfossintaxe do Adjetivo:
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas relativas aos substantivos, atuando como adjunto
adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto).

Detalhe zambeliano!
•• Os concurseiros dedicados estudam comigo.

•• Os concurseiros são dedicados.

Locução adjetiva
•• Carne de porco (suína)
•• Curso de tarde (vespertino)
•• Energia do vento (eólica)
•• Arsenal de guerra (bélico)

Pronome

Pessoais
•• a 1ª pessoa: aquele que fala (eu, nós), o locutor;
•• a 2ª pessoa: aquele com quem se fala (tu, vós) o locutário;
•• a 3ª pessoa: aquele de quem se fala (ele, ela, eles, elas), o assunto ou referente.
As palavras EU, TU, ELE, NÓS, VÓS, ELES são pronomes pessoais. São denominados desta forma
por terem a característica de substituírem os nomes, ou seja, os substantivos.

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•• Vou imprimir uma apostila da Casa do concurseiro para dar no dia da inscrição da Ana.

•• Vou imprimir uma apostila da Casa do concurseiro para dar no dia da inscrição dela.

Os pronomes pessoais classificam-se em retos e oblíquos, de acordo com a função que


desempenham na oração.
RETOS: assumem na oração as funções de sujeito ou predicativo do sujeito.
OBLÍQUOS: assumem as funções de complementos, como o objeto direto, o objeto indireto, o
agente da passiva, o complemento nominal.

“Não sei, apenas cativou-me. Então, tu tornas-te eternamente responsável por aquilo que
cativa. Tu podes ser igual a todos outros no mundo, mas para mim serás único.”

Indefinidos
Algum material pode me ajudar. (afirmativo)
Material algum pode me ajudar. (negativo).
Outros pronomes indefinidos:
tudo, todo (toda, todos, todas), algo, alguém, algum (alguma, alguns, algumas), nada, ninguém,
nenhum (nenhuma, nenhuns, nenhumas), certo (certa, certos, certas), qualquer (quaisquer), o
mesmo (a mesma, os mesmos, as mesmas),outrem, outro (outra, outros, outras), cada, vários
(várias).

Demonstrativos
Este, esta, isto – perto do falante.
ESPAÇO � Esse, essa, isso – perto do ouvinte.
Aquele, aquela, aquilo – longe dos dois.
Este, esta, isto – presente/futuro
TEMPO � Esse, essa, isso – passado breve
Aquele, aquela, aquilo – passado distante
Este, esta, isto – vai ser dito
DISCURSO �
Esse, essa, isso – já foi dito
RETOMADA
Edgar e Zambeli são dois dos professores da Casa do Concurseiro. Este ensina Português;
aquele, Matemática.

Possessivos
•• Aqui está a minha carteira. Cadê a sua?

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Português – Emprego das Classes de Palavras/Morfologia – Prof. Carlos Zambeli

Verbos

As formas nominais do verbo são o gerúndio, infinitivo e particípio. Não apresentam flexão de
tempo e modo, perdendo desta maneira algumas das características principais dos verbos.

Tempo e Modo
As marcas de tempo verbal situam o evento do qual se fala com relação ao momento em que se
fala. Em português, usamos três tempos verbais: presente, passado e futuro.
Os modos verbais, relacionados aos tempos verbais, destinam-se a atribuir expressões
de certeza, de possibilidade, de hipótese ou de ordem ao nosso discurso. Essas formas são
indicativo, subjuntivo e imperativo.
O modo indicativo possui seis tempos verbais: presente; pretérito perfeito, pretérito imperfeito
e pretérito mais-que-perfeito; futuro do presente e futuro do pretérito.
O modo subjuntivo divide-se em três tempos verbais: presente, pretérito imperfeito e futuro.
O modo imperativo apresenta-se no presente e pode ser afirmativo ou negativo.

Advérbio

É a classe gramatical das palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio.
É a palavra invariável que indica as circunstâncias em que ocorre a ação verbal.

•• Ela reflete muito sobre acordar cedo!

•• Ela nunca pensa muito pouco!

•• Ela é muito charmosa.

O advérbio pode ser representado por duas ou mais palavras: locução adverbial (à direita,
à esquerda, à frente, à vontade, em vão, por acaso, frente a frente, de maneira alguma, de
manhã, de súbito, de propósito, de repente...)
•• Lugar: longe, junto, acima, atrás…
•• Tempo: breve, cedo, já, dentro, ainda…
•• Modo: bem, mal, melhor, pior, devagar, (usa, muitas vezes, o sufixo-mente).
•• Negação: não, tampouco, absolutamente…
•• Dúvida: quiçá, talvez, provavelmente, possivelmente…
•• Intensidade: muito, pouco, bastante, mais, demais, tão…
•• Afirmação: sim, certamente, realmente, efetivamente…

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Preposição
Preposição é uma palavra invariável que liga dois elementos da oração, subordinando o segundo
ao primeiro, ou seja, o regente e o regido.
Regência verbal: Entregamos aos alunos nossas apostilas no site.

Regência nominal: Somos favoráveis ao debate.

Zambeli, quais são as preposições?


a – ante – até – após – com – contra – de – desde – em – entre – para – per – perante –
por – sem – sob – sobre – trás.

•• Lugar: Estivemos em Londres.


•• Origem: Essas uvas vieram da Argentina.
•• Causa: Ele morreu, por cair de um guindaste.
•• Assunto: Conversamos muito sobre política.
•• Meio: Fui de bicicleta ontem.
•• Posse: O carro é de Edison.
•• Matéria: Comprei pão de leite.
•• Oposição: Corinthians contra Palmeiras.
•• Conteúdo: Esse copo é de vinho.
•• Fim ou finalidade: Ele veio para ficar.
•• Instrumento: Você escreveu a lápis.
•• Companhia: Sairemos com amigos.
•• Modo: nas próximas eleições votarei em branco.

Conjunções
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes
de uma mesma oração.
As conjunções podem ser classificadas em coordenativas e subordinativas
•• Edgar tropeçou e torceu o pé.

•• Espero que você seja estudiosa.

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Português – Emprego das Classes de Palavras/Morfologia – Prof. Carlos Zambeli

No primeiro caso temos duas orações independentes, já que separadamente elas têm sentido
completo: período é composto por coordenação.
No segundo caso, uma oração depende sintaticamente da outra. O verbo “espero” fica sem
sentido se não há complemento.
Coordenadas – aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas, explicativas.
Subordinadas – concessivas, conformativas, causais, consecutivas, comparativas, condicionais,
temporais, finais, proporcionais.

Curiosidade
Das conjunções adversativas, "mas" deve ser empregada sempre no início da oração:
as outras (porém, todavia, contudo, etc.) podem vir no início ou no meio.
Ninguém respondeu a pergunta, mas os alunos sabiam a resposta.

Ninguém respondeu a pergunta; os alunos, porém, sabiam a resposta

Numeral
Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico. Ex.: cinco, dois, duzentos mil
Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada. Ex.: primeiro, segundo, centésimo
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão. Ex.: meio, terço, três quintos
Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos seres, indicando quantas vezes a
quantidade foi aumentada. Ex.: dobro, triplo, quíntuplo, etc.

Interjeição

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Classifique a classe gramatical das palavras destacadas (substantivo, adjetivo, advérbio)
A cerveja que desce redondo.

A cerveja que eu bebo gelada.

André Vieira é um professor exigente.

O bom da aula é o ensinamento que fica para nós.

Carlos está no meio da sala.

Leu meia página da matéria.

Aquelas jovens são meio nervosas.

Ela estuda muito.

Não faltam pessoas bonitas aqui.

O bonito desta janela é o visual.

Vi um bonito filme brasileiro.

O brasileiro não desiste nunca.

A população brasileira reclama muito de tudo.

O crescimento populacional está diminuindo no Brasil.


Número de matrimônios cresce, mas gaúchos estão entre os que menos casam no país.

Classifique as palavras destacadas, usando este código


1. numeral
2. artigo indefinido
a) ( ) Um dia farei um concurso fácil!
b) ( ) Tu queres uma ou duas provas de Português?
c) ( ) Uma aluna apenas é capaz de enviar os emails.
d) ( ) Zambeli só conseguiu fazer uma prova?
e) ( ) Não tenho muitas canetas. Então pegue só uma para você!
f) ( ) Ontem uma professora procurou por você.
g) ( ) Escrevi um artigo extenso para o jornal!
h) ( ) você tem apenas um namorado né?

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Português – Emprego das Classes de Palavras/Morfologia – Prof. Carlos Zambeli

Preencha as lacunas com os pronomes demonstrativos adequados:


a) A grande verdade é ___________: foi o Zambeli o mentor do plano.
b) Embora tenha sido o melhor plano, ele nunca admitiu _________ fato.
c) Ninguém conseguiu provar sua culpa, diante _____________, o júri teve de absolvê-lo.
d) Assisti à aula de Português aqui no curso. Uma aula _________ é indispensável para mim!
e) Por que você nunca lava _________ mãos?
f) Ana, traga ____________ material que está aí do seu lado.
g) Ana, ajude-me a carregar _______ sacolas aqui.

Classifique a classe gramatical das palavras numeradas no texto extraído do jornal


Zero Hora.
Ciência mostra que estar só pode trazer benefícios, mas também prejudicar a saúde física e
mental
As (1) pessoas preferem sofrer a ficar sozinhas e desconectadas(2), mesmo que por poucos
minutos. Foi isso(3) que mostrou um recente(4) estudo realizado por pesquisadores(5) da
Universidade de(6) Virginia, nos Estados Unidos, e publicado este(7) mês na revista científica(8)
"Science". Colocados sozinhos em uma sala(9), os voluntários do experimento deveriam passar
15 minutos sem fazer(10) nada, longe de seus(11) celulares e qualquer outro estímulo, imersos
em seus pensamentos. Mas(12), caso quisessem, bastava apertar um botão(13) e tomariam
um choque(14) elétrico(15).
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.

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Português

COLOCAÇÃO PRONOMINAL

Número Pessoa Pronomes Retos Pronomes Oblíquos


Primeira Eu Me, mim, comigo
Singular Segunda Tu Te, ti, contigo
Terceira Ele / Ela Se, si, consigo, o, a, lhe
Primeria Nós Nos, conosco
Segunda Vós Vos, convosco
Plural
Se, si, consigo, os, as,
Terceira Eles / Elas
lhes

Emprego

Pronomes retos (morfologia) exercem a função de sujeito (sintática).


Pronomes oblíquos (morfologia) exercem a função de complemento.
Eu o ajudo, ele lhe oferece uma água!

2. Formas de Tratamento
a) o, a, os, as, quando precedidos de verbos que terminam em –r, -s, -z, assumem a forma lo,
la, los, las,e os verbos perdem aquelas terminações.
Queria vendê-la para o Pedro Kuhn.
b) o, a, os, as, quando precedidos de verbos que terminam em –m, -ão, -õe, assumem a
forma no, na, nos, nas.
André Vieira e Pedro Kuhn enviaram-nas aos alunos.
c) O/A X Lhe
A Casa do Concurseiro enviou a apostila aos alunos nesta semana.

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Colocação

É o emprego dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) em
relação ao verbo na frase.
Os pronomes átonos podem ocupar 3 posições: antes do verbo (próclise), no meio do verbo
(mesóclise) e depois do verbo (ênclise).

PRÓCLISE
a) Com palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais, nada, ninguém, nem, de modo
algum.
Nada me emociona.
Ninguém te viu, Edgar.

b) Com conjunções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme, embora, logo, que,
caso...
Quando me perguntaram, respondi que te amava!
Se lhe enviarem o bilhete, avise que nos lembramos dela.

c) Advérbios
Aqui se estuda de verdade.
Sempre me esforcei para passar no concurso.
Se houver vírgula depois do advérbio, a próclise não existirá mais.
Aqui, estuda-se muito!

d) Pronomes 
Alguém me perguntou isso? (indefinido)
A questão que te tirou do concurso foi anulada!!! (relativo)
Aquilo me emocionou muito. (demonstrativo)

e) Em frases exclamativas ou optativas (que exprimem desejo).


Deus o abençoe.
Macacos me mordam!

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Português – Colocação Pronominal – Prof. Carlos Zambeli

f) Com verbo no gerúndio antecedido de preposição EM.


Em se plantando tudo dá.
Em se tratando de concurso, A Casa do Concurseiro é referência!

MESÓCLISE
Usada quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito.
Convidar-me-ão para a festa.
Entregá-lo-ia a você, se tivesse tempo.
Dar-te-ei a apostila de Português do Zambeli.

ÊNCLISE
Com o verbo no início da frase.
Entregaram-me as apostilas do curso.
Com o verbo no imperativo afirmativo.
Edgar, retire-se daqui!

COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS

Locuções verbais são formadas por um verbo auxiliar + infinitivo, gerúndio ou particípio.

AUX + PARTICÍPIO:
O pronome deve ficar depois do verbo auxiliar. Se houver palavra atrativa, o pronome deverá
ficar antes do verbo auxiliar.
Havia-lhe contado aquele segredo.
Não lhe havia enviado os cheques.
Tenho-lhe contado a verdade.
Não lhe tenho contado a verdade.

AUX + GERÚNDIO OU INFINITIVO:


Se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou do verbo
principal.

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Infinitivo
Quero-lhe dizer o que aconteceu.Quero dizer-lhe o que aconteceu.

Gerúndio
Estou lhe dizendo a verdade.
Ia escrevendo-lhe o e-mail.
Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo auxiliar ou depois do
verbo principal.
Infinitivo 
Não lhe vou dizer aquela história.
Não quero dizer-lhe meu nome.
Gerúndio 
Não lhe ia dizendo a verdade.
Não ia dizendo-lhe a verdade.
Vou-lhe confessar. Estou-lhe telefonando.
Vou confessar-lhe. Estou telefonando-lhe.

Não lhe vou falar. Não lhe estou perguntando.


Não vou lhe falar. Não estou lhe perguntando.
Não vou falar-lhe. Não estou perguntando-lhe.

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Português – Colocação Pronominal – Prof. Carlos Zambeli

Exercício (verdadeiro ou falso)

1. ( ) Vamos, amigos, cheguem-se aos bons. 13. ( ) Ninguém podia ajudar-nos naquela
hora.
2. ( ) O torneio iniciar-se-á no próximo
Domingo. 14. ( ) Algumas haviam-nos contado a
verdade.
3. ( ) Amanhã dizer-te-ei todas as novidades.
15. ( ) Todos se estão entendendo bem.
4. ( ) Os alunos nos surpreendem com suas
respostas. 16. ( ) As meninas não tinham nos convidado
para sair.
5. ( ) Os amigos chegaram e me esperam lá
fora.

6. ( ) O torneio iniciará-se no próximo


domingo.

7. ( ) Tinha oferecido-lhes as explicações,


saíram felizes.

8. ( ) Este casamento não deve realizar-se.

9. ( ) Para não falar- lhe, resolveu sair cedo.

10. ( ) É possível que o leitor não nos creia.

11. ( ) A turma quer-lhe fazer uma surpresa.

12. ( ) A turma havia convidado-o para sair.

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Português

SINTAXE DA ORAÇÃO (ANÁLISE SINTÁTICA)

Frase: é o enunciado com sentido completo, capaz de fazer uma comunicação. Na frase é
facultativo o uso do verbo.
Oração: é o enunciado com sentido que se estrutura com base em um verbo.
Período: é a oração composta por um ou mais verbos.

SUJEITO
É o ser da oração ou a quem o verbo se refere e sobre o qual se faz uma declaração.
Que (me) é que?
“Teus sinais me confundem da cabeça aos pés, mas por dentro eu te devoro.” (Djavan)

Existem aqui bons alunos, boas apostilas e exemplares professores.

Discutiu-se esse assunto na aula de Português da Casa.

Casos especiais
Sujeito indeterminado – quando não se quer ou não se pode identificar claramente a quem o
predicado da oração se refere. Observe que há uma referência imprecisa ao sujeito. Ocorre
a) Com o verbo na 3ª pessoa do plural, desde que o sujeito não tenha sido identificado
anteriormente.
Falaram sobre esse assunto no bar do curso.

“Um dia me disseram que as nuvens não eram de algodão.”

b) Com o verbo na 3ª pessoa do singular. (VI, VTI, VL) + SE


Precisa-se de muita atenção durante a aula.

Dorme-se muito bem neste hotel.

“Fica-se muito louco quando apaixonado.” (Freud)

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Inexistente (oração sem sujeito) – ocorre quando há verbos impessoais na
oração.

Fenômeno da natureza
Venta forte no litoral cearense!

Deve chover nesta madrugada.

Haver - no sentido de existir, ocorrer, ou indicando tempo decorrido.


"Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses.” (Rubem
Alves)

Havia muitas coisas estranhas naquele lugar.

Deve haver bons concursos neste mês.

Devem existir bons concursos neste mês.

Fazer – indicando temperatura, fenômeno da natureza, tempo.


Faz 18ºC em Porto Alegre hoje.

Deve fazer 40ºC amanhã em Recife.

Fez calor ontem na cidade.

Faz 3 anos que eu trabalho na Casa do Concurseiro.

Está fazendo 10 meses que nós nos vimos aqui.

Ser
É impessoal quando se refere a Horário, Data e Distância. A concordância será feita com o
predicativo.
Hoje são 29 de abril.

Hoje é dia 29 de abril.

Eram dezessete horas em Brasília.

Daqui até Porto Alegre são 229 km.

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Português – Sintaxe da Oração (Análise Sintática) – Prof. Carlos Zambeli

Sujeito Oracional
Estudar para concursos é muito cansativo.
É necessário que vocês estudem em casa.

“Parecia que era minha aquela solidão.”

Praticar exercícios frequentemente é bom para a saúde.

Seria interessante se você estudasse pela Casa.

TRANSITIVIDADE VERBAL

1. Verbo Intransitivo (VI) – verbo que não exige complemento.


“O poeta pena quando cai o pano, e o pano cai.” (Teatro Mágico)

“Meu coração já não bate nem apanha. ” (Arnaldo Antunes)

2. Verbo Transitivo Direto (VTD) – verbo que precisa de complemento sem preposição.
“O Eduardo sugeriu uma lanchonete, mas a Mônica queria ver o filme do Godard.” (Legião Urbana)

“Por onde andei enquanto você me procurava?” (Nando Reis)

3. Verbo Transitivo Indireto (VTI) – verbo que precisa de complemento com preposição.
"Cuida de mim, enquanto não me esqueço de você“ (Teatro Mágico)

“Acreditar por um instante em tudo que existe.” (Legião)

4. Verbo Transitivo Direto e Indireto (VTDI) – precisa de 2 complementos. (OD e OI)


“A Mônica explicava ao Eduardo coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar.” (Legião)

“Plantei uma flor no coração dela, e ela me deu um sorriso trazendo paz.” (Natiruts)

5. Verbo de Ligação (VL) – não indicam ação.


Esses verbos fazem a ligação entre 2 termos: o sujeito e suas características. Estas características
são chamadas de predicativo do sujeito.
“O sonho é a realização de um desejo.” (Freud) ser, viver, acha, encontrar, fazer,
Tu estás cansado agora? parecer, estar, continuar, ficar,
permanecer, andar, tornar, virar

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ADJUNTO ADVERBIAL
É o termo da oração que indica uma circunstância (dando ideia de tempo, instrumento, lugar,
causa, dúvida, modo, intensidade, finalidade, ...). O adjunto adverbial é o termo que modifica o
sentido de um verbo, de um adjetivo, de um advérbio.

Advérbio X Adjunto Adverbial


Hoje eu prometo a você uma taça de vinho na minha casa alegremente!
Ontem assisti à aula do Zambeli na sala confortavelmente

APOSTO X VOCATIVO
Aposto é um termo acessório da oração que se liga a um substantivo, tal como o adjunto
adnominal, mas que, no entanto sempre aparecerá com a função de explicá-lo, aparecendo de
forma isolada por pontuação.
Vocativo é o único termo isolado dentro da oração, pois não se liga ao verbo nem ao nome.
Não faz parte do sujeito nem do predicado. A função do vocativo é chamar o receptor a que se
está dirigindo. É marcado por sinal de pontuação.
Edgar, o professor de matemática, também sabe muito bem Português!

Sempre me disseram duas coisas: estude e divirta-se.

“Não chore, meu amor, tudo vai melhorar” (Natiruts)

Adjunto adnominal é o termo que caracteriza e/ou define um substantivo. As classes de


palavras que podem desempenhar a função de adjunto adnominal são adjetivo, artigos,
pronomes, numerais, locução adjetiva. Portanto se trata de um termo de valor adjetivo que
modificara o nome ao qual se refere.
Artigo – O preço do arroz subiu.
Adjetivos – A política empresarial deve ser o grande debate no seminário.
Pronome – Algumas pessoas pediram essas dicas.
Numeral – Dez alunos dedicados fizeram o nosso simulado.
Locução adjetiva – A aula de Português sempre nos emociona muito!

Complemento Nominal
É o termo preposicionado que completa o sentido de um nome (adjetivo, substantivo ou
advérbio).

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Português – Sintaxe da Oração (Análise Sintática) – Prof. Carlos Zambeli

Temos necessidade de ajuda.

Estamos confiantes na vitória.

OBS.: o complemento nominal pode ser representado por um pronome oblíquo.


Aquela atitude lhe era prejudicial.

Distinção entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal


a) Somente os substantivos podem ser acompanhados de adjuntos adnominais; já os
complementos nominais podem ligar-se a substantivos, adjetivos e advérbios. Logo, o
termo ligado por preposição a um adjetivo ou a um advérbio só pode ser complemento
nominal.
b) O complemento nominal equivale a um complemento verbal, ou seja, só se relaciona a
substantivos cujos significados transitam. Portanto, seu valor é passivo, é sobre ele que
recai a ação. O adjunto adnominal tem sempre valor ativo.

CN Adjunto Adnominal
Sempre preposicionado; Nem sempre preposicionado;
Completa substantivo, adjetivo ou advérbio; Refere-se a substantivo abstrato ou concreto;
Sentido passivo. Sentido ativo.

A vila aguarda a construção da escola.

A autora fez uma mudança de cenário.

Observamos o crescimento da economia.

Assaltaram a loja de brinquedos.

Sujeito X Objeto Direto


Existiram algumas reclamações nesta semana.

Ouvi algumas reclamações nesta semana.

Bastam três gostas do remédio.

Tomaram três gostas do remédio.

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Objeto Direto X Objeto Indireto
Gostamos de todas as matérias!

Estudamos todas as matérias!

Assisti aos vídeos no sábado.

Vi os vídeos no sábado.

Objeto Indireto X Complemento Nominal


O livro resistiu ao tempo.

O livro ofereceu resistência ao tempo.

Tenho necessidade de algum tempo livre.

Necessito de algum tempo livre.

Predicativo do sujeito X Adjunto Adverbial


Eu estava nervoso.

Eu estava na rua.

Edgar anda rápido.

Edgar anda estressado.

Classifique os elementos sublinhados das orações abaixo.


a) O aluno voltou da prova.

b) Fatos impressionantes relatou-nos aquele professor.

c) O professor do curso ofereceu-lhe um lugar melhor na sala.

d) Procurei-a por toda a cidade.

e) “Assaltaram a gramática, assassinaram a lógica...”

f) Talvez ainda haja questões difíceis.

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Português – Sintaxe da Oração (Análise Sintática) – Prof. Carlos Zambeli

g) Taxa de homicídio cresce em 15 anos no país.

h) A prova foi interessante.

i) Hotel oferece promoções aos clientes.

j) Contei-lhe uma historia verdadeira!

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Português
Português

CONCORDÂNCIA VERBAL

Regra geral
O verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa.
“A renúncia progressiva dos instintos parece ser um dos fundamentos do desenvolvimento da
civilização humana.” (Freud)
Os concurseiros dedicados adoram esta matéria nas provas.
•• As alunas dedicadas estudaram esse assunto complicado ontem.

1. Se
a) Pronome apassivador – o verbo (VTD ou VTDI) concordará com o sujeito passivo.
•• Compraram-se alguns salgadinhos para a festa.
•• Estuda-se esse assunto na aula.
•• Exigem-se referências do candidato.
•• Emplacam-se os carros novos em três dias.
•• Entregou-se um brinde aos alunos durante o intervalo.

b) Índice de indeterminação do sujeito – o verbo


•• (VL, VI ou VTI) não terá sujeito claro! Terá um sujeito indeterminado.
•• Não se confia em pessoas que não estudam.
•• Necessita-se, no decorrer do curso, de uma boa revisão.
•• Assistiu-se a todas as cenas da novela no capítulo final.

2. Pronome de tratamento
O verbo fica sempre na 3ª pessoa (= ele/eles).
•• Vossa Excelência merece nossa estima. Sua obra é reconhecida por todos.

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3. Haver
No sentido de “existir ou ocorrer” ou indicando “tempo” ficará na terceira pessoa do singular. É
impessoal, ou seja, não possui sujeito.
•• Nesta sala, há bons e maus alunos.
•• Avisaram agora que a sala está desarrumada porque houve um simulado antes.
•• Há pessoas que não valorizam a vida.
•• Deve haver aprovações desde curso.
•• Devem existir aprovações desde curso.

4. Fazer
Quando indica “tempo”, “temperatura” ou “fenômenos da natureza”, também é impessoal e
deverá ficar na terceira pessoa do singular.
•• Faz 3 dias que vi essa aula no site do curso.
•• Fez 35 graus em Recife!
•• Faz frio na serra gaúcha.
•• Deve fazer 15 dias já que enviei o material.

5. Expressões partitivas ou fracionárias


Verbo no singular ou no plural (parte de, uma porção de, o grosso de, metade de, a maioria de,
a maior parte de, grande parte de...)
•• A maioria das pessoas aceita/ aceitam os problemas sociais.
•• Um terço dos candidatos errou/ erraram aquela questão.

6. Mais de um
O verbo permanece no singular:
•• Mais de um aluno da Casa passou neste concurso.

Se expressão aparecer repetida ou associada a um verbo que exprime reciprocidade, o verbo


deverá ficar no plural:
•• Mais de um deputado, mais de um vereador reclamaram dessa campanha.
•• Mais de um jogador se abraçaram após a partida.

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Português – Concordância Verbal e Nominal – Prof. Carlos Zambeli

7. Que x Quem
QUE: se o sujeito for o pronome relativo que, o verbo concorda com o antecedente do pronome
relativo.
•• Fui eu que falei. (eu falei) Fomos nós que falamos. (nós falamos)

QUEM: se o sujeito for o pronome relativo quem, o verbo ficará na terceira pessoa do singular
ou concordará com o antecedente do pronome (pouco usado).
•• Fui eu quem falei/ falou. Fomos nós quem falamos/falou.

1. É preciso que se _________ os acertos do preço e se ___________ as regras para não _____
mal-entendidos. ( faça – façam/ fixe – fixem/ existir – existirem)

2. Não ________ confusões no casamento. (poderia haver – poderiam haver)

3. _________de convidados indesejados. (Trata-se – Tratam-se)

4. As madrinhas acreditam que _______convidados interessantes, mas sabem que _______


alguns casados. (exista – existam / podem haver – pode haver)

5. ______vários dias que não se ________casamentos aqui; ________ alguma coisa estranha
no local. (faz – fazem/ realiza – realizam/ deve haver – devem haver)

6. Não ______ emoções que ______esse momento. (existe – existem/ traduza – traduzam)

7. ______ problemas durante o Buffet. (aconteceu – aconteceram)

8. Quando se _____ de casamentos, onde se _______trajes especiais, não _____ tantos


custos para os convidados.(trata – tratam/ exige – exigem/ deve haver – devem haver)

9. _____ às 22h a janta, mas quase não______ convidados.


(Iniciou-se – Iniciaram-se/ havia – haviam)

10. No Facebook, ______fotos bizarras e ______muitas informações inúteis. (publica-se –


publicam-se / compartilha-se – compartilham-se)

11. Convém que se ______nos problemas do casamento e que não se ____ partido da sogra.
(pense – pensem / tome – tomem)

12. Naquele dia, _____________37º C na festa. (fez – fizeram)

www.acasadoconcurseiro.com.br 35
13. __________aos bêbados todo auxílio. (prestou-se – prestaram-se)

14. Não se ____ boas festas de casamento como antigamente. (faz – fazem)

15. No Sul, _______ invernos de congelar. (faz – fazem)

16. É preciso que se ____ aos vídeos e que se ______ os recados.


(assista – assistam / leia – leiam)

17. Convém que se ________ às ordens da sogra e que se _________ os prometidos. (obedeça
– obedeçam / cumpra – cumpram)

18. As acusações do ex-namorado _____ os convidados às lágrimas. (levou / levaram)

19. Uma pesquisa de psicólogos especializados _______ que a maioria dos casamentos não se
_______ depois de 2 anos. (revelou / revelaram – mantém / mantêm)

20. A maior parte dos maridos _____ pela esposa durante as partidas de futebol.
(é provocada / são provocados)

21. Mais de uma esposa ___________ dos maridos. (reclama – reclamam)

Concordância Nominal

Regra geral
Os artigos, os pronomes, os numerais e os adjetivos concordam com o substantivo a que eles
se referem.

Casos especiais
Adjetivo + substantivos de gênero diferente: concordância com o termo mais próximo.
•• Aquele professor ensina complicadas regras e conteúdos.
complicados conteúdos e regras.
•• Notei caídas as camisas e os prendedores.
•• Notei caída a camisa e os prendedores.
•• Notei caído o prendedor e a camisa.

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Português – Concordância Verbal e Nominal – Prof. Carlos Zambeli

Substantivos de gêneros diferentes + adjetivo: concordância com o termo mais próximo ou uso
do masculino plural.
•• A Casa do Concurseiro anunciou a professora e o funcionário homenageado.
•• A Casa do Concurseiro anunciou a professora e o funcionário homenageados.
•• A Casa do Concurseiro anunciou o funcionário e a professora homenageada.

3. Anexo
•• Seguem anexos os valores do orçamento.
•• As receitas anexas devem conter comprovante.

4. Obrigado – adjetivo
•• “Muito obrigada”, disse a nova funcionária pública!

5. Só
•• “O impossível é só questão de opinião e disso os loucos sabem, só os loucos sabem.”
(Chorão)
•• “Eu estava só, sozinho! Mais solitário que um paulistano, que um canastrão na hora
que cai o pano”
•• “Bateu de frente é só tiro, porrada e bomba.” (Valesca Popozuda)

Observação!
A locução adverbial a sós é invariável.

6. Bastante
Adjetivo = vários, muitos
Advérbio = muito, suficiente
•• Entregaram bastantes problemas nesta repartição.
•• Trabalhei bastante.
•• Tenho bastantes razões para estudar na Casa do Concurseiro!

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7. TODO, TODA – qualquer
•• TODO O , TODA A – inteiro
•• “Todo verbo é livre para ser direto ou indireto.” (Teatro Mágico)
•• Todo o investimento deve ser aplicado nesta empresa.

8. É bom, é necessário, é proibido, é permitido


Com determinante = variável
Sem determinante = invariável
•• Vitamina C é bom para saúde.
•• É necessária aquela dica na véspera da prova.
•• Neste local, é proibido entrada de pessoas estranhas.
•• Neste local, é proibida a entrada de pessoas estranhas.

9. Meio
Adjetivo = metade
Advérbio = mais ou menos
•• Comprei meio quilo de picanha.
•• Isso pesa meia tonelada.
•• O clima estava meio tenso.
•• Ana estava meio chateada.

10. Menos e Alerta


Sempre invariáveis
•• Meus professores estão sempre alerta.
•• Tayane tem menos bonecas que sua amiga.

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Português – Concordância Verbal e Nominal – Prof. Carlos Zambeli

1. Complete as lacunas com a opção mais adequada:


a) É _________ (proibido OU proibida) conversa durante a aula.
b) É _________ (proibido OU proibida) a conversa durante a aula.
c) Não é ______ (permitido OU permitida) a afixação de propagandas.
d) Saída a qualquer hora, neste curso, não é _____ (permitido OU permitida).
e) No curso, bebida não é _____ (permitido OU permitida).
f) Crise econômica não é ____ (bom OU boa) para o governo.
g) Bebeu um litro e ________ (meio OU meia) de cachaça.
h) Respondeu tudo com __________ (meio OU meias) palavras.
i) Minha colega ficou ___________ (meio OU meia) angustiada.
j) Ana estava ___________ (meio OU meia) estressada depois da prova.
k) Nesta turma há alunos _________ (meio OU meios) irrequietos.
l) Eles comeram ______________ (bastante OU bastantes).
m) Os alunos saíram da prova _________ (bastante OU bastantes) cansados.
n) Já temos provas _______ (bastante OU bastantes) para incriminá-lo.
o) Os alunos ficam _____ (só OU sós).

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Português

REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL

A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os
complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou as circunstâncias (adjuntos adverbiais).
Um verbo pode assumir valor semântico diferente com a simples mudança ou retirada de uma
preposição.

Verbos Intransitivos

Os verbos intransitivos não possuem complemento. São verbos significativos, capazes de


constituir o predicado sozinhos. Sua semântica é completa.
•• O balão subiu.
•• O cão desapareceu desde ontem.
•• Aquela geleira derreteu no inverno passado.

Verbos Transitivos Diretos

Os verbos transitivos diretos são complementados por objetos diretos. Isso significa que não
exigem preposição para o estabelecimento da relação de regência.
•• Zambeli comprou livros nesta loja.
•• Pedro ama, nesta loja, as promoções de inverno.

Verbos Transitivos Indiretos

Os verbos transitivos indiretos são complementados por objetos indiretos. Isso significa que
esses verbos exigem uma preposição para o estabelecimento da relação de regência.
•• Edgar Abreu necessita de férias nesta semana.
•• Pedro confia em Kátia sempre!

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Verbos Transitivos Diretos ou Indiretos

Há verbos que admitem duas construções: uma transitiva direta, outra indireta, sem que isso
implique modificações de sentido. Ou seja, possuem dois complementos: um OD e um OI.
•• Tereza ofereceu livros a Zambeli.
•• O professor emprestou aos alunos desta turma alguns livros novos.

Verbos de Ligação

Esse tipo de verbo tem a função de ligar o sujeito a um estado, a uma característica. A
característica atribuída ao sujeito por intermédio do verbo de ligação chama-se predicativo do
sujeito.
Uma maneira prática de se identificar o verbo de ligação é exclui-lo da oração e observar se
nesta continua a existir uma unidade significativa: Minha professora está atrasada. → Minha
professora atrasada.
São, habitualmente, verbos de ligação: ser, estar, ficar, parecer, permanecer, continuar, tornar-
se, achar-se, acabar...

Pronome relativo

QUE:
Retoma pessoas ou coisas.

•• André Vieira, que me ensinou Constitucional, é uma grande professor!

•• Os arquivos das provas de que preciso estão no meu email.

•• O colega em que confio é o Dudan.

Função sintática dos pronomes relativos

Sujeito
•• Os professores que se prepararam para a aula foram bem avaliados.

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Português – Regência Nominal e Verbal – Prof. Carlos Zambeli

Objeto direto

•• Chegaram as apostilas que comprei no site.

Objeto indireto

•• Aqui há tudo de que você precisa para o concurso.

Complemento nominal

•• São muitas aprovações de que a Casa do Concurseiro é capaz.

Predicativo do sujeito

•• Reconheço a grande mulher que você é.

Agente da passiva

•• Aquela é a turma do curso por que foste homenageado?

Adjunto adverbial

•• Este é o curso em que trabalho de segunda a sábado!

QUEM:
Só retoma pessoas. Um detalhe importante: sempre antecedido por preposição.

•• A professora em quem tu acreditas pode te ajudar.

•• O amigo de quem Pedro precisará não está em casa.

•• O colega a quem encontrei no concurso foi aprovado.

O QUAL:
Existe flexão de gênero e de número: OS QUAIS, A QUAL, O QUAL, AS QUAIS.

•• O chocolate de que gosto está em falta.

•• O chocolate do qual gosto está em falta.

•• A paixão por que lutarei.

•• A paixão pela qual lutarei.

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•• A prova a que me refiro foi anulada.

•• A prova à qual me refiro foi anulada.

CUJO:
Indica uma ideia de posse. Concorda sempre com o ser possuído.

•• A prova cujo assunto eu não sei será amanhã!

•• A professora com cuja crítica concordo estava me orientando.

•• A namorada a cujos pedidos obedeço sempre me abraça forte.

ONDE:
Só retoma lugar. Sinônimo de EM QUE

•• O país aonde viajarei é perto daqui.

•• O problema em que estou metido pode ser resolvido ainda hoje.

•• O lugar onde deixo meu carro fica próximo daqui.

Assistir
VTD: ajudar, dar assistência:

•• O policial não assistiu as vítimas durante a prova = O policial não as assistiu...

•• O conselho tutelar assiste todas as crianças.

VTI: ver, olhar, presenciar (prep. A obrigatória):

•• Assistimos ao vídeo no youtube = Assistimos a ele.

•• O filme a que eu assisti chama-se “ Intocáveis”.

Pagar e Perdoar
VTD: OD – coisa:

•• Pagou a conta.

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Português – Regência Nominal e Verbal – Prof. Carlos Zambeli

VTI: OI – A alguém:

•• Pagou ao garçom.

VTDI: alguma COISA A ALGUÉM:

•• Pagou a dívida ao banco.

•• Pagamos ao garçom as contas da mesa.

Querer
VTD – desejar, almejar:

•• Eu quero esta vaga para mim.

VTI – estimar, querer bem, gostar:

•• Quero muito aos meus amigos.

•• Quero a você, querida!

Implicar
VTD: acarretar, ter consequência

•• Passar no concurso implica sacrifícios.

•• Essas medidas econômicas implicarão mudanças na minha vida.

VTI: ter birra, implicância

•• Ela sempre implica com meus amigos!

Preferir
VTDI: exige a prep. A = X a Y

•• Prefiro concursos federais a concursos estaduais.

Ir, Voltar, Chegar


Usamos as preposições A ou DE ou PARA com esses verbos.

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•• Chegamos a casa.

•• Foste ao curso.

Esquecer-se, Lembrar-se: VTI (DE)


Esquecer, Lembrar: VTD
•• Eu nunca me esqueci de você!

•• Esqueça aquilo.

•• O aluno cujo nome nunca lembro foi aprovado.

•• O aluno de cujo nome nunca me lembro foi aprovado.

Aspirar
VTD – respirar

•• Naquele lugar, ele aspirou o perfume dela.

•• O cheiro que aspiramos era do gás!

VTI – desejar, pretender

•• Alexandre aspira ao sucesso nos concursos!

•• O cargo a que todos aspiram está neste concurso.

Obedecer/ desobedecer
VTI = prep. A

•• Zambeli nunca obedece ao sinal de trânsito.

Constar
(A) No sentido de “ser composto de”, constrói-se com a preposição DE:

•• A prova do concurso constará de trinta questões objetivas.

(B) No sentido de “estar incluído, registrado”, constrói-se com a preposição EM:

•• Seu nome consta na lista de aprovados do concurso!

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Português – Regência Nominal e Verbal – Prof. Carlos Zambeli

Visar
VTD – quando significa “mirar”

•• O atirador visou o alvo certo!

VTD – quando significa “assinar”

•• Você já visou o chegue?

VTI – quando significar “ almejar, ter por objetivo”

•• Visamos ao sucesso no vestibular de verão!

•• A vaga a que todos visam está desocupada.

Proceder
VTI (a) – iniciar, dar andamento.

•• Logo procederemos à reunião.

VTI (de) – originar-se.

•• Ele procede de boa família.

VI – ter lógica.

•• Teus argumentos não procedem.

Usufruir – VTD
•• Usufrua os benefícios da fama!

Namorar – VTD
•• Namoro Ana há cinco anos!

Simpatizar/ antipatizar – VTI


•• Eu simpatizei com ela.

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Regência Nominal

É o nome da relação existente entre um substantivo, adjetivo ou advérbio transitivos e seu


respectivo complemento nominal. Essa relação é sempre intermediada por uma preposição.
Deve-se considerar que muitos nomes seguem exatamente a mesma regência dos verbos
correspondentes. Conhecer o regime de um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime
dos nomes cognatos. Por exemplo, obedecer e os nomes correspondentes: todos regem
complementos introduzidos pela preposição a: obedecer a algo/a alguém; obediência a algo/a
alguém; obediente a algo/a alguém; obedientemente a algo/a alguém.

admiração a, por horror a


atentado a, contra impaciência com
aversão a, para, por medo a, de
bacharel em, doutor em obediência a
capacidade de, para ojeriza a, por
devoção a, para com, por proeminência sobre
dúvida acerca de, em, sobre respeito a, com, para com, por

Distinção entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal


a) Somente os substantivos podem ser acompanhados de adjuntos adnominais; já os
complementos nominais podem ligar-se a substantivos, adjetivos e advérbios. Logo, o ermo
ligado por preposição a um adjetivo ou a um advérbio só pode ser complemento nominal.

b) O complemento nominal equivale a um complemento verbal, ou seja, só se relaciona a


substantivos cujos significados transitam. Portanto, seu valor é passivo, é sobre ele que
recai a ação. O adjunto adnominal tem sempre valor ativo.

•• A vila aguarda a construção da escola.

•• A autor fez uma mudança de cenário.

•• Observamos o crescimento da economia.

•• Assaltaram a loja de brinquedos.

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Português
Português

CRASE

Eles foram à praia no fim de semana (A prep. + A artigo)


A aluna à qual me refiro é estudiosa (A prep. + A do pronome relativo A Qual)
A minha blusa é semelhante à de Maria (A prep. + A pronome demonstrativo)
Ele fez referência àquele aluno (A prep. + A pronome demonstrativo Aquele).

Ocorre crase

1. Substitua a palavra feminina por outra masculina correlata; em surgindo a combinação AO,
haverá crase.
•• Eles foram à praia.
•• O menino não obedeceu à professora.
•• Sou indiferente às críticas!

2. Substitua os demonstrativos Aqueles(s), Aquela(s), Aquilo por A este(s), A esta(s), A isto;


mantendo-se a lógica, haverá crase.
•• Ele fez referência àquele aluno.
•• Aquele: Refiro-me àquele rapaz.
•• Aquela: Dei as flores àquela moça!
•• Aquilo: Refiro-me àquilo que me contastes

3. Nas locuções prepositivas, conjuntivas e adverbiais.


à frente de; à espera de; à procura de; à noite; à tarde; à esquerda; à direita; às vezes; às pressas;
à medida que; à proporção que; à toa; à vontade, etc.
•• Pagamos a vista / à vista.
•• Tranquei a chave / à chave.
•• Estudaremos a sombra / à sombra.

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4. Na indicação de horas determinadas: deve-se substituir a hora pela expressão “meio-dia”;
se aparecer AO antes de “meio-dia”, devemos colocar o acento, indicativo de crase no A.
•• Ele saiu às duas horas e vinte minutos. (ao meio dia)
•• Ele está aqui desde as duas horas. (o meio-dia).

5. Antes de nome próprio de lugares, deve-se colocar o verbo VOLTAR; se dissermos VOLTO
DA, haverá acento indicativo de crase; se dissermos VOLTO DE, não ocorrerá o acento.
•• Vou à Bahia. (volto da). Vou a São Paulo (volto de).

Observação:
Se o nome do lugar estiver acompanhado
de uma característica (adjunto
adnominal), o acento será obrigatório.

•• Vou a Portugal. Vou à Portugal das grandes navegações.

6. Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais


A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e as quais depende do verbo. Se o
verbo que rege esses pronomes exigir a preposição "a", haverá crase.
•• São regras às quais todos os funcionários devem obedecer.
•• Esta foi a conclusão à qual Pedro Kuhn chegou.
•• A novela à qual assisto passa também na internet.

7. Crase com o Pronome Demonstrativo "a“


•• Minha crise é ligada à dos meus irmãos
•• Suas lutas não se comparam as dos jovens de hoje.
•• As frases são semelhantes às da minha ex-namorada.

8. Se a palavra "distância" estiver determinada, especificada, o "a" deve ser acentuado.


Observe:
•• A cidade fica à distância de 70 km daqui (determinada).
•• A cidade fica a grande distância daqui (não-determinada).

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Português – Crase – Prof. Carlos Zambeli

Crase Opcional

1. Antes de nomes próprios femininos.


•• Entreguei o presente a Ana (ou à Ana).

2. Depois da preposição ATÉ.


•• Fui até a escola. (ou até à escola).

3. Antes de pronomes possessivos femininos adjetivos no singular.


•• Fiz alusão a minha amiga (ou à minha amiga). Mas não fiz à sua.

Não ocorre crase

1. Antes de palavras masculinas.


•• Ele saiu a pé.
•• Barco a vapor.

2. Antes de verbos.
•• Estou disposto a colaborar com ele.
•• Produtos a partir de R$ 1,99.

3. Antes de artigo indefinido.


•• Fomos a uma lanchonete no centro.

4. Depois de preposição diferente de A


•• Eles foram para a praia.
•• Ficaram perante a torcida após o gol.

5. Antes de alguns pronomes


•• Passamos os dados do projeto a ela.
•• Eles podem ir a qualquer restaurante.
•• Refiro-me a esta aluna.
•• A pessoa a quem me dirigi estava atrapalhada.
•• O restaurante a cuja dona me referi é ótimo.

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6. Quando o A estiver no singular e a palavra a que ele se refere estiver no plural.
•• Refiro-me a pessoas que são competentes.
•• Entregaram tudo a secretárias do curso.

7. Em locuções formadas pela mesma palavra.


•• Tomei o remédio gota a gota.
•• A vítima ficou cara a cara com o ladrão.

Utilize o acento indicativo de crase quando necessário.


a) Chegamos a ideia de que a regra não se refere a pessoas jovens.
b) A todo momento, damos sinais de que nos apegamos a vida.
c) Ela elevou-se as alturas.
d) Os alunos davam valor as normas da escola.
e) As duas horas as pegaríamos a frente da escola.
f) Ele veio a negócios e precisa falar a respeito daquele assunto.
g) Foi a Bahia, depois a São Paulo e a Porto Alegre.
h) Eles tinham a mão as provas que eram necessárias.
i) Graças a vontade de um companheiro de trabalho, reformulamos a agenda da semana.
j) Refiro-me a irmã do colega e as cunhadas, mas nada sei sobre a mãe dele.
k) Aderiu a turma a qual todos aderem.
l) A classe a qual pertenço é a única que não fará a visita aquela praia.
m) Não podemos ignorar as catástrofes do mundo e deixar a humanidade entregue a própria
sorte.
n) Somos favoráveis as orientações dos professores.
o) O ser humano é levado a luta que tem por meta a resolução das questões relativas a
sobrevivência.
p) Sou a favor da preservação das baleias.
q) Fique a espera do chefe, pois ele chegará as 14h.
r) A situação a que me refiro tornou-se complexa, sujeita a variadas interpretações.
s) Após as 18h, iremos a procura de auxilio.
t) Devido a falta de quorum, suspendeu-se a sessão.
u) As candidatas as quais foram oferecidas as bolsas devem apresentar-se até a data marcada.

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Português – Crase – Prof. Carlos Zambeli

v) Dedicou-se a uma atividade beneficente, relacionada a continuidade do auxílio as camadas


mais pobres da população.
w) Se você for a Europa, visite os lugares a que o material turístico faz referência.
x) Em relação a matéria dada, dê especial atenção aquele caso em que aparece a crase.
y) Estaremos atendendo de segunda a sexta, das 8h as 19h.
z) A pessoa a quem me refiro dedica-se a arte da cerâmica.

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Português

SINTAXE DO PERÍODO

Coordenativas: Ligam orações independentes, ou seja, que possuem sentido completo.

1. Aditivas: Expressam ideia de adição, soma, acréscimo.


São elas: e, nem,não só... mas também, mas ainda, etc.
•• “A alegria evita mil males e prolonga a vida.” (Shakespeare)

•• “No banquete da vida a amizade é o pão, e o amor é o vinho”

•• Não avisaram sobre o feriado, nem cancelaram as aulas.

2. Adversativas: Expressam ideia de oposição, contraste.


São elas: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto, não obstante, etc.

•• “O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons.” (Martin Luther
King)

•• “Todos caem; apenas os fracos, porém, continuam no chão.” (Bob Marley)

3. Alternativas: Expressam ideia de alternância ou exclusão.


São elas; ou, ou... ou, ora... ora, quer... quer, etc.
•• “Toda ação humana, quer se torne positiva, quer negativa, precisa depender de
motivação.” (Dalai Lama)

•• Ora estuda com disposição, ora dorme em cima das apostilas.

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4. Conclusivas: Expressam ideia de conclusão ou uma ideia consequente do que se disse
antes. São elas: logo, portanto, por isso, por conseguinte, assim, de modo que, em vista
disso então, pois (depois do verbo) etc.

•• Apaixonou-se; deve, pois, sofrer em breve.

•• “Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se
chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente
viver.” (Dalai Lama)

5. Explicativas: A segunda oração dá a explicação sobre a razão do que se afirmou na primeira


oração. São elas: pois, porque, que.

•• “Não faças da tua vida um rascunho, pois poderás não ter tempo de passá-la a limpo.”
(Mario Quintana)

•• “Prepara, que agora é a hora do show das poderosas.” (Chico Buarque #sqn)

•• Edgar devia estar nervoso, porque não parava de gritar na aula.

Subordinativas: ligam orações dependentes, de sentido incompleto, a uma oração principal


que lhe completa o sentido. Podem ser adverbiais, substantivas e adjetivas; neste caso,
estudaremos as conjunções que introduzem as orações subordinadas adverbiais.

1. Causais: Expressam ideia de causa, motivo ou a razão do fato expresso na oração principal.
São elas: porque, porquanto, posto que, visto que, já que, uma vez que, como, etc.

•• “Choramos ao nascer porque chegamos a este imenso cenário de dementes.” (Willian


Shakespeare)

•• “Que eu possa me dizer do amor (que tive): que não seja imortal, posto que é chama.
Mas que seja infinito enquanto dure.” (Vinicius de Morais)

2. Comparativas: Estabelecem uma comparação com o elemento da oração principal. São


elas: como, que (precedido de “mais”, de “menos”, de “tão”), etc.

•• “Como arroz e feijão, é feita de grão em grão nossa felicidade.” (Teatro Mágico)

•• “Esses padres conhecem mais pecados do que a gente...” (Mario Quintana)

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Português – Sintaxe do Período – Prof. Carlos Zambeli

3. Condicionais: Expressam ideia de condição ou hipótese para que o fato da oração principal
aconteça. São elas: se, caso, exceto se, a menos que, salvo se, contanto que, desde que,
etc.
“Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres, enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...” (Mario Quintana)

•• “A preguiça é a mãe do progresso. Se o homem não tivesse preguiça de caminhar, não teria
inventado a roda..” (Mario Quintana)

4. Consecutivas: Expressam ideia de consequência ou efeito do fato expresso na oração


principal. São elas: que (precedido de termo que indica intensidade: tão, tal, tanto, etc.), de
modo que, de sorte que, de maneira que, etc.

“O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.” (Fernando Pessoa)

•• A gente é tão cúmplice um do outro que nem precisa se olhar!

5. Conformativas: Expressam ideia de conformidade ou acordo em relação a um fato expresso


na oração principal. São elas: conforme, segundo, consoante, como.

•• “Os homens estimam-vos conforme a vossa utilidade, sem terem em conta o vosso
valor” (Balzac)

•• Como tínhamos imaginado, a Casa do Concurseiro sempre é a melhor opção.

6. Concessivas: Expressam ideia de que algo que se esperava que acontecesse, contrariamente
às expectativas, não acontece. São elas: embora, conquanto, ainda que, se bem que,
mesmo que, apesar de que, etc.

•• “A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.” (Vinicius de
Moraes)

•• “É sempre amor, mesmo que mude. É sempre amor, mesmo que alguém esqueça o que
passou.” (Bidê ou balde)

www.acasadoconcurseiro.com.br 57
7. Finais: Expressam ideia de finalidade. São elas: a fim de que, para que, que, etc.

“Para ser grande, sê inteiro; nada teu exagera ou exclui;


Sê todo em cada coisa; põe quanto és
No mínimo que fazes;
Assim em cada lago, a lua toda
Brilha porque alta vive.” (Fernando Pessoa)

•• As pessoas devem estudar para que seus sonhos se realizem.

8. Proporcionais: Expressam ideia de proporção, simultaneidade. São elas: à medida que, à


proporção que, ao passo que, etc.

•• Ao passo que o tempo corre, mais nervoso vamos ficando.

9. Integrantes: Introduzem uma oração que integra ou completa o sentido do que foi expresso
na oração principal. São elas: que, se.

•• “Mas o carcará foi dizer à rosa que a luz dos cristais vem da lua nova e do girassol.”
(Natiruts)

•• “Eu não quero que você esqueça que eu gosto muito de você” (Natiruts)

10. Temporais: expressam anterioridade, simultaneidade, posteridade relativas ao que vem


expresso na oração principal. São elas: quando, enquanto, assim que, desde que, logo que,
depois que, antes que, sempre que, etc.

•• “Quando o inverno chegar, eu quero estar junto a ti .” (Tim Maia)

•• “Só enquanto eu respirar, vou me lembrar de você.” (Teatro Mágico)

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Português
Português

PONTUAÇÃO

Emprego da vírgula

Na ordem direta da oração (sujeito + verbo + complemento(s) + adjunto adverbial), NÃO use
vírgula entre os termos. Isso só ocorrerá ao se deslocarem o predicativo ou o adjunto adverbial.
•• “Não boto bomba em banca de jornal.” (Renato Russo)

•• Os jornais informaram aos leitores os últimos concursos.

Dica zambeliana = Não se separam por vírgula:

•• predicado de sujeito = Ocorrem, alguns protestos no centro!

•• objeto de verbo = Enviamos, ao grupo, todas as questões.

•• adjunto adnominal de nome = A questão, de Português, está comentada no site!

Entre os termos da oração

1. para separar itens de uma série (Enumeração)

•• “O que era sonho se tornou realidade de pouco em pouco a gente foi erguendo o nosso

próprio trem, nossa Jerusalém, nosso mundo, nosso carrossel.” (Jeneci)

•• Hoje, enfrentamos muitos problemas. Alguns criados por nós em consequência de diferen-
ças ideológicas, religiosas, raciais, econômicas.

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2. para assinalar supressão de um verbo.
•• Ela almeja aprovação; eu, nomeação.

3. para separar o adjunto adverbial deslocado.


•• “No meio do caminho, tinha uma pedra. Tinha uma pedra no meio do caminho.”
(Carlos Drummond de Andrade)

•• “Na centralização administrativa, o Estado atua diretamente por meio de seus órgãos, ou
seja, das unidades que são meras repartições interiores de sua pessoa e que, por isso, dele
não se distinguem”.

•• A mentira é, muita vezes, tão involuntária como a respiração. (Machado de Assis)

Obs.: Se o adjunto adverbial for pequeno, a utilização da vírgula não é necessária, a não ser que
se queira enfatizar a informação nele contida.

•• “Hoje eu tenho uma proposta: a gente se embola e perde a linha a noite toda.” (Ludmilla)

4. para separar o aposto.


•• “Pois eu vou fazer uma prece prá Deus, nosso Senhor, prá chuva parar de molhar o meu
divino amor...” (Jorge Ben)

•• O FGTS, conta vinculada ou poupança forçada, é um direito dos trabalhadores rurais e


urbanos que está expresso no artigo 7º da Constituição Federal, a Carta Magna.

5. para separar o vocativo.


•• “É, morena, tá tudo bem, sereno é quem tem a paz de estar em par com Deus.” (Marcelo Camelo)

6. para separar expressões explicativas, retificativas, continuativas, conclusivas ou


enfáticas (aliás, além disso, com efeito, enfim, isto é, em suma, ou seja, ou melhor,
por exemplo, etc).
•• “A vida, enfim, vivida de manhã quando tenho você.” (Vanguart)

•• Com efeito, o caminho de um concurseiro é longo e árduo. Por exemplo, grande parte do seu
tempo livre é dedicada a estudos, ou seja, a vida social pode ficar um pouco comprometida,
ou melhor, abandonada. Além disso, é necessário disciplina e esforço, mas, enfim, vale a

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Português – Pontuação – Prof. Carlos Zambeli

pena: o concurseiro pode alcançar estabilidade financeira, isto é, jamais conhecer a palavra
desemprego, em suma, o sonho de todos.

Entre as orações

1. para separar orações coordenadas assindéticas.

•• ” O girino é o peixinho do sapo, o silêncio é o começo do papo, o bigode é a antena do gato,

o cavalo é o pasto do carrapato, o cabrito é o cordeiro da cabra, o pescoço é a barriga da

cobra.” (Arnaldo Antunes)

•• “Não fique pela metade, vá em frente, minha amiga, destrua a razão desse beco sem saída.”
(Engenheiros do Hawaii)

2. As orações coordenadas devem sempre ser separadas por vírgula. Orações


coordenadas são as que indicam adição (e, nem, mas também), alternância (ou, ou ...
ou, ora ... ora), adversidade (mas, porém, contudo...), conclusão (logo, portanto...) e
explicação (porque, pois).
•• Estudar para concursos é coisa séria entretanto as pessoas, muitas vezes, levam na
brincadeira.

•• Estou sem celular, portanto não estarei respondendo no whats!

3. para separar orações coordenadas sindéticas ligadas por “e”, desde que os
sujeitos sejam diferentes.
•• “De repente, a dor de esperar terminou, e o amor veio enfim.” (Tim Maia)

•• “A verdadeira felicidade é impossível sem verdadeira saúde, e a verdadeira saúde é


impossível sem um rigoroso controle da gula.” (Mahatma Gandhi)

4. para separar orações adverbiais, especialmente quando forem longas.


•• Em determinado momento, todos se retiraram, apesar de não terem terminado a prova.

•• “A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.” (Vinícius de Moraes)

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5. para separar orações adverbiais antepostas à principal ou intercaladas, tanto
desenvolvidas quanto reduzidas.
•• Como não tinha muito tempo para estudar em casa, aproveitava bem a aula.

•• Começaremos, assim que todos os alunos chegarem, a trabalhar.

6. Orações subordinadas adjetivas


Podem ser:
a) Restritivas – delimitam o sentido do substantivo antecedente (sem vírgula). Encerram uma
qualidade que não é inerente ao substantivo.

•• “Com a chuva molhando o seu corpo lindo que eu vou abraçar”. (Jorge Ben)

•• “E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam
escutar a música.” (Friedrich Nietzsche)

•• “ Eu tenho meus amigos que só aparecem quando eu bebo.” (Vanguart)

b) Explicativas – explicações ou afirmações adicionais ao antecedente já definido plenamente


(com vírgula). Encerram uma qualidade inerente ao substantivo.

•• O Decreto nº 1.171/1994, que aprova o Código de Ética Profissional do servidor público civil
do Poder Executivo Federal, determina que a função pública deve ser tida como exercício
profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público.

•• Os alunos, que são esforçados, conseguem obter um bom resultado nos concursos.

•• As mulheres, que lidam com muitas coisas ao mesmo tempo, desenvolvem proveitosas
habilidades.

Emprego do Ponto-e-Vírgula

1. para separar orações que contenham várias enumerações já separadas por vírgula
ou que encerrem comparações e contrastes.

•• “Há cinco coisas neste mundo que ninguém pode realizar: primeira, evitar a velhice,
quando se está envelhecendo; segunda, evitar a doença, quando o corpo é predisposto à
enfermidade; terceira, não morrer quando o corpo deve morrer; quarta, negar a dissolução,

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Português – Pontuação – Prof. Carlos Zambeli

quando, de fato, há a dissolução do corpo; quinta, negar a extinção, quando tudo deve
extinguir-se.” (Buda)

•• “Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor; o Diabo, invejoso, fez o homem
confundir fé com religião e amor com casamento.” (Machado de Assis)

2. para separar orações em que as conjunções adversativas ou conclusivas estejam


deslocadas.
•• “A carne é boa; não creio, porém, que valha a de um camundongo, mas camundongo é que
não há aqui.” (Machado de Assis)

•• Vamos terminar este namoro; considere-se, portanto, livre deste compromisso.

3. para alongar a pausa de conjunções adversativas (mas, porém, contudo, todavia,


entretanto, etc.), substituindo, assim, a vírgula.
•• Gostaria de estudar hoje; todavia, só chegarei perto dos livros amanhã.

Emprego dos Dois-Pontos

1. para anunciar uma citação.


•• Já dizia Freud: “Poderíamos ser melhores, se não quiséssemos ser tão bons.”

2. para anunciar uma enumeração, um aposto, uma explicação, uma consequência


ou um esclarecimento.
•• “O uísque é o melhor amigo do homem: é um cachorro engarrafado.” (Vinícius de Moraes)

•• Os alunos vieram à aula e trouxeram algumas coisas: apostila, canetas e muita vontade.

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Português

IDENTIFICAÇÃO DA IDEIA CENTRAL

Trata-se de realizar “compreensão” de textos, ou seja, estabelecer relações com os


componentes envolvidos em dado enunciado, a fim de que se estabeleçam a apreensão e a
compreensão por parte do leitor.

Interpretar x Compreender

INTERPRETAR é COMPREENDER é
•• Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, •• Intelecção, entendimento, percepção
inferir. do que está escrito.
•• APARECE ASSIM NA PROVA •• APARECE ASSIM NA PROVA
•• Através do texto, infere-se que... •• é sugerido pelo autor que
•• É possível deduzir que... •• De acordo com o texto, é correta ou
•• O autor permite concluir que errada a afirmação
•• Qual é a intenção do autor ao afirmar •• O narrador afirma
que

Procedimentos

Enunciados Possíveis
“Qual é a ideia central do texto?”
“O texto se volta, principalmente, para”

Observação de
1. Fonte bibliográfica;
2. Autor;
3. Título;
4. Identificação do “tópico frasal”;
5. Identificação de termos de aparecimento frequente (comprovação do tópico);
6. Procura, nas alternativas, das palavras-chave destacadas no texto.

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EXEMPLIFICANDO
Banho de mar é energizante?
Embora não existam comprovações científicas, muitos especialistas acreditam que os banhos
de mar tragam benefícios à saúde. “A água marinha, composta por mais de 80 elementos
químicos, alivia principalmente as tensões musculares, graças à presença de sódio em sua
composição, por isso pode ser considerada energizante”, afirma a terapeuta Magnólia Prado de
Araújo, da Clínica Kyron Advanced Medical Center, de São Paulo. “Além disso, as ondas do mar
fazem uma massagem no corpo que estimula a circulação sanguínea periférica e isso provoca
aumento da oxigenação das células”, diz Magnólia.
Existe até um tratamento, chamado talassoterapia (do grego thalasso, que significa mar), surgido
em meados do século IX na Grécia, que usa a água do mar como seu principal ingrediente.
Graças à presença de cálcio, zinco, silício e magnésio, a água do mar é usada para tratar doenças
como artrite, osteoporose e reumatismo. Já o sal marinho, rico em cloreto de sódio, potássio e
magnésio, tem propriedades cicatrizantes e antissépticas. Todo esse conhecimento, no entanto,
carece de embasamento científico. “Não conheço nenhum trabalho que trate desse tema com
seriedade, mas intuitivamente creio que o banho de mar gera uma sensação de melhora e
bem-estar”, diz a química Rosalinda Montoni, do Instituto Oceanográfico da USP.
Revista Vida Simples.

1. Fonte bibliográfica: revista periódica de circulação nacional. O próprio nome da revista –


Vida Simples – indica o ponto de vista dos artigos nela veiculados.
2. O fato de o texto não ser assinado permite-nos concluir que se trata de um EDITORIAL
(texto opinativo) ou de uma NOTÍCIA (texto informativo).
3. O fato de o título do texto ser uma pergunta permite-nos concluir que o texto constitui-se
em uma resposta (geralmente, nos primeiros períodos).
4. Identificação do tópico frasal: percebido, via de regra, no 1º e no 2º períodos, por meio das
palavras-chave (expressões substantivas e verbais): não existam / comprovações científicas /
especialistas acreditam / banhos de mar / benefícios à saúde.
5. Identificação de termos cujo aparecimento frequente denuncia determinado enfoque
do assunto: água marinha / alivia tensões musculares / pode ser considerada energizante /
terapeuta / ondas do mar / estimula a circulação sanguínea / aumento da oxigenação das células
/ talassoterapia / água do mar / tratar doenças / conhecimento / carece de embasamento
científico.

1. Qual é a ideia central do texto acima?


a) Os depoimentos científicos sobre as propriedades terapêuticas do banho de mar são
contraditórios.
b) Molhar-se com água salgada é energizante, mas há necessidade de cuidados com infecções.
c) O banho de mar tem uma série de propriedades terapêuticas, que não têm comprovação
científica.
d) Os trabalhos científicos sobre as propriedades medicinais do banho de mar têm publicações
respeitadas no meio científico.
e) A água do mar é composta por vários elementos químicos e bactérias que atuam no sistema
nervoso.

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Português – Identificação da Ideia Central – Prof. Carlos Zambeli

Conclusão
1. Ideia central = palavra-chave 1º e 2º períodos.

2. Comprovação = campo lexical.

3. Resposta correta = a mais completa


(alternativa com maior número de palavras-chave destacadas no texto).

Campo Lexical

Conjunto de palavras que pertencem a uma mesma área de conhecimento.


Exemplo:
•• Medicina: estetoscópio, cirurgia, esterilização, medicação
•• Concurso, prova, gabarito, resultado, candidato, gabarito

EXEMPLIFICANDO
Trecho do discurso do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, pronunciado quando da
declaração de guerra ao regime Talibã.
“Essa atrocidade (o atentado de 11/09, em NY) foi um ataque contra todos nós, contra pessoas
de todas e nenhuma religião. Sabemos que a Al-Qaeda ameaça a Europa, incluindo a Grã-
Bretanha, e qualquer nação que não compartilhe de seu fanatismo. Foi um ataque à vida e aos
meios de vida. As empresa aéreas, o turismo e outras indústrias foram afetadas, e a confiança
econômica sofreu, afetando empregos e negócios britânicos. Nossa prosperidade e padrão de
vida requerem uma resposta aos ataques terroristas.”

2. Nessa declaração, destacaram-se principalmente os interesses de ordem


a) moral.
b) militar.
c) jurídica.
d) religiosa.
e) econômica.

Gabarito: 1. C 2. E

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Português

ESTRATÉGIA LINGUÍSTICA

Que que é isso?


Genericamente, estratégias textuais, linguísticas e discursivas seriam "táticas", "escolhas" do
falante/ escritor com relação ao modo como ele se utiliza da linguagem. 
As estratégias textuais dizem respeito especificamente à construção do texto – oral ou escrito
–, considerando que o texto é uma tessitura de linguagem que se enquadra em determinada
esfera e gênero, que detém sentido para o falante e para o interlocutor, e que depende de
certas características (como coesão e coerência) para ser adequadamente construído e
apropriadamente chamado de texto.
As estratégias linguísticas estão mais diretamente ligadas à linguagem em sua acepção
estruturalista/formalista: léxico, sintaxe, prosódia. As estratégias discursivas dizem respeito à
linguagem enquanto discurso, ou seja, interação, envolvendo sujeitos, contexto, condições de
produção.

(Gazeta do Povo, online. 05.03.2009)

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1. Palavras Desconhecidas = Paráfrases e Campo Semântico

Paráfrase é a reescritura do texto, mantendo-se o mesmo significado, sem prejuízo do sentido


original.
A paráfrase pode ser construída por várias formas:
•• substituição de locuções por palavras;
•• uso de sinônimos;
•• mudança de discurso direto por indireto e vice-versa;
•• conversão da voz ativa para a passiva;
•• emprego de antonomásias ou perífrases (Machado de Assis = O bruxo do Cosme Velho; o
povo lusitano = portugueses).

EXEMPLIFICANDO

1. Como o “interior” é uma região mais ampla e tem população rarefeita, a expressão “se
dissemina” está sendo empregada com o sentido de “se atenua”, “se dissolve”.
Como regra, a epidemia começa nos grandes centros e se dissemina pelo interior. A incidência
nem sempre é crescente; a mudança de fatores ambientais pode interferir em sua escalada.
( ) Certo ( ) Errado

Epidemia: manifestação muito numerosa de qualquer fato ou conduta; proliferação generalizada.


Disseminar: espalhar(-se), difundir(-se), propagar(-se).

2. Supondo que a palavra “eclético” seja desconhecida para o leitor, a melhor estratégia de que
ele pode valer-se para tentar detectar o seu significado será
O sucesso deveu-se ao caráter eclético de sua administração. Pouco se lhe dava que lhe
exigissem sua opinião. Sua atitude consistia sempre em tomar uma posição escolhida entre as
diversas formas de conduta ou opinião manifestadas por seus assessores.
a) aproximá-la de outras palavras da língua portuguesa que tenham a mesma terminação
como “político” e “dinâmico”.
b) considerá-la como qualificação de profissionais que atuam na administração de alguma
empresa.
c) associá-la às palavras “sucesso” e “caráter”, de forma a desvendar o seu sentido correto,
“que ofusca, que obscurece os demais”.
d) observar o contexto sintático em que ela ocorre, ou seja, trata-se de um adjunto adnominal.
e) atentar para a paráfrase feita no segundo período.

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Português – Estratégia Linguística – Prof. Carlos Zambeli

2. Observação de palavras de cunho categórico: Advérbios & Artigos

3. Seria mantida a coerência entre as ideias do texto caso o segundo período sintático fosse
introduzido com a expressão Desse modo, em lugar de “De modo geral”
Na verdade, o que hoje definimos como democracia só foi possível em sociedades de tipo
capitalista, mas não necessariamente de mercado. De modo geral, a democratização das
sociedades impõe limites ao mercado, assim como desigualdades sociais em geral não
contribuem para a fixação de uma tradição democrática.
( ) Certo ( ) Errado

4. Por meio da afirmativa destacada, o autor


Os ecos da Revolução do Porto haviam chegado ao Brasil e bastaram algumas semanas para
inflamar os ânimos dos brasileiros e portugueses que cercavam a corte. Na manhã de 26 de
fevereiro, uma multidão exigia a presença do rei no centro do Rio de Janeiro e a assinatura
da Constituição liberal. Ao ouvir as notícias, a alguns quilômetros dali, D. João mandou fechar
todas as janelas do palácio São Cristóvão, como fazia em noites de trovoadas.
a) exprime uma opinião pessoal taxativa a respeito da atitude do rei diante da iminência da
Revolução do Porto.
b) critica de modo inflexível a atitude do rei, que, acuado, passa o poder para as mãos do
filho. de modo inflexível – loc. adverbial
c) demonstra que o rei era dono de uma personalidade intempestiva, que se assemelhava a
uma chuva forte.
d) sugere, de modo indireto, que o rei havia se alarmado com a informação recebida.
e) utiliza-se de ironia para induzir o leitor à conclusão de que seria mais do que justo depor o
rei. mais do que justo – expressão adverbial

5. Do fragmento Foi o outro grande poeta chileno, infere-se que houve apenas dois grandes
poetas no Chile.
Há cem anos nasceu o poeta mais popular de língua espanhola, com uma obra cuja força
lírica supera todos os seus defeitos. Sem dúvida, há um “problema Pablo Neruda”. Foi o outro
grande poeta chileno, seu contemporâneo Nicanor Parra (depois de passar toda uma longa vida
injustamente à sombra de Neruda), quem o formulou com maliciosa concisão.
( ) Certo ( ) Errado

6. Assinale a opção correta.


Mas, como toda novidade, a nanociência está assustando. Afinal, um material com
características incríveis poderia também causar danos incalculáveis ao homem ou ao meio
ambiente. No mês passado, um grupo de ativistas americanos tirou a roupa para protestar
contra calças nanotecnológicas que seriam superpoluentes.
a) Coisas novas costumam provocar medo nas pessoas.
b) Produtos criados pela nanotecnologia só apresentam pontos positivos.
c) Os danos ao meio ambiente são provocados pela nanotecnologia.
d) Os ativistas mostraram que as calças nanotecnológicas provocam poluição.

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3. Marcadores Linguísticos
•• expressões que indicam soma ou alternância: não só... mas também, ou, etc.;
•• expressões de acréscimo, de progressão, de continuidade ou de inclusão: até, além disso,
desde, etc.;
•• preposições: até (inclusão ou limite), com (companhia ou matéria), de (diversas relações:
tempo, lugar, causa, etc.), desde (tempo, lugar, etc.), entre (intervalo, relação, etc.), para
(lugar, destinatário, etc.), etc.;
•• Exemplos matemáticos: lançado do alto / lançado para o alto; números de 12 a 25 /
números entre 12 e 25.

EXEMPLIFICANDO
7. Assinale a alternativa que encontra suporte no texto.
Profetas do possível
Até que ponto é possível prever o futuro? Desde a Antiguidade, o desafio de antecipar o dia de
amanhã tem sido o ganha-pão dos bruxos, dos místicos e dos adivinhos. Ainda hoje, quando
o planeta passa por mudanças cada vez mais rápidas e imprevisíveis, há quem acredite que 
é possível dominar as incertezas da existência por  meio das cartas do tarô e da posição dos
astros. Esse tipo de profecia nada tem a ver com a Ciência. Os cientistas também apontam seus
olhos para o futuro, todavia de uma maneira diferente. Eles avaliam o estágio do  saber de
sua própria época para projetar as descobertas que se podem esperar. Observam a natureza
para reinventá-la a serviço do homem.
Superinteressante
a) O articulador “até” indica o limite de previsibilidade do futuro.
b) A partir da Antiguidade, prever a sorte passou a ser a ocupação de místicos de toda ordem.
c) Profecias e Ciência são absolutamente incompatíveis.
d) Além das cartas de tarô e da posição dos astros, os crédulos atuais buscam saber o futuro
por meio da consulta a bruxos.
e) Os cientistas não só observam a natureza – como o fazem os místicos –, mas também
buscam moldá-la às necessidades humanas, considerando o estágio atual do conhecimento.
Gabarito: 1. E 2. E 3. E 4. D 5. C 6. A 7. E

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Português – Estratégia Linguística – Prof. Carlos Zambeli

Estratégia linguística 2 (agora vai)

1. Observação de palavras de cunho categórico:

•• Tempos verbais
•• Expressões restritivas
•• Expressões totalizantes
•• Expressões enfáticas

Tempos Verbais

1. É irrelevante que entrem na faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-
sucedidos na profissão.
O emprego das formas verbais grifadas acima denota
Os pais de hoje costumam dizer que importante é que os filhos sejam felizes. É uma tendência
que se impôs ao influxo das teses libertárias dos anos 1960. É irrelevante que entrem na
faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-sucedidos na profissão.
O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. É
esperar, no mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se não for suficiente,
que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venha a abrigar. Se ainda for pouco, que
atinja o enlevo místico dos santos. Não dá para preencher caderno de encargos mais cruel para
a pobre criança.
a) hipótese passível de realização.
b) fato real e definido no tempo.
c) condição de realização de um fato.
d) finalidade das ações apontadas no segmento.
e) temporalidade que situa as ações no passado.

2. Provoca-se incoerência textual e perde-se a noção de continuidade da ação ao se substituir a


expressão verbal vem produzindo por tem produzido.
Na verdade, a integração da economia mundial — apontada pelas nações ricas e seus prepostos
como alternativa única — vem produzindo, de um lado, a globalização da pobreza e, de outro,
uma acumulação de capitais jamais vista na história, o que permite aos grandes grupos
empresariais e financeiros atuar em escala mundial, maximizando oportunidades e lucros.
( ) Certo ( ) Errado

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Expressões Restritivas

3. Depreende-se da argumentação do texto que o autor considera as instituições como as únicas


“características fixas” aceitáveis de “democracia”.
Na verdade, o que hoje definimos como democracia só foi possível em sociedades de tipo ca-
pitalista, mas não necessariamente de mercado. De modo geral, a democratização das socie-
dades impõe limites ao mercado, assim como desigualdades sociais em geral não contribuem
para a fixação de uma tradição democrática. Penso que temos de refletir um pouco a respeito
do que significa democracia. Para mim, não se trata de um regime com características fixas,
mas de um processo que, apesar de constituir formas institucionais, não se esgota nelas. [...]
Renato Lessa. Democracia em debate. In: Revista Cult, n.º 137, ano 12, jul./2009, p. 57 (com
adaptações).

( ) Certo ( ) Errado

4. Considerado corretamente o trecho, o segmento grifado em A colonização do imaginário não


busca nem uma coisa nem outra deve ser assim entendido:
Posterior, e mais recente, foi a tentativa, por parte de alguns historiadores, de abandonar uma
visão eurocêntrica da “conquista” da América, dedicando-se a retraçá-la a partir do ponto de
vista dos “vencidos”, enquanto outros continuaram a reconstituir histórias da instalação de
sociedades europeias em solo americano. Antropólogos, por sua vez, buscaram nos documentos
produzidos no período colonial informações sobre os mundos indígenas demolidos pela
colonização. A colonização do imaginário não busca nem uma coisa nem outra.
(Adaptado de PERRONE-MOISÉS, Beatriz, Prefácio à edição brasileira de GRUZINSKI, Serge, A
colonização do imaginário: sociedades indígenas e ocidentalização no México espanhol
(séculos XVI-XVIII)).

a) não tenta investigar nem o eurocentrismo, como o faria um historiador, nem a presença
das sociedades europeias em solo americano, como o faria um antropólogo.
b) não quer reconstituir nada do que ocorreu em solo americano, visto que recentemente
certos historiadores, ao contrário de outros, tentam contar a história do descobrimento da
América do modo como foi visto pelos nativos.
c) não pretende retraçar nenhum perfil − dos vencidos ou dos vencedores − nem a trajetória
dos europeus na conquista da América.
d) não busca continuar a tradição de pesquisar a estrutura dos mundos indígenas e do mundo
europeu, nem mesmo o universo dos colonizadores da América.
e) não se concentra nem na construção de uma sociedade europeia na colônia − quer
observada do ponto de vista do colonizador, quer do ponto de vista dos nativos −, nem no
resgate dos mundos indígenas.

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Expressões Totalizantes

5. De acordo com o texto, no tratamento da questão da biodiversidade no Planeta,


A biodiversidade diz respeito tanto a genes, espécies, ecossistemas como a funções e coloca
problemas de gestão muito diferenciados. É carregada de normas de valor. Proteger a
biodiversidade pode significar:
•• a eliminação da ação humana, como é a proposta da ecologia radical;
•• a proteção das populações cujos sistemas de produção e de cultura repousam num dado
ecossistema;
•• a defesa dos interesses comerciais de firmas que utilizam a biodiversidade como matéria
prima, para produzir mercadorias.
a) o principal desafio é conhecer todos os problemas dos ecossistemas.
b) os direitos e os interesses comerciais dos produtores devem ser defendidos,
independentemente do equilíbrio ecológico.
c) deve-se valorizar o equilíbrio do ambiente, ignorando-se os conflitos gerados pelo uso da
terra e de seus recursos.
d) o enfoque ecológico é mais importante do que o social, pois as necessidades das populações
não devem constituir preocupação para ninguém.
e) há diferentes visões em jogo, tanto as que consideram aspectos ecológicos, quanto as que
levam em conta aspectos sociais e econômicos.

6. A argumentação do texto desenvolve-se no sentido de se compreender a razão por que


Quando alguém ouve que existem tantas espécies de plantas no mundo, a primeira reação
poderia ser: certamente, com todas essas espécies silvestres na Terra, qualquer área com um
clima favorável deve ter tido espécies em número mais do que suficiente para fornecer muitos
candidatos ao desenvolvimento agrícola.
Mas então verificamos que a grande maioria das plantas selvagens não é adequada por
motivos óbvios: elas servem apenas como madeira, não produzem frutas comestíveis e suas
folhas e raízes também não servem como alimento. Das 200.000 espécies de plantas selvagens,
somente alguns milhares são comidos por humanos e apenas algumas centenas dessas são mais
ou menos domesticadas. Dessas várias centenas de culturas, a maioria fornece suplementos
secundários para nossa dieta e não teriam sido suficientes para sustentar o surgimento de
civilizações. Apenas uma dúzia de espécies representa mais de 80% do total mundial anual
de todas as culturas no mundo moderno. Essas exceções são os cereais trigo, milho, arroz,
cevada e sorgo; o legume soja; as raízes e os tubérculos batata, mandioca e batata-doce; fontes
de açúcar como a cana-de-açúcar e a beterraba; e a fruta banana. Somente os cultivos de
cereais respondem atualmente por mais da metade das calorias consumidas pelas populações
humanas do mundo.
Com tão poucas culturas importantes, todas elas domesticadas milhares de anos atrás, é menos
surpreendente que muitas áreas no mundo não tenham nenhuma planta selvagem de grande
potencial. Nossa incapacidade de domesticar uma única planta nova que produza alimento nos
tempos modernos sugere que os antigos podem ter explorado praticamente todas as plantas
selvagens aproveitáveis e domesticado aquelas que valiam a pena.
(Jared Diamond. Armas, germes e aço)

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a) existiria uma dúzia de exceções dentre todas as espécies de plantas selvagens que seriam
monopólio das grandes civilizações.
b) tão poucas dentre as 200.000 espécies de plantas selvagens são utilizadas como alimento
pelos homens em todo o planeta.
c) algumas áreas da Terra mostraram-se mais propícias ao desenvolvimento agrícola, que
teria possibilitado o surgimento de civilizações.
d) a maior parte das plantas é utilizada apenas como madeira pelos homens e não lhes fornece
alimento com suas frutas e raízes.
e) tantas áreas no mundo não possuem nenhuma planta selvagem de grande potencial para
permitir um maior desenvolvimento de sua população.

Expressões Enfáticas
7. A afirmativa correta, em relação ao texto, é
Será a felicidade necessária?
Felicidade é uma palavra pesada. Alegria é leve, mas felicidade é pesada. Diante da pergunta
"Você é feliz?", dois fardos são lançados às costas do inquirido. O primeiro é procurar uma
definição para felicidade, o que equivale a rastrear uma escala que pode ir da simples satisfação
de gozar de boa saúde até a conquista da bem-aventurança. O segundo é examinar-se, em
busca de uma resposta.
Nesse processo, depara-se com armadilhas. Caso se tenha ganhado um aumento no emprego
no dia anterior, o mundo parecerá belo e justo; caso se esteja com dor de dente, parecerá feio
e perverso. Mas a dor de dente vai passar, assim como a euforia pelo aumento de salário, e se
há algo imprescindível, na difícil conceituação de felicidade, é o caráter de permanência. Uma
resposta consequente exige colocar na balança a experiência passada, o estado presente e a
expectativa futura. Dá trabalho, e a conclusão pode não ser clara.
Os pais de hoje costumam dizer que importante é que os filhos sejam felizes. É uma tendência
que se impôs ao influxo das teses libertárias dos anos 1960. É irrelevante que entrem na
faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-sucedidos na profissão.
O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. É
esperar, no mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se não for suficiente,
que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venha a abrigar. Se ainda for pouco, que
atinja o enlevo místico dos santos. Não dá para preencher caderno de encargos mais cruel para
a pobre criança.
(Trecho do artigo de Roberto Pompeu de Toledo. Veja. 24 de março de 2010, p. 142)
a) A expectativa de muitos, ao colocarem a felicidade acima de quaisquer outras situações da
vida diária, leva à frustração diante dos pequenos sucessos que são regularmente obtidos,
como, por exemplo, no emprego.
b) Sentir-se alegre por haver conquistado algo pode significar a mais completa felicidade, se
houver uma determinação, aprendida desde a infância, de sentir-se feliz com as pequenas
coisas da vida.
c) As dificuldades que em geral são encontradas na rotina diária levam à percepção de que a
alegria é um sentimento muitas vezes superior àquilo que se supõe, habitualmente, tratar-
se de felicidade absoluta.

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d) A possibilidade de que mais pessoas venham a sentir-se felizes decorre de uma educação
voltada para a simplicidade de vida, sem esperar grandes realizações, que acabam levando
apenas a frustrações.
e) Uma resposta provável à questão colocada como título do texto remete à constatação de
que felicidade é um estado difícil de ser alcançado, a partir da própria complexidade de
conceituação daquilo que se acredita ser a felicidade.

Geralmente, a alternativa correta (ou a mais viável) é construída por meio de palavras e de
expressões “abertas”, isto é, que apontam para “possibilidades”, “hipóteses”: provavelmente,
é possível, futuro do pretérito do indicativo, modo subjuntivo, futuro do pretérito (-ria) etc.

EXEMPLIFICANDO

8. Acerca do texto, são feitas as seguintes afirmações:


No Brasil colonial, os portugueses e suas autoridades evitaram a concentração de escravos de
uma mesma etnia nas propriedades e nos navios negreiros.
Essa política, a multiplicidade linguística dos negros e as hostilidades recíprocas que trouxeram
da África dificultaram a formação de grupos solidários que retivessem o patrimônio cultural
africano, incluindo-se aí a preservação das línguas.
Porém alguns senhores aceitaram as práticas culturais africanas – e indígenas – como um mal
necessário à manutenção dos escravos. Pelo imperativo de convertê-los ao catolicismo, alguns
clérigos aprenderam as línguas africanas [...]. Outras pessoas, por se envolverem com o tráfico
negreiro [...], devem igualmente ter-se familiarizado com as línguas dos negros.
I – os portugueses impediram totalmente a concentração de escravos da mesma etnia nas
propriedades e nos navios negreiros.
II – a política dos portugueses foi ineficiente, pois apenas a multiplicidade cultural dos negros,
de fato, impediu a formação de núcleos solidários.
III – Apesar do empenho dos portugueses, a cultura africana teve penetração entre alguns
senhores e clérigos. Cada um, é bem verdade, tinha objetivos específicos para tanto.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

9. Considere as afirmações feitas acerca do texto:


Macaco Esperto
Chimpanzés, bonobos e gorilas possuem uma função cerebral relacionada à fala que se pensava
exclusiva do ser humano. Isso sugere que a evolução da estrutura cerebral da fala começou
antes de primatas e humanos tomarem caminhos distintos na linha da evolução. O mais perto
que os primatas chegaram foi gesticular com a mão direita ao emitir grunhidos.

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I – de acordo com o segundo período, a evolução da estrutura cerebral da fala está diretamente
relacionada ao fato de esta ser atribuída tão somente aos humanos.
II – os seres cujos caminhos tornaram-se distintos durante o processo evolutivo possuem
ambos função cerebral relacionada à fala.
III – a estrutura cerebral dos primatas e dos humanos, em relação à fala, teria um ponto em
comum.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

Gabarito: 1. A 2. E 3. E 4. E 5. E 6. C 7. E 8. C 9. D

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Português

INFERÊNCIA

Que que é isso?


INFERÊNCIA – ideias implícitas, sugeridas, que podem ser depreendidas a partir da leitura do
texto, de certas palavras ou expressões contidas na frase.
Enunciados – “Infere-se”, Deduz-se”, “Depreende-se”,
Uma inferência incorreta é conhecida como uma falácia.

Observe a seguinte frase:


Fiz faculdade, mas aprendi algumas coisas.

O autor transmite 2 informações de maneira explícita:


a) que ele frequentou um curso superior;
b) que ele aprendeu algumas coisas.

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Ao ligar as duas informações por meio de “mas”, comunica também, de modo implícito, sua
crítica ao ensino superior, pois a frase transmite a ideia de que nas faculdades não se aprende
muita coisa.
Além das informações explicitamente enunciadas, existem outras que se encontram
subentendidas ou pressupostas. Para realizar uma leitura eficiente, o leitor deve captar tanto
os dados explícitos quanto os implícitos.

1. “O tempo continua ensolarado”,


Comunica-se, de maneira explícita, que, no momento da fala, faz sol, mas, ao mesmo tempo, o
verbo “continuar” permite inferir que, antes, já fazia sol.

2. “Pedro deixou de fumar”


Afirma-se explicitamente que, no momento da fala, Pedro não fuma. O verbo “deixar”, todavia,
transmite a informação implícita de que Pedro fumava antes.

1. A leitura atenta da charge só não nos permite depreender que


a) é possível interpretar a fala de Stock de duas maneiras.
b) Wood revela ter-se comportado ilicitamente.
c) há vinte anos, a sociedade era mais permissiva.
d) as atividades de Wood eram limitadas.
e) levando-se em conta os padrões morais de nossa sociedade, uma das formas de entender a
fala de Stock provoca riso no leitor.

2. Observe a frase que segue:


É preciso construir mísseis nucleares para defender o Ocidente de um ataque norte-coreano.
Sobre ela, são feitas as seguintes afirmações:
I – O conteúdo explícito afirma que há necessidade da construção de mísseis, com a finalidade
de defesa contra o ataque norte-coreano.
II – O pressuposto, isto é, o dado que não se põe em discussão é o de que os norte-coreanos
pretendem atacar o Ocidente.
III – O pressuposto, isto é, o dado que não se põe em discussão é o de que a negociação com os
norte-coreanos é o único meio de dissuadi-los de um ataque ao Ocidente.

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Português – Inferência – Prof. Carlos Zambeli

Quais estão corretas?


a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.

Inferência Verbal X Não-verbal

Os pressupostos são marcados, nas frases, por meio de vários indicadores linguísticos como
a) certos advérbios:
Os convidados ainda não chegaram à recepção.

Pressuposto: Os convidados já deviam ter chegado ou os convidados chegarão mais tarde.

b) certos verbos:
O desvio de verbas tornou-se público.

Pressuposto: O desvio não era público antes.

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c) as orações adjetivas explicativas (isoladas por vírgulas):
Os políticos, que só querem defender seus interesses, ignoram o povo.

Pressuposto: Todos os políticos defendem tão somente seus interesses.

d) expressões adjetivas:
Os partidos “de fachada” acabarão com a democracia no Brasil.

Pressuposto: Existem partidos “de fachada” no Brasil.

Costuma-se acreditar que , quando se relatam dados da realidade, não pode haver nisso
subjetividade alguma e que relatos desse tipo merecem a nossa confiança porque são reflexos
da neutralidade do produtor do texto e de sua preocupação com a verdade objetiva dos fatos.
Mas não é bem assim. Mesmo relatando dados objetivos, o produtor do texto pode ser
tendencioso e ele, mesmo sem estar mentindo, insinua seu julgamento pessoal pela seleção
dos fatos que está reproduzindo ou pelo destaque maior que confere a certos pormenores. A
essa escolha dos fatos e à ênfase atribuída acertos tipos de pormenores dá-se o nome de viés.

3. Infere-se do texto que


a) o ato de informar pode ser manipulado em função da defesa de interesses pessoais de
quem escreve.
b) a ausência de viés compromete a carga de veracidade de dados da realidade.
c) a atitude de neutralidade é meio indispensável para a boa aceitação de uma notícia.
d) o escritor tendencioso põe em risco sua posição perante o público.
e) o bom escritor tem em mira a verdade objetiva dos fatos. 

4. Infere-se ainda o texto que


a) uma mensagem será tanto mais aceita quanto maior for a imparcialidade do escritor.
b) o escritor, fingindo neutralidade, será mais capaz de interessar o leitor.
c) o interesse da leitura centraliza-se na análise dos pormenores relatados.
d) o viés introduz uma nota de humor na transmissão de uma mensagem.
e) o leitor deve procurar reconhecer todo tipo de viés naquilo que lê.

Gabarito: 1. C 2. D 3. A 4. A

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Português

COMPREENSÃO GRAMATICAL DO TEXTO

Estabelecimento de relações entre os aspectos semânticos e gramaticais envolvidos em dado


anunciado.
Procedimentos

1. Leitura do enunciado e das alternativas;

2. identificação do aspecto gramatical apontado no enunciado e/ou na alternativa

3. Aplicação das técnicas de compreensão, inferência e vocabulário.


Os Pais de hoje constumam dizer que importante é que os filhos sejam felizes. [...] É irrelevante
que entrem na faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-sucedidos
na profissão. O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora felicdade é coisa
grandiosa. É esperar, no mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se não
for suficiente, que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venham a abrigar. Se ainda
for pouco, que atinja o enlevo místico dos santos. Não dá para preencher caderno de encargos
mais cruel para a pobre criança
ORA:
Advérbio = nesta ocasião; AGORA; A lei, ora apresentada, proíbe a venda de armas.
Conjunção = Ou... ou...: Ora ria, ora chorava. / Entretanto, mas: Eu ofereci ajuda; ora, orgulhosa
como é, nem aceitou.
Interjeição = manifesta surpresa, ironia, irritação etc.

1. O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. Com
a palavra grifada, o autor
a) retoma o mesmo sentido do que foi anteriormente afirmado.
b) exprime reserva em relação à opinião exposta na afirmativa anterior.
c) coloca uma alternativa possível para a afirmativa feita anteriormente.
d) determina uma situação em que se realiza a probabilidade antes considerada.
e) estabelece algumas condições necessárias para a efetivação do que se afirma.

2. Por que, enfim, tantas reservas em relação ao consumo? O primeiro foco de explicação para essa
antipatia reside no fato de que nossa economia fechada sempre encurralou os consumidores
no país. A falta de um leque efetivo de opções de compra tem deixado os consumidores à

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mercê dos produtores no Brasil. Não por acaso, os apologistas do consumo entre nós têm
sido basicamente aqueles que podem exercer seu inchado poder de compra sem tomar
conhecimento das fronteiras nacionais. O resto da população, mantida em situação vulnerável,
ignora os benefícios de uma economia baseada no consumo.
A expressão “Não por acaso”, ao iniciar o período, indica
a) justificativa.
b) ênfase.
c) indagação.
d) concessão.
e) finalidade.

3. (FCC) A Companhia das Índias Orientais − a primeira grande companhia de ações do mundo,
criada em 1602 − foi a mãe das multinacionais contemporâneas.
O segmento isolado pelos travessões constitui, no contexto, comentário que
a) busca restringir o âmbito de ação de uma antiga empresa de comércio.
b) especifica as qualidades empresariais de uma companhia de comércio.
c) contém informações de sentido explicativo, referentes à empresa citada.
d) enumera as razões do sucesso atribuído a essa antiga empresa.
e) enfatiza, pela repetição, as vantagens oferecidas pela empresa.

4. (FCC) A gênese da música do Rio Grande do Sul também pode ser vista como reflexo dessa
multiplicidade de referências. Há influências diretas do continente europeu, e isso se mistura à
valiosa contribuição do canto e do batuque africano, mesmo tendo sido perseguido, vigiado,
quase segregado.
O segmento destacado deve ser entendido, considerando-se o contexto, como
a) uma condição favorável à permanência da música popular de origem africana.
b) uma observação que valoriza a persistente contribuição africana para a música brasileira.
c) restrição ao sentido do que vem sendo exposto sobre a música popular brasileira.
d) a causa que justifica a permanência da música de origem africana no Brasil.
e) as consequências da presença dos escravos e sua influência na música popular brasileira.

5. A média universal do Índice de Desenvolvimento Humano aumentou 18% desde 1990. Mas
a melhora estatística está longe de animar os autores do Relatório de 2010. [...] O cenário
apresentado pelo Relatório não é animador. [...] Os padrões de produção e consumo atuais são
considerados inadequados. Embora não queira apresentar receitas prontas, o Relatório traça
caminhos possíveis. Entre eles, o reconhecimento da ação pública na regulação da economia
para proteger grupos mais vulneráveis. Outro aspecto ressaltado é a necessidade de considerar
pobreza, crescimento e desigualdade como temas interligados. "Crescimento rápido não
deve ser o único objetivo político, porque ignora a distribuição do rendimento e negligencia a
sustentabilidade do crescimento", informa o texto.
O trecho colocado entre aspas indica que se trata de
a) comentário pessoal do autor do texto sobre dados do Relatório.
a) insistência na correção dos dados apresentados pelo Relatório.
c) repetição desnecessária de informação já citada no texto.

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Português – Compreensão Gramatical do Texto – Prof. Carlos Zambeli

d) transcrição exata do que consta no texto do Relatório de 2010.


e) resumo do assunto principal constante do Relatório de 2010.

6. O sonho de voar alimenta o imaginário do homem desde que ele surgiu sobre a Terra. A inveja
dos pássaros e as lendas de homens alados, como Dédalo e Ícaro (considerado o primeiro mártir
da aviação), levaram a um sem-número de experiências, a maioria fatal.
(considerado o primeiro mártir da aviação) Os parênteses isolam
a) citação fiel de outro autor.
b) comentário explicativo.
c) informação repetitiva.
d) retificação necessária.
e) enumeração de fatos.

5. (FCC) Diariamente tomamos decisões (comprar uma gravata, vender um apartamento, demitir
um funcionário, poupar para uma viagem, ter um filho, derrubar ou plantar uma árvore),
ponderando custos e benefícios.
O segmento entre parênteses constitui
a) transcrição de um diálogo, que altera o foco principal do que vem sendo exposto.
b) constatação de situações habituais, com o mesmo valor de mercado, vivenciadas pelas
pessoas.
c) reprodução exata das palavras do jornalista americano citado no texto, referentes à rotina
diária das pessoas.
d) interrupção intencional do desenvolvimento das ideias, para acrescentar informações
alheias ao assunto abordado.
e) sequência explicativa, que enumera as eventuais decisões que podem ser tomadas
diariamente pelas pessoas.

Gabarito: 1. B 2. A 3. C 4. B 5. D 6. B 7. E

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Português

DENOTAÇÃO X CONOTAÇÃO

O signo linguístico (a palavra) é constituído pelo significante – parte perceptível, constituída de


sons – e pelo significado (conteúdo) – a parte inteligível, o conceito. Por isto, numa palavra que
ouvimos, percebemos um conjunto de sons (o significante), que nos faz lembrar um conceito (o
significado).
Denotação: resultado da união entre o significante e o significado, ou entre o plano da
expressão e o plano do conteúdo.
Conotação: resultado do acréscimo de outros significados paralelos ao significado de base da
palavra, isto é, outro plano de conteúdo pode ser combinado com o plano da expressão. Esse
outro plano de conteúdo reveste-se de impressões, valores afetivos e sociais, negativos ou
positivos, reações psíquicas que um signo evoca.
Assim,
Denotação é a significação objetiva da palavra – valor referencial; é a palavra em "estado de
dicionário”
Conotação é a significação subjetiva da palavra; ocorre quando a palavra evoca outras
realidades devido às associações que ela provoca.

DENOTAÇÃO CONOTAÇÃO
palavra com significação restrita palavra com significação ampla
palavra com sentido comum do dicionário palavra cujos sentidos extrapolam o sentido comum
palavra usada de modo automatizado palavra usada de modo criativo
linguagem comum linguagem rica e expressiva

EXEMPLIFICANDO
Para exemplificar esses dois conceitos, eis a palavra cão:
sentido denotativo quando designar o animal mamífero quadrúpede canino;
sentido conotativo quando expressar o desprezo que desperta em nós uma pessoa de mau
caráter ou extremamente servil.
(Othon M.Garcia)

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Um detalhe!
As aspas podem indicar que uma palavra está sendo empregada diferentemente do
seu sentido do dicionário!
Eu sempre “namorei” meus livros!
A “bateria” do meu filho não termina nunca! Esse menino não dorme.

Música “Dois rios”, de Samuel Rosa, Lô Borges e Nando Reis.


“O sol é o pé e a mão
O sol é a mãe e o pai
Dissolve a escuridão
O sol se põe se vai
E após se pôr
O sol renasce no Japão”

1. Assinale o segmento em que NÃO foram usadas palavras em sentido figurado.


a) Lendo o futuro no passado dos políticos.
b) As fontes é que iam beber em seus ouvidos.
c) Eram 75 linhas que jorravam na máquina de escrever com regularidade mecânica.
d) Antes do meio-dia, a tarefa estava pronta.
e) Era capaz de cortar palavras com a elegância de um golpe de florete.

2. Marque a alternativa cuja frase apresenta palavra(s) empregada(s) em sentido conotativo:


a) O homem procura novos caminhos na tentativa de fixar suas raízes.
b) “Mas lá, no ano dois mil, tudo pode acontecer. Hoje, não.”
c) “... os planejadores fizeram dele a meta e o ponto de partida.”
d) “Pode estabelecer regras que conduzam a um viver tranquilo ...”
e) “Evidentemente, (...) as transformações serão mais rápidas.”

Sinônimos X Antônimos

A semântica é a parte da linguística que estuda o significado das palavras, a parte significativa
do discurso. Cada palavra tem seu significado específico, porém podemos estabelecer relações
entre os significados das palavras, assemelhando-as umas às outras ou diferenciando-as
segundo seus significados.

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Português – Conotação e Denotação – Prof. Carlos Zambeli

Sinônimos
Palavras que possuem significados iguais ou semelhantes.

A bruxa prendeu os irmãos.

A feiticeira prendeu os irmãos.

Porém os sinônimos podem ser


•• perfeitos: significado absolutamente igual, o que não é muito frequente.
Ex.: morte = falecimento / idoso = ancião
•• imperfeitos: o significado das palavras é apenas semelhante.
Ex.: belo - formoso/ adorar – amar / fobia - receio

Antônimos
Palavras que possuem significados opostos, contrários. Pode originar-se do acréscimo de
um prefixo de sentido oposto ou negativo.
Exemplos: 
mal X bem
ausência X presença
fraco X forte
claro X escuro
subir X descer
cheio X vazio
possível X impossível
simpático X antipático

3. A palavra que pode substituir, sem prejuízo do sentido, “obviamente”, é


Julgo que os homens que fazem a política externa do Brasil, no Itamaraty, são excessivamente
pragmáticos. Tiveram sempre vida fácil, vêm da elite brasileira e nunca participaram, eles
próprios, em combates contra a ditadura, contra o colonialismo. Obviamente não têm a
sensibilidade de muitos outros países ou diplomatas que conheço.
a) Necessariamente
b) Realmente
c) Justificadamente
d) Evidentemente
e) Comprovadamente

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4. O texto se estrutura a partir de antíteses, ou seja, emprego de palavras ou expressões de sentido
contrário. O par de palavras ou expressões que não apresentam no texto essa propriedade
antitética é
Toda saudade é a presença da ausência
de alguém, de algum lugar, de algo enfim
Súbito o não toma forma de sim
como se a escuridão se pusesse a luzir
Da própria ausência de luz
o clarão se produz,
o sol na solidão.
Toda saudade é um capuz transparente
que veda e ao mesmo tempo traz a visão do que não se pode ver
porque se deixou pra trás
mas que se guardou no coração.
(Gilberto Gil)

a) presença / ausência
b) não / sim
c) ausência de luz / clarão
d) sol / solidão
e) que veda / traz a visão

Gabarito: 1. D 2. A 3. D 4. D

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Português

ELEMENTOS REFERENCIAIS

Estabelecem uma relação de sentido no texto, formando um elo coesivo entre o que está
dentro do texto e fora dele também. À retomada feita para trás dá-se o nome de anáfora e a
referência feita para a frente recebe o nome de catáfora.
Observe:

1. Carlos mora com a tia. Ele faz faculdade de Direito.


Ele – retomada de Carlos = anáfora.

2. Carlos ganhou um cachorro. O cachorro chama-se Lulu.


“Um cachorro”, informação para a frente = “o cachorro” = catáfora.

Mecanismos

1. REPETIÇÃO
“Oito pessoas morreram (cinco passageiros de uma mesma família e dois tripulantes, além
de uma mulher que teve ataque cardíaco) na queda de um avião bimotor Aero Commander,
da empresa J. Caetano, da cidade de Maringá (PR). O avião prefixo PTI-EE caiu sobre quatro
sobrados da Rua Andaquara.”
A palavra AVIÃO foi repetida, principalmente por ele ter sido o veículo envolvido no acidente,
que é a notícia propriamente dita.

2. REPETIÇÃO PARCIAL
“Estavam no avião o empresário Silvio Name Júnior [...] Gabriela Gimenes Ribeiro e o marido
dela, João Izidoro de Andrade. Andrade é conhecido na região como um dos maiores
compradores de cabeças de gado do Sul do país.”
Na retomada de nomes de pessoas, a repetição parcial é o mais comum mecanismo coesivo.
Costuma-se, uma vez citado o nome completo de alguém, repetir somente o seu sobrenome.

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1. A sequência em negrito (globalização do olho da rua. É a globalização do bico. É a globalização
do dane-se.) caracteriza a globalização a partir da desestruturação do mundo do trabalho. Do
ponto de vista dos recursos da linguagem é correto afirmar que, no contexto, ocorre uma
a) gradação, com a suavização das dificuldades.
b) contradição, entre os modos de sobrevivência do desempregado.
c) ênfase, com a intensificação da afirmativa inicial.
d) retificação, pela correção gradual das informações iniciais.

e) exemplificação, pelo relato de situações específicas.

3. ELIPSE
É a omissão de um termo que pode ser facilmente deduzido pelo contexto.
“Três pessoas que estavam nas casas atingidas pelo avião ficaram feridas. Elas não sofreram
ferimentos graves. Apenas escoriações e queimaduras.”
Na verdade, foram omitidos, no trecho sublinhado, o sujeito (As três pessoas) e um verbo
(sofreram): (As três pessoas sofreram apenas escoriações e queimaduras).

2. Aproveitei os feriados da semana passada para curtir algumas releituras que há muito vinha
adiando. [...] Com chuva, o Rio é uma cidade como outra qualquer: não se tem muita coisa a
fazer. [...] O melhor mesmo é aproveitar o tempo ― que de repente fica enorme e custa a passar
― revisitar os primeiros deslumbramentos, buscando no passado um aumento de pressão nas
caldeiras fatigadas que poderão me levar adiante. [...] Leituras antigas, de um tempo em que
estava longe a ideia de um dia escrever um livro. Bem verdade que, às vezes, vinha a tentação
de botar para fora alguma coisa.
I – As expressões “releituras”, “revisitar” e “Leituras antigas” deixam claro que os livros que o
narrador pretende ler já foram obras lidas por ele no passado.
II – Nas expressões “há muito” e “Bem verdade”, pode-se depreender a elipse do substantivo
“tempo” e do verbo flexionado “É”.
III – É possível inferir uma relação de causa e consequência entre as orações conectadas pelos
dois-pontos.
Quais afirmativas estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.

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Português – Elementos Referenciais – Prof. Carlos Zambeli

4. PRONOMES
A função gramatical do pronome é justamente a de substituir ou acompanhar um nome. Ele
pode, ainda, retomar toda uma frase ou toda a ideia contida em um parágrafo ou no texto todo.
“Estavam no avião Márcio Artur Lerro Ribeiro, seus filhos Márcio Rocha Ribeiro Neto e Gabriela
Gimenes Ribeiro; e o marido dela, João Izidoro de Andrade.”

O pronome possessivo seus retoma Márcio Artur Lerro Ribeiro; o pronome pessoal (d)ela
retoma Gabriela Gimenes Ribeiro.

3. “... que lhe permitem que veja a origem de todos os seres e de todas as coisas para que possa
transmiti-las aos ouvintes”.
Em transmiti-las, -las é pronome que substitui
a) a origem de todos os seres.
b) todas as coisas.
c) aos ouvintes.
d) todos os seres.

Pronomes Demonstrativos
ESSE = assunto antecedente.
“A seca é presença marcante no Sul. Esse fenômeno é atribuído a ‘El Niña’.”

ESTE = assunto posterior.


“O problema é este: não há possibilidade de reposição das peças.”

ESTE = antecedente mais próximo


AQUELE = antecedente mais distante
“Jogaram Inter e Grêmio: este perdeu; aquele ganhou.”

4. "Um relatório da Associação Nacional de Jornais revelou que, nos últimos doze meses, foram
registrados no Brasil 31 casos de violação à liberdade de imprensa. Destes, dezesseis são
decorrentes de sentença judicial - em geral, proferida por juízes de primeira instância.”
Nesse segmento do texto, o pronome demonstrativo sublinhado se refere a
a) relatórios.
b) jornais.
c) meses.
d) casos.
e) atentados.

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5. ADVÉRBIOS
Palavras que exprimem circunstâncias, principalmente as de lugar, tempo, modo, causa...
“Em São Paulo, não houve problemas. Lá, os operários não aderiram à greve.”

5. Considere as afirmativas que seguem.


I. O advérbio já, indicativo de tempo, atribui à frase o sentido de mudança.
II. Entende-se pela frase da charge que a população de idosos atingiu um patamar inédito no
país.
III. Observando a imagem, tem-se que a fila de velhinhos esperando um lugar no banco sugere
o aumento de idosos no país.
Está correto o que se afirma em
a) I apenas.
b) II apenas.
c) I e II apenas.
d) II e III apenas.
e) I, II e III.

6. EPÍTETOS
Palavras ou grupos de palavras que, ao mesmo tempo que se referem a um elemento do texto,
qualificam-no.

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Português – Elementos Referenciais – Prof. Carlos Zambeli

“Edson Arantes de Nascimento gostou do desempenho do Brasil. Para o ex-Ministro dos


Esportes, a seleção...”

6. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é o melhor exemplo de que a reforma do Poder Judiciário
não está estagnada. Dez anos atrás, época em que ainda se discutia a criação do conselho, ao
qual cabia o epíteto “órgão de controle externo do Judiciário”, a existência de um órgão nesses
moldes, para controlar a atuação do Poder Judiciário, gerava polêmica.
O vocábulo “epíteto” introduz uma expressão que qualifica e explica a função do CNJ.
( ) Certo ( ) Errado

7. NOMES DEVERBAIS
São derivados de verbos e retomam a ação expressa por eles. Servem, ainda, como um resumo
dos argumentos já utilizados.
“Uma fila de centenas de veículos paralisou o trânsito da Avenida Assis Brasil, como sinal de
protesto contra o aumento dos impostos. A paralisação foi a maneira encontrada...”

7. Assinale a alternativa cuja frase apresenta uma retomada deverbal.


a) E naquela casinha que eu havia feito, naquela habitação simples, ficava meu reino.
b) Mas como foi o negócio da Fazenda do Taquaral, lugar em que se escondiam os corruptores?
c) Ao comprar o sítio do Mané Labrego, realizou um grande sonho; tal compra redundaria em
sua independência.
d) O que ele quer lá, na fazenda Grota Funda?

Gabarito: 1. C 2. E 3. B 4. D 5. E 6. Certo 7. C

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Mecanismos

PRIORIDADE-RELEVÂNCIA
Ex.: Em primeiro lugar, Antes de mais nada, Primeiramente, Finalmente...

SEMELHANÇA, COMPARAÇÃO, CONFORMIDADE


Ex.: igualmente, da mesma forma, de acordo com, segundo, conforme, tal qual, tanto quanto,
como, assim como...
O PAVÃO
Eu considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial.
Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão.
Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d’água em que a luz se fragmenta como
em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas. Eu considerei que este é o luxo do grande
artista, atingir o máximo de matizes com um mínimo de elementos. De água e luz ele faz seu
esplendor; seu grande mistério é a simplicidade. Considerei, por fim, que assim é o amor, oh!
minha amada; de tudo que suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas
meus olhos recebendo a luz de teu olhar. Ele me cobre de glória e me faz magnífico.
Rubem Braga

1. No trecho da crônica de Rubem Braga, os elementos coesivos produzem a textualidade que


sustenta o desenvolvimento de uma determinada temática. Com base nos princípios linguísticos
da coesão e da coerência, pode-se afirmar que
a) na passagem, “Mas andei lendo livros”, o emprego do gerúndio indica uma relação de
proporcionalidade.
b) o pronome demonstrativo “este” (Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o
máximo de matizes com um mínimo de elementos.) exemplifica um caso de coesão anafórica,
pois seu referente textual vem expresso no parágrafo seguinte.
c) o articulador temporal “por fim” (Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! minha amada)
assinala, no desenvolvimento do texto, a ordem segundo a qual o assunto está sendo abordado.
d) a expressão “Oh! minha amada” é um termo resumitivo que articula a coerência entre a
beleza do pavão e a simplicidade do amor.
e) o pronome pessoal “ele”(existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu olhar. Ele me
cobre de glória e me faz magnífico.), na progressão textual, faz uma referência ambígua a
“pavão”.

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2. “Por outro lado, sua eficiência macroeconômica deixa muito a desejar, menos pela incapacidade
das instituições do que pela persistência de incentivos adversos ao crescimento.”
Em “do que pela”, a eliminação de “do” prejudica a correção sintática do período.
( ) Certo ( ) Errado

CONDIÇÃO, HIPÓTESE
Ex.: se, caso, desde que...

ADIÇÃO, CONTINUAÇÃO
Ex.: Além disso, ainda por cima, também, não só...mas também ...

DÚVIDA
Ex.: talvez, provavelmente, possivelmente...

CERTEZA, ÊNFASE
Ex.: certamente, inquestionavelmente, sem dúvida, inegavelmente, com certeza...

FINALIDADE
Ex.: a fim de, com o propósito de, para que...

3. Em ...fruto não só do novo acesso da população ao automóvel, mas também da necessidade


de maior número de viagens..., os termos em destaque estabelecem relação de
a) explicação.
b) oposição.
c) alternância.
d) conclusão.
e) adição.

4. O trecho em que a preposição em negrito introduz a mesma noção da preposição destacada


em “Na luta para melhorar” é
a) O jogador com o boné correu.
b) A equipe de que falo é aquela.
c) A busca por recordes move o atleta.
d) A atitude do diretor foi contra a comissão.
e) Ele andou até a casa do treinador.

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ESCLARECIMENTO
Ex.: por exemplo, isto é, quer dizer...

RESUMO, CONCLUSÃO
Ex.: em suma, em síntese, enfim, portanto, dessa forma, dessa maneira, logo, então...

CAUSA, CONSEQUÊNCIA, EXPLICAÇÃO


Ex.: por conseguinte, por isso, por causa de, em virtude de, assim, porque, pois, já que, uma vez
que, visto que, de tal forma que...

CONTRASTE, OPOSIÇÃO, RESTRIÇÃO, RESSALVA


Ex.: pelo contrário, salvo, exceto, mas, contudo, todavia, entretanto, no entanto, embora,
apesar de, ainda que, mesmo que, se bem que...

5. “Machado pode ser considerado, no contexto histórico em que surgiu, um espanto e um


milagre, mas o que me encanta de forma mais particular é o fato de que ele estava, o tempo
todo, pregando peças nos leitores e nele mesmo.”
Foi assim que o mais importante crítico literário do mundo, o norte-americano Harold Bloom,
77, classificou Machado de Assis quando elencou, em Gênio — Os 100 Autores Mais Criativos
da História da Literatura, os melhores escritores do mundo segundo seus critérios e gosto
particular.
No segundo parágrafo do texto, a conjunção portanto poderia substituir o termo “assim”, sem
prejuízo para a coesão e a coerência textuais.
( ) Certo ( ) Errado

6. Mariza saiu de casa atrasada e perdeu o ônibus. As duas orações do período estão unidas pela
palavra “e”, que, além de indicar adição, introduz a ideia de
a) Oposição.
b) Condição.
c) Consequência.
d) Comparação.
e) União.

7. “A ação da polícia ocorre em um ambiente de incertezas, ou seja, o policial, quando sai para a
rua, não sabe o que vai encontrar diretamente;”.
A expressão sublinhada indica a presença de uma

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Português – Elementos Referenciais – Prof. Carlos Zambeli

a) retificação.
b) conclusão.
c) oposição.
d) explicação.
e) enumeração.

8. No anúncio publicitário, a substituição do elemento coesivo “para” pelo elemento coesivo


“porque” evidencia

a) a importância da liberdade como causa e não como finalidade.


b) a concepção de que a liberdade aumenta à proporção que lutamos por ela.
c) uma reflexão sobre a busca de liberdade como a principal finalidade da vida.
d) a liberdade como uma consequência de uma ação planejada com fins definidos.
e) a necessidade de compreender a liberdade como uma consequência de objetivos claros

Gabarito: 1. C 2. Errado 3. E 4. C 5. Errado 6. C 7. D 8. A

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Português

POLISSEMIA E FIGURAS DE LINGUAGEM

Polissemia

Polissemia significa (poli = muitos; semia = significado) “muitos sentidos”. Contudo, assim que
se insere no contexto, a palavra perde seu caráter polissêmico e assume significado específico,
isto é, significado contextual.
Os vários significados de uma palavra, em geral, têm um traço em comum. A cada um deles dá-
se o nome de acepção.
•• A cabeça une-se ao tronco pelo pescoço.

•• Ele é o cabeça da rebelião.

•• Edgar Abreu tem boa cabeça.

Contexto!
O contexto determina a acepção de dada palavra polissêmica. Palavras como “flor”, “cabeça”,
“linha”, “ponto”, “pena”, entre outras, assumem, em variados contextos, novas acepções.

CONTEXTO ACEPÇÃO
Adoro flor vermelha! parte de uma planta
“Última flor do Lácio” descendente
Vagava à flor da água. superfície
Ela é uma flor de pessoa. amável
Ele não é flor que se cheire. indigno, falso
Está na flor da idade. juventude

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1. O efeito de sentido da charge é provocado pela combinação de informações visuais e recursos
linguísticos. No contexto da ilustração, a frase proferida recorre à
a) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão “rede social” para transmitir a
ideia que pretende veicular.
b) ironia para conferir um novo significado ao termo “outra coisa”.
c) homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o espaço da população pobre e o
espaço da população rica.
d) personificação para opor o mundo real pobre ao mundo virtual rico.
e) antonímia para comparar a rede mundial de computadores com a rede caseira de descanso
da família.

Exemplos:
•• Edgar ocupa um alto posto na Casa. = cargo

•• Abasteci o carro no posto da estrada. = posto de gasolina.

•• Os eventos eram de graça. = gratuitos

•• Aquela mulher era uma graça. = beleza.

•• Os fiéis agradecem a graça recebida. = auxílio divino

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Português – Polissemia e Figuras de Linguagem – Prof. Carlos Zambeli

Figuras De Linguagem

São recursos que tornam mais expressivas as mensagens. Subdividem-se em


•• figuras de som,
•• figuras de construção,
•• figuras de pensamento,
•• figuras de palavras.

Algumas Figuras de

Som
Aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.
•• “Esperando, parada, pregada na pedra do porto.”

•• “Que o teu afeto me afetou é fato agora faça-me um favor...”

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Onomatópéia: consiste na reprodução de um som ou ruído natural.
•• “Não se ouvia mais que o plic-plic-plic da agulha no pano.” (Machado de Assis)

Construção
Elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.
•• “Em nossa vida, apenas desencontros.”

•• No curso, aprovações e mais aprovações!

Zeugma: consiste na elipse de um termo que já apareceu antes.


•• Ele prefere cinema; eu, teatro. (omissão de prefiro)

Pleonasmo: consiste numa redundância cuja finalidade é reforçar a mensagem.


•• “E rir meu riso e derramar meu pranto.”

•• O resultado da eleição, é importante anunciá-lo logo.

O pleonasmo vicioso – ao contrário do literário – é indesejável.


•• hemorragia de sangue.

2. Pleonasmo é uma figura de linguagem que tem como marca a repetição de palavras ou de
expressões, aparentemente desnecessárias, para enfatizar uma ideia. No entanto, alguns
pleonasmos são considerados “vícios de linguagem” por informarem uma obviedade e não
desempenharem função expressiva no enunciado. Considerando essa afirmação, assinale a
alternativa em que há exemplo de pleonasmo vicioso.
a) “E então abriu a torneira: a água espalhou-se”
b) “O jeito era ir comprar um pão na padaria.”
c) “Matá-la, não ia; não, não faria isso.”
d) “Traíra é duro de morrer, nunca vi um peixe assim.”
e) “Tirou para fora os outros peixes: lambaris, chorões, piaus...”

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Português – Polissemia e Figuras de Linguagem – Prof. Carlos Zambeli

Pensamento
Antítese: consiste na  aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo
sentido.
“Nasce o Sol, e não dura mais que um dia
Depois da Luz se segue à noite escura
Em tristes sombras morre a formosura
Em contínuas tristezas, a alegria.”

•• “Já estou cheio de me sentir vazio.” (Renato Russo)

Ironia: apresenta um termo em sentido oposto ao usual; efeito crítico ou humorístico.


•• “A excelente dona Inácia era mestra na arte de judiar crianças”.

3. No trecho "...dão um jeito de mudar o mínimo para continuar mandando o máximo", a figura
de linguagem presente é chamada
a) Metáfora.
b) Hipérbole.
c) Hipérbato.
d) Anáfora.
e) Antítese.

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Hipérbato: inversão ou deslocamento de palavras ou orações dentro de um período.
"Ouviram do Ipiranga as margens plácidas

De um povo heroico o brado retumbante."

Anáfora: repetição de uma ou mais palavras no início de frases ou versos consecutivos.


“Tende piedade, Senhor, de todas mulheres
Quem ninguém mais merece tanto amor
Que ninguém mais deseja tanto a poesia
Que ninguém mais precisa de tanta alegria.”
(Vinícius de Moraes)

Eufemismo: consiste na tentativa de suavizar expressão grosseira ou desagradável.


•• “Quando a indesejada das gentes chegar” (morte).”

•• “O problema não é você, sou eu.”

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Português – Polissemia e Figuras de Linguagem – Prof. Carlos Zambeli

Hipérbole: consiste em exagerar uma ideia com finalidade enfática.


•• “Pela lente do amor/Vejo tudo crescer/Vejo a vida mil vezes melhor”. (Gilberto Gil)

•• “Roseana Sarney (PMDB) aproveitou ontem o clima de campanha, na posse do secretariado,


para anunciar um mar de promessas.”

Prosopopeia ou personificação: consiste em atribuir a seres inanimados qualidades ou


características que são próprias de seres animados.

Em um belo céu de anil,


os urubus, fazendo ronda,
discutem, em mesa redonda,
os destinos do Brasil.

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Palavras
Metáfora: A metáfora implica, pois, uma comparação em que o conectivo comparativo fica
subentendido.
“Meninas são bruxas e fadas,
Palhaço é um homem todo pintado de piadas!
Céu azul é o telhado do mundo inteiro,
Sonho é uma coisa que fica dentro do meu travesseiro!”
(Teatro Mágico)

Catacrese: Na falta de um termo específico para designar conceito ou objeto, toma-se outro
por empréstimo. Devido ao uso contínuo, não mais se percebe que ele está sendo empregado
em sentido figurado.
•• O pé da mesa estava quebrado.

•• Não deixe de colocar dois dentes de alho na comida.

•• Quando embarquei no avião, fui dominado pelo o medo.

•• A cabeça do prego está torta.

Gabarito: 1. A 2. E 3. E

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Português

TIPOLOGIA TEXTUAL

O que é isso?
É a forma como um texto se apresenta. As tipologias existentes são: narração, descrição,
dissertação, exposição, argumentação, informação e injunção.

Narração
Modalidade na qual se contam um ou mais fatos – fictício ou não - que ocorreram em
determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Há uma relação de anterioridade
e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado.
Exemplo:
COMPRAR REVISTA
Parou, hesitante; em frente à banca de jornais. Examinou as capas das revistas, uma por uma.
Tirou do bolso o recorte, consultou-o. Não, não estava incluída na relação de títulos, levantada
por ordem alfabética. Mas quem sabe havia relação suplementar, feita na véspera? Na dúvida,
achou conveniente estudar a cara do jornaleiro. Era a mesma de sempre. Mas a talvez ocultasse
alguma coisa, sob a aparência habitual. O jornaleiro olhou para ele, sem transmitir informação
especial no olhar, além do reconhecimento do freguês. Peço? Perguntou a si mesmo. Ou é
melhor sondar a barra?”
Carlos Drummond de Andrade

A primeira vez que vi o mar eu não estava sozinho. Estava no meio de um bando enorme de
meninos. Nós tínhamos viajado para ver o mar. No meio de nós havia apenas um menino que
já o tinha visto. Ele nos contava que havia três espécies de mar: o mar mesmo, a maré, que é
menor que o mar, e a marola, que é menor que a maré. Logo a gente fazia ideia de um lago
enorme e duas lagoas. Mas o menino explicava que não. O mar entrava pela maré e a maré
entrava pela marola. A marola vinha e voltava. A maré enchia e vazava. O mar às vezes tinha
espuma e às vezes não tinha. Isso perturbava ainda mais a imagem. Três lagoas mexendo,
esvaziando e enchendo, com uns rios no meio, às vezes uma porção de espumas, tudo isso
muito salgado, azul, com ventos.
Fomos ver o mar. Era de manhã, fazia sol. De repente houve um grito: o mar! Era qualquer
coisa de largo, de inesperado. Estava bem verde perto da terra, e mais longe estava azul. Nós
todos gritamos, numa gritaria infernal, e saímos correndo para o lado do mar. As ondas batiam
nas pedras e jogavam espuma que brilhava ao sol. Ondas grandes, cheias, que explodiam com
barulho. Ficamos ali parados, com a respiração apressada, vendo o mar...
(Fragmento de crônica de Rubem Braga, Mar, Santos, julho, 1938)

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1. O texto é construído por meio de
a) perfeito encadeamento entre os dois parágrafos: as explicações sobre o mar, no primeiro,
harmonizam-se com sua visão extasiada, no segundo.
b) violenta ruptura entre os dois parágrafos: o primeiro alonga-se em explicações sobre o mar
que não têm qualquer relação com o que é narrado no segundo.
c) procedimentos narrativos diversos correspondentes aos dois parágrafos: no primeiro, o
narrador é o autor da crônica; no segundo, ele dá voz ao menino que já vira o mar.
d) contraste entre os dois parágrafos: as frustradas explicações sobre o mar para quem nunca
o vira, no primeiro, são seguidas pela arrebatada visão do mar, no segundo.
e) inversão entre a ordem dos acontecimentos em relação aos dois parágrafos: o que é
narrado no primeiro só teria ocorrido depois do que se narra no segundo.

Descrição

É a modalidade na qual se apontam as características que compõem determinado objeto,


pessoa, ambiente ou paisagem. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo.
Exemplos:
“Sua estatura era alta, e seu corpo, esbelto. A pele morena refletia o sol dos trópicos. Os olhos
negros e amendoados espalhavam a luz interior de sua alegria de viver e jovialidade. Os traços
bem desenhados compunham uma fisionomia calma, que mais parecia uma pintura.”

Quase todo mundo conhece os riscos de se ter os documentos usados de forma indevida por
outra pessoa, depois de tê-los perdido ou de ter sido vítima de assalto. Mas um sistema que
começou a ser implantado na Bahia pode resolver o problema em todo o país. A tecnologia
usada atualmente para a emissão de carteiras de identidade na Bahia pode evitar esse tipo de
transtorno. A foto digital, impressa no documento, dificulta adulterações. A principal novidade
do sistema é o envio imediato das impressões digitais, por computador, para o banco de dados
da Polícia Federal em Brasília. Dessa forma, elas podem ser comparadas com as de outros
brasileiros e estrangeiros cadastrados. Se tudo estiver em ordem, o documento é entregue em
cinco dias. Ao ser retirada a carteira, as digitais são conferidas novamente.
Internet: <www.g1.globo.com> (com adaptações).

2. O texto, predominantemente descritivo, apresenta detalhes do funcionamento do sistema de


identificação que deve ser implantado em todo o Brasil.
( ) Certo ( ) Errado

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Português – Tipologia Textual – Prof. Carlos Zambeli

Dissertação

A dissertação é um texto que analisa, interpreta, explica e avalia dados da realidade. Esse tipo
textual requer um pouco de reflexão, pois as opiniões sobre os fatos e a postura crítica em
relação ao que se discute têm grande importância.
O texto dissertativo é temático, pois trata de análises e interpretações; o tempo explorado é
o presente no seu valor atemporal; é constituído por uma introdução onde o assunto a ser
discutido é apresentado, seguido por uma argumentação que caracteriza o ponto de vista do
autor sobre o assunto em evidência e, por último, sua conclusão.

Redes sociais: o uso exige cautela


Uma característica inerente às sociedades humanas é sempre buscar novas maneiras de se
comunicar: cartas, telegramas e telefonemas são apenas alguns dos vários exemplos de meios
comunicativos que o homem desenvolveu com base nessa perspectiva. E, atualmente, o mais
recente e talvez o mais fascinante desses meios, são as redes virtuais, consagradas pelo uso,
que se tornam cada vez mais comuns...

Exposição

Apresenta informações sobre assuntos, expõe ideias, explica e avalia e reflete Não faz defesa
de uma ideia, pois tal procedimento é característico do texto dissertativo. O texto expositivo
apenas revela ideias sobre um determinado assunto. Por meio da mescla entre texto expositivo
e narrativo, obtém-se o que conhecemos por relato.
Ex.: aula, relato de experiências, etc.

Em todo o continente americano, a colonização europeia teve efeito devastador. Atingidos pelas
armas, e mais ainda pelas epidemias e por políticas de sujeição e transformação que afetavam
os mínimos aspectos de suas vidas, os povos indígenas trataram de criar sentido em meio à
devastação. Nas primeiras décadas do século XVII, índios norte-americanos comparavam a uma
demolição aquilo que os missionários jesuítas viam como “transformação de suas vidas pagãs e
bárbaras em uma vida civilizada e cristã.”

Argumentação

Modalidade na qual se expõem ideias gerais, seguidas da apresentação de argumentos que


as defendam e comprovem, persuadam o leitor, convencendo-o de aceitar uma ideia imposta
pelo texto. É o tipo textual mais presente em manifestos e cartas abertas, e quando também
mostra fatos para embasar a argumentação, se torna um texto dissertativo-argumentativo.

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“Perguntamo-nos qual é o valor da vida humana.Alguns setores da sociedade acreditam que
a vida do criminoso não tem o mesmo valor da vida das pessoas honestas. O problema é que
o criminoso pensa do mesmo modo: se a vida dele não vale nada, por que a vida do dono da
carteira deve ter algum valor? Se provavelmente estará morto antes dos trinta anos de idade
(como várias pesquisas comprovam), por que se preocupar em não matar o proprietário do
automóvel que ele vai roubar?”
Andréa Buoro et al. Violência urbana – dilemas e desafios. São Paulo: Atual, 1999, p. 26 (com
adaptações).

O riso é tão universal como a seriedade; ele abarca a totalidade do universo, toda a sociedade,
a história, a concepção de mundo. É uma verdade que se diz sobre o mundo, que se estende a
todas as coisas e à qual nada escapa. É, de alguma maneira, o aspecto festivo do mundo inteiro,
em todos os seus níveis, uma espécie de segunda revelação do mundo.

3. Embora o texto seja essencialmente argumentativo, seu autor se vale de estruturas narrativas
para reforçar suas opiniões.
( ) Certo ( ) Errado

Informação
O texto informativo corresponde aquelas manifestações textuais cujo emissor (escritor) expõe
brevemente um tema, fatos ou circunstâncias a um receptor (leitor). Em outras palavras,
representam as produções textuais objetivas, normalmente em prosa, com linguagem clara e
direta (linguagem denotativa), que tem como objetivo principal transmitir informação sobre
algo, isento de duplas interpretações.
Assim, os textos informativos, diferente dos poéticos ou literários (que utilizam da linguagem
conotativa), servem para conhecer de maneira breve informações sobre determinado tema,
apresentando dados e referências, sem interferência de subjetividade, desde sentimentos,
sensações, apreciações do autor ou opiniões. O autor dos textos informativos é um transmissor
que se preocupa em relatar informações da maneira mais objetiva e verossímil.

Injuntivo/Instrucional
Indica como realizar uma ação. Também é utilizado para predizer acontecimentos e
comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria,
empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro
do presente do modo indicativo.
Ex.: Previsões do tempo, receitas culinárias, manuais, leis, bula de remédio, convenções, regras
e eventos.

Gabarito: 1. D 2. E 3. E

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Português
Aula XX

GÊNERO TEXTUAL

É o nome que se dá às diferentes formas de linguagem empregadas nos textos. Estas formas
podem ser mais formais ou mais informais, e até se mesclarem em um mesmo texto, porém
este será nomeado com o gênero que prevalecer!
Os gêneros textuais estão intimamente ligados à nossa situação cotidiana. Eles existem como
mecanismo de organização das atividades sociocomunicativas do dia a dia. Sendo assim,
gêneros textuais são tipos especificos de textos de qualquer natureza, literários ou não-
literários, cujas modalidades discursivas são como formas de organizar a linguagem.

Editorial

É um tipo de texto utilizado na imprensa, especialmente em jornais e revistas, que tem por
objetivo informar, mas sem obrigação de ser neutro, indiferente.
A objetividade e imparcialidade não são características dessa tipologia textual, já que o redator
demonstra a opinião do jornal sobre o assunto narrado.
Os acontecimentos são relatados sob a subjetividade do repórter, de maneira que evidencie
a posição da empresa que está por trás do canal de comunicação, pois os editoriais não são
assinados por ninguém.
Assim, podemos dizer que o editorial é um texto mais opinativo do que informativo.
Ele possui um fato e uma opinião. O fato informa o que aconteceu e a opinião transmite a
interpretação do que aconteceu.

O alto preço do etanol


A imagem de modernidade e inovação que o Brasil projetou internacionalmente em razão do
uso combustível do etanol é incompatível com as condições desumanas a que são submetidos
de modo geral os cortadores de cana, que têm uma vida útil de trabalho comparável à dos
escravos, como indica pesquisa da Unesp divulgada hoje pela Folha.[...]
Folha de São Paulo

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1. O título do texto refere-se
a) ao reflexo do custo da terceirização da colheita da cana no preço do etanol.
b) aos problemas ambientais resultantes da expansão da cultura de cana.
c) aos preços não competitivos do etanol brasileiro no mercado internacional.
d) às precárias condições de trabalho dos trabalhadores rurais na colheita da cana.
e) ao aumento dos lucros obtidos pelos empresários que investem na produção da cana.

2. Podemos citar como características do editorial


a) Imparcialidade na informação;
b) Excesso de narração;
c) Objetividade na informação
d) Dissertativo, crítico e informativo no desenvolvimento do texto
e) poético, rítmico e emocional.

Artigos

São os mais comuns. São textos autorais – assinados –, cuja opinião é de inteira responsabilidade
de quem o escreveu. Seu objetivo é o de persuadir o leitor.
É um texto dissertativo que apresenta argumentos sobre o assunto abordado, portanto, o
escritor além de expor seu ponto de vista, deve sustentá-lo através de informações coerentes e
admissíveis.

3. Leia o texto e considere as afirmações.


“Antes de mais nada, acho que querer ser milionário não é um bom objetivo na vida. Meu único
conselho é: ache aquilo que você realmente ama fazer. Exerça atividade pela qual você tem
paixão. É dessa forma que temos as melhores chances de sucesso. Se você faz algo de que não
gosta, dificilmente será bom. Não há sentido em ter uma profissão somente pelo dinheiro.”
DELL, Michael. O Mago do Computador. In: Veja

I – Depreende-se, pela leitura do texto, que querer ser milionário é ruim, pois esse desejo
impossibilita o homem de amar o trabalho.
II – Para o autor, as chances de sucesso em uma profissão dependem da paixão com que ela é
exercida.
III – É consenso atribuir-se o sucesso à paixão pela atividade que se realiza.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) Apenas II e III.

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Português – Gêneros Textuais – Prof. Carlos Zambeli

Notícias

Podemos perfeitamente identificar características narrativas, o fato ocorrido que se deu


em um determinado momento e em um determinado lugar, envolvendo determinadas
personagens. Características do lugar, bem como dos personagens envolvidos são, muitas
vezes, minuciosamente descritos. São autorais, apesar de nem sempre serem assinadas. Seu
objetivo é tão somente o de informar, não o de convencer.

Obra-prima de Leonardo da Vinci e uma das mais admiradas telas jamais pintadas, devido, em
parte, ao sorriso enigmático da moça retratada, a “Mona Lisa” está se deteriorando. O grito de
alarme foi dado pelo Museu do Louvre, em Paris, que anunciou que o quadro passará por uma
detalhada avaliação técnica com o objetivo de determinar o porquê do estrago. O fino suporte
de madeira sobre o qual o retrato foi pintado sofreu uma deformação desde que especialistas
em conservação examinaram a pintura pela última vez, diz o Museu do Louvre numa declaração
por escrito.
Fonte: http://www.italiaoggi.com.br (acessado em 13/11/07)

Crônica
Fotografia do cotidiano, realizada por olhos particulares. Geralmente, o cronista apropria-se de
um fato atual do cotidiano, para, posteriormente, tecer críticas ao status quo, baseadas quase
exclusivamente em seu ponto de vista. A linguagem desse tipo de texto é predominantemente
coloquial.

Características da crônica
•• Narração curta;
•• Descreve fatos da vida cotidiana;
•• Pode ter caráter humorístico, crítico, satírico e/ou irônico;
•• Possui personagens comuns;
•• Segue um tempo cronológico determinado;
•• Uso da oralidade na escrita e do coloquialismo na fala das personagens;
•• Linguagem simples.

Dia desses resolvi fazer um teste proposto por um site da internet. O nome do teste era
tentador: “O que Freud diria de você”. Uau. Respondi a todas as perguntas e o resultado foi o
seguinte: “Os acontecimentos da sua infância a marcaram até os doze anos, depois disso você
buscou conhecimento intelectual para seu amadurecimento”. Perfeito! Foi exatamente o que
aconteceu comigo. Fiquei radiante: eu havia realizado uma consulta paranormal com o pai da
psicanálise, e ele acertou na mosca.
MEDEIROS, M. Doidas e Santas. Porto Alegre, 2008 (adaptado).

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4. Quanto às influências que a internet pode exercer sobre os usuários, a autora expressa uma
reação irônica no trecho “Fiquei radiante: eu havia realizado uma consulta paranormal com o
pai da psicanálise”.
( ) Certo ( ) Errado

Ensaio
É um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo ideias, críticas e
reflexões éticas e filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal. Consiste também
na defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico,
político, social, cultural, moral, comportamental, literário, religioso, etc.), sem que se paute em
formalidades.
O ensaio assume a forma livre e assistemática sem um estilo definido. Por essa razão, um
filósofo espanhol o definiu como "a ciência sem prova explícita".

“Entre os primatas, o aumento da densidade populacional não conduz necessariamente


à violência desenfreada. Diante da redução do espaço físico, criamos leis mais fortes para
controlar os impulsos individuais e impedir a barbárie. Tal estratégia de sobrevivência tem
lógica evolucionista: descendemos de ancestrais que tiveram sucesso na defesa da integridade
de seus grupos; os incapazes de fazê-lo não deixaram descendentes. Definitivamente, não
somos como os ratos.”
Dráuzio Varella.

5. Como a escolha de estruturas gramaticais pode evidenciar informações pressupostas e


significações implícitas, o emprego da forma verbal em primeira pessoa — “criamos” — autoriza
a inferência de que os seres humanos pertencem à ordem dos primatas.
( ) Certo ( ) Errado

Texto Literário
É uma construção textual de acordo com as normas da literatura, com objetivos e
características próprias, como linguagem elaborada de forma a causar emoções no leitor. Uma
das características distintivas dos textos literário é a sua função poética, em que é possível
constatar ritmo e musicalidade, organização específica das palavras e um elevado nível de
criatividade.

Madrugada na aldeia
Madrugada na aldeia nervosa, com as glicínias escorrendo orvalho, os figos prateados de
orvalho, as uvas multiplicadas em orvalho, as últimas uvas miraculosas.
O silêncio está sentado pelos corredores, encostado às paredes grossas, de sentinela.
E em cada quarto os cobertores peludos envolvem o sono: poderosos animais benfazejos,
encarnados e negros.

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Português – Gêneros Textuais – Prof. Carlos Zambeli

Antes que um sol luarento dissolva as frias vidraças, e o calor da cozinha perfume a casa
com lembrança das árvores ardendo, a velhinha do leite de cabra desce as pedras da rua
antiquíssima, antiquíssima, e o pescador oferece aos recém-acordados os translúcidos peixes,
que ainda se movem, procurando o rio.
(Cecília Meireles. Mar absoluto, in Poesia completa.

6. Considere as afirmativas seguintes:


I – O assunto do poema reflete simplicidade de vida, coerentemente com o título.
II – Predominam nos versos elementos descritivos da realidade.
III – Há no poema clara oposição entre o frio silencioso da madrugada e o sol que surge e traz o
calor do dia.
Está correto o que consta em
a) I, II e III.
b) I, apenas.
c) III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I e II, apenas.

Peça Publicitária

Modo específico de apresentar informação sobre produto, marca, empresa, ideia ou política,
visando a influenciar a atitude de uma audiência em relação a uma causa, posição ou atuação.
A propaganda comercial é chamada, também, de publicidade. Ao contrário da busca de
imparcialidade na comunicação, a propaganda apresenta informações com o objetivo principal
de influenciar o leitor ou ouvinte. Para tal, frequentemente, apresenta os fatos seletivamente
(possibilitando a mentira por omissão) para encorajar determinadas conclusões, ou usa
mensagens exageradas para produzir uma resposta emocional e não racional à informação
apresentada Costuma ser estruturado por meio de frases curtas e em ordem direta, utilizando
elementos não verbais para reforçar a mensagem.

7. O anúncio publicitário a seguir é uma campanha de um adoçante, que tem como seu slogan a
frase “Mude sua embalagem”.
A palavra “embalagem”, presente no slogan da campanha, é altamente expressiva e substitui a
palavra
a) vida.
b) corpo.
c) jeito.
d) história.
e) postura.

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Piada

Dito ou pequena história espirituosa e/ou engraçada.

8. “Dois amigos conversam quando passa uma mulher e cumprimenta um deles, que fala:
Eu devo muito a essa mulher...
Por quê? Ela é sua protetora?
Não, ela é a costureira da minha esposa.”
Na piada acima, o efeito de humor
a) deve-se, principalmente, à situação constrangedora em que ficou um dos amigos quando a
mulher o cumprimentou.
b) constrói-se pela resposta inesperada de um dos amigos, revelando que não havia entendido
o teor da pergunta do outro.
c) é provocado pela associação entre uma mulher e minha esposa, sugerindo ilegítimo
relacionamento amoroso.
d) firma-se no aproveitamento de distintos sentidos de uma mesma expressão linguística,
devo muito.
e) é produzido prioritariamente pela pergunta do amigo, em que se nota o emprego malicioso
da expressão sua protetora.

Gráficos e Tabelas

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Português – Gêneros Textuais – Prof. Carlos Zambeli

9. Analisando as informações contidas no gráfico, é correto afirmar que


a) a taxa de analfabetismo entre as pessoas de 15 anos ou mais manteve-se a mesma em
todas as regiões do país desde 2000.
b) o número de analfabetos entre as pessoas de 15 anos ou mais diminuiu entre a população
brasileira em geral nas últimas décadas.
c) a região Centro-oeste é a que vem apresentando, nos últimos vinte anos, o menor número
de analfabetos entre as pessoas de 15 anos ou mais.
d) em comparação com o ano de 1991, pode-se dizer que, no Nordeste, em 2010, o número
de analfabetos entre as pessoas de 15 anos ou mais aumentou.

Charge
É um estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar algum acontecimento atual com
uma ou mais personagens envolvidas. A palavra é de origem francesa e significa carga, ou
seja, exagera traços do caráter de alguém ou de algo para torná-lo burlesco. Apesar de ser
confundida com cartum, é considerada totalmente diferente: ao contrário da charge, que tece
uma crítica contundente, o cartum retrata situações mais corriqueiras da sociedade. Mais do
que um simples desenho, a charge é uma crítica político-social mediante o artista expressa
graficamente sua visão sobre determinadas situações cotidianas por meio do humor e da sátira.

10. A relação entre o conjunto da charge e a frase “Brasil tem 25 milhões de telefones celulares”
fica clara porque a imagem e a fala do personagem sugerem o(a)
a) sentimento de vigilância permanente.
b) aperfeiçoamento dos aparelhos celulares.
c) inadequação do uso do telefone.
d) popularização do acesso à telefonia móvel.
e) facilidade de comunicação entre as pessoas.

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QUADRINHOS

Hipergênero, que agrega diferentes outros gêneros, cada um com suas peculiaridades.

11. A mãe identifica no discurso do menino


a) contradição
b) crueldade
c) tristeza
d) generosidade
e) acerto

Gabarito: 1. D 2. D 3. B 4. C 5. C 6. E 7. B 8. D 9. B 10. D 11. A

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Português

CONFRONTO E RECONHECIMENTO DE FRASES CORRETAS E INCORRETAS

Análise de períodos considerando-se:


•• Coesão
•• Coerência
•• Clareza
•• Correção

Coesão
A coesão textual refere-se à microestrutura de um texto. Ela ocorre por meio de relações
semânticas e gramaticais.
No caso de textos que utilizam linguagem verbal e não verbal (publicidade, por exemplo), a
coesão ocorre também por meio da utilização de
•• cores
•• formas geométricas
•• fontes
•• logomarcas
•• etc

Nessa peça, a Jovem Pan busca vender sua cobertura da Copa do


Mundo de futebol, mas em nenhum momento usa essa palavra.
Contudo, os elementos coesivos remetem a esse esporte.

Moldura = bolas
de futebol

Cantos =
local de
escanteio +
bola

Fontes ≈ ideograma oriental Vermelho = alusão ao Oriente

www.acasadoconcurseiro.com.br 121
O pai e seu filhinho de 5 anos caminham por uma calçada.
Repentinamente, o garoto vê uma sorveteria e fala:
– Pai, eu já sarei do resfriado, né?
– Você não vai tomar sorvete! – responde o pai.

A resposta do pai não corresponde coesivamente à pergunta do filho, mas nem por isso é
incoerente. Depreende-se que o pai conhecia o objetivo do filho.

Anáfora
Retoma algo que já foi dito antes!
Edgar é um excelente professor. Ele trabalha aqui na Casa do Concurseiro, ensinando
Conhecimentos Bancários. Essa matéria é muito relevante para concursos nacionais.

Catáfora
O termo ou expressão que faz referência a um termo subsequente, estabelecendo com ele uma
relação não autônoma, portanto, dependente. 
A Tereza olhou-o e disse: – Edgar, você está cansado?

Coerência

Na situação comunicativa, é o que dá sentido ao texto.

Fatores de Coerência
•• encadeamento
•• conhecimento da linguagem utilizada
•• equilíbrio entre o número de informações novas e a reiteração delas
•• possibilidade de inferência
•• aceitabilidade
•• intertextualidade

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Português – Confronto e Reconhecimento de Frases Corretas e Incorretas – Prof. Carlos Zambeli

http://www.wbrasil.com.br/wcampanhas/index.asp – Acesso em 22 nda agosto de 2005 – uso didático da peça

Fonte: http://www.meioemensagem.com.br/projmmdir/home_portfolio.jsp - Acesso em 17 de setembro de 2005


- uso didático da peça.

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É fácil de notar se quando falta coerência a um texto.

“Havia um menino muito magro que vendia amendoins numa esquina de uma das avenidas de
São Paulo. Ele era tão fraquinho, que mal podia carregar a cesta em que estavam os pacotinhos
de amendoim. Um dia, na esquina em que ficava, um motorista, que vinha em alta velocidade,
perdeu a direção. O carro capotou e ficou de rodas para o ar. O menino não pensou duas vezes.
Correu para o carro e tirou de lá o motorista, que era um homem corpulento. Carregou o até a
calçada, parou um carro e levou o homem para o hospital. Assim, salvou lhe a vida.”
(Platão & Fiorin)

Vícios De Linguagem

São palavras ou construções que deturpam, desvirtuam, ou dificultam a manifestação do


pensamento, seja pelo desconhecimento das normas cultas, seja pelo descuido do emissor.

BARBARISMO
Desvio na grafia, na pronúncia ou na flexão de uma palavra. Divide-se em
Cacografia – má grafia ou má flexão de uma palavra: flexa – em vez de flecha / deteu – em vez
de deteve.
Cacoépia – erro de pronúncia: marvado – em vez de malvado.
Silabada – erro de pronúncia quanto à acentuação tônica das palavras: púdico – em vez de
pudico / rúbrica – em vez de rubrica.
Estrangeirismo – emprego desnecessário de palavras estrangeiras, quando elas já foram
aportuguesadas: stress – em vez de estresse.

SOLECISMO
É qualquer erro de sintaxe. Pode ser
•• de concordância: Haviam muitos erros – em vez de Havia ...
•• de regência: Assistimos o filme – em vez de Assistimos ao filme.
•• de colocação: Escreverei-te logo – em vez de Escrever-te-ei...

AMBIGUIDADE OU ANFIBOLOGIA
Duplo sentido que ocorre em função da má construção da frase:
Carlos disse ao colega que seu irmão morreu. (irmão de quem?)

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Português – Confronto e Reconhecimento de Frases Corretas e Incorretas – Prof. Carlos Zambeli

ECO
Repetição de uma vogal formando rima:
O irmão do alemão prendeu a mão no fogão.

CACOFONIA
Som estranho que surge da união de sílabas diferentes, pela proximidade de duas palavras:
Ela tinha dezoito anos. (latinha)

NEOLOGISMO (palavra nova)


É o emprego de palavras que não passaram ainda para o corpo do idioma:
Devido ao apoiamento ao projeto, deram início às obras.

GERUNDISMO
Locução verbal na qual o verbo principal apresenta-se no gerúndio. Seu uso no português
brasileiro é recente, é considerado por muitos como vício de linguagem, uma vez que seu uso é
demasiadamente impreciso:
“A senhora pode estar respondendo algumas perguntas?”

“Nós vamos estar repassando o problema para a equipe técnica.”

“A senhora vai estar pagando uma taxa de reparo....”

1. Está clara e correta a redação do seguinte comentário sobre o texto:


a) Peter Burke não compartilha com a tese que os românticos viam o fenômeno da invenção
como um atributo de apenas gênios isolados.
b) Na visão de um historiador, não há feito isolado, como invenção absoluta, que
independessem de outros fatos concorrentes a ela.
c) Embora aparentemente se oponha quanto ao sentido, tradição e invenção se mesclam
como um fator de progresso extremamente inventivo.
d) Não há dúvida quanto a períodos históricos aonde ocorra especial desenvolvimento
inventivo, sejam nas artes, sejam na tecnologia.
e) Faz parte do senso comum acreditar, ainda hoje, que toda e qualquer grande invenção
decorre do talento pessoal de um gênio.

Gabarito: 1. E

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Português

FUNÇÕES DA LINGUAGEM

São várias as funções da linguagem, dependendo da intenção do falante e das circunstâncias


em que ocorre a comunicação. A adequada utilização dessas funções permitirá que ocorra o
perfeito entendimento da mensagem pretendida.

6
contexto
5
referente
1 4
emissor, 7 receptor
destinador canal de comunicação ou
ou remetente destinatário
3
mensagem

2
código

O linguista russo Roman Jakobson caracterizou seis funções da linguagem. Cada uma delas está
estreitamente ligada a um dos seis elementos que compõem o ato de comunicação.

Referente
FUNÇÃO REFERENCIAL

Mensagem
FUNÇÃO POÉTICA
Emissor Receptor
FUNÇÃO FUNÇÃO
EXPRESSIVA Canal de Comunicação CONATIVA
FUNÇÃO FÁTICA

Código
FUNÇÃO METALINGUÍSTICA

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Emissor: o que emite a mensagem.
Receptor: o que recebe a mensagem.
Mensagem: o conjunto de informações transmitidas.
Código: a combinação de signos utilizados na transmissão de uma mensagem. A comunicação
só se concretizará, se o receptor souber decodificar a mensagem.
Canal de Comunicação: veículo por meio do qual a mensagem é transmitida (TV, rádio, jornal,
revista...)
Contexto: a situação a que a mensagem se refere, também chamado de referente.
O emissor, ao transmitir uma mensagem, sempre tem um objetivo: informar algo, ou
demonstrar seus sentimentos, ou convencer alguém a fazer algo, etc; consequentemente, a
linguagem passa a ter uma função, que são as seguintes:
•• Função Referencial
•• Função Metalinguística
•• Função Conativa
•• Função Fática
•• Função Emotiva
•• Função Poética
Numa mensagem, é muito difícil encontrarmos uma única dessas funções isolada. O que ocorre,
normalmente, é a superposição de várias delas.
Função referencial – busca transmitir informações objetivas, a fim de informar o receptor.
Predomina nos textos de caráter científico, didático e jornalístico.
Exemplo: Pesquisas já demonstraram que o universo vocabular de nossos estudantes, mesmo
de nível universitário, é pobre.

Função emotiva ou expressiva – exterioriza emoções, opiniões, avaliações, utilizando a 1ª


pessoa (eu). Aparece nas cartas, na poesia lírica, nas músicas sentimentais, nas opiniões e
avaliações. Predomina o elemento emocional sobre o lógico.
Exemplo: Tendo passado já sete dias sem a ver, se acentuava vivamente em mim o desejo de
estar outra vez com ela, beber-lhe o olhar e o sorriso, sentir-lhe o timbre da voz ou a graça dos
gestos.
(Cyro dos Anjos – “Abdias”)

Função conativa ou apelativa – visa a influir no comportamento do receptor, persuadi-


lo, seduzi-lo. Utiliza vocativo, verbos no imperativo e ocorre, principalmente, em textos de
propaganda.
Exemplo: O filtro “purex” é indispensável para a saúde de sua família. Procure hoje mesmo o
nosso revendedor autorizado.

128 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Funções da Linguagem – Prof. Carlos Zambeli

Função fática – tem por objetivo prolongar o contato com o receptor. Utiliza interjeições,
repetições, expressões sem valor semântico e, quando escrita, faz uso de recursos gráficos
como diferentes tipos de letras e variadas diagramações. É usada na linguagem coloquial,
especialmente nos diálogos.

•• POIS É...
•• ENTÃO... É melhor você
•• É FOGO. começar a ler
•• Ô. o Estadão.
•• NEM FALE.

Função poética – privilegia o imprevisto, a inovação, a criatividade. Produz no leitor ou no


ouvinte surpresa e prazer estético. Predomina na poesia, mas pode aparecer em textos
publicitários, jornalísticos, nas crônicas, etc. Nela, aparecem as figuras de linguagem, a
conotação.
Exemplo:
“De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento”
Vinícius de Moraes

Função metalinguística – quando a linguagem procura explicar a si mesma, definindo ou


analisando o próprio código que utiliza. É empregada nos textos em que se explica o uso da
palavra, como nos dicionários, nos poemas que falam da própria poesia, nas canções que falam
de outras canções ou de como se fazem canções.
Exemplo: Literatura é ficção, é a forma de expressão mediante a qual o artista recria a realidade.

EXEMPLIFICANDO
O princípio de que o Estado necessita de instrumentos para agir com rapidez em situações
de emergência está inscrito no arcabouço jurídico brasileiro desde a primeira Constituição,
de 1824, dois anos após a Independência, ainda no Império. A figura do decreto-lei, sempre
à disposição do Poder Executivo, ficou marcada no regime militar, quando a caneta dos
generais foi acionada a torto e a direito, ao largo do Congresso, cujos poderes eram sufocados
pela ditadura. Com a redemocratização, sacramentada pela Constituição de 1988, sepultou-
se o decreto-lei, mas não o seu espírito, reencarnado na medida provisória. Não se discute
a importância de o Poder Executivo contar com dispositivos legais que permitam ao governo
baixar normas, sem o crivo imediato do Congresso, que preencham os requisitos da “relevância
e urgência”. O problema está na dosagem, que, se exagerada, como ocorre atualmente, sufoca
o Poder Legislativo.
O Globo, 19/3/2008 ( com adaptações)

www.acasadoconcurseiro.com.br 129
1. A função da linguagem predominante no texto é
a) metalinguística.
b) poética.
c) expressiva.
d) apelativa.
e) referencial.

2. Há correspondência entre ELEMENTO do processo de comunicação e FUNÇÃO da linguagem


em
a) emissor – poética.
b) destinatário – emotiva.
c) contexto – referencial.
d) código – fática.
e) canal – metalinguística.

3. O texto abaixo utiliza uma linguagem emotiva, que pode ser comprovada especialmente na
opção pela subjetividade voltada para o narrador.
“Então, aproveite bem o seu dia. Extraia dele todos os bons sentimentos possíveis. Não deixe
nada para depois. Diga o que tem para dizer. Demonstre. Seja você mesmo. Não guarde lixo
dentro de casa. Nem jogue seu lixo no ambiente. Não cultive amarguras e sofrimentos. Prefira
o sorriso. Dê risada de tudo, de si mesmo. Não adie alegrias nem contentamentos nem sabores
bons. Seja feliz. Hoje. Amanhã é uma ilusão. Ontem é uma lembrança. Só existe o hoje.”
( ) Certo ( ) Errado

4. HISTÓRIA MANJADA
GALÃ CANASTRÃO
TIROS E PERSEGUIÇÕES
EFEITOS GRATUITOS
MAIS TIROS E PERSEGUIÇÕES
FINAL PREVISÍVEL
Conheça outro jeito de fazer cinema.
Cine Conhecimento.
No canal PLUS.
Além de exibir filmes de diversos países, o programa traz análises, comentários, curiosidades e
detalhes da produção. Não perca! Tem sempre um bom filme para você!
(Revista Monet)

Pelos sentidos e pelas estruturas linguísticas do texto, é correto concluir que o emprego de
“Conheça” e “Não perca” indica que a função da linguagem predominante no texto é a
a) metalinguística.
b) poética.
c) conativa.
d) expressiva.

130 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Funções da Linguagem – Prof. Carlos Zambeli

5. No slogan CELULAR: Não Fale no Trânsito, uma característica da função conativa da linguagem
é
a) a objetividade da informação transmitida.
b) a manutenção da sintonia entre a STTU e o público-alvo.
c) o esclarecimento da linguagem pela própria linguagem
d) o emprego do verbo no modo imperativo

6. Entre os recursos expressivos empregados no texto, destaca-se a


Cidade Grande
Que beleza, Montes Claros.
Como cresceu Montes Claros.
Quanta indústria em Montes Claros.
Montes Claros cresceu tanto,
prima-rica do Rio de Janeiro,
que já tem cinco favelas
por enquanto, e mais promete.
(Carlos Drummond de Andrade)

a) metalinguagem, que consiste em fazer a linguagem referir-se à própria linguagem.


b) intertextualidade, na qual o texto retoma e reelabora outros textos.
c) ironia, que consiste em se dizer o contrário do que se pensa, com intenção crítica.
d) denotação, caracterizada pelo uso das palavras em seu sentido próprio e objetivo.
e) prosopopeia, que consiste em personificar coisas inanimadas, atribuindo-lhes vida.

Gabarito: 1. E 2. C 3. E 4. D 5. E 6. C

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Português

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA

Tanto a língua escrita quanto a oral apresentam variações condicionadas por diversos fatores:
regionais, sociais, intelectuais etc.
A língua escrita obedece a normas gramaticais e será sempre diferente da língua oral, mais
espontânea, solta, livre, visto que acompanhada de mímica e entonação, que preenchem
importantes papéis significativos. Mais sujeita a falhas, a linguagem empregada coloquialmente
difere substancialmente do padrão culto.

1. A Linguagem Culta Formal ou Padrão

É aquela ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que se apresenta com
terminologia especial. Caracteriza-se pela obediência às normas gramaticais. Mais comumente
usada na linguagem escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial, mais
estável, menos sujeita a variações.

2. A Linguagem Culta Informal ou Coloquial

É aquela usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase sempre rebelde
à norma gramatical e é carregada de vícios de linguagem (solecismo - erros de regência e
concordância; barbarismo - erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; cacofonia;
pleonasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela coordenação, que ressalta o caráter
oral e popular da língua.

www.acasadoconcurseiro.com.br 133
1. Com frequência, a transgressão à norma culta constitui uma marca do registro coloquial da
língua. Nesses casos, parece existir, de um lado, a norma culta e, de outro, a “norma” coloquial
– e esta muitas vezes se impõe socialmente, em detrimento da primeira. Um exemplo de
transgressão à norma culta acontece numa das alternativas abaixo. Assinale-a.
a) Nós éramos cinco e brigávamos muito…
b) estrada lamacenta que o governo não conservava…
c) Miguel fazia muita falta, embora cada um de nós trouxesse na pele a marca de sua
autoridade.
d) Você assustou ele falando alto.
e) Se um de nós ia para o colégio, os outros ficavam tristes.

3. Linguagem Popular ou Vulgar


Existe uma linguagem popular ou vulgar, segundo Dino Preti, “ligada aos grupos extremamente
incultos, aos analfabetos”, aos que têm pouco ou nenhum contato com a instrução formal. Na
linguagem vulgar, multiplicam-se estruturas como “nóis vai, ele fica”, “eu di um beijo nela”,
“Vamo i no mercado”, “Tu vai í cum nóis”.
Saudosa Maloca
Peguemo todas nossas coisas
E fumo pro meio da rua
Preciá a demolição
Que tristeza que nóis sentia
Cada tauba que caía
Duía no coração
Mato Grosso quis gritá
Mais em cima eu falei:
Os home tá c’a razão,
Nóis arranja otro lugá.
Só se conformemo quando o Joca falô:
“Deus dá o frio conforme o cobertô”.
BARBOSA, Adoniran. In: Demônios da Garoa - Trem das 11. CD 903179209-2, Continental-Warner Music Brasil, 1995.

2. Considere as afirmações.
I – A letra de “Saudosa Maloca” pode ser considerada como realização de uma “linguagem
artística” do poeta, estabelecida com base na sobreposição de elementos do uso popular ao
uso culto.
II – Uma dessas sobreposições é o emprego do pronome oblíquo de terceira pessoa “se” em
lugar de “nos” (Só se conformemo), diferentemente do que prescreve a norma culta.
III – A letra de “Saudosa Maloca” apresenta linguagem inovadora, visto que, sem abandonar a
linguagem formal, dirige-se diretamente ao leitor.
Estão corretas
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.

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Português – Variação Linguística – Prof. Carlos Zambeli

d) apenas I e II.
e) I, II e III.

4. Gíria
A gíria relaciona-se ao cotidiano de certos grupos sociais. Esses grupos utilizam a gíria como
meio de expressão do cotidiano, para que as mensagens sejam decodificadas apenas pelo
próprio grupo. Assim, a gíria é criada por determinados segmentos da comunidade social que
divulgam o palavreado para outros grupos até chegar à mídia. Os meios de comunicação de
massa, como a televisão e o rádio, propagam os novos vocábulos; às vezes, também inventam
alguns. A gíria que circula pode acabar incorporada pela língua oficial, permanecer no
vocabulário de pequenos grupos ou cair em desuso.

3. Nas orações a seguir, as gírias sublinhadas podem ser substituídas por sinônimos.
“… e beijava tudo que era mulher que passasse dando sopa.”
“… o Papa de araque…”
“… numa homenagem também aos salgueirenses que, no Carnaval de 1967, entraram pelo
cano.”
Indique que opção equivale, do ponto de vista do sentido, a essas expressões.
a) distraidamente, falso, saíram-se mal.
b) reclamando, falso, obstruíram-se.
c) distraidamente, esperto, saíram-se vitoriosos.
d) reclamando, falso, deram-se mal.
e) distraidamente, esperto, obstruíram-se.

5. Linguagem Regional
Regionalismos ou falares locais são variações geográficas do uso da língua padrão, quanto
às construções gramaticais, empregos de certas palavras e expressões e do ponto de vista
fonológico. Há, no Brasil, por exemplo, falares amazônico, nordestino, baiano, fluminense,
mineiro, sulino.
Leia o texto a seguir e responda à questão.
“Explico ao senhor: o diabo vige dentro do homem, os crespos do homem — ou é o homem
arruinado, ou o homem dos avessos. Solto, por si, cidadão, é que não tem diabo nenhum.
Nenhum! — é o que digo. O senhor aprova? Me declare tudo, franco — é alta mercê que me
faz: e pedir posso, encarecido. Este caso — por estúrdio que me vejam — é de minha certa
importância. Tomara não fosse... Mas, não diga que o senhor, assisado e instruído, que acredita
na pessoa dele?! Não? Lhe agradeço! Sua alta opinião compõe minha valia. Já sabia, esperava
por ela — já o campo!
Ah, a gente, na velhice, carece de ter uma aragem de descanso. Lhe agradeço. Tem diabo
nenhum. Nem espírito. Nunca vi. Alguém devia de ver, então era eu mesmo, este vosso
servidor. Fosse lhe contar... Bem, o diabo regula seu estado preto, nas criaturas, nas mulheres,
nos homens. Até: nas crianças — eu digo. Pois não é o ditado: “menino — trem do diabo”? E

www.acasadoconcurseiro.com.br 135
nos usos, nas plantas, nas águas, na terra, no vento... Estrumes... O diabo na rua, no meio do
redemunho... “
(Guimarães Rosa. Grande Sertão: Veredas.)

4. O texto de Guimarães Rosa mostra uma forma peculiar de escrita, denunciada pelos recursos
linguísticos empregados pelo escritor. Entre as características do texto, está
a) o emprego da linguagem culta, na voz do narrador, e o da linguagem regional, na voz da
personagem.
b) a recriação da fala regional no vocabulário, na sintaxe e na melodia da frase.
c) o emprego da linguagem regional predominantemente no campo do vocabulário.
d) a apresentação da língua do sertão fiel à fala do sertanejo.
e) o uso da linguagem culta, sem regionalismos, mas com novas construções sintáticas e
rítmicas.

6. Linguagem das Mídias Eletrônicas


São dois os principais motivos da simplificação e da abreviação de palavras entre quem usa
a internet e costuma mandar mensagens: o primeiro, a facilidade de se escrever de modo
simplificado, e o segundo, a pressa. Esta, por sua vez, está ligada a outras duas razões: a
economia e o desejo de reproduzir virtualmente o ritmo de uma conversa oral.

Boa tarde, amigão,


Como vc está interessado em trabalhar nesta empresa, e somente poderá o fazer por meio
de concurso público, deve acessar o link Concursos, em www.fepese.org.br. Assim, tu tens
informação não apenas a respeito do concurso da CASAN, mas tb de outros que aquela
fundação coordena.
Abraços.
Manoel

5. Assinale a alternativa correta, quanto a esse tipo de correspondência.


a) Nesse tipo de correspondência o termo “amigão” é permitido, desde que realmente haja
amizade entre quem a envia e quem a recebe.
b) Nesse tipo de correspondência, são aceitáveis abreviaturas como vc e tb, comuns em
e-mails entre amigos.
c) Está correto o emprego de pessoas gramaticais diferentes: vc (você) está interessado e tu
tens; considerar isso erro gramatical é preconceito linguístico.
d) Em “somente poderá o fazer” há erro no emprego do pronome oblíquo; a correspondência
empresarial, mesmo sob a forma eletrônica, obedece à norma culta da língua.

Gabarito: 1. D 2. D 3. A 4. B 5. D

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Português

ANÁLISE DE ALTERNATIVAS/ITENS

COMPREENSÃO DE TEXTOS

Estabelecimento de relações entre os componentes envolvidos em dado enunciado. Assinalar


a resposta correta consiste em encontrar, no texto, as afirmações feitas nas alternativas, e vice-
versa.

PROCEDIMENTOS DE APREENSÃO DO TEXTO


1. Leitura da fonte bibliográfica;
2. leitura do título;
3. leitura do enunciado;
4. leitura das afirmativas;
5. destaque das palavras-chave das afirmativas;
6. procura, no texto, das palavras-chave destacadas nas alternativas.

Será a felicidade necessária? (2)


Felicidade é uma palavra pesada. Alegria é leve, mas felicidade é pesada. Diante da
pergunta "Você é feliz?", dois fardos são lançados às costas do inquirido. O primeiro é
procurar uma definição para felicidade, o que equivale a rastrear uma escala que pode ir
da simples satisfação de gozar de boa saúde até a conquista da bem-aventurança. O
segundo é examinar-se, em busca de uma resposta.
Nesse processo, depara-se com armadilhas. Caso se tenha ganhado um aumento no
emprego no dia anterior, o mundo parecerá belo e justo; caso se esteja com dor de dente,
parecerá feio e perverso. Mas a dor de dente vai passar, assim como a euforia pelo aumento
de salário, e se há algo imprescindível, na difícil conceituação de felicidade, é o caráter de
(6) permanência. Uma resposta consequente exige colocar na balança a experiência passada,
o estado presente e a expectativa futura. Dá trabalho, e a conclusão pode não ser clara.
Os pais de hoje costumam dizer que importante é que os filhos sejam felizes. É uma
tendência que se impôs ao influxo das teses libertárias dos anos 1960. É irrelevante que
entrem na faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-sucedidos na
profissão. O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa
grandiosa. É esperar, no mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se
não for suficiente, que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venha a abrigar.
Se ainda for pouco, que atinja o enlevo místico dos santos. Não dá para preencher caderno
de encargos mais cruel para a pobre criança.
(Trecho do artigo de Roberto Pompeu de Toledo. Veja. 24 de março de 2010, p. 142) (1)

www.acasadoconcurseiro.com.br 137
(1) Observação da fonte bibliográfica: o conhecimento prévio de quem escreveu o texto
constitui-se numa estratégia de compreensão, visto que facilita a identificação da intenção
textual. Ao reconhecermos o autor do texto – Roberto Pompeu de Toledo, importante jornalista
brasileiro, cuja trajetória se marca pelo fato de escrever matérias especiais para importantes
veículos e comunicação – bem como o veículo de publicação – Veja –, podemos afirmar que se
trata de um artigo.
(2) Observação do título: o título pode constituir o menor resumo possível de um texto. Por
meio dele, certas vezes, identificamos a ideia central do texto, sendo possível, pois, descartar
afirmações feitas em determinadas alternativas. O título em questão – Será a felicidade
necessária? –, somado ao fato de nomear um artigo, permite-nos inferir que o texto será uma
resposta a tal questionamento, a qual evidenciará o ponto de vista do autor.

1. De acordo com o texto, (3)


•• Devido à expressão “De acordo com”, podemos afirmar que se trata, tão somente, de
compreender o texto.
•• Outras expressões possíveis: “Segundo o texto”, “Conforme o texto”, “Encontra suporte no
texto”, ...
Assim sendo,
Compreensão do texto: RESPOSTA CORRETA = paráfrase MAIS COMPLETA daquilo que foi
afirmado no texto.
Paráfrase: versão de um texto, geralmente mais extensa e explicativa, cujo objetivo é torná-lo
mais fácil ao entendimento.

1. De acordo com o texto,


a) a realização pessoal que geralmente faz parte da vida humana, como o sucesso no trabalho,
costuma ser percebida como sinal de plena felicidade.
b) as atribuições sofridas podem comprometer o sentimento de felicidade, pois superam os
benefícios de conquistas eventuais.
c) o sentimento de felicidade é relativo, porque pode vir atrelado a circunstâncias diversas da
vida, ao mesmo tempo que deve apresentar constância.
d) as condições da vida moderna tornam quase impossível a alguma pessoa sentir-se feliz,
devido às rotineiras situações da vida.
e) muitos pais se mostram despreparados para fazer com que seus filhos planejem sua vida
no sentido de que sejam, realmente, pessoas felizes.

Convite à Filosofia
Quando acompanhamos a história das ideias éticas, desde a Antiguidade clássica até nossos
dias, podemos perceber que, em seu centro, encontra-se o problema da violência e dos meios
para evitá-la, diminuí-la, controlá-la.
Diferentes formações sociais e culturais instituíram conjuntos de valores éticos como padrões
de conduta, de relações intersubjetivas e interpessoais, de comportamentos sociais que
pudessem garantir a integridade física e psíquica de seus membros e a conservação do grupo
social.

138 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Análise de Alternativas/Itens – Prof. Carlos Zambeli

Evidentemente, as várias culturas e sociedades não definiram nem definem a violência da


mesma maneira, mas, ao contrário, dão-lhe conteúdos diferentes, segundo os tempos e os
lugares. No entanto, malgrado as diferenças, certos aspectos da violência são percebidos da
mesma maneira, formando o fundo comum contra o qual os valores éticos são erguidos.
Marilena Chauí. In: Internet: <www2.uol.com.br/aprendiz> (com adaptações).

Julgue o item a seguir.


Conclui-se a partir da leitura do texto que, apesar de diferenças culturais e sociais, é por
meio dos valores éticos estabelecidos em cada sociedade que se conserva o grupo social e se
protegem seus membros contra a violência.
( x ) Certo ( ) Errado
2º parágrafo

Conclusão
Resposta correta = a mais completa (alternativa com maior número de palavras-chave
encontradas no texto).
Optar pela alternativa mais completa, quando duas parecerem corretas.

EXEMPLIFICANDO
Centenas de cães e gatos são colocados para adoção mensalmente em Porto Alegre.
Cerca de 450 animais de estimação, entre cães e gatos, aguardam um novo dono em Porto
Alegre. Trata-se do contingente de animais perdidos, abandonados ou nascidos nas ruas
e entregues ao Gabea (Grupo de Apoio ao Bem-Estar Animal) e ao CCZ (Centro de Controle
de Zoonose), órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde. Destes, cerca de 120 animais são
adotados. Os outros continuam na espera por um lar.
O Sul. (adaptado)

Conforme o texto,
a) em Porto Alegre, cães e gatos são abandonados pelos seus donos. (3)
b) animais de estimação, entre eles cães e gatos nascidos nas ruas, são entregues ao Gabea.
(4)
c) um contingente de animais de estimação – entre eles cães e gatos – nasce nas ruas,
perdem-se de seus donos ou são por eles abandonados nas ruas de Porto Alegre. (6)
d) o CCZ propicia a adoção dos animais abandonados nas ruas de Porto Alegre. (4)
e) 120 animais de estimação são adotados mensalmente em Porto Alegre. (3)

www.acasadoconcurseiro.com.br 139
ANÁLISE DE ALTERNATIVAS/ITENS
Parte II

ERROS COMUNS COMPREENSÃO DE TEXTOS


O primeiro passo para acertar é entender o que está sendo pedido no enunciado e o que dizem
as alternativas ou itens. Algumas questões dão "pistas" no próprio enunciado. Assim sendo, é
fundamental "decodificar" os verbos que nele e nas alternativas se encontram.
Alguns verbos utilizados nos enunciados
•• Afirmar: certificar, comprovar, declarar.
•• Explicar: expor, justificar, expressar, significar.
•• Caracterizar: distinguir, destacar as particularidades.
•• Consistir: ser, equivaler, traduzir-se por (determinada coisa), ser feito, formado ou
composto de.
•• Associar: estabelecer uma correspondência entre duas coisas, unir-se, agregar.
•• Justificar: provar, demonstrar, argumentar, explicar.
•• Comparar: relacionar (coisas animadas ou inanimadas, concretas ou abstratas, da mesma
natureza ou que apresentem similitudes) para procurar as relações de semelhança ou de
disparidade que entre elas existam; aproximar dois ou mais itens de espécie ou de natureza
diferente, mostrando entre eles um ponto de analogia ou semelhança.
•• Relacionar: fazer comparação, conexão, ligação.
•• Definir: revelar, estabelecer limites, indicar a significação precisa de, retratar, conceituar,
explicar o significado.
•• Diferenciar: fazer ou estabelecer distinção entre, reconhecer as diferenças.
•• Identificar: distinguir os traços característicos de; reconhecer; permitir a identificação,
tornar conhecido.
•• Classificar: distribuir em classes e nos respectivos grupos, de acordo com um sistema ou
método de classificação; determinar a classe, ordem, família, gênero e espécie; pôr em
determinada ordem, arrumar (coleções, documentos etc.).
•• Referir-se: fazer menção, reportar-se, aludir-se.
•• Determinar: precisar, indicar (algo) a partir de uma análise, de uma medida, de uma
avaliação; definir.
•• Citar: transcrever, referir ou mencionar como autoridade ou exemplo ou em apoio do que
se afirma.
•• Indicar: fazer com que, por meio de gestos, sinais, símbolos, algo ou alguém seja visto;
assinalar, designar, mostrar.
•• Deduzir: concluir (algo) pelo raciocínio; inferir.
•• Inferir: concluir, deduzir.
•• Equivaler: ser idêntico no peso, na força, no valor etc.
•• Propor: submeter (algo) à apreciação (de alguém); oferecer como opção; apresentar,
sugerir.
•• Depreender: alcançar clareza intelectual a respeito de; entender, perceber, compreender;
tirar por conclusão, chegar à conclusão de; inferir, deduzir.
•• Aludir: fazer rápida menção a; referir-se.
(Fonte: dicionário Houaiss)

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Português – Análise de Alternativas/Itens – Prof. Carlos Zambeli

ERROS COMUNS COMPREENSÃO DE TEXTOS

EXTRAPOLAÇÃO
Ocorre quando o leitor sai do contexto, acrescentando ideias que não estão no texto,
normalmente porque já conhecia o assunto devido à sua bagagem cultural.

PRECONCEITOS

EXEMPLIFICANDO
8Canudo pela Internet
O ensino a distância avança e já existem mais de 30 mil cursos oferecidos na rede, de graduação
e pós-graduação até economia doméstica.
Passados nove anos de sua graduação em filosofia, a professora Ida Thon, 54 anos, enfiou na
cabeça que deveria voltar a estudar. Por conta do trabalho no Museu Nacional do Calçado,
na cidade gaúcha de Novo Hamburgo, onde mora, resolveu ter noções de museologia. Mas
para isso deveria contornar uma enorme dificuldade: o curso mais próximo ficava a 1.200
quilômetros de distância, em São Paulo.

1. Assinale a alternativa cuja afirmação não encontra suporte no texto.


a) A solução encontrada por Ida lançou mão das novas tecnologias educacionais.
b) O problema enfrentado por Ida, bem como a solução por ela encontrada, faz parte da
realidade de muitas pessoas no Brasil.
c) A Educação a Distância já é uma realidade brasileira.
d) O ensino oferecido pela web abrange uma vasta gama de possibilidades, buscando atender
a variadas tendências intelectuais.
e) Os cursos oferecidos pela web não podem ser considerados de grande importância, tendo
em vista não contemplarem a modalidade presencial e abordarem tão somente aspectos
triviais do conhecimento.

REDUÇÃO
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um ou outro aspecto, esquecendo-se de
que o texto é um conjunto de ideias.

www.acasadoconcurseiro.com.br 141
EXEMPLIFICANDO

Bichos para a Saúde


Está nas livrarias a obra O poder curativo dos bichos. Os autores, Marty Becker e Daniel Morton,
descrevem casos bem-sucedidos de pessoas que derrotaram doenças ou aprenderam a viver
melhor graças à ajuda de algum animalzinho. Cães, gatos e cavalos estão entre os bichos
citados.
(ISTO É)

2. De acordo com o texto,


a) pessoas que têm animais de estimação são menos afeitas a contrair doenças.
b) a convivência entre seres humanos e animais pode contribuir para a cura de males físicos
daqueles.
c) indivíduos que têm cães e gatos levam uma existência mais prazerosa.
d) apenas cães, gatos e cavalos são capazes de auxiliar o ser humano durante uma
enfermidade.
e) pessoas bem-sucedidas costumam ter animais de estimação.
(A) EXTRAPOLAÇÃO: contrair doenças ≠ derrotar doenças.
(C) REDUÇÃO: cães e gatos < animalzinho.
(D) REDUÇÃO: cães, gatos e cavalos < animalzinho.
(E) EXTRAPOLAÇÃO: pessoas bem-sucedidas > casos bem-sucedidos de pessoas que derrotaram
doenças.

CONTRADIÇÃO
É comum as alternativas apresentarem ideias contrárias às do texto, fazendo o candidato
chegar a conclusões equivocadas, de modo a errar a questão.
Só contradiga o autor se isso for solicitado no comando da questão.
Exemplo: “Indique a alternativa que apresenta ideia contrária à do texto”.

EXEMPLIFICANDO
O que podemos experimentar de mais belo é o mistério. Ele é a fonte de toda a arte e ciência
verdadeira. Aquele que for alheio a essa emoção, aquele que não se detém a admirar as colinas,
sentindo-se cheio de surpresa, esse já está, por assim dizer, morto e tem os olhos extintos. O
que fez nascer a religião foi essa vivência do misterioso – embora mesclado de terror. Saber
que existe algo insondável, sentir a presença de algo profundamente racional e radiantemente
belo, algo que compreenderemos apenas em forma muito rudimentar – é esta a experiência
que constitui a atitude genuinamente religiosa. Neste sentido, e unicamente neste sentido,
pertenço aos homens profundamente religiosos.
(Albert Einstein – Como vejo o mundo)

142 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Análise de Alternativas/Itens – Prof. Carlos Zambeli

3. O texto afirma que a experiência do mistério é um elemento importante para a arte, não para a
ciência.

( x ) Certo ( ) Errado

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Informática

Professor Márcio Hunecke

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Informática

WINDOWS 10

O Windows 10 é um sistema operacional


multiusuário e multitarefa fornecido pela
Microsoft, baseado em software proprie-
tário e comercial (não gratuito). Ele é des-
tinado a estações de trabalho (clientes),
pois, para os computadores de grande por-
te (servidores) há outros sistemas opera-
cionais.
Foi lançado em 29 de julho de 2015 e teve atualização gratuita para todos os usuários de Win-
dows 7 e Windows 8/8.1 até 29 de julho de 2016.
O Windows 10 introduz um novo conceito: Versão do Windows 10. Até o momento foram dis-
ponibilizadas quatro versões. A edição e a versão podem ser identificada clicando no menu Ini-
ciar → Configurações → Sistema → Sobre. A cada versão novas funcionalidade podem apare-
cer. O número da versão será composto pelo ano com dois dígitos mais o número do mês.
1) Versão de lançamento –
julho de 2015
2) Versão 1511 –
novembro de 2015
3) Versão 1607
(Atualização de Aniversário)
– julho de 2016
4) Versão 1703 (Atualização para Criadores) – março 2017
Obs.: Essa apostila foi construída com base da versão 1703.

TELA DE BOAS VINDAS

A tela de boas-vindas é aquela que você usa para fazer logon no Windows. Ela exibe todas as
contas de usuários criadas no computador. Você pode clicar no seu nome de usuário em vez de
digitá-lo, e depois pode trocar facilmente para outra conta com a opção “Trocar conta”.

www.acasadoconcurseiro.com.br 147
A tela de boas-vindas

EDIÇÕES DO WINDOWS 10

O Windows 10 possui 4 edições (Windows 10 Home, Windows 10 Pro, Windows 10 Enterprise


e Windows 10 Education). A edição Home é destinada ao usuário doméstico e as edições Pro
e Enterprise são voltadas ao ambiente empresarial. Para aquisição das edições Enterprise e
Education é necessário efetuar contrato de licenciamento com a Microsoft. Também há uma
versão para rodar em Smartphones chamada de Windows 10 Mobile.

ÁREA DE TRABALHO

A área de trabalho é a principal área exibida na tela quando você liga o computador e faz logon
no Windows. Ela serve de superfície para o seu trabalho, como se fosse o tampo de uma mesa
real. Quando você abre programas ou pastas, eles são exibidos na área de trabalho. Nela, tam-
bém é possível colocar itens, como arquivos e pastas, e organizá-los como quiser.
A área de trabalho é definida às vezes de forma mais abrangente para incluir a barra de tarefas.
A barra de tarefas fica na parte inferior da tela. Ela mostra quais programas estão em execução
e permite que você alterne entre eles. Ela também contém o botão “Iniciar” , que pode ser
usado para acessar programas, pastas e configurações do computador.

Trabalhando com ícones da Área de trabalho


Ícones são imagens pequenas que representam arquivos, pastas, programas e outros itens. Ao
iniciar o Windows pela primeira vez, você verá pelo menos um ícone na área de trabalho: a Li-
xeira (mais detalhes adiante). O fabricante do computador pode ter adicionado outros ícones à
área de trabalho. Veja a seguir alguns exemplos de ícones da área de trabalho.

148 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática – Windows 10 – Prof. Márcio Hunecke

Atalho de Programa, Atalho de Arquivo, Pasta e Arquivo.

Se você clicar duas vezes em um ícone da Área de trabalho, o item que ele representa será ini-
ciado ou aberto.

Adicionando e removendo ícones da Área de trabalho


Você pode escolher os ícones que serão exibidos na área de trabalho, adicionando ou remo-
vendo um ícone a qualquer momento. Algumas pessoas preferem uma área de trabalho limpa,
organizada, com poucos ícones (ou nenhum). Outras preferem colocar dezenas de ícones na
área de trabalho para ter acesso rápido a programas, pastas e arquivos usados com frequência.
Se quiser obter acesso fácil a seus programas ou arquivos favoritos, crie atalhos para eles. Um
atalho é um ícone que representa um link para um item, em vez do item em si. Quando você cli-
ca em um atalho, o item é aberto. Se você excluir um atalho, somente ele será removido, e não
o item original. É possível identificar atalhos pela seta no ícone correspondente.

Um ícone de arquivo (à esquerda) e um ícone de atalho (à direita)

Para adicionar um atalho à Área de trabalho


1. Localize o item para o qual deseja criar um atalho.
2. Clique com o botão direito do mouse no item, clique em “Enviar para” e em “Área de Traba-
lho (criar atalho)”. O ícone de atalho aparecerá na área de trabalho.

Para adicionar ou remover ÍCONES COMUNS da Área de trabalho


Alguns exemplos de ícones comuns da área de trabalho incluem Computador, sua pasta pesso-
al, a Lixeira, o Painel de Controle e a Rede.

www.acasadoconcurseiro.com.br 149
1. Clicar com o botão direito do mouse em uma parte vazia da área de trabalho e escolher em
“Personalizar”.
2. No painel esquerdo, clicar em “Temas”. Clicar em “Configurações de ícones da área de tra-
balho” no canto superior direito.
3. Marcar a caixa de seleção referente a cada ícone que deseja adicionar à área de trabalho ou
desmarcar a caixa de seleção referente a cada ícone que deseja remover da área de traba-
lho.
4. Em seguida, clicar em OK e fechar a janela “Configurações”.

Para mover um arquivo de uma pasta para a Área de trabalho


1. Abra a pasta que contém o arquivo.
2. Arraste o arquivo para a área de trabalho.
Para remover um ícone da Área de trabalho
Clique com o botão direito do mouse no ícone e clique em Excluir. Se o ícone for um atalho, so-
mente ele será removido, e não o item original.

Movendo ícones
O Windows empilha os ícones em colunas no lado esquerdo da área de trabalho, mas você não
precisa se prender a essa disposição. Você pode mover um ícone arrastando-o para um novo
local na área de trabalho.
Também pode fazer com que o Windows organize automaticamente os ícones. Clique com o
botão direito do mouse em uma parte vazia da área de trabalho, clique em “Exibir” e em “Or-
ganizar ícones automaticamente”. O Windows empilha os ícones no canto superior esquerdo e
os bloqueia nessa posição. Para desbloquear os ícones e tornar a movê-los novamente, clique
outra vez em “Organizar ícones automaticamente”, apagando a marca de seleção ao lado desta
opção.
Por padrão, o Windows espaça os ícones igualmente em uma grade invisível. Para colocar os
ícones mais perto ou com mais precisão, desative a grade. Clique com o botão direito do mouse
em uma parte vazia da área de trabalho, aponte para “Exibir” e clique em “Alinhar ícones à gra-
de”. Repita essas etapas para reativar a grade.

Selecionando vários ícones


Para mover ou excluir um grupo de ícones
de uma só vez, primeiro é necessário sele-
cionar todos eles. Clique em uma parte va-
zia da área de trabalho e arraste o mouse.
Contorne os ícones que deseja selecionar

150 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática – Windows 10 – Prof. Márcio Hunecke

com o retângulo que aparecerá. Em seguida, solte o botão do mouse. Agora você pode arrastar
os ícones como um grupo ou excluí-los.

Ocultando ícones da Área de trabalho


Para ocultar TODOS os ícones da Área de trabalho sem realmente removê-los, clique com o bo-
tão direito do mouse em uma parte vazia da área de trabalho, clique em “Exibir” e em “Mostrar
ícones da área de trabalho” para apagar a marca de seleção dessa opção. Agora, nenhum ícone
aparece na área de trabalho. Para vê-los novamente, clique outra vez em “Mostrar ícones da
área de trabalho”.

LIXEIRA

Quando você não precisar mais de um arquivo, poderá removê-lo do computador para ganhar
espaço e impedir que o computador fique com arquivos indesejados. Para excluir um arquivo,
abra a respectiva pasta ou biblioteca e selecione o arquivo. Pressione a tecla “Delete” no tecla-
do e, na caixa de diálogo “Excluir Arquivo”, clique em “Sim”.
Um arquivo excluído é armazenado temporariamente na Lixeira. Pense nela como uma rede
de segurança que lhe permite recuperar pastas ou arquivos excluídos por engano. Se desejar
recuperar arquivos, abra a Lixeira e selecione o(s) arquivo(s) com o botão da direita e escolha a
opção “RESTAURAR”.
Regra: Ao recuperar um arquivo da Lixeira ele SEMPRE será colocado no mesmo local de onde
foi excluído.

A Lixeira vazia (à esquerda) e cheia (à direita)

Se tiver certeza de que não precisará mais dos itens excluídos, poderá esvaziar a Lixeira, cli-
cando sobre ela com o botão da direita e escolhendo a opção “Esvaziar Lixeira”. Ao fazer isso,
excluirá permanentemente os itens e recuperará o espaço em disco por eles ocupado.
Em situações normais, todos os arquivos são enviados para Lixeira, mas existe algumas
exceções:
a) Excluir com a tecla SHIFT pressionada.
b) Excluir de dispositivos com armazenamento removível (pen drive).
c) Excluir da rede ou através do “Prompt de Comando”.
d) Configurar o tamanho de Lixeira como “1” ou excluir arquivos maiores que o tamanho da
Lixeira.
e) Configurar a Lixeira selecionando a opção “Não mover arquivos para a Lixeira”.

www.acasadoconcurseiro.com.br 151
f) Excluir arquivos maiores que o espaço livre da Lixeira faz com que os arquivos mais antigos
sejam excluídos.
O espaço reservado no disco rígido para a Lixeira, não é fixo, varia de acordo com o tamanho
do HD. Para disco pequenos (40 Gb ou menos) o espaço destinado é de exatamente 10%, mas
para disco maiores o espaço diminui, em porcentagem, chegando à aproximadamente 5% para
discos de 1Tb. Em computadores com mais de um HD, há uma Lixeira para cada HD.
MENU INICIAR
O Menu Iniciar é o portão de entrada para programas, pastas e configurações do computador.
Ele se chama menu, pois oferece uma lista de opções, exatamente como o menu de um restau-
rante. E como a palavra "Iniciar" já diz, é o local onde você iniciará a maior parte das atividades.
Use o menu Iniciar para fazer as seguintes atividades comuns:
•• Iniciar programas
•• Abrir pastas ou bibliotecas com o “Explorador de Arquivos”
•• Pesquisar arquivos, pastas e programas
•• Ajustar configurações do computador com o “Configurações”
•• Desligar o computador ou fazer logoff do Windows ou alternar para outra conta de usuário
Menu Iniciar + Tela Inicial
O Menu Iniciar que havia sido removido no Windows 8 voltou no Windows 10 e veio acompa-
nhado da Tela Inicial. Tecla de atalho: Tecla Windows ou Ctrl + Esc.

Os blocos na Tela Inicial podem mostrar atualizações de seus amigos, novos e-mails, notifica-
ções de aplicativos e o próximo compromisso em seu calendário de uma só vez, sem a necessi-

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Informática – Windows 10 – Prof. Márcio Hunecke

dade de abrir nenhum aplicativo. A Tela Inicial pode ser personalizada para qualquer usuário.
Cada um pode “Redimensionar” (tamanhos Pequeno, Médio, Grande e Largura) e posicionar
seus blocos, suas cores e suas telas de fundo. Ao clicar sobre um bloco com o botão da direita
também aparece a opção “Desafixar da Tela Inicial” para retirar os ícones não desejados. Outra
opção disponível é “Desligar Bloco dinâmico”. Com essa opção, o bloco que apresenta informa-
ções online, passa a mostrar apenas o nome do ícone, conforme figura ao lado.

Outras opções disponíveis nos blocos:


Fixar / Desafixar na barra de tarefas –
Fixa ou retira o ícone da Barra de Tare-
fas.
Classificar e dar opinião – Abre a Loja
para você avaliar o aplicativo e visuali-
zar as avaliações dos usuários.
Compartilhar – Permite compartilhar
informações do aplicativo por e-mail,
Twitter, OneNote e outros aplicativos.
A Tela Inicial pode ser redimensionada posicionando o mouse sobre as bordas superior ou di-
reita. Ajusta o tamanho da janela arrastando o mouse. Para customizar os títulos na Tela Iniciar,
posicione o mouse sobre o título existente, e então aparecerá o sinal o sinal de igual, conforme
figura ao lado. Ao clicar no sinal de igual, o nome do título pode ser editado.

Ao clicar com o botão da direita sobre o menu “Iniciar”, aparece um menu com a lista de vários
aplicativos do Windows (Área de Trabalho, Desligar ou sair, Executar, Pesquisar, Explorador de
Arquivos, entre outros). A Tecla de atalho é Windows + X.

Abrindo programas a partir do Menu Iniciar


Um dos usos mais comuns do Menu Iniciar é abrir programas instalados no computador. Para
abrir um programa mostrado no painel esquerdo do Menu Iniciar (seção “Adicionados recente-
mente” ou “Mais usados”), clique nele. Isso abrirá o programa e fechará o Menu Iniciar.
Se você não vir o programa que deseja, é necessário utilizar a barra de rolagem. O painel pode
exibir uma longa lista de programas, em ordem alfabética.
O que há dentro das pastas do Menu Iniciar? Mais programas. Clique em “Acessórios do Win-
dows”, por exemplo, e uma lista de programas armazenados nessa pasta aparecerá. Clique em
qualquer programa para abri-lo.

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Você notará que, com o tempo, as listas de programas no menu Iniciar vão sendo alteradas.
Isso acontece por dois motivos. Em primeiro lugar, quando você instala novos programas, eles
são adicionados à lista “Adicionados recentemente”.
Em segundo lugar, o menu Iniciar detecta quais pro-
gramas você usa mais e os substitui na lista “Mais
usados”.
Na parte lateral esquerda do Menu Iniciar apare-
cem 5 ícones. Outros podem ser adicionados clican-
do “Configurações” → “Personalização” → “Iniciar”
→“Escolher quais pastas são exibidas em Iniciar”.
•• Ligar/Desligar – Utilizado para “Desligar”,
“Reiniciar” ou “Suspender” o computador. Ao
clicar na opção “Suspender” o computador
permanece ligado, mas com baixo consumo de
energia. Os aplicativos ficam abertos, assim,
quando o computador é ativado, você volta ins-
tantaneamente para o ponto que estava,
•• Configurações – Mostra o novo Painel de
Controle com inúmeras opções de configuração
do computador.
•• Explorador de Arquivos – Abre o Explorador
de Arquivos.
•• Nome do usuário – O ícone mostra o nome
do usuário logado e permite as seguintes ações:
•• “Alterar configurações da conta” – é possível alterar a foto do usuário que aparecerá
na tela de logon e neste ícone.
•• “Bloquear” – bloqueia o computador e mantém todas os aplicativos abertos e em exe-
cução
•• “Sair” – nome novo do Windows 10 para a opção “logoff”. Fecha todos aplicativos e
volta para a tela de boas-vindas.
•• “Nome de outros usuários” – Se outros usuários já se logaram no computador, pode-
-se clicar no nome para “Trocar o usuário”. Nessa opção os aplicativos ficam abertos e
aparece a tela de boas-vindas.
•• Expandir – Ícone aparece no topo e é utilizado para mostrar os nomes dos ícones acima.

Personalizar o Menu Iniciar


Você pode controlar quais itens aparecerão no Menu Iniciar. Por exemplo, você pode “minimi-
zar” o Menu Iniciar, visualizando somente a Tela Iniciar. Você também pode ocultar ou mostrar
certos itens (Adicionados recentemente, Mais usados e Sugestões). Para isso, clique “Configu-
rações” → “Personalização” → “Iniciar” e personalize o Menu Iniciar.

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BARRA DE TAREFAS
A barra de tarefas é a barra longa horizontal na parte inferior da tela. Diferentemente da área
de trabalho, que pode ficar obscurecida devido às várias janelas abertas, a barra de tarefas está
quase sempre visível. Ela possui seis partes principais:
•• O menu “Iniciar” que abre o Menu Iniciar.
•• A “Caixa de pesquisa” que permite pesquisar diretamente itens no computador ou na In-
ternet. A Caixa de Pesquisa pode ser substituída pelo ícone “Cortana” . Ao digitar algo
(Casa do, por exemplo), a busca é realizada no computador (Aplicativos instalados e da
Loja, Documentos, Fotos, Pastas entre outros) e também é apresentada a opção para pes-
quisa diretamente na internet com as sugestões. A Cortana é uma assistente-pessoal, nas-
cida no Windows 10 Mobile que agora está disponível em seu computador, e pode ser acio-
nada usando comandos de voz. Você já pode se divertir pedindo que ela pesquise alguma
informação, insira algum evento em seu calendário e muito mais.
•• O ícone “Visão de Tarefas” que ao ser acionado tem um efeito igual a pressionar a tecla
Windows + TAB e semelhante ao ALT + TAB. Essas opções permitem visualizar e alterar os
programas abertos.
•• A seção intermediária, que mostra quais programas estão abertos ou fixados e permite
que você alterne rapidamente entre eles.
•• A área de notificação, que inclui um relógio e ícones (pequenas imagens) que comunicam o
status de determinados programas e das configurações do computador.
•• Botão “Mostrar Área de Trabalho” parte final direita da Barra de Tarefas que permite vi-
sualizar temporariamente a Área de Trabalho com a função “Espiar” e também permite
minimizar todos programas em execução.

Minimizar e restaurar janelas


Quando uma janela está ativa (seu botão na barra de tarefas aparece destacado com um traço
na parte inferior), o clique no botão correspondente minimiza a janela. Isso significa que a jane-
la desaparece da área de trabalho. Minimizar uma janela não a fecha, nem exclui seu conteúdo,
simplesmente a remove da área de trabalho temporariamente.
Na figura abaixo, o “Explorador de arquivos”, “Microsoft Word” e o “Paint” estão abertos e a ja-
nela que está ativa, em primeiro plano, é a do Microsoft Word”. Os outros ícones representam
aplicativos fixados no Barra de Tarefas.

Também é possível minimizar uma janela clicando no botão de minimizar, no canto superior
direito da janela.

Minimizar (à esquerda), Rest. Tamanho (centro) e Fechar (à direita)

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Para restaurar uma janela minimizada (fazê-la aparecer novamente na área de trabalho), clique
no respectivo botão central (nome é Rest. Tamanho) da barra de tarefas.

Visualizações das janelas minimizadas


Quando você move o ponteiro do mouse para um botão da barra de tarefas, uma pequena ima-
gem aparece mostrando uma versão em miniatura da janela correspondente. Essa visualização,
também chamada de miniatura, é muito útil. Além disso, se uma das janelas tiver execução de
vídeo ou animação, você verá na visualização.

Área de notificação
A área de notificação, na extrema direita da barra de tarefas, inclui um relógio e um grupo de
ícones. Ela tem a seguinte aparência:

Esses ícones comunicam o status de algum item no computador


ou fornecem acesso a determinadas configurações. O conjunto
de ícones que você verá varia em função dos programas ou ser-
viços instalados e de como o fabricante configurou seu compu-
tador.
Quando você mover o ponteiro para um determinado ícone,
verá o nome desse ícone e o status de uma configuração. Por
exemplo, apontar para o ícone de volume mostrará o nível
de volume atual do computador. Apontar para o ícone da bate-
ria informará a porcentagem de carga.
Na Área de Notificação temos um recurso que mudou bastante
no Windows 10, a “Central de ações”. Ícone da Central de ações
sem notificações e com 2 notificações . A Central de Ações
proporciona acesso rápido aos itens de que você precisa, como
notificações da Cortana e outros aplicativos. Tudo em um só lu-
gar e fácil de acessar. A tecla de atalho é Windows + A. No Win-
dows 10, a Central de ações é onde você encontrará as notifica-
ções de aplicativos e as ações rápidas, que oferecem acesso
rápido às configurações e aos aplicativos comumente usados.
Altere as configurações da central de ações a qualquer momen-
to no aplicativo “Configurações” → “Personalização” → “Barra
de Tarefas”.
Para evitar confusão, o Windows oculta ícones na área de notificação quando você fica um
tempo sem usá-los. Se os ícones estiverem ocultos, clique no botão “Mostrar ícones ocultos”
para exibi-los temporariamente.

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Personalizar a barra de tarefas


Existem muitas formas de personalizar a barra de tarefas de acordo com as suas preferências.
Por exemplo, você pode mover a barra de tarefas inteira para a esquerda, para a direita ou para
a borda superior da tela. Também pode alargar a barra de tarefas, fazer com que o Windows a
oculte automaticamente quando não estiver em uso e adicionar barras de ferramentas a ela.
Para isso, clique com botão da direita do mouse sobre uma área sem ícones na Barra de Tarefas
e selecione “Configurações da Barra de Tarefas”.

DESLIGANDO O COMPUTADOR

Quando você termina de usar o computador, é importante desligá-lo corretamente não apenas
para economizar energia, mas também para garantir que os dados sejam salvos e para ajudar a
mantê-lo mais seguro. Há três maneiras de desligar o computador: pressionando o botão liga/
desliga do computador, usando a opção “Desligar” no Menu Iniciar e, caso tenha um laptop,
fechando a tampa.

Use a opção Desligar no Menu Iniciar


Para desligar o computador usando o menu Iniciar, clique no botão Iniciar , no canto inferior
esquerdo deste menu, clique “Ligar/Desligar” e então clique “Desligar”.
Quando você clicar em Desligar, o computador fechará todos os programas abertos, juntamen-
te com o próprio Windows, para em seguida desligar completamente o computador e a tela. O
desligamento não salva seu trabalho; portanto, primeiro salve seus arquivos.

A ação de iniciar o computador novamente após seu desligamento demora mais do que iniciá-
-lo quando ele está em modo de suspensão.

Usando o modo de suspensão


Você pode colocar seu computador em suspensão, em vez de desligá-lo. Quando o computador
está em suspensão, o vídeo se desliga. Geralmente, uma luz na parte externa do gabinete do
computador pisca ou fica amarela para indicar que o computador está em suspensão.

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Como o Windows se lembrará do que você estava fazendo, não é necessário fechar os progra-
mas e arquivos antes de colocar o computador em suspensão. Mas convém salvar seu trabalho
antes de colocar o computador em qualquer modo de baixo consumo de energia. Na próxima
vez que você ligar o computador (e inserir sua senha, se necessário), a aparência da tela será
exatamente igual a quando você suspendeu o computador.
Para ativar o computador, pressione o botão de energia no gabinete do computador. Como
você não precisa esperar o Windows iniciar, o computador é ativado em segundos e você pode
voltar ao trabalho quase imediatamente.
Enquanto está em suspensão, o computador usa pouca energia para manter seu trabalho na
memória. Se o computador ficar muitas horas em suspensão ou se a bateria estiver acabando,
seu trabalho será salvo no disco rígido e o computador será desligado de vez, sem consumir
energia.

Suspensão Hibernação
Windows continua rodando (dados ficam em Windows é desligado (dados de memória RAM
memória RAM). são colocados no HD).
Consume pouca energia. Não consome energia.
Disponibilidade do computador após ligar é Disponibilidade do computador após ligar é
muito rápida (+ ou – 3 segundos). rápida (+ ou – 20 segundos).
Se houver interrupção de energia, pode haver Se houver interrupção de energia, não haverá
perda de dados. perda de dados.

O Windows 10 suporta a Suspensão Híbrida que fará com que todo o seu trabalho seja salvo
em uma parte do HD e na memória RAM, ou seja, evitando que você o perca. Portanto, se faltar
luz, o conteúdo já está salvo no HD.

Usuários de laptop: fechar a tampa


Se tiver um laptop, há uma maneira mais fácil ainda de desligar o computador: fechando a
tampa. Você pode escolher se o computador será colocado em suspensão, desligará ou
entrará em outro estado de economia de energia. Se preferir, desligue o laptop pressionando
o respectivo botão de energia. Para escolher a ação abrir “Configurações” → “Sistema” →
“Energia e suspensão” → “Configurações de energia adicionais”.

TRABALHANDO COM JANELAS

Sempre que você abre um programa, um arquivo ou uma pasta, ele aparece na tela em uma
caixa ou moldura chamada janela (daí o nome atribuído ao sistema operacional Windows, que
significa Janelas em inglês). Como as janelas estão em toda parte no Windows, é importante
saber como movê-las, alterar seu tamanho ou simplesmente fazê-las desaparecer.

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Partes de uma janela


Embora o conteúdo de cada janela seja diferente, todas as janelas têm algumas coisas em
comum. Em primeiro lugar, elas sempre aparecem na área de trabalho, a principal área da tela.
Além disso, a maioria das janelas possuem as mesmas partes básicas.

Partes de uma janela típica

•• Barra de título. Exibe o nome do documento e do programa (ou o nome da pasta, se você
estiver trabalhando em uma pasta).
•• Botões Minimizar, Maximizar e Fechar. Estes botões permitem ocultar a janela, alargá-
la para preencher a tela inteira e fechá-la, respectivamente (mais detalhes sobre eles em
breve).
•• Barra de menus. Contém itens nos quais você pode clicar para fazer escolhas em um
programa.
•• Barra de rolagem. Permite rolar o conteúdo da janela para ver informações que estão fora
de visão no momento.
•• Bordas e cantos. É possível arrastá-los com o ponteiro do mouse para alterar o tamanho da
janela.

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Outras janelas podem ter botões, caixas ou barras adicionais, mas normalmente também têm
as partes básicas.

Movendo uma janela


Para mover uma janela, aponte para sua barra de título com o ponteiro do mouse . Em seguida,
arraste a janela para o local desejado. (Arrastar significa apontar para um item, manter pressio-
nado o botão do mouse, mover o item com o ponteiro e depois soltar o botão do mouse).
Alterando o tamanho de uma janela
•• Para que uma janela ocupe a tela inteira, clique em seu botão “Maximizar” ou clique duas
vezes na barra de título da janela.
•• Para retornar uma janela maximizada ao tamanho anterior, clique em seu botão “Rest. Ta-
manho” (ele é exibido no lugar do botão Maximizar), ou clique duas vezes na barra de
título da janela.
•• Para redimensionar uma janela (torná-la menor ou maior), aponte para qualquer borda ou
canto da janela. Quando o ponteiro do mouse mudar para uma seta de duas pontas (veja a
figura abaixo), arraste a borda ou o canto para encolher ou alargar a janela.

Arraste a borda ou o canto de uma janela para redimensioná-la

Não é possível redimensionar uma janela maximizada. Você deve primeiro restaurá-la ao tama-
nho anterior.
Embora a maioria das janelas possa ser maximizada e redimensionada, existem algumas jane-
las que têm tamanho fixo, como as caixas de diálogo.

Ocultando uma janela


Minimizar uma janela é o mesmo que ocultá-la. Se você deseja tirar uma janela temporaria-
mente do caminho sem fechá-la, minimize-a.
Para minimizar uma janela, clique em seu botão “Minimizar” . A janela desaparecerá da
área de trabalho e ficará visível somente como um botão na barra de tarefas, aquela barra lon-
ga horizontal na parte inferior da tela.

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Fechando uma janela


O fechamento de uma janela a remove da área de trabalho e da barra de tarefas. Se você tiver
terminado de trabalhar com um programa ou documento e não precisar retornar a ele imedia-
tamente, feche-o.
Para fechar uma janela, clique em seu botão “Fechar” . Se você fechar um documento sem
salvar as alterações feitas, aparecerá uma mensagem dando-lhe a opção de salvar as altera-
ções.

Alternando entre janelas


Se você abrir mais de um programa ou documento, a área de trabalho poderá ficar congestio-
nada rapidamente. Manter o controle de quais janelas você já abriu nem sempre é fácil, porque
algumas podem encobrir, total ou parcialmente, as outras.
Usando a barra de tarefas. A barra de tarefas fornece uma maneira de organizar todas as ja-
nelas. Cada janela tem um botão correspondente na barra de tarefas. Para alternar para outra
janela, basta clicar no respectivo botão da barra de tarefas. A janela aparecerá na frente de
todas as outras, tornando-se a janela ativa, ou seja, aquela na qual você está trabalhando no
momento.
Para identificar com facilidade uma janela, aponte para seu botão da barra de tarefas. Quando
você aponta para um botão na barra de tarefas, aparece uma visualização em miniatura dessa
janela, seja o conteúdo um documento, uma foto ou até mesmo um vídeo em execução. Esta
visualização é útil principalmente quando você não consegue identificar uma janela somente
pelo título.

Colocar o cursor sobre o botão de uma janela na barra de tarefas exibe uma visualização da janela

Usando Alt + Tab ou Windows + Tab. Você pode alternar para a janela anterior pressionando
Alt + Tab, ou percorrer todas as janelas abertas e a área de trabalho mantendo pressionada a
tecla Alt e pressionando repetidamente a tecla Tab. Solte Alt para mostrar a janela selecionada.

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Utilizando as teclas de atalho ALT + TAB

Utilizando as teclas de atalho Windows + TAB ou o ícone “Visão de Tarefas”.

ORGANIZANDO JANELAS AUTOMATICAMENTE

Agora que você sabe como mover e redimensionar janelas, pode organizá-las da maneira que
quiser na área de trabalho. Também pode fazer com que o Windows as organize automatica-
mente em uma destas três formas: em cascata, lado a lado e empilhadas verticalmente.

Organize as janelas em cascata (à esquerda), lado a lado (à direita) ou em uma pilha vertical (no centro)

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Para escolher uma dessas opções, abra algumas janelas na área de trabalho, clique com o botão
direito do mouse em uma área vazia da barra de tarefas e clique em “Janelas em cascata”,
“Mostrar janelas empilhadas” ou “Mostrar janelas lado a lado”.
O recurso Ajustar redimensiona automaticamente as janelas quando você as move ou ajusta
na borda da tela. Você pode usar o Ajustar para organizar janelas lado a lado, expandir janelas
verticalmente ou maximizar uma janela.

Para organizar janelas lado a lado – Aero SNAP (Ajustar)


1. Arraste a barra de título de uma janela para a esquerda ou a direita da tela até ser exibido
um contorno da janela expandida.
2. Libere o mouse para expandir a janela.
3. Repita as etapas 1 e 2 com outra janela para organizar as janelas lado a lado.

Arraste uma janela para o lado da área de trabalho para expandi-la até metade da tela.

Para expandir uma janela verticalmente – Aero SNAP (Ajustar)


1. Aponte para a borda superior ou inferior da janela aberta até o ponteiro mudar para uma
seta de duas pontas .

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2. Arraste a borda da janela para a parte superior ou inferior da tela para expandir a a janela
na altura total da área de trabalho. A largura da janela não é alterada.

Arraste a parte superior ou inferior da janela para expandi-la verticalmente

Para maximizar uma janela – Aero SNAP (Ajustar)


1. Arraste a barra de título da janela para a parte superior da tela. O contorno da janela se
expande para preencher a tela.
2. Libere a janela para expandi-la e preencher toda a área de trabalho.

Arraste uma janela para a parte superior da área de trabalho para expandi-la totalmente

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Para minimizar todas as janelas menos a janela ativa – Aero SHAKE


1. Clique na barra de título da janela e arraste rapidamente para os dois lados. O tamanho da
janela se mantém o mesmo, mas as demais janelas são minimizadas. Isso também pode ser
feito, usando as teclas Windows +Home.
2. Para restaurar as janelas que foram minimizadas, basta repetir umas das opções acima.
Para visualizar a área de trabalho através das janelas (Espiar) – Aero PEEK
1. Basta apontar para a extremidade direita da Barra de Tarefas, para ver as janelas abertas
ficarem transparentes na hora, revelando a Área de Trabalho através das bordas das janelas.
Essa funcionalidade também é conhecida como “Usar Espiar”.

Cada uma das opções do Ajustar, agora pode ser desativada em Menu Iniciar → Configurações
→ Sistema → Multitarefas.

CAIXA DE DIÁLOGO
Uma caixa de diálogo é um tipo especial de janela que faz uma pergunta, fornece informações
ou permite que você selecione opções para executar uma tarefa. Você verá caixas de diálogo
com frequência quando um programa ou o Windows precisar de uma resposta sua antes de
continuar.

Uma caixa de diálogo aparecerá se você sair de um programa sem salvar o trabalho

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Ao contrário das janelas comuns, a caixa de diálogo não pode ser maximizada, minimizadas ou
redimensionadas, mas podem ser movidas.

TRABALHANDO COM ARQUIVOS E PASTAS

Um arquivo é um item que contém informações, por exemplo, texto, imagens ou música. Quan-
do aberto, um arquivo pode ser muito parecido com um documento de texto ou com uma
imagem que você poderia encontrar na mesa de alguém. Em seu computador, os arquivos são
representados por ícones; isso facilita o reconhecimento de um tipo de arquivo bastando olhar
para o respectivo ícone. Veja a seguir alguns ícones de arquivo comuns:

Ícones de alguns tipos de arquivo

O tamanho máximo para um arquivo vai depender de sua localização dentro do computador.
Ao todo, são 260 caracteres, considerando todo o seu caminho de localização e seu nome com
extensão.
Uma pasta é um contêiner que pode ser usado para armazenar arquivos. Se você tivesse cente-
nas de arquivos em papel em sua mesa, seria quase impossível encontrar um arquivo específico
quando você dele precisasse. É por isso que as pessoas costumam armazenar os arquivos em
papel em pastas dentro de um arquivo convencional. As pastas no computador funcionam exa-
tamente da mesma forma. Veja a seguir alguns ícones de pasta comuns:

Uma pasta vazia (à esquerda); uma pasta contendo arquivos (à direita)

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As pastas também podem ser armazenadas em outras pastas. Uma pasta dentro de uma pasta
é chamada subpasta. Você pode criar quantas subpastas quiser, e cada uma pode armazenar
qualquer quantidade de arquivos e subpastas adicionais.

EXPLORADOR DE ARQUIVOS

O Explorador de Arquivos é um gerenciador de arquivos e pastas do sistema operacional Win-


dows. Ele é utilizado para a cópia, exclusão, organização, movimentação e todas as atividades
de gerenciamento de arquivos, podendo também ser utilizado para a instalação de programas.
Tecla de atalho: Windows + E.
Seu ícone é uma pasta amarela e o nome de seu arquivo é Explorer.exe, o qual normalmen-
te se encontra em C:\Windows. Para encontrar esse programa, clique no menu "Iniciar", em
seguida, na parte lateral esquerda e lá estará o Windows Explorer com outro ícone .

Estrutura de pastas do Windows 10

No Windows 10, o Explorador de Arquivos tem o formato parecido com o Microsoft Office, com
o menu “Arquivo”, “Guias” e “Faixas de Opções”. As funções mais usadas estão na guia “Exi-
bir”. Nesta guia encontramos os modos de exibição do Windows que agora são chamados de
“Layout” e duas opções usadas para exibir “Extensões de nomes de arquivos” e “Itens ocultos”.

Outra novidade aparece na canto superior esquerdo do Explorador de Arquivos. O que antes
era o local dos favoritos no Windows 7 e Windows 8, agora é o “Acesso rápido” no Windows
10. Ao acessar o Explorador de arquivos do Windows 10, o local padrão a ser aberto é o Acesso
rápido. Ele mostra as pastas mais acessadas no computador e todos os documentos recentes. A

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Àrea de Trabalho e as pastas das bibliotecas estão fixadas por padrão, mas qualquer pasta pode
ser fixada, clicando sobre a pasta com o botão da direita e escolhendo a opção “Fixar no Acesso
Rápido”. Também é possível eliminar algum item (arquivo ou pasta) clicando sobre o item e es-
colhendo a opção “Remover do Acesso Rápido”.

As bibliotecas
Biblioteca é uma visão personalizada do conteúdo de várias pastas onde você gerencia docu-
mentos, músicas, imagens e outros arquivos. Você pode procurar arquivos da mesma forma
como faz em uma pasta ou exibir os arquivos organizados por propriedades como data, tipo e
autor. No Windows 10, as bibliotecas perderam um pouco da importância.
a) Elas não aparecerão no Explorador de Arquivos, a menos
que você queira. Para adicioná-las ao painel esquerdo, se-
lecione a aba Exibir → Painel de navegação → Mostrar bi-
bliotecas.
b) As pastas de Pendrives agora podem ser adicionadas às
bibliotecas. No Windows 7 isso não era permitido.
c) No Windows 7 cada biblioteca poderia conter no máximo
50 pastas, não há mais esse limite.

Compreendendo as partes de uma janela


Quando você abre uma pasta ou biblioteca, ela é exibida em uma janela. As várias partes dessa
janela foram projetadas para facilitar a navegação no Windows e o trabalho com arquivos, pas-
tas e bibliotecas. Veja a seguir uma janela típica e cada uma de suas partes:

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Partes da janela Função


Use o painel de navegação para acessar bibliotecas, pastas, pesquisas
1. Painel de navegação salvas ou até mesmo todo o disco rígido. Use a seção “Acesso rápido”
para abrir as pastas e pesquisas mais utilizadas.
Use os botões Voltar e Avançar para navegar para outras pastas ou
bibliotecas que você já tenha aberto, sem fechar, na janela atual. Esses
2. Botões Voltar e
botões funcionam juntamente com a barra de endereços. Depois de
Avançar
usar a barra de endereços para alterar pastas, por exemplo, você pode
usar o botão Voltar para retornar à pasta anterior.
3. Propriedades Exibe as propriedades da pasta ou arquivo selecionado.
4. Nova pasta Use o ícone para criar uma pasta.
Use a barra de endereços para navegar para uma pasta diferente ou
5. Barra de endereços
voltar à anterior.
Digite uma palavra ou frase na caixa de pesquisa para procurar um item
na pasta ou biblioteca atual. A pesquisa inicia assim que você começa a
6. Barra de pesquisa
digitar. Portanto, quando você digitar B, por exemplo, todos os arquivos
cujos nomes iniciarem com a letra B aparecerão na lista de arquivos.
7. Altera o layout para Altera o modo de exibição (layout) de arquivos e pastas para “Ícones
Ícones Grandes Grandes”.
8. Altera o layout para
Altera o modo de exibição (layout) de arquivos e pastas para “Detalhes”.
Detalhes

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Não vem visível no Windows 10, mas pode ser mostrado clicando Exibir
→ Painel de detalhes. Use o painel de detalhes para ver as propriedades
mais comuns associadas ao arquivo selecionado. Propriedades do
Painel de detalhes
arquivo são informações sobre um arquivo, tais como o autor, a data
da última alteração e qualquer marca descritiva que você possa ter
adicionado ao arquivo. Se ativado fica visível na lateral direita.
Não vem visível no Windows 10, mas pode ser mostrado clicando
Exibir → Painel de visualização. Use o painel de visualização para ver o
conteúdo da maioria dos arquivos. Se você selecionar uma mensagem
Painel de visualização
de e-mail, um arquivo de texto ou uma imagem, por exemplo, poderá
ver seu conteúdo sem abri-lo em um programa. Se ativado fica visível na
lateral direita.

Exibindo e organizando arquivos e pastas


Quando você abre uma pasta ou biblioteca, pode alterar a aparência dos arquivos na janela.
Por exemplo, talvez você prefira ícones maiores (ou menores) ou uma exibição que lhe permita
ver tipos diferentes de informações sobre cada arquivo. Para fazer esses tipos de alterações,
use o botão Exibir e na seção “Layout” escolha a forma de apresentar os arquivos e pastas.

Toda vez que você clica no lado esquerdo do botão Modos de Exibição, ele altera a maneira
como seus arquivos e pastas são exibidos, alternando entre oito layouts distintos: “Ícones extra
grandes”, “Ícones grandes”, “Ícones médios” e “Ícones pequenos” mostram exclusivamente o
nome do arquivo com tamanhos diferentes. O layout “Ícones pequenos” mostra os arquivos com
o mesmo tamanho do layout “Lista”, mas a diferença é que no “Lista” os itens são ordenados
alfabeticamente de cima para baixo e no “Ícones pequenos” são ordenados da esquerda para
direita.
O layout “Blocos” apresenta as informações em 3 linhas ( ).
O layout “Contéudo” mostra em 2 linhas ( ).
O layout “Detalhes” mostra em 1 linha ( ).

COPIANDO E MOVENDO ARQUIVOS E PASTAS

De vez em quando, você pode querer alterar o local onde os arquivos ficam armazenados no
computador. Por exemplo, talvez você queira mover os arquivos para outra pasta ou copiá-los
para uma mídia removível (como CDs ou cartões de memória) a fim de compartilhar com outra
pessoa.

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Muitas pessoas copiam e movem arquivos usando um método chamado arrastar e soltar.
Comece abrindo a pasta que contém o arquivo ou a pasta que deseja mover. Depois, em uma
janela diferente, abra a pasta para onde deseja mover o item. Posicione as janelas lado a lado
na área de trabalho para ver o conteúdo de ambas.
Em seguida, arraste a pasta ou o arquivo da primeira pasta para a segunda. Isso é tudo.

Para copiar ou mover um arquivo, arraste-o de uma janela para outra

Ao usar o método arrastar e soltar, note que algumas vezes o arquivo ou a pasta é copiado e,
outras vezes, ele é movido. Se você estiver arrastando um item entre duas pastas que estão no
mesmo disco rígido, os itens serão movidos para que duas cópias do mesmo arquivo ou pasta
não sejam criadas no mesmo local. Se você estiver arrastando o item para uma pasta que esteja
em outro local (como um local de rede) ou para uma mídia removível (como um CD), o item
será copiado.
A maneira mais fácil de organizar duas janelas na área de trabalho é usar a função Aero Snap
(ou Ajustar).
Se você copiar ou mover um arquivo ou pasta para uma biblioteca, ele será armazenado no
local de salvamento padrão da biblioteca. Para saber como personalizar o local de salvamento
padrão de uma biblioteca, clique na biblioteca com o botão da direita e escolha “Propriedades”.
Outra forma de copiar ou mover um arquivo é arrastando-o da lista de arquivos para uma pasta
ou biblioteca no painel de navegação. Com isso, não será necessário abrir duas janelas distintas.

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ARQUIVOS E EXTENSÕES

Uma extensão de nome de arquivo é um conjunto de caracteres que ajuda Windows a enten-
der qual tipo de informação está em um arquivo e qual programa deve abri-lo. Ela é chamada
de extensão porque aparece no final do nome do arquivo, após um ponto. No nome de arquivo
meuarquivo.txt, a extensão é txt. Ela diz ao Windows que esse é um arquivo de texto que pode
ser aberto por programas associados a essa extensão, como WordPad ou Bloco de Notas. Ex-
tensões de arquivos mais comuns:
Adobe Reader: *.pdf
Aplicativos Office: *.doc, *.docx, *.mdb, *.pps, *.ppt, *.pptx, *.xls, *.xlsx
Áudio e Vídeo: *.avi, *.mov, *.mp3, *.mp4, *.mpeg, *.wma, *.wmv
Backup: *.bak, *.bkf
Comprimidos / Zipados: *.rar, *.zip
Executáveis: *.bat, *.cmd, *.com, *.exe, *.msi
Fontes: *.ttf, *.otf
Imagem: *.bmp, *.jpg, *.jpeg, *.png, *.tif
Wordpad e Bloco de notas: *.rtf, *.txt

Caracteres não permitidos para arquivos e pastas


Caracteres relacionados a caminhos: | \ / : “
Caracteres curingas: * ?
Caracteres outros: < >

Criando renomeando e excluindo arquivos


O modo mais comum de criar novos arquivos é usando um programa. Por exemplo, você pode
criar um documento de texto em um programa de processamento de texto ou um arquivo de
filme em um programa de edição de vídeos.
Alguns programas criam um arquivo no momento em que são abertos. Quando você abre o
WordPad, por exemplo, ele inicia com uma página em branco. Isso representa um arquivo vazio
(e não salvo). Comece a digitar e quando estiver pronto para salvar o trabalho, clique no botão
Salvar . Na caixa de diálogo exibida, digite um nome de arquivo que o ajudará a localizar o
arquivo novamente no futuro e clique em Salvar.
Por padrão, a maioria dos programas salva arquivos em pastas comuns, como “Documentos”
ou “Imagens”, o que facilita a localização dos arquivos na próxima vez.

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Informática – Windows 10 – Prof. Márcio Hunecke

Se você criou o arquivo com o nome errado e deseja corrigir, pode fazer isso, de pelo menos
três formas diferentes. Para todas as opções, será necessário localizar o arquivo na pasta onde
ele foi gravado. Uma das opções é clicar no arquivo com o botão da direita do mouse e esco-
lher a opção “Renomear”. Se preferir, selecione o arquivo e pressione a tecla F2 no teclado, ou
selecione o arquivo e clique novamente sobre ele com o mouse. Diferentemente do Windows
XP, no Windows 7, 8 e 10, o sistema operacional sugere que você altere somente o nome do
arquivo, e mantenha a mesma extensão.

Abrindo um arquivo existente


Para abrir um arquivo, clique duas vezes nele. Em geral, o arquivo é aberto no programa que
você usou para criá-lo ou alterá-lo. Por exemplo, um arquivo de texto será aberto no seu pro-
grama de processamento de texto.
Mas nem sempre é o caso. O clique duplo em um arquivo de foto, por exemplo, costuma abrir
com o aplicativo “Visualizador de Fotos do Windows”. Para editar a foto, você precisa usar um
programa diferente. Clique com o botão direito do mouse no arquivo, clique em “Abrir com” e
no nome do programa que deseja usar. Se nenhum aplicativo aparecer, você pode baixar um
aplicativo da Loja usando a opção “Pesquisar a Loja”.

INSTALAÇÃO DE PROGRAMAS

A maneira como você adiciona um programa depende de onde estão localizados os arquivos
de instalação do programa. Normalmente, os programas são instalados de um CD ou DVD, da
Internet ou de uma rede.
Para instalar um programa de um CD ou DVD, insira o disco no computador e siga as instruções
na tela. Se você for solicitado a informar uma senha de administrador ou sua confirmação, digi-
te a senha ou forneça a confirmação.
Muitos programas instalados de CDs ou DVDs abrem um assistente de instalação do programa
automaticamente. Nesses casos, a caixa de diálogo Reprodução Automática será exibida e você
poderá optar por executar o assistente.
Se um programa não iniciar a instalação automaticamente, consulte as informações que o
acompanham. Elas provavelmente fornecerão instruções para instalar o programa manualmen-
te. Se não conseguir acessar as informações, você poderá navegar pelo disco e abrir o arquivo
de instalação do programa, normalmente chamado de Setup.exe ou Install.exe.
Para instalar um programa da Internet, no navegador da Web, clique no link do programa. Para
instalar o programa imediatamente, clique em Abrir ou Executar e siga as instruções na tela. Se
você for solicitado a informar uma senha de administrador ou sua confirmação, digite a senha
ou forneça a confirmação.
Para instalar o programa mais tarde, clique em Salvar e baixe o arquivo de instalação para o
computador. Quando estiver pronto para instalar o programa, clique duas vezes no arquivo e

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siga as instruções na tela. Essa é uma opção mais segura, pois você pode verificar se há vírus no
arquivo de instalação antes de continuar.
Para desinstalar um programa utilize o ícone “Programas e recursos” do Painel de Controle. Se-
lecione o programa e clique na opção “Desinstalar”.
Observação: Ao baixar e instalar programas da Internet, assegure-se de que confia no fornece-
dor do programa e no site que o está oferecendo.

INTRODUÇÃO À IMPRESSÃO

Você pode imprimir praticamente qualquer coisa no Windows: documentos, imagens, páginas
da Web ou e-mails.

O que é DPI?
DPI (Dots per Inch, pontos por polegada) é uma medida de resolução de uma impressora. O DPI
determina a nitidez e o detalhamento do documento ou da imagem. É um dos pontos impor-
tantes a serem avaliados ao comprar uma nova impressora.

Impressoras a jato de tinta


As impressoras a jato de tinta respingam pontos de tinta sobre a página para reproduzir texto e
imagens. Esse tipo de impressora é muito popular por ser relativamente barato. Há ainda mui-
tos outros modelos disponíveis, incluindo os criados especificamente para a impressão de fotos
coloridas.
E as desvantagens? As impressoras a jato de tinta são mais lentas (medição em páginas por mi-
nuto) do que as impressoras a laser e exigem substituição regular do cartucho de tinta.

Impressora a jato de tinta

Impressoras a laser
As impressoras a laser usam toner, uma substância fina em pó, para reproduzir texto e elemen-
tos gráficos. Elas podem imprimir em preto e branco ou colorido, embora os modelos coloridos
sejam geralmente mais caros. Uma impressora a laser que imprime apenas em preto e branco
pode ser chamada de impressora monocromática.

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Informática – Windows 10 – Prof. Márcio Hunecke

As impressoras a laser geralmente têm bandejas de papel maiores do que as impressoras a jato
de tinta, de modo que não é preciso adicionar papel com tanta frequência. Elas também impri-
mem mais rápido (mais páginas por minuto) do que a maioria das impressoras a jato de tinta.
Além disso, os cartuchos de toner de impressoras a laser normalmente duram mais. Dependen-
do do seu volume de impressão, pode ser mais econômico comprar uma impressora a laser.

Impressora a laser

Impressoras multifuncionais
Uma das categorias de maior crescimento entre as impressoras é a Multifuncional (MFP), tam-
bém chamadas de impressoras tudo em um (AIO – All in one). Como o nome já diz, são disposi-
tivos que fazem tudo: imprimem, digitalizam fotos, fazem fotocópias e até mesmo enviam fax.
Qual é a diferença entre AIO e MFP? Normalmente, nenhuma. Porém, alguns dispositivos ven-
didos como impressoras multifuncionais são maiores e criados para uso em escritórios.
Independentemente disso, o apelo comercial dos modelos multifuncionais é a conveniência.
Operações que normalmente exigiam três equipamentos agora podem ser feitas em apenas
um. Outra vantagem: alguns recursos, como a fotocópia, não exigem uma conexão com um
computador.

Multifuncional

Conectando a sua impressora


As impressoras são feitas para serem conectadas a um computador executando o Windows de
maneiras diferentes, dependendo do modelo e de estarem sendo usadas em ambiente domés-
tico ou comercial.
Estes são alguns dos tipos de conexão mais comuns:

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Impressoras com fio
Estes dispositivos se conectam por meio de um cabo e uma porta no computador.
A maioria das impressoras domésticas possui um conector USB, embora alguns modelos an-
tigos se conectem a portas paralelas ou seriais. Em um computador comum, a porta paralela
normalmente é indicada por "LPT1" ou por um pequeno ícone de impressora.
Quando você conecta uma impressora USB, o Windows tenta identificá-la e instalar o software
(chamado de driver) automaticamente para que ela funcione com seu computador.
O Windows foi projetado para reconhecer centenas de impressoras automaticamente. Entre-
tanto, você deve sempre consultar as instruções que acompanham a sua impressora; algumas
impressoras exigem a instalação de software do fabricante antes de serem conectadas.

Impressoras sem fio


Uma impressora sem fio se conecta a um computador usando ondas de rádio através da tecno-
logia Bluetooth ou Wi-Fi.
Para conectar uma impressora Bluetooth, pode ser necessário adicionar um adaptador Blue-
tooth ao computador. A maioria dos adaptadores Bluetooth se conecta a uma porta USB.
Quando você conecta o adaptador e liga a impressora Bluetooth, o Windows tenta instalá-la
automaticamente ou pede que você a instale. Se o Windows não detectar a impressora, você
poderá adicioná-la manualmente.

Impressoras locais X impressoras de rede


Uma impressora que se conecta diretamente a um computador é chamada de impressora local.
Enquanto a que se conecta diretamente a uma rede como um dispositivo autônomo é chama-
da, naturalmente, de impressora de rede.

Instalando uma impressora


Para instalar uma impressora no Windows 7, pode ser necessário apenas conectar a impressora
ao computador e o Windows fará todas as etapas automaticamente. Se isto não funcionar, a
instalação manual é uma alternativa. Para isso, abrir o ícone “Dispositivos e Impressoras” no
Painel de Controle”, clicar “Adicionar uma impressora” e escolher as opções de acordo com a
impressora (Impressora USB, de Rede, Sem fio ou Bluetooth).

Imprimindo no Windows
O Windows conta com diversos métodos de impressão. O método escolhido depende do que
você quer imprimir.

Escolhendo opções de impressão


Frente e verso ou somente um lado. Monocromático ou colorido. Orientação paisagem ou re-
trato. Essas são apenas algumas das opções disponíveis ao imprimir.

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A maioria das opções encontra-se na caixa de diálogo “Imprimir”, que você pode acessar no
menu Arquivo em quase todos os programas.

A caixa de diálogo Imprimir no WordPad

As opções disponíveis e também como elas são selecionadas no Windows dependem do mo-
delo da impressora e do programa utilizado. Para obter informações específicas, consulte a do-
cumentação que acompanha a impressora ou o software. (Para acessar algumas opções, talvez
você precise clicar em um link ou botão chamado "Preferências", "Propriedades" ou "Opções
Avançadas" na caixa de diálogo Imprimir.)
Aqui está uma lista das opções de impressão mais comuns e o que elas significam:
•• Seleção da impressora. A lista de impressoras disponíveis. Em alguns casos, também é pos-
sível enviar documentos como fax ou salvá-los como documentos XPS.
•• Intervalo de páginas. Use vírgulas ou hifens para selecionar páginas ou um intervalo espe-
cífico de páginas. Por exemplo, digite 1, 4, 20-23 para imprimir as páginas 1, 4, 20, 21, 22 e
23.
A opção Seleção imprime apenas o texto ou os elementos gráficos selecionados em um docu-
mento. Página Atual imprime apenas a página atualmente exibida.
•• Número de cópias. Imprima mais de uma cópia do documento, imagem ou arquivo. Mar-
que a caixa de seleção Agrupar para imprimir todo o documento antes de passar para a
próxima cópia.
•• Orientação da página. Também chamada de layout da página. Escolha entre uma página na
vertical (Retrato) ou uma página na horizontal (Paisagem).
•• Tamanho do papel. Selecione tamanhos de papel diferentes.

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•• Saída ou fonte de papel. Também chamada de destino de saída ou bandeja de papel. Sele-
cione uma bandeja de papel. Isso é principalmente útil se você carregar cada bandeja com
um tamanho de papel diferente.
•• Impressão em frente e verso. Também chamada de impressão duplex ou dos dois lados.
Selecione essa opção para imprimir nos dois lados de uma folha.
•• Imprimir em cores. Escolha entre impressão preto e branco e colorida.

Gerenciando Dispositivos e impressoras


Quando você quiser visualizar todos os dispositivos conectados ao seu computador, usar um
deles ou solucionar o problema de um que não esteja funcionando corretamente, abra Dispo-
sitivos e Impressoras.
Em Dispositivos e Impressoras, você pode realizar várias tarefas que variam de acordo com o
dispositivo. Estas são as principais tarefas que você pode realizar:
•• Adicionar uma impressora ou dispositivo de rede ou sem fio ao computador.
•• Visualizar todos os dispositivos e impressoras externos conectados ao computador.
•• Verificar se um determinado dispositivo está funcionando corretamente.
•• Visualizar informações sobre os seus dispositivos, como marca, modelo e fabricante, in-
cluindo informações detalhadas sobre os recursos de sincronização de um celular ou outro
dispositivo móvel.
•• Realizar tarefas com um dispositivo.

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Gerenciando documentos esperando a impressão


Quando você imprime um documento, ele segue para a fila de impressão, onde é possível exi-
bir, pausar e cancelar a impressão, além de outras tarefas de gerenciamento. A fila de impres-
são mostra o que está sendo impresso e o que está aguardando para ser impresso. Ela também
fornece informações úteis como o status da impressão, quem está imprimindo o que e quantas
páginas ainda faltam.

A fila de impressão

CONFIGURAÇÕES BÁSICAS DO WINDOWS

Neste tópico trabalharemos com as configurações de Resolução de Tela, Cores, Fontes, Aparên-
cia, Segundo plano, Protetor de Tela. Todas estas funções podem ser acessadas pelos menos
de duas formas diferentes. Clicando com o botão da direita do mouse sobre uma área vazia da
área de Trabalho, opção “Personalizar” ou no item “Configurações”, “Personalização”.

Resolução de Tela
Resolução de tela se refere à clareza com que textos e imagens são exibidos na tela. Em reso-
luções mais altas, como 1600 x 1200 pixels, os itens parecem mais nítidos. Também parecem
menores, para que mais itens possam caber na tela. Em resoluções mais baixas, como 800 x
600 pixels, cabem menos itens na tela, mas eles parecem maiores.
A resolução que você pode usar depende das resoluções a que seu monitor oferece suporte.
Os monitores CRT normalmente têm resolução de 800 × 600 ou 1024 × 768 pixels e funcionam
bem em resoluções diferentes. Monitores LCD (também chamados de monitores de tela plana)
e telas de laptop geralmente oferecem suporte a resoluções mais altas e funcionam melhor em
uma resolução específica.
Quanto maior o monitor, normalmente maior é a resolução a que ele oferece suporte. Poder ou
não aumentar a resolução da tela depende do tamanho e da capacidade do monitor e do tipo
de placa de vídeo instalada.

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Temas (Cores, Sons, Segundo Plano e Proteção de Tela)
Você pode alterar a cor das molduras da janela, o Menu Iniciar, a barra de tarefas e muito mais.
Um tema é uma combinação de imagens, cores e sons em seu computador. Ele inclui um plano
de fundo de área de trabalho, uma proteção de tela, uma cor de borda de janela e um esquema
de som. Alguns temas podem também incluir ícones de área de trabalho e ponteiros de mouse.
Quando clica em um tema novo, você altera a combinação de imagens, cores e sons em seu
computador. Cada tema pode inclui uma cor de janela diferente.

PAINEL DE CONTROLE

Você pode usar o Painel de Controle para alterar as configu-


rações do Windows. Essas configurações controlam quase
tudo a respeito do visual e do funcionamento do Windows,
e você pode usá-las para configurar o Windows da melhor
forma para você. Existem duas formas de visualizar os ícones:
Por categoria ou por Ícones, e estes podem ser grandes ou
pequenos. A quantidade de ícones varia de computador para
computador, pois depende dos programas instalados. Em geral há entre 40 e 50 ícones e estes
são distribuídos em 8 categorias: Sistema e Segurança, Rede e Internet, Hardware e Sons, Pro-
gramas, Contas de Usuário, Aparência e Personalização, Facilidade de Acesso e Relógio, Idioma
e Região.

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Principais Ícones do Painel de Controle


Backup e Restauração (Windows 7) – Utilizado para criar os backups e fazer as restaurações. A
ferramenta permite fazer dois tipos de backups: Arquivos e pastas específicos ou Cópia de todo
o Sistema Operacional.
Barra de Tarefas e Navegação – Neste item, é possível alterar as configurações da Barra de
Tarefas e do Menu Iniciar, conteúdo já abordado nesta apostila.
* Central de Facilidade de Acesso – Apresenta as ferramentas de acessibilidade como: Lupa,
Teclado Virtual, Narrador e Configuração de Alto Contraste. Também aparecem opções para
ajustar a configuração do vídeo, mouse e teclado para usuários com dificuldades motoras ou
visuais.
* Central de Rede e Compartilhamento – Utilizado para realizar as configurações de rede com
fio, rede sem fio (Wireless), e ativar o compartilhamento de recursos em uma rede.
** Contas de Usuário – Tem duas principais funções: Gerenciar as contas dos usuários e
Configurar o UAC (Controle de Conta de Usuário). O gerenciamento de usuários, permite entre
outras coisas, a criação de novos usuários (Padrão ou Administrador), Alteração da figura do
usuário que aparece na Tela de Boas Vindas e Alteração ou criação da Senha. UAC é uma nova
funcionalidade do Windows 7 (não existia no Windows XP) que notificará antes que sejam feitas
alterações no computador que exijam uma permissão no nível de administrador. Ao criar uma
nova conta de usuário, deve-se escolher se efetuará o logon com uma conta criada localmente ou
utilizará sua conta da Microsoft (@hotmail.com, por exemplo). Ao usar uma conta da Microsoft
o usuário terá acesso automático para armazenar informações na nuvem (OneDrive) e terá sua
conta de e-mail já configurada. A configuração de UAC padrão o notificará quando programas
tentarem fazer alterações no computador, mas você pode alterar a frequência com que o UAC
o notifica. Existe quatro níveis de configuração, de baixo para cima (na tela de configuração) a
segurança vai aumentando. A primeira desativa a funcionalidade do UAC, a segunda irá notificar
o usuário quando um programa tentar fazer alguma alteração, sem deixar a Área de Trabalho
bloqueada, a terceira é a configuração padrão, também notifica sobre alterações e bloqueia a
Área de Trabalho quando houver solicitação de consentimento. A quarta e última configuração,
notifica o usuário para qualquer alteração sugerida por programas ou pelo próprio usuário.
Data e Hora – É possível alterar a data e hora do Windows, ajustar o fuso horário, configurar
se o computador irá modificar o relógio automaticamente para o horário de verão e incluir
relógios adicionais para outros fusos horários. Não há opção para ocultar o relógio.
Dispositivos e Impressoras – Assunto apresentado anteriormente nessa apostila.
Firewall do Windows – Utilizado para gerenciar o Firewall do Windows. Firewall verifica
informações vindas da Internet ou de uma rede, rejeitando-as ou permitindo que elas passem
e entrem no seu computador, dependendo das configurações definidas. Com isso, o firewall
pode ajudar a impedir o acesso de hackers e software mal-intencionado ao seu computador.
Fontes – Permite incluir ou remover fontes do Windows. As fontes são os tipos de caracteres
disponíveis nos aplicativos do Windows. Exemplos de fontes: Times New Roman, Arial, Calibri.
Gerenciador de Credenciais – Permite salvar ou excluir senhas previamente salvas. As senhas
são salvas em um “cofre” e isso facilita a acesso a sites que exigem senha. A senha pode ser

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gravada e toda vez que for feito acesso ao site, o usuário não precisará digitá-las novamente,
pois o Windows irá apresentar as credenciais gravadas no cofre.
* Gerenciador de Dispositivos – Com esse ícone é possível visualizar e alterar os componentes
de hardware instalados no computador. As impressoras são os únicos equipamentos que não
aparecerem nesta ferramenta.
Grupo Doméstico – Permite a criação e gerenciamento de Grupo Doméstico com o qual é
possível compartilhar arquivos e impressoras com outros computadores da rede doméstica.
Também é possível fazer streaming de mídia em dispositivos. O grupo doméstico é protegido
por uma senha e você pode escolher o conteúdo que deseja compartilhar.
** Histórico de arquivos – Antes de começar a usar o Histórico de Arquivos para fazer backup de
seus arquivos, é necessário escolher o local onde os backups serão salvos. Você pode escolher
uma unidade de conexão externa, como um pen drive, ou salvar em uma unidade em uma
rede. Há outras alternativas, mas as duas anteriores são as melhores para ajudar a proteger
seus arquivos contra falhas ou outros problemas do computador. O Histórico de Arquivos só
faz cópia dos arquivos que estão nas pastas Documentos, Músicas, Imagens, Vídeos e Área
de Trabalho e dos arquivos do OneDrive disponíveis offline em seu computador. Se você tem
arquivos ou pastas em outro local e quer fazer backup deles, pode adicioná-los a uma dessas
pastas. Se você vai usar uma nova unidade externa, conecte-a ao computador. Se aparecer
uma notificação perguntando se você quer configurar a unidade para o Histórico de Arquivos,
selecione-a nela e ative o Histórico de Arquivos na tela que aparece.
Idioma – Utilizado para personalizar as preferências de idioma e configurações internacionais.
Infravermelho – Permite o gerenciamento do hardware, e configurações para uso de
dispositivos infravermelho.
Mouse – Permite alterar algumas configurações do mouse como inverter os botões, definir a
velocidade para o duplo clique, escolher a função da Roda (Scroll) entre outras.
* Opções da Internet – Função idêntica a clicar em Ferramentas e escolher a Opções de Internet
dentro do Internet Explorer. Os detalhes são abordados no conteúdo relacionado ao Internet
Explorer.
* Opções de Energia – Apresenta ao usuário as opções para gerenciamento de energia e
também opções em relação à bateria para notebooks. O Windows traz três planos de energia,
“Equilibrado” (padrão), “Economia de energia” e “Alto desempenho” (vem oculto). Em cada um
destes planos existem inúmeras configurações, como: Esmaecer vídeo (somente notebooks),
Desligar vídeo, Suspender atividade do computador e Ajustar brilho do plano (somente
notebooks).
Opções de Indexação – Traz opções de configuração do Pesquisar (Windows Search) para incluir
outros locais e novos tipos de arquivos a serem indexados e então, trazer mais rapidamente os
resultados das pesquisas do Windows.
Opções do Explorador de Arquivos – Apresenta diversas configurações do Explorador de
Arquivos, como mostrar ou não o “Acesso rápido”, as “Bibliotecas” qual item será apresentado
quando a ferramenta for aberta.
* Personalização – Permite alteração nas configurações da Área de Trabalho como Temas,
Plano de Fundo, Proteção de Tela, Ícones da Área de Trabalho entre outros.

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** Programas e Recursos – Esse ícone possibilita a ativação ou desativação dos componentes


no Windows e a desinstalação de programas instalados. Por exemplo, o Internet Explorer 11
que vem com o Windows 10 é um componente, e não um programa. Desta forma, para retirá-lo
do computador é necessário desativar o recurso Internet Explorer.
* Programas Padrão – Utilizado para escolher o programa que irá ser utilizado, quando um
documento ou link for aberto. Por exemplo, ao clicar em um arquivo com e extensão .doc,
pode-se definir o Microsoft Word ou o BrOffice Writer para abrir esse arquivo.
* Recuperação – Utilizado para solucionar diversos problemas do sistema, permitindo restaurar
o computador ao momento da instalação, mantendo ou não os arquivos pessoais.
Região – Permite configurações do formato de data, hora e moeda e configuração do layout do
teclado (configurar o teclado com ou sem a letra Ç).
** Sistema – Ícone bastante importante pois traz várias informações. Permite identificar a
edição do Windows 10 (Home ou Pro entre outras e o tipo de sistema: 32 bits ou 64 bits),
permite identificar se o computador pertence à uma rede corporativa ou rede doméstica
(domínio ou grupo de trabalho), traz informações sobre a quantidade de memória RAM e o
nome do processador. Nesse ícone também temos acesso ao “Gerenciador de Dispositivos”
(traz uma lista de todos os componentes de hardware instalados no computador),
“Configurações remotas” (local onde se configura a Assistência Remota e Área de Trabalho
Remota, configurações que definem se o acesso remoto será permitido ou não e os usuários
que terão acesso), “Proteção do sistema” (gerenciamento das configurações da Recuperação
do Sistema, abordado posteriormente nesta apostila) e “Configurações Avançadas do sistema”
(onde existem configurações relacionadas à Desempenho, Perfis do Usuário e Inicialização e
Recuperação).
Soluções de Problemas – Permite verificar a funcionalidade de “Programas”, “Hardware e
Sons”, “Rede e Internet” e “Sistema e Segurança”. Para cada um destes 4 componentes existem
assistentes que irão conduzir o usuário para testar os itens relacionados.
Som – Ícone bem simples que contém apenas informações sobre os dispositivos de áudio e
permite testar o alto-falante e o microfone.
Teclado – Permite ajustar configurações relacionadas ao teclado como o tratamento para
repetições de caracteres, e a intermitência com que o cursor fica piscando. Não é neste ícone
que se altera o layout do teclado, isso é feito no ícone “Região e Idioma”.
Telefone e Modem – Mostra os modens instalados no computador e permite definir o código
de área (051 para Porto Alegre) e outras regras de discagem (tecla para discagem externa e
outros).
Vídeo – Traz a opção de aumentar o tamanho de todos os itens da Área de Trabalho de 100%
para 125% e eventualmente 150%. Também apresenta atalhos para os itens “Ajustar resolução”,
“Calibrar a cor”, “Alterar configurações de vídeo” e “Ajustar texto ClearType”.
* Windows Defender – O Windows 10 já vem com uma ferramenta de antivírus e antispyware
instalada, que se chama Windows Defender. Nesse ícone podemos fazer as configurações da
ferramenta.

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Windows To Go – Esse recurso permite a execução do sistema operacional a partir de um pen-
drive ou disco rígido conectado a uma porta USB. O Win2go (outra forma de identificar essa
funcionalidade) fornece além da mobilidade uma experiência única para o usuário.

CONFIGURAÇÕES

O novo “Painel de Controle” do Windows 10. As configurações são distribuídas em 11


categorias: “Sistema”, “Dispositivos”, “Rede e Internet”, “Personalização”, “Apps”, “Contas”,
“Hora e Idioma”, “Jogos”, “Facilidade de Acesso”, “Privacidade” e “Atualizações e segurança” e
não há como alterar o modo de exibição para “Ícones” como no Painel de Controle.

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Informática – Windows 10 – Prof. Márcio Hunecke

Principais configurações de cada categoria


1. Sistema
a. Tela – Ajustes de brilho e cor do monitor
b. Notificações e ações – Opções para configurar a Central de ações
c. Energia e suspensão – Ações para desligamento do Monitor e Suspender.
d. Bateria – Indicativo da porcentagem de carga da bateria e dicas de como economizar
bateria,
e. Armazenamento – Quantidade de espaço usado e ativação do modo “Liberar espaço”
que pode limpar a lixeira automaticamente em 30 dias.
f. Modo Tablet – Com o modo tablet, as opções de desktop comum são deixadas de
lado para que surjam atalhos maiores e mais acessíveis às interfaces touch screen. É
importante ressaltar que a tela Iniciar torna-se uma versão maior do Menu Iniciar.
g. Multitarefas – Configurações das funções Aero Ajustar.
h. Sobre – Mostra a versão do Windows 10 e diversas informações semelhante ao ícone
“Sistema” do Painel de Controle.
2. Dispositivos
a. Bluetooth e outros dispositivos – Ajustes para os dispositivos bluetooth.
b. Impressoras e scanners – Gerenciamento das impressoras.
c. Mouse – Configurações para o mouse.
d. Caneta e Windows Ink – O Windows Ink (Windows + W) é a central de canetas onde o
usuário pode encontrar aplicativos e ferramentas para serem usadas com as canetinhas
stylus em anotações na tela ou desenho. Transforme rapidamente pensamentos em
ações com a mágica do Windows Ink Capture naturalmente anotações e ideias na
velocidade do pensamento, sem a necessidade de estar conectado. As anotações
podem ser realizadas em “Notas autoadesivas”, “Blocos de esboços”, “Esboço da tela”
ou outros aplicativos.
e. Reprodução Automática – Ações a serem executadas na inserção de pen drives, CD/
DVD ou cartões de memória.
3. Rede e Internet
a. Status – Status da conexão ao não com a Internet.
b. Wi-Fi – Configurações de wi-fi.
c. Modo avião – Desativa todos dispositivos de comunicações como wireless, 3G e 4G.
d. Uso de dados – Mostra tráfego gerado por cada aplicativos nos últimos 30 dias.
e. Proxy – Configuração de Proxy para acesso à internet.

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4 Personalização
a. Tela de fundo – Ajustes e alterações da tela de fundo.
b. Tela de bloqueio – Ajustes e alterações da proteção de tela.
c. Temas – Alteração do Temas.
d. Iniciar – Personalização do Menu Iniciar e Tela Inicial.
e. Barra de Tarefas – Personalização da Barra de Tarefas.
5. Apps
a. Aplicativos e recursos – Mostra tamanho ocupado em disco e data de instalação.
b. Aplicativos padrão – Permite alterar o programa padrão para cada extensão de arquivo.
c. Mapas offline – Mostra mapas baixados e permite baixar outras ainda não baixados.
6. Contas
a. Suas informações – Informações sobre a conta usada para logon.
b. Contas de email e aplicativo – Gerenciamento e adições de contas de e-mail.
c. Opções de entrada – O logon do usuário pode ser realizado de até 5 formas diferentes:
Com Nome de usuário e senha (conta local ou hotmail.com), com cartão inteligente
(SmartCard), com um PIN, com um “senha” baseado um uma figura ou com o Windows
Hello que é a maneira mais pessoal e segura de obter acesso instantâneo aos seus
dispositivos Windows 10 usando impressão digital, reconhecimento facial ou de íris.
d. Acessar trabalho ou escola – Configurar acesso à e-mail e aplicativos do trabalho ou da
escola
e. Família e outras pessoas – Adicionar outros usuários ao computador.
f. Sincronizar configurações – Definir quais configurações serão sincronizadas entre os
dispositivos com Windows 10.

7. Hora e Idioma
a. Data e hora – Configurar fuso horário e formatos de data e hora.
b. Região e idioma – Definição do país e idioma padrão do Windows.
c. Fala – Configurações de idioma e velocidade da fala para reconhecimento de voz.
8. Jogos (sem importância)
9. Facilidade de Acesso
a. Narrador – Ativa e configura o Narrador para leitura de tela.
b. Lupa – Ativa e configura a Lupa do Windows.
c. Alto contraste – Ativa e configura o Alto Contraste.
d. Teclado – Ativa ou desativa o Teclado virtual.
10. Privacidade (18 opções relacionadas à quais aplicativos podem ou não usar a sua
localização e se os aplicativos podem acessar informações de outros aplicativos, entre
outras configurações)

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Informática – Windows 10 – Prof. Márcio Hunecke

11. Atualizações e segurança


a. Windows Update – único local para atualizar o Windows.
b. Windows Defender – Configurações e informações sobre a ferramenta de segurança.
c. Backup – Permite utilizar o “Histórico de Arquivos” ou a ferramenta de backup do
Painel de Controle.
d. Soluções de Problemas – diversos assistentes que auxiliam na solução de problemas
e. Recuperação – Permite voltar o Windows à configuração da primeira instalação,
mantendo os dados pessoais e apresenta informações de como iniciar a instalação do
Windows a partir de um pen drive ou DVD.
f. Ativação – Mostra informações sobre a ativação do Windows.
g. Programa Windows Insider – Permite ingressar no programa que disponibiliza versões
de Windows 10 ainda em fase de testes.

MICROSOFT EDGE

O Windows 10 possui dois navegadores nativos. O Internet Explorer 11 e o novo navegador da


Microsoft, o Microsoft Edge, que é definido como o navegador padrão.
Novidades do Microsoft Edge:
Deixe sua marca – Escreva, digite e rabisque diretamente na página da Web em que estiver
com o recurso Anotação Web. Depois, é só compartilhar suas anotações com outras pessoas.
Para utilizar este recurso, basta clicar no ícone , no canto superior direito do navegador.

Elimine as distrações – Não deixe a Internet atrapalhar uma boa leitura. O recurso Modo de
Exibição de Leitura elimina conteúdo que distrai sua atenção. Você só lê o que deseja.

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Modo normal Modo de Exibição de Leitura

Tudo o que é seu em um único local – Chega de procurar arquivos baixados ou sites marcados.
O Hub permite o acesso com um clique a itens favoritos, arquivos baixados, listas de leituras e
mais. O Hub é acionado pelo ícone e contém os ícones “Favoritos” ,“Lista de leitura” ,
“Histórico” e “Downloads” .

188 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática

MICROSOFT WORD 2016

“Esse material é uma coletânea de informações sobre o Microsoft Word com intuito de ajudar
a você a estudar para Concursos Públicos. Diversos trechos deste material foram retirados das
ajudas e do site de suporte de diversas versões do Microsoft Office, que podem ser acessados
para maiores informações (https://support.office.com/pt-br/).”
O Microsoft Word é um programa de processamento de texto, projetado para ajudá-lo a criar
documentos com qualidade profissional. Com as ferramentas de formatação de documento, o
Word o ajuda a organizar e escrever seus documentos com mais eficiência. Ele também inclui
ferramentas avançadas de edição e revisão para que você possa colaborar facilmente com ou-
tros usuários.

JANELA INICIAL DO WORD 2016

A interface de usuário do Office Fluent no Word 2016 parece muito diferente da interface do
usuário do Word 2003. Os menus e as barras de ferramentas foram substituídos pela Faixa
de Opções e pelo modo de exibição Backstage. Para os novos usuários do Word, a interface é
muito intuitiva. Para os usuários do Word mais experientes, a interface requer um pouco de
reaprendizado.
A Faixa de Opções, um componente da interface do usuário do Office Fluent, agrupa suas ferra-
mentas por tarefa, e os comandos usados com mais frequência estão facilmente acessíveis. No

www.acasadoconcurseiro.com.br 189
Word, você pode até personalizar essa Faixa de Opções para que os comandos usados com fre-
quência fiquem juntos.
1 As guias são projetadas para se-
rem orientadas a tarefas.
2 Os grupos dentro de cada guia di-
videm uma tarefa em subtarefas.
3 Os botões de comando em cada
grupo executam um comando ou
exibem um menu de comandos.
A interface do usuário do Office
Fluent orientada a resultados apre-
senta as ferramentas, de uma for-
ma clara e organizada, quando você
precisa delas:
•• Economize tempo e faça mais com os recursos avançados do Word selecionando em gale-
rias de estilos predefinidos, formatos de tabela, formatos de lista, efeitos gráficos e mais.
•• A interface do usuário do Office Fluent elimina o trabalho de adivinhação quando você apli-
ca formatação ao documento. As galerias de opções de formatação proporcionam uma vi-
sualização dinâmica da formatação no documento antes de você confirmar uma alteração.

MICROSOFT OFFICE BACKSTAGE


A Faixa de Opções contém um conjunto de comandos de trabalho em um documento, enquanto
o modo de exibição do Microsoft Office Backstage é o conjunto de comandos que você usa para
fazer algo para um documento.
Abra um documento e clique na guia “Arquivo” para ver o modo de exibição Backstage. O
modo de exibição Backstage é onde você gerencia seus documentos e os dados relacionados
a eles — criar, salvar e enviar documentos, inspecionar documentos em busca de dados
ocultos ou informações pessoais, definir opções de ativação ou desativação de sugestões de
preenchimento automático, e muito mais.
A guia “Arquivo” substitui o Botão Microsoft Office (versão 2007) e o menu “Arquivo”
utilizado nas versões anteriores (2003, por exemplo) do Microsoft Office e está localizada no
canto superior esquerdo dos programas do Microsoft Office 2016.

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Informática – Microsoft Word 2016 – Prof. Márcio Hunecke

Ao clicar na guia Arquivo, você vê muitos dos mesmos comandos básicos que via quando clicava
no Botão Microsoft Office ou no menu Arquivo nas versões anteriores do Microsoft Office.
Você encontrará “Abrir”, “Salvar” e “Imprimir”, bem como uma nova guia modo de exibição
Backstage chamada “Compartilhar”, que oferece várias opções de compartilhamento e envio
de documentos.

Salvar (CTRL + B) e Salvar Como (F12)


Você pode usar os comandos “Salvar” e “Salvar como” para armazenar seu trabalho e pode
ajustar as configurações que o Microsoft Word usa para salvar os documentos.
Por exemplo, se o documento for para o seu uso pessoal e você nunca espera abri-lo em uma
versão anterior do Microsoft Word, você pode usar o comando “Salvar”.
Se você quiser compartilhar o documento com pessoas que usem um software diferente do
Microsoft Word 2016, 2013, 2010 ou 2007 ou se você planeja abrir o documento em outro
computador nessas condições, será necessário escolher como e onde salvar o documento.
Se você salvar o documento no formato de arquivo padrão .docx, os usuários das versões do
2003 e inferiores do Word terão de instalar o Pacote de Compatibilidade do Microsoft Office
para Formatos de Arquivo Open XML do Word abrir o documento. Como alternativa, você pode
salvar o documento em um formato que possa ser aberto diretamente nas versões anteriores
do Word — mas a formatação e layout que dependem dos novos recursos do Word 2016 po-
dem não estar disponíveis na versão anterior do Word.
1. Clique na guia “Arquivo”.

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2. Clique em “Salvar Como”.
3. Escolha um local para salvar.
4. Na caixa “Nome do arquivo”,
digite o nome do documento.
5. Na lista “Tipo”, clique em
“Documento do Word 97-2003”. (Isso altera a extensão do arquivo para .doc).
6. Clique em “Salvar”.

Salvar um documento em formatos de arquivo alternativos


Se você estiver criando um documento para outras pessoas, poderá torná-lo legível e não edi-
tável ou torná-lo legível e editável. Se quiser que um documento seja legível, mas não editável,
salve-o como arquivo PDF ou XPS ou salve-o como uma página da Web. Se quiser que o docu-
mento seja legível e editável, mas preferir usar um formato de arquivo diferente de .docx ou
.doc, poderá usar formatos como texto simples (.txt), Formato Rich Text (.rtf) e Texto OpenDo-
cument (.odt).
PDF e XPS são formatos que as pessoas podem ler em uma variedade de softwares disponíveis.
Esses formatos preservam o layout de página do documento.
Páginas da Web: As páginas da Web são exibidas em um navegador da Web. Esse formato não
preserva o layout da página do seu documento. Quando alguém redimensionar a janela do
navegador, o layout do documento será alterado. Você pode salvar o documento como uma pá-
gina da Web convencional (formato HTML) ou como uma página da Web de arquivo único (for-
mato MHTML). Com o formato HTML, quaisquer arquivos de suporte (tais como imagens) são
armazenados em uma pasta separada que é associada ao documento. Com o formato MHTML,
todos os arquivos de suporte são armazenados junto com o documento em um arquivo.

Abrir um novo documento e começar a digitar


1. Clique na guia Arquivo.

2. Clique em Novo.
3. Escolha o modelo ou Clique em Documento em branco para um documento vazio.

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Informática – Microsoft Word 2016 – Prof. Márcio Hunecke

INICIAR UM DOCUMENTO DE UM MODELO (DOTX)

Geralmente é mais fácil criar um novo documento usando um modelo do que começar de uma
página em branco. Os modelos do Word estão prontos para serem usados com temas e estilos.
Tudo o que você precisa fazer é adicionar seu conteúdo.
Sempre que você iniciar o Word 2016, você poderá escolher um modelo da galeria ou procurar
mais modelos online. Se você preferir não usar um modelo, basta clicar em Documento em
branco.

Para analisar melhor qualquer modelo, basta clicar nele para abrir uma visualização maior.

GUIA PÁGINA INICIAL (WORD 2016)

A Guia Página Inicial contempla várias ferramentas, que em tese são as mais utilizadas, dividida
em 5 grupos:
Fonte
Área de Transferência
Estilo
Parágrafo
Edição

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GRUPO ÁREA DE TRANSFERÊNCIA

A Área de Transferência do Office permite que você colete texto e itens gráficos de qualquer
quantidade de documentos do Office ou outros programas para, em seguida, colá-los em qual-
quer documento do Office. Por exemplo, você pode copiar parte do texto de um documento do
Microsoft Word, alguns dados do Microsoft Excel, uma lista com marcadores do Microsoft Po-
werPoint ou texto do Microsoft Internet Explorer, voltando para o Word e organizando alguns
ou todos os itens coletados em seu documento do Word.
A Área de Transferência do Office funciona com os comandos “Copiar” e “Colar” padrão. Basta
copiar um item para a Área de Transferência do Office para adicioná-lo à sua coleção (24 itens).
Depois, cole-o em qualquer documento do Office a qualquer momento. Os itens coletados per-
manecerão na Área de Transferência do Office até que você saia dele.
Você pode acessar os comandos de “Recortar” (CTRL
+ X), “Copiar” (CTRL + C) e “Colar” (CTRL + V) no Gru-
po Área de Transferência da guia “Página Inicial”
Para acessar o painel da área de transferência clique
no canto inferior direito do grupo Área de Transferên-
cia.
É possível usar o Pincel de Formatação na guia Pá-
gina Inicial para copiar e colar formatação de texto e algumas formatações básicas de gráfico,
como bordas e preenchimentos.
1. Selecione o texto ou o gráfico que possui o formato que você deseja copiar.
OBSERVAÇÃO: Se quiser copiar a formatação de texto, selecione uma parte de um parágra-
fo. Se quiser copiar a formatação do texto e do parágrafo, selecione um parágrafo inteiro,
incluindo a marca de parágrafo (indicada com a opção ).
2. Na guia “Página Inicial”, no grupo “Área de Transferência”, clique em “Pincel de Formata-
ção”. O ponteiro muda para um ícone de pincel.
OBSERVAÇÃO: Clique duas vezes no botão Pincel se deseja alterar o formato de várias sele-
ções no seu documento.
3. Selecione o texto ou o gráfico que deseja formatar.
4. Para interromper a formatação, pressione ESC.

GRUPO FONTE

A formatação de fontes poderá ser feita através do Grupo Fonte da guia Página Inicial. Algumas
opções de formatação de fonte você encontrará no canto inferior direito do Grupo Fonte
através do iniciador da caixa de diálogo.

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Informática – Microsoft Word 2016 – Prof. Márcio Hunecke

Botão Nome Função

Fonte Altera a fonte.

Tamanho da fonte Altera o tamanho do texto.

Aumentar Fonte Aumenta o tamanho do texto.

Diminuir Fonte Diminui o tamanho do texto.

Altera todo o texto selecionado para maiúsculas,


Alterar Maiúsculas/Minúsculas
minúsculas ou outras opções.

Limpa toda a formatação do texto selecionado,


Limpar Formatação
deixando apenas o texto sem formatação.

Negrito Aplica negrito ao texto selecionado.

Itálico Aplica itálico ao texto selecionado.

Desenha uma linha sob o texto selecionado.


Sublinhado Clique na seta suspensa para selecionar o tipo de
sublinhado.

Tachado Desenha uma linha no meio do texto selecionado.

Subscrito Cria caracteres subscritos.

Sobrescrito Cria caracteres sobrescritos.

Aplica um efeito visual ao texto selecionado, como


Efeitos de Texto
sombra, brilho ou reflexo.

Faz o texto parecer como se tivesse sido marcado


Cor do Realce do Texto
com uma caneta marca-texto.

Cor da Fonte Altera a cor do texto.

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Cuidado principalmente com os efeitos de subscrito/sobrescrito, VERSALETE (OU CAIXA ALTA) e
TODAS EM MAIÚSCULAS, pois costumam cair em muitas provas.

São poucas as diferenças entre as diversas versões do Word na formatação de fonte, algumas
diferenças relevantes são as guias e especialmente os efeitos de texto que foram aprimorados
nas versões recentes.

GRUPO PARÁGRAFO

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Informática – Microsoft Word 2016 – Prof. Márcio Hunecke

A caixa de diálogo “Parágrafo” permite personalizar o alinhamento, o recuo, o espaçamento


de linhas, as posições e as guias da parada de tabulação e as quebras de linha e de parágrafo
dentro dos parágrafos selecionados.

A guia “Recuos e espaçamento” permite personalizar o alinhamento, o recuo e o espaçamento


de linha dos parágrafos selecionados.

GERAL
Aqui você pode definir o alinhamento dos parágrafos:
Esquerda – O caractere à extrema esquerda de cada linha é alinhado à margem esquerda e a
borda direita de cada linha fica irregular. Esse é o alinhamento padrão para parágrafos com di-
reção do texto da esquerda para a direita.
Centralizada – O centro de cada linha de texto é alinhado ao ponto médio das margens direita e
esquerda da caixa de texto e as bordas esquerda e direita de cada linha ficam irregulares.
Direita – O caractere à extrema direita de cada linha é alinhado à margem direita e a borda es-
querda de cada linha fica irregular. Esse é o alinhamento padrão para parágrafos com direção
do texto da direita para a esquerda.
Justificada – O primeiro e o último caracteres de cada linha (exceto o último) são alinhados às
margens esquerda e direita e as linhas são preenchidas adicionando ou retirando espaço entre
e no meio das palavras. A última linha do parágrafo será alinhada à margem esquerda, se a di-
reção do texto for da esquerda para a direita, ou à margem direita, se a direção do texto for da
direita para a esquerda.

www.acasadoconcurseiro.com.br 197
RECUO
O recuo determina a distância do parágrafo em relação às margens esquerda ou direita da caixa
de texto. Entre as margens, você pode aumentar ou diminuir o recuo de um parágrafo ou de
um grupo de parágrafos. Também pode criar um recuo negativo (também conhecido como
recuo para a esquerda), o que recuará o parágrafo em direção à margem esquerda, se a direção
do texto estiver definida como da esquerda para a direita, ou em direção à margem direita, se a
direção do texto estiver definida como da direita para a esquerda.
Margens e recuos são elementos diferentes dentro de um texto do Word. As margens
determinam a distância entre a borda do papel e o início ou final do documento. Já os recuos
determinam a configuração do parágrafo dentro das margens que foram estabelecidas para o
documento. Podemos determinar os recuos de um parágrafo através da régua horizontal ou do
grupo Parágrafo.
Existem na régua, dois conjuntos de botões de recuo, um do lado direito, que marca o recuo
direito de parágrafo e outro do lado esquerdo (composto por três elementos bem distintos)
que marcam o recuo esquerdo de parágrafo.
O deslocamento destes botões deve ser feito pelo clique do mouse seguido de arrasto. Seu
efeito será sobre o parágrafo onde o texto estiver posicionado ou sobre os parágrafos do texto
que estiver selecionado no momento.
Movendo-se o botão do recuo direito de parágrafo, todo limite direito do parágrafo será
alterado:

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Informática – Microsoft Word 2016 – Prof. Márcio Hunecke

Já no recuo esquerdo é preciso tomar cuidado com as partes que compõem o botão. O Botão
do recuo esquerdo é composto por 3 elementos distintos:
•• Botão de entrada de parágrafo ou recuo especial na 1º linha
•• Botão de Deslocamento do recuo esquerdo, com exceção da 1º linha
•• Botão de Deslocamento do recuo esquerdo, mantendo a relação entre a entrada do
parágrafo e as demais linhas
Lembre-se que o deslocamento dos botões é válido para o parágrafo em que está posicionado
o cursor ou para os parágrafos do texto selecionado. Assim, primeiro seleciona-se o texto para
depois fazer o movimento com os botões de recuos.

ESPAÇAMENTO ENTRE LINHAS


O espaçamento entre linhas determina a quantidade de espaço vertical entre as linhas do texto
em um parágrafo. O espaçamento entre parágrafos determina o espaço acima ou abaixo de um

www.acasadoconcurseiro.com.br 199
parágrafo. Quando você pressiona ENTER para começar um novo parágrafo, o espaçamento é
atribuído ao próximo parágrafo, mas você pode alterar as configurações de cada parágrafo.
Alterar o espaçamento entre linhas em uma parte do documento
1. Selecione os parágrafos em que deseja al-
terar o espaçamento entre linhas.
2. Na guia Página Inicial, no grupo Parágrafo,
clique em Espaçamento entre Linhas.
3. Siga um destes procedimentos:
•• Clique no número de espaçamentos entre
linha que deseja.
Por exemplo, clique em 1,0 para usar um espaçamento simples com o espaçamento usado
em versões anteriores do Word. Clique em 2,0 para obter um espaçamento duplo no pará-
grafo selecionado. Clique em 1,15 para usar um espaçamento com o espaçamento padrão
do Word 2016.
•• Clique em Opções de Espaçamento entre Linhas e selecione as opções desejadas em Espa-
çamento. Consulte a lista de opções disponíveis a seguir para obter mais informações.

Opções de espaçamento entre as linhas


Simples – Essa opção acomoda a maior fonte nessa linha, além de uma quantidade extra de
espaço. A quantidade de espaço extra varia dependendo da fonte usada.
1,5 linha – Essa opção é uma vez e meia maior que o espaçamento de linha simples.
Duplo – Essa opção é duas vezes maior que o espaçamento de linha simples.
Pelo menos – Essa opção define o mínimo de espaçamento entre as linhas necessário para aco-
modar a maior fonte ou gráfico na linha.
Exatamente – Essa opção define o espaçamento entre linhas fixo, expresso em pontos. Por
exemplo, se o texto estiver em uma fonte de 10 pontos, você poderá especificar 12 pontos
como o espaçamento entre linhas. Com esse tipo de espaçamento e fontes grandes, o docu-
mento pode ficar muito prejudicado visualmente.
Múltiplos – Essa opção define o espaçamento entre linhas que pode ser expresso em núme-
ros maiores que 1. Por exemplo, definir o espaçamento entre linhas como 1,15 aumentará o
espaço em 15%, enquanto definir o espaçamento entre linhas como 3 aumentará o espaço em
300% (espaçamento triplo).

Quebras de Linha e de Página


Esta guia permite controlar como as linhas em um parágrafo são formatadas em caixas de texto
vinculadas ou entre colunas.

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Informática – Microsoft Word 2016 – Prof. Márcio Hunecke

Controle de linhas órfãs/viúvas – As viúvas e órfãs são linhas de texto isoladas de um parágrafo
que são impressas na parte superior ou inferior de uma caixa de texto ou coluna. Você pode
escolher evitar a separação dessas linhas do restante do parágrafo. Essa opção vem ativada por
padrão.
•• Linha órfã: a primeira linha de um parágrafo que fica sozinha na folha anterior.
•• Linha viúva: a última linha de um parágrafo que fica sozinha na folha seguinte.
Manter com o próximo – Essa caixa de seleção manterá um ou mais parágrafos selecionados
juntos em uma caixa de texto ou uma coluna.
Manter linhas juntas – Essa caixa de seleção manterá as linhas de um parágrafo juntas em uma
caixa de texto ou uma coluna.
Quebrar página antes – Esta opção insere uma quebra de página no parágrafo selecionado.

Tabulação
Para determinarmos o alinhamento do texto em relação ao tabulador é preciso primeiro sele-
cionar o tipo de tabulador a partir do símbolo que existe no lado esquerdo da régua horizon-
tal.

Cada clique dado sobre este símbolo fará com que ele assuma uma das posições de alinhamento
que existem para tabuladores.

Determine a posição do tabulador antes de inseri-lo no texto. Após determinar o alinhamento


do tabulador clique uma vez sobre o ponto da régua onde ele deverá aparecer.
Além dos tabuladores, existe ainda uma Barra, que pode ser colocada entre as colunas e as po-
sições de recuo esquerdo, que podem ser fixadas pela Régua Horizontal. Acrescenta uma Barra
no texto no ponto em que foi acionado. Nenhum efeito de tabulação ou marcação de desloca-
mento é feito. Trata-se apenas de um elemento visual que pode ser inserido no texto do Word
(através dele pode-se criar, por exemplo, bordas que separam os diversos tabuladores).

Definir paradas de tabulação usando a caixa de diálogo Tabulações


Se você deseja que sua tabulação pare em posições precisas que não podem ser obtidas clican-
do na régua, ou se deseja inserir um caractere específico (de preenchimento) antes da tabula-
ção, pode usar a caixa de diálogo Tabulações.

www.acasadoconcurseiro.com.br 201
Para exibir a caixa de diálogo “Tabulações”, clique duas vezes em qualquer parada de tabulação
na régua ou faça o seguinte:
1. Clique duas vezes na régua ou cli-
que na guia “Layout”, clique no Ini-
ciador da Caixa de Diálogo Pará-
grafo e clique em Tabulações.
Também pode ser através do gru-
po “Parágrafo” na guia “Página Ini-
cial”.
2. Em “Posição da parada de tabulação”, digite o lo-
cal onde você deseja definir a parada de tabula-
ção.
3. Em Alinhamento, clique no tipo de parada de ta-
bulação desejado.
4. Para adicionar pontos na parada de tabulação, ou
para adicionar outro tipo de preenchimento, cli-
que na opção desejada em Preenchimento.
5. Clique em “Definir”.
6. Repita as etapas de 2 a 5 para adicionar outra pa-
rada de tabulação ou clique em “OK”.

Criar uma lista numerada ou com marcadores


Você pode adicionar com rapidez marcadores ou números a linhas de texto existentes, ou o
Word pode automaticamente criar listas à medida que você digita.
Por padrão, se você iniciar um parágrafo com um asterisco ou um número 1., o Word reconhe-
cerá que você está tentando iniciar uma lista numerada ou com marcadores. Se não quiser que
o texto se transforme em uma lista, clique no botão Opções de Autocorreção que aparece.

Listas: um ou vários níveis


Crie uma lista de apenas um nível ou uma lista de vários níveis para mostrar listas em uma lista.
Ao criar uma lista numerada ou com marcadores, você pode seguir um destes procedimentos:
•• Usar a Biblioteca de Marcadores e a Biblioteca de
Numeração convenientes – Use os formatos padrão
de marcador e numeração para listas, personalize
listas ou selecione outros formatos na Biblioteca de
Marcadores e na Biblioteca de Numeração.

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Informática – Microsoft Word 2016 – Prof. Márcio Hunecke

•• Formatar marcadores ou números – Formate marcadores ou números de maneira diferen-


te da usada no texto de uma lista. Por exemplo, clique em um número ou altere a cor do
número para a lista inteira, sem alterar o texto da lista.

•• Usar imagens ou símbolos – Crie uma lista com marcadores de imagens para tornar o do-
cumento ou a página da Web visualmente mais interessante.

Mover uma lista inteira para a esquerda ou direita


1. Clique em um marcador ou número na lista para realçá-la.
2. Arraste a lista para um novo local.
A lista inteira será movida à medida que você arrastar. Os níveis de numeração não são alterados.

Transformar uma lista de um nível em uma lista de vários níveis


Você pode transformar uma lista existente em uma lista de vários níveis alterando o nível hie-
rárquico dos itens da lista.
1. Clique em um item que você deseja mover para um nível diferente.
2. Na guia Página Inicial, no grupo Parágrafo, clique na seta ao lado dos ícones Marcadores
ou Numeração, clique em Alterar Nível da Lista e, em seguida, clique no nível desejado.

www.acasadoconcurseiro.com.br 203
ESTILO

Um estilo é um conjunto de características de formatação, como nome da fonte, tamanho, cor,


alinhamento de parágrafo e espaçamento. Alguns estilos incluem até mesmo borda e sombre-
amento.
Por exemplo, em vez de seguir três etapas separadas para formatar seu título como 16 pontos,
negrito, Cambria, você pode conseguir o mesmo resultado em uma única etapa aplicando o
estilo Título 1 incorporado. Não é preciso se lembrar das características do estilo Título 1. Para
cada rubrica no seu documento, basta clicar no título (você nem mesmo precisa selecionar
todo o texto) e clicar em Título 1 na galeria de estilos.

Se você decidir que quer subtítulos, use o estilo interno Título 2.

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1 Os Estilos Rápidos da galeria de estilos foram criados para trabalhar juntos. Por exemplo, o
Estilo Rápido Título 2 foi criado para parecer subordinado ao Estilo Rápido Título 1.
2 O texto do corpo do seu documento é automaticamente formatado com o Estilo Rápido Nor-
mal.
3 Estilos Rápidos podem ser aplicados a parágrafos, mas você também pode aplicá-los a pa-
lavras individuais e caracteres. Por exemplo, você pode enfatizar uma frase aplicando o Estilo
Rápido Ênfase.
4 Quando você formata o texto como parte de uma lista, cada item da lista é automaticamente
formatado com o Estilo Rápido Lista de Parágrafos.
Se mais tarde você decidir que gostaria que os títulos tenham uma aparência diferente, altere
os estilos Título 1 e Título 2, e o Word atualizará automaticamente todas as suas instâncias no
documento. Você também pode aplicar um conjunto de Estilo Rápido diferente ou um tema
diferente para mudar a aparência dos títulos sem fazer alterações aos estilos.
Os estilos internos (Título 1, Título 2, etc.) oferecem outros benefícios, também. Se você usar os
estilos internos de título, o Word poderá gerar uma tabela de conteúdos automaticamente. O
Word também usa os estilos internos de título para fazer a Estrutura do documento, que é um
recurso conveniente para mover-se através de documentos longos.

EDIÇÃO

No Word, com o Painel Navegação, você pode localizar-se rapidamente em documentos longos,
reorganizar com facilidade seus documentos arrastando e soltando seções em vez de copiar e
colar, além de localizar conteúdo usando a pesquisa incremental, para que não seja preciso sa-
ber exatamente o que está procurando para localizá-lo.

www.acasadoconcurseiro.com.br 205
No Word é possível:
•• Mover-se entre títulos no documento clicando nas partes do mapa do documento.
•• Recolher níveis da estrutura de tópicos para ocultar cabeçalhos aninhados, para que você
possa trabalhar facilmente com o mapa mesmo em documentos longos, profundamente
estruturados e complicados.
•• Digitar texto na caixa de pesquisa para encontrar o lugar instantaneamente.
•• Arrastar e soltar títulos no documento para reorganizar a estrutura. Você também pode
excluir, recortar ou copiar títulos e seu conteúdo.
•• Facilmente promover ou rebaixar um título específico, ou um título e todos os seus títulos
aninhados, para cima ou para baixo dentro da hierarquia.
•• Adicionar novos títulos ao documento para criar uma estrutura de tópicos básica ou inserir
novas seções sem ter que rolar o documento.
•• Ficar atento ao conteúdo editado por outras pessoas procurando os títulos que contêm um
indicador de coautoria.
•• Ver miniaturas de todas as páginas do documento e clicar nelas para me mover pelo docu-
mento.

Localização avançada
Permite a localização de texto, fonte, tipo parágrafo, idioma, quadro, estilo, realce e caracteres
especiais.

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Substituir (CTRL + U)
Substitui texto, fonte, parágrafo, idioma, quadro, estilo, realce e caracteres especiais.

Ir Para (ALT + CTRL + G)


Permite ir (deslocar-se dentro do documento) para uma determinada página, seção, linha, indi-
cador, nota de rodapé, nota de fim, tabela, etc.

www.acasadoconcurseiro.com.br 207
GUIA LAYOUT

Alterar margens da página


As margens da página são o espaço em branco em volta das bordas da página. Em geral, você
insere texto e elementos gráficos na área imprimível entre as margens. Quando você alterar as
margens de um documento de página, pode alterar o local onde texto e gráficos aparecem em
cada página.
Para configurar página no Word:
1. Na guia Layout, no grupo Configurar Página, clique em Margens. A galeria de Margens apa-
rece.
2. Clique no tipo de margem que deseja
aplicar.
Se o documento contiver várias seções, o
tipo de margem novo só será aplicada à
seção atual. Se o documento contiver vá-
rias seções e você tiver várias seções se-
lecionadas, o tipo da nova margem será
aplicada a cada seção que você escolheu.
OBSERVAÇÃO: Para alterar as margens
padrão, depois de selecionar uma nova
margem clique em Margens Personaliza-
das. Na caixa de diálogo Configurar Pá-
gina, ajuste os valores e clique no botão
Configurar como Padrão. As novas confi-
gurações padrão serão salvas no modelo
no qual o documento é baseado. Cada
novo documento baseado nesse modelo
automaticamente usará as novas configu-
rações de margem.

Formatar Colunas
Sempre que se formata um texto em colunas o próprio Word se encarrega de colocar quebras
de seções entre as partes que dividem o documento. Na Guia Layout encontra-se a opção Colu-
nas. Sua janela possibilita ao usuário modificar alguns dos critérios de formatação das colunas,
como a distância entre elas e o seu tamanho.

208 www.acasadoconcurseiro.com.br
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Configurar Página
A formatação de página define como ficará o documento ativo com relação ao tamanho da fo-
lha e a posição do texto dentro dela (margem direita, esquerda, superior inferior, etc.).

www.acasadoconcurseiro.com.br 209
QUEBRAS
As quebras podem ser de página, coluna, linha ou seções. Para inserir uma quebra basta acio-
nar o botão de comando Quebras no Grupo Configurar Página na Guia Layout.
Ao acionarmos o botão quebras serão exibidas as opções de quebras de página como segue:
Teclas de atalho:
Quebra de página (CTRL + ENTER)
Quebra de coluna (CTRL + SHIFT + ENTER)
Quebra Automática de Texto (SHIFT + ENTER)

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Informática – Microsoft Word 2016 – Prof. Márcio Hunecke

A quebra de página também poderá ser acionada através do botão de comando Quebra de Pá-
gina localizado no grupo Páginas na Guia Inserir.

www.acasadoconcurseiro.com.br 211
As Quebras de Seções
É possível usar quebras de seção para alterar o layout ou a formatação de uma página ou de
páginas do documento. Por exemplo, você pode definir o layout de uma página em coluna
única como duas colunas. Pode separar os capítulos no documento para que a numeração de
página de cada capítulo comece em 1. Também pode criar um cabeçalho ou rodapé diferente
para uma seção do documento.

1 Seção formatada como coluna única


2 Seção formatada como duas colunas
As quebras de seção são usadas para criar alterações de layout ou formatação em uma parte do
documento. Você pode alterar os seguintes elementos de seções específicas:
•• Margens
•• Orientação
•• Tamanho
•• Colunas
•• Números linhas
•• Hifenização
•• Cabeçalhos e Rodapés (Número de página)

Tipos de Quebra de Seção


Próxima Página
O comando Próxima Página insere uma quebra de seção e inicia a nova seção na próxima página.

212 www.acasadoconcurseiro.com.br
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Esse tipo de quebra de seção é especialmente útil para iniciar novos capítulos em um
documento.

Contínuo
O comando Contínuo insere uma quebra de seção e inicia a nova seção na mesma página.

Uma quebra de seção contínua é útil para criar uma alteração de formatação, como um número
diferente de colunas em uma página.

Páginas Pares ou Páginas Ímpares


O comando Páginas Pares ou Páginas Ímpares insere uma quebra de seção e inicia a nova seção
na próxima página de número par ou ímpar.

Se você quiser que os capítulos do seu documento sempre comecem em uma página par ou em
uma página ímpar, use a opção de quebra de seção Páginas pares ou Páginas ímpares.

GUIA INSERIR

Folha de Rosto – As folhas de rosto são sempre inseridas no início de um documento,


independentemente de onde o cursor aparece no documento. Depois de inserir uma folha de
rosto, você poderá substituir o texto de exemplo pelo seu próprio texto clicando para selecionar
uma área da folha de rosto, como o título, e digitando o texto.

www.acasadoconcurseiro.com.br 213
Página em Branco – Clique no local em que deseja inserir uma nova página no documento. A
página inserida será exibida imediatamente antes do local do cursor.
Imagens / Imagens Online – Imagens podem ser inseridas ou
copiadas em um documento de muitas fontes diferentes. Bai-
xadas de um site, copiadas de uma página da Web ou inseri-
das a partir de um arquivo onde você salva as imagens.
Formas – Você pode adicionar formas (como caixas, círculos
e setas) em seus documentos. Para adicionar uma forma, se-
lecione uma forma, clique e arraste para desenhar a forma.
Depois de adicionar uma ou mais formas, é possível adicionar
texto, marcadores, numeração e Estilos Rápidos a elas.
SmartArt – Use para criar organogramas que permitem mos-
trar os relacionamentos de subordinação em uma organiza-
ção, como gerentes de departamento e funcionários que não
fazem parte da administração.
Gráfico – Provavelmente, haverá momentos em que você pre-
cisará apresentar um gráfico em um documento do Microsoft
Office Word. Assim como no Excel há uma variedade muito
grande de tipos de gráficos (figura ao lado).
Hyperlink – O Word cria um hiperlink quando você pressiona
a tecla ENTER ou a barra de espaços após digitar um endereço
da Web existente, como www.acasadoconcurseiro.com.br.

TABELAS
Para inserir rapidamente uma tabela básica, clique na guia Inserir → Tabela e mova o cursor
sobre a grade até realçar o número de colunas e linhas desejado.

Clique e a tabela aparecerá no documento. Se você precisar fazer ajustes, poderá adicionar
linhas e colunas de tabela, excluir linhas e colunas de tabela ou mesclar células de tabelas em
uma célula. Quando você clica na tabela, ao lado da guia Exibir, aparecerá Ferramentas de
Tabela.

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Informática – Microsoft Word 2016 – Prof. Márcio Hunecke

Use as Ferramentas de Tabela para escolher diferentes cores, estilos de tabela, adicionar uma
borda a uma tabela ou remover bordas de uma tabela. Você pode até mesmo inserir uma fór-
mula para fornecer a soma de uma coluna ou linha de números em uma tabela. Se você tem
um texto que ficará melhor em uma tabela, o Word pode convertê-lo em uma tabela.
Para obter tabelas maiores (mais de dez colunas e oito linhas), além de definir o comportamen-
to de largura das colunas, utilize os passos abaixo.
1. Clique na Guia Inserir → clique
Tabela → clique Inserir Tabela.
2. Defina o número de colunas e
linhas.
3. Na seção Comportamento de
ajuste automático, você tem
três opções para configurar a
largura de suas colunas:
•• Largura fixa da coluna: você
pode deixar o Word definir au-
tomaticamente a largura das
colunas com “Automático” ou
pode definir uma largura especí-
fica para todas as colunas.
•• Ajustar-se automaticamente ao conteúdo: isso criará colunas muito estreitas que serão
expandidas conforme você adicionar conteúdo.
•• Ajustar-se automaticamente à janela: isso mudará automaticamente a largura de toda a
tabela para ajustar-se ao tamanho de seu documento.
•• Se quiser que cada tabela que você cria tenha uma aparência semelhante à da tabela que
você está criando, marque a opção “Lembrar dimensões de novas tabelas”.

Projetar sua própria tabela


Se quiser ter mais controle sobre a forma das colunas e linhas de sua tabela ou algo diferente
de uma grade básica, a ferramenta Desenhar Tabela ajuda a desenhar exatamente a tabela que
você deseja. Você mesmo pode desenhar linhas diagonais e células dentro das células.

www.acasadoconcurseiro.com.br 215
1. Clique em Inserir → clique Tabela → clique Desenhar Tabela. O ponteiro é alterado para
um lápis.
2. Desenhe um retângulo para fazer as bordas da tabela. Depois, desenhe as colunas e linhas
dentro do retângulo.

3. Para apagar uma linha, clique na guia Layout de Ferramentas de Tabela, clique em Borra-
cha e clique na linha que você quer apagar.

Cuidado: O comportamento padrão da tecla ENTER dentro de uma tabela é fazer uma quebra
de parágrafo, mas se o cursor estiver na primeira posição da primeira célula e a tabela for o
primeiro item do documento, a tecla ENTER desloca a tabela para baixo. Se o cursor for posicio-
nado fora da tabela à direita, ao ENTER será criada uma nova linha na tabela.
O comportamento padrão da tecla TAB dentro de uma tabela é alterar entre as células, mas se
o cursor estiver na última na célula, a tecla TAB cria uma nova linha para a tabela.

CABEÇALHOS E RODAPÉS
Use um dos três métodos abaixo para inserir conteúdo no rodapé ou cabeçalho:
•• Clique duas vezes na área do cabeçalho e rodapé do documento.
•• Clique com o botão direito na área do cabeçalho ou rodapé e clique Editar Cabeçalho ou
Editar Rodapé.

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•• Clique na guia Inserir, no grupo Cabeçalho e Rodapé, clique Cabeçalho, Rodapé ou Núme-
ro de Página e insira um estilo de uma destas galerias que abrem cabeçalhos e rodapés.

FORMATAR O NÚMERO DE PÁGINAS OU ALTERAR O NÚMERO INICIAL


Para alterar as configurações padrão para número de páginas no documento:
1. Na guia Inserir, clique Número de página, e clique em Formatar Números de Página.

2. Altere o formato do número ou o número inicial e clique em OK.


Dica para documentos com seções múltiplas – Posicione o cursor na seção desejada e comple-
te os passos acima.

FECHAR CABEÇALHOS E RODAPÉ


Use um dos dois métodos
•• Clique duas vezes no corpo do documento.
•• Na guia Design, da Ferramenta de Cabeçalho e Rodapé, clique em Fechar cabeçalho e ro-
dapé

EDITAR PROPRIEDADES DO DOCUMENTO


Para atualizar ou editar propriedades dos documentos com informações atuais siga os passos
abaixo. Essas informações podem ser inseridas no corpo do documento ou no cabeçalho /
rodapé.
1. Clique na guia Arquivo.
2. Na guia Informações, clique na seta próxima à Propriedades, à direita da janela
3. Clique em Propriedades Avançadas.

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4. Na guia Resumo, preencha as informações desejadas.
5. Clique OK.
6. Para inserir essas informações no documento, clique na guia Inserir, grupo Texto e clique na
seta ao lado de Partes Rápidas. O Word irá buscar informações para os controles e campos
Autor, Empresa e Título.

GUIA DESIGN

A Guia Design foi criada para mudar rapidamente o visual do seu documento usando os diversos
Temas, alterar a Cor da página, adicionar Bordas de Página ou adicionar uma Marca d'água.

GUIA REFERÊNCIAS

As principais funções da guia Referências são permitir a criação de Sumário usando os Estilos
Rápidos, Inserir Nota de Rodapé e Inserir Nota de fim.

GUIA CORRESPONDÊNCIAS

A guia Correspondências tem a função de criar Mala Direta.

GUIA REVISÃO

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Verificar a ortografia e a gramática


Todos os programas do Microsoft Office podem verificar a ortografia e a gramática de seus
arquivos. No Microsoft Word 2016, você encontrará as opções de Ortografia e Gramática na
guia Revisão → Ortografia e Gramática (ou pressione F7) para iniciar o verificador ortográfico e
gramatical e veja os resultados no painel Ortografia / Gramática.
Escolha uma destas opções à medida que o verificador ortográfico e gramatical percorre cada
palavra:
•• Verificar a ortografia e gramática ao mesmo tempo.
•• Corrigir a ortografia e a gramática automaticamente ao digitar.
•• Verificar novamente as palavras que você verificou anteriormente e optou por ignorar (mas
mudou de ideia).
Verificar a ortografia e a gramática ao mesmo tempo
Verificar a ortografia e a gramática no seu documento é útil quando você quer revisar
rapidamente seu texto. Você pode verificar a existência de possíveis erros e então decidir se
concorda com o verificador ortográfico e gramatical.
Depois de clicar em Ortografia e Gramática (ou de pressionar F7), você poderá corrigir cada
erro encontrado pelo Word de diferentes maneiras. No painel à direita do seu documento, você
verá as opções de ortografia e gramática:

•• Corrigir o erro usando as sugestões do Word – Se você quiser corrigir o erro usando uma
das palavras sugeridas, selecione a palavra na lista de sugestões e clique em Alterar. (Você
também pode clicar em Alterar Tudo se souber que usou essa palavra incorreta em todo o
documento, para que não seja necessário lidar com ela sempre que ela aparecer).

www.acasadoconcurseiro.com.br 219
•• Criar uma entrada de dicionário – Se a palavra for uma palavra real e você quiser que o
Word e TODOS os programas do Office a reconheçam também, clique em Adicionar.
•• Ignorar a palavra – Talvez você queira ignorar a palavra incorreta (por qualquer motivo):
clique em Ignorar ou em Ignorar Tudo.

Verificar ortografia e gramática automaticamente


A verificação ortográfica e gramatical durante a digitação pode ser uma maneira preferencial
para economizar tempo: você faz as correções e alterações necessárias enquanto escreve, não
precisando esperar até (você achar) que o seu documento esteja concluído.
1. Primeiro, ative (ou desative) a verificação ortográfica e gramatical automática, clique em
Arquivo → Opções → Revisão de Texto.

2. Como você pode ver na imagem acima, é possível optar por verificar a ortografia
automaticamente, a gramática, uma ou outra, ambas ou nenhuma delas, ou até mesmo
outras opções, como a ortografia contextual.

Como funciona a verificação ortográfica automática


O Word sinaliza palavras com erros ortográficos com uma linha ondulada vermelha sob elas
enquanto você trabalha, para que você possa localizar os erros com facilidade:

Quando você clicar com o botão direito do mouse em uma palavra com erro ortográfico, verá
um menu onde poderá escolher a forma como lidar com o erro.

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Como funciona a verificação gramatical automática


Depois de ativar a verificação gramatical automática, o Word sinaliza potenciais erros de
gramática, estilo e contexto com uma linha ondulada azul sob a palavra, o termo ou a frase
enquanto você trabalha no seu documento.

Como no caso do verificador ortográfico, você pode clicar com o botão direito do mouse no
erro para ver mais opções. (Nesse caso, é mais apropriado usar a frase como uma pergunta, e
não como uma afirmação).

Verificar novamente as palavras e a gramática que você já verificou e optou por


ignorar
Você também pode forçar uma nova verificação das palavras e da gramática que anteriormente
optou por ignorar.
1. Abra o documento que você deseja verificar novamente.
2. Clique em Arquivo → Opções → Revisão de Texto.
3. Em Ao corrigir a ortografia e a gramática no Word, clique em Verificar Documento
Novamente.

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4. Quando a mensagem a seguir for exibida “Esta operação redefine os verificadores
ortográfico e gramatical para que o Word verifique novamente as palavras e a gramática
ignoradas. Deseja continuar? ” Clique em Sim e depois em OK para fechar a caixa de
diálogo Opções do Word.
5. Em seguida, no seu documento, clique na guia Revisão → Ortografia e Gramática (ou
pressione F7).
Outras maneiras de corrigir a Ortografia e Gramática:
•• Clique com o botão direito em uma palavra sublinhada de ondulado vermelho ou azul e,
em seguida, selecione o comando ou a alternativa de ortografia que deseja.
•• O ícone na barra de status mostra o status da verificação de ortografia e gramática.
Quando o Word faz a verificação de erros, uma caneta animada aparece sobre o livro. Se
nenhum erro for encontrado, será exibida uma marca de seleção . Se um erro for
encontrado, será exibido um "X". Para corrigir o erro, clique nesse ícone.

Controlar alterações
O recurso Controlar Alterações permite que você pode veja todas as alterações feitas em um
documento. Quando estiver desativado, você pode fazer alterações em um documento sem
marcar o que mudou. No Word você pode personalizar a barra de status para adicionar um
indicador que avise quando o controle de alterações está ativado ou não.

Ativar o controle de alterações


Na guia Revisão, no grupo Controle, clique na imagem de Controlar Alterações.

Desativar o controle de alterações


Quando você desativa o controle de alterações, pode revisar o documento sem marcar as
alterações. A desativação do recurso Controle de Alterações não remove as alterações já
controladas.
IMPORTANTE: Para remover alterações controladas, use os comandos Aceitar e Rejeitar na
guia Revisão, no grupo Alterações.

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As alterações são destacadas na frente da linha com uma barra vermelha. Para verificar os
detalhes da alteração, clique na barra vermelha. Ele ficará cinza e a alteração será apresentada
no texto. As inserções aparecem sublinhadas e as exclusões aparecem em tachado.

Comentários
As corrigir um documento pode ser necessário incluir um comentário para explicar melhor a
sugestão de alteração. Na guia Revisão há um grupo Comentários e um ícone Novo Comentário
que permite colocar um texto com a sugestão de alteração, conforme abaixo.

GUIA EXIBIR

Guia composta pelos grupos Modos de Exibição de Documento, Mostrar, Zoom, Janela e
Macros.

Grupo Modos de Exibição: alterna as formas como o documento pode ser exibido: Layout de
Impressão, Leitura em Tela, Layout da Web, Estrutura de Tópicos e Rascunho.
Grupo Mostrar: ativa ou desativa a régua, linhas de grade e Painel de Navegação.
Régua: exibe ou oculta as réguas horizontal e vertical.

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Linhas de grade: ativa linhas horizontais e verticais que podem ser usadas para alinhar
objetos.
Painel de Navegação: ativa/desativa um painel à esquerda do documento mostrando a sua
estrutura permitindo a navegação.
Grupo Zoom: permite especificar o nível de zoom de um documento.
Uma Página: exibe as páginas individualmente em tamanho reduzido.
Duas Páginas: exibe de duas em duas páginas por vez reduzidas.
Largura da Página: exibe uma página ajustada a sua largura.

IMPRESSÃO

Não consegue achar o botão de Visualização de Impressão? Você encontrará os comandos


Imprimir e Visualizar na mesma janela. Clique em Arquivo → Imprimir para encontrar os dois.
À direita, você verá seu documento
Para ver cada página, clique na seta na parte inferior da visualização e, se o texto for pequeno
demais para ser lido, use o controle deslizante de zoom para ajustá-lo.

Escolha o número de cópias desejadas e clique no botão Imprimir.

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Clique em ou ESC para retornar ao documento.


Para imprimir apenas certas páginas, imprimir algumas das propriedades do documento ou
imprimir alterações acompanhadas e comentários, em Configurações, ao lado de Imprimir
Todas as Páginas (o padrão), clique na seta para ver todas as suas opções.

Se você estiver imprimindo um documento com alterações controladas, escolha se as


marcações devem ser impressas. Para desativar todas as marcações, clique em Revisão. No
grupo Controle, escolha Sem Marcação na caixa Exibir para Revisão.

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SELECIONAR TEXTO E ELEMENTOS GRÁFICOS COM O MOUSE

Para selecionar: Faça o Seguinte:


Qualquer quantidade de texto Arraste sobre o texto.
Uma palavra Clique duas vezes na palavra ou duas vezes F8.
Um elemento gráfico Clique no elemento gráfico.
Mova o ponteiro para a esquerda da linha até que ele assuma a
Uma linha de texto
forma de uma seta para a direita e clique.
Mova o ponteiro para a esquerda das linhas até que ele assuma a
Várias linhas de texto
forma de uma seta para a direita e arraste para cima ou para baixo.
Mantenha pressionada a tecla CTRL e clique em qualquer lugar da
Uma frase
frase ou três vezes F8.
Mova o ponteiro para a esquerda do parágrafo até que ele assuma a
forma de uma seta para a direita e clique duas vezes. Você também
Um parágrafo
pode clicar três vezes em qualquer lugar do parágrafo ou quatro
vezes F8.
Mova o ponteiro para a esquerda dos parágrafos até que ele assuma
Vários parágrafos a forma de uma seta para a direita, clique duas vezes e arraste para
cima ou para baixo.
Clique no início da seleção, role até o fim da seção, mantenha
Um bloco de texto grande
pressionada a tecla SHIFT e clique.
Mova o ponteiro para a esquerda de qualquer texto do documento
até que ele assuma a forma de uma seta para a direita e clique três
Um documento inteiro
vezes ou com a tecla CTRL pressionada clique apenas uma vez ou
cinco vezes F8.
Pressione e conserve pressionada a tecla ALT e inicie a seleção do
Um bloco vertical de texto
texto desejado.

SELECIONAR TEXTOS E ELEMENTOS GRÁFICOS COM O TECLADO


Selecione o texto mantendo pressionada a tecla SHIFT e pressionando a tecla que move o pon-
to de inserção.

Para estender uma seleção: Pressione:


Um caractere para a direita SHIFT + SETA À DIREITA
Um caractere para a esquerda SHIFT + SETA À ESQUERDA
Até o fim o início da próxima palavra CTRL + SHIFT + SETA À DIREITA
Até o início de uma palavra CTRL + SHIFT + SETA À ESQUERDA
Até o fim de uma linha SHIFT + END

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Informática – Microsoft Word 2016 – Prof. Márcio Hunecke

Até o início de uma linha SHIFT + HOME


Uma linha para baixo SHIFT + SETA ABAIXO
Uma linha para cima SHIFT + SETA ACIMA
Até o fim de um parágrafo CTRL + SHIFT + SETA ABAIXO
Até o início de um parágrafo CTRL + SHIFT + SETA ACIMA
Uma tela para baixo SHIFT + PAGE DOWN
Uma tela para cima SHIFT + PAGE UP
Até o início de um documento CTRL + SHIFT + HOME
Até o final de um documento CTRL + SHIFT + END

Nota – É possível a seleção de blocos alternados de texto utilizando o mouse em com-


binação com a tecla CTRL que deverá ser pressionada durante todo o processo de se-
leção.

NOVIDADES DO WORD 2013


Faça muito mais com seus documentos: abra um vídeo online, abra um PDF e edite o conteúdo,
alinhe imagens e diagramas com um mínimo de trabalho. O novo Modo de Leitura é limpo e
sem distrações e funciona muito bem em tablets. Agrupar-se em equipes também está mais
fácil, com conexões diretas com os espaços online e recursos de revisão otimizados, como a
Marcação Simples e os comentários.

Desfrute da leitura
Agora você pode se concentrar nos documentos do Word diretamente na tela com um modo
de leitura limpo e confortável.

Novo modo de leitura


Aproveite sua leitura com um modo de exibição que mostra seus documentos em colunas
fáceis de ler na tela.

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As ferramentas de edição são removidas para minimizar as distrações, mas você ainda tem
acesso às ferramentas que estão sempre à mão para leitura como Definir, Traduzir e Pesquisar
na Web.

Zoom do objeto
Dê dois toques com o seu dedo ou dois cliques com o mouse para ampliar e fazer com que as
tabelas, gráficos e imagens de seu documento preencham a tela. Foque a imagem e obtenha
as informações, depois toque ou clique novamente fora do objeto para reduzi-la e continuar
lendo.

Retomar leitura
Reabra um documento e continue sua leitura exatamente a partir do ponto em que parou. O
Word se lembrará onde você estava mesmo quando reabrir um documento online de um outro
computador.

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Informática – Microsoft Word 2016 – Prof. Márcio Hunecke

Vídeo online
Insira vídeos online para assistir diretamente no Word, sem ter que sair do documento. Assim,
você pode ficar concentrado no conteúdo.

Expandir e recolher
Recolha ou expanda partes de um documento com apenas um toque ou clique. Insira resumos
nos títulos e permita que os leitores abram a seção e leiam os detalhes se desejarem.

Trabalhe em conjunto
Trabalhar com outras pessoas com ferramentas otimizadas de colaboração.

Salvar e compartilhar os arquivos na nuvem


A nuvem é como um armazenamento de arquivos no céu. Você pode acessá-lo a qualquer
momento que estiver online. Agora é fácil compartilhar um documento usando o SharePoint ou
o OneDrive. De lá, você pode acessar e compartilhar seus documentos do Word, planilhas do
Excel e outros arquivos do Office. Você pode até mesmo trabalhar com seus colegas no mesmo
arquivo ao mesmo tempo.

www.acasadoconcurseiro.com.br 229
Marcação simples
Um novo modo de exibição de revisão, Marcação Simples, oferece um modo de exibição limpo
e sem complicações do seu documento, mas você ainda vê os indicadores onde as alterações
controladas foram feitas.

Responder aos comentários e marcá-los como concluídos


Agora, os comentários têm um botão de resposta. Você pode discutir e controlar facilmente os
comentários ao lado do texto relevante. Quando um comentário for resolvido e não precisar
mais de atenção, você poderá marcá-lo como concluído. Ele ficará esmaecido em cinza para
não atrapalhar, mas a conversa ainda estará lá se você precisar consultá-la posteriormente.

Adicione sofisticação e estilo


Com o Word 2013, você pode criar documentos mais bonitos e envolventes e pode trabalhar
com mais tipos de mídia (como vídeos online e imagens). Você pode até mesmo abrir PDFs.

Iniciar com um modelo


Ao abrir o Word 2013, você tem uma variedade de novos modelos ótimos disponíveis para
ajudá-lo a começar em uma lista dos documentos visualizados recentemente para que você
pode voltar para onde parou imediatamente.

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Informática – Microsoft Word 2016 – Prof. Márcio Hunecke

Se você preferir não usar um modelo, apenas clique em Documento em branco.

Abrir e editar PDFs


Abra PDFs e edite o conteúdo no Word. Edite parágrafos, listas e tabelas como os documentos
do Word que você já conhece. Transfira o conteúdo e deixe-o sensacional.

Inserir fotos e vídeos online


Adicione diretamente aos seus documentos vídeos online que os leitores poderão assistir no
Word. Adicione as suas fotos de serviços de fotos online sem precisar salvá-los primeiro em seu
computador.

Guias dinâmicas de layout e alinhamento


Obtenha uma visualização dinâmica à medida que você redimensionar e mover fotos e formas
em seu documento. As novas guias de alinhamento facilitam o alinhamento de gráficos, fotos e
diagramas com o texto.

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NOVIDADES DO WORD 2016

Visualizar documentos lado a lado


Abra dois documentos do Word e percorra as páginas lado-a-lado. Para experimentar, vá para
a guia Exibir e escolha Lado a lado no grupo Janela. Os documentos são abertos no modo de
duas páginas. Percorra as páginas usando a rolagem da sua roda do mouse ou use a barra de
rolagem para percorrer as páginas.

Remoção de plano de fundo mais fácil


Tornamos mais fácil remover e editar o plano de fundo de uma imagem. Word detecta
automaticamente a área de plano de fundo geral. Você não tem mais desenhar um retângulo
em torno de primeiro plano da imagem. Use o lápis para marcar áreas a manter ou remover
agora pode desenhar linhas de forma livre, em vez de estar limitado a linhas retas.

Exibir e restaurar alterações em documentos compartilhados


Exiba rapidamente quem fez alterações
em pastas de trabalho que são
compartilhadas e facilmente restaure
as versões anteriores. O Word 2016
pode salvar automaticamente versões
de seus arquivos no SharePoint,
OneDrive e OneDrive for Business
enquanto você está trabalhando
nelas. Desta forma, você olhar para
trás e entender como seus arquivos
se desenvolveram ao longo do tempo.
Além disso, permite que você restaure
versões anteriores, caso você cometeu
um erro. Na extremidade direita
da faixa de opções, clique no botão
Atividade para ver uma lista de todas
as versões de históricas no painel de
atividade. (O botão de Atividade só
está presente quando um arquivo é
armazenado em OneDrive, OneDrive
for Business ou SharePoint ).

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Novo treinamento do Word


O Centro de treinamento do Office tem novos cursos do Word, criados em parceria com
o LinkedIn aprendizado. Assista a vídeos no seu ritmo para saber mais sobre o Word 2016,
incluindo a formatação do texto com estilos e como adicionar títulos. Saiba também como obter
acesso ilimitado a mais de 4.000 cursos de vídeo do LinkedIn aprendizado. Mais informações:
https://support.office.com/pt-br/article/treinamento-do-Word-7bcd85e6-2c3d-4c3c-a2a5-
5ed8847eae73?ui=pt-BR&rs=pt-BR&ad=BR&fromAR=1

Melhorar a leitura com ferramentas de aprendizagem


As Ferramentas de aprendizagem do Word 2016 ajuda a melhorar suas habilidades de
leitura. Com essas ferramentas você pode ler o conteúdo em seu documento em voz alta.
O reconhecimento de voz do Word é capaz de reconhecer e ajustar o espaçamento entre as
palavras e a separação silábica do texto.

Acessibilidade integrada
O Word 2016 foi aprimorado para melhorar a interação do leitor com experiências de tecnologia
assistencial usadas nos comentários e controle de alterações, colaboração e coautoria, revisão
de texto, ferramentas de aprendizado e com a opção de salvar como ou exportar para PDF.

Salvar rapidamente a pastas recentes


Ao utilizar a opção “Salvar como” você verá uma lista de pastas acessadas recentemente, esco-
lha uma delas ou procure em “Este PC” para escolher outro local de salvamento.

Ajuda e Suporte Modernos no Aplicativo


Atualizamos a caixa Diga-me o que
você deseja fazer, na parte superior
da Faixa de Opções, com recursos de
pesquisa, recomendações e conteúdo
aprimorados para responder às suas
perguntas de forma mais rápida e efi-
ciente. Agora, quando você pesquisa
um determinado item, função ou tare-
fa, o Word exibe uma grande variedade
de opções. Se for uma tarefa rápida, o
Word tentará apresentar uma solução
para você diretamente no painel Diga-
-me. Se for uma questão mais comple-
xa, mostraremos um tópico da Ajuda mais adequado às suas necessidades. Experimente para
ver como você consegue encontrar rapidamente o que está procurando.

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Colaboração aprimorada
A colaboração ficou melhor no Word 2016. Você pode compartilhar seu documento do Word
com outras pessoas e trabalhar em conjunto em tempo real usando o OneDrive ou SharePoint.
Agora, quando abrir seu documento compartilhado, você poderá ver rapidamente quem está
trabalhando no documento e onde. Você poderá conversar com os colaboradores em tempo
real usando o Skype for Business e exibir a atividade do documento, tudo isso a partir do canto
superior direito da faixa de opções.

Escolha uma imagem em miniatura de uma pessoa para iniciar uma conversa por mensagens
instantâneas usando o Skype for Business ou abra as informações do cartão de visita. Escolha
o botão do Skype for Business para iniciar um chat de grupo com todas as pessoas que estão
trabalhando no documento.
Atividade do documento – O novo painel Atividade permite ver a lista completa de alterações
feitas até o momento e oferece acesso a versões anteriores. Escolha Atividade na faixa de
opções para ver o painel Atividade.
Comentários – Agora, com um clique em na faixa de opções, você pode fazer ou exibir
comentários em seu documento. Com a colaboração aprimorada, é mais fácil responder ou
resolver comentários e marcá-los como concluídos.

Equações à tinta
Incluir equações matemáticas ficou muito mais fácil. Vá até Inserir → Equação → Equação
à Tinta sempre que desejar incluir uma equação matemática complexa em um documento.
Se tiver um dispositivo sensível ao toque, use o dedo ou uma caneta de toque para escrever
equações matemáticas à mão, e o Word 2016 vai convertê-las em texto. Caso não tenha um
dispositivo sensível ao toque, use o mouse para escrever. Você pode também apagar, selecionar
e fazer correções à medida que escreve.

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Informática – Microsoft Word 2016 – Prof. Márcio Hunecke

Histórico de versões melhorado


Vá até Arquivo para conferir uma lista completa de alterações feitas a um documento e para
acessar versões anteriores. O Histórico também está disponível ao clicar Abrir. Você pode
verificar os últimos arquivos utilizados no Word, com uma referência de data do último uso.

Formatação de formas mais rápida


Quando você insere formas da Galeria de Formas (Guia Inserir), é possível escolher entre uma
coleção de preenchimentos predefinidos e cores de tema para aplicar rapidamente o visual
desejado.

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Informática

MICROSOFT EXCEL 2016

Para iniciar nosso estudo, vamos iniciar pela parte que mais importa para quem utiliza
planilhas: entender como fazer cálculos. Para isso, considero bem importante que se entenda
como criar Fórmulas e, posteriormente, as funções, para que, aí sim, passemos para a etapa de
formatações, configurações e demais assuntos.
Contudo, antes de iniciarmos os cálculos de fato, vamos entender alguns conceitos básicos:

Área de trabalho do Microsoft Excel 2016

CÉLULAS
Dá-se o nome de Célula à interseção de uma Coluna e uma Linha, formando, assim, um
Endereço. As linhas são identificadas por números, enquanto m as colunas são identificadas
por letras do alfabeto. Sendo assim, o encontro da Coluna “B” com a Linha “6”, chamamos de
célula “B6”.
Para inserir qualquer tipo de informação em uma célula, deve-se, em primeiro lugar, ativá-la.
Para tanto, pode-se usar as teclas ENTER e TAB, as SETAS, o MOUSE ou digitar, na caixa de
nome, o endereço da célula desejada.

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TIPOS DE INFORMAÇÕES QUE UMA CÉLULA PODERÁ CONTER
Conteúdo: o dado propriamente dito.
Formato: recurso aplicado ao conteúdo de uma célula, como, por exemplo, definição de cor,
tamanho ou tipo de fonte ao conteúdo.

TIPOS DE CONTEÚDO
Texto – Este será automaticamente alinhado à esquerda.
Número – Números são alinhados à direita.
Fórmula – Dependendo do resultado, poderá ser alinhado à esquerda (texto) ou à direita
(número).

Observação
Observação: Datas são tipos de dados numéricos, porém já inseridos com formatação.
Exemplo: 10/02/2004. Para o Excel toda data é internamente um número, ou seja, por
padrão, a data inicial é 01/01/1900, que equivale ao nº 1, 02/01/1900 ao nº 2, e assim
consecutivamente.

Criar uma nova pasta de trabalho


Os documentos do Excel são chamados de pastas de trabalho. Cada pasta de trabalho contém
folhas que, normalmente, são chamadas de planilhas. Você pode adicionar quantas planilhas
desejar a uma pasta de trabalho ou pode criar novas pastas de trabalho para guardar seus
dados separadamente.

1. Clique em Arquivo > Novo.

2. Em Novo, clique em Pasta de trabalho em branco.


Obs. Os modelos são arquivos elaborados para serem documentos interessantes, atraentes e
de aparência profissional. Toda a formatação está completa; basta adicionar o que você quiser.
Entre os exemplos, estão os calendários, os cartões, os currículos, os convites e os boletins
informativos. Os programas do Office vêm com diversos modelos já instalados.

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Salvar seu trabalho


1. Clique no botão Salvar, na Barra de Ferramentas de Acesso Rápido, ou pressione Ctrl + S.

Se você salvou seu trabalho antes, está pronto.

1. Se esta for a primeira vez, prossiga para concluir as próximas etapas:


a. Em Salvar Como, escolha onde salvar sua pasta de trabalho e navegue até uma pasta.
b. Na caixa Nome do arquivo, digite um nome para a pasta de trabalho.
c. Clique em Salvar para concluir.

FÓRMULAS EM PLANILHAS

Ao olharmos para uma planilha, o que vemos sobre as células são RESULTADOS, que podem
ser obtidos a partir dos CONTEÚDOS que são efetivamente digitados nas células. Quer dizer, o
conteúdo pode ou NÃO ser igual ao resultado que está sendo visto.
Os conteúdos podem ser de três tipos:
Strings (numéricos, alfabéticos ou alfanuméricos)
Fórmulas matemáticas
Funções

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FÓRMULAS
Fórmulas são equações que executam cálculos sobre valores na planilha. Uma fórmula inicia
com um sinal de igual (=). Por exemplo, a fórmula a seguir multiplica 2 por 3 e depois adiciona
5 ao resultado.
=5+2*3
Uma fórmula também pode conter um ou todos os seguintes elementos: funções, referências,
operadores e constantes.
Partes de uma fórmula:

1. Funções: a função PI() retorna o valor de pi: 3.142...

2. Referências: A2 retorna o valor na célula A2.

3. Constantes: números ou valores de texto inseridos diretamente em uma fórmula como,


por exemplo, o 2.

4. Operadores: o operador ^ (acento circunflexo) eleva um número a uma potência e o


operador * (asterisco) multiplica.

USANDO CONSTANTES EM FÓRMULAS


Uma constante é um valor não calculado. Por exemplo, a data 09/10/2008, o número 210 e o
texto “Receitas trimestrais” são todos constantes. Uma expressão ou um valor resultante de
uma expressão não é uma constante. Se você usar valores de constantes na fórmula em vez
de referências a células (por exemplo, =30+70+110), o resultado se alterará apenas se você
próprio modificar a fórmula.

USANDO OPERADORES DE CÁLCULO EM FÓRMULAS


Os operadores especificam o tipo de cálculo que você deseja efetuar nos elementos de uma
fórmula. Há uma ordem padrão segundo a qual os cálculos ocorrem, mas você pode mudar
essa ordem utilizando parênteses.

TIPOS DE OPERADORES
Há quatro diferentes tipos de operadores de cálculo: aritmético, de comparação, de
concatenação de texto e de referência.

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OPERADORES ARITMÉTICOS
Para efetuar operações matemáticas básicas, como adição, subtração ou multiplicação,
combinar números e produzir resultados numéricos, use estes operadores aritméticos.

Operador aritmético Significado Exemplo


+ (sinal de mais) Adição 3+3
– (sinal de menos) Subtração 3–1
* (asterisco) Multiplicação 3*3
/ (sinal de divisão) Divisão 3/3
% (sinal de porcentagem) Porcentagem 20%
^ (acento circunflexo) Exponenciação 3^2

OPERADORES DE COMPARAÇÃO
Você pode comparar dois valores utilizando os operadores a seguir. Quando dois valores são
comparados usando esses operadores, o resultado é um valor lógico VERDADEIRO ou FALSO.

Operador de comparação Significado Exemplo


= (sinal de igual) Igual a A1 = B1
> (sinal de maior que) Maior que A1 > B1
< (sinal de menor que) Menor que A1 < B1
>= (sinal de maior ou igual a) Maior ou igual a A1 >= B1
<= (sinal de menor ou igual a) Menor ou igual a A1 <= B1
<> (sinal de diferente de) Diferente de A1 <> B1

OPERADOR DE CONCATENAÇÃO DE TEXTO


Use o “E” comercial (&) para associar ou concatenar uma ou mais sequências de caracteres de
texto para produzir um único texto.

Operador de texto Significado Exemplo


Conecta ou concatena dois
& (E comercial) valores para produzir um valor “Norte” “&“vento”
de texto contínuo

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OPERADORES DE REFERÊNCIA
Combine intervalos de células para cálculos com estes operadores.

Operador de
Significado Exemplo
referência
Operador de intervalo, que
produz uma referência para
: (dois-pontos) todas as células entre duas B5:B15
referências, incluindo as duas
referências
Operador de união, que
; (ponto e vírgula) combina diversas referências SOMA(B5:B15;D5:D15)
em uma referência
NO EXCEL – Operador de
interseção, que produz uma
Espaço em branco B7:D7 C6:C8
referência a células comuns a
dois intervalos

USANDO AS FUNÇÕES

Funções são fórmulas predefinidas que efetuam cálculos usando valores específicos,
denominados argumentos, em determinada ordem ou estrutura. As funções podem ser usadas
para executar cálculos simples ou complexos.

ESTRUTURA DE UMA FUNÇÃO

A estrutura de uma função começa com um sinal de igual (=), seguido do nome da
função, de um parêntese de abertura, dos argumentos da função separados por ponto
e vírgulas e deum parêntese de fechamento.

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Exemplo:

PRINCIPAIS FUNÇÕES DAS PLANILHAS DE CÁLCULO

SOMA
Retorna a soma de todos os números na lista de argumentos.
Sintaxe
=SOMA(núm1;núm2; ...)
Núm1, núm2,... são os argumentos que se deseja somar.

Exemplos:

=SOMA(A1;A3) é igual a 10

=SOMA(B1:C2)

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Observação:
Intervalo só funciona dentro de função.

=SOMA(A1)

=SOMA(A1+A2)

=SOMA(A1:A4;3;7;A1*A2)

Observação:
Primeiro se resolve a equação matemática; depois a função.

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=A1:A2 (Erro de Valor)

=SOMA(A1:A3/B1:B2) (Erro de Valor)

Observação:
Não se pode ter um operador matemático entre dois intervalos.

=SOMA(A1:A3)/SOMA(B1:B2)

=SOME(A1:A3) (Erro de Nome)

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Observação:
O texto como argumento nas planilhas deve ser colocado entre “aspas“ para não ser
confundido com um intervalo nomeado ou com outro nome de função. Entretanto,
não será possível realizar soma, média, etc., entre um “texto“ colocado como
argumento em uma função e os demais argumentos.

CONCATENAR
Use CONCATENAR, umas das funções de texto, para unir duas ou mais cadeias de texto em uma
única cadeia.
Sintaxe: CONCATENAR(texto1, [texto2], ...)
Por exemplo:
=CONCATENAR(“População de fluxo para”, A2, “ ”, A3, “ é ”, A4, “/km”)
=CONCATENAR(B2, “ ”, C2)

Nome do argumento Descrição


O primeiro item a ser adicionado. O item pode
Texto1 (obrigatório) ser um valor de texto, um número ou uma
referência de célula.
Itens de texto adicionais. Você pode ter até 255
Texto2,... (opcional)
itens e até um total de 8.192 caracteres.

Exemplos

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Observação Importante:

Siga este procedimento Descrição


O operador de cálculo & (E comercial) permite
a união de itens de texto sem que seja preciso
usar uma função.
Use o caractere & (E comercial) em vez da Por exemplo, =A1 & B1 retorna o mesmo valor
função CONCATENAR. que =CONCATENAR(A1;B1). Em muitos casos,
usar o operador & é mais rápido e simples do
que usar a função CONCATENAR para criar
cadeias de caracteres.

CONT.NÚM
Conta quantas células contêm números e também os números na lista de argumentos. Use
CONT.NÚM para obter o número de entradas em um campo de número que estão em um
intervalo ou em uma matriz de números.
Sintaxe
CONT.NÚM(valor1;valor2;...)
Valor1; valor2, ... são argumentos que contêm ou se referem a uma variedade de diferentes
tipos de dados, mas somente os números são contados.

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Exemplo:
=CONT.NÚM(C1:E2)

Observação:
R$ 4,00 é o NÚMERO 4 com formatação, bem como a Data também é número.

CONT.VALORES
Calcula o número de células não vazias e os valores na lista de argumentos. Use o Cont.Valores
para CONTAR o número de células com dados, inclusive células com erros, em um intervalo ou
em uma matriz.
Sintaxe
=CONT.VALORES(valor1;valor2;...)

Exemplo:
=CONT.VALORES(C1:E3)

MÉDIA
Retorna a média aritmética dos argumentos, ou seja, soma todos os números e divide pela
quantidade de números somados.

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Sintaxe
=MÉDIA(núm1;núm2;...)
A sintaxe da função MÉDIA tem os seguintes argumentos:
núm1 Necessário. O primeiro número, referência de célula ou intervalo para o qual você deseja
a média.
núm2, ... Opcional. Números adicionais, referências de célula ou intervalos para os quais você
deseja a média, até, no máximo, 255.
Exemplos:
=MÉDIA(C1:E2)

=MÉDIA(C1:E2;3;5)

=SOMA(C1:E2)/CONT.NÚM(C1:E2) => equivalente à função média

MULT
A função MULT multiplica todos os números especificados como argumentos e retorna o
produto. Por exemplo, se as células A1 e A2 contiverem números, você poderá usar a fórmula
=MULT(A1;A2) para multiplicar esses dois números juntos. A mesma operação também pode
ser realizada usando o operador matemático de multiplicação (*); por exemplo, =A1*A2.

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A função MULT é útil quando você precisa multiplicar várias células ao mesmo tempo. Por
exemplo, a fórmula =MULT(A1:A3;C1:C3) equivale a =A1*A2*A3*C1*C2*C3.
Sintaxe
=MULT(núm1;[núm2]; ...)
A sintaxe da função MULT tem os seguintes argumentos:
núm1 Necessário. O primeiro número ou intervalo que você deseja multiplicar.
núm2, ... Opcional. Números ou intervalos adicionais que você deseja multiplicar.

Exemplo:

ABS
Retorna o valor absoluto de um número. Esse valor é o número sem o seu sinal.
Sintaxe
=ABS(núm)
Núm é o número real cujo valor absoluto você deseja obter.

Exemplo:

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MOD
Retorna o resto de uma divisão. Possui dois argumentos (valor a ser dividido e divisor).
Sintaxe
=MOD(Núm;Divisor)
Núm é o número para o qual você deseja encontrar o resto.
Divisor é o número pelo qual você deseja dividir o número.

Exemplo:
=MOD(6;4)
Resposta: 2

INT
Arredonda um número para baixo até o número inteiro mais próximo.
Sintaxe
=INT(núm)
Núm é o número real que se deseja arredondar para baixo até um inteiro.

Exemplo:

ARRED
A função ARRED arredonda um número para um número especificado de dígitos. Por exemplo,
se a célula A1 contiver 23,7825 e você quiser arredondar esse valor para duas casas decimais,
poderá usar a seguinte fórmula:
=ARRED(A1;2)
O resultado dessa função é 23,78.

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Sintaxe
=ARRED(número;núm_dígitos)
A sintaxe da função ARRED tem os seguintes argumentos:
número (Necessário). O número que você deseja arredondar.
núm_dígitos (Necessário). O número de dígitos para o qual você deseja arredondar o argumento
número.
Exemplo:

TRUNCAR
TRUNC e INT são semelhantes pois ambos retornam inteiros. TRUNCAR remove a parte
fracionária do número. INT arredonda números para baixo até o inteiro mais próximo com base
no valor da parte fracionária do número. INT e TRUNC são diferentes apenas ao usar números
negativos: TRUNC(-4.3) retorna -4, mas INT(-4.3) retorna -5 pois -5 é o número mais baixo.
Sintaxe
=TRUNCAR(número,[núm_dígitos])
A sintaxe da função TRUNCAR tem os seguintes argumentos:
Núm (Necessário) O número que se deseja TRUNCAR.
Núm_dígitos (Opcional) Um número que especifica a precisão da operação. O valor padrão
para núm_digitos é 0 (zero).
Exemplo:

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MÁXIMO
Retorna o valor máximo de um conjunto de valores.
Sintaxe
=MÁXIMO(núm1;núm2;...)
Núm1, núm2,... são de 1 a 255 números cujo valor máximo você deseja saber.

Exemplos:

=MÁXIMO(A1:C5)

MÍNIMO
Retorna o menor valor de um conjunto de valores.
Sintaxe
=MÍNIMO(número1, [número2], ...)
A sintaxe da função MÍNIMO tem os seguintes argumentos:
Núm1, núm2,... Núm1 é obrigatório, números subsequentes são opcionais. De 1 a 255 números
cujo valor MÍNIMO você deseja saber.

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Exemplos:
=MÍNIMO(A1:C5)

MAIOR
Retorna o MAIOR valor K-ésimo de um conjunto de dados. Por exemplo, o terceiro MAIOR
número. Possui dois argumentos. O primeiro argumento é a matriz, e o segundo é a posição em
relação ao maior número.
Sintaxe
=MAIOR(MATRIZ;posição)
Exemplos:
=MAIOR(A3:D4;3) 2 4 6 9 12 23 35 50
Resposta: 23
=MAIOR(A1:C5;3)

MENOR
Retorna o MENOR valor K-ésimo de um conjunto de dados. Por exemplo, o terceiro MENOR
número. Possui dois argumentos. O primeiro argumento é a matriz, e o segundo é a posição em
relação ao menor número.
Sintaxe
=MENOR(MATRIZ;posição)

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Exemplos:
=MENOR(A3:D4;3)
Qual é o terceiro MENOR número:
2 4 6 9 12 23 35 50 Resposta → 6

=MENOR(A1:C5;5)

=MENOR(A1:C5;19)

DATA

HOJE()
Retorna o número de série da data atual. O número de série é o código de data/hora usado
pela planilha para cálculos de data e hora. Se o formato da célula era Geral antes de a função
ser inserida, a planilha irá transformar o formato da célula em Data. Se quiser exibir o número
de série, será necessário alterar o formato das células para Geral ou Número.
A função HOJE é útil quando você precisa ter a data atual exibida em uma planilha,
independentemente de quando a pasta de trabalho for aberta. Ela também é útil para o cálculo
de intervalos. Por exemplo, se você souber que alguém nasceu em 1963, poderá usar a seguinte
fórmula para descobrir a idade dessa pessoa a partir do aniversário deste ano:
=ANO(HOJE())-1963
Essa fórmula usa a função HOJE como argumento da função ANO de forma a obter o ano atual
e, em seguida, subtrai 1963, retornando a idade da pessoa.

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Exemplos:
Supondo que a data de hoje configurada no computador é: 31/08/12

AGORA()
Retorna a data e a hora atuais formatados como data e hora. Não possui argumentos.
A função AGORA é útil quando você precisa exibir a data e a hora atuais em uma planilha ou
calcular um valor com base na data e na hora atuais e ter esse valor atualizado sempre que
abrir a planilha.

Exemplos:

Supondo que a data de hoje configurada no computador é: 31/08/12 as 13h.

SE
A função SE retornará um valor se uma condição que você especificou for considerada
VERDADEIRO e um outro valor se essa condição for considerada FALSO. Por exemplo, a fórmula
=SE(A1>10;“Mais que 10”;“10 ou menos”) retornará “Mais que 10” se A1 for maior que 10 e
“10 ou menos” se A1 for menor que ou igual a 10.
Sintaxe
SE(teste_lógico;[valor_se_verdadeiro];[valor_se_falso])
A sintaxe da função SE tem os seguintes argumentos:
teste_lógico Obrigatório. Qualquer valor ou expressão que possa ser avaliado como
VERDADEIRO ou FALSO. Por exemplo, A10=100 é uma expressão lógica; se o valor da célula A10
for igual a 100, a expressão será considerada VERDADEIRO. Caso contrário, a expressão será
considerada FALSO. Esse argumento pode usar qualquer operador de cálculo de comparação.
valor_se_verdadeiro Opcional. O valor que você deseja que seja retornado se o argumento
teste_lógico for considerado VERDADEIRO. Por exemplo, se o valor desse argumento for a cadeia
de texto “Dentro do orçamento” e o argumento teste_lógico for considerado VERDADEIRO,
a função SE retornará o texto “Dentro do orçamento”. Se teste_lógico for considerado

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VERDADEIRO e o argumento valor_se_verdadeiro for omitido (ou seja, há apenas um ponto e


vírgula depois do argumento teste_lógico), a função SE retornará 0 (zero). Para exibir a palavra
VERDADEIRO, use o valor lógico VERDADEIRO para o argumento valor_se_verdadeiro.
valor_se_falso Opcional. O valor que você deseja que seja retornado se o argumento teste_
lógico for considerado FALSO. Por exemplo, se o valor desse argumento for a cadeia de
texto “Acima do orçamento” e o argumento teste_lógico for considerado FALSO, a função SE
retornará o texto “Acima do orçamento”. Se teste_lógico for considerado FALSO e o argumento
valor_se_falso for omitido (ou seja, não há vírgula depois do argumento valor_se_verdadeiro),
a função SE retornará o valor lógico FALSO. Se teste_lógico for considerado FALSO e o valor do
argumento valor_se_falso for omitido (ou seja, na função SE, não há ponto e vírgula depois do
argumento valor_se_verdadeiro), a função SE retornará o valor 0 (zero).
Exemplos:

SOMASE
Use a função SOMASE para somar os valores em um intervalo que atendem aos critérios que
você especificar. Por exemplo, suponha que, em uma coluna que contém números, você deseja
somar apenas os valores maiores que 5. É possível usar a seguinte fórmula:
=SOMASE(B2:B25;“>5”)
Nesse exemplo, os critérios são aplicados aos mesmos valores que estão sendo somados. Se
desejar, você pode aplicar os critérios a um intervalo e somar os valores correspondentes em
um intervalo correspondente. Por exemplo, a fórmula =SOMASE(B2:B5;“John”;C2:C5) soma
apenas os valores no intervalo C2:C5, em que as células correspondentes no intervalo B2:B5
equivalem a “John”.
Sintaxe
=SOMASE(intervalo;critérios;[intervalo_soma])
A sintaxe da função SOMASE tem os seguintes argumentos:
intervalo Necessário. O intervalo de células que se deseja calcular por critérios. As células em
cada intervalo devem ser números e nomes, matrizes ou referências que contêm números.
Espaços em branco e valores de texto são ignorados.
critérios Necessário. Os critérios na forma de número, expressão, referência de célula, texto
ou função que define quais células serão adicionadas. Por exemplo, os critérios podem ser
expressos como 32, “>32”, B5, 32, “32”, “maçãs” ou HOJE().

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Observação:
Qualquer critério de texto ou qualquer critério que inclua símbolos lógicos ou
matemáticos deve estar entre aspas duplas (“). Se os critérios forem numéricos, as
aspas duplas não serão necessárias.

intervalo_soma Opcional. As células reais a serem adicionadas, se você quiser adicionar células
diferentes das especificadas no argumento de intervalo. Se o argumento intervalo_soma for
omitido, a planilha adicionará as células especificadas no argumento intervalo (as mesmas
células às quais os critérios são aplicados).

Exemplos:

CONT.SE
A função CONT.SE conta o número de células dentro de um intervalo que atendem a um único
critério que você especifica. Por exemplo, é possível contar todas as células que começam com
uma certa letra ou todas as células que contêm um número maior do que ou menor do que
um número que você especificar. Suponha uma planilha que contenha uma lista de tarefas na
coluna A e o nome da pessoa atribuída a cada tarefa na coluna B. Você pode usar a função
CONT.SE para contar quantas vezes o nome de uma pessoa aparece na coluna B e, dessa
maneira, determinar quantas tarefas são atribuídas a essa pessoa. Por exemplo:
=CONT.SE(B2:B25;“Nancy”)
Sintaxe
=CONT.SE(intervalo;“critério”)

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intervalo Necessário. Uma ou mais células a serem contadas, incluindo números ou nomes,
matrizes ou referências que contêm números.
critérios Necessário. Um número, uma expressão, uma referência de célula ou uma cadeia de
texto que define quais células serão contadas. Por exemplo, os critérios podem ser expressos
como 32, “32”, “>32”, “maçãs” ou B4.
Exemplos:

MAIÚSCULA
Converte o texto em maiúsculas.
Sintaxe
=MAIÚSCULA(texto)
Texto é o texto que se deseja converter para maiúsculas. Texto pode ser uma referência ou uma
sequência de caracteres de texto.

Exemplo:

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MINÚSCULA
Converte todas as letras maiúsculas em uma sequência de caracteres de texto para minúsculas.
Sintaxe
=MINÚSCULA(texto)
Texto é o texto que você deseja converter para minúscula. MINÚSCULA só muda caracteres de
letras para texto.
Exemplo:

PRI.MAIÚSCULA
Coloca a primeira letra de uma sequência de caracteres de texto em maiúscula e todas as outras
letras do texto depois de qualquer caractere diferente de uma letra. Converte todas as outras
letras em minúsculas.
Sintaxe
=PRI.MAIÚSCULA(texto)
Texto é o texto entre aspas, uma fórmula que retorna o texto ou uma referência a uma célula
que contenha o texto que você deseja colocar parcialmente em maiúscula.
Exemplo:

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USANDO REFERÊNCIAS EM FÓRMULAS

Uma referência identifica uma célula ou um intervalo de células em uma planilha e informa
a planilha na qual procurar pelos valores ou dados a serem usados em uma fórmula. Com
referências, você pode usar dados contidos em partes diferentes de uma planilha em uma
fórmula ou usar o valor de uma célula em várias fórmulas. Você também pode se referir a células
de outras planilhas na mesma pasta de trabalho e a outras pastas de trabalho. Referências de
células em outras pastas de trabalho são chamadas de vínculos ou referências externas.

O estilo de referência A1
O estilo de referência padrão. Por padrão, o Excel usa o estilo de referência A1, que se refere
a colunas com letras (A até XFD, para um total de 16.384 colunas) e se refere a linhas com
números (1 até 1.048.576). Essas letras e números são chamados de títulos de linha e coluna.
Para se referir a uma célula, insira a letra da coluna seguida do número da linha. Por exemplo,
B2 se refere à célula na interseção da coluna B com a linha 2.

Para se referir a Usar


A célula na coluna A e linha 10 A10
O intervalo de células na coluna A e linhas 10 a 20 A10:A20
O intervalo de células na linha 15 e colunas B até E B15:E15
Todas as células na linha 5 5:5
Todas as células nas linhas 5 a 10 05:10
Todas as células na coluna H H:H
Todas as células nas colunas H a J H:J
O intervalo de células nas colunas A a E e linhas 10 a 20 A10:E20

Fazendo referência a uma outra planilha. No exemplo a seguir, a função de planilha MÉDIA
calcula o valor médio do intervalo B1:B10 na planilha denominada Marketing na mesma pasta
de trabalho.
Referência a um intervalo de células em outra planilha na mesma pasta de trabalho.

1. Refere-se a uma planilha denominada Marketing.

2. Refere-se a um intervalo de células entre B1 e


B10, inclusive.

3. Separa a referência de planilha da referência do


intervalo de células.

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REFERÊNCIAS ABSOLUTAS, RELATIVAS E MISTAS

Referências relativas. Uma referência relativa em uma fórmula, como A1, é baseada na posição
relativa da célula que contém a fórmula e da célula à qual a referência se refere. Se a posição da
célula que contém a fórmula se alterar, a referência será alterada. Se você copiar ou preencher
a fórmula ao longo de linhas ou de colunas, a referência se ajustará automaticamente. Por
padrão, novas fórmulas usam referências relativas. Por exemplo, se você copiar ou preencher
uma referência relativa da célula B2 para a B3, ela se ajustará automaticamente de =A1 para
=A2.

Fórmula copiada com referência relativa

Referências absolutas. Uma referência absoluta de célula em uma fórmula, como $A$1,
sempre se refere a uma célula em um local específico. Se a posição da célula que contém a
fórmula se alterar, a referência absoluta permanecerá a mesma. Se você copiar ou preencher a
fórmula ao longo de linhas ou colunas, a referência absoluta não se ajustará. Por padrão, novas
fórmulas usam referências relativas, e talvez você precise trocá-las por referências absolutas.
Por exemplo, se você copiar ou preencher uma referência absoluta da célula B2 para a célula
B3, ela permanecerá a mesma em ambas as células =$A$1.

Fórmula copiada com referência absoluta

Referências mistas. Uma referência mista tem uma coluna absoluta e uma linha relativa, ou
uma linha absoluta e uma coluna relativa. Uma referência de coluna absoluta tem o formato
$A1, $B1 e assim por diante. Uma referência de linha absoluta tem o formato A$1, B$1 e assim
por diante. Se a posição da célula que contém a fórmula se alterar, a referência relativa será
alterada, e a referência absoluta não se alterará. Se você copiar ou preencher a fórmula ao
longo de linhas ou colunas, a referência relativa se ajustará automaticamente, e a referência
absoluta não se ajustará. Por exemplo, se você copiar ou preencher uma referência mista da
célula A2 para B3, ela se ajustará de =A$1 para =B$1.

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Informática – Microsoft Excel 2016 – Prof. Márcio Hunecke

Fórmula copiada com referência mista

Uma maneira simples de resolver questões que envolvem referência é a seguinte:


Na célula A3, tem a seguinte fórmula =soma(G$6:$L8), que foi copiada para a
célula C5. A questão solicita como ficou a Função lá:
Monte da seguinte maneira:
A3=SOMA(G$6:$L8)
C5=
E então copie a Função acertando as referências:
A3=SOMA(G$6:$L8)
C5=SOMA(
Para acertar as referências, faça uma a uma copiando da fórmula que está na A3 e
aumentando a mesma quantidade de letras e números que aumentou de A3 para C5.
Veja que, do A para C, aumentou duas letras e, do 3 para o 5, dois números.
Então, aumente essa quantidade nas referências, mas com o cuidado de que os itens
que têm um cifrão antes não se alterem.
A3=SOMA(G$6:$L8)
C5=SOMA(I$6:$L10)
Vejam que o G aumentou duas letras e foi para o I, e o 8 aumentou dois números e foi
para o 10. No resto, não mexemos porque tem um cifrão antes.

Alternar entre referências relativas, absolutas e mistas


Selecione a célula que contém a fórmula.
De a barra de fórmulas, selecione a referência que você deseja alterar.
Pressione F4 para alternar entre os tipos de referências.
A tabela a seguir resume como um tipo de referência será atualizado caso uma fórmula que
contenha a referência seja copiada duas células para baixo e duas células para a direita.

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Para a fórmula sendo copiada:

Se a referência for: É alterada para:


$A$1 (coluna absoluta e linha absoluta) $A$1 (a referência é absoluta)
A$1 (coluna relativa e linha absoluta) C$1 (a referência é mista)
$A1 (coluna absoluta e linha relativa) $A3 (a referência é mista)
A1 (coluna relativa e linha relativa) C3 (a referência é relativa)

Funções aninhadas
Em determinados casos, talvez você precise usar uma função como um dos argumentos de
outra função. Por exemplo, a fórmula a seguir usa uma função aninhada MÉDIA e compara o
resultado com o valor 50.

1. As funções MÉDIA e SOMA são aninhadas na função SE.


Retornos válidos. Quando uma função aninhada é usada como argumento, ela deve retornar
o mesmo tipo de valor utilizado pelo argumento. Por exemplo, se o argumento retornar um
valor VERDADEIRO ou FALSO, a função aninhada deverá retornar VERDADEIRO ou FALSO. Se
não retornar, a planilha exibirá um valor de erro #VALOR!
Limites no nível de aninhamento. Uma fórmula pode conter até sete níveis de funções
aninhadas. Quando a Função B for usada como argumento na Função A, a Função B será
de segundo nível. Por exemplo, as funções MÉDIA e SOMA são de segundo nível, pois são
argumentos da função SE. Uma função aninhada na função MÉDIA seria de terceiro nível e
assim por diante.

LISTAS NAS PLANILHAS

O Excel possui internamente listas de dias da semana, meses do ano e trimestres e permite a
criação de novas listas.

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Informática – Microsoft Excel 2016 – Prof. Márcio Hunecke

Quando se insere em uma célula um conteúdo pertencente a uma lista e se arrasta a alça de
preenchimento desta mesma célula, o Excel preencherá automaticamente as demais células
por onde o arrasto passar, com os dados sequenciais a partir da célula de origem.

Exemplos de séries que você pode preencher


Quando você preenche uma série, as seleções são estendidas conforme mostrado na tabela
a seguir. Nesta tabela, os itens separados por vírgulas estão contidos em células adjacentes
individuais na planilha.

Seleção inicial Série expandida


1, 2, 3 4, 5, 6,...
09:00 10:00, 11:00, 12:00,...
Seg Ter, Qua, Qui
Segunda-feira Terça-feira, Quarta-feira, Quinta-feira,...
Jan Fev, Mar, Abr,...
Jan, Abr Jul, Out, Jan,...
Jan/07, Abr/07 Jul/07, Out/07, Jan/08,...
Trim3 (ou T3 ou Trimestre3) Tri4, Tri1, Tri2,...
texto1, textoA texto2, textoA, texto3, textoA,...
1º Período 2º Período, 3º Período,...
Produto 1 Produto 2, Produto 3,...

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Atenção
No Excel, se selecionarmos apenas um número e o arrastarmos pela alça de
preenchimento, o que acontece é a Cópia somente, ou seja, se colocarmos um número
em uma célula e o arrastarmos pela alça de preenchimento, não ocorre a sequência e
esse número somente é copiado nas demais células.

Quando forem selecionadas duas células consecutivas e arrastadas pela alça de preenchimento,
o que ocorrerá é a continuação da sequência com a mesma lógica aplicada nas duas células.

Se for colocado também texto seguido de números ou números seguidos de texto, ocorrerá
novamente a sequência.

FORMATAÇÃO DE CÉLULAS

NÚMERO
Use as opções na guia Número para aplicar um formato de número
específico aos números nas células da planilha. Para digitar números
em células da planilha, você pode usar as teclas numéricas ou pode
pressionar NUM LOCK e, então, usar as teclas numéricas no teclado
numérico.

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Informática – Microsoft Excel 2016 – Prof. Márcio Hunecke

•• Categoria. Clique em uma opção na caixa Categoria e selecione as opções desejadas


para especificar um formato de número. A caixa Exemplo mostra a aparência das células
selecionadas com a formatação que você escolher. Clique em Personalizado se quiser criar
os seus próprios formatos personalizados para números, como códigos de produtos. Clique
em Geral se quiser retornar para um formato de número não específico.
•• Exemplo. Exibe o número na célula ativa na planilha de acordo com o formato de número
selecionado.
•• Casas decimais. Especifica até 30 casas decimais. Esta caixa está disponível apenas para as
categorias Número, Moeda, Contábil, Porcentagem e Científico.
•• Usar separador de milhar. Marque esta caixa de seleção para inserir um separador de
milhar. Esta caixa de seleção está disponível apenas para a categoria Número.
•• Números negativos. Especifica o formato no qual se deseja que os números negativos
sejam exibidos. Esta opção está disponível apenas para as categorias Número e Moeda.
•• Símbolo. Selecione o símbolo da moeda que você deseja usar. Esta caixa está disponível
apenas para as categorias Moeda e Contábil.
•• Tipo. Selecione o tipo de exibição que deseja usar para um número. Essa lista está disponível
apenas para as categorias Data, Hora, Fração, Especial e Personalizado.
•• Localidade (local). Selecione um idioma diferente que deseja usar para o tipo de exibição
de um número. Esta caixa de listagem está disponível apenas para as categorias Data, Hora
e Especial.

www.acasadoconcurseiro.com.br 267
ALINHAMENTO
Use as opções do grupo Alinhamento na guia
Início ou na caixa de diálogo Formatar Células
a guia Alinhamento para alterar o alinhamento
do conteúdo da célula, posicionar o conteúdo
na célula e alterar a direção desse conteúdo.

Alinhamento de Texto
•• Horizontal. Selecione uma opção na lista Horizontal para alterar o alinhamento horizontal
do conteúdo das células. Por padrão, o Microsoft Office Excel alinha texto à esquerda,
números à direita, enquanto os valores lógicos e de erro são centralizados. O alinhamento
horizontal padrão é Geral. As alterações no alinhamento dos dados não alteram os tipos de
dados.
•• Vertical. Selecione uma opção na caixa de listagem Vertical para alterar o alinhamento
vertical do conteúdo das células. Por padrão, o Excel alinha o texto verticalmente na parte
inferior das células. O alinhamento vertical padrão é Geral.
•• Recuo. Recua o conteúdo das células a partir de qualquer borda da célula, dependendo das
opções escolhidas em Horizontal e Vertical. Cada incremento na caixa Recuo equivale à
largura de um caractere.
•• Orientação. Selecione uma opção em Orientação para alterar a orientação do texto
nas células selecionadas. As opções de rotação poderão não estar disponíveis se forem
selecionadas outras opções de alinhamento.

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Informática – Microsoft Excel 2016 – Prof. Márcio Hunecke

•• Graus. Define o nível de rotação aplicado ao texto na célula selecionada. Use um número
positivo na caixa Graus para girar o texto selecionado da parte inferior esquerda para a
superior direita na célula. Use graus negativos para girar o texto da parte superior esquerda
para a inferior direita na célula selecionada.

Controle de texto
•• Quebrar texto automaticamente. Quebra o texto em várias linhas dentro de uma célula. O
número de linhas depende da largura da coluna e do comprimento do conteúdo da célula.
•• Reduzir para caber. Reduz o tamanho aparente dos caracteres da fonte para que todos
os dados de uma célula selecionada caibam dentro da coluna. O tamanho dos caracteres
será ajustado automaticamente se você alterar a largura da coluna. O tamanho de fonte
aplicado não será alterado.
•• Mesclar Células. Combina duas ou mais células selecionadas em uma única célula. A
referência de célula de uma célula mesclada será a da célula superior esquerda da faixa
original de células selecionadas.

Direita para a esquerda


•• Direção do Texto. Selecione uma opção na caixa Direção do Texto para especificar a ordem
de leitura e o alinhamento. A configuração padrão é Contexto, mas você pode alterá-la
para Da Esquerda para a Direita ou Da Direita para a Esquerda.

BORDAS
Use as opções na guia Borda para aplicar uma borda ao redor de células selecionadas em um
estilo e uma cor de sua escolha.

www.acasadoconcurseiro.com.br 269
•• Linha. Selecione uma opção em Estilo para especificar o tamanho e o estilo de linha de
uma borda. Para alterar o estilo de linha de uma borda já existente, selecione a opção de
estilo de linha desejada e clique na área da borda no modelo de Borda onde quiser que o
novo estilo de linha seja exibido.
•• Predefinições. Selecione uma opção de borda predefinida para aplicar bordas nas células
selecionadas ou removê-las.
•• Cor. Selecione uma cor da lista para alterar a cor das células selecionadas.
•• Borda. Clique em um estilo de linha na caixa Estilo e clique nos botões em Predefinições ou
em Borda para aplicar as bordas nas células selecionadas. Para remover todas as bordas,
clique no botão Nenhuma. Você também pode clicar nas áreas da caixa de texto para
adicionar ou remover bordas.

FONTE
Use as opções na guia Fonte para alterar a fonte, o estilo de fonte, o tamanho da fonte e outros
efeitos de fonte.

•• Fonte. Selecione o tipo da fonte para o texto nas células selecionadas. A fonte padrão é
Calibri.
•• Estilo da Fonte. Selecione o estilo da fonte para o texto nas células selecionadas. O estilo
de fonte padrão é Normal ou Regular.
•• Tamanho. Selecione o tamanho da fonte para o texto nas células selecionadas. Digite
qualquer número entre 1 e 1.638. O tamanho de fonte padrão é 11.

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Observação:
Os tamanhos disponíveis na lista Tamanho dependem da fonte selecionada e da
impressora ativa.

•• Sublinhado. Selecione o tipo de sublinhado que deseja usar para o texto nas células
selecionadas. O sublinhado padrão é Nenhum.
•• Cor. Selecione a cor que deseja usar para as células ou o texto selecionados. A cor padrão é
Automático.
•• Fonte Normal. Marque a caixa de seleção Fonte Normal para redefinir o estilo, o tamanho
e os efeitos da fonte com o estilo Normal (padrão).
•• Efeitos. Permite que você selecione um dos seguintes efeitos de formatação.
•• Tachado. Marque esta caixa de seleção para exibir o texto em células selecionadas
como tachado.
•• Sobrescrito. Marque esta caixa de seleção para exibir o texto em células selecionadas
como sobrescrito.
•• Subscrito. Marque esta caixa de seleção para exibir o texto em células selecionadas
como subscrito.
•• Visualização. Veja um exemplo de texto que é exibido com as opções de formatação que
você seleciona.

PREENCHIMENTO
Use as opções na guia Preenchimento para preencher as células selecionadas com cores,
padrões e efeitos de preenchimento especiais.
•• Plano de Fundo. Selecione uma cor de plano de fundo para células selecionadas usando a
paleta de cores.
•• Efeitos de preenchimento.
Selecione este botão para aplicar gradiente, tex-
tura e preenchimentos de imagem em células
selecionadas.
•• Mais Cores. Selecione este botão para adi-
cionar cores que não estão disponíveis na
paleta de cores.
•• Cor do Padrão. Selecione uma cor de pri-
meiro plano na caixa Cor do Padrão para
criar um padrão que usa duas cores.

www.acasadoconcurseiro.com.br 271
•• Estilo do Padrão. Selecione um padrão na caixa Estilo do Padrão para formatar células se-
lecionadas com um padrão que usa as cores que você seleciona nas caixas Cor de Plano de
Fundo e Cor Padrão.
Exemplo: Veja um exemplo das opções de cor, efeitos de preenchimento e de padrões que se-
lecionar.
Neste Menu foram reunidas todas as opções que permitirão ao usuário trabalhar a apresenta-
ção do texto (formatação) de forma a torná-lo mais atrativo e de fácil leitura, com diferentes
estilos de parágrafos, diferentes fontes e formatos de caracteres, etc.

PROTEÇÃO
Para impedir que, por acidente ou deliberadamente, um usuário altere, mova ou exclua dados
importantes de planilhas ou pastas de trabalho, você pode proteger determinados elementos
da planilha ou da pasta de trabalho, com ou sem senha. É possível remover a proteção da plani-
lha, conforme necessário.
Quando você protege uma planilha, todas as células são bloqueadas por padrão, o que significa
que elas não podem ser editadas. Para permitir que as células sejam editadas enquanto apenas
algumas células ficam bloqueadas, você pode desbloquear todas as células e bloquear somen-
te células e intervalos específicos antes de proteger a planilha. Você também pode permitir que
usuários específicos editem intervalos específicos em uma planilha protegida.

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SELECIONAR CÉLULAS, INTERVALOS, LINHAS OU COLUNAS

Para selecionar Faça o seguinte


Clique na célula ou pressione as teclas de direção para
Uma única célula
ir até a célula.
Clique na primeira célula da faixa e arraste até a última
célula ou mantenha pressionada a tecla SHIFT enquanto
pressiona as teclas de direção para expandir a seleção.
Um intervalo de células Você também pode selecionar a primeira célula do
intervalo e pressionar F8 para estender a seleção
usando as teclas de direção. Para parar de estender a
seleção, pressione F8 novamente.
Clique na primeira célula do intervalo e mantenha a
tecla SHIFT pressionada enquanto clica na última célula
Um grande intervalo de células
do intervalo. Você pode rolar a página para que a última
célula possa ser vista.
Clique no botão Selecionar Tudo.

Todas as células de uma


planilha
Para selecionar a planilha inteira, você também pode
pressionar CTRL + T. Observação: Se a planilha contiver
dados, CTRL + T selecionará a região atual. Pressione
CTRL + T uma segunda vez para selecionar toda a
planilha.
Selecione a primeira célula, ou o primeiro intervalo de
células, e mantenha a tecla CTRL pressionada enquanto
seleciona as outras células ou os outros intervalos.
Você também pode selecionar a primeira célula ou
intervalo de células e pressionar SHIFT + F8 para
Células ou intervalos de células não adicionar outra seleção de células ou de intervalo
adjacentes de células não adjacentes. Para parar de adicionar
células ou intervalos à seleção, pressione SHIFT + F8
novamente.
Observação: Não é possível cancelar a seleção de uma
célula ou de um intervalo de células de uma seleção
não adjacente sem cancelar toda a seleção.

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Clique no título da linha ou coluna.

1. Título da linha
2. Título da coluna
Uma linha ou coluna
inteira Você também pode selecionar células em uma linha ou
coluna selecionando a primeira célula e pressionando
CTRL + SHIFT + tecla de DIREÇÃO (SETA PARA A DIREITA
ou SETA PARA A ESQUERDA para linhas,
SETA PARA CIMA ou SETA PARA BAIXO para colunas).
Observação: Se a linha ou coluna contiver dados, CTRL +
SHIFT + tecla de DIREÇÃO selecionará a linha ou coluna
até a última célula utilizada. Pressione CTRL + SHIFT
+ tecla de DIREÇÃO uma segunda vez para selecionar
toda a linha ou coluna.
Arraste através dos títulos de linha ou de coluna ou
selecione a primeira linha ou coluna. Em seguida,
Linhas ou colunas adjacentes
pressione SHIFT enquanto seleciona a última linha ou
coluna.
Clique no título de linha ou de coluna da primeira linha
ou coluna de sua seleção. Pressione CTRL enquanto
Linhas ou colunas não adjacentes
clica nos títulos de linha ou coluna de outras linhas ou
colunas que você deseja adicionar à seleção.
Selecione uma célula na linha ou na coluna e, em
seguida, pressione CTRL + tecla de DIREÇÃO (SETA PARA
A primeira ou a última célula de uma linha
A DIREITA ou SETA PARA A
ou coluna
ESQUERDA para linhas, SETA PARA CIMA ou SETA PARA
BAIXO para colunas).
Selecione a primeira célula e, em seguida, pressione
A primeira ou a última célula em uma
CTRL + SHIFT + END para estender a seleção de células
planilha ou em uma tabela do Microsoft
até a última célula usada na planilha (canto inferior
Office Excel
direito).
Selecione a primeira célula e, em seguida, pressione
Células até o início da planilha. CTRL + SHIFT + HOME para estender a seleção de
células até o início da planilha.
Mantenha pressionada a tecla SHIFT e clique na última
Mais ou menos células do que a seleção célula que deseja incluir na nova seleção. O intervalo
ativa retangular entre a e a célula em que você clicar passará
a ser a nova seleção.

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GRÁFICOS
Gráficos são usados para exibir séries de dados numéricos em formato gráfico, com o objetivo
de facilitar a compreensão de grandes quantidades de dados e do relacionamento entre
diferentes séries de dados.
Para criar um gráfico no Excel, comece inserindo os dados numéricos desse gráfico em
uma planilha e experimente o comando Gráficos Recomendados na guia Inserir para criar
rapidamente o gráfico mais adequado para os seus dados.

1. Selecione os dados para os quais você deseja criar um gráfico.

2. Clique em Inserir > Gráficos Recomendados.

3. Na guia Gráficos Recomendados, percorra a lista de gráficos recomendados pelo Excel e


clique em qualquer um para ver qual será a aparência dos seus dados.

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Dica:
Se você não vir um gráfico que lhe agrade, clique em Todos os Gráficos para ver todos
os tipos de gráfico disponíveis.

4. Quando encontrar o gráfico desejado, clique nele > OK.

5. Use os botões Elementos do Gráfico, Estilos de Gráfico e Filtros de Gráfico próximos ao


canto superior direito do gráfico para adicionar elementos de gráfico, como títulos de eixo
ou rótulos de dados, personalizar a aparência do seu gráfico ou mudar os dados exibidos
no gráfico.

6. Para acessar recursos adicionais de design e formatação, clique em qualquer parte do


gráfico para adicionar as Ferramentas de Gráfico à faixa de opções e depois clique nas
opções desejadas nas guias Design e Formato.

Tipos de Gráficos
Há várias maneiras de criar um gráfico em uma planilha do Excel, em um documento do
Word ou em uma apresentação do PowerPoint. Independentemente de você usar um gráfico

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recomendado para os seus dados ou um gráfico escolhido na lista com todos os gráficos, saber
um pouco mais sobre cada tipo de gráfico pode ser de grande ajuda.
Se você já tem um gráfico e só quer mudar seu tipo:

1. Selecione o gráfico, clique na guia Design e em Alterar Tipo de Gráfico.

2. Escolha um novo tipo de gráfico na caixa Alterar Tipo de Gráfico.

Gráficos de colunas
Os dados organizados em colunas ou linhas em uma planilha podem ser plotados em um
gráfico de colunas. Em geral, um gráfico de coluna exibe categorias ao longo do eixo horizontal
(categoria) e valores ao longo do eixo vertical (valor), como mostra o seguinte gráfico:

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Gráficos de linhas
Dados organizados em colunas ou linhas em uma planilha podem ser plotados em um gráfico
de linhas. Nesse tipo de gráfico, os dados de categorias são distribuídos uniformemente ao
longo do eixo horizontal, e todos os dados de valores são distribuídos uniformemente ao longo
do eixo vertical. Gráficos de linhas podem mostrar dados contínuos ao longo do tempo em um
eixo com escalas iguais e, portanto, são ideais para mostrar tendências de dados em intervalos
iguais, como meses, trimestres ou anos fiscais.

Gráficos de pizza e rosca


Dados organizados em uma coluna ou linha de uma planilha podem ser plotados em um gráfico
de pizza. Esses gráfico mostram o tamanho dos itens em um série de dados, proporcional à soma
desses itens. Pontos de dados em um gráfico de pizza são exibidos como uma porcentagem da
pizza inteira.

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Considere a utilização de um gráfico de pizza quando:


•• Você tiver apenas uma série de dados;
•• Nenhum dos valores nos seus dados for negativo;
•• Quase nenhum dos valores nos seus dados for igual a zero;
•• Você não tiver mais de sete categorias, todas elas representando partes da pizza inteira.

Gráficos de rosca
Dados organizados apenas em colunas ou linhas de uma planilha podem ser plotados em um
gráfico de rosca. Como um gráfico de pizza, um gráfico de rosca mostra a relação das partes
com um todo, mas pode conter mais de uma série de dados.

Gráficos de barras
Dados organizados em colunas ou linhas de uma planilha podem ser plotados em um gráfico
de barras. Esses gráficos ilustram comparações entre itens individuais. Em um gráfico de barras,
as categorias costumam ser organizadas ao longo do eixo vertical, enquanto os valores são
dispostos ao longo do eixo horizontal.

www.acasadoconcurseiro.com.br 279
Considere a utilização de um gráfico de barras quando:
•• Os rótulos dos eixos forem longos;
•• Os valores mostrados forem durações.

Gráficos de área
Dados organizados em colunas ou linhas em uma planilha podem ser plotados em um gráfico
de áreas. Esses gráficos podem ser usados para plotar mudanças ao longo do tempo e chamar
a atenção para o valor total no decorrer de uma tendência. Mostrando a soma dos valores
plotados, um gráfico de áreas também mostra a relação de partes com um todo.

Gráficos de dispersão (XY) e de bolhas


Dados organizados em colunas e linhas em uma planilha podem ser plotados em um gráfico
de dispersão (XY). Coloque os valores X em uma linha ou coluna e depois insira os valores Y
correspondentes nas linhas ou nas colunas adjacentes.
Um gráfico de dispersão tem dois eixos de valores: um eixo horizontal (X) e um vertical (Y). Ele
combina os valores X e Y em pontos de dados únicos e os exibe em intervalos irregulares ou
em agrupamentos. Gráficos de dispersão costumam ser usados para exibir e comparar valores
numéricos, como dados científicos, estatísticos e de engenharia.

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Gráficos de bolhas
Semelhante a um gráfico de dispersão, um gráfico de bolhas adiciona uma terceira coluna para
especificar o tamanho das bolhas exibidas para representar os pontos de dados na série de
dados.

Gráficos de ações
Dados organizados em colunas ou linhas em uma ordem específica em uma planilha podem ser
plotados em um gráfico de ações. Como o nome sugere, esse gráfico pode ilustrar flutuações
nos preços das ações. No entanto, também pode ilustrar flutuações em outros dados, como
níveis de chuva diários ou temperaturas anuais. Lembre-se de organizar seus dados na ordem
correta para criar um gráfico de ações. Por exemplo, para criar um simples gráfico de ações de
alta-baixa-fechamento, você deve organizar seus dados com os valores Alta, Baixa e Fechamento
inseridos como títulos de colunas, nessa ordem.

www.acasadoconcurseiro.com.br 281
Gráficos de superfície
Dados organizados em colunas ou linhas de uma planilha podem ser plotados em um gráfico
de superfície. Esse gráfico é útil quando você quer encontrar combinações ideais entre dois
conjuntos de dados. Como em um mapa topográfico, cores e padrões indicam áreas que estão
no mesmo intervalo de valores. Você pode criar um gráfico de superfície quando tanto as
categorias quanto a série de dados são valores numéricos.

Gráficos de radar
Dados organizados em colunas ou linhas em uma planilha podem ser plotados em um gráfico
de radar. Esses gráficos comparam entre si os valores agregados de várias série de dados.

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Gráficos de combinação
Dados organizados em colunas e linhas podem ser plotados em um gráfico de combinação.
Esse gráfico combina dois ou mais tipos de gráfico para facilitar a interpretação dos dados,
especialmente quando estes são muito variados. Exibido com um eixo secundário, esse gráfico
é ainda mais fácil de ler. Neste exemplo, usamos um gráfico de colunas para mostrar o número
de casas vendidas entre os meses de janeiro e junho e depois usamos um gráfico de linhas para
que os leitores possam identificar com mais facilidade o preço médio das vendas em cada mês.

Adicionar um título de gráfico


Quando você cria um gráfico, uma caixa Título do Gráfico aparece acima dele. Basta selecionar
essa caixa e digitar o título desejado, formatá-lo do jeito que você quiser e movê-lo para um
local diferente no gráfico.

www.acasadoconcurseiro.com.br 283
1. Clique na caixa Título do Gráfico e digite o título.

2. Para iniciar uma nova linha no título, pressione Alt + Enter.

3. Para mudar o posicionamento do título, clique no botão Elementos do Gráfico


próximo ao canto superior direito do gráfico.
Clique na seta ao lado de Título do
Gráfico e depois clique em Título
Sobreposto Centralizado ou em Mais
Opções para ver outras opções.
Você também pode arrastar a caixa de
título até o local desejado.
Para formatar o título, clique nele com
o botão direito do mouse e clique
em Formatar Título de Gráfico para
escolher as opções de formatação
desejadas.

Guias Design e Formatar

CLASSIFICAR DADOS

A classificação de dados é uma parte importante da análise de dados. Talvez você queira colocar
uma lista de nomes em ordem alfabética, compilar uma lista de níveis de inventário de produtos
do mais alto para o mais baixo ou organizar linhas por cores ou ícones. A classificação de dados
ajuda a visualizar e a compreender os dados de modo mais rápido e melhor, a organizar e
localizar dados desejados e, por fim, a tomar decisões mais efetivas.

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Classificar texto

1. Selecione uma coluna de dados alfanuméricos em um intervalo de células ou certifique-se


de que a célula ativa está em uma coluna da tabela que contenha dados alfanuméricos

2. Na guia Página Inicial, no grupo Edição e, em seguida, clique em Classificar e Filtrar.

3. Siga um destes procedimentos:


•• Para classificar em ordem alfanumérica crescente, clique em Classificar de A a Z.
•• Para classificar em ordem alfanumérica decrescente, clique em Classificar de Z a A.

4. Como opção, você pode fazer uma classificação que diferencie letras maiúsculas de
minúsculas.

Classificar números

1. Selecione uma coluna de dados numéricos em um intervalo de células ou certifique-se de


que a célula ativa está em uma coluna da tabela que contenha dados numéricos.

2. Na guia Página Inicial, no grupo Edição, clique em Classificar e Filtrar e, em seguida, siga
um destes procedimentos:
•• Para classificar de números baixos para números altos, clique em Classificar do Menor para
o Maior.
•• Para classificar de números altos para números baixos, clique em Classificar do Maior para
o Menor.

Classificar datas ou horas

1. Selecione uma coluna de data ou hora em um intervalo de células ou certifique-se de que a


célula ativa está em uma coluna da tabela que contenha data ou hora.

2. Selecione uma coluna de datas ou horas em um intervalo de células ou tabelas.

3. Na guia Página Inicial, no grupo Edição, clique em Classificar e Filtrar e, em seguida, siga
um destes procedimentos:
•• Para classificar de uma data e hora anterior para uma data ou hora mais recente, clique em
Classificar da Mais Antiga para a Mais Nova.
•• Para classificar de uma data e hora recente para uma data ou hora mais antiga, clique em
Classificar da Mais Nova para a Mais Antiga.

www.acasadoconcurseiro.com.br 285
Classificar uma coluna em um intervalo de células sem afetar outros

Aviso:
Cuidado ao usar esse recurso. A classificação por uma coluna em um intervalo pode
gerar resultados indesejados, como movimentação de células naquela coluna para
fora de outras células na mesma linha.

1. Selecione uma coluna em um intervalo de células contendo duas ou mais colunas.

2. Para selecionar a coluna que deseja classificar, clique no título da coluna.

3. Na guia Página Inicial, no grupo Edição, clique em Classificar e Filtrar e siga um dos
seguintes procedimentos, após caixa de diálogo Aviso de Classificação ser exibida.

4. Selecione Continuar com a seleção atual.

5. Clique em Classificar.

6. Selecione outras opções de classificação desejadas na caixa de diálogo Classificar e, em


seguida, clique em OK.

Ordens de classificação padrão


Em uma classificação crescente, o Microsoft Office Excel usa a ordem a seguir. Em uma
classificação decrescente, essa ordem é invertida.

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Informática – Microsoft Excel 2016 – Prof. Márcio Hunecke

Valor Comentário
Os números são classificados do menor número negativo ao maior
Números
número positivo.
Datas As datas são classificadas da mais antiga para a mais recente.
O texto alfanumérico é classificado da esquerda para a direita, caractere
por caractere. Por exemplo, se uma célula contiver o texto “A100”, o
Excel a colocará depois de uma célula que contenha a entrada ”A1” e
antes de uma célula que contenha a entrada “A11”.
Os textos e os textos que incluem números, classificados como texto,
são classificados na seguinte ordem:
• 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 (espaço) ! “ # $ % & ( ) * , . / : ; ? @ [ \ ] ^ _ ` { | } ~ +
<=>ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
Texto
• Apóstrofos (') e hífens (-) são ignorados, com uma exceção: se duas
sequências de caracteres de texto forem iguais exceto pelo hífen, o texto
com hífen será classificado por último.
Observação: Se você alterou a ordem de classificação padrão para que ela
fizesse distinção entre letras maiúscula e minúsculas na caixa de diálogo
Opções de Classificação, a ordem para os caracteres alfanuméricos é a
seguinte: a A b B c C d D e E f F g G h H i I j J k K l L m M n N o O p P q Q r
RsStTuUvVwWxXyYzZ
Lógica Em valores lógicos, FALSO é colocado antes de VERDADEIRO.
Erro Todos os valores de erro, como #NUM! e #REF!, são iguais.
Na classificação crescente ou decrescente, as células em branco são
sempre exibidas por último.
Células em branco
Observação: Uma célula em branco é uma célula vazia e é diferente de
uma célula com um ou mais caracteres de espaço.

CLASSIFICAÇÃO PERSONALIZADA
Você pode usar uma lista personalizada para classificar em uma ordem definida pelo usuário.

1. Selecione uma coluna de dados em um intervalo de células ou certifique-se de que a célula


ativa esteja em uma coluna da tabela.

2. Na guia Página Inicial, no grupo Edição, clique em Classificar e Filtrar e, em seguida, clique
em Personalizar Classificação.
A caixa de diálogo Classificar será exibida.

3. Em coluna, na caixa Classificar por ou Em seguida por, selecione a coluna que deseja
classificar. Se for necessário, adicione mais níveis.

www.acasadoconcurseiro.com.br 287
4. Em Ordenar, selecione o método desejado.

5. Clique em OK.

CONFIGURAR PÁGINA

Área de Impressão
Se você imprime frequentemente uma seleção específica da planilha, defina uma área de
impressão que inclua apenas essa seleção. Uma área de impressão corresponde a um ou mais
intervalos de células que você seleciona para imprimir quando não deseja imprimir a planilha
inteira. Quando a planilha for impressa após a definição de uma área de impressão, somente
essa área será impressa. Você pode adicionar células para expandir a área de impressão quando
necessário e limpar a área de impressão para imprimir toda a planilha.
Uma planilha pode ter várias áreas de impressão. Cada área de impressão será impressa como
uma página separada.

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Informática – Microsoft Excel 2016 – Prof. Márcio Hunecke

Definir uma ou mais áreas de impressão

1. Na planilha, selecione as células que você deseja definir como área de impressão. É possível
criar várias áreas de impressão, mantendo a tecla CTRL pressionada e clicando nas áreas
que você deseja imprimir.

2. Na guia Layout da Página, no grupo Configurar Página, clique em Área de Impressão e, em


seguida, clique em Definir Área de Impressão.

Adicionar células a uma área de impressão existente

1. Na planilha, selecione as células que deseja adicionar à área de impressão existente.

Observação:
Se as células que você deseja adicionar não forem adjacentes à área de impressão
existente, uma área de impressão adicional será criada. Cada área de im- pressão em
uma planilha é impressa como uma página separada. Somente as células adjacentes
podem ser adicionadas a uma área de impressão existente.

2. Na guia Layout da Página, no grupo Configurar Página, clique em Área de Impressão e, em


seguida, clique em Adicionar à Área de Impressão.

Limpar uma área de impressão

Observação:
Se a sua planilha contiver várias áreas de impressão, limpar uma área de impressão
removerá todas as áreas de impressão na planilha.

1. Clique em qualquer lugar da planilha na qual você deseja limpar a área de impressão.

2. Na guia Layout da Página, no grupo Configurar Página, clique em Limpar Área de


Impressão.

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Quebras de Página
Quebras de página são divisores que separam uma planilha (planilha: o principal documento
usado no Excel para armazenar e trabalhar com dados, também chamado planilha eletrônica,
que consiste em células organizadas em colunas e linhas e é sempre armazenada em uma pasta
de trabalho) em páginas separadas para impressão. O Microsoft Excel insere quebras de página
automáticas com base no tamanho do papel, nas configurações de margem, nas opções de
escala e nas posições de qualquer quebra de página manual inserida por você. Para imprimir
uma planilha com o número exato de páginas desejado, ajuste as quebras de página na planilha
antes de imprimi-la.
Embora você possa trabalhar com quebras de página no modo de exibição Normal, é
recomendável usar o modo de exibição Visualizar Quebra de Página para ajustá-las de forma
que você possa ver como outras alterações feitas por você (como alterações na orientação
de página e na formatação) afetam as quebras de página automáticas. Por exemplo, você
pode ver como uma alteração feita por você na altura da linha e na largura da coluna afeta o
posicionamento das quebras de página automáticas.
Para substituir as quebras de página automáticas que o Excel insere, é possível inserir suas
próprias quebras de página manuais, mover as quebras de página manuais existentes ou
excluir quaisquer quebras de página inseridas manualmente. Também é possível removê-las de
maneira rápida. Depois de concluir o trabalho com as quebras de página, você pode retornar ao
modo de exibição Normal.

Para inserir uma quebra de página

1. Selecione a planilha que você deseja modificar.

2. Na guia Exibir, no grupo Modos de Exibição da Planilha, clique em Visualização da Quebra


de Página.

Dica:
Também é possível clicar em Visualizar Quebra de Página na barra de status.

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Informática – Microsoft Excel 2016 – Prof. Márcio Hunecke

Observação:
Se você obtiver a caixa de diálogo Bem-vindo à Visualização de Quebra de Página,
clique em OK. Para não ver essa caixa de diálogo sempre que você for para o modo de
exibição Visualização de Quebra de Página, marque a caixa de seleção Não mostrar
esta caixa de diálogo novamente antes de clicar em OK.

3. Siga um destes procedimentos:


•• Para inserir uma quebra de página horizontal, selecione a linha abaixo da qual você deseja
inseri-la.
•• Para inserir uma quebra de página vertical, selecione a coluna à direita da qual você deseja
inseri-la.

4. Na guia Layout da Página, no grupo Configurar Página, clique em Quebras.

5. Clique em Inserir Quebra de Página.

Dica:
Também é possível clicar com o botão direito do mouse na linha abaixo da qual ou
na coluna à direita da qual você deseja inserir uma quebra de linha e clicar em Inserir
Quebra de Página.

Imprimir Títulos
Se uma planilha ocupar mais de uma página, você poderá imprimir títulos ou rótulos de linha e
coluna (também denominados títulos de impressão) em cada página para ajudar a garantir que
os dados sejam rotulados corretamente.

1. Selecione a planilha que deseja imprimir.

2. Na guia Layout da Página, no grupo Configurar Página, clique em Imprimir Títulos.

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Observação:
O comando Imprimir Títulos aparecerá esmaecido se você estiver em modo de edição
de célula, se um gráfico estiver selecionado na mesma planilha ou se você não tiver
uma impressora instalada.

3. Na guia Planilha, em Imprimir títulos, siga um destes procedimentos ou ambos:


•• Na caixa Linhas a repetir na parte superior, digite a referência das linhas que contêm os
rótulos da coluna.
•• Na caixa Colunas a repetir à esquerda, digite a referência das colunas que contêm os
rótulos da linha.
Por exemplo, se quiser imprimir rótulos de colunas no topo de cada página impressa, digite
$1:$1 na caixa Linhas a repetir na parte superior.

Dica:
Também é possível clicar no botão Recolher Caixa de Diálogo , na extremidade
direita das caixas Linhas a repetir na parte superior e Colunas a repetir à esquerda, e
selecionar as linhas ou as colunas de título que deseja repetir na planilha. Depois de
concluir a seleção das linhas ou colunas de título, clique no botão Recolher Caixa de
Diálogo novamente para voltar à caixa de diálogo.

Observação:
Se você tiver mais de uma planilha selecionada, as caixas Linhas a repetir na parte
superior e Colunas a repetir à esquerda não estarão disponíveis na caixa de diálogo
Configurar Página. Para cancelar uma seleção de várias planilhas, clique em qualquer
planilha não selecionada. Se nenhuma planilha não selecionada estiver visível, clique
com o botão direito do mouse na guia da planilha selecionada e clique em Desagrupar
Planilhas no menu de atalho.

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Informática – Microsoft Excel 2016 – Prof. Márcio Hunecke

IMPRESSÃO

É possível imprimir planilhas e pastas de trabalho inteiras ou parciais, uma ou várias por vez. Se
os dados que você deseja imprimir estiverem em uma tabela do Microsoft Excel, você poderá
imprimir apenas a tabela do Excel.

Imprimir uma planilha ou pasta de trabalho inteira ou parcial

1. Siga um destes procedimentos:


•• Para imprimir uma planilha parcial, clique na planilha e selecione o intervalo de dados que
você deseja imprimir.
•• Para imprimir a planilha inteira, clique na planilha para ativá-la.
•• Para imprimir uma pasta de trabalho, clique em qualquer uma de suas planilhas.

2. Clique em Arquivo e depois clique em Imprimir.


Atalho do teclado Você também pode pressionar CTRL + P.

3. Em Configurações, selecione uma opção para imprimir a seleção, a(s) planilha(s) ativa(s) ou
a pasta de trabalho inteira.

Observação:
Se uma planilha tiver áreas de impressão definidas, o Excel imprimirá apenas essas
áreas. Se você não quiser imprimir apenas uma área de impressão definida, marque a
caixa de seleção Ignorar área de impressão.

Imprimir várias planilhas de uma vez

1. Selecione as planilhas que você deseja imprimir.

Para selecionar Faça o seguinte


Clique na guia da planilha.

Uma única planilha Caso a guia desejada não esteja exibida, clique
nos botões de rolagem de guias para exibi-la e
clique na guia.

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Clique na guia da primeira planilha. Em seguida,
mantenha pressionada a tecla SHIFT enquanto
Duas ou mais planilhas adjacentes
clica na guia da última planilha que deseja
selecionar.
Clique na guia da primeira planilha. Em seguida,
mantenha pressionada a tecla CTRL enquanto
Duas ou mais planilhas não adjacentes
clica nas guias das outras planilhas que deseja
selecionar.
Clique com o botão direito do mouse em uma
Todas as planilhas de uma pasta de trabalho guia de planilha e clique em Selecionar Todas as
Planilhas.

2. Clique em Arquivo e depois clique em Imprimir.


Atalho do teclado Você também pode pressionar CTRL + P.

Imprimir várias pastas de trabalho de uma vez


Todos os arquivos da pasta de trabalho que você deseja imprimir devem estar na mesma pasta.

1. Clique no Arquivo e clique em Abrir.


Atalho do teclado Você também pode pressionar CTRL + A.
2. Mantenha a tecla CTRL pressionada e clique no nome de cada pasta de trabalho que você
deseja imprimir.

3. Clique com o botão direito do mouse na seleção e, em seguida, clique em Imprimir.

Imprimir uma planilha ou pasta de trabalho


Você pode imprimir planilhas e pastas de trabalho do Microsoft Excel, uma ou várias por vez.
Também é possível imprimir uma planilha parcial, como uma tabela do Excel.

Como se preparar para uma impressão


Antes de imprimir uma planilha com grandes quantidades de dados, ajuste rapidamente
a planilha no modo de exibição Layout da Página. Você pode ver e editar elementos como
margens, orientação de página e cabeçalhos e rodapés.
Verifique se os dados estão visíveis na tela. Por exemplo, se o texto ou os números forem muito
longos para caber em uma coluna eles aparecerão como teclas de cerquilha (##). Também é
possível aumentar coluna para evitar isso.

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Informática – Microsoft Excel 2016 – Prof. Márcio Hunecke

1. Dimensionamento de coluna

2. Dimensionamento de linha

Observação:
Algumas formatações, como texto colorido ou sombreamento de célula, podem ficar
com uma boa aparência na tela, mas você pode não gostar de sua aparência quando
for impressa em uma impressora branco e preto. Talvez você queira imprimir uma
planilha com as linhas de grade exibidas para que os dados, as linhas e as colunas
fiquem mais realçadas.

Recursos adicionais:
•• Visualizar páginas da planilha antes de imprimir
•• Imprimir uma planilha na orientação paisagem ou retrato
•• Inserir, mover ou excluir quebras de página manuais em uma planilha
•• Usar cabeçalhos e rodapés em impressões de planilhas

Imprimir uma ou várias planilhas


Selecione as planilhas que você deseja imprimir.

www.acasadoconcurseiro.com.br 295
Como selecionar várias planilhas

Para selecionar Faça isto


Clique na guia da planilha.

Uma única planilha Caso a guia desejada não esteja exibida, clique
nos botões de rolagem de guias para exibi-la e,
em seguida, clique na guia.

Clique na guia da primeira planilha. Em seguida,


mantenha pressionada a tecla SHIFT enquanto
Duas ou mais planilhas adjacentes
clica na guia da última planilha que deseja
selecionar.
Clique na guia da primeira planilha. Mantenha
Duas ou mais planilhas não adjacentes pressionada a tecla CTRL enquanto clica nas guias
das outras planilhas que deseja selecionar.
Clique com o botão direito do mouse em uma
Todas as planilhas de uma pasta de trabalho guia da planilha e clique em Selecionar Todas as
Planilhas no menu de atalho.

Dica:
Quando várias planilhas são selecionadas, [Grupo] aparece na barra de título na parte
superior da planilha. Para cancelar uma seleção de várias planilhas em uma pasta
de trabalho, clique em alguma planilha não selecionada. Se nenhuma planilha não
selecionada estiver visível, clique com o botão direito do mouse na guia da planilha
selecionada e clique em Desagrupar Planilhas.

Clique em Arquivo e em Imprimir.


Atalho de teclado Você também pode pressionar CTRL + P.
Clique no botão Imprimir ou ajuste as Configurações antes de clicar no botão Imprimir.

Imprimir parte de uma planilha


Clique na planilha e selecione o intervalo de dados que você deseja imprimir.

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Informática – Microsoft Excel 2016 – Prof. Márcio Hunecke

Clique em Arquivo e em Imprimir.


Atalho de teclado. Você também pode pressionar CTRL + P.
Em Configurações, clique na seta ao lado de Imprimir Planilhas Ativas e selecione Imprimir
Tabela Selecionada.
Clique no botão Imprimir.

Dica:
Se uma planilha tiver áreas de impressão definidas, o Excel imprimirá apenas essas
áreas. Se você não quiser imprimir apenas uma área de impressão definida, marque a
caixa de seleção Ignorar área de impressão.

Imprimir uma ou várias pastas de trabalho

Todos os arquivos da pasta de trabalho que você deseja imprimir devem estar na mesma pasta.
Clique em Arquivo e em Abrir.
Atalho de teclado. Você também pode pressionar CTRL + O.
Mantenha a tecla CTRL pressionada e clique no nome de cada pasta de trabalho que você
deseja imprimir.
Siga um destes procedimentos:
Em um computador que esteja executando o Windows 7 ou Vista:
•• Clique com o botão direito do mouse na seleção e, em seguida, clique em Imprimir.
Em um computador que esteja executando o Windows XP:
•• Na caixa de diálogo Abrir, clique em Ferramentas e, em seguida, clique em Imprimir.

Imprimir uma tabela do Excel


Clique em uma célula dentro da tabela para habilitá-la.
Clique em Arquivo e em Imprimir.
Atalho de teclado. Você também pode pressionar CTRL + P.
Em Configurações, clique na seta ao lado de Imprimir Planilhas Ativas e selecione Tabela
Selecionada.
Clique no botão Imprimir.

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Imprimir uma pasta de trabalho em um arquivo
Clique em Arquivo e em Imprimir.
Atalho de teclado. Você também pode pressionar CTRL + P.
Em Impressora, selecione Imprimir em Arquivo.
Clique no botão Imprimir.
Na caixa de diálogo Imprimir em Arquivo, em Nome do Arquivo de Saída, digite um nome
para o arquivo e clique em OK. O arquivo será exibido na pasta padrão (geralmente Meus
Documentos).

Dica:
Se você imprimir posteriormente o arquivo em um tipo de impressora diferente, as
quebras de página e o espaçamento de fonte poderão mudar.

Algumas outras novidades do Excel 2013

A primeira coisa que você verá quando abrir o Excel é uma nova aparência. Ela é mais organizada
e foi desenvolvida para ajudar você a obter resultados com aparência profissional rapidamente.
Você encontrará muitos recursos novos que permitirão que você se livre de paredes de
números e desenhe imagens mais persuasivas de seus dados, que o auxiliarão a tomar decisões
melhores e com base em mais informações.

Os modelos fazem a maior parte da configuração e o design do trabalho para você, assim você
poderá se concentrar nos dados. Quando você abre o Excel 2013, são exibidos modelos para
orçamentos, calendários, formulários e relatórios e muito mais.

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Informática – Microsoft Excel 2016 – Prof. Márcio Hunecke

Análise instantânea de dados

A nova ferramenta Análise Rápida permite que você converta seus dados em um gráfico ou
em uma tabela, em duas etapas ou menos. Visualize dados com formatação condicional,
minigráficos ou gráficos e faça sua escolha ser aplicada com apenas um clique.

Preencher uma coluna inteira de dados em um instante

O Preenchimento Relâmpago é como um assistente de dados que termina o trabalho para


você. Assim que ele percebe o que você deseja fazer, insere o restante dos dados de uma só vez,
seguindo o padrão reconhecido em seus dados. Para ver quando esse recurso é útil, consulte
Dividir uma coluna de dados com base no que você digitar.

Salvar e compartilhar arquivos online

www.acasadoconcurseiro.com.br 299
O Excel torna mais fácil salvar suas pastas de trabalho no seu próprio local online, como seu
OneDrive gratuito ou o serviço do Office 365 de sua organização. Também ficou mais fácil
compartilhar suas planilhas com outras pessoas. Independentemente de qual dispositivo elas
usem ou onde estiverem, todas trabalham com a versão mais recente de uma planilha. Você
pode até trabalhar com outras pessoas em tempo real. Para obter mais informações, consulte
Salvar uma pasta de trabalho na Web.

Novos recursos de gráfico

Mudanças na faixa de opções para gráficos

O novo botão Gráficos Recomendados na guia Inserir permite que você escolha entre uma
série de gráficos que são adequados para seus dados. Tipos relacionados de gráficos como
gráficos de dispersão e de bolhas estão sob um guarda-chuva. E existe um novo botão para
gráficos combinados: um gráfico favorito que você solicitou. Quando você clicar em um gráfico,
você também verá uma faixa de opções mais simples de Ferramentas de Gráfico. Com apenas
uma guia Design e Formatar, ficará mais fácil encontrar o que você precisa.

Fazer ajuste fino dos gráficos rapidamente

Três novos botões de gráfico permitem que você escolha e visualize rapidamente mudanças
nos elementos do gráfico (como títulos ou rótulos), na aparência e no estilo de seu gráfico ou
nos dados que serão mostrados. Para saber mais sobre isso, consulte Formatar seu gráfico.

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Informática – Microsoft Excel 2016 – Prof. Márcio Hunecke

Rótulos de dados sofisticados

Agora você pode incluir um texto sofisticado e atualizável de pontos de dados ou qualquer
outro texto em seus rótulos de dados, aprimorá-los com formatação e texto livre adicional
e exibi-los em praticamente qualquer formato. Os rótulos dos dados permanecem no lugar,
mesmo quando você muda para um tipo diferente de gráfico. Você também pode conectá-los
a seus pontos de dados com linhas de preenchimento em todos os gráficos, não apenas em
gráficos de pizza. Para trabalhar com rótulos de dados sofisticados, consulte Alterar o formato
dos rótulos de dados em um gráfico.

Visualizar animação nos gráficos


Veja um gráfico ganhar vida quando você faz alterações em seus dados de origem. Não é apenas
divertido observar, o movimento no gráfico também torna as mudanças em seus dados muito
mais claras.

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Algumas outras novidades do Excel 2016

Novo treinamento do Excel


O Centro de treinamento do Office tem novos cursos do Excel, criados em parceria com o
LinkedIn aprendizado. Assista a vídeos no seu ritmo para saber mais sobre o Excel 2016,
incluindo a curso para iniciantes em Excel até cursos para utilizar o Excel no iPad. Mais
informações: https://support.office.com/pt-br/article/Treinamento-do-Excel-9bc05390-e94c-
46af-a5b3-d7c22f6990bb

Nenhum aviso ao salvar como arquivo CSV


Lembra-se desse aviso? "O arquivo pode conter recursos que não são compatíveis com CSV..."
Você pediu, nós atendemos! Não mostraremos mais isso quando você salvar um arquivo CSV.

Inserir Equações e Formas à tinta


Incluir equações matemáticas ficou muito mais fácil. Vá até Inserir → Equação (Formas) →
Equação à Tinta sempre que desejar incluir uma equação matemática complexa em um
documento ou uma forma. Se tiver um dispositivo sensível ao toque, use o dedo ou uma caneta
de toque para escrever equações matemáticas ou formas à mão, e o Excel 2016 vai convertê-las
em texto. Caso não tenha um dispositivo sensível ao toque, use o mouse para escrever. Você
pode também apagar, selecionar e fazer correções à medida que escreve.

302 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática – Microsoft Excel 2016 – Prof. Márcio Hunecke

Seis novos tipos de gráficos


As visualizações são essenciais para proporcionar análises de dados eficientes, bem como um
compartilhamento de histórias atraente. Adicionamos seis novos gráficos ao Excel 2016, com as
mesmas opções sofisticadas de formatação que você já conhece, para ajudá-lo a criar algumas
das visualizações de dados mais usadas de informações hierárquicas ou financeiras, ou para
revelar propriedades estatísticas em seus dados.
Para visualizar, clique em Gráficos Recomendados → Todos os Gráficos para ver todos os novos
gráficos. O tipo Histograma tem dois subtipos: Histograma e Pareto.

Obter e transformar (Nova Consulta)


Antes de começar a análise de dados, você deve ser capaz de apresentar os dados relevantes
para a questão comercial que está tentando responder. O Excel 2016 vem com uma
funcionalidade interna que auxilia na obtenção e transformação de dados com rapidez e
agilidade, o que permite localizar e revelar todos os dados necessários em um só local. Esses
novos recursos, anteriormente disponíveis apenas como um suplemento separado chamado
Power Query, podem ser encontrados nativamente dentro do Excel. Acesse-os no grupo Obter
e Transformar na guia Dados. Com esse novo botão (Nova Consulta) é possível importar dados
de inúmeros tipos de fontes de dados.

Também é possível Publicar as informações diretamente para o aplicativo Power BI, usando a
opção Arquivo → Publicar → Publicar no Power BI.

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Ajuda e Suporte Modernos no Aplicativo
Atualizamos a caixa Diga-me o que você
deseja fazer, na parte superior da Faixa
de Opções, com recursos de pesquisa,
recomendações e conteúdo aprimorados
para responder às suas perguntas de forma
mais rápida e eficiente. Agora, quando você
pesquisa um determinado item, função ou
tarefa, o Excel exibe uma grande variedade
de opções. Se for uma tarefa rápida, o Excel
tentará apresentar uma solução para você
diretamente no painel Diga-me. Se for
uma questão mais complexa, mostraremos
um tópico da Ajuda mais adequado às suas necessidades. Experimente para ver como você
consegue encontrar rapidamente o que está procurando.

Compartilhamento mais simples


Escolha “Compartilhar” na faixa de opções para
compartilhar uma planilha com outras pessoas no
SharePoint, no OneDrive ou no OneDrive for Busi-
ness.
Essas alterações reúnem dois aspectos principais da
colaboração: quem tem acesso a um determinado
documento e quem está trabalhando com você no
documento atualmente. Agora você pode exibir am-
bas as informações em um só lugar da caixa de diá-
logo Compartilhar.
Outro recursos novo é o “Compartilhados comigo”.
Isso faz lembrar algo? Alguém compartilhou um ar-
quivo do OneDrive, mas você não consegue encon-
trar a mensagem de email que tem o link. Sem problemas. Com
essa atualização, você pode clicar em Arquivo → Abrir → Comparti-
lhado comigo. Isso mostrará todos os arquivos que foram compar-
tilhados com você.

Novas Temas
Para alterar a cor do Plano de Fundo e o Tema de todos os programas do Office, vá para Arquivo
→ Conta em qualquer programa aberto do Office e, em seguida, clique no menu suspenso ao
lado de Tema do Office. (Ou vá para Arquivo → Opções → Geral → Tema do Office). Os temas
disponíveis são: Colorido, Cinza Escuro, Preta e Branco.

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Informática – Microsoft Excel 2016 – Prof. Márcio Hunecke

Remoção de plano de fundo mais fácil


Tornamos mais fácil remover e editar o plano de fundo de uma imagem. O Excel detecta
automaticamente a área de plano de fundo geral. Você não tem mais desenhar um retângulo
em torno de primeiro plano da imagem. Use o lápis para marcar áreas a manter ou remover
agora pode desenhar linhas de forma livre, em vez de estar limitado a linhas retas.

Mapas 3D
O Power Map, nossa ferramenta de visualização geoespacial 3D mais conhecida, foi renomeado
e agora vem interno no Excel. Esse recurso está disponível para todos os clientes do Excel 2016.
Este conjunto inovador de recursos para compartilhamento de histórias foi renomeado como
Mapas 3D e pode ser encontrado junto com outras ferramentas de visualização clicando em
Mapas 3D na guia Inserir.

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Previsão em um clique
Nas versões anteriores do Excel, somente a previsão linear estava disponível. No Excel 2016,
a função PREVISÃO foi estendida para permitir previsões baseadas na Suavização Exponencial
(como FORECAST.ETS() …). Essa funcionalidade também está disponível como um novo botão
de previsão de clique único. Na guia Dados, clique no botão “Planilha de Previsão” para
criar rapidamente uma visualização de previsão da série de dados. A partir do assistente,
você também pode encontrar opções para ajustar parâmetros comuns de previsão, como
sazonalidade, o que é automaticamente detectado por padrão e intervalos de confiança.

Novos modelos
O Excel 2016 segue apresentando modelos quando a aplicativo é iniciado, assim como na
versão 2013. Três modelos que foram incluídos merecem destaque. “Análise do fluxo de caixa”
e “Estoque de Armazém”. Esses modelos controlam o que você ganha, quanto você gasta e
onde ocorrem seus gastos. Além disso, analise com rapidez e compare o desempenho das ações
selecionadas com o passar do tempo. Outro modelo importante “Informações do calendário”
que exibe o seu calendário em forma de painel e analise os dados. Você terá um melhor controle
sobre como gasta seu tempo e poderá identificar maneiras de aproveitar melhor os seus dias.

306 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática

E-MAIL: CONCEITOS GERAIS

O correio eletrônico tornou-se popular devido a sua grande facilidade em quebrar barreiras
geográficas. Pessoas que estão em diferentes continentes podem se comunicar livremente
(desde que possuam computadores ou qualquer outro dispositivo com tal funcionalidade
conectados à Internet), enviando e recebendo mensagens a qualquer hora do dia e para
qualquer parte do mundo.
Formato padrão para um endereço de e-mail no Brasil: nomedousuario@nomedaempresa.
com.br. Ex.: marcio@acasadoconcurseiro.com.br

Webmail e Aplicativos de e-mail

O acesso ao e-mail pode ser realizado através do navegador de internet (Webmail) ou através de
aplicativos/ferramentas especializadas para acesso ao correio eletrônico. A principal vantagem
dos webmails é a mobilidade, pois é necessário apenas um computador com navegador e
acesso à internet. A utilização de aplicativos traz a possibilidade de acesso aos e-mails sem
a necessidade de conexão com a internet (modo off-line) e normalmente as ferramentas
disponibilizam mais recursos de organização e pesquisa dos e-mails.
As principais ferramentas do mercado são:
•• Mozilla Thunderbird – Aplicativo baseado em software livre, gratuito e disponível para
Windows, Linux e Mac OS.
•• Microsoft Outlook – Aplicativo baseado em software proprietário, comercializado
juntamente com o pacote Microsoft Office e disponível para Windows e Mac OS.
•• Outlook Express – Aplicativo baseado em software proprietário que vinha com o Windows
XP. Não tem versões para Windows 7 ou superiores. Produto descontinuado desde 8 de
abril de 2014 juntamente com o Windows XP.
•• Windows Live Mail – Aplicativo baseado em software proprietário, gratuito e parte de um
pacote de softwares da Microsoft chamado Windows Essentials. A Microsoft descontinuou
esse pacote e fornecerá/forneceu somente até 10 de janeiro de 2017.
•• Eudora – Software gratuito, disponível para Windows e Mac OS. Foi descontinuado em 10
de novembro de 2006.
•• Outlook ou E-mail – Aplicativo interno do Windows 8, Windows 8.1 e Windows 10.

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As duas principais empresas com soluções mundialmente utilizadas de webmail são o Google
e a Microsoft. A solução do Google se chama Gmail.com e a solução do Microsoft se chama
Outlook.com. Anteriormente se chamava Hotmail.com.

Protocolos de e-mail

Ao todo, 4 protocolos são utilizados nas soluções de correio eletrônico:


1) SMTP (Simple Mail Transfer Protocol): protocolo responsável pelo envio de mensagens
eletrônicas, é o protocolo mais importante e fundamental para o funcionamento de
soluções de e-mail.
2) IMAP4 (Internet Message Access Protocol): é um protocolo de recebimento de mensagens.
O IMAP não move, apenas copia os e-mails para o computador. Desta forma, permite que
o usuário possa acessar de qualquer lugar do mundo as mesmas mensagens que foram
copiadas para o seu computador. Permite também que o usuário possa escolher quais os
anexos que serão copiados com a mensagem. O IMAP é um protocolo mais atual e com
mais recursos em relação POP.
3) POP3 (Post Office Protocol): protocolo simples utilizado para obter mensagens contidas em
caixa postal remota, portanto, é um protocolo de recebimento de mensagens eletrônicas.
Quando o usuário utiliza POP3 para acessar a caixa postal, ele move todo o seu conteúdo
para o computador, deixando a caixa postal no provedor vazia.
4) HTTP(s) (Hypertext Transfer Protocol): Utilizado quando se acessa a caixa postal através do
navegador (webmail).

Acima o fluxo de mensagens quando remetente e destinatário utilizam webmail. Envio e


recebimento são feitos usando HTTP(s).

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Informática – E-mail: Conceitos Gerais – Prof. Márcio Hunecke

Acima o fluxo de mensagens quando remetente e destinatário utilizam aplicativos para e-mail.
Envio utiliza sempre SMTP e o recebimento pode ser com POP ou com IMAP.

Principais pastas

As pastas são utilizadas para organizar as mensagens. Todas as soluções possuem as pastas
abaixo e também permitem a criação de novas, para atender as necessidades de cada usuário.
•• Entrada: também chamada de Caixa de Entrada. Nesta caixa, são armazenadas todas as
mensagens recebidas, sem exceção.
•• Saída: quando uma mensagem é composta e o aplicativo está em modo off-line, a
mensagem é armazenada nesta caixa até a conexão ser feita e aplicativo receber o
comando para a mensagem ser enviada ou, conforme a configuração, ela pode ser
enviada automaticamente quando o programa se tornar on-line. É possível escrever várias
mensagens em Modo off-line e depois se conectar para enviá-las todas de uma só vez.
•• Enviados: toda vez que uma mensagem é enviada, ela vai para o destinatário e também
fica armazenada na caixa de Enviados ou também chamada de Itens Enviados.
•• Lixeira: quando uma mensagem é excluída de uma pasta, ela vai para a Lixeira. Para
restaurar uma mensagem, é necessário movê-la para a caixa original. Quando se apaga
uma mensagem dessa pasta, ela será excluída permanentemente.
•• Rascunhos: pasta onde se pode manter uma mensagem que não se deseja enviar. Para
colocar uma mensagem nesta pasta, deve-se salvá-la, em vez de enviá-la.
•• Lixo eletrônico: pasta para onde as mensagens são movidas quando as ferramentas
detectarem ela como SPAM ou lixo eletrônico.

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Campos utilizados

Ao redigir uma nova mensagem, diversos campos estão disponíveis. Alguns são obrigatórios e
outros opcionais.

Janela Nova mensagem do Mozilla Thunderbird

Campo DE: já vem preenchido automaticamente com a conta padrão configurada. Se houver
mais de uma conta cadastrada, o remetente poderá alterar a conta padrão e enviar com outro
e-mail. Esse campo é o único que precisa estar preenchido.
Campo PARA: utilizado para o identificar o destinatário principal da mensagem. Campo pode
conter mais de um destinatário e é opcional, desde que algum destinatário seja incluído em
outro campo (CC ou CCO).
Campo CC: (com cópia ou cópia carbonada) utilizado para identificar o destinatário que deve
tomar conhecimento da mensagem ou também conhecido como destinatário secundário.
Campo pode conter mais de um destinatário e é opcional, desde que algum destinatário seja
incluído em outro campo (PARA ou CCO).
Campo CCO: (com cópia oculta ou cópia carbonada oculta) este campo permite que o usuário
envie mensagens para um ou mais destinatários sem que os que receberam, por intermédio de
Para e Cc, fiquem sabendo. Campo pode conter mais de um destinatário e é opcional, desde
que algum destinatário seja incluído em outro campo (PARA ou CC).
Campo Assunto: digite um título para a mensagem. Campo opcional, mas se não for preenchido,
provavelmente será alertado ao enviar a mensagem.

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Informática – E-mail: Conceitos Gerais – Prof. Márcio Hunecke

Campo Anexar: Clique no botão “Anexar”, normalmente representado por um clips , selecione
o arquivo a ser anexado e clique “Abrir”. Em seguida, clique em Anexar. O tamanho máximo de
cada arquivo anexo, pode variar de uma solução para outra, mas atualmente o tamanho
“máximo” aceitável fica em outro de 20Mb.

www.acasadoconcurseiro.com.br 311
Informática

CONCEITOS DE REDES E INTERNET

Uma rede de computadores é um conjunto de equipamentos interligados de maneira a


trocar informações e a compartilhar recursos como arquivos de dados gravados, impressoras,
modems, softwares e outros equipamentos.
Redes locais foram criadas para que estações de trabalho, compostas basicamente de
computadores do tipo PC (personal computer), pudessem compartilhar impressoras, discos
rígidos de alta capacidade de armazenamento de dados e, principalmente, compartilhar
arquivos de dados.
Antes da conexão dos computadores em rede, as empresas possuíam computadores
independentes com diversas bases de dados (arquivos de dados) espalhados em duplicidade
pela empresa. Esta situação gera problemas devido ao fato de que, nem sempre, os dados em
duplicidade são iguais, pois um usuário pode alterar seus arquivos e outro não, passando a
haver divergência entre as informações.

ALGUNS CONCEITOS
ENDEREÇO IP – Cada host, ou seja, cada computador ou equipamento que faz parte de uma
rede deve ter um endereço pelo qual é identificado nela. Em uma rede TCP/IP, todos os hosts
têm um endereço IP. A atribuição do endereço IP poderá ser fixo ou dinâmico.
IP FIXO – Será um IP Fixo quando o administrador da rede atribuir um número ao equipamento.
Esse número permanecerá registrado no equipamento mesmo quando ele estiver desligado.
IP DINÂMICO – Este IP não será atribuído pelo administrador da rede e sim por meio de
um software chamado DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol) que tem como função
a atribuição de IP a cada equipamento que se conectar à rede. Neste tipo de IP, quando
o equipamento for desconectado da rede, perderá o seu número e só obterá um novo ou o
mesmo número quando se conectar novamente. É o tipo de IP utilizado pelos provedores
quando um usuário se conecta à Internet.
IPV4 – O endereço contém 32 bits (binário) e é dividido em quatro octetos (4 X 8 bits) separados
por um ponto. Cada octeto é representado em binário por ter números entre 0 e 255. Exemplos:
10.10.10.10, 192.168.1.0.
IVP6 – O endereço contém 128 bits (binário) e é dividido em oito partes representadas em
hexadecimal separadas por dois pontos. Exemplo: fe80:0000:0000:0000:4c5b:7bcc:ce79:ab64.
O IPV6 é a solução para dois problemas atuais: falta de endereços IPV4 na Internet e o baixo
nível de segurança padrão das comunicações IPV4.

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Observação:
O endereço IPV4 e IPV6 de cada host na mesma rede deverá ser exclusivo; pois, caso
contrário, gerará um conflito de rede.

LOGIN – A cada usuário será atribuída pelo administrador da rede uma identificação também
chamada de LOGIN (nome de usuário). O login deverá ser exclusivo; pois, caso contrário, gerará
um conflito de rede.
LOGON – É o processo de se conectar a uma rede. Iniciar uma sessão de trabalho em uma rede.
LOGOFF OU LOGOUT – É o processo de se desconectar de uma rede. Encerrar uma sessão de
trabalho em uma rede.

INTERNET
Internet é uma rede mundial de computadores. Interliga desde computadores de bolso até
computadores de grande porte.
Browser ou Navegador: é um programa que permite a fácil navegação na Internet para acessar
todos os serviços. O programa permite o acesso e a navegação por interfaces gráficas (ícones),
traduzindo-as em comando de forma transparente para o usuário.
Os navegadores mais comuns são: Internet Explorer; Mozilla Firefox; Google Chrome; Apple
Safari; Opera.

TIPOS DE CONEXÃO À INTERNET


Linha discada: conexão discada ou dial-up que utiliza como dispositivo um modem. Esse meio
de acesso é o mais barato e também o mais lento. Sua taxa de transmissão máxima é de 56 Kbps
(kilobits por segundo). Enquanto em conexão, o telefone fica indisponível para outras ligações.
ADSL: dispositivo utilizado é um modem ADSL. Utiliza a linha telefônica, mas não ocupa a linha,
permitindo o acesso à internet e o uso simultâneo do telefone. A versão 2.2+ pode alcançar
velocidade de 25 Mbps. Para este tipo de conexão, o computador deverá possuir uma placa de
rede ou porta USB. Padrão atual é de 10 Mbps.
TV a cabo: dispositivo utilizado é um cable modem. Utiliza o cabo da TV a cabo e não a linha
telefônica. A velocidade padrão atual é de 10 Mbps. Pode alcançar 150 Mbps.
Rádio: a conexão é feita via ondas de rádio. Neste tipo de conexão, tanto o provedor quanto
o usuário deverão possuir equipamento para transmissão e recepção (antenas). Temos, neste
caso, as modalidades WI-FI e WI-MAX. Velocidade de 100 Mbps.
Satélite: nesta conexão, são usadas antenas especiais para se comunicar com o satélite
e transmitir ao computador que deverá possuir um receptor interno ou externo. Inviável

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Informática – Internet/Intranet – Prof. Márcio Hunecke

comercialmente para usuários domésticos pelo seu alto custo, porém muito útil para áreas
afastadas onde os demais serviços convencionais não estão disponíveis. Velocidade padrão é
de 1Mbps.
Celular: o dispositivo utilizado é um modem. Tecnologia 3G (3ª geração), que funciona através
das antenas de celular e velocidade de 3 Mbps. A grande vantagem desse tipo de conexão é a
mobilidade, ou seja, enquanto estamos conectados poderemos nos deslocar dentro de uma
área de abrangência da rede, sem a necessidade de ficarmos em um lugar fixo. 4G é a sigla
para a Quarta Geração de telefonia móvel para prover velocidades de acesso entre 100 Mbit/s
em movimento e 1 Gbit/s em repouso, mantendo uma qualidade de serviço (QoS) de ponta a
ponta (ponto-a-ponto) de alta segurança para permitir oferecer serviços de qualquer tipo, a
qualquer momento e em qualquer lugar.
FTTH: (Fiber To The Home): é uma tecnologia de interligação de residências através de fibra
ópticas para o fornecimento de serviços de TV digital, radio digital, acesso à Internet e telefonia.
A fibra óptica é levada até as residências, em substituição aos cabos de cobre ou cabos coaxiais
(utilizados em televisão a cabo). As residências são conectadas a um ponto de presença da
operadora de serviços de telecomunicações. Em 2013, algumas operadoras passaram a oferecer
velocidade de 150 Mbps a custos bem acessíveis.

DNS
DNS, abreviatura de Domain Name System (Sistema de Nomes de Domínio), é um sistema de
gerenciamento de nomes de domínios, que traduz o endereço nominal digitado no navegador
para o endereço numérico (IP) do site. O nome de domínio foi criado com o objetivo de facilitar
a memorização dos endereços de computadores na Internet. Sem ele, teríamos que memorizar
os endereços IPs.
O registro de domínios no Brasil é feito pela entidade Registro.br (Registro de Domínios para a
Internet no Brasil). Quando o site é registrado no Brasil utiliza-se a sigla BR. Quando não tem o
código do país significa que o site foi registrado nos EUA.
Alguns tipos de domínio:
•• .com – instituição comercial.
•• .gov – instituição governamental.
•• .net – empresas de telecomunicação.
•• .edu – instituições educacionais
•• .org – organizações não governamentais.
•• .jus – relacionado com o Poder Judiciário.
•• Outros exemplos de domínios: adv; inf; med; nom.
Domínio é uma parte da rede ou da internet que é de responsabilidade de alguém e dá o direito
e a responsabilidade para de usar alguns serviços na internet.

www.acasadoconcurseiro.com.br 315
TIPOS DE SERVIÇOS DISPONIBILIZADOS NA INTERNET
WWW (World Wide Web) – significa rede de alcance mundial e é um sistema de documentos
em hipermídia que são interligados e executados na internet. Os documentos podem estar
na forma de vídeos, sons, hipertextos e figuras. Para visualizar a informação, utiliza-se um
programa de computador chamado navegador.
E-MAIL – é um serviço que permite compor, enviar e receber mensagens através de sistemas
eletrônicos de comunicação.
FTP (File Transfer Protocol – Protocolo de Transferência de arquivos) – serviço para troca de
arquivos e pastas. Permite copiar um arquivo de uma máquina para outra.

PROTOCOLOS
Na ciência da computação, um protocolo é uma convenção ou padrão que controla e possibilita
uma conexão, comunicação ou transferência de dados entre dois sistemas computacionais. De
maneira simples, um protocolo pode ser definido como "as regras que governam" a sintaxe,
semântica e a sincronização da comunicação. Os protocolos podem ser implementados pelo
hardware, software ou por uma combinação dos dois.
HTTP (Hypertext Transfer Protocol – Protocolo de Transferência de Hipertextos) – permite a
transferência de documentos da Web, de servidores para seu computador.
HTTPS: é uma combinação do protocolo HTTP sobre uma camada de segurança, normalmente
SSL (Secure Sockets Layer). Essa camada adicional faz com que os dados sejam transmitidos
através de uma conexão criptografada, porém para que o site seja considerado seguro, deve
ter também um certificado digital válido, que garante a autenticidade e é representado por um
pequeno cadeado no Navegador.
HTML: É uma linguagem de programação para produzir sites.

INTERNET, INTRANET E EXTRANET


INTERNET: é uma rede pública de acesso público.
INTRANET: utiliza os mesmos conceitos e tecnologias da Internet, porém é uma rede privada,
ou seja, restrita ao ambiente interno de uma organização. Os mesmos serviços que rodam na
Internet podem rodar na Intranet, mas são restritos ao ambiente Interno. Exemplo disso é o
serviço de e-mail, que pode ser utilizado somente na rede Interna, para comunicação entre os
funcionários, sem a necessidade da Internet.
EXTRANET: algumas bancas consideram a Extranet como a "Intranet que saiu da empresa".
É a Intranet acessível aos funcionários da Instituição, via Internet, de fora da empresa, mas
ainda assim restrita ao público de interesse. A Extranet também pode ser considerada como
um sistema corporativo, acessível via Web (navegador), de fora da instituição. Um exemplo
seria um sistema de vendas que seja acessível via navegador, onde o vendedor pode acessar de
qualquer local para realizar uma venda.

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Informática

NAVEGADORES: CONCEITOS GERAIS

Navegador ou Browser é o principal programa para acesso à internet. Permite aos


usuários visitarem endereços na rede, copiar programas e trocar mensagens de web
mail.
Os navegadores mais utilizados são: Internet Explorer, Mozilla Firefox, Google Chrome,
Apple Safari, Opera.

Nesta apostila iremos trabalhar com os navegadores Internet Explorer, Mozilla Firefox e Google
Chrome.

BARRA DE FERRAMENTAS

O Internet Explorer possui diversas barras de ferramentas, incluindo a “Barra de menus”, a “Barra
de Favoritos”, a “Barra de comandos” e a “Barra de status”. Há também a Barra de Endereços,
na qual você pode digitar um endereço da Web. A “Barra de status” exibe mensagens como o
progresso do download da página. A única barra visível na configuração padrão é a Barra de
Endereços, todas as outras estão ocultas quando o navegador é instalado.

Internet Explorer 11

O Mozilla Firefox em sua versão 50 possui a “Barra de menus” e a “Barra de favoritos”. O local
para digitação do endereço do site é chamado de “Barra de endereço” e diferentemente dos
outros navegadores ainda apresenta a “Barra de Pesquisa”.

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Mozilla Firefox 50

O Google Chrome na versão 55 apresenta apenas um Barra de Ferramentas, a “Barra de


favoritos. É o navegador que tem menos ícones na sua configuração padrão.

Google Chrome 55

Obs: Os ícones apresentados serão sempre na ordem: Internet Explorer, Mozilla Firefox e Google
Chrome e as teclas de atalhos aplicam-se ao Internet Explorer.

Botões Voltar (Alt + ←) e Avançar (Alt + →)


Esses dois botões permitem recuar ou avançar nas páginas que foram abertas no Internet
Explorer e Google Chrome. O Mozilla Firefox apresenta apenas o botão Voltar.

Barra de endereços
A “Barra de endereços” é um espaço para digitar o endereço da página que você deseja acessar.
Pesquisar na web é mais fácil com a “Barra de endereços” que oferece sugestões, histórico e
preenchimento automático enquanto você digita. Você pode também alterar rapidamente os
provedores de pesquisa (“Mecanismos de pesquisa” no Firefox e Chrome), clicando na seta à
direita da “lupa” e escolhendo o provedor que você quer usar. No Internet Explorer, se quiser
adicionar novos provedores, basta clicar no botão “Adicionar”.

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Informática – Navegadores: Conceitos Gerais – Prof. Márcio Hunecke

No Mozilla Firefox a opção de gerenciar Mecanismos de Pesquisa é muito parecida com o


Internet Explorer, basta clicar na seta da Barra de Pesquisa e depois em “Alterar configurações
de pesquisa”.

No Google Chrome o gerenciamento de Mecanismos de pesquisa é realizado clicando no botão


Menu, opção “Configurações” e no botão “Gerenciar mecanismos de pesquisa”, ou clicando
com o botão da direita na Barra de endereços e selecionando “Editar mecanismos de pesquisa”.

Botão Atualizar (F5)


Recarrega a página atual. No Internet Explorer 8 a representação gráfica era diferente . No
Internet Explorer e Moziila Firefox este botão fica à direita da URL digitada e no Google Chrome
está localizada à esquerda.

Botão Ir para
Com a mesma função da tecla ENTER, esse botão inicia a pesquisa ou a abertura do conteúdo do
site digitado na barra de endereços. Esse botão fica disponível apenas quando algum caractere
está sendo digitado na barra de endereços do Internet Explorer ou Mozilla Firefox. O Chrome
não mostra esse botão.

Modo de exibição de Compatibilidade (exclusividade do Internet Explorer)


Às vezes, o site que você está visitando não é exibido da forma correta porque foi projetado
para uma versão mais antiga do Internet Explorer.
Quando o Modo de Exibição de Compatibilidade é ativado, o site que está visualizando será
exibido como se você estivesse usando uma versão mais antiga do Internet Explorer, corrigindo
os problemas de exibição, como texto, imagens ou caixas de texto desalinhados.

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Botão Interromper (Esc)
Interrompe a exibição da página que está sendo aberta. Isso evita que o usuário termine de
carregar uma página que não deseja mais visualizar.

Nova guia / aba


Para abrir uma nova guia, clique no botão “Nova guia” na linha de guias ou pressione
CTRL+ T. Para alternar entre as guias abertas pressione CRTL + TAB (para avançar) ou CTRL+SHIFT
+TAB (para retroceder). No Firefox as guias são chamadas de abas e a opção para criar uma
nova guia é representada por um sinal de mais . No Google Chrome, chama-se guias e tem
uma representação diferente .
No Internet Explorer ao clicar no botão “Nova guia” será apresentada a janela abaixo. A página
apresenta algumas diferenças de uma versão para outra do navegador, mas em geral traz os
itens abaixo destacados.

Frequentes: Mostra os 10 sites recentemente utilizados.


Reabrir guias fechadas: Permite abrir novamente guias que foram fechadas desde a abertura
desta janela do Internet Explorer.
Iniciar Navegação InPrivate: é uma opção para abrir uma nova janela para navegação InPrivate.
Ocultar sites: Permite ocultar os sites recentemente utilizados.
No Mozilla Firefox a “Nova aba” mostra os sites mais acessados (a quantidade depende do
zoom aplicado na página e da resolução, mas varia de 1 a 15). No canto superior direito à um
botão para personalização que permite alterar a página “Nova aba” para mostrar uma
página em branco.

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Informática – Navegadores: Conceitos Gerais – Prof. Márcio Hunecke

No Google Chrome a página “Nova guia” apresenta uma barra de pesquisa do Google e os 8
sites mais visitados. No canto superior direito aparecem atalhos para abrir o “Gmail”, para
alterar a barra de pesquisa do Google para “Imagens” e também atalhos para os aplicativos do
Google .

Guias Rápidas (exclusividade Internet Explorer)


No Internet Explorer 8, aparece um botão bem à esquerda das guias abertas. Nas versões
9 e 10 a funcionalidade vem desabilitada por padrão e só pode ser acessada através das teclas
de atalho. Na versão 11 não há mais essa opção. Quando há várias páginas da Web abertas ao
mesmo tempo, cada uma é exibida em uma guia separada. Essas guias facilitam a alternância
entre os sites abertos. As Guias Rápidas fornecem uma exibição em miniatura de todas as guias
abertas. Isso facilita a localização da página da Web que você deseja exibir.

Para ativar “Guias Rápidas” no IE 9 e IE 10, clicar no botão Ferramentas, Opções da Internet,
guia Geral, botão Guias.

Para abrir uma página da Web usando guias rápidas clique na miniatura da página da Web que
você deseja abrir.

Home Page (Alt + Home)


A Home Page (ou página inicial) é exibida quando você inicia o navegador ou clica neste
botão. No Firefox e no Chrome o botão da página inicial pode estar visível ou não. Todos os
navegadores permitem a configuração de mais de uma página inicial.

Exibição em tela cheia e Zoom


Nos três navegadores a tecla F11 ativa ou desativa o modo de exibição em tela cheia. Para
alterar o zoom, podemos utilizar as teclas Ctrl + +, (aumenta o zoom), Ctrl + - (diminui o zoom)
ou Ctrl + 0 (volta ao zoom 100%).

www.acasadoconcurseiro.com.br 321
Exibir Favoritos, Feeds e Histórico (Alt + C)

Favoritos (CTRL + I)
Os favoritos do Internet Explorer são links para sites que você visita com frequência. Para
adicionar o site que você estiver visualizando à lista de favoritos clique no Botão Favoritos e
depois em “Adicionar a favoritos” ou pressione as teclas CTRL + D. Para gerenciar Favoritos no
Mozilla Firefox, clicar no botão , escolher a opção “Exibir todos os favoritos” (CTRL + SHIFT +
B) e então será apresentada uma nova janela denominada “Biblioteca”. Para adicionar o site
aberto na lista de favoritos, clicar no botão . No Google Chrome a adição de sites é realizada
através do botão que fica bem à direita da Barra de Endereços. Para organizar os Favoritos,
clicar no botão Menu e escolher a opção “Favoritos” → “Gerenciador de Favoritos”.

Feeds RSS (CTRL + G)


Os feeds RSS fornecem conteúdo frequentemente atualizado publicado por um site. Em geral,
são usados por sites de notícias e blogs, mas também para distribuir outros tipos de conteúdo
digital, incluindo imagens, áudios (normalmente no formato MP3) ou vídeos.
Um feed pode ter o mesmo conteúdo de uma página da Web, mas em geral a formatação é
diferente. Quando você assina, o Internet Explorer verifica automaticamente o site e baixa o
novo conteúdo para que possa ver o que foi acrescentado desde a sua última visita ao feed.
O acrônimo RSS significa Really Simple Syndication (agregação realmente simples) é usado para
descrever a tecnologia usada para criar feeds.
Quando você visita uma página da Web o botão Feeds , da Barra de Comandos do Internet
Explorer muda de cor, informando que há Feeds disponíveis. Para exibir clique no botão Feeds
e, em seguida, clique no feed que deseja ver.
No Firefox e no Google Chrome, para utilização de Feeds ou Web Slices é necessário adicionar
uma extensão ou complemento.

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Histórico (CTRL + H)
Para exibir o histórico de páginas da Web visitadas no Internet Explorer clique no botão
Favoritos e, em seguida, clique na guia Histórico. Clique no site que deseja visitar. A lista do
histórico pode ser classificada por data, nome do site, páginas mais visitadas ou visitadas mais
recentemente, clicando na lista que aparece na guia Histórico e é armazenada, por padrão por
20 dias no Internet Explorer. Os outros navegadores armazenam por diversos meses.
Durante a navegação na Web, o navegador armazena informações sobre os sites visitados,
bem como as informações que você é solicitado a fornecer frequentemente aos sites da Web
(como, por exemplo, nome e endereço). O Internet Explorer armazena os seguintes tipos de
informações:
•• Arquivos de Internet temporários;
•• Cookies;
•• Histórico dos sites visitados;
•• Informações inseridas nos sites ou na barra de endereços;
•• Senhas da Web salvas;
O armazenamento dessas informações acelera a navegação, mas você pode excluí-las se, por
exemplo, estiver usando um computador público e não quiser que as informações pessoais
fiquem registradas.
Mesmo quando seu histórico de navegação for excluído, sua lista de favoritos ou Feeds
assinados não o será. Você pode usar o recurso Navegação InPrivate do Internet Explorer para
não deixar histórico enquanto navega na Web.
No Firefox, ao clicar no botão Menu, aparece a opção que permite verificar o histórico. No
Chrome também há uma forma rápida de acessar. Basta clicar no botão Menu e escolher a
opção “Histórico” e novamente “Histórico”.

BARRA DE FAVORITOS

A Barra de Favoritos inclui não apenas seus links favoritos, mas também Feeds e Web Slices.
Você pode arrastar links, tanto da Barra de endereços quanto de páginas da Web, para a Barra
de Favoritos de modo que suas informações favoritas estejam sempre ao alcance de um clique.
Você também pode reorganizar os itens na sua barra Favoritos ou organizá-los em pastas. Além
disso, você pode usar Feeds ou Web Slices para verificar se há atualizações de conteúdo em
seus sites favoritos sem precisar navegar por eles.

www.acasadoconcurseiro.com.br 323
Adicionar a barra de favoritos
A opção adiciona o site atual à barra de favoritos do Internet Explorer. Para adicionar um site
na Barra de Favoritos do Mozilla Firefox, é necessário clicar com botão da direita sobre a Barra
de Favoritos e escolher a opção “Novo Favorito”. No Chrome funciona da mesma forma, mas a
opção se chama “Adicionar página”.

BARRA DE COMANDOS (exclusividade Internet Explorer)

Quando visível, a barra de Comandos oferece acesso fácil a praticamente qualquer configuração
ou recurso no Internet Explorer.

Feeds ou Web Slices


Um Web Slices é uma porção específica de uma página da Web que você pode assinar, e que
permite que você saiba quando um conteúdo atualizado (como a temperatura atual ou a
alteração do preço de um leilão) está disponível em seus sites favoritos. Após sua assinatura
do Web Slices, ele será exibido como um link na barra Favoritos. Quando o Web Slices for
atualizado, o link na Barra de Favoritos será exibido em negrito. Você pode, então, clicar no link
para visualizar o conteúdo atualizado.

Botão Segurança

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Navegação InPrivate, Navegação privativa, Navegação Anônima


A Navegação InPrivate permite que você navegue na Web sem deixar vestígios no Internet Ex-
plorer. Isso ajuda a impedir que as outras pessoas que usam seu computador vejam quais sites
você visitou e o que você procurou na Web. Para iniciar a Navegação InPrivate, acesse a página
Nova Guia ou clique no botão Segurança.
Quando você inicia a Navegação InPrivate, o Internet Explorer abre uma nova janela do navega-
dor. A proteção oferecida pela Navegação InPrivate só terá efeito enquanto você estiver usando
a janela. Você pode abrir quantas guias desejar nessa janela e todas elas estarão protegidas
pela Navegação InPrivate. Entretanto, se você abrir outra janela do navegador ela não estará
protegida pela Navegação InPrivate. Para finalizar a sessão da Navegação InPrivate, feche a ja-
nela do navegador.
Quando você navegar usando a Navegação InPrivate, o Internet Explorer armazenará algumas
informações, como cookies e arquivos de Internet temporários, de forma que as páginas da
Web visitadas funcionem corretamente. Entretanto, no final da sua sessão da Navegação InPri-
vate, essas informações são descartadas.

Filtragem InPrivate (IE 8), Proteção contra Rastreamento (IE 9 e superiores), Não me
rastreie, Enviar uma solicitação “Não rastrear”.
A Filtragem InPrivate ajuda a evitar que provedores de conteúdo de sites coletem informações
sobre os sites que você visita.
A Filtragem InPrivate analisa o conteúdo das páginas da Web visitadas e, se detectar que o mes-
mo conteúdo está sendo usado por vários sites, ela oferecerá a opção de permitir ou bloquear
o conteúdo. Você também pode permitir que a Filtragem InPrivate bloqueie automaticamente
qualquer provedor de conteúdo ou site de terceiros detectado.

Filtragem ActiveX (somente Internet Explorer 9 e superiores)


A Filtragem ActiveX no Internet Explorer impede que os sites instalem e utilizem esses aplicati-
vos. Sua navegação fica mais segura, mas o desempenho de alguns sites pode ser afetado. Por
exemplo, quando a Filtragem ActiveX está ativada, vídeos, jogos e outros tipos de conteúdo
interativo podem não funcionar.
Os controles ActiveX são pequenos aplicativos que permitem aos sites apresentar conteúdo,
como vídeos e jogos. Eles também permitem a você interagir com o conteúdo, como barras de
ferramentas e cotações da bolsa, ao navegar na Internet. Entretanto, esses aplicativos às vezes
não funcionam adequadamente ou não mostram o conteúdo desejado. Em alguns casos, esses
aplicativos podem ser usados para coletar informações, danificar os dados e instalar software
no computador sem o seu consentimento, ou ainda permitir que outra pessoa controle remo-
tamente o seu computador.

Filtro SmartScreen (Internet Explorer), Proteção contra Phishing (Firefox e Chrome)


O Filtro SmartScreen ajuda a detectar sites de Phishing. O Filtro SmartScreen também pode
ajudar a proteger você da instalação de softwares mal-intencionados ou malwares, que são

www.acasadoconcurseiro.com.br 325
programas que manifestam comportamento ilegal, viral, fraudulento ou mal-intencionado. O
Mozilla Firefox tem essa funcionalidade, mas não há um nome definido, quatro opções estão
disponíveis, conforme abaixo.

No Google Chrome também não há um nome para essa funcionalidade e ela é ativada ou
desativada, não permitindo configurações.

Ferramentas (Alt + X) no Internet Explorer e Menu nos outros navegadores


Essas opções permitem a configuração das diversas opções do navegador, pois as outras barras
não estão visíveis na configuração original. As configurações serão detalhadas abaixo.

OPÇÕES DA INTERNET (INTERNET EXPLORER)

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Informática – Navegadores: Conceitos Gerais – Prof. Márcio Hunecke

GUIA GERAL

Home Page
Permite configurar a página que será exibida ao iniciar o navegador ou ao clicar o botão home.
Pode-se ter mais de uma página configurada, nesse caso o navegador exibirá cada uma delas
em uma guia, na ordem em que forem incluídas.
Existem também as opções usar padrão (Home Page da Microsoft) ou usar em branco (inicia o
navegador com uma página em branco).

Histórico de Navegação
Arquivos temporários da internet: As páginas da Web são armazenadas na pasta Arquivos de
Internet Temporários quando são exibidas pela primeira vez no navegador da Web. Isso agiliza
a exibição das páginas visitadas com frequência ou já vistas porque o Internet Explorer pode
abri-las do disco rígido em vez de abri-las da Internet.

Pesquisa
Permite adicionar ou remover os sites provedores de pesquisa e, ainda, definir qual deles será
o padrão.

Guias
Permite alterar as configurações da navegação com guias, como por exemplo, habilitar ou
desabilitar a navegação com guias, avisar ao fechar várias guias e habilitar guias rápidas.

Aparência
Permite alterar configurações de cores, idiomas, fontes e acessibilidade.

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GUIA PRIVACIDADE

Cookies: Um arquivo de texto muito pequeno colocado em sua unidade de disco rígido por
um servidor de páginas da Web. Basicamente ele é seu cartão de identificação e não pode ser
executado como código ou transmitir vírus.
Os sites usam cookies para oferecer uma experiência personalizada aos usuários e reunir
informações sobre o uso do site. Muitos sites também usam cookies para armazenar
informações que fornecem uma experiência consistente entre seções do site, como carrinho de
compras ou páginas personalizadas. Com um site confiável, os cookies podem enriquecer a sua
experiência, permitindo que o site aprenda as suas preferências ou evitando que você tenha
que se conectar sempre que entrar no site. Entretanto, alguns cookies, como aqueles salvos
por anúncios, podem colocar a sua privacidade em risco, rastreando os sites que você visita.
Os cookies temporários (ou cookies de sessão) são removidos do seu computador assim que
você fecha o Internet Explorer. Os sites os usam para armazenar informações temporárias,
como itens no carrinho de compras.
Bloqueador de Pop-ups: O Bloqueador de Pop-ups limita ou bloqueia pop-ups nos sites que
você visita. Você pode escolher o nível de bloqueio que prefere, ative ou desative o recurso
de notificações quando os pop-ups estão bloqueados ou criar uma lista de sites cujos pop-ups
você não deseja bloquear.

328 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática – Navegadores: Conceitos Gerais – Prof. Márcio Hunecke

OPÇÕES (MOZILLA FIREFOX)

Grande quantidade de configurações do Firefox são acessadas através do “Menu” e botão


“Opções”.
O guia Geral permite a você configurar quais páginas o Firefox deve abrir quando você iniciar
o navegador ou quando clicar no botão Página inicial e configurar o que o Firefox deve fazer
quando estiver baixando arquivos.

As outras guias importantes do Firefox são: Conteúdo (opção “Bloquear janelas popup”),
Privacidade (opção “Não me rastreie” e gerenciamento dos Cookies) e Segurança (Proteção
contra Phishing), conforme figuras abaixo.

www.acasadoconcurseiro.com.br 329
CONFIGURAÇÕES (GOOGLE CHROME)

A maior parte das configurações do Chrome são acessadas através do “Menu” e opção “Con-
figurações”.
Os principais grupos de configuração são: Inicialização, Pesquisar e Privacidade.

330 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática – Navegadores: Conceitos Gerais – Prof. Márcio Hunecke

www.acasadoconcurseiro.com.br 331
Planilha Comparativa dos Navegadores

332
Navegador Internet Explorer 8 Internet Explorer 9 a 11 Mozilla Firefox Mozilla Firefox

Versão em outubro de 2017 8 9, 10 e 11 50.1 55

Barra de Endereços/Navegação Barra de Endereços Barra de Endereços Barra de Endereços Barra de Endereços - Omnibox

Barra de Favoritos Opcional Opcional Opcional Opcional

Barra de Menus Sim Opcional Opcional Não

Barra de Pesquisar e Nome Sim – Provedor de Pesquisa Não – Provedor de Pesquisa Sim – Mecanismo de Pesquisa Não – Mecanismo de Pesquisa

Filtragem ActiveX Não Sim Não Não

Proteger você e seu dispositivo de sites


Filtro SmartScreen/Phishing Filtro SmartScreen Filtro SmartScreen Sim, tem 4 oções mas não tem um nome
perigosos

Gerenciador de Dowloads Não Sim (Ctrl + J) Sim (Ctrl + J) Sim (Ctrl + J)

Navegação em Abas/Guias Guias Guias Abas Guias

Navegação Privada Navegação InPrivate Navegação InPrivate Navegação Privativa Navegação anônima

Configurações de Bloqueador de Pop- Ferramentas → Opções da Ferramentas → Opções de Internet Pop-ups → Conteúdo Configurações → Privacidade →
ups e Cookies Internet → Guia Privacidade → Guia Privaciade Cookies → Privacidade Configurações de conteúdo

Enviar uma solicitação para "Não rastre-


Rastreamento/Filtragem InPrivate Filtragem InPrivate Proteção contra Rastreamento Não me rastreie
ar" com seu tráfego

Sincronização das configurações Não Não Sim, através do Sync Sim, fazendo login no Chrome

Armazewnamento do Histórico 20 dias 20 dias Vários meses Vários meses

www.acasadoconcurseiro.com.br
Fabricante Microsoft Microsoft Mozilla Foundation Google

Versão para Linux e Mac OS Não Não Sim Sim

Versão para Windows 7 Sim Sim Sim Sim

Versão para Windows XP Sim Não Sim Sim

* Barra de tarefas (arrastando a * Área de Trabalho (arrastar ícone * Área de trabalho (Menu - mais ferra-
Criação de atelhos para Sites Não guia) da barra de endereço) mentas)
* Menu Iniciar (Opções da Internet)

* Temas (Menu - personalizar) * Temas (Menu - Configurações)


* Navegador padrão do Windows
* Feeds precisam de extensão * Feeds precisam de extenção
7 * FIltragem Activex
* Abas de aplicativos – "Fixar aba" * Guia como Apps – "Fixar guia"
* Modo de compatibilidade * Modo de compatibilidade
Observações/Particularidades * "Abrir tudo em abas" * Gerenciador de Tarefas
* Guias rápidas * Barra de Comandos
* Biblioteca (gerenciar Histórico, Favo- * Google Cloud Print
* Barra de Comandos * Barra de Status
ritos, Tags) * Nâo tem modo Offline
* Barra de Status
* Sync * Pesquisa por voz no Google
Informática – Navegadores: Conceitos Gerais – Prof. Márcio Hunecke

Onde configurar as opções de Segurança e Privacidade

Navegação InPrivate / Anônima


a) Internet Explorer 8: Menu Ferramentas → Navegação InPrivate.
b) Internet Explorer 9, 10 e 11: Botão Ferramentas → Segurança → Navegação InPrivate.
c) Mozilla Firefox 50: Botão Menu → Nova janela privativa.
d) Google Chrome 55: Botão Menu → Nova janela anônima.

Filtro SmartScreen / Phishing


a) Internet Explorer 8: Menu Ferramentas → Filtro do SmartScreen.
b) Internet Explorer 9, 10 e 11: Botão Ferramentas → Segurança → Ativar / Desativar Filtro
SmartScreen.
c) Mozilla Firefox 50: Botão Menu → Opções → Segurança → 4 primeiras opções.
d) Google Chrome 55: Botão Menu → Configurações → Mostrar configurações avançadas →
“Proteger você e seu dispositivo de sites perigosos” no grupo “Privacidade”.

Filtragem InPrivate / Proteção contra Rastreamento


a) Internet Explorer 8: Menu Ferramentas → Filtragem InPrivate.
b) Internet Explorer 9, 10 e 11: Botão Ferramentas → Segurança → Proteção contra
Rastreamento.
c) Mozilla Firefox 50: Botão Menu → Opções → Privacidade → “gerenciar as configurações
Não me rastreie”.
d) Google Chrome 37: Botão Menu → Configurações → Mostrar configurações avançadas
→ Enviar solicitação para “Não Rastrear” com seu tráfego de navegação no grupo
“Privacidade”.

Filtragem ActiveX
a) Internet Explorer 8: Funcionalidade não disponível.
e) Internet Explorer 9, 10 e 11: Botão Ferramentas → Segurança → Filtragem ActiveX.
b) Mozilla Firefox 50: Funcionalidade não disponível.
c) Google Chrome 55: Funcionalidade não disponível.

www.acasadoconcurseiro.com.br 333
Bloqueador de Pop-ups
a) Internet Explorer 8: Menu Ferramentas → Opções da Internet → Privacidade → “Ativar
Bloqueador de Pop-ups” no grupo “Bloqueador de Pop-ups”.
b) Internet Explorer 9, 10 e 11: Botão Ferramentas → Opções da Internet → Privacidade
→“Ativar Bloqueador de Pop-ups” no grupo “Bloqueador de Pop-ups”.
c) Mozilla Firefox 50: Menu → Opções → Conteúdo → Bloquear janelas popup.
d) Google Chrome 55: Botão Menu → Configurações → Mostrar configurações avançadas
→ Configurações de Conteúdo → “Não permitir que nenhum site mostre pop-ups
(recomendado)” no grupo “Pop-ups”.

Página Inicial
a) Internet Explorer 8: Menu Ferramentas → Opções da Internet → Geral → Digitar uma URL
em cada linha.
b) Internet Explorer 9, 10 e 11: Botão Ferramentas → Opções da Internet → Geral → Digitar
uma URL em cada linha.
c) Mozilla Firefox 50: Botão Menu → Opções → Geral → Digitar as URLs separadas por |
(pipe).
d) Google Chrome 55: Botão Menu → Configurações → “Abre uma página específica ou um
conjunto de páginas” no grupo “Inicialização”.

334 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática

MECANISMOS DE BUSCA

Os principais sites utilizados como mecanismos de buscas atualmente são Google, Yahoo e Bing
(Microsoft). A forma de pesquisar varia de navegador para navegador. No Internet Explorer 9,
10 e no Google Chrome, não existe a Barra de Pesquisa. Nestes navegadores, a pesquisa pode
ser realizada diretamente na Barra de Endereços. Para escolher onde fazer a pesquisa, definir
o Provedor de Pesquisa padrão no item “Gerenciar Complementos” do Internet Explorer 9, por
exemplo.
Geralmente, todas as palavras inseridas na consulta serão usadas.

Noções básicas:
As pesquisas nunca diferenciam o uso de maiúsculas e minúsculas.
Geralmente, a pontuação é ignorada, incluindo @ # $ % ^ & * ( ) = + [ ] \ e outros
caracteres especiais.
Para garantir que as pesquisas do Google retornem os resultados mais relevantes,
existem algumas exceções às regras citadas acima.

www.acasadoconcurseiro.com.br 335
O objetivo dos buscadores é oferecer a você resultados que sejam claros e de fácil leitura. O
resultado básico de uma pesquisa incluirá o título com o link para a página, uma descrição curta
ou um trecho real da página da web e do URL da página.

Recursos Mais Avançados da Pesquisa na Web

O operador OR: Por padrão, o Google considera todas as palavras em uma pesquisa. Se você
deseja que qualquer uma das palavras pesquisadas retorne resultados, poderá usar o operador
OR (observe que você precisará digitar OR em LETRAS MAIÚSCULAS). Por exemplo, [campeão
brasileiro 1994 OR 2005] retornará resultados sobre qualquer um desses anos, enquanto [
campeão brasileiro 1994 2005 ] (sem OR) mostrará páginas que incluam ambos os anos na
mesma página.
Pesquisa de frase (“texto”): Ao colocar conjuntos de palavras entre aspas, você estará dizendo
ao Google para procurar exatamente essas palavras nessa mesma ordem, sem alterações.
Termos a serem excluídos (-): Colocar um sinal de menos antes de uma palavra indica que você
não deseja que apareçam nos resultados as páginas que contenham essa palavra. O sinal de
menos deve aparecer imediatamente antes da palavra, precedida por um espaço. Por exemplo,
na consulta [ couve-flor ], o sinal de menos não será interpretado como um símbolo de exclusão,
enquanto que a consulta [ couve -flor ] pesquisará por ocorrências de “couve” em sites que não
apresentem a palavra flor. Você poderá excluir quantas palavras desejar, usando o sinal - antes
de todas, como, por exemplo [ universal -studios -canal -igreja ]. O sinal - pode ser usado para
excluir mais do que palavras. Por exemplo, coloque um hífen antes do operador “site:” (sem
espaço) para excluir um site específico dos resultados de pesquisa.
Pesquisa exata (+): O Google emprega sinônimos automaticamente, de maneira que sejam
encontradas páginas que mencionem, por exemplo, “catavento” nas consultas por [ cata vento
] (com espaço), ou prefeitura de Porto Alegre para a consulta [ prefeitura de poa ]. No entanto,
às vezes o Google ajuda um pouco além da conta, fornecendo um sinônimo quando você não
o deseja. Colocar um sinal + antes de uma palavra, sem deixar um espaço entre o sinal e a
palavra, você estará informando ao Google que está procurando por resultados idênticos ao
que digitou. Colocar palavras entre aspas também funcionará do mesmo modo.
Pesquisa em um site específico (site): O Google permite que se especifique de qual site deverão
sair os resultados de pesquisa. Por exemplo, a consulta [ iraque site:estadao.com.br ] retornará
páginas sobre o Iraque, mas somente dentro do site estadao.com.br.
SafeSearch (Google) ou Filtro Familiar (Yahoo) ou Pesquisa Segura (Bing) : Muitas pessoas
preferem não ter conteúdo adulto em seus resultados de pesquisa (especialmente quando
compartilham com crianças o mesmo computador). Os filtros do SafeSearch fornecem
a capacidade de alterar as configurações de seu navegador a fim de impedir que sites com
conteúdo adulto apareçam em seus resultados de pesquisa. Nenhum filtro é 100% preciso, mas
o SafeSearch ajuda a evitar grande parte desse tipo de conteúdo. Para ativar ou desativar, visite
a página “Configurações de pesquisa”.
Pesquisas avançadas: Os buscadores normalmente permitem pesquisas avançadas. Para
acessar as pesquisas avançadas do Google, clicar na “engrenagem”, bem à direita da página.

336 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática – Buscadores – Prof. Márcio Hunecke

Você pode usar qualquer um dos filtros a seguir quando visitar a página “Pesquisa avançada”:
•• Idioma
•• Região (por país)
•• Data da última atualização (último dia, semana, mês ou ano)
•• Onde os termos de pesquisa aparecem na página (título, texto, URL, links)
•• Tipo de arquivo (PDF, PPT, DOC, XLS...)
•• Direitos de uso (sem restrição, compartilhado, comercial)
Outras funcionalidades (em 13/09/2014 eram 47 ao todo)
•• Encontre páginas relacionadas (related:<URL>)
•• Pesquisa por números em uma faixa (TV Sony R$300..R$500)
•• Faça conversões numéricas (miles to km)
•• Faça conversões monetárias (usd para reais)
•• Verifique o clima (clima Porto Alegre)
•• Calcule qualquer coisa (100*3,14-cos(83))
Lista completa: http://www.google.com/intl/pt-BR/insidesearch/tipstricks/all.html

www.acasadoconcurseiro.com.br 337
Atualidades

Professor Thiago Scott

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Atualidades

FATOS DA ATUALIDADE DO BRASIL

Governo Dilma Rousseff (2010 – 2016)

Em outubro de 2010, em segundo turno, o Brasil elege pela primeira vez uma mulher como
Chefe do poder executivo. Dilma Rousseff (mineira de Belo Horizonte) tomou posse do cargo
de Presidente da República Federativa do Brasil, prestando, assim como os demais presidentes
eleitos na Nova República, juramento solene perante o Congresso Nacional em 1º de janeiro de
2011. Dilma deu continuidade aos programas do governo Lula tais como. O Luz para Todos, que
beneficiou mais de 3 milhões de famílias até 2013, a segunda fase do PAC que foram disponibi-
lizados recursos na ordem de R$ 1,59 trilhão em uma série de investimentos, tais como trans-
portes, energia, cultura, meio ambiente, saúde, área social e habitação, e do programa Minha
Casa, Minha Vida que obteve investimentos na cifra de R$ 34 bilhões da qual foram construídas
1 milhão de moradias na primeira fase, e 2 milhões de moradias com investimentos de R$ 125,7
bilhões na segunda fase do programa.
Em junho de 2013, irromperam no país inúmeras manifestações populares, quando milhões de
pessoas saíram às ruas em todos os estados para contestar os aumentos nas tarifas de trans-
porte público, a truculência das policiais militares estaduais, além de outras reivindicações. En-
tre os principais desafios do país para o futuro estão um salto qualitativo na educação e saúde,
a desburocratização do empreendedorismo e uma resposta eficiente aos crescentes problemas
de segurança pública e favelização dos centros urbanos. Tais manifestações resultaram em ju-
lho de 2013 no lançamento do programa mais médicos que teve como objetivo levar 15 mil
profissionais da saúde para atender regiões carentes do Brasil. O Brasil sedia em 2014 a Copa
do Mundo de futebol. No final do primeiro governo de Dilma, é deflagrada a Operação Lava
Jato, do qual é apurado um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou mais de 10
bilhões de reais, sendo considerado pela polícia federal o maior esquema de corrupção da his-
tória do Brasil.
Após as polarizadas eleições presidenciais de 2014, Rousseff é reeleita com 51,64% dos votos
válidos, ao derrotar em segundo turno o candidato Aécio Neves. Durante a campanha eleito-
ral, um acidente aéreo vitimou o candidato Eduardo Campos do PSB. Em março de 2015 novos
protestos acontecem em vários estados principalmente contra a corrupção, especialmente por
conta da Operação Lava Jato conduzida pela Polícia Federal. Como efeito da enorme e crescen-
te insatisfação popular com o governo, a base política da presidente foi se deteriorando e um
processo de impeachment contra a presidente é iniciado em dezembro do mesmo ano com
base em várias acusações, incluindo as chamadas "pedaladas fiscais" cometidas em seu go-
verno. O ato causa grande controvérsia e divide o país entre grupos antigovernistas (majorita-
riamente de direita) e pró-governo (majoritariamente de esquerda). Em 17 de abril de 2016, a
Câmara dos Deputados aprova o início do processo, que a partir de então é encaminhado para
análise no Senado.

www.acasadoconcurseiro.com.br 341
Governo Michel Temer

Michel Temer, atual presidente do Brasil, desde 31 de agosto de 2016.


No dia 12 de maio de 2016, o Senado Federal aprova a admissibilidade do processo por 55 votos
a favor, 22 contra e 2 abstenções. A Presidente Dilma Rousseff é afastada do exercício do cargo
e o vice-presidente Michel Temer assume interinamente até o julgamento no Senado presidido
pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski. O Brasil sedia, em agosto
e setembro os Jogos Olímpicos e os Jogos Paralímpicos de Verão de 2016 respectivamente. No
dia 31 de agosto de 2016, o Senado aprovou o impeachment de Dilma Rousseff com 61 votos
favoráveis e 20 contrários e cassa o mandato de Dilma. O vice-presidente Michel Temer é então
empossado no cargo como presidente da república em virtude da vacância do cargo.
Sendo considerado como um governo reformista, Temer encaminha ao congresso nacional re-
formas importantes e polêmicas da qual eram aguardadas há décadas. Reformas tais como:
Ensino médio, previdência, trabalhista e tributária. Temer dá continuidade ao programa habi-
tacional, do qual é lançado ainda no governo Dilma a terceira fase do Minha Casa, Minha Vida
que serão construídas mais 2 milhões de moradias até 2018, totalizando 5 milhões de moradias
nas três fases do programa.

Movimentos Sociais – Jornadas de Junho de 2013

Os protestos no Brasil em 2013, também conhecidos como Manifestações dos 20 centavos,


Manifestações de Junho ou Jornadas de Junho, foram várias manifestações populares por todo
o país que inicialmente surgiram para contestar os aumentos nas tarifas de transporte público,
principalmente nas principais capitais. São as maiores mobilizações no país desde as manifesta-
ções pelo impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello em 1992, e chegaram a
contar com até 84% de simpatia da população.
Inicialmente restrito a pouco milhares de participantes, os atos pela redução das passagens nos
transportes públicos ganharam grande apoio popular em meados de junho, em especial após
a forte repressão policial contra os manifestantes, cujo ápice se deu no protesto do dia 13 em
São Paulo. Quatro dias depois, um grande número de populares tomou parte das manifesta-
ções nas ruas em novos diversos protestos por várias cidades brasileiras e até do exterior. Em
seu ápice, milhões de brasileiros estavam nas ruas protestando não apenas pela redução das
tarifas e a violência policial, mas também por uma grande variedade de temas como os gastos
públicos em grandes eventos esportivos internacionais, a má qualidade dos serviços públicos
e a indignação com a corrupção política em geral. Os protestos geraram grande repercussão
nacional e internacional.
Em resposta, o governo brasileiro anunciou várias medidas para tentar atender às reivindica-
ções dos manifestantes e o Congresso Nacional votou uma série de concessões (a chamada
"agenda positiva"), como ter tornado a corrupção como um crime hediondo, arquivado a cha-
mada PEC 37, que proibiria investigações pelo Ministério Público, e proibido o voto secreto em
votações para cassar o mandato de legisladores acusados de irregularidades. Houve também a
revogação dos então recentes aumentos das tarifas nos transportes em várias cidades do país,
com a volta aos preços anteriores ao movimento.

342 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – Fatos da Atualidade do Brasil – Prof. Thiago Scott

As manifestações no Brasil seguiram o mesmo processo de "propagação viral" de protestos em


outros países, como a Primavera Árabe, no mundo árabe, Occupy Wall St, nos Estados Unidos,
e Los Indignados, na Espanha.

Impeachment da Presidente Dilma Rousseff

Em 31 de agosto de 2016, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, foi destituída do cargo após
a conclusão de um processo de impeachment, aberto contra ela em 12 de maio do mesmo
ano. Entretanto, Dilma Rousseff não perdeu seus direitos políticos com a destituição, isto é,
não ficou inabilitada para exercer cargos públicos por um período de oito anos, como prevê a
Constituição Federal em seu artigo 52. Neste texto, além de explicarmos como ocorreu esse
acontecimento, também indicaremos alguns temas históricos correlatos que podem ser alvos
de questões de vestibulares e do Enem nos próximos anos.

Acolhimento do pedido de impeachment na Câmara dos Deputados


Ao longo do ano de 2015, a Câmara dos Deputados, então presidida pelo deputado Eduardo
Cunha (PMDB), recebeu 50 pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Des-
ses pedidos, 39 foram rejeitados por não apresentarem provas e argumentos satisfatórios. Dos
11 restantes, Eduardo Cunha acolheu, em 2 de dezembro, aquele que foi protocolado em 15 de
outubro. Esse pedido foi elaborado pelos juristas Miguel Reale Jr., Janaína Conceição Paschoal
e Hélio Bicudo e subscrito por três líderes de movimentos populares que articularam parte da
massa de pessoas que foi para as ruas em várias cidades do país em 2015, sobretudo em 15 de
março. São eles: Kim Patroca Kataguiri (Movimento Brasil Livre – MBL), Rogério Chequer (Vem
Pra Rua) e Carla Zambelli Salgado (Movimento Contra a Corrupção).

Abertura do processo e afastamento da presidente


O pedido foi encaminhado ao plenário da Câmara para ser votada a sua admissibilidade. A vota-
ção ocorreu no dia 17 de abril de 2016. 367 deputados federais foram favoráveis e 137 votaram
contra. Aos doze dias do mês seguinte, foi a vez de o plenário do Senado Federal votar contra
ou favor da abertura do processo de impeachment. 55 senadores votaram a favor e 22, contra.
Sendo assim, o processo estava oficialmente em curso e, como previsto no texto constitucional,
Dilma Rousseff teve que se afastar temporariamente do cargo. Seu vice, Michel Temer, assumiu
interinamente o posto.

Argumentos da acusação e da defesa


Segundo a Constituição Federal do Brasil, durante o processo de impeachment, os senadores
desempenham função de juízes. Portanto, foi montada uma Comissão Especial de Impeach-
ment para apurar as denúncias do processo, ouvir testemunhas da acusação e da defesa e de-
bater política e juridicamente o caso.
No pedido que foi acolhido, os denunciantes formularam a acusação de crime de res-
ponsabilidade contra a presidente Dilma com base no artigo 85 da Constituição Federal e

www.acasadoconcurseiro.com.br 343
Lei 1.079/1050. O argumento principal dizia respeito à violação, por parte da presidente, de leis
relativas ao orçamento e ao controle fiscal, como a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei
de Responsabilidade Fiscal (LRF). Essa violação teria sido cometida com a edição de decretos de
créditos suplementares sem a aprovação do Congresso Nacional e a realização de operação de
crédito com instituição financeira controlada pela União.
A defesa, que foi realizada pelo advogado José Eduardo Cardozo, bem como os senadores par-
tidários da presidente, justificou que a edição dos decretos consistia apenas em autorização
de gastos, sem impacto na realização da despesa, já que esta seria “controlada pelos decretos
de contingenciamento. Quanto a esse aspecto, no ano de 2015, o governo teria promovido o
maior contingenciamento da história e cumprido a meta vigente ao final do exercício”. Além
disso, a defesa também argumentou que toda a realização do processo de impeachment não
tinha legitimidade porque não havia crime algum cometido por Dilma Rousseff. Fez parte desse
argumento a narrativa de que o processo, na verdade, era um “golpe parlamentar”, orquestra-
do por alguns personagens da cena política, como Eduardo Cunha e Michel Temer.

Votação final
Finalizados os trâmites da Comissão Especial de Impeachment, o processo seguiu para sua fase
final, que transcorreu durante os dias 29, 30 e 31 de agosto de 2016. No primeiro dia, a presi-
dente Dilma foi ao plenário do Senado Federal fazer a sua defesa e responder aos questiona-
mentos dos senadores. Depois, acusação e defesa fizeram seus discursos finais, seguidos pelos
discursos, também finais, dos senadores contra e a favor do impeachment. No dia 31, houve a
votação decisiva.
Todavia, antes que tivesse início, o primeiro-secretário do Senado, senador Vicentinho Alves,
apresentou um requerimento da bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) – partido da Presi-
dente da República – que pedia o destaque do texto da votação que fala da penalidade aplicada
ao presidente que sofre impeachment. O texto integral prevê a destituição do cargo e a perda
dos direitos políticos, isto é, a inabilitação para o exercício de funções públicas, por oito anos. O
requerimento pedia que ocorressem duas votações, uma para cada quesito da sentença. Os se-
nadores votariam: 1) a favor ou contra a perda do mandato da presidente e 2) a favor ou contra
a perda dos direitos políticos.
O requerimento foi deferido pelo presidente da mesa do julgamento, que era, na ocasião, o
ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. Ocorreram,
então, duas votações e a presidente foi destituída de seu posto (primeira votação), mas ficou
com os seus direitos políticos preservados (segunda votação). Esse “fatiamento” do texto da
pena gerou intensa discussão entre juristas, políticos e jornalistas, já que foi considerado in-
constitucional por muitos.

Operação Lava-Jato

Operação Lava Jato é um conjunto de investigações em andamento pela Polícia Federal do Bra-
sil, cumprindo mais de mil mandados de busca e apreensão, de prisão temporária, de prisão
preventiva e de condução coercitiva, visando apurar um esquema de lavagem de dinheiro que

344 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – Fatos da Atualidade do Brasil – Prof. Thiago Scott

movimentou de 10 a 20 bilhões de reais em propina. Iniciada em 17 de março de 2014, a


operação contava até fevereiro de 2016 com trinta e oito fases operacionais, durante as quais
mais de cem pessoas haviam sido presas e condenadas. Investiga crimes de corrupção ativa e
passiva, gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro, organização criminosa, obstrução da justiça,
operação fraudulenta de câmbio e recebimento de vantagem indevida. De acordo com inves-
tigações e delações premiadas recebidas pela força-tarefa da Operação Lava Jato, estão envol-
vidos membros administrativos da empresa estatal petrolífera Petrobras, políticos dos maiores
partidos do Brasil, incluindo presidentes da Câmara e do Senado e governadores de estados,
além de empresários de grandes empresas brasileiras.
A origem do nome da operação foi devido ao uso de uma rede de lavanderias e postos de com-
bustíveis para movimentar valores de origem ilícita, investigada na primeira fase da operação,
na qual o doleiro Alberto Youssef foi preso. Através de Youssef, constatou-se sua ligação com
Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, que foi preso preventivamente na segunda fase.
Seguindo essa linha de investigação, prendeu-se Nestor Cerveró em 2015, que depois dela-
tou. Em junho, a operação atingiu grandes empreiteiras brasileiras, como a Andrade Gutierrez
e Odebrecht, cujos respectivos presidentes foram presos; depois muitas outras empresas de
empresas de ramos diversos seriam investigadas. Da ligação política, José Dirceu, já condenado
em 2013 pelo seu envolvimento no Mensalão, foi preso novamente em agosto, e o publicitário
João Santana seria investigado em fevereiro de 2016, enquanto, em março, a condução coer-
citiva do ex-presidente Lula para depor à Polícia Federal em São Paulo repercutiu na impren-
sa internacional. No mesmo mês, aconteceu a primeira operação internacional realizada pela
Operação Lava Jato, em parceria com a Polícia Judiciária portuguesa. O ex-tesoureiro do Partido
Progressista, João Cláudio Genu, foi preso em maio. Dois ex-ministros da Fazenda foram presos
em setembro, Guido Mantega e Antonio Palocci, aquele liberado logo depois. O primeiro mem-
bro eleito do executivo a ser preso foi o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral em no-
vembro; no mês seguinte, foi a vez de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara de Deputados.
Em janeiro de 2017, o empresário Eike Batista foi preso, e posteriormente, em março de 2017,
o ex-gerente da Petrobras Roberto Gonçalves foi preso ao movimentar recursos ilícitos da Suíça
para China e Bahamas. Em abril de 2017, a justiça bloqueou 470 milhões de reais do Partido
Progressista (PP) e políticos da legenda, em uma ação que pede ressarcimento do partido de
2,3 bilhões de reais. A operação continua ativa.
Ao final de dezembro de 2016, a Operação Lava Jato obteve um acordo de leniência com a em-
preiteira Odebrecht, que proporcionou o maior ressarcimento da história mundial. O acordo
previu o depoimento de 77 executivos da empreiteira, que gerou 83 inquéritos no STF, e que
foram retirados o sigilo em abril de 2017, pelo ministro da Corte Edson Fachin. Em 2017, peritos
da Polícia Federal levantaram que as operações financeiras investigadas na Operação Lava Jato
somaram 8 trilhões de reais. A Polícia Federal considera-a a maior investigação de corrupção da
história do país.
A Operação Lava Jato descobriu um quadro de corrupção sistêmica no Brasil e fez a Justiça
criminal funcionar para todos, independentemente de riqueza ou poder. Uma operação desse
porte, em que cada fio da meada puxado tem desdobramentos imprevisíveis, não será esqueci-
da facilmente. Quebrou-se paradigmas e criou-se necessidade de se estabelecer novos padrões
de comportamento na política e na economia. Na fase batizada de Catilinárias, cujo alvo foi
Eduardo Cunha e outros políticos, foi necessário mergulhar na história antiga e nos discursos
de Cicero no Senado romano para entender a situação do Brasil: "Até quando abusarás da nos-
sa paciência? Por quanto tempo a tua loucura há de zombar de nós? A que extremos se há de

www.acasadoconcurseiro.com.br 345
precipitar a tua desenfreada audácia? (...) Não te dás contas de que teus planos foram desco-
bertos?" O sentimento era mesmo o de que zombavam de nós e abusavam de nossa paciência.
A pergunta "Até quando?" continua a ecoar nos ouvidos dos brasileiros. A resposta só pode ser
dada por meio do fortalecimento das instituições.

Eleições 2016

Segundo turno confirma guinada à direita e conservadora


LEANDRO COLON da Folha de São Paulo
A direita, definitivamente, venceu a esquerda em 2016. E não foi por pouco.
O segundo turno confirmou a preferência do eleitor de capitais e dos grandes centros por can-
didatos conservadores e com discurso político à direita.
Numa análise geral de todos os municípios, a eleição termina com o fortalecimento de PSDB,
PMDB e PSD, todos da base do governo de Michel Temer, e o massacre do PT, que começa o
ano de 2017 com apenas um prefeito de capital (Rio Branco).
O movimento eleitoral pró-direita já havia sido indicado no primeiro turno nas capitais e sim-
bolizado na reeleição acachapante de ACM Neto (DEM) em Salvador, com 74% dos votos, e na
surpreendente vitória de João Doria (PSDB) em São Paulo.
Ambos se encaixam no perfil de candidatos de características liberais, focados no discurso pri-
vatizante e próximo do empresariado.
A votação deste domingo (30) ratificou uma tendência que ainda merece ser totalmente deci-
frada.
Seria consequência da crise política que tirou o PT do Palácio do Planalto este ano?
Ou uma reação em cascata nos municípios à crise econômica no país, fruto de erros de gestões
petistas no governo federal? Ou os dois fatores, político e econômico?
As urnas em 2016 revelam também o crescimento de partidos e grupos que defendem, além
de uma política direitista, um comportamento conservador.
O exemplo mais expressivo no contexto nacional é Marcelo Crivella, prefeito eleito no Rio de
Janeiro.
Ele venceu Marcelo Freixo, candidato do PSOL, à esquerda e ideologicamente oposto ao vence-
dor.
Crivella fez a carreira nos cultos da Igreja Universal, de onde é bispo licenciado.
Sua vitória também é o sucesso do PRB, partido controlado pela igreja de Edir Macedo e que
pela primeira vez vai comandar uma prefeitura de capital –no caso, uma das mais relevantes
politicamente.
Hoje senador, Crivella ganha após ter sido bombardeado na campanha pela revelação de frases
ditas por ele no passado, na condição de bispo, consideradas por adversários homofóbicas ou
de radicalismo religioso.

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No discurso de vitória no domingo, ele adotou um tom de conciliação ao agradecer apoio de


católicos e de adeptos de outras crenças.
Essa guinada à direita nas capitais ganhou corpo no Sul com as vitórias de Nelson Marchesan
(PSDB), em Porto Alegre, e Rafael Greca (PMN), em Curitiba.
Em Belo Horizonte, o segundo turno havia evidenciado esse movimento na disputa entre o tu-
cano João Leite e Alexandre Kalil (PHS).
A vitória de Kalil, que fez carreira como cartola no Atlético-MG, representa ainda a força de can-
didatos que adotaram discurso de negar a política –foi assim também em São Paulo, onde Doria
bateu na tecla de que, ao contrário dos adversários, não era um político de raiz.

PT, O GRANDE DERROTADO


O fortalecimento da direita automaticamente representa um enfraquecimento da esquerda,
sobretudo do PT.
O partido dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff havia saído do primeiro turno como o prin-
cipal derrotado em 2016 ao eleger menos da metade do número de prefeituras conquistadas
quatro anos atrás.
A sigla venceu somente em uma prefeitura de capital, com Marcus Alexandre, reeleito em Rio
Branco (AC).
Começa 2017 sem comandar uma capital no Nordeste, reduto que já representou muito de sua
força no país.
O atual prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), foi reeleito na disputa contra o petista João Pau-
lo.
O drama do PT pode ser simbolizado pelas derrotas no chamado "cinturão vermelho" na Gran-
de São Paulo.
O petista Carlos Grana perdeu a reeleição em Santo André para o tucano Paulo Serra com um
resultado constrangedor: 78% a 21% dos votos.
O PT já tinha ficado de fora do segundo turno em São Bernardo do Campo, depois de oito anos
de gestão petista com Luiz Marinho, cria política de Lula. Na cidade do ABC, berço político do
ex-presidente, venceu um candidato do PSDB, Orlando Morando.

LAVA JATO AVANÇA COM A PRISÃO DE EDUARDO CUNHA E AS DELAÇÕES


DA ODEBRECHT
Em 2016, a Lava Jato consolidou-se como a mais profunda investigação de corrupção já realiza-
da no Brasil. A operação, que teve início em 2014 e investiga um amplo esquema de lavagem e
desvio de dinheiro da Petrobras, foi responsável pela denúncia e prisão de diversos políticos em
2016, abalando os alicerces do poder em Brasília.
Um dos casos mais emblemáticos é o de Eduardo Cunha. Como presidente da Câmara dos De-
putados, o político desempenhou papel fundamental ao aceitar o pedido para a abertura do

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processo de impeachment contra Dilma Rousseff. Mas as denúncias de corrupção no âmbito da
Lava Jato foram minando o seu poder. Em maio, o Supremo Tribunal Federal afastou Cunha da
presidência da Câmara. Em setembro, ele teve o seu mandato de deputado cassado pelo plená-
rio da Câmara. E, em 19 de outubro, foi preso por decisão do juiz Sérgio Moro.
Mas a prisão de Cunha parece ser apenas um aperitivo do que está por vir. Em 10 de dezembro,
a construtora Odebrecht, que já admitiu participar de um “sistema ilegal e ilegítimo de finan-
ciamento do sistema partidário-eleitoral do país”, assinou um acordo de leniência – como é
chamada a delação premiada para as empresas.
Nos primeiros depoimentos, executivos da Odebrecht citaram diversos políticos como benefici-
ários de propinas, incluindo o presidente Michel Temer, o presidente do Senado, Renan Calhei-
ros, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o governador de São Paulo, Geraldo Alckimin e o
ministro das Relações Exteriores, José Serra, entre outros.
Outro político investigado pela Lava Jato é o ex-presidente Lula, que responde a três processos.
As investigações devem se aprofundar em 2017 com potencial para abalar ainda mais o sistema
político brasileiro.

CRISE ECONÔMICA SE AGRAVA E GOVERNO APROVA PEC QUE LIMITA OS


GASTOS FEDERAIS
A crise econômica que deu as caras em 2015 mostrou-se ainda mais persistente em 2016. Os
dados mais recentes do Produto Interno Bruto (PIB) mostram que a economia brasileira enco-
lheu 0,8% no terceiro trimestre, em relação aos três meses anteriores. Foi o sétimo trimestre
consecutivo de retração do PIB, o que configura uma das mais longas recessões da história do
país.
E o encolhimento da economia traz consigo seu efeito prático mais perverso: o aumento do
desemprego. No terceiro trimestre de 2016, o índice bateu em 11,8%, o maior desde o início da
série histórica iniciada em 2011.
Neste cenário de contração econômica, em que as receitas do governo diminuem e os gastos
são elevados, o debate acerca da dívida pública ganhou ainda mais destaque em 2016. Em ju-
nho, o governo apresentou ao Congresso uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que
limita o aumento dos gastos públicos por até 20 anos. A chamada PEC do Teto restringe o cres-
cimento das despesas do governo federal à inflação do ano anterior.
Para o governo, a medida era necessária porque o governo está gastando muito mais do que
pode pagar, o que tem um efeito direto na elevação da dívida. Seus críticos, contudo, argumen-
tam que a PEC irá afetar os investimentos federais em saúde e educação, além de reduzir os
gastos em programas sociais. A votação no Congresso foi marcada por protestos em pelo me-
nos sete estados e no Distrito Federal. Mas a PEC do Teto acabou sendo aprovada no Senado,
em 13 de dezembro, e promulgada dois dias depois.

RIO 2016: UM RESPIRO EM MEIO AO TURBILHÃO POLÍTICO


Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro foram realizados entre os dias 3 e 21 de agosto, em meio
ao processo de impeachment de Dilma Rousseff. Antes do início da competição havia receios

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quanto à capacidade do Rio em organizar um evento desse porte e receber milhares de turis-
tas. Apesar de algumas reclamações sobre as acomodações dos atletas e à mobilidade do pú-
blico, os Jogos transcorreram sem grandes problemas. A cerimônia de abertura recebeu elogios
em todo o mundo, e as competições foram recebidas com grande entusiasmo.
A Rio 2016 marcou a coroação de duas lendas do esporte. O nadador norte-americano Michael
Phelps conquistou cinco medalhas de ouro e uma prata na Rio 2016, consolidando sua condi-
ção de maior atleta olímpico da história. Já o velocista jamaicano Usain Bolt obteve o inédito
tricampeonato em três provas diferentes: nos 100 e 200 metros rasos e no revezamento 4×100
metros.
O Brasil terminou a competição em 130 lugar, com sete ouros, seis pratas e seis bronzes. Foi
o melhor desempenho em uma Olimpíada, ainda que abaixo da projeção do Comitê Olímpico
Brasileiro (COB), que almejava figurar no top 10. Entre os medalhistas, destaque para a vitória
emocionante de Thiago Braz no salto com vara, para as três medalhas (duas de prata e uma de
bronze) de Isaquias Queiroz na canoagem e para o inédito ouro do futebol masculino.
Além dos fatos esportivos, a Rio 2016 também apresentou importantes desdobramentos polí-
ticos. As obras de construção das arenas olímpicas e de reurbanização provocaram a remoção
de milhares de famílias, especialmente as que viviam na Vila Autódromo, chamando a atenção
para o acelerado processo de gentrificação na cidade. Nas arquibancadas, as faixas contra o en-
tão presidente interino Michel Temer chegaram a ser proibidas pelo Comitê Olímpico Brasileiro
e só depois foram liberadas por uma liminar judicial. Houve destaque também para a participa-
ção de uma delegação formada por 10 refugiados e o primeiro ouro de Kosovo, uma nação que
ainda não é reconhecida pela ONU.

Operação Carne Fraca

Operação Carne Fraca é uma operação deflagrada pela Polícia Federal do Brasil, e teve início
no dia 17 de março de 2017. Ela foi o estopim para o escândalo, onde apontou que as maiores
empresas do ramo — JBS, dona das marcas Seara, Swift, Friboi e Vigor, e a BRF, dona da Sadia
e Perdigão — são acusadas de adulterar a carne que vendiam no mercado interno e externo.
No total o escândalo da carne adulterada no Brasil envolve mais de 30 empresas alimentícias
do país, acusadas de comercializar carne estragada, mudar a data de vencimento, maquiar o
aspecto e usar produtos químicos supostamente cancerígenos para buscar revenda de carne
estragada, além de apontar agentes do governo acusados de liberar estas carnes.
Dentre as pessoas flagradas em gravação foi registrada a interferência do então Ministro da
Justiça do governo Michel Temer, Osmar Serraglio, cobrando de um dos chefes do esquema e
principal alvo da investigação Daniel Gonçalves Filho, sobre a fiscalização em um dos frigorífi-
cos envolvidos.
O Brasil é o líder mundial em exportação de carne bovina e de frango, e o quarto exportador de
carne suína. No ano de 2016 as vendas do setor representaram 7,2% do comércio global.
A holding BRF, controladora de Sadia e Perdigão, possui no país quarenta e sete fábricas, e so-
zinha detinha 14% do mercado mundial de aves, exportando para 120 países; já a JBS, contro-
ladora das marcas Friboi, Seara, Swift e Pilgrim's Pride era considerado o maior frigorífero do
mundo, enviando carnes para 150 países.

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Como impacto imediato o preço das ações destas duas empresas lideraram as perdas na Ibo-
vespa no dia da operação: 7,25% a BRF e 10,59% a JBS; ambas já vinham de resultados ruins no
ano de 2016, e avaliou-se que terão enormes dificuldades para conseguir reverter a quebra de
confiança.
A Operação Carne Fraca foi divulgada pela PF como a maior realizada na história da corporação.
Mais de 1.100 policiais federais foram as ruas para cumprir 309 mandados em seis estados do
Brasil e no Distrito Federal. Os mandados expedidos pela Justiça foram 27 de prisão preventiva,
11 de prisão temporária, 77 de condução coercitiva e 194 de busca e apreensão.
Segundo as investigações, mais de 30 empresas e fiscais do Ministério da Agricultura se benefi-
ciaram do esquema que envolvia liberar a venda da carne imprópria para consumo.
A Polícia Federal afirmou que parte da propina liberada no esquema ia para o PMDB, partido do
presidente da república em exercício, Michel Temer, e PP, da base aliada.
O delegado da Polícia Federal, Maurício Moscardi, lembrou que a responsabilidade pelos atos
criminosos contra a população é tanto dos empresários quanto dos agentes públicos.
Dentro do Ministério da Agricultura funcionários envolvidos com o esquema removiam fiscais
para garantir a continuidade do esquema. A recusa de um fiscal em ser removido, foi o que le-
vou ao começo das investigações.
Após a operação ser deflagrada pela PF, 33 servidores foram afastados, e destes, quatro foram
exonerados. Três unidades de beneficiamento de carne foram fechadas; a BRF em Mineiros
(GO), e as unidades da Peccin em Jaraguá do Sul (SC) e Curitiba (PR).

Nacional
Autoridades alertaram para a imagem que o escândalo pode causar na indústria nacional e
seus possíveis impactos na economia.
As ações da JBS, na BM&FBovespa fecharam o dia 17 de março em queda de mais de 11%, as
BRF seguiram as da JBS e também caíram quase 8%. Somente neste dia, a JBS teve um perda
de valor de mercado de R$ 3,456 bilhões, enquanto a BRF teve uma perda de R$ 2,31 bilhões.

Internacional
O periódico New York Times afirmou que o escândalo "lança dúvidas sobre a indústria do agro-
negócio no Brasil, na já afetada economia nacional, devido a outros escândalos", além de men-
cionar o vínculo das propinas originadas no esquema, com o partido do presidente do Brasil.
O jornal britânico Financial Times falou no mesmo tom do New York Times e também levantou
dúvidas sobre o futuro da indústria da carne no Brasil.
O também britânico The Telegraph citou as acusações de corrupção para manter a carne podre
no mercado e seu vínculo com funcionários do governo federal, fato que também foi lembrado
pelo jornal estadunidense Washington Post.
Segundo o ministro Blairo Maggi, a União Europeia solicitou ao governo brasileiro uma reunião
de emergência para esclarecimentos sobre a operação policial e as investigações sobre as frau-
des.

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Governo
Em 19 de março de 2017, o presidente Michel Temer jantou em uma churrascaria com minis-
tros e embaixadores, visando suavizar os efeitos da Operação Carne Fraca.
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, do Partido Progressista, afir-
mou no dia 18 de março, em Cuiabá que alguns servidores se desviaram de suas funções, e
afirmou que não deixará de consumir e recomendo o consumo de carne brasileira, afirmando
que não há risco nenhum.
O gerente de Relações Internacionais e Governamentais da BRF, Roney Nogueira dos Santos, foi
preso pela Polícia Federal no dia 18 de março no Aeroporto Internacional de Guarulhos após
desembarcar vindo do exterior.
O presidente Michel Temer, no dia 19 de março, após reunião com embaixadores, anunciou
uma força-tarefa para investigar alvos da Carne Fraca.
As principais empresas investigadas e alvos da operação Carne Fraca doaram 393 milhões de
reais a políticos nas eleições gerais em 2014. O maior beneficiário foi o PT com 60,7 milhões
de reais. O PMDB ficou em segundo lugar com 59,1 milhões de reais e em seguida o PSDB com
58,1 milhões de reais. O PP e o PR receberam 38,1 e 24,4 milhões de reais respectivamente.
Dentre os candidatos, os políticos filiados ao PT foram os que mais receberam, totalizando 60,6
milhões, enquanto políticos do PMDB 6,9 milhões, do PSDB 3,3 milhões de reais, do PSD 3,1
milhões de reais e do PROS 1,6 milhão de reais.

Corrupção no Brasil

Em 2016, a aprovação de um pacote anticorrupção pela Câmara dos Deputados, gerou enorme
repercussão, principalmente devido às mudanças que os deputados fizeram no texto original
apresentado pelo Ministério Público. A mais polêmica diz respeito à possibilidade de punições
a magistrados, procuradores e promotores por abuso de autoridade. Para membros do Poder
Judiciário, a medida tomada pelos deputados visa a intimidar a Operação Lava Jato e a proteger
os políticos envolvidos em esquemas de corrupção.
Desde o início da Lava Jato, em 2014, a corrupção passou a ser uma presença ainda mais cons-
tante no noticiário político brasileiro. A operação deflagrada pela Polícia Federal investiga um
amplo esquema de lavagem e desvio de dinheiro da Petrobras, que envolve executivos da esta-
tal, grandes empreiteiras e políticos de alto escalão.
Justamente por estar no centro do debate nacional, a corrupção é um tema com grande pos-
sibilidade de ser cobrado nas questões dos vestibulares e na redação. Por isso, é fundamental
que você entenda por que essa prática encontra-se disseminada na esfera pública.

AS ORIGENS DA CORRUPÇÃO NO BRASIL


Em política, de modo geral, corrupção é o ato de trocar algum tipo de vantagem (política, finan-
ceira, de informações) por meios ilegais ou ilícitos como, por exemplo, dar ou receber dinheiro

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ou presentes em troca de algum benefício. A corrupção no Brasil não é novidade, nem come-
çou no atual governo. Pautada pela apropriação dos bens públicos para benefício privado, sua
origem está no primeiro sistema de gestão do território brasileiro, o de capitanias hereditárias,
instituído em 1534. Por ele, o rei de Portugal entregava a pessoas de suas relações a posse e
a administração de terras do Estado. Nascia ali o hábito que perdura até hoje no Brasil: usar o
patrimônio e os recursos públicos para vantagem pessoais, ignorando as necessidades da po-
pulação.
A prática atravessou os séculos e ganhou os contornos atuais nas duas ditaduras que vivemos
no século XX, a do Estado Novo (1937-1945) e a de 1964, quando o arbítrio e a censura, favore-
ceram a disseminação da corrupção por um corpo de funcionários que atuavam à margem de
qualquer fiscalização ou controle. Foram tempos de grandes investimentos em infraestrutura
e obras gigantescas, em que a corrupção assumiu a forma de propinas pagas para fraudar con-
corrências e favorecer grupos econômicos que controlavam essa rede de subornos.
Em outras palavras, as empresas passaram a pagar para servidores públicos destinarem a elas
os melhores contratos. Esse valor era acrescido ao custo do serviço. Ou seja, o dinheiro do Esta-
do era usado para manter a roda da corrupção, o tal uso de recursos públicos em benefício de
indivíduos. Esse é o modelo básico da corrupção dos dias de hoje, desde as pequenas compras
nas prefeituras do interior, até as licitações bilionárias de ministérios e estatais, como no caso
da Lava Jato.

OS TENTÁCULOS DA CORRUPÇÃO
Mas, além de funcionários corruptos que enriquecem com o dinheiro público e políticos de-
sonestos que usam de poder e influência para obter vantagens, a corrupção no Brasil tem um
componente particular: a chamada busca pela governabilidade – que nada mais é que a tenta-
tiva de criar condições estáveis para governar. Apesar de os presidentes terem à disposição ins-
trumentos para adotar sua orientação política, eles precisam que o Congresso Nacional aprove
certas decisões. É praticamente impossível que um presidente tenha maioria parlamentar ape-
nas com deputados e senadores de seu partido. Então, ele faz alianças com outras legendas
para conseguir a maioria, formando a chamada “bancada governista”.
Entra em cena, então, o clientelismo, com o uso dos recursos do Estado para favorecer aliados
por meio de obras ou nomeações. Há milhares de cargos na máquina federal para ser preen-
chidos pelo Executivo, o que é um prato cheio para a barganha política. Caciques partidários
e parlamentares podem apontar parentes e apadrinhados para essas funções – muitas vezes
são pessoas que não têm a capacidade técnica para exercer o cargo ou, em alguns casos, nem
sequer trabalha. Essas nomeações suspeitas por si só não configuram crime, mas criam um am-
biente propício para a corrupção.
Outra irregularidade bastante comum no país é o caixa dois, a acumulação de recursos ilegais
para financiar campanhas eleitorais. Geralmente, o esquema é operado da seguinte forma: em-
presas superfaturam serviços que prestam ao governo e dividem o excedente com membros
dos partidos políticos. Também podem fazer o contrário: doar grandes quantias ilegalmente
para um candidato esperando cobrar vantagens se ele for eleito. Essas vantagens virão na for-
ma de vitórias em licitações dirigidas ou pagamentos de obras e serviços em valores superiores
ao preço justo.

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O COMBATE À CORRUPÇÃO
Com a retomada da democracia e a Constituição de 1988, o Ministério Público ganhou mais
poderes para agir em casos de corrupção e foram criados mecanismos para fortalecer as inves-
tigações. A Operação Lava Jato insere-se neste contexto.
A Lava Jato é uma grande operação iniciada em março de 2014 no Paraná, para investigar cor-
rupção na Petrobras. Ela é comandada pelo juiz federal Sérgio Moro, titular da 13ª Vara Federal
de Curitiba, com participação do Ministério Público Federal e da Polícia Federal. A partir da
operação, foi revelado um grande esquema de desvio de recursos envolvendo funcionários da
estatal, empreiteiras e políticos, com pagamento de propina e lavagem de dinheiro.
Segundo as conclusões da PF, um grupo de grandes empreiteiras formou um cartel que decidia
a distribuição entre elas dos contratos da Petrobras. Nas licitações, os valores eram superfa-
turados. A prática ocorria pelo menos desde os anos 1990. O dinheiro excedente serviu para
enriquecer as empreiteiras, mas parte substancial ficava com diretores da Petrobras e ia para
políticos e seus partidos como forma de perpetuar o esquema de corrupção.
O caso, que pela primeira vez no Brasil mandou à prisão e levará ao banco dos réus donos de
grandes empresas, pode representar um importante marco no combate à corrupção. Isso por-
que há a perspectiva de que tanto corruptos (os políticos) como corruptores (os empresários)
possam ser condenados, revertendo a percepção de impunidade.
No entanto, há importantes questões que têm sido alvo de polêmica. Para muitos juristas, os
acusados não estão tendo amplo direito de defesa e, ao serem mantidos presos por longos
períodos para que façam delações premiadas, estariam sendo submetidos a chantagem. Outra
queixa é de que as investigações limitam-se ao período das gestões petistas, que começaram
em 2003, apesar de os delatores terem apontado irregularidades anteriores a esse período. Há,
ainda, acusações que envolvem o vazamento de informações que deveriam ser mantidas em
sigilo e a gravação ilegal de conversas entre suspeitos de corrupção, o que sinalizaria um abuso
de poder das autoridades do Judiciário.

Entenda as ocupações nas escolas

O movimento de ocupações de escolas tomou conta do Brasil em outubro. Mais de mil escolas
foram ocupadas por estudantes que não se conformam com os rumos que a educação vem to-
mando no governo Temer. Vamos entender melhor as origens dessas ocupações e os motivos
dos estudantes.

Quem está ocupando as escolas e onde?


Estudantes da rede pública de todo o país estão à frente das ocupações. Esses atos estão sendo
executados pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), a maior entidade de re-
presentação estudantil para o ensino médio.
Segundo levantamento da Exame, mais de 1100 escolas foram ocupadas em 22 estados brasi-
leiros (mais o Distrito Federal). O maior foco de ocupações é o Paraná, onde 850 instituições fo-
ram tomadas por secundaristas, segundo o Movimento Ocupa Paraná, da Ubes. A Secretaria do

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Estado de Educação afirma que 752 continuam ocupadas no dia 31 de outubro. Estudantes co-
meçaram a tomar as escolas no último dia 6. Mas o movimento pode terminar em breve, pois a
Justiça determinou a reintegração de posse de algumas das principais escolas de Curitiba.

O que pedem os estudantes das escolas ocupadas?


O movimento de ocupações de secundaristas tem sido contestado por polêmicas e suposta fal-
ta de legitimidade. O grupo Movimento Brasil Livre (MBL), conhecido por articular os protestos
anti-Dilma nos últimos dois anos, tem pressionado os estudantes a encerrar os protestos. Foi
formado também o Movimento Desocupa Paraná. Os contrários às ocupações afirmam, entre
outras coisas, que as ocupações são ilegais e impedem alunos de exercer o direito de estudar.
Além disso, há quem conceda que as motivações dos estudantes são legítimas, mas que deve-
riam pensar em outras formas de protestos (nas ruas, por exemplo).
Mas o momento mais tenso das ocupações foi a morte de um estudante no colégio Santa Feli-
cidade, em Curitiba, ocorrida no dia 24 de outubro. Lucas Eduardo Araújo Mota, de apenas 16
anos, foi assassinado a facadas por um colega de 17 anos. O suspeito afirmou que ambos inge-
riram uma droga sintética e que ele esfaqueou Lucas durante uma briga. O episódio aumentou
a pressão do governo paranaense sobre o movimento e motivou também a reintegração de
posse.

Histórico das ocupações


No início de 2016, a ocupação de escolas por alunos em protesto teve foco maior no estado de
São Paulo. Por lá, foram as escolas técnicas(Etec’s) as mais envolvidas no movimento. Nessas
ocupações, o foco recaiu sobre questões de responsabilidade do governo estadual, como o for-
necimento de merenda, que estava prejudicado por causa do esquema conhecido como “máfia
da merenda”.
Essa não foi a primeira vez que secundaristas de São Paulo se organizaram para ocupar insti-
tuições de ensino. Em novembro de 2015, cerca de 200 escolas paulistas foram tomadas por
estudantes. Eles protestavam contra a reestruturação do sistema educacional estadual. A me-
dida previa o fechamento de quase 100 escolas e o remanejamento de 311 mil alunos e 74 mil
professores. Os protestos surtiram efeito: o governo Alckmin suspendeu a reorganização do
sistema.

Ocupação de escolas: legalidade


A legalidade das ocupações tem sido discutida. O jurista Hyago Otto afirma que a escola pode
ser vista como serviço público. Como tal, elas não poderiam ter seu funcionamento interrom-
pido. Mesmo que garantido o direito à livre manifestação, as ocupações conflitariam com o
direito à educação – garantido no artigo sexto da Constituição.
Por outro lado, o Ministério Público do Paraná afirmou que as ocupações são legítimas. Ao
justificar sua posição, o MP paranaense invocou o artigo 205 da Constituição Federal, que diz
que a educação deve preparar para o exercício da cidadania. As ocupações, enquanto forma de
protesto, seriam uma forma válida de prática cidadã para os alunos.

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Crise econômica no Brasil

1. A crise internacional
Para combater os efeitos da crise financeira mundial, que eclodiu em 2008, o modelo econô-
mico adotado pelo então presidente Lula baseou-se na adoção de medidas para estimular o
consumo. O governo reduziu as taxas de juros, cortou impostos, concedeu desonerações fiscais
a alguns setores da economia, incentivou a liberação de crédito pelos bancos públicos para
financiar o desenvolvimento e expandiu o gasto por meio de programas de investimento em
infraestrutura. Com tudo isso, a economia não perdeu fôlego, e o país cresceu acima da média
mundial.

2. A dívida
O problema, no entanto, é que a crise econômica global durou além do que os economistas
previam e avançou durante o governo de Dilma Rousseff, a partir de 2011. O menor ritmo de
expansão da China provocou uma queda brusca no preço das commodities, com reflexos dire-
tos sobre a economia brasileira, altamente dependente da exportação de produtos como soja
e minério de ferro.
Com o prolongamento da crise econômica mundial, o governo manteve as medidas para es-
timular a produção e o consumo, entre elas redução de impostos, desonerações fiscais e li-
beração de crédito subsidiado. O problema foi que o governo passou a gastar cada vez mais,
enquanto a arrecadação com impostos e tributos diminuiu, o que desequilibrou as contas pú-
blicas.
Com a dívida em alta, o governo perde a capacidade de atrair investimentos e não consegue
destinar recursos para estimular o crescimento do país.

3. O ajuste fiscal
Diante desse cenário, a presidente Dilma começou seu segundo mandato em 2015 sob o signo
do chamado ajuste fiscal. Essa expressão designa um conjunto de medidas que visa a equili-
brar o orçamento do governo, envolvendo tanto a contenção de gastos como a ampliação de
receitas. De modo geral, o governo fez cortes no orçamento, restringiu benefícios e aumentou
impostos e tributos.
O problema é que os cortes de gastos oficiais provocam um efeito amplo na economia. Quan-
do o governo reduz, por exemplo, o investimento em obras de infraestrutura – como geração
de energia, transportes, telecomunicações e setor de água e esgoto – determina a paralisia de
vários setores produtivos, causando o fechamento de empresas e aumento no desemprego.
Consequentemente, essas medidas para reduzir as despesas acabam tendo um efeito contrário
na outra ponta do orçamento que é a queda na arrecadação de impostos. Afinal, quando as
empresas que fecham ou diminuem a produção e as vendas, menos elas contribuem para a
receita federal.

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4. A inflação
Para piorar o cenário, a inflação voltou a dar sinais de vida no país. Para conter a elevação de
preços, o Banco Central elevou progressivamente a taxa básica de juros, também conhecida
como Selic. A elevação dos juros é a principal medida que os governos adotam para controlar a
inflação. Ela encarece o valor de todo dinheiro tomado emprestado no país, inibindo o consu-
mo de pessoas e o investimento das empresas – com a queda na demanda, os preços tendem a
ficar estáveis ou mesmo a cair para atrair mais consumidores.
Mas como grande parte do efeito inflacionário é estimulada por tarifas controladas pelo gover-
no, como energia e combustíveis, o impacto do aumento dos juros nos preços de forma geral
foi pouco sentido. Além disso, a elevação dos juros piora o quadro recessivo, pois fica mais caro
para empresas e pessoas físicas tomarem empréstimos bancários para fazer investimentos ou
compras. Para piorar, ao aumentar a taxa básica, o governo passa a gastar mais com os juros da
dívida pública.

5. A recessão
Todo esse cenário desemboca no desempenho do Produto Interno Bruto. O PIB é a soma do va-
lor de todos os bens e serviços produzidos, distribuídos e consumidos em uma região durante
um período determinado. É a principal medida usada para avaliar o tamanho de uma economia
e compará-la com outras.
Se o valor do PIB cai por dois trimestres seguidos, dizemos que o país está em “recessão técni-
ca” – no caso do Brasil, os dados mostram que o PIB está em queda por cinco trimestres conse-
cutivos. E o que está interferindo na queda do PIB? Se as pessoas gastam menos com produtos
e serviços, se o governo gasta menos, se as empresas deixam de investir em melhorias e se o
país exporta menos do que importa, tudo isso impede o PIB de crescer.

Crise no sistema penitenciário brasileiro

Uma briga entre facções rivais no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus
(AM), terminou com a morte de 56 detentos na segunda-feira, 2 de janeiro. Foi o maior massa-
cre em prisões no Brasil desde outubro de 1992, quando 111 presos foram mortos pela Polícia
Militar no presídio do Carandiru, em São Paulo.
O Brasil é um dos países que mais prendem pessoas, atrás apenas dos Estados Unidos, da China
e da Rússia.
Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP): o número de detentos triplicou entre 1999 e
2014, ano em que a população carcerária somou 579.423 pessoas.
Como o número de vagas existentes é menor, 375.892, faltam 203.531 vagas nas prisões do
país. Em outras palavras, é 1,5 preso para cada vaga, e em alguns estados esse índice sobe ain-
da mais.
A lentidão e a ineficiência da Justiça agrava a superlotação dos presídios.

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Atualidades – Fatos da Atualidade do Brasil – Prof. Thiago Scott

Entre os mais de 500 mil detentos estão 222 mil sem julgamento ou condenação à prisão, devi-
do à morosidade da justiça.
A superlotação agrava a precariedade das penitenciárias. (celas lotadas/ falta de condições sa-
nitárias/violência interna/crescimento das facções criminosas)
A superlotação das prisões brasileiras é apontada como uma grave violação dos direitos huma-
nos pela organização internacional Human Rights Watch (HRW).
“O fracasso absoluto do Estado nesse sentido viola os direitos dos presos e é um presente nas
mãos das facções criminosas, que usam as prisões para recrutar seus integrantes”, afirma Ma-
ria Laura Canineu, diretora do escritório da HRW em São Paulo.

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Atualidades

FATOS DA ATUALIDADE DO MUNDO

O que é ‘pós-verdade’, a palavra do ano segundo a Universidade de


Oxford
https://www.nexojornal.com.br/expresso/2016/11/16/O-que-%C3%A9-%E2%80%98p%C3%B3s-
verdade%E2%80%99-a-palavra-do-ano-segundo-a-Universidade-de-Oxford

Substantivo diz respeito a circunstâncias nas quais fatos objetivos têm menos importância do
que crenças pessoais
Anualmente a Oxford Dictionaries, departamento da universidade de Oxford responsável pela
elaboração de dicionários, elege uma palavra para a língua inglesa. A de 2016 é “pós-verdade”
(“post-truth”). Em 2015, a palavra escolhida foi um emoji - mais especificamente, aquela ca-
rinha amarela que chora de tanto rir. Além de eleger o termo, a instituição definiu o que é a
“pós-verdade”: um substantivo “que se relaciona ou denota circunstâncias nas quais fatos ob-
jetivos têm menos influência em moldar a opinião pública do que apelos à emoção e a crenças
pessoais”.
A palavra é usada por quem avalia que a verdade está perdendo importância no debate polí-
tico. Por exemplo: o boato amplamente divulgado de que o Papa Francisco apoiava a candida-
tura de Donald Trump não vale menos do que as fontes confiáveis que negaram esta história.
Segundo a Oxford Dictionaries, o termo “pós-verdade” com a definição atual foi usado pela
primeira vez em 1992 pelo dramaturgo sérvio-americano Steve Tesich. Ele tem sido empre-
gado com alguma constância há cerca de uma década, mas houve um pico de uso da palavra,
que cresceu 2.000% em 2016. “‘Pós-verdade’ deixou de ser um termo periférico para se tornar
central no comentário político, agora frequentemente usado por grandes publicações sem a
necessidade de esclarecimento ou definição em suas manchetes”, escreve a entidade no texto
no qual apresenta a palavra escolhida. “Dado que o uso do termo [pós-verdade] não mostrou
nenhum sinal de desaceleração, eu não ficaria surpreso se ‘pós-verdade’ se tornasse uma das
palavras definidoras dos nossos tempos” Casper Grathwohl Presidente da Oxford Dictionaries
em entrevista ao jornal americano 'Washington Post' Segundo a Oxford Dictionairies, a palavra
vem sendo empregada em análises sobre dois importantes acontecimentos políticos: a eleição
de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos e o referendo que decidiu pela saída
da Grã-Bretanha da União Europeia, apelidada de “Brexit”. Ambas as campanhas fizeram uso
indiscriminado de mentiras, como a de que a permanência na União Europeia custava à Grã
Bretanha US$ 470 milhões por semana no caso do Brexit, ou de que Barack Obama é fundador
do Estado Islâmico no caso da eleição de Trump.
Em um artigo publicado em setembro de 2016, a influente revista britânica “The Economist”
destaca que políticos sempre mentiram, mas Donald Trump atingiu um outro patamar. A leitura
de muitos acadêmicos e da mídia tradicional é que as mentiras fizeram parte de uma bem su-

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cedida estratégia de apelar a preconceitos e radicalizar posicionamentos do eleitorado. Apesar
de claramente infundadas, denunciar essas informações como falsas não bastou para mudar o
voto majoritário. Para diversos veículos de imprensa, a proliferação de boatos no Facebook e a
forma como o feed de notícias funciona foram decisivos para que informações falsas tivessem
alcance e legitimidade. Este e outros motivos têm sido apontados para explicar ascensão da
pós-verdade.

RAIVA E FRUSTRAÇÃO
Em um artigo publicado em setembro de 2016 no qual aborda a ‘pós-verdade’, a ‘The Econo-
mist’ aponta a frustração de parte do eleitorado com instituições tradicionais que fizeram diag-
nósticos falhos ou falsos. ‘Eles fazem troça de tecnocratas que trabalham em proveito próprio
e que disseram que o euro melhoraria suas vidas e Saddam Hussein tinha armas de destruição
em massa’ NOVAS MÍDIAS Plataformas como Facebook, Twitter e Whatsapp favorecem a re-
plicação de boatos e mentiras. Grande parte dos factóides são compartilhados por conhecidos
nos quais os usuários têm confiança, o que aumenta a aparência de legitimidade das histórias.
Os algoritmos utilizados pelo Facebook fazem com que usuários tendam a receber informações
que corroboram seu ponto de vista, formando bolhas que isolam as narrativas às quais aderem
de questionamentos à esquerda ou à direita MENOS ESPAÇO PARA IMPRENSA A imprensa, que
é tradicionalmente responsável por checar os fatos e construir narrativas baseadas na realida-
de, tem tido obstáculos para disputar espaço nas redes sociais.
Em junho, o Facebook alterou seu algoritmo de forma a diminuir o alcance de postagens de
sites noticiosos e privilegiar o de amigos e familiares. Em paralelo, a imprensa que checa fatos
antes de publicá-los compete por espaço com uma ampla gama de veículos de informações fal-
sas. Um site com um bom design pode bastar para convencer um leitor da veracidade de uma
informação O que o Facebook tem feito após as críticas Apontado por veículos de mídia após a
eleição de Trump como a plataforma-chave para a proliferação de boatos que fazem parte da
“pós-verdade”, o Facebook anunciou uma medida prática: sites que compartilham conteúdo
falso não poderão usar a sua rede de anúncios, que permite que eles exibam propaganda e ga-
nhem dinheiro com isso. A empresa seguiu o mesmo caminho do Google, que já havia determi-
nado que sites que divulgam informações inverídicas serão proibidos de usar o Google AdSen-
se, sistema de remuneração por anúncios. Os críticos à maneira como o Facebook se organiza,
no entanto, dizem que são necessárias outras medidas. O site Vox, por exemplo, defende que
a rede social mantenha uma equipe editorial qualificada para avaliar e classificar os conteúdos
noticiosos. A revista “Business Insider” recomenda que ele faça a classificação de conteúdos
como o Google, dando mais peso para veículos relevantes ou verificados.

O que é 'Brexit' - e como pode afetar o Reino Unido e a União Europeia?


17 junho 2016 (http://www.bbc.com/portuguese/internacional-36555376)

Os britânicos vão às urnas no próximo dia 23 de junho para votar em um plebiscito crucial para
o seu futuro.
Os eleitores votarão por permanecer na União Europeia ou abandonar o bloco comum.

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Nunca um país membro deixou a união política e econômica de 28 países - que desde seu início
só tem se expandido.
A saída britânica seria interpretada como um duro golpe ao projeto europeu, cujas origens re-
montam ao pós-2ª Guerra Mundial.
Analistas dizem que esta será a decisão mais importante para os britânicos desde 1975, quando
dois terços do eleitorado optaram por ingressar na então Comunidade Econômica Europeia.
Entenda os principais pontos da discussão.
Ataque brutal e ainda sem explicação resulta em morte de parlamentar no Reino Unido

O que é 'Brexit'?
'Brexit' é a abreviação das palavras em inglês Britain (Grã-Bretanha) e exit (saída). Designa a
saída do Reino Unido da União Europeia.
O termo parece remontar à discussão sobre uma possível saída da Grécia do euro, em 2012 - à
época, estava em voga a palavra Grexit.
No contexto britânico, Brexit pegou e se converteu na palavra mais usada para tratar da discus-
são.
A alternativa Bremain (trocadilho com a palavra remain, permanecer) nunca gozou da mesma
popularidade.
Brasileira grávida que pediu 'asilo' na Grã-Bretanha por medo da zika tem pedido negado e
pode ser deportada

Qual é a pergunta do referendo?


Os eleitores devem responder à seguinte pergunta na cédula eleitoral: "Deve o Reino Unido
permanecer como membro da União Europeia ou sair da União Europeia?"
As duas únicas respostas possíveis são "permanecer" e "sair".
Inicialmente, o governo britânico queria uma formulação diferente, perguntando aos eleitores
se queriam continuar na União Europeia. Mas as autoridades eleitorais consideraram que des-
sa forma a pergunta poderia induzir respostas pró-UE.
Tecnicamente, o plebiscito não é vinculante. Mas se a proposta passar, o primeiro-ministro, Da-
vid Cameron, estará sobre intensa pressão para implementar a vontade da maioria.
Em tese, os parlamentares também poderiam bloquear a saída do bloco, mas analistas consi-
deram que contrariar os eleitores seria um suicídio político para muitos conservadores - que
atualmente controlam o Legislativo.
Foi uma resposta à pressão crescente, inclusive dentro do seu próprio partido, para que o pro-
jeto europeu fosse levado a voto popular. Muitos dos chamados eurocéticos argumentam que
a UE cresceu demasiadamente nas últimas décadas, exercendo cada vez mais controle sobre a
vida cotidiana dos britânicos.

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As pressões aumentaram com o crescimento eleitoral do partido nacionalista Ukip, que defen-
de a saída da UE.
Mas as origens da oposição à União Europeia remontam a tensões históricas entre o Reino
Unido, que segundo historiadores nunca abraçou uma identidade europeia como Alemanha ou
França, e seus vizinhos no continente.
Entre as novas e velhas tensões, estão, entre outras, a defesa da soberania nacional, o orgulho
pela identidade britânica, desconfiança com a burocracia de Bruxelas, o controle de fronteiras e
questões de segurança interna e defesa.

Qual é a situação do Reino Unido na União Europeia?


A União Europeia é uma união econômica e política de 28 países. Suas origens remontam à Co-
munidade Econômica Europeia (CEE), criada em 1957 por seis países que assinaram o Tratado
de Roma.
O Reino Unido aderiu à CEE em 1973 e, dois anos depois, após renegociar suas condições, reali-
zou um referendo sobre a sua permanência.
A integração foi aprovada por 67% dos eleitores. Numa época em que o Reino Unido sofria com
o declínio industrial, inflação e distúrbios decorrentes de greves trabalhistas, o então premiê
Harold Wilson conseguiu vender o projeto europeu como benéfico para a economia do país.
Mas quando a área de Schengen, estabelecendo uma fronteira comum, foi criada, em 1985, o
Reino Unido optou por manter-se à margem.
E apesar de integrar desde 1993 o mercado único e a livre circulação de bens e pessoas, o Reino
Unido optou por não adotar o euro, mantendo sua própria moeda, a libra esterlina.
Há anos, o país mantém com a UE uma relação complexa, permeada por temas como centrali-
zação versus controle nacional.
O tema econômico também sempre foi central nessa relação. Um dos argumentos pela separa-
ção, aliás, é o de que a economia britânica de hoje é muito mais criativa e dinâmica que a dos
anos 1970 e que estas duas características são prejudicadas pela burocracia de Bruxelas.
No início deste ano, o premiê David Cameron renegociou "condições especiais" para o Reino
Unido dentro da união.
Entre outros privilégios, o país recebeu garantias de que não será discriminado por não integrar
a zona do euro, obteve proteções para a City londrina - o mercado financeiro mais importante
da Europa - frente a regulações financeiras do bloco, e ganhou o direito de limitar os benefícios
que imigrantes europeus podem pedir no país.
David Cameron sustenta que as novas condições permitirão ao Reino Unido ficar na União
Europeia dentro dos seus próprios termos. Mas os críticos afirmam que as condições ficaram
aquém das expectativas, e que só a saída total da União Europeia permitirá aos britânicos ditar
suas próprias regras.

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Quem defende a permanência na UE?


Os partidos Trabalhista, Liberal Democrata, Nacionalista Escocês (SNP), e o galês Plaid Dymru
também se dizem a favor da permanência na UE
David Cameron concordou com a realização do plebiscito, mas sua posição é favorável à perma-
nência do país no bloco comum. Por outro lado, ele permitiu que integrantes do seu gabinete
adotassem sua própria posição política - cinco se declararam a favor da saída.
Os partidos Trabalhista, Liberal Democrata, Nacionalista Escocês (SNP), e o galês Plaid Dymru
também se dizem a favor da permanência na UE.
Entre os líderes estrangeiros, o presidente Barack Obama atraiu acusações de ingerência ao
defender a permanência do Reino Unido na UE. França e Alemanha, assim como organizações
multilaterais - como o Fundo Monetário Internacional (FMI) - também preferem que os britâni-
cos permaneçam no bloco.

Quem defende a saída da UE?


Os defensores mais vocais da saída são os membros do partido nacionalista Ukip, em especial
seu líder, Nigel Farage. Nas últimas eleições, o Ukip obteve 13% dos votos, embora sua repre-
sentação no Parlamento seja ínfima devido ao sistema eleitoral britânico.
Cerca de metade dos parlamentares conservadores também se posicionaram contra a UE, con-
trariando a vontade de David Cameron.
Alguns parlamentares trabalhistas também apoiam a saída, ecoando críticas de algumas vozes
da esquerda descontentes com as políticas de austeridade e liberalismo econômico promovi-
das pelo bloco.
O candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, também já expressou a opinião de que
o Reino Unido estará melhor fora da UE, e lamentou os efeitos da imigração na Europa.

Que consequências teria a Brexit para o Reino Unido?


O mercado único, sem impostos nem tarifas comerciais, é o grande pilar da economia europeia.
No coração dele, está o movimento de bens, pessoas e capitais.
Embora seja possível integrar o mercado único e não a União Europeia, como é o caso da No-
ruega, isto dependeria de acordos a serem assinados se for confirmada a saída do bloco.
Os partidários da campanha pela saída dizem que tal entendimento poderia ser firmado até
2020. Eles alegam que a economia britânica é forte e dela dependem muitos países da UE, in-
cluindo a França, que exporta boa parte de sua produção agrícola para o outro lado do Canal da
Mancha.
Por outro lado, muitos creem que outros países da UE seriam praticamente obrigados a "punir"
o Reino Unido para evitar que outros países da união sigam exemplo semelhante.
Há ainda grandes divergências sobre os efeitos econômicos da separação. Uma análise do Te-
souro britânico afirma que os prejuízos seriam "permanentes" e levariam a uma redução do PIB
de 6% até 2030.

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O ministro da Economia, George Osborne, disse que a saída deixaria um rombo nas contas pú-
blicas de 30 bilhões de libras (quase R$ 150 bilhões), que teria de ser coberto com aumentos de
impostos, cortes na saúde, educação e defesa, e anos de políticas de austeridade.
As projeções foram duramente criticadas por parlamentares do próprio partido Conservador,
que acusaram o ministro de fazer uma campanha do medo com ameaças vazias.

Que consequências teria a Brexit para a União Europeia?


Embora seja consenso que o mais afetado pela separação seria o próprio Reino Unido, também
deve haver consequências em outras partes da Europa.
A consultoria britânica Global Counsel disse que a UE se tornaria um parceiro comercial menos
atraente em nível mundial e perderia poder globalmente.
Porém, a consultoria observou que estes fatores poderiam ser compensados com maior coesão
dos países restantes, já que o Reino Unido é um dos membros do bloco que mais se opõem ao
aprofundamento da integração.
Não se sabe quanto uma saída britânica acenderia movimentos populistas e nacionalistas que
já existem nos países do bloco.
Além do quê, o processo de implementação da saída estaria repleto de incertezas, o que em
geral prejudica as economias nacionais. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
da Europa (OCDE) espera uma queda do Produto Interno Bruto regional se a saída do Reino
Unido for aprovada.

Acordo de paz entre as FARC e o governo da Colômbia


O acordo de paz, que acaba com meio século de enfrentamentos entre o governo colombiano e
a maior guerrilha do país, começa a ser implementado nessa quinta-feira (1º). Os rebeldes das
Forças Armadas Revolucionarias da Colômbia (Farc) têm 150 dias para entregar todas as suas
armas às Nações Unidas.
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, comemorou a ratificação do pacto, na quarta-
-feira (30) à noite, depois de dois dias de intensos debates. Segundo ele, 1º de dezembro é o
Dia D – o início do fim de 52 anos de violência, que resultaram na morte de mais de 200 mil
colombianos e no deslocamento de mais 6 milhões.
Santos ganhou o Prêmio Nobel da Paz por seus esforços para negociar o desarmamento do
grupo guerrilheiro mais antigo da América Latina. Foi um processo que durou quatro anos e
quase termina em fracasso. O primeiro pacto, assinado por Santos e pelo líder das Farc, Rodrigo
Londono (conhecido como Timochenko), foi rejeitado em um plebiscito em outubro. Novas ne-
gociações resultaram numa segunda versão, menos tolerante com os rebeldes – como pediam
os que votaram contra na consulta popular.
O segundo acordo manteve a promessa feita aos guerrilheiros, de que poderiam formar um
partido político, disputar eleições e ocupar cargos públicos. A oposição, liderada pelo ex-presi-
dente e atual senador Álvaro Uribe, queria que o documento fosse submetido a um novo ple-
biscito. Mas Santos decidiu submetê-lo à aprovação do Congresso, onde o governo tem maio-
ria.

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Tanto Santos quanto Londono argumentaram que o acordo de paz foi o resultado de amplo
debate e que era mais importante implementar a paz o quanto antes do que colocar em risco
a trégua entre o governo e a guerrilha e recomeçar de zero. A discussão mobilizou também os
colombianos no exterior – como o barítono Alfredo Martinez, 30 anos, que canta em óperas
em Buenos Aires.
“Uma guerra tão longa deixa profundas feridas. Muitos achavam que não deviam perdoar os
responsáveis pela violência tão facilmente, da noite para a manha, e que eles deveriam respon-
der por seus crimes”, disse à Agência Brasil. “Mas no fundo, todos os colombianos querem a
paz. E o bom é que esse acordo abriu as portas para o debate e todos se informaram a respeito,
para apoiar ou rejeitar o pacto. Não importa. O importante é que o debate se deu”.
Além do desarmamento das Farc, o acordo prevê a erradicação dos cultivos de drogas ilegais
(que financiavam as atividades guerrilheiras, depois da queda do comunismo no Leste Euro-
peu) e programas sociais para integrar mais de 6 mil mil rebeldes à sociedade civil. Opositores
ao acordo argumentavam que a Colômbia iria gastar uma fortuna em um momento de desa-
quecimento da economia. O tema fará parte dos debates nas eleições do próximo ano.
O acordo de paz colombiano foi mediado pelo governo cubano, que continua de luto pela mor-
te do líder revolucionário Fidel Castro. Ele morreu na sexta-feira (25), aos 90 anos. Suas cinzas
estão sendo levadas, em uma peregrinação pelo país. e serão enterradas domingo (4).

Donald Trump vence Hillary Clinton e é eleito presidente dos EUA


http://g1.globo.com/mundo/eleicoes-nos-eua/2016/noticia/2016/11/donald-trump-vence-hillary-clinton-e-e-
-eleito-presidente-dos-eua.html

Quando entrou o número de delegados do estado de Wisconsin na conta da AP, Trump alcan-
çou 276 delegados, ultrapassando o limite de 270 necessários para ser o vencedor no Colégio
Eleitoral. A imprensa americana informou minutos depois que Hillary ligou para o rival e admi-
tiu a derrota. "Eu a cumprimentei pela campanha muito disputada", disse Trump em seguida,
em seu discurso da vitória.
Ao falar aos seus simpatizantes, Trump defendeu a união do país após a disputa eleitoral, ao
afirmar que será presidente para "todos os americanos".
"Todos os americanos terão a oportunidade de perceber seu potencial. Os homens e mulhe-
res esquecidos de nosso país não serão mais esquecidos", discursou. Trump disse ainda que o
plano do país deve ser refeito. "Vamos sonhar com coisas para nosso país, coisas bonitas e de
sucesso novamente."

Disputa
A democrata Hillary, de 69 anos, e o republicano Trump, de 70, protagonizaram uma disputada
e agressiva campanha de quase dois anos, marcada por ofensas e ataques pessoais.
Durante a noite, enquanto a apuração avançava, Trump conquistou vitórias surpreendentes so-
bre Hillary em estados-chave para a definição, abrindo o caminho para a Casa Branca e abalan-
do os mercados globais que contavam com uma vitória da democrata.

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A maré começou a virar a favor de Trump após as vitórias na Flórida, Carolina do Norte, Ohio e
Iowa. Além disso, contrariando sondagens e projeções, Michigan, Wisconsin e Pensilvânia vota-
ram em um republicano pela primeira vez desde os anos 1980.
Os democratas contavam com votos dos estados do Centro-Oeste, por causa do tradicional
apoio dos negros e dos trabalhadores brancos. Mas muitos dos brancos dessa região, especial-
mente sem formação universitária, decidiram votar em Trump. A importância dessa classe para
os democratas tinha sido subestimada em projeções feitas antes do pleito, segundo o jornal
"The New York Times". Analistas dizem o apoio desses trabalhadores a Obama já tinha sido me-
nor em 2012, principalmente pelo receio de perder o emprego para outros países.
Os trabalhadores rurais de estados centrais e do Norte também escolheram em peso o republi-
cano e fizeram diferença no resultado.
A demora na definição de alguns estados, onde os números de Hillary e Trump ficaram muito
próximos, fez com que a primeira projeção sobre sua vitória tenha saído apenas às 5h32, muito
mais tarde do que nas eleições anteriores. Em 2012, por exemplo, o resultado já era conhecido
antes das 2h30 da quarta.
Entre os estados considerados decisivos para o resultado, Trump conquistou a Flórida, onde
Hillary chegou a liderar por uma pequena margem durante grande parte da apuração e onde
Obama ganhou em suas duas eleições.
Segundo análise do “New York Times”, o número de votos de eleitores brancos e com maior
renda foi suficiente para que ele abrisse uma margem capaz de compensar o eleitorado latino
do estado, que em sua grande maioria votou em Hillary.
Já antes de sair a projeção da vitória de Trump, o chefe da campanha de Hillary, John Podesta,
disse que ela não falará durante a noite. Ele pediu que os simpatizantes da candidata voltassem
para casa.
Com discursos centrados nas frustrações e inseguranças dos americanos num mundo em muta-
ção, Donald Trump tornou-se a voz da mudança para milhões deles.

Trajetória
Nascido em 14 de junho de 1946 no bairro nova-iorquino do Queens, Trump é o quarto dos cin-
co filhos de Fred Trump, um construtor de origem alemã, e Mary MacLeod, uma dona de casa
de procedência escocesa.
Desde criança ele mostrava um comportamento rebelde, tanto que seu pai teve que tirá-lo
da escola aos 13 anos, onde havia agredido um professor, e interná-lo na Academia Militar de
Nova York, com a esperança de que a disciplina militar corrigisse a atitude de seu filho.
Trump graduou-se em 1964 na academia, onde alcançou a patente de capitão e vislumbrava
seu destino: "Um dia, serei muito famoso", comentou então ao cadete Jeff Ortenau.
Em 1968, o hoje magnata formou-se em Economia na Escola Wharton da Universidade da Pen-
silvânia, e se transformou no favorito para suceder seu pai no comando da empresa familiar,
Elisabeth Trump & Son, dedicada ao aluguel de imóveis de classe média nos bairros nova-ior-
quinos de Brooklyn, Queens e Staten Island.

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Atualidades – Fatos da Atualidade do Mundo – Prof. Thiago Scott

Trump assumiu em 1971 as rédeas da companhia, rebatizada como The Trump Organization, e
se mudou para a Manhattan. Enquanto seu pai construía casas para a classe média, ele optou
pelas torres luxuosas, hotéis, casinos e campos de golfe. Trump gosta de dizer que começou
seus próprios negócios modestamente, com “um pequeno empréstimo de US$ 1 milhão” de
seu pai.
Já nos anos 1980, tinha em construção diversos empreendimentos na cidade, incluindo a
Trump tower, o Trump Plaza, além de cassinos em Atlantic City, em Nova Jersey. Casou-se pela
primeira vez em 1977, com a modelo tcheca Ivana Zelníčková, com quem tem três filhos, e pela
segunda vez em 1993, com a atriz Marla Maples, com quem tem uma filha.
Em 2011, se casou com sua atual mulher, Melania Knauss, ex-modelo eslovena de 46 anos que
cria seu filho Barron, de 10 anos. Ela foi colocada longe dos holofotes durante a campanha. Já
seus filhos adultos, Ivanka, Donald Jr., Eric Tiffany participam da corrida eleitoral. Trump tem
sete netos.
Na começo da década de 90, três dos seus cassinos entraram em falência por causa de dívidas,
na tentativa de reestruturá-las. Em 1996, comprou os direitos dos concursos Miss USA, Miss
Universo e Miss Teen, tornando-se seu produtor executivo.
Oito anos mais tarde, tornaria-se figura pública ainda mais conhecida ao virar apresentador do
programa “The Apprentice”, em que tinha o poder de demitir os participantes.
Apesar de afirmar ter US$ 10 bilhões, sua fortuna foi estimada em US$ 4,5 bilhões pela Forbes.
Em 2014, o Partido Republicano sugeriu que concorresse ao governo de Nova York, mas Trump
disse que o cargo não lhe interessava.
Trump mora em um triplex no topo da Torre Trump em Nova York, e viaja em seu Boeing 757
privado, que serve regularmente como pano de fundo para seus comícios.
Cabelo tingido de loiro, impecavelmente vestido, ele fascina e horroriza. Quando uma dúzia de
mulheres o acusaram de assédio e gestos sexuais impróprios, ele tratou todas de mentirosas.
Trump não é dos mais fiéis a ideologia: foi democrata até 1987 e, em seguida, republicano
(1987-1999), membro do partido da Reforma (1999-2001), democrata (2001-2009), e republi-
cano novamente. Durante a sua carreira foi alvo de dezenas de processos civis relacionados aos
seus negócios.
Recusou-se a publicar seu imposto de renda – uma tradição para os candidatos à Casa Branca –
e reconheceu que não tinha pago impostos federais durante anos, depois de informar enormes
perdas de US$ 916 milhões em 1995. "Isto faz de mim uma pessoa inteligente", disse ele, mais
uma vez causando enorme polêmica

Ameaça Terrorista
Terrorismo é o uso de violência, física ou psicológica, através de ataques localizados a elemen-
tos ou instalações de um governo ou da população governada, de modo a incutir medo, pânico
e, assim, obter efeitos psicológicos que ultrapassem largamente o círculo das vítimas, incluin-
do, antes, o resto da população do território. É utilizado por uma grande gama de instituições
como forma de alcançar seus objetivos, como organizações políticas, grupos separatistas e até
por governos no poder.

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A guerra de guerrilha é frequentemente associada ao terrorismo uma vez que dispõe de um
pequeno contingente para atingir grandes fins, fazendo uso cirúrgico da violência para comba-
ter forças maiores. Seu alvo, no entanto, são forças igualmente armadas procurando sempre
minimizar os danos a civis para conseguir o apoio destes. Assim sendo, é tanto mais uma táctica
militar que uma forma de terrorismo.
Segundo especialistas da área, existem centenas de definições da palavra terrorismo.A inexis-
tência de um conceito amplamente aceito pela comunidade internacional e pelos estudiosos
do tema significa que o terrorismo não é um fenômeno entendido da mesma forma, por todos
os indivíduos, independentemente do contexto histórico, geográfico, social e político. Segundo
Walter Laqueur
“Nenhuma definição pode abarcar todas as variedades de terrorismo que existiram ao longo da
história”.
Segundo Baudrillard, os atentados de 11 de setembro de 2001 foram "um ato fundador do
novo século, um acontecimento simbólico de imensa importância porque de certa forma con-
sagrou o império mundial e sua banalidade. Os terroristas que destruíram as torres gêmeas
introduziram uma forma alternativa de violência que se dissemina em alta velocidade. A nova
modalidade está gerando uma visão de realidade que o homem desconhecia. O terrorismo fun-
da o admirável mundo novo. Bom ou mau, é o que há de novo em filosofia. O terrorismo está
alterando a realidade e a visão de mundo. Para lidar com um fato de tamanha envergadura,
precisamos assimilar suas lições por meio do pensamento.
Entretanto o uso sistemático de terror como recurso de controle social e político tem acompa-
nhado a humanidade por milênios. O historiador Xenofonte (430-349 a.C.) conta que o terroris-
mo era praticado pelos governos das cidades gregas como forma de guerra psicológica contra
populações inimigas. Também semearam o terror os imperadores romanos Tibério e Calígula,
os membros da Santa Inquisição, Robespierre e seus adeptos, os integrantes da Ku Klux Klan, as
milícias nazistas e muitos outros.
Segundo a advogada Luciana Worms, os conceitos de terrorismo usados no Brasil são pauta-
dos pela Organização dos Estados Americanos (OEA). A partir desse viés, no passado, durante
a Guerra Fria, o terrorista podia ser um comunista; atualmente, é um jihadista ou membro de
uma organização de narcotráfico. Segundo Worms, ações bárbaras, que resultem em mortes
em massa, nem sempre são consideradas como atos de terrorismo: a União Nacional para a
Independência Total de Angola (UNITA), organização aliada dos Estados Unidos, apesar de ter
plantado minas terrestres no país, nunca foi qualificada como terrorista. Do mesmo modo, se-
gundo a professora, Baruch Goldstein - um fanático judeu que, nos anos 1990, invadiu uma
mesquita e matou 27 muçulmanos que estavam rezando - não foi classificado como terrorista
mas como louco, pelo governo de Israel.
Segundo Aegemiro Procópio, professor titular em Relações Internacionais da Universidade de
Brasília:
“A negligência dos países desenvolvidos com relação ao terrorismo das desigualdades nas re-
lações internacionais precisa ser combatida, porque tal batalha manterá acesa a chama da in-
dignação contra atos terroristas, contra suas causas. Ajudará na busca do consenso acerca da
necessidade da eliminação do ódio. Sabendo ser pouco demais o que a Organização das Na-
ções Unidas realiza contra o terror, inclusive a desfavor das desigualdades por causa do seu
obcecado temor diplomático de ferir susceptibilidades nacionais, a ONU, ao qualificar o terro-

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rismo como crime internacional, chove no molhado. Variadíssimas interpretações podem ser
dadas ao Artigo 51 da sua própria Carta, em que se reserva aos países o direito da autodefesa.
O Iraque e a Líbia, por exemplo, estão roucos de tanto invocá-lo.
A domesticação do terror da violência com a banalização do valor da vida, em flagrante des-
respeito ao próximo e aos direitos humanos, mais a apropriação do nome de Deus no combate
ao terror entre as partes conflitantes – vejam-se, por exemplo, os discursos de George W. Bush
e Osama bin Laden – complicam enormemente a arena da ética antiterrorista. A invocação do
nome de Deus deveria preocupar as diferentes confissões religiosas. Sobre isso não se ouviu
quase nada das lideranças eclesiásticas ocidentais, inclusive por parte do Vaticano. Relativa-
mente poucas vozes nas igrejas checam a moralidade dos bombardeios lançados pela nação
mais poderosa contra provavelmente uma das menos favorecidas. Apelar para a ética cristã é
lembrar a onipresença divina manifestada tanto em Washington quanto em Cabul ou em Bra-
sília.
O sentido espiritual da Jihad, Guerra Santa, precisa ser respeitado e conhecido no Ocidente.
Jihad significa igualmente empenho em busca do equilíbrio a serviço do Criador; empenho tra-
duzido como esforço de defesa dos valores da fé islâmica. A tradição maometana prega cami-
nhar da Jihad menor para a Jihad maior. A Jihad maior é o empenho da fé e do exemplo. Tam-
bém implica ascese testemunhal por meio de usos e costumes (suna) ensinados pelo Profeta,
em Medina.
Diferentes leituras aplicam-se à bíblia e ao corão. Fundamentalistas encontram-se tanto no isla-
mismo, no judaísmo e no cristianismo, quanto no budismo. Misturar islamismo com terrorismo
equivale a esquecimento da essência do radical monoteísmo abraânico presente no judaísmo,
no islamismo e no cristianismo.
Entender esta trilogia como se fossem civilizações em choque e de outro mundo, como preten-
de Samuel Huntington, com suas cortinas de ferro, de bambu e de veludo, só reforça equívocos
e preconceitos históricos transmitidos por ideologias compromissadas. Existe choque sim, mas
de poder. Luta de classes, não de civilizações!
As elites dominantes ocidentais, convictas da morte e sepultamento do marxismo, acordam
atônitas com o explodir das reações em cadeia às respostas fratricidas perpetradas pelo sofis-
ticado aparato bélico industrial dos Estados Unidos. Destas ações, por condenáveis que sejam,
ingente mérito não se pode negar: ressuscitaram a utopia marxista soprando vigorosamente o
espírito da teologia da libertação.
Em nome de interesses toma-se o santo nome de Deus em vão. O abuso de Deus, seja pelos
movimentos terroristas, seja pela repressão mundial ao seu encalço, certamente traduz convic-
ções mais profundas que as estudadas até o presente na sociologia das relações internacionais.
Por exemplo, o Miutzan Elohim (Ira de Deus) vingava o brutal assassinato de atletas israelenses
nos Jogos Olímpicos de Munique em 1972, observando o “dente por dente, olho por olho” do
ensinamento bíblico. Respondia com terror o terror do Setembro Negro de Yasser Arafat que,
anos mais tarde, dividiria, com Shimon Perez o Prêmio Nobel da Paz.
O Ruhollah (Sopro Divino) dos xiitas iranianos, o Portão do Céu californiano, o Templo do Povo,
causador de centenas de mortes por envenenamento, na Guiana, a Jihad Islâmica do Egito, o
Hezbollah (Partido de Deus) no Líbano e o Hamas (Fervor) constituem modelos de manipulação
do messiânico no desespero do terror. Fosse vivo, Antônio Conselheiro e seu bando de faná-
ticos sertanejos famintos talvez se confundissem com os talibãs afegãos integrando a lista da
história terrorista dos presentes dias.” (http://www.scielo.br/pdf/rbpi/v44n2/a04v44n2.pdf)

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Atualmente a ideia de ameaça terrorista está muito ligada aos atos do ISIS (também conhecido
como Estado Islâmico, EI)
O grupo Estado Islâmico, antes chamado de Estado Islâmico no Iraque e na Síria (Isis), inten-
sificou sua campanha de violência no Norte e Oeste do Iraque em junho desse ano, quando
conseguiu assumir o controle de Mossul, a segunda maior cidade do país. Desde então, os ex-
tremistas colecionam algumas conquistas importantes, como a tomada de vastos territórios
iraquianos, a obtenção de armamento do Exército, e o controle de infraestruturas estratégicas.
Diante disso, a organização é considerada uma ameaça não só ao país, mas também a outras
áreas do Oriente Médio.
Destacaremos cinco pontos para entender o grupo que aterroriza Iraque e Síria:
1. Surgimento. O Estado Islâmico no Iraque e na Síria (Isis) foi criado em 2013 e cresceu como
um braço da organização terrorista al-Qaeda no Iraque. No entanto, no início deste ano, os
dois grupos romperam os laços. No final de junho, os extremistas declararam um califado,
mudaram de nome para o Estado Islâmico (EI) e anunciaram que iriam impor o monopólio
de seu domínio pela força. O EI é hoje um dos principais grupos jihadistas, e analistas o con-
sideram um dos mais perigosos do mundo.
2. Áreas de atuação. As atividades do EI se concentram no Iraque e na Síria, onde o grupo
assumiu um papel dominante e possui forte presença. O recente controle de vastos territó-
rios no Norte e Oeste do Iraque, além das áreas dominadas pelos curdos, ajudaria o grupo
islâmico a consolidar seu domínio ao longo da fronteira com a Síria, onde luta contra o regi-
me de Bashar al-Assad.
3. Liderança. Seu principal líder é Abu Bakr al-Baghdadi, apontado como um comandante de
campo e tático e designado "califa de todos os muçulmanos". Aparentemente, ele se jun-
tou à insurgência em 2003, logo após a invasão do Iraque, liderada pelos Estados Unidos.
Diante dos avanços do Estado Islâmico, ele pode em breve se tornar o jihadista mais in-
fluente do mundo.
4. Combatentes ocidentais. O Estado Islâmico conta com um vasto grupo de extremistas: en-
tre 3 mil e 5 mil milicianos, muitos deles estrangeiros. Vídeos divulgados pelo grupo jiha-
dista mostram britânicos que aderiam à causa islâmica e à luta armada. Os governos oci-
dentais temem que esses insurgentes possam voltar para seus países representando uma
ameaça.
5. Ações cruéis. Nos conflitos nos quais participou, o grupo foi acusado de diversas atrocida-
des, como sequestros, assassinato de civis e torturas. A milícia é considerada extremamen-
te agressiva e eficiente em combate. Após a tomada de Mossul, os EUA afirmaram que a
queda da segunda maior cidade do Iraque representava uma ameaça para toda a região. O
avanço dos jihadistas levou os EUA a bombardearem alvos rebeldes.

A GUERRA CIVIL NA SÍRIA


A ONU considera que a guerra civil na Síria é a maior crise humanitária do século XXI. Hoje,
estima-se que o conflito vitimou ao menos 250 mil pessoas, que mais de 4,5 milhões tenham
saído do país como refugiadas e que outros 6,5 milhões foram obrigadas a se deslocar dentro
da Síria. Com a economia em frangalhos, quase 70% dos sírios que permaneceram agora vivem
abaixo da linha de pobreza. Como começou tudo isso?

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Março de 2011 na Síria. Um grupo de crianças em Daraa, no sul da Síria, pichou frases com crí-
ticas ao governo, e foi preso. Inconformadas, centenas de pessoas saem às ruas da cidade para
protestar contra as restrições à liberdade promovidas pelo governo do ditador Bashar Al-Assad.
Num primeiro momento, simpatizantes dos que se rebelaram contra o governo começaram a
pegar em armas – primeiro para se defender e depois para expulsar as forças de segurança de
suas regiões. Esse levante de pessoas nas ruas, lutando por democracia, faz parte de um mo-
vimento chamado Primavera Árabe e podemos dizer que esse processo culminou no início da
guerra civil na Síria.

O que foi a Primavera Árabe?


A chamada primavera árabe foi um fenômeno que aconteceu em países do Oriente Médio e do
norte da África, em que pessoas – principalmente os jovens – tomaram as ruas pedindo liber-
dade de expressão, democracia e justiça social. Essas revoltas foram esperançosas para grande
parte desses países, que eram ditaduras longevas – e, de fato, presidentes do Egito, da Tunísia,
da Líbia caíram.
Porém, cinco anos depois do início dessa primavera, pode-se dizer que o único caso de “suces-
so” foi o da Tunísia, onde ocorreram eleições diretas, foi aprovada a Constituição mais progres-
sista do mundo árabe e se elegeu um novo governo. No resto dos países, esse clima de tensão
acirrou as disputas de poder entre milícias e favoreceu a expansão de grupos terroristas. Isso
deu espaço a governos ainda mais autoritários que os anteriores.

Como a guerra civil se intensificou?


Após a represália do governo de Assad contra os jovens que estavam se rebelando contra o
regime, alguns grupos foram formados a fim de combater, de fato, as forças governamentais e
tomar o controle de cidades e vilas. A batalha chegou à capital, Damasco, e depois a Aleppo em
2012. Mas desde que começou, a guerra civil na Síria mudou muito.
O Estado Islâmico aproveitou o vácuo de representação por parte do governo, a revolta da
sociedade civil e a guerra brutal que acontece Síria para fazer seu espaço. Foi conquistando ter-
ritórios tão abrangentes, tanto na Síria como no Iraque, que proclamou seu ‘califado’ em 2014.
Para isso, tiveram de lutar contra todos: rebeldes, governistas, outros grupos terroristas – como
se tivessem feito uma guerra dentro da guerra.
Há evidências de que todas as partes cometeram crimes de guerra – como assassinato, tortura,
estupro e desaparecimentos forçados. Também foram acusadas de causar sofrimento civil, em
bloqueios que impedem fluxo de alimentos e serviços de saúde, como tática de confronto.
Agentes externos: EUA x Rússia
Pelo avanço do Estado Islâmico no ganho de territórios, os Estados Unidos fizeram ataques aé-
reos na Síria em tentativa de enfraquecê-lo, evitando ataques que pudessem beneficiar as for-
ças de Assad – isso em 2014. Em 2015, a Rússia fez o mesmo contra terroristas na Síria, mas ati-
vistas da oposição dizem que os ataques têm matado civis e rebeldes apoiados pelo Ocidente.
O resumo da obra em termos de apoio é esse: a Rússia e os Estados Unidos querem o fim do
Estado Islâmico. Porém, os Estados Unidos querem a queda do governo de Bashar Al-Assad –
por considerarem que seu regime não-democrático é prejudicial à Síria – e, por isso apoia os re-
beldes; por outro lado, a Rússia acredita na força de Assad e está apoiando seu regime. A Síria,
então, é o território do fogo cruzado dessa guerra fria.

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GRUPOS ENVOLVIDOS NO CONFLITO DA SÍRIA
Governo Sírio e Aliados
O governo sírio é liderado pelo ditador Bashar Al-Assad. Ele é sucessor de uma família que está
no poder desde 1970. O regime no país era brutal com a população, de partido único e laico –
apesar de a família Assad ser xiita. Apesar de não apoiarem o ditador, cristãos, xiitas e até parte
da elite sunita preferem ver Assad no poder diante da possibilidade de ter um país tomado
pelos extremistas.
Quanto às alianças externas, Assad conta com o apoio do Irã e do grupo libanês Hezbollah.
Juntos eles formam um “eixo xiita” – ou seja, seguem essa interpretação da religião islâmica –
no Oriente Médio. O grupo se opõe a Israel e disputa a hegemonia no Oriente Médio com as
monarquias sunitas, lideradas pela Arábia Saudita. O principal aliado de fora é a Rússia, que
mantém uma antiga parceria com a Síria. Tanto o apoio do Hezbollah e das milícias iranianas,
quanto os bombardeios mais recentes realizados pelas forças russas têm sido fundamentais
para a sobrevivência do regime de Assad.

Grupos rebeldes
Uma das primeiras forças internas que se rebelou contra o governo sírio, praticamente come-
çando a guerra civil na Síria, foram os grupos sunitas – Assad é xiita. São chamados de “rebel-
des moderados”, por não serem adeptos do radicalismo islâmico. A organização está envolvida
com países da Europa e com os Estados Unidos com o objetivo de derrubar o governo de Assad.
Três grandes potências no Oriente Médio também colaboram com os rebeldes: Turquia, Arábia
Saudita e Catar, relevando os interesses dos países próximos à Síria, também.

Extremistas islâmicos
Entre os grupos que querem derrubar Assad, há também facções extremistas islâmicas, que es-
tão fragmentadas em diversos grupos. Uma das organizações que mais conquistaram terreno,
principalmente nos primeiros anos do conflito, foi a Frente Al-Nusra, um braço da rede extre-
mista Al Qaeda na Síria. Posteriormente, a partir de 2013, o grupo terrorista Estado Islâmico
(EI) aproveitou-se da situação de caos criada pela guerra civil e, vindo do Iraque, avançou de
forma avassaladora e brutal, ocupando metade do território sírio.

Curdos
Os curdos também fazem parte da guerra civil na Síria. São uma etnia de 27 a 36 milhões de
pessoas no mundo que vivem em diversos países, inclusive na Síria e em países vizinhos. Eles
reivindicam a criação de um Estado próprio para o seu povo – o Curdistão. Desde o início do
conflito na Síria uma milícia formada para defender as regiões habitadas pelos curdos no norte
do país, se fortaleceu. Para o regime de Assad, tornaram-se bastante úteis, porque a milícia se
opõe aos rebeldes moderados e também ao Estado Islâmico.

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Morre Fidel Castro aos 90 anos


(http://brasil.elpais.com/brasil/2016/11/26/internacional/1480139571_674437.html?rel=mas)

Raúl Castro anuncia pela televisão o falecimento do seu irmão, líder histórico da Revolução
Cubana
Fidel Castro morreu. Aos 90 anos de idade, o líder histórico da Revolução cubana faleceu na
noite desta sexta-feira, 25 de novembro,e em Havana, Cuba. O presidente Raúl Castro, seu ir-
mão, comunicou o fato em uma mensagem transmitida pela televisão. “Com profunda dor,
compareço aqui para informar ao nosso povo, aos amigos da nossa América e do mundo que
hoje, 25 de novembro de 2016, às 10h29 da noite [1h29 de sábado, pelo horário de Brasília] fa-
leceu o comandante em chefe da Revolução Cubana, Fidel Castro Ruz”, declarou o mandatário,
comovido.
Uma das principais figuras do século XX, Fidel Castro morre 60 anos depois de desembarcar em
Cuba no navio Granma com um grupo de rebeldes provenientes do México, para fazer a guerri-
lha que viria a derrotar Fulgencio Batista em 1959.
Após 47 anos ininterruptos à frente do regime socialista que construiu em torno da sua lide-
rança, Castro abandonou o poder há dez anos, em 2006, por problemas de saúde. Raúl Castro,
cinco anos mais novo, assumiu o comando, primeiro provisoriamente, e dois anos depois, em
2008, de forma definitiva, como presidente do Conselho de Estado e do Conselho de Ministros.
Raúl Castro acrescentou em sua mensagem que nas próximas horas serão anunciados detalhes
do funeral de Fidel Castro, com quem Raúl esteve pela última vez em 15 de novembro, quan-
do o veterano líder recebeu em sua casa o presidente do Vietnã, Tran Dai Quang. Na semana
passada, deveria ter recebido também o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, mas o
encontro foi cancelado.
A morte de Castro significará uma enorme sacudida emocional em Cuba, tanto para seus parti-
dários como para seus detratores
Desde que se viu obrigado a abandonar o poder em 2006, a principal atividade pública de Fidel
Castro foi a publicação de artigos na imprensa cubana. Sua frequência foi se espaçando gradu-
almente, mas se manteve presente até os últimos tempos, como quando, em março deste ano,
dias depois da histórica visita de Barack Obama à ilha, publicou um texto em que expressava
suas reticências com a aproximação entre o presidente dos Estados Unidos e o Governo cuba-
no. “Não necessitamos que o império nos dê nada de presente”, foi sua frase mais significativa,
sua rejeição final, pouco antes de morrer, ao país com o qual brigou durante décadas, seu ini-
migo irreconciliável.
A morte de Castro significará uma enorme sacudida emocional em Cuba, tanto para seus par-
tidários como para seus detratores, pelo peso esmagador que sua figura exerceu sobre a vida
cubana durante gerações e gerações. Politicamente, é o símbolo do fim de uma era, embora
não caiba esperar mudanças substanciais imediatas no sistema cubano. Resta agora, como o
último entre os líderes históricos da Revolução, seu irmão Raúl Castro.

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Nacionalismo continua de vento em popa na Europa, apesar da derrota
na Holanda
http://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2017/03/17/interna_internacional,855133/nacionalismo-
-continua-de-vento-em-popa-na-europa-apesar-da-derrota-na.shtml
Apesar do fracasso da extrema-direita em sua intenção de vencer as eleições legislativas holan-
desa, a ascensão do nacionalismo na Europa continua e encontra um eco crescente nos parti-
dos tradicionais, apontam especialistas.
Embora o Partido para a Liberdade (PVV) de Geert Wilders, que esperava ganhar as eleições
holandesas, tenha ficado muito atrás do primeiro-ministro liberal Mark Rutte - com 20 depu-
tados contra os 33 do Partido Popular para a Liberdade e Democracia (VVD), de acordo com os
resultados provisórios - terá ao menos cinco assentos a mais em relação às eleições de 2012.
Longe de encarar uma derrota, o PVV marca pontos "objetivamente", afirma Jean-Yves Camus,
especialista em extremismo na Europa no Instituto de Relações Internacionais e Estratégicas
(IRIS) de Paris.
Os líderes nacionalistas e de opinião "antissistema" aproveitaram a oportunidade, faltando 40
dias para a eleição presidencial na França e seis meses para as legislativas na Alemanha.
"O Partido da Liberdade de Wilders é o segundo em força no país (...) Mudar a Europa, salvar
empregos e bloquear a invasão, as boas ideias avançam", defendeu na Itália Matteo Salvini,
líder da Liga Norte, um movimento anti-imigração de extrema-direita.
"É a prova de que as ideias comuns estão avançando em diferentes países europeus", ressaltou
a presidente da Frente Nacional, Marine Le Pen, que lidera as intenções de voto para o primeiro
turno da eleição presidencial francesa, em 23 de abril.
Na Alemanha, o partido anti-Islã Alternativa para a Alemanha (AfD), que registra um ligeiro de-
clínio nas pesquisas há três semanas, foi menos entusiasta. "Esperávamos um melhor resultado
para o PVV", disse um dos líderes do partido, Frauke Petry.

- Suspiro de alívio -
A facção liberal holandesa liderada por Mark Rutte perdeu sete deputados, e os social-demo-
cratas, membros da coalizão em fim de mandato, sofreu uma grande derrota. "O 'sistema' so-
freu um duro golpe", relata o site ultraconservador britânico Westmonster.
Os líderes europeus, que temiam um novo triunfo do nacionalismo após o Brexit e a eleição de
Donald Trump nos Estados Unidos, deu um suspiro de alívio.
O presidente francês, François Hollande, aplaudiu "uma clara vitória contra o extremismo", en-
quanto o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, "um voto para a Europa".
Mas para o cientista político francês Stephane Rozes, presidente do Cap (Consultoria, análise e
perspectiva), o avanço do populismo continua a ser "constante" na Europa e se dirige para "as
portas do poder", mesmo se os eleitores o evitem por enquanto.
"O perigo nesta 'boa notícia' na Holanda é que os líderes europeus não tratam a raiz do surgi-
mento do populismo", teme Rozès.
Embora permaneçam às portas de poder -o líder de extrema-direita Norbert Hofer perdeu a
eleição presidencial austríaca em dezembro - os nacionalistas espalham com sucesso as suas
ideias entre a sociedade.

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Atualidades – Fatos da Atualidade do Mundo – Prof. Thiago Scott

- Vencer, ou ao menos deter -


"A reação de Rutte à crise com a Turquia teria sido a mesma se não acontecesse em pleno perí-
odo eleitoral, com um Wilders a espreita?, Certamente não", afirma Jean-Yves Camus.
Faltando poucos dias para as eleições, as autoridades holandesas recusaram a participação de
dois ministros turcos, incluindo o das Relações Exteriores, em comícios em favor do presidente
Recep Tayyip Erdogan na Holanda.
Da mesma forma, a coalizão social-democratas e conservadores no poder em Viena endureceu
suas posições sobre a imigração e a questão do uso do véu islâmico em locais públicos.
"Mark Rutte ganhou ao levar em conta as questões levantadas por seu adversário político", ob-
serva Leonardo Morlino, professor de ciência política na Universidade Luiss de Roma.
"Se os partidos tradicionais conseguirem apropriar-se de maneira oportuna os temas próprios
aos populistas poderão vencê-los, ou pelo menos detê-los", conclui.

Sete perguntas sobre a crise com a Coreia do Norte – e as possibilidades


de uma guerra
Trump diz que 'grande confronto' é possível, enquanto China pede diplomacia e regime de Kim
Jong-un ameaça afundar navio americano.
Japão mobilizou seu maior navio de guerra na primeira operação do tipo desde que o país apro-
vou uma polêmica legislação ampliando o papel de sua força militar, no momento em que a
região passa por uma escalada na tensa relação entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte.
O porta-helicópteros Izumo está escoltando um navio americano de abastecimento que cruza
as águas japonesas rumo à frota naval dos EUA na região - onde está o porta-aviões Carl Vinson,
enviado pelo presidente Donald Trump.
No fim de semana, Trump disse que gostaria de resolver a crise diplomaticamente, mas reco-
nheceu que um "conflito muito grande" seria uma possibilidade.
A grande preocupação dos EUA e países vizinhos à Coreia do Norte, como Coreia do Sul e Japão,
é com o poderio nuclear e militar do país comunista, quem, apesar de ameaças de sanções, se-
gue realizando testes de mísseis.
O governo americano diz que endurecerá as sanções econômicas contra Pyongyang e que ati-
vará um sistema de defesa antimísseis na Coreia do Sul.
A Coreia do Norte, por sua vez, ameaçou afundar o porta-aviões americano deslocado para a
região e prometeu realizar mais testes de mísseis.
A China, um dos poucos países a se relacionar com o governo norte-coreano, pediu negociação
e diálogo entre os países.
Após os últimos desenvolvimentos nessa crise, o analista de Defesa e Diplomacia da BBC Jona-
than Marcus responde às principais dúvidas sobre o conflito.
Qual o impacto esperado de novas sanções?
Apesar de já existirem sanções contra a Coreia do Norte, elas não são colocadas em prática ou
monitoradas de forma devida. Um estudo recente da ONU analisou fragmentos de um teste de

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míssil norte-coreano e mostrou que os componentes eletrônicos vinham de empresas chinesas
ou foram conseguidos através da China.
Ou seja, a China poderia fazer muito mais do que faz para pressionar o regime de Kim Jong-un.
O problema é que Pequim não quer ver o regime norte-coreano entrar em colapso.
As sanções existentes poderiam ser endurecidas e que, principalmente no lado financeiro, po-
deriam dificultar as coisas para Pyongyang.
O problema é que sanções mais abrangentes podem afetar a população, que há décadas en-
frenta ciclos de fome.
A Coreia do Norte e a China propuseram um possível fim do desenvolvimento de armas nu-
cleares de Pyongyang se os EUA parassem de fazer manobras militares na fronteira do país.
Por que isso não está sendo feito?
O objetivo da política americana vinha sendo a redução do programa nuclear norte-coreano,
mas isso se provou impossível - e a ênfase agora parece ser em evitar um aumento desse pode-
rio.
Não há sinais de que a Coreia do Norte tenha qualquer desejo de abrir mão de suas armas nu-
cleares, muito pelo contrário. O país acredita que esta é a razão mais importante pela qual ele
ainda não foi varrido do mapa.
A China parece disposta a encontrar uma solução diplomática para o problema e há alternati-
vas que poderiam ser exploradas - por exemplo, uma limitação do programa nuclear da Coreia
do Norte em troca de várias concessões.
Mas isso já foi tentado e fracassou. Este regime é quase único no mundo em seu nível de isola-
mento, paranoia e fraquezas, seja qual for a sua aparente força militar.
Que tratados são válidos na península coreana? Alguém seria obrigado a agir em caso de
conflito?
Desde 1953, a Coreia do Sul tem um tratado de defesa mútua com os EUA, e Washington en-
viaria ajuda caso o país fosse ameaçado. Há cerca de 28,5 mil soldados americanos no país e
aviões de guerra sofisticados sobrevoam o país regularmente.
Também há o Tratado de Amizade, Cooperação e Ajuda Mútua entre a Coreia do Norte e a Chi-
na, de 1961, que tem alguns elementos de defesa. Não fica claro, no entanto, se a China estaria
disposta a ir à guerra para defender o regime norte-coreano, especialmente se ele der início a
hostilidades contra o sul.
Que chances a Coreia do Norte tem de se defender no caso de um possível ataque dos EUA e
países aliados após mais um teste nuclear?
Acredito que ainda estamos longe de um possível confronto militar. Dadas as capacidades mi-
litares e o preparo da Coreia do Norte, qualquer guerra que tivesse início agora teria consequ-
ências devastadoras para a Coreia do Sul. Seul, a capital sul-coreana, está facilmente ao alcance
da artilharia de Pyongyang.
As forças que os EUA enviaram até agora para a região - um grupo tático em um porta-aviões e
um submarino equipado com mísseis de cruzeiro - mandam uma mensagem, mas ainda não é o
suficiente para dizer que os americanos estão dispostos a considerar um conflito hostil de fato.

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Atualidades – Fatos da Atualidade do Mundo – Prof. Thiago Scott

É claro que, mesmo que a Coreia do Norte possa ter uma vantagem militar inicial, qualquer
guerra faria com que o país enfrentasse a sofisticação tecnológica da máquina militar moderna
dos EUA. O país asiático muito provavelmente perderia.
Mas o nível de destruição, tanto na Coreia do Norte quanto na Coreia do Sul, seria imenso, e
isso sem considerar a possibilidade de Pyongyang decidir utilizar seu relativamente pequeno
arsenal nuclear.
Se o sistema de defesa antimísseis Thaad (que os EUA posicionaram na Coreia do Sul) conse-
guir interceptar uma ogiva nuclear, o que acontece com o material físsil que está na ogiva?
Ainda não é claro se a Coreia do Norte realmente tem ogivas nucleares pequenas o suficiente
para colocar dentro de seus mísseis - que é o objetivo de seu programa nuclear.
O sistema Thaad foi desenvolvido para interceptar mísseis durante sua fase final de voo, dentro
ou perto da atmosfera terrestre, a cerca de 200 km. Especialistas acreditam que isso poderia
mitigar o efeito de qualquer arma de destruição em massa, nuclear ou química.
O sistema Thaad é mesmo eficiente? Se ele conseguir neutralizar os mísseis da Coreia do Nor-
te, seria mais provável um cenário de guerra terrestre?
O Thaad é um sistema que impressiona, mas não é um escudo completamente à prova de mís-
seis.
Seu deslocamento para a fronteira entre as duas Coreias funciona como um sinal diplomático e
uma precaução prática. Ele poderia, por exemplo, tentar interceptar qualquer míssil errante da
Coreia do Norte que esteja indo em direção à Coreia do Sul.
Mas, apesar de seu posicionamento na fronteira já ter começado, ainda não se sabe quando é
que o sistema Thaad e seus radares poderosos estarão operacionais.
Se a Coreia do Norte afundar um navio americano e os EUA retaliarem, qual é a chance de a
China se envolver? Isso poderia significar uma guerra nuclear global?
A China está ciente do aumento das tensões na região e está claramente interessada em rever-
ter a crise.
O governo americano, por sua vez, tenta usar a preocupação de Pequim a seu favor, para que a
China influencie o comportamento de Pyongyang.
A China está em uma posição difícil. O governo chinês não gosta muito do regime norte-core-
ano e de seu comportamento instável. Mas não quer ver este regime ser derrubado, em parte
porque não ficaria satisfeito com uma Coreia unificada pelos EUA, mas também porque o co-
lapso da Coreia do Norte poderia gerar uma onda de milhares de refugiados na China.
Durante o último conflito coreano, nos anos 1950, a China ajudou ativamente a Coreia do Nor-
te, mas, atualmente, não há indicações de que apoiaria o regime imprevisível de Pyongyang
num futuro conflito.
O quanto o cidadão norte-coreano comum sabe sobre a situação e sobre como os EUA estão
aumentando suas defesas contra o país?
A Coreia do Norte é um país bastante fechado onde as pessoas sabem apenas do que lhes é
informado pelo governo. A narrativa do governo é de que o país está rodeado por inimigos com
armas nucleares e que quer estar preparado para o combate.
Por isso que Pyongyang buscar ter suas próprias armas nucleares e uma sociedade altamente
militarizada.

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O tipo de retórica que parte da Coreia do Norte às vezes soa como paródia de um país paranoico.
Mas o país realmente se vê ameaçado. É provavelmente o país mais isolado do mundo, com
pouco amigos.
Este é um regime que, apesar de poder construir mísseis, muitas vezes mal consegue alimentar
seu povo. Qualquer solução de longo prazo para o problema da Coreia do Norte precisa, de
alguma forma, compreender esta narrativa e garantir à população que o mundo não quer
somente derrubar o regime do país.
A chave para isso é clareza política por parte dos EUA, assim como a disposição de tentar
encontrar incentivos para abrir algum tipo de diálogo diplomático com Pyongyang, ao mesmo
tempo em que é enviada uma mensagem forte de dissuasão de uma escalada militar.

CRISE NA VENEZUELA: VEJA A CRONOLOGIA DO AGRAVAMENTO DA


SITUAÇÃO DO PAÍS
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AGRAVAMENTO-DA-SITUACAO-DO-PAIS.HTML

Opositores protestam nesta quarta-feira (25) em Caracas, na Venezuela, contra decisão que restringe protestos
diante do Conselho Nacional Eleitoral e a favor do referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro
(Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)

Inflação, insegurança e escassez de produtos básicos já eram o contexto da Venezuela em


2014, quando explodiram as manifestações de estudantes e opositores do governo de Nicolás
Maduro que acabaram em confrontos violentos e a morte de 42 pessoas.
Recentemente, porém, a situação se agravou. A inflação passou a ser a “maior do mundo”,
segundo o FMI. A escassez de remédios levou o Parlamento a decretar “crise humanitária”.
O racionamento de energia, as longas filas nos supermercados e o aumento da criminalidade
aumentaram o descontentamento social, os protestos e saques.
Uma série de fatores agravou os problemas sociais e econômicos, como a alta dependência da
importação de bens, a queda do preço do petróleo – maior fonte de suas divisas - e o controle
estatal de produção e distribuição de produtos básicos.

378 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – Fatos da Atualidade do Mundo – Prof. Thiago Scott

Moradores de El Hatillo, nas proximidades de Caracas, fazem fila em uma padaria para comprar pão
em dia de corte de energia (Foto: Foto AP/Fernando Llano)

Neste contexto, a oposição obteve a maioria do Parlamento nas eleições legislativas de


dezembro, e a convocação de um referendo para revogar o mandato de Maduro se torna sua
principal campanha.
A oposição culpa o modelo socialista pela atual crise. Já o presidente a atribui à queda dos
preços do petróleo e a uma "guerra econômica" de empresários de direita para desestabilizar
seu governo. É com esse argumento que ele declarou estado de emergência no país.
Veja a seguir a cronologia do agravamento da crise na Venezuela:

8 de dezembro de 2015: vitória da oposição nas eleições legislativas

Lilian Tintori, mulher de líder de oposição preso Leopoldo López, comemora vitória ao lado de candidatos da
oposição na eleição da Venezuela (Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)

A apuração dos votos das eleições Legislativas de 6 de dezembro confirma que a oposição,
reunida na coalizão Mesa da Unidade Democrática (MUD), derrotou os socialistas do governo
e conquistou a maioria na Assembleia Nacional, pela primeira vez em 16 anos, formando uma
plataforma para desafiar o presidente Nicolás Maduro.
Dois dias depois, o último boletim do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) aponta que a oposição
alcançou poderosa maioria qualificada de dois terços do Congresso.

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10 de dezembro: 'maior inflação do mundo'
Dados so Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre as projeções mundiais "apontam que a
Venezuela teve a maior inflação do mundo em 2015, ao redor de 160%".

5 de janeiro: posse do novo Congresso

Novo presidente do Parlamento da Venezuela, Henry Ramos Allup, chega à Assembleia Nacional para
a cerimônia de posse dos novos legisladores (Foto: AFP PHOTO/JUAN BARRETO)

Nova Assembleia Nacional toma posse. Novo presidente é Henry Ramos Allup, que tem apoio
de 109 deputados da coalizão de oposição MUD.

11 de janeiro: anulação de posse de deputados impugandos


Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) declarou nulas decisões do Legislativo devido à posse de três
deputados da opsição impugnados (afetados pela medida cautelar) pelo governo.

15 de janeiro: emergência econômica

CRISE NA VENEZUELA
País enfrenta protestos e escassez
Maduro decreta "estado de emergência econômica" por 60 dias para atender à grave crise do
país. O poder executivo passa a ter direito, entre outras coisas, a tomar uma série de medidas

380 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atualidades – Fatos da Atualidade do Mundo – Prof. Thiago Scott

para garantir o abastecimento de bens básicos à população; a fixar "limites máximos de entrada
e saída" de bolívares; a determinar outras medidas "de ordem social, econômica ou política
que considere conveniente".

15 de fevereiro: campanha contra Maduro


A aliança opositora MUD se declara "em campanha social" para promover "a mudança de
governo" na Venezuela.

26 de janeiro: crise humanitária


Diante da grave escassez de medicamentos e insumos médicos, o Parlamento declara "uma
crise humanitária em saúde", o que considera "a pior crise da história". O texto exige que o
governo garanta acesso a uma lista de medicamentos básicos e restabeleça a publicação do
boletim epidemiológico.

17 de fevereiro: novas medidas econômicas


Maduro anuncia uma série de medidas econômicas, entre elas o o aumento de 20% no
salário mínimo (de 9.600 para 11.520 bolívares); aumento do preço da gasolina, pela primeira
vez em 20 anos; a desvalorização de 37% do bolívar reservada à importação de alimentos e
medicamentos; e um novo regime de câmbio, que passa de três a duas taxas de câmbio.

18 de fevereiro: 180,9% de inflação


O Banco Central divulga que o país registrou inflação de 180,9% em 2015, uma das mais altas
do mundo, e um retrocesso em seu PIB de 5,7%.

14 de março: prorrogação do estado de emergência

Pessoas formam fila em frente a mercado na Venezuela (Foto: REUTERS/Marco Bello)

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Maduro emite decreto para prorrogar por 60 dias da emergência econômica em vigor há dois
meses. No texto, o presidente afirma que há "uma crise estrutural do modelo rentista pela
queda abrupta dos preços do petróleo", à qual acrescenta um suposto "boicote econômico e
financeiro nacional e internacional" contra a Venezuela.

22 de março: circulação de jornais interrompida


O Instituto de Imprensa e Sociedade da Venezuela (IPYS) anuncia que 17 jornais venezuelanos,
sendo sete da região de Caracas, não circularão durante a Semana Santa por falta de papel, e
que 45 jornais estão "em crise" de papel.

7 de abril: feriados às sextas-feiras


Maduro decreta feriado nas sextas-feiras pelo próximos dois meses como parte de um
"plano especial" para poupar energia elétrica. Segundo o presidente, o motivo é a severa
seca provocada pelo fenômeno El Niño. Maduro também amplia para nove horas diárias o
racionamento elétrico para shoppings e hotéis.

11 de abril: 'holocausto da saúde'


A associação médica do país denuncia um "holocausto da saúde" devido à escassez de
medicamentos e materiais hospitalares, e convoca manifestação porque "pessoas estão
morrendo", acrescentou. De acordo com Douglas Leon, presidente da Federação Médica
venezuelana, os hospitais sofrem com "mais de 95% de falta de medicamentos", enquanto "nas
prateleiras das farmácias" a escassez é de 85%.

11 de abril: lei de anistia 'inconstitucional'

Lilian Tintori, mulher do líder da oposição Leopoldo López, que está preso, pede anistia no Parlamento da
Venezuela momentos antes do juramento dos novos deputados (Foto: AFP PHOTO/JUAN BARRETO)

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Atualidades – Fatos da Atualidade do Mundo – Prof. Thiago Scott

O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) declara "inconstitucional" a lei de anistia sancionada


pela Assembleia Nacional em 29 de março para libertar 75 opositores políticos presos sob a
acusação de incitar à violência nos protestos de 2014 que exigiam a saída de Maduro do poder.
A decisão é divulgada quatro dias após Maduro pedir à Sala Constitucional do órgão que declare
a lei ilegal, alegando que sua aprovação deixaria impunes violações dos direitos humanos e
desataria uma espiral de violência no país.

12 de abril: entrega de assinaturas


A oposição entrega mais de 2 mil assinaturas para iniciar o trâmite para a convocação de um
referendo revogatório do mandato de Maduro.

21 de abril: racionamento de eletricidade


O governo anuncia racionamento no fornecimento de energia elétrica nos 10 estados mais
populosos e industrializados do país, incluindo a região de Caracas. Os cortes de energia, de
quatro horas diárias, começa quatro dias depois. O reservatório da hidrelétrica Guri, que gera
70% da eletricidade do país, está a ponto de entrar em colapso.

27 de abril: três dias de folga


Maduro ordena estender de um (sexta-feira) para três dias por semana (quarta, quinta e sexta-
feira) a folga do setor público, para enfrentar a severa crise de eletricidade. Também determina
que as escolas do ensino fundamental e médio não funcionem às sextas-feiras.

29 de abril: fechamento de cervejaria por falta de moeda internacional

Fábrica da Cerveceria Polar, maior favricante de cervejas da Venezuela (Foto: FEDERICO PARRA / AFP)

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A Cervejaria Polar, pertencente ao maior grupo empresarial da Venezuela e principal fabricante
de cervejas, que produz cerca de 80% da cerveja consumida no país, paralisa a última de
suas quatro unidades no país. A empresa já havia anunciado que só tinha "cevada maltada
para produzir cerveja até 29 de abril", devido à falta de moeda internacional para pagar seus
fornecedores estrangeiros, provocada pelo controle estatal do câmbio no país.

30 de abril: aumento do salário mínimo


O governo anuncia o aumento de 30% no salário mínimo - incluindo funcionalismo público,
aposentados e militares - e nas pensões. Também sobe o bônus de alimentação, concedido a
todos os trabalhadores e que pode ser usado em farmácias e supermercados.
Na ocasião, o governo afirma que a "guerra econômica" é a responsável pela inflação de três
dígitos (180,9% em 2015, segundo dados oficiais), escassez de dois terços dos produtos básicos
e medicamentos, e uma contração de 5,9% da economia no ano passado.

1º de maio: novo fuso horário


Para enfrentar a crise energética, os venezuelanos adiantam em 30 minutos seus relógios,
voltando ao fuso horário vigente até 2007. A mudança de fuso horário de meia hora tinha sido
uma das marcas registradas do governo do falecido presidente Hugo Chávez.

2 de maio: 1,85 milhão contra Maduro

Oposição venezuelana coleta assinaturas para buscar referendo contra Maduro (Foto: REUTERS/Marco Bello)

A oposição apresenta 1,85 milhão de assinaturas ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) pedindo a
convocação de um referendo revogatório contra o presidente. O CNE exige 195.721 assinaturas
(1% do padrão eleitoral) para pedir que se inicie o processo.

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Atualidades – Fatos da Atualidade do Mundo – Prof. Thiago Scott

14 de maio: ampliação do decreto de emergência


Maduro amplia os alcances do decreto de emergência econômica em vigor desde janeiro ao
decretar "estado de exceção e de emergência econômica" por 3 meses para "neutralizar e
derrotar a agressão externa" que, segundo ele, afeta o país. O novo decreto é "mais completo,
mais integral, de proteção do nosso povo, de garantia de paz, de garantia de estabilidade, que
nos permita (...) recuperar a capacidade produtiva", disse.

14 de maio: intervenção em fábricas paralisadas


Maduro ordena intervenção nas fábricas que estiverem paralisadas e a detenção dos
empresários que pararem a produção com o objetivo de "sabotar o país", no âmbito de estado
de exceção e de emergência econômica.

20 e 21 de maio: treinamentos militares


520 mil militares e civis fazem exercícios de defesa em sete estados, com o objetivo de garantir
a ordem interna e a defesa do país diante de um suposto desembarque de tropas inimigas e de
ataques a instalações de distribuição do sistema elétrico.

24 de maio: sem Coca-Cola por falta de açúcar


A Coca-Cola interrompe a produção de refrigerantes por falta de estoque de açúcar refinado de
uso industrial. As bebidas que não levam açúcar seguem em operação.

www.acasadoconcurseiro.com.br 385
Noções sobre Direitos das Pessoas com Deficiência

Professor Mateus Silveira

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Direitos das Pessoas com Deficiência

LEI Nº 13.146/2015 – ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa da Constituição da República Federativa do


com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Defi- Brasil, em vigor para o Brasil, no plano jurí-
ciência). dico externo, desde 31 de agosto de 2008, e
promulgados pelo Decreto nº 6.949, de 25
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA de agosto de 2009, data de início de sua vi-
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e gência no plano interno.
eu sanciono a seguinte Lei: Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência
aquela que tem impedimento de longo prazo de
natureza física, mental, intelectual ou sensorial,
LIVRO I o qual, em interação com uma ou mais barrei-
ras, pode obstruir sua participação plena e efe-
PARTE GERAL tiva na sociedade em igualdade de condições
com as demais pessoas.
§ 1º A avaliação da deficiência, quando ne-
TÍTULO I cessária, será biopsicossocial, realizada por
equipe multiprofissional e interdisciplinar e
Disposições Preliminares considerará:
I – os impedimentos nas funções e nas es-
truturas do corpo;
CAPÍTULO I
II – os fatores socioambientais, psicológicos
DISPOSIÇÕES GERAIS e pessoais;
Art. 1º É instituída a Lei Brasileira de Inclusão III – a limitação no desempenho de ativida-
da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa des; e
com Deficiência), destinada a assegurar e a pro-
mover, em condições de igualdade, o exercício IV – a restrição de participação.
dos direitos e das liberdades fundamentais por § 2º O Poder Executivo criará instrumentos
pessoa com deficiência, visando à sua inclusão para avaliação da deficiência.
social e cidadania.
Art. 3º Para fins de aplicação desta Lei, conside-
Parágrafo único. Esta Lei tem como base a ram-se:
Convenção sobre os Direitos das Pessoas
com Deficiência e seu Protocolo Faculta- I – acessibilidade: possibilidade e condição
tivo, ratificados pelo Congresso Nacional de alcance para utilização, com segurança e
por meio do Decreto Legislativo nº 186, de autonomia, de espaços, mobiliários, equi-
9 de julho de 2008, em conformidade com pamentos urbanos, edificações, transpor-
o procedimento previsto no § 3º do art. 5º tes, informação e comunicação, inclusive

www.acasadoconcurseiro.com.br 389
seus sistemas e tecnologias, bem como de e) barreiras atitudinais: atitudes ou com-
outros serviços e instalações abertos ao pú- portamentos que impeçam ou prejudiquem
blico, de uso público ou privados de uso co- a participação social da pessoa com defici-
letivo, tanto na zona urbana como na rural, ência em igualdade de condições e oportu-
por pessoa com deficiência ou com mobili- nidades com as demais pessoas;
dade reduzida;
f) barreiras tecnológicas: as que dificultam
II – desenho universal: concepção de pro- ou impedem o acesso da pessoa com defici-
dutos, ambientes, programas e serviços a ência às tecnologias;
serem usados por todas as pessoas, sem
necessidade de adaptação ou de projeto es- V – comunicação: forma de interação dos
pecífico, incluindo os recursos de tecnologia cidadãos que abrange, entre outras opções,
assistiva; as línguas, inclusive a Língua Brasileira de
Sinais (Libras), a visualização de textos, o
III – tecnologia assistiva ou ajuda técnica: Braille, o sistema de sinalização ou de co-
produtos, equipamentos, dispositivos, re- municação tátil, os caracteres ampliados, os
cursos, metodologias, estratégias, práticas e dispositivos multimídia, assim como a lin-
serviços que objetivem promover a funcio- guagem simples, escrita e oral, os sistemas
nalidade, relacionada à atividade e à parti- auditivos e os meios de voz digitalizados e
cipação da pessoa com deficiência ou com os modos, meios e formatos aumentativos
mobilidade reduzida, visando à sua autono- e alternativos de comunicação, incluindo as
mia, independência, qualidade de vida e in- tecnologias da informação e das comunica-
clusão social; ções;
IV – barreiras: qualquer entrave, obstáculo, VI – adaptações razoáveis: adaptações, mo-
atitude ou comportamento que limite ou dificações e ajustes necessários e adequa-
impeça a participação social da pessoa, bem dos que não acarretem ônus despropor-
como o gozo, a fruição e o exercício de seus cional e indevido, quando requeridos em
direitos à acessibilidade, à liberdade de mo- cada caso, a fim de assegurar que a pessoa
vimento e de expressão, à comunicação, ao com deficiência possa gozar ou exercer, em
acesso à informação, à compreensão, à cir- igualdade de condições e oportunidades
culação com segurança, entre outros, classi- com as demais pessoas, todos os direitos e
ficadas em: liberdades fundamentais;
a) barreiras urbanísticas: as existentes nas VII – elemento de urbanização: quaisquer
vias e nos espaços públicos e privados aber- componentes de obras de urbanização,
tos ao público ou de uso coletivo; tais como os referentes a pavimentação,
saneamento, encanamento para esgotos,
b) barreiras arquitetônicas: as existentes distribuição de energia elétrica e de gás,
nos edifícios públicos e privados; iluminação pública, serviços de comunica-
c) barreiras nos transportes: as existentes ção, abastecimento e distribuição de água,
nos sistemas e meios de transportes; paisagismo e os que materializam as indica-
ções do planejamento urbanístico;
d) barreiras nas comunicações e na infor-
mação: qualquer entrave, obstáculo, atitu- VIII – mobiliário urbano: conjunto de ob-
de ou comportamento que dificulte ou im- jetos existentes nas vias e nos espaços pú-
possibilite a expressão ou o recebimento de blicos, superpostos ou adicionados aos ele-
mensagens e de informações por intermé- mentos de urbanização ou de edificação, de
dio de sistemas de comunicação e de tecno- forma que sua modificação ou seu traslado
logia da informação; não provoque alterações substanciais nes-

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Direitos Humanos – Lei nº 13.146/2015 - Estatuto da Pessoa com Deficiência – Prof. Mateus Silveira

ses elementos, tais como semáforos, postes lares nas quais se fizer necessária, em todos
de sinalização e similares, terminais e pon- os níveis e modalidades de ensino, em ins-
tos de acesso coletivo às telecomunicações, tituições públicas e privadas, excluídas as
fontes de água, lixeiras, toldos, marquises, técnicas ou os procedimentos identificados
bancos, quiosques e quaisquer outros de com profissões legalmente estabelecidas;
natureza análoga;
XIV – acompanhante: aquele que acompa-
IX – pessoa com mobilidade reduzida: aque- nha a pessoa com deficiência, podendo ou
la que tenha, por qualquer motivo, dificul- não desempenhar as funções de atendente
dade de movimentação, permanente ou pessoal.
temporária, gerando redução efetiva da
mobilidade, da flexibilidade, da coordena-
ção motora ou da percepção, incluindo ido-
so, gestante, lactante, pessoa com criança CAPÍTULO II
de colo e obeso; DA IGUALDADE E DA NÃO
X – residências inclusivas: unidades de ofer- DISCRIMINAÇÃO
ta do Serviço de Acolhimento do Sistema
Art. 4º Toda pessoa com deficiência tem direi-
Único de Assistência Social (Suas) localiza-
to à igualdade de oportunidades com as demais
das em áreas residenciais da comunidade,
pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de dis-
com estruturas adequadas, que possam
criminação.
contar com apoio psicossocial para o aten-
dimento das necessidades da pessoa acolhi- § 1º Considera-se discriminação em razão
da, destinadas a jovens e adultos com de- da deficiência toda forma de distinção, res-
ficiência, em situação de dependência, que trição ou exclusão, por ação ou omissão,
não dispõem de condições de autossusten- que tenha o propósito ou o efeito de preju-
tabilidade e com vínculos familiares fragili- dicar, impedir ou anular o reconhecimento
zados ou rompidos; ou o exercício dos direitos e das liberdades
fundamentais de pessoa com deficiência,
XI – moradia para a vida independente da
incluindo a recusa de adaptações razoáveis
pessoa com deficiência: moradia com estru-
e de fornecimento de tecnologias assistivas.
turas adequadas capazes de proporcionar
serviços de apoio coletivos e individuali- § 2º A pessoa com deficiência não está obri-
zados que respeitem e ampliem o grau de gada à fruição de benefícios decorrentes de
autonomia de jovens e adultos com defici- ação afirmativa.
ência;
Art. 5º A pessoa com deficiência será protegida
XII – atendente pessoal: pessoa, membro de toda forma de negligência, discriminação,
ou não da família, que, com ou sem remu- exploração, violência, tortura, crueldade, opres-
neração, assiste ou presta cuidados básicos são e tratamento desumano ou degradante.
e essenciais à pessoa com deficiência no
exercício de suas atividades diárias, excluí- Parágrafo único. Para os fins da proteção
das as técnicas ou os procedimentos iden- mencionada no caput deste artigo, são
tificados com profissões legalmente estabe- considerados especialmente vulneráveis a
lecidas; criança, o adolescente, a mulher e o idoso,
com deficiência.
XIII – profissional de apoio escolar: pessoa
que exerce atividades de alimentação, hi- Art. 6º A deficiência não afeta a plena capacida-
giene e locomoção do estudante com defi- de civil da pessoa, inclusive para:
ciência e atua em todas as atividades esco- I – casar-se e constituir união estável;

www.acasadoconcurseiro.com.br 391
II – exercer direitos sexuais e reprodutivos; Seção Única
III – exercer o direito de decidir sobre o nú- DO ATENDIMENTO PRIORITÁRIO
mero de filhos e de ter acesso a informa-
ções adequadas sobre reprodução e plane- Art. 9º A pessoa com deficiência tem direito a
jamento familiar; receber atendimento prioritário, sobretudo
com a finalidade de:
IV – conservar sua fertilidade, sendo veda-
da a esterilização compulsória; I – proteção e socorro em quaisquer cir-
cunstâncias;
V – exercer o direito à família e à convivên-
cia familiar e comunitária; e II – atendimento em todas as instituições e
serviços de atendimento ao público;
VI – exercer o direito à guarda, à tutela, à
curatela e à adoção, como adotante ou ado- III – disponibilização de recursos, tanto hu-
tando, em igualdade de oportunidades com manos quanto tecnológicos, que garantam
as demais pessoas. atendimento em igualdade de condições
com as demais pessoas;
Art. 7º É dever de todos comunicar à autoridade
competente qualquer forma de ameaça ou de IV – disponibilização de pontos de parada,
violação aos direitos da pessoa com deficiência. estações e terminais acessíveis de transpor-
te coletivo de passageiros e garantia de se-
Parágrafo único. Se, no exercício de suas gurança no embarque e no desembarque;
funções, os juízes e os tribunais tiverem co-
nhecimento de fatos que caracterizem as V – acesso a informações e disponibilização
violações previstas nesta Lei, devem reme- de recursos de comunicação acessíveis;
ter peças ao Ministério Público para as pro- VI – recebimento de restituição de imposto
vidências cabíveis. de renda;
Art. 8º É dever do Estado, da sociedade e da fa- VII – tramitação processual e procedimen-
mília assegurar à pessoa com deficiência, com tos judiciais e administrativos em que for
prioridade, a efetivação dos direitos referentes parte ou interessada, em todos os atos e di-
à vida, à saúde, à sexualidade, à paternidade e ligências.
à maternidade, à alimentação, à habitação, à
educação, à profissionalização, ao trabalho, à § 1º Os direitos previstos neste artigo são
previdência social, à habilitação e à reabilita- extensivos ao acompanhante da pessoa
ção, ao transporte, à acessibilidade, à cultura, com deficiência ou ao seu atendente pesso-
ao desporto, ao turismo, ao lazer, à informação, al, exceto quanto ao disposto nos incisos VI
à comunicação, aos avanços científicos e tecno- e VII deste artigo.
lógicos, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à § 2º Nos serviços de emergência públicos
convivência familiar e comunitária, entre outros e privados, a prioridade conferida por esta
decorrentes da Constituição Federal, da Con- Lei é condicionada aos protocolos de aten-
venção sobre os Direitos das Pessoas com De- dimento médico.
ficiência e seu Protocolo Facultativo e das leis e
de outras normas que garantam seu bem-estar
pessoal, social e econômico.

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Direitos Humanos – Lei nº 13.146/2015 - Estatuto da Pessoa com Deficiência – Prof. Mateus Silveira

TÍTULO II e esclarecido em casos de risco de morte e de


emergência em saúde, resguardado seu supe-
Dos Direitos Fundamentais rior interesse e adotadas as salvaguardas legais
cabíveis.

CAPÍTULO I
CAPÍTULO VI
DO DIREITO À VIDA
DO DIREITO AO TRABALHO
Art. 10. Compete ao poder público garantir a
dignidade da pessoa com deficiência ao longo Seção I
de toda a vida. DISPOSIÇÕES GERAIS
Parágrafo único. Em situações de risco, Art. 34. A pessoa com deficiência tem direito
emergência ou estado de calamidade públi- ao trabalho de sua livre escolha e aceitação, em
ca, a pessoa com deficiência será conside- ambiente acessível e inclusivo, em igualdade de
rada vulnerável, devendo o poder público oportunidades com as demais pessoas.
adotar medidas para sua proteção e segu-
rança. § 1º As pessoas jurídicas de direito públi-
co, privado ou de qualquer natureza são
Art. 11. A pessoa com deficiência não poderá obrigadas a garantir ambientes de trabalho
ser obrigada a se submeter a intervenção clínica acessíveis e inclusivos.
ou cirúrgica, a tratamento ou a institucionaliza-
ção forçada. § 2º A pessoa com deficiência tem direito,
em igualdade de oportunidades com as de-
Parágrafo único. O consentimento da pes- mais pessoas, a condições justas e favorá-
soa com deficiência em situação de curatela veis de trabalho, incluindo igual remunera-
poderá ser suprido, na forma da lei. ção por trabalho de igual valor.
Art. 12. O consentimento prévio, livre e esclare- § 3º É vedada restrição ao trabalho da pes-
cido da pessoa com deficiência é indispensável soa com deficiência e qualquer discrimina-
para a realização de tratamento, procedimento, ção em razão de sua condição, inclusive nas
hospitalização e pesquisa científica. etapas de recrutamento, seleção, contrata-
§ 1º Em caso de pessoa com deficiência em ção, admissão, exames admissional e peri-
situação de curatela, deve ser assegurada ódico, permanência no emprego, ascensão
sua participação, no maior grau possível, profissional e reabilitação profissional, bem
para a obtenção de consentimento. como exigência de aptidão plena.

§ 2º A pesquisa científica envolvendo pes- § 4º A pessoa com deficiência tem direito


soa com deficiência em situação de tutela à participação e ao acesso a cursos, treina-
ou de curatela deve ser realizada, em cará- mentos, educação continuada, planos de
ter excepcional, apenas quando houver in- carreira, promoções, bonificações e incenti-
dícios de benefício direto para sua saúde ou vos profissionais oferecidos pelo emprega-
para a saúde de outras pessoas com defici- dor, em igualdade de oportunidades com os
ência e desde que não haja outra opção de demais empregados.
pesquisa de eficácia comparável com parti- § 5º É garantida aos trabalhadores com de-
cipantes não tutelados ou curatelados. ficiência acessibilidade em cursos de forma-
Art. 13. A pessoa com deficiência somente será ção e de capacitação.
atendida sem seu consentimento prévio, livre

www.acasadoconcurseiro.com.br 393
Art. 35. É finalidade primordial das políticas § 4º Os serviços de habilitação profissional,
públicas de trabalho e emprego promover e ga- de reabilitação profissional e de educação
rantir condições de acesso e de permanência da profissional deverão ser oferecidos em am-
pessoa com deficiência no campo de trabalho. bientes acessíveis e inclusivos.
Parágrafo único. Os programas de estímulo § 5º A habilitação profissional e a reabilita-
ao empreendedorismo e ao trabalho autô- ção profissional devem ocorrer articuladas
nomo, incluídos o cooperativismo e o asso- com as redes públicas e privadas, especial-
ciativismo, devem prever a participação da mente de saúde, de ensino e de assistência
pessoa com deficiência e a disponibilização social, em todos os níveis e modalidades,
de linhas de crédito, quando necessárias. em entidades de formação profissional ou
diretamente com o empregador.
Seção II
DA HABILITAÇÃO PROFISSIONAL E § 6º A habilitação profissional pode ocorrer
em empresas por meio de prévia formaliza-
REABILITAÇÃO PROFISSIONAL ção do contrato de emprego da pessoa com
deficiência, que será considerada para o
Art. 36. O poder público deve implementar
cumprimento da reserva de vagas prevista
serviços e programas completos de habilitação
em lei, desde que por tempo determinado
profissional e de reabilitação profissional para
e concomitante com a inclusão profissional
que a pessoa com deficiência possa ingressar,
na empresa, observado o disposto em regu-
continuar ou retornar ao campo do trabalho,
lamento.
respeitados sua livre escolha, sua vocação e seu
interesse. § 7º A habilitação profissional e a reabili-
tação profissional atenderão à pessoa com
§ 1º Equipe multidisciplinar indicará, com
deficiência.
base em critérios previstos no § 1º do art.
2º desta Lei, programa de habilitação ou de Seção III
reabilitação que possibilite à pessoa com
deficiência restaurar sua capacidade e habi- DA INCLUSÃO DA PESSOA COM
lidade profissional ou adquirir novas capaci- DEFICIÊNCIA NO TRABALHO
dades e habilidades de trabalho.
Art. 37. Constitui modo de inclusão da pessoa
§ 2º A habilitação profissional corresponde com deficiência no trabalho a colocação com-
ao processo destinado a propiciar à pessoa petitiva, em igualdade de oportunidades com
com deficiência aquisição de conhecimen- as demais pessoas, nos termos da legislação
tos, habilidades e aptidões para exercício de trabalhista e previdenciária, na qual devem ser
profissão ou de ocupação, permitindo nível atendidas as regras de acessibilidade, o forne-
suficiente de desenvolvimento profissional cimento de recursos de tecnologia assistiva e a
para ingresso no campo de trabalho. adaptação razoável no ambiente de trabalho.
§ 3º Os serviços de habilitação profissional, Parágrafo único. A colocação competitiva
de reabilitação profissional e de educação da pessoa com deficiência pode ocorrer por
profissional devem ser dotados de recursos meio de trabalho com apoio, observadas as
necessários para atender a toda pessoa com seguintes diretrizes:
deficiência, independentemente de sua ca-
racterística específica, a fim de que ela pos- I – prioridade no atendimento à pessoa com
sa ser capacitada para trabalho que lhe seja deficiência com maior dificuldade de inser-
adequado e ter perspectivas de obtê-lo, de ção no campo de trabalho;
conservá-lo e de nele progredir. II – provisão de suportes individualizados
que atendam a necessidades específicas da

394 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direitos Humanos – Lei nº 13.146/2015 - Estatuto da Pessoa com Deficiência – Prof. Mateus Silveira

pessoa com deficiência, inclusive a disponi-


bilização de recursos de tecnologia assisti-
va, de agente facilitador e de apoio no am-
biente de trabalho;
III – respeito ao perfil vocacional e ao inte-
resse da pessoa com deficiência apoiada;
IV – oferta de aconselhamento e de apoio
aos empregadores, com vistas à definição
de estratégias de inclusão e de superação
de barreiras, inclusive atitudinais;
V – realização de avaliações periódicas;
VI – articulação intersetorial das políticas
públicas;
VII – possibilidade de participação de orga-
nizações da sociedade civil.
Art. 38. A entidade contratada para a realização
de processo seletivo público ou privado para
cargo, função ou emprego está obrigada à ob-
servância do disposto nesta Lei e em outras nor-
mas de acessibilidade vigentes.

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Noções sobre Direitos das Pessoas com Deficiência

Professor Rafael Ravazolo

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Direitos das Pessoas com Deficiência

RESOLUÇÃO Nº 230/2016, DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

Ementa: Orienta a adequação das atividades CONSIDERANDO a Convenção sobre os Direitos


dos órgãos do Poder Judiciário e de seus servi- das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Fa-
ços auxiliares às determinações exaradas pela cultativo, adotada em 13 de dezembro de 2006,
Convenção Internacional sobre os Direitos das por meio da Resolução 61/106, durante a 61ª
Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facul- sessão da Assembleia Geral da Organização das
tativo e pela Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa Nações Unidas (ONU);
com Deficiência por meio – entre outras medi-
das – da convolação em resolução a Recomen- CONSIDERANDO a ratificação pelo Estado Brasi-
dação CNJ 27, de 16/12/2009, bem como da leiro da Convenção sobre os Direitos das Pesso-
instituição de Comissões Permanentes de Aces- as com Deficiência e de seu Protocolo Facultati-
sibilidade e Inclusão. vo com equivalência de emenda constitucional,
por meio do Decreto Legislativo nº 186, de 9 de
O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE julho de 2008, com a devida promulgação pelo
JUSTIÇA, no uso de suas atribuições, Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009;
CONSIDERANDO que, conforme o art. 5º, ca- CONSIDERANDO que nos termos desse novo
put, da Constituição de 1988, todos são iguais tratado de direitos humanos a deficiência é um
perante a lei, sem distinção de qualquer natu- conceito em evolução, que resulta da interação
reza, garantindo-se a inviolabilidade do direito entre pessoas com deficiência e as barreiras re-
à igualdade; lativas às atitudes e ao ambiente que impedem
a sua plena e efetiva participação na sociedade
CONSIDERANDO os princípios gerais estabeleci- em igualdade de oportunidades com as demais
dos pelo art. 3º da aludida Convenção Interna- pessoas;
cional sobre os Direitos das Pessoas com Defici-
ência, quais sejam: a) o respeito pela dignidade CONSIDERANDO que a acessibilidade foi reco-
inerente, a autonomia individual, inclusive a nhecida na Convenção como princípio e como
liberdade de fazer as próprias escolhas, e a in- direito, sendo também considerada garantia
dependência das pessoas; b) a não discrimina- para o pleno e efetivo exercício de demais direi-
ção; c) a plena e efetiva participação e inclusão tos;
na sociedade; d) o respeito pela diferença e pela
aceitação das pessoas com deficiência como CONSIDERANDO que a Convenção determina
parte da diversidade humana e da humanidade; que os Estados Partes devem reafirmar que as
e) a igualdade de oportunidades; f) a acessibili- pessoas com deficiência têm o direito de ser
dade; g) a igualdade entre o homem e a mulher; reconhecidas em qualquer lugar como pessoas
e h) o respeito pelo desenvolvimento das capa- perante a lei e que gozam de capacidade legal
cidades das crianças com deficiência e pelo di- em igualdade de condições com as demais pes-
reito das crianças com deficiência de preservar soas em todos os aspectos da vida, sendo que
sua identidade; deverão ser tomadas medidas apropriadas para
prover o acesso de pessoas com deficiência ao

www.acasadoconcurseiro.com.br 399
apoio que necessitarem no exercício de sua ca- no caso das pessoas com deficiência, da imple-
pacidade legal; mentação de medidas que assegurem a ampla
e irrestrita acessibilidade física, arquitetônica,
CONSIDERANDO que os artigos 3º e 5º da Cons- comunicacional e atitudinal;
tituição Federal de 1988 têm a igualdade como
princípio e a promoção do bem de todos, sem CONSIDERANDO que a Administração Pública
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade tem papel preponderante na criação de novos
e quaisquer outras formas de discriminação, padrões de consumo e produção e na constru-
como um objetivo fundamental da República ção de uma sociedade mais inclusiva, razão pela
Federativa do Brasil, do que decorre a necessi- qual detém a capacidade e o dever de potencia-
dade de promoção e proteção dos direitos hu- lizar, estimular e multiplicar a utilização de re-
manos de todas as pessoas, com e sem deficiên- cursos e tecnologias assistivas com vistas à ga-
cia, em igualdade de condições; rantia plena da acessibilidade e a inclusão das
pessoas com deficiência;
CONSIDERANDO o disposto na Lei nº 7.853, de
24 de outubro de 1989, Decreto nº 3.298, de CONSIDERANDO a necessidade de aperfeiço-
21 de dezembro de 1999, Lei nº 10.048, de 08 amento da Recomendação CNJ 27/2009 pelo
de novembro de 2000, Lei nº 10.098, de 19 de advento da Lei 13.146/2015 (Lei Brasileira de
dezembro de 2000, e no Decreto nº 5.296, de Inclusão);
2 de dezembro de 2004, que estabelecem nor-
mas gerais e critérios básicos para a promoção CONSIDERANDO a ratificação unânime da me-
da acessibilidade das pessoas com deficiência dida liminar concedida nos autos dos Pedidos
ou mobilidade reduzida, mediante a supressão de Providências 0004258-58.2015.2.00.0000 e
de barreiras e de obstáculos nas vias, espaços 0004756-57.2015.2.00.0000, pelo Plenário do
e serviços públicos, no mobiliário urbano, na Conselho Nacional de Justiça;
construção e reforma de edifícios e nos meios CONSIDERANDO a deliberação do Plenário do
de transporte e de comunicação, com prazos CNJ no Procedimento de Comissão 006029-
determinados para seu cumprimento e imple- 71.2015.2.00.0000, na 232ª Sessão Ordinária,
mentação; realizada em 31 de maio de 2016;
CONSIDERANDO que ao Poder Público e seus ór- RESOLVE:
gãos cabe assegurar às pessoas com deficiência
o pleno exercício de seus direitos, inclusive o di-
reito ao trabalho, e de outros que, decorrentes
da Constituição e das leis, propiciem seu bem- CAPÍTULO I
-estar pessoal, social e econômico, cabendo aos DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
órgãos e entidades da administração direta e in-
direta dispensar, no âmbito de sua competência Art. 1º Esta Resolução orienta a adequação das
e finalidade, aos assuntos objetos desta Resolu- atividades dos órgãos do Poder Judiciário e de
ção, tratamento prioritário e adequado, tenden- seus serviços auxiliares em relação às determi-
te a viabilizar, sem prejuízo de outras, medidas nações exaradas pela Convenção Internacional
que visem garantir o acesso aos serviços con- sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e
cernentes, o empenho quanto ao surgimento seu Protocolo Facultativo (promulgada por meio
e à manutenção de empregos e a promoção de do Decreto nº 6.949/2009) e pela Lei Brasileira
ações eficazes que propiciem a inclusão e a ade- de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº
quada ambientação, nos locais de trabalho, de 13.146/2015).
pessoas com deficiência;
Parágrafo único. Para tanto, entre outras
CONSIDERANDO que a efetiva prestação de ser- medidas, convola-se, em resolução, a Re-
viços públicos e de interesse público depende, comendação CNJ 27, de 16/12/2009, bem

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Administração – Resolução nº 230/2016, do Conselho Nacional de Justiça – Prof. Rafael Ravazolo

como institui-se as Comissões Permanentes d) “barreiras nas comunicações e na infor-


de Acessibilidade e Inclusão. mação”: qualquer entrave, obstáculo, atitu-
de ou comportamento que dificulte ou im-
Art. 2º Para fins de aplicação desta Resolução, possibilite a expressão ou o recebimento de
consideram-se: mensagens e de informações por intermé-
I – “discriminação por motivo de deficiên- dio de sistemas de comunicação e de tecno-
cia” significa qualquer diferenciação, exclu- logia da informação;
são ou restrição, por ação ou omissão, ba- e) “barreiras atitudinais”: atitudes ou com-
seada em deficiência, com o propósito ou portamentos que impeçam ou prejudiquem
efeito de impedir ou impossibilitar o reco- a participação social da pessoa com defici-
nhecimento, o desfrute ou o exercício, em ência em igualdade de condições e oportu-
igualdade de oportunidades com as demais nidades com as demais pessoas; e
pessoas, de direitos humanos e liberdades
fundamentais nos âmbitos político, econô- f) “barreiras tecnológicas”: as que dificul-
mico, social, cultural, civil ou qualquer ou- tam ou impedem o acesso da pessoa com
tro, incluindo a recusa de adaptações ra- deficiência às tecnologias.
zoáveis e de fornecimento de tecnologias
assistivas; IV – “adaptação razoável” significa as mo-
dificações e os ajustes necessários e ade-
II – “acessibilidade” significa possibilidade quados que não acarretem ônus despropor-
e condição de alcance para utilização, com cional ou indevido, quando requeridos em
segurança e autonomia, de espaços, mobi- cada caso, a fim de assegurar que as pesso-
liários, equipamentos urbanos, edificações, as com deficiência possam gozar ou exercer,
transportes, informação e comunicação, em igualdade de oportunidades com as de-
inclusive seus sistemas e tecnologias, bem mais pessoas, todos os direitos humanos e
como de outros serviços e instalações aber- liberdades fundamentais;
tos ao público, de uso público ou privados
de uso coletivo, tanto na zona urbana como V – “desenho universal” significa a concep-
na rural, por pessoa com deficiência ou com ção de produtos, ambientes, programas e
mobilidade reduzida; serviços a serem usados, na maior medida
possível, por todas as pessoas, sem necessi-
III – “barreiras” significa qualquer entra- dade de adaptação ou projeto específico. O
ve, obstáculo, atitude ou comportamento “desenho universal” não excluirá as ajudas
que limite ou impeça a participação social técnicas para grupos específicos de pessoas
da pessoa, bem como o gozo, a fruição e o com deficiência, quando necessárias;
exercício de seus direitos à acessibilidade,
à liberdade de movimento e de expressão, VI – “tecnologia assistiva” (ou “ajuda téc-
à comunicação, ao acesso à informação, à nica”) significa produtos, equipamentos,
compreensão, à circulação com segurança, dispositivos, recursos, metodologias, estra-
entre outros, classificadas em: tégias, práticas e serviços que objetivem
promover a funcionalidade, relacionada à
a) “barreiras urbanísticas”: as existentes nas atividade e à participação da pessoa com
vias e nos espaços públicos e privados aber- deficiência ou com mobilidade reduzida,
tos ao público ou de uso coletivo; visando à sua autonomia, independência,
qualidade de vida e inclusão social;
b) “barreiras arquitetônicas”: as existentes
nos edifícios públicos e privados; VII – “comunicação” significa forma de in-
teração dos cidadãos que abrange, entre
c) “barreiras nos transportes”: as existentes outras opções, as línguas, inclusive a Língua
nos sistemas e meios de transportes; Brasileira de Sinais (Libras), a visualização

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de textos, o Braille, o sistema de sinalização Subseção II
ou de comunicação tátil, os caracteres am- DA ACESSIBILIDADE COM
pliados, os dispositivos multimídia, assim
como a linguagem simples, escrita e oral, SEGURANÇA E AUTONOMIA
os sistemas auditivos e os meios de voz di- Art. 4º Para promover a acessibilidade dos usuá-
gitalizados e os modos, meios e formatos rios do Poder Judiciário e dos seus serviços auxi-
aumentativos e alternativos de comunica- liares que tenham deficiência, a qual não ocorre
ção, incluindo as tecnologias da informação sem segurança ou sem autonomia, dever-se-á,
e das comunicações; entre outras atividades, promover:
VIII – “atendente pessoal” significa pessoa, I – atendimento ao público – pessoal, por
membro ou não da família, que, com ou telefone ou por qualquer meio eletrônico
sem remuneração, assiste ou presta cui- – que seja adequado a esses usuários, in-
dados básicos e essenciais à pessoa com clusive aceitando e facilitando, em trâmites
deficiência no exercício de suas atividades oficiais, o uso de línguas de sinais, braille,
diárias, excluídas as técnicas ou os procedi- comunicação aumentativa e alternativa, e
mentos identificados com profissões legal- de todos os demais meios, modos e forma-
mente estabelecidas; e tos acessíveis de comunicação, à escolha
IX – “acompanhante” significa aquele que das pessoas com deficiência;
acompanha a pessoa com deficiência, po- II – adaptações arquitetônicas que permi-
dendo ou não desempenhar as funções de tam a livre e autônoma movimentação des-
atendente pessoal. ses usuários, tais como rampas, elevadores
e vagas de estacionamento próximas aos lo-
cais de atendimento; e
CAPÍTULO II
III – acesso facilitado para a circulação de
DAS DISPOSIÇÕES RELACIONADAS transporte público nos locais mais próximos
A TODAS AS PESSOAS COM possíveis aos postos de atendimento.
DEFICIÊNCIA § 1º A fim de garantir a atuação da pes-
soa com deficiência em todo o processo
Seção I judicial, o poder público deve capacitar os
DA IGUALDADE E SUAS IMPLICAÇÕES membros, os servidores e terceirizados que
atuam no Poder Judiciário quanto aos direi-
Subseção I tos da pessoa com deficiência.
DA IGUALDADE E DA INCLUSÃO
§ 2º Cada órgão do Poder Judiciário deverá
Art. 3º A fim de promover a igualdade, adotar- dispor de, pelo menos, cinco por cento de
-se-ão, com urgência, medidas apropriadas para servidores, funcionários e terceirizados ca-
eliminar e prevenir quaisquer barreiras urbanís- pacitados para o uso e interpretação da Li-
ticas, arquitetônicas, nos transportes, nas co- bras.
municações e na informação, atitudinais ou tec-
§ 3º As edificações públicas já existentes
nológicas, devendo-se garantir às pessoas com
devem garantir acessibilidade à pessoa com
deficiência – servidores, serventuários extraju-
deficiência em todas as suas dependências
diciais, terceirizados ou não – quantas adapta-
e serviços, tendo como referência as nor-
ções razoáveis ou mesmo tecnologias assistivas
mas de acessibilidade vigentes.
sejam necessárias para assegurar acessibilidade
plena, coibindo qualquer forma de discrimina- § 4º A construção, a reforma, a ampliação
ção por motivo de deficiência. ou a mudança de uso de edificações deve-

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rão ser executadas de modo a serem aces- Art. 7º Os órgãos do Poder Judiciário deverão,
síveis. com urgência, proporcionar aos seus usuários
processo eletrônico adequado e acessível a to-
§ 5º A formulação, a implementação e a dos os tipos de deficiência, inclusive às pessoas
manutenção das ações de acessibilidade que tenham deficiência visual, auditiva ou da
atenderão às seguintes premissas básicas: fala.
I – eleição de prioridades, elaboração de § 1º Devem ser oferecidos todos os recur-
cronograma e reserva de recursos para im- sos de tecnologia assistiva disponíveis para
plementação das ações; e que a pessoa com deficiência tenha garan-
II – planejamento contínuo e articulado en- tido o acesso à justiça, sempre que figure
tre os setores envolvidos. em um dos polos da ação ou atue como tes-
temunha, partícipe da lide posta em juízo,
§ 6º Para atender aos usuários externos que advogado, defensor público, magistrado ou
tenham deficiência, dever-se-á reservar, nas membro do Ministério Público.
áreas de estacionamento abertas ao públi-
co, vagas próximas aos acessos de circula- § 2º A pessoa com deficiência tem garanti-
ção de pedestres, devidamente sinalizadas, do o acesso ao conteúdo de todos os atos
para veículos que transportem pessoas com processuais de seu interesse, inclusive no
deficiência e com comprometimento de exercício da advocacia.
mobilidade, desde que devidamente iden- Art. 8º Os serviços notariais e de registro não
tificados, em percentual equivalente a 2% podem negar ou criar óbices ou condições di-
(dois por cento) do total, garantida, no míni- ferenciadas à prestação de seus serviços em ra-
mo, 1 (uma) vaga. zão de deficiência do solicitante, devendo reco-
§ 7º Mesmo se todas as vagas disponíveis nhecer sua capacidade legal plena, garantida a
estiverem ocupadas, a Administração de- acessibilidade.
verá agir com o máximo de empenho para, Parágrafo único. O descumprimento do dis-
na medida do possível, facilitar o acesso do posto no caput deste artigo constitui discri-
usuário com deficiência às suas dependên- minação em razão de deficiência.
cias, ainda que, para tanto, seja necessário
dar acesso a vaga destinada ao público in- Art. 9º Os Tribunais relacionados nos incisos II a
terno do órgão. VII do art. 92 da Constituição Federal de 1988 e
os serviços auxiliares do Poder Judiciário devem
Art. 5º É proibido ao Poder Judiciário e seus ser- adotar medidas para a remoção de barreiras
viços auxiliares impor ao usuário com deficiên- físicas, tecnológicas, arquitetônicas, de comu-
cia custo anormal, direto ou indireto, para o am- nicação e atitudinais para promover o amplo e
plo acesso a serviço público oferecido. irrestrito acesso de pessoas com deficiência às
Art. 6º Todos os procedimentos licitatórios do suas respectivas carreiras e dependências e o
Poder Judiciário deverão se ater para produtos efetivo gozo dos serviços que prestam, promo-
acessíveis às pessoas com deficiência, sejam vendo a conscientização de servidores e jurisdi-
servidores ou não. cionados sobre a importância da acessibilidade
para garantir o pleno exercício de direitos.
§ 1º O desenho universal sera# sempre to-
mado como regra de caráter geral.
§ 2º Nas hipóteses em que comprovada-
mente o desenho universal não possa ser
empreendido, deve ser adotada adaptação
razoável.

www.acasadoconcurseiro.com.br 403
Subseção III gem Brasileira de Sinais para ministrar os
DAS COMISSÕES PERMANENTES DE cursos internos, a fim de assegurar que as
secretarias e cartórios das Varas e Tribunais
ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO disponibilizem pessoal capacitado a aten-
Art. 10. Serão instituídas por cada Tribunal, no der surdos, prestando-lhes informações em
prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias, Linguagem Brasileira de Sinais;
Comissões Permanentes de Acessibilidade e In- V – nomeação de tradutor e intérprete de
clusão, com caráter multidisciplinar, com parti- Linguagem Brasileira de Sinais, sempre que
cipação de magistrados e servidores, com e sem figurar no processo pessoa com deficiência
deficiência, objetivando que essas Comissões auditiva, escolhido dentre aqueles devida-
fiscalizem, planejem, elaborem e acompanhem mente habilitados e aprovados em curso
os projetos arquitetônicos de acessibilidade e oficial de tradução e interpretação de Lin-
projetos “pedagógicos” de treinamento e ca- guagem Brasileira de Sinais ou detentores
pacitação dos profissionais e funcionários que do certificado de proficiência em Lingua-
trabalhem com as pessoas com deficiência, com gem Brasileira de Sinais – PROLIBRAS, nos
fixação de metas anuais, direcionados à promo- termos do art. 19 do Decreto 5.626/2005,
ção da acessibilidade para pessoas com defici- o qual deverá prestar compromisso e, em
ência, tais quais as descritas a seguir: qualquer hipótese, será custeado pela ad-
I – construção e/ou reforma para garantir ministração dos órgãos do Judiciário;
acessibilidade para pessoas com termos da VI – sendo a pessoa com deficiência auditiva
normativa técnica em vigor (ABNT 9050), partícipe do processo oralizado e se assim o
inclusive construção de rampas, adequa- preferir, o Juiz deverá com ela se comunicar
ção de sanitários, instalação de elevadores, por anotações escritas ou por meios eletrô-
reserva de vagas em estacionamento, ins- nicos, o que inclui a legenda em tempo real,
talação de piso tátil direcional e de alerta, bem como adotar medidas que viabilizem a
sinalização sonora para pessoas com defici- leitura labial;
ência visual, bem como sinalizações visuais
acessíveis a pessoas com deficiência auditi- VII – nomeação ou permissão de utilização
va, pessoas com baixa visão e pessoas com de guia-intérprete, sempre que figurar no
deficiência intelectual, adaptação de mobi- processo pessoa com deficiência auditiva e
liário (incluindo púlpitos), portas e corredo- visual, o qual deverá prestar compromisso
res em todas as dependências e em toda a e, em qualquer hipótese, será custeado pela
extensão (Tribunais, Fóruns, Juizados Espe- administração dos órgãos do Judiciário;
ciais etc);
VIII – registro da audiência, caso o Juiz en-
II – locação de imóveis, aquisição ou cons- tenda necessário, por filmagem de todos os
truções novas somente deverão ser feitas atos nela praticados, sempre que presente
se com acessibilidade; pessoa com deficiência auditiva;

III – permissão de entrada e permanência IX – aquisição de impressora em Braille,


de cães-guias em todas as dependências produção e manutenção do material de co-
dos edifícios e sua extensão; municação acessível, especialmente o web-
site, que deverá ser compatível com a maio-
IV – habilitação de servidores em cursos ofi- ria dos softwares livres e gratuitos de leitura
ciais de Linguagem Brasileira de Sinais, cus- de tela das pessoas com deficiência visual;
teados pela Administração, formados por
professores oriundos de instituições oficial- X – inclusão, em todos os editais de concur-
mente reconhecidas no ensino de Lingua- sos públicos, da previsão constitucional de
reserva de cargos para pessoas com defici-

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Administração – Resolução nº 230/2016, do Conselho Nacional de Justiça – Prof. Rafael Ravazolo

ência, inclusive nos que tratam do ingresso Planejamento Estratégico, com vistas à sua efe-
na magistratura (CF, art. 37, VIII); tiva implementação.
XI – anotação na capa dos autos da priori- Seção II
dade concedida à tramitação de processos DA NÃO DISCRIMINAÇÃO
administrativos cuja parte seja uma pessoa
com deficiência e de processos judiciais se Art. 14. É proibida qualquer forma de discrimi-
tiver idade igual ou superior a 60 (sessen- nação por motivo de deficiência, devendo-se
ta) anos ou portadora de doença grave, nos garantir a#s pessoas com deficiência – servido-
termos da Lei n. 12.008, de 06 de agosto de res, serventuários extrajudiciais, terceirizados
2009; ou não – igual e efetiva proteção legal contra a
XII – realização de oficinas de conscientiza- discriminação por qualquer motivo.
ção de servidores e magistrados sobre os di-
Seção III
reitos das pessoas com deficiência;
DA PROTEÇÃO DA INTEGRIDADE
XIII – utilização de intérprete de Linguagem FÍSICA E PSÍQUICA
Brasileira de Sinais, legenda, audiodescri-
ção e comunicação em linguagem acessível Art. 15. Toda pessoa com deficiência – servidor,
em todas as manifestações públicas, dentre serventuário extrajudicial, terceirizado ou não –
elas propagandas, pronunciamentos ofi- tem o direito a que sua integridade física e men-
ciais, vídeos educativos, eventos e reuniões; tal seja respeitada, em igualdade de condições
com as demais pessoas.
XIV – disponibilização de equipamentos de
autoatendimento para consulta processual Art. 16. A pessoa com deficiência tem direito
acessíveis, com sistema de voz ou de leitura a receber atendimento prioritário, sobretudo
de tela para pessoas com deficiência visual, com a finalidade de:
bem como, com altura compatível para usu-
ários de cadeira de rodas. I – proteção e socorro em quaisquer cir-
cunstâncias;
Art. 11. Os órgãos do Poder Judiciário relaciona-
dos nos incisos II a VII do art. 92 da Constituição II – atendimento em todos os serviços de
Federal de 1988 devem criar unidades admi- atendimento ao público;
nistrativas específicas, diretamente vinculadas III – disponibilização de recursos, tanto hu-
à Presidência de cada órgão, responsáveis pela manos quanto tecnológicos, que garantam
implementação das ações da respectiva Comis- atendimento em igualdade de condições
são Permanente de Acessibilidade e Inclusão. com as demais pessoas;
Art. 12. É indispensável parecer da Comissão IV – acesso a informações e disponibilização
Permanente de Acessibilidade e Inclusão em de recursos de comunicação acessíveis;
questões relacionadas aos direitos das pessoas
com deficiência e nos demais assuntos conexos V – tramitação processual e procedimentos
à acessibilidade e inclusão no âmbito dos Tribu- judiciais e administrativos em que for parte
nais. ou interessada, em todos os atos e diligên-
cias.
Art. 13. Os prazos e as eventuais despesas de-
correntes da implementação desta Resolução Parágrafo único. Os direitos previstos neste
serão definidos pelos tribunais, ouvida a respec- artigo são extensivos ao acompanhante da
tiva Comissão Permanente de Acessibilidade e pessoa com deficiência ou ao seu atendente
o órgão interno responsável pela elaboração do pessoal, exceto quanto ao disposto no inci-
so V deste artigo.

www.acasadoconcurseiro.com.br 405
CAPÍTULO III Art. 21. Cada órgão do Poder Judiciário deverá
DAS DISPOSIÇÕES RELACIONADAS manter um cadastro dos servidores, serventuá-
rios extrajudiciais e terceirizados com deficiên-
AOS SERVIDORES COM DEFICIÊNCIA cia que trabalham no seu quadro.
Seção I § 1º Esse cadastro deve especificar as defi-
DA APLICABILIDADE DOS CAPÍTULOS ciências e as necessidades particulares de
cada servidor, terceirizado ou serventuário
ANTERIORES extrajudicial.
Art. 17. Aplicam-se aos servidores, aos serven- § 2º A atualização do cadastro deve ser per-
tuários extrajudiciais e aos terceirizados com manente, devendo ocorrer uma revisão de-
deficiência, no que couber, todas as disposições talhada uma vez por ano.
previstas nos Capítulos anteriores desta Resolu-
ção. § 3º Na revisão anual, cada um dos servi-
dores, serventuários extrajudiciais ou ter-
Seção II ceirizado com deficiência deverá ser pes-
DA AVALIAÇÃO soalmente questionado sobre a existência
de possíveis sugestões ou adaptações refe-
Art. 18. A avaliação da deficiência, quando ne- rentes à sua plena inclusão no ambiente de
cessária, será biopsicossocial, realizada por trabalho.
equipe multiprofissional e interdisciplinar e § 4º Para cada sugestão dada, deverá haver
considerará: uma resposta formal do Poder Judiciário em
I – os impedimentos nas funções e nas es- prazo razoável.
truturas do corpo; Art. 22. Constitui modo de inclusão da pessoa
II – os fatores socioambientais, psicológicos com deficiência no trabalho a colocação com-
e pessoais; petitiva, em igualdade de oportunidades com
as demais pessoas, nos termos da legislação
III – a limitação no desempenho de ativida- trabalhista e previdenciária, na qual devem ser
des; e atendidas as regras de acessibilidade, o forne-
cimento de recursos de tecnologia assistiva e a
IV – a restrição de participação. adaptação razoável no ambiente de trabalho.
Seção III Parágrafo único. A colocação competitiva
DA INCLUSÃO DE PESSOA COM da pessoa com deficiência pode ocorrer por
DEFICIÊNCIA NO SERVIÇO PÚBLICO meio de trabalho com apoio, observadas as
seguintes diretrizes:
Art. 19. Os editais de concursos públicos para I – prioridade no atendimento à pessoa com
ingresso nos quadros do Poder Judiciário e de deficiência com maior dificuldade de inser-
seus serviços auxiliares deverão prever, nos ob- ção no campo de trabalho;
jetos de avaliação, disciplina que abarque os di-
reitos das pessoas com deficiência. II – provisão de suportes individualizados
que atendam a necessidades específicas da
Art. 20. Imediatamente após a posse de servi- pessoa com deficiência, inclusive a disponi-
dor, serventuário extrajudicial ou contratação bilização de recursos de tecnologia assisti-
de terceirizado com deficiência, dever-se-á in- va, de agente facilitador e de apoio no am-
formar a ele de forma detalhada sobre seus di- biente de trabalho;
reitos e sobre a existência desta Resolução.
III – respeito ao perfil vocacional e ao inte-
resse da pessoa com deficiência apoiada;

406 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Resolução nº 230/2016, do Conselho Nacional de Justiça – Prof. Rafael Ravazolo

IV – oferta de aconselhamento e de apoio logia assistiva que maximizem sua autonomia,


aos empregadores, com vistas à definição mobilidade pessoal e qualidade de vida.
de estratégias de inclusão e de superação
Art. 25. Se houver qualquer tipo de estaciona-
de barreiras, inclusive atitudinais;
mento interno, será garantido ao servidor com
V – realização de avaliações periódicas; deficiência que possua comprometimento de
mobilidade vaga no local mais próximo ao seu
VI – articulação intersetorial das políticas
local de trabalho.
públicas; e
§ 1º O percentual aplicável aos estaciona-
VII – possibilidade de participação de orga-
mentos externos a que se referem o art.
nizações da sociedade civil.
4º, § 6º, desta Resolução e o art. 47 da Lei
Art. 23. A pessoa com deficiência tem direito 13.146/2015 não é aplicável ao estaciona-
ao trabalho de sua livre escolha e aceitação, em mento interno do órgão, devendo-se garan-
ambiente acessível e inclusivo, em igualdade de tir vaga no estacionamento interno a cada
oportunidades com as demais pessoas. servidor com mobilidade comprometida.
§ 1º Os órgãos do Poder Judiciário são obri- § 2º O caminho existente entre a vaga do
gados a garantir ambientes de trabalho estacionamento interno e o local de traba-
acessíveis e inclusivos. lho do servidor com mobilidade comprome-
tida não deve conter qualquer tipo de bar-
§ 2º A pessoa com deficiência tem direito,
reira que impossibilite ou mesmo dificulte o
em igualdade de oportunidades com as de-
seu acesso.
mais pessoas, a condições justas e favorá-
veis de trabalho, incluindo igual remunera- Art. 26. Se o órgão possibilitar aos seus servido-
ção por trabalho de igual valor. res a realização de trabalho por meio do siste-
ma “home office”, dever-se-á dar prioridade aos
§ 3º É vedada restrição ao trabalho da pes-
servidores com mobilidade comprometida que
soa com deficiência e qualquer discrimina-
manifestem interesse na utilização desse siste-
ção em razão de sua condição, inclusive nas
ma.
etapas de recrutamento, seleção, contrata-
ção, admissão, exames admissional e peri- § 1º A Administração não poderá obrigar
ódico, permanência no emprego, ascensão o servidor com mobilidade comprometida
profissional e reabilitação profissional, bem a utilizar o sistema “home office”, mesmo
como exigência de aptidão plena. diante da existência de muitos custos para a
promoção da acessibilidade do servidor em
§ 4º A pessoa com deficiência tem direito
seu local de trabalho.
à participação e ao acesso a cursos, treina-
mentos, educação continuada, planos de § 2º Os custos inerentes à adaptação do
carreira, promoções, bonificações e incenti- servidor com deficiência ao sistema “home
vos profissionais oferecidos pelo emprega- office” deverão ser suportados exclusiva-
dor, em igualdade de oportunidades com os mente pela Administração.
demais empregados.
Art. 27. Ao servidor ou terceirizado com defici-
§ 5º É garantida aos trabalhadores com de- ência é garantida adaptação ergonômica da sua
ficiência acessibilidade em cursos de forma- estação de trabalho.
ção e de capacitação.
Art. 28. Se houver serviço de saúde no órgão,
Art. 24. É garantido à pessoa com deficiência aos servidores com deficiência será garantido
acesso a produtos, recursos, estratégias, prá- atendimento compatível com as suas deficiên-
ticas, processos, métodos e serviços de tecno- cias.

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Seção IV ma “home office”, dever-se-á dar prioridade aos
DO HORÁRIO ESPECIAL servidores que tenham cônjuge, filho ou depen-
dente com deficiência e que manifestem inte-
Art. 29. A concessão de horário especial confor- resse na utilização desse sistema.
me o art. 98, § 2º, da Lei 8.112/1990 a servidor Art. 31. Se houver serviço de saúde no órgão, ao
com deficiência não justifica qualquer atitude cônjuge, filho ou dependente com deficiência
discriminatória. de servidor será garantido atendimento compa-
§ 1º Admitindo-se a possibilidade de acu- tível com as suas deficiências.
mulação de banco de horas pelos demais
servidores do órgão, também deverá ser Seção II
admitida a mesma possibilidade em relação DO HORÁRIO ESPECIAL
ao servidor com horário especial, mas de
modo proporcional. Art. 32. A concessão de horário especial confor-
me o art. 98, § 3º, da Lei 8.112/1990 a servidor
§ 2º Ao servidor a quem se tenha concedi- que tenha cônjuge, filho ou dependente com
do horário especial não poderá ser negado deficiência não justifica qualquer atitude discri-
ou dificultado, colocando-o em situação de minatória.
desigualdade com os demais servidores, o
exercício de função de confiança ou de car- § 1º Admitindo-se a possibilidade de acu-
go em comissão. mulação de banco de horas pelos demais
servidores do órgão, também deverá ser
§ 3º O servidor com horário especial não admitida a mesma possibilidade em relação
será obrigado a realizar, conforme o interes- ao servidor com horário especial, em igual-
se da Administração, horas extras, se essa dade de condições com os demais.
extensão da sua jornada de trabalho puder
ocasionar qualquer dano à sua saúde. § 2º Ao servidor a quem se tenha concedi-
do horário especial não poderá ser negado
§ 4º Se o órgão, por sua liberalidade, deter- ou dificultado, colocando-o em situação de
minar a diminuição da jornada de trabalho desigualdade com os demais servidores, o
dos seus servidores, ainda que por curto exercício de função de confiança ou de car-
período, esse mesmo benefício deverá ser go em comissão.
aproveitado de forma proporcional pelo
servidor a quem tenha sido concedido ho- § 3º O servidor com horário especial não
rário especial. será obrigado a realizar, conforme o interes-
se da Administração, horas extras, se essa
extensão da sua jornada de trabalho puder
ocasionar qualquer dano relacionado ao
CAPÍTULO IV seu cônjuge, filho ou dependente com de-
DAS DISPOSIÇÕES RELACIONADAS ficiência.
AOS SERVIDORES QUE TENHAM § 4º Se o órgão, por sua liberalidade, deter-
CÔNJUGE, FILHO OU DEPENDENTE minar a diminuição da jornada de trabalho
dos seus servidores, ainda que por curto
COM DEFICIÊNCIA
período, esse mesmo benefício deverá ser
aproveitado pelo servidor a quem tenha
Seção I
sido concedido horário especial.
DA FACILITAÇÃO DOS CUIDADOS
Art. 30. Se o órgão possibilitar aos seus servido-
res a realização de trabalho por meio do siste-

408 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Resolução nº 230/2016, do Conselho Nacional de Justiça – Prof. Rafael Ravazolo

CAPÍTULO V o afastamento de advertência pelo descum-


DISPOSIÇÕES FINAIS primento dos deveres descritos neste arti-
go.
Art. 33. Incorre em pena de advertência o servi-
§ 4º As práticas anteriores da Administração
dor, terceirizado ou o serventuário extrajudicial
Pública não justificam o afastamento de ad-
que:
vertência pelo descumprimento dos deve-
I – conquanto possua atribuições relaciona- res descritos neste artigo.
das a possível eliminação e prevenção de
Art. 34. Esta Resolução entra em vigor na data
quaisquer barreiras urbanísticas, arquitetô-
da sua publicação.
nicas, nos transportes, nas comunicações e
na informação, atitudinais ou tecnológicas, Ministro Ricardo Lewandowski
não se empenhe, com a máxima celeridade
possível, para a supressão e prevenção des-
sas barreiras;
II – embora possua atribuições relacionadas
à promoção de adaptações razoáveis ou ao
oferecimento de tecnologias assistivas ne-
cessárias à acessibilidade de pessoa com
deficiência – servidor, serventuário extraju-
dicial ou não –, não se empenhe, com a má-
xima celeridade possível, para estabelecer a
condição de acessibilidade;
III – no exercício das suas atribuições, tenha
qualquer outra espécie de atitude discrimi-
natória por motivo de deficiência ou des-
cumpra qualquer dos termos desta Resolu-
ção.
§ 1º Também incorrerá em pena de adver-
tência o servidor ou o serventuário extraju-
dicial que, tendo conhecimento do descum-
primento de um dos incisos do caput deste
artigo, deixar de comunicá-lo à autoridade
competente, para que esta promova a apu-
ração do fato.
§ 2º O fato de a conduta ter ocorrido em
face de usuário ou contra servidor do mes-
mo quadro, terceirizado ou serventuário ex-
trajudicial é indiferente para fins de aplica-
ção da advertência.
§ 3º Em razão da prioridade na tramitação
dos processos administrativos destinados
à inclusão e à não discriminação de pessoa
com deficiência, a grande quantidade de
processos a serem concluídos não justifica

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Matemática

Professor Dudan

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Matemática

CONJUNTOS NUMÉRICOS

Números Naturais (ℕ)

Definição: ℕ = {0, 1, 2, 3, 4,...}

Subconjuntos
ℕ* = {1, 2, 3, 4,...} naturais não nulos.

Números Inteiros (ℤ)

Definição: ℤ = {..., – 4, – 3, – 2, – 1, 0, 1, 2, 3, 4,...}

Subconjuntos
ℤ* = {..., – 4, – 3, – 2, – 1, 1, 2, 3, 4,...} inteiros não nulos.

ℤ + = {0, 1, 2, 3, 4,...} inteiros não negativos (naturais).

ℤ*+ = {1, 2, 3, 4,...} inteiros positivos.

ℤ- = {..., – 4, – 3, – 2, – 1, 0} inteiros não positivos.

ℤ*- = {..., – 4, – 3, – 2, – 1} inteiros negativos.

O módulo de um número inteiro, ou valor absoluto, é a distância da origem a esse ponto


representado na reta numerada. Assim, módulo de – 4 é 4 e o módulo de 4 é também 4.

|– 4| = |4| = 4

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Faça você:

1. Assinale V para as verdadeiras e F para as falsas


( ) 0 ∈ N ( ) 0 ∈ Z ( ) – 3 ∈ Z ( ) – 3 ∈ N ( )NcZ

2. Calcule o valor da expressão 3 – |3+ | – 3|+|3||.

Números Racionais (ℚ)

Definição: Será inicialmente descrito como o conjunto dos quocientes entre dois números
inteiros.
p
Logo ℚ = { | p ∈ ℤ e q ∈ ℤ*}
q

Subconjuntos
ℚ* à racionais não nulos.
ℚ + à racionais não negativos.
ℚ*+ à racionais positivos.
ℚ - à racionais não positivos.
ℚ*- à racionais negativos.

Faça você:
3. Assinale V para as verdadeiras e F para as falsas:
( ) 0,333... ∈ Z ( ) 0 ∈ Q* ( ) – 3 ∈ Q+
( ) – 3,2 ∈ Z ( ) N c Q ( ) 0,3444... ∈ Q*
( ) 0,72 ∈ N ( ) 1,999... ∈ N ( ) 62 ∈ Q
( ) Q c Z

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Matemática – Conjuntos Numéricos – Prof. Dudan

Frações, Decimais e Fração Geratriz


Decimais exatos
2 1
= 0,4 = 0,25
5 4

Decimais periódicos
1 7
= 0,333... = 0,3 = 0,777... = 0,7
3 9

Transformação de dízima periódica em fração geratriz

São quatro passos

1. Escrever tudo na ordem, sem vírgula e sem repetir.


2. Subtrair o que não se repete, na ordem e sem vírgula.
3. No denominador:
a) Para cada item “periódico”, colocar um algarismo “9”;
b) Para cada intruso, se houver, colocar um algarismo “0”.

Exemplos
a) 0,333... Seguindo os passos descritos acima: (03 – 0) = 3/9 = 1/3
9
b) 1,444... Seguindo os passos descritos acima: 14 – 1 = 13/9
9
c) 1,232323... Seguindo os passos descritos acima: 123 – 1 = 122/99
99
d) 2,1343434... Seguindo os passos descritos acima: 2134 – 21 = 2113/990
990

Números Irracionais (𝕀)

Definição: Todo número cuja representação decimal não é periódica.

Exemplos:
0,212112111... 1,203040... 2 π

Números Reais (ℝ)


Definição: Conjunto formado pelos números racionais e pelos irracionais.

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ℝ = ℚ ∪ 𝕀, sendo ℚ ∩ 𝕀 = Ø

Subconjuntos
ℝ* = {x ∈ R | × ≠ 0} à reais não nulos
ℝ + = {x ∈ R | × ≥ 0} à reais não negativos Q I

Z
ℝ*+ = {x ∈ R | × > 0} à reais positivos
N
ℝ- = {x ∈ R | × ≤ 0} à reais não positivos
ℝ*- = {x ∈ R | × < 0} à reais negativos

Números Complexos ( )
Definição: Todo número que pode ser escrito na forma a + bi, com a e b reais.

Exemplos:
3 + 2i – 3i – 2 + 7i

9 1,3 1,203040...

2 π

Resumindo:
Todo número é complexo.

Faça você:
4. Seja R o número real representado pela dízima 0,999...
Pode-se afirmar que:
a) R é igual a 1.
b) R é menor que 1.
c) R se aproxima cada vez mais de 1 sem nunca chegar.
d) R é o último número real menor que 1.
e) R é um pouco maior que 1.

416 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Conjuntos Numéricos – Prof. Dudan

5. Entre os conjuntos abaixo, o único formado apenas por números racionais é:


a)

b)

c)

d)

e)

6. Dados os conjuntos numéricos ℕ, ℤ, ℚ e ℝ, marque a alternativa que apresenta os


elementos numéricos corretos, na respectiva ordem.
a) – 5, – 6, – 5/6, .
b) – 5, – 5/6, – 6, .
c) 0, 1, 2/3, .
d) 1/5, 6, 15/2, .
e) , 2, 2/3, .

7. A lista mais completa de adjetivos que se aplica ao número −1+ 25 é:


2
a) Complexo, real, irracional, negativo.
b) Real, racional, inteiro.
c) Complexo, real, racional, inteiro, negativo.
d) Complexo, real, racional, inteiro, positivo.
e) Complexo, real, irracional, inteiro.

8. Observe os seguintes números.


I – 2,212121...
II – 3, 212223...
III – /5
IV – 3,1416
V – −4
Assinale a alternativa que identifica os números irracionais.
a) I e II
b) I e IV
c) II e III
d) II e V
e) III e V

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9. Se a = 5 , b = 33/25, e c = 1,323232..., a afirmativa verdadeira é
a) a<c<b
b) a<b<c
c) c<a<b
d) b<a<c
e) b<c<a

Gabarito: 1. * 2. * 3. * 4. A 5. B 6. C 7. D 8. C 9. E

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Matemática

TEORIA DOS CONJUNTOS (LINGUAGEM DOS CONJUNTOS)

Conjunto é um conceito primitivo, isto é, sem definição, que indica agrupamento de objetos,
elementos, pessoas, etc. Para nomear os conjuntos, usualmente são utilizadas letras maiúsculas
do nosso alfabeto.

Representações:
Os conjuntos podem ser representados de três formas distintas:
I – Por enumeração (ou extensão): Nessa representação, o conjunto é apresentado pela citação
de seus elementos entre chaves e separados por vírgula. Assim, temos:
•• O conjunto “A” das vogais –> A = {a, e, i, o, u}.
•• O conjunto “B” dos números naturais menores que 5 –> B = {0, 1, 2, 3, 4}.
•• O conjunto “C” dos estados da região Sul do Brasil –> C = {RS, SC, PR}

II – Por propriedade (ou compreensão): Nessa representação, o conjunto é apresentado por


uma lei de formação que caracteriza todos os seus elementos. Assim, o conjunto “A” das vogais
é dado por A = {x / x é vogal do alfabeto} –> (Lê-se: A é o conjunto dos elementos x, tal que x é
uma vogal)
Outros exemplos:
•• B = {x/x é número natural menor que 5}
•• C = {x/x é estado da região Sul do Brasil}
III – Por Diagrama de Venn: Nessa representação, o conjunto é apresentado por meio de uma
linha fechada de forma que todos os seus elementos estejam no seu interior. Assim, o conjunto
“A” das vogais é dado por:

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Classificação dos Conjuntos
Vejamos a classificação de alguns conjuntos:
•• Conjunto Unitário: possui apenas um elemento. Exemplo: o conjunto formados pelos
números primos e pares.
•• Conjunto Vazio: não possui elementos, é representado por ∅ ou, mais raramente, por { }.
Exemplo: um conjunto formado por elemento par, primo e diferente de 2.
•• Conjunto Universo (U): possui todos os elementos necessários para a realização de um
estudo (pesquisa, entrevista, etc.)
•• Conjunto Finito: um conjunto é finito quando seus elementos podem ser contados um a
um, do primeiro ao último, e o processo chega ao fim. Indica-se n(A) o número (quantidade)
de elementos do conjunto “A”.
Exemplo: A = {1, 4, 7, 10} é finito e n(A) = 4
•• Conjunto Infinito: um conjunto é infinito quando não é possível contar seus elementos do
primeiro ao último.

Relação de Pertinência

É uma relação que estabelecemos entre elemento e conjunto, em que fazemos uso dos
símbolos ∈ e ∉.
Exemplo:
Fazendo uso dos símbolos ∈ ou ∉, estabeleça a relação entre elemento e conjunto:

a) 10 ____ ℕ

b) – 4 ____ ℕ

c) 0,5 ____ 𝕀

d) – 12,3 ____ ℚ

e) 0,1212... ____ ℚ

f) 3 ____ 𝕀

g) −16 ____ ℝ

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Matemática – Teoria dos Conjuntos (Linguagem dos Conjuntos) – Prof. Dudan

Relação de Inclusão

É uma relação que estabelecemos entre dois conjuntos. Para essa relação, fazemos uso dos
símbolos ⊂, ⊄, ⊃ e ⊅.

Exemplos:
Fazendo uso dos símbolos de inclusão, estabeleça a relação entre os conjuntos:
a) ℕ _____ ℤ
b) ℚ _____ ℕ
c) ℝ _____ 𝕀
d) 𝕀 _____ ℚ

Observações:
•• Dizemos que um conjunto “B” é um subconjunto ou parte do conjunto “A” se, e somente
se, B ⊂ A.
•• Dois conjuntos “A” e “B” são iguais se, e somente se, A ⊂ B e B ⊂ A.
•• Dados os conjuntos “A”, “B” e “C”, temos que: se A ⊂ B e B ⊂ C, então A ⊂ C.

União, Intersecção e Diferença entre Conjuntos

Exemplos:
Dados os conjuntos A = {1, 3, 4, 5}, B = {2, 3, 4} e C = {4, 5, 10}. Determine:
a) A ⋂ B c) A – B e) A ⋂ B ⋂ C

b) A ⋃ B d) B – A f) A ⋃ B ⋃ C

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1. Numa sala há n pessoas. Sabendo que 75 pessoas dessa sala gostam de
matemática, 52 gostam de física, 30 pessoas gostam de ambas as matérias e
13 pessoas não gostam de nenhuma dessas matérias. É correto afirmar que
n vale:
a) 170
b) 160
c) 140
d) 100.
e) 110.

2. Uma pesquisa encomendada sobre a preferência entre rádios em determinada cidade,


obteve o seguinte resultado:
•• 50 pessoas ouvem a rádio Riograndense;
•• 27 pessoas escutam tanto a rádio Riograndense quanto a rádio Gauchesca;
•• 100 pessoas ouvem apenas uma dessas rádios;
•• 43 pessoas não escutam a rádio Gauchesca;
O número de pessoas entrevistadas foi:
a) 117
b) 127
c) 147
d) 177
e) 197

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Matemática – Teoria dos Conjuntos (Linguagem dos Conjuntos) – Prof. Dudan

3. Uma pesquisa sobre a inscrição em cursos de esportes tinha as seguintes


opções: A (Natação), B (Alongamento) e C (Voleibol) e assim foi montada a
tabela seguinte:

Cursos Alunos
Apenas A 9
Apenas B 20
Apenas C 10
AeB 13
AeC 8
BeC 18
A, B e C 3

Analise as afirmativas seguintes com base nos dados apresentados na tabela.


1. 33 pessoas se inscreveram em pelo menos dois cursos.
2. 52 pessoas não se inscreveram no curso A.
3. 48 pessoas se inscreveram no curso B.
4. O total de inscritos nos cursos foi de 88 pessoas.
A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é:
a) 1e2
b) 1e3
c) 3e4
d) 1, 2 e 3
e) 2, 3 e 4

4. Assinale a alternativa incorreta:


a) ℝ⊂𝕔
b) ℕ⊂ℚ
c) ℤ⊂ℝ
d) ℚ⊂ℤ
e) �⊂ℕ

Gabarito: 1. E 2. C 3. B 4. D

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Matemática

INTERVALOS NUMÉRICOS

O conjunto dos números reais é formado a partir da união dos conjuntos dos números Naturais,
Inteiros, Racionais e Irracionais.
Pode-se representar o conjunto dos números reais associando cada número x ϵ R a um ponto
de uma reta r.
Assim, se convencionarmos uma origem O, associando a ela o zero, adotamos uma unidade e
um sentido positivo para esta reta, teremos aquela que denominamos reta orientada.

Tipos de intervalo

Intervalos Limitados

Intervalo fechado:
Números reais maiores ou iguais a “a” e menores ou iguais a “b”.

Intervalo: [a, b]
Conjunto: {x ϵ R | a ≤ x ≤ b}
Exemplo: Represente o intervalo [ – 2; + 4]

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Intervalo aberto:
Números reais maiores do que a e menores do que b.

Intervalo: ]a, b[
Conjunto: {x ϵ R | a < x < b}
Exemplo: Represente o intervalo ( – 2; + 4)

Intervalo fechado à esquerda:


Números reais maiores ou iguais a a e menores do que b.

Intervalo: [a, b[
Conjunto: {x ϵ R | a ≤ x < b}
Exemplo: Represente o intervalo [ – 2; + 4)

Intervalo fechado à direita:


Números reais maiores do que a e menores ou iguais a b.

Intervalo: ]a, b]
Conjunto: {x ϵ R | a < x ≤ b}
Exemplo: Represente o intervalo ( – 2; + 4]

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Matemática – Intervalos Numéricos – Prof. Dudan

Intervalos ilimitados

Semirreta esquerda, fechada, de origem b:


Números reais menores ou iguais a b.

Intervalo: ] – ∞ ,b]
Conjunto: {x ϵ R | x ≤ b}
Exemplo: Represente o intervalo ( – ∞; + 4]

Semirreta esquerda, aberta, de origem b:


Números reais menores que b.

Intervalo: ] – ∞ ,b[
Conjunto: {x ϵ R | x < b}
Exemplo: Represente o intervalo ( – ∞; +4)

Semirreta direita, fechada, de origem a:


Números reais maiores ou iguais a a.

Intervalo: [a,+ ∞ [
Conjunto: {x ϵ R | x ≥ a}

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Exemplo: Represente o intervalo [ – 2; + ∞)

Semirreta direita, aberta, de origem a:


Números reais maiores que a.

Intervalo: ]a, +∞ [
Conjunto: {x ϵ R | x > a}
Exemplo: Represente o intervalo ( – 2; + ∞)

Reta numérica:
Números reais.

Intervalo: ] – ∞ ,+ ∞ [
Conjunto: R

Exercicios:

1. Se A = {x ϵ IR; –1 < x < 2} e B = {x ϵ IR; 0 ≤ x < 3}, o conjunto A ∩ B é o intervalo:


a) [0; 2[
b) ]0; 2[
c) [–1; 3]
d) ]–1; 3[
e) ]–1; 3]

2. Para o intervalo A = [–2, 5], o conjunto A ∩ IN* é igual a:


a) {–2,–1, 1, 2, 3, 4, 5}
b) {1, 2, 3, 4, 5}
c) {1, 5}

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Matemática – Intervalos Numéricos – Prof. Dudan

d) {0, 1, 2, 3, 4, 5}
e) ]1, 5]

3. A diferença A – B, sendo A = {x ϵ IR; – 4 ≤ x ≤ 3} e B = {x ϵ IR; – 2 ≤ x < 5} é igual a:


a) {x ϵ IR; – 4 ≤ x < – 2}
b) {x ϵ IR; – 4 ≤ x ≤ – 2}
c) {x ϵ IR; 3 < x < 5}
d) {x ϵ IR; 3 ≤ x ≤ 5}
e) {x ϵ IR; – 2 ≤ x < 5}

4. Dados os conjuntos A = [1, 3[ e B = ]2, 9], os conjuntos (A U B), (A ∩ B) e (A – B) são,


respectivamente:
a) [1, 9], ]2, 3[, [1, 2]
b) ]1, 9], ]2, 3[, ]1, 2]
c) ]1, 9[, ]2, 3[, ]1, 2]
d) [1, 9], ]2, 3], [1, 2]
e) [1, 9], [2, 3], [1, 2]

Gabarito: 1. A 2. B 3. A 4. A

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Matemática

NÚMEROS PRIMOS

Por definição, os números primos são números pertencentes ao conjunto dos números naturais
não nulos, que possuem exatamente apenas dois divisores naturais distintos, o número 1 e o
próprio número.
Segundo essa definição, o número 1 não é um número primo, pois não apresenta dois divisores
distintos. Seu único divisor é o próprio 1.
O número 2 é o único número primo par, já que todos os demais números pares possuem ao
menos 3 divisores, dentre eles a unidade, o próprio número e o número 2.
Números naturais não nulos que possuem mais de dois divisores são chamados de números
compostos.

Exemplos:
a) 2 tem apenas os divisores 1 e 2, portanto 2 é um número primo.
b) 17 tem apenas os divisores 1 e 17, portanto 17 é um número primo.
c) 10 tem os divisores 1, 2, 5 e 10, portanto 10 não é um número primo.

Observações:
•• 1 não é um número primo, porque ele tem apenas um divisor que é ele mesmo.
•• 2 é o único número primo que é par.
Os números que têm mais de dois divisores são chamados números compostos.

Exemplo:
15 tem mais de dois divisores → 15 é um número composto.

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Como identificar se um número é primo?

Iremos testar a divisibilidade do número por cada um dos números primos, iniciando em 2, até
que a divisão tenha resto zero ou que o quociente seja menor ou igual ao número primo que se
está testando como divisor.
Vamos testar se o número 17 é primo ou não:
17 ÷ 2 = 8, resta 1;
17 ÷ 3 = 5, restam 2;
17 ÷ 5 = 3, restam 2.
Nesse ponto, já podemos ter a certeza de que o número 17 é primo, pois nenhum dos divisores
primos testados produziu resto 0 e o quociente da divisão pelo número primo 5 é igual a 3 que
é menor que o divisor 5.
Vejamos agora se o número 29 é primo ou não:
29 ÷ 2 = 14, resta 1;
29 ÷ 3 = 9, restam 2;
29 ÷ 5 = 5, restam 4.
Como nesse ponto, quociente da divisão de 29 pelo número primo 5 é igual ao próprio divisor
5, podemos afirmar com certeza que o número 29 é primo, pois nenhum dos divisores primos
testados resultou em uma divisão exata.
E o número 161?
Ele não é par, portanto não é divisível por 2;
1 + 6 + 1 = 8, portanto não é divisível por 3;
Ele não termina em 0 nem em 5, portanto não é divisível por 5;
Quando dividido por 7 ÷ 161 / 7 = 23, com resto zero, logo 161 é divisível por 7, e portanto não
é um número primo.
E o número 113:
Ele não é par, portanto não é divisível por 2;
1 + 1 + 3 = 5, portanto não é divisível por 3;
Ele não termina em 0 nem em 5, portanto não é divisível por 5;
Se dividido por 7 ÷ 113 / 7 = 16, com resto 1. O quociente (16) ainda é maior que o divisor (7).
Agora dividido por 11 ÷ 113 / 11 = 10, com resto 3. O quociente (10) é menor que o divisor (11),
e, além disso, o resto é diferente de zero (o resto vale 3), portanto 113 é um número primo.

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Matemática – Números Primos e Primos Entre Si – Prof. Dudan

O que são números primos entre si?

Um resultado na teoria de números é que todo número natural, maior que 1, pode ser escrito
como um produto, em que os fatores são todos números primos.
Por exemplo, (2.2.5) é a decomposição do número 20 em fatores primos, isto é, 20 = 2.2.5
Deve-se observar que, se o número em questão for um número primo, então a decomposição
será o próprio número.
Por exemplo, 7 será a decomposição em fatores primos do número 7.
Assim, se após a decomposição de dois números naturais a e b (maiores que 1), em fatores
primos, não houver fatores comuns; então a e b serão denominados números primos entre si.
Observe que 20 e 21 são números primos entre si, pois 20 = 2.2.5 e 21 = 3.7;
Já os números 15 e 21 não são primos entre si, pois 15 = 3.5 e 21 = 3.7
Resumindo: Um conjunto de números inteiros é chamado de mutuamente primo se não existir
um inteiro maior do que 1 que divida todos os elementos.
Assim chamamos de números primos entre si um conjunto de dois ou mais números naturais
cujo único divisor comum a todos eles seja o número 1.

Exemplo:
Os divisores do número 10 são: 1, 2, 5 e 10.
Os divisores de 20 são: 1, 2, 4, 5, 10 e 20.
Os divisores de 21 são: 1, 3, 7 e 21.
Podemos então afirmar que, juntos, os números 10, 20 e 21 são primos entre si, ou mutuamente
primos, já que o único divisor comum a todos eles continua sendo o número 1.
Observe, no entanto que os números 10 e 20 não são números primos, pois os números 1, 2, 5
e 10 são divisores comuns aos dois.
Em síntese, para sabermos se um conjunto de números são primos entre si, ou mutuamente
primos, basta calcularmos o seu máximo divisor comum (MDC). Se for 1, todos números do
conjuntos serão primos entre si.
Regra prática para descobrir se dois números naturais são primos entre si:
Seriam os números 49 e 6 primos entre si?
46
Se colocarmos 49 e 6 na forma de fração , não dá para simplificar por nenhum número,
logo temos uma fração IRREDUTÍVEL. 6

Assim, dizemos que 49 e 6 são PRIMOS ENTRE SI.

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Matemática

OPERAÇÕES MATEMÁTICAS

Observe que cada operação tem nomes especiais:


•• Adição: 3 + 4 = 7, em que os números 3 e 4 são as parcelas e o número 7 é a soma ou total.
•• Subtração: 8 – 5 = 3, em que o número 8 é o minuendo, o número 5 é o subtraendo e o
número 3 é a diferença.
•• Multiplicação: 6 × 5 = 30, em que os números 6 e 5 são os fatores e o número 30 é o
produto.
•• Divisão: 10 ÷ 5 = 2, em que 10 é o dividendo, 5 é o divisor e 2 é o quociente. Nesse caso o
resto da divisão é ZERO.

Regra de sinais da adição e subtração de números inteiros

•• A soma de dois números positivos é um número positivo.


(+ 3) + (+ 4) = + 7, na prática eliminamos os parênteses. + 3 + 4 = + 7

•• A soma de dois números negativos é um número negativo.


(-3) + (-4) = – 7, na prática eliminamos os parênteses. – 3 – 4 = – 7

•• Se adicionarmos dois números de sinais diferentes, subtraímos seus valores absolutos e


damos o sinal do número que tiver o maior valor absoluto.
(– 4) + (+ 5) = + 1, na prática eliminamos os parênteses. – 4 + 5 = 1 assim, 6 – 8 = – 2.

•• Se subtrairmos dois números inteiros, adicionamos ao 1º o oposto do 2º número.


(+ 5) – (+ 2) = (+ 5) + (– 2) = + 3, na prática eliminamos os parênteses escrevendo o oposto
do segundo número, então: + 5 – 2 = + 3 (o oposto de +2 é – 2)
(– 9) – (- 3) = – 9 + 3 = – 6
(– 8) – (+ 5) = – 8 – 5 = – 13

DICA
Na adição e subtração, quando os sinais forem iguais, somamos os números e
conservamos o mesmo sinal, quadno os sinais forem diferentes, diminuimos os
números e conservamos o sinal do maior valor absoluto.

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1. Calcule:
a) – 3 + 5 = b) + 43 – 21 =

c) – 9 – 24 = d) – 25 + (– 32) =

e) + 5 – 14 = f) + 7 + (– 4) =

g) – 19 – (– 15) = h) + 7 – (– 2) =

i) + 9 – 5 = j) – 8 + 4 + 5 =

k) – 9 – 1 – 2 = l) + (-6) – (+3) + 5 =

Regra de sinais da multiplicação e divisão de números inteiros


•• Ao multiplicarmos ou dividirmos dois números de sinais positivos, o resultado é um
número positivo.
a) (+ 3) × (+ 8) = + 24
b) (+12) ÷ (+ 2) = + 6

•• Ao multiplicarmos ou dividirmos dois números de sinais negativos, o resultado é um


número positivo.
a) (– 6) × (– 5) = + 30
b) (– 9) ÷ (– 3) = + 3

•• Ao multiplicarmos ou dividirmos dois números de sinais diferentes, o resultado é um


número negativo.
a) (– 4) × (+ 3) = – 12
b) (+ 16) ÷ (– 8) = – 2

DICA
Na multiplicação/divisão, quando os dois sinais forem iguais, o resultado é (+), e
quando forem diferentes, o resultado é (–).

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Matemática – Operações Básicas – Prof. Dudan

2. Calcule os produtos e os quocientes:


a) (– 9) × (– 3) = b) 4 ÷ (– 2) = c) – 6 × 9 =

d) (– 4) ÷ (– 4) = e) 12 ÷ (– 6) = f) – 1 × (– 14) =

g) (+ 7) × (+ 2) = h) (– 8) ÷ (– 4) = i) – 5 x (- 4) ÷ 2 =

3. Efetue os cálculos a seguir:


a) 2085 – 1463 = b) 700 + 285 = c) 435 x 75 =

d) 4862 ÷ 36 = e) 3,45 – 2,4 = f) 223,4 + 1,42 =

g) 28,8 ÷ 4 = h) 86,2 x 3 =

Potenciação e Radiciação
•• No exemplo 72 = 49 temos que: 7 é a base, 2 é o expoente e 49 é a potência.
•• A potência é uma multiplicação de fatores iguais: 72 = 7 x 7 = 49
•• Todo número inteiro elevado a 1 é igual a ele mesmo:
1
Ex.: a) (– 4) = – 4 b) (+ 5)1 = 5
•• Todo número inteiro elevado a zero é igual a 1.
0
Ex.: a) (– 8) = 1 b) (+ 2)0 = 1

•• No exemplo 3 8 = 2 temos que: 3 é o índice da raiz, 8 é o radicando, 2 é a raiz e o símbolo


é o radical.
2
Ex.: a) 5 = 25 b) 23 = 8 c) 34 = 81
d) 4 625 = 5 e) 64 = 8 f) 3 27 = 3

Regra de sinais da potenciação de números inteiros


•• Expoente par com parênteses: a potência é sempre positiva.
Exemplos: a) (– 2)4 = 16, porque (– 2) × (– 2) × (– 2) × (– 2) = + 16
b) (+ 2)² = 4, porque (+ 2) × (+ 2) = + 4

•• Expoente ímpar com parênteses: a potência terá o mesmo sinal da base


3
Exemplos: a) (– 2) = – 8, porque ( – 2) × (– 2) × ( – 2) = – 8
5
b) (+ 2) = + 32, porque (+ 2) × (+ 2) × (+ 2) × (+ 2) × (+ 2) = + 32

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•• Quando não tiver parênteses, conservamos o sinal da base independente do expoente.
Exemplos: a) – 2² = – 4
b) – 23 = – 8
c) + 3² = 9
3
d) + 5 = + 125

4. Calcule as potências:
a) 3² = b) (– 3)² =

c) – 3² = d) (+ 5)3 =

e) (– 6)² = f) – 43 =

g) (– 1)² = h) (+ 4)² =

i) (– 5)0 = j) – 7² =

k) (– 2,1)² = l) – 1,13 =

m) (–8)² = n) – 8² =

Propriedades da Potenciação

•• Produto de potência de mesma base: Conserva-se a base e somam-se os expoentes.


Exemplos:
a) a3 x a4 x a2 = a9
b) (– 5)2 x (– 5) = (– 5)3
c) 3 x 3 x 32 = 34

•• Divisão de potências de mesma base: Conserva-se a base e subtraem-se os expoentes.


Exemplos:
a) b5 ÷ b2 = b3
b) (– 2)6 ÷ (– 2)4 = (– 2)2
c) (– 19)15 ÷ (– 19)5 = (– 19)10

•• Potência de potência: Conserva-se a base e multiplicam-se os expoentes.


Exemplos:
a) (a2)3 = a6
b) [(– 2)5]2 = (– 2)10

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Matemática – Operações Básicas – Prof. Dudan

•• Potência de um produto ou de um quociente: Multiplica–se o expoente de cada um dos


elementos da operação da multiplicação ou divisão pela potência indicada.
Exemplos:
a) [(– 5)2 x (+ 3)4]3 = (– 5)6 x (+ 3)12
b) [(– 2) ÷ (– 3)4]2 = (– 2)2 ÷ (– 3)8

Expressões numéricas
Para resolver expressões numéricas, é preciso obedecer a seguinte ordem:
1º resolvemos as potenciações e as radiciações na ordem em que aparecem.
2º resolvemos as multiplicações e as divisões na ordem em que aparecem.
3º resolvemos as adições e as subtrações na ordem em que aparecem.

Caso contenha sinais de associação:


1º resolvemos os parênteses ( )
2º resolvemos os colchetes [ ]
3º resolvemos as chaves { }

5. Calcule o valor das expressões numéricas:


a) 6² ÷ 3² + 10² ÷ 50 =

b) 20 + 23 × 10 – 4² ÷ 2 =

c) 100 + 1000 + 10000 =

d) 5² – 5 × 15 + 50 × 53 =

e) 53 – 2² × [24 + 2 × (23 – 3)] + 100 =

f) 2 × {40 – [15 – (3² – 4)]} =

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Simplificação de frações

•• Para simplificar uma fração, divide-se o numerador e o denominador da fração por um


mesmo número.
Exemplo:
a) 6 ÷ 2 = 3
14 2 7
2
b) 40 ÷ 2 = 20 ÷ 2 = 10 ou 40 ÷ 4 = 10
12 2 6 3 12 4 3
•• Quando o numerador é divisível pelo denominador, efetua-se a divisão e se obtém um
número inteiro.
Exemplo:
a) 100 = – 4
-25
b) 299 = 13
23

6. Simplifique as frações, aplicando a regra de sinais da divisão:

a) – 75 b) – 48 c) – 36 d) – 10
50 84 2 15

A relação entre as frações decimais e os números decimais

•• Para transformar uma fração decimal em número decimal, escrevemos o numerador da


fração e o separamos com uma vírgula, deixando tantas casas decimais quanto forem os
zeros do denominador.
Exemplo: a) 48 = 4,8 b) 365 = 3,65 c) 98 = 0,098 d) 678 = 67,8
10 100 1.000 10

•• Para transformar um número decimal em uma fração decimal, colocamos no denominador


tantos zeros quanto forem os números depois da vírgula do número decimal.

Exemplo: a) 43,7 = 437 b) 96,45 = 9.645 c) 0,04 = 4 d) 4,876 = 4.876


10 100 100 1.000

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Matemática – Operações Básicas – Prof. Dudan

Adição e subtração de frações


Com o mesmo denominador
•• Sendo os denominadores iguais, basta somar ou diminuir os numeradores.
Exemplo: a) 21 – 4 + 9 = 26 simplificando 26 = 13 b) 1 + 3 = 4 = 1
6 6 6 6 6 3 4 4 4

Com denominadores diferentes


•• Sendo os denominadores diferentes, é preciso encontrar as frações equivalentes às frações
dadas, de modo que os denominadores sejam iguais, uma maneira prática é encontrar o
MMC dos denominadores. Veja:
2 4
3 – 5 , o MMC de 3 e 5 é 15. Para encontrar os novos numeradores, dividímos o MMC (15) pelo
denominador da primeira fração e multiplicamos o resultado da divisão pelo seu numerador:
15 ÷ 3 = 5 x 2 = 10. Assim procedemos com as demais frações, então: 2 – 4 = 10 – 12
3 5 15 15
2
Observe que a fração 10 é equivalente à fração e a fração 12 é equivalente a fração 4
15 3 15 5
Por fim, efetuamos o cálculo indicado entre 10 – 12 = – 2
15 15 15

7. Calcule o valor das expressões e simplifique quando for possível:

a) – 3 + 2 – 5 – 5 b) 7 + 2 – 1
4 10 2 10 3 4

Multiplicação e divisão de frações


•• Para multiplicar frações, basta multiplicar os numeradores entre si e os denominadores
entre si também.
Exemplo: a) 2 x �– 3 � = – 6 simplificando – 3
5 4 20 10

•• Para dividir frações, basta multiplicar a primeira fração pelo inverso da segunda.
1
3 3 7 21 2
5
Exemplo: a) – ÷ = – x = – b) _____
=– 1 x 5 – 5
8 7 8 5 40 3 2 3 6

5

DICA
Dividir por um número é multiplicar pelo seu inverso!

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8. Efetue e simplifique quando for possível:
a) 4 ÷ �– 2 � b) – 1 �– 3 � 2 c) (– 4) ÷ �– 3 � d)
7 5 2 4 3 8

9. Aplique seus conhecimentos e calcule o valor das expressões numéricas. Observe


as operações indicadas, a existência de sinais de associação e tenha cuidado com as
potências.

a) (– 1 – 2 – 3 – 4 – 5) ÷ (+ 15) =

b) (8 + 10 ÷ 2 – 12) ÷ (– 4 + 3) =

c) – 3 – {– 2 – [(- 35) ÷ 25 + 2]} =

d) 4 – {(– 2) × (– 3) – [– 11 + (– 3) × (– 4)] – (– 1)} =

e) – 2 + {– 5 – [- 2 – (– 2) – 3 – (3 – 2) ] + 5} =

f) – 15 + 10 ÷ (2 – 7) =

10. Efetue os cálculos a seguir:

a) 2075 – 2163 b) 740 – 485 c) 415 × 72

d) 1548 ÷ 36 e) 13,46 – 8,4 f) 223,4 + 1,42

g) 3,32 × 2,5 h) 86,2 × 3 i) 78,8 ÷ 4

j) 100 ÷ 2,5 k) 21,2 ÷ 0,24 l) 34,1 ÷ 3,1

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Matemática – Operações Básicas – Prof. Dudan

Potenciação e radiciação de frações


•• Para elevarmos uma fração a uma determinada potência, determina-se a potenciação do
numerador e do denominador obedecendo as regras de sinais da potenciação.
Exemplo: a) � – 2 � = + 4 b) � – 1 � = – 1 c) �+ 3 � = 27
2 3 3
3 9 4 64 5 125
•• Um número racional negativo não tem raiz de índice par no conjunto Q, se o índice for
ímpar pode ter raiz positiva ou negativa.
Exemplo: a) - 36 = ∉ Q
b) 4 -81 = ∉ Q
•• Já o índice ímpar admite raiz nagativa em Q.
Exemplo: a) 3 -64 = – 4, porque (- 4)3 = – 64
5
b) 5 -32 = – 2, porque (- 2) = – 32

Expoente negativo

Todo número diferente de zero elevado a um expoente negativo é igual ao inverso do mesmo
número com expoente positivo.
Exemplo: a) 1 = 1 b) 4-3 = 1 = 1 c) �– 2 �-2 = �– 4 �2 = + 16
7² 49 4³ 64 4 2 4

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Matemática

FRAÇÕES

Definição

Fração é um modo de expressar uma quantidade a partir de uma razão de dois números
inteiros. A palavra vem do latim fractus e significa partido, dividido ou quebrado (do verbo
frangere: quebrar).
Também é considerada parte de um inteiro que foi dividido em partes exatamente iguais. As
frações são escritas na forma de números e na forma de desenhos. Observe alguns exemplos:

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Na fração, a parte de cima é chamada de numerador e indica quantas partes do inteiro foram
utilizadas.
A parte de baixo é chamada de denominador, que indica a quantidade máxima de partes em
que fora dividido o inteiro e nunca pode ser zero.

Ex.: Uma professora tem que dividir três folhas de papel de seda entre quatro alunos, como ela
pode fazer isso?
Se cada aluno ficar com 3/4 (lê-se três quartos) da folha. Ou seja, você vai dividir cada folha em
4 partes e distribuir 3 para cada aluno.
Assim, por exemplo, a fração 56/8 (lê-se cinquenta e seis oitavos) designa o quociente de 56
por 8. Ela é igual a 7, pois 7 × 8 = 56.

Relação entre frações decimais e os números decimais


Para transformar uma fração decimal (de denominador 10) em um número decimal, escrevemos
o numerador da fração e o separamos com uma vírgula, deixando tantas casas decimais à
direita quanto forem os zeros do denominador.
Exemplo: 48 /10 = 4,8 365 / 100 = 3,65
98/1000 = 0,098 678 / 10 = 67,8
Para a transformação contrária (decimal em fração decimal), colocamos no denominador
tantos zeros quantos forem os números à direita da vírgula no decimal.
Exemplo: 43,7 = 437 / 10 96,45 = 9645/ 100
0,04 = 4 / 100 4,876 = 4876 / 1000

SIMPLIFICAÇÃO de FRAÇÕES
Para simplificar uma fração, se possível, basta dividir o numerador e o denominador por um
mesmo número se eles não são números primos entre si.
Exemplos:

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Matemática – Frações – Prof. Dudan

COMPARAÇÃO entre FRAÇÕES


Se duas frações possuem denominadores iguais, a maior fração é a que possui maior numerador.
Por exemplo:
3 < 4
5 5

Para estabelecer comparação entre frações, é preciso que elas tenham o mesmo denominador.
Isso é obtido por meio do menor múltiplo comum.
Exemplo:

Na comparação entre frações com denominadores diferentes, devemos usar frações


equivalentes a elas e de mesmo denominadores, para assim, compará-las.
O M.M.C entre 5 e 7 é 35, logo:

Assim, temos que

ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO
•• Sendo os denominadores iguais, basta somar ou subtrair os numeradores e manter o
denominador.
Exemplos:

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•• Se os denominadores forem diferentes será necessário encontrar frações equivalentes
(proporcionais) que sejam escritas no mesmo denominador comum. Usaremos o M.M.C, veja:
Exemplo:

O M.M.C de 3 e 5 é 15. Em seguida, divide-se o M.M.C pelo denominador original de cada


fração e multiplica-se o resultado pelo numerador, obtendo, assim, uma fração equivalente.
Observe que, com isso, temos :

Por fim, efetuamos o cálculo:

Exemplo:

Exemplo: Calcule o valor das expressões e simplifique quando for possível:

a) −3 + 2 − 5 − 5
4 10 2 10

7 1
b) +2−
3 4
⎛ 1 1⎞ ⎛ 5 3⎞
c) ⎜ + ⎟ − ⎜ − ⎟
⎝ 3 2⎠ ⎝ 6 4⎠

d)
1
2
(
+ −0,3 )

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Matemática – Frações – Prof. Dudan

MULTIPLICAÇÃO e DIVISÃO
Para multiplicar frações, basta multiplicar os numeradores entre si e fazer o mesmo entre os
denominadores, independente de serem iguais ou não.
Exemplo:

Para dividir as frações, basta multiplicar a primeira fração pelo inverso da segunda fração.
Exemplo:

Exemplos: Efetue e simplifique quando for possível:

1
−1−
4 ⎛ 2⎞ 1 ⎛ −3 ⎞ 2 ⎛ −3 ⎞
a) ÷ −
7 ⎜⎝ 5 ⎟⎠
b)
⎜ ⎟
2⎝ 4 ⎠ 3
( )
c) −4 ÷ ⎜
⎝ 8⎠ ⎟   d)
7
3 ⎛ −1 ⎞

6 ⎜⎝ 3 ⎟⎠

→ Potenciação e radiciação de frações


Para elevarmos uma fração à determinada potência, basta aplicarmos a potência no numerador
e no denominador, respeitando as regras dos sinais da potenciação.
Exemplo:

2 2
⎛ 2 ⎞ ⎛ 22 ⎞ 4 ⎛ 4 ⎞ ⎛ 42 ⎞ 16
= ⎜ ⎟
⎜⎝ 3 ⎟⎠ ⎝ 3 ⎠ 9= − = ⎜ +
⎜⎝ 9 ⎟⎠ ⎝ 9 ⎠ ⎟ = +
2 2
81

3 2 2
⎛ 3 ⎞ ⎛ 33 ⎞ 27 ⎛ 12 ⎞ ⎛ 3 ⎞ ⎛ 32 ⎞ 9
⎜⎝ 5 ⎟⎠ = ⎜⎝ + 53 ⎟⎠ = + 125 ⎜⎝ − 8 ⎟⎠ = ⎜⎝ − 2 ⎟⎠ = ⎜⎝ + 22 ⎟⎠ = 4

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Caso seja necessário aplicar um radical numa fração, basta entender que: “a raiz da fração é a
fração das raízes.”
Exemplos:

Exemplo: Calcule o valor das expressões:

Questões:

1. João e Tomás partiram um bolo retangular. João comeu a metade da terça parte e Tomás comeu
a terça parte da metade. Quem comeu mais?
a) João, porque a metade é maior que a terça parte.
b) Tomás.
c) Não se pode decidir porque não se conhece o tamanho do bolo.
d) Os dois comeram a mesma quantidade de bolo.
e) Não se pode decidir porque o bolo não é redondo.

2. Dividir um número por 0,0125 equivale a multiplicá-lo por:


a) 1/125.
b) 1/8.
c) 8.
d) 12,5.
e) 80.

Gabarito: 1. D 2. E

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Matemática

POTÊNCIAS

A potenciação indica multiplicações de fatores iguais.


Por exemplo, o produto 3 . 3 . 3 . 3 pode ser indicado na forma 34. Assim, o símbolo an, sendo
a um número inteiro e n um número natural, n > 1, significa o produto de n fatores iguais a a:

an = a . a . a . ... . a
n fatores

Exemplo:
26 = 64, onde,
2 = base
6 = expoente
64 = potência

Exemplos:
a) 54 = 5 . 5 . 5 . 5 . = 625
•• 5 é a base;
•• 4 é o expoente;
•• 625 é a potência
b) ( – 6) = ( – 6) . ( – 6) = 36
2

•• – 6 é a base;
•• 2 é o expoente;
•• 36 é a potência
3
c) ( – 2) = ( – 2) . ( – 2) . ( – 2) = – 8
•• – 2 é a base;
•• 3 é o expoente;
•• – 8 é a potência
1
d) 10 = 10
•• 10 é a base;
•• 1 é o expoente;
•• 10 é a potência

www.acasadoconcurseiro.com.br 451
Casos especiais:

a1 = a 1n = 1 a0 = 1
a ≠ 0

Exemplo: Calcule as potências.


a) 52 = b) – 52 = c) ( – 5)2 =
3
d) – 5 = e) ( – 5)3 = f) – 18 =
3
g) – ( – 5) = h) (√3)0 = i) – 100 =

j) – 3³ = k) ( – 3)³ = l) – 3²=
0 0
m) ( – 3)² = n) ( – 3) = o) – 3 =

Potências “famosas”
21 = 2 3¹ = 3 5¹= 5
2² = 4 3² = 9 5² = 25
2³ = 8 3³ = 27 5³ = 125
24 = 16 34 = 81 54 = 625
25 = 32 35 = 243
26 = 64
27 = 128
28 = 256
29 = 512
210 = 1024

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Matemática – Potências – Prof. Dudan

Potências de base “dez”

“n” inteiro e positivo “n” inteiro e positivo

10n = 10000...0 10n = 0,0000...001


“n” zeros “n” algarismos

Exemplos:
a) 104 = 10000 d) 10-5 = 0,00001
b) 106 = 1000000 e) 10-2 = 0,01
c) 103 = 1000 f) 10-1 = 0,1

Exemplo: Analise as sentenças abaixo e assinale a alternativa que completa os parênteses


corretamente e na ordem correta.
4 4 4 4 5
( )4 +4 +4 +4 =4
( ) 320 + 320 + 320 = 920
( ) 27 + 27 = 28
( ) 53 + 53 + 53 + 53 + 53 = 515
a) V–F–F–F
b) V–V–V–V
c) F–V–F–V
d) V–F–V–F
e) F–V–V–F
Exemplo: Qual o dobro de 230?
30
a) 4
b) 260
c) 460
d) 231
e) 431
Exemplo: Qual é a metade de 2100?
a) 250
b) 299
c) 1100
d) 150
e) 225

www.acasadoconcurseiro.com.br 453
Propriedades de potências

Produto de potências de mesma base


Na multiplicação de potências de bases iguais, conserva-se a base e somam-se os expoentes.

ax . ay = ax + y

Exemplos:

a) 2 . 2 = 2 = 2 = 32
3 2 3+2 5

b) 54 . 5 = 54 + 1 = 55
c) 2x . 26 = 2x + 6
d) 24 . 2-3 = 24 + (-3) = 24 - 3 = 21 = 2
e) 37 . 3-7 = 37 + (-7) = 37 - 7 = 30 = 1
f) xn . x-n = xn + (-n) = xn - n = x0 = 1
g) 8 . 2x = 23 . 2x = 23 + x
h) 2x . 2x = 2x + x = 22x

Observação: A propriedade aplica-se no sentido contrário também

am + n = am . an
Exemplo:
= 2x . 22 = 2x . 4 = 4 . 2x
x+2
a) 2
b) 32x = 3x + x = 3x . 3x = (3x)2
c) 5m + x = 5m . 5x
d) 42 + n = 42 . 4n = 16 . 4n

Observação: Somente podemos aplicar essa propriedade quando as bases são iguais.
25 . 32 ≠ 65 + 2 (não há propriedade para esses casos)

Não é possível multiplicar as bases quando houver expoente (não há propriedade para esses
casos)
Exemplos:
a) 2 . 6x ≠ 12x
b) 32 . 3x = 32 + x

454 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Potências – Prof. Dudan

Divisão de potências de mesma base


Na divisão de potências de bases iguais, conserva-se a base e subtraem-se os expoentes.

ax ÷ ay = ax - y
OU

ax = a x - y
ay
Exemplos:
a) 710 ÷ 78 = 710 - 8 = 72 = 49
b) 32 ÷ 3-5 = 32- (-5) = 32 + 5 = 37
c) 102x ÷ 10x = 102x - x = 10x
d) 20 ÷ 25 = 20 - 5 = 2-5
103x
e) = 103x - x = 102x
10x
f) 13x ÷ 13x + 2 = 13x - (x + 2) = 13x - x - 2 = 13- 2
g) 53 ÷ 53 = 53 - 3 = 50 = 1
h) 43 ÷ 48 = 43 - 8 = 4-5
i) 11-5 ÷ 113 = 11-5 - 3 = 11- 8
x5n
j) = x5n - 10n = x-5n
x10n

A propriedade aplica-se no sentido contrário também.

am - n = am ÷ an
Exemplos:
x-2 x 2 x x
a) 2 = 2 ÷ 2 = 2 ÷ 4 = 2 /4
b) 5m-x = 5m ÷ 5x = 5m/5x
c) 42 - n = 42 ÷ 4n = 16 + 4n = 16/4n

www.acasadoconcurseiro.com.br 455
Potência de potência
Quando uma potência está elevada a algum expoente, conserva-se a base e multiplica-se o
expoente.

(ax)y = axy
Exemplos:

a) (22)3 = 22 . 3 = 26 = 128
b) (33x)2 = 36x
c) (54 + x)3 = 512+3x
d) (77)0 = 77 . 0 = 70 = 1
e) (2-3)2 = 2(-3) . 2 = 2-6

Cuidado!
n
(am)n ≠ am
Exemplo:
2
(23)2 ≠ 23   →  26 ≠ 29  →  128 ≠ 512

Potência de mesmo expoente


O produto de dois números quaisquer a e b, ambos elevados a um expoente n, conserva-se o
expoente e multiplicam-se as bases.

an . bn = (a . b)n
Exemplos:
a) (3 . 2)3 = 33 . 23 = 27 . 8 = 216
b) (5x)2 = 52 . x2 = 25x2
c) ( – 2ab)4 = ( – 2)4 . a4 . b4 = 16 a4 . b4
d) (x2y3)4 = (x2)4 . (y3)4 = x8 . y12
e) 57 . 27 = (5 . 2)7 = 107
f) (4 . a3 . b5)2 = 42 . (a3)2 . (b5)2 = 16 . a6 . b10

Exemplo: A soma dos algarismos do produto 421 . 540 é:

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Matemática – Potências – Prof. Dudan

Divisão de mesmo expoente


A divisão de dois números quaisquer a e b, ambos elevados a um expoente n, conserva-se os
expoentes e dividem-se as bases. (b ≠ 0)

n
an ⎛ a ⎞
=⎜ ⎟
b ⎝ b⎠
n

Exemplos:
4
⎛ ⎞ 4
a) 2 = 2 = 16
⎜⎝ 3 ⎟⎠ 34 81
7
7
⎛ ⎞
b) 5 = 5 = 17 = 1
5 ⎜⎝ 5 ⎟⎠
7

( )( )
3 3 3
3 4
⎛ 2x 4z2 ⎞ 2 x z2 8x12z6
c)
⎜ 3y 3 ⎟ = =
( )
3
⎝ ⎠ 33 y 3 27y 9
8
88 ⎛ 8 ⎞
d) 8 = ⎜ ⎟ = 48
2 ⎝ 2⎠
2x
e) 9 = ⎛ 9 ⎞ = 32x
2x

32x ⎜⎝ 3 ⎟⎠

Potência de expoente negativo


O expoente negativo indica que se deve trabalhar com o inverso multiplicativo dessa base.

Expoente – 1 Expoente qualquer

n n n
−1 1 1 1
−1 − n −n 1 1 1 − n −ou
− n −1 1 1 1
a = aa = = a =a a= =n a =a n n= a− n =
a a a a a a a a an

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Exemplos:

1
a) 5−1 =
5
2
−21 1
b) x = =
x x2
3
−3 1 1
c) 2 = =
2 8
1
d) y −1 =
y

Casos especiais:

−n n −1
a b a b
= =
b a b a

Exemplos:

−1
2 3
a) =
3 2
−2 2
5 3 9
b) = =
3 5 25
−4 4
1 2
c) = = 24 = 16
2 1
−2 2
3 x x2
d) − = − =
x 3 9

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Matemática – Potências – Prof. Dudan

Regras importantes
Base NEGATIVA elevada a expoente ÍMPAR resulta em NEGATIVO.
Exemplo:
a) ( – 1)5 = ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) = – 1
b) ( – 2) = ( – 2) . ( – 2) . ( – 2) = – 8
3
1
c) ( – 5) = – 5

Base NEGATIVA elevada a expoente PAR resulta em POSITIVO.


Exemplo:
a) ( – 2)4 = ( – 2) . ( – 2) . ( – 2) . ( – 2) = + 16
b) ( – 7) = ( – 7) . ( – 7) = + 49
2

c) ( – 1) = ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) = + 1
6

Caso especial para BASE = – 1


Exponente PAR Exponente ÍMPAR
(–1)0 = +1 (–1)1 = –1
(–1) = (–1) . (–1) = +1 (–1) = (–1) . (–1) . (–1) = –1
2 3

(–1) = (–1) . (–1) . (–1) . (–1) = +1 (–1)5 = (–1) . (–1) . (–1) . (–1) . (–1) = –1
4

( –1) = (– 1) . (– 1) . (– 1) . (– 1) . (– 1) . (– 1) = + 1 ( – 1)7 = ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) = – 1
6

. .
. .
. .
PAR
( – 1) = + 1 ( – 1)ÍMPAR = – 1

Exemplos:

a) ( – 1)481 = – 1
1500
b) ( – 1) = + 1
( – 1) . ( – 1) = ( – 1)
123 321 123 + 321
c) = ( – 1)444 = + 1
2n
d) ( – 1) = + 1 pois "2n" é um número par
6n - 1
e) ( – 1) = – 1 pois "6n – 1" é um número ímpar

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Exemplos: Calcule as potências:
3 5
a) 8 . 16 = j) 0,25-3 =
7 -4 −1
b) 7 ÷ 7 = 7
k) =
c) 5 =
-3 4
3 5
d) (3 ) = l) π0 =
5
e) ( – 5)0 = m) 10 =
-3
f) – 50 = n) 10 =
2 −4 −1
3 1 7 o) (0,001)3 =
g) − = −
4 2 4 p) (0,001)-3 =
-23 −4 −1
3 q) 410 ÷ 2 =
h) − = −1 7
4 2 4 r) 10003 =
2 −4 −1
3 1 7
− i) − =
4 2 4

Exemplo: Relacione a coluna da esquerda com a coluna da direita.


( ) 05
( ) 50 a) 1
7
( ) ( – 1) b) – 1
10
( ) ( – 1) c) 0
0
( ) 1

A alternativa que completa corretamente os parênteses, de cima para baixo é:


a) a–b–c–b–a
b) c–a–b–a–a
c) c–b–b–b–a
d) c–b–a–b–c
e) a–a–a–a–c

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Matemática

RADICAIS

Certas situações envolvendo radicais podem ser simplificadas utilizando algumas técnicas
matemáticas. Vamos, por meio de propriedades, demonstrar como simplificar números na
forma de radicais, isto é, números ou letras que podem possuir raízes exatas ou não. Nesse
último caso, a simplificação é primordial para os cálculos futuros e para as questões de concurso.

Definição
Se perguntássemos qual número multiplicado por ele mesmo tem resultado 2, não
encontraríamos nenhum número natural, inteiro ou racional como resposta.
Uma raiz nada mais é que uma operação inversa à potenciação, sendo assim, ela é utilizada
para representar, de maneira diferente, uma potência com expoente fracionário.
Radiciação de números relativos é a operação inversa da potenciação. Ou seja:
n
an = b ⇔ b = �a (com n > 0)

Regra do “SOL e da sombra”

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Exemplos:
3 3
5 5
a)a)7 57=5 = 737=3 =5 343
5
343
3 3
4 43 3
b)b) 2 2= =
22 4 4

1 1

3 3= = 3 3
c)c) 2 2

5 5
3 3
d)d) 3232= =
22 3 3

8 8 4 4
0 ,80 ,8 5 5
4 4 5 5
e)10
e)10
  = 10
= 10 = 10
10 10
= 10 = = 1010
5 5
= = 10000
10000

Atenção: par
negativo ≠ IR

Propriedades

I. Simplificação de radicais
Regra da chave-fechadura
Exemplos:
a)  27 = b)  32 =
c)  3 16 = d)  5 32 =
e)  36 = f)  4 512 =
g)  243 = h)  3 729 =
i)  108 = j)  3 −64 =

Atenção!
n
an = a

II. Soma e subtração de radicais


Exemplos:
a) 5 − 5 20 + 45 − 7 125 + 320 =
b) 3 2 − 3 54 + 3 128 =

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Matemática – Radicais – Prof. Dudan

III. Multiplicação de raízes de mesmo índice

�a . n�b = n�a . b
n

Exemplos:
a) 2 . 5 = 2.5 = 10
3 3
b) 4 . 2 = 3 4.2 = 3 8 = 2
c) 2 27 . 2
3
d) 3 16 . 3
2

IV. Divisão de raízes de mesmo índice

n 20 20
a a a) = = 4 =2
= n
20 20 5
5
n
b b a) = = 4 =2
5 5 4 3
4 3
b) = = 2 3
Exemplos: Atenção:
2 3 2

3
a)
20
=
20
= 4 =2 4 4 3 144 144 12
5 5 b) =3 1 ,=44 =2
100
= =
10
= 1 ,2
3
2 2 100
20 20
a) 3 = = 4 =2
45 3 4 5 3 m n
b) = = 2 a = m.n a
3
2 2

144 144 12
1 , 44 = = 64 = 64= 2 ,2
= 64 == 1
3
44
b) =3 =32 a) 3 2.3
=2 6 6 6
3
V. 1 Raiz
144
2
, 442= de raiz
=
144 12
= = 1 ,2
100 100 10
100 100 10
5 4
b) 3 = 5.4 3 = 20 3
144 144 12
1 , 44 = = = = 1 ,2
m n
a = m.n a
m n
a = m.n a100 100 10

m n m.n
a) a =3 64 a= 2.3 64 = 6 64 = 26 = 2
6

Exemplos:
3 6
5 34 2.3 6
a) 64 = 2.3 64 = 6 64 = 26 = 2
20 6
3 ==5.4 364= = 3 64 = 2 = 2
6
a)
b) 64

5 4 5 4
b) 3 = 5.4 3 = 20 3
b) 3 = 5.4 3 = 20 3

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VI. Simplificação de índice e expoente

n.p n
am.p = am
n.p n
am.p = am n.p n
Exemplos: am.p =4 am 4 2
4 4
a) 9= 3 = 3
a) 9 = 32 = 3
4 4
a) 9 8= 6 32 2= 3 4 3
.4 2.3
b)
8
76 =
2.4
72.3 = 73
4
b) 7 = 7 = 7
n.p n
am.p = am
2.3 8 2.4 4
m
a⋅n b =
m.n
b) 7 6
=
an ⋅ bm
VII. Multiplicação de raízes de míndices
7 = 7 3

a ⋅ n bdistintos
m.n
a) 4
9= 3 = 3
4 2 = an ⋅ bm
3 12
a) 5 ⋅ 4 7 = 5 4 ⋅ 73 m m.n
b)
8
76 =
2.4
72.3 = 73
4
a ⋅ n b 3= 4an ⋅ b12m 4 3
5 4 20 20
a)15 5 ⋅ 7 = 5 ⋅ 7
b)
m n ⋅ 5n3 =m 22⋅4 ⋅ 53⋅5 = 2 ⋅ 5
22 m.n 8
a⋅ b = a ⋅ b
Exemplos: 3 12
a) 5 5⋅ 4 27 =4 354 ⋅2073 2⋅4 3⋅5 20 8 15
a) 3
5 ⋅ 4 7 = 5 4 ⋅ 73
12 b) 2 ⋅ 5 = 2 ⋅ 5 = 2 ⋅5
5 4 20 20
b)
5
22 ⋅ 53 = 22⋅4 ⋅ 53⋅5 = 28 ⋅b)
4 20
515
20
22 ⋅ 53 = 22⋅4 ⋅ 53⋅5 = 28 ⋅ 515

Exercícios

1. Se x = 2 e y = 98 − 32 − 8 então:
a) y = 3x
b) y = 5x
c) y=x
d) y = −x
e) y = 7x

2. Se a = 2 e b = 2 − 8 , então a/b é um número:


a) racional positivo.
b) racional não inteiro.
c) racional.
d) irracional.
e) complexo não real.

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Matemática – Radicais – Prof. Dudan

3. O numeral 5120,555 é equivalente a:


a) 32.
b) 16 2 .
c) 2.
d) 2 .
e) 5 2 .
1,777...
4. O valor de é:
0,111...

a) 4,444...
b) 4.
c) 4,777...
d) 3.
e) 4/3.
50%
5. O valor de (16%) é:
a) 0,04%
b) 0,4%
c) 4%
d) 40%
e) 400

2 2 3
6. O valor de  8 + 14 + 6 + 4  é:
a) 2 3
b) 3 2 2
c) 5
d) 2 5
e) 5 2

7. Se a = 23,5, então:
a) 6 < a < 8,5.
b) 8,5 < a < 10.
c) 10 < a < 11,5.
d) 11,5 < a < 13.
e) 13 < a < 14,5.

Gabarito: 1. C 2. C 3. A 4. B 5. D 6. A 7. C

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Matemática

PRODUTOS NOTÁVEIS

Existem alguns produtos que se notabilizaram por algumas particularidades, chamam-se


de PRODUTOS NOTÁVEIS. Essas multiplicações são frequentemente usadas e, para evitar a
multiplicação de termo a termo, existem algumas fórmulas que convém serem memorizadas.

QUADRADO DA SOMA DE DOIS NÚMEROS

O quadrado da soma de dois números é igual ao quadrado do primeiro somado duas vezes o
primeiro pelo segundo, somado o quadrado do segundo.

Exemplos:
(x + 4)2 = x2 + 2.x.4 + 42 = x2 + 8x + 16
(3x + 1)2 = (3x)2 + 2.3x.1 + 12 = 9x2 + 6x + 1
(2a + 3b)2 = (2a)2 + 2.2a.3b + (3b)2 = 4a2 + 12ab + 9b2
(3x2 + 2x)2 = (3x2)2 + 2.3x2.2x + (2x)2 = 9x4 + 12x3 + 4x2

CUIDADO: (x + y)2 ≠ x2 + y2

DICA:
Não é necessário decorar essa fórmula, basta lembrar:
(a + b)2 = (a + b).(a + b)

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Aplicando a distributiva,

(a + b)2 = a2 + ab + ab + b2
(a + b)2 = a2 + 2ab + b2

Exemplos:
a) (a + 7)2 =
2
b) (a³ + 5b) =

QUADRADO DA DIFERENÇA DE DOIS NÚMEROS

O quadrado da diferença de dois números é igual ao quadrado do primeiro subtraído duas


vezes o primeiro pelo segundo, somado o quadrado do segundo.

EXEMPLOS:
(x – 3)2 = x2 – 2.x.3 + 32 = x2 – 6x + 9
(5x – 3)2 = (5x)2 – 2.5x.3 + 32 = 25x2 – 30x + 9
(2a – 4b)2 = (2a)2 - 2.2a.4b + (4b)² = 4a2 + 16ab + 16b2
(3x2 – 2x)2 = (3x2)2 – 2.3x2.2x + (2x)2 = 9x4 – 12x3 + 4x2

CUIDADO: (x – y)2 ≠ x2 – y2

DICA:
Não é necessário decorar essa fórmula, basta lembrar:
(a – b)2 = (a – b).(a – b)
Aplicando a distributiva,

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Matemática – Produtos Notáveis – Prof. Dudan

(a – b)2 = a2 – ab – ab + b2
(a – b)2 = a2 – 2ab + b2

Exemplos:
a) (3x – 1)2 =
b) (5x2 – 3x)2 =

PRODUTO DA SOMA PELA DIFERENÇA ENTRE DOIS NÚMEROS

O produto da soma de dois termos pela sua diferença é igual ao quadrado do primeiro termo
subtraído o quadrado do segundo termo.

Exemplos:
(x + 1).(x – 1) = x2 – 12 = x2 – 1
(2a + 3).(2a – 3) = (2a)2 – 32 = 4a2 – 9
(3x + 2y).(3x – 2y) = (3x)2 – (2y)2 = 9x2 – 4y2

DICA:
Obs.: Não é necessário decorar essa fórmula, basta lembrar de aplicar a distributiva:

(a + b).(a – b) = a2 – ab + ab – b2
(a + b).(a – b) = a2 – b2

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Exemplos:
(3a – 7).(3a + 7)=

(5a3 – 6).(5a3 + 6) =

Exercicios:
2 2
1. A expressão (x – y) – (x + y) é equivalente a:
a) 0
2
b) 2y
c) – 2y3
d) – 4xy
e) – 2xy

2. A expressão (3 + ab).(ab – 3) é igual a:


2
a) a b–9
2
b) ab – 9
2 2
c) a b –9
2 2
d) a b –6
2 2
e) a b +6
2 2
3. Se (x – y) – (x + y) = – 20, então x.y é igual a:
a) 0
b) –1
c) 5
d) 10
e) 15
2 2
4. Se x – y = 7 e xy = 60, então o valor da expressão x + y é:
a) 53
b) 109
c) 169
d) 420
e) 536

5. A diferença entre o quadrado da soma e o quadrado da diferença de dois números reais é igual:
a) a diferença dos quadrados dos dois números.
b) a soma dos quadrados dos dois números.
c) a diferença dos dois números.
d) ao dobro do produto dos números.
e) ao quádruplo do produto dos números.

Gabarito: 1. D 2. C 3. C 4. C 5. E

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Matemática

FATOR COMUM

Quando todos os termos de uma expressão tem um fator comum, podemos colocá-lo em
evidência. A forma fatorada é o produto do fator comum pelo que se obtém dividindo-se cada
termo da expressão original dada pelo fator comum.
Para usar esse método, temos que achar um fator que seja comum entre os termos, seja
número ou uma incógnita (letra), e colocá-lo em evidência.
Exemplos:
a) 2a + 2b = 2 (a + b)

1º Achamos o fator comum que é o 2.


2º Depois colocamos em evidência e dividimos cada termo pelo fator comum:
2a : 2 = a
2b : 2 = b

b) 6ax + 8ay = 2a (3x + 4y)

1º Nesse caso, temos a incógnita como fator comum, mas temos também números que
aparentemente não têm nada em comum. Então, devemos achar algum número que seja
divisível pelos dois números ao mesmo tempo, ou seja, encontramos o 2. Colocamos,
assim, em evidência.
2º Agora dividimos cada termo pelo fator comum:
6ax : 2a = 3x
8ay : 2a = 4y

www.acasadoconcurseiro.com.br 471
Exemplo: Colocando o fator comum em evidência, fatore os seguintes polinômios:

a) 10a + 10b =

b) 4a – 3ax =

2
c) 35c + 7c =

TRINÔMIO DO QUADRADO PERFEITO

Outra maneira de fatorar expressões algébricas é utilizando a regra do trinômio do quadrado


perfeito. Para fatorar uma expressão algébrica utilizando esse caso, a expressão deverá ser um
trinômio e formar um quadrado perfeito.
Então, para compreender melhor esse tipo de fatoração, vamos recapitular o que é um trinômio
e quando um trinômio pode ser um quadrado perfeito.
Para que uma expressão algébrica seja um trinômio, ela deverá ter exatamente 3 termos. Veja
alguns exemplos de trinômios:

3 2
x + 2x + 2x

– 2x5 + 5y – 5

ac + c – b

É importante lembrar que nem todos os trinômios são quadrados perfeitos. Por isso, é preciso
verificar se um trinômio pode ser escrito na forma de um quadrado perfeito.

Como identificar um trinômio do quadrado perfeito?


Veja se o trinômio 16x2 + 8x + 1 é um quadrado perfeito. Para isso, siga as seguintes regras:
Verifique se dois membros do trinômio têm raízes quadradas exatas e se o dobro delas é o
outro termo.

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Matemática – Fator Comum – Prof. Dudan

Assim, o trinômio 16x2 + 8x + 1 é quadrado perfeito.


Então, a forma fatorada do trinômio é 16x2 + 8x + 1 é (4x + 1)2, pois é a soma das raízes ao
quadrado.

Exemplos Resolvidos

Fatore a expressão x2 – 18x + 81.

Encontre a forma fatorada de x2 – 100x + 2500.

www.acasadoconcurseiro.com.br 473
Exercícios:

x+3
1. Para x ≠ 3, a simplificação da expressão é:
x2 − 9
a) x – 3

b) 3 – x
1
c)
x−3
1
d)
x+3
1
e)
3− x

2x2 − 8y2
2. Se y ≠ 0 e se x ≠ – 2y, a expressão é igual a:
3x2y + 6xy2
−2
a)
y + 2x

b) 2x − 4y
3xy
x − 4y
c)
y + 2x

1
d)
x + 2y

e) 2
3
a2 + 6a+ 9 a2 − 9
3. Para a ≠ – 3 e a ≠ 3, a expressão ÷ é equivalente a:
a+ 3 3 a− 3
a)
3
b) a + 2
c) a + 3
d) a – 3
e) a− 3
3

Gabarito: 1. C 2. B 3. A

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Matemática

DIVISORES E MÚLTIPLOS

Os múltiplos e divisores de um número estão relacionados entre si da seguinte forma: 


Se 15 é divisível por 3, então 3 é divisor de 15, assim, 15 é múltiplo de 3. 
Se 8 é divisível por 2, então 2 é divisor de 8, assim, 8 é múltiplo de 2. 
Se 20 é divisível por 5, então 5 é divisor de 20, assim, 20 é múltiplo de 5. 

Múltiplos de um número natural 


Denominamos múltiplo de um número o produto desse número por um número natural
qualquer. Um bom exemplo de números múltiplos é encontrado na tradicional tabuada. 
Múltiplos de 2 (tabuada da multiplicação do número 2) 
2 x 0 = 0 
2 x 1 = 2 
2 x 2 = 4 
2 x 3 = 6 
2 x 4 = 8 
2 x 5 = 10 
2 x 6 = 12 
2 x 7 = 14 
2 x 8 = 16 
2 x 9 = 18 
2 x 10 = 20 
E assim sucessivamente. 
Múltiplos de 3 (tabuada da multiplicação do número 3) 
3 x 0 = 0 
3 x 1 = 3 
3 x 2 = 6 
3 x 3 = 9 
3 x 4 = 12 
3 x 5 = 15 
3 x 6 = 18 
3 x 7 = 21 
3 x 8 = 24 
3 x 9 = 27 
3 x 10 = 30 

www.acasadoconcurseiro.com.br 475
E assim sucessivamente. 
Portanto, os múltiplo de 2 são: 0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 18, 20, ... 
E os múltiplos de 3 são: 0, 3, 6, 9, 12, 15, 18, 21, 24, 27, 30, ... 

Divisores de um número natural 


Um número é divisor de outro quando o resto da divisão for igual a 0. Portanto, 
12 é divisível por 1, 2, 3, 4, 6 e 12. 
36 é divisível por 1, 2, 3, 4, 6, 9, 12, 18 e 36. 
48 é divisível por 1, 2, 3, 4, 6, 8, 12, 24 e 48. 

Importante!
• O menor divisor natural de um número é
sempre o número 1. 
• O maior divisor de um número é o próprio
número. 
• O zero não é divisor de nenhum número. 
• Os divisores de um número formam um
conjunto finito.

Principais Critérios de Divisibilidade


Dentre as propriedades operatórias existentes na Matemática, podemos ressaltar a divisão,
que consiste em representar o número em partes menores e iguais.
Para que o processo da divisão ocorra normalmente, sem que o resultado seja um número
não inteiro, precisamos estabelecer situações envolvendo algumas regras de divisibilidade.
Lembrando que um número é considerado divisível por outro quando o resto da divisão entre
eles é igual a zero.

Regras de divisibilidade
Divisibilidade por 1
Todo número é divisível por 1.

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Matemática – Divisores e Múltiplos – Prof. Dudan

Divisibilidade por 2
Um número natural é divisível por 2 quando ele termina em 0, ou 2, ou 4, ou 6, ou 8, ou seja,
quando ele é par.
Exemplos: 5040 é divisível por 2, pois termina em 0.
237 não é divisível por 2, pois não é um número par.

Divisibilidade por 3
Um número é divisível por 3 quando a soma dos valores absolutos dos seus algarismos for
divisível por 3.
Exemplo: 234 é divisível por 3, pois a soma de seus algarismos é igual a 2 + 3 + 4 = 9, e como 9 é
divisível por 3, então 234 é divisível por 3.

Divisibilidade por 4
Um número é divisível por 4 quando termina em 00 ou quando o número formado pelos dois
últimos algarismos da direita for divisível por 4.
Exemplos: 1800 é divisível por 4, pois termina em 00.
4116 é divisível por 4, pois 16 é divisível por 4.
1324 é divisível por 4, pois 24 é divisível por 4.
3850 não é divisível por 4, pois não termina em 00 e 50 não é divisível por 4.

Divisibilidade por 5
Um número natural é divisível por 5 quando ele termina em 0 ou 5.
Exemplos: 55 é divisível por 5, pois termina em 5.
90 é divisível por 5, pois termina em 0.
87 não é divisível por 5, pois não termina em 0 nem em 5.

Divisibilidade por 6
Um número natural é divisível por 6 quando é divisível por 2 e 3 ao mesmo tempo.
Exemplos: 54 é divisível por 6, pois é par, logo divisível por 2 e a soma de seus algarismos é
múltiplo de 3 , logo ele é divisível por 3 também.
90 é divisível por 6, pelo mesmos motivos..
87 não é divisível por 6, pois não é divisível por 2.

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Divisibilidade por 7
Um número é divisível por 7, quando estabelecida a diferença entre o dobro do seu último
algarismo e os demais algarismos, encontramos um número divisível por 7.

Exemplos:
161 : 7 = 23, pois 16 – 2.1 = 16 – 2 = 14
203 : 7 = 29, pois 20 – 2.3 = 20 – 6 = 14
294 : 7 = 42, pois 29 – 2.4 = 29 – 8 = 21
840 : 7 = 120, pois 84 – 2.0 = 84

E o número 165928? Usando a regra : 16592 – 2.8 = 16592 – 16 = 16576


Repetindo o processo: 1657 – 2.6 = 1657 – 12 = 1645
Mais uma vez : 164 – 2.5 = 164 – 10 = 154 e 15 – 2.4 = 15 – 8 = 7
Logo 165928 é divisível por 7.

Divisibilidade por 8
Um número é divisível por 8 quando termina em 000 ou os últimos três números são divisíveis
por 8.

Exemplos:
1000 : 8 = 125, pois termina em 000
45128 é divisível por 8 pois 128 dividido por 8 fornece 16
45321 não é divisível por 8 pois 321 não é divisível por 8.

Divisibilidade por 9
Será divisível por 9 todo número em que a soma de seus algarismos constitui um número
múltiplo de 9.

Exemplos:
81 : 9 = 9, pois 8 + 1 = 9
1107 : 9 = 123, pois 1 + 1 + 0 + 7 = 9
4788 : 9 = 532, pois 4 + 7 + 8 + 8 = 27

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Matemática – Divisores e Múltiplos – Prof. Dudan

Divisibilidade por 10
Um número é divisível por 10 se termina com o algarismo 0 (zero).
Exemplos: 5420 é divisível por 10 pois termina em 0 (zero)
6342 não é divisível por 10 pois não termina em 0 (zero).

Divisibilidade por 11
Um número é divisível por 11 nas situações em que a diferença entre o último algarismo e o
número formado pelos demais algarismos, de forma sucessiva até que reste um número com 2
algarismos, resultar em um múltiplo de 11. Como regra mais imediata, todas as dezenas duplas
(11, 22, 33, 5555, etc.) são múltiplas de 11.
1342 : 11 = 122, pois 134 – 2 = 132 → 13 – 2 = 11
2783 : 11 = 253, pois 278 – 3 = 275 → 27 – 5 = 22
7150: 11 = 650, pois 715 – 0 = 715 → 71 – 5 = 66

Divisibilidade por 12
Se um número é divisível por 3 e 4, também será divisível por 12.

Exemplos:
192 : 12 = 16, pois 192 : 3 = 64 e 192 : 4 = 48
672 : 12 = 56, pois 672 : 3 = 224 e 672 : 4 = 168

Divisibilidade por 15
Todo número divisível por 3 e 5 também é divisível por 15.

Exemplos:
1470 é divisível por 15, pois 1470:3 = 490 e 1470:5 = 294.
1800 é divisível por 15, pois 1800:3 = 600 e 1800:5 = 360.

Exemplo: Teste a divisibilidade dos números abaixo por 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10.


a) 1278
b) 1450
c) 1202154

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Matemática

FATORAÇÃO

Podemos escrever os números como produto (multiplicação) de números primos. Contudo,


qual a finalidade de fatorarmos esses números? Preciso realizar a fatoração separadamente ou
posso fazê-la simultaneamente, com dois ou mais números? Esses respostas virão adiante.
Um dos pontos importantes da fatoração, encontra-se no cálculo do M.D.C (Máximo Divisor
Comum) e do M.M.C (Mínimo Múltiplo Comum). Entretanto, devemos tomar cuidado quanto
à obtenção desses valores, pois utilizaremos o mesmo procedimento de fatoração, ou seja, a
mesma fatoração de dois ou mais números para calcular o valor do M.D.C e do M.M.C. Sendo
assim, devemos compreender e diferenciar o modo pelo qual se obtém cada um desses valores,
por meio da fatoração simultânea.
Vejamos um exemplo no qual foi feita a fatoração simultânea:
12,  42  2 (Divisor Comum)
6,  21  2
3,  21  3 (Divisor Comum)
1,  7   7
1  1

Note que na fatoração foram destacados os números que dividiram simultaneamente os


números 12 e 42. Isto é um passo importante para conseguirmos determinar o M.D.C. Se
fôssemos listar os divisores de cada um dos números, teríamos a seguinte situação:
D(12) = {1, 2, 3, 4, 6, 12}
D(42) = {1, 2, 3, 6, 7, 21, 42}

Note que o maior dos divisores comuns entre os números 12 e 42 é o número 6. Observando
a nossa fatoração simultânea, este valor 6 é obtido realizando a multiplicação dos divisores
comuns.
Por outro lado, o M.M.C será obtido de uma maneira diferente. Por se tratar dos múltiplos,
deveremos multiplicar todos os divisores da fatoração. Sendo assim, o M.M.C (12,14) = 2 x 2 x
3 x 7 = 84.
Portanto, esse processo de fatoração é muito utilizado no cálculo do M.M.C e do M.D.C também,
mas cada um com seu respectivo procedimento, portanto, cuidado para não se confundir.

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Exemplos: Vamos fatorar, para o cálculo do M.M.C, os valores abaixo:
15, 24, 60  2
15, 12, 30  2
15, 6,  15  2
15, 3,  15   3
5,  1,  5   5
1,  1,  1

Logo, o produto desses fatores primos: 2 . 2 . 2 . 3 . 5 = 120 é o menor múltiplo comum entre os
valores apresentados.
Agora se quiséssemos calcular o M.D.C , teríamos que fatorá-los sempre juntos, até não haver
mais divisor comum além do número 1.
Assim:
15, 24, 60  3
5,  8,  20  

E com isso, temos que o M.D.C dos valores dados é 3.


Exemplo: Fatore 20 e 30 para o cálculo do M.M.C
20,  30  2
10,  15  2
5,  15  3
5,  5   5
1  1

Assim, o produto desses fatores primos obtidos: 2.2.3.5 = 60 é o M.M.C de 20 e 30.

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Matemática – Fatoração – Prof. Dudan

De fato, se observarmos a lista de múltiplos de 20 e 30, verificaremos que, dentre os comuns,


o menor deles é, de fato, o 60.
M(20) = 0, 20, 40, 60, 80, 100, 120, 140, 160,...
M(30) = 0, 30, 60, 90, 120, 150,...
Agora, se buscássemos o M.D.C teríamos que fatorar de forma diferente.
20,  30  2
10,  15  5
2,  3

Com isso, o produto desses fatores primos, 2 . 5 = 10, obtidos pela fatoração conjunta,
representa o M.D.C .
De fato, se observarmos a lista de divisores de 20 e 30, verificaremos que, dentre os comuns,
o maior deles é, de fato, o 10.
D(20) = 1, 2, 4, 5, 10, 20.
D(30) = 1, 2 ,3 ,5 ,6, 10, 15, 30.

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Matemática

MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM

O mínimo múltiplo comum entre dois números é representado pelo menor valor comum
pertencente aos múltiplos dos números. Observe o M.M.C entre os números 20 e 30:
M(20) = 0, 20, 40, 60, 80, 100, 120, .... e M(30) = 0, 30, 60, 90, 120, 150, 180, ...
Logo o M.M.C entre 20 e 30 é equivalente a 60.
Outra forma de determinar o M.M.C entre 20 e 30 é pela fatoração, em que devemos escolher
os fatores comuns de maior expoente e os termos não comuns.
Observe:
20 = 2 * 2 * 5 = 2² * 5 e 30 = 2 * 3 * 5 = 2 * 3 * 5 logo
M.M.C (20; 30) = 2² * 3 * 5 = 60
A terceira opção consiste em realizar a decomposição simultânea dos números, multiplicando
os fatores obtidos. Observe:
20,  30  2
10,  15  2
5,  15  3
5,  5   5
1
M.M.C (20, 30) = 2 * 2 * 3 * 5 = 60

Dica:
Apenas números naturais
têm M.M.C.

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Um método rápido e fácil para se determinar o M.M.C de um conjunto de números naturais é
a FATORAÇÃO.
Nela iremos decompor simultaneamente os valores, de forma que ao menos um deles possa
ser dividido pelo fator primo apresentado, até que não sobrem valores maiores que 1.
O produto dos fatores primos utilizados nesse processo é o Mínimo Múltiplo Comum.
Para que possamos fazer uma comparação, vamos tomar os números 6, 8 e 12 como exemplo.
Da fatoração desses três números temos:
6, 8, 12  2
3, 4, 6   2
3, 2, 3   2
3, 1, 3    3
1, 1, 1

O M.M.C (6, 8, 12) será calculado pelo produto desses fatores primos usados na decomposição
dos valores dados.
Logo: M.M.C (6 , 8 , 12) = 2.2.2.3 = 24
Qual é o M.M.C (15, 25, 40)?
Fatorando os três números, temos:
15, 25, 40  2
15, 25, 20  2
15, 25, 10  2
15, 25, 5    3
5,  25, 5  5
1,  5,  1  5
1,  1,  1

Assim o M.M.C (15, 25, 40) = 2. 2 . 2 . 3 . 5 . 5 = 600

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Matemática – Mínimo Múltiplo Comum – Prof. Dudan

Propriedade do M.M.C.
Todo múltiplo comum de dois ou mais números inteiros é múltiplo do m.m.c. desses números.
Exemplo: os múltiplos comuns positivos de 2 , 5 e 6 são exatamente os múltiplos positivos de
30 (m.m.c. (2 ,5 , 6) = 30), ou seja, são 30 , 60, 90,... 

Como identificar questões que exigem o cálculo do M.M.C?


Para não ficar em dúvida quanto à solicitação da questão, M.M.C ou M.D.C, basta entender que
o M.M.C por ser um “múltiplo comum”, é um número sempre será maior ou igual ao maior dos
valores apresentados , logo sempre um valor além dos valores dados.
Apesar do nome Mínimo Múltiplo Comum é equivocado pensar que o “mínimo” indica um
número pequeno, talvez menor que os valores apresentados. Na verdade, ele é o menor dos
múltiplos e quase sempre maior que todos esses valores de quem se busca o cálculo do M.M.C.

Exemplo

1. Numa linha de produção, certo tipo de manutenção é feita na máquina A a cada 3 dias; na
máquina B, a cada 4 dias; e na máquina C, a cada 6 dias. Se no dia 2 de dezembro foi feita a
manutenção nas três máquinas, após quantos dias as máquinas receberão manutenção no
mesmo dia?
Temos que determinar o M.M.C entre os números 3, 4 e 6.
3, 4, 6  2
3, 2, 3  2
3, 1, 3  3
1, 1, 1   
Assim, o M.M.C (3, 4, 6) = 2 * 2 * 3 = 12
Concluímos que, após 12 dias, a manutenção será feita nas três máquinas. Portanto, dia 14
de dezembro.

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2. Um médico, ao prescrever uma receita, determina que três medicamentos sejam ingeridos
pelo paciente de acordo com a seguinte escala de horários: remédio A, de 2 em 2 horas;
remédio B, de 3 em 3 horas; e remédio C, de 6 em 6 horas. Caso o paciente utilize os três
remédios às 8 horas da manhã, qual será o próximo horário de ingestão dos medicamentos?
Calcular o M.M.C dos números 2, 3 e 6.
2, 3, 6  2
1, 3, 3  3
1, 1, 1
M.M.C (2, 3, 6) = 2 * 3 = 6
O mínimo múltiplo comum dos números 2, 3, 6 é igual a 6.
De 6 em 6 horas os três remédios serão ingeridos juntos. Portanto, o próximo horário será
às 14 horas.

3. Em uma árvore de natal, três luzes piscam com frequência diferentes. A primeira pisca a
cada 4 segundos, a segunda a cada 6 segundos e a terceira a cada 10 segundos. Se num
dado instante as luzes piscam ao mesmo tempo, após quantos segundos voltarão a piscar
juntas?

4. No alto da torre de uma emissora de televisão, duas luzes “piscam” com frequências
diferentes. A primeira “pisca” 15 vezes por minuto e a segunda “pisca” 10 vezes por
minuto. Se num certo instante, as luzes piscam simultaneamente, após quantos segundos
elas voltarão a “piscar simultaneamente”?
a) 12
b) 10
c) 20
d) 15
e) 30
5. Três ciclistas percorrem um circuito saindo todos ao mesmo tempo, do mesmo ponto, e com
o mesmo sentido. O primeiro faz o percurso em 40 s; o segundo em 36 s; e o terceiro em 30
s. Com base nessas informações, depois de quanto tempo os três ciclistas se reencontrarão
novamente no ponto de partida, pela primeira vez, e quantas voltas terá dado o primeiro, o
segundo e o terceiro ciclista, respectivamente?
a) 5 minutos, 10 voltas, 11 voltas e 13 voltas.
b) 6 minutos, 9 voltas, 10 voltas e 12 voltas.
c) 7 minutos, 10 voltas, 11 voltas e 12 voltas.
d) 8 minutos, 8 voltas, 9 voltas e 10 voltas.
e) 9 minutos, 9 voltas, 11 voltas e 12 voltas.

Gabarito: 3. 60 Segundos 4. A 5. B 6. B

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Matemática

MÁXIMO DIVISOR COMUM (M.D.C)

O máximo divisor comum entre dois números é representado pelo maior valor comum
pertencente aos divisores dos números. Observe o M.D.C entre os números 20 e 30:
D(20) = 1, 2, 4, 5, 10, 20. e D(30) = 1, 2, 3, 5, 6, 10, 15, 30.
O maior divisor comum dos números 20 e 30 é 10.
Podemos também determinar o M.D.C entre dois números através da fatoração, em que
escolheremos os fatores comuns de menor expoente. Observe o M.D.C de 20 e 30 utilizando
esse método.
20 = 2 * 2 * 5 = 2² * 5 e 30 = 2 * 3 * 5 = 2 * 3 * 5
Logo M.D.C (20; 30) = 2 * 5 = 10
A terceira opção consiste em realizar a decomposição simultânea e conjunta dos números,
multiplicando os fatores obtidos. Observe:
20,  30  2
10,  15  2
2,  3   

Logo o M.D.C (20 , 30) = 10


Um método rápido e fácil para se determinar o M.D.C de um conjunto de números naturais é a
FATORAÇÃO.
Nela iremos decompor simultaneamente os valores, de forma que todos eles devem
ser divididos, ao mesmo tempo, pelo fator primo apresentado, até que se esgotem as
possibilidades dessa divisão conjunta.
O produto dos fatores primos utilizados nesse processo é o Máximo Divisor Comum.

www.acasadoconcurseiro.com.br 489
Para que possamos fazer uma comparação, vamos tomar novamente os números 6, 8 e 12
como exemplo.
Da fatoração conjunta destes três números, temos:
6, 8, 12  2
3, 4, 6  

O M.D.C (6, 8, 12) será calculado pelo produto desses fatores primos usados na decomposição
dos valores dados.
Logo: M.D.C (6 , 8 , 12) = 2

Qual é o M.D.C (15, 25, 40)?


Fatorando os três números, temos:
15, 25, 40  2
3,  5,  5  

Assim o M.D.C (15, 25, 40) = 5

Exemplo:
Qual é o M.D.C (15, 75, 105)?
Fatorando os três números, temos:
15,  75, 105  3
5,  25, 35  5
1,  5,  7   

M.D.C (15, 75, 105) = 3 . 5 = 15


Note que temos que dividir todos os valores apresentados, ao mesmo tempo, pelo fator primo.
Caso não seja possível seguir dividindo todos, ao mesmo tempo, dá-se por encerrado o cálculo
do M.D.C.

Propriedade Fundamental
Existe uma relação entre o M.M.C e o M.D.C de dois números naturais a e b.
M.M.C.(a,b) . M.D.C. (a,b) = a . b
Ou seja, o produto entre o M.M.C e M.D.C de dois números é igual ao produto entre os dois
números.

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Matemática – Máximo Divisor Comum – Prof. Dudan

Exemplo
Se x é um número natural em que M.M.C. (14, x) = 154 e M.D.C. (14, x) = 2, podemos dizer que
x vale.
a) 22
b) – 22
c) +22 ou – 22
d) 27
e) – 27

Como identificar questões que exigem o cálculo do M.D.C?


Para não ficar em dúvida quanto à solicitação da questão, M.M.C ou M.D.C, basta entender
que o M.D.C por ser um “divisor comum”, é um número sempre será menor ou igual ao menor
dos valores apresentados, logo sempre um valor aquém dos valores dados, dando ideia de
corte, fração.
Já o M.M.C, por ser um “múltiplo comum”, é um número sempre será maior ou igual ao maior
dos valores apresentados, logo sempre um valor além dos valores dados, criando uma ideia
de “futuro”.
Apesar do nome Mínimo Múltiplo Comum, é equivocado pensar que o “mínimo” indica um
número pequeno, talvez menor que os valores apresentados. Na verdade, ele é o menor
dos múltiplos e quase sempre maior que todos esses valores de quem se busca o cálculo do
M.M.C.

Exemplo:

1. Uma indústria de tecidos fabrica retalhos de mesmo comprimento. Após realizarem os


cortes necessários, verificou-se que duas peças restantes tinham as seguintes medidas: 156
centímetros e 234 centímetros. O gerente de produção ao ser informado das medidas, deu
a ordem para que o funcionário cortasse o pano em partes iguais e de maior comprimento
possível. Como ele poderá resolver essa situação?

2. Uma empresa de logística é composta de três áreas: administrativa, operacional e


vendedores. A área administrativa é composta de 30 funcionários, a operacional de 48 e a
de vendedores com 36 pessoas. Ao final do ano, a empresa realiza uma integração entre as
três áreas, de modo que todos os funcionários participem ativamente. As equipes devem
conter o mesmo número de funcionários com o maior número possível. Determine quantos
funcionários devem participar de cada equipe e o número possível de equipes.

www.acasadoconcurseiro.com.br 491
3. Para a confecção de sacolas, serão usados dois rolos de fio de nylon. Esses rolos, medindo
450 cm e 756 cm serão divididos em pedaços iguais e do maior tamanho possível. Sabendo
que não deve haver sobras, quantos pedaços serão obtidos?
a) 25
b) 42
c) 67
d) 35
e) 18
4. Nas últimas eleições, três partidos políticos tiveram direito, por dia, a 90 s, 108 s e 144 s
de tempo gratuito de propaganda na televisão, com diferentes números de aparições. O
tempo de cada aparição, para todos os partidos, foi sempre o mesmo e o maior possível. A
soma do número das aparições diárias dos partidos na TV foi de: 
a) 16
b) 17
c) 18
d) 19
e) 20
5. Um escritório comprou os seguintes itens: 140 marcadores de texto, 120 corretivos e 148
blocos de rascunho e dividiu esse material em pacotinhos, cada um deles contendo um
só tipo de material, porém todos com o mesmo número de itens e na maior quantidade
possível. Sabendo-se que todos os itens foram utilizados, então o número total de
pacotinhos feitos foi:
a) 74
b) 88
c) 96
d) 102
e) 112

Dica:
Quando se tratar de M.M.C
a solução será um valor no
mínimo igual ao maior dos
valores que você dispõe. Já
quando se tratar de M.D.C
a solução será um valor no
máximo igual ao menor dos
valores que você dispõe.

Gabarito: 1. 78 2. 6 e 19 3. C 4. D

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Matemática

EXPRESSÕES ALGÉBRICAS

Definição
Expressões algébricas são expressões matemáticas que apresentam letras e podem conter
números, são também denominadas expressões literais. As letras constituem a parte variável
das expressões, pois elas podem assumir qualquer valor numérico.
No cotidiano, muitas vezes usamos expressões sem perceber que representam expressões
algébricas ou numéricas.
Numa papelaria, quando calculamos o preço de um caderno somado ao preço de duas canetas,
usamos expressões como 1x + 2y, onde x representa o preço do caderno e y, o preço de cada
caneta.
Num colégio, ao comprar um lanche, somamos o preço de um refrigerante com o preço de um
salgado, usando expressoes do tipo 1x + 1y, onde x representa o preço do salgado e y, o preço
do refrigerante.
As expressões algébricas podem ser utilizadas para representar situações problemas, como as
propostas a seguir:
•• O dobro de um número adicionado a 20: 2x + 20.
•• A diferença entre x e y: x – y
•• O triplo de um número qualquer subtraído do quádruplo do número: 3x – 4x

Propriedades das expressões algébricas


Para resolver uma expressão algébrica, é preciso seguir a ordem exata de solução das operações
que a compõem:
1º Potenciação ou radiciação
2º Multiplicação ou divisão
3º Adição ou subtração

www.acasadoconcurseiro.com.br 493
Se a expressão algébrica apresentar parênteses, colchetes ou chaves, devemos resolver
primeiro o conteúdo que estiver dentro dos parênteses; em seguida, o que estiver contido nos
colchetes e, por último, a expressão que estiver entre chaves. Em suma:
1º Parênteses
2º Colchetes
3º Chaves

Assim como em qualquer outro cálculo matemático, essa hierarquia é muito importante, pois,
caso não seja seguida rigorosamente, será obtido um resultado incorreto. Veja alguns exemplos:

a) 8x – (3x – √4)


8x – (3x – 2)
8x – 3x + 2
5x + 2

Exemplo resolvido:
Uma mulher é 5 anos mais nova do que seu marido. Se a soma da idade do casal é igual a 69
anos, qual é a idade de cada um?
x + ( x – 5) = 69
x + x – 5 = 69
2x – 5 = 69
2x = 69 + 5
2x = 74
x = 37
69 – 37 = 32
37 – 5 = 32
Logo, a idade do marido é 37 anos e da mulher 32 anos.

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Matemática – Expressões Algébricas – Prof. Dudan

Exercícios:

1. O resultado da expressão:
1 – 2 + 3 – 4 + 5 – 6 + 7 – 8 + . . . – 168 + 169 – 170
é igual a:
a) 170
b) – 170
c) 85
d) – 85
e) – 87
2. De um total de 40 questões planejadas para uma prova, eliminaram-se 2x delas e, do resto,
ainda tirou-se a metade do que havia sobrado. Qual é a tradução algébrica do número de
questões que restaram?
a) (40 – 2x) – 20 + x
b) (40 – 2x) – 20
c) (40 – 2x) – X/2
d) (40 – 2x) – x
e) (40 – 2x) – 20 – x
3. Um ano de 365 dias é composto por n semanas completas mais 1 dia. Dentre as expressões
numéricas abaixo, a única cujo resultado é igual a n é:
a) 365 ÷ (7 + 1)
b) (365 + 1) ÷7
c) 365 + 1 ÷ 7
d) (365 – 1) ÷7
e) 365 – 1 ÷ 7
4. Adriano, Bernardo e Ciro são irmãos e suas idades são números consecutivos, cuja soma é
igual a 78. Considerando que Ciro é o irmão do meio, então a soma das idades de Adriano e
Bernardo há 8 anos era igual a:
a) 33
b) 36
c) 34
d) 37
e) 35

Gabarito: 1. D 2. A 3. D 4. B

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Enigma Facebookiano

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Matemática

PROBLEMAS ALGÉBRICOS E ARITMÉTICOS

Definição
A aritmética (da palavra grega arithmós, "número") é o ramo da matemática que lida com
números e com as operações possíveis entre eles. É o ramo mais antigo e mais elementar da
matemática, usado por quase todos, seja em tarefas do cotidiano, em cálculos científicos ou de
negócios e sempre cobrada em concursos públicos.
Já a álgebra é o ramo que estuda a manipulação formal de equações, as operações matemáticas,
os polinômios e as estruturas algébricas. A álgebra é um dos principais ramos da matemática
pura, juntamente com a geometria, topologia, análise combinatória e Teoria dos números.
O termo álgebra, na verdade, compreende um espectro de diferentes ramos da matemática,
cada um com suas especificidades.
A grande dificuldade encontrada pelos alunos nas questões envolvendo problemas é na
sua interpretação. O aluno tem que ler o texto e “decodificar” suas informações para o
matematiquês.
Em algumas questões, iremos abordar alguns pontos importantes nessa interpretação.

Exemplos
Há 19 anos uma pessoa tinha um quarto da idade que terá daqui a 14 anos. A idade da pessoa,
em anos, está entre:
a) 22 e 26
b) 27 e 31
c) 32 e 36
d) 37 e 41
e) 42 e 46

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Um casal e seu filho foram a uma pizzaria jantar. O pai comeu 3/4 de uma pizza. A mãe comeu
2/5 da quantidade que o pai havia comido. Os três juntos comeram exatamente duas pizzas,
que eram do mesmo tamanho. A fração de uma pizza que o filho comeu foi:
a) 3/5
b) 6/20
c) 7/10
d) 19/20
e) 21/15

Dois amigos foram a uma pizzaria. O mais velho comeu 3/8 da pizza que compraram. Ainda
da mesma pizza, o mais novo comeu 7/5 da quantidade que seu amigo havia comido. Sendo
assim, e sabendo que mais nada dessa pizza foi comido, a fração da pizza que restou foi:
a) 3/5
b) 7/8
c) 1/10
d) 3/10
e) 36/40

O dono de uma papelaria comprou 98 cadernos e, ao formar pilhas, todas com o mesmo
número de cadernos, notou que o número de cadernos de uma pilha era igual ao dobro do
número de pilhas. O número de cadernos de uma pilha era:
a) 12
b) 14
c) 16
d) 18
e) 20

Durante o seu expediente, Carlos digitalizou 1/3 dos processos que lhe cabiam pela parte da
manhã; no início da tarde, ele digitalizou metade do restante e, no fim da tarde, ¼ do que havia
sobrado após os 2 períodos iniciais. No fim do expediente, ele decidiu contar todos os processos
que não haviam sido digitalizados e encontrou 30 processos. O número total de processos que
ele devia ter digitalizado nesse dia era de:
a) 80
b) 90
c) 100
d) 110
e) 120

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Matemática

RAZÃO E PROPORÇÃO
Razão
A palavra razão vem do latim ratio e significa a divisão ou o quociente entre dois números, A e
A
B, denotada por .
B
12
Exemplo: A razão entre 12 e 3 é 4, pois = 4.
3
Proporção
Já a palavra proporção vem do latim proportione e significa uma relação entre as partes de uma
grandeza, ou seja, é uma igualdade entre duas razões.

6 10 6 10
Exemplo: = , a proporção é proporcional a .
3 5 3 5

A C
Se numa proporção temos B = D , então os números A e D são denominados extremos enquanto
os números B e C são os meios e vale a propriedade: o produto dos meios é igual ao produto
dos extremos, isto é:

A×D=C×B

x 12
Exemplo: Dada a proporção = , qual é o valor de x?
3 9
Dica
x 12
= logo, 9.x=3.12 → 9x=36 e, portanto, x=4 DICA: Observe a ordem com
3 9
que os valores são enunciados
para interpretar corretamente a
questão.
Exemplo: Se A, B e C são proporcionais a 2, 3 e 5,
•• Exemplos: A razão entre a e b
é a/b e não b/a!!!
logo: A B C A sua idade e a do seu colega são
= =
2 3 5 proporcionais a 3 e 4,
sua idade 3
logo = .
idade do colega 4

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Faça você:

2
1. A razão entre o preço de custo e o preço de venda de um produto é . Se for
vendida a R$ 42,00, qual é o preço de custo? 3

2. A razão entre dois números P e Q é 0,16. Determine P + Q, sabendo que eles são
primos entre si.

3. A idade do professor Zambeli está para a do professor Dudan assim como 8 está para
7. Se apesar de todos os cabelos brancos o professor Zambeli tem apenas 40 anos, a
idade do professor Dudan é de:
a) 20 anos.
b) 25 anos.
c) 30 anos.
d) 35 anos.
e) 40 anos.

4. A razão entre os números (x + 3) e 7 é igual à razão entre os números (x – 3) e 5. Nessas


condições, o valor de x é?

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Matemática – Razão e Proporção – Prof. Dudan

Grandezas diretamente proporcionais

A definição de grandeza está associada a tudo aquilo que pode ser medido ou contado. Como
exemplo, citamos: comprimento, tempo, temperatura, massa, preço, idade, etc.
As grandezas diretamente proporcionais estão ligadas de modo que, à medida que uma
grandeza aumenta ou diminui, a outra altera de forma proporcional.
Grandezas diretamente proporcionais, explicando de uma forma mais informal, são grandezas
que crescem juntas e diminuem juntas. Podemos dizer também que nas grandezas diretamente
proporcionais uma delas varia na mesma razão da outra. Isto é, duas grandezas são diretamente
proporcionais quando, dobrando uma delas, a outra também dobra; triplicando uma delas, a
outra também triplica... E assim por diante.

Exemplo:
Um automóvel percorre 300 km com 25 litros de combustível. Caso o proprietário desse
automóvel queira percorrer 120 km, quantos litros de combustível serão gastos?

300 km 25 litros
120 km x litros
Dica
Quando a regra
300 25 3000 de três é direta
= 300.x = 25.120 x=  à x = 10
120 x 300 multiplicamos em
X, regra do “CRUZ
CREDO”.

Exemplo:
Em uma gráfica, certa impressora imprime 100 folhas em 5 minutos. Quantos minutos ela
gastará para imprimir 1300 folhas?

100 folhas 5 minutos


1300 folhas x minutos

100 5 5 × 1300
= = 100.x = 5.1300 à x= = 65 minutos
1300 x 100

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Grandeza inversamente proporcional

Entendemos por grandezas inversamente proporcionais as situações em que ocorrem


operações inversas, isto é, se dobramos uma grandeza, a outra é reduzida à metade.

São grandezas que, quando uma aumenta, a


outra diminui e vice-versa. Percebemos que Dica!!
variando uma delas, a outra varia na razão
inversa da primeira. Isto é, duas grandezas são
inversamente proporcionais quando, dobrando Dias
uma delas, a outra se reduz pela metade; inv
triplicando uma delas, a outra se reduz para a Op. H/d
terça parte... E assim por diante.

Exemplo:
12 operários constroem uma casa em 6 semanas. 8 operários, nas mesmas condições,
construiriam a mesma casa em quanto tempo?
12 op. 6 semanas
8 op. x semanas
Antes de começar a fazer, devemos pensar: se diminuiu o número de funcionários, será que
a velocidade da obra vai aumentar? É claro que não, e se um lado diminui enquanto o outro
aumentou, é inversamente proporcional e, portanto, devemos multiplicar lado por lado (em
paralelo).

8.x = 12.6
8x = 72 Dica
72 Quando a regra de três é
x =  à x = 9
8 inversa, multiplicamos lado
por lado, regra da LALA.

Exemplo: A velocidade constante de um carro e o tempo que esse carro gasta para dar uma
volta completa em uma pista estão indicados na tabela a seguir:

Velocidade (km/h) 120 60 40


Tempo (min) 1 2 3

Observando a tabela, percebemos que se trata de uma grandeza inversamente proporcional,


pois, à medida que uma grandeza aumenta, a outra diminui.

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Matemática – Razão e Proporção – Prof. Dudan

5. Diga se é diretamente ou inversamente proporcional:


a) Número de cabelos brancos do professor Zambeli e sua idade.
b) Número de erros em uma prova e a nota obtida.
c) Número de operários e o tempo necessário para eles construírem uma
casa.
d) Quantidade de alimento e o número de dias que poderá sobreviver um náufrago.
e) O número de regras matemática ensinadas e a quantidade de aulas do professor
Dudan assistidas.

6. Se um avião, voando a 500 Km/h, faz o percurso entre duas cidades em 3h, quanto
tempo levará se viajar a 750 Km/h?
a) 1,5h.
b) 2h.
c) 2,25h.
d) 2,5h.
e) 2,75h.

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7. Em um navio com uma tripulação de 800 marinheiros, há víveres para 45 dias. Quanto
tempo poderíamos alimentar os marinheiros com o triplo de víveres?
a) 130
b) 135
c) 140
d) 145
e) 150

8. Uma viagem foi feita em 12 dias percorrendo-se 150km por dia. Quantos dias seriam
empregados para fazer a mesma viagem, percorrendo-se 200km por dia?
a) 5
b) 6
c) 8
d) 9
e) 10

Gabarito: 1. R$28,00 2. 29 3. D 4. 18 5. B 6. B 7. B 8. D

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Matemática

REGRA DE TRÊS SIMPLES

Grandezas diretamente proporcionais

A definição de grandeza está associada a tudo aquilo que pode ser medido ou contado. Como
exemplo, citamos: comprimento, tempo, temperatura, massa, preço, idade, etc.
As grandezas diretamente proporcionais estão ligadas de modo que, à medida que uma
grandeza aumenta ou diminui, a outra altera de forma proporcional.
Grandezas diretamente proporcionais, explicando de uma forma mais informal, são grandezas
que crescem juntas e diminuem juntas. Podemos dizer também que nas grandezas diretamente
proporcionais uma delas varia na mesma razão da outra. Isto é, duas grandezas são diretamente
proporcionais quando, dobrando uma delas, a outra também dobra; triplicando uma delas, a
outra também triplica... E assim por diante.

Exemplo:
Um automóvel percorre 300 km com 25 litros de combustível. Caso o proprietário desse
automóvel queira percorrer 120 km, quantos litros de combustível serão gastos?

300 km 25 litros
120 km x litros
Dica
Quando a regra
300 25 3000 de três é direta
= 300.x = 25.120 x=  à x = 10
120 x 300 multiplicamos em
X, regra do “CRUZ
CREDO”.

Exemplo:
Em uma gráfica, certa impressora imprime 100 folhas em 5 minutos. Quantos minutos ela
gastará para imprimir 1300 folhas?

100 folhas 5 minutos


1300 folhas x minutos

www.acasadoconcurseiro.com.br 505
100 5 5 × 1300
= = 100.x = 5.1300 à x= = 65 minutos
1300 x 100

Grandeza inversamente proporcional


Entendemos por grandezas inversamente proporcionais as situações em que ocorrem
operações inversas, isto é, se dobramos uma grandeza, a outra é reduzida à metade.

São grandezas que quando uma aumenta a outra


diminui e vice-versa. Percebemos que, variando Dica!!
uma delas, a outra varia na razão inversa da
primeira. Isto é, duas grandezas são inversamente
proporcionais quando, dobrando uma delas, a Dias
outra se reduz pela metade; triplicando uma inv
delas, a outra se reduz para a terça parte... E Op. H/d
assim por diante.

Exemplo:
12 operários constroem uma casa em 6 semanas. 8 operários, nas mesmas condições,
construiriam a mesma casa em quanto tempo?
12 op. 6 semanas
8 op. x semanas
Antes de começar a fazer, devemos pensar: se diminuiu o número de funcionários, será que
a velocidade da obra vai aumentar? É claro que não. E se um lado diminui enquanto o outro
aumentou, é inversamente proporcional e, portanto, devemos multiplicar lado por lado (em
paralelo).

8.x = 12.6
8x = 72 Dica
72 Quando a regra de três é
x =  à x = 9
8 inversa, multiplicamos lado
por lado, regra da LALA.

Exemplo: A velocidade constante de um carro e o tempo que esse carro gasta para dar uma
volta completa em uma pista estão indicados na tabela a seguir:

Velocidade (km/h) 120 60 40


Tempo (min) 1 2 3

Observando a tabela, percebemos que se trata de uma grandeza inversamente proporcional,


pois, à medida que uma grandeza aumenta, a outra diminui.

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Matemática – Regra de Três Simples – Prof. Dudan

Questões

1. Diga se é diretamente ou inversamente proporcional:


a) Número de cabelos brancos do professor Zambeli e sua idade.
b) Número de erros em uma prova e a nota obtida.
c) Número de operários e o tempo necessário para eles construírem uma casa.
d) Quantidade de alimento e o número de dias que poderá sobreviver um náufrago.
e) O número de regras matemática ensinadas e a quantidade de aulas do professor
Dudan assistidas.

2. Se (3, x, 14, ...) e (6, 8, y, ...) forem grandezas diretamente proporcionais, então o valor
de x + y é:
a) 20
b) 22
c) 24
d) 28
e) 32

3. Uma usina produz 500 litros de álcool com 6 000 kg de cana-de-açúcar. Determine
quantos litros de álcool são produzidos com 15 000 kg de cana.
a) 1000 litros.
b) 1050 litros.
c) 1100 litros.
d) 1200 litros.
e) 1250 litros.

4. Um muro de 12 metros foi construído utilizando 2 160 tijolos. Caso queira construir
um muro de 30 metros nas mesmas condições do anterior, quantos tijolos serão
necessários?
a) 5000 tijolos.
b) 5100 tijolos.
c) 5200 tijolos.
d) 5300 tijolos.
e) 5400 tijolos.

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5. Uma equipe de 5 professores gastou 12 dias para corrigir as provas de um
vestibular. Considerando a mesma proporção, quantos dias levarão 30
professores para corrigir as provas?
a) 1 dia.
b) 2 dias.
c) 3 dias.
d) 4 dias.
e) 5 dias.

6. Em uma panificadora, são produzidos 90 pães de 15 gramas cada um. Caso queira
produzir pães de 10 gramas, quantos serão produzidos?
a) 120 pães.
b) 125 pães.
c) 130 pães.
d) 135 pães.
e) 140 pães.

7. Se um avião, voando a 500 Km/h, faz o percurso entre duas cidades em 3h, quanto
tempo levará se viajar a 750 Km/h?
a) 1,5h.
b) 2h.
c) 2,25h.
d) 2,5h.
e) 2,75h.

8. Em um navio com uma tripulação de 800 marinheiros, há víveres para 45 dias. Quanto
tempo poderíamos alimentar os marinheiros com o triplo de víveres?
a) 130 dias.
b) 135 dias.
c) 140 dias.
d) 145 dias.
e) 150 dias.

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Matemática – Regra de Três Simples – Prof. Dudan

9. A comida que restou para 3 náufragos seria suficiente para alimentá-los por
12 dias. Um deles resolveu saltar e tentar chegar em terra nadando. Com um
náufrago a menos, qual será a duração dos alimentos?
a) 12 dias.
b) 14 dias.
c) 16 dias.
d) 18 dias.
e) 20 dias.

10. Uma viagem foi feita em 12 dias percorrendo-se 150km por dia. Quantos dias seriam
empregados para fazer a mesma viagem, percorrendo-se 200km por dia?
a) 5 dias.
b) 6 dias.
c) 8 dias.
d) 9 dias.
e) 10 dias.

11. Para realizar certo serviço de manutenção são necessários 5 técnicos trabalhando
durante 6 dias, todos com o mesmo rendimento e o mesmo número de horas. Se
apenas 3 técnicos estiverem disponíveis, pode-se concluir que o número de dias a
mais que serão necessários para realizar o mesmo serviço será:
a) 2 dias.
b) 3 dias.
c) 4 dias.
d) 5 dias.
e) 6 dias.

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12. Três torneiras, com vazões iguais e constantes, enchem totalmente uma
caixa d’água em 45 minutos. Para acelerar esse processo, duas novas
torneiras, iguais às primeiras, foram instaladas. Assim, o tempo gasto para
encher essa caixa d’água foi reduzido em:
a) 18 min.
b) 20 min.
c) 22 min.
d) 25 min.
e) 28 min.

13. Um empreiteiro utilizou 10 pedreiros para fazer um trabalho em 8 dias. Um vizinho


gostou do serviço e contratou o empreiteiro para realizar trabalho idêntico em sua
residência. Como o empreiteiro tinha somente 4 pedreiros disponíveis, o prazo dado
para a conclusão da obra foi:
a) 24 dias.
b) 20 dias.
c) 18 dias.
d) 16 dias.
e) 14 dias.

Casos particulares

João, sozinho, faz um serviço em 10 dias. Paulo, sozinho, faz o mesmo serviço em 15 dias. Em
quanto tempo fariam juntos esse serviço?
Primeiramente, temos que padronizar o trabalho de cada um. Nesse caso, já está padronizado,
pois ele refere-se ao trabalho completo, o que poderia ser dito a metade do trabalho feito em
um certo tempo.
Se João faz o trabalho em 10 dias, isso significa que ele faz 1/10 do trabalho por dia.

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Matemática – Regra de Três Simples – Prof. Dudan

Na mesma lógica, Paulo faz 1/15 do trabalho por dia.

1 1 3 2 5 1
Juntos o rendimento diário é de + = + = =
10 15 30 30 30 6
Se em um dia eles fazem 1/6 do trabalho em 6 dias os dois juntos completam o trabalho.

Sempre que as capacidades forem diferentes, mas o serviço a ser feito for o mesmo,
1 1 1
seguimos a seguinte regra: + =
t1 t2 tT (tempo total)

14. Uma torneira enche um tanque em 3h, sozinha. Outra torneira enche o
mesmo tanque em 4h, sozinha. Um ralo esvazia todo o tanque sozinho em
2h. Estando o tanque vazio, as 2 torneiras abertas e o ralo aberto, em quanto
tempo o tanque encherá?
a) 10 h.
b) 11 h.
c) 12 h.
d) 13 h.
e) 14 h.

Gabarito: 1. * 2. E 3. E 4. E 5. B 6. D 7 B 8. B 9. D 10. D 11. C 12. A 13. B 14. C

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Matemática

REGRA DE TRÊS COMPOSTA

A regra de três composta é utilizada em problemas com mais de duas grandezas, direta ou
inversamente proporcionais. Para não vacilar, temos que montar um esquema com base na
análise das colunas completas em relação à coluna do “x”.
Vejamos os exemplos abaixo.
Exemplo:
Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160m3 de areia. Em 5 horas, quantos caminhões serão
3
necessários para descarregar 125m ?
A regra é colocar, em cada coluna, as grandezas de mesma espécie e deixar o X na segunda
linha.

+ –
Horas Caminhões Volume
8 20 160

5 x 125

Identificando as relações quanto à coluna que contém o X:


Se, em 8 horas, 20 caminhões carregam a areia, em 5 horas, para carregar o mesmo volume,
serão necessários MAIS caminhões. Então se coloca o sinal de + sobre a coluna Horas.
Se 160 m³ são transportados por 20 caminhões, 125 m³ serão transportados por MENOS
caminhões. Sinal de – para essa coluna.
Assim, basta montar a equação com a seguinte orientação: ficam no numerador, acompanhando
o valor da coluna do x, o MAIOR valor da coluna com sinal de +, e da coluna com sinal de –, o
MENOR valor.
Assim:
20 × 125 × 8
= 25 Logo, serão necessários 25 caminhões.
160 × 5

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Exemplo:
Numa fábrica de brinquedos, 8 homens montam 20 carrinhos em 5 dias. Quantos carrinhos
serão montados por 4 homens em 16 dias?
Solução: montando a tabela:

– +
Homens Carrinhos Dias
8 20 5
4 x 16

Observe que, se 8 homens montam 20 carrinhos, então 4 homens montam MENOS carrinhos.
Sinal de – nessa coluna.

Se, em 5 dias montam-se 20 carrinhos, então, em 16 dias montam-se MAIS carrinhos. Sinal de +.
20 × 4 × 16
Montando a equação: x = = 32
8× 5
Logo, serão montados 32 carrinhos.

Exemplo:
O professor Cássio estava digitando o material para suas incríveis aulas para a turma do BNB
e percebeu que digitava 30 linhas em 2,5 minutos num ritmo constante e errava 5 vezes a
digitação nesse intervalo de tempo.
Sabe-se que o número de erros é proporcional ao tempo gasto na digitação.
Assim, com o objetivo de diminuir o total de erros para 4, se Cassio for digitar 120 linhas com
velocidade 20% inferior ele precisará de um tempo igual a:
a) 300 segundos.
b) 400 segundos.
c) 500 segundos.
d) 580 segundos.
e) 600 segundos.

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Matemática – Regra de Três Composta – Prof. Dudan

RESOLUÇÃO:
Inicialmente organizaremos as colunas nas mesmas unidades de medida, portanto, usaremos o
tempo em segundos lembrando que 2,5 minutos = 2,5 x 60 segundos, logo 150 segundos.
Assim:

linhas t(seg) erros velocidade(%)


30 150 5 100
120 x 4 80

Agora temos que fazer as perguntas para a coluna do x:


Se 30 linhas precisam de 150 segundos para serem digitadas, 120 linhas gastarão MAIS ou
MENOS tempo? RESPOSTA: MAIS tempo.
Se 5 erros são cometidos em 150 segundos de digitação, 4 erros seriam cometidos em MAIS ou
MENOS tempo? RESPOSTA: MENOS tempo.
Se com velocidade de 100% a digitação é feita em 150 segundos, com velocidade reduzida em
20% gastaríamos MAIS ou MENOS tempo?RESPOSTA: MAIS tempo.
Agora colocamos os sinais nas colunas e montamos a equação.

+ – +
linhas t(seg) erros velocidade(%)
30 150 5 100
120 x 4 80

Assim, basta colocar no numerador o valor que respeita o sinal colocado na coluna completa:
Sinal de + , coloca-se o MAIOR , sinal de - , coloca-se o MENOR valor.
X = 150.120.4.100 = 150.120.4.100 = 5.120.4.100 = 120.4.100 =
30.5.80 30.5.80 5.80 80
12.4.100 = 12.50 = 600 segundos.
8
Alternativa E

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Questões

1. Num acampamento, 10 escoteiros consumiram 4 litros de água em 6 dias. Se


fossem 7 escoteiros, em quantos dias consumiriam 3 litros de água?
a) 6,50
b) 6,45
c) 6,42
d) 6,52
e) 6,5

2. Em uma campanha publicitária, foram encomendados, em uma gráfica, quarenta e oito


mil folhetos. O serviço foi realizado em seis dias, utilizando duas máquinas de mesmo
rendimento, oito horas por dia. Dado o sucesso da campanha, uma nova encomenda
foi feita, sendo, desta vez, de setenta e dois mil folhetos. Com uma das máquinas
quebradas, a gráfica prontificou-se a trabalhar doze horas por dia, entregando a
encomenda em:
a) 7 dias.
b) 8 dias.
c) 10 dias.
d) 12 dias.
e) 15 dias.

3. Franco e Jade foram incumbidos de digitar as laudas de um texto. Sabe-se que ambos
digitaram suas partes com velocidades constantes e que a velocidade de Franco era
80% da de Jade. Nessas condições, se Jade gastou 10 min para digitar 3 laudas, o
tempo gasto por Franco para digitar 24 laudas foi:
a) 1h e 15 min.
b) 1h e 20 min.
c) 1h e 30 min.
d) 1h e 40 min.
e) 2h.

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Matemática – Regra de Três Composta – Prof. Dudan

4. Uma fazenda tem 30 cavalos e ração estocada para alimentá-los durante 2


meses. Se forem vendidos 10 cavalos e a ração for reduzida à metade, os
cavalos restantes poderão ser alimentados durante:
a) 3 meses.
b) 4 meses.
c) 45 dias.
d) 2 meses.
e) 30 dias.

5. Uma ponte foi construída em 48 dias por 25 homens, trabalhando​-se 6 horas por dia.
Se o número de homens fosse aumentado em 20% e a carga horária de trabalho em 2
horas por dia, essa ponte seria construída em:
a) 24 dias.
b) 30 dias.
c) 36 dias.
d) 40 dias.
e) 45 dias

6. Usando um ferro elétrico 20 minutos por dia, durante 10 dias, o consumo de energia
será de 5 kWh. O consumo do mesmo ferro elétrico se ele for usado 70 minutos por
dia, durante 15 dias será de.
a) 25 kWh.
b) 25,5 kWh.
c) 26 kWh.
d) 26,25 kWh.
e) 26,5 kWh.

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7. Trabalhando oito horas por dia, durante 16 dias, Pedro recebeu R$ 2 000,00.
Se trabalhar 6 horas por dia, durante quantos dias ele deverá trabalhar para
receber R$ 3000,00?
a) 31 dias.
b) 32 dias.
c) 33 dias.
d) 34 dias.
e) 35 dias.

8. Cinco trabalhadores de produtividade padrão e trabalhando individualmente,


beneficiam ao todo, 40 kg de castanha por dia de trabalho referente a 8 horas.
Considerando que existe uma encomenda de 1,5 toneladas de castanha para ser
entregue em 15 dias úteis, quantos trabalhadores de produtividade padrão devem ser
utilizados para que se atinja a meta pretendida, trabalhando dez horas por dia?
a) 10
b) 11
c) 12
d) 13
e) 14

9. Uma montadora de automóveis demora 20 dias, trabalhando 8 horas por dia, para
produzir 400 veículos. Quantos dias serão necessários para produzir 50 veículos,
trabalhando 10 horas ao dia?
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

10. Em 12 horas de funcionamento, três torneiras, operando com vazões iguais e


constantes, despejam 4500 litros de água em um reservatório. Fechando-se uma das
torneiras, o tempo necessário para que as outras duas despejem mais 3 500 litros de
água nesse reservatório será, em horas, igual a:
a) 10h
b) 11h
c) 12h
d) 13h
e) 14h

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Matemática – Regra de Três Composta – Prof. Dudan

11. Em uma fábrica de cerveja, uma máquina encheu 2 000 garrafas em 8 dias,
funcionando 8 horas por dia. Se o dono da fábrica necessitasse que ela
triplicasse sua produção dobrando ainda as suas horas diárias de
funcionamento, então o tempo, em dias, que ela levaria para essa nova
produção seria:
a) 16
b) 12
c) 10
d) 8
e) 4

12. Em uma fábrica de tecidos, 7 operários produziram, em 10 dias, 4 060 decímetros de


tecido. Em 13 dias, 5 operários, trabalhando nas mesmas condições, produzem um
total em metros de tecidos igual a:
a) 203
b) 377
c) 393
d) 487
e) 505

13. Para cavar um túnel, 30 homens demoraram 12 dias. Vinte homens, para cavar dois
túneis do mesmo tamanho e nas mesmas condições do primeiro túnel, irão levar:
a) 36 dias.
b) 38 dias.
c) 40 dias.
d) 42 dias.
e) 44 dias.

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14. Em um contrato de trabalho, ficou acertado que 35 operários construiriam
uma casa em 32 dias, trabalhando 8 horas diárias. Decorridos 8 dias, apesar
de a obra estar transcorrendo no ritmo previsto, novo contrato foi
confirmado: trabalhando 10 horas por dia, 48 operários terminariam a obra.
O número de dias gasto, ao todo, nessa construção foi:
a) 14
b) 19
c) 22
d) 27
e) 50

15. Numa editora, 8 digitadores, trabalhando 6 horas por dia, digitaram 3/5 de um
determinado livro em 15 dias. Então, 2 desses digitadores foram deslocados para um
outro serviço, e os restantes passaram a trabalhar apenas 5 horas por dia na digitação
desse livro. Mantendo-se a mesma produtividade, para completar a digitação do
referido livro, após o deslocamento dos 2 digitadores, a equipe remanescente terá de
trabalhar ainda:
a) 18 dias.
b) 16 dias.
c) 15 dias.
d) 14 dias.
e) 12 dias.

Gabarito: 1. C 2. D 3. D 4. C 5. B 6. D 7. B 8. A 9. B 10. E 11. B 12. B 13. A 14. C 15. B

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Matemática

DIVISÃO PROPORCIONAL

Existem problemas que solicitam a divisão de um número em partes diretamente proporcionais


a outro grupo de números, assim como aqueles que pedem a divisão em partes inversamente
proporcionais. Temos também os casos em que, em uma mesma situação, um número pode
ser dividido em partes diretamente proporcionais a um grupo de números, e em partes
inversamente proporcionais a um outro grupo de números.
A divisão proporcional é muito usada em situações relacionadas à Matemática Financeira,
Contabilidade, Administração, na divisão de lucros e prejuízos proporcionais aos valores
investidos pelos sócios de uma determinada empresa, por grupos de investidores em bancos
de ações e contas bancárias.
São questões sempre presentes em concursos públicos, por isso faremos uma abordagem
cuidadosa e detalhada desse mecanismo.

CONSTANTE DE PROPORCIONALIDADE

Considere as informações na tabela:

A B As colunas A e B não são iguais, mas são PROPORCIONAIS.


5 10 Então, podemos escrever:
6 12
5 ∞ 10
7 14
6 ∞ 12
9 18
9 ∞ 18
13 26
15 30
Toda a proporção se transforma em uma
Assim, podemos afirmar que: igualdade quando multiplicada por uma
constante
5k = 10
6k = 12


9k = 18
Onde a constante de proporcionalidade k é igual a dois.

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DIVISÃO PROPORCIONAL

Podemos definir uma DIVISÃO PROPORCIONAL, como uma forma de divisão no qual se
determinam valores que, divididos por quocientes previamente determinados, mantêm-se
uma razão constante (que não tem variação).
Exemplo Resolvido 1
Vamos imaginar que temos 120 bombons para distribuir em partes diretamente proporcionais
a 3, 4 e 5, entre 3 pessoas A, B e C, respectivamente:
Num total de 120 bombons, k representa a quantidade de bombons que cada um receberá.
Pessoa A - k k k = 3k
Pessoa B - k k k = 4k
Pessoas C - k k k = 5k
Se A + B + C = 120 então 3k + 4k + 5k = 120
3k + 4k + 5k = 120 logo 12k = 120 e assim k = 10
Pessoa A receberá 3 x 10 = 30
Pessoas B receberá 4 x 10 = 40
Pessoas C receberá 5 x 10 = 50
Exemplo Resolvido 2
Dividir o número 810 em partes diretamente proporcionais a 2/3, 3/4 e 5/6.
Primeiramente tiramos o mínimo múltiplo comum entre os denominadores 3, 4 e 6.
2 3 5 8 9 10
=
3 4 6 12 12 12

Depois de feito o denominador e encontradas frações equivalentes a 2/3, 3/4 e 5/6 com
denominador 12, trabalharemos apenas com os numeradores ignorando o denominador, pois
como ele é comum nas três frações. Logo, não precisamos trabalhar com ele mais.
Podemos então dizer que:
8K + 9K + 10K = 810
27K = 810
K = 30.
Por fim, multiplicamos cada parte proporcional pelo valor encontrado de k e assim obtemos:
240, 270 e 300.
8 x 30 = 240
9 x 30 = 270
10 x 30 = 300

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Matemática – Divisão Proporcional – Prof. Dudan

Exemplo Resolvido 3
Dividir o número 305 em partes inversamente proporcionais a 3/8, 5 e 5/6.
O que muda quando diz inversamente proporcional? Simplesmente invertemos as frações pelas
suas inversas.

3 8
 à 
8 3
1
5 à  Depois disso, usamos o mesmo método de cálculo.
5
5 6
 à 
6 5

8 1 6 40 3 18
=
3 5 5 15 15
5 15

Ignoramos o denominador e trabalhamos apenas com os numeradores.


40K + 3K + 18K = 305 logo 61K = 305 e assim K = 5
Por fim,
40 x 5 = 200
3 x 5 = 15
18 x 5 = 90
200, 15 e 90
Exemplo Resolvido 4
Dividir o número 118 em partes simultaneamente proporcionais a 2, 5, 9 e 6, 4 e 3.
Como a razão é direta, basta multiplicarmos suas proporcionalidades na ordem em que foram
apresentadas em ambas.
2 x 6 = 12
5 x 4 = 20
9 x 3 = 27 logo 12K + 20K + 27K =
118 → 59K = 118 daí
K=2
Teremos então,
12 x 2 = 24
20 x 2 = 40 24, 40 e 54.
27 x 2 = 54

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Questões:

1. Dividir o número 180 em partes diretamente proporcionais a 2,3 e 4.

2. Divida o número 250 em partes diretamente proporcionais a 15, 9 e 6.

3. Dividir o número 540 em partes diretamente proporcionais a 2/3, 3/4 e 5/6.

4. Dividir o número 48 em partes inversamente proporcionais a 1/3, 1/5 e 1/8.

5. Dividir o número 148 em partes diretamente proporcionais a 2, 6 e 8 e inversamente


proporcionais a 1/4, 2/3 e 0,4.

6. Dividir o número 670 em partes inversamente proporcionais simultaneamente a 2/5,


4, 0,3 e 6, 3/2 e 2/3.

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Matemática – Divisão Proporcional – Prof. Dudan

7. Dividindo-se 70 em partes proporcionais a 2, 3 e 5, a soma entre a menor e a


maior parte é:
a) 35
b) 49
c) 56
d) 42
e) 28

8. Com o lucro de R$ 30.000,00, o sócio A investiu R$ 60.000,00, o sócio B R$ 40.000,00 e


o sócio R$ 50.000,00. Qual é a parte correspondente de cada um?

9. Quatro amigos resolveram comprar um bolão da loteria. Cada um dos amigos deu a
seguinte quantia:
Carlos: R$ 5,00 Roberto: R$ 4,00 Pedro: R$ 8,00 João: R$ 3,00
Se ganharem o prêmio de R$ 500.000,00, quanto receberá cada amigo, considerando
que a divisão será proporcional à quantia que cada um investiu?

10. Três sócios formam uma empresa. O sócio A entrou com R$ 2 000 e trabalha 8h/dia.
O sócio B entrou com R$ 3 000 e trabalha 6h/dia. O sócio C entrou com R$ 5 000 e
trabalha 4h/dia. Se, na divisão dos lucros o sócio B recebe R$ 90 000, quanto recebem
os demais sócios?

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11. Três pessoas montam uma sociedade, na qual cada uma delas aplica,
respectivamente, R$ 20.000,00, R$ 30.000,00 e R$ 50.000,00. O balanço
anual da firma acusou um lucro de R$ 40.000,00. Supondo-se que o lucro seja
dividido em partes diretamente proporcionais ao capital aplicado, cada sócio
receberá, respectivamente:
a) R$ 5.000,00; R$ 10.000,00 e R$ 25.000,00
b) R$ 7.000,00; R$ 11.000,00 e R$ 22.000,00
c) R$ 8.000,00; R$ 12.000,00 e R$ 20.000,00
d) R$ 10.000,00; R$ 10.000,00 e R$ 20.000,00
e) R$ 12.000,00; R$ 13.000,00 e R$ 15.000,00

12. Uma herança foi dividida entre 3 pessoas em partes diretamente proporcionais às suas
idades que são 32, 38 e 45
Se o mais novo recebeu R$ 9 600, quanto recebeu o mais velho?

13. Uma empresa dividiu os lucros entre seus sócios, proporcionais a 7 e 11. Se o 2º sócio
recebeu R$ 20 000 a mais que o 1º sócio, quanto recebeu cada um?

14. Certa herança foi dividida de forma proporcional às idades dos herdeiros, que tinham
35, 32 e 23 anos. Se o mais velho recebeu R$ 525,00 quanto coube ao mais novo?
a) R$ 230,00
b) R$ 245,00
c) R$ 325,00
d) R$ 345,00
e) R$ 350,00

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Matemática – Divisão Proporcional – Prof. Dudan

15. Certo mês o dono de uma empresa concedeu a dois de seus funcionários
uma gratificação no valor de R$ 500. Essa gratificação foi dividida entre eles
em partes que eram diretamente proporcionais aos respectivos números de
horas de plantões que cumpriram no mês e, ao mesmo tempo, inversamente
proporcional à suas respectivas idades. Se um dos funcionários tem 36 anos
e cumpriu 24h de plantões e, outro, de 45 anos cumpriu 18h, coube ao mais
jovem receber:
a) R$ 302,50
b) R$ 310,00
c) R$ 312,5
d) R$ 325,00
e) R$ 342,50

Casos Especiais

Usaremos o método da divisão proporcional para resolver sistemas de equações que


apresentem uma das equações como proporção.
Exemplo Resolvido 5 :
A idade de meu pai está para a idade do filho assim como 9 está para 4. Determine essas idades
sabendo que a diferença entre eles é de 35 anos.
P=9
F=4

P–F=9
Como já vimos as proporções ocorrem tanto “verticalmente” como “horizontalmente”. Então
podemos dizer que:
P∝4
P está para 9 assim como F está para 4. Simbolicamente,
F∝9
Usando a propriedade de que “toda proporção se transforma em uma igualdade quando
multiplicada por uma constante”, temos:
P = 9k e F = 4k
Logo, a expressão fica:
P – F = 35
9k – 4k = 35 Assim, P = 9 x 7= 63 e F = 4 x 7 = 28
5k = 35
K=7

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y
16. Se 9x = e x + y = 154 determine x e y:
13

17. Sabendo-se que x – y = 18, determine x e y na proporção xy = 5 .


2

18. Os salários de dois funcionários do Tribunal são proporcionais às suas idades que são
40 e 25 anos. Se os salários somados totalizam R$ 9100,00, qual é a diferença de salário
desses funcionários?

19. A diferença entre dois números é igual a 52. O maior deles está para 23, assim como o
menor está para 19.Que números são esses?

20. A idade do pai está para a idade do filho assim como 7 está para 3. Se a diferença entre
essas idades é 32 anos, determine a idade de cada um.

Gabarito: 1. 40, 60 e 80 2. 125, 75 e 50 3. 240, 270 e 300 4. 9, 15 e 24 5. 32,36 e 80 6. 50, 20 e 600 7. B 8. 1200 / 8000 / 10000
9. R$ 125000, R$ 10000, R$ 200000 e R$ 75000 10. R$ 80000, R$ 90000 e R$100000 11.C 12. R$ 13500 13. R$ 35000 e R$ 55000 
14. D 15. C 16. x = 63 / y = 91 17. 30 e 12 18. R$ 2100 19. 299 e 247 20. 56 e 24

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Matemática

RELAÇÃO ENTRE GRANDEZAS

Definição

Definimos por grandeza tudo aquilo que pode ser contado e medido, como tempo, velocidade,
comprimento, preço, idade, temperatura entre outros. As grandezas são classificadas em:
diretamente proporcionais e inversamente proporcionais.

Grandezas diretamente proporcionais


São aquelas grandezas em que a variação de uma provoca a variação da outra numa mesma
razão. Se uma dobra, a outra dobra; se uma triplica, a outra triplica; se uma é divida em duas
partes iguais, a outra também é divida à metade.

Grandezas inversamente proporcionais


Uma grandeza é inversamente proporcional quando operações inversas são utilizadas nas
grandezas. Por exemplo, se dobramos uma das grandezas temos que dividir a outra por dois, se
triplicamos uma delas devemos dividir a outra por três e assim sucessivamente. A velocidade e
o tempo são considerados grandezas inversas, pois, se aumentarmos a velocidade, o tempo é
reduzido, e, se diminuímos a velocidade, o tempo aumenta.
Questões sobre esse assunto exigirão que o candidato, ao se deparar com uma tabela ou um
gráfico, saiba interpretá-lo, por exemplo, o crescimento populacional de uma região em relação
ao crescimento econômico; o desmatamento de uma mata com relação ao numero de espécies
de pássaros presentes, etc.
Os gráficos podem ser curvas ou retas, crescentes ou decrescentes.
Muitas vezes, a área sob a curva pode nos dar algumas informações (que é o produto de x vezes
y do gráfico). Gráficos e tabelas são intercambiáveis, ou seja, os dados de uma tabela podem
ser plotados em um gráfico, assim como os pontos de um gráfico podem ser tabelados.

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Exemplo

1. O gráfico abaixo apresenta o consumo médio de oxigênio, em função do tempo, de um atleta


de 70 kg ao praticar natação.

Considere que o consumo médio de oxigênio seja diretamente proporcional à massa do atleta.
Qual será, em litros, o consumo médio de oxigênio de um atleta de 80 kg, durante 10 minutos
de prática de natação?
a) 50,0
b) 52,5
c) 55,0
d) 57,5
e) 60,0

2. O gráfico apresenta informações sobre a relação entre o número de mulheres e o número de


homens atendidos em uma instituição, nos anos de 2012 e 2013.
Mantendo-se a mesma relação de atendimentos observada em 2012 e 2013, essa instituição
pretende atender, em 2014, 110 homens. Dessa forma, o número total de pessoas que essa
instituição pretende atender em 2014 e o número médio anual de atendimentos a mulheres
que se pretende atingir, considerando-se os anos de 2012, 2013 e 2014, são, respectivamente,
a) 160 e 113,3
b) 160 e 170
c) 180 e 120
d) 275 e 115
e) 275 e 172,2

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Matemática – Relação entre Grandezas – Prof. Dudan

Exemplo:

3. O gráfico mostra as receitas que uma empresa conseguiu em cada mês de um ano, além dos
custos que ela teve nos respectivos meses.

Considerando que o lucro mensal de uma empresa seja dado pela diferença entre a receita e o
custo, nessa ordem, observados naquele mês, o maior lucro mensal obtido por essa empresa
no ano considerado ocorreu no mês de:
a) dezembro
b) outubro
c) maio
d) fevereiro
e) janeiro

Gabarito: 1. E 2. D 3. B

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Matemática

PORCENTAGEM

DEFINIÇÃO: A percentagem ou porcentagem (do latim per centum, significando “por cento”,
“a cada centena”) é uma medida de razão com base 100 (cem). É um modo de expressar uma
proporção ou uma relação entre 2 (dois) valores (um é a parte e o outro é o inteiro) a partir de
uma fração cujo denominador é 100 (cem), ou seja, é dividir um número por 100 (cem).

Taxa Unitária
Quando pegamos uma taxa de juros e dividimos o seu valor por 100, encontramos a taxa
unitária.
A taxa unitária é importante para nos auxiliar a desenvolver todos os cálculos em matemática
financeira.
Pense na expressão 20% (vinte por cento), ou seja, essa taxa pode ser representada por uma
fração cujo numerador é igual a 20 e o denominador é igual a 100.

Como Fazer Agora é sua vez


10
10% = = 0,10
100 15%
20 20%
20% = = 0, 20
100 4,5%
5
5% = = 0, 05 254%
100
38 0%
38% = = 0,38
100 63%
1,5 24,5%
1,5% = = 0, 015
100
6%
230
230% = = 2,3
100

Dica:
A porcentagem vem
sempre associada a um
elemento, portanto,
sempre multiplicado a ele.

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Exemplos:

I. Calcule:

a) 20% de 450

b) 30% de 300

c) 40% de 400

d) 75% de 130

e) 215% de 120

f) 30% de 20% de 50

g) 20% de 30%de 50

Exemplo Resolvido
II. Um jogador de futebol, ao longo de um campeonato, cobrou 75 faltas, transformando em
gols 8% dessas faltas. Quantos gols de falta esse jogador fez?
8 600
8% de 75 = .75 = =6
100 100

Portanto, o jogador fez 6 gols de falta.

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Matemática – Porcentagem – Prof. Dudan

Exemplos:

2. Calcule:
a)
b) (20%)²
c) (1%)³
2
3. A expressão (10%) é igual a:
a) 100%.
b) 1%.
c) 0,1%.
d) 10%.
e) 0,01%

4. Uma mercadoria que custava US$ 2.400 sofreu um aumento, passando a custar US$ 2.880. A
taxa de aumento foi de:
a) 30%
b) 50%
c) 10%
d) 20%
e) 15%

5. Em um exame vestibular, 30% dos candidatos eram da área de Humanas. Dentre esses
candidatos, 20% optaram pelo curso de Direito. Do total dos candidatos, qual a porcentagem
dos que optaram por Direito?
a) 50%.
b) 20%.
c) 10%.
d) 6%.
e) 5%.

6. Uma certa mercadoria que custava R$ 10,50 sofreu um aumento, passando a custar R$ 11,34.
O percentual de aumento da mercadoria foi de:
a) 1,0%
b) 10,0%
c) 10,8%
d) 8,0%
e) 0,84%

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7. Se, em uma prova de matemática de 40 questões objetivas, um candidato ao vestibular errar
12 questões, o percentual de acertos será:
a) 4,8%
b) 12%
c) 26%
d) 52%
e) 70%

8. Dentre os inscritos em um concurso público, 60% são homens e 40% são mulheres. Já têm
emprego 80% dos homens e 30% das mulheres. Qual é a porcentagem dos candidatos que já
têm emprego?
a) 60%
b) 40%
c) 30%
d) 24%
e) 12%

9. O preço de um bem de consumo é R$100,00. Um comerciante tem um lucro de 25% sobre o


preço de custo desse bem. O valor do preço de custo, em reais, é:
a) 25,00.
b) 70,50.
c) 75,00.
d) 80,00.
e) 125,00.

10. Numa melancia de 10 kg, 95% dela é constituída de água. Após desidratar a fruta, de modo que
se eliminem 90% da água, pode-se afirmar que a massa restante da melancia será, em kg, igual
a:
a) 1,45
b) 1,80
c) 5
d) 9
e) 9,5

11. Em uma sala onde estão 100 pessoas, sabe-se que 99% são homens. Quantos homens devem
sair para que a percentagem de homens na sala passe a ser 98%?
a) 1
b) 2
c) 10
d) 50
e) 60

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Matemática – Porcentagem – Prof. Dudan

Fator de Capitalização

Vamos imaginar que certo produto sofreu um aumento de 20% sobre o seu valor inicial. Qual é
o novo valor deste produto?
Claro que, se não sabemos o valor inicial deste produto, fica complicado calcularmos, mas
podemos fazer a afirmação abaixo:
O produto valia 100% e sofreu um aumento de 20%. Logo, está valendo 120% do seu valor
inicial.
Como vimos no tópico anterior (taxas unitárias), podemos calcular qual o fator que podemos
utilizar para calcular o novo preço deste produto após o acréscimo.

120
Fator de Captalização = = 1,2
100
O Fator de Capitalização é um número pelo qual devo multiplicar o preço do meu produto para
obter como resultado final o seu novo preço, acrescido do percentual de aumento que desejo
utilizar.
Assim, se o meu produto custava R$ 50,00, por exemplo, basta multiplicar R$ 50,00 pelo meu
fator de capitalização (por 1,2) para conhecer seu novo preço. Nesse exemplo, será de R$ 60,00.
CALCULANDO O FATOR DE CAPITALIZAÇÃO: Basta somar 1 com a taxa unitária. Lembre-se de
que 1 = 100/100 = 100%

COMO CALCULAR:
•• Acréscimo de 45% = 100% + 45% = 145% = 145/ 100 = 1,45
•• Acréscimo de 20% = 100% + 20% = 120% = 120/ 100 = 1,2

ENTENDENDO O RESULTADO:
Para aumentar o preço do produto em 20%, deve-se multiplicar o preço por 1,2.
Exemplo: um produto que custa R$ 1.500,00, ao sofrer um acréscimo de 20%, passará a custar
1.500 x 1,2 (fator de capitalização para 20%) = R$ 1.800,00

COMO FAZER:

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Agora é a sua vez:

Acréscimo Cálculo Fator


15%
20%
4,5%
254%
0%
63%
24,5%
6%

Fator de Descapitalização

Vamos imaginar que certo produto sofreu um desconto de 20% sobre o seu valor inicial. Qual é
o novo valor deste produto?
Claro que, se não sabemos o valor inicial deste produto, fica complicado calcularmos, mas
podemos fazer a afirmação abaixo:
O produto valia 100% e sofreu um desconto de 20%. Logo, está valendo 80% do seu valor inicial.
Conforme dito anteriormente, podemos calcular o fator que podemos utilizar para calcular o
novo preço desse produto após o acréscimo.
80
Fator de Captalização = = 0,8
100
O Fator de Descapitalização é o número pelo qual devo multiplicar o preço do meu produto
para obter como resultado final o seu novo preço, considerando o percentual de desconto que
desejo utilizar.
Assim, se o meu produto custava R$ 50,00, por exemplo, basta multiplicar R$ 50,00 pelo meu
fator de descapitalização por 0,8 para conhecer seu novo preço, que, nesse exemplo, será de
R$ 40,00.
CALCULANDO O FATOR DE DESCAPITALIZAÇÃO: Basta subtrair o valor do desconto expresso
em taxa unitária de 1. Lembre-se que 1 = 100/100 = 100%

COMO CALCULAR:
•• Desconto de 45% = 100% - 45% = 55% = 55/ 100 = 0,55
•• Desconto de 20% = 100% - 20% = 80% = 80/ 100 = 0,8

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Matemática – Porcentagem – Prof. Dudan

ENTENDENDO O RESULTADO:
Para calcularmos um desconto no preço do produto de 20%, devemos multiplicar o valor desse
produto por 0,80.

Exemplo:
Um produto que custa R$ 1.500,00, ao sofrer um desconto de 20%, passará a custar 1.500 x
0,80 (fator de descapitalização para 20%) = R$ 1.200,00

COMO FAZER:

AGORA É A SUA VEZ:


Desconto Cálculo Fator

15%

20%

4,5%

254%

0%

63%

24,5%

6%

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Acréscimo e Desconto Sucessivos
Um tema muito comum abordado nos concursos é os acréscimos e os descontos sucessivos. Isso
acontece pela facilidade que os candidatos tem em se confundir ao resolver uma questão desse
tipo. O erro cometido nesse tipo de questão é básico: somar ou subtrair os percentuais, sendo
que, na verdade, o candidato deveria multiplicar os fatores de capitalização e descapitalização.

Exemplo resolvido 1:
Os bancos vêm aumentando significativamente as suas tarifas de manutenção de contas.
Estudos mostraram um aumento médio de 30% nas tarifas bancárias no 1º semestre de 2009 e
de 20% no 2° semestre de 2009. Assim, podemos concluir que as tarifas bancárias tiveram, em
média, suas tarifas aumentadas em:
a) 50%
b) 30%
c) 150%
d) 56%
e) 20%
Ao ler essa questão, muitos candidatos se deslumbram com a facilidade e quase por impulso
marcam como certa a alternativa “a” (a de “apressadinho”).
Ora, estamos falando de acréscimos sucessivos. Vamos considerar que a tarifa média mensal de
manutenção de conta no início de 2009 seja de R$ 100,00. Logo, após um acréscimo, teremos:
100,00 x 1,3 = 130,00
Agora, vamos acrescentar mais 20% referente ao aumento dado no 2° semestre de 2009:
130,00 x 1,2 = 156,00
Ou seja, as tarifas estão 56,00 mais caras do que no início do ano.
Como o valor inicial das tarifas era de R$ 100,00, concluímos que elas sofreram uma alta de
56%, e não de 50% como parecia inicialmente.

Como resolver a questão acima de uma forma mais direta:


Basta multiplicar os fatores de capitalização, como aprendemos no tópico 1.3:
• Fator de Capitalização para acréscimo de 30% = 1,3
• Fator de Capitalização para acréscimo de 20% = 1,2

1,3 x 1,2 = 1,56


logo, as tarifas sofreram uma alta média de: 1,56 – 1 = 0,56 = 56%

DICA: Dois aumentos sucessivos de 10% não implicam num aumento final de 20%.

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Matemática – Porcentagem – Prof. Dudan

COMO FAZER
Exemplo Resolvido 2:
Um produto sofreu, em janeiro de 2009, um acréscimo de 20% sobre o seu valor; em fevereiro,
outro acréscimo de 40%; e em março, um desconto de 50%. Nesse caso, podemos afirmar que
o valor do produto após a 3ª alteração em relação ao preço inicial é:
a) 10% maior
b) 10 % menor
c) Acréscimo superior a 5%
d) Desconto de 84%
e) Desconto de 16%

Resolução:
Fator para um aumento de 20% = 100% + 20% = 100/100 + 20/100 = 1+0,2 = 1,2
Aumento de 40% = 100% + 40% = 100/100 + 40/100 = 1 + 0,4 = 1,4
Desconto de 50% = 100% - 50% = 100/100 - 50/100 = 1 - 0,5 = 0,5
Assim: 1,2 x 1,4 x 0,5 = 0,84 (valor final do produto)
Como o valor inicial do produto era de 100% e 100% = 1, temos:
1 – 0,84 = 0,16
Conclui-se então que esse produto sofreu um desconto de 16% sobre o seu valor inicial.
Alternativa E

Exemplo Resolvido 3:
O professor Ed perdeu 20% do seu peso de tanto “trabalhar” na véspera da prova do concurso
público da CEF. Após esse susto, começou a se alimentar melhor e acabou aumentando em 25%
do seu peso no primeiro mês e mais 25% no segundo mês. Preocupado com o excesso de peso,
começou a fazer um regime e praticar esporte, conseguindo perder 20% do seu peso. Assim, o
peso do professor Ed em relação ao peso que tinha no início é:
a) 8% maior
b) 10% maior
c) 12% maior
d) 10% menor
e) Exatamente igual

Resolução:
Perda de 20% = 100% - 20% = 100/100 – 20/100 = 1 – 0,2 = 0,8
Aumento de 25% = 100% + 25% = 100/100 + 25/100 = 1 + 0,25 = 1,25
Aumento de 25% = 100% + 25% = 100/100 + 25/100 = 1 + 0,25 = 1,25
Perda de 20% = 100% - 20% = 100/100 – 20/100 = 1 – 0,2 = 0,8
Assim: 0,8 x 1,25 x 1,25 x 0,8 = 1
Conclui-se então que o professor possui o mesmo peso que tinha no início.
Alternativa E

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Exemplo Resolvido 4:
O mercado total de um determinado produto, em número de unidades vendidas, é dividido
por apenas duas empresas, D e G, sendo que, em 2003, a empresa D teve 80% de participação
nesse mercado. Em 2004, o número de unidades vendidas pela empresa D foi 20% maior do
que em 2003, enquanto na empresa G esse aumento foi de 40%. Assim, pode-se afirmar que,
em 2004, o mercado total desse produto cresceu, em relação a 2003,
a) 24%.
b) 28%.
c) 30%.
d) 32%.
e) 60%.

Resolução:
Considerando o tamanho total do mercado em 2003, sendo 100%, e sabendo que ele é
totalmente dividido entre o produto D (80%) e o produto G (20%):

2003 2004
Produto D 0,8 Aumento de 20% = 0,8 * 1,2 = 0,96
Produto G 0,2 Aumento de 40% = 0,2 * 1,4 = 0,28
TOTAL: 1 0,96 + 0,28 = 1,24

Se o tamanho total do mercado era de 1 em 2003 e passou a ser de 1,24 em 2004, houve um
aumento de 24% de um ano para o outro.
Alternativa A

Exemplo Resolvido 5:
Ana e Lúcia são vendedoras em uma grande loja. Em maio elas tiveram exatamente o mesmo
volume de vendas. Em junho, Ana conseguiu aumentar em 20% suas vendas, em relação a maio,
e Lúcia, por sua vez, teve um ótimo resultado, conseguindo superar em 25% as vendas de Ana,
em junho. Portanto, de maio para junho o volume de vendas de Lúcia teve um crescimento de:
a) 35%.
b) 45%.
c) 50%.
d) 60%.
e) 65%.

Resolução:
Como não sabemos as vendas em maio, vamos considerar as vendas individuais em 100% para
cada vendedora. A diferença para o problema anterior é que, no anterior, estávamos tratando
o mercado como um todo. Nesse caso, estamos calculando as vendas individuais de cada
vendedora.

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Matemática – Porcentagem – Prof. Dudan

Maio Junho
Ana 1 Aumento de 20% = 1 * 1,2 = 1,2
Lúcia 1 Aumento de 25% sobre as vendas de Ana em junho = 1,2 * 1,25 = 1,5

Como as vendas de Lúcia passaram de 100% em maio para 150% em junho (de 1 para 1,5),
houve um aumento de 50%.
Alternativa C

12. Um trabalhador recebeu dois aumentos sucessivos, de 20% e de 30%, sobre o seu
salário. Desse modo, o percentual de aumento total sobre o salário inicial desse
trabalhador foi de
a) 30%
b) 36%
c) 50%
d) 56%
e) 66%

13. Descontos sucessivos de 20% e 30% são equivalentes a um único desconto de:
a) 25%
b) 26%
c) 44%
d) 45%
e) 50%

14. Considerando uma taxa mensal constante de 10% de inflação, o aumento de preços
em 2 meses será de
a) 2%
b) 4%
c) 20%
d) 21%
e) 121%

15. Um comerciante elevou o preço de suas mercadorias em 50% e divulgou, no dia


seguinte, uma remarcação com desconto de 50% em todos os preços. O desconto
realmente concedido em relação aos preços originais foi de:
a) 40%
b) 36%
c) 32%
d) 28%
e) 25%

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16. Um revendedor aumenta o preço inicial de um produto em 35% e, em seguida,
resolve fazer uma promoção, dando um desconto de 35% sobre o novo preço. O
preço final do produto é
a) impossível de ser relacionado com o preço inicial.
b) superior ao preço inicial.
c) superior ao preço inicial, apenas se este for maior do que R$ 3.500,00.
d) igual ao preço inicial.
e) inferior ao preço inicial.

Gabarito: 1. * 2. * 3. B 4. D 5. D 6. D 7. E 8. A 9. D 10. A 11. D 12. D 13. C 14. D 15. E 16. E

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Matemática

SISTEMA MÉTRICO DECIMAL 

Definição: O SISTEMA MÉTRICO DECIMAL é parte integrante do Sistema de Medidas. É adotado


no Brasil tendo como unidade fundamental de medida o metro. O Sistema de Medidas é um
conjunto de medidas usado em quase todo o mundo, visando padronizar as formas de medição.  
Unidades de medida ou sistemas de medida é um tema bastante presente em concursos
públicos e, por isso, é mais um dos assuntos tratados nesse livro.
Para podermos comparar um valor com outro, utilizamos uma grandeza predefinida como
referência, grandeza chamada de unidade padrão.
As unidades de medida padrão que nós brasileiros utilizamos com maior frequência são o
grama, o litro e o metro, assim como o metro quadrado e o metro cúbico.
Além dessas, também fazemos uso de outras unidades de medida para realizarmos, por
exemplo, a medição de tempo, de temperatura ou de ângulo.
Dependendo da unidade de medida que estamos utilizando, a unidade em si ou é muito grande
ou muito pequena. Nesse caso, então, utilizamos os seus múltiplos ou submúltiplos. O grama
geralmente é uma unidade muito pequena para o uso cotidiano, por isso, em geral, utilizamos
o quilograma, assim como em geral utilizamos o mililitro ao invés da própria unidade litro,
quando o assunto é bebidas, por exemplo.

Utilização das Unidades de Medida


Quando estamos interessados em saber a quantidade de líquido que cabe em um recipiente, na
verdade estamos interessados em saber a sua capacidade. O volume interno de um recipiente
é chamado de capacidade. A unidade de medida utilizada na medição de capacidades é o litro.
Se estivéssemos interessados em saber o volume do recipiente em si, a unidade de medida
utilizada nessa medição seria o metro cúbico.
Para ladrilharmos um cômodo de uma casa, é necessário que saibamos a área deste cômodo.
Áreas são medidas em metros quadrados.
Para sabermos o comprimento de uma corda, é necessário que a meçamos. Nessa medição, a
unidade de medida utilizada será o metro ou metro linear.
Se você for fazer uma saborosa torta de chocolate, precisará comprar cacau e o mesmo será
pesado para medirmos a massa desejada. A unidade de medida de massa é o grama.
Veja a tabela a seguir, na qual agrupamos essas principais unidades de medida, seus múltiplos e
submúltiplos do Sistema Métrico Decimal, segundo o Sistema Internacional de Unidades – SI:

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Subconjunto de Unidades de Medida do Sistema Métrico Decimal

Medida de Grandeza Fator Múltiplos Unidades Submúltiplos

Capacidade Litro 10 kl hl dal l dl cl ml


3 3 3 3 3 3
Volume Métro Cúbico 1000 km hm dam m dm cm mm3
Metro
Área 100 km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
Quadrado
Comprimento Metro 10 km hm dam m dm cm mm
Massa Grama 10 kg hg dag g dg cg mg

�⥂x �⥂x �⥂x �⥂x � ⥂x � ⥂x �⥂x ⥂x


Observe que as setas que apontam para a direita indicam uma multiplicação pelo fator
multiplicador (10, 100 ou 1000 dependendo da unidade de medida), assim como as setas que
apontam para a esquerda indicam uma divisão também pelo fator.
A conversão de uma unidade para outra unidade dentro da mesma grandeza é realizada
multiplicando-se ou dividindo-se o seu valor pelo fator de conversão, dependendo de a unidade
original estar à esquerda ou à direita da unidade a que se pretende chegar, tantas vezes quantos
forem o número de níveis de uma unidade a outra.

O metro
O termo “metro” é oriundo da palavra grega métron e tem como significado “o que mede”.
Estabeleceu-se, no princípio, que a medida do “metro” seria a décima milionésima parte da
distância entre o Pólo Norte e Equador, medida pelo meridiano que passa pela cidade francesa
de Paris. O metro padrão foi criado no de 1799 e hoje é baseado no espaço percorrido pela luz
no vácuo em um determinado período.

Múltiplos e submúltiplos do Metro


Como o metro é a unidade fundamental do comprimento, existem evidentemente os seus
respectivos múltiplos e submúltiplos.
Os nomes pré-fixos desses múltiplos e submúltiplos são: quilo, hecto, deca, centi e mili.
Veja o quadro:

Múltiplos Unidade Principal Submúltiplos


Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Km Hm Dam M Dm Cm Mm
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m
2000m 200m 20m 2m 0,2m 0,02m 0,002m
3000m 300m 30m 3m 0,3m 0,03m 0,003m

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Matemática – Sistema Métrico Decimal – Prof. Dudan

Os múltiplos do metro são usados para realizar medição em grandes áreas/distâncias, enquanto
os submúltiplos para realizar medição em pequenas distâncias.

Leitura das Medidas de Comprimento


Podemos efetuar a leitura correta das medidas de comprimento com o auxilio de um quadro
chamado “quadro de unidades”.
Exemplo: Leia 16,072 m

Km Hm Dam M Dm Cm Mm
Kilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
1 6, 0 7 2

Após ter colocado os respectivos valores dentro das unidades equivalentes, lê-se a parte inteira
acompanhada da unidade de medida do seu último algarismo e a parte decimal com a unidade
de medida o último algarismo.
16,072m : dezesseis metros e setenta e dois milímetros.
Veja outros exemplos de leitura:
8,05 km = Lê-se assim: “Oito quilômetros e cinco decâmetros”
72,207 dam = Lê-se assim: “Setenta e dois decâmetros e duzentos e sete centímetros”
0,004 m = Lê-se assim: “quatro milímetros”.

Sistemas não Decimais

Para distâncias astronômicas, utilizamos o ano-luz (distância percorrida pela luz em um ano):
Ano-luz = 9,5 · 1012 km
O pé, a polegada, a milha e a jarda são unidades não pertencentes ao sistemas métrico decimal,
são utilizadas em países de língua inglesa. Observe as igualdades abaixo:
Pé = 30,48 cm
Polegada = 2,54 cm
Jarda = 91,44 cm
Milha terrestre = 1.609 m
Milha marítima = 1.852 m

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Observe que:
1 pé = 12 polegadas
1 jarda = 3 pés

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Matemática

SISTEMA DE MEDIDA DE TEMPO

Medidas de tempo

É comum em nosso dia a dia perguntas do tipo:


•• Qual é a duração dessa partida de futebol?
•• Qual é o tempo dessa viagem?
•• Qual é a duração desse curso?
•• Qual é o melhor tempo obtido por esse corredor?
Todas essas perguntas serão respondidas tomando por base uma unidade padrão de medida
de tempo.
A unidade de tempo escolhida como padrão no Sistema Internacional (SI) é o segundo.
Um dia é um intervalo de tempo relativamente longo. Nesse período você pode dormir, se
alimentar, estudar, se preparar para concursos e muitas outras coisas.
Muitas pessoas se divertem assistindo a um bom filme; porém, se os filmes tivessem a duração
de um dia, eles não seriam uma diversão, mas sim uma tortura.
Se dividirmos em 24 partes iguais o intervalo de tempo relativo a um dia, cada uma destas
frações de tempo corresponderá a exatamente uma hora, portanto concluímos que um dia
equivale a 24 horas e que 1 24 do dia equivale a uma hora.
Uma ou duas horas é um bom tempo para se assistir um filme, mas para se tomar um banho é
um tempo demasiadamente grande.
Portanto, dependendo da tarefa, precisamos fracionar o tempo, nesse caso, a hora.
Se dividirmos em 60 partes iguais o intervalo de tempo correspondente a uma hora, cada uma
dessas 60 partes terá a duração exata de um minuto, o que nos leva a concluir que uma hora
equivale a 60 minutos, assim como 1 60 da hora equivale a um minuto.
Dez ou quinze minutos é um tempo mais do que suficiente para tomarmos um bom banho
ouvindo uma boa música, mas, para atravessarmos a rua, esse tempo é um verdadeiro convite
a um atropelamento.
Se dividirmos em 60 partes iguais o intervalo de tempo relativo a um minuto, cada uma dessas
partes terá a duração exata de um segundo. Com isso concluímos que um minuto equivale a 60
segundos e que 1 60 do minuto equivale a um segundo.
Das explicações acima podemos chegar ao seguinte resumo:
•• 1 dia = 24 horas
•• 1 hora = 60 minutos
•• 1 minuto = 60 segundos

www.acasadoconcurseiro.com.br 549
Assim, também podemos concluir que :
•• 1 hora = 1/24 dia
•• 1 minuto = 1/60 hora
•• 1 segundo = 1/60 minuto.

Múltiplos e Submúltiplos do Segundo


Quadro de unidades

Múltiplos
Minutos Horas Dia
min h d
60s 60 min = 3.600s 24h = 1.440min = 86.400s

São submúltiplos do segundo:


•• décimo de segundo
•• centésimo de segundo
•• milésimo de segundo
Cuidado: Nunca escreva 2,40h como forma de representar 2h40min. Pois o sistema de medidas
de tempo não é decimal.
Observe:

Tabela para Conversão entre Unidades de Medidas de Tempo

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Matemática – Unidade de Tempo – Prof. Dudan

Além das unidades vistas anteriormente, podemos também relacionar algumas outras:

Unidade Equivale
Semana 7 dias
Quinzena 15 dias
Mês 30 dias *
Bimestre 2 meses
Trimestre 3 meses
Quadrimestre 4 meses
Semestre 6 meses
Ano 12 meses
Década 10 anos
Século 100 anos
Milênio 1000 anos

* O mês comercial utilizado em cálculos financeiros possui, por convenção, 30 dias.

Exemplos Resolvidos
•• Converter 25 minutos em segundos
A unidade de tempo minuto é maior que a unidade segundo, já que 1 minuto contém 60
segundos. Portanto, de acordo com o explicado acima, devemos realizar uma multiplicação,
mas devemos multiplicar por quanto?
Devemos multiplicar por 60, pois cada minuto equivale a 60 segundos:
Visto que:
A min = 60 seg
Então:
Assim, 25 min é igual a 1500 s.

•• Converter 2220 segundos em minutos


Este exemplo solicita um procedimento oposto ao do exemplo anterior. A unidade de tempo
segundo é menor que a unidade minuto já que: 1s = 1 60 min
Logo, devemos dividir por 60, pois cada segundo equivale a 1 60 do minuto: 2.200 ÷ 60 = 37
Note que alternativamente, conforme a tabela de conversão acima, poderíamos ter multiplicado
60 ao invés de termos dividido por 60, já que são operações equivalentes:
1

2.200 x 1 = 37
60
Assim, 2.220 s é igual a 37 min.

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•• Quantos segundos há em um dia?
Nos exemplos anteriores nos referimos a unidades vizinhas, convertemos de minutos para
segundos e vice-versa.
Como a unidade de tempo dia é maior que a unidade segundo, iremos solucionar o problema
recorrendo a uma série de multiplicações.
Pela tabela de conversão acima para convertermos de dias para horas devemos multiplicar por
24, para convertermos de horas para minutos devemos multiplicar por 60 e finalmente para
convertermos de minutos para segundos também devemos multiplicar por 60. Temos então o
seguinte cálculo:
1 x 24 x 60 x 60 = 864.000

•• 10.080 minutos são quantos dias?


Semelhante ao exemplo anterior, só que, nesse caso, precisamos converter de uma unidade
menor para uma unidade maior. Como as unidades não são vizinhas, vamos então precisar de
uma série de divisões.
De minutos para horas precisamos dividir por 60 e de horas para dias temos que dividir por 24.
O cálculo será então:
10.080 ÷ 60 ÷ 24 = 7
Assim, 10.080 minutos correspondem 7 dias.

1. Fernando trabalha 2h 20min todos os dias numa empresa, quantas minutos


ele trabalha durante um mês inteiro de 30 dias.

a) 420
b) 4200
c) 42000
d) 4,20
e) 42,00

2. Um programa de televisão começou às 13 horas, 15 minutos e 20 segundos, e


terminou às 15 horas, 5 minutos e 40 segundos. Quanto tempo esse programa durou,
em segundos?
a) 6.620 s
b) 6.680 s
c) 6.740 s
d) 10.220 s
e) 13.400 s

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Matemática – Unidade de Tempo – Prof. Dudan

3. Uma competição de corrida de rua teve início às 8h04min. O primeiro atleta


cruzou a linha de chegada às 12h02min05s. Ele perdeu 35s para ajustar seu
tênis durante o percurso. Se esse atleta não tivesse tido problema com o
tênis, perdendo assim alguns segundos, ele teria cruzado a linha de chegada com o
tempo de
a) 3h 58min 05s.
b) 3h 57min 30s.
c) 3h 58min 30s.
d) 3h 58min 35s.
e) 3h 57min 50s.

4. Um atleta já percorreu o mesmo percurso de uma corrida por dez vezes. Em duas
vezes seu tempo foi de 2h25 min. Em três vezes percorreu o percurso em 2h17min.
Por quatro vezes, seu tempo foi de 2h22min, e, em outra ocasião, seu tempo foi de
2h11min. Considerando essas marcações, o tempo médio desse atleta nessas dez
participações é:
a) 2h 13 min.
b) 2h 18 min.
c) 2h 20 min.
d) 2h 21 min.
e) 2h 24 min.

5. Uma espaçonave deve ser lançada exatamente às 12 horas, 32 minutos e 30 segundos.


Cada segundo de atraso provoca um deslocamento de 44 m de seu local de destino,
que é a estação orbital. Devido a uma falha no sistema de ignição, a espaçonave foi
lançada às 12 horas 34 minutos e 10 segundos. A distância do ponto que ela atingiu até
o destino previsto inicialmente foi de:
a) 2,2 km.
b) 3,3 km.
c) 4,4 km.
d) 5,5 km.
e) 6,6 km.

6. Os 3 de um dia correspondem a
50
a) 1 hora, 4 minutos e 4 segundos.
b) 1 hora, 26 minutos e 4 segundos.
c) 1 hora, 26 minutos e 24 segundos.
d) 1 hora, 40 minutos e 4 segundos.
e) 1 hora e 44 minutos.

Gabarito: 1. B 2. A 3. B 4. C 5. C 6. C

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Matemática

CONVERSÃO DE UNIDADES

Apresentamos a tabela de conversão de unidades do sistema Métrico Decimal.

Medida de Grandeza Fator Múltiplos Unidades Submúltiplos

Capacidade Litro 10 kl hl dal l dl cl ml


Volume Metro Cúbico 1000 km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3
Metro
Área 100 km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
Quadrado
Comprimento Metro 10 km hm dam m dm cm mm
Massa Grama 10 kg hg dag g dg cg mg
⥂x
� �⥂x �⥂x �⥂x � ⥂x � ⥂x �⥂x � ⥂x

Exemplos de Conversão entre Unidades de Medida

Converta 2,5 metros em centímetros


Para convertermos 2,5 metros em centímetros, devemos multiplicar (porque na tabela metro
está à esquerda de centímetro) 2,5 por 10 duas vezes, pois, para passarmos de metros para
centímetros, saltamos dois níveis à direita.
Primeiro passamos de metros para decímetros e depois de decímetros para centímetros:
2,5 m .10.10 = 250 cm
Isto equivale a passar a vírgula duas casas para a direita.
Portanto: 2,5 m é igual a 250 cm

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Passe 5.200 gramas para quilogramas
Para passarmos 5.200 gramas para quilogramas, devemos dividir (porque na tabela grama
está à direita de quilograma) 5.200 por 10 três vezes, pois, para passarmos de gramas para
quilogramas, saltamos três níveis à esquerda.
Primeiro passamos de grama para decagrama, depois de decagrama para hectograma e
finalmente de hectograma para quilograma:
5200 g :10:10:10 = 5,2 kg
Isso equivale a passar a vírgula três casas para a esquerda.
Portanto: 5.200 g é igual a 5,2 kg.

Quantos centilitros equivalem a 15 hl?


Para irmos de hectolitros a centilitros, passaremos quatro níveis à direita. Multiplicaremos
então 15 por 10 quatro vezes:
15 hl .10.10.10.10 = 150000 cl
Isso equivale a passar a vírgula quatro casas para a direita.
Portanto: 150.000 cl equivalem a 15 hl.

Quantos quilômetros cúbicos equivalem a 14 mm3?


Para passarmos de milímetros cúbicos para quilômetros cúbicos, passaremos seis níveis à
esquerda. Dividiremos então 14 por 1000 seis vezes:
3 -17 3
Portanto: 0,000000000000000014 km , ou a 1,4 x 10 km se expresso em notação científica
3
equivalem a 14 mm .

Passe 50 dm2 para hectômetros quadrados


Para passarmos de decímetros quadrados para hectômetros quadrados, passaremos três
níveis à esquerda. Dividiremos então por 100 três vezes:
50 dm² :100:100:100 = 0,00005 km²
Isso equivale a passar a vírgula seis casas para a esquerda.
Portanto: 50 dm2 é igual a 0,00005 hm2.

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Matemática – Conversão de Unidades – Prof. Dudan

Agora observe os exemplos de transformações

1. Transforme 17,475 hm em m

Para transformar hm (hectômetro) em m (metro) – observe que são duas casas à direita –
multiplicamos por 100, ou seja, (10 x 10).
17,475 x 100 = 1.747,50 ou seja 17,475 hm é = 1.747,50m

2. Transforme 2,462 dam em cm

Para transformar dam (Decâmetro) em cm (Centímetro) – observe que são três casas à direita –
multiplicamos por 1000, ou seja, (10 x 10 x 10).
2,462 x 1000 = 2462 ou seja 2,462dam é = 2462cm

3. Transforme 186,8m em dam.

Para transformar m (metro) em dam (decâmetro) – observe que é uma casa à esquerda –
dividimos por 10.
186,8 ÷ 10 = 18,68 ou seja 186,8 m é = 18,68 dam

www.acasadoconcurseiro.com.br 557
4. Transforme 864m em km.

Para transformar m (metro) em km (Kilômetro) – observe que são três casas à esquerda –
dividimos por 1000.
864 ÷ 1000 = 0,864 ou seja 864m é = 0,864km
Obs: Os quadros das medidas foram colocados em cada operação repetidamente, de
propósito, para que haja uma fixação, pois é fundamental conhecer “decoradamente”
essas posições.

Exercícios:

3
1. Os de um hectômetro correspondem a:
50

a) 60 mm.
b) 60 cm.
c) 60 dm.
d) 60 m.
e) 60 dam.

2. A atleta brasileira Fabiana Murer alcançou a marca de 4,60 m no salto com vara,
nos Jogos Pan-americanos realizados no Rio de Janeiro em 2007. Sua melhor
marca é de 4,80 m, recorde sul-americano na categoria. Qual é a diferença, em
centímetro, entre essas duas marcas?
a) 0,2.
b) 2.
c) 20.
d) 200.
e) 2000.

3. O resultado de 15.000 mm² + 15 cm² é igual a:


a) 0,1515 dm²
b) 1,5015 dm²
c) 1,65 dm²
d) 15,15 dm²
e) 151,5 dm²

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Matemática – Conversão de Unidades – Prof. Dudan

4. Uma tartaruga percorreu, num dia, 6,05 hm. No dia seguinte, percorreu mais 0,72
km e, no terceiro dia, mais 12.500 cm. Qual a distância que a tartaruga percorreu
nos três dias?
a) 1,45 m
b) 14,5 m
c) 145 m
d) 1450 m
e) 14500 m.

5. Se 13,73 dam foram convertidos para várias unidades diferentes. Das conversões
abaixo, assinale a única que está errada.
a) 13730 cm
b) 137,3 m
c) 1,373 hm
d) 0,01373 km
e) 1373 dm

Equivalência entre Medidas de Volume e Medidas de Capacidade

As principais conversões entre volume e capacidade são:


1m³ = 1000 litros
1 dm³ = 1 litro
1 cm³ = 1 ml
• Um cubo de aresta de 10 cm terá um volume de 1.000 cm3, medida que equivalente a 1 l.
• Como 1.000 cm3 equivalem a 1 dm3, temos que 1 dm3 equivale a 1 l.
• Como um litro equivale a 1.000 ml, podemos afirmar que 1 cm3 equivale a 1 ml.
• dm3 equivalem a 1 m3, portanto 1 m3 é equivalente a 1.000 l, que equivalem a 1 kl.

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Exemplos de Conversão entre Medidas de Volume e Medidas de Capacidade

Quantos decalitros equivalem a 1 m3?


Sabemos que 1 m3 equivale a 1.000 l, portanto, para convertermos de litros a decalitros,
passaremos um nível à esquerda. Dividiremos então 1.000 por 10 apenas uma vez:
1000l :10 = 100 dal
Isso equivale a passar a vírgula uma casa para a esquerda.
Poderíamos também raciocinar da seguinte forma:
Como 1 m3 equivale a 1 kl, basta fazermos a conversão de 1 kl para decalitros, quando então
passaremos dois níveis à direita. Multiplicaremos então 1 por 10 duas vezes:
ikl .10.10 = 100dal
Portanto: 100 dal equivalem a 1 m3.

348 mm3 equivalem a quantos decilitros?


Como 1 cm3 equivale a 1 ml, é melhor dividirmos 348 mm3 por mil, para obtermos o seu
3 3 3
equivalente em centimetros cúbicos: 0,348 cm . Logo 348 mm equivale a 0,348 ml, já que cm
e ml se equivalem.
Nesse ponto, já convertemos de uma unidade de medida de volume, para uma unidade de
medida de capacidade.
Falta-nos passarmos de mililitros para decilitros, quando então passaremos dois níveis à
esquerda.
Dividiremos então por 10 duas vezes:
0,348 ml :10:10 = 0,00348 dl
Logo: 348 mm3 equivalem a 0,00348 dl.

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Matemática – Conversão de Unidades – Prof. Dudan

6. Transformando 3,5 m³ em dal, temos:


a) 0,35
b) 3,5
c) 35
d) 350
e) 3500

7. Quantos cm³ existem em 10 litros?


a) 10
b) 100
c) 1.000
d) 10.000
e) 100.000

Dúvidas Frequentes
•• Um metro cúbico equivale a quantos metros quadrados?
•• Converter medidas em decilitros para gramas.
•• Quantos litros cabem em um metro quadrado?
•• Como passar litros para milímetros?
•• Quantos centímetros lineares há em um metro quadrado?
•• Conversão de litros para gramas.
•• Um centímetro corresponde a quantos litros?
•• Como passar de centímetros quadrados para mililitros?
•• Quantos mililitros tem um centímetro?
3
•• Transformar m em metro linear.
•• Quanto vale um centímetro cúbico em gramas?

Você consegue notar algum problema nessas pesquisas?


O problema é que elas buscam a conversão entre unidades de medidas incompatíveis, como
por exemplo, a conversão de metro cúbico para metro quadrado. A primeira é uma unidade de
medida de volume e a segunda é uma unidade de medida de área, por isso são incompatíveis e
não existe conversão de uma unidade para a outra.
Então todas as conversões acima não são possíveis de se realizar, a não que se tenha outras
informações, como a densidade do material na última questão, mas isso já é uma outra
disciplina.
Acredito que a razão dessas dúvidas é o fato de o estudante não conseguir discernir claramente
o que são comprimento, área, volume e capacidade, portanto vou procurar esclarecer tais
conceitos com maiores detalhes.
Gabarito: 1. C 2. C 3. C 4. D 5. D 6. C 7. D

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Matemática

MÉDIA ARITMÉTICA

A média aritmética é uma das formas de obter um valor intermediário entre vários valores. É
considerada uma medida de tendência central e é muito utilizada no cotidiano.
Para a calcular basta somar todos os elementos e dividi-los pelo total de elementos

x1 + x2 + ... + xn
Ma =
n
Exemplo Resolvido 1:
Calcule a média anual de Carlos na disciplina de Matemática com base nas seguintes notas
bimestrais:
1ºB = 6,0 2ºB = 9,0 3ºB = 7,0 4ºB = 5,0
Logo: Ma = (6,0 + 9,0 + 7,0 + 5,0) / 4
Ma = 27/4
Ma = 6,75

Exemplo Resolvido 2:
O dólar é considerado uma moeda de troca internacional, por isso o seu valor diário possui
variações. Acompanhando a variação de preços do dólar em reais durante uma semana,
verificou-se as variações de acordo com a tabela informativa:

Segunda Terça Quarta Quinta Sexta


R$ 2,30 R$ 2,10 R$ 2,60 R$ 2,20 R$ 2,00

Determine o valor médio do preço do dólar nesta semana.


Ma = (2,3 + 2,1 + 2,6 + 2,2 + 2) / 5
Ma = 11,2 / 5 = 2,24

O valor médio do dólar na semana apresentada foi de R$ 2,24.

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Média Ponderada

Ponderar é sinônimo de pesar. No cálculo da média ponderada, multiplicamos cada valor do


conjunto por seu “peso”, isto é, sua importância relativa.

x1 ×P1 + x2 ×P2 + ... + xn ×Pn


Mp =
P1 + P2 + ... + Pn

Exemplo Resolvido 3:
Paulo teve as seguintes notas nas provas de Matemática no ano de 2008: 8,5; 7,0; 9,5 e 9,0,
nas quais os pesos das provas foram 1, 2, 3 e 4, respectivamente. Para obter uma nota que
representará seu aproveitamento no bimestre, calculamos a média aritmética ponderada (MP).

Exemplo Resolvido 4:
Marcos participou de um concurso, onde foram realizadas provas de Português, Matemática,
Biologia e História. Essas provas tinham peso 3, 3, 2 e 2, respectivamente. Sabendo que Marcos
tirou 8,0 em Português, 7,5 em Matemática, 5,0 em Biologia e 4,0 em História, qual foi a média
que ele obteve?

p =

Portanto, a média de Marcos foi de 6,45.

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Matemática – Média Aritmética – Prof. Dudan

1. A média aritmética de 11 números é 45. Se o número 8 for retirado do


conjunto, a média aritmética dos números restantes será:
a) 48,7.
b) 48.
c) 47,5.
d) 42.
e) 41,5.

2. Comprei 5 doces a R$ 1,80 cada um, 3 doces a R$ 1,50 e 2 doces a R$ 2,00 cada. O
preço médio, por doce, foi de:
a) R$ 1,75.
b) R$ 1,85.
c) R$ 1,93.
d) R$ 2,00.
e) R$ 2,40.

3. Para ser aprovado em um concurso, um estudante precisa submeter-se a três


provas parciais durante o período letivo e a uma prova final, com pesos 1, 1, 2 e 3,
respectivamente, e obter média no mínimo 7. Se um estudante obteve nas provas
parciais as notas 5, 7 e 5, respectivamente, a nota mínima que necessita obter na prova
final para ser aprovado é:
a) 9.
b) 8.
c) 7.
d) 6.
e) 5.

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4. Num curso de iniciação à informática, a distribuição das idades dos alunos,
segundo o sexo, é dada pelo gráfico seguinte.

Com base nos dados do gráfico, pode-se afirmar que:


a) o número de meninas com, no máximo, 16 anos é maior que o número de meninos
nesse mesmo intervalo de idades.
b) o número total de alunos é 19.
c) a média de idade das meninas é 15 anos.
d) o número de meninos é igual ao número de meninas.
e) o número de meninos com idade maior que 15 anos é maior que o número de
meninas nesse mesmo intervalo de idades.

5. No concurso para o Tribunal de Alçada, os candidatos fizeram provas de Português,


Conhecimentos Gerais e Direito, respectivamente com pesos 2, 4 e 6. Sabendo-se que
cada prova teve o valor de 100 pontos, o candidato que obteve 68 em Português, 80
em Conhecimentos Gerais e 50 em Direito, teve média:
a) 53.
b) 56.
c) 63.
d) 66.
e) 72.

Gabarito: 1. A 2. A 3. A 4. D 5. C

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Matemática

EQUAÇÕES DO 1º GRAU

A equação de 1º grau é a equação na forma ax + b = 0, onde a e b são números reais e x é a


variável (incógnita). O valor da incógnita x é − b
a

ax + b = 0 → x=

Resolva as equações:
a) 10x – 2 = 0

b) – 7x + 18 = – x

c) x + 3 − x − 3 = 7
2 3

2x
d) +3= x
5

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Faça Você

1 1
1. Gastei do dinheiro do meu salário e depois gastei do restante, ficando
3 4
com R$ 120,00 apenas. Meu salário é de:
a) R$ 480,00
b) R$ 420,00
c) R$ 360,00
d) R$ 240,00
e) R$ 200,00

2. Duas empreiteiras farão conjuntamente a pavimentação de uma estrada, cada


2
uma trabalhando a partir de uma das extremidades. Se uma delas pavimentar
5
da estrada e a outra os 81 km restantes, a extensão dessa estrada será de:
a) 125 km.
b) 135 km.
c) 142 km.
d) 145 km.
e) 160 km.

3. O denominador de uma fração excede o numerador em 3 unidades. Adicionando-


se 11 unidades ao denominador, a fração torna-se equivalente a 3 . A fração
4
original é:
a) 54
57
30
b)
33
33
c)
36

d) 42
45

18
e)
21

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Matemática – Equações do 1º Grau – Prof. Dudan

1
4. Uma pessoa gasta do dinheiro que tem e, em seguida, 2 do que lhe resta,
4 3
ficando com R$ 350,00. Quanto tinha inicialmente?
a) R$ 400,00
b) R$ 700,00
c) R$ 1400,00
d) R$ 2100,00
e) R$ 2800,00

1
5. Uma peça de tecido, após a lavagem, perdeu de seu comprimento e este ficou
10
medindo 36 metros. Nessas condições, o comprimento, em m, da peça antes da
lavagem era igual a:
a) 44
b) 42
c) 40
d) 38
e) 32

7
6. Do salário que recebe mensalmente, um operário gasta e guarda o restante,
8
R$ 122,00, em caderneta de poupança. O salário mensal desse operário, em reais,
é:
a) R$ 868,00
b) R$ 976,00
c) R$ 1204,00
d) R$ 1412,00
e) R$ 1500,00

7. O valor de x que é solução da equação (x/3) – (1/4) = 2(x – 1) pertence ao intervalo:


a) ]0, 1]
b) ]1, 2]
c) ]2, 3]
d) ]3, 4]
e) ]4, 5]

Gabarito: 1. D 2. B 3. D 4. C 5. C 6. B 7. B

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Matemática

EQUAÇÕES DO 2º GRAU

A equação de 2º grau é a equação na forma ax² + bx + c = 0, onde a, b e c são números reais e x


é a variável (incógnita). O valor da incógnita x é determinado pela fórmula de Bháskara.
Nas equações escritas na forma ax² + bx + c = 0 (forma normal ou forma reduzida de uma
equação do 2º grau na incógnita x), chamamos a, b e c de coeficientes.
•• “a” é sempre o coeficiente de x²;
•• “b” é sempre o coeficiente de x,
•• “c” é o coeficiente ou termo independente.
Assim:
•• x² – 5x + 6 = 0 é um equação do 2º grau com a = 1, b = – 5 e c = 6.
•• 6x² – x – 1 = 0 é um equação do 2º grau com a = 6, b = – 1 e c = – 1.
•• 7x² – x = 0 é um equação do 2º grau com a = 7, b = – 1 e c = 0.
•• x² – 36 = 0 é um equação do 2º grau com a = 1, b = 0 e c = – 36.
Complete o quadro conforme os exemplos:

Coeficientes
Equação
a b c
6x2 – 3x + 1=0

5
−3x2 − + 4x = 0
2
2x2 – 8 = 0
2
6x – 3x = 0

RESOLUÇÃO DE EQUAÇÕES COMPLETAS DE 2º GRAU

ax2 + bx + c = 0

www.acasadoconcurseiro.com.br 571
Como solucionar uma equação do 2º grau?
Para solucionar equações do 2º grau, utilizaremos a fórmula de Bháskara.

−b ± b2 − 4ac
x=
2a
Onde a, b e c são os coeficientes (números) encontrados na equação.
Exemplo:
Resolução a equação: 7x2 + 13x – 2 = 0
Temos a = 7, b = 13 e c = – 2 .
Substituindo na fórmula, temos:

Vale ressaltar que, de acordo com o discriminante, temos três casos a considerar:
•• 1º caso: O discriminante é positivo , ∆ > 0, então a equação tem duas raízes reais diferentes.
•• 2º caso: O discriminante é nulo , ∆ = 0, então a equação tem duas raízes reais e iguais.
•• 3º caso: O discriminante é negativo, ∆ < 0 ,então não há raízes reais.

Atenção!
•• Raiz (ou zero da função) é(são) o(s) valor(es) da incógnita x que tornam verdadeira a
equação.

Exemplos:
I – As raízes de x² – 6x + 8 = 0 são x1 = 2 e x2 = 4 pois (2)² – 6(2) + 8 = 0 e (4)² – 6(4) + 8 = 0

572 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Equações do 2º Grau – Prof. Dudan

II – As raízes de x² + 6x + 9 = 0 são x1 = x2 = – 3 pois (– 3)² + 6 (– 3) + 9 =0

Faça Você:

1. Determine as raízes das equações:


a) x² – 2x – 15 = 0 b) – x² + 10x – 25 = 0 c) x² – 4x + 5 = 0

RESOLUÇÃO DE EQUAÇÕES INCOMPLETAS DE 2º GRAU


Na resolução das incompletas não é necessário resolver por Bháskara, basta usar os métodos
específicos:

Faça Você:

2. Encontre as raízes das equações abaixo:


a) x² – 4x = 0 b) – 3x² +9x = 0 c) x² – 36 = 0 d) 3x² = 0

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SOMA E PRODUTO DAS RAÍZES

A soma e o produto das raízes da função quadrática são dados pelas fórmulas:
Soma = x1 + x2 = ____
–b

a

Produto = x1 . x2 = ___
c
a

Faça Você:

3. Determine a soma e o produto das raízes das equações:


a) x² – 7x – 9 = 0 b) – 4x² + 6x = 0 c) 3x² – 10 = 0

2
4. O número – 3 é a raíz da equação x – 7x – 2c = 0. Nessas condições, o valor do
coeficiente c é:
a) 11
b) 12
c) 13
d) 14
e) 15

5. A maior raiz da equação – 2x² + 3x + 5 = 0 vale:


a) –1
b) 1
c) 2
d) 2,5
e) (3 + 19 )
4

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Matemática – Equações do 2º Grau – Prof. Dudan

6. O produto das raízes reais da equação 4x² – 14x + 6 = 0 é igual a:


3
a) −
2
1
b) −
2
1
c)
2
3
d)
2
e) 5
2

7. A diferença entre o quadrado de um número natural e o seu dobro é igual a 15.


Qual é esse número?
a) –5
b) –3
c) 1
d) 3
e) 5

8. O quadrado da minha idade menos a idade que eu tinha há 20 anos é igual a 2000.
Assim, minha idade atual é:
a) 41
b) 42
c) 43
d) 44
e) 45

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9. Se a soma das raízes da equação kx² + 3x – 4 = 0 é 10, podemos afirmar que o
produto das raízes é:
a) 40
3
40
b) −
3
c) 80
3
40
d) −
3
e) − 3
10

10. Considere as seguintes equações:


I. x² + 4 = 0
II. x² – 2 = 0
III. 0,3x = 0,1

Sobre as soluções dessas equações é verdade que:


a) II são números irracionais.
b) III é número irracional.
c) I e II são números reais.
d) I e III são números não reais.
e) II e III são números racionais.

Gabarito: 4. E 5. D 6. D 7. E 8. E 9. A 10. A

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Matemática

SISTEMAS DE EQUAÇÕES

Todo sistema linear é classificado de acordo com o número de soluções apresentadas por ele.

DETERMINADO
Admite uma única solução
POSSÍVEL OU COMPATÍVEL
quando admite solução �
SISTEMA INDETERMINADO


LINEAR Admite infinitas soluções

IMPOSSÍVEL OU INCOMPATÍVEL
quando não admite solução

Métodos de Resolução
Método da Adição
Definição
Consiste em somar as equações, que podem ser previamente multiplicadas por uma constante,
com o objetivo de eliminar uma das variáveis apresentadas.
Esse método consiste em multiplicar as equações de maneira que se criem valores "opostos"
da mesma variável que será eliminada quando somarmos as equações.
Vale ressaltar que nem sempre é necessária tal multiplicação .

x + 2y = 16
Exemplo: �
3x – y = 13
Assim, multiplicaremos a segunda equação por 2, logo:
x + 2y = 16
� assim criamos os valores opostos 2y e – 2y.
6x - 2y = 26

Agora somaremos as 2 equações, logo:


x + 2y = 16
6x - 2y = 26
7x + 0y = 42

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42
Logo x = 7 → x = 6 e, para achar o valor de y, basta trocar o valor de x obtido em qualquer uma
das equações dadas:
10
Assim, se x + 2 y = 16, então 6 + 2y = 16 → 2y = 10 e portanto y = →y=5
2

1. Resolva usando o método da adição.

3x + y = 9 3x − 2y = 7
a) b)
2x + 3y = 13 x + y = −1

Método da Substituição

Definição
Esse método consiste em isolar uma das variáveis numa equação e substituí-la na outra.
Vale ressaltar que preferencialmente se deve isolar a variável que possuir “coeficiente” 1; assim
evitamos um trabalho com o m.m.c.

x + 2y = 16
Exemplo: �
3x – y = 13

Assim, isolando o “x” na primeira equação, temos:


x = 16 – 2y e substituindo-o na segunda equação:
−35
3(16 – 2y) – y = 13 → 48 – 6y – y = 13 → – 7y = 13 – 48 → – 7y = – 35 logo x = =5
−7
Daí basta trocar o valor de x obtido na equação isolada:
Se x = 16 – 2y, logo x = 16 – 2 x 5 → x = 16 – 10 → x = 6

2. Resolva usando o método da substituição.


3x + y = 9 3 x − 2y = 7
a) b)
2 x + 3y = 13 x + y = −1

Caso Especial
Sempre que nos depararmos com um sistema de duas equações no qual uma delas seja uma
“proporção”, podemos resolvê-la de maneira eficaz e segura aplicando os conceitos de divisão
proporcional.

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Matemática – Sistemas de Equações – Prof. Dudan

Exemplo:

3. A idade do pai está para a idade do filho assim como 7 está para 3. Se a diferença entre essas
idades é 32 anos, determine a idade de cada um.

4. Os salários de dois funcionários do Tribunal são proporcionais às suas idades, que são 40
e 25 anos. Se os salários somados totalizam R$ 9.100,00 qual a diferença de salário desses
funcionários?

Faça Você:

5. Na garagem de um prédio, há carros e motos num total de 13 veículos e 34 pneus.


O número de motos nesse estacionamento é:

a) 5
b) 6
c) 7
d) 8
e) 9

6. Um aluno ganha 5 pontos por exercício que acerta e pede 3 pontos por exercício
que erra. Ao fim de 50 exercícios, tinha 10 pontos. Quantos exercícios ele acertou?

a) 15
b) 35
c) 20
d) 10
e) 40

7. Uma família foi a um restaurante em que cada criança paga a metade do buffet
e cada adulto paga R$ 12,00. Se nessa família há 10 pessoas e a conta foi de R$
108,00, o número de adultos é:

a) 2
b) 4
c) 6
d) 8
e) 10

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8. O valor de dois carros de mesmo preço adicionado ao de uma moto é R$ 41.000. O
valor de duas motos iguais à primeira adicionado ao de um carro de mesmo preço
que os primeiros é de R$ 28.000. A diferença entre o valor do carro e o da moto é:
a) R$ 5.000
b) R$ 13.000
c) R$ 18.000
d) R$ 23.000
e) R$ 41.000

9. João entrou na lanchonete BOG e pediu 3 hambúrgueres, 1 suco de laranja e


2 cocadas, gastando R$ 21,50. Na mesa ao lado, algumas pessoas pediram 8
hambúrgueres, 3 sucos de laranja e 5 cocadas, gastando R$ 57,00. Sabendo-se
que o preço de um hambúrguer, mais o de um suco de laranja, mais o de uma
cocada totaliza R$ 10,00, assim o preço de cada um desses itens em reais,
respectivamente, vale.
a) 4; 2,5 e 3,5
b) 3; 2 e 4
c) 4; 3 e 2
d) 4; 2,5 e 3
e) 3; 2,5 e 3,5

10. Durante uma aula de ginástica, três amigas, com a mesma preocupação, resolveram
avaliar o peso de cada uma, utilizando a balança da academia. A pesagem, contudo,
foi efetuada duas a duas. Ana e Carla pesaram, juntas, 98 kg; Carla e Márcia, 106
kg; Ana e Márcia, 104 kg. O peso das três amigas, juntas, subtraindo o dobro do
peso de Carla, é igual a:
a) 42 kg
b) 46 kg
c) 48 kg
d) 54 kg
e) 58 kg

Gabarito: 5. E 6. C 7. D 8. B 9. A 10. D

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Matemática

ÂNGULOS

Ângulo é a região de um plano concebida pelo encontro de duas semirretas que possuem uma
origem em comum, chamada vértice do ângulo.
A unidade usual de medida de ângulo, de acordo com o sistema internacional de medidas, é o
grau, representado pelo símbolo °, e seus submúltiplos são o minuto ’ e o segundo ”.
Temos que 1° (grau) equivale a 60’ (minutos) e 1’ equivale a 60”(segundos).
Ângulo é um dos conceitos fundamentais da matemática, ocupando lugar de destaque na
Geometria Euclidiana, ao lado de ponto, reta, plano, triângulo, quadrilátero, polígono e
perímetro.

Tipos de ângulo
•• Ângulos Complementares: dois ângulos são complementares se a soma de suas medidas é
igual a 90°. Nesse caso, cada um é o complemento do outro.
Na ilustração, temos que:

α
0

α + β = 90°

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•• Ângulos Suplementares: dois ângulos são suplementares quando a soma de suas medidas é
igual a 180°. Nesse caso, cada um é o suplemento do outro.
Na ilustração, temos que:

β
α

α + β = 180°
•• Ângulos Replementares: dois ângulos são replementares quando a soma de suas medidas é
igual a 360°. Nesse caso, cada um é o replemento do outro.
Na ilustração, temos que:

α + β = 360°
Exemplo: Assinale V para verdadeiro e F para falso nas sentenças abaixo:
( ) 80° e 100° são suplementares.
( ) 30° e 70° são complementares.
( ) 120° e 60° são suplementares.
( ) 20° e 160° são complementares.
( ) 140° e 40° são complementares.
( ) 140° e 40° são suplementares.
Exemplo: Dê a medida do ângulo que vale o dobro de seu complemento.

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Matemática – Ângulos – Prof. Dudan

Dadas duas ou mais retas paralelas, cada reta transversal a essas retas formam ângulos opostos
pelo vértice.

r/s
y
x t é transversal
r
x
y

y
x
s
x
y
x + y = 180° e ângulos opostos
congruentes

ângulos opostos pelo vértice são


CONGRUENTES

a + b = 180°

Exemplos:

www.acasadoconcurseiro.com.br 583
Exemplo:
As retas r e s são interceptadas pela transversal "t", conforme a figura. O valor de x para que r e
s sejam paralelas é:

a) 20°.
b) 26°.
c) 28°.
d) 30°.
e) 35°.

Exemplo:
Na figura adiante, as retas r e s são paralelas, o ângulo 1 mede 45° e o ângulo 2 mede 55°. A
medida, em graus, do ângulo 3 é:

a) 50°.
b) 55°.
c) 60°.
d) 80°.
e) 100°.

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Matemática – Ângulos – Prof. Dudan

Ângulos de um Polígono
A soma dos ângulos internos de qualquer polígono depende do número de lados (n), sendo
usada a seguinte expressão para o cálculo:

Polígono regular e irregular


Todo polígono regular possui os lados e os ângulos com medidas iguais. Alguns exemplos de
polígonos regulares.

Polígonos regulares

Um polígono irregular é aquele que não possui os ângulos com medidas iguais e os lados não
possuem o mesmo tamanho.

Polígonos irregulares

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Diagonais de um polígono
Diagonal de um polígono é o segmento de reta que liga um vértice ao outro, passando pelo
interior da figura. O número de diagonais de um polígono depende do número de lados (n) e
pode ser calculado pela expressão:

Exemplo:
A medida mais próxima de cada ângulo externo do heptágono regular da moeda de R$ 0,25 é:

a) 60°.
b) 45°.
c) 36°.
d) 83°.
e) 51°.

Exemplo:
Os ângulos externos de um polígono regular medem 20°. Então, o número de diagonais desse
polígono é:
a) 90°.
b) 104°.
c) 119°.
d) 135°.
e) 152°.

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Matemática – Ângulos – Prof. Dudan

Exemplo:
Dada a figura:

Sobre as sentenças:
I – O triângulo CDE é isósceles.
II – O triângulo ABE é equilátero.
III – AE é bissetriz do ângulo BÂD.
é verdade que
a) somente a I é falsa.
b) somente a II é falsa.
c) somente a III é falsa.
d) são todas falsas.
e) são todas verdadeiras.

Gabarito: 1. V F V F F V 2. 60° 3. B 4. E 5. E 6. D 7. E

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Matemática

TEOREMA DE TALES

Definição

O Teorema de Tales pode ser determinado pela seguinte lei de correspondência:


“Se duas retas transversais são cortadas por um feixe de retas paralelas, então a razão entre
quaisquer dois segmentos determinados em uma das transversais é igual à razão entre os
segmentos correspondentes da outra transversal”.
Para compreender melhor o teorema, observe o esquema representativo a seguir:

Nesse feixe de retas, podemos destacar, de acordo com o Teorema de Tales, as seguintes razões:

www.acasadoconcurseiro.com.br 589
Exemplo 1
Aplicando a proporcionalidade existente no Teorema de Tales, determine o valor dos segmentos
AB e BC na ilustração a seguir:

2. Determine o valor de x na figura abaixo:

Exemplos

3. O proprietário de uma área quer dividi-la em três lotes, conforme a figura. Sabendo-se que as
laterais dos terrenos são paralelos e que a + b + c = 120 m, os valores de a, b¸e c, em metros,
são, respectivamente:
a) 40, 40 e 40
b) 30, 30 e 60
c) 36, 64 e 20
d) 30, 36 e 54
e) 30, 46 e 44

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Matemática – Teorema de Tales – Prof. Dudan

4. Determine o valor de x na figura a seguir:

CASO ESPECIAL

a y
Nesse caso, as proporções determinadas são: =
x b

5. Determine o valor de x.

Gabarito: 3. D

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Matemática

TEOREMA DE PITÁGORAS

DEFINIÇÃO

O teorema de Pitágoras é uma relação matemática entre os comprimentos dos lados de


qualquer triângulo retângulo. Na Geometria Euclidiana, o teorema afirma que:
“Em qualquer triângulo retângulo, o quadrado do comprimento da hipotenusa é igual à soma
dos quadrados dos comprimentos dos catetos”.
Por definição, a hipotenusa é o lado oposto ao ângulo reto, e os catetos são os dois lados que
o formam. O enunciado anterior relaciona comprimentos, mas o teorema também pode ser
enunciado como uma relação entre áreas:
“Em qualquer triângulo retângulo, a área do quadrado cujo lado é a hipotenusa é igual à soma
das áreas dos quadrados cujos lados são os catetos”.

Para ambos os enunciados, pode-se equacionar:


 a2 = b2 + c2

Exemplo:
Calcule o valor do segmento desconhecido no triângulo retângulo a seguir.

www.acasadoconcurseiro.com.br 593
Exemplo:
Calcule o valor do cateto no triângulo retângulo a seguir:

Exemplo:
Determine x no triângulo a seguir:

•• Triângulos Retângulos PITAGÓRICOS


Existem alguns tipos especiais de triângulos retângulos cujos lados são proporcionais a:

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Matemática – Teorema de Pitágoras – Prof. Dudan

Questões

1. Roberto irá cercar uma parte de seu terreno para fazer um canil. Como ele
tem um alambrado de 10 metros, decidiu aproveitar o canto murado de seu
terreno (em ângulo reto) e fechar essa área triangular esticando todo o alambrado,
sem sobra. Se ele utilizou 6 metros de um muro, do outro muro ele irá utilizar, em
metros?
a) 7.
b) 5.
c) 8.
d) 6.
e) 9.

2. Num triângulo ABC, retângulo em B, os catetos medem 5 cm e 12 cm. A altura relativa


ao vértice B desse triângulo, em cm, é aproximadamente igual a:
a) 4,6.
b) 1,3.
c) 3,7.
d) 5,2.
e) 6,3.

www.acasadoconcurseiro.com.br 595
3. Em um prédio do Tribunal de Justiça, há um desnível de altura entre a calçada
frontal e a sua porta de entrada. Deseja-se substituir a escada de acesso
existente por uma rampa. Se a escada possui 40 degraus iguais, cada um com
altura de 12,5 cm e comprimento de 30 cm, o comprimento da rampa será de:
a) 5 m.
b) 8 m.
c) 10 m.
d) 12 m.
e) 13 m.

4. Um ciclista acrobático vai atravessar de um prédio a outro com uma bicicleta especial,
percorrendo a distância sobre um cabo de aço, como demonstra o esquema a seguir:

Qual é a medida mínima do comprimento do cabo de aço?


a) 8 m.
b) 9 m.
c) 10 m.
d) 11 m.
e) 12 m.

Gabarito: 1. C 2. A 3. E 4. E

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Matemática

TRIÂNGULO

Triângulo é uma figura geométrica formada por três retas que se encontram duas a duas e não
passam pelo mesmo ponto, formando três lados e três ângulos.
Para fazer o cálculo do perímetro de um triângulo, basta fazer a soma da medida de todos os
lados. A soma dos ângulos internos é sempre 180°.
Observando o triângulo, podemos identificar alguns de seus elementos:

•• A, B e C são os vértices.
•• Os lados dos triângulos são simbolizados pelo encontro dos vértices (pontos de encontros):
, , segmentos de retas.
•• Os ângulos têm duas formas de representá-los: no caso do triângulo ele tem 3 lados,
consequentemente, 3 ângulos.

Tipos de Triângulo
O triângulo pode ser classificado segundo:

A medida do seu lado.


Triângulo Equilátero: é todo triângulo que apresenta os três lados com a mesma medida. Nesse
caso, dizemos que os três lados são congruentes.

www.acasadoconcurseiro.com.br 597
Triângulo Isósceles: é todo triângulo que apresenta dois lados com a mesma medida, ou seja,
dois lados de tamanhos iguais.

Triângulo Escaleno: é todo triângulo que apresenta os três lados com medidas diferentes, ou
seja, três lados de tamanhos diferentes.

A medida de seus ângulos


Triângulo acutângulo: é todo triângulo que apresenta os três ângulos internos menores que
90º, ou seja, os três ângulos internos são agudos.

Triângulo obtusângulo: é todo triângulo que apresenta um ângulo interno maior que 90º, ou
seja, que possui um ângulo obtuso.

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Matemática – Triângulos – Prof. Dudan

Triângulo retângulo: é todo triângulo que apresenta um ângulo interno reto, ou seja, que
possui um ângulo medindo 90º.

TRIÂNGULO RETÂNGULO

Triângulos Retângulos PITAGÓRICOS


Existem alguns tipos especiais de triângulos retângulos cujos lados são proporcionais a:

Exemplo:
Determine x no triângulo abaixo:

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Exemplo:
Num triângulo ABC, retângulo em B, os catetos medem 5 cm e 12 cm. A altura relativa ao vértice
B desse triângulo, em cm, é aproximadamente igual a:
a) 4,6
b) 1,3
c) 3,7
d) 5,2
e) 5,9

Exemplo:
Na figura abaixo, ABD e BCD são triângulos retângulos isósceles. Se AD = 4, qual é o comprimento
de DC?

a) 4 2
b) 6
c) 7
d) 8
e) 8 2

Exemplo:
Calcule o valor de x.

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Matemática – Triângulos – Prof. Dudan

Calculo da área do Triângulo


A área de um triângulo é a metade do produto da medida da sua altura pela medida da sua
base. Assim, a área do triângulo pode ser calculada pela fórmula:
onde h é a altura do triângulo, b a medida da base.

Questões

1. Determine a área do triângulo a seguir considerando que a sua base mede


23 metros e a altura 12 metros.

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Exemplo:
A área do triângulo sombreado da figura abaixo é:

a) 13,5
b) 9 10
c) 10,5
d) 21
e) 10,5 10

Exemplo:
Calcule a área do triangulo retângulo abaixo.

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Matemática

TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO

Definição
Trigonometria é uma ferramenta matemática bastante utilizada no cálculo de distâncias
envolvendo triângulos retângulos. Na antiguidade, matemáticos utilizavam o conhecimento
adquirido em trigonometria para realizar cálculos ligados à astronomia, determinando a
distância, quase que precisa, entre a Terra e os demais astros do sistema solar. Há muito tempo,
medições eram realizadas de formas indiretas, usando as estrelas e os corpos celestes para
orientação, principalmente na navegação.
Com o estudo das relações métricas no triângulo retângulo, essas medidas se tornaram mais
eficientes, mais precisas, tornando viáveis cálculos outrora impossíveis.

Composição do Triângulo Retângulo


Catetos: correspondem aos lados que compõem o ângulo reto, formada por dois catetos:
adjacente e oposto.
Hipotenusa: lado oposto ao ângulo reto considerado o maior lado do triângulo retângulo.

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Relações Trigonométricas

•• Seno de x é a razão entre o comprimento do cateto oposto ao ângulo x e o comprimento


da hipotenusa do triângulo.
•• Cosseno de x é a razão entre o comprimento do cateto adjacente ao ângulo x e o
comprimento da hipotenusa do triângulo.
•• Tangente de x é a razão entre os comprimentos do cateto oposto e do cateto adjacente ao
ângulo x .

Principais Ângulos

0o 30o 45o 60o 90o


Seno
Cos
Tan

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Matemática – Trigonometria no Triângulo Retângulo – Prof. Dudan

Casos especiais de Triângulos Retângulos

Caso : “Coisa” , “2Coisa” e “Coisa √3”

Caso : Triangulo Retângulo Isósceles

Exemplo: Num triângulo retângulo, a hipotenusa mede 8 cm, e um dos ângulos internos possui
30°. Qual é o valor dos catetos oposto (x) e adjacente (y) desse triângulo?

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Exemplo: Determine os valores de seno, cosseno e tangente dos ângulos agudos do triângulo
abaixo.

Exemplo: Sabendo que sen α =1/2 , determine o valor de x no triângulo retângulo abaixo:

Exemplo: Considerando o triângulo retângulo ABC da figura, determine as medidas a e b


indicadas.

Exemplo: Sabe-se que, em um triângulo retângulo isósceles, cada lado congruente mede 30
cm. Determine a medida da hipotenusa desse triângulo.

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Matemática – Trigonometria no Triângulo Retângulo – Prof. Dudan

Exemplo: Nos triângulos das figuras abaixo, calcule tg Â, tg Ê, tg Ô:

Exemplo: Encontre os valores de x e y nos triângulos retângulos abaixo.

               

Exemplo: No triângulo retângulo da figura abaixo, determine as medidas de x e y indicadas


(Use: sen 65° = 0,91; cos 65° = 0,42 ; tg 65° = 2,14)

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Exemplo: Um alpinista deseja calcular a altura de uma encosta que vai escalar. Para isso, afasta-
se, horizontalmente, 80 m do pé da encosta e visualiza o topo sob um ângulo de 60° com o
plano horizontal. A altura da encosta, em metros, é:
a) 160
b) 40√3
c) 80√3
d) 40√2
e) 80 3
3

Exemplo: Uma escada de 2 m de comprimento está apoiada no chão e em uma parede vertical.
Se a escada faz 30° com a horizontal, a distância do topo da escada ao chão é de:
a) 0,5 m
b) 1m
c) 1,5 m
d) 1,7 m
e) 2m

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Matemática

QUADRILÁTEROS

Um quadrilátero é um polígono de quatro lados. Em geral, um quadrilátero será uma figura


geométrica limitada por quatro lados, todos diferentes e que formam entre si quatro ângulos
internos também diferentes.
Em qualquer caso, a soma dos valores dos ângulos internos de um quadrilátero é sempre 360°.
Algumas propriedades dos quadriláteros:

1. A soma dos seus ângulos internos é 360°.

2. A soma dos seus ângulos externos é 360°.

3. Todos os quadriláteros apresentam dois diagonais.

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Exemplo: Determine a medida dos ângulos indicados:

Classificação dos Quadriláteros

Os quadriláteros classificam-se em paralelogramos e trapézios.

Paralelogramos
São quadriláteros de lados opostos paralelos.

Exemplos:
Retângulo – Paralelogramo em que todos os ângulos são retos. O retângulo cujos lados são
congruentes chama-se quadrado.
Quadrado – Retângulo cujos lados tem medidas iguais.
Losango, paralelogramo.

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Matemática – Quadriláteros – Prof. Dudan

Exemplo: Observe os paralelogramos e, considerando as propriedades estudadas, determine:


a) MN e NP b) xey

Exemplo: Encontre os valores de x e de y:


a) ABCD é um losango b) ABCD é um retângulo

Trapézios
Quadrilátero que tem dois e só dois lados opostos paralelos.
Exemplos:
Trapézio Escaleno: tem todos os lados de medidas distintas.
Trapézio Retângulo – Trapézio que tem dois ângulos retos.
Trapézio Isósceles – Trapézio que tem os lados não paralelos com a mesma medida.

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Exemplo:
A figura abaixo é um trapézio isósceles, onde a, b, c representam medidas dos ângulos internos
desse trapézio. Determine a medida de a, b, c.

Principais Quadriláteros

1. Trapézio

Características:
Apresenta dois lados paralelos apenas.
Exemplos: Calcule o valor de x e de y nos trapézios abaixo:

2. Paralelogramo

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Matemática – Quadriláteros – Prof. Dudan

Características:
Lados paralelos congruentes, ângulos opostos congruentes.

3. Losango

Características:
Lados paralelos congruentes, todos os lados de mesma medida, ângulos opostos congruentes,
diagonais cortam-se nos seus pontos médios e são proporcionais entre si.

3. Retângulo

Características:
Todos os ângulos internos são retos, com lados paralelos congruentes e diagonais de mesma
medida e que se cortam nos seus pontos médios.

4. Quadrado

Características:
Todos os ângulos internos são retos, com lados paralelos congruentes e de mesma medida,
com diagonais de mesma medida, perpendiculares entre si e que se cortam nos seus pontos
médios.

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Questões

1. A área da sala representada na figura é:

a) 15 m2
b) 17 m2
2
c) 19 m
2
d) 20 m

2. Na figura, ABCD é um quadrado e DCE é um triângulo equilátero. A medida do ângulo


AED, em graus, é:

a) 30
b) 49
c) 60
d) 75
e) 90

Gabarito: 1. D 2. D

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Matemática

COMPRIMENTO OU PERÍMETRO

Um exemplo claro do uso do conhecimento matemático nessas simples situações é quando


precisamos saber o tamanho de certas coisas. Logo, sabemos que essas medidas que
procuramos correspondem também ao uso das unidades de medida correspondentes. Um
terreno por exemplo, além da área que possui, também possui medidas laterais independente
da natureza que é formado esse terreno – quadrado, retângulo, trapézio, etc.
Se tratarmos de um terreno retangular com dimensões laterais de 12 m e 25 m, sabemos
2
que sua área é 300 m . Isso significa que, se quisermos calçar o terreno devemos comprar o
material necessário para 300 m², mas, por outro lado, se falarmos em cercar esse mesmo local,
falaremos em perímetro.
O perímetro de um determinado lugar é a soma das medidas de seus lados. Considerando
as dimensões do terreno citado acima temos: 12 m e 25m. Somando a medida de seus lados
temos que o perímetro do terreno é igual a 74 m (12 m + 25 m + 12 m + 25 m).
Se necessitarmos obter o perímetro de uma figura geométrica qualquer, por exemplo, devemos
observar primeiro a natureza da figura, ou seja, quantos lados possui: pentágono 5 lados,
eneágono 9 lados, triângulo 3 lados, e depois realizar a soma das medidas de todos os lados
para achar o perímetro.
Sendo assim, o perímetro é a medida do contorno de um objeto bidimensional, ou seja, a soma
de todos os lados de uma figura geométrica.
Imagine a seguinte situação: Um fazendeiro quer descobrir quantos metros de arame serão
gastos para cercar um terreno de pastagem com formato retangular. Como ele deveria proceder
para chegar a uma conclusão? De maneira bem intuitiva, concluímos que ele precisa determinar
as medidas de cada lado do terreno e, então, somá-las, obtendo o quanto seria gasto. A esse
procedimento damos o nome de perímetro.
O perímetro de uma figura é representado por 2p apenas por convenção.
Exemplo: Um fazendeiro pretende cercar um terreno retangular de 120 m de comprimento
por 90 m de largura. Sabe-se que a cerca terá 5 fios de arame. Quantos metros de arame serão
necessários para fazer a cerca? Se o metro de arame custa R$ 15,00, qual será o valor total
gasto pelo fazendeiro?

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Solução: Imagine que a cerca terá somente um fio de arame. O total de arame gasto para
contornar todo o terreno será igual à medida do perímetro da figura. Como a cerca terá 5 fios
de arame, o total gasto será 5 vezes o valor do perímetro.
Cálculo do perímetro:
2p = 120 m + 90 m + 120 m + 90 m = 420 m
Total de arame gasto:
5.420 = 2100 m de arame para fazer a cerca.
Como cada metro de arame custa R$ 15,00, o gasto total com a cerca será de:
2100.15 = R$ 31.500,00.

Principais Figuras

1. Triângulo Retângulo

Exemplo: Calcule o perímetro da figura abaixo.

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Matemática – Comprimento/Perímetro – Prof. Dudan

2. Triângulo Equilátero

Exemplo: Calcule o perímetro da figura abaixo:

3. Quadrado

Exemplo: Calcule o perímetro da figura abaixo:

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4. Retângulo

Exemplo: Calcule o perímetro da figura abaixo:

5. Losango

Exemplo: Calcule o perímetro da figura abaixo:

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Matemática – Comprimento/Perímetro – Prof. Dudan

6. Círculo

Exemplo: Calcule o perímetro da figura abaixo:

Questões

1. Roberto irá cercar uma parte de seu terreno para fazer um canil. Como ele tem um
alambrado de 10 metros, decidiu aproveitar o canto murado de seu terreno (em
ângulo reto) e fechar essa área triangular esticando todo o alambrado, sem sobra. Se
ele utilizou 6 metros de um muro, do outro muro ele irá utilizar, em metros,
a) 7.
b) 5.
c) 8.
d) 6.
e) 9.

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2. Para fazer um cercado para ratos, em um laboratório, dispõe-se de 12 metros
de tela de arame. Para um dos lados, será aproveitada a parede do fundo da
sala, de modo a fazer o cercado com um formato retangular, usando os 12
metros de tela para formar os outros três lados do retângulo.
Se a parede a ser usada tem 4 metros, qual será a área do cercado?
2
a) 28 m
b) 24 m2
c) 20 m2
d) 16 m2
e) 12 m2

3. Deseja-se traçar um retângulo com perímetro de 28 cm e com a maior área possível. O


valor dessa área será de:
2
a) 14 cm
b) 21 cm2
c) 49 cm2
d) 56 cm2
e) 70 cm2

4. Analise as afirmações a seguir, relativas ao retângulo representado abaixo, cujo


perímetro mede 158 cm.

I – A área desse retângulo é igual a 13,50 m2.


2
II – A área desse retângulo é menor do que 1 m .
III – O lado menor desse retângulo mede 50 cm.
Quais são verdadeiras?
a) Apenas a I.
b) Apenas a II.
c) Apenas a III.
d) Apenas a I e a III.
e) Apenas a II e a III.

Gabarito: 1. E 2. D 3. C 4. B

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Matemática

ÁREA

Definição
O cálculo de área é uma atividade cotidiana na vida de todos nós. Sempre nos vemos envolvidos
em alguma situação em que há a necessidade de se calcular a área de uma forma geométrica
plana. Seja na aquisição de um terreno, na reforma de um imóvel ou na busca de reduzir custos
com embalagens, o uso do conhecimento de cálculo de áreas se faz presente. É uma atividade
muito simples, mas, às vezes, deixamos algumas questões passarem despercebidas.
Área é um conceito matemático que pode ser definida como quantidade de espaço
bidimensional, ou seja, de superfície.
2
Existem várias unidades de medida de área, sendo a mais utilizada o metro quadrado (m ) e os
seus múltiplos e submúltiplos.
Para não haver erro, lembre-se: “Área é o que eu posso pintar”.

Fórmulas mais importantes

1. Triângulo Qualquer

Exemplo:

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2. Triângulo Retângulo

Exemplo:

3. Triângulo Equilátero

Exemplo:

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Matemática – Área – Prof. Dudan

4. Quadrado

Exemplo:

5. Retângulo

Exemplo:

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6. Losango

Exemplo:

7. Paralelogramo

Exemplo:

624 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Área – Prof. Dudan

8. Trapézio

Exemplo:

9. Círculo

Exemplo

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Curiosidades
Primeiro, faremos um exemplo conhecendo as medidas do retângulo, depois faremos a
generalização.
Exemplo 1. Considere o retângulo abaixo:

Sua área será de:


A1 = 10 x 3 = 30 cm2
Agora, vamos duplicar as medidas dos lados.

A área desse novo retângulo será de:


A2 = 20 x 6 = 120 cm2
Observe que, ao dobrar as medidas dos lados do retângulo, sua área mais que dobrou, na
verdade, quadruplicou.

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Matemática – Área – Prof. Dudan

Questões
1. Uma praça ocupa uma área retangular com 60 m de comprimento e 36,5 m
de largura. Nessa praça, há 4 canteiros iguais, e cada um ocupa 128,3 m².
Qual é a área, em m², da praça não ocupada pelos canteiros?
a) 1.676,8
b) 1.683,2
c) 1.933,4
d) 2.061,7
e) 2.483,2

2. A área do quadrado sombreado:

a) 36
b) 40
c) 48
d) 50
e) 60

3. No quadrilátero RAMP, o ângulo R é reto, e os lados PR e RA medem,


respectivamente, 6 cm e 16 cm.

Se a área de RAMP é 105 cm2, qual é, em cm2, a área do triângulo PAM?


a) 47
b) 53
c) 57
d) 63
e) 67

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4. No desenho abaixo, uma cruz é formada por cinco quadrados de lado 1
justapostos.

A área do quadrado ABCD é:


a) 4
b) 5
c) 6
d) 7
e) 8

5. Se a área da região destacada na figura corresponde a 30% da área do terreno, então a


medida x vale:

a) 15 m
b) 12 m
c) 10 m
d) 6m
e) 3m

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Matemática – Área – Prof. Dudan

6. Sabendo-se que todos os ângulos dos vértices do terreno ilustrado na figura


acima medem 90o e que o metro quadrado do terreno custa R$ 120,00, é
correto afirmar que o preço desse terreno é

a) superior a R$ 9.900,00 e inferior a R$ 10.100,00.


b) superior a R$ 10.100,00.
c) inferior a R$ 9.500,00.
d) superior a R$ 9.500,00 e inferior a R$ 9.700,00.
e) superior a R$ 9.700,00 e inferior a R$ 9.900,00.

7. Seja o octógono EFGHIJKL inscrito num quadrado de 12 cm de lado, conforme mostra


a figura a seguir. Se cada lado do quadrado está dividido pelos pontos assinalados em
segmentos congruentes entre si, então a área do octógono, em centímetros quadrados,
é:

a) 98
b) 102
c) 108
d) 112
e) 120

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8. A área do polígono da figura é 30. O lado x mede.

15
a)
6
b) 3
c) 4
d) 5
e) 17

Gabarito: 1. A 2. D 3. C 4. B 5. D 6. D 7. D 8. D

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Matemática

VOLUME

DEFINIÇÃO

As medidas de volume possuem grande importância nas situações envolvendo capacidades


de sólidos. Podemos definir volume como o espaço ocupado por um corpo ou a capacidade
que ele tem de comportar alguma substância. Da mesma forma que trabalhamos com o metro
linear (comprimento) e com o metro quadrado (comprimento x largura), associamos o metro
cúbico a três dimensões: altura x comprimento x largura.
O volume de um corpo é a quantidade de espaço ocupada por esse corpo. Volume tem unidades
de tamanho cúbicos (por exemplo, cm³, m³, dm³, etc.).
Observe a tabela e os métodos de transformação de unidades de volume:

Exemplos:
Transformar 12 km3 em m3 = 12 x 1000 x 1000 x 1000 = 12 000 000 000 m3
Transformar 2 m3 em cm3 = 2 x 1000 x 1000 = 2 000 000 cm3
Transformar 1000 cm3 em m3 = 1000: 1000 : 1000 = 0,001 m3
Transformar 5000 dm3 em m3 = 5000 : 1000 = 5 m3
Ainda devemos lembrar que:
1m3 ----- 1000 litros
1 m3 ----- 1 litro
1 m3 ----- 1 ml

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Podemos encontrar o volume de todos os sólidos geométricos. O volume corresponde à
“capacidade” desse sólido. Tente imaginar alguns sólidos geométricos. É possível preenchê-lo
com algum material, como a água? Se existe essa possibilidade, podemos realizar o cálculo do
volume desses objetos.
Para a grande maioria dos sólidos abordados em questões de concursos públicos, o cálculo do
volume será feito usando uma fórmula clássica.
Calcularemos a área de sua base para, em seguida, multiplicá-la pela sua altura.
A área da base dependerá de qual figura da geometria plana serve de base ao prisma.
Sendo assim:
V = (área da base) . altura
Essa “ideia” serve para os seguintes sólidos:

1. Cubo

Volume = Ab .H = a² .a = a³
Exemplo: Calcule o volume, em litros, de um cubo de aresta 3 m.

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Matemática – Volume – Prof. Dudan

2. Paralelepípedo

Volume = AB. H = ab.c = abc


Exemplo: Calcule o volume de um paralelepípedo de medidas 2, 3 e 4 m.

3. Prisma qualquer
Um prisma é um poliedro que possui uma base inferior e uma base superior. Essas bases são
paralelas e congruentes, isto é, possuem as mesmas formas e dimensões, e não se interceptam.

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Usaremos a mesma ideia:
Vol = Ab. H, mas o cálculo da área da base será feita separadamente, dependendo da base.
Exemplo: Calcule o volume do prisma abaixo:

4. Cilindro
Usaremos a mesma ideia.

Vol = AB . H = πR² .H
Lembrando que, no caso do cilindro reto, a geratriz serve como altura.
Exemplo:
Calcule o volume do cilindro cuja base tem diâmetro 12 m e a altura vale 4 m.

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Matemática – Volume – Prof. Dudan

Casos Especiais
Há casos em que teremos que usar a mesma ideia de volume porem deveremos dividir o
resultado por “3”.
Esses casos ocorrem nas pirâmides e cones.

5. Cone

πR². H
Assim Vol = V =
3
Exemplo: Calcule o volume, em ml, de um cone com geratriz 5 cm e raio da base 3 cm.

6. Pirâmides

Usaremos a mesma estratégia do cone, mas com atenção especial ao cálculo da área da base,
pois, assim como nos prismas, dependerá da figura plana que serve de base desse sólido.
Assim:
Vol =

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Exemplo: Uma pirâmide quadrangular tem aresta da base medindo 5 cm e altura 4. Qual é o
volume desse sólido?

7. Esfera
Caso mais particular ainda, seu volume será calculado por uma fórmula específica:

Exemplo: Calcule o volume de uma esfera de diâmetro 10 m.

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Matemática – Volume – Prof. Dudan

Questões:
1. O volume de um cilindro circular reto é 160 π m³. Se o raio da base desse
sólido mede 4 m, a altura mede:
a) 80 dm.
b) 90 dm.
c) 100 dm.
d) 110 dm.
e) 120 dm.

2. Uma caixa d’água tem a forma de um cilindro reto. A base é um círculo de 2 m de


diâmetro e a altura é de 1,5 m. Dentre as opções abaixo, indique aquela que mais se
aproxima da capacidade de armazenamento de caixa, em litros.
a) 1000.
b) 2000.
c) 3500.
d) 4700.
e) 5500.

3. Um tanque com a forma de um paralelepípedo retangular tem as seguintes medidas


internas: base medindo 3 m x 2 m e altura de 4 m. O tanque inicialmente está vazio.
Após serem despejados 15.000 litros de água nesse tanque, a altura que a água
atingirá, em m, será de:
a) 1.
b) 2.
c) 2,5.
d) 3.
e) 3,5.

4. Uma piscina retangular de 10,0 m x 15,0 m e fundo horizontal está com água até a
altura de 1,5 m. Um produto químico em pó deve ser misturado à água à razão de um
pacote para cada 4500 litros. O número de pacotes a serem usados é:
a) 45.
b) 50.
c) 55.
d) 60.
e) 75.

Gabarito: 1. C 2. D 3. C 4. B

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Raciocínio Lógico

Professor Edgar Abreu

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Raciocínio Lógico

PROPOSIÇÃO

PROPOSIÇÃO SIMPLES

Um argumento é uma sequência de proposições na qual uma delas é a conclusão e as demais


são premissas. As premissas justificam a conclusão.
Proposição: Toda frase que você consiga atribuir um valor lógico é proposição, ou seja, frases
que podem ser verdadeiras ou falsas.

Exemplos:

1) Ed é feliz.

2) João estuda.

3) Zambeli é desdentado

Não são proposições frases onde você


não consegue julgar, se é verdadeira
ou falsa, por exemplo:

1) Vai estudar?

2) Mas que legal!

Sentença: Nem sempre permite julgar se é verdadeiro ou falso. Pode não ter valor lógico.

Frases interrogativas, no imperativo, exclamativas e com sujeito indeterminado, não


são proposições.

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Sentenças Abertas: São sentenças nas quais não podemos determinar o sujeito. Uma forma
simples de identificá-las é o fato de que não podem ser nem Verdadeiras nem Falsas. Essas
sentenças também não são proposições
Aquele cantor é famoso.
A + B + C = 60.
Ela viajou.

QUESTÃO COMENTADA
(Cespe – Banco do Brasil – 2007) Na lista de frases apresentadas a seguir, há exatamente três
proposições.
I – “A frase dentro destas aspas é uma mentira.”
II – A expressão X + Y é positiva.
III – O valor de
IV – Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.
V – O que é isto?
Solução:
Item I: Não é possível atribuir um único valor lógico para esta sentença, já que se considerar
que é verdadeiro, teremos uma resposta falsa (mentira) e vice-versa. Logo não é proposição.
Item II: Como se trata de uma sentença aberta, onde não estão definidos os valores de X e Y,
logo também não é proposição.
Item III: Como a expressão matemática não contém variável, logo é uma proposição,
conseguimos atribuir um valor lógico, que neste caso seria falso.
Item IV: Uma simples proposição, já que conseguimos atribuir um único valor lógico.
Item V: Como trata-se de uma interrogativa, logo não é possível atribuir valor lógico, assim não
é proposição.
Conclusão: Errado, pois existem apenas 2 proposições, Item III e IV.

PROPOSIÇÕES COMPOSTAS

Proposição Composta é a união de proposições simples por meio de um conector lógico. Este
conector irá ser decisivo para o valor lógico da expressão.
Proposições podem ser ligadas entre si por meio de conectivos lógicos. Conectores que criam
novas sentenças mudando ou não seu valor lógico (Verdadeiro ou Falso).
Uma proposição simples possui apenas dois valores lógicos, verdadeiro ou falso.

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Raciocínio Lógico – Proposição – Prof. Edgar Abreu

Já proposições compostas terão mais do que 2 possibilidades distintas de combinações dos


seus valores lógicos, conforme demonstrado no exemplo abaixo:
Consideramos as duas proposições abaixo, “chove” e “faz frio”
Chove e faz frio.

Cada proposição existe duas possibilidades distintas, falsa ou verdadeira, numa sentença
composta teremos mais de duas possibilidades.

E se caso essa sentença ganhasse outra proposição, totalizando agora 3 proposições em uma
única sentença:
Chove e faz frio e estudo.

A sentença composta terá outras possibilidades,

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PARA GABARITAR
É possível identificar quantas possibilidades distintas teremos de acordo com o número
de proposição em que a sentença apresentar. Para isso devemos apenas elevar o
numero 2 a quantidade de proposição, conforme o raciocínio abaixo:

Proposições Possibilidades
1 2
2 4
3 8
n
n 2

QUESTÃO COMENTADA
(CESPE – Banco do Brasil – 2007) A proposição simbólica P Ʌ Q V R possui, no máximo,
4 avaliações.
Solução:
Como a sentença possui 3 proposições distintas (P, Q e R), logo a quantidade de
avaliações será dada por:
2proposições = 23= 8
Resposta: Errado, pois teremos um total de 8 avaliações.

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Raciocínio Lógico – Proposição – Prof. Edgar Abreu

Slides – Proposição

Prova:  UESPI  -­‐  2014  -­‐  PC-­‐PI  -­‐  Escrivão  de  Polícia  Civil  
 
Assinale,   dentre   as   alterna>vas   a   seguir,   aquela   que   NÃO  
caracteriza  uma  proposição.  
 
 a)  107  -­‐  1  é  divisível  por  5  
 b)  Sócrates  é  estudioso.  
 c)  3  -­‐  1  >  1  
 d)  
 e)  Este  é  um  número  primo.  

 Prova:  CESPE  -­‐  2014  -­‐  MEC  -­‐  Todos  os  Cargos  
 
Considerando  a  proposição  P:  “Nos  processos  sele?vos,  se  o  candidato  for  
pós-­‐graduado   ou   souber   falar   inglês,   mas   apresentar   deficiências   em  
língua   portuguesa,   essas   deficiências   não   serão   toleradas”,   julgue   os   itens  
seguintes  acerca  da  lógica  sentencial.  
 
 
A  tabela  verdade  associada  à  proposição  P  possui  mais  de  20  linhas  
 
(      )  Certo    (      )Errado  

www.acasadoconcurseiro.com.br 645
Prova:  CESPE  -­‐  2013  -­‐  SEGER-­‐ES  -­‐  Analista  Execu<vo    
 
Um  provérbio  chinês  diz  que:  
 
P1:  Se  o  seu  problema  não  tem  solução,  então  não  é  preciso  se  preocupar  com  ele,  
pois  nada  que  você  fizer  o  resolverá.  
P2:  Se  o  seu  problema  tem  solução,  então  não  é  preciso  se  preocupar  com  ele,  pois  
ele  logo  se  resolverá.  
 
O   número   de   linhas   da   tabela   verdade   correspondente   à   proposição   P2   do   texto  
apresentado  é  igual  a  
 a)  24.  
 b)  4.  
 c)  8.  
 d)  12.  
 e)  16.  

Prova:  CESPE  -­‐  2011  -­‐  MEC  -­‐  Todos  os  Cargos  
 
Considerando   as   proposições   simples   P,   Q   e   R,   julgue   os  
próximos   itens,   acerca   de   tabelas-­‐verdade   e   lógica  
proposicional.  
 
A  tabela-­‐verdade  da  proposição  (¬PVQ)→(R∧Q)V(¬R∧P)  tem  8  
linhas.  
(      )  Certo    (      )  Errado  
 
 
 

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Raciocínio Lógico

NEGAÇÃO SIMPLES

1. Éder é Feio.
Como negamos essa frase?

Para quem, também disse: “Éder é bonito”, errou. Negar uma proposição não significa dizer o
oposto, mas sim escrever todos os casos possíveis diferentes do que está sugerido.
“Éder NÃO é feio.”
A negação de uma proposição é uma nova proposição que é verdadeira se a primeira for falsa e
é falsa se a primeira for verdadeira

PARA GABARITAR
Para negar uma sentença acrescentamos o não, sem mudar a estrutura da frase.

2. Maria Rita não é louca.


Negação: “Maria Rita é louca.”
Para negar uma negação excluímos o não

Simbologia: Assim como na matemática representamos valores desconhecidos por x, y, z... Na


lógica também simbolizamos frases por letras. Exemplo:

Proposição: Z
Para simbolizar a negação usaremos ~ ou ¬.
Negação: Éder não é feio.
Simbologia: ~ Z.

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Proposição: ~ A
Negação: Aline é louca.
Simbologia: ~ (~A)= A

p= Thiago Machado gosta de matemática.


~p = Thiago Machado não gosta de matemática.
Caso eu queira negar que Thiago Machado não gosta de matemática a frase voltaria para a
proposição “p”, Thiago Machado gosta de matemática”.
~p = Thiago Machado não gosta de matemática.
~(~p) = Não é verdade que Thiago Machado não gosta de matemática.
ou
~(~p) = Thiago Machado gosta de matemática.

EXCEÇÕES
Cuidado, em casos que só existirem duas possibilidades, se aceita como negação o
"contrário", alternando assim a proposição inicial. Exemplo:
p: João será aprovado no concurso.
~p: João será reprovado no concurso
q: O deputado foi julgado como inocente no esquema "lava-jato".
~q: O deputado foi julgado como culpado no esquema "lava jato".

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Raciocínio Lógico

CONECTIVOS LÓGICOS

Um conectivo lógico (também chamado de operador lógico) é um símbolo ou palavra usado para
conectar duas ou mais sentenças (tanto na linguagem formal quanto na linguagem natural) de
uma maneira gramaticalmente válida, de modo que o sentido da sentença composta produzida
dependa apenas das sentenças originais.
Muitas das proposições que encontramos na prática podem ser consideradas como construídas
a partir de uma, ou mais, proposições mais simples por utilização de uns instrumentos lógicos,
a que se costuma dar o nome de conectivos, de tal modo que o valor de verdade da proposição
inicial fica determinado pelos valores de verdade da ou das, proposições mais simples que
contribuíram para a sua formação.
Os principais conectivos lógicos são:
I – "e" (conjunção).
II – "ou" (disjunção).
III – "se...então" (implicação).
IV – "se e somente se" (equivalência).

CONJUNÇÃO – “E”
Proposições compostas ligadas entre si pelo conectivo “e”.
Simbolicamente, esse conectivo pode ser representado por “^”.
Exemplo:
Chove e faz frio
Tabela verdade: Tabela verdade é uma forma de analisarmos a frase de acordo com suas
possibilidades, o que aconteceria se cada caso acontecesse.

Exemplo:
Fui aprovado no concurso da PF e Serei aprovado no concurso da PRF
Proposição 1: Fui aprovado no concurso da PF.
Proposição 2: Serei aprovado no concurso da PRF.
Conetivo: e.

www.acasadoconcurseiro.com.br 649
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “^”.
Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p^q.
Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:
H1:
p: Não fui aprovado no concurso da PF.
q: Serei aprovado no concurso da PRF.

H2:
p: Fui aprovado no concurso da PF.
q: Não serei aprovado no concurso da PRF.

H3:
p: Não fui aprovado no concurso da PF.
q: Não serei aprovado no concurso da PRF.

H4:
p: Fui aprovado no concurso da PF.
q: Serei aprovado no concurso da PRF.
Tabela Verdade: Aqui vamos analisar o resultado da sentença como um todo, considerando
cada uma das hipóteses acima.

p q P^Q
H1 F V F
H2 V F F
H3 F F F
H4 V V V

Conclusão

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Raciocínio Lógico – Conectivo E (Conjunção) – Prof. Edgar Abreu

Slides – Conectivo E (Conjunção)

1. Prova: CESPE - 2014 - TJ-SE - Técnico Judiciário

Julgue o item que se segue, relacionado à lógica proposicional.

A sentença “O reitor declarou estar contente com as políticas relacionadas


à educação superior adotadas pelo governo de seu país e com os rumos
atuais do movimento estudantil” é uma proposição lógica simples.
( ) Certo ( ) Errado

2. Prova: FCC - 2009 - TJ-SE Técnico Judiciário

Considere as seguintes premissas:

p : Trabalhar é saudável
q : O cigarro mata.

A afirmação "Trabalhar não é saudável" ou "o cigarro mata" é FALSA se


a) p é falsa e ~q é falsa.
b) p é falsa e q é falsa.
c) p e q são verdadeiras.
d) p é verdadeira e q é falsa.
e) ~p é verdadeira e q é falsa.

Gabarito: 1. Errado 2. D

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Raciocínio Lógico

DISJUNÇÃO – “OU”

Recebe o nome de disjunção toda a proposição composta em que as partes estejam unidas
pelo conectivo ou. Simbolicamente, representaremos esse conectivo por “v”.
Exemplo:
Estudo para o concurso ou assisto o Big Brother.
Proposição 1: Estudo para o concurso.
Proposição 2: assisto o Big Brother.
Conetivo: ou.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “v”.
Assim podemos representar a sentença acima da seguinte forma: p v q.
Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:

H1:
p: Estudo para o concurso.
q: assisto o Futebol.
H2:
p: Não Estudo para o concurso.
q: assisto o Futebol.

H3:
p: Estudo para o concurso.
q: Não assisto o Futebol...

H4:
p: Não Estudo para o concurso.
q: Não assisto o Futebol.

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Tabela Verdade:

p q PvQ
H1 V V V
H2 F V V
H3 V F V
H4 F F F

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Raciocínio Lógico

DISJUNÇÃO EXCLUSIVA – “OU...OU”

Recebe o nome de disjunção exclusiva toda a proposição composta em que as partes estejam
unidas pelo conectivo ou “primeira proposição” ou “segunda proposição”. Simbolicamente,
representaremos esse conectivo por “v”.
Exemplo:
Ou vou a praia ou estudo para o concurso.
Proposição 1: Vou a Praia.
Proposição 2: estudo para o concurso.
Conetivo: ou.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de " v "
Assim podemos representar a sentença acima da seguinte forma: p v q
Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:

H1:
p: Vou à praia.
q: estudo para o concurso do Banco do Brasil.

H2:
p: Não Vou à praia.
q: estudo para o concurso do Banco do Brasil.

H3:
p: Vou à praia.
q: Não estudo para o concurso do Banco do Brasil.

H4:
p: Não Vou à praia.
q: Não estudo para o concursodo Banco do Brasil.

www.acasadoconcurseiro.com.br 655
Tabela Verdade:

p q PvQ
H1 V V F
H2 F V V
H3 V F V
H4 F F F

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Raciocínio Lógico

CONDICIONAL – “SE...ENTÃO...”

Recebe o nome de condicional toda proposição composta em que as partes estejam unidas
pelo conectivo Se... então, simbolicamente representaremos esse conectivo por “→”.

Em alguns casos o condicional é apresentado com uma vírgula substituindo a palavra “então”,
ficando a sentença com a seguinte característica: Se proposição 1, proposição 2.

Exemplo: “Se estudo, então sou aprovado”.

Proposição 1: estudo (Condição Suficiente).

Proposição 2: sou aprovado (Condição Necessária).

Conetivo: se... então.

Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “→”

Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p → q

Agora vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:

H1:
p: estudo.
q: sou aprovado.

H2:
p: Não estudo.
q: sou aprovado.

H3:
p: Não estudo.
q: Não sou aprovado.

H4:
p: estudo.
q: Não sou aprovado.

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p q P→Q
H1 V V V

H2 F V V
H3 F F V
H4 V F F

A tabela verdade do condicional é a mais cobrada em provas de concurso público.


A primeira proposição, que compõe uma condicional, chamamos de condição suficiente da
sentença e a segunda é a condição necessária.
No exemplo anterior temos:
• Estudo é condição necessária para ser aprovado.
• Ser aprovado é condição suficiente para estudar.

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Raciocínio Lógico

BICONDICIONAL – “... SE SOMENTE SE ...”

Recebe o nome de bicondicional toda proposição composta em que as partes estejam unidas
pelo conectivo ... se somente se ... Simbolicamente, representaremos esse conectivo por “ ↔”.
Portanto, se temos a sentença:
Exemplo: “Maria compra o sapato se e somente se o sapato combina com a bolsa”.
Proposição 1: Maria compra o sapato.
Proposição 2: O sapato combina com a bolsa.
Conetivo: se e somente se.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “↔”.
Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p ↔ q.
Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:

H1:
p: Maria compra o sapato.
q: O sapato não combina com a bolsa.

H2:
p: Maria não compra o sapato.
q: O sapato combina com a bolsa.

H3:
p: Maria compra o sapato.
q: O sapato combina com a bolsa.

H4:
p: Maria não compra o sapato.
q: O sapato não combina com a bolsa.

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p q P↔Q
H1 V F F
H2 F V F
H3 V V V
H4 F F V

O bicondicional só será verdadeiro quando ambas as proposições


possuírem o mesmo valor lógico, ou quando as duas forem verdadeiras
ou as duas proposições forem falsas.

Uma proposição bicondicional pode ser escrita como duas condicionais, é como se tivéssemos
duas implicações, uma seta da esquerda para direita e outra seta da direita para esquerda,
conforme exemplo abaixo:

Neste caso, transformamos um bicondicional em duas condicionais conectadas por uma


conjunção. Estas sentenças são equivalentes, ou seja, possuem o mesmo valor lógico.

PARA GABARITAR

SENTENÇA LÓGICA VERDADEIROS SE... FALSO SE...


p∧q p e q são, ambos, verdade um dos dois for falso

p∨q um dos dois for verdade ambos, são falsos

p→q nos demais casos que não for falso p=Veq=F

p↔q p e q tiverem valores lógicos iguais p e q tiverem valores


lógicos diferentes

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Raciocínio Lógico – Conectivo “se e somente se” (Bicondicional) – Prof. Edgar Abreu

Slides – Conectivo “se e somente se” (Bicondicional)

1. Prova: FJG - RIO - 2014 - Câmara Municipal -RJ - Analista

P Q ~Q↔P
V V F
V F x
F V y
F F z

Os valores lógicos que devem substituir x, y e z são, respectivamente:

a) V, F e F
b) F, V e V
c) F, F e F
d) V, V e F

2. Prova: CESPE - 2012 - Banco da Amazônia - Técnico Científico

Com base nessa situação, julgue os itens seguintes.

A especificação E pode ser simbolicamente representada por A↔[B∨C], em que A, B e


C sejam proposições adequadas e os símbolos ↔ e ∨ representem, respectivamente,
a bicondicional e a disjunção.

( ) Certo ( ) Errado

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3. Prova: CESPE - 2012 - TC-DF - Auditor de Controle Externo

Com a finalidade de reduzir as despesas mensais com energia elétrica na sua


repartição, o gestor mandou instalar, nas áreas de circulação, sensores de presença e
de claridade natural que atendem à seguinte especificação:

P: A luz permanece acesa se, e somente se, há movimento e não há claridade natural
suficiente no recinto.

Acerca dessa situação, julgue os itens seguintes.

A especificação P pode ser corretamente representada por p ↔ (q Λ r ), em que p, q e


r correspondem a proposições adequadas e os símbolos ↔ e Λ representam,
respectivamente, a bicondicional e a conjunção

( ) Certo ( ) Errado

Gabarito: 1. D 2. Certo 3. Certo

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Raciocínio Lógico

TAUTOLOGIA

Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p, q, r, ... será dita uma
Tautologia se ela for sempre verdadeira, independentemente dos valores lógicos das
proposições p, q, r, ... que a compõem.
Exemplo:
Grêmio cai para segunda divisão ou o Grêmio não cai para segunda divisão.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “~p” e o conetivo de “v”.
Assim podemos representar a sentença acima da seguinte forma: p v ~p.
Agora vamos construir as hipóteses:

H1:
p: Grêmio cai para segunda divisão.
~p: Grêmio não cai para segunda divisão.

H2:
p: Grêmio não cai para segunda divisão.
~p: Grêmio cai para segunda divisão.

p ~p p v ~p
H1 V F V
H2 F V V

Como os valores lógicos encontrados foram todos verdadeiros, logo temos uma TAUTOLOGIA!
Exemplo 2, verificamos se a sentença abaixo é uma tautologia:
Se João é alto, então João é alto ou Guilherme é gordo.
p = João é alto.
�p→pvq
q = Guilherme é gordo.

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Agora vamos construir a tabela verdade da sentença anterior:

p q pvq p→pvq
H1 V F V V
H2 F V V V
H3 F V V V
H4 F F F V

Como para todas as combinações possíveis, sempre o valor lógico da sentença será verdadeiro,
logo temos uma tautologia.

664 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Tautologia – Prof. Edgar Abreu

Slides – Tautologia

1. Prova: Uespi - 2014 - PC-PI - Escrivão de Polícia Civil

Um enunciado é uma tautologia quando não puder ser falso, um


exemplo é:

a) Está fazendo sol e não está fazendo sol.


b) Está fazendo sol.
c) Se está fazendo sol, então não está fazendo sol.
d) não está fazendo sol.
e) Está fazendo sol ou não está fazendo sol.

2. Prova: Cespe - 2014 - TJ-SE - Técnico Judiciário

Julgue os próximos itens, considerando os conectivos lógicos usuais


¬, ∧, ∨, →, ↔ e que P, Q e R representam proposições lógicas simples.

A proposição 𝑃 → 𝑄 ∧ 𝑅 ↔ ¬𝑃 ∨ 𝑄 ∧ ¬𝑃 ∨ 𝑅 é
uma tautologia.

( ) Certo ( ) Errado

Gabarito: 1. E 2. C

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Raciocínio Lógico

CONTRADIÇÃO

Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p, q, r, ... será dita uma
contradição se ela for sempre falsa, independentemente dos valores lógicos das proposições p,
q, r, ... que a compõem.
Exemplo: Lula é o presidente do Brasil e Lula não é o presidente do Brasil.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “~p” e o conetivo de “^”.
Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p ^ ~p.

p ~p p ^ ~p
H1 V F F
H2 F V F

Logo temos uma CONTRADIÇÃO!

PARA GABARITAR
•• Sempre verdadeiro = Tautologia
•• Sempre Falso = Contradição
•• Verdadeiro e Falso = Contigência

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Raciocínio Lógico

NEGAÇÃO DE UMA PROPOSIÇÃO COMPOSTA

Agora vamos aprender a negar proposições compostas, para isto devemos considerar que:
Para negarmos uma proposição conjunta devemos utilizar a propriedade distributiva, similar
aquela utilizada em álgebra na matemática.

NEGAÇÃO DE UMA DISJUNÇÃO.

Negar uma sentença composta é apenas escrever quando esta sentença assume o valor lógico
de falso, lembrando as nossas tabelas verdade construídas anteriormente.
Para uma disjunção ser falsa (negação) a primeira e a segunda proposição tem que ser falsas,
conforme a tabela verdade abaixo, hipótese 4:

p q P∨Q
H1 V V V
H2 F V V
H3 V F V
H4 F F F

Assim concluímos que para negar uma sentença do tipo P v Q, basta negar a primeira (falso) E
negar a segunda (falso), logo a negação da disjunção (ou) é uma conjunção (e).
Exemplo 1:
1. Estudo ou trabalho.
p = estudo.
� P∨Q
q = trabalho
Conectivo = ∨
Vamos agora negar essa proposição composta por uma disjunção.
∼ (p ∨ q) = ∼ p ∧ ∼ q
Não estudo e não trabalho.

www.acasadoconcurseiro.com.br 669
Para negar uma proposição composta por uma disjunção, nós negamos a primeira proposição,
negamos a segunda e trocamos “ou” por “e”.
Exemplo 2:
Não estudo ou sou aprovado.
p = estudo
q = sou aprovado � ∼p∨q
~p = não estudo
Conectivo: “∨”
Vamos agora negar essa proposição composta por uma disjunção.
∼ (∼ p ∨ q) = p ∧ ∼ q
Lembrando que negar uma negação é uma afirmação e que trocamos “ou” por “e” e negamos
a afirmativa.
Estudo e não sou aprovado.

NEGAÇÃO DE UMA CONJUNÇÃO.

Vimos no capítulo de negação simples que a negação de uma negação é uma afirmação, ou
seja, quando eu nego duas vezes uma mesma sentença, encontro uma equivalência.
Vimos que a negação da disjunção é uma conjunção, logo a negação da conjunção será uma
disjunção.
Para negar uma proposição composta por uma conjunção, nós devemos negamos a primeira
proposição e depois negarmos a segunda e trocamos “e” por “ou”.
Exemplo 1:
Vou a praia e não sou apanhado.
p = vou a praia.
�p∧∼q
q = não sou apanhado
Conectivo = ∧
Vamos agora negar essa proposição composta por uma conjunção.
Não vou à praia ou sou apanhado.

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Raciocínio Lógico – Negação da conjunção e disjunção inclusiva (Lei de Morgan) – Prof. Edgar Abreu

PARA GABARITAR
Vejamos abaixo mais exemplo de negações de conjunção e disjunção:
~(p v q) = ~(p) ~(v) ~(q) = (~p ˄ ~q)
~(~p v q) = ~(~p) ~(v) ~(q) = (p ˄ ~q)
~(p˄~q) = ~(p) ~(˄) ~(~q) = (~p v q)
~(~p˄ ~q) = ~(~p) ~(˄) ~(~q) = (p v q)

1. Prova: CESPE – 2008 - TRT 5ª Região(BA) - Téc. Judiciário


Na linguagem falada ou escrita, o elemento primitivo é a sentença, ou proposição simples, formada basicamente
por um sujeito e um predicado. Nessas considerações, estão incluídas apenas as proposições afirmativas ou
negativas, excluindo, portanto, as proposições interrogativas, exclamativas etc. Só são consideradas proposições
aquelas sentenças bem definidas, isto é, aquelas sobre as quais pode decidir serem verdadeiras (V) ou falsas (F).
Toda proposição tem um valor lógico, ou uma valoração, V ou F, excluindo-se qualquer outro. As proposições serão
designadas por letras maiúsculas A, B, C etc. A partir de determinadas proposições, denominadas proposições
simples, são formadas novas proposições, empregando-se os conectivos “e”, indicado por v, “ou”, indicado por w,
“se ... então”, indicado por ÷, “se ... e somente se”, indicado por ø. A relação AøB significa que (A÷B) v (B÷A).
Emprega-se também o modificador “não”, indicado por ¬. Se A e B são duas proposições, constroem-se as
“tabelas-verdade”, como as mostradas abaixo, das proposições compostas formadas utilizando-se dos conectivos e
modificadores citados — a coluna correspondente a determinada proposição composta é a tabelaverdade daquela
proposição.
A B R
V V F
V F F
F V F
F F V

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Há expressões às quais não se pode atribuir um valor lógico V ou F, por exemplo: “Ele é juiz do TRT da 5.ª
Região”, ou “x + 3 = 9”. O sujeito é uma variável que pode ser substituído por um elemento arbitrário,
transformando a expressão em uma proposição que pode ser valorada como V ou F. Expressões dessa forma
são denominadas sentenças abertas, ou funções proposicionais. Pode-se passar de uma sentença aberta a
uma proposição por meio dos quantificadores “qualquer que seja”, ou “para todo”, indicado por oe, e
“existe”, indicado por ›. Por exemplo: a proposição (oex)(x 0 R)(x + 3 = 9) é valorada como F, enquanto a
proposição (›x)(x 0 R)(x + 3 = 9) é valorada como V. Uma proposição composta que apresenta em sua
tabelaverdade somente V, independentemente das valorações das proposições que a compõem, é
denominada logicamente verdadeira ou tautologia. Por exemplo, independentemente das valorações V ou F
de uma proposição A, todos os elementos da tabela-verdade da proposição Aw(¬A) são V, isto é, Aw(¬A) é
uma tautologia.
Considerando as informações do texto e a proposição P: "Mário pratica natação e judô", julgue os itens seguintes.

A negação da proposição P é a proposição R: “Mário não pratica natação nem judô”, cuja tabela-
verdade é a apresentada ao lado.

Certo Errado

2. Prova: FCC - 2014 - AL-PE - Agente Legislativo

A negação da frase “Ele não é artista, nem jogador de futebol” é


equivalente a:

a) ele é artista ou jogador de futebol.


b) ele é artista ou não é jogador de futebol.
c) não é certo que ele seja artista e jogador de futebol.
d) ele é artista e jogador de futebol.
e) ele não é artista ou não é jogador de futebol.

Gabarito: 1. E 2. A

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Raciocínio Lógico

NEGAÇÃO DE UMA CONDICIONAL

Conforme citamos anteriormente, negar uma proposição composta é escrever a(s) linha(s) em
que a tabela verdade tem como resultado “falso”.
Sabemos que uma condicional só será falsa, quando a primeira proposição for verdadeira “e” a
segunda for falsa.
Assim para negarmos uma sentença composta com condicional, basta repetir a primeira
proposição (primeira verdadeira), substituir o conetivo “se...então” por “e” e negar a segunda
proposição (segunda falsa).
Vejamos um exemplo:

1. Se bebo então sou feliz.


p = bebo.
�p→q
q = sou feliz.
Conectivo = →

Negação de uma condicional.


~ (p → q) = p ∧ ~ q
Resposta: Bebo e não sou feliz.

2. Se não estudo então não sou aprovado.


p = estudo.
~p = não estudo.
� ~p→~q
q = sou aprovado.
~q = não sou aprovado
Conectivo = →

Negando: ~ (~ p → ~ q)= ~ p ∧ q
Resposta: Não estudo e sou aprovado.

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3. Se estudo então sou aprovado ou o curso não é ruim.
p = estudo.
q = sou aprovado.
� p→q∨~r
r = curso é ruim.
~r = curso não é ruim.
Negando, ~ (p →q ∨ ~ r).
Negamos a condicional, mantém a primeira e negamos a segunda proposição, como a
segunda proposição é uma disjunção, negamos a disjunção, usando suas regras (negar as duas
proposições trocando “ou” por “e”).
~ (p →q ∨ ~ r)=p ∧ ~ (q ∨ ~ r)=p ∧ ~ q ∧r.
Estudo e não sou aprovado e o curso é ruim.

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Raciocínio Lógico

NEGAÇÃO DE UMA BICONDICIONAL

Existe duas maneiras de negar uma bicondicional. Uma é a trivial onde apenas substituímos o
conetivo “bicondiciona” pela “disjunção exclusiva”, conforme exemplo abaixo:
Sentença: Estudo se e somente se não vou à praia.
p = estudo.
q = vou à praia. � ~[ p ↔ ~ q ] = [ p � ~ q ]
~ q = não vou à praia
Conectivo = ↔
Logo sua negação será: Ou Estudo ou não vou à praia.
A segunda maneira de negar uma bicondicional é utilizando a propriedade de equivalência e
negando as duas condicionais, ida e volta, temos então que negar uma conjunção composta
por duas condicionais.
Negamos a primeira condicional ou negamos a segunda, usando a regra da condicional em
cada uma delas.
Exemplo 1:
Estudo se e somente se não vou à praia.
p = estudo.
q = vou à praia. � p ↔ ~ q = [ p → ~ q ] Ʌ [ ~ q → p]
~ q = não vou à praia
Conectivo = ↔
Uma bicondicional são duas condicionais, ida e volta.
Negando,

~ (p ↔ ~ q) = ~ [[p → ~ q] Ʌ [~ q → p]] =
~ [p ↔ ~ q] � ~ [~ q → p ]
p Ʌ q � ~ q Ʌ ~ p.
Estudo e vou à praia ou não vou à praia e não estudo.

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Raciocínio Lógico

EQUIVALÊNCIA DE UMA CONDICIONAL

Vamos descobrir qual a sentença equivalente a uma condicional, negando duas vezes a mesma
sentença.
Exemplo: Se estudo sozinho então sou autodidata.
Simbolizando temos:

p = estudo sozinho
�p → q
p = sou autodidata
conectivo = →

Simbolicamente: p → q
Vamos negar, ~ [ p →q ] = p ∧ ~ q
Agora vamos negar a negação para encontrarmos uma equivalência.
Negamos a negação da condicional ~ [p ∧ ~ q] = ~ p ∨ q

Solução: Não estudo sozinho ou sou autodidata.

Mas será mesmo que estas proposições, p → q e ~ p ∨ q são mesmo equivalentes? Veremos
através da tabela verdade.

p Q ~p p→q ~pvq
V V F V V
V F F F F
F V V V V
F F V V V

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Perceba na tabela verdade que p → q e ~ p ∨ q tem o mesmo valor lógico, assim essas duas
proposições são equivalentes.
Exemplo 2: Vamos encontrar uma proposição equivalente a sentença “Se sou gremista então
não sou feliz.”

p = Sou gremista.
q = Sou feliz. �p→~q
~ q = Não sou feliz.

Negação: ~ [ p → ~ q ] = p ∧ q
Sou gremista e sou feliz.
Equivalência: negação da negação.

~[p→~q]=p∧q
~[p∧q]=p∨~q
Logo, Não sou gremista ou não sou feliz é uma sentença equivalente.

Exemplo 3: Agora procuramos uma sentença equivalente a “Canto ou não estudo.”

c = Canto.
e = Estudo .� c ∨ ~ e
~ e = Não estudo.

Negação: ~ [ c ∨ ~ e ] = ~ c ∧ e
Equivalência: Negar a negação: ~ [ ~ c ∧ e ] = c ∨ ~ e
Voltamos para a mesma proposição, tem algo errado, teremos que buscar alternativa. Vamos
lá:
Vamos para a regra de equivalência de uma condicional.

p→q=~p∨q , podemos mudar a ordem da igualdade.

~p∨q=p→q
Veja que o valor lógico de p mudou e q continuou com o mesmo valor lógico.
Usando a regra acima vamos transformar a proposição inicial composta de uma disjunção em
numa condicional.
c∨~e=p→q
Para chegar à condicional, mudo o valor lógico de p,

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Raciocínio Lógico – Equivalência de uma Condicional e Disjunção Inclusiva – Prof. Edgar Abreu

Troco “ou” por “se...então” e mantenho o valor lógico de q, ficando


Se não canto então não estudo.
Exemplo 4: Estudo ou não sou aprovado. Qual a sentença equivalente?

e = Estudo.
a = Sou aprovado. �e∨~a
~ a = Não sou aprovado.

Dica: quando for “ou” a equivalência sempre será “se...então”.


Assim, temos que transformar “ou” em “se...então”. Mas como?
p → q = ~ p ∨ q (equivalentes), vamos inverter.

~p∨q=p→q
Inverte o primeiro e mantém o segundo, trocando “ou” por “se...então”, transferimos isso para
nossa proposição.

e∨~a=~e→~a

Trocamos “e” por “~ e”, mantemos “~ a” e trocamos " ∨" por " →".
Logo, Se não estudo então não sou aprovado.
Não podemos esquecer que “ou” é comutativo, assim a opção de resposta pode estar trocada,
então atente nisto, ao invés de e ∨ ~ a pode ser ~ a ∨ e , assim a resposta ficaria:
Se sou aprovado então estudo.
Quaisquer das respostas estarão certas, então muita atenção!

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Raciocínio Lógico

CONTRAPOSITIVA

Utilizamos como exemplo a sentença abaixo:


Se estudo lógica então sou aprovado
p = estudo lógica.
�p→q
q = sou aprovado.

Vamos primeiro negar esta sentença:

�(p →q) = p Ʌ � q
Lembrando da tabela verdade da conjunção “e”, notamos que a mesma é comutativa, ou seja,
se alterarmos a ordem das premissas o valor lógico da sentença não será alterado. Assim vamos
reescrever a sentença encontrada na negação, alterando o valor lógico das proposições.
p Ʌ � q = �q Ʌ p
Agora vamos negar mais uma vez para encontrar uma equivalência da primeira proposição.

�(�q Ʌ p) ↔ � q � � p
Agora vamos utilizar a regra de equivalência que aprendemos anteriormente.
Regra:
p→q↔� p�q
Em nosso exemplo temos:
q� p↔ q→ p
� � �
Logo encontramos uma outra equivalência para a nossa sentença inicial.
Esta outra equivalência chamamos de contrapositiva e é muito fácil de encontrar, basta
comutar as proposições (trocar a ordem) e negar ambas.
p→q=� q→� p
Exemplo 2: Encontrar a contrapositiva (equivalente) da proposição “Se estudo muito então
minha cabeça dói”
p = estudo muito.
� p → q
q = minha cabeça dói.

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Encontramos a contrapositiva, invertendo e negando ambas proposições.
p→q=� q→� p
Logo temos que: Se minha cabeça não dói então não estudo muito.

PARA GABARITAR
EQUIVALÊNCIA 1: p → q = p � q

EQUIVALÊNCIA 2: p → q = q → p (contrapositiva)
� �

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Raciocínio Lógico – Equivalência Contrapositiva – Prof. Edgar Abreu

Slides – Equivalência Contrapositiva

'

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Raciocínio Lógico

EQUIVALÊNCIA BICONDICIONAL E CONDICIONAL

Recebe o nome de bicondicional toda proposição composta em que as partes estejam unidas
pelo conectivo ... se somente se... Simbolicamente, representaremos esse conectivo por “ ↔ ”.
Portanto, se temos a sentença:
Exemplo: “Estudo se e somente se sou aprovado”
Proposição 1: Estudo.
Proposição 2: Sou aprovado.
Conetivo: se e somente se.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “ ↔ ”
Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p ↔ q
Sua tabela verdade é:

p q p↔q
H1 V F F
H2 F V F
H3 V V V
H4 F F V

Uma proposição bicondicional pode ser escrita como duas condicionais, é como se tivéssemos
duas implicações, uma seta da esquerda para direita e outra seta da direita para esquerda,
conforme exemplo abaixo:

Neste caso, transformamos um bicondicional em duas condicionais conectadas por uma


conjunção. Estas sentenças são equivalentes, ou seja, possuem o mesmo valor lógico.

p q p→q p←q (p → q) Ʌ (p ← q) p↔q


V V V V V V
F F V V V V
F V V F F F
V F F V F F

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Raciocínio Lógico

QUANTIFICADORES LÓGICOS

Chama-se argumento a afirmação de que um grupo de proposições iniciais redunda em uma


outra proposição final, que será conseqüência das primeiras. Estudaremos aqui apenas os
argumentos que podemos resolver por diagrama, contendo as expressões: Todo, algum,
nenhum ou outras similares.
Um argumento válido tem obrigatoriamente a conclusão como consequência das premissas.
Assim, quando um argumento é válido, a conjunção das premissas verdadeiras implica
logicamente a conclusão.
Exemplo: Considere o silogismo abaixo:

1. Todo aluno da Casa do Concurseiro é aprovado.

2. Algum aprovado é funcionário da defensoria.


Conclusão:
Existem alunos da casa que são funcionários da defensoria.
Para concluir se um silogismo é verdadeiro ou não, devemos construir conjuntos com as
premissas dadas. Para isso devemos considerar todos os casos possíveis, limitando a escrever
apenas o que a proposição afirma.

Pelo exemplo acima vimos que nem sempre a conclusão acima é verdadeira, veja que quando
ele afirma que “existem alunos da casa que são funcionários da defensoria”, ele está dizendo
que sempre isso vai acontecer, mas vimos por esse diagrama que nem sempre acontece.

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Nesse diagrama isso acontece, mas pelo dito na conclusão, sempre vai existir, e vimos que não,
logo a conclusão é falsa.
No mesmo exemplo, se a conclusão fosse:
“Existem funcionários da defensoria que não são alunos da casa”.
Qualquer diagrama que fizermos (de acordo com as premissas) essa conclusão será verdadeira,
tanto no diagrama 1 quanto no diagrama 2, sempre vai ter alguém de fora do desenho.
Logo, teríamos um silogismo!
Silogismo é uma palavra cujo significado é o de cálculo. Etimologicamente, silogismo significa
“reunir com o pensamento” e foi empregado pela primeira vez por Platão (429-348 a.C.). Aqui
o sentido adotado é o de um raciocínio no qual, a partir de proposições iniciais, conclui-se uma
proposição final. Aristóteles (384-346 a.C.) utilizou tal palavra para designar um argumento
composto por duas premissas e uma conclusão.

ALGUM

Vamos representar graficamente as premissas que contenham a expressão “algum”.


São considerados sinônimos de algum as expressões: existe(m), há pelo menos um ou qualquer
outra similar.
Analise o desenho abaixo, que representa o conjunto dos A e B. O que podemos inferir a partir
do desenho?

Conclusões:
Existem elementos em A que são B.
Existem elementos em B que são A.
Existem elementos A que não são B.
Existem elementos B que não estão em A.

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Raciocínio Lógico – Quantificadores Lógicos: Todo, Nenhum e Existe – Prof. Edgar Abreu

NENHUM

Vejamos agora as premissas que contém a expressão nenhum ou outro termo equivalente.
Analise o desenho abaixo, que representa o conjunto dos A e B. O que podemos inferir a partir
do desenho?

Conclusões:
Nenhum A é B.
Nenhum B é A.

TODO

Vamos representar graficamente as premissas que contenham a expressão “todo”.


Pode ser utilizado como sinônimo de todo a expressão “qualquer um” ou outra similar.
Analise o desenho abaixo, que representa o conjunto dos A e B. O que podemos inferir a partir
do desenho?

Conclusão:
Todo A é B.
Alguns elementos de B é A ou existem B que são A.

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Prova: FGV - 2014 - AL-BA - Téc.Nível Médio

Afirma-se que: “Toda pessoa gorda come muito”.

É correto concluir que:

a) se uma pessoa come muito, então é gorda.


b) se uma pessoa não é gorda, então não come muito.
c) se uma pessoa não come muito, então não é gorda.
d) existe uma pessoa gorda que não come muito.
e) não existe pessoa que coma muito e não seja gorda.

Gabarito: 1. C

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Raciocínio Lógico

NEGAÇÃO DE TODO, ALGUM E NENHUM

As Proposições da forma Algum A é B estabelecem que o conjunto A tem pelo menos um


elemento em comum com o conjunto B.
As Proposições da forma Todo A é B estabelecem que o conjunto A é um subconjunto de B.
Note que não podemos concluir que A = B, pois não sabemos se todo B é A.
Como negamos estas Proposições:
Exemplos:

1. Toda mulher é friorenta.


Negação: Alguma mulher não é friorenta

2. Algum aluno da casa será aprovado.


Negação: Nenhum aluno da casa vai ser aprovado.

3. Nenhum gremista é campeão.


Negação: Pelo menos um gremista é campeão.

4. Todos os estudantes não trabalham


Negação: Algum estudante trabalha.

PARA GABARITAR

Cuide os sinônimos como por exemplo, existem, algum e etc.

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1. Prova: Instituto AOCP – 2014 – UFGD – Analista
de Tecnologia da Informação

Assinale a alternativa que apresenta a negação de “Todos


os pães são recheados”.

a) Existem pães que não são recheados.


b) Nenhum pão é recheado.
c) Apenas um pão é recheado.
d) Pelo menos um pão é recheado.
e) Nenhuma das alternativas.

2. Prova: FJG-RIO – 2014 – Câmara Municipal do Rio de Janeiro –


Analista Legislativo

Seja a seguinte proposição: “existem pessoas que não acordam cedo e


comem demais no almoço”.

A negação dessa proposição está corretamente indicada na seguinte


alternativa:

a) Todas as pessoas acordam cedo ou não comem demais no almoço.


b) Não existem pessoas que comem demais no almoço.
c) Não existem pessoas que acordam cedo.
d) Todas as pessoas que não acordam cedo comem demais no almoço.

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Raciocínio Lógico – Negação Todo, Nenhum e Existe – Prof. Edgar Abreu

3. Prova: CESPE – 2014 – Câmara dos Deputados –


Técnico Legislativo

Considerando que P seja a proposição “Se o bem é público, então


não é de ninguém”, julgue os itens subsequentes.

A negação da proposição P está corretamente expressa por “O


bem é público e é de todos”.

( ) Certo ( ) Errado

4. Prova: FGV - 2013 – TJ/AM - Analista Judiciário - Serviço Social

José afirmou: “— Todos os jogadores de futebol que não são ricos jogam
no Brasil ou jogam mal“.

Assinale a alternativa que indica a sentença que representa a negação do que


José afirmou:

a) Nenhum jogador de futebol que não é rico joga no Brasil ou joga mal.
b) Todos os jogadores de futebol que não jogam no Brasil e não jogam mal.
c) Algum jogador de futebol que não é rico não joga no Brasil e não joga mal.
d) Algum jogador de futebol é rico mas joga no Brasil ou joga mal.
e) Nenhum jogador de futebol que é rico joga no Brasil ou joga mal.

Gabarito: 1. A 2. A 3. Errado 4. C

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Raciocínio Lógico

SILOGISMO
Silogismo Categórico é uma forma de raciocínio lógico na qual há duas premissas e uma
conclusão distinta destas premissas, sendo todas proposições categóricas ou singulares.
Existem casos onde teremos mais de duas premissas.
Devemos sempre considerar as premissas como verdadeira e tentar descobrir o valor lógico de
cada uma das proposições, com objetivo de identificar se a conclusão é ou não verdadeira.
Sempre que possível devemos começar nossa linha de raciocínio por uma proposição simples
ou se for composta conectada pela conjunção “e”.
Abaixo um exemplo de como resolver uma questão envolvendo silogismo.

QUESTÃO COMENTADA
(FCC: BACEN - 2006) Um argumento é composto pelas seguintes premissas:
I – Se as metas de inflação não são reais, então a crise econômica não demorará a
ser superada.
II – Se as metas de inflação são reais, então os superávits primários não serão
fantasioso.
III – Os superávits serão fantasiosos.
Para que o argumento seja válido, a conclusão deve ser:
a) A crise econômica não demorará a ser superada.
b) As metas de inflação são irreais ou os superávits serão fantasiosos.
c) As metas de inflação são irreais e os superávits são fantasiosos.
d) Os superávits econômicos serão fantasiosos.
e) As metas de inflação não são irreais e a crise econômica não demorará a ser
superada.
Solução:
Devemos considerar as premissas como verdadeiras e tentar descobrir o valor
lógico de cada uma das proposições.
Passo 1: Do português para os símbolos lógicos.

I – Se as metas de inflação não são reais, então a crise econômica não demorará a ser superada
~ P →~ Q

II – Se as metas de inflação são reais, então os superávits primários não serão fantasiosos.

~ P →~ R

III – Os superávits serão fantasiosos.

Passo 2: Considere as premissas como verdade.

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PREMISSA 1 PREMISSA 2 PREMISSA 3
VERDADE VERDADE VERDADE
~P→~Q ~P→~R R
Não é possível determinar Não é possível determinar
o valor lógico de P e Q, já o valor lógico de P e Q, já
que existem 3 possibilidades que existem 3 possibilidades CONCLUSÃO: R=V
distintas que torna o distintas que torna o
condicional verdadeiro. condicional verdadeiro.

Passo 3: Substitui a premissa 3 em 2 e analise.


•• Como na premissa 3 vimos que R é V logo ~ R = F.
•• Como P é uma proposição, o mesmo pode ser F ou V.

Vamos testar:

P → ~R P → ~R
F F F V F
V F V F F

Como a premissa 2 é verdade e caso a proposição P tenha valor V teremos uma


premissa falsa, logo chegamos a conclusão que P = F.
Passo 3: Substitui a premissa 2 em 1 e analise.
•• Como na premissa 2 vimos que P é F logo ~ P = V.
•• Como Q é uma proposição, o mesmo pode ser F ou V.
•• Analisando o condicional temos:
~P → ~Q
V V V
V F F
Logo ~ Q = V, assim Q = F
Passo 4: Traduzir as conclusões para o português.
Premissa 1: P = F
•• as metas de inflação não são reais.
Premissa 2: Q = F
•• crise econômica não demorará a ser superada.

Conclusão: Alternativa A

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Raciocínio Lógico – Argumento Com Proposições Válido (Silogismo) – Prof. Edgar Abreu

Slides

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Raciocínio Lógico – Argumento Com Proposições Válido (Silogismo) – Prof. Edgar Abreu

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Raciocínio Lógico

ARGUMENTO COM QUANTIFICADORES VÁLIDO – SILOGISMO

QUESTÃO COMENTADA
FCC: TCE-SP – 2010
Considere as seguintes afirmações:
I – Todo escriturário deve ter noções de Matemática.
II – Alguns funcionários do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo são escriturários.
Se as duas afirmações são verdadeiras, então é correto afirmar que:
a) Todo funcionário do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo deve ter noções de
Matemática.
b) Se Joaquim tem noções de Matemática, então ele é escriturário.
c) Se Joaquim é funcionário do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, então ele é
escriturário.
d) Se Joaquim é escriturário, então ele é funcionário do Tribunal de Contas do Estado de São
Paulo.
e) Alguns funcionários do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo podem não ter noções
de Matemática.

Resolução:
Primeiramente vamos representar a primeira premissa.
I – Todo escriturário deve ter noções de Matemática.

II – Alguns funcionários do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo são escriturários.

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Vejamos uma hipótese para a segunda premissa.

Vamos considerar agora a possibilidade de todos os funcionários terem noções de Matemática,


ficamos agora com duas possibilidades distintas.

Analisamos agora as alternativas:


Alternativa A: Todo funcionário do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo deve ter noções
de Matemática

Solução:

Observe que o nosso símbolo representa um funcionário do TCE que não possui noção de
matemática. Logo a conclusão é precipitada.

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Raciocínio Lógico – Argumento com Quantificadores Válidos (Silogismo) – Prof. Edgar Abreu

Alternativa B: Se Joaquim tem noções de Matemática, então ele é escriturário.

Solução:

O ponto em destaque representa alguém que possui noção de matemática, porém não é
escriturário, logo a conclusão é precipitada e está errada.

Alternativa C: Se Joaquim é funcionário do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, então


ele é escriturário.

Solução:

O ponto em destaque representa alguém que possui é funcionário do TCE, porém não é
escriturário, logo a conclusão é precipitada e está errada.

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Alternativa D: Se Joaquim é escriturário, então ele é funcionário do Tribunal de Contas do
Estado de São Paulo.

Solução:

O ponto em destaque representa alguém que é escriturário, porém não é funcionário do TCE,
logo a conclusão é precipitada e está alternativa está errada.

Alternativa E: Alguns funcionários do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo podem não
ter noções de Matemática.

Solução:

O ponto em destaque representa um funcionário do TCE que não tem noção de matemática,
como a questão afirma que “podem”, logo está correta.

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Raciocínio Lógico – Argumento com Quantificadores Válidos (Silogismo) – Prof. Edgar Abreu

Prova: IESES - 2014 - IGP-SC - Auxiliar Pericial – Criminalístico

Considere que as seguintes frases são verdadeiras e assinale a alternativa


correta:

- Algum policial é alto;


- Todo policial é educado.

a) Todo policial educado é alto.


b) Algum policial alto não é educado.
c) Algum policial não educado é alto.
d) Algum policial educado é alto.

Prova: FDRH - 2008 - IGP-RS - Papiloscopista Policial

Considere os argumentos abaixo:

I – Todos os gatos são pretos.


Alguns animais pretos mordem.
Logo, alguns gatos mordem.

II – Se 11 é um número primo, então, 8 não é um número par.


Ora 8 é um número par, portanto, 11 não é um número primo.

III – Todos os X são Y.


Todos os Z são Y.
Alguns X estão quebrados.
Logo, alguns Y estão quebrados.

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Quais são válidos?

a) Apenas o I.
b) Apenas o II.
c) Apenas o III.
d) Apenas o II e o III.
e) O I, o II e o III.

Gabarito: 1. D 2. D

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Matemática Financeira

PORCENTAGEM – TAXA UNITÁRIA

DEFINIÇÃO: Quando pegamos uma taxa de juros e dividimos o seu valor por 100, encontramos
a taxa unitária.
A taxa unitária é importante para nos auxiliar a desenvolver todos os cálculos em matemática
financeira.
Pense na expressão 20% (vinte por cento), ou seja, esta taxa pode ser representada por uma
fração, cujo o numerador é igual a 20 e o denominador é igual a 100.
COMO FAZER AGORA É A SUA VEZ:

10
10% = = 0,10
100 15%
20 20%
20% = = 0,20
100 4,5%
5
5% = = 0,05 254%
100
0%
38
38% = = 0,38 22,3%
100
1,5 60%
1,5% = = 0,015
100 6%
230
230% = = 2,3
100

FATOR DE CAPITALIZAÇÃO

Vamos imaginar que certo produto sofreu um aumento de 20% sobre o seu valor inicial. Qual o
novo valor deste produto?
Claro que se não soubermos o valor inicial deste produto fica complicado para calcularmos,
mas podemos fazer a afirmação a seguir:
O produto valia 100% sofreu um aumento de 20%, logo está valendo 120% do seu valor inicial.
Como vimos no tópico anterior (1.1 taxas unitárias), podemos calcular qual o fator que podemos
utilizar para determinarmos o novo preço deste produto, após o acréscimo.

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120
Fator de Capitalização = = 1,2
100

O Fator de capitalização trata-se de um número no qual devo multiplicar o meu produto para
obter como resultado final o seu novo preço, acrescido do percentual de aumento que desejo
utilizar.
Assim se o meu produto custava R$ 50,00, por exemplo, basta multiplicar R$ 50,00 pelo fator
de capitalização 1,2 para conhecer seu novo preço, neste exemplo será de R$ 60,00.
CALCULANDO O FATOR DE CAPITALIZAÇÃO: Basta somar 1 com a taxa unitária, lembre-se que
1 = 100/100 = 100%

COMO CALCULAR:
o Acréscimo de 45% = 100% + 45% = 145% = 145/ 100 = 1,45
o Acréscimo de 20% = 100% + 20% = 120% = 120/ 100 = 1,2
ENTENDENDO O RESULTADO:
Para aumentar o preço do meu produto em 20% devo multiplicar por 1,2.
Exemplo: um produto que custa R$ 1.500,00 ao sofrer um acréscimo de 20% passará a custar
1.500 x 1,2 (fator de capitalização para 20%) = R$ 1.800,00.

COMO FAZER:

130
Acréscimo de 30% = 100% + 30% = 130% = = 1,3
100
115
Acréscimo de 15% = 100% + 15% = 115% = = 1,15
100
103
Acréscimo de 3% = 100% + 3% = 103% = = 1,03
100
300
Acréscimo de 200% = 100% + 200% = 300% = =3
100

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Matemática Financeira – Porcentagem – Prof. Edgar Abreu

1. AGORA É A SUA VEZ:

Acréscimo Cálculo Fator


15%
20%
4,5%
254%
0%
22,3%
60%
6%

FATOR DE DESCAPITALIZAÇÃO

Vamos imaginar que certo produto sofreu um desconto de 20% sobre o seu valor inicial. Qual o
novo valor deste produto?
Claro que se não soubermos o valor inicial deste produto fica complicado para calcularmos,
mas podemos fazer a afirmação a seguir:
O produto valia 100% sofreu um desconto de 20%, logo está valendo 80% do seu valor inicial.
Como vimos no tópico anterior (1.1 taxas unitárias), podemos calcular qual o fator que
conseguimos utilizar para aferir o novo preço deste produto, após o acréscimo.

80
Fator de Descapitalização = = 0,8
100
O Fator de descapitalização trata-se de um número no qual devo multiplicar o meu produto
para obter como resultado final o seu novo preço, considerando o percentual de desconto que
desejo utilizar.
Assim se o meu produto custava R$ 50,00, por exemplo, basta multiplicar R$ 50,00 pelo fator
de descapitalização 0,8 para conhecer seu novo preço, neste exemplo será de R$ 40,00.
CALCULANDO O FATOR DE DESCAPITALIZAÇÃO: Basta subtrair o valor do desconto expresso
em taxa unitária de 1, lembre-se que 1 = 100/100 = 100%
COMO CALCULAR:
o Desconto de 45% = 100% – 45% = 65% = 55/ 100 = 0,55
o Desconto de 20% = 100% – 20% = 80% = 80/ 100 = 0,8

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ENTENDENDO O RESULTADO:
Para calcularmos um desconto no preço do produto de 20% devemos multiplicar o valor deste
produto por 0,80.
Exemplo: um produto que custa R$ 1.500,00 ao sofrer um desconto de 20% passará a custar
1.500 x 0,80 (fator de descapitalização para 20%) = R$ 1.200,00.
COMO FAZER:

70
Desconto de 30% = 100% − 30% = 70% = = 0,7
100
85
Desconto de 15% = 100% − 15% = 85% = = 0,85
100
97
Desconto de 3% = 100% − 3% = 97% = = 0,97
100
50
Desconto de 50% = 100% − 50% = 50% = = 0,5
100

2. AGORA É A SUA VEZ:

Desconto Cálculo Fator


15%
20%
4,5%
254%
0%
22,3%
60%
6%

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Matemática Financeira

ACRÉSCIMO E DESCONTO SUCESSIVO

Temas muito comuns abordados nos concursos são os acréscimos e os descontos sucessivos.
Isto acontece pela facilidade que os candidatos têm em se confundir ao resolver uma questão
deste tipo.
O erro cometido neste tipo de questão é básico, o de somar ou subtrair os percentuais, sendo
que na verdade o candidato deveria multiplicar os fatores de capitalização e descapitalização.
Vejamos abaixo um exemplo de como é fácil se confundir se não tivermos estes conceitos bem
definidos:
Exemplo:
Os bancos vêm aumentando significativamente as suas tarifas de manutenção de contas.
Estudos mostraram um aumento médio de 30% nas tarifas bancárias no 1º semestre de 2009 e
de 20% no 2º semestre de 2009. Assim podemos concluir que as tarifas bancárias tiveram em
média suas tarifas aumentadas em:
a) 50%
b) 30%
c) 150%
d) 56%
e) 20%
Ao ler esta questão, muitos candidatos se deslumbram com a facilidade e quase por impulso
marcam como certa a alternativa “a” (a de “apressadinho”).
Ora, estamos falando de acréscimo sucessivo, vamos considerar que a tarifa média mensal de
manutenção de conta no início de 2009 seja de R$ 10,00, logo teremos:
Após receber um acréscimo de 30%
10,00 x 1,3 (ver tópico 1.3) = 13,00
Agora vamos acrescentar mais 20% referente ao aumento dado no 2º semestre de 2009.
13,00 x 1,2 (ver tópico 1.3) = 15,60
Ou seja, as tarifas estão 5,60 mais caras que o início do ano.
Como o valor inicial das tarifas eram de R$ 10,00, concluímos que as mesmas sofreram uma
alta de 56% e não de 50% como achávamos anteriormente.

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COMO RESOLVER A QUESTÃO ANTERIOR DE UMA FORMA MAIS DIRETA:
Basta multiplicar os fatores de capitalização, como aprendemos no tópico 1.3
•• Fator de Capitalização para acréscimo de 30% = 1,3
•• Fator de Capitalização para acréscimo de 20% = 1,2
1,3 x 1,2 = 1,56
Como o produto custava inicialmente 100% e sabemos que 100% é igual a 1 (ver
módulo 1.2)
Logo as tarifas sofreram uma alta média de: 1,56 – 1 = 0,56 = 56%.

COMO FAZER
Exemplo 1.5.2: Um produto sofreu em janeiro de 2009 um acréscimo de 20% sobre o seu valor,
em fevereiro outro acréscimo de 40% e em março um desconto de 50%. Neste caso podemos
afirmar que o valor do produto após a 3ª alteração em relação ao preço inicial é:
a) 10% maior
b) 10 % menor
c) Acréscimo superior a 5%
d) Desconto de 84%
e) Desconto de 16%
Resolução:
Aumento de 20% = 1,2
Aumento de 40% = 1,4
Desconto de 50% = 0,5
Assim: 1,2 x 1,4 x 0,5 = 0,84 (valor final do produto)
Como o valor inicial do produto era de 100% e 100% = 1, temos:
1 – 0,84 = 0,16
Conclui-se então que este produto sofreu um desconto de 16% sobre o seu valor inicial.
(Alternativa E)
Exemplo O professor Ed perdeu 20% do seu peso de tanto “trabalhar” na véspera da prova do
concurso público da CEF, após este susto, começou a se alimentar melhor e acabou aumentando
em 25% do seu peso no primeiro mês e mais 25% no segundo mês. Preocupado com o excesso
de peso, começou a fazer um regime e praticar esporte e conseguiu perder 20% do seu peso.
Assim o peso do professor Ed em relação ao peso que tinha no início é:

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Matemática Financeira – Acréscimos e Descontos – Prof. Edgar Abreu

a) 8% maior
b) 10% maior
c) 12% maior
d) 10% menor
e) Exatamente igual
Resolução:
Perda de 20% = 0,8
Aumento de 25% = 1,25
Aumento de 25% = 1,25
Perda de 20% = 0,8
Assim: 0,8 x 1,25 x 1,25 x 0,8 = 1
Conclui-se então que o professor possui o mesmo peso que tinha no início. (Alternativa E).

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Matemática Financeira

TAXA PROPORCIONAL
Calculada em regime de capitalização SIMPLES: Resolve-se apenas multiplicando ou dividindo
a taxa de juros:
Exemplo 2.1: Qual a taxa de juros anual proporcional a taxa de 2% ao mês?
Resposta: Se temos uma taxa ao mês e procuramos uma taxa ao ano, basta multiplicarmos essa
taxa por 12, já que um ano possui 12 meses.
Logo a taxa proporcional é de 2% x 12 = 24% ao ano.
Exemplo 2.2: Qual a taxa de juros bimestral proporcional a 15% ao semestre?
Resposta: Neste caso temos uma taxa ao semestre e queremos transformá-la em taxa bimestral.
Note que agora essa taxa vai diminuir e não aumentar, o que faz com que tenhamos que dividir
essa taxa ao invés de multiplicá-la, dividir por 3, já que um semestre possui 3 bimestres.
15%
Assim a taxa procurada é de = 5% ao bimestre.
3

COMO FAZER

TAXA TAXA PROPORCIONAL


25% a.m (ao mês) 300% a.a (ao ano)
15% a.tri (ao trimestre) 5% a.m
60% a. sem (ao semestre) 40% ao. Quad. (quadrimestre)
25% a.bim (ao bimestre) 150% (ao ano)

AGORA É A SUA VEZ

QUESTÕES TAXA TAXA PROPORCIONAL


2.1.1 50% a.bim. ___________a.ano
2.1.2 6% a.mês _________a.quad.
2.1.3 12% a.ano _________ a.Trim.
2.1.4 20% a. quadri. __________a.Trim.

Gabarito: 2.1.1. 300% 2.1.2. 24% 2.1.3 3% 2.1.4 15%

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Matemática Financeira

CAPITALIZAÇÃO SIMPLES X CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA

A definição de capitalização é uma operação de adição dos juros ao capital. Bom, vamos
adicionar estes juros ao capital de duas maneiras, uma maneira simples e outra composta e
depois comparamos.
Vamos analisar o exemplo abaixo:
Exemplo: José realizou um empréstimo de antecipação de seu 13º salário no Banco do Brasil no
valor de R$ 100,00 reais, a uma taxa de juros de 10% ao mês. Qual o valor pago por José se ele
quitou o empréstimo após 5 meses, quando recebeu seu 13º?
Valor dos juros que este empréstimo de José gerou em cada mês.
Em juros simples, os juros são cobrados sobre o valor do empréstimo (capital)

CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA
MÊS JUROS COBRADO SALDO DEVEDOR
1º 10% de R$ 100,00 = R$ 10,00 R$ 100,00 + R$ 10,00 = R$ 110,00
2º 10% de R$ 100,00 = R$ 10,00 R$ 110,00 + R$ 10,00 = R$ 120,00
3º 10% de R$ 100,00 = R$ 10,00 R$ 120,00 + R$ 10,00 = R$ 130,00
4º 10% de R$ 100,10 = R$ 10,00 R$ 130,00 + R$ 10,00 = R$ 140,00
5º 10% de R$ 100,00 = R$ 10,00 R$ 140,00 + R$ 10,00 = R$ 150,00

Em juros composto, os juros são cobrados sobre o saldo devedor (capital + juros do período
anterior)

CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA
MÊS JUROS COBRADO SALDO DEVEDOR
1º 10% de R$ 100,00 = R$ 10,00 R$ 100,00 + R$ 10,00 = R$ 110,00
2º 10% de R$ 110,00 = R$ 11,00 R$ 110,00 + R$ 11,00 = R$ 121,00
3º 10% de R$ 121,00 = R$ 12,10 R$ 121,00 + R$ 12,10 = R$ 133,10
4º 10% de R$ 133,10 = R$ 13,31 R$ 133,10 + R$ 13,31 = R$ 146,41
5º 10% de R$ 146,41 = R$ 14,64 R$ 146,41 + R$ 14,64 = R$ 161,05

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Assim notamos que o Sr. josé terá que pagar após 5 meses R$ 150,00 se o banco cobrar juros
simples ou R$ 161,05 se o banco cobrar juros compostos.

GRÁFICO DO EXEMPLO

Note que o crescimento dos juros compostos é mais rápido que os juros simples.

JUROS SIMPLES

FÓRMULAS:

CÁLCULO DOS JUROS CÁLCULO DO MONTANTE

J=Cxixt M = C x (1 + i x t)
OBSERVAÇÃO: Lembre-se que o Montante é igual ao Capital + Juros
Onde:
J = Juros
M = Montante
C = Capital (Valor Presente)
i = Taxa de juros;
t = Prazo.
A maioria das questões relacionadas a juros simples podem ser resolvidas sem a necessidade
de utilizar fórmula matemática.

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Matemática Financeira – Juros Simples – Prof. Edgar Abreu

APLICANDO A FÓRMULA
Vamos ver um exemplo bem simples aplicando a fórmula para encontrarmos a solução.
Exemplo: Considere um empréstimo, a juros simples, no valor de R$ 100 mil, prazo de 3 meses
e taxa de 2% ao mês. Qual o valor dos juros?
Dados do problema:
C = 100.000,00
t = 3 meses
i = 2% ao mês
OBS: Cuide para ver se a taxa e o mês estão em menção período. Neste exemplo não tem
problema para resolver, já que tanto a taxa quanto o prazo foram expressos em meses.
J=Cxixt
J = 100.000 x 0,02 (taxa unitária) x 3
J = 6.000,00
Resposta: Os juros cobrado será de R$ 6.000,00

RESOLVENDO SEM A UTILIZAÇÃO DE FÓRMULAS:


Vamos resolver o mesmo exemplo 3.2.1, mas agora sem utilizar fórmula, apenas o conceito de
taxa de juros proporcional.
Resolução:
Sabemos que 6% ao trimestre é proporcional a 2% ao mês.
Logo os juros pagos será de 6% de 100.000,00 = 6.000,00

PROBLEMAS COM A RELAÇÃO PRAZO X TAXA


Agora veremos um exemplo onde a taxa e o prazo não são dados em uma mesma unidade,
necessitando assim transformar um deles para dar continuidade a resolução da questão.
Sempre que houver uma divergência de unidade entre taxa e prazo é melhor alterar o prazo
do que mudar a taxa de juros. Para uma questão de juros simples, esta escolha é indiferente,
porém caso o candidato se acostume a alterar a taxa de juros, irá encontrar dificuldades para
responder as questões de juros compostos, pois estas as alterações de taxa de juros não são
simples, proporcional, e sim equivalentes.
Exemplo 3.2.2 Considere um empréstimo, a juros simples, no valor de R$ 100 mil, prazo de 3
meses e taxa de 12% ao ano. Qual o valor dos juros?

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Dados:
C = 100.000,00
t = 3 meses
i = 12% ao ano
Vamos adaptar o prazo em relação a taxa. Como a taxa está expressa ao ano, vamos transformar
o prazo em ano. Assim teremos:
C = 100.000,00
t = 3 meses =

i = 12% ao ano
Agora sim podemos aplicar a fórmula
J=Cxixt
J = 100.000 x 0,12 x

J = 3.000,00

ENCONTRANDO A TAXA DE JUROS


Vamos ver como encontrar a taxa de juros de uma maneira mais prática. Primeiramente vamos
resolver pelo método tradicional, depois faremos direto.
Exemplo 3.2.3 Considere um empréstimo, a juros simples, no valor de R$ 100 mil, sabendo que
o valor do montante acumulado em após 1 semestre foi de 118.000,00. Qual a taxa de juros
mensal cobrada pelo banco.
Como o exemplo pede a taxa de juros ao mês, é necessário transformar o prazo em mês. Neste
caso 1 semestre corresponde a 6 meses, assim:
Dados:
C = 100.000,00
t = 6 meses
M = 118.000,00
J = 18.000,00 (Lembre-se que os juros é a diferença entre o Montante e o Capital)
Aplicando a fórmula teremos:
18.000 = 100.000 x 6 x i
18.000 18.000
i= = = 0,3
100.000x6 600.000

i = 3% ao mês

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Matemática Financeira – Juros Simples – Prof. Edgar Abreu

Agora vamos resolver esta questão sem a utilização de fórmula, de uma maneira bem simples.
Para saber o valor dos juros acumulados no período, basta dividirmos o montante pelo capital:
Juros acumulado = 18.000 = 1,18
100.000
Agora subtraimos o valor do capital da taxa de juros (1 = 100%) e encontramos:
1,18 – 1 = 0,18 = 18%
18% são os juros do período de um semestre, para encontrar o juros mensal, basta calcular a
taxa proporcional e assim encontrar 3 % ao mês.

ESTÃO FALTANDO DADOS?


Alguns exercícios parecem não informar dados suficientes para resolução do problema. Coisas
do tipo: O capital dobrou, triplicou, o dobro do tempo a metade do tempo, o triplo da taxa
e etc. Vamos ver como resolver este tipo de problema, mas em geral é bem simples, basta
atribuirmos um valor para o dado que está faltando.
Exemplo: Um cliente aplicou uma certa quantia em um fundo de investimento em ações. Após
8 meses resgatou todo o valor investido e percebeu que a sua aplicação inicial dobrou. Qual a
rentabilidade média ao mês que este fundo rendeu?
Para quem vai resolver com fórmula, a sugestão é dar um valor para o capital e assim teremos
um montante que será o dobro deste valor. Para facilitar o cálculo vamos utilizar um capital
igual a R$ 100,00, mas poderia utilizar qualquer outro valor.
Dados:
C = 100,00
t = 8 meses
M = 200,00 (o dobro)
J = 100,00 (Lembre-se que os juros é a diferença entre o Montante e o Capital)
Substituindo na fórmula teremos:
100 = 100 x 8 x i
i = 100 = 100 = 0,125
100x8 800

i = 12,5% ao mês

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COMO RESOLVER
Exemplo: A que taxa de juros simples, em porcento ao ano, deve-se emprestar R$ 2 mil, para
que no fim de cinco anos este duplique de valor?
Dados:
C = 2.000,00
t = 5 anos
M = 4.000,00 (o dobro)
J = 2.000,00 (Lembre-se que os juros é a diferença entre o Montante e o Capital)
i = ?? a.a

Substituindo na fórmula teremos


2.000 = 2.000 x 5 i
2.000 2000
i= = = 0,2
2.000x5 10.000

i = 20% ao ano
Exemplo: Considere o empréstimo de R$ 5 mil, no regime de juros simples, taxa de 2% ao mês
e prazo de 1 ano e meio. Qual o total de juros pagos nesta operação?
Dados:
C = 5.000,00
i = 2 % ao mês
t = 1,5 anos = 18 meses
J = ???
Substituindo na fórmula teremos
J = 5.000 x 18 x 0,02
J = 1.800,00

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Raciocínio Lógico

QUESTÕES ENVOLVENDO SEQUÊNCIA DE NÚMEROS

É comum aparecer em provas de concurso questões envolvendo sequências de números, onde


o candidato terá que descobrir a “lógica” da sequência para solucionar o problema.
A verdade é que não existe uma regra de resolução destas questões, cada sequência é diferente
das demais, depende da lógica que o autor está cobrando.
O que vamos aprender neste capítulo é a resolver algumas das sequências que já foram
cobradas em concursos anteriores, este tipo de questão, só existe uma única maneira de
aprender a resolver, fazendo!

QUESTÃO COMENTADA
FCC: BACEN – 2006
No quadriculado seguinte os números foram colocados nas células obedecendo a um
determinado padrão.

16 34 27 X
13 19 28 42
29 15 55 66

Seguindo esse padrão, o número X deve ser tal que:


a) X > 100
b) 90 < X < 100
c) 80 < X < 90
d) 70 < X < 80
e) X < 70

Solução:
Quando a sequencia se apresenta em tabelas, similares a esta, procure sempre encontrar uma
lógica nas linhas ou nas colunas. A lógica da sequencia desta questão está na relação da linha
três com as linhas 1 e 2.
A linha 3 é a soma das linhas 1 e 2 quando a coluna for impar e a subtração das linhas 1 e 2
quando a coluna for par, note:

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Coluna 1: 16 + 13 = 29
Coluna 2: 34 - 19 = 15
Coluna 3: 27 + 28 = 55
Logo a coluna 4, que é par, teremos uma subtração:
x – 42 = 66 => x = 66 + 42 = 108
Alternativa A

QUESTÃO COMENTADA 2
FCC : TRT – 2011
Na sequência de operações seguinte, os produtos obtidos obedecem a determinado padrão.
1x1=1
11 x 11 = 121
111 x 111 = 12.321
1.111 x 1111 = 1.234.321
11.111 x 11.111 = 123.454.321
Assim sendo, é correto afirmar que, ao se efetuar 111 111 111 × 111 111 111, obtém-se um
número cuja soma dos algarismos está compreendida entre:
a) 85 e 100.
b) 70 e 85.
c) 55 e 70.
d) 40 e 55.
e) 25 e 40.

Solução:
Note que o termo centra do resultado da multiplicação é sempre a quantidade de número 1
que estamos multiplicando, conforme destacado na tabela abaixo:

1x1 1
11 x 11 121
111 x 111 12. 321
1. 111 x 1. 111 1. 234. 321
11. 111 x 11. 111 123. 454. 321

Perceba também que o resultado da multiplicação é formado por um número que começa com
1 e vai até a quantidade de números 1 que tem a multiplicação e depois começa a reduzir até o
número 1 de volta.

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Raciocínio Lógico – Números – Prof. Edgar Abreu

Logo a multiplicação de 111 111 111 × 111 111 111 temos 9 números 1, assim o resultado
certamente será composto pelo número 12345678 9 87654321. Agora basta apenas somar os
algarismos e encontra como resposta o número 81, alternativa B.

QUESTÃO COMENTADA 3
CESGRANRIO: TCE/RO – 2007
O sistema binário de numeração, só se utilizam os algarismos 0 e 1. Os números naturais,
normalmente representados na base decimal, podem ser também escritos na base binária
como mostrado:

DECIMAL BINÁRIO
0 0
1 1
2 10
3 11
4 100
5 101
6 110
7 111

De acordo com esse padrão lógico, o número 15 na base decimal, ao ser representado na base
binária, corresponderá a:
a) 1000
b) 1010
c) 1100
d) 1111
e) 10000

Solução:
No sistema decimal que conhecemos, cada vez que conhecemos, a cada 10 de uma casa
decimal forma-se outra casa decimal. Exemplo: 10 unidades é igual uma dezena, 10 dezenas é
igual a uma centena e assim sucessivamente.
Já no sistema binário, a lógica é a mesma, porém a cada 2 unidades iremos formar uma nova
casa decimal. Assim para transformar um número decimal em binário, basta dividirmos este
número sucessivamente por dois e analisar sempre o resto, conforme exemplo abaixo.
Transformando 6 em binário:
6 / 2 = 3 (resto zero, logo zero irá ocupar primeira casa binária).

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3 / 2 = 1 (resto 1, logo o 1 do resto irá ocupar a segunda casa binária enquanto o 1 quociente da
divisão irá ocupar a terceira casa binária).
Resultado: 110
Para saber se está certo, basta resolver a seguinte multiplicação:
110 = 1 x 2² + 1 x 2¹ + 0 x 20 = 4 + 2 + 0 = 6
Utilizando esta linha de raciocínio temos que:
15 / 2 = 7 (resto 1)
7 / 2 = 3 (resto 1)
3 / 2 = 1 (resto 1)
Logo o número será 1111, Alternativa D

1. Prova: IDECAN - 2014 - AGU - Agente Administrativo

Observe a sequência: 49, 64, 81, 100, ...

Qual será o sétimo termo?

a) 144.
b) 169.
c) 196.
d) 225.
e) 256.

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Raciocínio Lógico – Números – Prof. Edgar Abreu

2. Prova: Instituto AOCP - 2014 - UFGD - Analista Administrativo

A sequência a seguir apresenta um padrão:

1; 8; 15; 22; ...

Qual é o quinto termo desta sequência?

a) 27.
b) 28.
c) 29.
d) 30.
e) 31.

3. Prova: FCC - 2010 - TCE-SP - Auxiliar da Fiscalização Financeira

Considere que os números inteiros e positivos que aparecem no


quadro abaixo foram dispostos segundo determinado critério.

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3. Completando corretamente esse quadro de acordo
com tal critério, a soma dos números que estão
faltando é:

a) maior que 19.


b) 19.
c) 16.
d) 14.
e) menor que 14.

4. Prova: FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO – Analista


Judiciário – Informática

A sequência numérica 1, 7, 8, 3, 4, 1, 7, 8, 3, 4, 1, 7, 8, 3, 4, 1, ..., cujos


dezesseis primeiros termos estão explicitados, segue o mesmo padrão de
formação infinitamente. A soma dos primeiros 999 termos dessa
sequência é igual a:

a) 4596.
b) 22954.
c) 4995.
d) 22996.
e) 5746.

Gabarito: 1. B 2. C 3. A 4. A

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Raciocínio Lógico

1. Prova: FCC – 2014 – TRT 16ª REGIÃO (AM)– Téc. Judiciário

Considere as figuras abaixo:

Seguindo o mesmo padrão de formação das dez primeiras


figuras dessa sequência, a décima primeira figura é:

a)

b)

c)

d)

e)

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2. Prova: FCC – 2012 – TST – Téc. Judiciário
Marina possui um jogo de montar composto por várias peças quadradas,
todas de mesmo tamanho. A única forma de juntar duas peças é unindo-as
de modo que elas fiquem com um único lado em comum. Juntando-se três
dessas peças, é possível formar apenas dois tipos diferentes de figuras,
mostradas abaixo.

Note que as duas figuras podem aparecer em


diferentes posições, o que não caracteriza
novos tipos de figuras. O número de tipos
diferentes de figuras que podem ser formados
juntando-se quatro dessas peças é igual a

a) 4.
b) 5.
c) 6.
d) 7.
e) 8.

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Raciocínio Lógico – Imagens e Figuras – Prof. Edgar Abreu

3. Prova: FCC – 2012 – TRT – Analista Judiciário

Partindo de um quadriculado n × n formado por palitos de


fósforo, em que n é um número ímpar maior ou igual a 3, é
possível, retirando alguns palitos, obter um “X” composto por
2n-1 quadrados. As figuras a seguir mostram como obter esse
“X” para quadriculados 3 × 3 e 5 × 5.

Seguindo o mesmo padrão dos exemplos acima,


partindo de um quadriculado 9 × 9, o total de
palitos que deverão ser retirados para obter o
“X” é igual a

a) 64.
b) 96.
c) 112.
d) 144.
e) 168.

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Gabarito

1. B 2. B 3. C

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Raciocínio Lógico

LETRAS

1. (Prova: CEPERJ – 2014 – RIOPREVIDÊNCIA – Assistente Previdenciário) Observe atentamente a


sequência a seguir:
ABCDEEDCBAABCDE...
A centésima primeira letra nessa sequência será:
a) A
b) B
c) C
d) D
e) E

2. (Prova: FCC – 2014 – TJ-AP – Técnico Judiciário) Cada termo da sequência a seguir é formado
por seis vogais:
(AAAEEI; EEEIIO; IIIOOU; OOOUUA; UUUAAE; AAAEEI; EEEIIO; . . . )
Mantido o mesmo padrão de formação da sequência, se forem escritos os 12º, 24º, 36º e 45º
termos, o número de vezes que a vogal U será escrita nesses termos é igual a
a) 1
b) 6
c) 5
d) 2
e) 3

3. Prova: FCC – 2014 – TRT 19ª Região (AL) – Técnico Judiciário


Gabriel descobriu pastas antigas arquivadas cronologicamente, organizadas e etiquetadas na
seguinte sequência:
07_55A; 07_55B; 08_55A; 09_55A; 09_55B; 09_55C;
09_55D; 09_55E; 10_55A; 10_55B; 11_55A; 12_55A;
12_55B; 12_55C; 01_56A; 01_56B; 02_56A; 02_56B;
03_56A; xx_xxx; yy_yyy; zz_zzz; 04_56B.
Sabendo-se que as etiquetas xx_xxx; yy_yyy; zz_zzz representam que o código foi encoberto,
a etiqueta com as letras yy_yyy deveria, para manter o mesmo padrão das demais, conter o
código

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a) 03_56C.
b) 04_57C
c) 04_56C.
d) 03_56B.
e) 04_56ª.

Gabarito: 1. A 2. C 3. A

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Professor André Vieira

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Direito Constitucional
Aula XX

TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais

CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Dos direitos e deveres


5o individuais e coletivos

6o-11o Dos direitos sociais

12o-13o Da nacionalidade

14o-16o Dos direitos políticos

17o Dos partidos políticos

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
DESTINATÁRIOS DO ART. 5º:

Proteção dentro do país. Brasileiros, estrangeiros, pessoas físicas e jurídicas.


Embora o texto do artigo garanta expressamente aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País o exercício de todos os direitos e garantias fundamentais, a
interpretação aqui é sistemática e finalística além desta proteção ser realizada
sem distinção de qualquer natureza. Assim, a proteção dos direitos fundamentais
é reservada a todos os indivíduos, independente de sua nacionalidade ou situação
no Brasil.
A expressão residentes no Brasil, segundo Alexandre Moraes, deve ser interpretada
no sentido de que a Carta Federal só pode assegurar a validade e gozo de direitos
fundamentais dentro do território brasileiro, não excluindo, assim, os estrangeiros
em trânsito pelo território nacional. As pessoas jurídicas também são beneficiárias
dos direitos e das garantias individuais, porque reconhece-se às associações o
direito à existência.

I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de
lei;

www.acasadoconcurseiro.com.br 737
TORTURA – ART. 5º, III e LIII
III – ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

DIREITO DE OPINIÃO – Speech Hate


IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano


material, moral ou à imagem;

LIBERDADE DE CRENÇA RELIGIOSA

VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício


dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas
liturgias;
VII – é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades
civis e militares de internação coletiva;

VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de


convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação
legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em
lei; (ver artigo 15, inciso IV).

DIREITO DE EXPRESSÃO
IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,
independentemente de censura ou licença;

INVIOLABILIDADE DA INTIMIDADE, DA VIDA PRIVADA, DA HONRA E DA IMAGEM


X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o
direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

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INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO
XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento
do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante
o dia, por determinação judicial;

REGRA Inviolabilidade do domicílio

EXCEÇÕES

DIA NOITE

Flagrante delito Flagrante delito

Prestar socorro Prestar socorro

Desastre Desastre

Determinação Judicial X

Key-code Sem consentimento

CPC Art. 212 (06:00/20:00)


CONCEITO DE DIA

J.A.Silva (06:00/18:00)

Sol alto

Nucci Alvorecer/Anoitecer

Pouco importando o horário


Lenza Conjugação de critérios

(06:00/18:00) + Aurora ao crepúsculo

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SIGILO DE CORRESPONDÊNCIA E DE COMUNICAÇÃO

XII – é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das


comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma
que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;

Só será autorizada por ordem judicial nos seguintes casos:

1 Investigação criminal

Interceptação
telefônica

2 Instrução processual penal

XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações


profissionais que a lei estabelecer;
XIV – é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando
necessário ao exercício profissional;

LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO
XV – é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa,
nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;

DIREITO DE REUNIÃO E ASSOCIAÇÃO XV a XXI


XVI – todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente
convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;

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ASSOCIAÇÃO

XVII – é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XVIII – a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de
autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
XIX – as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
XX – ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
XXI – as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para
representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;

PROPRIEDADE

XXII – é garantido o direito de propriedade;


XXIII – a propriedade atenderá a sua função social;
XXIV – a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou
utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro,
ressalvados os casos previstos nesta Constituição;

XXV – no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de


propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;
XXVI – a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela
família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua
atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;

www.acasadoconcurseiro.com.br 741
A indenização deve
Prévia Antecipada

Em dinheiro Em espécie

XXVI
Para pagamentos de débitos
decorrentes de sua atividade produtiva
A pequena
propriedade Desde que trabalhada pela família
rural
Dispondo a lei sobre os meios de
financiar o seu desenvolvimento

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PROPRIEDADE INTELECTUAL

XXVII – aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de


suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
XXVIII – são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e
voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de
que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e
associativas;
XXIX – a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua
utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos
nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o
desenvolvimento tecnológico e econômico do País;

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XXX – é garantido o direito de herança;


XXXI – a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei
pessoal do de cujus;
XXXII – o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;
XXXIII – todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade
e do Estado;
XXXIV – são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou
abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento
de situações de interesse pessoal;

PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE JURISDICIONAL ‒ ACESSO À JUSTIÇA


XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
XXXVI – a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
XXXVII – não haverá juízo ou tribunal de exceção;

www.acasadoconcurseiro.com.br 743
XXXVIII – é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;

PRINCÍPIO DA LEGALIDADE ‒ ANTERIORIDADE


XXXIX – não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;

PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DA LEI PENAL


XL – a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
XLI – a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;

CRIMES

XLII – a prática do racismo constitui crime INAFIANÇÁVEL e IMPRESCRITÍVEL, sujeito à pena


de reclusão, nos termos da lei;
XLIII – a lei considerará crimes INAFIANÇÁVEIS e INSUSCETÍVEIS DE GRAÇA OU ANISTIA
a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os
definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os
que, podendo evitá-los, se omitirem;
XLIV – constitui crime INAFIANÇÁVEL e IMPRESCRITÍVEL a ação de grupos armados, civis ou
militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;

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CRIMES INAFIANÇÁVEL IMPRESCRITÍVEL INSUSCETÍVEL

RACISMO X X

AGA X X

TORTURA X X

TRÁFICO X X

TERRORISMO X X

HEDIONDO X X

PENAS

XLV – nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o


dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores
e contra eles executadas, ATÉ O LIMITE DO VALOR DO PATRIMÔNIO TRANSFERIDO;

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XLVI – a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;

PENAS
Recepciona Não recepciona

5
De morte, salvo em caso de guerra
Privação ou restrição da liberdade
declarada, nos termos do art. 84, XIX

Perda de bens De caráter perpétuo

Multa De trabalhos forçados

Prestação social alternativa De banimento

Suspensão ou interdição de direitos Cruéis

XLVII – não haverá penas:


a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;

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XLVIII – a pena será cumprida em ESTABELECIMENTOS DISTINTOS, de acordo com a


NATUREZA DO DELITO, a IDADE e o SEXO do apenado;

Do cumprimento da pena

A
Estabelecimento distinto

B
Natureza do delito

C
Idade

D
Sexo

XLIX – é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;

L – às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos
durante o período de amamentação;

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EXTRADIÇÃO

LI – nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum,


praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
LII – não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;

Nato Jamais

Crime político

Estrangeiro Não será extraditado

Crime de opinião

Antes Crime comum

Naturalizado

Antes / depois Tráfico ilícito

Competência Originária Juízes Federais

Crime Político

Competência Recursal STF


Ordinária

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PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL – XXXVII e LIII


LIII – ninguém será processado nem sentenciado senão pela AUTORIDADE COMPETENTE;

PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL


LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

TEORIA DOS FRUTOS DA ÁRVORE ENVENENADA – FRUITS OF THE POISONOUS TREE


LVI – são inadmissíveis, no processo, AS PROVAS OBTIDAS POR MEIOS ILÍCITOS;

PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA


LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal
condenatória;
LVIII – o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses
previstas em lei;

  

LIX – será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo
legal;
LX – a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade
ou o interesse social o exigirem;

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PRESO

LXI – ninguém será PRESO senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada
de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime
propriamente militar, definidos em lei;

PRISÃO

LXII – a PRISÃO de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados


imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;

PRESO

LXIII – o PRESO será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado,
sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
LXIV – o PRESO tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu
interrogatório policial;

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PRISÃO

LXV – a PRISÃO ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;


LXVI – ninguém será levado à PRISÃO ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade
provisória, com ou sem fiança;
LXVII – não haverá PRISÃO civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento
voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;

REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

LXVIII – conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de
sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não
amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade
ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de
atribuições do Poder Público;
LXX – o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em
funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou
associados;

LXXI – conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora


torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas
inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
LXXII – conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante,
constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter
público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial
ou administrativo;
LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular
ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

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REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

Descrições de Incisos

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REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

Descrições de Incisos

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Assistência Jurídica Integral e Gratuita (AJIG)
LXXIV – o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos;
LXXV – o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além
do tempo fixado na sentença;

CHEGOU A MINHA VEZ!!!


LXXVI – são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:
a) o registro civil de nascimento;
b) a certidão de óbito;

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Direito Constitucional – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (Art. 005) – Prof. André Vieira

LXXVII – são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos
necessários ao exercício da cidadania.

LXXVIII – a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do


processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm APLICAÇÃO IMEDIATA.
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta CONSTITUIÇÃO NÃO EXCLUEM OUTROS DECOR-
RENTES DO REGIME E DOS PRINCÍPIOS POR ELA ADOTADOS, ou dos tratados internacionais
em que a República Federativa do Brasil seja parte.
§ 3º Os tratados e convenções internacionais SOBRE DIREITOS HUMANOS que forem aprova-
dos, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos res-
pectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha mani-
festado adesão.

§,1o Aplicação imediata

§,2o Exemplificativo / não exclui

§,3o 2T # 3/5 # CD e SF # EC

§,4o TPI # Estatuto de Roma

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Direito Constitucional
Aula XX

2 a Geração / Dimensão
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS SOCIAIS
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte,
o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição.

EC Ano
Moradia 26 2000
EC Ano
Alimentação 64 2010
EC Ano
Transporte 90 2015

Educação

Saúde TTemos
SÃO DIREITOS SOCIAIS

Trabalho
lazer
alimentação
Lazer demais
Segurança

Prev. Social 7o (individual)


Proteção à
maternidade Direitos sociais
dos trabalhadores
Segurança
Infância
Assistência aos 7o ao 11o (coletivo)
desamparados

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Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:

Destinatários do Art. 7o

Urbano
Rural
Doméstico
Avulso
Aprendiz
Servidor Público
Oficial das Forças Armadas

I – relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos
de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
II – seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III – fundo de garantia do tempo de serviço;
IV – salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas
necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde,
lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe
preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
V – piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
VI – irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
VII – garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
VIII – décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
X – proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente,
participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
XII – salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos
da lei;
XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou
convenção coletiva de trabalho;
XIV – jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento,
salvo negociação coletiva;
XV – repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI – remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do
normal;

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Direito Constitucional – Dos Direitos Sociais (Art. 006 a 011) – Prof. André Vieira

XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário
normal;
XVIII – licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e
vinte dias;
XIX – licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX – proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos
da lei;
XXI – aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos
termos da lei;
XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;
XXIII – adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma
da lei;
XXIV – aposentadoria;
XXV – assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de
idade em creches e pré-escolas;
XXVI – reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
XXVII – proteção em face da automação, na forma da lei;
XXVIII – seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização
a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
XXIX – ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional
de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção
do contrato de trabalho;
XXX – proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXI – proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do
trabalhador portador de deficiência;
XXXII – proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os
profissionais respectivos;
XXXIII – proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de
qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de
quatorze anos;
XXXIV – igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o
trabalhador avulso
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos
previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX,
XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do
cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de
trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a
sua integração à previdência social.

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VELHAS NA TPM

V Vestuário

E Educação
SALÁRIO MÍNIMO

L Lazer

H Higiene

A Alimentação

S Saúde

T Transporte
Art. 7 o IV

P Previdência Social

M Moradia

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ANTES DA EC 72
SIDRA FLA
IV
EMPREGADO DOMÉSTICO

VI

VIII

XV

XXI

XVII

XVIII

XIX

XXIV

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NÃO TEM DIREITO
V

XI

EMPREGADO DOMÉSTICO
XIV

XX

XXIII

XXVII

XXIX

XXXII

XXXIV

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PROIBIÇÃO PRA JORNADA INSALUBRE é IGUAL PIPA PRO AUTO


1 – PROIBIÇÃO de distinção de trabalho manual, técnico e intelectual;
2 – PRAzo prescricional 2 pra 5;
3 – JORNADA de seis horas ininterruptas com revezamento
4 – INSALUBRidade, Penosidade e Periculosidade;
5 – IGUALdade entre trabalhador permanente e avulso
6 – PIso Salarial;
7 – PArticipação nos lucros;
8 – PROteção do mercado de trabalho da mulher e;
9 – proteção em face da AUTOmação;

Observação: O FGTS do empregado doméstico passou a ser exigido a partir de:

Dia Mês Ano

1o 10 2015

www.acasadoconcurseiro.com.br 763
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios institui-rão, no âmbito de sua
competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração
pública direta, das autarquias e das fundações públicas. (Vide ADIn 2.135-4)
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV,
VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer
requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.

SERVIDORES PÚBLICOS
IV

< 880 VII

VIII

IX

XII

764 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Direitos Sociais (Art. 006 a 011) – Prof. André Vieira

XIII

XV

XVI

XVII

XVIII XIX

XX

XXII

XXX

www.acasadoconcurseiro.com.br 765
Art. 142,
VIII MILITARES

VIII

XII
FORÇAS ARMADAS

XVII

XVIII

XIX

XXV

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Direito Constitucional – Dos Direitos Sociais (Art. 006 a 011) – Prof. André Vieira

Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:


I – a lei não poderá exigir autorização do Estado para a
fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão
competente, vedadas ao Poder Público a interferência
e a intervenção na organização sindical;
II – é vedada a criação de mais de uma organização
sindical, em qualquer grau, representativa de categoria
profissional ou econômica, na mesma base territorial,
que será definida pelos trabalhadores ou empregadores
interessados, não podendo ser inferior à área de um
Município;
III – ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses
coletivos ou individuais da categoria, inclusive em
questões judiciais ou administrativas;

IV – a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional,


será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical
respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;
V – ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;
VI – é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;
VII – o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;
VIII – é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a
cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o
final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.

Votar

Aposentado Filiado

Ser votado

Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de


colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer.

www.acasadoconcurseiro.com.br 767
VII
IV

VII
III

VI
II
Considerações

o
V
I

768 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Constitucional – Dos Direitos Sociais (Art. 006 a 011) – Prof. André Vieira

Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade
de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das
necessidades inadiáveis da comunidade.
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.

Prazo %
Parcial 72h X

Alcança Serviços ou Atividades essenciais

Cuidado 114, §, 3o

Paralisações
Prazo %
Total 48h X

Lock out Greve do empregador

Cuidado
Pagamento do salário ainda que
o empregado não tenha trabalhado.

Lei 7783/89
Art. 17. Fica vedada a paralisação das atividades, por iniciativa do EMPREGADOR, com o
objetivo de frustrar negociação ou dificultar o atendimento de reivindicações dos respectivos
empregados (LOCK OUT).

www.acasadoconcurseiro.com.br 769
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos
públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e
deliberação.

Participação Participação
Trabalhadores e Empregadores
COLEGIADOS
de órgãos Públicos

Interesse Interesse
Profissionais ou Previdenciário

Objeto Objeto
Discussão e Deliberação

Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante
destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores.

Empresas + 200 empregados

Assegurada Eleição

1 Representante

Finalidade Exclusiva

De promover o entendimento direto


com os empregadores

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Direito Constitucional
Aula XX

PODER JUDICIÁRIO

STF

CNJ

STJ TST TSE STM

AUDITORIAS
TJ TRF TRT TRE MILITARES

JUIZ DE JUIZ JUIZ DO JUIZ JUIZ


DIREITO FEDERAL TRABALHO ELEITORAL MILITAR

www.acasadoconcurseiro.com.br 771
FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO

Autoridades Comum Responsabilidade

STF STF SF

Membros do CNJ Há divergência SF

Tribunais superiores STF STF

2a instância STJ STJ

Juízes estaduais TJ TJ
(DF e Territórios)
Juízes federais TRF TRF
(do trabalho e militares)

Considerações

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Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 092) – Prof. André Vieira

CAPÍTULO III
DO PODER JUDICIÁRIO
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
I – o Supremo Tribunal Federal;
I-A – o Conselho Nacional de Justiça;
II – o Superior Tribunal de Justiça;
II-A – o Tribunal Superior do Trabalho;
III – os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV – os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V – os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI – os Tribunais e Juízes Militares;
VII – os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
§ 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm
sede na Capital Federal.
§ 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território
nacional.

Cuidado!

Não possui jurisdição. Apenas caráter fiscalizatório.

( X )    (...)
CNJ Sede

( X )    ( X )  
STF Sede Jurisdição

( X )    ( X )  
TRIBUNAIS SUPERIORES Sede Jurisdição

STJ STM TST TSE

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Direito Constitucional

Professora Alessandra Vieira

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Direito Constitucional

DA NACIONALIDADE

Art. 12. São brasileiros:


I – natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que
estes não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles
esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados
em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e
optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007)
II – naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de
países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil
há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a
nacionalidade brasileira. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor
de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta
Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos
casos previstos nesta Constituição.
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
I – de Presidente e Vice-Presidente da República;
II – de Presidente da Câmara dos Deputados;
III – de Presidente do Senado Federal;
IV – de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V – da carreira diplomática;
VI – de oficial das Forças Armadas.

www.acasadoconcurseiro.com.br 777
VII – de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
§ 4º Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I – tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao
interesse nacional;
II – adquirir outra nacionalidade, salvo no casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional de
Revisão nº 3, de 1994)
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (Incluído pela Emenda
Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado
estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos
civis; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.
§ 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo
nacionais.
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.

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Questões

1. Do direito brasileiro, decorre a existência de d) De pai e mãe brasileiros desde que


duas classes de nacionalidade: venha morar no Brasil a qualquer
tempo.
a) A do nato e a do equiparado;
b) A do nato e a do naturalizado; 5. São brasileiros natos:
c) A do naturalizado e do equiparado;
d) A do naturalizado e do apátrida. a) Os nascidos na República Federativa do
Brasil, com exceção dos filhos de pais
2. A nacionalidade mista resulta: estrangeiros, desde que estes estejam a
serviço de seu país;
a) De casamento e da anexação do b) Os nascidos no estrangeiro, de pai ou
território; mãe brasileiros, desde que qualquer
b) Da combinação da filiação (“jus deles esteja a serviço do Brasil;
sanguinis”) com o local de nascimento c) Os nascidos no estrangeiro, de pai
(“jus solis”); ou mãe brasileiros desde que sejam
c) Da nacionalidade adquirida e da registrados em repartição brasileira
vontade do indivíduo; competente;
d) Da naturalização e do parentesco. d) todas as anteriores.
3. Uma criança nascida no Brasil, filha de pai 6. Segundo a Constituição Federal de 1988,
coreano e mãe japonesa, será considerada: uma pessoa nascida no Brasil, filha de
a) Brasileira nata; pai Uruguaio e mãe Argentina, será
b) Brasileira naturalizada; considerada:
c) Estrangeira; a) Brasileira naturalizada;
d) Brasileira nata, desde que seus pais não b) Brasileira nata, em qualquer hipótese;
estejam a serviço de seus países. c) Apátrida;
d) Brasileira nata, desde que os pais não
4. São considerados brasileiros natos os estejam a serviço de seu país.
nascidos no estrangeiro:
a) De pai ou mãe brasileiros desde que 7. Os brasileiros nascidos no estrangeiro, de
venham residir na República Federativa pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que
do Brasil e optem, antes de completar qualquer deles esteja a serviço da República
a maioridade, pela nacionalidade Federativa do Brasil, são considerados:
brasileira; a) Brasileiros natos;
b) De pai ou mãe brasileiros desde que b) Brasileiros natos, desde que residam no
qualquer deles esteja trabalhando no Brasil antes da maioridade e alcançada
exterior; esta, optem, em qualquer tempo, pela
c) De pai ou mãe brasileiros desde que nacionalidade brasileira;
registrados em repartição brasileira c) Brasileiros natos, se registrados em
competente no exterior; repartição brasileira competente;
d) Estrangeiros.

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8. Para aquisição de nacionalidade brasileira c) A lei não pode estabelecer diferenças
pela via ordinária, os originários de países entre brasileiros natos e naturalizados,
de língua portuguesa necessitam: salvo os casos previstos na Constituição;
d) Os cargos de magistrados são privativos
a) Residir na República Federativa do Brasil de brasileiros natos.
por mais de 15 anos ininterruptamente
sem condenação penal; 12. É brasileiro nato:
b) Comprovar haver compatibilidade
entre os critérios do “jus solis” e “jus a) Todos os que nascem no Brasil;
sanguinis”; b) Todos os nascidos no exterior filhos de
c) Residir na República Federativa do pais brasileiros;
Brasil por mais de um ano ininterrupto c) O titular da nacionalidade brasileira
e demonstrar idoneidade moral; primária;
d) Preencher os requisitos previstos em lei d) Os oriundos de país de língua
ordinária. portuguesa que reside no Brasil há
um ano ininterrupto e que não tenha
9. São privativos de brasileiros natos os cargos: condenação penal.
a) De deputado federal; 13. São privativos de brasileiros natos os cargos
b) De carreira diplomática; de:
c) De Presidente do Banco Central;
d) De Secretário da Receita Federal; a) Presidente e Vice-Presidente da
e) De vereador. República, Presidente da Câmara dos
Deputados, Presidente do Senado
10. O brasileiro nato pode perder a Federal, Ministro do Supremo Tribunal
nacionalidade: Federal; da Carreira Diplomática;
de Oficial das Forças Armadas e de
a) Se alegar imperativo de consciência Ministro de Estado de Defesa;
para se eximir do serviço militar b) Presidente e Vice-Presidente da
obrigatório e se recusar a cumprir pena República; Deputado Federal; Senador
alternativa fixada em lei; da República; Ministro do Supremo
b) Como conseqüência de pena acessória Tribunal Federal; Carreira Diplomática;
se condenado pela prática de crime de Oficial das Forças Armadas e de
inafiançável e imprescritível; Ministro de Estado de Defesa;
c) Se, por imposição de norma estrangeira, c) Presidente e Vice-Presidente da
tiver que adquirir outra nacionalidade República; Presidente da Câmara dos
como condição para permanência em Deputados; Presidente do Senado
território estrangeiro ou para que possa Federal; Ministro do Superior Tribunal
lá exercer os direitos civis; de Justiça; Procurador Geral da
d) Se adquirir outra nacionalidade. República; da Carreira Diplomática;
de Oficial das Forças Armadas e de
11. Assinale a opção correta: Ministro de Estado da Defesa;
a) Em qualquer hipótese, os nascidos em d) Presidente e Vice-Presidente da
território brasileiro são considerados República; de Governador; Ministro do
brasileiros natos; Supremo Tribunal Federal; Ministro do
b) Os cargos da carreira diplomática Superior Tribunal de Justiça, da Carreira
podem ser ocupados por brasileiros Diplomática, de Oficial das Forças
naturalizados; Armadas e de Ministro de Estado de
Defesa.

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Direito Constitucional – Da Nacionalidade – Profª Alessandra Vieira

14. Casal brasileiro, trabalhando em uma c) A nacionalidade brasileira e a do país


empresa privada em Estado Estrangeiro, estrangeiro;
vem a ter um filho de nome Antônio, ao d) A nacionalidade canadense e a
qual é outorgada a nacionalidade desse brasileira.
Estado pelo fato de ali haver nascido. Com
30 anos de idade Antônio vem residir no 17. É correto afirmar que são:
Brasil. Segundo a Constituição Brasileira,
Antônio: a) considerados brasileiros natos,
os nascidos em países de língua
a) Nunca poderá ser brasileiro nato por portuguesa e de pais estrangeiros,
ser natural de outro Estado; desde que registrados nas embaixadas
b) Somente poderá ser brasileiro brasileiras;
naturalizado, desde que preencha os b) privativos de brasileiros natos,
requisitos legais para a naturalização; dentre outros, os cargos da carreira
c) Poderá ser brasileiro nato, porque, no diplomática, de senador e de deputado
caso, sempre lhe será facultado optar, federal;
em qualquer tempo, pela nacionalidade c) naturalizados os nascidos no
brasileira; estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe
d) Terá automaticamente dupla brasileira, desde que venham a residir
nacionalidade. no Brasil e optem em qualquer tempo,
pela nacionalidade brasileira.
15. Ao disciplinar o direito de nacionalidade, a d) símbolos da República Federativa do
Constituição Federal: Brasil, a bandeira, o hino, as armas e o
selo nacionais.
a) Permitiu que os portugueses com e) vedados ao Distrito Federal e aos
residência permanente no país, desde Territórios, a utilização de símbolos
que haja reciprocidade em favor de próprios.
brasileiros, adquirirem os direitos
inerentes ao brasileiro, salvo os casos 18. Um casal de brasileiros reside por
previstos na Constituição; determinado tempo na Alemanha, onde o
b) Permitiu a extradição de brasileiros marido é jogador de um clube de futebol.
natos e naturalizados; Nem o marido nem a mulher encontram-
c) Não permitiu a entrada de brasileiros se a serviço da República Federativa do
naturalizados no Conselho da República; Brasil. O filho do casal de brasileiros nasceu
d) Reservou a propriedade de empresas em território alemão, no dia 15 de maio de
jornalísticas, apenas aos brasileiros 2003.
natos.
Considerando a situação hipotética acima
16. “A”, canadense de origem, naturaliza- descrita e sabendo que a Alemanha adota
se brasileiro e passa a residir em país o sistema do jus sanguinis como forma
estrangeiro, cuja lei o obrigou a adquirir de aquisição da nacionalidade originária,
a nacionalidade local, como condição assinale a opção correta.
de permanência no território. Em face a) Se o filho do casal vier a residir na
do que dispõe a Constituição Federal, República Federativa do Brasil e optar,
“A”permanece apenas com: em qualquer tempo, depois de atingida
a) A nacionalidade do país estrangeiro; a maioridade, pela nacionalidade
b) A nacionalidade brasileira; brasileira, adquirirá a condição de
brasileiro nato.

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b) O filho do casal será brasileiro nato, d) Ao adquirir outra nacionalidade
desde que seja registrado em repartição voluntariamente por naturalização.
consular brasileira competente na
Alemanha ou que venha a residir no 21. Sobre nacionalidade é correto afirmar que:
Brasil antes da maioridade e, nesse
caso, opte em qualquer tempo pela a) Nos termos da Constituição, os filhos
nacionalidade brasileira. de brasileiros que não estejam a
c) O filho do casal é considerado brasileiro serviço do Brasil nascidos no exterior
nato, independentemente de qualquer poderão fazer opção pela nacionalidade
condição, uma vez que, apesar de brasileira a qualquer tempo, após
nascido no estrangeiro, é filho de pai e atingida a maioridade;
mãe brasileiros. b) Os portugueses submetidos ao
d) Caso o filho do casal obtenha a condição estado da igualdade se equiparam aos
de brasileiro nato, após atendidos os brasileiros natos;
requisitos estabelecidos na legislação c) A lei poderá estabelecer distinção entre
brasileira, não perderá jamais essa brasileiros natos e naturalizados;
condição, visto que a Constituição e) A Constituição proíbe a extradição de
Federal prevê expressamente que brasileiro nato ou naturalizado.
nenhum brasileiro nato pode perder a
nacionalidade brasileira. 22. Guerra, prefeito do Município de Pelotas,
e) Caso o filho do casal obtenha a edita um decreto no qual isenta os
condição de brasileiro naturalizado, brasileiros natos do recolhimento do I.S.S.
ainda assim poderá ter a sua Tal procedimento está correto?
naturalização cancelada, por sentença a) Sim, uma vez que se trata de imposto
judicial, mas somente em decorrência de competência exclusiva do Município;
de crime comum, praticado antes b) Não, por ser matéria de competência
da naturalização, ou de comprovado de lei estadual;
envolvimento em tráfico ilícito de c) Não, porque a lei não pode estabelecer
entorpecentes. distinção entre brasileiros natos e
naturalizados;
19. O cancelamento da naturalização em razão d) Sim, porque na hipótese, há autorização
do exercício de atividades contrárias ao expressa na Constituição Federal;
interesse nacional, dar-se-á por: e) Sim, porque se trata de lei municipal
a) Decreto do Presidente da República; sobre matéria discricionária.
b) Sentença Judicial com trânsito em
julgado; 23. O art. 12, § 2º da Constituição Federal
c) Ato do Ministro das Relações Exteriores; estabelece que não poderá haver distinção
d) Ato do Governo Estrangeiro. entre brasileiro nato e naturalizado, a não
ser que tal distinção esteja prevista:
20. O brasileiro nato pode perder a a) na própria Constituição;
nacionalidade: b) em lei complementar;
a) Por sentença judicial que cancele a c) em lei ordinária;
naturalização; d) na Constituição Estadual;
b) Em razão de extradição; e) em lei delegada.
c) Se contratado por empresa
multinacional em território alienígena;

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Direito Constitucional – Da Nacionalidade – Profª Alessandra Vieira

24. Aos portugueses que optem pela 27. Filho de pais alemães, nascido em
naturalização brasileira ordinária, é exigido: território brasileiro no período em que
seus ascendentes estavam a serviço da
a) residência por dois anos ininterruptos e Alemanha, é considerado:
idoneidade moral;
b) residência por um ano ininterrupto e a) apátrida;
idoneidade moral; b) estrangeiro;
c) residência por trinta anos ininterruptos c) brasileiro nato;
e sem condenação penal; d) alemão equiparado;
d) residência permanente e reciprocidade e) brasileiro naturalizado.
em favor dos brasileiros;
e) residência ininterrupta no Brasil por 28. Henrique, brasileiro nato, vai morar no
mais de quinze anos e sem condenação México. Lá requer e obtém a nacionalidade
penal. mexicana. Como fica sua situação em face
da nacionalidade brasileira?
25. Juan Pablo, espanhol de nascimento, reside
desde 1984, ininterruptamente no Brasil. a) Permanece com a nacionalidade
Em razão do tempo de residência, ele: brasileira;
b) Perde a nacionalidade brasileira;
a) não poderá mais se naturalizar c) Permanece com as duas nacionalidades;
brasileiro; d) Terá prazo de cinco anos para optar por
b) será brasileiro naturalizado se o uma das nacionalidades;
requerer; e) Terá prazo de dois anos para optar por
c) será brasileiro naturalizado se o uma das nacionalidades.
requerer, desde que não tenha
condenação penal neste período; 29. Os cargos de Ministro do STJ, devem ser
d) deverá esperar completar trinta providos por:
anos de residência ininterrupta, sem
condenação penal, para requerer a a) brasileiros natos;
nacionalidade brasileira; b) brasileiros;
e) não poderá retornar à Espanha sem c) brasileiros natos e portugueses
visto. equiparados;
d) brasileiros e estrangeiros residentes no
26. Pelo critério do jus sanguinis a nacionalidade Brasil;
é conferida: e) Todas as opções são falsas.

a) ao descendente de nacional pouco im- 30. Não é privativo de brasileiro nato o cargo
portando o local de nascimento; de:
b) aos que nascerem fora do território do
Estado; a) Ministro do Planejamento;
c) aos que nascerem no território do Esta- b) Oficial das Forças Armadas;
do; c) Ministro do Supremo Tribunal Federal;
d) aos que nascerem em território nacio- d) Presidente do Senado Federal;
nal ou estrangeiro; e) Presidente da Câmara dos Deputa-
e) por mérito ao estrangeiro que, partici- dos.
pando das Forças Armadas Brasileiras,
tenha sido ferido em combate.
Gabarito: 1. B 2. B 3. D 4. C 5. D 6. D 7. A 8. C 9. B 10. D 11. C 12. C 13. A 14. C 15. A 16. C 17. D
18. A 19. B 20. D 21. A 22. C 23. A 24. B 25. C 26. A 27. B 28. B 29. B 30. A

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Direito Administrativo

Professora Tatiana Marcello

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Direito Administrativo

DISPOSIÇÕES GERAIS (ART. 037 A 038)

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA III – o prazo de validade do concurso público


FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 será de até dois anos, prorrogável uma vez,
por igual período;
IV – durante o prazo improrrogável previsto
no edital de convocação, aquele aprovado
CAPÍTULO VII em concurso público de provas ou de pro-
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA vas e títulos será convocado com prioridade
sobre novos concursados para assumir car-
Seção I go ou emprego, na carreira;
DISPOSIÇÕES GERAIS V – as funções de confiança, exercidas ex-
clusivamente por servidores ocupantes de
Art. 37. A administração pública direta e indireta
cargo efetivo, e os cargos em comissão, a
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
serem preenchidos por servidores de car-
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá
reira nos casos, condições e percentuais mí-
aos princípios de legalidade, impessoalidade,
nimos previstos em lei, destinam-se apenas
moralidade, publicidade e eficiência e, também,
às atribuições de direção, chefia e asses-
ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Cons-
soramento; (Redação dada pela Emenda
titucional nº 19, de 1998)
Constitucional nº 19, de 1998)
I – os cargos, empregos e funções públicas
VI – é garantido ao servidor público civil o
são acessíveis aos brasileiros que preen-
direito à livre associação sindical;
cham os requisitos estabelecidos em lei, as-
sim como aos estrangeiros, na forma da lei; VII – o direito de greve será exercido nos
(Redação dada pela Emenda Constitucional termos e nos limites definidos em lei espe-
nº 19, de 1998) cífica; (Redação dada pela Emenda Consti-
tucional nº 19, de 1998)
II – a investidura em cargo ou emprego
público depende de aprovação prévia em VIII – a lei reservará percentual dos cargos
concurso público de provas ou de provas e e empregos públicos para as pessoas por-
títulos, de acordo com a natureza e a com- tadoras de deficiência e definirá os critérios
plexidade do cargo ou emprego, na forma de sua admissão;
prevista em lei, ressalvadas as nomeações
para cargo em comissão declarado em lei IX – a lei estabelecerá os casos de contrata-
de livre nomeação e exoneração; (Redação ção por tempo determinado para atender a
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de necessidade temporária de excepcional in-
1998) teresse público;
X – a remuneração dos servidores públicos
e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39

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somente poderão ser fixados ou alterados XIV – os acréscimos pecuniários percebidos
por lei específica, observada a iniciativa por servidor público não serão computados
privativa em cada caso, assegurada revisão nem acumulados para fins de concessão de
geral anual, sempre na mesma data e sem acréscimos ulteriores; (Redação dada pela
distinção de índices; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Re-
gulamento) XV – o subsídio e os vencimentos dos ocu-
pantes de cargos e empregos públicos são
XI – a remuneração e o subsídio dos ocu- irredutíveis, ressalvado o disposto nos inci-
pantes de cargos, funções e empregos pú- sos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º,
blicos da administração direta, autárquica e 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada
fundacional, dos membros de qualquer dos pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, dos detentores XVI – é vedada a acumulação remunerada
de mandato eletivo e dos demais agentes de cargos públicos, exceto, quando houver
políticos e os proventos, pensões ou outra compatibilidade de horários, observado em
espécie remuneratória, percebidos cumu- qualquer caso o disposto no inciso XI: (Re-
lativamente ou não, incluídas as vantagens dação dada pela Emenda Constitucional nº
pessoais ou de qualquer outra natureza, 19, de 1998)
não poderão exceder o subsídio mensal, em a) a de dois cargos de professor; (Redação
espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
Federal, aplicando-se como limite, nos Mu- 1998)
nicípios, o subsídio do Prefeito, e nos Esta-
dos e no Distrito Federal, o subsídio mensal b) a de um cargo de professor com outro
do Governador no âmbito do Poder Execu- técnico ou científico; (Redação dada pela
tivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Distritais no âmbito do Poder Legislativo e
c) a de dois cargos ou empregos privativos
o subsidio dos Desembargadores do Tribu-
de profissionais de saúde, com profissões
nal de Justiça, limitado a noventa inteiros e
regulamentadas; (Redação dada pela Emen-
vinte e cinco centésimos por cento do sub-
da Constitucional nº 34, de 2001)
sídio mensal, em espécie, dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal, no âmbito do XVII – a proibição de acumular estende-se a
Poder Judiciário, aplicável este limite aos empregos e funções e abrange autarquias,
membros do Ministério Público, aos Procu- fundações, empresas públicas, sociedades
radores e aos Defensores Públicos; (Reda- de economia mista, suas subsidiárias, e so-
ção dada pela Emenda Constitucional nº 41, ciedades controladas, direta ou indireta-
19.12.2003) mente, pelo poder público; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XII – os vencimentos dos cargos do Poder
Legislativo e do Poder Judiciário não po- XVIII – a administração fazendária e seus
derão ser superiores aos pagos pelo Poder servidores fiscais terão, dentro de suas áre-
Executivo; as de competência e jurisdição, precedência
sobre os demais setores administrativos, na
XIII – é vedada a vinculação ou equiparação
forma da lei;
de quaisquer espécies remuneratórias para
o efeito de remuneração de pessoal do ser- XIX – somente por lei específica poderá ser
viço público; (Redação dada pela Emenda criada autarquia e autorizada a instituição
Constitucional nº 19, de 1998) de empresa pública, de sociedade de eco-
nomia mista e de fundação, cabendo à lei

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complementar, neste último caso, definir as (Redação dada pela Emenda Constitucional
áreas de sua atuação; (Redação dada pela nº 19, de 1998)
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
I – as reclamações relativas à prestação dos
XX – depende de autorização legislativa, em serviços públicos em geral, asseguradas a
cada caso, a criação de subsidiárias das en- manutenção de serviços de atendimento ao
tidades mencionadas no inciso anterior, as- usuário e a avaliação periódica, externa e
sim como a participação de qualquer delas interna, da qualidade dos serviços; (Incluído
em empresa privada; pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XXI – ressalvados os casos especificados II – o acesso dos usuários a registros admi-
na legislação, as obras, serviços, compras nistrativos e a informações sobre atos de
e alienações serão contratados mediante governo, observado o disposto no art. 5º, X
processo de licitação pública que assegu- e XXXIII; (Incluído pela Emenda Constitucio-
re igualdade de condições a todos os con- nal nº 19, de 1998)
correntes, com cláusulas que estabeleçam
obrigações de pagamento, mantidas as con- III – a disciplina da representação contra o
dições efetivas da proposta, nos termos da exercício negligente ou abusivo de cargo,
lei, o qual somente permitirá as exigências emprego ou função na administração públi-
de qualificação técnica e econômica indis- ca. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
pensáveis à garantia do cumprimento das 19, de 1998)
obrigações. (Regulamento) § 4º Os atos de improbidade administrativa
XXII – as administrações tributárias da importarão a suspensão dos direitos políti-
União, dos Estados, do Distrito Federal e cos, a perda da função pública, a indisponi-
dos Municípios, atividades essenciais ao bilidade dos bens e o ressarcimento ao erá-
funcionamento do Estado, exercidas por rio, na forma e gradação previstas em lei,
servidores de carreiras específicas, terão re- sem prejuízo da ação penal cabível.
cursos prioritários para a realização de suas § 5º A lei estabelecerá os prazos de pres-
atividades e atuarão de forma integrada, crição para ilícitos praticados por qualquer
inclusive com o compartilhamento de ca- agente, servidor ou não, que causem pre-
dastros e de informações fiscais, na forma juízos ao erário, ressalvadas as respectivas
da lei ou convênio. (Incluído pela Emenda ações de ressarcimento.
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público
§ 1º A publicidade dos atos, programas, e as de direito privado prestadoras de servi-
obras, serviços e campanhas dos órgãos ços públicos responderão pelos danos que
públicos deverá ter caráter educativo, infor- seus agentes, nessa qualidade, causarem a
mativo ou de orientação social, dela não po- terceiros, assegurado o direito de regresso
dendo constar nomes, símbolos ou imagens contra o responsável nos casos de dolo ou
que caracterizem promoção pessoal de au- culpa.
toridades ou servidores públicos.
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as
§ 2º A não observância do disposto nos in- restrições ao ocupante de cargo ou empre-
cisos II e III implicará a nulidade do ato e a go da administração direta e indireta que
punição da autoridade responsável, nos ter- possibilite o acesso a informações privile-
mos da lei. giadas. (Incluído pela Emenda Constitucio-
§ 3º A lei disciplinará as formas de partici- nal nº 19, de 1998)
pação do usuário na administração pública
direta e indireta, regulando especialmente:

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§ 8º A autonomia gerencial, orçamentá- noventa inteiros e vinte e cinco centésimos
ria e financeira dos órgãos e entidades da por cento do subsídio mensal dos Ministros
administração direta e indireta poderá ser do Supremo Tribunal Federal, não se apli-
ampliada mediante contrato, a ser firmado cando o disposto neste parágrafo aos sub-
entre seus administradores e o poder públi- sídios dos Deputados Estaduais e Distritais
co, que tenha por objeto a fixação de metas e dos Vereadores. (Incluído pela Emenda
de desempenho para o órgão ou entidade, Constitucional nº 47, de 2005)
cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Art. 38. Ao servidor público da administração
direta, autárquica e fundacional, no exercício de
I – o prazo de duração do contrato; mandato eletivo, aplicam-se as seguintes dispo-
sições: (Redação dada pela Emenda Constitucio-
II – os controles e critérios de avaliação de nal nº 19, de 1998)
desempenho, direitos, obrigações e respon-
sabilidade dos dirigentes; I – tratando-se de mandato eletivo federal,
estadual ou distrital, ficará afastado de seu
III – a remuneração do pessoal." cargo, emprego ou função;
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às II – investido no mandato de Prefeito, será
empresas públicas e às sociedades de eco- afastado do cargo, emprego ou função, sen-
nomia mista, e suas subsidiárias, que rece- do-lhe facultado optar pela sua remunera-
berem recursos da União, dos Estados, do ção;
Distrito Federal ou dos Municípios para pa-
gamento de despesas de pessoal ou de cus- III – investido no mandato de Vereador, ha-
teio em geral. (Incluído pela Emenda Consti- vendo compatibilidade de horários, perce-
tucional nº 19, de 1998) berá as vantagens de seu cargo, emprego
ou função, sem prejuízo da remuneração do
§ 10. É vedada a percepção simultânea de cargo eletivo, e, não havendo compatibili-
proventos de aposentadoria decorrentes do dade, será aplicada a norma do inciso ante-
art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remune- rior;
ração de cargo, emprego ou função pública,
ressalvados os cargos acumuláveis na forma IV – em qualquer caso que exija o afasta-
desta Constituição, os cargos eletivos e os mento para o exercício de mandato eletivo,
cargos em comissão declarados em lei de li- seu tempo de serviço será contado para to-
vre nomeação e exoneração. (Incluído pela dos os efeitos legais, exceto para promoção
Emenda Constitucional nº 20, de 1998) por merecimento;
§ 11. Não serão computadas, para efeito V – para efeito de benefício previdenciário,
dos limites remuneratórios de que trata o no caso de afastamento, os valores serão
inciso XI do caput deste artigo, as parcelas determinados como se no exercício estives-
de caráter indenizatório previstas em lei. se.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 47,
de 2005) (...)

§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do


caput deste artigo, fica facultado aos Esta-
dos e ao Distrito Federal fixar, em seu âm-
bito, mediante emenda às respectivas Cons-
tituições e Lei Orgânica, como limite único,
o subsídio mensal dos Desembargadores
do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a

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CONCEITOS INTRODUTÓRIOS

Conceitos Introdutórios

• Órgãos públicos da União, dos Estados, do Distrito


Administração Federal e dos Municípios.
Direta

• Autarquias (Ex. INSS, BACEN)


Administração • Fundações Públicas (Ex. IBGE, FUNAI)
Indireta • Empresas Públicas (Ex. CEF, Correios)
• Sociedades de Economia Mista (Ex. BB,Petrobrás)

1.1. Princípios Constitucionais aplicáveis à Administração Pública

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência...
Trata-se dos princípios expressamente trazidos pela CF/88, considerando que há outros
princípios aplicáveis.
Para memorizá-los, usa-se o macete do “LIMPE”:
Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade
Eficiência

Princípio da Legalidade
A administração pública só pode agir quando houver lei que determine ou autorize sua
atuação. Assim, a eficácia da atividade da administração pública está condicionada ao que a lei
permite ou determina.
Enquanto no âmbito dos particulares, o princípio da legalidade significa que podem fazer
tudo o que a lei não proíba, no âmbito da administração pública esse princípio significa que o
administrador só pode fazer o que a lei autorize ou determine.
Esse princípio é o que melhor caracteriza o estado Estado de Direito, pois o administrador
público não pode agir de acordo com sua própria vontade e sim de acordo com o interesse do

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povo, titular do poder. Como, em última instância, as leis são feitas pelo povo, através de seus
representantes, pressupõe-se que estão de acordo com o interesse público.

Princípio da Impessoalidade
O administrador público deve ser impessoal, tendo sempre como finalidade a satisfação do
intere interesse público, não podendo beneficiar nem prejudicar a si ou determinada pessoa.
Esse princípio é visto sob dois aspectos:
a) como determinante da finalidade de toda atuação administrativa – inevitavelmente,
determinados atos podem ter por consequencia benefícios ou prejuízos a alguém, porém,
a atuação do administrador deve visar ao interesse público, sob pena de tal ato ser
considerado nulo por desvio de finalidade;
b) como vedação a que o agente público valha-se das atividades desenvolvidas pela
administração para obter benefício ou promoção pessoal – é vedado a promoção pessoal
do agente público pela sua atuação como administrador.
Como exemplos de aplicação do princípio da impessoalidade, podemos citar a imposição
de concurso público como condição para ingresso em cargo efetivo ou emprego público e a
exigência de licitações públicas para contratações pela administração.

Princípio da Moralidade
A moral administrativa está ligada à ideia de ética, probidade e de boa-fé. Não basta que a
atuação do administrador público seja legal, precisa ser moral também, já que nem tudo que é
legal é honesto.
Ato contrário a moral não é apenas inoportuno ou inconveniente, é considerado nulo.

Princípio da Publicidade
Esse princípio é tratado sob dois prismas:
a) exigência de publicação em órgão oficial como requisito de eficácia dos atos administrativos
gerais que devam produzir efeitos externos ou onerem o patrimônio público – enquanto
não for publicado, o ato não pode produzir efeitos;
b) exigência de transparência da atuação administrativa – finalidade de possibilitar, de forma
mais ampla possível, controle da administração pública pelo povo.

Princípio da Eficiência
O princípio da eficiência foi inserido o caput do art. 37 através da EC 19/1998. Visa a atingir
os objetivos de boa prestação dos serviços, de modo mais simples, rápido e econômico,
melhorando a relação custo/benefício da atividade da administração pública. O administrador
deve ter planejamento, procurando a melhor solução para atingir a finalidade e interesse
público do ato.

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Esse princípio, porém, não tem um caráter absoluto, já que não é possível afastar os outros
princípios da administração sob o argumento de dar maior eficiência ao ato. Por exemplo, não
se pode afastar as etapas legais (princípio da legalidade) de um procedimento licitatório a fim
de ter maior eficiência.

Conceito de Agente Público

Agente público é toda pessoa que desempenha atividade administrativa, temporária ou não,
com ou sem remuneração.
Conceito Lei 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa):
Art. 2º. Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades
mencionadas no artigo anterior.
Portanto, Agentes Públicos são as pessoas físicas incumbidas, definitiva ou transitoriamente,
do exercício de alguma função estatal.

Classificação/Espécies dos Agentes Públicos

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Os agentes públicos podem ser classificados em:
a) Agentes Políticos – Exercem função pública de alta direção do Estado. Em regra, ingressam
por meio de eleição, com mandatos fixos, ao término dos quais a relação com o Estado
desaparece automaticamente. Exemplos: Chefes do Poder Executivo (Presidente da
República, Governadores dos Estados e Prefeitos Municipais, com seus respectivos vices),
Parlamentares (Senadores, Deputados Federais e Estaduais, Vereadores), Ministros de
Estado...
b) Servidores Estatais (ou Agentes Administrativos ou Servidores Públicos em sentido
amplo) – São as pessoas que prestam serviço público para a Administração, com natureza
profissional e remunerada. Dividem-se em:
•• Servidores Públicos Estatutários (são os ocupantes de cargos públicos e submetidos a
regime estatutário). Em sentido estrito, “servidor público” é apenas o estatutário.
•• Empregados Públicos (são os ocupantes de emprego público e submetidos a regime
celetista – CLT)
•• Servidores Temporários (aqueles contratados por tempo determinado para atender
a necessidade temporária de excepcional interesse público, não tendo cargo nem
emprego público, exercendo função pública remunerada e temporária).
Obs.: Há doutrina e questões que entendem que “Servidor Público em sentido amplo”
abrange essas 3 espécies (servidores públicos estatutários, empregados públicos e servidores
temporários), enquanto “Servidor Público em sentido estrito” seria apenas o Servidor
Estatutário. Vejamos o esquema:

c) Particulares em colaboração com o Estado – são os que desempenham função pública


sem vínculo com o Estado, também chamados de “agentes honoríficos”. Segundo Celso
Antônio Bandeira de Mello, essa categoria é composta por:
•• Requisitados de serviço (mesários, jurados do Tribunal do Juri, convocados para o
serviço militar);
•• Gestores de negócios públicos (pessoas que atuam em situações emergenciais quando
o Estado não está presente, como alguém que chega antes dos bombeiros a um
incêndio e presta socorro);
•• Contratados por locação civil de serviços (a exemplo de um jurista famoso que é
contratado para fazer um parecer);
•• Concessionários e permissionários (os que trabalham nas concessionárias e
permissionárias de serviço público, exercendo função pública por delegação estatal);
•• Delegados de função ou ofício público (é o caso dos que exercem serviços notariais).

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d) Agentes Militares (Forças Armadas, Policiais Militares e Corpos de Bombeiros Militares)


– Quem compõe os quadros permanentes das forças militares possui vínculo Estatutário
especial, ou seja, seu regime jurídico é regido por lei específica, não se confundindo com os
Estatutos aplicáveis aos servidores públicos civis.

Cargo, Emprego e Função Pública

Cargo Público
Os cargos públicos são ocupados por servidores públicos, efetivos e comissionados, submetidos
ao regime estatutário.
A Lei nº 8.112/1990 define: “Art. 3o Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades
previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.”
De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello: “Cargos são as mais simples e indivisíveis
unidades de competência a serem expressadas por um agente, previstas em número certo,
com denominação própria, retribuídas por pessoas jurídicas de direito público e criadas por
lei”.
Cargos públicos são próprios das pessoas jurídicas de direito público.

Emprego Público
Os empregos públicos são ocupados por empregados públicos, os quais se submetem ao
regime celetista (Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT). Os empregados públicos ingressam

www.acasadoconcurseiro.com.br 795
por meio de concurso público para ocupar empregos públicos , de natureza essencialmente
contratual.
De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello: “Empregos públicos são núcleos de encargos
de trabalho permanentes a serem preenchidos por agentes contratados para desempenhá-los,
sob relação trabalhista”.
Empregos públicos são próprios das pessoas jurídicas de direito privado da Administração
Indireta. São exemplos, os empregados da Caixa Econômica Federal (empresa pública) e
do Banco do Brasil (sociedade de economia mista); lembrando que CESPE considera que
“dirigentes” dessas instituições, que não sejam do quadro de empregados, são regidos por
regime próprio e não pela CLT.

Função Pública
De acordo com Maia Sylvia Di Pietro: “São funções públicas as funções de confiança e
as exercidas pelos agentes públicos contratados por tempo determinado para atender a
necessidade temporária de excepcional interesse público (CF, art. 37, IX).”
Não há concurso público para preenchimento de função pública.

AGENTES PÚBLICOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Cargos, empregos e funções públicas

São acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos
estrangeiros, na forma da lei; (Obs.: Lei 8.112/90, art. 5º, § 3º As universidades e instituições de
pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos
e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei).

Exigência de concurso público

A regra é que a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em


concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade
do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
Cargo em Comissão e Função de Confiança – as funções de confiança, exercidas exclusivamente
por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por
servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-
se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.

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Cargo Público

Efetivo Comissão

Livre nomeação e
Concurso Público exoneração (direção,
chefia e assessoramento)

Sem
Estabilidade
estabilidade
Criação e extinção do cargo público

Criação Lei

Cargo Público Lei


(se ocupado)
extinção
Decreto
Autônomo
(se vago)

Prazo de validade do concurso

O prazo de validade do concurso público será de até 2 anos, prorrogável uma vez, por igual
período; ou seja, o prazo pode ser menor do que 2 anos; assim, se o prazo for de 1 ano, poderá
ser prorrogado por mais 1 ano apenas.

Prioridade de nomeação

Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em


concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos
concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira.
Obs.: Lei 8.112/90, art. 12, § 2o Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato
aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado.

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Obs.: STF – Candidato aprovado no concurso público dentro do número de vagas indicado no
edital tem direito subjetivo à nomeação, dentro do prazo de validade do concurso.

Direito à livre associação sindical

É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical, regra aplicável apenas
ao servidores públicos civis, já que a CF veda a aplicação aos militares (art. 142, § 3º, IV, CF).

Direito de greve

O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; porém,
ainda não regulamentação legal, o que fez com que o STF decidisse pela aplicação da lei que
regulamenta o direito de greve do empregado na iniciativa privada (Lei nº 7783/89). Também é
proibido ao militar fazer greve.

Reserva de percentual aos portadores de deficiência

A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de
deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
Obs.: Segundo o STF, mesmo em concursos como de Polícia, é obrigatória a reserva de vagas
para portadores de deficiência, porém, os exames de aptidão indicarão se a deficiência é
compatível ou não com as atribuições do cargo.
Obs.: Lei 8.112/90, art. 5º, § 2o Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de
se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis
com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% das vagas
oferecidas no concurso.

Fixação e revisão geral da remuneração

A remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente


poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada
caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices.

Teto remuneratório

Agentes públicos não podem receber remuneração maior do que o subsídio mensal pago aos
Ministros do Supremo Tribunal Federal (é o chamado teto absoluto). Há também o chamado
subteto: I – nos Municípios, nenhum servidor poderá ganhar mais do que o prefeito; II – nos
Estados e Distrito Federal, se Poder Executivo, nenhum servidor pode ganhar mais do que o

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Governador, se Poder Legislativo, nenhum servidor pode ganhar mais do que os Deputados
Estaduais ou Distritais, se Poder Judiciário, nenhum servidor pode ganhar mais do que os
Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça.
Obs.: Não serão computadas, para efeito desses limites remuneratórios, as parcelas de caráter
indenizatório previstas em lei.

Teto Absoluto Nenhum agente público pode receber remuneração maior do que Ministro do STF

Subteto
Não pode receber remuneração
Agentes Públicos Âmbito
maior que a do
Municipais Geral Prefeito
Estaduais e Distritais Poder Executivo Governador
Poder Legislativo Deputados Estaduais ou Distritais
Poder Judiciário Desembargadores do TJ

Paridade de Vencimentos

Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser
superiores aos pagos pelo Poder Executivo.

• Paridade de Vencimentos: Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do


Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo.

Executivo
$$$

Judiciário Legislativo

Mandato eletivo

Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de


mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:

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I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo,
emprego ou função;
II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe
facultado optar pela sua remuneração;
III – investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as
vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e,
não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
IV – em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo
de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
V – para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão
determinados como se no exercício estivesse.

Mandato eletivo
Mandato Eletivo
Ao servidor
• Aoinvestido
servidor em mandato
investido eletivo aplicam-se
em mandato as seguintes
eletivo aplicam-se disposições:
as seguintes disposições:

Ømandato federal, estadual ou üficará afastado do cargo, recebendo $ do mandato.


distrital
Ømandato de Prefeito üserá afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar
pela remuneração do cargo ou a do mandato;

Ømandato de vereador: ühavendo compatibilidade de horários, perceberá a


remuneração do cargo + a do mandato (acumulará);
ünão havendo compatibilidade de horários, será
afastado e poderá optar pela remuneração do cargo ou
a do mandato (regra do Prefeito).

Irredutibilidade de vencimentos e subsídios

Em regra, o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são


irredutíveis, respeitando-se o teto tratado acima.

Acumulação de cargos públicos

É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, bem como de empregos e funções,


abrangendo autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas
subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; porém
é permitida a acumulação, excepcionalmente, quando houver compatibilidade de horários,
observado em qualquer caso o disposto no inciso XI (teto):
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

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c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões


regulamentadas.

Acumulação lícita:

Acumulação de proventos com remuneração

É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria (art. 40, art. 42 e 142, CF)
com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis
na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de
livre nomeação e exoneração.

Atos de Improbidade Administrativa

Os atos de improbidade administrativa importarão:


a) a suspensão dos direitos políticos,
b) a perda da função pública,
c) a indisponibilidade dos bens,
d) e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei,
e) sem prejuízo da ação penal cabível.

Responsabilidade por danos

As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos


responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado
o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Portanto, quem responde
pelos danos causados a terceiros por agentes públicos são as respectivas pessoas jurídicas;
porém, se houver culpa ou dolo do agente, o Poder Público poderá cobrá-lo o ressarcimento.

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SLIDES – DISPOSIÇÕES GERAIS

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Administração Pública na
Constituição Federal

Disposições Gerais
(art. 37 a 38)

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Conceitos Introdutórios

• Órgãos públicos da União, dos Estados, do Distrito


Administração Federal e dos Municípios.
Direta

• Autarquias (Ex. INSS, BACEN)


Administração • Fundações Públicas (Ex. IBGE, FUNAI)
Indireta • Empresas Públicas (Ex. CEF, Correios)
• Sociedades de Economia Mista (Ex. BB,Petrobrás)

Princípios Constitucionais aplicáveis à Administração Pública

• Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes


da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência...

• Tratam-se dos princípios expressamente trazidos pela CF/88, considerando


que há outros princípios aplicáveis.

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• Para memorizá-los, usa-se o macete do “LIMPE”:

Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade
Eficiência

• 1. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

• A administração pública só pode agir quando houver lei que determine ou


autorize sua atuação. Assim, a eficácia da atividade da administração pública
está condicionada ao que a lei permite ou determina.

• Enquanto no âmbito dos particulares, o princípio da legalidade significa que


“podem fazer tudo o que a lei não proíba”, no âmbito da administração
pública esse princípio significa que o administrador “só pode fazer o que a lei
autorize ou determine”.

• Esse princípio é o que melhor caracteriza o estado Estado de Direito, pois o


administrador público não pode agir de acordo com sua própria vontade e
sim de acordo com o interesse do povo, titular do poder. Como, em última
instância, as leis são feitas pelo povo, através de seus representantes,
pressupõe-se que estão de acordo com o interesse público.

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• 2. PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
• O administrador público deve ser impessoal, tendo sempre como finalidade a
satisfação do interesse público, não podendo beneficiar nem prejudicar a si
ou determinada pessoa.
• Esse princípio é visto sob dois aspectos:
a) como determinante da finalidade de toda atuação administrativa -
inevitavelmente, determinados atos podem ter por consequencia benefícios
ou prejuízos a alguém, porém, a atuação do administrador deve visar ao
interesse público, sob pena de tal ato ser considerado nulo por desvio de
finalidade;
b) como vedação a que o agente público valha-se das atividades
desenvolvidas pela administração para obter benefício ou promoção pessoal
- é vedado a promoção pessoal do agente público pela sua atuação como
administrador.
• Ex.: imposição de concurso público como condição para ingresso em cargo
efetivo ou emprego público; exigência de licitações públicas para contratações
pela administração.

• 3. PRINCÍPIO DA MORALIDADE

• A moral administrativa está ligada à ideia de ética, probidade e de boa-fé.


Não basta que a atuação do administrador público seja legal, precisa ser
moral também, já que nem tudo que é legal é honesto.

• Ato contrário a moral não é apenas inoportuno ou inconveniente, é


considerado nulo.

www.acasadoconcurseiro.com.br 805
• 4. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE

• Esse princípio é tratado sob dois prismas:


a) exigência de publicação em órgão oficial como requisito de eficácia dos
atos administrativos gerais que devam produzir efeitos externos ou onerem o
patrimônio público - enquanto não for publicado, o ato não pode produzir
efeitos;
b) exigência de transparência da atuação administrativa - finalidade de
possibilitar, de forma mais ampla possível, controle da administração pública
pelo povo.

• 5. PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA

• O princípio da eficiência foi inserido o caput do art. 37 através da EC 19/1998.


Visa a atingir os objetivos de boa prestação dos serviços, de modo mais
simples, rápido e econômico, melhorando a relação custo/benefício da
atividade da administração pública.

• O administrador deve ter planejamento, procurando a melhor solução para


atingir a finalidade e interesse público do ato.

• Esse princípio, porém, não tem um caráter absoluto, já que não é possível
afastar os outros princípios da administração sob o argumento de dar maior
eficiência ao ato. Por exemplo, não se pode afastar as etapas legais (princípio
da legalidade) de um procedimento licitatório a fim de ter maior eficiência.

806 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello

Agente Público

• Conceito Lei 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa):

Art. 2º. Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce,
ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação,
designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo,
mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.

Portanto, Agentes Públicos são as pessoas físicas incumbidas, definitiva ou


transitoriamente, do exercício de alguma função estatal.

Agentes
Públicos

Agentes Administrativos Particulares em Agentes Militares


Agentes Políticos colaboração
(Servidores Estatais ou (Agentes (Estatuto/Lei
Servidores Públicos em honoríficos) Específica)
sentido amplo)

Servidores
Servidores Empregados
Temporários
Públicos Públicos
(Contrato prazo
(Estatuários) (Celetistas)
determinado)

cargo emprego função


público público pública

www.acasadoconcurseiro.com.br 807
Servidores Públicos Empregados Públicos Servidores Temporários

Cargos Públicos (efetivos


Empregos Públicos Função Pública
ou em comissão)

Regime Estatutário ou Regime Celetista ou Contrato com prazo


Legal Trabalhista (CLT) determinado

Administração Direta, Empresas Públicas e Soc.


Autarquias e Fundações de Economia Mista

Agentes Públicos na Constituição Federal

• Cargos, empregos e funções públicas

• São acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei,


assim como aos estrangeiros, na forma da lei.

• (Obs.: Lei 8.112/90, art. 5º, § 3º As universidades e instituições de pesquisa


científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores,
técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos
desta Lei).

808 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello

• Exigência de concurso público

• A regra é que a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação


prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a
natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei,
ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração.

• Cargo em Comissão e Função de Confiança - as funções de confiança, exercidas


exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão,
a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais
mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento.

Cargo Público

Efetivo Comissão

Livre nomeação e
Concurso Público exoneração (direção,
chefia e assessoramento)

Sem
Estabilidade
estabilidade

www.acasadoconcurseiro.com.br 809
Criação e extinção do cargo público

Criação Lei

Cargo Público Lei


(se ocupado)
extinção
Decreto
Autônomo
(se vago)

• Prazo de validade do concurso


• O prazo de validade do concurso público será de até 2 anos, prorrogável 1 vez, por
igual período.

• Prioridade de nomeação
• Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado
em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com
prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira.
• Obs.: STF – Candidato aprovado no concurso público dentro do número de vagas
indicado no edital tem direito subjetivo à nomeação, dentro do prazo de validade
do concurso.
• Obs.: Lei 8.112/90, art. 12, § 2o Não se abrirá novo concurso enquanto houver
candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado.

810 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello

• Direito à livre associação sindical

• É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical.

• Direito de greve

• O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei
específica; porém, ainda não há regulamentação legal, o que fez com que o STF
decidisse pela aplicação da lei que regulamenta o direito de greve do empregado na
iniciativa privada (Lei nº 7783/89).

ØObs.: Essas duas regras são aplicáveis apenas ao servidores públicos civis, já que a
CF veda a aplicação aos militares (art. 142, § 3º, IV, CF).

• Reserva de percentual aos portadores de deficiência

• A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas


portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão.

• Obs.: Segundo o STF, mesmo em concursos como de Polícia, é obrigatória a reserva


de vagas para portadores de deficiência, porém, os exames de aptidão indicarão se a
deficiência é compatível ou não com as atribuições do cargo.

• Obs.: Lei 8.112/90, art. 5, § 2o Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o


direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas
atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais
pessoas serão reservadas até 20% das vagas oferecidas no concurso.

www.acasadoconcurseiro.com.br 811
• Fixação e revisão geral da remuneração

• A remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39


somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa
privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e
sem distinção de índices.

• Teto remuneratório

• Agentes públicos não podem receber remuneração maior do que o subsídio mensal
pago aos Ministros do Supremo Tribunal Federal (é o chamado teto absoluto).
• Há também o chamado subteto: I – nos Municípios, nenhum servidor poderá
ganhar mais do que o prefeito; II – nos Estados e Distrito Federal, se Poder
Executivo, nenhum servidor pode ganhar mais do que o Governador, se Poder
Legislativo, nenhum servidor pode ganhar mais do que os Deputados Estaduais ou
Distritais, se Poder Judiciário, nenhum servidor pode ganhar mais do que os
Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça.
• Obs.: Não serão computadas, para efeito desses limites remuneratórios, as parcelas
de caráter indenizatório previstas em lei.

812 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello

• Paridade de Vencimentos: Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do


Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo.

Executivo
$$$

Judiciário Legislativo

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Mandato eletivo

• Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:

Ømandato federal, estadual ou üficará afastado do cargo, recebendo $ do mandato.


distrital
Ømandato de Prefeito üserá afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar
pela remuneração do cargo ou a do mandato;

Ømandato de vereador: ühavendo compatibilidade de horários, perceberá a


remuneração do cargo + a do mandato (acumulará);
ünão havendo compatibilidade de horários, será
afastado e poderá optar pela remuneração do cargo ou
a do mandato (regra do Prefeito).

• Em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu
tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção
por merecimento;

• Para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão


determinados como se no exercício estivesse.

814 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello

• Irredutibilidade de vencimentos e subsídios

• Em regra, o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos


públicos são irredutíveis, respeitando-se o teto tratado acima.

• Acumulação de cargos públicos

• É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, bem como de empregos e


funções; porém é permitida a acumulação, excepcionalmente, quando houver
compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI
(teto):
a) a de 2 cargos de professor;
b) a de 1 cargo de professor com 1 técnico ou científico;
c) a de 2 cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas.
Obs.: também 1 de vereador + 1 cargo, emprego ou função.

• A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias,


fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e
sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público.

www.acasadoconcurseiro.com.br 815
Acumulação lícita:

• Acumulação de proventos de aposentadoria + remuneração de cargo


• É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria (art. 40,
art. 42 e 142, CF) com a remuneração de cargo, emprego ou função pública,
ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos
eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e
exoneração.

• Regra: vedada a acumulação


• Exceção:
a) cargos acumuláveis na atividade;
b) cargo em comissão;
c) cargo eletivo.

816 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello

• Atos de Improbidade Administrativa

• Os atos de improbidade administrativa importarão:


Øsuspensão dos direitos políticos,
Øperda da função pública,
Øindisponibilidade dos bens,
Øressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei,
Øação penal cabível.

• Responsabilidade por danos

• As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado


prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

• Portanto, quem responde pelos danos causados a terceiros por agentes


públicos são as respectivas pessoas jurídicas; porém, se houver culpa ou
dolo do agente, o Poder Público poderá cobrá-lo o ressarcimento.

www.acasadoconcurseiro.com.br 817
Direito Administrativo

DOS SERVIDORES PÚBLICOS (ART. 039 A 041)

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA III – as peculiaridades dos cargos. (Incluído


FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Fede-
ral manterão escolas de governo para a for-
CAPÍTULO VII mação e o aperfeiçoamento dos servidores
públicos, constituindo-se a participação nos
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA cursos um dos requisitos para a promoção
na carreira, facultada, para isso, a celebra-
Seção II ção de convênios ou contratos entre os en-
DOS SERVIDORES PÚBLICOS tes federados. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº
18, de 1998) § 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de
cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII,
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal
VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX,
e os Municípios instituirão, no âmbito de sua
XXII e XXX, podendo a lei estabelecer re-
competência, regime jurídico único e planos de
quisitos diferenciados de admissão quando
carreira para os servidores da administração pú-
a natureza do cargo o exigir. (Incluído pela
blica direta, das autarquias e das fundações pú-
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
blicas. (Vide ADIN nº 2.135-4)
§ 4º O membro de Poder, o detentor de
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal
mandato eletivo, os Ministros de Estado e
e os Municípios instituirão conselho de política
os Secretários Estaduais e Municipais serão
de administração e remuneração de pessoal,
remunerados exclusivamente por subsídio
integrado por servidores designados pelos res-
fixado em parcela única, vedado o acrésci-
pectivos Poderes. (Redação dada pela Emenda
mo de qualquer gratificação, adicional, abo-
Constitucional nº 19, de 1998) (Vide ADIN nº
no, prêmio, verba de representação ou ou-
2.135-4)
tra espécie remuneratória, obedecido, em
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.
e dos demais componentes do sistema re- (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,
muneratório observará: (Redação dada pela de 1998)
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito
I – a natureza, o grau de responsabilidade Federal e dos Municípios poderá estabele-
e a complexidade dos cargos componen- cer a relação entre a maior e a menor re-
tes de cada carreira; (Incluído pela Emenda muneração dos servidores públicos, obede-
Constitucional nº 19, de 1998) cido, em qualquer caso, o disposto no art.
II – os requisitos para a investidura; (Inclu- 37, XI.(Incluído pela Emenda Constitucional
ído pela Emenda Constitucional nº 19, de nº 19, de 1998)
1998)

www.acasadoconcurseiro.com.br 819
§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Ju- II – compulsoriamente, com proventos pro-
diciário publicarão anualmente os valores porcionais ao tempo de contribuição, aos
do subsídio e da remuneração dos cargos e 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (se-
empregos públicos. (Incluído pela Emenda tenta e cinco) anos de idade, na forma de
Constitucional nº 19, de 1998) lei complementar; (Redação dada pela
§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distri- Emenda Constitucional nº 88, de 2015)
to Federal e dos Municípios disciplinará a III – voluntariamente, desde que cumprido
aplicação de recursos orçamentários pro- tempo mínimo de dez anos de efetivo exer-
venientes da economia com despesas cor- cício no serviço público e cinco anos no car-
rentes em cada órgão, autarquia e funda- go efetivo em que se dará a aposentadoria,
ção, para aplicação no desenvolvimento de observadas as seguintes condições: (Reda-
programas de qualidade e produtividade, ção dada pela Emenda Constitucional nº 20,
treinamento e desenvolvimento, moderni- de 15/12/98)
zação, reaparelhamento e racionalização a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de
do serviço público, inclusive sob a forma de contribuição, se homem, e cinqüenta e cin-
adicional ou prêmio de produtividade. (In- co anos de idade e trinta de contribuição, se
cluído pela Emenda Constitucional nº 19, de mulher; (Redação dada pela Emenda Cons-
1998) titucional nº 20, de 15/12/98)
§ 8º A remuneração dos servidores públicos b) sessenta e cinco anos de idade, se ho-
organizados em carreira poderá ser fixada mem, e sessenta anos de idade, se mulher,
nos termos do § 4º. (Incluído pela Emenda com proventos proporcionais ao tempo de
Constitucional nº 19, de 1998) contribuição. (Redação dada pela Emenda
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efe- Constitucional nº 20, de 15/12/98)
tivos da União, dos Estados, do Distrito Federal § 2º Os proventos de aposentadoria e as
e dos Municípios, incluídas suas autarquias e pensões, por ocasião de sua concessão, não
fundações, é assegurado regime de previdên- poderão exceder a remuneração do respec-
cia de caráter contributivo e solidário, median- tivo servidor, no cargo efetivo em que se
te contribuição do respectivo ente público, dos deu a aposentadoria ou que serviu de refe-
servidores ativos e inativos e dos pensionistas, rência para a concessão da pensão. (Reda-
observados critérios que preservem o equilíbrio ção dada pela Emenda Constitucional nº 20,
financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. de 15/12/98)
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº
41, 19.12.2003) § 3º Para o cálculo dos proventos de apo-
sentadoria, por ocasião da sua concessão,
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime serão consideradas as remunerações utili-
de previdência de que trata este artigo se- zadas como base para as contribuições do
rão aposentados, calculados os seus pro- servidor aos regimes de previdência de que
ventos a partir dos valores fixados na forma tratam este artigo e o art. 201, na forma da
dos §§ 3º e 17: (Redação dada pela Emenda lei. (Redação dada pela Emenda Constitu-
Constitucional nº 41, 19.12.2003) cional nº 41, 19.12.2003)
I – por invalidez permanente, sendo os pro- § 4º É vedada a adoção de requisitos e cri-
ventos proporcionais ao tempo de contri- térios diferenciados para a concessão de
buição, exceto se decorrente de acidente aposentadoria aos abrangidos pelo regime
em serviço, moléstia profissional ou doença de que trata este artigo, ressalvados, nos
grave, contagiosa ou incurável, na forma da termos definidos em leis complementares,
lei;(Redação dada pela Emenda Constitucio- os casos de servidores: (Redação dada pela
nal nº 41, 19.12.2003) Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

820 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Dos Servidores Públicos (Art. 039 a 041) – Profª Tatiana Marcello

I – portadores de deficiência; (Incluído pela § 8º É assegurado o reajustamento dos be-


Emenda Constitucional nº 47, de 2005) nefícios para preservar-lhes, em caráter per-
II – que exerçam atividades de risco; (Inclu- manente, o valor real, conforme critérios
ído pela Emenda Constitucional nº 47, de estabelecidos em lei. (Redação dada pela
2005) Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

III – cujas atividades sejam exercidas sob § 9º O tempo de contribuição federal, esta-
condições especiais que prejudiquem a dual ou municipal será contado para efeito
saúde ou a integridade física. (Incluído pela de aposentadoria e o tempo de serviço cor-
Emenda Constitucional nº 47, de 2005) respondente para efeito de disponibilidade.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 20,
§ 5º Os requisitos de idade e de tempo de 15/12/98)
de contribuição serão reduzidos em cinco
anos, em relação ao disposto no § 1º, III, § 10. A lei não poderá estabelecer qualquer
"a", para o professor que comprove exclu- forma de contagem de tempo de contribui-
sivamente tempo de efetivo exercício das ção fictício. (Incluído pela Emenda Constitu-
funções de magistério na educação infantil cional nº 20, de 15/12/98)
e no ensino fundamental e médio. (Redação § 11. Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI,
dada pela Emenda Constitucional nº 20, de à soma total dos proventos de inatividade,
15/12/98) inclusive quando decorrentes da acumula-
§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decor- ção de cargos ou empregos públicos, bem
rentes dos cargos acumuláveis na forma como de outras atividades sujeitas a contri-
desta Constituição, é vedada a percepção buição para o regime geral de previdência
de mais de uma aposentadoria à conta do social, e ao montante resultante da adição
regime de previdência previsto neste artigo. de proventos de inatividade com remune-
(Redação dada pela Emenda Constitucional ração de cargo acumulável na forma desta
nº 20, de 15/12/98) Constituição, cargo em comissão declarado
em lei de livre nomeação e exoneração, e de
§ 7º Lei disporá sobre a concessão do bene- cargo eletivo. (Incluído pela Emenda Consti-
fício de pensão por morte, que será igual: tucional nº 20, de 15/12/98)
(Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 41, 19.12.2003) § 12. Além do disposto neste artigo, o regi-
me de previdência dos servidores públicos
I – ao valor da totalidade dos proventos do titulares de cargo efetivo observará, no que
servidor falecido, até o limite máximo esta- couber, os requisitos e critérios fixados para
belecido para os benefícios do regime geral o regime geral de previdência social. (Inclu-
de previdência social de que trata o art. 201, ído pela Emenda Constitucional nº 20, de
acrescido de setenta por cento da parcela 15/12/98)
excedente a este limite, caso aposentado
à data do óbito; ou (Incluído pela Emenda § 13. Ao servidor ocupante, exclusivamen-
Constitucional nº 41, 19.12.2003) te, de cargo em comissão declarado em lei
de livre nomeação e exoneração bem como
II – ao valor da totalidade da remuneração de outro cargo temporário ou de emprego
do servidor no cargo efetivo em que se deu público, aplica-se o regime geral de previ-
o falecimento, até o limite máximo estabe- dência social. (Incluído pela Emenda Consti-
lecido para os benefícios do regime geral de tucional nº 20, de 15/12/98)
previdência social de que trata o art. 201,
acrescido de setenta por cento da parcela § 14. A União, os Estados, o Distrito Fede-
excedente a este limite, caso em atividade ral e os Municípios, desde que instituam
na data do óbito. (Incluído pela Emenda regime de previdência complementar para
Constitucional nº 41, 19.12.2003) os seus respectivos servidores titulares de

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cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das equivalente ao valor da sua contribuição
aposentadorias e pensões a serem concedi- previdenciária até completar as exigências
das pelo regime de que trata este artigo, o para aposentadoria compulsória contidas
limite máximo estabelecido para os bene- no § 1º, II. (Incluído pela Emenda Constitu-
fícios do regime geral de previdência social cional nº 41, 19.12.2003)
de que trata o art. 201. (Incluído pela Emen- § 20. Fica vedada a existência de mais de um
da Constitucional nº 20, de 15/12/98) regime próprio de previdência social para os
§ 15. O regime de previdência complemen- servidores titulares de cargos efetivos, e de
tar de que trata o § 14 será instituído por mais de uma unidade gestora do respectivo
lei de iniciativa do respectivo Poder Executi- regime em cada ente estatal, ressalvado o
vo, observado o disposto no art. 202 e seus disposto no art. 142, § 3º, X. (Incluído pela
parágrafos, no que couber, por intermédio Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
de entidades fechadas de previdência com- § 21. A contribuição prevista no § 18 deste
plementar, de natureza pública, que ofere- artigo incidirá apenas sobre as parcelas de
cerão aos respectivos participantes planos proventos de aposentadoria e de pensão
de benefícios somente na modalidade de que superem o dobro do limite máximo es-
contribuição definida. (Redação dada pela tabelecido para os benefícios do regime ge-
Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) ral de previdência social de que trata o art.
§ 16. Somente mediante sua prévia e ex- 201 desta Constituição, quando o beneficiá-
pressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 rio, na forma da lei, for portador de doença
poderá ser aplicado ao servidor que tiver incapacitante. (Incluído pela Emenda Cons-
ingressado no serviço público até a data da titucional nº 47, de 2005)
publicação do ato de instituição do corres- Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo
pondente regime de previdência comple- exercício os servidores nomeados para cargo de
mentar. (Incluído pela Emenda Constitucio- provimento efetivo em virtude de concurso pú-
nal nº 20, de 15/12/98) blico. (Redação dada pela Emenda Constitucio-
§ 17. Todos os valores de remuneração con- nal nº 19, de 1998)
siderados para o cálculo do benefício pre- § 1º O servidor público estável só perderá o
visto no § 3° serão devidamente atualiza- cargo: (Redação dada pela Emenda Consti-
dos, na forma da lei. (Incluído pela Emenda tucional nº 19, de 1998)
Constitucional nº 41, 19.12.2003)
I – em virtude de sentença judicial transita-
§ 18. Incidirá contribuição sobre os proven- da em julgado; (Incluído pela Emenda Cons-
tos de aposentadorias e pensões conce- titucional nº 19, de 1998)
didas pelo regime de que trata este artigo
que superem o limite máximo estabelecido II – mediante processo administrativo em
para os benefícios do regime geral de pre- que lhe seja assegurada ampla defesa; (In-
vidência social de que trata o art. 201, com cluído pela Emenda Constitucional nº 19, de
percentual igual ao estabelecido para os 1998)
servidores titulares de cargos efetivos. (In- III – mediante procedimento de avaliação
cluído pela Emenda Constitucional nº 41, periódica de desempenho, na forma de lei
19.12.2003) complementar, assegurada ampla defesa.
§ 19. O servidor de que trata este artigo que (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,
tenha completado as exigências para apo- de 1998)
sentadoria voluntária estabelecidas no § 1º, § 2º Invalidada por sentença judicial a de-
III, a, e que opte por permanecer em ativi- missão do servidor estável, será ele reinte-
dade fará jus a um abono de permanência grado, e o eventual ocupante da vaga, se es-

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Direito Administrativo – Dos Servidores Públicos (Art. 039 a 041) – Profª Tatiana Marcello

tável, reconduzido ao cargo de origem, sem cional ao tempo de serviço, até seu adequa-
direito a indenização, aproveitado em outro do aproveitamento em outro cargo. (Reda-
cargo ou posto em disponibilidade com re- ção dada pela Emenda Constitucional nº 19,
muneração proporcional ao tempo de ser- de 1998)
viço. (Redação dada pela Emenda Constitu- § 4º Como condição para a aquisição da es-
cional nº 19, de 1998) tabilidade, é obrigatória a avaliação especial
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua des- de desempenho por comissão instituída
necessidade, o servidor estável ficará em para essa finalidade. (Incluído pela Emenda
disponibilidade, com remuneração propor- Constitucional nº 19, de 199

1. Obrigatoriedade de regime jurídico único

A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua compe-


tência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública
direta, das autarquias e das fundações públicas. Cada ente da Federação deve definir se o re-
gime de todos os seus servidores (em sentido amplo) será celetista ou estatutário. Essa regra
foi alterada pela EC 19/1998, eliminando o regime único. Porém, o STF suspendeu a eficácia
da nova redação, passando a constar novamente a redação original (de regime jurídico único).
Por exemplo, a Lei nº 8.112/1990 institui o regime estatutário para todos os servidores civis da
União, autarquias e fundações públicas Federais.

2. Estabilidade
São estáveis após 3 anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimen-
to efetivo em virtude de concurso público + avaliação especial de desempenho por comissão
instituída para essa finalidade. Portanto, são requisitos para aquisição da estabilidade:
a) aprovação em concurso público;
b) nomeação para cargo público efetivo;
c) 3 anos de efetivo exercício;
d) avaliação especial de desempenho.
A estabilidade é a garantia de permanência do servidor no serviço público, mas não é absoluta,
sendo que a própria CF prevê que o servidor público estável só perderá o cargo:
I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei comple-
mentar, assegurada ampla defesa.
Também poderá perder o cargo em caso de despesa de pessoal acima dos limites legais (art.
169, CF). A Lei complementar n. 101/200 (Lei de Responsabilidade Fiscal) estabelece que o limi-
te de despesa com pessoal da União é de 50% da receita líquida, enquanto dos Estados e Mu-
nicípios é de 60%. Ultrapassados esses limites, o ente deverá tomar as seguintes providências:
a) reduzir em pelo menos 20% as despesas com cargos em comissão e funções de confiança; b)

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exoneração dos servidores não estáveis; c) se ainda assim ficar fora dos limites legais, o servi-
dor estável poderá perder o cargo.

3. Reintegração
Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o even-
tual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização,
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao
tempo de serviço.

4. Disponibilidade
Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilida-
de, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento
em outro cargo.

5. Aposentadoria
Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-
nicípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência (Regime
Próprio de Previdência Social – RPPS) de caráter contributivo e solidário, mediante contribui-
ção do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados
critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. Obs.: O Estatuto trará as regras para
a aposentadoria.
Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nome-
ação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o
Regime Geral de Previdência Social (RGPS), ou seja, o regime geral aplicável aos trabalhadores
da iniciativa provada regidos pela CLT.
Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados:
I – por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição,
exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa
ou incurável, na forma da lei (integrais);
II – compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 anos de
idade, ou aos 75 anos de idade, na forma de lei complementar; (Lei Complementar 152/2015)
III – voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício
no serviço público e 5 anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as
seguintes condições:
a) 60 anos de idade e 35 de contribuição, se homem, e 55 anos de idade e 30 de contribuição,
se mulher;
b) 65 anos de idade, se homem, e 60 anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao
tempo de contribuição.

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Direito Administrativo – Dos Servidores Públicos (Art. 039 a 041) – Profª Tatiana Marcello

SLIDES – DOS SERVIDORES PÚBLICOS

• Obrigatoriedade de regime jurídico único


• Regime Jurídico é o conjunto de regras (direitos e deveres) que regem a
relação entre o servidor e a Administração. Pode ser estatutário/legal ou
celetista/trabalhista.

• A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito


de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os
servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações
públicas.

• Cada ente da Federação deve definir se o regime de todos os seus servidores


será celetista ou estatutário. Essa regra foi alterada pela EC 19/1998,
eliminando o regime único. Porém, o STF suspendeu a eficácia da nova
redação, passando a constar novamente a redação original (de regime jurídico
único). Por exemplo, a Lei nº 8.112/1990 institui o regime estatutário para
todos os servidores civis da União, autarquias e fundações públicas Federais.

Direitos Trabalhistas aplicáveis aos Servidores

• Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV,
VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei
estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo
o exigir.

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• Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
• IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a
suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação,
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com
reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua
vinculação para qualquer fim;
• VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem
remuneração variável;
• VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da
aposentadoria;
• IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
• XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda
nos termos da lei;
• XIII - duração do trabalho normal não superior a 8 horas diárias e 44 semanais,
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou
convenção coletiva de trabalho;

• XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;


• XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% à do
normal;
• XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 a mais do que o
salário normal;
• XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de
120 dias;
• XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
• XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos,
nos termos da lei;
• XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança;
• XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de
admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

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• Estabilidade

• É a garantia de permanência no serviço público.

• São estáveis após 3 anos de efetivo exercício os servidores nomeados para


cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público + avaliação
especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.
Portanto, são requisitos para aquisição da estabilidade:
a) aprovação em concurso público;
b) nomeação para cargo público efetivo;
c) 3 anos de efetivo exercício;
d) avaliação especial de desempenho.

3 anos

Estágio
Concurso Nomeação Posse Exercício Estabilidade
Probatório

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• A estabilidade não é absoluta, sendo que a própria CF prevê que o servidor
público estável só perderá o cargo:
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho.

• Também poderá perder o cargo por despesa de pessoal acima dos limites
legais (art. 169, CF). A Lei complementar n. 101/200 (Lei de Responsabilidade
Fiscal) estabelece que o limite de despesa com pessoal da União é de 50% da
receita líquida, enquanto dos Estados e Municípios é de 60%. Ultrapassados
esses limites, o ente deverá tomar as seguintes providências: a) reduzir em
pelo menos 20% as despesas com cargos em comissão e funções de confiança;
b) exoneração dos servidores não estáveis; c) se ainda assim ficar fora dos
limites legais, o servidor estável poderá perder o cargo.

Reintegração

• Invalidada por sentença judicial (ou decisão administrativa) a demissão do servidor


estável, será ele reintegrado.

• O eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem


direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com
remuneração proporcional ao tempo de serviço.

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Disponibilidade

• Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em


disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu
adequado aproveitamento em outro cargo.

Está disponível? Vou aproveitar!

• Aposentadoria

• Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito


Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado
regime de previdência (Regime Próprio de Previdência Social – RPPS) de caráter
contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos
servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. Obs.: O Estatuto trará as regras para a
aposentadoria.

• Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de


livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de
emprego público, aplica-se o Regime Geral de Previdência Social (RGPS), ou seja,
o regime geral aplicável aos trabalhadores da iniciativa provada regidos pela CLT.

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• Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão
aposentados:
I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de
contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou
doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei (integrais);
II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70
anos de idade, ou aos 75 anos de idade, na forma de lei complementar; (Lei
Complementar 152/2015)
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de 10 anos de efetivo
exercício no serviço público e 5 anos no cargo efetivo em que se dará a
aposentadoria, observadas as seguintes condições:
a) 60 anos de idade e 35 de contribuição, se homem, e 55 anos de idade e 30 de
contribuição, se mulher;
b) 65 anos de idade, se homem, e 60 anos de idade, se mulher, com proventos
proporcionais ao tempo de contribuição.

Aposentadoria

• Por invalidez permanente.

• Compulsoriamente.
ü75 anos de idade.

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Direito Administrativo – Dos Servidores Públicos (Art. 039 a 041) – Profª Tatiana Marcello

• Voluntariamente (10 anos de efetivo exercício e 5 anos no cargo efetivo


que se aposentar):

• 60 anos de idade + 35 de contribuição (Integral);


• Ou 65 anos de idade (Proporcional ao tempo de contribuição).

• 55 anos de idade + 30 de contribuição (Integral);


• Ou 60 anos de idade. (Proporcional ao tempo de contribuição).

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Direito Administrativo

IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA – LEI Nº 8.429/92

LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992.

Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes do patrimônio ou da receita anual, limitan-
públicos nos casos de enriquecimento ilícito no do-se, nestes casos, a sanção patrimonial à
exercício de mandato, cargo, emprego ou fun- repercussão do ilícito sobre a contribuição
ção na administração pública direta, indireta ou dos cofres públicos.
fundacional e dá outras providências.
Art. 2º Reputa-se agente público, para os efei-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que tos desta lei, todo aquele que exerce, ainda
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a que transitoriamente ou sem remuneração, por
seguinte lei: eleição, nomeação, designação, contratação ou
qualquer outra forma de investidura ou vínculo,
mandato, cargo, emprego ou função nas entida-
des mencionadas no artigo anterior.
CAPÍTULO I
Art. 3º As disposições desta lei são aplicáveis,
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
no que couber, àquele que, mesmo não sendo
Art. 1º Os atos de improbidade praticados por agente público, induza ou concorra para a prá-
qualquer agente público, servidor ou não, con- tica do ato de improbidade ou dele se beneficie
tra a administração direta, indireta ou funda- sob qualquer forma direta ou indireta.
cional de qualquer dos Poderes da União, dos Art. 4º Os agentes públicos de qualquer nível ou
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, hierarquia são obrigados a velar pela estrita ob-
de Território, de empresa incorporada ao patri- servância dos princípios de legalidade, impesso-
mônio público ou de entidade para cuja criação alidade, moralidade e publicidade no trato dos
ou custeio o erário haja concorrido ou concorra assuntos que lhe são afetos.
com mais de cinqüenta por cento do patrimô-
nio ou da receita anual, serão punidos na forma Art. 5º Ocorrendo lesão ao patrimônio públi-
desta lei. co por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do
agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressar-
Parágrafo único. Estão também sujeitos às cimento do dano.
penalidades desta lei os atos de improbida-
de praticados contra o patrimônio de enti- Art. 6º No caso de enriquecimento ilícito, per-
dade que receba subvenção, benefício ou derá o agente público ou terceiro beneficiário
incentivo, fiscal ou creditício, de órgão pú- os bens ou valores acrescidos ao seu patrimô-
blico bem como daquelas para cuja criação nio.
ou custeio o erário haja concorrido ou con-
Art. 7º Quando o ato de improbidade causar le-
corra com menos de cinqüenta por cento
são ao patrimônio público ou ensejar enrique-

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cimento ilícito, caberá a autoridade administra- des referidas no art. 1º por preço superior
tiva responsável pelo inquérito representar ao ao valor de mercado;
Ministério Público, para a indisponibilidade dos
bens do indiciado. III – perceber vantagem econômica, direta
ou indireta, para facilitar a alienação, per-
Parágrafo único. A indisponibilidade a que muta ou locação de bem público ou o for-
se refere o caput deste artigo recairá sobre necimento de serviço por ente estatal por
bens que assegurem o integral ressarcimen- preço inferior ao valor de mercado;
to do dano, ou sobre o acréscimo patrimo-
nial resultante do enriquecimento ilícito. IV – utilizar, em obra ou serviço particular,
veículos, máquinas, equipamentos ou ma-
Art. 8º O sucessor daquele que causar lesão ao terial de qualquer natureza, de propriedade
patrimônio público ou se enriquecer ilicitamen- ou à disposição de qualquer das entidades
te está sujeito às cominações desta lei até o li- mencionadas no art. 1° desta lei, bem como
mite do valor da herança. o trabalho de servidores públicos, emprega-
dos ou terceiros contratados por essas enti-
dades;

CAPÍTULO II V – receber vantagem econômica de qual-


quer natureza, direta ou indireta, para to-
DOS ATOS DE IMPROBIDADE
lerar a exploração ou a prática de jogos de
ADMINISTRATIVA azar, de lenocínio, de narcotráfico, de con-
trabando, de usura ou de qualquer outra
Seção I atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal
DOS ATOS DE IMPROBIDADE vantagem;
ADMINISTRATIVA QUE IMPORTAM VI – receber vantagem econômica de qual-
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO quer natureza, direta ou indireta, para fazer
declaração falsa sobre medição ou avaliação
Art. 9º Constitui ato de improbidade adminis-
em obras públicas ou qualquer outro ser-
trativa importando enriquecimento ilícito aufe-
viço, ou sobre quantidade, peso, medida,
rir qualquer tipo de vantagem patrimonial inde-
qualidade ou característica de mercadorias
vida em razão do exercício de cargo, mandato,
ou bens fornecidos a qualquer das entida-
função, emprego ou atividade nas entidades
des mencionadas no art. 1º desta lei;
mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamen-
te: VII – adquirir, para si ou para outrem, no
exercício de mandato, cargo, emprego ou
I – receber, para si ou para outrem, dinhei-
função pública, bens de qualquer natureza
ro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra
cujo valor seja desproporcional à evolução
vantagem econômica, direta ou indireta, a
do patrimônio ou à renda do agente públi-
título de comissão, percentagem, gratifica-
co;
ção ou presente de quem tenha interesse,
direto ou indireto, que possa ser atingido ou VIII – aceitar emprego, comissão ou exercer
amparado por ação ou omissão decorrente atividade de consultoria ou assessoramen-
das atribuições do agente público; to para pessoa física ou jurídica que tenha
interesse suscetível de ser atingido ou am-
II – perceber vantagem econômica, direta
parado por ação ou omissão decorrente das
ou indireta, para facilitar a aquisição, per-
atribuições do agente público, durante a ati-
muta ou locação de bem móvel ou imóvel,
vidade;
ou a contratação de serviços pelas entida-

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Direito Administrativo – Improbidade Administrativa – Lei nº 8.429/92 – Profª Tatiana Marcello

IX – perceber vantagem econômica para in- rendas, verbas ou valores do patrimônio de


termediar a liberação ou aplicação de verba qualquer das entidades mencionadas no
pública de qualquer natureza; art. 1º desta lei, sem observância das for-
malidades legais e regulamentares aplicá-
X – receber vantagem econômica de qual- veis à espécie;
quer natureza, direta ou indiretamente,
para omitir ato de ofício, providência ou de- IV – permitir ou facilitar a alienação, permu-
claração a que esteja obrigado; ta ou locação de bem integrante do patri-
mônio de qualquer das entidades referidas
XI – incorporar, por qualquer forma, ao seu no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de
patrimônio bens, rendas, verbas ou valores serviço por parte delas, por preço inferior
integrantes do acervo patrimonial das enti- ao de mercado;
dades mencionadas no art. 1° desta lei;
V – permitir ou facilitar a aquisição, permu-
XII – usar, em proveito próprio, bens, ren- ta ou locação de bem ou serviço por preço
das, verbas ou valores integrantes do acer- superior ao de mercado;
vo patrimonial das entidades mencionadas
no art. 1º desta lei. VI – realizar operação financeira sem obser-
vância das normas legais e regulamentares
Seção II ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea;
DOS ATOS DE IMPROBIDADE
VII – conceder benefício administrativo ou
ADMINISTRATIVA QUE CAUSAM fiscal sem a observância das formalidades
PREJUÍZO AO ERÁRIO legais ou regulamentares aplicáveis à espé-
cie;
Art. 10. Constitui ato de improbidade adminis-
trativa que causa lesão ao erário qualquer ação VIII – frustrar a licitude de processo licita-
ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje per- tório ou de processo seletivo para celebra-
da patrimonial, desvio, apropriação, malbarata- ção de parcerias com entidades sem fins
mento ou dilapidação dos bens ou haveres das lucrativos, ou dispensá-los indevidamente;
entidades referidas no art. 1º desta lei, e nota- (Redação dada pela Lei nº 13.019, de 2014)
damente: (Vigência)
I – facilitar ou concorrer por qualquer for- IX – ordenar ou permitir a realização de
ma para a incorporação ao patrimônio par- despesas não autorizadas em lei ou regula-
ticular, de pessoa física ou jurídica, de bens, mento;
rendas, verbas ou valores integrantes do
X – agir negligentemente na arrecadação de
acervo patrimonial das entidades mencio-
tributo ou renda, bem como no que diz res-
nadas no art. 1º desta lei;
peito à conservação do patrimônio público;
II – permitir ou concorrer para que pessoa
XI – liberar verba pública sem a estrita ob-
física ou jurídica privada utilize bens, ren-
servância das normas pertinentes ou influir
das, verbas ou valores integrantes do acer-
de qualquer forma para a sua aplicação ir-
vo patrimonial das entidades mencionadas
regular;
no art. 1º desta lei, sem a observância das
formalidades legais ou regulamentares apli- XII – permitir, facilitar ou concorrer para
cáveis à espécie; que terceiro se enriqueça ilicitamente;
III – doar à pessoa física ou jurídica bem XIII – permitir que se utilize, em obra ou
como ao ente despersonalizado, ainda que serviço particular, veículos, máquinas, equi-
de fins educativos ou assistências, bens, pamentos ou material de qualquer nature-

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za, de propriedade ou à disposição de qual- XX – liberar recursos de parcerias firmadas
quer das entidades mencionadas no art. 1° pela administração pública com entidades
desta lei, bem como o trabalho de servidor privadas sem a estrita observância das nor-
público, empregados ou terceiros contrata- mas pertinentes ou influir de qualquer for-
dos por essas entidades. ma para a sua aplicação irregular. (Incluído
pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)
XIV – celebrar contrato ou outro instrumen-
to que tenha por objeto a prestação de ser- XXI – liberar recursos de parcerias firmadas
viços públicos por meio da gestão associada pela administração pública com entidades
sem observar as formalidades previstas na privadas sem a estrita observância das nor-
lei; (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005) mas pertinentes ou influir de qualquer for-
ma para a sua aplicação irregular. (Incluído
XV – celebrar contrato de rateio de consór- pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)
cio público sem suficiente e prévia dotação
orçamentária, ou sem observar as formali- Seção II-A
dades previstas na lei.(Incluído pela Lei nº (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de
11.107, de 2005) 2016) (Produção de efeito)
XVI – facilitar ou concorrer, por qualquer DOS ATOS DE IMPROBIDADE
forma, para a incorporação, ao patrimônio ADMINISTRATIVA DECORRENTES
particular de pessoa física ou jurídica, de DE CONCESSÃO OU APLICAÇÃO
bens, rendas, verbas ou valores públicos
INDEVIDA DE BENEFÍCIO FINANCEIRO
transferidos pela administração pública a
entidades privadas mediante celebração de OU TRIBUTÁRIO
parcerias, sem a observância das formali-
Art. 10-A. Constitui ato de improbidade
dades legais ou regulamentares aplicáveis
administrativa qualquer ação ou omissão para
à espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de
conceder, aplicar ou manter benefício financeiro
2014) (Vigência)
ou tributário contrário ao que dispõem o caput
XVII – permitir ou concorrer para que pes- e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº
soa física ou jurídica privada utilize bens, 116, de 31 de julho de 2003. (Incluído pela Lei
rendas, verbas ou valores públicos transfe- Complementar nº 157, de 2016) (Produção de
ridos pela administração pública a entidade efeito)
privada mediante celebração de parcerias,
sem a observância das formalidades legais Seção III
ou regulamentares aplicáveis à espécie; (In- DOS ATOS DE IMPROBIDADE
cluído pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigên- ADMINISTRATIVA QUE ATENTAM
cia) CONTRA OS PRINCÍPIOS DA
XVIII – celebrar parcerias da administração ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
pública com entidades privadas sem a ob-
servância das formalidades legais ou regu- Art. 11. Constitui ato de improbidade adminis-
lamentares aplicáveis à espécie; (Incluído trativa que atenta contra os princípios da admi-
pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência) nistração pública qualquer ação ou omissão que
viole os deveres de honestidade, imparcialida-
XIX – agir negligentemente na celebração, de, legalidade, e lealdade às instituições, e no-
fiscalização e análise das prestações de con- tadamente:
tas de parcerias firmadas pela administra-
ção pública com entidades privadas; (Inclu- I – praticar ato visando fim proibido em lei
ído pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência) ou regulamento ou diverso daquele previs-
to, na regra de competência;

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Direito Administrativo – Improbidade Administrativa – Lei nº 8.429/92 – Profª Tatiana Marcello

II – retardar ou deixar de praticar, indevida- co ou receber benefícios ou incentivos fis-


mente, ato de ofício; cais ou creditícios, direta ou indiretamente,
ainda que por intermédio de pessoa jurídica
III – revelar fato ou circunstância de que da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de
tem ciência em razão das atribuições e que dez anos;
deva permanecer em segredo;
II – na hipótese do art. 10, ressarcimento
IV – negar publicidade aos atos oficiais; integral do dano, perda dos bens ou valo-
V – frustrar a licitude de concurso público; res acrescidos ilicitamente ao patrimônio,
se concorrer esta circunstância, perda da
VI – deixar de prestar contas quando esteja função pública, suspensão dos direitos po-
obrigado a fazê-lo; líticos de cinco a oito anos, pagamento de
VII – revelar ou permitir que chegue ao co- multa civil de até duas vezes o valor do dano
nhecimento de terceiro, antes da respectiva e proibição de contratar com o Poder Públi-
divulgação oficial, teor de medida política co ou receber benefícios ou incentivos fis-
ou econômica capaz de afetar o preço de cais ou creditícios, direta ou indiretamente,
mercadoria, bem ou serviço. ainda que por intermédio de pessoa jurídica
da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de
VIII – descumprir as normas relativas à ce- cinco anos;
lebração, fiscalização e aprovação de contas
de parcerias firmadas pela administração III – na hipótese do art. 11, ressarcimento
pública com entidades privadas. (Redação integral do dano, se houver, perda da fun-
dada pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência) ção pública, suspensão dos direitos políticos
de três a cinco anos, pagamento de multa
IX – deixar de cumprir a exigência de requi- civil de até cem vezes o valor da remunera-
sitos de acessibilidade previstos na legisla- ção percebida pelo agente e proibição de
ção. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) contratar com o Poder Público ou receber
(Vigência) benefícios ou incentivos fiscais ou credití-
cios, direta ou indiretamente, ainda que por
intermédio de pessoa jurídica da qual seja
sócio majoritário, pelo prazo de três anos.
CAPÍTULO III
Parágrafo único. Na fixação das penas pre-
Das Penas vistas nesta lei o juiz levará em conta a ex-
Art. 12. Independentemente das sanções pe- tensão do dano causado, assim como o pro-
nais, civis e administrativas previstas na legis- veito patrimonial obtido pelo agente.
lação específica, está o responsável pelo ato de
improbidade sujeito às seguintes cominações,
que podem ser aplicadas isolada ou cumulativa-
mente, de acordo com a gravidade do fato: (Re-
CAPÍTULO IV
dação dada pela Lei nº 12.120, de 2009). DA DECLARAÇÃO DE BENS
I – na hipótese do art. 9°, perda dos bens Art. 13. A posse e o exercício de agente público
ou valores acrescidos ilicitamente ao pa- ficam condicionados à apresentação de decla-
trimônio, ressarcimento integral do dano, ração dos bens e valores que compõem o seu
quando houver, perda da função pública, patrimônio privado, a fim de ser arquivada no
suspensão dos direitos políticos de oito a serviço de pessoal competente.(Regulamento)
dez anos, pagamento de multa civil de até
§ 1º A declaração compreenderá imóveis,
três vezes o valor do acréscimo patrimonial
móveis, semoventes, dinheiro, títulos,
e proibição de contratar com o Poder Públi-

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ações, e qualquer outra espécie de bens e do, se esta não contiver as formalidades es-
valores patrimoniais, localizado no País ou tabelecidas no § 1º deste artigo. A rejeição
no exterior, e, quando for o caso, abrange- não impede a representação ao Ministério
rá os bens e valores patrimoniais do cônju- Público, nos termos do art. 22 desta lei.
ge ou companheiro, dos filhos e de outras
pessoas que vivam sob a dependência eco- § 3º Atendidos os requisitos da represen-
nômica do declarante, excluídos apenas os tação, a autoridade determinará a imedia-
objetos e utensílios de uso doméstico. ta apuração dos fatos que, em se tratando
de servidores federais, será processada na
§ 2º A declaração de bens será anualmente forma prevista nos arts. 148 a 182 da Lei nº
atualizada e na data em que o agente pú- 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e, em se
blico deixar o exercício do mandato, cargo, tratando de servidor militar, de acordo com
emprego ou função. os respectivos regulamentos disciplinares.
§ 3º Será punido com a pena de demissão, Art. 15. A comissão processante dará conheci-
a bem do serviço público, sem prejuízo de mento ao Ministério Público e ao Tribunal ou
outras sanções cabíveis, o agente públi- Conselho de Contas da existência de procedi-
co que se recusar a prestar declaração dos mento administrativo para apurar a prática de
bens, dentro do prazo determinado, ou que ato de improbidade.
a prestar falsa.
Parágrafo único. O Ministério Público ou
§ 4º O declarante, a seu critério, poderá en- Tribunal ou Conselho de Contas poderá, a
tregar cópia da declaração anual de bens requerimento, designar representante para
apresentada à Delegacia da Receita Federal acompanhar o procedimento administrati-
na conformidade da legislação do Impos- vo.
to sobre a Renda e proventos de qualquer
natureza, com as necessárias atualizações, Art. 16. Havendo fundados indícios de respon-
para suprir a exigência contida no caput e sabilidade, a comissão representará ao Minis-
no § 2° deste artigo . tério Público ou à procuradoria do órgão para
que requeira ao juízo competente a decretação
do seqüestro dos bens do agente ou terceiro
que tenha enriquecido ilicitamente ou causado
CAPÍTULO V dano ao patrimônio público.
DO PROCEDIMENTO § 1º O pedido de seqüestro será processa-
ADMINISTRATIVO E DO PROCESSO do de acordo com o disposto nos arts. 822 e
JUDICIAL 825 do Código de Processo Civil.
§ 2º Quando for o caso, o pedido incluirá a
Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à
investigação, o exame e o bloqueio de bens,
autoridade administrativa competente para que
contas bancárias e aplicações financeiras
seja instaurada investigação destinada a apurar
mantidas pelo indiciado no exterior, nos ter-
a prática de ato de improbidade.
mos da lei e dos tratados internacionais.
§ 1º A representação, que será escrita ou
Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordi-
reduzida a termo e assinada, conterá a qua-
nário, será proposta pelo Ministério Público ou
lificação do representante, as informações
pela pessoa jurídica interessada, dentro de trin-
sobre o fato e sua autoria e a indicação das
ta dias da efetivação da medida cautelar.
provas de que tenha conhecimento.
§ 1º É vedada a transação, acordo ou conci-
§ 2º A autoridade administrativa rejeitará a
liação nas ações de que trata o caput.
representação, em despacho fundamenta-

838 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Improbidade Administrativa – Lei nº 8.429/92 – Profª Tatiana Marcello

§ 2º A Fazenda Pública, quando for o caso, § 9º Recebida a petição inicial, será o réu
promoverá as ações necessárias à comple- citado para apresentar contestação. (Inclu-
mentação do ressarcimento do patrimônio ído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
público. 2001)
§ 3º No caso de a ação principal ter sido § 10. Da decisão que receber a petição ini-
proposta pelo Ministério Público, aplica-se, cial, caberá agravo de instrumento. (Incluí-
no que couber, o disposto no § 3º do art. do pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
6o da Lei no 4.717, de 29 de junho de 1965. 2001)
(Redação dada pela Lei nº 9.366, de 1996)
§ 11. Em qualquer fase do processo, reco-
§ 4º O Ministério Público, se não intervir no nhecida a inadequação da ação de improbi-
processo como parte, atuará obrigatoria- dade, o juiz extinguirá o processo sem jul-
mente, como fiscal da lei, sob pena de nu- gamento do mérito. (Incluído pela Medida
lidade. Provisória nº 2.225-45, de 2001)
§ 5º A propositura da ação prevenirá a ju- § 12. Aplica-se aos depoimentos ou inqui-
risdição do juízo para todas as ações pos- rições realizadas nos processos regidos por
teriormente intentadas que possuam a esta Lei o disposto no art. 221, caput e § 1o,
mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. do Código de Processo Penal.(Incluído pela
(Incluído pela Medida provisória nº 2.180- Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)
35, de 2001)
§ 13. Para os efeitos deste artigo, também
§ 6º A ação será instruída com documentos se considera pessoa jurídica interessada o
ou justificação que contenham indícios sufi- ente tributante que figurar no polo ativo da
cientes da existência do ato de improbidade obrigação tributária de que tratam o § 4º do
ou com razões fundamentadas da impossi- art. 3º e o art. 8º-A da Lei Complementar nº
bilidade de apresentação de qualquer des- 116, de 31 de julho de 2003. (Incluído pela
sas provas, observada a legislação vigente, Lei Complementar nº 157, de 2016)
inclusive as disposições inscritas nos arts.
16 a 18 do Código de Processo Civil. (Inclu- Art. 18. A sentença que julgar procedente ação
ído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de civil de reparação de dano ou decretar a perda
2001) dos bens havidos ilicitamente determinará o
pagamento ou a reversão dos bens, conforme
§ 7º Estando a inicial em devida forma, o o caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada
juiz mandará autuá-la e ordenará a notifi- pelo ilícito.
cação do requerido, para oferecer manifes-
tação por escrito, que poderá ser instruída
com documentos e justificações, dentro do
prazo de quinze dias. (Incluído pela Medida CAPÍTULO VI
Provisória nº 2.225-45, de 2001) DAS DISPOSIÇÕES PENAIS
§ 8º Recebida a manifestação, o juiz, no Art. 19. Constitui crime a representação por ato
prazo de trinta dias, em decisão fundamen- de improbidade contra agente público ou ter-
tada, rejeitará a ação, se convencido da ceiro beneficiário, quando o autor da denúncia
inexistência do ato de improbidade, da im- o sabe inocente.
procedência da ação ou da inadequação da
Pena: detenção de seis a dez meses e mul-
via eleita. (Incluído pela Medida Provisória
ta.
nº 2.225-45, de 2001)
Parágrafo único. Além da sanção penal, o
denunciante está sujeito a indenizar o de-

www.acasadoconcurseiro.com.br 839
nunciado pelos danos materiais, morais ou III – até cinco anos da data da apresentação
à imagem que houver provocado. à administração pública da prestação de
contas final pelas entidades referidas no pa-
Art. 20. A perda da função pública e a suspen- rágrafo único do art. 1o desta Lei. (Incluído
são dos direitos políticos só se efetivam com o pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)
trânsito em julgado da sentença condenatória.
Parágrafo único. A autoridade judicial ou
administrativa competente poderá deter-
minar o afastamento do agente público do CAPÍTULO VIII
exercício do cargo, emprego ou função, sem DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
prejuízo da remuneração, quando a medida
se fizer necessária à instrução processual. Art. 24. Esta lei entra em vigor na data de sua
publicação.
Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta s
lei independe: Art. 25. Ficam revogadas as Leis nº 3.164, de 1º
de junho de 1957, e 3.502, de 21 de dezembro
I – da efetiva ocorrência de dano ao pa-
de 1958 e demais disposições em contrário.
trimônio público, salvo quanto à pena de
ressarcimento; (Redação dada pela Lei nº Rio de Janeiro, 2 de junho de 1992; 171º da In-
12.120, de 2009). dependência e 104º da República.
II – da aprovação ou rejeição das contas FERNANDO COLLOR
pelo órgão de controle interno ou pelo Tri-
bunal ou Conselho de Contas. Célio Borja

Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto


nesta lei, o Ministério Público, de ofício, a re-
querimento de autoridade administrativa ou
mediante representação formulada de acordo
com o disposto no art. 14, poderá requisitar a
instauração de inquérito policial ou procedi-
mento administrativo.

CAPÍTULO VII
DA PRESCRIÇÃO
Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as
sanções previstas nesta lei podem ser propos-
tas:
I – até cinco anos após o término do exercí-
cio de mandato, de cargo em comissão ou
de função de confiança;
II – dentro do prazo prescricional previsto
em lei específica para faltas disciplinares
puníveis com demissão a bem do serviço
público, nos casos de exercício de cargo efe-
tivo ou emprego.

840 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Improbidade Administrativa – Lei nº 8.429/92 – Profª Tatiana Marcello

SLIDES - IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA – LEI Nº 8.429/92

Lei nº 8.429/1992
• Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de
enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na
administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências.

• A improbidade administrativa é uma imoralidade qualificada pelo dano ao erário,


trazendo vantagem para o ímprobo ou a outrem. O agente público deve agir com
honestidade e boa-fé, não se valendo dos poderes e facilidade do cargo para obter
vantagem pessoal ou para favorecer terceiros (José Afonso da silva).

• Improbidade na CF:

• Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará
nos casos de: V – improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.

• Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que


atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: V - a probidade na
administração.

• Art. 37, § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão:


Ressarcimento ao erário,
Indisponibilidade dos bens (medida cautelar – não é sanção),
Perda da função pública (após o trânsito em julgado),
Suspensão dos direitos políticos (após o trânsito em julgado),
sem prejuízo da ação penal cabível (obs.: ato de improbidade por si só não é crime).

www.acasadoconcurseiro.com.br 841
• Não há sanção penal ao agente ímprobo na LIA (Ação de Improbidade é Ação Civil
Pública).

• Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na


legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às sanções
da LIA, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente.

• O ímprobo também está sujeito às sanções éticas (Decreto 1.171/94).

Disposições Gerais

• Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou


não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território,
de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou
custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de 50% do patrimônio ou da
receita anual (entidade controlada), serão punidos na forma desta lei.

• Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de


improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção,
benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas
para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de
50% do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção
patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.

• Onde há $ público, pode haver ato improbidade.

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• Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce,
ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação,
designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo,
mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior
(ato de improbidade próprio).

• Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não
sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou
dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta (ato de improbidade
impróprio).

• STF:
ØParticular sozinho não pratica improbidade; precisa haver conluio com o agente.
ØAgente político que responde por crime de responsabilidade não responde pela LIA,
mas sim por legislação própria (Lei 1.079/50 – que é mais severa).
ØEstagiário que atua no serviço público também está sujeito à responsabilização da
LIA (STJ).

Agentes
Públicos

Agentes Administrativos Particulares em Agentes Militares


Agentes Políticos colaboração
(Servidores Estatais ou (Agentes (Estatuto/Lei
Servidores Públicos em honoríficos) Específica)
sentido amplo)

Servidores
Servidores Empregados
Temporários
Públicos Públicos
(Contrato prazo
(Estatuários) (Celetistas)
determinado)

cargo emprego função


público público pública

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Administração
Sujeito Passivo
Pública (Art. 1º)
Ato de
Improbidade Agente Público
Sujeito Ativo ou Particular em
conluio (Art. 2º)

• Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar


pela estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e
publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos.

• Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou


culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano.

• Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro


beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio.

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• Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou


ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável
pelo inquérito representar ao MP, para a indisponibilidade dos bens do indiciado.
• Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá
sobre bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o
acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito.

• Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se


enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor
da herança.

Atos de Improbidade Administrativa (rol exemplificativo)


Atos que Importam
Enriquecimento Ilícito Ideia de que o agente se
beneficiou
(dolo)

Atos que Causam


Prejuízo ao Erário Ideia de que alguém se
beneficiou
(dolo ou culpa)

A.I. Atos que Atentam


Contra os Princípios da
Administração Pública Ideia de subsidiariedade
(dolo)

Atos decorrentes de
concessão ou aplicação
indevida de benefício
financeiro ou tributário

www.acasadoconcurseiro.com.br 845
Atos de Improbidade Administrativa

• Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enriquecimento Ilícito

• Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento


ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício
de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no
art. 1° desta lei, e notadamente:

I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra
vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem,
gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser
atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente
público;

II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição,


permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas
entidades referidas no art. 1° por preço superior ao valor de mercado;

III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação,


permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal
por preço inferior ao valor de mercado;

IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou


material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das
entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidores
públicos, empregados ou terceiros contratados por essas entidades;

V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para


tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de
contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de
tal vantagem;

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VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer


declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro
serviço, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de
mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades mencionadas no art. 1º
desta lei;

VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou


função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à
evolução do patrimônio ou à renda do agente público;

VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou


assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser
atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente
público, durante a atividade;

IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba


pública de qualquer natureza;

X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para


omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado;

XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou


valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1°
desta lei;

XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo
patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei.

www.acasadoconcurseiro.com.br 847
• Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário
qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio,
apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades
referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: (STF – tem que ter havido dano $)

I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio


particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores
integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;

II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens,
rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades
mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das formalidades legais ou
regulamentares aplicáveis à espécie;

III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de
fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de
qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das
formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie;

IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do


patrimônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a
prestação de serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado;

V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço


superior ao de mercado;

VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares


ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea;

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VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades


legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;

VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para


celebração de parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los
indevidamente;

IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou


regulamento;

X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz


respeito à conservação do patrimônio público;

XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir
de qualquer forma para a sua aplicação irregular;

XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente;

XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas,


equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição
de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho
de servidor público, empregados ou terceiros contratados por essas entidades.

XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de
serviços públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades
previstas na lei;

XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia


dotação orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei.

www.acasadoconcurseiro.com.br 849
XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporação, ao patrimônio
particular de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores públicos
transferidos pela administração pública a entidades privadas mediante celebração
de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares
aplicáveis à espécie;

XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens,
rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a
entidade privada mediante celebração de parcerias, sem a observância das
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;

XVIII - celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas sem a


observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;

XIX - agir negligentemente na celebração, fiscalização e análise das prestações de


contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas;

XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades


privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer
forma para a sua aplicação irregular.

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• Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios da


Administração Pública

• Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios
da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de
honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:

I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele


previsto, na regra de competência;

II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;

III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que
deva permanecer em segredo;

IV - negar publicidade aos atos oficiais;

V - frustrar a licitude de concurso público;

VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;

VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da


respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar
o preço de mercadoria, bem ou serviço.

VIII - descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e aprovação de contas


de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas.

IX - deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade previstos na


legislação.

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• Diferenciar:

ØFrustrar licitude de procedimento licitatório – ato que gera lesão ao erário


ØFrustrar licitude de concurso público – ato contra princípios

Penas
Øperda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio;
Øressarcimento integral do dano, quando houver;
Øperda da função pública;
Øsuspensão dos direitos políticos;*
Øpagamento de multa civil;*
Øproibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos
fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa
jurídica da qual seja sócio majoritário.*

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Penas

AI Suspensão dos
direitos políticos
Multa Civil Proibição de
contratar ou
receber incentivo
público

Enriquecimento 8 a 10 anos Até 3x o $ acrescido 10 anos


Ilícito (9º)

Lesão ao Erário (10) 5 a 8 anos Até 2x o $ do dano 5 anos


Atenta contra 3 a 5 anos Até 100x valor da 3 anos
Princípios (11) remuneração.

Da Declaração de Bens

• A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de


declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser
arquivada no serviço de pessoal competente.

• A declaração de bens será anualmente atualizada e na data em que o agente público


deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função.

• Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de
outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos
bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.

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Procedimento Administrativo e Processo Judicial

• Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para


que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade,
que será escrita ou reduzida a termo e assinada, conterá a qualificação do
representante, as informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de
que tenha conhecimento.

• A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou
pela pessoa jurídica interessada, dentro de 30 dias da efetivação da medida cautelar.

• O MP, se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal
da lei, sob pena de nulidade.

• Obs.: Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra
agente público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe
inocente. Pena: detenção de seis a dez meses e multa.
• Não se trata de “crime” por improbidade e sim de denunciação caluniosa feita
contra quem não praticou ato de improbidade.

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Prescrição

• As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser
propostas:

I - até 5 anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de


função de confiança;

II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares


puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo
efetivo ou emprego.

III - até 5 anos da data da apresentação à administração pública da prestação de


contas final pelas entidades referidas no parágrafo único do art. 1o desta Lei.

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Direito Penal

Professor Joerberth Nunes

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Direito Penal

CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA

TÍTULO X § 1º Incorre na mesma pena quem: (Reda-


ção dada pela Lei nº 11.035, de 2004)
Dos Crimes Contra a Fé Pública I – usa, guarda, possui ou detém qualquer
dos papéis falsificados a que se refere este
artigo; (Incluído pela Lei nº 11.035, de 2004)
CAPÍTULO II II – importa, exporta, adquire, vende, troca,
DA FALSIDADE DE TÍTULOS E cede, empresta, guarda, fornece ou restitui
à circulação selo falsificado destinado a con-
OUTROS PAPÉIS PÚBLICOS trole tributário; (Incluído pela Lei nº 11.035,
Falsificação de Papéis Públicos de 2004)

Art. 293. Falsificar, fabricando-os ou alterando- III – importa, exporta, adquire, vende, ex-
-os: põe à venda, mantém em depósito, guarda,
troca, cede, empresta, fornece, porta ou, de
I – selo destinado a controle tributário, pa- qualquer forma, utiliza em proveito próprio
pel selado ou qualquer papel de emissão ou alheio, no exercício de atividade comer-
legal destinado à arrecadação de tributo; cial ou industrial, produto ou mercadoria:
(Redação dada pela Lei nº 11.035, de 2004) (Incluído pela Lei nº 11.035, de 2004)
II – papel de crédito público que não seja a) em que tenha sido aplicado selo que se
moeda de curso legal; destine a controle tributário, falsificado; (In-
cluído pela Lei nº 11.035, de 2004)
III – vale postal;
b) sem selo oficial, nos casos em que a le-
IV – cautela de penhor, caderneta de depó-
gislação tributária determina a obrigatorie-
sito de caixa econômica ou de outro estabe-
dade de sua aplicação. (Incluído pela Lei nº
lecimento mantido por entidade de direito
11.035, de 2004)
público;
§ 2º Suprimir, em qualquer desses papéis,
V – talão, recibo, guia, alvará ou qualquer
quando legítimos, com o fim de torná-los
outro documento relativo a arrecadação
novamente utilizáveis, carimbo ou sinal in-
de rendas públicas ou a depósito ou caução
dicativo de sua inutilização:
por que o poder público seja responsável;
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
VI – bilhete, passe ou conhecimento de
empresa de transporte administrada pela § 3º Incorre na mesma pena quem usa, de-
União, por Estado ou por Município: pois de alterado, qualquer dos papéis a que
se refere o parágrafo anterior.
Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa.

www.acasadoconcurseiro.com.br 859
§ 4º Quem usa ou restitui à circulação, em- II – quem utiliza indevidamente o selo ou
bora recibo de boa-fé, qualquer dos papéis sinal verdadeiro em prejuízo de outrem ou
falsificados ou alterados, a que se referem em proveito próprio ou alheio.
este artigo e o seu § 2º, depois de conhe-
cer a falsidade ou alteração, incorre na pena III – quem altera, falsifica ou faz uso indevi-
de detenção, de seis meses a dois anos, ou do de marcas, logotipos, siglas ou quaisquer
multa. outros símbolos utilizados ou identificado-
res de órgãos ou entidades da Administra-
§ 5º Equipara-se a atividade comercial, para ção Pública. (Incluído pela Lei nº 9.983, de
os fins do inciso III do § 1º, qualquer forma 2000)
de comércio irregular ou clandestino, inclu-
sive o exercido em vias, praças ou outros lo- § 2º Se o agente é funcionário público, e
gradouros públicos e em residências. (Inclu- comete o crime prevalecendo-se do cargo,
ído pela Lei nº 11.035, de 2004) aumenta-se a pena de sexta parte.

Petrechos de Falsificação Falsificação de Documento Público

Art. 294. Fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou Art. 297. Falsificar, no todo ou em parte, docu-
guardar objeto especialmente destinado à falsi- mento público, ou alterar documento público
ficação de qualquer dos papéis referidos no ar- verdadeiro:
tigo anterior: Pena – reclusão, de dois a seis anos, e multa.
Pena – reclusão, de um a três anos, e multa. § 1º Se o agente é funcionário público, e
Art. 295. Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo,
comete o crime prevalecendo-se do cargo, au- aumenta-se a pena de sexta parte.
menta-se a pena de sexta parte. § 2º Para os efeitos penais, equiparam-se a
documento público o emanado de entidade
paraestatal, o título ao portador ou trans-
missível por endosso, as ações de sociedade
CAPÍTULO III comercial, os livros mercantis e o testamen-
DA FALSIDADE DOCUMENTAL to particular.
Falsificação do Selo ou Sinal Público § 3º Nas mesmas penas incorre quem inse-
re ou faz inserir: (Incluído pela Lei nº 9.983,
Art. 296. Falsificar, fabricando-os ou alterando- de 2000)
-os:
I – na folha de pagamento ou em docu-
I – selo público destinado a autenticar atos mento de informações que seja destinado
oficiais da União, de Estado ou de Municí- a fazer prova perante a previdência social,
pio; pessoa que não possua a qualidade de se-
II – selo ou sinal atribuído por lei a entidade gurado obrigatório; (Incluído pela Lei nº
de direito público, ou a autoridade, ou sinal 9.983, de 2000)
público de tabelião: II – na Carteira de Trabalho e Previdência
Pena – reclusão, de dois a seis anos, e multa. Social do empregado ou em documento
que deva produzir efeito perante a previ-
§ 1º Incorre nas mesmas penas: dência social, declaração falsa ou diversa da
que deveria ter sido escrita; (Incluído pela
I – quem faz uso do selo ou sinal falsificado;
Lei nº 9.983, de 2000)

860 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Penal – Crimes Contra a Fé Pública – Prof. Joerberth Nunes

III – em documento contábil ou em qual- Art. 300. Reconhecer, como verdadeira, no


quer outro documento relacionado com exercício de função pública, firma ou letra que
as obrigações da empresa perante a previ- o não seja:
dência social, declaração falsa ou diversa da
que deveria ter constado. (Incluído pela Lei Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa, se
nº 9.983, de 2000) o documento é público; e de um a três anos, e
multa, se o documento é particular.
§ 4º Nas mesmas penas incorre quem omi-
te, nos documentos mencionados no § 3o, Certidão ou Atestado Ideologicamente Falso
nome do segurado e seus dados pessoais, a Art. 301. Atestar ou certificar falsamente, em
remuneração, a vigência do contrato de tra- razão de função pública, fato ou circunstância
balho ou de prestação de serviços.(Incluído que habilite alguém a obter cargo público, isen-
pela Lei nº 9.983, de 2000) ção de ônus ou de serviço de caráter público, ou
Falsificação de Documento Particular (Redação qualquer outra vantagem:
dada pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência Pena – detenção, de dois meses a um ano.
Art. 298. Falsificar, no todo ou em parte, docu- Falsidade Material de Atestado ou Certidão
mento particular ou alterar documento particu-
lar verdadeiro: § 1º Falsificar, no todo ou em parte, atesta-
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa. do ou certidão, ou alterar o teor de certidão
ou de atestado verdadeiro, para prova de
Falsificação de Cartão (Incluído pela Lei nº fato ou circunstância que habilite alguém a
12.737, de 2012) Vigência obter cargo público, isenção de ônus ou de
Parágrafo único. Para fins do disposto no serviço de caráter público, ou qualquer ou-
caput, equipara-se a documento particular tra vantagem:
o cartão de crédito ou débito. (Incluído pela Pena – detenção, de três meses a dois anos.
Lei nº 12.737, de 2012) Vigência
§ 2º Se o crime é praticado com o fim de
Falsidade Ideológica lucro, aplica-se, além da pena privativa de
Art. 299. Omitir, em documento público ou par- liberdade, a de multa.
ticular, declaração que dele devia constar, ou Falsidade de Atestado Médico
nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou
diversa da que devia ser escrita, com o fim de Art. 302. Dar o médico, no exercício da sua pro-
prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a fissão, atestado falso:
verdade sobre fato juridicamente relevante:
Pena – detenção, de um mês a um ano.
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa, se
o documento é público, e reclusão de um a três Parágrafo único. Se o crime é cometido com
anos, e multa, se o documento é particular. o fim de lucro, aplica-se também multa.

Parágrafo único. Se o agente é funcionário Reprodução ou Adulteração de Selo ou Peça


público, e comete o crime prevalecendo-se Filatélica
do cargo, ou se a falsificação ou alteração é Art. 303. Reproduzir ou alterar selo ou peça fila-
de assentamento de registro civil, aumenta- télica que tenha valor para coleção, salvo quan-
-se a pena de sexta parte. do a reprodução ou a alteração está visivelmen-
Falso Reconhecimento de Firma ou Letra te anotada na face ou no verso do selo ou peça:
Pena – detenção, de um a três anos, e multa.

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Parágrafo único. Na mesma pena incorre Art. 307. Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa
quem, para fins de comércio, faz uso do selo identidade para obter vantagem, em proveito
ou peça filatélica. próprio ou alheio, ou para causar dano a ou-
trem:
Uso de Documento Falso
Pena – detenção, de três meses a um ano, ou
Art. 304. Fazer uso de qualquer dos papéis fal- multa, se o fato não constitui elemento de cri-
sificados ou alterados, a que se referem os arts. me mais grave.
297 a 302:
Art. 308. Usar, como próprio, passaporte, título
Pena – a cominada à falsificação ou à alteração. de eleitor, caderneta de reservista ou qualquer
Supressão de Documento documento de identidade alheia ou ceder a ou-
trem, para que dele se utilize, documento dessa
Art. 305. Destruir, suprimir ou ocultar, em be- natureza, próprio ou de terceiro:
nefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo
alheio, documento público ou particular verda- Pena – detenção, de quatro meses a dois anos,
deiro, de que não podia dispor: e multa, se o fato não constitui elemento de cri-
me mais grave.
Pena – reclusão, de dois a seis anos, e multa, se
o documento é público, e reclusão, de um a cin- Fraude de Lei sobre Estrangeiro
co anos, e multa, se o documento é particular. Art. 309. Usar o estrangeiro, para entrar ou per-
manecer no território nacional, nome que não
é o seu:
CAPÍTULO IV Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
DE OUTRAS FALSIDADES
Parágrafo único. Atribuir a estrangeiro fal-
Falsificação do Sinal Empregado no Contraste sa qualidade para promover-lhe a entrada
de Metal Precioso ou na Fiscalização em território nacional: (Incluído pela Lei nº
Alfandegária, ou para Outros Fins 9.426, de 1996)

Art. 306. Falsificar, fabricando-o ou alterando-o, Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
marca ou sinal empregado pelo poder público (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
no contraste de metal precioso ou na fiscaliza- Art. 310. Prestar-se a figurar como proprietário
ção alfandegária, ou usar marca ou sinal dessa ou possuidor de ação, título ou valor perten-
natureza, falsificado por outrem: cente a estrangeiro, nos casos em que a este é
Pena – reclusão, de dois a seis anos, e multa. vedada por lei a propriedade ou a posse de tais
bens: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
Parágrafo único. Se a marca ou sinal falsifi-
cado é o que usa a autoridade pública para Pena – detenção, de seis meses a três anos,
o fim de fiscalização sanitária, ou para au- e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de
tenticar ou encerrar determinados objetos, 1996)
ou comprovar o cumprimento de formalida- Adulteração de Sinal Identificador de Veículo
de legal: Automotor (Redação dada pela Lei nº 9.426, de
Pena – reclusão ou detenção, de um a três anos, 1996)
e multa. Art. 311. Adulterar ou remarcar número de
Falsa Identidade chassi ou qualquer sinal identificador de veículo
automotor, de seu componente ou equipamen-
to: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)

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Direito Penal – Crimes Contra a Fé Pública – Prof. Joerberth Nunes

Pena – reclusão, de três a seis anos, e multa. so de pessoas não autorizadas às informa-
(Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) ções mencionadas no caput. (Incluído pela
Lei nº 12.550 de 2011)
§ 1º Se o agente comete o crime no exer-
cício da função pública ou em razão dela, a § 2º Se da ação ou omissão resulta dano à
pena é aumentada de um terço. (Incluído administração pública: (Incluído pela LLei nº
pela Lei nº 9.426, de 1996) 12.550 de 2011)
§ 2º Incorre nas mesmas penas o funcio- Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e
nário público que contribui para o licencia- multa. (Incluído pela Lei nº 12.550 de 2011)
mento ou registro do veículo remarcado ou
adulterado, fornecendo indevidamente ma- § 3º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço)
terial ou informação oficial. (Incluído pela se o fato é cometido por funcionário públi-
Lei nº 9.426, de 1996) co. (Incluído pelaLei nº 12.550 de 2011)

CAPÍTULO V
(Incluído pela Lei nº 12.550 de 2011)

DAS FRAUDES EM CERTAMES


DE INTERESSE PÚBLICO
(Incluído pela Lei nº 12.550 de 2011)
Fraudes em Certames de Interesse Público (In-
cluído pela Lei nº 12.550 de 2011)
Art. 311-A. Utilizar ou divulgar, indevidamente,
com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de
comprometer a credibilidade do certame, con-
teúdo sigiloso de: (Incluído pela Lei nº 12.550
de 2011)
I – concurso público; (Incluído pela Lei nº
12.550 de 2011)
II – avaliação ou exame públicos; (Incluído
pela Lei nº 12.550 de 2011)
III – processo seletivo para ingresso no ensi-
no superior; ou (Incluído pela Lei nº 12.550
de 2011)
IV – exame ou processo seletivo previstos
em lei: (Incluído pela Lei nº 12.550 de 2011)
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e
multa. (Incluído pela Lei nº 12.550 de 2011)
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem per-
mite ou facilita, por qualquer meio, o aces-

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MATERIAL COMPLEMENTAR

DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA : ARTS. 297 A 311-A, CP


( principais tipos penais)

1. Art. 297, CP: Falsificação de documento público


•• crime comum
•• sujeito passivo: o Estado e o terceiro que sofre com a falsificação
•• bem jurídico: a fé pública
•• núcleo do tipo: “falsificar” (contrafação) documento público ou “alterar” documento públi-
co verdadeiro
•• requisitos do falso documental: alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante
(immutatio veritatis); imitação da verdade (immitatio veritais); potencialidade de dano
( falsum punitur licet nemini damun inferret); dolo (animus fallendi)
•• falsidade material
•• objeto material: documento emanado de entidades públicas : Ex.: RG, CNH, etc.
•• consumação: com a falsificação •• classificação: crime doloso, comum,
•• admite a tentativa forma livre, unissubjetivo, formal ou de
consumação antecipada, instantâneo,
•• par. 1º: causa de aumento de pena plurissubistente
•• par. 2º: norma penal explicativa
3. Art. 299, CP: Falsidade ideológica
•• par. 3º: forma equiparada. Afasta, neste
caso, o art.299, CP •• crime comum
•• par. 4º: forma equiparada •• sujeito passivo : o Estado e, também, a
pessoa prejudicada com a falsificação
2. Art. 298, CP: Falsificação de documento •• bem jurídico :a fé pública
particular
•• núcleo do tipo : “omitir” declaração que
•• crime comum devia constar ou “inserir ou fazer inse-
•• sujeito passivo: o Estado e a pessoa pre- rir” declaração falsa diversa da que de-
judicada com a falsificação veria ser escrita. No que tange ao obje-
to material, pode ser tanto documento
•• bem jurídico: a fé pública público, quanto documento particular.
•• elementos objetivos de tipo: documen- •• requisitos da falsidade ideológica : mu-
to particular é todo aquele que não se dança da verdade, imitação da verdade,
insere na definição de documento pú- potencialidade de dano, dolo
blico
•• dolo específico
•• consumação: com a falsificação, inde-
pendente de resultado naturalístico, eis •• falsidade intelectual
tratar-se de crime formal
•• admite a forma tentada

864 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Penal – Crimes Contra a Fé Pública – Prof. Joerberth Nunes

•• consumação : com a omissão ou inclusão da declaração falsa, seja de forma direta ou de


forma indireta pelo agente
•• admite a forma tentada
•• causa de aumento de pena : preceito secundário da norma (pena)
•• classificação : comum, tipo misto alternativo, forma livre, unissubjetivo, formal ou de con-
sumação antecipada, instantâneo, purissubsistente (na conduta “omitir” é unissubsistente)

4. Art. 301, CP: Certidão ou atestado ideologicamente falso


•• afasta, neste caso, a incidência do art. 299, CP
•• par. 1º: não confundir com o art. 297, CP

5. Art. 302, CP: Falsidade de atestado médico


•• crime próprio
•• em sendo médico que exerce função pública e assim age, responderá o agente pelo art.
301, CP. SE o sujeito ativo for um dentista ou qualquer outro profissional incide, neste caso,
no art. 299, CP
•• par. único : forma qualificada

6. Art. 304, CP: Uso de documento Falso


•• crime remetido
•• súmula 17 do STJ
•• concurso com o art. 297, 298, 299, CP : há entendimento de que o agente responderá pela
falsidade, sendo o uso um post factum impunível. (majoritára) Há, no entanto, quem enten-
da, responderá o agente, neste caso, pelo art. 304, CP, em razão do princípio da consunção.

7. Art. 307, CP: falsa identidade


•• o agente atribui a si dados falsos (ex.: nome, filiação, estado civil, etc) visando vantagem
para si ou outrem.
•• princípio da subsidiariedade : pena

8. Art. 308, CP:


•• é uma espécie de falsa identidade.

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Direito Penal

CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

TÍTULO XI rível, extingue a punibilidade; se lhe é poste-


rior, reduz de metade a pena imposta.
Dos Crimes Contra a Peculato Mediante Erro de Outrem
Administração Pública
Art. 313 Apropriar-se de dinheiro ou qualquer
utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por
erro de outrem:
CAPÍTULO I
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
DOS CRIMES PRATICADOS POR
FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA A Inserção de Dados Falsos em Sistema de
Informações
ADMINISTRAÇÃO EM GERAL
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário auto-
Peculato rizado, a inserção de dados falsos, alterar ou ex-
cluir indevidamente dados corretos nos sistemas
Art. 312. Apropriar-se o funcionário público de informatizados ou bancos de dados da Admi-
dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, nistração Pública com o fim de obter vantagem
público ou particular, de que tem a posse em ra- indevida para si ou para outrem ou para ausar
zão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio dano:
ou alheio:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e
Pena – reclusão, de dois a doze anos, e multa.
multa.
§ 1º Aplica-se a mesma pena, se o funcioná-
Modificação ou Alteração não Autorizada de
rio público, embora não tendo a posse do di-
Sistema de Informações
nheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre
para que seja subtraído, em proveito próprio Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário,
ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe sistema de informações ou programa de informá-
proporciona a qualidade de funcionário. tica sem autorização ou solicitação de autoridade
competente:
Peculato Culposo
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois)
§ 2º Se o funcionário concorre culposamente anos, e multa.
para o crime de outrem:
Parágrafo único. As penas são aumentadas
Pena – detenção, de três meses a um ano. de um terço até a metade se da modificação
§ 3º No caso do parágrafo anterior, a repara- ou alteração resulta dano para a Administra-
ção do dano, se precede à sentença irrecor- ção Pública ou para o administrado.

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Extravio, Sonegação ou Inutilização de Livro ou § 1º A pena é aumentada de um terço, se,
Documento em consequência da vantagem ou promes-
sa, o funcionário retarda ou deixa de praticar
Art. 314. Extraviar livro oficial ou qualquer docu- qualquer ato de ofício ou o pratica infringin-
mento, de que tem a guarda em razão do cargo; do dever funcional.
sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente:
§ 2º Se o funcionário pratica, deixa de prati-
Pena – reclusão, de um a quatro anos, se o fato car ou retarda ato de ofício, com infração de
não constitui crime mais grave. dever funcional, cedendo a pedido ou influ-
Emprego Irregular de Verbas ou Rendas ência de outrem:
Públicas Pena – detenção, de três meses a um ano, ou
Art. 315. Dar às verbas ou rendas públicas aplica- multa.
ção diversa da estabelecida em lei: Facilitação de Contrabando ou Descaminho
Pena – detenção, de um a três meses, ou multa. Art. 318. Facilitar, com infração de dever fun-
Concussão cional, a prática de contrabando ou descaminho
(art. 334):
Art. 316. Exigir, para si ou para outrem, direta ou
indiretamente, ainda que fora da função ou an- Pena – reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e mul-
tes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem ta.
indevida: Prevaricação
Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa. Art. 319. Retardar ou deixar de praticar, indevida-
Excesso de Exação mente, ato de ofício, ou praticá-lo contra dispo-
sição expressa de lei, para satisfazer interesse ou
§ 1º Se o funcionário exige tributo ou contri- sentimento pessoal:
buição social que sabe ou deveria saber in-
devido, ou, quando devido, emprega na co- Pena – detenção, de três meses a um ano, e mul-
brança meio vexatório ou gravoso, que a lei ta.
não autoriza: Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/
Pena – reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e mul- ou agente público, de cumprir seu dever de ve-
ta. dar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de
rádio ou similar, que permita a comunicação com
§ 2º Se o funcionário desvia, em proveito outros presos ou com o ambiente externo:
próprio ou de outrem, o que recebeu inde-
vidamente para recolher aos cofres públicos: Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.

Pena – reclusão, de dois a doze anos, e multa. Condescendência Criminosa

Corrupção Passiva Art. 320. Deixar o funcionário, por indulgência,


de responsabilizar subordinado que cometeu in-
Art. 317. Solicitar ou receber, para si ou para ou- fração no exercício do cargo ou, quando lhe falte
trem, direta ou indiretamente, ainda que fora da competência, não levar o fato ao conhecimento
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, da autoridade competente:
vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal
vantagem: Pena – detenção, de quinze dias a um mês, ou
multa.
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e
multa.

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Direito Penal – Crimes Contra a Administração Pública – Prof. Joerberth Nunes

Advocacia Administrativa Pena – detenção, de seis meses a dois anos, ou


multa, se o fato não constitui crime mais grave.
Art. 321. Patrocinar, direta ou indiretamente, in-
teresse privado perante a administração pública, § 1º Nas mesmas penas deste artigo incorre
valendo-se da qualidade de funcionário: quem:
Pena – detenção, de um a três meses, ou multa. I – permite ou facilita, mediante atribuição,
fornecimento e empréstimo de senha ou
Parágrafo único. Se o interesse é ilegítimo: qualquer outra forma, o acesso de pessoas
Pena – detenção, de três meses a um ano, além não autorizadas a sistemas de informações
da multa. ou banco de dados da Administração Públi-
ca;
Violência Arbitrária
II – se utiliza, indevidamente, do acesso res-
Art. 322. Praticar violência, no exercício de trito.
função ou a pretexto de exercê-la: § 2º Se da ação ou omissão resulta dano à
Pena – detenção, de seis meses a três anos, além Administração Pública ou a outrem:
da pena correspondente à violência. Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e
Abandono de Função multa.

Art. 323. Abandonar cargo público, fora dos ca- Violação do Sigilo de Proposta de Concorrência
sos permitidos em lei: Art. 326. Devassar o sigilo de proposta de con-
Pena – detenção, de quinze dias a um mês, ou corrência pública, ou proporcionar a terceiro o
multa. ensejo de devassá-lo:

§ 1º Se do fato resulta prejuízo público: Pena – Detenção, de três meses a um ano, e mul-
ta.
Pena – detenção, de três meses a um ano, e mul-
ta. Funcionário Público

§ 2º Se o fato ocorre em lugar compreendido Art. 327. Considera-se funcionário público, para
na faixa de fronteira: os efeitos penais, quem, embora transitoriamen-
te ou sem remuneração, exerce cargo, emprego
Pena – detenção, de um a três anos, e multa. ou função pública.
Exercício Funcional Ilegalmente Antecipado ou § 1º Equipara-se a funcionário público quem
Prolongado exerce cargo, emprego ou função em entida-
de paraestatal, e quem trabalha para empre-
Art. 324. Entrar no exercício de função pública sa prestadora de serviço contratada ou con-
antes de satisfeitas as exigências legais, ou con- veniada para a execução de atividade típica
tinuar a exercê-la, sem autorização, depois de da Administração Pública.
saber oficialmente que foi exonerado, removido,
substituído ou suspenso: § 2º A pena será aumentada da terça parte
quando os autores dos crimes previstos nes-
Pena – detenção, de quinze dias a um mês, ou te Capítulo forem ocupantes de cargos em
multa. comissão ou de função de direção ou asses-
soramento de órgão da administração direta,
Violação de Sigilo Funcional
sociedade de economia mista, empresa pú-
Art. 325. Revelar fato de que tem ciência em ra- blica ou fundação instituída pelo poder pú-
zão do cargo e que deva permanecer em segre- blico.
do, ou facilitar-lhe a revelação:

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CAPÍTULO II tagem, a pretexto de influir em ato praticado por
DOS CRIMES PRATICADOS funcionário público no exercício da função:
POR PARTICULAR CONTRA A Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e
ADMINISTRAÇÃO EM GERAL multa.

Usurpação de Função Pública Parágrafo único. A pena é aumentada da


metade, se o agente alega ou insinua que a
Art. 328. Usurpar o exercício de função pública: vantagem é também destinada ao funcioná-
rio.
Pena – detenção, de três meses a dois anos, e
multa. Corrupção Ativa
Parágrafo único. Se do fato o agente aufere Art. 333. Oferecer ou prometer vantagem inde-
vantagem: vida a funcionário público, para determiná-lo a
praticar, omitir ou retardar ato de ofício:
Pena – reclusão, de dois a cinco anos, e mul-
ta. Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e
multa.
Resistência
Parágrafo único. A pena é aumentada de um
Art. 329. Opor-se à execução de ato legal, me- terço, se, em razão da vantagem ou promes-
diante violência ou ameaça a funcionário compe- sa, o funcionário retarda ou omite ato de ofí-
tente para executá-lo ou a quem lhe esteja pres- cio, ou o pratica infringindo dever funcional.
tando auxílio:
Descaminho
Pena – detenção, de dois meses a dois anos.
Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamen-
§ 1º Se o ato, em razão da resistência, não se to de direito ou imposto devido pela entrada,
executa: pela saída ou pelo consumo de mercadoria.
Pena – reclusão, de um a três anos. Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
§ 2º As penas deste artigo são aplicáveis sem § 1º Incorre na mesma pena quem:
prejuízo das correspondentes à violência.
I – pratica navegação de cabotagem, fora dos
Desobediência casos permitidos em lei;
Art. 330. Desobedecer a ordem legal de funcio- II – pratica fato assimilado, em lei especial, a
nário público: descaminho;
Pena – detenção, de quinze dias a seis meses, e III – vende, expõe à venda, mantém em de-
multa. pósito ou, de qualquer forma, utiliza em pro-
Desacato veito próprio ou alheio, no exercício de ati-
vidade comercial ou industrial, mercadoria
Art. 331. Desacatar funcionário público no exer- de procedência estrangeira que introduziu
cício da função ou em razão dela: clandestinamente no País ou importou frau-
dulentamente ou que sabe ser produto de
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, ou
introdução clandestina no território nacional
multa.
ou de importação fraudulenta por parte de
Tráfico de Influência outrem;
Art. 332. Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si IV – adquire, recebe ou oculta, em proveito
ou para outrem, vantagem ou promessa de van- próprio ou alheio, no exercício de atividade

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comercial ou industrial, mercadoria de pro- § 3º A pena aplica-se em dobro se o crime


cedência estrangeira, desacompanhada de de contrabando é praticado em transporte
documentação legal ou acompanhada de do- aéreo, marítimo ou fluvial.
cumentos que sabe serem falsos.
Impedimento, Perturbação ou Fraude de
§ 2º Equipara-se às atividades comerciais, Concorrência
para os efeitos deste artigo, qualquer forma
de comércio irregular ou clandestino de mer- Art. 335. Impedir, perturbar ou fraudar concor-
cadorias estrangeiras, inclusive o exercido rência pública ou venda em hasta pública, pro-
em residências. movida pela administração federal, estadual ou
municipal, ou por entidade paraestatal; afastar
§ 3º A pena aplica-se em dobro se o crime de ou procurar afastar concorrente ou licitante, por
descaminho é praticado em transporte aé- meio de violência, grave ameaça, fraude ou ofe-
reo, marítimo ou fluvial. recimento de vantagem:
Contrabando Pena – detenção, de seis meses a dois anos, ou
multa, além da pena correspondente à violência.
Art. 334-A. Importar ou exportar mercadoria
proibida: Parágrafo único. Incorre na mesma pena
quem se abstém de concorrer ou licitar, em
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 ( cinco) anos. razão da vantagem oferecida.
§ 1º Incorre na mesma pena quem: Inutilização de Edital ou de Sinal
I – pratica fato assimilado, em lei especial, a Art. 336. Rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar
contrabando; ou conspurcar edital afixado por ordem de fun-
II – importa ou exporta clandestinamente cionário público; violar ou inutilizar selo ou sinal
mercadoria que dependa de registro, análise empregado, por determinação legal ou por or-
ou autorização de órgão público competen- dem de funcionário público, para identificar ou
te; cerrar qualquer objeto:

III – reinsere no território nacional mercado- Pena – detenção, de um mês a um ano, ou multa.
ria brasileira destinada à exportação; Subtração ou Inutilização de Livro ou
IV – vende, expõe à venda, mantém em de- Documento
pósito ou, de qualquer forma, utiliza em pro- Art. 337. Subtrair, ou inutilizar, total ou parcial-
veito próprio ou alheio, no exercício de ati- mente, livro oficial, processo ou documento con-
vidade comercial ou industrial, mercadoria fiado à custódia de funcionário, em razão de ofí-
proibida pela lei brasileira; cio, ou de particular em serviço público:
V – adquire, recebe ou oculta, em proveito Pena – reclusão, de dois a cinco anos, se o fato
próprio ou alheio, no exercício de atividade não constitui crime mais grave.
comercial ou industrial, mercadoria proibida
pela lei brasileira. Sonegação de Contribuição Previdenciária
§ 2º Equipara-se às atividades comerciais, Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição so-
para os efeitos deste artigo, qualquer forma cial previdenciária e qualquer acessório, median-
de comércio irregular ou clandestino de mer- te as seguintes condutas:
cadorias estrangeiras, inclusive o exercido
em residências. I – omitir de folha de pagamento da empre-
sa ou de documento de informações previsto
pela legislação previdenciária segurados em-

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pregado, empresário, trabalhador avulso ou CAPÍTULO II-A
trabalhador autônomo ou a este equiparado DOS CRIMES PRATICADOS
que lhe prestem serviços;
POR PARTICULAR CONTRA A
II – deixar de lançar mensalmente nos títu- ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
los próprios da contabilidade da empresa as ESTRANGEIRA
quantias descontadas dos segurados ou as
devidas pelo empregador ou pelo tomador Corrupção Ativa em Transação Comercial
de serviços; Internacional
III – omitir, total ou parcialmente, receitas Art. 337-B. Prometer, oferecer ou dar, direta ou
ou lucros auferidos, remunerações pagas ou indiretamente, vantagem indevida a funcionário
creditadas e demais fatos geradores de con- público estrangeiro, ou a terceira pessoa, para
tribuições sociais previdenciárias: determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e ofício relacionado à transação comercial interna-
multa. cional:

§ 1º É extinta a punibilidade se o agente, es- Pena – reclusão, de 1 (um) a 8 (oito) anos, e mul-
pontaneamente, declara e confessa as con- ta.
tribuições, importâncias ou valores e presta Parágrafo único. A pena é aumentada de
as informações devidas à previdência social, 1/3 (um terço), se, em razão da vantagem ou
na forma definida em lei ou regulamento, an- promessa, o funcionário público estrangeiro
tes do início da ação fiscal. retarda ou omite o ato de ofício, ou o pratica
§ 2º É facultado ao juiz deixar de aplicar infringindo dever funcional.
a pena ou aplicar somente a de multa se o Tráfico de Influência em Transação Comercial
agente for primário e de bons antecedentes, Internacional
desde que:
Art. 337-C. Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para
I – (VETADO) A si ou para outrem, direta ou indiretamente, van-
tagem ou promessa de vantagem a pretexto de
II – o valor das contribuições devidas, inclu- influir em ato praticado por funcionário público
sive acessórios, seja igual ou inferior àquele estrangeiro no exercício de suas funções, relacio-
estabelecido pela previdência social, admi- nado a transação comercial internacional:
nistrativamente, como sendo o mínimo para
o ajuizamento de suas execuções fiscais. Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e
multa.
§ 3º Se o empregador não é pessoa jurídica
e sua folha de pagamento mensal não ultra- Parágrafo único. A pena é aumentada da
passa R$ 1.510,00 (um mil, quinhentos e dez metade, se o agente alega ou insinua que a
reais), o juiz poderá reduzir a pena de um vantagem é também destinada a funcionário
terço até a metade ou aplicar apenas a de estrangeiro.
multa. Funcionário Público Estrangeiro
§ 4º O valor a que se refere o parágrafo ante- Art. 337-D. Considera-se funcionário público es-
rior será reajustado nas mesmas datas e nos trangeiro, para os efeitos penais, quem, ainda
mesmos índices do reajuste dos benefícios que transitoriamente ou sem remuneração, exer-
da previdência social. ce cargo, emprego ou função pública em entida-
des estatais ou em representações diplomáticas
de país estrangeiro.

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Parágrafo único. Equipara-se a funcionário Pena – detenção, de três meses a dois anos, ou
público estrangeiro quem exerce cargo, em- multa.
prego ou função em empresas controladas,
diretamente ou indiretamente, pelo Poder Falso Testemunho ou Falsa Perícia
Público de país estrangeiro ou em organiza- Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar
ções públicas internacionais. a verdade como testemunha, perito, contador,
tradutor ou intérprete em processo judicial, ou
administrativo, inquérito policial, ou em juízo ar-
bitral:
CAPÍTULO III
DOS CRIMES CONTRA A Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e
multa.
ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA
§ 1º As penas aumentam-se de um sexto a
Reingresso de estrangeiro expulso um terço, se o crime é praticado mediante
Art. 338. Reingressar no território nacional o es- suborno ou se cometido com o fim de obter
trangeiro que dele foi expulso: prova destinada a produzir efeito em pro-
cesso penal, ou em processo civil em que for
Pena – reclusão, de um a quatro anos, sem pre- parte entidade da administração pública di-
juízo de nova expulsão após o cumprimento da reta ou indireta.
pena.
§ 2º O fato deixa de ser punível se, antes da
Denunciação caluniosa sentença no processo em que ocorreu o ilíci-
to, o agente se retrata ou declara a verdade.
Art. 339. Dar causa à instauração de investigação
policial, de processo judicial, instauração de in- Art. 343. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou
vestigação administrativa, inquérito civil ou ação qualquer outra vantagem a testemunha, perito,
de improbidade administrativa contra alguém, contador, tradutor ou intérprete, para fazer afir-
imputando-lhe crime de que o sabe inocente: mação falsa, negar ou calar a verdade em depoi-
mento, perícia, cálculos, tradução ou interpreta-
Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa.
ção:
§ 1º A pena é aumentada de sexta parte, se
Pena – reclusão, de três a quatro anos, e multa.
o agente se serve de anonimato ou de nome
suposto. Parágrafo único. As penas aumentam-se de
um sexto a um terço, se o crime é cometido
§ 2º A pena é diminuída de metade, se a im-
com o fim de obter prova destinada a produ-
putação é de prática de contravenção.
zir efeito em processo penal ou em processo
Comunicação Falsa de Crime ou de civil em que for parte entidade da adminis-
Contravenção tração pública direta ou indireta.
Art. 340. Provocar a ação de autoridade, comu- Coação no Curso do Processo
nicando-lhe a ocorrência de crime ou de contra-
Art. 344. Usar de violência ou grave ameaça, com
venção que sabe não se ter verificado:
o fim de favorecer interesse próprio ou alheio,
Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa. contra autoridade, parte, ou qualquer outra pes-
soa que funciona ou é chamada a intervir em
Autoacusação Falsa processo judicial, policial ou administrativo, ou
Art. 341. Acusar-se, perante a autoridade, de cri- em juízo arbitral:
me inexistente ou praticado por outrem: Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa,
além da pena correspondente à violência.

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Exercício Arbitrário das Próprias Razões Favorecimento Real
Art. 345. Fazer justiça pelas próprias mãos, para Art. 349. Prestar a criminoso, fora dos casos de
satisfazer pretensão, embora legítima, salvo coautoria ou de receptação, auxílio destinado a
quando a lei o permite: tornar seguro o proveito do crime:
Pena – detenção, de quinze dias a um mês, ou Pena – detenção, de um a seis meses, e multa.
multa, além da pena correspondente à violência.
Art. 349-A. Ingressar, promover, intermediar, au-
Parágrafo único. Se não há emprego de vio- xiliar ou facilitar a entrada de aparelho telefônico
lência, somente se procede mediante queixa. de comunicação móvel, de rádio ou similar, sem
autorização legal, em estabelecimento prisional.
Art. 346. Tirar, suprimir, destruir ou danificar coi-
sa própria, que se acha em poder de terceiro por Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
determinação judicial ou convenção:
Exercício Arbitrário ou Abuso de Poder
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, e
multa. Art. 350. Ordenar ou executar medida privativa
de liberdade individual, sem as formalidades le-
Fraude Processual gais ou com abuso de poder:
Art. 347. Inovar artificiosamente, na pendência Pena – detenção, de um mês a um ano.
de processo civil ou administrativo, o estado de
lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir Parágrafo único. Na mesma pena incorre o
a erro o juiz ou o perito: funcionário que:

Pena – detenção, de três meses a dois anos, e I – ilegalmente recebe e recolhe alguém a
multa. prisão, ou a estabelecimento destinado a
execução de pena privativa de liberdade ou
Parágrafo único. Se a inovação se destina a de medida de segurança;
produzir efeito em processo penal, ainda que
não iniciado, as penas aplicam-se em dobro. II – prolonga a execução de pena ou de me-
dida de segurança, deixando de expedir em
Favorecimento Pessoal tempo oportuno ou de executar imediata-
mente a ordem de liberdade;
Art. 348. Auxiliar a subtrair-se à ação de autori-
dade pública autor de crime a que é cominada III – submete pessoa que está sob sua guarda
pena de reclusão: ou custódia a vexame ou a constrangimento
não autorizado em lei;
Pena – detenção, de um a seis meses, e multa.
IV – efetua, com abuso de poder, qualquer
§ 1º Se ao crime não é cominada pena de re- diligência.
clusão:
Fuga de pessoa presa ou submetida a medida de
Pena – detenção, de quinze dias a três meses, e segurança
multa.
Art. 351. Promover ou facilitar a fuga de pessoa
§ 2º Se quem presta o auxílio é ascendente, legalmente presa ou submetida a medida de se-
descendente, cônjuge ou irmão do crimino- gurança detentiva:
so, fica isento de pena.
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
§ 1º Se o crime é praticado a mão armada,
ou por mais de uma pessoa, ou mediante ar-

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rombamento, a pena é de reclusão, de dois a Patrocínio simultâneo ou tergiversação


seis anos.
Parágrafo único. Incorre na pena deste ar-
§ 2º Se há emprego de violência contra pes- tigo o advogado ou procurador judicial que
soa, aplica-se também a pena corresponden- defende na mesma causa, simultânea ou su-
te à violência. cessivamente, partes contrárias.
§ 3º A pena é de reclusão, de um a quatro Sonegação de Papel ou Objeto de Valor
anos, se o crime é praticado por pessoa sob Probatório
cuja custódia ou guarda está o preso ou o in-
ternado. Art. 356. Inutilizar, total ou parcialmente, ou dei-
xar de restituir autos, documento ou objeto de
§ 4º No caso de culpa do funcionário incum- valor probatório, que recebeu na qualidade de
bido da custódia ou guarda, aplica-se a pena advogado ou procurador:
de detenção, de três meses a um ano, ou
multa. Pena – detenção, de seis meses a três anos, e
multa.
Evasão Mediante Violência Contra a Pessoa
Exploração de Prestígio
Art. 352. Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou
o indivíduo submetido a medida de segurança Art. 357. Solicitar ou receber dinheiro ou qual-
detentiva, usando de violência contra a pessoa: quer outra utilidade, a pretexto de influir em juiz,
jurado, órgão do Ministério Público, funcionário
Pena – detenção, de três meses a um ano, além de justiça, perito, tradutor, intérprete ou teste-
da pena correspondente à violência. munha:
Arrebatamento de Preso Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa.
Art. 353. Arrebatar preso, a fim de maltratá-lo, Parágrafo único. As penas aumentam-se de
do poder de quem o tenha sob custódia ou guar- um terço, se o agente alega ou insinua que
da: o dinheiro ou utilidade também se destina a
qualquer das pessoas referidas neste artigo.
Pena – reclusão, de um a quatro anos, além da
pena correspondente à violência. Violência ou Fraude em Arrematação Judicial
Motim de Presos Art. 358. Impedir, perturbar ou fraudar arrema-
tação judicial; afastar ou procurar afastar concor-
Art. 354. Amotinarem-se presos, perturbando a rente ou licitante, por meio de violência, grave
ordem ou disciplina da prisão: ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, além Pena – detenção, de dois meses a um ano, ou
da pena correspondente à violência. multa, além da pena correspondente à violência.
Patrocínio Infiel Desobediência a Decisão Judicial Sobre Perda
Art. 355. Trair, na qualidade de advogado ou pro- ou Suspensão de Direito
curador, o dever profissional, prejudicando inte- Art. 359. Exercer função, atividade, direito, auto-
resse, cujo patrocínio, em juízo, lhe é confiado: ridade ou múnus, de que foi suspenso ou privado
Pena – detenção, de seis meses a três anos, e por decisão judicial:
multa. Pena – detenção, de três meses a dois anos, ou
multa.

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CAPÍTULO IV Prestação de Garantia Graciosa
DOS CRIMES CONTRA AS Art. 359-E. Prestar garantia em operação de cré-
FINANÇAS PÚBLICAS dito sem que tenha sido constituída contra ga-
rantia em valor igual ou superior ao valor da ga-
Contratação de Operação de Crédito rantia prestada, na forma da lei:
Art. 359-A. Ordenar, autorizar ou realizar opera- Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
ção de crédito, interno ou externo, sem prévia
autorização legislativa: Não Cancelamento de Restos a Pagar

Pena – reclusão, de 1 (um) a 2 (dois) anos. Art. 359-F. Deixar de ordenar, de autorizar ou de
promover o cancelamento do montante de res-
Parágrafo único. Incide na mesma pena tos a pagar inscrito em valor superior ao permi-
quem ordena, autoriza ou realiza operação tido em lei:
de crédito, interno ou externo:
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois)
I – com inobservância de limite, condição ou anos.
montante estabelecido em lei ou em resolu-
ção do Senado Federal; Aumento de Despesa Total com Pessoal no
Último Ano do Mandato Ou Legislatura
II – quando o montante da dívida consoli-
dada ultrapassa o limite máximo autorizado Art. 359-G. Ordenar, autorizar ou executar ato
por lei. que acarrete aumento de despesa total com pes-
soal, nos cento e oitenta dias anteriores ao final
Inscrição de Despesas não Empenhadas em do mandato ou da legislatura:
Restos a Pagar
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
Art. 359-B. Ordenar ou autorizar a inscrição em
restos a pagar, de despesa que não tenha sido Oferta Pública ou Colocação de Títulos no
previamente empenhada ou que exceda limite Mercado
estabelecido em lei: Art. 359-H. Ordenar, autorizar ou promover a
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) oferta pública ou a colocação no mercado finan-
anos. ceiro de títulos da dívida pública sem que tenham
sido criados por lei ou sem que estejam registra-
Assunção de Obrigação no Último Ano do dos em sistema centralizado de liquidação e de
Mandato ou Legislatura custódia:
Art. 359-C. Ordenar ou autorizar a assunção de Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
obrigação, nos dois últimos quadrimestres do
último ano do mandato ou legislatura, cuja des-
pesa não possa ser paga no mesmo exercício
financeiro ou, caso reste parcela a ser paga no
exercício seguinte, que não tenha contrapartida
suficiente de disponibilidade de caixa:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
Ordenação de Despesa não Autorizada
Art. 359-D. Ordenar despesa não autorizada por
lei:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.

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MATERIAL COMPLEMENTAR

CRIMES CONTRA A ADMINSTRAÇÃO PÚBLICA

1. Art. 312 , CP : Peculato (IMPORTANTE)


•• Espécies: caput: peculato-apropriação e peculato-desvio
•• Parágrafo 1º : peculato-furto
•• crime material
•• admite tentativa
•• cabe o arrependimento posterior, nos termos do art. 16, CP e após o recebimento da denún-
cia cabe a atenuante genérica do art. 65, III, b, CP.
•• admite a forma culposa : art. 312, parágrafo 2º, CP
•• art. 312, parágrafo 3º, CP : reparação no dano (não aplica-se, neste caso, o art. 16, CP, eis que
temos regra especial, sendo uma forma de extinção da punibilidade, conforme o citado dis-
positivo legal, 1ª parte)
•• apesar de ser um crime próprio, o terceiro que não é funcionário público, responde pelo tipo
penal, consoante art. 30, CP.
2. Art. 313, CP: Peculato mediante erro de outrem (IMPORTANTE)
•• -“peculato-estelionato”
•• - o agente apropria-se de bem de terceiro por erro da vítima
•• - não confundir com art. 171, CP, caso o agente crie o erro em desfavor da referida vítima
3. Art. 313-A, CP : Inserção de dados falsos em sistemas de informações
•• sujeito ativo : somente o funcionário autorizado
4. Art. 314, CP : Extravio, sonegação de livro ou documento oficial (IMPORTANTE)
•• princípio da subsidiariedade expressa
•• art. 3º, I, lei 8137/90 : princípio da especialidade
5. Art. 316 : concussão (IMPORTANTE)
•• núcleo do tipo : “exigir”
•• crime formal
•• qualquer vantagem, não necessariamente patrimonial
•• cabe arrependimento posterior (art. 16, CP)
•• em tese, admite-se a tentativa.
•• art. 3º, II, lei 8137/90 : princípio da especialidade
6. Art. 317, CP : corrupção passiva (IMPORTANTE)
•• núcleo do tipo : “solicitar” ou “receber” ou “aceitar promessa”
•• crime formal
•• crime próprio
•• objeto material : vantagem indevida
•• exceção à teoria monista da ação : art. 29, CP (art. 333, CP)
•• parágrafo 2º : corrupção passiva privilegiada
•• não confundir com art. 333, CP

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•• art. 3º, II, lei 8137/90 : princípio da especialidade
7. Art. 318, CP : facilitação de contrabando ou descaminho (IMPORTANTE)
•• exceção à teoria monista : art. 29, CP (art. 334, CP e art. 334-A, CP)
•• sujeito ativo : somente o funcionário público que agir com infração do dever funcional
•• crime próprio
8. Art. 319, CP : prevaricação (IMPORTANTE)
•• dolo de fazer ou deixar de fazer alguma coisa com o objetivo de satisfazer sentimento ou in-
teresse pessoal
•• consuma-se com a omissão
•• crime próprio
•• nas condutas omisssivas, não se admite a tentativa, enquanto nas condutas comissivas, é per-
feitamente possível.
•• não confundir com os crimes dos arts. 317, parágrafo 2º, CP e art. 320, CP
9. Art. 320, CP : Condescendência Criminosa (IMPORTANTE)
•• crime próprio
•• não confundir com prevaricação, art. 319, CP
•• elemento subjetivo do tipo : por indulgência
10. Art. 321, CP : Advocacia Administrativa (IMPORTANTE)
•• crime próprio
•• núcleo do tipo : “patrocinar” : favorecer, advogar interesse perante a administração pública
•• art. 3º, III, lei 8137/90 : princípio da especialidade
11. Art. 327, CP : conceito legal de funcionário público (IMPORTANTE)
•• conceito mais amplo do que o conceito de funcionário público no Direito Administrativo
•• crimes funcionais próprios : a ausência da qualidade de funcionário público torna o fato atípi-
co : art. 319, CP; art. 320, CP
•• crimes funcionais impróprios : a ausência da qualidade de funcionário público não torna o
fato atípico : art. Art. 312, CP, o qual pode ser art. 168, CP,uma vez não sendo o autor funcio-
nário público
12. Art. 328, CP: Usurpação de Função Pública
•• núcleo do tipo : apoderar-se
•• os crimes do capítulo II são de particulares contra a Administração Pública
•• parágrafo único : forma qualificada
13. Art. 329, CP : Resistência (IMPORTANTE)
•• deve ser mediante grave ameaça ou violência
•• crime formal
•• sujeito passivo : Estado, funcionário público que executa o ato ou o terceiro que o auxilia
•• resistência passiva : art. 330, CP

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Direito Penal – Crimes Contra a Administração Pública – Prof. Joerberth Nunes

•• parágrafo 2º, CP : concurso de crimes com o crime de lesões leves, graves ou gravíssimas ou
homicídio; a simples ameaça, se este for o meio executório restará absorvida.
14. Art. 330, CP : Desobediência
•• ordem legal;
•• pode ser omissivo ou comissivo
15. Art. 331, CP : Desacato (IMPORTANTE)
•• é desacatar funcionário público em razão de sua função, ainda que fora dela, porém devido à
função
•• pode ser por meio de qualquer ato;
•• deve ser na presença do funcionário público, sob pena de ser outro crime, nos termos do art.
138, 139, 140, c/c art. 141, II, CP
16. Art. 332, CP : Tráfico de Influência (IMPORTANTE)
•• crime formal
•• objeto material : qualquer vantagem ou promessa de vantagem
•• diferenciar do art. 357, CP
17. Art. 333, CP : Corrupção ativa (IMPORTANTE)
•• núcleo do tipo : “oferecer” ou “prometer”
•• crime formal
•• não confundir com o crime do art. 317, CP
18. Art. 334, CP : Descaminho
•• descaminho : iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido na en-
trada ou saída de mercadoria permitida
•• princípio da insignificância
19. Art. 334-A, CP : Contrabando
•• contrabando : ingressou exportação no país de mercadoria ilegal
20. Art. 337-A : sonegação de contribuição previdenciária (IMPORTANTE)
•• suprimir : eliminar; reduzir : diminuir
•• parágrafo 2º : perdão judicial
21. Art. 339, CP : Denunciação Caluniosa
•• atribuir a alguém (determinado) a prática de um crime. No que à contravenção, vide art. 339,
parágrafo 2º, CP

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•• imputação de fato preciso e determinado
22. Art. 340, CP :Falsa Comunicação de Crime ou Contravenção
•• o agente comunica falsamente a prática de crime ou contravenção, sem, no entanto, atribuir
a terceiro determinado
23. Art. 341, CP : Auto-Acusação Falsa
•• núcleo do tipo : atribuir a si a autoria de crime inexistente ou praticado por terceiro
•• pode haver concurso de crimes com o art. 339, CP
24. Art. 342, CP : Falso Testemunho ou Falsa Perícia
•• núcleo do tipo : “fazer afirmação falsa”, “negar” ou “calar a verdade” (reticência)
•• crime de mão própria
•• ver parágrafo 1º e parágrafo 2º (retratação, como forma de extinção da punibilidade, art. 107,
CP)
•• não confundir com o crime do art. 138, CP
25. Art. 343, CP : Suborno
•• se for contra perito, contador, tradutor ou intérprete oficial, haverá o crime do art. 333, CP, eis
que se trata de funcionários públicos
•• objeto material : dinheiro ou qualquer vantagem
26. Art. 344, CP : Coação no curso do Processo
•• meios de execução : violência ou grave ameaça
27. Art. 348, CP : Favorecimento Pessoal
•• ver parágrafos
28. Art. 349, CP : Favorecimento Real
•• não confundir com art. 180, CP
29. Art. 350, CP : Exercício Arbitrário ou Abuso de Poder :
•• diferenciar do crime de Abuso de Autoridade da lei 4898/65
30. Art. 359-A a H : Crimes contra as Finanças Públicas
•• leitura atenta (IMPORTANTE)

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Direito Processual Penal

Professor Joerberth Nunes

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SUJEITOS PROCESSUAIS

TÍTULO VIII Art. 253. Nos juízos coletivos, não poderão


servir no mesmo processo os juízes que forem
Do Juiz, Do Ministério Público, Do entre si parentes, consangüíneos ou afins, em
linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclu-
Acusado E Defensor, Dos Assistentes
sive.
E Auxiliares Da Justiça
Art. 254. O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não
o fizer, poderá ser recusado por qualquer das
partes:
CAPÍTULO I I – se for amigo íntimo ou inimigo capital de
DO JUIZ qualquer deles;
Art. 251. Ao juiz incumbirá prover à regularida- II – se ele, seu cônjuge, ascendente ou des-
de do processo e manter a ordem no curso dos cendente, estiver respondendo a processo
respectivos atos, podendo, para tal fim, requisi- por fato análogo, sobre cujo caráter crimi-
tar a força pública. noso haja controvérsia;
Art. 252. O juiz não poderá exercer jurisdição no III – se ele, seu cônjuge, ou parente, con-
processo em que: sangüíneo, ou afim, até o terceiro grau, in-
clusive, sustentar demanda ou responder a
I – tiver funcionado seu cônjuge ou paren-
processo que tenha de ser julgado por qual-
te, consangüíneo ou afim, em linha reta ou
quer das partes;
colateral até o terceiro grau, inclusive, como
defensor ou advogado, órgão do Ministério IV – se tiver aconselhado qualquer das par-
Público, autoridade policial, auxiliar da jus- tes;
tiça ou perito;
V – se for credor ou devedor, tutor ou cura-
II – ele próprio houver desempenhado qual- dor, de qualquer das partes;
quer dessas funções ou servido como teste-
munha; Vl – se for sócio, acionista ou administrador
de sociedade interessada no processo.
III – tiver funcionado como juiz de outra ins-
tância, pronunciando-se, de fato ou de di- Art. 255. O impedimento ou suspeição decor-
reito, sobre a questão; rente de parentesco por afinidade cessará pela
dissolução do casamento que Ihe tiver dado
IV – ele próprio ou seu cônjuge ou paren- causa, salvo sobrevindo descendentes; mas,
te, consangüíneo ou afim em linha reta ou ainda que dissolvido o casamento sem descen-
colateral até o terceiro grau, inclusive, for dentes, não funcionará como juiz o sogro, o pa-
parte ou diretamente interessado no feito. drasto, o cunhado, o genro ou enteado de quem
for parte no processo.

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Art. 256. A suspeição não poderá ser decla- Art. 261. Nenhum acusado, ainda que ausente
rada nem reconhecida, quando a parte inju- ou foragido, será processado ou julgado sem de-
riar o juiz ou de propósito der motivo para fensor.
criá-la.
Parágrafo único. A defesa técnica, quando
realizada por defensor público ou dativo,
CAPÍTULO II será sempre exercida através de manifesta-
ção fundamentada. 
DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Art. 262. Ao acusado menor dar-se-á curador.
Art. 257. Ao Ministério Público cabe: 
Art. 263. Se o acusado não o tiver, ser-lhe-á no-
I - promover, privativamente, a ação penal meado defensor pelo juiz, ressalvado o seu di-
pública, na forma estabelecida neste Códi- reito de, a todo tempo, nomear outro de sua
go; e confiança, ou a si mesmo defender-se, caso te-
II - fiscalizar a execução da lei.  nha habilitação.

Art. 258. Os órgãos do Ministério Público não Parágrafo único. O acusado, que não for po-
funcionarão nos processos em que o juiz ou bre, será obrigado a pagar os honorários do
qualquer das partes for seu cônjuge, ou paren- defensor dativo, arbitrados pelo juiz.
te, consangüíneo ou afim, em linha reta ou co- Art. 264. Salvo motivo relevante, os advogados
lateral, até o terceiro grau, inclusive, e a eles se e solicitadores serão obrigados, sob pena de
estendem, no que Ihes for aplicável, as prescri- multa de cem a quinhentos mil-réis, a prestar
ções relativas à suspeição e aos impedimentos seu patrocínio aos acusados, quando nomeados
dos juízes. pelo Juiz.
Art. 265. O defensor não poderá abandonar o
processo senão por motivo imperioso, comuni-
CAPÍTULO III cado previamente o juiz, sob pena de multa de
DO ACUSADO E SEU DEFENSOR 10 (dez) a 100 (cem) salários mínimos, sem pre-
juízo das demais sanções cabíveis. 
Art. 259. A impossibilidade de identificação do
acusado com o seu verdadeiro nome ou outros § 1º A audiência poderá ser adiada se, por
qualificativos não retardará a ação penal, quan- motivo justificado, o defensor não puder
do certa a identidade física. A qualquer tempo, comparecer. 
no curso do processo, do julgamento ou da exe- § 2º Incumbe ao defensor provar o impedi-
cução da sentença, se for descoberta a sua qua- mento até a abertura da audiência. Não o
lificação, far-se-á a retificação, por termo, nos fazendo, o juiz não determinará o adiamen-
autos, sem prejuízo da validade dos atos prece- to de ato algum do processo, devendo no-
dentes. mear defensor substituto, ainda que provi-
Art. 260. Se o acusado não atender à intimação soriamente ou só para o efeito do ato.
para o interrogatório, reconhecimento ou qual- Art. 266. A constituição de defensor independe-
quer outro ato que, sem ele, não possa ser reali- rá de instrumento de mandato, se o acusado o
zado, a autoridade poderá mandar conduzi-lo à indicar por ocasião do interrogatório.
sua presença.
Art. 267. Nos termos do art. 252, não funciona-
Parágrafo único. O mandado conterá, além rão como defensores os parentes do juiz.
da ordem de condução, os requisitos men-
cionados no art. 352, no que Ihe for aplicá-
vel.

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Direito Processual Penal – Sujeitos Processuais – Prof. Joerberth Nunes

CAPÍTULO IV
DOS ASSISTENTES
Art. 268. Em todos os termos da ação pública,
poderá intervir, como assistente do Ministério
Público, o ofendido ou seu representante legal,
ou, na falta, qualquer das pessoas mencionadas
no Art. 31.
Art. 269. O assistente será admitido enquanto
não passar em julgado a sentença e receberá a
causa no estado em que se achar.
Art. 270. O co-réu no mesmo processo não po-
derá intervir como assistente do Ministério Pú-
blico.
Art. 271. Ao assistente será permitido propor
meios de prova, requerer perguntas às testemu-
nhas, aditar o libelo e os articulados, participar
do debate oral e arrazoar os recursos interpos-
tos pelo Ministério Público, ou por ele próprio,
nos casos dos arts. 584, § 1º, e 598.
§ 1º O juiz, ouvido o Ministério Público, de-
cidirá acerca da realização das provas pro-
postas pelo assistente.
§ 2º O processo prosseguirá independen-
temente de nova intimação do assistente,
quando este, intimado, deixar de compare-
cer a qualquer dos atos da instrução ou do
julgamento, sem motivo de força maior de-
vidamente comprovado.
Art. 272. O Ministério Público será ouvido pre-
viamente sobre a admissão do assistente.
Art. 273. Do despacho que admitir, ou não, o
assistente, não caberá recurso, devendo, entre-
tanto, constar dos autos o pedido e a decisão.

CAPÍTULO V
DOS FUNCIONÁRIOS DA JUSTIÇA
Art. 274. As prescrições sobre suspeição dos ju-
ízes estendem-se aos serventuários e funcioná-
rios da justiça, no que Ihes for aplicável.

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Material Complementar
1. PRINCÍPIO DO IMPULSO OFICIAL: ART. 251, CPP;
2. DAS CAUSAS DE IMPEDIMENTO DOS JUÍZES: ART. 252, CPP
2.1. relação entre o juiz e o objeto da causa
3. DAS CAUSAS DE SUSPEIÇÃO: ART. 254, CPP
3.1. relação entre o juiz e a matéria em debate
3.2. parentesco consanguíneo e por afinidade: arts. 1591, 1592, 1595, CPC
4.. JUÍZOS COLETIVOS. ART. 253, CPP
5. CAUSAS DE MANUTENÇÃO OU CESSAÇÃO DO IMPEDIMENTO OU SUSPEIÇÃO: ART. 255,
CPP
6. ANIMOSIDADE POR MÁ-FÉ DA PARTE: ART. 256, CPP
7. FUNÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO: ART. 257, CPP E ART. 129, CF
8. CAUSAS DE IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO: ART. 257, CPP
9. ACUSADO E SEU DEFENSOR: ART. 259 A 267, CPP
10. INDISPONIBILIDADE DO DIREITO DE DEFESA: ART. 261, CPP
11. PRINCÍPIO DA NÃO AUTOINCRIMINAÇÃO: ART. 260, CPP
12. ASSISTENTE DA ACUSAÇÃO: ART. 268 A 273, CPP
13. ASSISTÊNCIA DO CORRÉU: ART. 270,CPP
14. ATRIBUIÇÕES DO ASSISTENTE: ART. 271, CPP
15. DA OITIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO E A ADMISSÃO DO ASSISTENTE: ART. 272, CPP
16. DA DECISÃO DO JUIZ NA HABILITAÇÃO DO ASSISTENTE
17. DOS FUNCIONÁRIOS DA JUSTIÇA: ART. 274, CPP: DA DESNECESSIDADE DO ARTIGO, EIS QUE,
SEGUNDO A DOUTRINA, ESTES FUNCIONÁRIOS ATOS DECISÓRIOS.

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Direito Penal

Código Penal Código de Processo Penal

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Direito Processual Penal

CITAÇÃO E INTIMAÇÃO

TÍTULO X III – o fim para que é feita a citação, com to-


das as especificações;
Das Citações e Intimações IV – o juízo do lugar, o dia e a hora em que o
réu deverá comparecer.

CAPÍTULO I Art. 355. A precatória será devolvida ao juiz de-


precante, independentemente de traslado, de-
DAS CITAÇÕES pois de lançado o "cumpra-se" e de feita a cita-
Art. 351. A citação inicial far-se-á por mandado, ção por mandado do juiz deprecado.
quando o réu estiver no território sujeito à juris- § 1º Verificado que o réu se encontra em
dição do juiz que a houver ordenado. território sujeito à jurisdição de outro juiz,
Art. 352. O mandado de citação indicará: a este remeterá o juiz deprecado os autos
para efetivação da diligência, desde que
I – o nome do juiz; haja tempo para fazer-se a citação.
II – o nome do querelante nas ações inicia- § 2º Certificado pelo oficial de justiça que o
das por queixa; réu se oculta para não ser citado, a preca-
tória será imediatamente devolvida, para o
III – o nome do réu, ou, se for desconheci-
fim previsto no art. 362.
do, os seus sinais característicos;
Art. 356. Se houver urgência, a precatória, que
IV – a residência do réu, se for conhecida;
conterá em resumo os requisitos enumerados
V – o fim para que é feita a citação; no art. 354, poderá ser expedida por via tele-
gráfica, depois de reconhecida a firma do juiz, o
VI – o juízo e o lugar, o dia e a hora em que o que a estação expedidora mencionará.
réu deverá comparecer;
Art. 357. São requisitos da citação por manda-
VII – a subscrição do escrivão e a rubrica do do:
juiz.
I – leitura do mandado ao citando pelo ofi-
Art. 353. Quando o réu estiver fora do territó- cial e entrega da contrafé, na qual se men-
rio da jurisdição do juiz processante, será citado cionarão dia e hora da citação;
mediante precatória.
II – declaração do oficial, na certidão, da en-
Art. 354. A precatória indicará: trega da contrafé, e sua aceitação ou recu-
I – o juiz deprecado e o juiz deprecante; sa.

II – a sede da jurisdição de um e de outro; Art. 358. A citação do militar far-se-á por inter-
médio do chefe do respectivo serviço.

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Art. 359. O dia designado para funcionário pú- III – o fim para que é feita a citação;
blico comparecer em juízo, como acusado, será
notificado assim a ele como ao chefe de sua re- IV – o juízo e o dia, a hora e o lugar em que
partição. o réu deverá comparecer;

Art. 360. Se o réu estiver preso, será pessoal- V – o prazo, que será contado do dia da pu-
mente citado. blicação do edital na imprensa, se houver,
ou da sua afixação.
Art. 361. Se o réu não for encontrado, será cita-
do por edital, com o prazo de 15 (quinze) dias. Parágrafo único. O edital será afixado à por-
ta do edifício onde funcionar o juízo e será
Art. 362. Verificando que o réu se oculta para publicado pela imprensa, onde houver, de-
não ser citado, o oficial de justiça certificará a vendo a afixação ser certificada pelo oficial
ocorrência e procederá à citação com hora cer- que a tiver feito e a publicação provada por
ta, na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da exemplar do jornal ou certidão do escrivão,
Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código da qual conste a página do jornal com a
de Processo Civil. data da publicação.
Parágrafo único. Completada a citação com Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não
hora certa, se o acusado não comparecer, comparecer, nem constituir advogado, ficarão
ser-lhe-á nomeado defensor dativo. suspensos o processo e o curso do prazo pres-
cricional, podendo o juiz determinar a produção
Art. 363. O processo terá completada a sua for- antecipada das provas consideradas urgentes
mação quando realizada a citação do acusado. e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos
I – (revogado); termos do disposto no art. 312.

II – (revogado). § 1º (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).

§ 1º Não sendo encontrado o acusado, será § 2º (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
procedida a citação por edital. Art. 367. O processo seguirá sem a presença do
§ 2º (VETADO) acusado que, citado ou intimado pessoalmente
para qualquer ato, deixar de comparecer sem
§ 3º (VETADO) motivo justificado, ou, no caso de mudança de
§ 4º Comparecendo o acusado citado por residência, não comunicar o novo endereço ao
edital, em qualquer tempo, o processo ob- juízo.
servará o disposto nos arts. 394 e seguintes Art. 368. Estando o acusado no estrangeiro, em
deste Código. lugar sabido, será citado mediante carta rogató-
Art. 364. No caso do artigo anterior, no I, o pra- ria, suspendendo-se o curso do prazo de pres-
zo será fixado pelo juiz entre 15 (quinze) e 90 crição até o seu cumprimento.
(noventa) dias, de acordo com as circunstâncias, Art. 369. As citações que houverem de ser feitas
e, no caso de no II, o prazo será de trinta dias. em legações estrangeiras serão efetuadas me-
Art. 365. O edital de citação indicará: diante carta rogatória. (Redação dada pela Lei
nº 9.271, de 17.4.1996)
I – o nome do juiz que a determinar;
II – o nome do réu, ou, se não for conheci-
do, os seus sinais característicos, bem como
sua residência e profissão, se constarem do
processo;

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Direito Processual Penal – Citação e Intimação – Prof. Joerberth Nunes

CAPÍTULO II
DAS INTIMAÇÕES
Art. 370. Nas intimações dos acusados, das tes-
temunhas e demais pessoas que devam tomar
conhecimento de qualquer ato, será observado,
no que for aplicável, o disposto no Capítulo an-
terior.
§ 1º A intimação do defensor constituído,
do advogado do querelante e do assistente
far-se-á por publicação no órgão incumbido
da publicidade dos atos judiciais da comar-
ca, incluindo, sob pena de nulidade, o nome
do acusado.
§ 2º Caso não haja órgão de publicação dos
atos judiciais na comarca, a intimação far-
-se-á diretamente pelo escrivão, por man-
dado, ou via postal com comprovante de
recebimento, ou por qualquer outro meio
idôneo.
§ 3º A intimação pessoal, feita pelo escri-
vão, dispensará a aplicação a que alude o §
1º.
§ 4º A intimação do Ministério Público e do
defensor nomeado será pessoal.
Art. 371. Será admissível a intimação por despa-
cho na petição em que for requerida, observado
o disposto no art. 357.
Art. 372. Adiada, por qualquer motivo, a instru-
ção criminal, o juiz marcará desde logo, na pre-
sença das partes e testemunhas, dia e hora para
seu prosseguimento, do que se lavrará termo
nos autos.

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MATERIAL COMPLEMENTAR

1. Diferença entre citação, intimação e notificação;


2. Citação: art. 351 a 369, CPP;
3. Citação inicial: (regra): art. 351, CPP
4. Requisitos intrínsecos da citação pessoal por mandado:art. 352, CPP
5. Requisitos extrínsecos da citação pessoal por mandado: art. 357, CPP
6. Citação por carta precatória:art. 353, CPP
7. Requisitos da carta precatória de citação: art. 353, CPP;
8. Cumprimento da carta precatória: art. 355 e parágrafos, CPP
9. Citação do militar: art. 358, CPP
10. Citação de réu preso: art. 360, CPP
11. Citação por edital: art. 361, 365, 366, CPP
12. Citação por hora certa: art. 362, CPP
13. Citação por carta rogatória: art. 369, CPP
14. Notificação de funcionário público e ao chefe da repartição: art. 0359, CPP
15. Intimação: arts. 370 a 372, CPP

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Direito Processual Penal


Direito Penal

Código Penal Código de Processo Penal

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Direito Processual Penal

PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO

CODIGO DE PROCESSO PENAL § 2º Aplica-se a todos os processos o pro-


cedimento comum, salvo disposições em
contrário deste Código ou de lei especial.
(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
LIVRO II
§ 3º Nos processos de competência do Tri-
DOS PROCESSOS EM ESPÉCIE bunal do Júri, o procedimento observará
as disposições estabelecidas nos arts. 406
a 497 deste Código. (Incluído pela Lei nº
TÍTULO I 11.719, de 2008).

Do Processo Comum § 4º As disposições dos arts. 395 a 398 des-


te Código aplicam-se a todos os procedi-
mentos penais de primeiro grau, ainda que
CAPÍTULO I não regulados neste Código. (Incluído pela
Lei nº 11.719, de 2008).
DA INSTRUÇÃO CRIMINAL
§ 5º Aplicam-se subsidiariamente aos pro-
Art. 394. O procedimento será comum ou espe- cedimentos especial, sumário e sumaríssi-
cial. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). mo as disposições do procedimento ordiná-
§ 1º O procedimento comum será ordinário, rio. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
sumário ou sumaríssimo: (Incluído pela Lei Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada
nº 11.719, de 2008). quando: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de
I – ordinário, quando tiver por objeto crime 2008).
cuja sanção máxima cominada for igual ou I – for manifestamente inepta; (Incluído
superior a 4 (quatro) anos de pena privativa pela Lei nº 11.719, de 2008).
de liberdade; (Incluído pela Lei nº 11.719,
de 2008). II – faltar pressuposto processual ou condi-
ção para o exercício da ação penal; ou (In-
II – sumário, quando tiver por objeto crime cluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
cuja sanção máxima cominada seja inferior
a 4 (quatro) anos de pena privativa de liber- III – faltar justa causa para o exercício da
dade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). ação penal. (Incluído pela Lei nº 11.719, de
2008).
III – sumaríssimo, para as infrações penais
de menor potencial ofensivo, na forma da Parágrafo único. (Revogado). (Incluído pela
lei. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). Lei nº 11.719, de 2008).

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Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumá- IV – extinta a punibilidade do agente. (Inclu-
rio, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se ído pela Lei nº 11.719, de 2008).
não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e or-
denará a citação do acusado para responder à Art. 398. (Revogado pela Lei nº 11.719, de
acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. 2008).
(Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). Art. 399. Recebida a denúncia ou queixa, o juiz
Parágrafo único. No caso de citação por edi- designará dia e hora para a audiência, ordenan-
tal, o prazo para a defesa começará a fluir a do a intimação do acusado, de seu defensor, do
partir do comparecimento pessoal do acu- Ministério Público e, se for o caso, do querelan-
sado ou do defensor constituído. (Redação te e do assistente. (Redação dada pela Lei nº
dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 11.719, de 2008).

Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá ar- § 1º O acusado preso será requisitado para
güir preliminares e alegar tudo o que interesse comparecer ao interrogatório, devendo o
à sua defesa, oferecer documentos e justifica- poder público providenciar sua apresenta-
ções, especificar as provas pretendidas e arrolar ção. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
testemunhas, qualificando-as e requerendo sua § 2º O juiz que presidiu a instrução deve-
intimação, quando necessário. (Incluído pela Lei rá proferir a sentença. (Incluído pela Lei nº
nº 11.719, de 2008). 11.719, de 2008).
§ 1º A exceção será processada em aparta- Art. 400. Na audiência de instrução e julgamen-
do, nos termos dos arts. 95 a 112 deste Có- to, a ser realizada no prazo máximo de 60 (ses-
digo. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). senta) dias, proceder-se-á à tomada de declara-
§ 2º Não apresentada a resposta no prazo ções do ofendido, à inquirição das testemunhas
legal, ou se o acusado, citado, não constituir arroladas pela acusação e pela defesa, nesta
defensor, o juiz nomeará defensor para ofe- ordem, ressalvado o disposto no art. 222 des-
recê-la, concedendo-lhe vista dos autos por te Código, bem como aos esclarecimentos dos
10 (dez) dias. (Incluído pela Lei nº 11.719, peritos, às acareações e ao reconhecimento de
de 2008). pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida,
o acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de
Art. 397. Após o cumprimento do disposto no 2008).
art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz de-
verá absolver sumariamente o acusado quando § 1º As provas serão produzidas numa só
verificar: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de audiência, podendo o juiz indeferir as con-
2008). sideradas irrelevantes, impertinentes ou
protelatórias. (Incluído pela Lei nº 11.719,
I – a existência manifesta de causa exclu- de 2008).
dente da ilicitude do fato; (Incluído pela Lei
nº 11.719, de 2008). § 2º Os esclarecimentos dos peritos depen-
derão de prévio requerimento das partes.
II – a existência manifesta de causa ex- (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
cludente da culpabilidade do agente, sal-
vo inimputabilidade; (Incluído pela Lei nº Art. 401. Na instrução poderão ser inquiridas
11.719, de 2008). até 8 (oito) testemunhas arroladas pela acusa-
ção e 8 (oito) pela defesa. (Redação dada pela
III – que o fato narrado evidentemente não Lei nº 11.719, de 2008).
constitui crime; ou (Incluído pela Lei nº
11.719, de 2008). § 1º Nesse número não se compreendem as
que não prestem compromisso e as referi-
das. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).

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Direito Processual Penal – Procedimento Comum Ordinário – Prof. Joeberth Nunes

§ 2º A parte poderá desistir da inquirição de prazo de 10 (dez) dias, o juiz proferirá a sen-
qualquer das testemunhas arroladas, res- tença.(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
salvado o disposto no art. 209 deste Código.
(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). Art. 405. Do ocorrido em audiência será lavra-
do termo em livro próprio, assinado pelo juiz e
Art. 402. Produzidas as provas, ao final da au- pelas partes, contendo breve resumo dos fatos
diência, o Ministério Público, o querelante e o relevantes nela ocorridos. (Redação dada pela
assistente e, a seguir, o acusado poderão reque- Lei nº 11.719, de 2008).
rer diligências cuja necessidade se origine de
circunstâncias ou fatos apurados na instrução. § 1º Sempre que possível, o registro dos de-
(Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). poimentos do investigado, indiciado, ofen-
dido e testemunhas será feito pelos meios
Art. 403. Não havendo requerimento de dili- ou recursos de gravação magnética, este-
gências, ou sendo indeferido, serão oferecidas notipia, digital ou técnica similar, inclusive
alegações finais orais por 20 (vinte) minutos, audiovisual, destinada a obter maior fideli-
respectivamente, pela acusação e pela defesa, dade das informações. (Incluído pela Lei nº
prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o 11.719, de 2008).
juiz, a seguir, sentença. (Redação dada pela Lei
nº 11.719, de 2008). § 2º No caso de registro por meio audiovisu-
al, será encaminhado às partes cópia do re-
§ 1º Havendo mais de um acusado, o tem- gistro original, sem necessidade de transcri-
po previsto para a defesa de cada um será ção. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
individual. (Incluído pela Lei nº 11.719, de
2008).
§ 2º Ao assistente do Ministério Público,
após a manifestação desse, serão concedi-
dos 10 (dez) minutos, prorrogando-se por
igual período o tempo de manifestação
da defesa. (Incluído pela Lei nº 11.719, de
2008).
§ 3º O juiz poderá, considerada a comple-
xidade do caso ou o número de acusados,
conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias
sucessivamente para a apresentação de
memoriais. Nesse caso, terá o prazo de 10
(dez) dias para proferir a sentença. (Incluído
pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 404. Ordenado diligência considerada im-
prescindível, de ofício ou a requerimento da
parte, a audiência será concluída sem as alega-
ções finais. (Redação dada pela Lei nº 11.719,
de 2008).
Parágrafo único. Realizada, em seguida, a
diligência determinada, as partes apresen-
tarão, no prazo sucessivo de 5 (cinco) dias,
suas alegações finais, por memorial, e, no

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Direito Processual Penal

PROCEDIMENTO COMUM SUMÁRIO

CAPÍTULO V § 2º Ao assistente do Ministério Público,


DO PROCESSO SUMÁRIO após a manifestação deste, serão concedi-
dos 10 (dez) minutos, prorrogando-se por
Art. 531. Na audiência de instrução e julgamen- igual período o tempo de manifestação da
to, a ser realizada no prazo máximo de 30 (trin- defesa
ta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações Art. 535. Nenhum ato será adiado, salvo quan-
do ofendido, se possível, à inquirição das teste- do imprescindível a prova faltante, determinan-
munhas arroladas pela acusação e pela defesa, do o juiz a condução coercitiva de quem deva
nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 comparecer.
deste Código, bem como aos esclarecimentos
dos peritos, às acareações e ao reconhecimento § 1º Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008.
de pessoas e coisas, interrogando-se, em segui-
da, o acusado e procedendo-se, finalmente, ao § 2º Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008.
debate. Art. 536. A testemunha que comparecer será
Art. 532. Na instrução, poderão ser inquiridas inquirida, independentemente da suspensão
até 5 (cinco) testemunhas arroladas pela acusa- da audiência, observada em qualquer caso a or-
ção e 5 (cinco) pela defesa. dem estabelecida no art. 531 deste Código.

Art. 533. Aplica-se ao procedimento sumário o Art. 537. Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008
disposto nos parágrafos do art. 400 deste Códi- Art. 538. Nas infrações penais de menor poten-
go. cial ofensivo, quando o juizado especial criminal
§ 1º Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008. encaminhar ao juízo comum as peças existentes
para a adoção de outro procedimento, obser-
§ 2º Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008. var-se-á o procedimento sumário previsto neste
Capítulo.
§ 3º Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008.
§ 1º Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008.
§ 4º Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008.
§ 2º Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008.
Art. 534. As alegações finais serão orais, conce-
dendo-se a palavra, respectivamente, à acusa- § 3º Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008.
ção e à defesa, pelo prazo de 20 (vinte) minu-
tos, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o § 4º Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008.
juiz, a seguir, sentença. Art. 539. Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008.
§ 1º Havendo mais de um acusado, o tem- Art. 540. Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008.
po previsto para a defesa de cada um será
individual.

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MATERIAL COMPLEMENTAR

1. CONCEITO: É uma espécie de procedimento comum estabelecido no art. 531 ao art. 540 do
CPP

2. OBSERVAÇÃO: A principal diferença em relação ao rito comum ordinário é que o procedi-


mento sumário é para os crimes com pena máxima inferior a 4 ( quatro) anos, bem como
o número de testemunhas a serem arrolados pelas partes e o prazo para a audiência de
instrução e julgamento.

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Direito Processual Penal

PROCEDIMENTO ESPECIAL DO TRIBUNAL DO JÚRI

CONSTITUIÇÃO FEDERAL CÓDIGO DE PROCESSO PENAL


Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza, garantindo-
-se aos brasileiros e aos estrangeiros resi- CAPÍTULO II
dentes no País a inviolabilidade do direito à
DO PROCEDIMENTO RELATIVO AOS
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e
à propriedade, nos termos seguintes: PROCESSOS DA COMPETÊNCIA DO
.... TRIBUNAL DO JÚRI
XXXVIII – é reconhecida a instituição do júri, Seção I
com a organização que lhe der a lei, assegu-
rados:
DA ACUSAÇÃO E DA INSTRUÇÃO
PRELIMINAR
a) a plenitude de defesa;
Art. 406. O juiz, ao receber a denúncia ou a
b) o sigilo das votações; queixa, ordenará a citação do acusado para res-
c) a soberania dos veredictos; ponder a acusação, por escrito, no prazo de 10
(dez) dias.
d) a competência para o julgamento dos cri-
mes dolosos contra a vida; § 1º O prazo previsto no caput deste artigo
será contado a partir do efetivo cumprimen-
to do mandado ou do comparecimento, em
juízo, do acusado ou de defensor constituí-
do, no caso de citação inválida ou por edital.
§ 2º A acusação deverá arrolar testemu-
nhas, até o máximo de 8 (oito), na denúncia
ou na queixa.
§ 3º Na resposta, o acusado poderá argüir
preliminares e alegar tudo que interesse a
sua defesa, oferecer documentos e justifi-
cações, especificar as provas pretendidas
e arrolar testemunhas, até o máximo de 8
(oito), qualificando-as e requerendo sua in-
timação, quando necessário.

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Art. 407. As exceções serão processadas em igual período o tempo de manifestação da
apartado, nos termos dos arts. 95 a 112 deste defesa.
Código.
§ 7º Nenhum ato será adiado, salvo quan-
Art. 408. Não apresentada a resposta no prazo do imprescindível à prova faltante, determi-
legal, o juiz nomeará defensor para oferecê-la nando o juiz a condução coercitiva de quem
em até 10 (dez) dias, concedendo-lhe vista dos deva comparecer.
autos.
§ 8º A testemunha que comparecer será in-
Art. 409. Apresentada a defesa, o juiz ouvirá o quirida, independentemente da suspensão
Ministério Público ou o querelante sobre preli- da audiência, observada em qualquer caso
minares e documentos, em 5 (cinco) dias. a ordem estabelecida no caput deste artigo.
Art. 410. O juiz determinará a inquirição das § 9º Encerrados os debates, o juiz proferi-
testemunhas e a realização das diligências re- rá a sua decisão, ou o fará em 10 (dez) dias,
queridas pelas partes, no prazo máximo de 10 ordenando que os autos para isso lhe sejam
(dez) dias. conclusos.
Art. 411. Na audiência de instrução, proceder- Art. 412. O procedimento será concluído no
-se-á à tomada de declarações do ofendido, se prazo máximo de 90 (noventa) dias.
possível, à inquirição das testemunhas arrola-
das pela acusação e pela defesa, nesta ordem, Seção II
bem como aos esclarecimentos dos peritos, às DA PRONÚNCIA, DA IMPRONÚNCIA E
acareações e ao reconhecimento de pessoas e DA ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA
coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado
e procedendo-se o debate. Art. 413. O juiz, fundamentadamente, pronun-
ciará o acusado, se convencido da materialidade
§ 1º Os esclarecimentos dos peritos depen-
do fato e da existência de indícios suficientes de
derão de prévio requerimento e de deferi-
autoria ou de participação.
mento pelo juiz.
§ 1º A fundamentação da pronúncia limitar-
§ 2º As provas serão produzidas em uma só
-se-á à indicação da materialidade do fato
audiência, podendo o juiz indeferir as consi-
e da existência de indícios suficientes de
deradas irrelevantes, impertinentes ou pro-
autoria ou de participação, devendo o juiz
telatórias.
declarar o dispositivo legal em que julgar in-
§ 3º Encerrada a instrução probatória, ob- curso o acusado e especificar as circunstân-
servar-se-á, se for o caso, o disposto no art. cias qualificadoras e as causas de aumento
384 deste Código. de pena.

§ 4º As alegações serão orais, concedendo- § 2º Se o crime for afiançável, o juiz arbitra-


-se a palavra, respectivamente, à acusação rá o valor da fiança para a concessão ou ma-
e à defesa, pelo prazo de 20 (vinte) minutos, nutenção da liberdade provisória.
prorrogáveis por mais 10 (dez).
§ 3º O juiz decidirá, motivadamente, no
§ 5º Havendo mais de 1 (um) acusado, o caso de manutenção, revogação ou subs-
tempo previsto para a acusação e a defesa tituição da prisão ou medida restritiva de
de cada um deles será individual. liberdade anteriormente decretada e, tra-
tando-se de acusado solto, sobre a necessi-
§ 6º Ao assistente do Ministério Público, dade da decretação da prisão ou imposição
após a manifestação deste, serão concedi- de quaisquer das medidas previstas no Títu-
dos 10 (dez) minutos, prorrogando-se por lo IX do Livro I deste Código.

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Direito Processual Penal – Procedimento Especial do Tribunal do Júri – Prof. Joerberth Nunes

Art. 414. Não se convencendo da materialidade o acusado fique sujeito a pena mais grave. (Re-
do fato ou da existência de indícios suficientes dação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
de autoria ou de participação, o juiz, fundamen-
tadamente, impronunciará o acusado. Art. 419. Quando o juiz se convencer, em discor-
dância com a acusação, da existência de crime
Parágrafo único. Enquanto não ocorrer a diverso dos referidos no § 1º do art. 74 deste
extinção da punibilidade, poderá ser for- Código e não for competente para o julgamen-
mulada nova denúncia ou queixa se houver to, remeterá os autos ao juiz que o seja. (Reda-
prova nova. (Incluído pela Lei nº 11.689, de ção dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
2008)
Parágrafo único. Remetidos os autos do
Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absol- processo a outro juiz, à disposição deste fi-
verá desde logo o acusado, quando: (Redação cará o acusado preso. (Incluído pela Lei nº
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 11.689, de 2008)
I – provada a inexistência do fato; (Redação Art. 420. A intimação da decisão de pronúncia
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) será feita: (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
2008)
II – provado não ser ele autor ou partícipe
do fato; (Redação dada pela Lei nº 11.689, I – pessoalmente ao acusado, ao defensor
de 2008) nomeado e ao Ministério Público; (Incluído
pela Lei nº 11.689, de 2008)
III – o fato não constituir infração penal;
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) II – ao defensor constituído, ao querelante
e ao assistente do Ministério Público, na
IV – demonstrada causa de isenção de pena forma do disposto no § 1º do art. 370 des-
ou de exclusão do crime. (Redação dada te Código. (Incluído pela Lei nº 11.689, de
pela Lei nº 11.689, de 2008) 2008)
Parágrafo único. Não se aplica o disposto Parágrafo único. Será intimado por edital o
no inciso IV do caput deste artigo ao caso acusado solto que não for encontrado. (In-
de inimputabilidade prevista no caput do cluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
art. 26 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de de-
zembro de 1940 – Código Penal, salvo quan- Art. 421. Preclusa a decisão de pronúncia, os
do esta for a única tese defensiva. (Incluído autos serão encaminhados ao juiz presidente
pela Lei nº 11.689, de 2008) do Tribunal do Júri. (Redação dada pela Lei nº
11.689, de 2008)
Art. 416. Contra a sentença de impronúncia ou
de absolvição sumária caberá apelação. (Reda- § 1º Ainda que preclusa a decisão de pro-
ção dada pela Lei nº 11.689, de 2008) núncia, havendo circunstância supervenien-
te que altere a classificação do crime, o juiz
Art. 417. Se houver indícios de autoria ou de ordenará a remessa dos autos ao Ministé-
participação de outras pessoas não incluídas na rio Público. (Incluído pela Lei nº 11.689, de
acusação, o juiz, ao pronunciar ou impronunciar 2008)
o acusado, determinará o retorno dos autos ao
Ministério Público, por 15 (quinze) dias, aplicá- § 2º Em seguida, os autos serão conclusos
vel, no que couber, o art. 80 deste Código. (Re- ao juiz para decisão. (Incluído pela Lei nº
dação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 11.689, de 2008)
Art. 418. O juiz poderá dar ao fato definição jurí-
dica diversa da constante da acusação, embora

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Seção III Seção IV
DA PREPARAÇÃO DO PROCESSO DO ALISTAMENTO DOS JURADOS
PARA JULGAMENTO EM PLENÁRIO (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
2008)
Art. 425. Anualmente, serão alistados pelo pre-
Art. 422. Ao receber os autos, o presidente do sidente do Tribunal do Júri de 800 (oitocentos) a
Tribunal do Júri determinará a intimação do ór- 1.500 (um mil e quinhentos) jurados nas comar-
gão do Ministério Público ou do querelante, no cas de mais de 1.000.000 (um milhão) de ha-
caso de queixa, e do defensor, para, no prazo de bitantes, de 300 (trezentos) a 700 (setecentos)
5 (cinco) dias, apresentarem rol de testemunhas nas comarcas de mais de 100.000 (cem mil) ha-
que irão depor em plenário, até o máximo de 5 bitantes e de 80 (oitenta) a 400 (quatrocentos)
(cinco), oportunidade em que poderão juntar nas comarcas de menor população. (Redação
documentos e requerer diligência. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) § 1º Nas comarcas onde for necessário, po-
Art. 423. Deliberando sobre os requerimentos derá ser aumentado o número de jurados e,
de provas a serem produzidas ou exibidas no ainda, organizada lista de suplentes, depo-
plenário do júri, e adotadas as providências de- sitadas as cédulas em urna especial, com as
vidas, o juiz presidente: (Redação dada pela Lei cautelas mencionadas na parte final do § 3º
nº 11.689, de 2008) do art. 426 deste Código. (Incluído pela Lei
nº 11.689, de 2008)
I – ordenará as diligências necessárias para
sanar qualquer nulidade ou esclarecer fato § 2º O juiz presidente requisitará às auto-
que interesse ao julgamento da causa; (In- ridades locais, associações de classe e de
cluído pela Lei nº 11.689, de 2008) bairro, entidades associativas e culturais,
instituições de ensino em geral, universi-
II – fará relatório sucinto do processo, de- dades, sindicatos, repartições públicas e
terminando sua inclusão em pauta da reu- outros núcleos comunitários a indicação
nião do Tribunal do Júri. (Incluído pela Lei de pessoas que reúnam as condições para
nº 11.689, de 2008) exercer a função de jurado. (Incluído pela
Art. 424. Quando a lei local de organização judi- Lei nº 11.689, de 2008)
ciária não atribuir ao presidente do Tribunal do Art. 426. A lista geral dos jurados, com indicação
Júri o preparo para julgamento, o juiz compe- das respectivas profissões, será publicada pela
tente remeter-lhe-á os autos do processo pre- imprensa até o dia 10 de outubro de cada ano
parado até 5 (cinco) dias antes do sorteio a que e divulgada em editais afixados à porta do Tri-
se refere o art. 433 deste Código. (Redação dada bunal do Júri. (Redação dada pela Lei nº 11.689,
pela Lei nº 11.689, de 2008) de 2008)
Parágrafo único. Deverão ser remetidos, § 1º A lista poderá ser alterada, de ofício ou
também, os processos preparados até o en- mediante reclamação de qualquer do povo
cerramento da reunião, para a realização ao juiz presidente até o dia 10 de novem-
de julgamento. (Redação dada pela Lei nº bro, data de sua publicação definitiva. (In-
11.689, de 2008) cluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 2º Juntamente com a lista, serão transcri-
tos os arts. 436 a 446 deste Código. (Incluí-
do pela Lei nº 11.689, de 2008)

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§ 3º Os nomes e endereços dos alistados, § 3º Será ouvido o juiz presidente, quando


em cartões iguais, após serem verificados a medida não tiver sido por ele solicitada.
na presença do Ministério Público, de ad- (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
vogado indicado pela Seção local da Ordem
dos Advogados do Brasil e de defensor in- § 4º Na pendência de recurso contra a de-
dicado pelas Defensorias Públicas compe- cisão de pronúncia ou quando efetivado o
tentes, permanecerão guardados em urna julgamento, não se admitirá o pedido de de-
fechada a chave, sob a responsabilidade do saforamento, salvo, nesta última hipótese,
juiz presidente. (Incluído pela Lei nº 11.689, quanto a fato ocorrido durante ou após a
de 2008) realização de julgamento anulado. (Incluído
pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 4º O jurado que tiver integrado o Conse-
lho de Sentença nos 12 (doze) meses que Art. 428. O desaforamento também poderá ser
antecederem à publicação da lista geral fica determinado, em razão do comprovado excesso
dela excluído. (Incluído pela Lei nº 11.689, de serviço, ouvidos o juiz presidente e a parte
de 2008) contrária, se o julgamento não puder ser rea-
lizado no prazo de 6 (seis) meses, contado do
§ 5º Anualmente, a lista geral de jurados trânsito em julgado da decisão de pronúncia.
será, obrigatoriamente, completada. (Incluí- (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
do pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 1º Para a contagem do prazo referido nes-
Seção V te artigo, não se computará o tempo de
DO DESAFORAMENTO adiamentos, diligências ou incidentes de
interesse da defesa. (Incluído pela Lei nº
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 11.689, de 2008)
2008)
§ 2º Não havendo excesso de serviço ou
Art. 427. Se o interesse da ordem pública o re- existência de processos aguardando jul-
clamar ou houver dúvida sobre a imparcialidade gamento em quantidade que ultrapasse a
do júri ou a segurança pessoal do acusado, o Tri- possibilidade de apreciação pelo Tribunal
bunal, a requerimento do Ministério Público, do do Júri, nas reuniões periódicas previstas
assistente, do querelante ou do acusado ou me- para o exercício, o acusado poderá requerer
diante representação do juiz competente, pode- ao Tribunal que determine a imediata rea-
rá determinar o desaforamento do julgamento lização do julgamento. (Incluído pela Lei nº
para outra comarca da mesma região, onde não 11.689, de 2008)
existam aqueles motivos, preferindo-se as mais
próximas. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de Seção VI
2008) DA ORGANIZAÇÃO DA PAUTA
§ 1º O pedido de desaforamento será distri- (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
buído imediatamente e terá preferência de Art. 429. Salvo motivo relevante que autorize
julgamento na Câmara ou Turma competen- alteração na ordem dos julgamentos, terão pre-
te. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) ferência: (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
§ 2º Sendo relevantes os motivos alegados, 2008)
o relator poderá determinar, fundamenta- I – os acusados presos; (Incluído pela Lei nº
damente, a suspensão do julgamento pelo 11.689, de 2008)
júri. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
II – dentre os acusados presos, aqueles que
estiverem há mais tempo na prisão; (Incluí-
do pela Lei nº 11.689, de 2008)

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III – em igualdade de condições, os prece- antecedente à instalação da reunião. (Inclu-
dentemente pronunciados. (Incluído pela ído pela Lei nº 11.689, de 2008)
Lei nº 11.689, de 2008)
§ 2º A audiência de sorteio não será adiada
§ 1º Antes do dia designado para o primei- pelo não comparecimento das partes. (In-
ro julgamento da reunião periódica, será cluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
afixada na porta do edifício do Tribunal do
Júri a lista dos processos a serem julgados, § 3º O jurado não sorteado poderá ter o
obedecida a ordem prevista no caput deste seu nome novamente incluído para as reu-
artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de niões futuras. (Incluído pela Lei nº 11.689,
2008) de 2008)

§ 2º O juiz presidente reservará datas na Art. 434. Os jurados sorteados serão convoca-
mesma reunião periódica para a inclusão dos pelo correio ou por qualquer outro meio
de processo que tiver o julgamento adiado. hábil para comparecer no dia e hora designados
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) para a reunião, sob as penas da lei. (Redação
dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 430. O assistente somente será admitido se
tiver requerido sua habilitação até 5 (cinco) dias Parágrafo único. No mesmo expediente de
antes da data da sessão na qual pretenda atuar. convocação serão transcritos os arts. 436
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) a 446 deste Código. (Incluído pela Lei nº
11.689, de 2008)
Art. 431. Estando o processo em ordem, o juiz
presidente mandará intimar as partes, o ofen- Art. 435. Serão afixados na porta do edifício do
dido, se for possível, as testemunhas e os peri- Tribunal do Júri a relação dos jurados convoca-
tos, quando houver requerimento, para a ses- dos, os nomes do acusado e dos procuradores
são de instrução e julgamento, observando, no das partes, além do dia, hora e local das sessões
que couber, o disposto no art. 420 deste Código. de instrução e julgamento. (Redação dada pela
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) Lei nº 11.689, de 2008)
Seção VII Seção VIII
DO SORTEIO E DA CONVOCAÇÃO DA FUNÇÃO DO JURADO
DOS JURADOS (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 436. O serviço do júri é obrigatório. O alis-
Art. 432. Em seguida à organização da pauta, o tamento compreenderá os cidadãos maiores de
juiz presidente determinará a intimação do Mi- 18 (dezoito) anos de notória idoneidade. (Reda-
nistério Público, da Ordem dos Advogados do ção dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
Brasil e da Defensoria Pública para acompanha-
rem, em dia e hora designados, o sorteio dos ju- § 1º Nenhum cidadão poderá ser excluído
rados que atuarão na reunião periódica. (Reda- dos trabalhos do júri ou deixar de ser alis-
ção dada pela Lei nº 11.689, de 2008) tado em razão de cor ou etnia, raça, credo,
sexo, profissão, classe social ou econômica,
Art. 433. O sorteio, presidido pelo juiz, far-se-á origem ou grau de instrução. (Incluído pela
a portas abertas, cabendo-lhe retirar as cédulas Lei nº 11.689, de 2008)
até completar o número de 25 (vinte e cinco) ju-
rados, para a reunião periódica ou extraordiná- § 2º A recusa injustificada ao serviço do júri
ria. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) acarretará multa no valor de 1 (um) a 10
(dez) salários mínimos, a critério do juiz, de
§ 1º O sorteio será realizado entre o 15º acordo com a condição econômica do jura-
(décimo quinto) e o 10º (décimo) dia útil do. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)

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Art. 437. Estão isentos do serviço do júri: (Reda- ria Pública, no Ministério Público ou em en-
ção dada pela Lei nº 11.689, de 2008) tidade conveniada para esses fins. (Incluído
pela Lei nº 11.689, de 2008)
I – o Presidente da República e os Ministros
de Estado; (Incluído pela Lei nº 11.689, de § 2º O juiz fixará o serviço alternativo aten-
2008) dendo aos princípios da proporcionalida-
de e da razoabilidade. (Incluído pela Lei nº
II – os Governadores e seus respectivos Se- 11.689, de 2008)
cretários; (Incluído pela Lei nº 11.689, de
2008) Art. 439. O exercício efetivo da função de jurado
constituirá serviço público relevante e estabele-
III – os membros do Congresso Nacional, cerá presunção de idoneidade moral. (Redação
das Assembléias Legislativas e das Câmaras dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
Distrital e Municipais; (Incluído pela Lei nº
11.689, de 2008) Art. 440. Constitui também direito do jurado, na
condição do art. 439 deste Código, preferência,
IV – os Prefeitos Municipais; (Incluído pela em igualdade de condições, nas licitações pú-
Lei nº 11.689, de 2008) blicas e no provimento, mediante concurso, de
V – os Magistrados e membros do Ministé- cargo ou função pública, bem como nos casos
rio Público e da Defensoria Pública; (Incluí- de promoção funcional ou remoção voluntária.
do pela Lei nº 11.689, de 2008) (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)

VI – os servidores do Poder Judiciário, do Art. 441. Nenhum desconto será feito nos venci-
Ministério Público e da Defensoria Pública; mentos ou salário do jurado sorteado que com-
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) parecer à sessão do júri. (Redação dada pela Lei
nº 11.689, de 2008)
VII – as autoridades e os servidores da polí-
cia e da segurança pública; (Incluído pela Lei Art. 442. Ao jurado que, sem causa legítima,
nº 11.689, de 2008) deixar de comparecer no dia marcado para a
sessão ou retirar-se antes de ser dispensado
VIII – os militares em serviço ativo; (Incluído pelo presidente será aplicada multa de 1 (um)
pela Lei nº 11.689, de 2008) a 10 (dez) salários mínimos, a critério do juiz, de
IX – os cidadãos maiores de 70 (setenta) acordo com a sua condição econômica. (Reda-
anos que requeiram sua dispensa; (Incluído ção dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
pela Lei nº 11.689, de 2008) Art. 443. Somente será aceita escusa fundada
X – aqueles que o requererem, demonstran- em motivo relevante devidamente comprovado
do justo impedimento. (Incluído pela Lei nº e apresentada, ressalvadas as hipóteses de for-
11.689, de 2008) ça maior, até o momento da chamada dos jura-
dos. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 438. A recusa ao serviço do júri fundada em
convicção religiosa, filosófica ou política impor- Art. 444. O jurado somente será dispensado por
tará no dever de prestar serviço alternativo, sob decisão motivada do juiz presidente, consigna-
pena de suspensão dos direitos políticos, en- da na ata dos trabalhos. (Redação dada pela Lei
quanto não prestar o serviço imposto. (Redação nº 11.689, de 2008)
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) Art. 445. O jurado, no exercício da função ou a
§ 1º Entende-se por serviço alternativo o pretexto de exercê-la, será responsável crimi-
exercício de atividades de caráter adminis- nalmente nos mesmos termos em que o são
trativo, assistencial, filantrópico ou mesmo os juízes togados. (Redação dada pela Lei nº
produtivo, no Poder Judiciário, na Defenso- 11.689, de 2008)

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Art. 446. Aos suplentes, quando convocados, Art. 449. Não poderá servir o jurado que: (Reda-
serão aplicáveis os dispositivos referentes às ção dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
dispensas, faltas e escusas e à equiparação de
responsabilidade penal prevista no art. 445 des- I – tiver funcionado em julgamento anterior
te Código. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de do mesmo processo, independentemente
2008) da causa determinante do julgamento pos-
terior; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
Seção IX II – no caso do concurso de pessoas, houver
DA COMPOSIÇÃO DO TRIBUNAL DO integrado o Conselho de Sentença que jul-
JÚRI E DA FORMAÇÃO DO CONSELHO gou o outro acusado; (Incluído pela Lei nº
DE SENTENÇA 11.689, de 2008)
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) III – tiver manifestado prévia disposição
para condenar ou absolver o acusado. (In-
Art. 447. O Tribunal do Júri é composto por 1 cluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
(um) juiz togado, seu presidente e por 25 (vinte
e cinco) jurados que serão sorteados dentre os Art. 450. Dos impedidos entre si por parentesco
alistados, 7 (sete) dos quais constituirão o Con- ou relação de convivência, servirá o que houver
selho de Sentença em cada sessão de julgamen- sido sorteado em primeiro lugar. (Redação dada
to. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 448. São impedidos de servir no mesmo Art. 451. Os jurados excluídos por impedimen-
Conselho: (Redação dada pela Lei nº 11.689, de to, suspeição ou incompatibilidade serão con-
2008) siderados para a constituição do número legal
I – marido e mulher; (Incluído pela Lei nº exigível para a realização da sessão. (Redação
11.689, de 2008) dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
II – ascendente e descendente; (Incluído Art. 452. O mesmo Conselho de Sentença pode-
pela Lei nº 11.689, de 2008) rá conhecer de mais de um processo, no mes-
mo dia, se as partes o aceitarem, hipótese em
III – sogro e genro ou nora; (Incluído pela
que seus integrantes deverão prestar novo com-
Lei nº 11.689, de 2008)
promisso. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
IV – irmãos e cunhados, durante o cunha- 2008)
dio; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
V – tio e sobrinho; (Incluído pela Lei nº
Seção X
11.689, de 2008) DA REUNIÃO E DAS SESSÕES DO TRI-
VI – padrasto, madrasta ou enteado. (Incluí-
BUNAL DO JÚRI
do pela Lei nº 11.689, de 2008) (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 1º O mesmo impedimento ocorrerá em Art. 453. O Tribunal do Júri reunir-se-á para as
relação às pessoas que mantenham união sessões de instrução e julgamento nos períodos
estável reconhecida como entidade familiar. e na forma estabelecida pela lei local de orga-
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) nização judiciária. (Redação dada pela Lei nº
§ 2º Aplicar-se-á aos jurados o disposto so- 11.689, de 2008)
bre os impedimentos, a suspeição e as in- Art. 454. Até o momento de abertura dos traba-
compatibilidades dos juízes togados. (Incluí- lhos da sessão, o juiz presidente decidirá os ca-
do pela Lei nº 11.689, de 2008) sos de isenção e dispensa de jurados e o pedido
de adiamento de julgamento, mandando con-

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signar em ata as deliberações. (Redação dada recimento subscrito por ele e seu defensor.
pela Lei nº 11.689, de 2008) (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 455. Se o Ministério Público não compare- Art. 458. Se a testemunha, sem justa causa, dei-
cer, o juiz presidente adiará o julgamento para xar de comparecer, o juiz presidente, sem pre-
o primeiro dia desimpedido da mesma reunião, juízo da ação penal pela desobediência, aplicar-
cientificadas as partes e as testemunhas. (Reda- -lhe-á a multa prevista no § 2º do art. 436 deste
ção dada pela Lei nº 11.689, de 2008) Código. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
Parágrafo único. Se a ausência não for jus- 2008)
tificada, o fato será imediatamente comuni- Art. 459. Aplicar-se-á às testemunhas a serviço
cado ao Procurador-Geral de Justiça com a do Tribunal do Júri o disposto no art. 441 des-
data designada para a nova sessão. (Incluí- te Código. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
do pela Lei nº 11.689, de 2008) 2008)
Art. 456. Se a falta, sem escusa legítima, for do Art. 460. Antes de constituído o Conselho de
advogado do acusado, e se outro não for por Sentença, as testemunhas serão recolhidas a
este constituído, o fato será imediatamente co- lugar onde umas não possam ouvir os depoi-
municado ao presidente da seccional da Ordem mentos das outras. (Redação dada pela Lei nº
dos Advogados do Brasil, com a data designada 11.689, de 2008)
para a nova sessão. (Redação dada pela Lei nº Art. 461. O julgamento não será adiado se a tes-
11.689, de 2008) temunha deixar de comparecer, salvo se uma
§ 1º Não havendo escusa legítima, o jul- das partes tiver requerido a sua intimação por
gamento será adiado somente uma vez, mandado, na oportunidade de que trata o art.
devendo o acusado ser julgado quando 422 deste Código, declarando não prescindir do
chamado novamente. (Incluído pela Lei nº depoimento e indicando a sua localização. (Re-
11.689, de 2008) dação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 2º Na hipótese do § 1º deste artigo, o juiz § 1º Se, intimada, a testemunha não com-
intimará a Defensoria Pública para o novo parecer, o juiz presidente suspenderá os
julgamento, que será adiado para o primei- trabalhos e mandará conduzi-la ou adiará
ro dia desimpedido, observado o prazo mí- o julgamento para o primeiro dia desimpe-
nimo de 10 (dez) dias. (Incluído pela Lei nº dido, ordenando a sua condução. (Incluído
11.689, de 2008) pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 457. O julgamento não será adiado pelo § 2º O julgamento será realizado mesmo na
não comparecimento do acusado solto, do as- hipótese de a testemunha não ser encon-
sistente ou do advogado do querelante, que ti- trada no local indicado, se assim for certifi-
ver sido regularmente intimado. (Redação dada cado por oficial de justiça. (Incluído pela Lei
pela Lei nº 11.689, de 2008) nº 11.689, de 2008)
§ 1º Os pedidos de adiamento e as justifica- Art. 462. Realizadas as diligências referidas nos
ções de não comparecimento deverão ser, arts. 454 a 461 deste Código, o juiz presidente
salvo comprovado motivo de força maior, verificará se a urna contém as cédulas dos 25
previamente submetidos à apreciação do (vinte e cinco) jurados sorteados, mandando
juiz presidente do Tribunal do Júri. (Incluído que o escrivão proceda à chamada deles. (Reda-
pela Lei nº 11.689, de 2008) ção dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 2º Se o acusado preso não for conduzido, Art. 463. Comparecendo, pelo menos, 15 (quin-
o julgamento será adiado para o primeiro ze) jurados, o juiz presidente declarará instala-
dia desimpedido da mesma reunião, salvo dos os trabalhos, anunciando o processo que
se houver pedido de dispensa de compa-

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será submetido a julgamento. (Redação dada defesa e, depois dela, o Ministério Público po-
pela Lei nº 11.689, de 2008) derão recusar os jurados sorteados, até 3 (três)
cada parte, sem motivar a recusa. (Redação
§ 1º O oficial de justiça fará o pregão, certi-
dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
ficando a diligência nos autos. (Incluído pela
Lei nº 11.689, de 2008) Parágrafo único. O jurado recusado imo-
tivadamente por qualquer das partes será
§ 2º Os jurados excluídos por impedimen-
excluído daquela sessão de instrução e jul-
to ou suspeição serão computados para a
gamento, prosseguindo-se o sorteio para a
constituição do número legal. (Incluído pela
composição do Conselho de Sentença com
Lei nº 11.689, de 2008)
os jurados remanescentes. (Incluído pela
Art. 464. Não havendo o número referido no Lei nº 11.689, de 2008)
art. 463 deste Código, proceder-se-á ao sorteio
Art. 469. Se forem 2 (dois) ou mais os acusados,
de tantos suplentes quantos necessários, e de-
as recusas poderão ser feitas por um só defen-
signar-se-á nova data para a sessão do júri. (Re-
sor. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
dação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 1º A separação dos julgamentos somente
Art. 465. Os nomes dos suplentes serão consig-
ocorrerá se, em razão das recusas, não for
nados em ata, remetendo-se o expediente de
obtido o número mínimo de 7 (sete) jurados
convocação, com observância do disposto nos
para compor o Conselho de Sentença. (In-
arts. 434 e 435 deste Código. (Redação dada
cluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 466. Antes do sorteio dos membros do Con- § 2º Determinada a separação dos julga-
selho de Sentença, o juiz presidente esclarece- mentos, será julgado em primeiro lugar o
rá sobre os impedimentos, a suspeição e as in- acusado a quem foi atribuída a autoria do
compatibilidades constantes dos arts. 448 e 449 fato ou, em caso de co-autoria, aplicar-se-
deste Código. (Redação dada pela Lei nº 11.689, -á o critério de preferência disposto no
de 2008) art. 429 deste Código. (Incluído pela Lei nº
11.689, de 2008)
§ 1º O juiz presidente também advertirá os
jurados de que, uma vez sorteados, não po- Art. 470. Desacolhida a argüição de impedi-
derão comunicar-se entre si e com outrem, mento, de suspeição ou de incompatibilidade
nem manifestar sua opinião sobre o pro- contra o juiz presidente do Tribunal do Júri, ór-
cesso, sob pena de exclusão do Conselho e gão do Ministério Público, jurado ou qualquer
multa, na forma do § 2º do art. 436 deste funcionário, o julgamento não será suspenso,
Código. (Redação dada pela Lei nº 11.689, devendo, entretanto, constar da ata o seu fun-
de 2008) damento e a decisão. (Redação dada pela Lei nº
11.689, de 2008)
§ 2º A incomunicabilidade será certificada
nos autos pelo oficial de justiça. (Redação Art. 471. Se, em conseqüência do impedimento,
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) suspeição, incompatibilidade, dispensa ou recu-
sa, não houver número para a formação do Con-
Art. 467. Verificando que se encontram na urna selho, o julgamento será adiado para o primeiro
as cédulas relativas aos jurados presentes, o juiz dia desimpedido, após sorteados os suplentes,
presidente sorteará 7 (sete) dentre eles para a com observância do disposto no art. 464 deste
formação do Conselho de Sentença. (Redação Código. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 2008)
Art. 468. À medida que as cédulas forem sendo Art. 472. Formado o Conselho de Sentença, o
retiradas da urna, o juiz presidente as lerá, e a presidente, levantando-se, e, com ele, todos os

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presentes, fará aos jurados a seguinte exorta- das ou não repetíveis. (Incluído pela Lei nº
ção: (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 11.689, de 2008)
Em nome da lei, concito-vos a exami- Art. 474. A seguir será o acusado interrogado,
nar esta causa com imparcialidade e a se estiver presente, na forma estabelecida no
proferir a vossa decisão de acordo com Capítulo III do Título VII do Livro I deste Códi-
a vossa consciência e os ditames da jus- go, com as alterações introduzidas nesta Seção.
tiça. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
Os jurados, nominalmente chamados § 1º O Ministério Público, o assistente, o
pelo presidente, responderão: querelante e o defensor, nessa ordem, po-
derão formular, diretamente, perguntas ao
Assim o prometo. acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.689,
Parágrafo único. O jurado, em seguida, re- de 2008)
ceberá cópias da pronúncia ou, se for o § 2º Os jurados formularão perguntas por
caso, das decisões posteriores que julgaram intermédio do juiz presidente. (Redação
admissível a acusação e do relatório do pro- dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
cesso. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 3º Não se permitirá o uso de algemas no
Seção XI acusado durante o período em que perma-
DA INSTRUÇÃO EM PLENÁRIO necer no plenário do júri, salvo se absolu-
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) tamente necessário à ordem dos trabalhos,
à segurança das testemunhas ou à garantia
Art. 473. Prestado o compromisso pelos jura- da integridade física dos presentes. (Incluí-
dos, será iniciada a instrução plenária quando o do pela Lei nº 11.689, de 2008)
juiz presidente, o Ministério Público, o assisten-
Art. 475. O registro dos depoimentos e do inter-
te, o querelante e o defensor do acusado toma-
rogatório será feito pelos meios ou recursos de
rão, sucessiva e diretamente, as declarações do
gravação magnética, eletrônica, estenotipia ou
ofendido, se possível, e inquirirão as testemu-
técnica similar, destinada a obter maior fidelida-
nhas arroladas pela acusação. (Redação dada
de e celeridade na colheita da prova. (Redação
pela Lei nº 11.689, de 2008)
dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 1º Para a inquirição das testemunhas ar-
Parágrafo único. A transcrição do registro,
roladas pela defesa, o defensor do acusado
após feita a degravação, constará dos autos.
formulará as perguntas antes do Ministério
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
Público e do assistente, mantidos no mais a
ordem e os critérios estabelecidos neste ar- Seção XII
tigo. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
DOS DEBATES
§ 2º Os jurados poderão formular perguntas (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
ao ofendido e às testemunhas, por intermé-
dio do juiz presidente. (Incluído pela Lei nº Art. 476. Encerrada a instrução, será concedida
11.689, de 2008) a palavra ao Ministério Público, que fará a acu-
sação, nos limites da pronúncia ou das decisões
§ 3º As partes e os jurados poderão reque- posteriores que julgaram admissível a acusação,
rer acareações, reconhecimento de pessoas sustentando, se for o caso, a existência de cir-
e coisas e esclarecimento dos peritos, bem cunstância agravante. (Redação dada pela Lei nº
como a leitura de peças que se refiram, ex- 11.689, de 2008)
clusivamente, às provas colhidas por carta
precatória e às provas cautelares, antecipa-

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§ 1º O assistente falará depois do Ministé- to, em seu prejuízo. (Incluído pela Lei nº
rio Público. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 11.689, de 2008)
2008)
Art. 479. Durante o julgamento não será per-
§ 2º Tratando-se de ação penal de iniciati- mitida a leitura de documento ou a exibição de
va privada, falará em primeiro lugar o que- objeto que não tiver sido juntado aos autos com
relante e, em seguida, o Ministério Público, a antecedência mínima de 3 (três) dias úteis,
salvo se este houver retomado a titularida- dando-se ciência à outra parte. (Redação dada
de da ação, na forma do art. 29 deste Códi- pela Lei nº 11.689, de 2008)
go. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
Parágrafo único. Compreende-se na proibi-
§ 3º Finda a acusação, terá a palavra a de- ção deste artigo a leitura de jornais ou qual-
fesa. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) quer outro escrito, bem como a exibição
de vídeos, gravações, fotografias, laudos,
§ 4º A acusação poderá replicar e a defesa quadros, croqui ou qualquer outro meio
treplicar, sendo admitida a reinquirição de assemelhado, cujo conteúdo versar sobre
testemunha já ouvida em plenário. (Incluí- a matéria de fato submetida à apreciação
do pela Lei nº 11.689, de 2008) e julgamento dos jurados. (Incluído pela Lei
Art. 477. O tempo destinado à acusação e à de- nº 11.689, de 2008)
fesa será de uma hora e meia para cada, e de Art. 480. A acusação, a defesa e os jurados po-
uma hora para a réplica e outro tanto para a derão, a qualquer momento e por intermédio
tréplica. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de do juiz presidente, pedir ao orador que indique
2008) a folha dos autos onde se encontra a peça por
§ 1º Havendo mais de um acusador ou mais ele lida ou citada, facultando-se, ainda, aos ju-
de um defensor, combinarão entre si a dis- rados solicitar-lhe, pelo mesmo meio, o esclare-
tribuição do tempo, que, na falta de acordo, cimento de fato por ele alegado. (Redação dada
será dividido pelo juiz presidente, de forma pela Lei nº 11.689, de 2008)
a não exceder o determinado neste artigo. § 1º Concluídos os debates, o presidente
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) indagará dos jurados se estão habilitados a
§ 2º Havendo mais de 1 (um) acusado, o julgar ou se necessitam de outros esclare-
tempo para a acusação e a defesa será cimentos. (Incluído pela Lei nº 11.689, de
acrescido de 1 (uma) hora e elevado ao do- 2008)
bro o da réplica e da tréplica, observado o § 2º Se houver dúvida sobre questão de
disposto no § 1º deste artigo. (Incluído pela fato, o presidente prestará esclarecimen-
Lei nº 11.689, de 2008) tos à vista dos autos. (Incluído pela Lei nº
Art. 478. Durante os debates as partes não po- 11.689, de 2008)
derão, sob pena de nulidade, fazer referências: § 3º Os jurados, nesta fase do procedimen-
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) to, terão acesso aos autos e aos instrumen-
I – à decisão de pronúncia, às decisões pos- tos do crime se solicitarem ao juiz presiden-
teriores que julgaram admissível a acusação te. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
ou à determinação do uso de algemas como Art. 481. Se a verificação de qualquer fato, re-
argumento de autoridade que beneficiem conhecida como essencial para o julgamento da
ou prejudiquem o acusado; (Incluído pela causa, não puder ser realizada imediatamente,
Lei nº 11.689, de 2008) o juiz presidente dissolverá o Conselho, orde-
II – ao silêncio do acusado ou à ausência nando a realização das diligências entendidas
de interrogatório por falta de requerimen-

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necessárias. (Redação dada pela Lei nº 11.689, julgaram admissível a acusação. (Incluído
de 2008) pela Lei nº 11.689, de 2008)
Parágrafo único. Se a diligência consistir na § 1º A resposta negativa, de mais de 3 (três)
produção de prova pericial, o juiz presiden- jurados, a qualquer dos quesitos referidos
te, desde logo, nomeará perito e formulará nos incisos I e II do caput deste artigo encer-
quesitos, facultando às partes também for- ra a votação e implica a absolvição do acu-
mulá-los e indicar assistentes técnicos, no sado. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
prazo de 5 (cinco) dias. (Redação dada pela
Lei nº 11.689, de 2008) § 2º Respondidos afirmativamente por mais
de 3 (três) jurados os quesitos relativos aos
Seção XIII incisos I e II do caput deste artigo será for-
DO QUESTIONÁRIO E SUA VOTAÇÃO mulado quesito com a seguinte redação:
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
O jurado absolve o acusado?
Art. 482. O Conselho de Sentença será questio-
nado sobre matéria de fato e se o acusado deve § 3º Decidindo os jurados pela condenação,
ser absolvido. (Redação dada pela Lei nº 11.689, o julgamento prossegue, devendo ser for-
de 2008) mulados quesitos sobre: (Incluído pela Lei
nº 11.689, de 2008)
Parágrafo único. Os quesitos serão redigi-
dos em proposições afirmativas, simples e I – causa de diminuição de pena alegada
distintas, de modo que cada um deles pos- pela defesa; (Incluído pela Lei nº 11.689, de
sa ser respondido com suficiente clareza e 2008)
necessária precisão. Na sua elaboração, o II – circunstância qualificadora ou causa de
presidente levará em conta os termos da aumento de pena, reconhecidas na pronún-
pronúncia ou das decisões posteriores que cia ou em decisões posteriores que julga-
julgaram admissível a acusação, do interro- ram admissível a acusação. (Incluído pela
gatório e das alegações das partes. (Incluído Lei nº 11.689, de 2008)
pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 4º Sustentada a desclassificação da infra-
Art. 483. Os quesitos serão formulados na se- ção para outra de competência do juiz sin-
guinte ordem, indagando sobre: (Redação dada gular, será formulado quesito a respeito,
pela Lei nº 11.689, de 2008) para ser respondido após o 2º (segundo) ou
I – a materialidade do fato; (Incluído pela 3º (terceiro) quesito, conforme o caso. (In-
Lei nº 11.689, de 2008) cluído pela Lei nº 11.689, de 2008)

II – a autoria ou participação; (Incluído pela § 5º Sustentada a tese de ocorrência do cri-


Lei nº 11.689, de 2008) me na sua forma tentada ou havendo diver-
gência sobre a tipificação do delito, sendo
III – se o acusado deve ser absolvido; (Inclu- este da competência do Tribunal do Júri, o
ído pela Lei nº 11.689, de 2008) juiz formulará quesito acerca destas ques-
tões, para ser respondido após o segundo
IV – se existe causa de diminuição de pena
quesito. (Incluído pela Lei nº 11.689, de
alegada pela defesa; (Incluído pela Lei nº
2008)
11.689, de 2008)
§ 6º Havendo mais de um crime ou mais de
V – se existe circunstância qualificadora ou
um acusado, os quesitos serão formulados
causa de aumento de pena reconhecidas na
em séries distintas. (Incluído pela Lei nº
pronúncia ou em decisões posteriores que
11.689, de 2008)

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Art. 484. A seguir, o presidente lerá os quesitos Parágrafo único. Do termo também consta-
e indagará das partes se têm requerimento ou rá a conferência das cédulas não utilizadas.
reclamação a fazer, devendo qualquer deles, (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
bem como a decisão, constar da ata. (Redação
Art. 489. As decisões do Tribunal do Júri serão
dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
tomadas por maioria de votos. (Redação dada
Parágrafo único. Ainda em plenário, o juiz pela Lei nº 11.689, de 2008)
presidente explicará aos jurados o significa-
do de cada quesito. (Redação dada pela Lei Art. 490. Se a resposta a qualquer dos quesi-
nº 11.689, de 2008) tos estiver em contradição com outra ou outras
já dadas, o presidente, explicando aos jurados
Art. 485. Não havendo dúvida a ser esclarecida, em que consiste a contradição, submeterá no-
o juiz presidente, os jurados, o Ministério Pú- vamente à votação os quesitos a que se referi-
blico, o assistente, o querelante, o defensor do rem tais respostas. (Redação dada pela Lei nº
acusado, o escrivão e o oficial de justiça dirigir- 11.689, de 2008)
-se-ão à sala especial a fim de ser procedida a
votação. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de Parágrafo único. Se, pela resposta dada a
2008) um dos quesitos, o presidente verificar que
ficam prejudicados os seguintes, assim o
§ 1º Na falta de sala especial, o juiz presi- declarará, dando por finda a votação. (Inclu-
dente determinará que o público se retire, ído pela Lei nº 11.689, de 2008)
permanecendo somente as pessoas men-
cionadas no caput deste artigo. (Incluído Art. 491. Encerrada a votação, será o termo a
pela Lei nº 11.689, de 2008) que se refere o art. 488 deste Código assinado
pelo presidente, pelos jurados e pelas partes.
§ 2º O juiz presidente advertirá as partes de (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
que não será permitida qualquer interven-
ção que possa perturbar a livre manifesta- Seção XIV
ção do Conselho e fará retirar da sala quem
DA SENTENÇA
se portar inconvenientemente. (Incluído
pela Lei nº 11.689, de 2008) (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 486. Antes de proceder-se à votação de Art. 492. Em seguida, o presidente proferirá
cada quesito, o juiz presidente mandará distri- sentença que: (Redação dada pela Lei nº 11.689,
buir aos jurados pequenas cédulas, feitas de de 2008)
papel opaco e facilmente dobráveis, contendo 7
(sete) delas a palavra sim, 7 (sete) a palavra não. I – no caso de condenação: (Redação dada
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) pela Lei nº 11.689, de 2008)

Art. 487. Para assegurar o sigilo do voto, o ofi- a) fixará a pena-base; (Incluído pela Lei nº
cial de justiça recolherá em urnas separadas 11.689, de 2008)
as cédulas correspondentes aos votos e as não
b) considerará as circunstâncias agravantes
utilizadas. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
ou atenuantes alegadas nos debates; (Inclu-
2008)
ído pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 488. Após a resposta, verificados os votos e
c) imporá os aumentos ou diminuições da
as cédulas não utilizadas, o presidente determi-
pena, em atenção às causas admitidas pelo
nará que o escrivão registre no termo a votação
júri; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
de cada quesito, bem como o resultado do jul-
gamento. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de d) observará as demais disposições do art.
2008) 387 deste Código; (Incluído pela Lei nº
11.689, de 2008)

910 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Penal – Procedimento Especial do Tribunal do Júri – Prof. Joerberth Nunes

e) mandará o acusado recolher-se ou reco- las partes. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
mendá-lo-á à prisão em que se encontra, se 2008)
presentes os requisitos da prisão preventi-
Art. 495. A ata descreverá fielmente todas as
va; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
ocorrências, mencionando obrigatoriamente:
f) estabelecerá os efeitos genéricos e espe- (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
cíficos da condenação; (Incluído pela Lei nº
11.689, de 2008) I – a data e a hora da instalação dos traba-
lhos; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
II – no caso de absolvição: (Redação dada 2008)
pela Lei nº 11.689, de 2008)
II – o magistrado que presidiu a sessão e os
a) mandará colocar em liberdade o acusado jurados presentes; (Redação dada pela Lei
se por outro motivo não estiver preso; (Re- nº 11.689, de 2008)
dação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
III – os jurados que deixaram de compa-
b) revogará as medidas restritivas proviso-
recer, com escusa ou sem ela, e as san-
riamente decretadas; (Redação dada pela
ções aplicadas; (Redação dada pela Lei nº
Lei nº 11.689, de 2008)
11.689, de 2008)
c) imporá, se for o caso, a medida de se-
gurança cabível. (Redação dada pela Lei nº IV – o ofício ou requerimento de isenção ou
11.689, de 2008) dispensa; (Redação dada pela Lei nº 11.689,
de 2008)
§ 1º Se houver desclassificação da infração
para outra, de competência do juiz singu- V – o sorteio dos jurados suplentes; (Reda-
lar, ao presidente do Tribunal do Júri caberá ção dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
proferir sentença em seguida, aplicando-se, VI – o adiamento da sessão, se houver ocor-
quando o delito resultante da nova tipifi- rido, com a indicação do motivo; (Redação
cação for considerado pela lei como infra- dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
ção penal de menor potencial ofensivo, o
disposto nos arts. 69 e seguintes da Lei nº VII – a abertura da sessão e a presença do
9.099, de 26 de setembro de 1995. (Reda- Ministério Público, do querelante e do as-
ção dada pela Lei nº 11.689, de 2008) sistente, se houver, e a do defensor do acu-
sado; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
§ 2º Em caso de desclassificação, o crime
2008)
conexo que não seja doloso contra a vida
será julgado pelo juiz presidente do Tribunal VIII – o pregão e a sanção imposta, no caso
do Júri, aplicando-se, no que couber, o dis- de não comparecimento; (Redação dada
posto no § 1º deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
pela Lei nº 11.689, de 2008) IX – as testemunhas dispensadas de depor;
Art. 493. A sentença será lida em plenário pelo (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
presidente antes de encerrada a sessão de ins- X – o recolhimento das testemunhas a lugar
trução e julgamento. (Redação dada pela Lei nº de onde umas não pudessem ouvir o depoi-
11.689, de 2008) mento das outras; (Redação dada pela Lei
nº 11.689, de 2008)
Seção XV
DA ATA DOS TRABALHOS XI – a verificação das cédulas pelo juiz pre-
sidente; (Redação dada pela Lei nº 11.689,
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) de 2008)
Art. 494. De cada sessão de julgamento o escri- XII – a formação do Conselho de Sentença,
vão lavrará ata, assinada pelo presidente e pe- com o registro dos nomes dos jurados sor-

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teados e recusas; (Redação dada pela Lei nº caso, dissolver o Conselho e designar novo
11.689, de 2008) dia para o julgamento, com a nomeação ou
a constituição de novo defensor; (Redação
XIII – o compromisso e o interrogatório,
dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
com simples referência ao termo; (Redação
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) VI – mandar retirar da sala o acusado que
dificultar a realização do julgamento, o qual
XIV – os debates e as alegações das partes
prosseguirá sem a sua presença; (Redação
com os respectivos fundamentos; (Redação
dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
VII – suspender a sessão pelo tempo indis-
XV – os incidentes; (Redação dada pela Lei
pensável à realização das diligências reque-
nº 11.689, de 2008)
ridas ou entendidas necessárias, mantida a
XVI – o julgamento da causa; (Redação dada incomunicabilidade dos jurados; (Redação
pela Lei nº 11.689, de 2008) dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
XVII – a publicidade dos atos da instrução VIII – interromper a sessão por tempo razo-
plenária, das diligências e da sentença. (Re- ável, para proferir sentença e para repouso
dação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) ou refeição dos jurados; (Redação dada pela
Art. 496. A falta da ata sujeitará o responsável a Lei nº 11.689, de 2008)
sanções administrativa e penal. (Redação dada IX – decidir, de ofício, ouvidos o Ministé-
pela Lei nº 11.689, de 2008) rio Público e a defesa, ou a requerimento
de qualquer destes, a argüição de extinção
Seção XVI de punibilidade; (Redação dada pela Lei nº
DAS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE 11.689, de 2008)
DO TRIBUNAL DO JÚRI X – resolver as questões de direito suscita-
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) das no curso do julgamento; (Redação dada
pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 497. São atribuições do juiz presidente do
Tribunal do Júri, além de outras expressamente XI – determinar, de ofício ou a requerimen-
referidas neste Código: (Redação dada pela Lei to das partes ou de qualquer jurado, as di-
nº 11.689, de 2008) ligências destinadas a sanar nulidade ou a
suprir falta que prejudique o esclarecimen-
I – regular a polícia das sessões e prender os to da verdade; (Redação dada pela Lei nº
desobedientes; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
11.689, de 2008)
XII – regulamentar, durante os debates, a
II – requisitar o auxílio da força pública, que intervenção de uma das partes, quando a
ficará sob sua exclusiva autoridade; (Reda- outra estiver com a palavra, podendo con-
ção dada pela Lei nº 11.689, de 2008) ceder até 3 (três) minutos para cada aparte
III – dirigir os debates, intervindo em caso requerido, que serão acrescidos ao tempo
de abuso, excesso de linguagem ou median- desta última. (Incluído pela Lei nº 11.689,
te requerimento de uma das partes; (Reda- de 2008)
ção dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
IV – resolver as questões incidentes que
não dependam de pronunciamento do júri;
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
V – nomear defensor ao acusado, quan-
do considerá-lo indefeso, podendo, neste

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MATERIAL COMPLEMENTAR

1. Conceito: é um procedimento especial para o processo nos crimes dolosos contra a vida
(art. 121 a 128, CP).
2. Linha do processo comum ordinário
3. Tipos de Procedimento
4. Fundamentos: art. 406 a 497, CPP
5. 1ª fase: Judicium acusattionis: art. 406 a 421, CPP
6. 2ª fase: Judicium causae: art.422 a 497, CPP
7. Da resposta do réu: art. 406, CPP
8. Da manifestação da acusação: art.409, CPP
9. Da audiência de instrução: art. 411, CPP
10. Do prazo para encerramento da fase da acusação: art. 412, CPP
11. Da decisão de pronúncia :art. 413, CPP
12. Da decisão de impronúncia: art. 414, CPP
13. Da decisão de absolvição sumária: art.415, CPP
14. Da decisão de desclasificação: art. 419,CPP
15. Da intimação da decisão de pronúncia: art. 420, CPP
16. Da preparação do processo para o julgamento em plenário: arts. 422 e 423, CPP
17. Do Alistamento dos jurados: arts. 425 e 426, CPP
18. Do desfaoramento: arts.427 e 428, CPP
19. Da organização da Pauta :arts. 429 a 431, CPP
20. Do sorteio e convocação dos jurados: arts. 432 a 435, CPP (25 jurados)
21. da função do jurado: arts. 436 a art. 446, CPP (ver casos de isenção do serviço do júri)
22. Da composição do Tribunal do Júri: art. 447, CPP
23. Casos de impedimento de jurados: art. 448, CPP (ver outros casos em que não poderá ser-
vir de jurado: art.49, CPP)
24. Da Reunião da Sessão do Tribunal do Júri: art. 453 a 472, CPP
25. Do Conselho de sentença: art. 463, CPP
26. Número mínimo de jurados para a sessão de instrução e julgamento :art. 463, CPP
27. Recusa dos jurados: art. 468, CPP
28. Da Instrução em Plenário: arts. 473 a 475, CPP
29. Dos debates: arts. 476 a 481, CPP
30. Dos quesitos e da sentença :arts. art. 482 a 490 e art. 492, CPP

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Linha do Processo

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Direito Processual Penal
Direito Penal

Código Penal Código de Processo Penal

Espécies de Procedimentos

ORDINÁRIO

COMUM SUMÁRIO

SUMARÍSSIMO
PROCEDIMENTOS

ESPECIAL

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Linha do Processo do Tribunal do Júri

CRIME DECISÃO RECURSO

1ª Fase: Judicium Accusationis: Art. 406 a 421 C.P.P.

2ª Fase: Judicium Causae: Art. 422 a 497 C.P.P.

PLENÁRIO

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Direito Processual Penal

PROCEDIMENTO ESPECIAL DE RESTAURAÇÃO DE


AUTOS EXTRAVIADOS OU DESTRUÍDOS

TÍTULO II com o prazo de dez dias, para o processo de


restauração dos autos.
Dos Processos Especiais § 3º Proceder-se-á à restauração na primei-
ra instância, ainda que os autos se tenham
extraviado na segunda.
CAPÍTULO VI Art. 542. No dia designado, as partes serão ouvi-
DO PROCESSO DE RESTAURAÇÃO das, mencionando-se em termo circunstanciado
DE AUTOS EXTRAVIADOS OU os pontos em que estiverem acordes e a exibi-
ção e a conferência das certidões e mais repro-
DESTRUÍDOS duções do processo apresentadas e conferidas.
Art. 541. Os autos originais de processo penal Art. 543. O juiz determinará as diligências ne-
extraviados ou destruídos, em primeira ou se- cessárias para a restauração, observando-se o
gunda instância, serão restaurados. seguinte:
§ 1º Se existir e for exibida cópia autêntica I – caso ainda não tenha sido proferida a
ou certidão do processo, será uma ou outra sentença, reinquirir-se-ão as testemunhas
considerada como original. podendo ser substituídas as que tiverem fa-
lecido ou se encontrarem em lugar não sa-
§ 2º Na falta de cópia autêntica ou certidão
bido;
do processo, o juiz mandará, de ofício, ou a
requerimento de qualquer das partes, que: II – os exames periciais, quando possível,
serão repetidos, e de preferência pelos
a) o escrivão certifique o estado do proces-
mesmos peritos;
so, segundo a sua lembrança, e reproduza o
que houver a respeito em seus protocolos e III – a prova documental será reproduzida
registros; por meio de cópia autêntica ou, quando im-
possível, por meio de testemunhas;
b) sejam requisitadas cópias do que constar
a respeito no Instituto Médico-Legal, no Ins- IV – poderão também ser inquiridas sobre
tituto de Identificação e Estatística ou em os atos do processo, que deverá ser res-
estabelecimentos congêneres, repartições taurado, as autoridades, os serventuários,
públicas, penitenciárias ou cadeias; os peritos e mais pessoas que tenham nele
funcionado;
c) as partes sejam citadas pessoalmente,
ou, se não forem encontradas, por edital, V – o Ministério Público e as partes poderão
oferecer testemunhas e produzir documen-

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tos, para provar o teor do processo extravia- TÍTULO II
do ou destruído.
Art. 544. Realizadas as diligências que, salvo Dos Processos Especiais
motivo de força maior, deverão concluir-se den-
tro de vinte dias, serão os autos conclusos para
julgamento.
CAPÍTULO VI
Parágrafo único. No curso do processo, e DO PROCESSO DE RESTAURAÇÃO
depois de subirem os autos conclusos para
DE AUTOS EXTRAVIADOS OU
sentença, o juiz poderá, dentro em cinco
dias, requisitar de autoridades ou de repar- DESTRUÍDOS
tições todos os esclarecimentos para a res-
Art. 541. Os autos originais de processo penal
tauração.
extraviados ou destruídos, em primeira ou se-
Art. 545. Os selos e as taxas judiciárias, já pa- gunda instância, serão restaurados.
gos nos autos originais, não serão novamente
§ 1º Se existir e for exibida cópia autêntica
cobrados.
ou certidão do processo, será uma ou outra
Art. 546. Os causadores de extravio de autos considerada como original.
responderão pelas custas, em dobro, sem preju-
§ 2º Na falta de cópia autêntica ou certidão
ízo da responsabilidade criminal.
do processo, o juiz mandará, de ofício, ou a
Art. 547. Julgada a restauração, os autos respec- requerimento de qualquer das partes, que:
tivos valerão pelos originais.
a) o escrivão certifique o estado do proces-
Parágrafo único. Se no curso da restauração so, segundo a sua lembrança, e reproduza o
aparecerem os autos originais, nestes con- que houver a respeito em seus protocolos e
tinuará o processo, apensos a eles os autos registros;
da restauração.
b) sejam requisitadas cópias do que constar
Art. 548. Até à decisão que julgue restaurados a respeito no Instituto Médico-Legal, no Ins-
os autos, a sentença condenatória em execução tituto de Identificação e Estatística ou em
continuará a produzir efeito, desde que conste estabelecimentos congêneres, repartições
da respectiva guia arquivada na cadeia ou na públicas, penitenciárias ou cadeias;
penitenciária, onde o réu estiver cumprindo a
c) as partes sejam citadas pessoalmente,
pena, ou de registro que torne a sua existência
ou, se não forem encontradas, por edital,
inequívoca.
com o prazo de dez dias, para o processo de
restauração dos autos.
§ 3º Proceder-se-á à restauração na primei-
ra instância, ainda que os autos se tenham
extraviado na segunda.
Art. 542. No dia designado, as partes serão ouvi-
das, mencionando-se em termo circunstanciado
os pontos em que estiverem acordes e a exibi-
ção e a conferência das certidões e mais repro-
duções do processo apresentadas e conferidas.

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Art. 543. O juiz determinará as diligências ne- Parágrafo único. Se no curso da restauração
cessárias para a restauração, observando-se o aparecerem os autos originais, nestes con-
seguinte: tinuará o processo, apensos a eles os autos
da restauração.
I – caso ainda não tenha sido proferida a
sentença, reinquirir-se-ão as testemunhas Art. 548. Até à decisão que julgue restaurados
podendo ser substituídas as que tiverem fa- os autos, a sentença condenatória em execução
lecido ou se encontrarem em lugar não sa- continuará a produzir efeito, desde que conste
bido; da respectiva guia arquivada na cadeia ou na
penitenciária, onde o réu estiver cumprindo a
II – os exames periciais, quando possível, pena, ou de registro que torne a sua existência
serão repetidos, e de preferência pelos inequívoca.
mesmos peritos;
III – a prova documental será reproduzida
por meio de cópia autêntica ou, quando im-
possível, por meio de testemunhas;
IV – poderão também ser inquiridas sobre
os atos do processo, que deverá ser res-
taurado, as autoridades, os serventuários,
os peritos e mais pessoas que tenham nele
funcionado;
V – o Ministério Público e as partes poderão
oferecer testemunhas e produzir documen-
tos, para provar o teor do processo extravia-
do ou destruído.
Art. 544. Realizadas as diligências que, salvo
motivo de força maior, deverão concluir-se den-
tro de vinte dias, serão os autos conclusos para
julgamento.
Parágrafo único. No curso do processo, e
depois de subirem os autos conclusos para
sentença, o juiz poderá, dentro em cinco
dias, requisitar de autoridades ou de repar-
tições todos os esclarecimentos para a res-
tauração.
Art. 545. Os selos e as taxas judiciárias, já pa-
gos nos autos originais, não serão novamente
cobrados.
Art. 546. Os causadores de extravio de autos
responderão pelas custas, em dobro, sem preju-
ízo da responsabilidade criminal.
Art. 547. Julgada a restauração, os autos respec-
tivos valerão pelos originais.

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Direito Processual Penal

NULIDADES

CÓDIGO DE PROCESSO PENAL f) a sentença de pronúncia, o libelo e a en-


trega da respectiva cópia, com o rol de tes-
temunhas, nos processos perante o Tribunal
TÍTULO I do Júri;

Das Nulidades g) a intimação do réu para a sessão de jul-


gamento, pelo Tribunal do Júri, quando a lei
Art. 563. Nenhum ato será declarado nulo, se não permitir o julgamento à revelia;
da nulidade não resultar prejuízo para a acusa-
h) a intimação das testemunhas arroladas
ção ou para a defesa.
no libelo e na contrariedade, nos termos es-
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes ca- tabelecidos pela lei;
sos:
i) a presença pelo menos de 15 jurados para
I – por incompetência, suspeição ou subor- a constituição do júri;
no do juiz;
j) o sorteio dos jurados do conselho de sen-
II – por ilegitimidade de parte; tença em número legal e sua incomunicabi-
lidade;
III – por falta das fórmulas ou dos termos
seguintes: k) os quesitos e as respectivas respostas;
a) a denúncia ou a queixa e a representação l) a acusação e a defesa, na sessão de julga-
e, nos processos de contravenções penais, mento;
a portaria ou o auto de prisão em flagrante;
m) a sentença;
b) o exame do corpo de delito nos crimes
n) o recurso de oficio, nos casos em que a
que deixam vestígios, ressalvado o disposto
lei o tenha estabelecido;
no Art. 167;
o) a intimação, nas condições estabelecidas
c) a nomeação de defensor ao réu presente,
pela lei, para ciência de sentenças e despa-
que o não tiver, ou ao ausente, e de curador
chos de que caiba recurso;
ao menor de 21 anos;
p) no Supremo Tribunal Federal e nos Tri-
d) a intervenção do Ministério Público em
bunais de Apelação, o quorum legal para o
todos os termos da ação por ele intentada e
julgamento;
nos da intentada pela parte ofendida, quan-
do se tratar de crime de ação pública; IV - por omissão de formalidade que consti-
tua elemento essencial do ato.
e) a citação do réu para ver-se processar, o
seu interrogatório, quando presente, e os Parágrafo único. Ocorrerá ainda a nulidade,
prazos concedidos à acusação e à defesa; por deficiência dos quesitos ou das suas

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respostas, e contradição entre estas. pois desse prazo, logo depois de aberta a
(Incluído pela Lei nº 263, de 23.2.1948) audiência e apregoadas as partes;
Art. 565. Nenhuma das partes poderá arguir nu- IV – as do processo regulado no Capítulo VII
lidade a que haja dado causa, ou para que tenha do Título II do Livro II, logo depois de aberta
concorrido, ou referente a formalidade cuja ob- a audiência;
servância só à parte contrária interesse.
V – as ocorridas posteriormente à pronún-
Art. 566. Não será declarada a nulidade de ato cia, logo depois de anunciado o julgamento
processual que não houver influído na apuração e apregoadas as partes (art. 447);
da verdade substancial ou na decisão da causa.
VI – as de instrução criminal dos processos
Art. 567. A incompetência do juízo anula so- de competência do Supremo Tribunal Fede-
mente os atos decisórios, devendo o processo, ral e dos Tribunais de Apelação, nos prazos
quando for declarada a nulidade, ser remetido a que se refere o art. 500;
ao juiz competente.
VII – se verificadas após a decisão da pri-
Art. 568. A nulidade por ilegitimidade do re- meira instância, nas razões de recurso ou
presentante da parte poderá ser a todo tempo logo depois de anunciado o julgamento do
sanada, mediante ratificação dos atos processu- recurso e apregoadas as partes;
ais.
VIII – as do julgamento em plenário, em au-
Art. 569. As omissões da denúncia ou da queixa, diência ou em sessão do tribunal, logo de-
da representação, ou, nos processos das contra- pois de ocorrerem.
venções penais, da portaria ou do auto de pri-
são em flagrante, poderão ser supridas a todo o Art. 572. As nulidades previstas no art. 564, Ill, d
tempo, antes da sentença final. e e, segunda parte, g e h, e IV, considerar-se-ão
sanadas:
Art. 570. A falta ou a nulidade da citação, da
intimação ou notificação estará sanada, desde I – se não forem arguidas, em tempo opor-
que o interessado compareça, antes de o ato tuno, de acordo com o disposto no artigo
consumar-se, embora declare que o faz para o anterior;
único fim de argüi-la. O juiz ordenará, todavia, II – se, praticado por outra forma, o ato ti-
a suspensão ou o adiamento do ato, quando ver atingido o seu fim;
reconhecer que a irregularidade poderá prejudi-
car direito da parte. III – se a parte, ainda que tacitamente, tiver
aceito os seus efeitos.
Art. 571. As nulidades deverão ser arguidas:
Art. 573. Os atos, cuja nulidade não tiver sido
I – as da instrução criminal dos processos da sanada, na forma dos artigos anteriores, serão
competência do júri, nos prazos a que se re- renovados ou retificados.
fere o art. 406;
§ 1º A nulidade de um ato, uma vez declara-
II – as da instrução criminal dos processos da, causará a dos atos que dele diretamente
de competência do juiz singular e dos pro- dependam ou sejam conseqüência.
cessos especiais, salvo os dos Capítulos V e
Vll do Título II do Livro II, nos prazos a que § 2º O juiz que pronunciar a nulidade decla-
se refere o art. 500; rará os atos a que ela se estende.

III – as do processo sumário, no prazo a que


se refere o art. 537, ou, se verificadas de-

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Direito Processual Penal – Nulidades – Prof. Joerberth Nunes

MATERIAL DE APOIO

CONCEITO: são espécies de atos que implicam em tornar sem valor um ato processual, deven-
do este ser refeito.
ESPÉCIES:
ABSOLUTAS: podem ser reconhecidas de ofício pelo juiz a qualquer tempo ou pelas partes,
ofendendo o devido pro cesso legal.
RELATIVAS: não podem, em regra, serem arguidas de ofício pelo juiz, mas só invocada pelas
partes no momento processual apropriado.
PRINCÍPIOS:
NÃO HÁ NULIDADE SEM PREJUÍZO: PRINCÍPIO DO PREJUÍZO: ART. 563, CPP
NÃO HÁ NULIDADE PROVOCADA PELA PARTE: PRINCÍPIO DO INTERESSE: ART. 565, CPP
A NULIDADE DE UM ATO IMPLICA A DE OUTROS: PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE: ART. 573, PAR.
1º E 2º, CPP
CONSERVAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS: ART. 567, CPP
CONVALIDAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS
TIPOS LEGAIS DE NULIDADES : ART. 564 C/C ART. 572, CPP
ABSOLUTAS : ART. 564, I, II, III, “a”, “b”, “c”, “e”, “f”, “i”, “j”, “k”, “l”, “m”, “n”,”o”,”p” e p.único, CPP
RELATIVAS : ART. 564, III, “d”, “e”, 2ª parte, “g”, “h”, IV, CPP
O momento para arguição das nulidades relativas, pois as absolutas podem se dar a qualquer
tempo, segue o art. 571, CPP. Já o art. 572, CPP disciplina a convalidação das nulidades relativas.
O principal é saber quais são consideradas nulidades absolutas e as relativas.
A doutrina diverge sobre nulidades absolutas e relativas, sendo que o tópico acima é seguido
por parte dos autor

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Direito Processual Penal

RECURSOS EM GERAL

TÍTULO II § 1º Não sabendo ou não podendo o réu


assinar o nome, o termo será assinado por
Dos Recursos em Geral alguém, a seu rogo, na presença de duas
testemunhas.
§ 2º A petição de interposição de recurso,
com o despacho do juiz, será, até o dia se-
CAPÍTULO I guinte ao último do prazo, entregue ao es-
DISPOSIÇÕES GERAIS crivão, que certificará no termo da juntada
a data da entrega.
Art. 574. Os recursos serão voluntários, excetu-
ando-se os seguintes casos, em que deverão ser § 3º Interposto por termo o recurso, o escri-
interpostos, de ofício, pelo juiz: vão, sob pena de suspensão por dez a trinta
dias, fará conclusos os autos ao juiz, até o
I – da sentença que conceder habeas cor- dia seguinte ao último do prazo.
pus;
Art. 579. Salvo a hipótese de má-fé, a parte não
II – da que absolver desde logo o réu com será prejudicada pela interposição de um recur-
fundamento na existência de circunstância so por outro.
que exclua o crime ou isente o réu de pena,
nos termos do art. 411. Parágrafo único. Se o juiz, desde logo, reco-
nhecer a impropriedade do recurso inter-
Art. 575. Não serão prejudicados os recursos posto pela parte, mandará processá-lo de
que, por erro, falta ou omissão dos funcionários, acordo com o rito do recurso cabível.
não tiverem seguimento ou não forem apresen-
tados dentro do prazo. Art. 580. No caso de concurso de agentes (Códi-
go Penal, art. 25), a decisão do recurso interpos-
Art. 576. O Ministério Público não poderá desis- to por um dos réus, se fundado em motivos que
tir de recurso que haja interposto. não sejam de caráter exclusivamente pessoal,
Art. 577. O recurso poderá ser interposto pelo aproveitará aos outros.
Ministério Público, ou pelo querelante, ou pelo
réu, seu procurador ou seu defensor.
Parágrafo único. Não se admitirá, entretan-
to, recurso da parte que não tiver interesse
na reforma ou modificação da decisão.
Art. 578. O recurso será interposto por petição
ou por termo nos autos, assinado pelo recorren-
te ou por seu representante.

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MATERIAL COMPLEMENTAR:

1. CONCEITO DE RECURSO: É O DIREITO DE REVER UMA DECISÃO JUDICIAL PELA INSTÂNCIA


SUPERIOR DENTRO DOS REQUISITOS LEGAIS.
2. NATUREZA JURÍDICA: DIREITO DE AÇÃO
3. CARACTERÍSTICAS:
•• VOLUNTARIEDADE
•• TEMPESTIVIDADE
•• TAXATIVIDADE
4. EFEITOS ;
•• DEVOLUTIVO
•• SUSPENSIVO
5. ART. 574, CPP: RECURSO DE OFÍCIO OU DENOMINADO REEXAME NECESSÁRIO
6. ART. 576, CPP: PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE RECURSAL
7. ART. 577 E P.U., CPP: PRESSUPOSTO SUBJETIVO DE ADMISSIBILIDADE DOS RECURSOS: INTE-
RESSE RECURAL
8. ART. 578, CPP: PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DOS RECURSOS
•• PRESSUPOSTOS OBJETIVOS:
•• CABIMENTO
•• ADEQUAÇÃO
•• TEMPESTIVIDADE
•• PRESSUPOSTOS SUBJTIVOS:
•• INTERESSE DA PARTE
•• LEGITIMIDADE
•• IMPEDIMENTOS AO PROCESSAMENTO DOS RECURSOS:
•• DESISTÊNCIA: O RÉU, POR MEIO DE SEU DEFENSOR, NÃO MAIS QUER DAR ANDAMEN-
TO AO RECURSO. NÃO OCORRE NO TOCANTE AO MP (ART. 576, CPP)
•• RENÚNCIA: ANTES DE AJUIZAR O RECURSO, PODE A PARTE INFORMAR QUE NÃO DESE-
JA RECORRER.
•• DESERÇÃO: O RÉU NÃO PAGA AS CUSTAS DEVIDAS (ART. 806,PAR. 2º PARTE FINAL,CPP)
OU, SE FOR O CASO, NÃO FAZ O TRASLADO DEVIDO DE PEÇAS DOS REFERIDOS AUTOS
(ART. 601, PAR. 1º, CPP, AINDA QUE NÃO ESTEJA PREVISTO NESTE DISPOSITIVO LEGAL
A DESERÇÃO)
9. ART. 579, CPP: PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE RECURSAL
10. ART. 580, CPP: AMPLIAÇÃO DOS EFEITOS DOS RECURSOS A TODOS OS RÉUS, DESDE QUE
NÃO SE REFIRA A CONDIÇÕES DE CARÁTER PESSOAL

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Direito Processual Penal – Recursos em Geral – Prof. Joerberth Nunes

Linha do Processo

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Direito Processual Penal
Direito Penal

Código Penal Código de Processo Penal

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Direito Processual Penal

SLIDES – RECURSOS EM ESPÉCIE

Recursos em Espécie
Linha do Processo

Direito Processual Penal


Direito Penal

Código Penal Código de Processo Penal

Recursos em Espécie
TÍTULO II
Dos Recursos em Geral
CAPÍTULO II
DO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou
sentença:
I – que não receber a denúncia ou a queixa;
II – que concluir pela incompetência do juízo;
III – que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição;
IV – que pronunciar o réu; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
V – que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança,
indeferir requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, conceder
liberdade provisória ou relaxar a prisão em flagrante; (Redação dada
pela Lei nº 7.780, de 22.6.1989)

www.acasadoconcurseiro.com.br 929
Recursos em Espécie
VI – (Revogado pela Lei nº 11.689, de 2008)
VII – que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor;
VIII – que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a
punibilidade;
IX – que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra
causa extintiva da punibilidade;
X – que conceder ou negar a ordem de habeas corpus;
XI – que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena;
XII – que conceder, negar ou revogar livramento condicional;
XIII – que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte;
XIV – que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir;
XV – que denegar a apelação ou a julgar deserta;
XVI – que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão
prejudicial;

Recursos em Espécie
XVII – que decidir sobre a unificação de penas;
XVIII – que decidir o incidente de falsidade;
XIX – que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em
julgado;
XX – que impuser medida de segurança por transgressão de outra;
XXI – que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art. 774;
XXII – que revogar a medida de segurança;
XXIII – que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei
admita a revogação;
XXIV – que converter a multa em detenção ou em prisão simples.
Art. 582. Os recursos serão sempre para o Tribunal de Apelação, salvo nos casos
dos números V, X e XIV.
Parágrafo único. O recurso, no caso do no XIV, será para o presidente do
Tribunal de Apelação.

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Direito Processual Penal – Recursos em Espécie – Prof. Joeberth Nunes

Recursos em Espécie
Art. 583. Subirão nos próprios autos os recursos:
I – quando interpostos de oficio;
II – nos casos do art. 581, I, III, IV, VI, VIII e X;
III – quando o recurso não prejudicar o andamento do processo.
Parágrafo único. O recurso da pronúncia subirá em traslado, quando,
havendo dois ou mais réus, qualquer deles se conformar com a decisão ou
todos não tiverem sido ainda intimados da pronúncia.
Art. 584. Os recursos terão efeito suspensivo nos casos de perda da fiança, de
concessão de livramento condicional e dos ns. XV, XVII e XXIV do art. 581.
§ 1º Ao recurso interposto de sentença de impronúncia ou no caso do no
VIII do art. 581, aplicar-se-á o disposto nos arts. 596 e 598.
§ 2º O recurso da pronúncia suspenderá tão-somente o julgamento.
§ 3º O recurso do despacho que julgar quebrada a fiança suspenderá
unicamente o efeito de perda da metade do seu valor.

Recursos em Espécie
Art. 585. O réu não poderá recorrer da pronúncia senão depois
de preso, salvo se prestar fiança, nos casos em que a lei a admitir.
Art. 586. O recurso voluntário poderá ser interposto no prazo de cinco dias.
Parágrafo único. No caso do art. 581, XIV, o prazo será de vinte dias,
contado da data da publicação definitiva da lista de jurados.
Art. 587. Quando o recurso houver de subir por instrumento, a parte indicará,
no respectivo termo, ou em requerimento avulso, as peças dos autos de que
pretenda traslado.
Parágrafo único. O traslado será extraído, conferido e concertado no prazo
de cinco dias, e dele constarão sempre a decisão recorrida, a certidão de
sua intimação, se por outra forma não for possível verificar-se a
oportunidade do recurso, e o termo de interposição.

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Recursos em Espécie
Art. 588. Dentro de dois dias, contados da interposição do recurso,
ou do dia em que o escrivão, extraído o traslado, o fizer com vista ao
recorrente, este oferecerá as razões e, em seguida, será aberta vista ao
recorrido por igual prazo.
Parágrafo único. Se o recorrido for o réu, será intimado do prazo na pessoa
do defensor.
Art. 589. Com a resposta do recorrido ou sem ela, será o recurso concluso ao
juiz, que, dentro de dois dias, reformará ou sustentará o seu despacho,
mandando instruir o recurso com os traslados que lhe parecerem necessários.
Parágrafo único. Se o juiz reformar o despacho recorrido, a parte contrária,
por simples petição, poderá recorrer da nova decisão, se couber recurso,
não sendo mais lícito ao juiz modificá-la. Neste caso, independentemente
de novos arrazoados, subirá o recurso nos próprios autos ou em traslado.

Recursos em Espécie
Art. 590. Quando for impossível ao escrivão extrair o traslado no
prazo da lei, poderá o juiz prorrogá-lo até o dobro.
Art. 591. Os recursos serão apresentados ao juiz ou tribunal ad quem, dentro
de cinco dias da publicação da resposta do juiz a quo, ou entregues ao Correio
dentro do mesmo prazo.
Art. 592. Publicada a decisão do juiz ou do tribunal ad quem, deverão os autos
ser devolvidos, dentro de cinco dias, ao juiz a quo.
CAPÍTULO III
DA APELAÇÃO
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias:
I – das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por
juiz singular;
II – das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz
singular nos casos não previstos no Capítulo anterior;

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Direito Processual Penal – Recursos em Espécie – Prof. Joeberth Nunes

Recursos em Espécie
III – das decisões do Tribunal do Júri, quando:
a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia;
b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão
dos jurados;
c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de
segurança;
d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos.
§ 1º Se a sentença do juiz-presidente for contrária à lei expressa ou divergir
das respostas dos jurados aos quesitos, o tribunal ad quem fará a devida
retificação.
§ 2º Interposta a apelação com fundamento no no III, c, deste artigo, o
tribunal ad quem, se lhe der provimento, retificará a aplicação da pena ou
da medida de segurança.

Recursos em Espécie
§ 3º Se a apelação se fundar no no III, d, deste artigo, e o tribunal
ad quem se convencer de que a decisão dos jurados é manifestamente
contrária à prova dos autos, dar-lhe-á provimento para sujeitar o réu a
novo julgamento; não se admite, porém, pelo mesmo motivo, segunda
apelação.
§ 4º Quando cabível a apelação, não poderá ser usado o recurso em
sentido estrito, ainda que somente de parte da decisão se recorra.
Art. 594. (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 595. (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 596. A apelação da sentença absolutória não impedirá que o réu seja
posto imediatamente em liberdade.
Parágrafo único. A apelação não suspenderá a execução da medida de
segurança aplicada provisoriamente.

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Recursos em Espécie
Art. 597. A apelação de sentença condenatória terá efeito suspensivo
salvo o disposto no art. 393, a aplicação provisória de interdições de direitos e
de medidas de segurança (arts. 374 e 378), e o caso de suspensão condicional
de pena.
Art. 598. Nos crimes de competência do Tribunal do Júri, ou do juiz singular, se
da sentença não for interposta apelação pelo Ministério Público no prazo
legal, o ofendido ou qualquer das pessoas enumeradas no art. 31, ainda que
não se tenha habilitado como assistente, poderá interpor apelação, que não
terá, porém, efeito suspensivo.
Parágrafo único. O prazo para interposição desse recurso será de quinze
dias e correrá do dia em que terminar o do Ministério Público.
Art. 599. As apelações poderão ser interpostas quer em relação a todo o
julgado, quer em relação a parte dele.

Recursos em Espécie
Art. 600. Assinado o termo de apelação, o apelante e, depois dele, o
apelado terão o prazo de oito dias cada um para oferecer razões, salvo nos
processos de contravenção, em que o prazo será de três dias.
§ 1º Se houver assistente, este arrazoará, no prazo de três dias, após o
Ministério Público.
§ 2º Se a ação penal for movida pela parte ofendida, o Ministério Público
terá vista dos autos, no prazo do parágrafo anterior.
§ 3º Quando forem dois ou mais os apelantes ou apelados, os prazos serão
comuns.
§ 4º Se o apelante declarar, na petição ou no termo, ao interpor a
apelação, que deseja arrazoar na superior instância serão os autos
remetidos ao tribunal ad quem onde será aberta vista às partes,
observados os prazos legais, notificadas as partes pela publicação oficial.

934 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Penal – Recursos em Espécie – Prof. Joeberth Nunes

Recursos em Espécie
Art. 601. Findos os prazos para razões, os autos serão remetidos à
instância superior, com as razões ou sem elas, no prazo de 5 (cinco) dias, salvo
no caso do art. 603, segunda parte, em que o prazo será de trinta dias.
§ 1º Se houver mais de um réu, e não houverem todos sido julgados, ou
não tiverem todos apelado, caberá ao apelante promover extração do
traslado dos autos, o qual deverá ser remetido à instância superior no
prazo de trinta dias, contado da data da entrega das últimas razões de
apelação, ou do vencimento do prazo para a apresentação das do apelado.
§ 2º As despesas do traslado correrão por conta de quem o solicitar, salvo
se o pedido for de réu pobre ou do Ministério Público.
Art. 602. Os autos serão, dentro dos prazos do artigo anterior, apresentados
ao tribunal ad quem ou entregues ao Correio, sob registro.

Recursos em Espécie
Art. 603. A apelação subirá nos autos originais e, a não ser no Distrito
Federal e nas comarcas que forem sede de Tribunal de Apelação, ficará em
cartório traslado dos termos essenciais do processo referidos no art. 564, III.
Arts. 604 a 606. (Revogados pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
CAPÍTULO IV
DO PROTESTO POR NOVO JÚRI
Art. 607. (Revogado pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 608. (Revogado pela Lei nº 11.689, de 2008)
CAPÍTULO V
DO PROCESSO E DO JULGAMENTO DOS RECURSOS EM SENTIDO ESTRITO
E DAS APELAÇÕES, NOS TRIBUNAIS DE APELAÇÃO
Art. 609. Os recursos, apelações e embargos serão julgados pelos Tribunais de
Justiça, câmaras ou turmas criminais, de acordo com a competência
estabelecida nas leis de organização judiciária.

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Recursos em Espécie
Parágrafo único. Quando não for unânime a decisão de segunda
instância, desfavorável ao réu, admitem-se embargos infringentes e de nulidade,
que poderão ser opostos dentro de 10 (dez) dias, a contar da publicação de
acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo for parcial, os embargos serão
restritos à matéria objeto de divergência
Art. 610. Nos recursos em sentido estrito, com exceção do de habeas corpus, e nas
apelações interpostas das sentenças em processo de contravenção ou de crime a que
a lei comine pena de detenção, os autos irão imediatamente com vista ao procurador-
geral pelo prazo de cinco dias, e, em seguida, passarão, por igual prazo, ao relator, que
pedirá designação de dia para o julgamento.
Parágrafo único. Anunciado o julgamento pelo presidente, e apregoadas as
partes, com a presença destas ou à sua revelia, o relator fará a exposição do feito
e, em seguida, o presidente concederá, pelo prazo de 10 (dez) minutos, a palavra
aos advogados ou às partes que a solicitarem e ao procurador-geral, quando o
requerer, por igual prazo.

Recursos em Espécie
Art. 611. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 552, de 25.4.1969)
Art. 612. Os recursos de habeas corpus, designado o relator, serão julgados na
primeira sessão.
Art. 613. As apelações interpostas das sentenças proferidas em processos por crime a
que a lei comine pena de reclusão, deverão ser processadas e julgadas pela forma
estabelecida no Art. 610, com as seguintes modificações:
I – exarado o relatório nos autos, passarão estes ao revisor, que terá igual prazo
para o exame do processo e pedirá designação de dia para o julgamento;
II – os prazos serão ampliados ao dobro;
III – o tempo para os debates será de um quarto de hora.
Art. 614. No caso de impossibilidade de observância de qualquer dos prazos
marcados nos arts. 610 e 613, os motivos da demora serão declarados nos autos.
Art. 615. O tribunal decidirá por maioria de votos.

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Direito Processual Penal – Recursos em Espécie – Prof. Joeberth Nunes

Recursos em Espécie
§ 1º Havendo empate de votos no julgamento de recursos, se o
presidente do tribunal, câmara ou turma, não tiver tomado parte na votação,
proferirá o voto de desempate; no caso contrário, prevalecerá a decisão mais
favorável ao réu.
§ 2º O acórdão será apresentado à conferência na primeira sessão seguinte à do
julgamento, ou no prazo de duas sessões, pelo juiz incumbido de lavrá-lo.
Art. 616. No julgamento das apelações poderá o tribunal, câmara ou turma proceder
a novo interrogatório do acusado, reinquirir testemunhas ou determinar outras
diligências.
Art. 617. O tribunal, câmara ou turma atenderá nas suas decisões ao disposto nos
arts. 383, 386 e 387, no que for aplicável, não podendo, porém, ser agravada a pena,
quando somente o réu houver apelado da sentença.
Art. 618. Os regimentos dos Tribunais de Apelação estabelecerão as normas
complementares para o processo e julgamento dos recursos e apelações.

Recursos em Espécie
CAPÍTULO VI
DOS EMBARGOS
Art. 619. Aos acórdãos proferidos pelos Tribunais de Apelação, câmaras ou turmas,
poderão ser opostos embargos de declaração, no prazo de dois dias contados da sua
publicação, quando houver na sentença ambiguidade, obscuridade, contradição ou
omissão.
Art. 620. Os embargos de declaração serão deduzidos em requerimento de que
constem os pontos em que o acórdão é ambíguo, obscuro, contraditório ou omisso.
§ 1º O requerimento será apresentado pelo relator e julgado,
independentemente de revisão, na primeira sessão.
§ 2º Se não preenchidas as condições enumeradas neste artigo, o relator
indeferirá desde logo o requerimento.
CAPÍTULO VII
DA REVISÃO
Art. 621. A revisão dos processos findos será admitida:

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Recursos em Espécie
I – quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da
lei penal ou à evidência dos autos;
II – quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou
documentos comprovadamente falsos;
III – quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do
condenado ou de circunstância que determine ou autorize diminuição especial da
pena.
Art. 622. A revisão poderá ser requerida em qualquer tempo, antes da extinção da
pena ou após.
Parágrafo único. Não será admissível a reiteração do pedido, salvo se fundado em
novas provas.
Art. 623. A revisão poderá ser pedida pelo próprio réu ou por procurador legalmente
habilitado ou, no caso de morte do réu, pelo cônjuge, ascendente, descendente ou
irmão.
Art. 624. As revisões criminais serão processadas e julgadas:

Recursos em Espécie
I – pelo Supremo Tribunal Federal, quanto às condenações por ele
proferidas;
II – pelo Tribunal Federal de Recursos, Tribunais de Justiça ou de Alçada, nos
demais casos.
§ 1º No Supremo Tribunal Federal e no Tribunal Federal de Recursos o processo e
julgamento obedecerão ao que for estabelecido no respectivo regimento interno.
§ 2º Nos Tribunais de Justiça ou de Alçada, o julgamento será efetuado pelas
câmaras ou turmas criminais, reunidas em sessão conjunta, quando houver mais
de uma, e, no caso contrário, pelo tribunal pleno.
§ 3º Nos tribunais onde houver quatro ou mais câmaras ou turmas criminais,
poderão ser constituídos dois ou mais grupos de câmaras ou turmas para o
julgamento de revisão, obedecido o que for estabelecido no respectivo regimento
interno.

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Direito Processual Penal – Recursos em Espécie – Prof. Joeberth Nunes

Recursos em Espécie
Art. 625. O requerimento será distribuído a um relator e a um revisor,
devendo funcionar como relator um desembargador que não tenha pronunciado
decisão em qualquer fase do processo.
§ 1º O requerimento será instruído com a certidão de haver passado em julgado a
sentença condenatória e com as peças necessárias à comprovação dos fatos
arguidos.
§ 2º O relator poderá determinar que se apensem os autos originais, se daí não
advier dificuldade à execução normal da sentença.
§ 3º Se o relator julgar insuficientemente instruído o pedido e inconveniente ao
interesse da justiça que se apensem os autos originais, indeferi-lo-á in limine,
dando recurso para as câmaras reunidas ou para o tribunal, conforme o caso (art.
624, parágrafo único).
§ 4º Interposto o recurso por petição e independentemente de termo, o relator
apresentará o processo em mesa para o julgamento e o relatará, sem tomar parte
na discussão.

Recursos em Espécie
§ 5º Se o requerimento não for indeferido in limine, abrir-se-á vista dos
autos ao procurador-geral, que dará parecer no prazo de dez dias. Em seguida,
examinados os autos, sucessivamente, em igual prazo, pelo relator e revisor,
julgar-se-á o pedido na sessão que o presidente designar.
Art. 626. Julgando procedente a revisão, o tribunal poderá alterar a classificação da
infração, absolver o réu, modificar a pena ou anular o processo.
Parágrafo único. De qualquer maneira, não poderá ser agravada a pena imposta
pela decisão revista.
Art. 627. A absolvição implicará o restabelecimento de todos os direitos perdidos em
virtude da condenação, devendo o tribunal, se for caso, impor a medida de segurança
cabível.
Art. 628. Os regimentos internos dos Tribunais de Apelação estabelecerão as normas
complementares para o processo e julgamento das revisões criminais.
Art. 629. À vista da certidão do acórdão que cassar a sentença condenatória, o juiz
mandará juntá-la imediatamente aos autos, para inteiro cumprimento da decisão.

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Recursos em Espécie
Art. 630. O tribunal, se o interessado o requerer, poderá reconhecer o
direito a uma justa indenização pelos prejuízos sofridos.
§ 1º Por essa indenização, que será liquidada no juízo cível, responderá a União, se
a condenação tiver sido proferida pela justiça do Distrito Federal ou de Território,
ou o Estado, se o tiver sido pela respectiva justiça.
§ 2º A indenização não será devida:
a) se o erro ou a injustiça da condenação proceder de ato ou falta imputável ao
próprio impetrante, como a confissão ou a ocultação de prova em seu poder;
b) se a acusação houver sido meramente privada.
Art. 631. Quando, no curso da revisão, falecer a pessoa, cuja condenação tiver de ser
revista, o presidente do tribunal nomeará curador para a defesa.
CAPÍTULO VIII
DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Arts. 632. a 636. Revogados pela Lei nº 3.396, de 2.6.1958:

Recursos em Espécie
Art. 637. O recurso extraordinário não tem efeito suspensivo, e uma vez
arrazoados pelo recorrido os autos do traslado, os originais baixarão à primeira
instância, para a execução da sentença.
Art. 638. O recurso extraordinário será processado e julgado no Supremo Tribunal
Federal na forma estabelecida pelo respectivo regimento interno.
CAPÍTULO IX
DA CARTA TESTEMUNHÁVEL
Art. 639. Dar-se-á carta testemunhável:
I – da decisão que denegar o recurso;
II – da que, admitindo embora o recurso, obstar à sua expedição e seguimento
para o juízo ad quem.
Art. 640. A carta testemunhável será requerida ao escrivão, ou ao secretário do
tribunal, conforme o caso, nas quarenta e oito horas seguintes ao despacho que
denegar o recurso, indicando o requerente as peças do processo que deverão ser
trasladadas.

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Recursos em Espécie
Art. 641. O escrivão, ou o secretário do tribunal, dará recibo da petição à
parte e, no prazo máximo de cinco dias, no caso de recurso no sentido estrito,
ou de sessenta dias, no caso de recurso extraordinário, fará entrega da carta,
devidamente conferida e concertada.
Art. 642. O escrivão, ou o secretário do tribunal, que se negar a dar o recibo,
ou deixar de entregar, sob qualquer pretexto, o instrumento, será suspenso
por trinta dias. O juiz, ou o presidente do Tribunal de Apelação, em face de
representação do testemunhante, imporá a pena e mandará que seja extraído
o instrumento, sob a mesma sanção, pelo substituto do escrivão ou do
secretário do tribunal. Se o testemunhante não for atendido, poderá reclamar
ao presidente do tribunal ad quem, que avocará os autos, para o efeito do
julgamento do recurso e imposição da pena.

Recursos em Espécie
Art. 643. Extraído e autuado o instrumento, observar-se-á o disposto
nos arts. 588 a 592, no caso de recurso em sentido estrito, ou o processo
estabelecido para o recurso extraordinário, se deste se tratar.
Art. 644. O tribunal, câmara ou turma a que competir o julgamento da carta,
se desta tomar conhecimento, mandará processar o recurso, ou, se estiver
suficientemente instruída, decidirá logo, de meritis.
Art. 645. O processo da carta testemunhável na instância superior seguirá o
processo do recurso denegado.
Art. 646. A carta testemunhável não terá efeito suspensivo.

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Direito Processual Penal

HABEAS CORPUS

CONSTITUIÇÃO FEDERAL TÍTULO V


Da Defesa do Estado e Das
TÍTULO II Instituições Democráticas

Dos Direitos e Garantias


Fundamentais
CAPÍTULO II
DAS FORÇAS ARMADAS

CAPÍTULO I Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela


Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são
DOS DIREITOS E DEVERES instituições nacionais permanentes e regulares,
INDIVIDUAIS E COLETIVOS organizadas com base na hierarquia e na disci-
plina, sob a autoridade suprema do Presidente
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem dis- da República, e destinam-se à defesa da Pátria,
tinção de qualquer natureza, garantindo-se aos à garantia dos poderes constitucionais e, por
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,
à igualdade, à segurança e à propriedade, nos § 1º Lei complementar estabelecerá as nor-
termos seguintes: mas gerais a serem adotadas na organiza-
ção, no preparo e no emprego das Forças
LXVIII – conceder-se-á habeas-corpus sem- Armadas.
pre que alguém sofrer ou se achar amea-
çado de sofrer violência ou coação em sua § 2º Não caberá habeas-corpus em relação
liberdade de locomoção, por ilegalidade ou a punições disciplinares militares.
abuso de poder;
§ 3º Os membros das Forças Armadas são
denominados militares, aplicando-se-lhes,
além das que vierem a ser fixadas em lei, as
seguintes disposições: (Incluído pela Emen-
da Constitucional nº 18, de 1998)
I – as patentes, com prerrogativas, direitos
e deveres a elas inerentes, são conferidas
pelo Presidente da República e asseguradas
em plenitude aos oficiais da ativa, da reser-
va ou reformados, sendo-lhes privativos os

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títulos e postos militares e, juntamente com IX – (Revogado pela Emenda Constitucional
os demais membros, o uso dos uniformes nº 41, de 19.12.2003)
das Forças Armadas;
X – a lei disporá sobre o ingresso nas For-
II – o militar em atividade que tomar posse ças Armadas, os limites de idade, a estabi-
em cargo ou emprego público civil perma- lidade e outras condições de transferência
nente, ressalvada a hipótese prevista no art. do militar para a inatividade, os direitos, os
37, inciso XVI, alínea c, será transferido para deveres, a remuneração, as prerrogativas
a reserva, nos termos da lei; e outras situações especiais dos militares,
consideradas as peculiaridades de suas ati-
III – o militar da ativa que, de acordo com vidades, inclusive aquelas cumpridas por
a lei, tomar posse em cargo, emprego ou força de compromissos internacionais e de
função pública civil temporária, não eletiva, guerra.
ainda que da administração indireta, ressal-
vada a hipótese prevista no art. 37, inciso
XVI, alínea "c", ficará agregado ao respec-
tivo quadro e somente poderá, enquanto CAPÍTULO III
permanecer nessa situação, ser promovido
DO PODER JUDICIÁRIO
por antiguidade, contando-se-lhe o tempo
de serviço apenas para aquela promoção e
transferência para a reserva, sendo depois
Seção II
de dois anos de afastamento, contínuos ou DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
não, transferido para a reserva, nos termos
Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-
da lei;
-se de onze Ministros, escolhidos dentre cida-
IV – ao militar são proibidas a sindicalização dãos com mais de trinta e cinco e menos de
e a greve; sessenta e cinco anos de idade, de notável saber
jurídico e reputação ilibada.
V – o militar, enquanto em serviço ativo,
não pode estar filiado a partidos políticos; Parágrafo único. Os Ministros do Supremo
Tribunal Federal serão nomeados pelo Pre-
VI – o oficial só perderá o posto e a patente sidente da República, depois de aprovada
se for julgado indigno do oficialato ou com a escolha pela maioria absoluta do Senado
ele incompatível, por decisão de tribunal Federal.
militar de caráter permanente, em tempo
de paz, ou de tribunal especial, em tempo Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Fede-
de guerra; ral, precipuamente, a guarda da Constituição,
cabendo-lhe:
VII – o oficial condenado na justiça comum
ou militar a pena privativa de liberdade su- I – processar e julgar, originariamente:
perior a dois anos, por sentença transitada
a) a ação direta de inconstitucionalidade de
em julgado, será submetido ao julgamento
lei ou ato normativo federal ou estadual e a
previsto no inciso anterior;
ação declaratória de constitucionalidade de
VIII – aplica-se aos militares o disposto no lei ou ato normativo federal; (Redação dada
art. 7º, incisos VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV, pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
e no art. 37, incisos XI, XIII, XIV e XV, bem
b) nas infrações penais comuns, o Presiden-
como, na forma da lei e com prevalência da
te da República, o Vice-Presidente, os mem-
atividade militar, no art. 37, inciso XVI, alí-
bros do Congresso Nacional, seus próprios
nea "c";
Ministros e o Procurador-Geral da Repúbli-
ca;

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c) nas infrações penais comuns e nos crimes m) a execução de sentença nas causas de
de responsabilidade, os Ministros de Estado sua competência originária, facultada a
e os Comandantes da Marinha, do Exército delegação de atribuições para a prática de
e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no atos processuais;
art. 52, I, os membros dos Tribunais Supe-
riores, os do Tribunal de Contas da União e n) a ação em que todos os membros da ma-
os chefes de missão diplomática de caráter gistratura sejam direta ou indiretamente
permanente; (Redação dada pela Emenda interessados, e aquela em que mais da me-
Constitucional nº 23, de 1999) tade dos membros do tribunal de origem
estejam impedidos ou sejam direta ou indi-
d) o habeas-corpus, sendo paciente qual- retamente interessados;
quer das pessoas referidas nas alíneas an-
teriores; o mandado de segurança e o "ha- o) os conflitos de competência entre o Su-
beas-data" contra atos do Presidente da perior Tribunal de Justiça e quaisquer tribu-
República, das Mesas da Câmara dos Depu- nais, entre Tribunais Superiores, ou entre
tados e do Senado Federal, do Tribunal de estes e qualquer outro tribunal;
Contas da União, do Procurador-Geral da p) o pedido de medida cautelar das ações
República e do próprio Supremo Tribunal diretas de inconstitucionalidade;
Federal;
q) o mandado de injunção, quando a elabo-
e) o litígio entre Estado estrangeiro ou orga- ração da norma regulamentadora for atri-
nismo internacional e a União, o Estado, o buição do Presidente da República, do Con-
Distrito Federal ou o Território; gresso Nacional, da Câmara dos Deputados,
f) as causas e os conflitos entre a União e do Senado Federal, das Mesas de uma des-
os Estados, a União e o Distrito Federal, ou sas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas
entre uns e outros, inclusive as respectivas da União, de um dos Tribunais Superiores,
entidades da administração indireta; ou do próprio Supremo Tribunal Federal;

g) a extradição solicitada por Estado estran- r) as ações contra o Conselho Nacional de


geiro; Justiça e contra o Conselho Nacional do
Ministério Público; (Incluída pela Emenda
h) (Revogado pela Emenda Constitucional Constitucional nº 45, de 2004)
nº 45, de 2004)
II – julgar, em recurso ordinário:
i) o habeas corpus, quando o coator for Tri-
bunal Superior ou quando o coator ou o pa- a) o habeas-corpus, o mandado de segu-
ciente for autoridade ou funcionário cujos rança, o "habeas-data" e o mandado de in-
atos estejam sujeitos diretamente à jurisdi- junção decididos em única instância pelos
ção do Supremo Tribunal Federal, ou se tra- Tribunais Superiores, se denegatória a deci-
te de crime sujeito à mesma jurisdição em são;
uma única instância; (Redação dada pela b) o crime político;
Emenda Constitucional nº 22, de 1999)
III – julgar, mediante recurso extraordinário,
j) a revisão criminal e a ação rescisória de as causas decididas em única ou última ins-
seus julgados; tância, quando a decisão recorrida:
l) a reclamação para a preservação de sua a) contrariar dispositivo desta Constituição;
competência e garantia da autoridade de
suas decisões; b) declarar a inconstitucionalidade de trata-
do ou lei federal;

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c) julgar válida lei ou ato de governo local V – o Governador de Estado ou do Distrito
contestado em face desta Constituição. Federal; (Redação dada pela Emenda Cons-
titucional nº 45, de 2004)
d) julgar válida lei local contestada em face
de lei federal. (Incluída pela Emenda Consti- VI – o Procurador-Geral da República;
tucional nº 45, de 2004)
VII – o Conselho Federal da Ordem dos Ad-
§ 1º A argüição de descumprimento de pre- vogados do Brasil;
ceito fundamental, decorrente desta Cons-
tituição, será apreciada pelo Supremo Tribu- VIII – partido político com representação no
nal Federal, na forma da lei. (Transformado Congresso Nacional;
do parágrafo único em § 1º pela Emenda IX – confederação sindical ou entidade de
Constitucional nº 3, de 17/03/93) classe de âmbito nacional.
§ 2º As decisões definitivas de mérito, pro- § 1º O Procurador-Geral da República de-
feridas pelo Supremo Tribunal Federal, nas verá ser previamente ouvido nas ações de
ações diretas de inconstitucionalidade e nas inconstitucionalidade e em todos os proces-
ações declaratórias de constitucionalidade sos de competência do Supremo Tribunal
produzirão eficácia contra todos e efeito Federal.
vinculante, relativamente aos demais ór-
gãos do Poder Judiciário e à administração § 2º Declarada a inconstitucionalidade por
pública direta e indireta, nas esferas federal, omissão de medida para tornar efetiva
estadual e municipal. (Redação dada pela norma constitucional, será dada ciência ao
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Poder competente para a adoção das pro-
vidências necessárias e, em se tratando de
§ 3º No recurso extraordinário o recorrente órgão administrativo, para fazê-lo em trinta
deverá demonstrar a repercussão geral das dias.
questões constitucionais discutidas no caso,
nos termos da lei, a fim de que o Tribunal § 3º Quando o Supremo Tribunal Federal
examine a admissão do recurso, somente apreciar a inconstitucionalidade, em tese,
podendo recusá-lo pela manifestação de de norma legal ou ato normativo, citará,
dois terços de seus membros. (Incluída pela previamente, o Advogado-Geral da União,
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) que defenderá o ato ou texto impugnado.

Art. 103. Podem propor a ação direta de incons- § 4º (Revogado pela Emenda Constitucional
titucionalidade e a ação declaratória de cons- nº 45, de 2004)
titucionalidade: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004) Seção III
DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
I – o Presidente da República;
Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõe-
II – a Mesa do Senado Federal;
-se de, no mínimo, trinta e três Ministros.
III – a Mesa da Câmara dos Deputados;
Parágrafo único. Os Ministros do Superior
IV – a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Tribunal de Justiça serão nomeados pelo
Câmara Legislativa do Distrito Federal; (Re- Presidente da República, dentre brasileiros
dação dada pela Emenda Constitucional nº com mais de trinta e cinco e menos de ses-
45, de 2004) senta e cinco anos, de notável saber jurídi-
co e reputação ilibada, depois de aprovada
a escolha pela maioria absoluta do Senado

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Federal, sendo: (Redação dada pela Emen- d) os conflitos de competência entre quais-
da Constitucional nº 45, de 2004) quer tribunais, ressalvado o disposto no art.
102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes
I – um terço dentre juízes dos Tribunais Re- a ele não vinculados e entre juízes vincula-
gionais Federais e um terço dentre desem- dos a tribunais diversos;
bargadores dos Tribunais de Justiça, indica-
dos em lista tríplice elaborada pelo próprio e) as revisões criminais e as ações rescisó-
Tribunal; rias de seus julgados;
II – um terço, em partes iguais, dentre advo- f) a reclamação para a preservação de sua
gados e membros do Ministério Público Fe- competência e garantia da autoridade de
deral, Estadual, do Distrito Federal e Terri- suas decisões;
tórios, alternadamente, indicados na forma
do art. 94. g) os conflitos de atribuições entre autorida-
des administrativas e judiciárias da União,
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Jus- ou entre autoridades judiciárias de um Esta-
tiça: do e administrativas de outro ou do Distrito
Federal, ou entre as deste e da União;
I – processar e julgar, originariamente:
h) o mandado de injunção, quando a elabo-
a) nos crimes comuns, os Governadores dos ração da norma regulamentadora for atri-
Estados e do Distrito Federal, e, nestes e buição de órgão, entidade ou autoridade
nos de responsabilidade, os desembargado- federal, da administração direta ou indireta,
res dos Tribunais de Justiça dos Estados e do excetuados os casos de competência do Su-
Distrito Federal, os membros dos Tribunais premo Tribunal Federal e dos órgãos da Jus-
de Contas dos Estados e do Distrito Fede- tiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do
ral, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Trabalho e da Justiça Federal;
Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho,
os membros dos Conselhos ou Tribunais de i) a homologação de sentenças estrangeiras
Contas dos Municípios e os do Ministério e a concessão de exequatur às cartas roga-
Público da União que oficiem perante tribu- tórias; (Incluída pela Emenda Constitucional
nais; nº 45, de 2004)
b) os mandados de segurança e os habeas II – julgar, em recurso ordinário:
data contra ato de Ministro de Estado, dos
Comandantes da Marinha, do Exército e da a) os habeas-corpus decididos em única ou
Aeronáutica ou do próprio Tribunal; (Reda- última instância pelos Tribunais Regionais
ção dada pela Emenda Constitucional nº 23, Federais ou pelos tribunais dos Estados, do
de 1999) Distrito Federal e Territórios, quando a deci-
são for denegatória;
c) os habeas corpus, quando o coator ou
paciente for qualquer das pessoas mencio- b) os mandados de segurança decididos em
nadas na alínea "a", ou quando o coator única instância pelos Tribunais Regionais
for tribunal sujeito à sua jurisdição, Minis- Federais ou pelos tribunais dos Estados, do
tro de Estado ou Comandante da Marinha, Distrito Federal e Territórios, quando dene-
do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a gatória a decisão;
competência da Justiça Eleitoral; (Redação c) as causas em que forem partes Estado
dada pela Emenda Constitucional nº 23, de estrangeiro ou organismo internacional, de
1999) um lado, e, do outro, Município ou pessoa
residente ou domiciliada no País;

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III – julgar, em recurso especial, as causas I – um quinto dentre advogados com mais
decididas, em única ou última instância, de dez anos de efetiva atividade profissional
pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos e membros do Ministério Público Federal
tribunais dos Estados, do Distrito Federal e com mais de dez anos de carreira;
Territórios, quando a decisão recorrida:
II – os demais, mediante promoção de ju-
a) contrariar tratado ou lei federal, ou ne- ízes federais com mais de cinco anos de
gar-lhes vigência; exercício, por antigüidade e merecimento,
alternadamente.
b) julgar válido ato de governo local contes-
tado em face de lei federal; (Redação dada § 1º A lei disciplinará a remoção ou a per-
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) muta de juízes dos Tribunais Regionais Fe-
derais e determinará sua jurisdição e sede.
c) der a lei federal interpretação divergente (Renumerado do parágrafo único, pela
da que lhe haja atribuído outro tribunal. Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Parágrafo único. Funcionarão junto ao Su- § 2º Os Tribunais Regionais Federais instala-
perior Tribunal de Justiça: (Redação dada rão a justiça itinerante, com a realização de
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) audiências e demais funções da atividade
I – a Escola Nacional de Formação e Aper- jurisdicional, nos limites territoriais da res-
feiçoamento de Magistrados, cabendo-lhe, pectiva jurisdição, servindo-se de equipa-
dentre outras funções, regulamentar os cur- mentos públicos e comunitários. (Incluído
sos oficiais para o ingresso e promoção na pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
carreira; (Incluído pela Emenda Constitucio- § 3º Os Tribunais Regionais Federais po-
nal nº 45, de 2004) derão funcionar descentralizadamente,
II – o Conselho da Justiça Federal, cabendo- constituindo Câmaras regionais, a fim de
-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão assegurar o pleno acesso do jurisdicionado
administrativa e orçamentária da Justiça à justiça em todas as fases do processo. (In-
Federal de primeiro e segundo graus, como cluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
órgão central do sistema e com poderes 2004)
correicionais, cujas decisões terão caráter Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Fe-
vinculante. (Incluído pela Emenda Constitu- derais:
cional nº 45, de 2004)
I – processar e julgar, originariamente:
Seção IV
DOS TRIBUNAIS REGIONAIS a) os juízes federais da área de sua jurisdi-
ção, incluídos os da Justiça Militar e da Justi-
FEDERAIS E DOS JUÍZES FEDERAIS ça do Trabalho, nos crimes comuns e de res-
ponsabilidade, e os membros do Ministério
Art. 106. São órgãos da Justiça Federal:
Público da União, ressalvada a competência
I – os Tribunais Regionais Federais; da Justiça Eleitoral;
II – os Juízes Federais. b) as revisões criminais e as ações rescisó-
rias de julgados seus ou dos juízes federais
Art. 107. Os Tribunais Regionais Federais com- da região;
põem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados,
quando possível, na respectiva região e nomea- c) os mandados de segurança e os "habeas-
dos pelo Presidente da República dentre brasi- -data" contra ato do próprio Tribunal ou de
leiros com mais de trinta e menos de sessenta e juiz federal;
cinco anos, sendo:

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Direito Processual Penal – Habeas Corpus – Prof. Joerberth Nunes

d) os habeas-corpus, quando a autoridade VII – os habeas-corpus, em matéria criminal


coatora for juiz federal; de sua competência ou quando o constran-
gimento provier de autoridade cujos atos
e) os conflitos de competência entre juízes não estejam diretamente sujeitos a outra
federais vinculados ao Tribunal; jurisdição;
II – julgar, em grau de recurso, as causas de- VIII – os mandados de segurança e os "ha-
cididas pelos juízes federais e pelos juízes beas-data" contra ato de autoridade fede-
estaduais no exercício da competência fe- ral, excetuados os casos de competência
deral da área de sua jurisdição. dos tribunais federais;
Art. 109. Aos juízes federais compete processar IX – os crimes cometidos a bordo de navios
e julgar: ou aeronaves, ressalvada a competência da
I – as causas em que a União, entidade au- Justiça Militar;
tárquica ou empresa pública federal forem X – os crimes de ingresso ou permanência
interessadas na condição de autoras, rés, irregular de estrangeiro, a execução de car-
assistentes ou oponentes, exceto as de fa- ta rogatória, após o "exequatur", e de sen-
lência, as de acidentes de trabalho e as su- tença estrangeira, após a homologação, as
jeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Traba- causas referentes à nacionalidade, inclusive
lho; a respectiva opção, e à naturalização;
II – as causas entre Estado estrangeiro ou XI – a disputa sobre direitos indígenas.
organismo internacional e Município ou
pessoa domiciliada ou residente no País; § 1º As causas em que a União for autora
serão aforadas na seção judiciária onde ti-
III – as causas fundadas em tratado ou con- ver domicílio a outra parte.
trato da União com Estado estrangeiro ou
organismo internacional; § 2º As causas intentadas contra a União
poderão ser aforadas na seção judiciária em
IV – os crimes políticos e as infrações penais que for domiciliado o autor, naquela onde
praticadas em detrimento de bens, serviços houver ocorrido o ato ou fato que deu ori-
ou interesse da União ou de suas entidades gem à demanda ou onde esteja situada a
autárquicas ou empresas públicas, excluídas coisa, ou, ainda, no Distrito Federal.
as contravenções e ressalvada a competên-
cia da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral; § 3º Serão processadas e julgadas na justiça
estadual, no foro do domicílio dos segura-
V – os crimes previstos em tratado ou con- dos ou beneficiários, as causas em que fo-
venção internacional, quando, iniciada a rem parte instituição de previdência social
execução no País, o resultado tenha ou de- e segurado, sempre que a comarca não seja
vesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reci- sede de vara do juízo federal, e, se verifica-
procamente; da essa condição, a lei poderá permitir que
V – A as causas relativas a direitos humanos outras causas sejam também processadas e
a que se refere o § 5º deste artigo; (Incluído julgadas pela justiça estadual.
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 4º Na hipótese do parágrafo anterior, o
VI – os crimes contra a organização do tra- recurso cabível será sempre para o Tribunal
balho e, nos casos determinados por lei, Regional Federal na área de jurisdição do
contra o sistema financeiro e a ordem eco- juiz de primeiro grau.
nômico-financeira; § 5º Nas hipóteses de grave violação de
direitos humanos, o Procurador-Geral da

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República, com a finalidade de assegurar o I – ao Supremo Tribunal Federal, nos casos
cumprimento de obrigações decorrentes de previstos no Art. 101, I, g, da Constituição;
tratados internacionais de direitos humanos
dos quais o Brasil seja parte, poderá susci- II – aos Tribunais de Apelação, sempre que
tar, perante o Superior Tribunal de Justiça, os atos de violência ou coação forem atribu-
em qualquer fase do inquérito ou processo, ídos aos governadores ou interventores dos
incidente de deslocamento de competência Estados ou Territórios e ao prefeito do Dis-
para a Justiça Federal. (Incluído pela Emen- trito Federal, ou a seus secretários, ou aos
da Constitucional nº 45, de 2004) chefes de Polícia.
§ 1º A competência do juiz cessará sempre
que a violência ou coação provier de auto-
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL ridade judiciária de igual ou superior juris-
dição.
§ 2º Não cabe o habeas corpus contra a
prisão administrativa, atual ou iminente,
CAPÍTULO X
dos responsáveis por dinheiro ou valor per-
DO HABEAS CORPUS E SEU tencente à Fazenda Pública, alcançados ou
PROCESSO omissos em fazer o seu recolhimento nos
prazos legais, salvo se o pedido for acompa-
Art. 647. Dar-se-á habeas corpus sempre que al- nhado de prova de quitação ou de depósito
guém sofrer ou se achar na iminência de sofrer do alcance verificado, ou se a prisão exce-
violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir der o prazo legal.
e vir, salvo nos casos de punição disciplinar.
Art. 651. A concessão do habeas corpus não
Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal: obstará, nem porá termo ao processo, desde
I – quando não houver justa causa; que este não esteja em conflito com os funda-
mentos daquela.
II – quando alguém estiver preso por mais
tempo do que determina a lei; Art. 652. Se o habeas corpus for concedido em
virtude de nulidade do processo, este será reno-
III – quando quem ordenar a coação não ti- vado.
ver competência para fazê-lo;
Art. 653. Ordenada a soltura do paciente em
IV – quando houver cessado o motivo que virtude de habeas corpus, será condenada nas
autorizou a coação; custas a autoridade que, por má-fé ou evidente
abuso de poder, tiver determinado a coação.
V – quando não for alguém admitido a pres-
tar fiança, nos casos em que a lei a autoriza; Parágrafo único. Neste caso, será remetida
ao Ministério Público cópia das peças ne-
VI – quando o processo for manifestamente
cessárias para ser promovida a responsabili-
nulo;
dade da autoridade.
VII – quando extinta a punibilidade.
Art. 654. O habeas corpus poderá ser impetra-
Art. 649. O juiz ou o tribunal, dentro dos limites do por qualquer pessoa, em seu favor ou de ou-
da sua jurisdição, fará passar imediatamente a trem, bem como pelo Ministério Público.
ordem impetrada, nos casos em que tenha cabi-
§ 1º A petição de habeas corpus conterá:
mento, seja qual for a autoridade coatora.
a) o nome da pessoa que sofre ou está ame-
Art. 650. Competirá conhecer, originariamente,
açada de sofrer violência ou coação e o de
do pedido de habeas corpus:

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Direito Processual Penal – Habeas Corpus – Prof. Joerberth Nunes

quem exercer a violência, coação ou ame- III – se o comparecimento não tiver sido de-
aça; terminado pelo juiz ou pelo tribunal.
b) a declaração da espécie de constrangi- Parágrafo único. O juiz poderá ir ao local em
mento ou, em caso de simples ameaça de que o paciente se encontrar, se este não pu-
coação, as razões em que funda o seu te- der ser apresentado por motivo de doença.
mor;
Art. 658. O detentor declarará à ordem de quem
c) a assinatura do impetrante, ou de alguém o paciente estiver preso.
a seu rogo, quando não souber ou não pu-
der escrever, e a designação das respectivas Art. 659. Se o juiz ou o tribunal verificar que já
residências. cessou a violência ou coação ilegal, julgará pre-
judicado o pedido.
§ 2º Os juízes e os tribunais têm competên-
cia para expedir de ofício ordem de habeas Art. 660. Efetuadas as diligências, e interrogado
corpus, quando no curso de processo verifi- o paciente, o juiz decidirá, fundamentadamen-
carem que alguém sofre ou está na iminên- te, dentro de 24 (vinte e quatro) horas.
cia de sofrer coação ilegal. § 1º Se a decisão for favorável ao paciente,
Art. 655. O carcereiro ou o diretor da prisão, o será logo posto em liberdade, salvo se por
escrivão, o oficial de justiça ou a autoridade ju- outro motivo dever ser mantido na prisão.
diciária ou policial que embaraçar ou procrasti- § 2º Se os documentos que instruírem a pe-
nar a expedição de ordem de habeas corpus, as tição evidenciarem a ilegalidade da coação,
informações sobre a causa da prisão, a condu- o juiz ou o tribunal ordenará que cesse ime-
ção e apresentação do paciente, ou a sua soltu- diatamente o constrangimento.
ra, será multado na quantia de duzentos mil-réis
a um conto de réis, sem prejuízo das penas em § 3º Se a ilegalidade decorrer do fato de não
que incorrer. As multas serão impostas pelo juiz ter sido o paciente admitido a prestar fian-
do tribunal que julgar o habeas corpus, salvo ça, o juiz arbitrará o valor desta, que poderá
quando se tratar de autoridade judiciária, caso ser prestada perante ele, remetendo, nes-
em que caberá ao Supremo Tribunal Federal ou te caso, à autoridade os respectivos autos,
ao Tribunal de Apelação impor as multas. para serem anexados aos do inquérito poli-
cial ou aos do processo judicial.
Art. 656. Recebida a petição de habeas corpus,
o juiz, se julgar necessário, e estiver preso o pa- § 4º Se a ordem de habeas corpus for con-
ciente, mandará que este Ihe seja imediatamen- cedida para evitar ameaça de violência ou
te apresentado em dia e hora que designar. coação ilegal, dar-se-á ao paciente salvo-
-conduto assinado pelo juiz.
Parágrafo único. Em caso de desobediência,
será expedido mandado de prisão contra o § 5º Será incontinenti enviada cópia da de-
detentor, que será processado na forma da cisão à autoridade que tiver ordenado a pri-
lei, e o juiz providenciará para que o pacien- são ou tiver o paciente à sua disposição, a
te seja tirado da prisão e apresentado em fim de juntar-se aos autos do processo.
juízo.
§ 6º Quando o paciente estiver preso em lu-
Art. 657. Se o paciente estiver preso, nenhum gar que não seja o da sede do juízo ou do
motivo escusará a sua apresentação, salvo: tribunal que conceder a ordem, o alvará
de soltura será expedido pelo telégrafo, se
I – grave enfermidade do paciente; houver, observadas as formalidades estabe-
Il – não estar ele sob a guarda da pessoa a lecidas no art. 289, parágrafo único, in fine,
quem se atribui a detenção; ou por via postal.

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Art. 661. Em caso de competência originária do Tribunal Federal, bem como nos de recurso das
Tribunal de Apelação, a petição de habeas cor- decisões de última ou única instância, denega-
pus será apresentada ao secretário, que a en- tórias de habeas corpus, observar-se-á, no que
viará imediatamente ao presidente do tribunal, Ihes for aplicável, o disposto nos artigos ante-
ou da câmara criminal, ou da turma, que estiver riores, devendo o regimento interno do tribunal
reunida, ou primeiro tiver de reunir-se. estabelecer as regras complementares.
Art. 662. Se a petição contiver os requisitos do
art. 654, § 1º, o presidente, se necessário, re-
quisitará da autoridade indicada como coatora
informações por escrito. Faltando, porém, qual-
quer daqueles requisitos, o presidente manda-
rá preenchê-lo, logo que Ihe for apresentada a
petição.
Art. 663. As diligências do artigo anterior não
serão ordenadas, se o presidente entender que
o habeas corpus deva ser indeferido in limine.
Nesse caso, levará a petição ao tribunal, câmara
ou turma, para que delibere a respeito.
Art. 664. Recebidas as informações, ou dispen-
sadas, o habeas corpus será julgado na primeira
sessão, podendo, entretanto, adiar-se o julga-
mento para a sessão seguinte.
Parágrafo único. A decisão será tomada por
maioria de votos. Havendo empate, se o
presidente não tiver tomado parte na vota-
ção, proferirá voto de desempate; no caso
contrário, prevalecerá a decisão mais favo-
rável ao paciente.
Art. 665. O secretário do tribunal lavrará a or-
dem que, assinada pelo presidente do tribunal,
câmara ou turma, será dirigida, por ofício ou te-
legrama, ao detentor, ao carcereiro ou autorida-
de que exercer ou ameaçar exercer o constran-
gimento.
Parágrafo único. A ordem transmitida por
telegrama obedecerá ao disposto no art.
289, parágrafo único, in fine.
Art. 666. Os regimentos dos Tribunais de Ape-
lação estabelecerão as normas complementares
para o processo e julgamento do pedido de ha-
beas corpus de sua competência originária.
Art. 667. No processo e julgamento do habeas
corpus de competência originária do Supremo

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MATERIAL COMPLEMENTAR

1. CONCEITO: É UMA AÇÃO PENAL CONSTITUCIONAL COM RITO PRÓPRIO ONDE DESEJA-SE
PRESEVAR O DIREITO LIVRE LOCOMOÇÃO (DIREITO À LIBERDADE)
2. NATUREZA JURÍDICA: AÇÃO DE CONHECIMENTO
3. ESPÉCIES:
•• LIBERATÓRIO OU REPRESSIVO
•• PREVENTIVO
4. DIREITO LÍQUIDO E CERTO: ART. 5º,LXVIII, CF
5. HIPÓTESES DE CABIMENTO: ART. 647, CPP
6. COMPETÊNCIA PARA O PROCESSO E JULGAMENTO: ART. 650, CPP: VER ARTS. 102, 105,
108,109, CF E A COMPETÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA NAS CONSTITUIÇÕES ESTADU-
AIS)
7. SUJEITO ATIVO E PASSIVO:
•• ATIVO: QUALQUER PESSOA (IMPETRANTE E PACIENTE)
•• PASSIVO: AUTORIDADE OU NÃO (IMPETRADO)
8. ART. 654,PAR. 1º,CPP: PETIÇÃO DO HABEAS CORPUS
9. PROCESSAMENTO: ART. 660 E PARÁGRAFOS AO ART. 665, CPP
10. IMPOSSIBILIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA E LEITURA DAS SÚMULAS DO STF

Linha do Processo
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Direito Processual Penal


Direito Penal

Código Penal Código de Processo Penal

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Direito Processual Penal

LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS (LEI 9099/95)

CONSTITUIÇÃO FEDERAL titutos da transação penal e da composição


dos danos civis.
Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Terri-
tórios, e os Estados criarão: Art. 61. Consideram-se infrações penais de me-
nor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei,
I – juizados especiais, providos por juízes as contravenções penais e os crimes a que a lei
togados, ou togados e leigos, competentes comine pena máxima não superior a 2 (dois)
para a conciliação, o julgamento e a execu- anos, cumulada ou não com multa.
ção de causas cíveis de menor complexida-
de e infrações penais de menor potencial Art. 62. O processo perante o Juizado Especial
ofensivo, mediante os procedimentos oral orientar-se-á pelos critérios da oralidade, infor-
e sumariíssimo, permitidos, nas hipóteses malidade, economia processual e celeridade,
previstas em lei, a transação e o julgamento objetivando, sempre que possível, a reparação
de recursos por turmas de juízes de primei- dos danos sofridos pela vítima e a aplicação de
ro grau. pena não privativa de liberdade.

SEÇÃO I
LEI 90999/95 DA COMPETÊNCIA E DOS
ATOS PROCESSUAIS
Art. 63. A competência do Juizado será determi-
CAPÍTULO III nada pelo lugar em que foi praticada a infração
DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS penal.
Art. 64. Os atos processuais serão públicos e po-
Disposições Gerais derão realizar-se em horário noturno e em qual-
quer dia da semana, conforme dispuserem as
Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por
normas de organização judiciária.
juízes togados ou togados e leigos, tem compe-
tência para a conciliação, o julgamento e a exe- Art. 65. Os atos processuais serão válidos sem-
cução das infrações penais de menor potencial pre que preencherem as finalidades para as
ofensivo, respeitadas as regras de conexão e quais foram realizados, atendidos os critérios
continência. indicados no art. 62 desta Lei.
Parágrafo único. Na reunião de processos, § 1º Não se pronunciará qualquer nulidade
perante o juízo comum ou o tribunal do júri, sem que tenha havido prejuízo.
decorrentes da aplicação das regras de co-
nexão e continência, observar-se-ão os ins-

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§ 2º A prática de atos processuais em outras compromisso de a ele comparecer, não se im-
comarcas poderá ser solicitada por qual- porá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança.
quer meio hábil de comunicação. Em caso de violência doméstica, o juiz poderá
determinar, como medida de cautela, seu afas-
§ 3º Serão objeto de registro escrito exclusi- tamento do lar, domicílio ou local de convivên-
vamente os atos havidos por essenciais. Os cia com a vítima.
atos realizados em audiência de instrução
e julgamento poderão ser gravados em fita Art. 70. Comparecendo o autor do fato e a ví-
magnética ou equivalente. tima, e não sendo possível a realização imedia-
ta da audiência preliminar, será designada data
Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no pró- próxima, da qual ambos sairão cientes.
prio Juizado, sempre que possível, ou por man-
dado. Art. 71. Na falta do comparecimento de qual-
quer dos envolvidos, a Secretaria providenciará
Parágrafo único. Não encontrado o acusado sua intimação e, se for o caso, a do responsável
para ser citado, o Juiz encaminhará as peças civil, na forma dos arts. 67 e 68 desta Lei.
existentes ao Juízo comum para adoção do
procedimento previsto em lei. Art. 72. Na audiência preliminar, presente o re-
presentante do Ministério Público, o autor do
Art. 67. A intimação far-se-á por correspondên- fato e a vítima e, se possível, o responsável civil,
cia, com aviso de recebimento pessoal ou, tra- acompanhados por seus advogados, o Juiz es-
tando-se de pessoa jurídica ou firma individual, clarecerá sobre a possibilidade da composição
mediante entrega ao encarregado da recepção, dos danos e da aceitação da proposta de apli-
que será obrigatoriamente identificado, ou, sen- cação imediata de pena não privativa de liber-
do necessário, por oficial de justiça, indepen- dade.
dentemente de mandado ou carta precatória,
ou ainda por qualquer meio idôneo de comuni- Art. 73. A conciliação será conduzida pelo Juiz
cação. ou por conciliador sob sua orientação.
Parágrafo único. Dos atos praticados em Parágrafo único. Os conciliadores são auxi-
audiência considerar-se-ão desde logo cien- liares da Justiça, recrutados, na forma da lei
tes as partes, os interessados e defensores. local, preferentemente entre bacharéis em
Direito, excluídos os que exerçam funções
Art. 68. Do ato de intimação do autor do fato na administração da Justiça Criminal.
e do mandado de citação do acusado, constará
a necessidade de seu comparecimento acompa- Art. 74. A composição dos danos civis será redu-
nhado de advogado, com a advertência de que, zida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante
na sua falta, ser-lhe-á designado defensor públi- sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser
co. executado no juízo civil competente.

Seção II Parágrafo único. Tratando-se de ação penal


DA FASE PRELIMINAR de iniciativa privada ou de ação penal públi-
ca condicionada à representação, o acordo
Art. 69. A autoridade policial que tomar conhe- homologado acarreta a renúncia ao direito
cimento da ocorrência lavrará termo circuns- de queixa ou representação.
tanciado e o encaminhará imediatamente ao Art. 75. Não obtida a composição dos danos
Juizado, com o autor do fato e a vítima, provi- civis, será dada imediatamente ao ofendido a
denciando-se as requisições dos exames peri- oportunidade de exercer o direito de represen-
ciais necessários. Parágrafo único. Ao autor do tação verbal, que será reduzida a termo.
fato que, após a lavratura do termo, for imedia-
tamente encaminhado ao juizado ou assumir o

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Direito Processual Penal – Lei Dos Juizados Especiais Criminais (Lei 9099/95) – Prof. Joerberth Nunes

Parágrafo único. O não oferecimento da antecedentes criminais, salvo para os fins


representação na audiência preliminar não previstos no mesmo dispositivo, e não terá
implica decadência do direito, que poderá efeitos civis, cabendo aos interessados pro-
ser exercido no prazo previsto em lei. por ação cabível no juízo cível.
Art. 76. Havendo representação ou tratando-se Seção III
de crime de ação penal pública incondicionada, DO PROCEDIMENTO SUMARIÍSSIMO
não sendo caso de arquivamento, o Ministério
Público poderá propor a aplicação imediata de Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública,
pena restritiva de direitos ou multas, a ser espe- quando não houver aplicação de pena, pela au-
cificada na proposta. sência do autor do fato, ou pela não ocorrência
§ 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a da hipótese prevista no art. 76 desta Lei, o Mi-
única aplicável, o Juiz poderá reduzi-la até a nistério Público oferecerá ao Juiz, de imediato,
metade. denúncia oral, se não houver necessidade de di-
ligências imprescindíveis.
§ 2º Não se admitirá a proposta se ficar
comprovado: § 1º Para o oferecimento da denúncia, que
será elaborada com base no termo de ocor-
I – ter sido o autor da infração condenado, rência referido no art. 69 desta Lei, com dis-
pela prática de crime, à pena privativa de li- pensa do inquérito policial, prescindir-se-á
berdade, por sentença definitiva; do exame do corpo de delito quando a ma-
terialidade do crime estiver aferida por bo-
II – ter sido o agente beneficiado anterior- letim médico ou prova equivalente.
mente, no prazo de cinco anos, pela aplica-
ção de pena restritiva ou multa, nos termos § 2º Se a complexidade ou circunstâncias do
deste artigo; caso não permitirem a formulação da de-
núncia, o Ministério Público poderá reque-
III – não indicarem os antecedentes, a con- rer ao Juiz o encaminhamento das peças
duta social e a personalidade do agente, existentes, na forma do parágrafo único do
bem como os motivos e as circunstâncias, art. 66 desta Lei.
ser necessária e suficiente a adoção da me-
dida. § 3º Na ação penal de iniciativa do ofendido
poderá ser oferecida queixa oral, cabendo
§ 3º Aceita a proposta pelo autor da infra- ao Juiz verificar se a complexidade e as cir-
ção e seu defensor, será submetida à apre- cunstâncias do caso determinam a adoção
ciação do Juiz. das providências previstas no parágrafo úni-
§ 4º Acolhendo a proposta do Ministé- co do art. 66 desta Lei.
rio Público aceita pelo autor da infração, o Art. 78. Oferecida a denúncia ou queixa, será
Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou reduzida a termo, entregando-se cópia ao acu-
multa, que não importará em reincidência, sado, que com ela ficará citado e imediatamen-
sendo registrada apenas para impedir nova- te cientificado da designação de dia e hora para
mente o mesmo benefício no prazo de cinco a audiência de instrução e julgamento, da qual
anos. também tomarão ciência o Ministério Público, o
§ 5º Da sentença prevista no parágrafo an- ofendido, o responsável civil e seus advogados.
terior caberá a apelação referida no art. 82 § 1º Se o acusado não estiver presente, será
desta Lei. citado na forma dos arts. 66 e 68 desta Lei e
§ 6º A imposição da sanção de que trata o § cientificado da data da audiência de instru-
4º deste artigo não constará de certidão de ção e julgamento, devendo a ela trazer suas

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testemunhas ou apresentar requerimento ízes em exercício no primeiro grau de jurisdição,
para intimação, no mínimo cinco dias antes reunidos na sede do Juizado.
de sua realização.
§ 1º A apelação será interposta no prazo de
§ 2º Não estando presentes o ofendido e o dez dias, contados da ciência da sentença
responsável civil, serão intimados nos ter- pelo Ministério Público, pelo réu e seu de-
mos do art. 67 desta Lei para comparece- fensor, por petição escrita, da qual consta-
rem à audiência de instrução e julgamento. rão as razões e o pedido do recorrente.
§ 3º As testemunhas arroladas serão intima- § 2º O recorrido será intimado para ofere-
das na forma prevista no art. 67 desta Lei. cer resposta escrita no prazo de dez dias.
Art. 79. No dia e hora designados para a au- § 3º As partes poderão requerer a transcri-
diência de instrução e julgamento, se na fase ção da gravação da fita magnética a que alu-
preliminar não tiver havido possibilidade de de o § 3º do art. 65 desta Lei.
tentativa de conciliação e de oferecimento de
proposta pelo Ministério Público, proceder-se-á § 4º As partes serão intimadas da data da
nos termos dos arts. 72, 73, 74 e 75 desta Lei. sessão de julgamento pela imprensa.

Art. 80. Nenhum ato será adiado, determinando § 5º Se a sentença for confirmada pelos pró-
o Juiz, quando imprescindível, a condução coer- prios fundamentos, a súmula do julgamen-
citiva de quem deva comparecer. to servirá de acórdão.

Art. 81. Aberta a audiência, será dada a palavra Art. 83. Caberão embargos de declaração quan-
ao defensor para responder à acusação, após o do, em sentença ou acórdão, houver obscurida-
que o Juiz receberá, ou não, a denúncia ou quei- de, contradição, omissão ou dúvida. (Vide Lei
xa; havendo recebimento, serão ouvidas a víti- nº 13.105, de 2015) (Vigência)
ma e as testemunhas de acusação e defesa, in- § 1º Os embargos de declaração serão opos-
terrogando-se a seguir o acusado, se presente, tos por escrito ou oralmente, no prazo de
passando-se imediatamente aos debates orais e cinco dias, contados da ciência da decisão.
à prolação da sentença.
§ 2º Quando opostos contra sentença, os
§ 1º Todas as provas serão produzidas na embargos de declaração suspenderão o
audiência de instrução e julgamento, po- prazo para o recurso. (Vide Lei nº 13.105,
dendo o Juiz limitar ou excluir as que con- de 2015) (Vigência)
siderar excessivas, impertinentes ou prote-
latórias. § 3º Os erros materiais podem ser corrigi-
dos de ofício.
§ 2º De todo o ocorrido na audiência será
lavrado termo, assinado pelo Juiz e pelas Seção IV
partes, contendo breve resumo dos fatos DA EXECUÇÃO
relevantes ocorridos em audiência e a sen-
tença. Art. 84. Aplicada exclusivamente pena de multa,
seu cumprimento far-se-á mediante pagamento
§ 3º A sentença, dispensado o relatório,
na Secretaria do Juizado.
mencionará os elementos de convicção do
Juiz. Parágrafo único. Efetuado o pagamento, o
Juiz declarará extinta a punibilidade, deter-
Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou
minando que a condenação não fique cons-
queixa e da sentença caberá apelação, que po-
tando dos registros criminais, exceto para
derá ser julgada por turma composta de três Ju-
fins de requisição judicial.

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Direito Processual Penal – Lei Dos Juizados Especiais Criminais (Lei 9099/95) – Prof. Joerberth Nunes

Art. 85. Não efetuado o pagamento de multa, III – proibição de ausentar-se da comarca
será feita a conversão em pena privativa da li- onde reside, sem autorização do Juiz;
berdade, ou restritiva de direitos, nos termos
previstos em lei. IV – comparecimento pessoal e obrigatório
a juízo, mensalmente, para informar e justi-
Art. 86. A execução das penas privativas de li- ficar suas atividades.
berdade e restritivas de direitos, ou de multa
cumulada com estas, será processada perante o § 2º O Juiz poderá especificar outras con-
órgão competente, nos termos da lei. dições a que fica subordinada a suspensão,
desde que adequadas ao fato e à situação
Seção V pessoal do acusado.
DAS DESPESAS PROCESSUAIS § 3º A suspensão será revogada se, no curso
do prazo, o beneficiário vier a ser processa-
Art. 87. Nos casos de homologação do acordo do por outro crime ou não efetuar, sem mo-
civil e aplicação de pena restritiva de direitos ou tivo justificado, a reparação do dano.
multa (arts. 74 e 76, § 4º), as despesas proces-
suais serão reduzidas, conforme dispuser lei es- § 4º A suspensão poderá ser revogada se
tadual. o acusado vier a ser processado, no curso
do prazo, por contravenção, ou descumprir
Seção VI qualquer outra condição imposta.
DISPOSIÇÕES FINAIS
§ 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz
Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e declarará extinta a punibilidade.
da legislação especial, dependerá de represen- § 6º Não correrá a prescrição durante o pra-
tação a ação penal relativa aos crimes de lesões zo de suspensão do processo.
corporais leves e lesões culposas.
§ 7º Se o acusado não aceitar a proposta
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima co- prevista neste artigo, o processo prossegui-
minada for igual ou inferior a um ano, abrangi- rá em seus ulteriores termos.
das ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao
oferecer a denúncia, poderá propor a suspen- Art. 90. As disposições desta Lei não se aplicam
são do processo, por dois a quatro anos, desde aos processos penais cuja instrução já estiver
que o acusado não esteja sendo processado ou iniciada. (Vide ADIN nº 1.719-9)
não tenha sido condenado por outro crime, pre-
Art. 90-A. As disposições desta Lei não se apli-
sentes os demais requisitos que autorizariam a
cam no âmbito da Justiça Militar. (Artigo incluí-
suspensão condicional da pena (art. 77 do Códi-
do pela Lei nº 9.839, de 27.9.1999)
go Penal).
Art. 91. Nos casos em que esta Lei passa a exigir
§ 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu
representação para a propositura da ação penal
defensor, na presença do Juiz, este, rece-
pública, o ofendido ou seu representante legal
bendo a denúncia, poderá suspender o pro-
será intimado para oferecê-la no prazo de trinta
cesso, submetendo o acusado a período de
dias, sob pena de decadência.
prova, sob as seguintes condições:
Art. 92. Aplicam-se subsidiariamente as disposi-
I – reparação do dano, salvo impossibilida-
ções dos Códigos Penal e de Processo Penal, no
de de fazê-lo;
que não forem incompatíveis com esta Lei.
II – proibição de frequentar determinados
lugares;

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CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES FINAIS COMUNS
Art. 93. Lei Estadual disporá sobre o Sistema de
Juizados Especiais Cíveis e Criminais, sua organi-
zação, composição e competência.
Art. 94. Os serviços de cartório poderão ser
prestados, e as audiências realizadas fora da
sede da Comarca, em bairros ou cidades a ela
pertencentes, ocupando instalações de prédios
públicos, de acordo com audiências previamen-
te anunciadas.
Art. 95. Os Estados, Distrito Federal e Territórios
criarão e instalarão os Juizados Especiais no pra-
zo de seis meses, a contar da vigência desta Lei.
Parágrafo único. No prazo de 6 (seis) me-
ses, contado da publicação desta Lei, serão
criados e instalados os Juizados Especiais
Itinerantes, que deverão dirimir, priorita-
riamente, os conflitos existentes nas áreas
rurais ou nos locais de menor concentração
populacional.
Art. 96. Esta Lei entra em vigor no prazo de ses-
senta dias após a sua publicação.
Art. 97. Ficam revogadas a Lei nº 4.611, de 2 de
abril de 1965 e a Lei nº 7.244, de 7 de novembro
de 1984.

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Direito Processual Civil

Professor Giuliano Tamagno

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Direito Processual Civil

DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO

Comentário geral
A Imparcialidade é garantia do estado Democrático de Direito e atributo necessário para que se
possa julgar.
É um dos elementos do princípio do Juiz Natural (art. 5º, XXXVII e LIII, CF).
Não podem existir quaisquer dúvidas sobre os motivos de ordem pessoal que possam influir no
ânimo do julgador. Não basta que o juiz alegue a imparcialidade na sua consciência. O CPC fixa
causas objetivas de presunção absoluta (impedimentos) e de presunção relativa (suspeição)
que impedem que o juiz atue em determinada causa.
Aplicam-se os motivos legais de impedimentos e suspeições tanto a juízes singulares quanto a
tribunais. São motivos interpretados em sentido estrito, não permitindo aplicação analógica ou
interpretação extensiva, pois afetam o poder jurisdicional.
Aplicam-se aos procedimentos de jurisdição contenciosa e voluntária.
Na Justiça do Trabalho, há regra expressa sobre o tema: art. 801, CLT. Não se faz distinção entre
impedimento e suspeição, referindo-se somente ao direito de recusar o Juiz. Os motivos para
recusa são: Amizade íntima, inimizade pessoal, parentesco por consanguinidade ou afinidade
até o terceiro grau e interesse particular na causa.
O parágrafo único, acrescenta que “se o recusante houver praticado algum ato pelo qual haja
consentido na pessoa do juiz, não mais poderá alegar a exceção de suspeição, salvo se sobre-
vindo novo motivo. A suspeição não será admitida se do processo constar que o recusante dei-
xou de alega-la anteriormente, quando já a conhecia, ou que, depois de conhecida, aceitou o
juiz recusado ou, finalmente, se procurou de propósito o motivo de que ela se originou”.
Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo:
I – em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como membro
do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha;
II – de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão;
III – quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministé-
rio Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha
reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;

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IV – quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, con-
sanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
V – quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no
processo;
VI – quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes;
VII – em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou
decorrente de contrato de prestação de serviços;
VIII – em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro
ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive,
mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório;
IX – quando promover ação contra a parte ou seu advogado.
§ 1º Na hipótese do inciso III, o impedimento só se verifica quando o defensor público, o advo-
gado ou o membro do Ministério Público já integrava o processo antes do início da atividade
judicante do juiz.
§ 2º É vedada a criação de fato superveniente a fim de caracterizar impedimento do juiz.
§ 3º O impedimento previsto no inciso III também se verifica no caso de mandato conferido a
membro de escritório de advocacia que tenha em seus quadros advogado que individualmente
ostente a condição nele prevista, mesmo que não intervenha diretamente no processo.

Comentário
Os casos de impedimento são objetivos. Não se indaga sobre a causa ou o motivo da atuação.
Não há necessidade de poderes especiais para o advogado arguir o impedimento.
Atos proferidos por juiz impedido levam nulidade e podem ser atacados por ação rescisória
(art. 966, II, CPC).
O juiz deve pronunciar o impedimento de ofício. Pode ser alegado o impedimento por petição
simples (art. 146, CPC). Houve extinção do procedimento do CPC de 73, que tratava o caso
como de exceção. Não há preclusão.
Há jurisprudência no sentido de que o juiz que apenas ordena a citação na primeira instância
não está impedido de julgar a apelação. Se proferiu a decisão de saneamento, não pode julgar
o processo em apelação.
Intervenção anterior (inciso I). Se fazia parte do MP, somente está impedido se participou de
ato e exteriorizou sua opinião (em matéria penal, no mesmo sentido, Súmula 234, STJ).
Conhecimento em grau anterior de jurisdição (inciso II). Não se aplica se for no mesmo grau.
Um juiz pode julgar causas semelhantes, desde que no mesmo grau. Também não se aplica este
raciocínio para o cumprimento da sentença que julgou.
Este motivo não se aplica às ações anulatórias e ações rescisórias (art. 966, § 4º e art. 966, CPC)
porque são ações autônomas de impugnação. Ver Súmula 252 do STF. Somente estará impedi-
do para julgar a ação rescisória, se a ação rescindenda se baseou em impedimento do próprio
juiz (art. 966, II, CPC).

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Direito Processual Civil – Dos Impedimentos e da Suspeição – Prof. Giuliano Tamagno

Parentesco com defensor público, advogado ou membro do MP (inciso III). Aplica-se a cônjuge,
companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, na linha reta, até o terceiro grau.
Parentes consanguíneos: pais, avós, bisavós, trisavós, filhos, netos, bisnetos, trinetos. Inclui-se
a adoção para esta finalidade (art. 1626, CC). Parentesco por consanguinidade em linha reta
não sofre limitação de graus. Parentesco em linha reta por afinidade limita-se aos filhos e pais
do cônjuge ou companheiro (art. 1595, § 1º, CC).
Os graus contam-se na forma do art. 1594 do CC.
Parentes afins: sogro, genro, nora, padrasto, madrasta, enteado.
Juiz como parte (inciso IV). No conceito de parte incluem-se os terceiros.
Juiz como sócio ou membro de pessoa jurídica em cargo de administração ou direção (inciso
V). Ver art. 36 da LOMAN. Para associações e fundações, tem de ser membro da direção. Para
sociedades, basta ser sócio.
Herdeiro presuntivo, donatário ou empregador (inciso VI). Era causa de suspeição e tornou-se
causa de impedimento. Herdeiro pode ser necessário, legatário, testamentário ou beneficiário
de encargo.
Relação de emprego com instituição de ensino (inciso VII). Novidade do CPC, motivada pela
grande quantidade de juízes envolvidos com o magistério.
Cliente de escritório de advocacia de seu cônjuge ou parente (inciso VIII).
Quando mover ação contra a parte ou advogado (inciso X).
A manipulação dos motivos de impedimento leva à litigância de má-fé.
Sobre os ministros do STF e TSE, ver súmula 72 do STF. Não há impedimento.
Art. 145. Há suspeição do juiz:
I – amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;
II – que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de inicia-
do o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subminis-
trar meios para atender às despesas do litígio;
III – quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro
ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive;
IV – interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes.
§ 1º Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar
suas razões.
§ 2º Será ilegítima a alegação de suspeição quando:
I – houver sido provocada por quem a alega;
II – a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta aceitação do arguido.

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Comentário
A suspeição gera nulidade relativa do processo. Por essa razão, preclui. O prazo conta-se do
art. 146 (15 dias do conhecimento do fato), o que pode ser bem complicado de aferir no caso
concreto.
Sentença prolatada por juiz suspeito não impugnado é válida e não cabe ação rescisória. A sus-
peição não é pressuposto processual.
Partes e MP podem arguir a suspeição. O polo passivo é a pessoa do juiz.
Não é admitida a assistência em suspeição, pois a questão é restrita à parte.
Não é necessária procuração com poderes especiais para arguir a suspeição do juiz.
Amigo íntimo ou inimigo das partes ou de seu advogado (inciso I). São conceitos jurídicos inde-
terminados que devem ser demonstrados no processo. O Juiz pode declarar sua suspeição por
motivo de foro íntimo, sem necessidade de expor suas razões (art. 145, § 1º, CPC). A antipatia
não gera inimizade. Nem o fato do pai do juiz ser inimigo de um das partes e vice-versa.
Presentes ou aconselhamento (inciso II). Devem ter valor significativo. Doação tem carga patri-
monial. Os conselhos devem ser dados de forma particular e direcionada. Não se confundem
com esclarecimentos de dúvidas em meios de comunicação ou no exercício do magistério. Re-
ferir a questão de doações para o foro da comarca, com autorização do Tribunal.
Parte credora ou devedora (inciso III). O juiz não pode julgar a causa tendo interesse no paga-
mento de sua dívida.
Interessado na causa (inciso IV). O interesse deve ser próprio e direto, que possa transformá-lo
em verdadeira parte processual. Pode ser de natureza econômica ou jurídica em sentido estri-
to.
No fundo, a questão de interesse transforma este inciso em um conceito jurídico indetermina-
do, que deve ser demonstrado no caso concreto. Uma questão relacionada é o prejulgamento.
Evidentemente que o juiz pode fazer considerações sobre o processo, principalmente quando
ele não é novidade e já tem algum posicionamento na jurisprudência. Isso não o torna suspei-
to. Tampouco o juízo de opinião emitido na tutela de urgência ou de evidência, porque é da
própria natureza da cognição sumária.
Também a questão das opiniões doutrinárias expressas em publicações, teses acadêmicas, li-
vros de doutrina e de comentários à jurisprudência, palestras, conferências e entrevistas aos
meios de comunicação não constituem motivo de suspeição, desde que formuladas em abstra-
to. Está dentro do espaço de cidadania do juiz.
Na suspeição por foro íntimo, o juiz não precisa declinar os motivos.
Ação idêntica movida pelo próprio juiz é caso de suspeição por interesse.
Art. 146. No prazo de 15 (quinze) dias, a contar do conhecimento do fato, a parte alegará o impe-
dimento ou a suspeição, em petição específica dirigida ao juiz do processo, na qual indicará o fun-
damento da recusa, podendo instruí-la com documentos em que se fundar a alegação e com rol de
testemunhas.

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Direito Processual Civil – Dos Impedimentos e da Suspeição – Prof. Giuliano Tamagno

§ 1º Se reconhecer o impedimento ou a suspeição ao receber a petição, o juiz ordenará imedia-


tamente a remessa dos autos a seu substituto legal, caso contrário, determinará a autuação em
apartado da petição e, no prazo de 15 (quinze) dias, apresentará suas razões, acompanhadas
de documentos e de rol de testemunhas, se houver, ordenando a remessa do incidente ao tribu-
nal.
§ 2º Distribuído o incidente, o relator deverá declarar os seus efeitos, sendo que, se o incidente
for recebido:
I – sem efeito suspensivo, o processo voltará a correr;
II – com efeito suspensivo, o processo permanecerá suspenso até o julgamento do incidente.
§ 3º Enquanto não for declarado o efeito em que é recebido o incidente ou quando este for rece-
bido com efeito suspensivo, a tutela de urgência será requerida ao substituto legal.
§ 4º Verificando que a alegação de impedimento ou de suspeição é improcedente, o tribunal
rejeitá-la-á.
§ 5º Acolhida a alegação, tratando-se de impedimento ou de manifesta suspeição, o tribunal
condenará o juiz nas custas e remeterá os autos ao seu substituto legal, podendo o juiz recorrer
da decisão.
§ 6º Reconhecido o impedimento ou a suspeição, o tribunal fixará o momento a partir do qual o
juiz não poderia ter atuado.
§ 7º O tribunal decretará a nulidade dos atos do juiz, se praticados quando já presente o motivo
de impedimento ou de suspeição.

Comentário
Este é o caso de capacidade postulatória do juiz, que apresentar é suas razões. Quem julga o
incidente é o tribunal, no caso de o juiz não acolher as razões de impedimento ou suspeição.
Na Justiça do Trabalho, o art. 801 da CLT disciplina a exceção de suspeição. Entretanto, no pri-
meiro grau, guardava a sistemática de julgamento pelos demais membros da Junta, o que não
existe mais desde a EC 28. Assim, a exceção deverá ser encaminhada à Corregedoria, que desig-
nará um juiz para instruir e julgar a exceção. No procedimento sumaríssimo, todas as exceções
são julgadas de plano (art. 852 – G, CLT). Se o juiz recusar a exceção, a parte deverá lançar o
protesto antipreclusivo para poder renovar as questões em Recurso Ordinário.
Art. 147. Quando 2 (dois) ou mais juízes forem parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou
colateral, até o terceiro grau, inclusive, o primeiro que conhecer do processo impede que o outro
nele atue, caso em que o segundo se escusará, remetendo os autos ao seu substituto legal.

Comentário
Caso especial de impedimento nos tribunais
Art. 148. Aplicam-se os motivos de impedimento e de suspeição:

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I – ao membro do Ministério Público;
II – aos auxiliares da justiça;
III – aos demais sujeitos imparciais do processo.
§ 1º A parte interessada deverá arguir o impedimento ou a suspeição, em petição fundamenta-
da e devidamente instruída, na primeira oportunidade em que lhe couber falar nos autos.
§ 2º O juiz mandará processar o incidente em separado e sem suspensão do processo, ouvindo
o arguido no prazo de 15 (quinze) dias e facultando a produção de prova, quando necessária.
§ 3º Nos tribunais, a arguição a que se refere o § 1º será disciplinada pelo regimento interno.
§ 4º O disposto nos §§ 1º e 2º não se aplica à arguição de impedimento ou de suspeição de
testemunha.

Comentário
Adota-se, no que couber, o mesmo procedimento adotado para o Juiz. Quem julga o incidente
é o Juiz.
Não suspende o processo.

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Direito Processual Civil

DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA

Art. 149. São auxiliares da Justiça, além de ou- a) quando tenham de seguir à conclusão do
tros cujas atribuições sejam determinadas pelas juiz;
normas de organização judiciária, o escrivão, o
chefe de secretaria, o oficial de justiça, o peri- b) com vista a procurador, à Defensoria Pú-
to, o depositário, o administrador, o intérprete, blica, ao Ministério Público ou à Fazenda
o tradutor, o mediador, o conciliador judicial, o Pública;
partidor, o distribuidor, o contabilista e o regula- c) quando devam ser remetidos ao contabi-
dor de avarias. lista ou ao partidor;
Seção I d) quando forem remetidos a outro juízo
DO ESCRIVÃO, DO CHEFE DE em razão da modificação da competência;
SECRETARIA E DO OFICIAL DE V – fornecer certidão de qualquer ato ou
JUSTIÇA termo do processo, independentemente de
despacho, observadas as disposições refe-
Art. 150. Em cada juízo haverá um ou mais ofí- rentes ao segredo de justiça;
cios de justiça, cujas atribuições serão determi-
nadas pelas normas de organização judiciária. VI – praticar, de ofício, os atos meramente
ordinatórios.
Art. 151. Em cada comarca, seção ou subseção
judiciária haverá, no mínimo, tantos oficiais de § 1º O juiz titular editará ato a fim de regu-
justiça quantos sejam os juízos. lamentar a atribuição prevista no inciso VI.

Art. 152. Incumbe ao escrivão ou ao chefe de § 2º No impedimento do escrivão ou che-


secretaria: fe de secretaria, o juiz convocará substituto
e, não o havendo, nomeará pessoa idônea
I – redigir, na forma legal, os ofícios, os man- para o ato.
dados, as cartas precatórias e os demais
atos que pertençam ao seu ofício; Art. 153. O escrivão ou chefe de secretaria de-
verá obedecer à ordem cronológica de recebi-
II – efetivar as ordens judiciais, realizar cita- mento para publicação e efetivação dos pronun-
ções e intimações, bem como praticar todos ciamentos judiciais.
os demais atos que lhe forem atribuídos pe-
las normas de organização judiciária; Art. 153. O escrivão ou o chefe de secretaria
atenderá, preferencialmente, à ordem crono-
III – comparecer às audiências ou, não po- lógica de recebimento para publicação e efeti-
dendo fazê-lo, designar servidor para subs- vação dos pronunciamentos judiciais. (Redação
tituí-lo; dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
IV – manter sob sua guarda e responsabili-
dade os autos, não permitindo que saiam
do cartório, exceto:

www.acasadoconcurseiro.com.br 969
§ 1º A lista de processos recebidos deverá Parágrafo único. Certificada a proposta de
ser disponibilizada, de forma permanente, autocomposição prevista no inciso VI, o
para consulta pública. juiz ordenará a intimação da parte contrá-
ria para manifestar-se, no prazo de 5 (cinco)
§ 2º Estão excluídos da regra do caput: dias, sem prejuízo do andamento regular do
I – os atos urgentes, assim reconhecidos processo, entendendo-se o silêncio como
pelo juiz no pronunciamento judicial a ser recusa.
efetivado; Art. 155. O escrivão, o chefe de secretaria e o
II – as preferências legais. oficial de justiça são responsáveis, civil e regres-
sivamente, quando:
§ 3º Após elaboração de lista própria, res-
peitar-se-ão a ordem cronológica de recebi- I – sem justo motivo, se recusarem a cum-
mento entre os atos urgentes e as preferên- prir no prazo os atos impostos pela lei ou
cias legais. pelo juiz a que estão subordinados;

§ 4º A parte que se considerar preterida na II – praticarem ato nulo com dolo ou culpa.
ordem cronológica poderá reclamar, nos
próprios autos, ao juiz do processo, que re-
quisitará informações ao servidor, a serem
prestadas no prazo de 2 (dois) dias.
§ 5º Constatada a preterição, o juiz deter-
minará o imediato cumprimento do ato e a
instauração de processo administrativo dis-
ciplinar contra o servidor.
Art. 154. Incumbe ao oficial de justiça:
I – fazer pessoalmente citações, prisões,
penhoras, arrestos e demais diligências pró-
prias do seu ofício, sempre que possível na
presença de 2 (duas) testemunhas, certifi-
cando no mandado o ocorrido, com men-
ção ao lugar, ao dia e à hora;
II – executar as ordens do juiz a que estiver
subordinado;
III – entregar o mandado em cartório após
seu cumprimento;
IV – auxiliar o juiz na manutenção da or-
dem;
V – efetuar avaliações, quando for o caso;
VI – certificar, em mandado, proposta de
autocomposição apresentada por qualquer
das partes, na ocasião de realização de ato
de comunicação que lhe couber.

970 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Civil

DA FORMA DOS ATOS PROCESSUAIS

Seção I Art. 190. Versando o processo sobre direitos


DOS ATOS EM GERAL que admitam autocomposição, é lícito às par-
tes plenamente capazes estipular mudanças no
Art. 188. Os atos e os termos processuais inde- procedimento para ajustá-lo às especificidades
pendem de forma determinada, salvo quando a da causa e convencionar sobre os seus ônus, po-
lei expressamente a exigir, considerando-se vá- deres, faculdades e deveres processuais, antes
lidos os que, realizados de outro modo, lhe pre- ou durante o processo.
encham a finalidade essencial. Parágrafo único. De ofício ou a requerimen-
Art. 189. Os atos processuais são públicos, toda- to, o juiz controlará a validade das conven-
via tramitam em segredo de justiça os proces- ções previstas neste artigo, recusando-lhes
sos: aplicação somente nos casos de nulidade
ou de inserção abusiva em contrato de ade-
I – em que o exija o interesse público ou so- são ou em que alguma parte se encontre
cial; em manifesta situação de vulnerabilidade.
II – que versem sobre casamento, separação Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes
de corpos, divórcio, separação, união está- podem fixar calendário para a prática dos atos
vel, filiação, alimentos e guarda de crianças processuais, quando for o caso.
e adolescentes;
§ 1º O calendário vincula as partes e o juiz,
III – em que constem dados protegidos pelo e os prazos nele previstos somente serão
direito constitucional à intimidade; modificados em casos excepcionais, devida-
mente justificados.
IV – que versem sobre arbitragem, inclusive
sobre cumprimento de carta arbitral, desde § 2º Dispensa-se a intimação das partes
que a confidencialidade estipulada na arbi- para a prática de ato processual ou a reali-
tragem seja comprovada perante o juízo. zação de audiência cujas datas tiverem sido
designadas no calendário.
§ 1º O direito de consultar os autos de pro-
cesso que tramite em segredo de justiça e Art. 192. Em todos os atos e termos do processo
de pedir certidões de seus atos é restrito às é obrigatório o uso da língua portuguesa.
partes e aos seus procuradores.
Parágrafo único. O documento redigido em
§ 2º O terceiro que demonstrar interesse ju- língua estrangeira somente poderá ser jun-
rídico pode requerer ao juiz certidão do dis- tado aos autos quando acompanhado de
positivo da sentença, bem como de inventá- versão para a língua portuguesa tramitada
rio e de partilha resultantes de divórcio ou por via diplomática ou pela autoridade cen-
separação. tral, ou firmada por tradutor juramentado.

www.acasadoconcurseiro.com.br 971
Seção II Parágrafo único. Nos casos de problema
DA PRÁTICA ELETRÔNICA técnico do sistema e de erro ou omissão do
auxiliar da justiça responsável pelo registro
DE ATOS PROCESSUAIS dos andamentos, poderá ser configurada a
Art. 193. Os atos processuais podem ser total ou justa causa prevista no art. 223, caput e §
parcialmente digitais, de forma a permitir que 1º.
sejam produzidos, comunicados, armazenados Art. 198. As unidades do Poder Judiciário deve-
e validados por meio eletrônico, na forma da lei. rão manter gratuitamente, à disposição dos in-
Parágrafo único. O disposto nesta Seção teressados, equipamentos necessários à prática
aplica-se, no que for cabível, à prática de de atos processuais e à consulta e ao acesso ao
atos notariais e de registro. sistema e aos documentos dele constantes.

Art. 194. Os sistemas de automação processual Parágrafo único. Será admitida a prática de
respeitarão a publicidade dos atos, o acesso e a atos por meio não eletrônico no local onde
participação das partes e de seus procuradores, não estiverem disponibilizados os equipa-
inclusive nas audiências e sessões de julgamen- mentos previstos no caput.
to, observadas as garantias da disponibilidade, Art. 199. As unidades do Poder Judiciário asse-
independência da plataforma computacional, gurarão às pessoas com deficiência acessibilida-
acessibilidade e interoperabilidade dos siste- de aos seus sítios na rede mundial de compu-
mas, serviços, dados e informações que o Poder tadores, ao meio eletrônico de prática de atos
Judiciário administre no exercício de suas fun- judiciais, à comunicação eletrônica dos atos
ções. processuais e à assinatura eletrônica.
Art. 195. O registro de ato processual eletrônico Seção III
deverá ser feito em padrões abertos, que aten-
derão aos requisitos de autenticidade, integri- DOS ATOS DAS PARTES
dade, temporalidade, não repúdio, conservação
Art. 200. Os atos das partes consistentes em
e, nos casos que tramitem em segredo de justi-
declarações unilaterais ou bilaterais de vontade
ça, confidencialidade, observada a infraestrutu-
produzem imediatamente a constituição, modi-
ra de chaves públicas unificada nacionalmente,
ficação ou extinção de direitos processuais.
nos termos da lei.
Parágrafo único. A desistência da ação só
Art. 196. Compete ao Conselho Nacional de
produzirá efeitos após homologação judi-
Justiça e, supletivamente, aos tribunais, regula-
cial.
mentar a prática e a comunicação oficial de atos
processuais por meio eletrônico e velar pela Art. 201. As partes poderão exigir recibo de pe-
compatibilidade dos sistemas, disciplinando a tições, arrazoados, papéis e documentos que
incorporação progressiva de novos avanços tec- entregarem em cartório.
nológicos e editando, para esse fim, os atos que
forem necessários, respeitadas as normas fun- Art. 202. É vedado lançar nos autos cotas mar-
damentais deste Código. ginais ou interlineares, as quais o juiz mandará
riscar, impondo a quem as escrever multa cor-
Art. 197. Os tribunais divulgarão as informações respondente à metade do salário-mínimo.
constantes de seu sistema de automação em
página própria na rede mundial de computado-
res, gozando a divulgação de presunção de vera-
cidade e confiabilidade.

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Direito Processual Civil – Da Forma dos Atos Processuais – Prof. Giuliano Tamagno

Seção IV Seção V
DOS PRONUNCIAMENTOS DO JUIZ DOS ATOS DO ESCRIVÃO OU
DO CHEFE DE SECRETARIA
Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consisti-
rão em sentenças, decisões interlocutórias e Art. 206. Ao receber a petição inicial de proces-
despachos. so, o escrivão ou o chefe de secretaria a autuará,
§ 1º Ressalvadas as disposições expressas mencionando o juízo, a natureza do processo, o
dos procedimentos especiais, sentença é o número de seu registro, os nomes das partes e a
pronunciamento por meio do qual o juiz, data de seu início, e procederá do mesmo modo
com fundamento nos arts. 485 e 487, põe em relação aos volumes em formação.
fim à fase cognitiva do procedimento co- Art. 207. O escrivão ou o chefe de secretaria nu-
mum, bem como extingue a execução. merará e rubricará todas as folhas dos autos.
§ 2º Decisão interlocutória é todo pronun- Parágrafo único. À parte, ao procurador, ao
ciamento judicial de natureza decisória que membro do Ministério Público, ao defensor
não se enquadre no § 1º. público e aos auxiliares da justiça é faculta-
§ 3º São despachos todos os demais pro- do rubricar as folhas correspondentes aos
nunciamentos do juiz praticados no proces- atos em que intervierem.
so, de ofício ou a requerimento da parte. Art. 208. Os termos de juntada, vista, conclusão
§ 4º Os atos meramente ordinatórios, como e outros semelhantes constarão de notas data-
a juntada e a vista obrigatória, independem das e rubricadas pelo escrivão ou pelo chefe de
de despacho, devendo ser praticados de ofí- secretaria.
cio pelo servidor e revistos pelo juiz quando Art. 209. Os atos e os termos do processo serão
necessário. assinados pelas pessoas que neles intervierem,
Art. 204. Acórdão é o julgamento colegiado pro- todavia, quando essas não puderem ou não qui-
ferido pelos tribunais. serem firmá-los, o escrivão ou o chefe de secre-
taria certificará a ocorrência.
Art. 205. Os despachos, as decisões, as senten-
ças e os acórdãos serão redigidos, datados e as- § 1º Quando se tratar de processo total ou
sinados pelos juízes. parcialmente documentado em autos ele-
trônicos, os atos processuais praticados na
§ 1º Quando os pronunciamentos previstos presença do juiz poderão ser produzidos e
no caput forem proferidos oralmente, o ser- armazenados de modo integralmente digi-
vidor os documentará, submetendo-os aos tal em arquivo eletrônico inviolável, na for-
juízes para revisão e assinatura. ma da lei, mediante registro em termo, que
será assinado digitalmente pelo juiz e pelo
§ 2º A assinatura dos juízes, em todos os escrivão ou chefe de secretaria, bem como
graus de jurisdição, pode ser feita eletroni- pelos advogados das partes.
camente, na forma da lei.
§ 2º Na hipótese do § 1º, eventuais contra-
§ 3º Os despachos, as decisões interlocutó- dições na transcrição deverão ser suscita-
rias, o dispositivo das sentenças e a ementa das oralmente no momento de realização
dos acórdãos serão publicados no Diário de do ato, sob pena de preclusão, devendo o
Justiça Eletrônico. juiz decidir de plano e ordenar o registro, no
termo, da alegação e da decisão.

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Art. 210. É lícito o uso da taquigrafia, da esteno-
tipia ou de outro método idôneo em qualquer
juízo ou tribunal.
Art. 211. Não se admitem nos atos e termos
processuais espaços em branco, salvo os que
forem inutilizados, assim como entrelinhas,
emendas ou rasuras, exceto quando expressa-
mente ressalvadas.

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Atos de Oficio

LEI DO PROCESSO ELETRÔNICO 11.419/2006

Art. 1º O uso de meio eletrônico na tramitação § 1º O credenciamento no Poder Judiciário


de processos judiciais, comunicação de atos e será realizado mediante procedimento no
transmissão de peças processuais será admitido qual esteja assegurada a adequada identifi-
nos termos desta Lei. cação presencial do interessado.
§ 1º Aplica-se o disposto nesta Lei, indistin- § 2º Ao credenciado será atribuído registro
tamente, aos processos civil, penal e traba- e meio de acesso ao sistema, de modo a
lhista, bem como aos juizados especiais, em preservar o sigilo, a identificação e a auten-
qualquer grau de jurisdição. ticidade de suas comunicações.
§ 2º Para o disposto nesta Lei, considera-se: § 3º Os órgãos do Poder Judiciário poderão
criar um cadastro único para o credencia-
I – meio eletrônico qualquer forma de ar- mento previsto neste artigo.
mazenamento ou tráfego de documentos e
arquivos digitais; Art. 3º Consideram-se realizados os atos pro-
cessuais por meio eletrônico no dia e hora do
II – transmissão eletrônica toda forma de seu envio ao sistema do Poder Judiciário, do
comunicação a distância com a utilização de que deverá ser fornecido protocolo eletrônico.
redes de comunicação, preferencialmente a
rede mundial de computadores; Parágrafo único. Quando a petição eletrôni-
ca for enviada para atender prazo processu-
III – assinatura eletrônica as seguintes for- al, serão consideradas tempestivas as trans-
mas de identificação inequívoca do signatá- mitidas até as 24 (vinte e quatro) horas do
rio: seu último dia.
a) assinatura digital baseada em certificado
digital emitido por Autoridade Certificadora DA COMUNICAÇÃO ELETRÔNICA DOS
credenciada, na forma de lei específica; ATOS PROCESSUAIS
b) mediante cadastro de usuário no Poder Art. 4º Os tribunais poderão criar Diário da Jus-
Judiciário, conforme disciplinado pelos ór- tiça eletrônico, disponibilizado em sítio da rede
gãos respectivos. mundial de computadores, para publicação de
atos judiciais e administrativos próprios e dos
Art. 2º O envio de petições, de recursos e a prá- órgãos a eles subordinados, bem como comuni-
tica de atos processuais em geral por meio ele- cações em geral.
trônico serão admitidos mediante uso de assi-
natura eletrônica, na forma do art. 1º desta Lei, § 1º O sítio e o conteúdo das publicações de
sendo obrigatório o credenciamento prévio no que trata este artigo deverão ser assinados
Poder Judiciário, conforme disciplinado pelos digitalmente com base em certificado emi-
órgãos respectivos. tido por Autoridade Certificadora creden-
ciada na forma da lei específica.

www.acasadoconcurseiro.com.br 975
§ 2º A publicação eletrônica na forma des- § 5º Nos casos urgentes em que a intima-
te artigo substitui qualquer outro meio e ção feita na forma deste artigo possa cau-
publicação oficial, para quaisquer efeitos sar prejuízo a quaisquer das partes ou nos
legais, à exceção dos casos que, por lei, exi- casos em que for evidenciada qualquer ten-
gem intimação ou vista pessoal. tativa de burla ao sistema, o ato processu-
al deverá ser realizado por outro meio que
§ 3º Considera-se como data da publicação atinja a sua finalidade, conforme determi-
o primeiro dia útil seguinte ao da disponi- nado pelo juiz.
bilização da informação no Diário da Justiça
eletrônico. § 6º As intimações feitas na forma deste
artigo, inclusive da Fazenda Pública, serão
§ 4º Os prazos processuais terão início no consideradas pessoais para todos os efeitos
primeiro dia útil que seguir ao considerado legais.
como data da publicação.
Art. 6º Observadas as formas e as cautelas do
§ 5º A criação do Diário da Justiça eletrôni- art. 5º desta Lei, as citações, inclusive da Fazen-
co deverá ser acompanhada de ampla divul- da Pública, excetuadas as dos Direitos Processu-
gação, e o ato administrativo corresponden- ais Criminal e Infracional, poderão ser feitas por
te será publicado durante 30 (trinta) dias no meio eletrônico, desde que a íntegra dos autos
diário oficial em uso. seja acessível ao citando.
Art. 5º As intimações serão feitas por meio ele- Art. 7º As cartas precatórias, rogatórias, de
trônico em portal próprio aos que se cadastra- ordem e, de um modo geral, todas as comuni-
rem na forma do art. 2º desta Lei, dispensan- cações oficiais que transitem entre órgãos do
do-se a publicação no órgão oficial, inclusive Poder Judiciário, bem como entre os deste e
eletrônico. os dos demais Poderes, serão feitas preferente-
§ 1º Considerar-se-á realizada a intimação mente por meio eletrônico.
no dia em que o intimando efetivar a con-
sulta eletrônica ao teor da intimação, certi- DO PROCESSO ELETRÔNICO
ficando-se nos autos a sua realização. Art. 8º Os órgãos do Poder Judiciário poderão
§ 2º Na hipótese do § 1º deste artigo, nos desenvolver sistemas eletrônicos de proces-
casos em que a consulta se dê em dia não samento de ações judiciais por meio de autos
útil, a intimação será considerada como rea- total ou parcialmente digitais, utilizando, prefe-
lizada no primeiro dia útil seguinte. rencialmente, a rede mundial de computadores
e acesso por meio de redes internas e externas.
§ 3º A consulta referida nos §§ 1º e 2º deste
artigo deverá ser feita em até 10 (dez) dias Parágrafo único. Todos os atos processuais
corridos contados da data do envio da inti- do processo eletrônico serão assinados ele-
mação, sob pena de considerar-se a intima- tronicamente na forma estabelecida nesta
ção automaticamente realizada na data do Lei.
término desse prazo. Art. 9º No processo eletrônico, todas as cita-
§ 4º Em caráter informativo, poderá ser efe- ções, intimações e notificações, inclusive da Fa-
tivada remessa de correspondência eletrô- zenda Pública, serão feitas por meio eletrônico,
nica, comunicando o envio da intimação e na forma desta Lei.
a abertura automática do prazo processual § 1º As citações, intimações, notificações e
nos termos do § 3º deste artigo, aos que remessas que viabilizem o acesso à íntegra
manifestarem interesse por esse serviço. do processo correspondente serão conside-

976 www.acasadoconcurseiro.com.br
Atos de Ofício – Lei do Processo Eletrônico 11.419/2006 – Prof. Giuliano Tamagno

radas vista pessoal do interessado para to- advogados públicos e privados têm a mes-
dos os efeitos legais. ma força probante dos originais, ressalvada
a alegação motivada e fundamentada de
§ 2º Quando, por motivo técnico, for inviá- adulteração antes ou durante o processo de
vel o uso do meio eletrônico para a realiza- digitalização.
ção de citação, intimação ou notificação, es-
ses atos processuais poderão ser praticados § 2º A argüição de falsidade do documen-
segundo as regras ordinárias, digitalizando- to original será processada eletronicamente
-se o documento físico, que deverá ser pos- na forma da lei processual em vigor.
teriormente destruído.
§ 3º Os originais dos documentos digitali-
Art. 10. A distribuição da petição inicial e a zados, mencionados no § 2º deste artigo,
juntada da contestação, dos recursos e das pe- deverão ser preservados pelo seu detentor
tições em geral, todos em formato digital, nos até o trânsito em julgado da sentença ou,
autos de processo eletrônico, podem ser feitas quando admitida, até o final do prazo para
diretamente pelos advogados públicos e priva- interposição de ação rescisória.
dos, sem necessidade da intervenção do car-
tório ou secretaria judicial, situação em que a § 5º Os documentos cuja digitalização seja
autuação deverá se dar de forma automática, tecnicamente inviável devido ao grande vo-
fornecendo-se recibo eletrônico de protocolo. lume ou por motivo de ilegibilidade deve-
rão ser apresentados ao cartório ou secre-
§ 1º Quando o ato processual tiver que ser taria no prazo de 10 (dez) dias contados do
praticado em determinado prazo, por meio envio de petição eletrônica comunicando o
de petição eletrônica, serão considerados fato, os quais serão devolvidos à parte após
tempestivos os efetivados até as 24 (vinte e o trânsito em julgado.
quatro) horas do último dia.
§ 6º Os documentos digitalizados juntados
§ 2º No caso do § 1º deste artigo, se o Siste- em processo eletrônico somente estarão
ma do Poder Judiciário se tornar indisponí- disponíveis para acesso por meio da rede
vel por motivo técnico, o prazo fica automa- externa para suas respectivas partes pro-
ticamente prorrogado para o primeiro dia cessuais e para o Ministério Público, respei-
útil seguinte à resolução do problema. tado o disposto em lei para as situações de
sigilo e de segredo de justiça.
§ 3º Os órgãos do Poder Judiciário deverão
manter equipamentos de digitalização e de Art. 12. A conservação dos autos do processo
acesso à rede mundial de computadores à poderá ser efetuada total ou parcialmente por
disposição dos interessados para distribui- meio eletrônico.
ção de peças processuais.
§ 1º Os autos dos processos eletrônicos de-
Art. 11. Os documentos produzidos eletroni- verão ser protegidos por meio de sistemas
camente e juntados aos processos eletrônicos de segurança de acesso e armazenados em
com garantia da origem e de seu signatário, na meio que garanta a preservação e integrida-
forma estabelecida nesta Lei, serão considera- de dos dados, sendo dispensada a formação
dos originais para todos os efeitos legais. de autos suplementares.
§ 1º Os extratos digitais e os documentos § 2º Os autos de processos eletrônicos que
digitalizados e juntados aos autos pelos tiverem de ser remetidos a outro juízo ou
órgãos da Justiça e seus auxiliares, pelo instância superior que não disponham de
Ministério Público e seus auxiliares, pelas sistema compatível deverão ser impressos
procuradorias, pelas autoridades policiais, em papel, autuados na forma dos arts. 166
pelas repartições públicas em geral e por a 168 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de

www.acasadoconcurseiro.com.br 977
1973 – Código de Processo Civil, ainda que acessíveis ininterruptamente por meio da rede
de natureza criminal ou trabalhista, ou per- mundial de computadores, priorizando-se a sua
tinentes a juizado especial. padronização.
§ 3º No caso do § 2º deste artigo, o escri- Parágrafo único. Os sistemas devem buscar
vão ou o chefe de secretaria certificará os identificar os casos de ocorrência de pre-
autores ou a origem dos documentos pro- venção, litispendência e coisa julgada.
duzidos nos autos, acrescentando, ressalva-
da a hipótese de existir segredo de justiça, Art. 15. Salvo impossibilidade que comprometa
a forma pela qual o banco de dados poderá o acesso à justiça, a parte deverá informar, ao
ser acessado para aferir a autenticidade das distribuir a petição inicial de qualquer ação judi-
peças e das respectivas assinaturas digitais. cial, o número no cadastro de pessoas físicas ou
jurídicas, conforme o caso, perante a Secretaria
§ 4º Feita a autuação na forma estabeleci- da Receita Federal.
da no § 2º deste artigo, o processo seguirá a
tramitação legalmente estabelecida para os Parágrafo único. Da mesma forma, as peças
processos físicos. de acusação criminais deverão ser instruí-
das pelos membros do Ministério Público
§ 5º A digitalização de autos em mídia não ou pelas autoridades policiais com os nú-
digital, em tramitação ou já arquivados, meros de registros dos acusados no Institu-
será precedida de publicação de editais de to Nacional de Identificação do Ministério
intimações ou da intimação pessoal das da Justiça, se houver.
partes e de seus procuradores, para que, no
prazo preclusivo de 30 (trinta) dias, se mani-
festem sobre o desejo de manterem pesso-
almente a guarda de algum dos documen-
tos originais.
Art. 13. O magistrado poderá determinar que
sejam realizados por meio eletrônico a exibição
e o envio de dados e de documentos necessá-
rios à instrução do processo.
§ 1º Consideram-se cadastros públicos, para
os efeitos deste artigo, dentre outros exis-
tentes ou que venham a ser criados, ainda
que mantidos por concessionárias de ser-
viço público ou empresas privadas, os que
contenham informações indispensáveis ao
exercício da função judicante.
§ 2º O acesso de que trata este artigo dar-
-se-á por qualquer meio tecnológico dispo-
nível, preferentemente o de menor custo,
considerada sua eficiência.

DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS


Art. 14. Os sistemas a serem desenvolvidos pe-
los órgãos do Poder Judiciário deverão usar, pre-
ferencialmente, programas com código aberto,

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Direito Processual Civil

DA PRÁTICA ELETRÔNICA DE ATOS PROCESSUAIS

LEI Nº 11.419, III – assinatura eletrônica as seguintes for-


DE 19 DE DEZEMBRO DE 2006 mas de identificação inequívoca do signatá-
rio:
Dispõe sobre a informatização do processo ju- a) assinatura digital baseada em certificado
dicial; altera a Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de digital emitido por Autoridade Certificadora
1973 – Código de Processo Civil; e dá outras credenciada, na forma de lei específica;
providências.
b) mediante cadastro de usuário no Poder
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que Judiciário, conforme disciplinado pelos ór-
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a gãos respectivos.
seguinte Lei:
Art. 2º O envio de petições, de recursos e a prá-
tica de atos processuais em geral por meio ele-
trônico serão admitidos mediante uso de assi-
CAPÍTULO I natura eletrônica, na forma do art. 1º desta Lei,
DA INFORMATIZAÇÃO sendo obrigatório o credenciamento prévio no
DO PROCESSO JUDICIAL Poder Judiciário, conforme disciplinado pelos
órgãos respectivos.
Art. 1º O uso de meio eletrônico na tramitação
§ 1º O credenciamento no Poder Judiciário
de processos judiciais, comunicação de atos e
será realizado mediante procedimento no
transmissão de peças processuais será admitido
qual esteja assegurada a adequada identifi-
nos termos desta Lei.
cação presencial do interessado.
§ 1º Aplica-se o disposto nesta Lei, indistin-
§ 2º Ao credenciado será atribuído registro
tamente, aos processos civil, penal e traba-
e meio de acesso ao sistema, de modo a
lhista, bem como aos juizados especiais, em
preservar o sigilo, a identificação e a auten-
qualquer grau de jurisdição.
ticidade de suas comunicações.
§ 2º Para o disposto nesta Lei, considera-se:
§ 3º Os órgãos do Poder Judiciário poderão
I – meio eletrônico qualquer forma de ar- criar um cadastro único para o credencia-
mazenamento ou tráfego de documentos e mento previsto neste artigo.
arquivos digitais;
Art. 3º Consideram-se realizados os atos pro-
II – transmissão eletrônica toda forma de cessuais por meio eletrônico no dia e hora do
comunicação a distância com a utilização de seu envio ao sistema do Poder Judiciário, do
redes de comunicação, preferencialmente a que deverá ser fornecido protocolo eletrônico.
rede mundial de computadores;
Parágrafo único. Quando a petição eletrôni-
ca for enviada para atender prazo processu-
al, serão consideradas tempestivas as trans-

www.acasadoconcurseiro.com.br 979
mitidas até as 24 (vinte e quatro) horas do sulta eletrônica ao teor da intimação, certi-
seu último dia. ficando-se nos autos a sua realização.
§ 2º Na hipótese do § 1º deste artigo, nos
casos em que a consulta se dê em dia não
CAPÍTULO II útil, a intimação será considerada como rea-
lizada no primeiro dia útil seguinte.
DA COMUNICAÇÃO ELETRÔNICA
DOS ATOS PROCESSUAIS § 3º A consulta referida nos §§ 1º e 2º deste
artigo deverá ser feita em até 10 (dez) dias
Art. 4º Os tribunais poderão criar Diário da Jus- corridos contados da data do envio da inti-
tiça eletrônico, disponibilizado em sítio da rede mação, sob pena de considerar-se a intima-
mundial de computadores, para publicação de ção automaticamente realizada na data do
atos judiciais e administrativos próprios e dos término desse prazo.
órgãos a eles subordinados, bem como comuni-
cações em geral. § 4º Em caráter informativo, poderá ser efe-
tivada remessa de correspondência eletrô-
§ 1º O sítio e o conteúdo das publicações de nica, comunicando o envio da intimação e
que trata este artigo deverão ser assinados a abertura automática do prazo processual
digitalmente com base em certificado emi- nos termos do § 3º deste artigo, aos que
tido por Autoridade Certificadora creden- manifestarem interesse por esse serviço.
ciada na forma da lei específica.
§ 5º Nos casos urgentes em que a intima-
§ 2º A publicação eletrônica na forma des- ção feita na forma deste artigo possa cau-
te artigo substitui qualquer outro meio e sar prejuízo a quaisquer das partes ou nos
publicação oficial, para quaisquer efeitos casos em que for evidenciada qualquer ten-
legais, à exceção dos casos que, por lei, exi- tativa de burla ao sistema, o ato processu-
gem intimação ou vista pessoal. al deverá ser realizado por outro meio que
atinja a sua finalidade, conforme determi-
§ 3º Considera-se como data da publicação
nado pelo juiz.
o primeiro dia útil seguinte ao da disponi-
bilização da informação no Diário da Justiça § 6º As intimações feitas na forma deste
eletrônico. artigo, inclusive da Fazenda Pública, serão
consideradas pessoais para todos os efeitos
§ 4º Os prazos processuais terão início no
legais.
primeiro dia útil que seguir ao considerado
como data da publicação. Art. 6º Observadas as formas e as cautelas do
art. 5º desta Lei, as citações, inclusive da Fazen-
§ 5º A criação do Diário da Justiça eletrôni-
da Pública, excetuadas as dos Direitos Processu-
co deverá ser acompanhada de ampla divul-
ais Criminal e Infracional, poderão ser feitas por
gação, e o ato administrativo corresponden-
meio eletrônico, desde que a íntegra dos autos
te será publicado durante 30 (trinta) dias no
seja acessível ao citando.
diário oficial em uso.
Art. 7º As cartas precatórias, rogatórias, de
Art. 5º As intimações serão feitas por meio ele-
ordem e, de um modo geral, todas as comuni-
trônico em portal próprio aos que se cadastra-
cações oficiais que transitem entre órgãos do
rem na forma do art. 2º desta Lei, dispensan-
Poder Judiciário, bem como entre os deste e
do-se a publicação no órgão oficial, inclusive
os dos demais Poderes, serão feitas preferente-
eletrônico.
mente por meio eletrônico.
§ 1º Considerar-se-á realizada a intimação
no dia em que o intimando efetivar a con-

980 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Civil – Da Prática Eletrônica de Atos Processuais – Prof.

CAPÍTULO III § 2º No caso do § 1º deste artigo, se o Siste-


DO PROCESSO ELETRÔNICO ma do Poder Judiciário se tornar indisponí-
vel por motivo técnico, o prazo fica automa-
Art. 8º Os órgãos do Poder Judiciário poderão ticamente prorrogado para o primeiro dia
desenvolver sistemas eletrônicos de proces- útil seguinte à resolução do problema.
samento de ações judiciais por meio de autos
§ 3º Os órgãos do Poder Judiciário deverão
total ou parcialmente digitais, utilizando, prefe-
manter equipamentos de digitalização e de
rencialmente, a rede mundial de computadores
acesso à rede mundial de computadores à
e acesso por meio de redes internas e externas.
disposição dos interessados para distribui-
Parágrafo único. Todos os atos processuais ção de peças processuais.
do processo eletrônico serão assinados ele-
Art. 11. Os documentos produzidos eletroni-
tronicamente na forma estabelecida nesta
camente e juntados aos processos eletrônicos
Lei.
com garantia da origem e de seu signatário, na
Art. 9º No processo eletrônico, todas as cita- forma estabelecida nesta Lei, serão considera-
ções, intimações e notificações, inclusive da Fa- dos originais para todos os efeitos legais.
zenda Pública, serão feitas por meio eletrônico,
§ 1º Os extratos digitais e os documentos
na forma desta Lei.
digitalizados e juntados aos autos pelos
§ 1º As citações, intimações, notificações e órgãos da Justiça e seus auxiliares, pelo
remessas que viabilizem o acesso à íntegra Ministério Público e seus auxiliares, pelas
do processo correspondente serão conside- procuradorias, pelas autoridades policiais,
radas vista pessoal do interessado para to- pelas repartições públicas em geral e por
dos os efeitos legais. advogados públicos e privados têm a mes-
ma força probante dos originais, ressalvada
§ 2º Quando, por motivo técnico, for inviá- a alegação motivada e fundamentada de
vel o uso do meio eletrônico para a realiza- adulteração antes ou durante o processo de
ção de citação, intimação ou notificação, es- digitalização.
ses atos processuais poderão ser praticados
segundo as regras ordinárias, digitalizando- § 2º A argüição de falsidade do documen-
-se o documento físico, que deverá ser pos- to original será processada eletronicamente
teriormente destruído. na forma da lei processual em vigor.

Art. 10. A distribuição da petição inicial e a § 3º Os originais dos documentos digitali-


juntada da contestação, dos recursos e das pe- zados, mencionados no § 2º deste artigo,
tições em geral, todos em formato digital, nos deverão ser preservados pelo seu detentor
autos de processo eletrônico, podem ser feitas até o trânsito em julgado da sentença ou,
diretamente pelos advogados públicos e priva- quando admitida, até o final do prazo para
dos, sem necessidade da intervenção do car- interposição de ação rescisória.
tório ou secretaria judicial, situação em que a
§ 4º (VETADO)
autuação deverá se dar de forma automática,
fornecendo-se recibo eletrônico de protocolo. § 5º Os documentos cuja digitalização seja
tecnicamente inviável devido ao grande vo-
§ 1º Quando o ato processual tiver que ser
lume ou por motivo de ilegibilidade deve-
praticado em determinado prazo, por meio
rão ser apresentados ao cartório ou secre-
de petição eletrônica, serão considerados
taria no prazo de 10 (dez) dias contados do
tempestivos os efetivados até as 24 (vinte e
envio de petição eletrônica comunicando o
quatro) horas do último dia.
fato, os quais serão devolvidos à parte após
o trânsito em julgado.

www.acasadoconcurseiro.com.br 981
§ 6º Os documentos digitalizados juntados almente a guarda de algum dos documen-
em processo eletrônico somente estarão tos originais.
disponíveis para acesso por meio da rede
externa para suas respectivas partes pro- Art. 13. O magistrado poderá determinar que
cessuais e para o Ministério Público, respei- sejam realizados por meio eletrônico a exibição
tado o disposto em lei para as situações de e o envio de dados e de documentos necessá-
sigilo e de segredo de justiça. rios à instrução do processo.

Art. 12. A conservação dos autos do processo § 1º Consideram-se cadastros públicos, para
poderá ser efetuada total ou parcialmente por os efeitos deste artigo, dentre outros exis-
meio eletrônico. tentes ou que venham a ser criados, ainda
que mantidos por concessionárias de ser-
§ 1º Os autos dos processos eletrônicos de- viço público ou empresas privadas, os que
verão ser protegidos por meio de sistemas contenham informações indispensáveis ao
de segurança de acesso e armazenados em exercício da função judicante.
meio que garanta a preservação e integrida-
de dos dados, sendo dispensada a formação § 2º O acesso de que trata este artigo dar-
de autos suplementares. -se-á por qualquer meio tecnológico dispo-
nível, preferentemente o de menor custo,
§ 2º Os autos de processos eletrônicos que considerada sua eficiência.
tiverem de ser remetidos a outro juízo ou
instância superior que não disponham de
sistema compatível deverão ser impressos
em papel, autuados na forma dos arts. 166 CAPÍTULO IV
a 168 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS
1973 – Código de Processo Civil, ainda que
de natureza criminal ou trabalhista, ou per- Art. 14. Os sistemas a serem desenvolvidos pe-
tinentes a juizado especial. los órgãos do Poder Judiciário deverão usar, pre-
ferencialmente, programas com código aberto,
§ 3º No caso do § 2º deste artigo, o escri- acessíveis ininterruptamente por meio da rede
vão ou o chefe de secretaria certificará os mundial de computadores, priorizando-se a sua
autores ou a origem dos documentos pro- padronização.
duzidos nos autos, acrescentando, ressalva-
da a hipótese de existir segredo de justiça, Parágrafo único. Os sistemas devem buscar
a forma pela qual o banco de dados poderá identificar os casos de ocorrência de pre-
ser acessado para aferir a autenticidade das venção, litispendência e coisa julgada.
peças e das respectivas assinaturas digitais.
Art. 15. Salvo impossibilidade que comprometa
§ 4º Feita a autuação na forma estabeleci- o acesso à justiça, a parte deverá informar, ao
da no § 2º deste artigo, o processo seguirá a distribuir a petição inicial de qualquer ação judi-
tramitação legalmente estabelecida para os cial, o número no cadastro de pessoas físicas ou
processos físicos. jurídicas, conforme o caso, perante a Secretaria
da Receita Federal.
§ 5º A digitalização de autos em mídia não
digital, em tramitação ou já arquivados, Parágrafo único. Da mesma forma, as peças
será precedida de publicação de editais de de acusação criminais deverão ser instruí-
intimações ou da intimação pessoal das das pelos membros do Ministério Público
partes e de seus procuradores, para que, no ou pelas autoridades policiais com os nú-
prazo preclusivo de 30 (trinta) dias, se mani- meros de registros dos acusados no Institu-
festem sobre o desejo de manterem pesso- to Nacional de Identificação do Ministério
da Justiça, se houver.

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Direito Processual Civil – Da Prática Eletrônica de Atos Processuais – Prof.

Art. 16. Os livros cartorários e demais repositó-


rios dos órgãos do Poder Judiciário poderão ser
gerados e armazenados em meio totalmente
eletrônico.
Art. 17. (VETADO)
Art. 18. Os órgãos do Poder Judiciário regula-
mentarão esta Lei, no que couber, no âmbito de
suas respectivas competências.
Art. 19. Ficam convalidados os atos processuais
praticados por meio eletrônico até a data de pu-
blicação desta Lei, desde que tenham atingido
sua finalidade e não tenha havido prejuízo para
as partes.

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Direito Processual Civil

DO TEMPO E DO LUGAR DOS ATOS PROCESSUAIS

Seção I II – a tutela de urgência.


DO TEMPO Art. 215. Processam-se durante as férias foren-
ses, onde as houver, e não se suspendem pela
Art. 212. Os atos processuais serão realizados superveniência delas:
em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
I – os procedimentos de jurisdição voluntá-
§ 1º Serão concluídos após as 20 (vinte) ho- ria e os necessários à conservação de direi-
ras os atos iniciados antes, quando o adia- tos, quando puderem ser prejudicados pelo
mento prejudicar a diligência ou causar gra- adiamento;
ve dano.
II – a ação de alimentos e os processos de
§ 2º Independentemente de autorização nomeação ou remoção de tutor e curador;
judicial, as citações, intimações e penhoras
poderão realizar-se no período de férias fo- III – os processos que a lei determinar.
renses, onde as houver, e nos feriados ou
dias úteis fora do horário estabelecido nes- Art. 216. Além dos declarados em lei, são fe-
te artigo, observado o disposto no art. 5º, riados, para efeito forense, os sábados, os do-
inciso XI, da Constituição Federal. mingos e os dias em que não haja expediente
forense.
§ 3º Quando o ato tiver de ser praticado por
meio de petição em autos não eletrônicos, Seção II
essa deverá ser protocolada no horário de DO LUGAR
funcionamento do fórum ou tribunal, con-
forme o disposto na lei de organização judi- Art. 217. Os atos processuais realizar-se-ão or-
ciária local. dinariamente na sede do juízo, ou, excepcional-
mente, em outro lugar em razão de deferência,
Art. 213. A prática eletrônica de ato processu- de interesse da justiça, da natureza do ato ou de
al pode ocorrer em qualquer horário até as 24 obstáculo arguido pelo interessado e acolhido
(vinte e quatro) horas do último dia do prazo. pelo juiz.
Parágrafo único. O horário vigente no juízo
perante o qual o ato deve ser praticado será
considerado para fins de atendimento do
prazo.
Art. 214. Durante as férias forenses e nos feria-
dos, não se praticarão atos processuais, excetu-
ando-se:
I – os atos previstos no art. 212, § 2º;

www.acasadoconcurseiro.com.br 985
Direito Processual Civil

DOS PRAZOS

Seção I § 2º Durante a suspensão do prazo, não se


DISPOSIÇÕES GERAIS realizarão audiências nem sessões de julga-
mento.
Art. 218. Os atos processuais serão realizados Art. 221. Suspende-se o curso do prazo por obs-
nos prazos prescritos em lei. táculo criado em detrimento da parte ou ocor-
§ 1º Quando a lei for omissa, o juiz determi- rendo qualquer das hipóteses do art. 313, de-
nará os prazos em consideração à complexi- vendo o prazo ser restituído por tempo igual ao
dade do ato. que faltava para sua complementação.

§ 2º Quando a lei ou o juiz não determinar Parágrafo único. Suspendem-se os prazos


prazo, as intimações somente obrigarão a durante a execução de programa instituído
comparecimento após decorridas 48 (qua- pelo Poder Judiciário para promover a auto-
renta e oito) horas. composição, incumbindo aos tribunais es-
pecificar, com antecedência, a duração dos
§ 3º Inexistindo preceito legal ou prazo de- trabalhos.
terminado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o
prazo para a prática de ato processual a car- Art. 222. Na comarca, seção ou subseção judi-
go da parte. ciária onde for difícil o transporte, o juiz poderá
prorrogar os prazos por até 2 (dois) meses.
§ 4º Será considerado tempestivo o ato pra-
ticado antes do termo inicial do prazo. § 1º Ao juiz é vedado reduzir prazos pe-
remptórios sem anuência das partes.
Art. 219. Na contagem de prazo em dias, esta-
belecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão so- § 2º Havendo calamidade pública, o limite
mente os dias úteis. previsto no caput para prorrogação de pra-
zos poderá ser excedido.
Parágrafo único. O disposto neste artigo
aplica-se somente aos prazos processuais. Art. 223. Decorrido o prazo, extingue-se o direi-
to de praticar ou de emendar o ato processual,
Art. 220. Suspende-se o curso do prazo proces- independentemente de declaração judicial, fi-
sual nos dias compreendidos entre 20 de de- cando assegurado, porém, à parte provar que
zembro e 20 de janeiro, inclusive. não o realizou por justa causa.
§ 1º Ressalvadas as férias individuais e os fe- § 1º Considera-se justa causa o evento
riados instituídos por lei, os juízes, os mem- alheio à vontade da parte e que a impediu
bros do Ministério Público, da Defensoria de praticar o ato por si ou por mandatário.
Pública e da Advocacia Pública e os auxilia-
res da Justiça exercerão suas atribuições du- § 2º Verificada a justa causa, o juiz permiti-
rante o período previsto no caput. rá à parte a prática do ato no prazo que lhe
assinar.

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Art. 224. Salvo disposição em contrário, os pra- § 2º Nos processos em autos eletrônicos,
zos serão contados excluindo o dia do começo e a juntada de petições ou de manifestações
incluindo o dia do vencimento. em geral ocorrerá de forma automática, in-
dependentemente de ato de serventuário
§ 1º Os dias do começo e do vencimento da justiça.
do prazo serão protraídos para o primeiro
dia útil seguinte, se coincidirem com dia Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferen-
em que o expediente forense for encerrado tes procuradores, de escritórios de advocacia
antes ou iniciado depois da hora normal ou distintos, terão prazos contados em dobro para
houver indisponibilidade da comunicação todas as suas manifestações, em qualquer juízo
eletrônica. ou tribunal, independentemente de requeri-
mento.
§ 2º Considera-se como data de publicação
o primeiro dia útil seguinte ao da disponi- § 1º Cessa a contagem do prazo em dobro
bilização da informação no Diário da Justiça se, havendo apenas 2 (dois) réus, é ofereci-
eletrônico. da defesa por apenas um deles.
§ 3º A contagem do prazo terá início no pri- § 2º Não se aplica o disposto no caput aos
meiro dia útil que seguir ao da publicação. processos em autos eletrônicos.
Art. 225. A parte poderá renunciar ao prazo es- Art. 230. O prazo para a parte, o procurador, a
tabelecido exclusivamente em seu favor, desde Advocacia Pública, a Defensoria Pública e o Mi-
que o faça de maneira expressa. nistério Público será contado da citação, da inti-
mação ou da notificação.
Art. 226. O juiz proferirá:
Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso,
I – os despachos no prazo de 5 (cinco) dias; considera-se dia do começo do prazo:
II – as decisões interlocutórias no prazo de I – a data de juntada aos autos do aviso de
10 (dez) dias; recebimento, quando a citação ou a intima-
III – as sentenças no prazo de 30 (trinta) ção for pelo correio;
dias. II – a data de juntada aos autos do mandado
Art. 227. Em qualquer grau de jurisdição, haven- cumprido, quando a citação ou a intimação
do motivo justificado, pode o juiz exceder, por for por oficial de justiça;
igual tempo, os prazos a que está submetido. III – a data de ocorrência da citação ou da
Art. 228. Incumbirá ao serventuário remeter os intimação, quando ela se der por ato do es-
autos conclusos no prazo de 1 (um) dia e exe- crivão ou do chefe de secretaria;
cutar os atos processuais no prazo de 5 (cinco) IV – o dia útil seguinte ao fim da dilação as-
dias, contado da data em que: sinada pelo juiz, quando a citação ou a inti-
I – houver concluído o ato processual ante- mação for por edital;
rior, se lhe foi imposto pela lei; V – o dia útil seguinte à consulta ao teor da
II – tiver ciência da ordem, quando determi- citação ou da intimação ou ao término do
nada pelo juiz. prazo para que a consulta se dê, quando a
citação ou a intimação for eletrônica;
§ 1º Ao receber os autos, o serventuário
certificará o dia e a hora em que teve ciên- VI – a data de juntada do comunicado de
cia da ordem referida no inciso II. que trata o art. 232 ou, não havendo esse,
a data de juntada da carta aos autos de ori-
gem devidamente cumprida, quando a cita-

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Direito Processual Civil – Dos Prazos – Prof. Giuliano Tamagno

ção ou a intimação se realizar em cumpri- injustificadamente exceder os prazos pre-


mento de carta; vistos em lei.
VII – a data de publicação, quando a intima- Art. 234. Os advogados públicos ou privados, o
ção se der pelo Diário da Justiça impresso defensor público e o membro do Ministério Pú-
ou eletrônico; blico devem restituir os autos no prazo do ato a
ser praticado.
VIII – o dia da carga, quando a intimação se
der por meio da retirada dos autos, em car- § 1º É lícito a qualquer interessado exigir os
ga, do cartório ou da secretaria. autos do advogado que exceder prazo legal.
§ 1º Quando houver mais de um réu, o dia § 2º Se, intimado, o advogado não devolver
do começo do prazo para contestar corres- os autos no prazo de 3 (três) dias, perderá
ponderá à última das datas a que se refe- o direito à vista fora de cartório e incorre-
rem os incisos I a VI do caput. rá em multa correspondente à metade do
salário-mínimo.
§ 2º Havendo mais de um intimado, o prazo
para cada um é contado individualmente. § 3º Verificada a falta, o juiz comunicará o
fato à seção local da Ordem dos Advogados
§ 3º Quando o ato tiver de ser praticado di- do Brasil para procedimento disciplinar e
retamente pela parte ou por quem, de qual- imposição de multa.
quer forma, participe do processo, sem a
intermediação de representante judicial, o § 4º Se a situação envolver membro do Mi-
dia do começo do prazo para cumprimento nistério Público, da Defensoria Pública ou
da determinação judicial corresponderá à da Advocacia Pública, a multa, se for o caso,
data em que se der a comunicação. será aplicada ao agente público responsável
pelo ato.
§ 4º Aplica-se o disposto no inciso II do ca-
put à citação com hora certa. § 5º Verificada a falta, o juiz comunicará o
fato ao órgão competente responsável pela
Art. 232. Nos atos de comunicação por carta instauração de procedimento disciplinar
precatória, rogatória ou de ordem, a realização contra o membro que atuou no feito.
da citação ou da intimação será imediatamente
informada, por meio eletrônico, pelo juiz depre- Art. 235. Qualquer parte, o Ministério Público
cado ao juiz deprecante. ou a Defensoria Pública poderá representar ao
corregedor do tribunal ou ao Conselho Nacional
Seção II de Justiça contra juiz ou relator que injustifica-
DA VERIFICAÇÃO DOS PRAZOS damente exceder os prazos previstos em lei, re-
E DAS PENALIDADES gulamento ou regimento interno.
§ 1º Distribuída a representação ao órgão
Art. 233. Incumbe ao juiz verificar se o serven-
competente e ouvido previamente o juiz,
tuário excedeu, sem motivo legítimo, os prazos
não sendo caso de arquivamento liminar,
estabelecidos em lei.
será instaurado procedimento para apu-
§ 1º Constatada a falta, o juiz ordenará a ração da responsabilidade, com intimação
instauração de processo administrativo, na do representado por meio eletrônico para,
forma da lei. querendo, apresentar justificativa no prazo
de 15 (quinze) dias.
§ 2º Qualquer das partes, o Ministério Pú-
blico ou a Defensoria Pública poderá re- § 2º Sem prejuízo das sanções administra-
presentar ao juiz contra o serventuário que tivas cabíveis, em até 48 (quarenta e oito)
horas após a apresentação ou não da justi-

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ficativa de que trata o § 1º, se for o caso, o
corregedor do tribunal ou o relator no Con-
selho Nacional de Justiça determinará a inti-
mação do representado por meio eletrônico
para que, em 10 (dez) dias, pratique o ato.
§ 3º Mantida a inércia, os autos serão reme-
tidos ao substituto legal do juiz ou do rela-
tor contra o qual se representou para deci-
são em 10 (dez) dias.

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Direito Processual Civil

DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS

CAPÍTULO I IV – arbitral, para que órgão do Poder Judi-


DISPOSIÇÕES GERAIS ciário pratique ou determine o cumprimen-
to, na área de sua competência territorial,
Art. 236. Os atos processuais serão cumpridos de ato objeto de pedido de cooperação ju-
por ordem judicial. diciária formulado por juízo arbitral, inclu-
sive os que importem efetivação de tutela
§ 1º Será expedida carta para a prática de provisória.
atos fora dos limites territoriais do tribunal,
da comarca, da seção ou da subseção judici- Parágrafo único. Se o ato relativo a processo
árias, ressalvadas as hipóteses previstas em em curso na justiça federal ou em tribunal
lei. superior houver de ser praticado em local
onde não haja vara federal, a carta poderá
§ 2º O tribunal poderá expedir carta para ser dirigida ao juízo estadual da respectiva
juízo a ele vinculado, se o ato houver de se comarca.
realizar fora dos limites territoriais do local
de sua sede.
§ 3º Admite-se a prática de atos processuais CAPÍTULO II
por meio de videoconferência ou outro re-
curso tecnológico de transmissão de sons e DA CITAÇÃO
imagens em tempo real. Art. 238. Citação é o ato pelo qual são convo-
Art. 237. Será expedida carta: cados o réu, o executado ou o interessado para
integrar a relação processual.
I – de ordem, pelo tribunal, na hipótese do
§ 2o do art. 236; Art. 239. Para a validade do processo é indis-
pensável a citação do réu ou do executado,
II – rogatória, para que órgão jurisdicional ressalvadas as hipóteses de indeferimento da
estrangeiro pratique ato de cooperação ju- petição inicial ou de improcedência liminar do
rídica internacional, relativo a processo em pedido.
curso perante órgão jurisdicional brasileiro;
§ 1º O comparecimento espontâneo do réu
III – precatória, para que órgão jurisdicional ou do executado supre a falta ou a nulidade
brasileiro pratique ou determine o cumpri- da citação, fluindo a partir desta data o pra-
mento, na área de sua competência territo- zo para apresentação de contestação ou de
rial, de ato relativo a pedido de cooperação embargos à execução.
judiciária formulado por órgão jurisdicional
de competência territorial diversa; § 2º Rejeitada a alegação de nulidade, tra-
tando-se de processo de:

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I – conhecimento, o réu será considerado aluguéis, que será considerado habilitado
revel; para representar o locador em juízo.
II – execução, o feito terá seguimento. § 3º A citação da União, dos Estados, do Dis-
trito Federal, dos Municípios e de suas res-
Art. 240. A citação válida, ainda quando orde- pectivas autarquias e fundações de direito
nada por juízo incompetente, induz litispendên- público será realizada perante o órgão de
cia, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o Advocacia Pública responsável por sua re-
devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e presentação judicial.
398 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002
(Código Civil). Art. 243. A citação poderá ser feita em qualquer
lugar em que se encontre o réu, o executado ou
§ 1º A interrupção da prescrição, operada o interessado.
pelo despacho que ordena a citação, ainda
que proferido por juízo incompetente, re- Parágrafo único. O militar em serviço ativo
troagirá à data de propositura da ação. será citado na unidade em que estiver ser-
vindo, se não for conhecida sua residência
§ 2º Incumbe ao autor adotar, no prazo de ou nela não for encontrado.
10 (dez) dias, as providências necessárias
para viabilizar a citação, sob pena de não se Art. 244. Não se fará a citação, salvo para evitar
aplicar o disposto no § 1º. o perecimento do direito:
§ 3º A parte não será prejudicada pela de- I – de quem estiver participando de ato de
mora imputável exclusivamente ao serviço culto religioso;
judiciário.
II – de cônjuge, de companheiro ou de qual-
§ 4º O efeito retroativo a que se refere o § quer parente do morto, consanguíneo ou
1º aplica-se à decadência e aos demais pra- afim, em linha reta ou na linha colateral em
zos extintivos previstos em lei. segundo grau, no dia do falecimento e nos 7
(sete) dias seguintes;
Art. 241. Transitada em julgado a sentença de
mérito proferida em favor do réu antes da cita- III – de noivos, nos 3 (três) primeiros dias
ção, incumbe ao escrivão ou ao chefe de secre- seguintes ao casamento;
taria comunicar-lhe o resultado do julgamento.
IV – de doente, enquanto grave o seu esta-
Art. 242. A citação será pessoal, podendo, no do.
entanto, ser feita na pessoa do representante
legal ou do procurador do réu, do executado ou Art. 245. Não se fará citação quando se verificar
do interessado. que o citando é mentalmente incapaz ou está
impossibilitado de recebê-la.
§ 1º Na ausência do citando, a citação será
feita na pessoa de seu mandatário, adminis- § 1º O oficial de justiça descreverá e certifi-
trador, preposto ou gerente, quando a ação cará minuciosamente a ocorrência.
se originar de atos por eles praticados. § 2º Para examinar o citando, o juiz nomea-
§ 2º O locador que se ausentar do Brasil rá médico, que apresentará laudo no prazo
sem cientificar o locatário de que deixou, de 5 (cinco) dias.
na localidade onde estiver situado o imóvel, § 3º Dispensa-se a nomeação de que trata
procurador com poderes para receber cita- o § 2º se pessoa da família apresentar de-
ção será citado na pessoa do administrador claração do médico do citando que ateste a
do imóvel encarregado do recebimento dos incapacidade deste.

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§ 4º Reconhecida a impossibilidade, o juiz IV – quando o citando residir em local não


nomeará curador ao citando, observando, atendido pela entrega domiciliar de corres-
quanto à sua escolha, a preferência estabe- pondência;
lecida em lei e restringindo a nomeação à
causa. V – quando o autor, justificadamente, a re-
querer de outra forma.
§ 5º A citação será feita na pessoa do cura-
dor, a quem incumbirá a defesa dos interes- Art. 248. Deferida a citação pelo correio, o es-
ses do citando. crivão ou o chefe de secretaria remeterá ao ci-
tando cópias da petição inicial e do despacho do
Art. 246. A citação será feita: juiz e comunicará o prazo para resposta, o ende-
reço do juízo e o respectivo cartório.
I – pelo correio;
§ 1º A carta será registrada para entrega ao
II – por oficial de justiça; citando, exigindo-lhe o carteiro, ao fazer a
III – pelo escrivão ou chefe de secretaria, se entrega, que assine o recibo.
o citando comparecer em cartório; § 2º Sendo o citando pessoa jurídica, será
IV – por edital; válida a entrega do mandado a pessoa com
poderes de gerência geral ou de adminis-
V – por meio eletrônico, conforme regulado tração ou, ainda, a funcionário responsável
em lei. pelo recebimento de correspondências.
§ 1º Com exceção das microempresas e das § 3º Da carta de citação no processo de co-
empresas de pequeno porte, as empresas nhecimento constarão os requisitos do art.
públicas e privadas são obrigadas a manter 250.
cadastro nos sistemas de processo em au-
tos eletrônicos, para efeito de recebimento § 4º Nos condomínios edilícios ou nos lote-
de citações e intimações, as quais serão efe- amentos com controle de acesso, será váli-
tuadas preferencialmente por esse meio. da a entrega do mandado a funcionário da
portaria responsável pelo recebimento de
§ 2º O disposto no § 1º aplica-se à União, correspondência, que, entretanto, poderá
aos Estados, ao Distrito Federal, aos Muni- recusar o recebimento, se declarar, por es-
cípios e às entidades da administração indi- crito, sob as penas da lei, que o destinatário
reta. da correspondência está ausente.
§ 3º Na ação de usucapião de imóvel, os Art. 249. A citação será feita por meio de oficial
confinantes serão citados pessoalmente, de justiça nas hipóteses previstas neste Código
exceto quando tiver por objeto unidade au- ou em lei, ou quando frustrada a citação pelo
tônoma de prédio em condomínio, caso em correio.
que tal citação é dispensada.
Art. 250. O mandado que o oficial de justiça ti-
Art. 247. A citação será feita pelo correio para ver de cumprir conterá:
qualquer comarca do país, exceto:
I – os nomes do autor e do citando e seus
I – nas ações de estado, observado o dispos- respectivos domicílios ou residências;
to no art. 695, § 3º;
II – a finalidade da citação, com todas as es-
II – quando o citando for incapaz; pecificações constantes da petição inicial,
III – quando o citando for pessoa de direito bem como a menção do prazo para contes-
público; tar, sob pena de revelia, ou para embargar a
execução;

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III – a aplicação de sanção para o caso de outra comarca, seção ou subseção judiciá-
descumprimento da ordem, se houver; rias.
IV – se for o caso, a intimação do citando § 2º A citação com hora certa será efetivada
para comparecer, acompanhado de advoga- mesmo que a pessoa da família ou o vizinho
do ou de defensor público, à audiência de que houver sido intimado esteja ausente,
conciliação ou de mediação, com a menção ou se, embora presente, a pessoa da família
do dia, da hora e do lugar do compareci- ou o vizinho se recusar a receber o manda-
mento; do.
V – a cópia da petição inicial, do despacho § 3º Da certidão da ocorrência, o oficial de
ou da decisão que deferir tutela provisória; justiça deixará contrafé com qualquer pes-
soa da família ou vizinho, conforme o caso,
VI – a assinatura do escrivão ou do chefe de declarando-lhe o nome.
secretaria e a declaração de que o subscre-
ve por ordem do juiz. § 4º O oficial de justiça fará constar do man-
dado a advertência de que será nomeado
Art. 251. Incumbe ao oficial de justiça procurar curador especial se houver revelia.
o citando e, onde o encontrar, citá-lo:
Art. 254. Feita a citação com hora certa, o es-
I – lendo-lhe o mandado e entregando-lhe crivão ou chefe de secretaria enviará ao réu,
a contrafé; executado ou interessado, no prazo de 10 (dez)
II – portando por fé se recebeu ou recusou dias, contado da data da juntada do mandado
a contrafé; aos autos, carta, telegrama ou correspondência
eletrônica, dando-lhe de tudo ciência.
III – obtendo a nota de ciente ou certifican-
do que o citando não a apôs no mandado. Art. 255. Nas comarcas contíguas de fácil comu-
nicação e nas que se situem na mesma região
Art. 252. Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial metropolitana, o oficial de justiça poderá efe-
de justiça houver procurado o citando em seu tuar, em qualquer delas, citações, intimações,
domicílio ou residência sem o encontrar, deve- notificações, penhoras e quaisquer outros atos
rá, havendo suspeita de ocultação, intimar qual- executivos.
quer pessoa da família ou, em sua falta, qual-
quer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará Art. 256. A citação por edital será feita:
a fim de efetuar a citação, na hora que designar. I – quando desconhecido ou incerto o citan-
Parágrafo único. Nos condomínios edilícios do;
ou nos loteamentos com controle de aces- II – quando ignorado, incerto ou inacessível
so, será válida a intimação a que se refere o lugar em que se encontrar o citando;
o caput feita a funcionário da portaria res-
ponsável pelo recebimento de correspon- III – nos casos expressos em lei.
dência.
§ 1º Considera-se inacessível, para efeito de
Art. 253. No dia e na hora designados, o oficial citação por edital, o país que recusar o cum-
de justiça, independentemente de novo despa- primento de carta rogatória.
cho, comparecerá ao domicílio ou à residência
do citando a fim de realizar a diligência. § 2º No caso de ser inacessível o lugar em
que se encontrar o réu, a notícia de sua ci-
§ 1º Se o citando não estiver presente, o ofi- tação será divulgada também pelo rádio, se
cial de justiça procurará informar-se das ra- na comarca houver emissora de radiodifu-
zões da ausência, dando por feita a citação, são.
ainda que o citando se tenha ocultado em

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§ 3º O réu será considerado em local ignora- para participação no processo, de interessa-


do ou incerto se infrutíferas as tentativas de dos incertos ou desconhecidos.
sua localização, inclusive mediante requisi-
ção pelo juízo de informações sobre seu en-
dereço nos cadastros de órgãos públicos ou
de concessionárias de serviços públicos. CAPÍTULO III
DAS CARTAS
Art. 257. São requisitos da citação por edital:
I – a afirmação do autor ou a certidão do Art. 260. São requisitos das cartas de ordem,
oficial informando a presença das circuns- precatória e rogatória:
tâncias autorizadoras; I – a indicação dos juízes de origem e de
II – a publicação do edital na rede mundial cumprimento do ato;
de computadores, no sítio do respectivo tri- II – o inteiro teor da petição, do despacho
bunal e na plataforma de editais do Conse- judicial e do instrumento do mandato con-
lho Nacional de Justiça, que deve ser certifi- ferido ao advogado;
cada nos autos;
III – a menção do ato processual que lhe
III – a determinação, pelo juiz, do prazo, que constitui o objeto;
variará entre 20 (vinte) e 60 (sessenta) dias,
fluindo da data da publicação única ou, ha- IV – o encerramento com a assinatura do
vendo mais de uma, da primeira; juiz.

IV – a advertência de que será nomeado § 1º O juiz mandará trasladar para a carta


curador especial em caso de revelia. quaisquer outras peças, bem como instruí-
-la com mapa, desenho ou gráfico, sempre
Parágrafo único. O juiz poderá determinar que esses documentos devam ser examina-
que a publicação do edital seja feita tam- dos, na diligência, pelas partes, pelos peri-
bém em jornal local de ampla circulação ou tos ou pelas testemunhas.
por outros meios, considerando as peculia-
ridades da comarca, da seção ou da subse- § 2º Quando o objeto da carta for exame
ção judiciárias. pericial sobre documento, este será remeti-
do em original, ficando nos autos reprodu-
Art. 258. A parte que requerer a citação por edi- ção fotográfica.
tal, alegando dolosamente a ocorrência das cir-
cunstâncias autorizadoras para sua realização, § 3º A carta arbitral atenderá, no que cou-
incorrerá em multa de 5 (cinco) vezes o salário- ber, aos requisitos a que se refere o caput e
-mínimo. será instruída com a convenção de arbitra-
gem e com as provas da nomeação do árbi-
Parágrafo único. A multa reverterá em be- tro e de sua aceitação da função.
nefício do citando.
Art. 261. Em todas as cartas o juiz fixará o prazo
Art. 259. Serão publicados editais: para cumprimento, atendendo à facilidade das
I – na ação de usucapião de imóvel; comunicações e à natureza da diligência.

II – na ação de recuperação ou substituição § 1º As partes deverão ser intimadas pelo


de título ao portador; juiz do ato de expedição da carta.

III – em qualquer ação em que seja neces- § 2º Expedida a carta, as partes acompa-
sária, por determinação legal, a provocação, nharão o cumprimento da diligência peran-

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te o juízo destinatário, ao qual compete a devendo a parte depositar, contudo, na secre-
prática dos atos de comunicação. taria do tribunal ou no cartório do juízo depre-
cante, a importância correspondente às despe-
§ 3º A parte a quem interessar o cumpri- sas que serão feitas no juízo em que houver de
mento da diligência cooperará para que o praticar-se o ato.
prazo a que se refere o caput seja cumprido.
Art. 267. O juiz recusará cumprimento a carta
Art. 262. A carta tem caráter itinerante, poden- precatória ou arbitral, devolvendo-a com deci-
do, antes ou depois de lhe ser ordenado o cum- são motivada quando:
primento, ser encaminhada a juízo diverso do
que dela consta, a fim de se praticar o ato. I – a carta não estiver revestida dos requisi-
tos legais;
Parágrafo único. O encaminhamento da
carta a outro juízo será imediatamente co- II – faltar ao juiz competência em razão da
municado ao órgão expedidor, que intimará matéria ou da hierarquia;
as partes.
III – o juiz tiver dúvida acerca de sua auten-
Art. 263. As cartas deverão, preferencialmente, ticidade.
ser expedidas por meio eletrônico, caso em que
a assinatura do juiz deverá ser eletrônica, na Parágrafo único. No caso de incompetência
forma da lei. em razão da matéria ou da hierarquia, o juiz
deprecado, conforme o ato a ser praticado,
Art. 264. A carta de ordem e a carta precatória poderá remeter a carta ao juiz ou ao tribu-
por meio eletrônico, por telefone ou por tele- nal competente.
grama conterão, em resumo substancial, os re-
quisitos mencionados no art. 250, especialmen- Art. 268. Cumprida a carta, será devolvida ao
te no que se refere à aferição da autenticidade. juízo de origem no prazo de 10 (dez) dias, in-
dependentemente de traslado, pagas as custas
Art. 265. O secretário do tribunal, o escrivão ou pela parte.
o chefe de secretaria do juízo deprecante trans-
mitirá, por telefone, a carta de ordem ou a carta
precatória ao juízo em que houver de se cum-
prir o ato, por intermédio do escrivão do primei- CAPÍTULO IV
ro ofício da primeira vara, se houver na comarca DAS INTIMAÇÕES
mais de um ofício ou de uma vara, observando-
-se, quanto aos requisitos, o disposto no art. Art. 269. Intimação é o ato pelo qual se dá ciên-
264. cia a alguém dos atos e dos termos do processo.

§ 1º O escrivão ou o chefe de secretaria, no § 1º É facultado aos advogados promover a


mesmo dia ou no dia útil imediato, telefo- intimação do advogado da outra parte por
nará ou enviará mensagem eletrônica ao se- meio do correio, juntando aos autos, a se-
cretário do tribunal, ao escrivão ou ao chefe guir, cópia do ofício de intimação e do aviso
de secretaria do juízo deprecante, lendo-lhe de recebimento.
os termos da carta e solicitando-lhe que os
§ 2º O ofício de intimação deverá ser instru-
confirme.
ído com cópia do despacho, da decisão ou
§ 2º Sendo confirmada, o escrivão ou o che- da sentença.
fe de secretaria submeterá a carta a despa-
§ 3º A intimação da União, dos Estados, do
cho.
Distrito Federal, dos Municípios e de suas
Art. 266. Serão praticados de ofício os atos re- respectivas autarquias e fundações de direi-
quisitados por meio eletrônico e de telegrama, to público será realizada perante o órgão de

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Advocacia Pública responsável por sua re- qualquer decisão contida no processo reti-
presentação judicial. rado, ainda que pendente de publicação.
Art. 270. As intimações realizam-se, sempre que § 7º O advogado e a sociedade de advoga-
possível, por meio eletrônico, na forma da lei. dos deverão requerer o respectivo creden-
ciamento para a retirada de autos por pre-
Parágrafo único. Aplica-se ao Ministério Pú- posto.
blico, à Defensoria Pública e à Advocacia Pú-
blica o disposto no § 1o do art. 246. § 8º A parte arguirá a nulidade da intimação
em capítulo preliminar do próprio ato que
Art. 271. O juiz determinará de ofício as intima- lhe caiba praticar, o qual será tido por tem-
ções em processos pendentes, salvo disposição pestivo se o vício for reconhecido.
em contrário.
§ 9º Não sendo possível a prática imediata
Art. 272. Quando não realizadas por meio ele- do ato diante da necessidade de acesso pré-
trônico, consideram-se feitas as intimações pela vio aos autos, a parte limitar-se-á a arguir a
publicação dos atos no órgão oficial. nulidade da intimação, caso em que o prazo
§ 1º Os advogados poderão requerer que, será contado da intimação da decisão que a
na intimação a eles dirigida, figure apenas o reconheça.
nome da sociedade a que pertençam, des- Art. 273. Se inviável a intimação por meio ele-
de que devidamente registrada na Ordem trônico e não houver na localidade publicação
dos Advogados do Brasil. em órgão oficial, incumbirá ao escrivão ou chefe
§ 2º Sob pena de nulidade, é indispensável de secretaria intimar de todos os atos do pro-
que da publicação constem os nomes das cesso os advogados das partes:
partes e de seus advogados, com o respec- I – pessoalmente, se tiverem domicílio na
tivo número de inscrição na Ordem dos Ad- sede do juízo;
vogados do Brasil, ou, se assim requerido,
da sociedade de advogados. II – por carta registrada, com aviso de rece-
bimento, quando forem domiciliados fora
§ 3º A grafia dos nomes das partes não deve do juízo.
conter abreviaturas.
Art. 274. Não dispondo a lei de outro modo,
§ 4º A grafia dos nomes dos advogados as intimações serão feitas às partes, aos seus
deve corresponder ao nome completo e ser representantes legais, aos advogados e aos de-
a mesma que constar da procuração ou que mais sujeitos do processo pelo correio ou, se
estiver registrada na Ordem dos Advogados presentes em cartório, diretamente pelo escri-
do Brasil. vão ou chefe de secretaria.
§ 5º Constando dos autos pedido expresso Parágrafo único. Presumem-se válidas as
para que as comunicações dos atos proces- intimações dirigidas ao endereço constante
suais sejam feitas em nome dos advogados dos autos, ainda que não recebidas pesso-
indicados, o seu desatendimento implicará almente pelo interessado, se a modifica-
nulidade. ção temporária ou definitiva não tiver sido
§ 6º A retirada dos autos do cartório ou da devidamente comunicada ao juízo, fluindo
secretaria em carga pelo advogado, por pes- os prazos a partir da juntada aos autos do
soa credenciada a pedido do advogado ou comprovante de entrega da correspondên-
da sociedade de advogados, pela Advoca- cia no primitivo endereço.
cia Pública, pela Defensoria Pública ou pelo
Ministério Público implicará intimação de

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Art. 275. A intimação será feita por oficial de
justiça quando frustrada a realização por meio
eletrônico ou pelo correio.
§ 1º A certidão de intimação deve conter:
I – a indicação do lugar e a descrição da pes-
soa intimada, mencionando, quando possí-
vel, o número de seu documento de identi-
dade e o órgão que o expediu;
II – a declaração de entrega da contrafé;
III – a nota de ciente ou a certidão de que o
interessado não a apôs no mandado.
§ 2º Caso necessário, a intimação poderá
ser efetuada com hora certa ou por edital.

998 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Civil

DA TUTELA PROVISÓRIA

TÍTULO I Art. 299. A tutela provisória será requerida ao


juízo da causa e, quando antecedente, ao juízo
DISPOSIÇÕES GERAIS competente para conhecer do pedido principal.

Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar- Parágrafo único. Ressalvada disposição es-
-se em urgência ou evidência. pecial, na ação de competência originária
de tribunal e nos recursos a tutela provi-
Parágrafo único. A tutela provisória de ur- sória será requerida ao órgão jurisdicional
gência, cautelar ou antecipada, pode ser competente para apreciar o mérito.
concedida em caráter antecedente ou inci-
dental.
Art. 295. A tutela provisória requerida em cará- TÍTULO II
ter incidental independe do pagamento de cus-
tas. DA TUTELA DE URGÊNCIA
Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficá-
cia na pendência do processo, mas pode, a qual-
quer tempo, ser revogada ou modificada. CAPÍTULO I
Parágrafo único. Salvo decisão judicial em DISPOSIÇÕES GERAIS
contrário, a tutela provisória conservará a
Art. 300. A tutela de urgência será concedida
eficácia durante o período de suspensão do
quando houver elementos que evidenciem a
processo.
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o
Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas risco ao resultado útil do processo.
que considerar adequadas para efetivação da
§ 1º Para a concessão da tutela de urgência,
tutela provisória.
o juiz pode, conforme o caso, exigir caução
Parágrafo único. A efetivação da tutela pro- real ou fidejussória idônea para ressarcir os
visória observará as normas referentes ao danos que a outra parte possa vir a sofrer,
cumprimento provisório da sentença, no podendo a caução ser dispensada se a parte
que couber. economicamente hipossuficiente não pu-
der oferecê-la.
Art. 298. Na decisão que conceder, negar, mo-
dificar ou revogar a tutela provisória, o juiz mo- § 2º A tutela de urgência pode ser concedi-
tivará seu convencimento de modo claro e pre- da liminarmente ou após justificação prévia.
ciso.
§ 3º A tutela de urgência de natureza ante-
cipada não será concedida quando houver

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perigo de irreversibilidade dos efeitos da tação, a juntada de novos documentos e a
decisão. confirmação do pedido de tutela final, em
15 (quinze) dias ou em outro prazo maior
Art. 301. A tutela de urgência de natureza cau- que o juiz fixar;
telar pode ser efetivada mediante arresto, se-
questro, arrolamento de bens, registro de pro- II – o réu será citado e intimado para a au-
testo contra alienação de bem e qualquer outra diência de conciliação ou de mediação na
medida idônea para asseguração do direito. forma do art. 334;
Art. 302. Independentemente da reparação por III – não havendo autocomposição, o prazo
dano processual, a parte responde pelo prejuízo para contestação será contado na forma do
que a efetivação da tutela de urgência causar à art. 335.
parte adversa, se:
§ 2º Não realizado o aditamento a que se
I – a sentença lhe for desfavorável; refere o inciso I do § 1º deste artigo, o pro-
cesso será extinto sem resolução do mérito.
II – obtida liminarmente a tutela em caráter
antecedente, não fornecer os meios neces- § 3º O aditamento a que se refere o inciso
sários para a citação do requerido no prazo I do § 1º deste artigo dar-se-á nos mesmos
de 5 (cinco) dias; autos, sem incidência de novas custas pro-
cessuais.
III – ocorrer a cessação da eficácia da medi-
da em qualquer hipótese legal; § 4º Na petição inicial a que se refere o ca-
put deste artigo, o autor terá de indicar o
IV – o juiz acolher a alegação de decadência valor da causa, que deve levar em conside-
ou prescrição da pretensão do autor. ração o pedido de tutela final.
Parágrafo único. A indenização será liqui- § 5º O autor indicará na petição inicial, ain-
dada nos autos em que a medida tiver sido da, que pretende valer-se do benefício pre-
concedida, sempre que possível. visto no caput deste artigo.
§ 6º Caso entenda que não há elementos
para a concessão de tutela antecipada, o
CAPÍTULO II órgão jurisdicional determinará a emenda
DO PROCEDIMENTO DA TUTELA da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob
ANTECIPADA REQUERIDA EM pena de ser indeferida e de o processo ser
extinto sem resolução de mérito.
CARÁTER ANTECEDENTE
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos
Art. 303. Nos casos em que a urgência for con- termos do art. 303, torna-se estável se da deci-
temporânea à propositura da ação, a petição são que a conceder não for interposto o respec-
inicial pode limitar-se ao requerimento da tute- tivo recurso.
la antecipada e à indicação do pedido de tutela
final, com a exposição da lide, do direito que se § 1º No caso previsto no caput, o processo
busca realizar e do perigo de dano ou do risco será extinto.
ao resultado útil do processo.
§ 2o Qualquer das partes poderá demandar
§ 1º Concedida a tutela antecipada a que se a outra com o intuito de rever, reformar ou
refere o caput deste artigo: invalidar a tutela antecipada estabilizada
nos termos do caput.
I – o autor deverá aditar a petição inicial,
com a complementação de sua argumen- § 3º A tutela antecipada conservará seus
efeitos enquanto não revista, reformada ou

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invalidada por decisão de mérito proferida Parágrafo único. Contestado o pedido no


na ação de que trata o § 2º. prazo legal, observar-se-á o procedimento
comum.
§ 4º Qualquer das partes poderá requerer
o desarquivamento dos autos em que foi Art. 308. Efetivada a tutela cautelar, o pedido
concedida a medida, para instruir a petição principal terá de ser formulado pelo autor no
inicial da ação a que se refere o § 2º, pre- prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será apre-
vento o juízo em que a tutela antecipada foi sentado nos mesmos autos em que deduzido o
concedida. pedido de tutela cautelar, não dependendo do
adiantamento de novas custas processuais.
§ 5º O direito de rever, reformar ou invalidar
a tutela antecipada, previsto no § 2º deste § 1º O pedido principal pode ser formulado
artigo, extingue-se após 2 (dois) anos, con- conjuntamente com o pedido de tutela cau-
tados da ciência da decisão que extinguiu o telar.
processo, nos termos do § 1º.
§ 2º A causa de pedir poderá ser aditada no
§ 6º A decisão que concede a tutela não momento de formulação do pedido princi-
fará coisa julgada, mas a estabilidade dos pal.
respectivos efeitos só será afastada por de-
cisão que a revir, reformar ou invalidar, pro- § 3º Apresentado o pedido principal, as par-
ferida em ação ajuizada por uma das partes, tes serão intimadas para a audiência de con-
nos termos do § 2º deste artigo. ciliação ou de mediação, na forma do art.
334, por seus advogados ou pessoalmente,
sem necessidade de nova citação do réu.
§ 4º Não havendo autocomposição, o prazo
CAPÍTULO III para contestação será contado na forma do
DO PROCEDIMENTO DA TUTELA art. 335.
CAUTELAR REQUERIDA EM CARÁTER
Art. 309. Cessa a eficácia da tutela concedida
ANTECEDENTE em caráter antecedente, se:
Art. 305. A petição inicial da ação que visa à I – o autor não deduzir o pedido principal
prestação de tutela cautelar em caráter antece- no prazo legal;
dente indicará a lide e seu fundamento, a expo-
sição sumária do direito que se objetiva assegu- II – não for efetivada dentro de 30 (trinta)
rar e o perigo de dano ou o risco ao resultado dias;
útil do processo. III – o juiz julgar improcedente o pedido
Parágrafo único. Caso entenda que o pe- principal formulado pelo autor ou extinguir
dido a que se refere o caput tem natureza o processo sem resolução de mérito.
antecipada, o juiz observará o disposto no Parágrafo único. Se por qualquer motivo
art. 303. cessar a eficácia da tutela cautelar, é veda-
Art. 306. O réu será citado para, no prazo de 5 do à parte renovar o pedido, salvo sob novo
(cinco) dias, contestar o pedido e indicar as pro- fundamento.
vas que pretende produzir. Art. 310. O indeferimento da tutela cautelar
Art. 307. Não sendo contestado o pedido, os fa- não obsta a que a parte formule o pedido prin-
tos alegados pelo autor presumir-se-ão aceitos cipal, nem influi no julgamento desse, salvo se o
pelo réu como ocorridos, caso em que o juiz de- motivo do indeferimento for o reconhecimento
cidirá dentro de 5 (cinco) dias. de decadência ou de prescrição.

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TÍTULO III

DA TUTELA DA EVIDÊNCIA
Art. 311. A tutela da evidência será concedida,
independentemente da demonstração de peri-
go de dano ou de risco ao resultado útil do pro-
cesso, quando:
I – ficar caracterizado o abuso do direito de
defesa ou o manifesto propósito protelató-
rio da parte;
II – as alegações de fato puderem ser com-
provadas apenas documentalmente e hou-
ver tese firmada em julgamento de casos
repetitivos ou em súmula vinculante;
III – se tratar de pedido reipersecutório fun-
dado em prova documental adequada do
contrato de depósito, caso em que será de-
cretada a ordem de entrega do objeto cus-
todiado, sob cominação de multa;
IV – a petição inicial for instruída com pro-
va documental suficiente dos fatos consti-
tutivos do direito do autor, a que o réu não
oponha prova capaz de gerar dúvida razoá-
vel.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos
II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.

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SLIDES – DA TUTELA PROVISÓRIA

TUTELA PROVISÓRIA

• Noções gerais: Tutela provisória é o gênero, que comtempla


duas espécies: Tutela satisfativa (denominada antecipada) e
Cautelar.
• O NCPC eliminou o processo cautelar autônomo, incluindo o
rol das cautelares típicas. Contudo, a tutela cautelar continua
firme e forte. COMO ASSIM?
• Não importa se o pedido de tutela antecipada ou cautelar
tenha sido formulado antes (antecedente), conjuntamente, ou
depois de protocolada a petição inicial (incidente). A relação
será uma só.

• Dá-se o nome de tutela provisória ao provimento jurisdicional


que visa adiantar os efeitos da decisão final no processo ou
assegurar o seu resultado prático.
• A tutela provisória (cautelar ou antecipada) exige dois
requisitos: a probabilidade do direito substancial (fumus boni
iuris) e o perigo do dano ou risco do resultado útil do
processo (periculum in mora). A soma desses dois requisitos
deve ser igual a 100%, de forma que um compense o outro. Se
a urgência é muito acentuada, a exigência quanto a
probabilidade diminui, ao revés, se a probabilidade do direito
substancial é proeminente, diminui-se o grau da urgência.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1003
• A tutela provisória pode ser concedida com base na urgência, somada a
probabilidade do direito substancial, ou somente na base da evidência
(art. 311). No caso da evidência a probabilidade do direito é tanta que
dispensa o perigo de dano o risco do resultado útil do processo – dispensa
a urgência. A probabilidade do direito material é de 100% (embora
continue apenas provável, até que recaia uma decisão definitiva).
• O provimento de caráter provisório será apreciado, e se for o caso,
deferido pelo juiz mediante requerimento da parte, sendo vedada a
concessão de ofício.
• A tutela provisória pode ser concedida a qualquer tempo enquanto for útil
e em qualquer procedimento.

Cautelar: objetiva assegurar


a efetividade do processo.
Pode ser ANTECIPATÓRIA ou
TUTELAS DE INCIDENTAL.
Antecipada: tem a finalidade
URGÊNCIA de antecipar os efeitos de
Tutelas uma futura decisão de
Provisórias mérito. Pode ser
ANTECIPATÓRIA ou
INCIDENTAL.
TUTELA DE É caracterizada por situações
que autorizam a concessão de
EVIDÊNCIA
uma tutela jurisdicional
quando o direito se mostra
evidente.

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A URGÊNCIA E A EVIDÊNCIA COMO


FUNDAMENTOS DAS TUTELAS PROVISÓRIAS
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em
urgência ou evidência.
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou
antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou
incidental.

Haverá urgência quando existirem elementos nos autos que


evidenciam a probabilidade do direito e o perigo na demora
da prestação jurisdicional (art. 300).

• Só a urgência não é suficiente para a


concessão da tutela provisória, sendo
esta, inclusive, menos relevante do
que a probabilidade.

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• Na tutela com base na urgência deve o juiz utilizar a
fórmula P1 + P2 = 100, onde P1 é a probabilidade e o P2 é a
urgência, sendo que 100% de P2 não é suficiente para
deferimento da tutela, na composição dos dois requisitos,
exige-se, se não integralmente, pelo menos uma certa dose
de probabilidade.
• Na tutela de evidência a dosagem de probabilidade (P1) é
de tal ordem que dispensa o componente P2. Neste caso, a
concessão de tutela independe da demonstração de perigo
da demora, contentando-se com a situação de evidência.

• A tutela provisória de urgência pode ser cautelar ou


antecipada. Será cautelar quando buscar preservar
os efeitos úteis de uma tutela futura (acautela-se
aquilo que um dia poderá ser realizado). Será
antecipada quando conferir eficácia imediata a uma
decisão futura, por meio da antecipação do efeitos
total ou parcialmente. Ambas tem a mesma
finalidade que é minimizar os efeitos do tempo e
garantir a efetividade do processo.

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Probabilidade do
Tutelas de direito.
Urgência Perigo da demora na
Requisitos prestação jurisdicional.
das Tutelas Independe da
Provisórias: demonstração de perigo
de dano ou risco ao
Tutelas de resultado útil do
Evidência processo.
Exige a presença de
algumas situações
previstas no art. 311 do
CPC.

DISPOSIÇÕES COMUNS AS ESPECIES DE TUTELAS


PROVISÓRIAS
• Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental
independe do pagamento de custas.

• A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do


pagamento de custas visto que será processada nos mesmos autos do
pedido principal. Há apenas um processo e, em decorrência disso há
pagamento e custas somente em relação ao pedido principal.

• Se a tutela for requerida em caráter antecedente, neste ato efetivará


o pagamento das custas.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1007
• Art. 296. A tutela provisória conserva sua
eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser
revogada ou modificada.
Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória
conservará a eficácia durante o período de suspensão do processo.

Por se tratar de provimento emergencial concedida com base em cognição


sumária, a tutela provisória é revogável. Basta para a revogação que se
verifique a não existência do direito substancial afirmado pelo requerente
ou o desaparecimento da situação de perigo. A modificação pode ocorrer
ainda mediante requerimento da parte interessada por uma medida menos
drástica e suficiente para acautelar o direito postulado.

Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar


adequadas para efetivação da tutela provisória.
Parágrafo único. A efetivação da tutela provisória observará as
normas referentes ao cumprimento provisório da sentença, no
que couber.

• Esse dispositivo consagra o poder geral de cautela – agora


ampliado para o gênero das tutelas provisórias o qual decorre
da evidente impossibilidade de abstrata previsão da totalidade
das situações de risco para o processo.

1008 www.acasadoconcurseiro.com.br
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Por meio dessa técnica poderá o juiz determinar as


medidas que considerar adequada, tanto de natureza
cautelar quanto de natureza antecipada, para efetivação
da tutela provisória. Não há mais previsão das cautelares
típicas, mas nada obsta que, de acordo com a necessidade
do caso concreto se determine uma ou outra medida. A
redação do parágrafo única faz referência à efetivação da
tutela provisória mandando aplicar as norma referentes
ao cumprimento ´provisório de sentença, a qual se dará
por conta e risco do exequente que fica obrigado a
responder pelos prejuízos eventualmente causados.

Art. 298. Na decisão que conceder, negar,


modificar ou revogar a tutela provisória, o juiz
motivará seu convencimento de modo claro e
preciso.

• Tal disposição reforça o previsto no art. 93,


IX, da CF, bem como o art. 11, §1º, do CPC.
• Aplica-se o 489, §1º do CPC

www.acasadoconcurseiro.com.br 1009
Art. 299. A tutela provisória será requerida ao juízo da
causa e, quando antecedente, ao juízo competente
para conhecer do pedido principal.
Parágrafo único. Ressalvada disposição especial, na
ação de competência originária de tribunal e nos
recursos a tutela provisória será requerida ao órgão
jurisdicional competente para apreciar o mérito.

• Tal disposição reforça o previsto no art. 93, IX, da CF,


bem como o art. 11, §1º, do CPC.

TUTELA PROVISÓRIA E CONTRADITÓRIO


O art. 9 e o art. 10 concretizam o princípio do
contraditório, não se proferirá decisão sem que a parte
seja previamente ouvida, sendo excepcionado pelo
parágrafo único.
Quanto às tutelas provisórias de urgência em qualquer de
suas modalidades a regra é que pode ser concedida antes
mesmo de ouvir o demandado.
No que respeita a tutela de evidência art. 311, I e IV, a
manifestação do demandado - ou ausência dela, constitui
requisito indispensável.

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Em caráter
Custas antecedente: pagas
No curso do
Processuais no requerimento.
processo:
independe do
REGRAS pagamento de
GERAIS Conserva
custas.no
DAS
Eficácia curso do
TUTELAS processo.
PROVISÓRI Pode ser
Provisoriedad modificada ou
AS e revogada

Possibilidade de deferir
Poder Geral
medidas adequadas para
de Cautela efetivação da tutela.

Em caráter antecedente:
juízo da causa principal.

REGRAS
Competência No curso do processo:
juízo da causa em
GERAIS tramitação.
DAS
TUTELAS Regra geral: inexiste.
PROVISÓRIAS
Contraditório
Exceção: art. 311, I e
IV

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DISPOSIÇÕES GERAIS REFERENTE ÀS TUTELAS DE
URGÊNCIA (CAUTELAR E ANTECIPADA)
• Princípios da Fungibilidade: o equívoco na
nomenclatura não acarreta a postergação da tutela
pleiteada, devendo o julgador emprestar a qualificação
técnica jurídica aos fatos narrados pelas partes

• O CPC dispõe que se o pedido de tutela cautelar possuir


natureza antecipatória deve-se observar o art. 303. O
dispositivo trata justamente da medida pleiteada em
caráter antecedente. É uma via de mão dupla.

REQUISITOS PARA CONCESSÃO DAS TUTELAS DE


URGÊNCIA

• Para concessão de tutela de urgência exige-se a


presença de dois requisitos:
• a) probabilidade do direito invocado + o perigo de
dano;
• b) probabilidade do direito invocado + risco ao
resultado útil do processo.

1012 www.acasadoconcurseiro.com.br
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• A probabilidade do direito deve estar evidenciada por


prova suficiente, levando o juiz acreditar que a parte é
titular do direito material disputado, um juízo provisório.

• Basta que na análise dos pedidos todos os elementos


convirjam no sentido de aparentar a probabilidade das
alegações. Não importa, se, posteriormente, no
julgamento final, após o contraditório a convicção do
magistrado seja diferente daquela que se embasou para
conceder a tutela.

Quanto ao perigo na demora da prestação jurisdicional ,


trata-se de um requisito que pode ser definido como o
fundado receio de que o direito afirmado pela parte, cuja
a existência ainda é provável, sofra um dano irreparável
ou de difícil reparação.

Salienta-se que não basta a mera alegação, sendo


indispensável que o autor aponte o fato concreto e o
objetivo que leve o juiz a concluir pelo perigo na lesão.

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PRESTAÇÃO DE CAUÇÃO REAL OU FIDEJUSSÓRIA
COMO REQUISITO PARA AS CONCESSÃO DAS
TUTELAS DE URGÊNCIA
Caução real é aquela prestada sobre a forma de garantia real (art.
1.419, CC).
Caução Fidejussória: espécie de garantia pessoal, prestada por um
terceiro que se torna responsável por eventuais prejuízos.
Trata-se de ato discricionário do juiz, dependendo do grau de
direito invocado.
O requisito da caução consta das disposições gerais da tutela de
urgência, indicando que a tutela de evidência, não se condiciona a
exigência de tal garantia.
CAUÇÃO x ACESSO À JUSTIÇA

INDENIZAÇÃO DOS PREJUÍZOS DECORRENTES DA


TUTELA DE URGÊNCIA
Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte
responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte
adversa, se:
I - a sentença lhe for desfavorável;
II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os
meios necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias;
III - ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal;
IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do
autor.
Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos em que a medida
tiver sido concedida, sempre que possível.

1014 www.acasadoconcurseiro.com.br
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Pedido cautelar pode


Fungibilida ser recebido como de
de tutela antecipada (art.
305, do
Depende §ú).grau
REGRAS de probabilidade do
direito.
GERAIS Caução
DAS
Faculdade do juiz.
TUTELAS Pode ser
Momento
DE dispensada.
URGÊNCIA para
deferiment Liminarmente
o.
Após justificação
prévia.

A tutela de urgência
de natureza
antecipada deve ser
reversível (art.
Mitigação 300, o
quando
Reversi §3º).
dano ao bem jurídico,
REGRAS
bilidade objeto da tutela, for de
GERAIS importância superior ao
DAS dano decorrente da
TUTELAS irreversibilidade.
Sentença
DE desfavorável
URGÊNC Perdas Não providenciar
IA citação.
e Danos Cessar a eficácia
da medida
Prescrição e
Decadência

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Direito Processual Civil

DA PETIÇÃO INICIAL

Seção I mações tornar impossível ou excessivamen-


DOS REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL te oneroso o acesso à justiça.
Art. 320. A petição inicial será instruída com os
Art. 319. A petição inicial indicará: documentos indispensáveis à propositura da
I – o juízo a que é dirigida; ação.

II – os nomes, os prenomes, o estado civil, Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial
a existência de união estável, a profissão, o não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320
número de inscrição no Cadastro de Pesso- ou que apresenta defeitos e irregularidades ca-
as Físicas ou no Cadastro Nacional da Pes- pazes de dificultar o julgamento de mérito, de-
soa Jurídica, o endereço eletrônico, o domi- terminará que o autor, no prazo de 15 (quinze)
cílio e a residência do autor e do réu; dias, a emende ou a complete, indicando com
precisão o que deve ser corrigido ou completa-
III – o fato e os fundamentos jurídicos do do.
pedido;
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a
IV – o pedido com as suas especificações; diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
V – o valor da causa; DO INDEFERIMENTO
VI – as provas com que o autor pretende DA PETIÇÃO INICIAL
demonstrar a verdade dos fatos alegados;
Art. 330. A petição inicial será indeferida quan-
VII – a opção do autor pela realização ou do:
não de audiência de conciliação ou de me-
diação. I – for inepta;

§ 1º Caso não disponha das informações II – a parte for manifestamente ilegítima;


previstas no inciso II, poderá o autor, na pe- III – o autor carecer de interesse processual;
tição inicial, requerer ao juiz diligências ne-
cessárias a sua obtenção. IV – não atendidas as prescrições dos arts.
106 e 321.
§ 2º A petição inicial não será indeferida se,
a despeito da falta de informações a que se § 1º Considera-se inepta a petição inicial
refere o inciso II, for possível a citação do quando:
réu.
I – lhe faltar pedido ou causa de pedir;
§ 3º A petição inicial não será indeferida
pelo não atendimento ao disposto no inciso II – o pedido for indeterminado, ressalvadas
II deste artigo se a obtenção de tais infor- as hipóteses legais em que se permite o pe-
dido genérico;

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III – da narração dos fatos não decorrer logi- III – entendimento firmado em incidente de
camente a conclusão; resolução de demandas repetitivas ou de
assunção de competência;
IV – contiver pedidos incompatíveis entre si.
IV – enunciado de súmula de tribunal de
§ 2º Nas ações que tenham por objeto a re- justiça sobre direito local.
visão de obrigação decorrente de emprés-
timo, de financiamento ou de alienação de § 1º O juiz também poderá julgar liminar-
bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, mente improcedente o pedido se verificar,
discriminar na petição inicial, dentre as desde logo, a ocorrência de decadência ou
obrigações contratuais, aquelas que preten- de prescrição.
de controverter, além de quantificar o valor
incontroverso do débito. § 2º Não interposta a apelação, o réu será
intimado do trânsito em julgado da senten-
§ 3º Na hipótese do § 2º, o valor incontro- ça, nos termos do art. 241.
verso deverá continuar a ser pago no tempo
e modo contratados. § 3º Interposta a apelação, o juiz poderá re-
tratar-se em 5 (cinco) dias.
Art. 331. Indeferida a petição inicial, o autor po-
derá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cin- § 4º Se houver retratação, o juiz determi-
co) dias, retratar-se. nará o prosseguimento do processo, com a
citação do réu, e, se não houver retratação,
§ 1º Se não houver retratação, o juiz man- determinará a citação do réu para apresen-
dará citar o réu para responder ao recurso. tar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze)
dias.
§ 2º Sendo a sentença reformada pelo tri-
bunal, o prazo para a contestação começará
a correr da intimação do retorno dos autos,
observado o disposto no art. 334.
§ 3º Não interposta a apelação, o réu será in-
timado do trânsito em julgado da sentença.

CAPÍTULO III
DA IMPROCEDÊNCIA
LIMINAR DO PEDIDO
Art. 332. Nas causas que dispensem a fase ins-
trutória, o juiz, independentemente da citação
do réu, julgará liminarmente improcedente o
pedido que contrariar:
I – enunciado de súmula do Supremo Tribu-
nal Federal ou do Superior Tribunal de Jus-
tiça;
II – acórdão proferido pelo Supremo Tribu-
nal Federal ou pelo Superior Tribunal de Jus-
tiça em julgamento de recursos repetitivos;

1018 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Civil

DO PEDIDO

Art. 322. O pedido deve ser certo.


§ 1º Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucum-
bência, inclusive os honorários advocatícios.
§ 2º A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da
boa-fé.
Art. 323. Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação em prestações sucessivas, essas
serão consideradas incluídas no pedido, independentemente de declaração expressa do autor, e
serão incluídas na condenação, enquanto durar a obrigação, se o devedor, no curso do processo,
deixar de pagá-las ou de consigná-las.
Art. 324. O pedido deve ser determinado.
§ 1º É lícito, porém, formular pedido genérico:
I – nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados;
II – quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato;
III – quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva
ser praticado pelo réu.
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se à reconvenção.

O pedido determinado (CPC, art. 324), entenda-se como aquele definido quanto à
quantidade e qualidade.
O inverso é o pedido genérico ou indeterminado. Portanto, significa que a pretensão
jurisdicional da parte é precisa, delimitada, etc. Mas isso não quer dizer que a regra
reclame uma expressão econômica.
Nesse compasso, o legislador permaneceu fiel ao binômio certeza-determinação do
pedido, como já se sucedia no CPC/1973. Ademais, seguiu novamente o princípio da
economia processual. Sendo o pedido já determinado na inicial, isso resultará em uma
sentença líquida (CPC, art. 492, parágrafo único), não dependendo, por conseguinte,
de sua posterior liquidação (CPC, art. 509 esegs).

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Art. 325. O pedido será alternativo quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a
prestação de mais de um modo.
Parágrafo único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz lhe
assegurará o direito de cumprir a prestação de um ou de outro modo, ainda que o autor não
tenha formulado pedido alternativo.
Art. 326. É lícito formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que o juiz conheça do
posterior, quando não acolher o anterior.
Parágrafo único. É lícito formular mais de um pedido, alternativamente, para que o juiz acolha
um deles.
Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda
que entre eles não haja conexão.
§ 1º São requisitos de admissibilidade da cumulação que:
I – os pedidos sejam compatíveis entre si;
II – seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;
III – seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.
§ 2º Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a
cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técni-
cas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou
mais pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições sobre o procedi-
mento comum.
§ 3º O inciso I do § 1º não se aplica às cumulações de pedidos de que trata o art. 326.

1020 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Civil – Do Pedido – Prof. Giuliano Tamagno

Art. 328. Na obrigação indivisível com pluralidade de credores, aquele que não participou do pro-
cesso receberá sua parte, deduzidas as despesas na proporção de seu crédito.
Art. 329. O autor poderá:
I – até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consen-
timento do réu;
II – até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consenti-
mento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no
prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo à reconvenção e à respectiva causa de pedir.

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Direito Processual Civil

DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU DE MEDIAÇÃO

Art. 334. Se a petição inicial preencher os requi- § 7º A audiência de conciliação ou de me-


sitos essenciais e não for o caso de improcedên- diação pode realizar-se por meio eletrônico,
cia liminar do pedido, o juiz designará audiência nos termos da lei.
de conciliação ou de mediação com antecedên-
cia mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser ci- § 8º O não comparecimento injustificado do
tado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de autor ou do réu à audiência de conciliação é
antecedência. considerado ato atentatório à dignidade da
justiça e será sancionado com multa de até
§ 1º O conciliador ou mediador, onde hou- dois por cento da vantagem econômica pre-
ver, atuará necessariamente na audiência tendida ou do valor da causa, revertida em
de conciliação ou de mediação, observando favor da União ou do Estado.
o disposto neste Código, bem como as dis-
posições da lei de organização judiciária. § 9º As partes devem estar acompanhadas
por seus advogados ou defensores públicos.
§ 2º Poderá haver mais de uma sessão des-
tinada à conciliação e à mediação, não po- § 10. A parte poderá constituir representan-
dendo exceder a 2 (dois) meses da data de te, por meio de procuração específica, com
realização da primeira sessão, desde que poderes para negociar e transigir.
necessárias à composição das partes. § 11. A autocomposição obtida será reduzi-
§ 3º A intimação do autor para a audiência da a termo e homologada por sentença.
será feita na pessoa de seu advogado. § 12. A pauta das audiências de conciliação
§ 4º A audiência não será realizada: ou de mediação será organizada de modo a
respeitar o intervalo mínimo de 20 (vinte)
I - se ambas as partes manifestarem, ex- minutos entre o início de uma e o início da
pressamente, desinteresse na composição seguinte.
consensual;
II - quando não se admitir a autocomposi-
ção.
§ 5º O autor deverá indicar, na petição ini-
cial, seu desinteresse na autocomposição, e
o réu deverá fazê-lo, por petição, apresen-
tada com 10 (dez) dias de antecedência,
contados da data da audiência.
§ 6º Havendo litisconsórcio, o desinteresse
na realização da audiência deve ser mani-
festado por todos os litisconsortes.

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Direito Processual Civil

DA CONTESTAÇÃO E DA RECONVENÇÃO

DA CONTESTAÇÃO Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o


mérito, alegar:
Art. 335. O réu poderá oferecer contestação,
por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo I – inexistência ou nulidade da citação;
termo inicial será a data: II – incompetência absoluta e relativa;
I – da audiência de conciliação ou de me- III – incorreção do valor da causa;
diação, ou da última sessão de conciliação,
quando qualquer parte não comparecer ou, IV – inépcia da petição inicial;
comparecendo, não houver autocomposi- V – perempção;
ção;
VI – litispendência;
II – do protocolo do pedido de cancelamen-
to da audiência de conciliação ou de media- VII – coisa julgada;
ção apresentado pelo réu, quando ocorrer a
hipótese do art. 334, § 4º, inciso I; VIII – conexão;

III – prevista no art. 231, de acordo com o IX – incapacidade da parte, defeito de re-
modo como foi feita a citação, nos demais presentação ou falta de autorização;
casos. X – convenção de arbitragem;
§ 1º No caso de litisconsórcio passivo, ocor- XI – ausência de legitimidade ou de interes-
rendo a hipótese do art. 334, § 6º, o termo se processual;
inicial previsto no inciso II será, para cada
um dos réus, a data de apresentação de seu XII – falta de caução ou de outra prestação
respectivo pedido de cancelamento da au- que a lei exige como preliminar;
diência.
XIII – indevida concessão do benefício de
§ 2º Quando ocorrer a hipótese do art. 334, gratuidade de justiça.
§ 4º, inciso II, havendo litisconsórcio passivo
§ 1º Verifica-se a litispendência ou a coisa
e o autor desistir da ação em relação a réu
julgada quando se reproduz ação anterior-
ainda não citado, o prazo para resposta cor-
mente ajuizada.
rerá da data de intimação da decisão que
homologar a desistência. § 2º Uma ação é idêntica a outra quando
possui as mesmas partes, a mesma causa
Art. 336. Incumbe ao réu alegar, na contestação,
de pedir e o mesmo pedido.
toda a matéria de defesa, expondo as razões de
fato e de direito com que impugna o pedido do § 3º Há litispendência quando se repete
autor e especificando as provas que pretende ação que está em curso.
produzir.

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§ 4º Há coisa julgada quando se repete ação § 1º A contestação será submetida a livre
que já foi decidida por decisão transitada distribuição ou, se o réu houver sido citado
em julgado. por meio de carta precatória, juntada aos
autos dessa carta, seguindo-se a sua ime-
§ 5º Excetuadas a convenção de arbitragem diata remessa para o juízo da causa.
e a incompetência relativa, o juiz conhece-
rá de ofício das matérias enumeradas neste § 2º Reconhecida a competência do foro in-
artigo. dicado pelo réu, o juízo para o qual for dis-
tribuída a contestação ou a carta precatória
§ 6º A ausência de alegação da existência de será considerado prevento.
convenção de arbitragem, na forma prevista
neste Capítulo, implica aceitação da jurisdi- § 3º Alegada a incompetência nos termos
ção estatal e renúncia ao juízo arbitral. do caput, será suspensa a realização da au-
diência de conciliação ou de mediação, se
Art. 338. Alegando o réu, na contestação, ser tiver sido designada.
parte ilegítima ou não ser o responsável pelo
prejuízo invocado, o juiz facultará ao autor, em § 4º Definida a competência, o juízo compe-
15 (quinze) dias, a alteração da petição inicial tente designará nova data para a audiência
para substituição do réu. de conciliação ou de mediação.
Parágrafo único. Realizada a substituição, o Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar-se
autor reembolsará as despesas e pagará os precisamente sobre as alegações de fato cons-
honorários ao procurador do réu excluído, tantes da petição inicial, presumindo-se verda-
que serão fixados entre três e cinco por cen- deiras as não impugnadas, salvo se:
to do valor da causa ou, sendo este irrisório,
nos termos do art. 85, § 8º. I – não for admissível, a seu respeito, a con-
fissão;
Art. 339. Quando alegar sua ilegitimidade, in-
cumbe ao réu indicar o sujeito passivo da rela- II – a petição inicial não estiver acompanha-
ção jurídica discutida sempre que tiver conhe- da de instrumento que a lei considerar da
cimento, sob pena de arcar com as despesas substância do ato;
processuais e de indenizar o autor pelos preju- III – estiverem em contradição com a defe-
ízos decorrentes da falta de indicação. sa, considerada em seu conjunto.
§ 1º O autor, ao aceitar a indicação, proce- Parágrafo único. O ônus da impugnação es-
derá, no prazo de 15 (quinze) dias, à altera- pecificada dos fatos não se aplica ao defen-
ção da petição inicial para a substituição do sor público, ao advogado dativo e ao cura-
réu, observando-se, ainda, o parágrafo úni- dor especial.
co do art. 338.
Art. 342. Depois da contestação, só é lícito ao
§ 2º No prazo de 15 (quinze) dias, o autor réu deduzir novas alegações quando:
pode optar por alterar a petição inicial para
incluir, como litisconsorte passivo, o sujeito I – relativas a direito ou a fato supervenien-
indicado pelo réu. te;

Art. 340. Havendo alegação de incompetência II – competir ao juiz conhecer delas de ofí-
relativa ou absoluta, a contestação poderá ser cio;
protocolada no foro de domicílio do réu, fato
III – por expressa autorização legal, pude-
que será imediatamente comunicado ao juiz da
rem ser formuladas em qualquer tempo e
causa, preferencialmente por meio eletrônico.
grau de jurisdição.

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Direito Processual Civil – Da Contestação e da Reconvenção – Prof. Giuliano Tamagno

CAPÍTULO VII
DA RECONVENÇÃO
Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor
reconvenção para manifestar pretensão pró-
pria, conexa com a ação principal ou com o fun-
damento da defesa.
§ 1º Proposta a reconvenção, o autor será
intimado, na pessoa de seu advogado, para
apresentar resposta no prazo de 15 (quinze)
dias.
§ 2º A desistência da ação ou a ocorrência
de causa extintiva que impeça o exame de
seu mérito não obsta ao prosseguimento do
processo quanto à reconvenção.
§ 3º A reconvenção pode ser proposta con-
tra o autor e terceiro.
§ 4º A reconvenção pode ser proposta pelo
réu em litisconsórcio com terceiro.
§ 5º Se o autor for substituto processual, o
reconvinte deverá afirmar ser titular de di-
reito em face do substituído, e a reconven-
ção deverá ser proposta em face do autor,
também na qualidade de substituto proces-
sual.
§ 6º O réu pode propor reconvenção inde-
pendentemente de oferecer contestação.

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Direito Processual Civil

DA REVELIA

Art. 344. Se o réu não contestar a ação, será Seção I


considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras DA NÃO INCIDÊNCIA DOS
as alegações de fato formuladas pelo autor.
EFEITOS DA REVELIA
Art. 345. A revelia não produz o efeito mencio-
nado no art. 344 se: Art. 348. Se o réu não contestar a ação, o juiz,
verificando a inocorrência do efeito da revelia
I - havendo pluralidade de réus, algum deles previsto no art. 344, ordenará que o autor espe-
contestar a ação; cifique as provas que pretenda produzir, se ain-
II - o litígio versar sobre direitos indisponí- da não as tiver indicado.
veis; Art. 349. Ao réu revel será lícita a produção de
III - a petição inicial não estiver acompanha- provas, contrapostas às alegações do autor, des-
da de instrumento que a lei considere indis- de que se faça representar nos autos a tempo
pensável à prova do ato; de praticar os atos processuais indispensáveis a
essa produção.
IV - as alegações de fato formuladas pelo
autor forem inverossímeis ou estiverem em Seção II
contradição com prova constante dos autos. DO FATO IMPEDITIVO,
Art. 346. Os prazos contra o revel que não tenha MODIFICATIVO OU EXTINTIVO DO
patrono nos autos fluirão da data de publicação DIREITO DO AUTOR
do ato decisório no órgão oficial.
Art. 350. Se o réu alegar fato impeditivo, modifi-
Parágrafo único. O revel poderá intervir no cativo ou extintivo do direito do autor, este será
processo em qualquer fase, recebendo-o no ouvido no prazo de 15 (quinze) dias, permitin-
estado em que se encontrar. do-lhe o juiz a produção de prova.

Seção III
DAS ALEGAÇÕES DO RÉU
CAPÍTULO IX
DAS PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES Art. 351. Se o réu alegar qualquer das matérias
E DO SANEAMENTO enumeradas no art. 337, o juiz determinará a oi-
tiva do autor no prazo de 15 (quinze) dias, per-
Art. 347. Findo o prazo para a contestação, o mitindo-lhe a produção de prova.
juiz tomará, conforme o caso, as providências
Art. 352. Verificando a existência de irregulari-
preliminares constantes das seções deste Capí-
dades ou de vícios sanáveis, o juiz determina-
tulo.
rá sua correção em prazo nunca superior a 30
(trinta) dias.

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Art. 353. Cumpridas as providências prelimina-
res ou não havendo necessidade delas, o juiz
proferirá julgamento conforme o estado do pro-
cesso, observando o que dispõe o Capítulo X.

1030 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Civil

DO JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO

Seção I § 1º A decisão que julgar parcialmente o


DA EXTINÇÃO DO PROCESSO mérito poderá reconhecer a existência de
obrigação líquida ou ilíquida.
Art. 354. Ocorrendo qualquer das hipóteses § 2º A parte poderá liquidar ou executar,
previstas nos arts. 485 e 487, incisos II e III, o desde logo, a obrigação reconhecida na
juiz proferirá sentença. decisão que julgar parcialmente o mérito,
Parágrafo único. A decisão a que se refere o independentemente de caução, ainda que
caput pode dizer respeito a apenas parcela haja recurso contra essa interposto.
do processo, caso em que será impugnável § 3º Na hipótese do § 2º, se houver trânsito
por agravo de instrumento. em julgado da decisão, a execução será de-
finitiva.
Seção II
DO JULGAMENTO § 4º A liquidação e o cumprimento da de-
ANTECIPADO DO MÉRITO cisão que julgar parcialmente o mérito po-
derão ser processados em autos suplemen-
Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedi- tares, a requerimento da parte ou a critério
do, proferindo sentença com resolução de méri- do juiz.
to, quando:
§ 5º A decisão proferida com base neste ar-
I – não houver necessidade de produção de tigo é impugnável por agravo de instrumen-
outras provas; to.
II – o réu for revel, ocorrer o efeito previsto Seção IV
no art. 344 e não houver requerimento de DO SANEAMENTO E DA
prova, na forma do art. 349.
ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO
Seção III
Art. 357. Não ocorrendo nenhuma das hipóte-
DO JULGAMENTO ANTECIPADO ses deste Capítulo, deverá o juiz, em decisão de
PARCIAL DO MÉRITO saneamento e de organização do processo:
Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito I – resolver as questões processuais pen-
quando um ou mais dos pedidos formulados ou dentes, se houver;
parcela deles:
II – delimitar as questões de fato sobre as
I – mostrar-se incontroverso; quais recairá a atividade probatória, especi-
ficando os meios de prova admitidos;
II – estiver em condições de imediato julga-
mento, nos termos do art. 355. III – definir a distribuição do ônus da prova,
observado o art. 373;

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IV – delimitar as questões de direito rele- § 9º As pautas deverão ser preparadas com
vantes para a decisão do mérito; intervalo mínimo de 1 (uma) hora entre as
audiências.
V – designar, se necessário, audiência de
instrução e julgamento.
§ 1º Realizado o saneamento, as partes têm
o direito de pedir esclarecimentos ou soli-
citar ajustes, no prazo comum de 5 (cinco)
dias, findo o qual a decisão se torna estável.
§ 2º As partes podem apresentar ao juiz,
para homologação, delimitação consensual
das questões de fato e de direito a que se
referem os incisos II e IV, a qual, se homolo-
gada, vincula as partes e o juiz.
§ 3º Se a causa apresentar complexidade
em matéria de fato ou de direito, deverá
o juiz designar audiência para que o sane-
amento seja feito em cooperação com as
partes, oportunidade em que o juiz, se for
o caso, convidará as partes a integrar ou es-
clarecer suas alegações.
§ 4º Caso tenha sido determinada a produ-
ção de prova testemunhal, o juiz fixará pra-
zo comum não superior a 15 (quinze) dias
para que as partes apresentem rol de teste-
munhas.
§ 5º Na hipótese do § 3º, as partes devem
levar, para a audiência prevista, o respectivo
rol de testemunhas.
§ 6º O número de testemunhas arroladas
não pode ser superior a 10 (dez), sendo
3 (três), no máximo, para a prova de cada
fato.
§ 7º O juiz poderá limitar o número de tes-
temunhas levando em conta a complexi-
dade da causa e dos fatos individualmente
considerados.
§ 8º Caso tenha sido determinada a produ-
ção de prova pericial, o juiz deve observar o
disposto no art. 465 e, se possível, estabe-
lecer, desde logo, calendário para sua rea-
lização.

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Direito Processual Civil

DAS PROVAS

Seção I à maior facilidade de obtenção da prova do


DISPOSIÇÕES GERAIS fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus
da prova de modo diverso, desde que o faça
Art. 369. As partes têm o direito de empregar por decisão fundamentada, caso em que
todos os meios legais, bem como os moralmen- deverá dar à parte a oportunidade de se de-
te legítimos, ainda que não especificados neste sincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
Código, para provar a verdade dos fatos em que § 2º A decisão prevista no § 1º deste arti-
se funda o pedido ou a defesa e influir eficaz- go não pode gerar situação em que a desin-
mente na convicção do juiz. cumbência do encargo pela parte seja im-
Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requeri- possível ou excessivamente difícil.
mento da parte, determinar as provas necessá- § 3º A distribuição diversa do ônus da pro-
rias ao julgamento do mérito. va também pode ocorrer por convenção das
Parágrafo único. O juiz indeferirá, em deci- partes, salvo quando:
são fundamentada, as diligências inúteis ou I – recair sobre direito indisponível da parte;
meramente protelatórias.
II – tornar excessivamente difícil a uma par-
Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos te o exercício do direito.
autos, independentemente do sujeito que a ti-
ver promovido, e indicará na decisão as razões § 4º A convenção de que trata o § 3o pode
da formação de seu convencimento. ser celebrada antes ou durante o processo.
Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de Art. 374. Não dependem de prova os fatos:
prova produzida em outro processo, atribuindo-
-lhe o valor que considerar adequado, observa- I – notórios;
do o contraditório. II – afirmados por uma parte e confessados
Art. 373. O ônus da prova incumbe: pela parte contrária;

I – ao autor, quanto ao fato constitutivo de III – admitidos no processo como incontro-


seu direito; versos;

II – ao réu, quanto à existência de fato im- IV – em cujo favor milita presunção legal de
peditivo, modificativo ou extintivo do direi- existência ou de veracidade.
to do autor. Art. 375. O juiz aplicará as regras de experiência
§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de comum subministradas pela observação do que
peculiaridades da causa relacionadas à im- ordinariamente acontece e, ainda, as regras de
possibilidade ou à excessiva dificuldade de experiência técnica, ressalvado, quanto a estas,
cumprir o encargo nos termos do caput ou o exame pericial.

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Art. 376. A parte que alegar direito municipal, Seção II
estadual, estrangeiro ou consuetudinário pro- DA PRODUÇÃO ANTECIPADA
var-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz de-
terminar. DA PROVA
Art. 377. A carta precatória, a carta rogatória e o Art. 381. A produção antecipada da prova será
auxílio direto suspenderão o julgamento da cau- admitida nos casos em que:
sa no caso previsto no art. 313, inciso V, alínea I – haja fundado receio de que venha a tor-
“b”, quando, tendo sido requeridos antes da de- nar-se impossível ou muito difícil a verifica-
cisão de saneamento, a prova neles solicitada ção de certos fatos na pendência da ação;
for imprescindível.
II – a prova a ser produzida seja suscetível
Parágrafo único. A carta precatória e a carta de viabilizar a autocomposição ou outro
rogatória não devolvidas no prazo ou con- meio adequado de solução de conflito;
cedidas sem efeito suspensivo poderão ser
juntadas aos autos a qualquer momento. III – o prévio conhecimento dos fatos possa
justificar ou evitar o ajuizamento de ação.
Art. 378. Ninguém se exime do dever de colabo-
rar com o Poder Judiciário para o descobrimen- § 1º O arrolamento de bens observará o dis-
to da verdade. posto nesta Seção quando tiver por finalida-
de apenas a realização de documentação e
Art. 379. Preservado o direito de não produzir não a prática de atos de apreensão.
prova contra si própria, incumbe à parte:
§ 2º A produção antecipada da prova é da
I – comparecer em juízo, respondendo ao competência do juízo do foro onde esta
que lhe for interrogado; deva ser produzida ou do foro de domicílio
II – colaborar com o juízo na realização de do réu.
inspeção judicial que for considerada neces- § 3º A produção antecipada da prova não
sária; previne a competência do juízo para a ação
III – praticar o ato que lhe for determinado. que venha a ser proposta.

Art. 380. Incumbe ao terceiro, em relação a § 4º O juízo estadual tem competência para
qualquer causa: produção antecipada de prova requerida
em face da União, de entidade autárquica
I – informar ao juiz os fatos e as circunstân- ou de empresa pública federal se, na locali-
cias de que tenha conhecimento; dade, não houver vara federal.
II – exibir coisa ou documento que esteja § 5º Aplica-se o disposto nesta Seção àque-
em seu poder. le que pretender justificar a existência de
Parágrafo único. Poderá o juiz, em caso de algum fato ou relação jurídica para simples
descumprimento, determinar, além da im- documento e sem caráter contencioso, que
posição de multa, outras medidas indutivas, exporá, em petição circunstanciada, a sua
coercitivas, mandamentais ou sub-rogató- intenção.
rias. Art. 382. Na petição, o requerente apresentará
as razões que justificam a necessidade de ante-
cipação da prova e mencionará com precisão os
fatos sobre os quais a prova há de recair.
§ 1º O juiz determinará, de ofício ou a re-
querimento da parte, a citação de interes-

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sados na produção da prova ou no fato a ser ou, comparecendo, se recusar a depor, o


provado, salvo se inexistente caráter con- juiz aplicar-lhe-á a pena.
tencioso.
§ 2º É vedado a quem ainda não depôs as-
§ 2º O juiz não se pronunciará sobre a ocor- sistir ao interrogatório da outra parte.
rência ou a inocorrência do fato, nem sobre
as respectivas consequências jurídicas. § 3º O depoimento pessoal da parte que
residir em comarca, seção ou subseção ju-
§ 3º Os interessados poderão requerer a diciária diversa daquela onde tramita o pro-
produção de qualquer prova no mesmo cesso poderá ser colhido por meio de vide-
procedimento, desde que relacionada ao oconferência ou outro recurso tecnológico
mesmo fato, salvo se a sua produção con- de transmissão de sons e imagens em tem-
junta acarretar excessiva demora. po real, o que poderá ocorrer, inclusive, du-
rante a realização da audiência de instrução
§ 4º Neste procedimento, não se admitirá e julgamento.
defesa ou recurso, salvo contra decisão que
indeferir totalmente a produção da prova Art. 386. Quando a parte, sem motivo justifica-
pleiteada pelo requerente originário. do, deixar de responder ao que lhe for pergun-
tado ou empregar evasivas, o juiz, apreciando as
Art. 383. Os autos permanecerão em cartório demais circunstâncias e os elementos de prova,
durante 1 (um) mês para extração de cópias e declarará, na sentença, se houve recusa de de-
certidões pelos interessados. por.
Parágrafo único. Findo o prazo, os autos se- Art. 387. A parte responderá pessoalmente so-
rão entregues ao promovente da medida. bre os fatos articulados, não podendo servir-se
Seção III de escritos anteriormente preparados, permi-
tindo-lhe o juiz, todavia, a consulta a notas bre-
DA ATA NOTARIAL ves, desde que objetivem completar esclareci-
mentos.
Art. 384. A existência e o modo de existir de al-
gum fato podem ser atestados ou documenta- Art. 388. A parte não é obrigada a depor sobre
dos, a requerimento do interessado, mediante fatos:
ata lavrada por tabelião.
I – criminosos ou torpes que lhe forem im-
Parágrafo único. Dados representados por putados;
imagem ou som gravados em arquivos ele-
trônicos poderão constar da ata notarial. II – a cujo respeito, por estado ou profissão,
deva guardar sigilo;
Seção IV
III – acerca dos quais não possa responder
DO DEPOIMENTO PESSOAL sem desonra própria, de seu cônjuge, de
seu companheiro ou de parente em grau su-
Art. 385. Cabe à parte requerer o depoimento
cessível;
pessoal da outra parte, a fim de que esta seja in-
terrogada na audiência de instrução e julgamen- IV – que coloquem em perigo a vida do de-
to, sem prejuízo do poder do juiz de ordená-lo poente ou das pessoas referidas no inciso
de ofício. III.
§ 1º Se a parte, pessoalmente intimada Parágrafo único. Esta disposição não se
para prestar depoimento pessoal e adver- aplica às ações de estado e de família.
tida da pena de confesso, não comparecer

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Seção V Art. 394. A confissão extrajudicial, quando feita
DA CONFISSÃO oralmente, só terá eficácia nos casos em que a
lei não exija prova literal.
Art. 389. Há confissão, judicial ou extrajudicial, Art. 395. A confissão é, em regra, indivisível, não
quando a parte admite a verdade de fato con- podendo a parte que a quiser invocar como pro-
trário ao seu interesse e favorável ao do adver- va aceitá-la no tópico que a beneficiar e rejeitá-
sário. -la no que lhe for desfavorável, porém cindir-se-
Art. 390. A confissão judicial pode ser espontâ- -á quando o confitente a ela aduzir fatos novos,
nea ou provocada. capazes de constituir fundamento de defesa de
direito material ou de reconvenção.
§ 1º A confissão espontânea pode ser fei-
ta pela própria parte ou por representante Seção VI
com poder especial. DA EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO
§ 2º A confissão provocada constará do ter- OU COISA
mo de depoimento pessoal.
Art. 396. O juiz pode ordenar que a parte exi-
Art. 391. A confissão judicial faz prova contra o ba documento ou coisa que se encontre em seu
confitente, não prejudicando, todavia, os litis- poder.
consortes.
Art. 397. O pedido formulado pela parte conte-
Parágrafo único. Nas ações que versarem rá:
sobre bens imóveis ou direitos reais sobre
imóveis alheios, a confissão de um cônjuge I – a individuação, tão completa quanto
ou companheiro não valerá sem a do outro, possível, do documento ou da coisa;
salvo se o regime de casamento for o de se- II – a finalidade da prova, indicando os fa-
paração absoluta de bens. tos que se relacionam com o documento ou
Art. 392. Não vale como confissão a admissão, com a coisa;
em juízo, de fatos relativos a direitos indisponí- III – as circunstâncias em que se funda o re-
veis. querente para afirmar que o documento ou
§ 1º A confissão será ineficaz se feita por a coisa existe e se acha em poder da parte
quem não for capaz de dispor do direito a contrária.
que se referem os fatos confessados. Art. 398. O requerido dará sua resposta nos 5
§ 2º A confissão feita por um representan- (cinco) dias subsequentes à sua intimação.
te somente é eficaz nos limites em que este Parágrafo único. Se o requerido afirmar que
pode vincular o representado. não possui o documento ou a coisa, o juiz
Art. 393. A confissão é irrevogável, mas pode permitirá que o requerente prove, por qual-
ser anulada se decorreu de erro de fato ou de quer meio, que a declaração não correspon-
coação. de à verdade.

Parágrafo único. A legitimidade para a ação Art. 399. O juiz não admitirá a recusa se:
prevista no caput é exclusiva do confitente e I – o requerido tiver obrigação legal de exi-
pode ser transferida a seus herdeiros se ele bir;
falecer após a propositura.
II – o requerido tiver aludido ao documen-
to ou à coisa, no processo, com o intuito de
constituir prova;

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III – o documento, por seu conteúdo, for co- I – concernente a negócios da própria vida
mum às partes. da família;
Art. 400. Ao decidir o pedido, o juiz admitirá II – sua apresentação puder violar dever de
como verdadeiros os fatos que, por meio do do- honra;
cumento ou da coisa, a parte pretendia provar
se: III – sua publicidade redundar em desonra à
parte ou ao terceiro, bem como a seus pa-
I – o requerido não efetuar a exibição nem rentes consanguíneos ou afins até o tercei-
fizer nenhuma declaração no prazo do art. ro grau, ou lhes representar perigo de ação
398; penal;
II – a recusa for havida por ilegítima. IV – sua exibição acarretar a divulgação de
fatos a cujo respeito, por estado ou profis-
Parágrafo único. Sendo necessário, o juiz são, devam guardar segredo;
pode adotar medidas indutivas, coercitivas,
mandamentais ou sub-rogatórias para que V – subsistirem outros motivos graves que,
o documento seja exibido. segundo o prudente arbítrio do juiz, justifi-
quem a recusa da exibição;
Art. 401. Quando o documento ou a coisa es-
tiver em poder de terceiro, o juiz ordenará sua VI – houver disposição legal que justifique a
citação para responder no prazo de 15 (quinze) recusa da exibição.
dias.
Parágrafo único. Se os motivos de que tra-
Art. 402. Se o terceiro negar a obrigação de exi- tam os incisos I a VI do caput disserem res-
bir ou a posse do documento ou da coisa, o juiz peito a apenas uma parcela do documento,
designará audiência especial, tomando-lhe o a parte ou o terceiro exibirá a outra em car-
depoimento, bem como o das partes e, se ne- tório, para dela ser extraída cópia reprográ-
cessário, o de testemunhas, e em seguida pro- fica, de tudo sendo lavrado auto circunstan-
ferirá decisão. ciado.
Art. 403. Se o terceiro, sem justo motivo, se re- Seção VII
cusar a efetuar a exibição, o juiz ordenar-lhe-á DA PROVA DOCUMENTAL
que proceda ao respectivo depósito em cartório
ou em outro lugar designado, no prazo de 5 (cin-
Subseção I
co) dias, impondo ao requerente que o ressarça
pelas despesas que tiver. DA FORÇA PROBANTE DOS
DOCUMENTOS
Parágrafo único. Se o terceiro descumprir
a ordem, o juiz expedirá mandado de apre- Art. 405. O documento público faz prova não só
ensão, requisitando, se necessário, força da sua formação, mas também dos fatos que o
policial, sem prejuízo da responsabilidade escrivão, o chefe de secretaria, o tabelião ou o
por crime de desobediência, pagamento servidor declarar que ocorreram em sua presen-
de multa e outras medidas indutivas, co- ça.
ercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias
necessárias para assegurar a efetivação da Art. 406. Quando a lei exigir instrumento públi-
decisão. co como da substância do ato, nenhuma outra
prova, por mais especial que seja, pode suprir-
Art. 404. A parte e o terceiro se escusam de exi- -lhe a falta.
bir, em juízo, o documento ou a coisa se:
Art. 407. O documento feito por oficial público
incompetente ou sem a observância das forma-

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lidades legais, sendo subscrito pelas partes, tem I – o tabelião reconhecer a firma do signa-
a mesma eficácia probatória do documento par- tário;
ticular.
II – a autoria estiver identificada por qual-
Art. 408. As declarações constantes do docu- quer outro meio legal de certificação, inclu-
mento particular escrito e assinado ou somente sive eletrônico, nos termos da lei;
assinado presumem-se verdadeiras em relação
ao signatário. III – não houver impugnação da parte con-
tra quem foi produzido o documento.
Parágrafo único. Quando, todavia, contiver
declaração de ciência de determinado fato, Art. 412. O documento particular de cuja auten-
o documento particular prova a ciência, ticidade não se duvida prova que o seu autor fez
mas não o fato em si, incumbindo o ônus de a declaração que lhe é atribuída.
prová-lo ao interessado em sua veracidade. Parágrafo único. O documento particular
Art. 409. A data do documento particular, quan- admitido expressa ou tacitamente é indivi-
do a seu respeito surgir dúvida ou impugnação sível, sendo vedado à parte que pretende
entre os litigantes, provar-se-á por todos os utilizar-se dele aceitar os fatos que lhe são
meios de direito. favoráveis e recusar os que são contrários
ao seu interesse, salvo se provar que estes
Parágrafo único. Em relação a terceiros, não ocorreram.
considerar-se-á datado o documento parti-
cular: Art. 413. O telegrama, o radiograma ou qual-
quer outro meio de transmissão tem a mesma
I – no dia em que foi registrado; força probatória do documento particular se o
original constante da estação expedidora tiver
II – desde a morte de algum dos signatários; sido assinado pelo remetente.
III – a partir da impossibilidade física que Parágrafo único. A firma do remetente po-
sobreveio a qualquer dos signatários; derá ser reconhecida pelo tabelião, decla-
IV – da sua apresentação em repartição pú- rando-se essa circunstância no original de-
blica ou em juízo; positado na estação expedidora.

V – do ato ou do fato que estabeleça, de Art. 414. O telegrama ou o radiograma presu-


modo certo, a anterioridade da formação me-se conforme com o original, provando as da-
do documento. tas de sua expedição e de seu recebimento pelo
destinatário.
Art. 410. Considera-se autor do documento par-
ticular: Art. 415. As cartas e os registros domésticos
provam contra quem os escreveu quando:
I – aquele que o fez e o assinou;
I – enunciam o recebimento de um crédito;
II – aquele por conta de quem ele foi feito,
estando assinado; II – contêm anotação que visa a suprir a fal-
ta de título em favor de quem é apontado
III – aquele que, mandando compô-lo, não como credor;
o firmou porque, conforme a experiência
comum, não se costuma assinar, como li- III – expressam conhecimento de fatos para
vros empresariais e assentos domésticos. os quais não se exija determinada prova.

Art. 411. Considera-se autêntico o documento Art. 416. A nota escrita pelo credor em qualquer
quando: parte de documento representativo de obriga-

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ção, ainda que não assinada, faz prova em bene- § 2º Se se tratar de fotografia publicada em
fício do devedor. jornal ou revista, será exigido um exemplar
original do periódico, caso impugnada a ve-
Parágrafo único. Aplica-se essa regra tanto racidade pela outra parte.
para o documento que o credor conservar
em seu poder quanto para aquele que se § 3º Aplica-se o disposto neste artigo à for-
achar em poder do devedor ou de terceiro. ma impressa de mensagem eletrônica.
Art. 417. Os livros empresariais provam contra Art. 423. As reproduções dos documentos par-
seu autor, sendo lícito ao empresário, todavia, ticulares, fotográficas ou obtidas por outros
demonstrar, por todos os meios permitidos em processos de repetição, valem como certidões
direito, que os lançamentos não correspondem sempre que o escrivão ou o chefe de secretaria
à verdade dos fatos. certificar sua conformidade com o original.
Art. 418. Os livros empresariais que preencham Art. 424. A cópia de documento particular tem
os requisitos exigidos por lei provam a favor de o mesmo valor probante que o original, caben-
seu autor no litígio entre empresários. do ao escrivão, intimadas as partes, proceder à
conferência e certificar a conformidade entre a
Art. 419. A escrituração contábil é indivisível, e, cópia e o original.
se dos fatos que resultam dos lançamentos, uns
são favoráveis ao interesse de seu autor e ou- Art. 425. Fazem a mesma prova que os originais:
tros lhe são contrários, ambos serão considera-
dos em conjunto, como unidade. I – as certidões textuais de qualquer peça
dos autos, do protocolo das audiências ou
Art. 420. O juiz pode ordenar, a requerimento de outro livro a cargo do escrivão ou do che-
da parte, a exibição integral dos livros empresa- fe de secretaria, se extraídas por ele ou sob
riais e dos documentos do arquivo: sua vigilância e por ele subscritas;
I – na liquidação de sociedade; II – os traslados e as certidões extraídas por
oficial público de instrumentos ou docu-
II – na sucessão por morte de sócio; mentos lançados em suas notas;
III – quando e como determinar a lei. III – as reproduções dos documentos públi-
Art. 421. O juiz pode, de ofício, ordenar à parte cos, desde que autenticadas por oficial pú-
a exibição parcial dos livros e dos documentos, blico ou conferidas em cartório com os res-
extraindo-se deles a suma que interessar ao lití- pectivos originais;
gio, bem como reproduções autenticadas. IV – as cópias reprográficas de peças do pró-
Art. 422. Qualquer reprodução mecânica, como prio processo judicial declaradas autênticas
a fotográfica, a cinematográfica, a fonográfi- pelo advogado, sob sua responsabilidade
ca ou de outra espécie, tem aptidão para fazer pessoal, se não lhes for impugnada a auten-
prova dos fatos ou das coisas representadas, se ticidade;
a sua conformidade com o documento original V – os extratos digitais de bancos de dados
não for impugnada por aquele contra quem foi públicos e privados, desde que atestado
produzida. pelo seu emitente, sob as penas da lei, que
§ 1º As fotografias digitais e as extraídas da as informações conferem com o que consta
rede mundial de computadores fazem pro- na origem;
va das imagens que reproduzem, devendo, VI – as reproduções digitalizadas de qual-
se impugnadas, ser apresentada a respec- quer documento público ou particular,
tiva autenticação eletrônica ou, não sendo quando juntadas aos autos pelos órgãos da
possível, realizada perícia.

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justiça e seus auxiliares, pelo Ministério Pú- I – se tratar de falsidade de documento ou
blico e seus auxiliares, pela Defensoria Pú- de preenchimento abusivo, à parte que a
blica e seus auxiliares, pelas procuradorias, arguir;
pelas repartições públicas em geral e por
advogados, ressalvada a alegação motivada II – se tratar de impugnação da autenticida-
e fundamentada de adulteração. de, à parte que produziu o documento.

§ 1º Os originais dos documentos digitaliza- Subseção II


dos mencionados no inciso VI deverão ser DA ARGUIÇÃO DE FALSIDADE
preservados pelo seu detentor até o final do
prazo para propositura de ação rescisória. Art. 430. A falsidade deve ser suscitada na con-
testação, na réplica ou no prazo de 15 (quinze)
§ 2º Tratando-se de cópia digital de título dias, contado a partir da intimação da juntada
executivo extrajudicial ou de documento do documento aos autos.
relevante à instrução do processo, o juiz po-
derá determinar seu depósito em cartório Parágrafo único. Uma vez arguida, a falsida-
ou secretaria. de será resolvida como questão incidental,
salvo se a parte requerer que o juiz a decida
Art. 426. O juiz apreciará fundamentadamente como questão principal, nos termos do inci-
a fé que deva merecer o documento, quando so II do art. 19.
em ponto substancial e sem ressalva contiver
entrelinha, emenda, borrão ou cancelamento. Art. 431. A parte arguirá a falsidade expondo
os motivos em que funda a sua pretensão e os
Art. 427. Cessa a fé do documento público ou meios com que provará o alegado.
particular sendo-lhe declarada judicialmente a
falsidade. Art. 432. Depois de ouvida a outra parte no pra-
zo de 15 (quinze) dias, será realizado o exame
Parágrafo único. A falsidade consiste em: pericial.
I – formar documento não verdadeiro; Parágrafo único. Não se procederá ao exa-
II – alterar documento verdadeiro. me pericial se a parte que produziu o docu-
mento concordar em retirá-lo.
Art. 428. Cessa a fé do documento particular
quando: Art. 433. A declaração sobre a falsidade do do-
cumento, quando suscitada como questão prin-
I – for impugnada sua autenticidade e en- cipal, constará da parte dispositiva da sentença
quanto não se comprovar sua veracidade; e sobre ela incidirá também a autoridade da coi-
sa julgada.
II – assinado em branco, for impugnado seu
conteúdo, por preenchimento abusivo. Subseção III
Parágrafo único. Dar-se-á abuso quando DA PRODUÇÃO DA PROVA
aquele que recebeu documento assinado DOCUMENTAL
com texto não escrito no todo ou em parte
formá-lo ou completá-lo por si ou por meio Art. 434. Incumbe à parte instruir a petição ini-
de outrem, violando o pacto feito com o sig- cial ou a contestação com os documentos desti-
natário. nados a provar suas alegações.

Art. 429. Incumbe o ônus da prova quando: Parágrafo único. Quando o documento
consistir em reprodução cinematográfica
ou fonográfica, a parte deverá trazê-lo nos
termos do caput, mas sua exposição será

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realizada em audiência, intimando-se pre- a prova documental produzida, levando em


viamente as partes. consideração a quantidade e a complexida-
de da documentação.
Art. 435. É lícito às partes, em qualquer tem-
po, juntar aos autos documentos novos, quan- Art. 438. O juiz requisitará às repartições públi-
do destinados a fazer prova de fatos ocorridos cas, em qualquer tempo ou grau de jurisdição:
depois dos articulados ou para contrapô-los aos
que foram produzidos nos autos. I – as certidões necessárias à prova das ale-
gações das partes;
Parágrafo único. Admite-se também a jun-
tada posterior de documentos formados II – os procedimentos administrativos nas
após a petição inicial ou a contestação, bem causas em que forem interessados a União,
como dos que se tornaram conhecidos, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios
acessíveis ou disponíveis após esses atos, ou entidades da administração indireta.
cabendo à parte que os produzir comprovar § 1º Recebidos os autos, o juiz mandará ex-
o motivo que a impediu de juntá-los ante- trair, no prazo máximo e improrrogável de
riormente e incumbindo ao juiz, em qual- 1 (um) mês, certidões ou reproduções foto-
quer caso, avaliar a conduta da parte de gráficas das peças que indicar e das que fo-
acordo com o art. 5o. rem indicadas pelas partes, e, em seguida,
Art. 436. A parte, intimada a falar sobre docu- devolverá os autos à repartição de origem.
mento constante dos autos, poderá: § 2º As repartições públicas poderão forne-
I – impugnar a admissibilidade da prova do- cer todos os documentos em meio eletrôni-
cumental; co, conforme disposto em lei, certificando,
pelo mesmo meio, que se trata de extrato
II – impugnar sua autenticidade; fiel do que consta em seu banco de dados
ou no documento digitalizado.
III – suscitar sua falsidade, com ou sem de-
flagração do incidente de arguição de falsi- Seção VIII
dade; DOS DOCUMENTOS ELETRÔNICOS
IV – manifestar-se sobre seu conteúdo.
Art. 439. A utilização de documentos eletrôni-
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos cos no processo convencional dependerá de sua
II e III, a impugnação deverá basear-se em conversão à forma impressa e da verificação de
argumentação específica, não se admitindo sua autenticidade, na forma da lei.
alegação genérica de falsidade.
Art. 440. O juiz apreciará o valor probante do
Art. 437. O réu manifestar-se-á na contestação documento eletrônico não convertido, assegu-
sobre os documentos anexados à inicial, e o rado às partes o acesso ao seu teor.
autor manifestar-se-á na réplica sobre os docu-
mentos anexados à contestação. Art. 441. Serão admitidos documentos eletrôni-
cos produzidos e conservados com a observân-
§ 1º Sempre que uma das partes requerer cia da legislação específica.
a juntada de documento aos autos, o juiz
ouvirá, a seu respeito, a outra parte, que
disporá do prazo de 15 (quinze) dias para
adotar qualquer das posturas indicadas no
art. 436.
§ 2º Poderá o juiz, a requerimento da par-
te, dilatar o prazo para manifestação sobre

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Seção IX II – o que, acometido por enfermidade ou
DA PROVA TESTEMUNHAL retardamento mental, ao tempo em que
ocorreram os fatos, não podia discerni-los,
Subseção I ou, ao tempo em que deve depor, não está
habilitado a transmitir as percepções;
DA ADMISSIBILIDADE E DO VALOR
DA PROVA TESTEMUNHAL III – o que tiver menos de 16 (dezesseis)
anos;
Art. 442. A prova testemunhal é sempre admis-
sível, não dispondo a lei de modo diverso. IV – o cego e o surdo, quando a ciência do
fato depender dos sentidos que lhes faltam.
Art. 443. O juiz indeferirá a inquirição de teste-
munhas sobre fatos: § 2º São impedidos:

I – já provados por documento ou confissão I – o cônjuge, o companheiro, o ascendente


da parte; e o descendente em qualquer grau e o co-
lateral, até o terceiro grau, de alguma das
II – que só por documento ou por exame partes, por consanguinidade ou afinida-
pericial puderem ser provados. de, salvo se o exigir o interesse público ou,
tratando-se de causa relativa ao estado da
Art. 444. Nos casos em que a lei exigir prova pessoa, não se puder obter de outro modo
escrita da obrigação, é admissível a prova tes- a prova que o juiz repute necessária ao jul-
temunhal quando houver começo de prova por gamento do mérito;
escrito, emanado da parte contra a qual se pre-
tende produzir a prova. II – o que é parte na causa;
Art. 445. Também se admite a prova testemu- III – o que intervém em nome de uma parte,
nhal quando o credor não pode ou não podia, como o tutor, o representante legal da pes-
moral ou materialmente, obter a prova escrita soa jurídica, o juiz, o advogado e outros que
da obrigação, em casos como o de parentesco, assistam ou tenham assistido as partes.
de depósito necessário ou de hospedagem em
hotel ou em razão das práticas comerciais do lo- § 3º São suspeitos:
cal onde contraída a obrigação. I – o inimigo da parte ou o seu amigo ínti-
Art. 446. É lícito à parte provar com testemu- mo;
nhas: II – o que tiver interesse no litígio.
I – nos contratos simulados, a divergência § 4º Sendo necessário, pode o juiz admitir o
entre a vontade real e a vontade declarada; depoimento das testemunhas menores, im-
II – nos contratos em geral, os vícios de con- pedidas ou suspeitas.
sentimento. § 5º Os depoimentos referidos no § 4o se-
Art. 447. Podem depor como testemunhas to- rão prestados independentemente de com-
das as pessoas, exceto as incapazes, impedidas promisso, e o juiz lhes atribuirá o valor que
ou suspeitas. possam merecer.

§ 1º São incapazes: Art. 448. A testemunha não é obrigada a depor


sobre fatos:
I – o interdito por enfermidade ou deficiên-
cia mental; I – que lhe acarretem grave dano, bem
como ao seu cônjuge ou companheiro e aos

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seus parentes consanguíneos ou afins, em Art. 453. As testemunhas depõem, na audiên-


linha reta ou colateral, até o terceiro grau; cia de instrução e julgamento, perante o juiz da
causa, exceto:
II – a cujo respeito, por estado ou profissão,
deva guardar sigilo. I – as que prestam depoimento antecipada-
mente;
Art. 449. Salvo disposição especial em contrá-
rio, as testemunhas devem ser ouvidas na sede II – as que são inquiridas por carta.
do juízo.
§ 1º A oitiva de testemunha que residir
Parágrafo único. Quando a parte ou a tes- em comarca, seção ou subseção judiciária
temunha, por enfermidade ou por outro diversa daquela onde tramita o processo
motivo relevante, estiver impossibilitada de poderá ser realizada por meio de videocon-
comparecer, mas não de prestar depoimen- ferência ou outro recurso tecnológico de
to, o juiz designará, conforme as circunstân- transmissão e recepção de sons e imagens
cias, dia, hora e lugar para inquiri-la. em tempo real, o que poderá ocorrer, inclu-
sive, durante a audiência de instrução e jul-
Subseção II gamento.
DA PRODUÇÃO DA
§ 2º Os juízos deverão manter equipamen-
PROVA TESTEMUNHAL to para a transmissão e recepção de sons e
imagens a que se refere o § 1o.
Art. 450. O rol de testemunhas conterá, sempre
que possível, o nome, a profissão, o estado civil, Art. 454. São inquiridos em sua residência ou
a idade, o número de inscrição no Cadastro de onde exercem sua função:
Pessoas Físicas, o número de registro de identi-
dade e o endereço completo da residência e do I – o presidente e o vice-presidente da Re-
local de trabalho. pública;

Art. 451. Depois de apresentado o rol de que II – os ministros de Estado;


tratam os §§ 4o e 5o do art. 357, a parte só pode III – os ministros do Supremo Tribunal Fe-
substituir a testemunha: deral, os conselheiros do Conselho Nacional
I – que falecer; de Justiça e os ministros do Superior Tribu-
nal de Justiça, do Superior Tribunal Militar,
II – que, por enfermidade, não estiver em do Tribunal Superior Eleitoral, do Tribunal
condições de depor; Superior do Trabalho e do Tribunal de Con-
tas da União;
III – que, tendo mudado de residência ou de
local de trabalho, não for encontrada. IV – o procurador-geral da República e os
conselheiros do Conselho Nacional do Mi-
Art. 452. Quando for arrolado como testemu-
nistério Público;
nha, o juiz da causa:
V – o advogado-geral da União, o procura-
I – declarar-se-á impedido, se tiver conhe-
dor-geral do Estado, o procurador-geral do
cimento de fatos que possam influir na de-
Município, o defensor público-geral federal
cisão, caso em que será vedado à parte que
e o defensor público-geral do Estado;
o incluiu no rol desistir de seu depoimento;
VI – os senadores e os deputados federais;
II – se nada souber, mandará excluir o seu
nome. VII – os governadores dos Estados e do Dis-
trito Federal;

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VIII – o prefeito; compareça, que a parte desistiu de sua in-
quirição.
IX – os deputados estaduais e distritais;
§ 3º A inércia na realização da intimação a
X – os desembargadores dos Tribunais de que se refere o § 1º importa desistência da
Justiça, dos Tribunais Regionais Federais, inquirição da testemunha.
dos Tribunais Regionais do Trabalho e dos
Tribunais Regionais Eleitorais e os conse- § 4º A intimação será feita pela via judicial
lheiros dos Tribunais de Contas dos Estados quando:
e do Distrito Federal;
I – for frustrada a intimação prevista no § 1o
XI – o procurador-geral de justiça; deste artigo;
XII – o embaixador de país que, por lei ou II – sua necessidade for devidamente de-
tratado, concede idêntica prerrogativa a monstrada pela parte ao juiz;
agente diplomático do Brasil.
III – figurar no rol de testemunhas servidor
§ 1º O juiz solicitará à autoridade que indi- público ou militar, hipótese em que o juiz o
que dia, hora e local a fim de ser inquirida, requisitará ao chefe da repartição ou ao co-
remetendo-lhe cópia da petição inicial ou mando do corpo em que servir;
da defesa oferecida pela parte que a arrolou
como testemunha. IV – a testemunha houver sido arrolada
pelo Ministério Público ou pela Defensoria
§ 2º Passado 1 (um) mês sem manifestação Pública;
da autoridade, o juiz designará dia, hora e
local para o depoimento, preferencialmente V – a testemunha for uma daquelas previs-
na sede do juízo. tas no art. 454.

§ 3º O juiz também designará dia, hora e § 5º A testemunha que, intimada na forma


local para o depoimento, quando a autori- do § 1º ou do § 4º, deixar de comparecer
dade não comparecer, injustificadamente, à sem motivo justificado será conduzida e
sessão agendada para a colheita de seu tes- responderá pelas despesas do adiamento.
temunho no dia, hora e local por ela mesma Art. 456. O juiz inquirirá as testemunhas sepa-
indicados. rada e sucessivamente, primeiro as do autor e
Art. 455. Cabe ao advogado da parte informar depois as do réu, e providenciará para que uma
ou intimar a testemunha por ele arrolada do não ouça o depoimento das outras.
dia, da hora e do local da audiência designada, Parágrafo único. O juiz poderá alterar a or-
dispensando-se a intimação do juízo. dem estabelecida no caput se as partes con-
§ 1º A intimação deverá ser realizada por cordarem.
carta com aviso de recebimento, cumprindo Art. 457. Antes de depor, a testemunha será
ao advogado juntar aos autos, com antece- qualificada, declarará ou confirmará seus dados
dência de pelo menos 3 (três) dias da data e informará se tem relações de parentesco com
da audiência, cópia da correspondência de a parte ou interesse no objeto do processo.
intimação e do comprovante de recebimen-
to. § 1º É lícito à parte contraditar a testemu-
nha, arguindo-lhe a incapacidade, o impe-
§ 2º A parte pode comprometer-se a levar dimento ou a suspeição, bem como, caso a
a testemunha à audiência, independen- testemunha negue os fatos que lhe são im-
temente da intimação de que trata o § 1o, putados, provar a contradita com documen-
presumindo-se, caso a testemunha não

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tos ou com testemunhas, até 3 (três), apre- será digitado quando for impossível o envio
sentadas no ato e inquiridas em separado. de sua documentação eletrônica.
§ 2º Sendo provados ou confessados os fa- § 3º Tratando-se de autos eletrônicos, ob-
tos a que se refere o § 1º, o juiz dispensará servar-se-á o disposto neste Código e na le-
a testemunha ou lhe tomará o depoimento gislação específica sobre a prática eletrôni-
como informante. ca de atos processuais.
§ 3º A testemunha pode requerer ao juiz Art. 461. O juiz pode ordenar, de ofício ou a re-
que a escuse de depor, alegando os motivos querimento da parte:
previstos neste Código, decidindo o juiz de
plano após ouvidas as partes. I – a inquirição de testemunhas referidas
nas declarações da parte ou das testemu-
Art. 458. Ao início da inquirição, a testemunha nhas;
prestará o compromisso de dizer a verdade do
que souber e lhe for perguntado. II – a acareação de 2 (duas) ou mais teste-
munhas ou de alguma delas com a parte,
Parágrafo único. O juiz advertirá à testemu- quando, sobre fato determinado que possa
nha que incorre em sanção penal quem faz influir na decisão da causa, divergirem as
afirmação falsa, cala ou oculta a verdade. suas declarações.
Art. 459. As perguntas serão formuladas pelas § 1º Os acareados serão reperguntados para
partes diretamente à testemunha, começando que expliquem os pontos de divergência,
pela que a arrolou, não admitindo o juiz aque- reduzindo-se a termo o ato de acareação.
las que puderem induzir a resposta, não tiverem
relação com as questões de fato objeto da ati- § 2º A acareação pode ser realizada por vi-
vidade probatória ou importarem repetição de deoconferência ou por outro recurso tecno-
outra já respondida. lógico de transmissão de sons e imagens em
tempo real.
§ 1º O juiz poderá inquirir a testemunha
tanto antes quanto depois da inquirição fei- Art. 462. A testemunha pode requerer ao juiz o
ta pelas partes. pagamento da despesa que efetuou para com-
parecimento à audiência, devendo a parte pa-
§ 2º As testemunhas devem ser tratadas gá-la logo que arbitrada ou depositá-la em car-
com urbanidade, não se lhes fazendo per- tório dentro de 3 (três) dias.
guntas ou considerações impertinentes,
capciosas ou vexatórias. Art. 463. O depoimento prestado em juízo é
considerado serviço público.
§ 3º As perguntas que o juiz indeferir serão
transcritas no termo, se a parte o requerer. Parágrafo único. A testemunha, quando
sujeita ao regime da legislação trabalhista,
Art. 460. O depoimento poderá ser documenta- não sofre, por comparecer à audiência, per-
do por meio de gravação. da de salário nem desconto no tempo de
serviço.
§ 1º Quando digitado ou registrado por ta-
quigrafia, estenotipia ou outro método idô- Seção X
neo de documentação, o depoimento será DA PROVA PERICIAL
assinado pelo juiz, pelo depoente e pelos
procuradores. Art. 464. A prova pericial consiste em exame,
§ 2º Se houver recurso em processo em au- vistoria ou avaliação.
tos não eletrônicos, o depoimento somente § 1º O juiz indeferirá a perícia quando:

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I – a prova do fato não depender de conhe- § 3º As partes serão intimadas da proposta
cimento especial de técnico; de honorários para, querendo, manifestar-
-se no prazo comum de 5 (cinco) dias, após
II – for desnecessária em vista de outras o que o juiz arbitrará o valor, intimando-se
provas produzidas; as partes para os fins do art. 95.
III – a verificação for impraticável. § 4º O juiz poderá autorizar o pagamento de
§ 2º De ofício ou a requerimento das partes, até cinquenta por cento dos honorários ar-
o juiz poderá, em substituição à perícia, de- bitrados a favor do perito no início dos tra-
terminar a produção de prova técnica sim- balhos, devendo o remanescente ser pago
plificada, quando o ponto controvertido for apenas ao final, depois de entregue o laudo
de menor complexidade. e prestados todos os esclarecimentos ne-
cessários.
§ 3º A prova técnica simplificada consistirá
apenas na inquirição de especialista, pelo § 5º Quando a perícia for inconclusiva ou
juiz, sobre ponto controvertido da causa deficiente, o juiz poderá reduzir a remune-
que demande especial conhecimento cien- ração inicialmente arbitrada para o traba-
tífico ou técnico. lho.

§ 4º Durante a arguição, o especialista, que § 6º Quando tiver de realizar-se por carta,


deverá ter formação acadêmica específica poder-se-á proceder à nomeação de perito
na área objeto de seu depoimento, poderá e à indicação de assistentes técnicos no juí-
valer-se de qualquer recurso tecnológico de zo ao qual se requisitar a perícia.
transmissão de sons e imagens com o fim Art. 466. O perito cumprirá escrupulosamente
de esclarecer os pontos controvertidos da o encargo que lhe foi cometido, independente-
causa. mente de termo de compromisso.
Art. 465. O juiz nomeará perito especializado no § 1º Os assistentes técnicos são de confian-
objeto da perícia e fixará de imediato o prazo ça da parte e não estão sujeitos a impedi-
para a entrega do laudo. mento ou suspeição.
§ 1º Incumbe às partes, dentro de 15 (quin- § 2º O perito deve assegurar aos assistentes
ze) dias contados da intimação do despacho das partes o acesso e o acompanhamento
de nomeação do perito: das diligências e dos exames que realizar,
I – arguir o impedimento ou a suspeição do com prévia comunicação, comprovada nos
perito, se for o caso; autos, com antecedência mínima de 5 (cin-
co) dias.
II – indicar assistente técnico;
Art. 467. O perito pode escusar-se ou ser recu-
III – apresentar quesitos. sado por impedimento ou suspeição.
§ 2º Ciente da nomeação, o perito apresen- Parágrafo único. O juiz, ao aceitar a escusa
tará em 5 (cinco) dias: ou ao julgar procedente a impugnação, no-
I – proposta de honorários; meará novo perito.

II – currículo, com comprovação de especia- Art. 468. O perito pode ser substituído quando:
lização; I – faltar-lhe conhecimento técnico ou cien-
III – contatos profissionais, em especial o tífico;
endereço eletrônico, para onde serão dirigi- II – sem motivo legítimo, deixar de cumprir
das as intimações pessoais. o encargo no prazo que lhe foi assinado.

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§ 1º No caso previsto no inciso II, o juiz co- § 2º O perito e os assistentes técnicos de-
municará a ocorrência à corporação profis- vem entregar, respectivamente, laudo e pa-
sional respectiva, podendo, ainda, impor receres em prazo fixado pelo juiz.
multa ao perito, fixada tendo em vista o va-
lor da causa e o possível prejuízo decorren- § 3º A perícia consensual substitui, para to-
te do atraso no processo. dos os efeitos, a que seria realizada por pe-
rito nomeado pelo juiz.
§ 2º O perito substituído restituirá, no pra-
zo de 15 (quinze) dias, os valores recebidos Art. 472. O juiz poderá dispensar prova pericial
pelo trabalho não realizado, sob pena de fi- quando as partes, na inicial e na contestação,
car impedido de atuar como perito judicial apresentarem, sobre as questões de fato, pare-
pelo prazo de 5 (cinco) anos. ceres técnicos ou documentos elucidativos que
considerar suficientes.
§ 3º Não ocorrendo a restituição voluntária
de que trata o § 2º, a parte que tiver realiza- Art. 473. O laudo pericial deverá conter:
do o adiantamento dos honorários poderá I – a exposição do objeto da perícia;
promover execução contra o perito, na for-
ma dos arts. 513 e seguintes deste Código, II – a análise técnica ou científica realizada
com fundamento na decisão que determi- pelo perito;
nar a devolução do numerário.
III – a indicação do método utilizado, escla-
Art. 469. As partes poderão apresentar quesitos recendo-o e demonstrando ser predomi-
suplementares durante a diligência, que pode- nantemente aceito pelos especialistas da
rão ser respondidos pelo perito previamente ou área do conhecimento da qual se originou;
na audiência de instrução e julgamento.
IV – resposta conclusiva a todos os quesitos
Parágrafo único. O escrivão dará à parte apresentados pelo juiz, pelas partes e pelo
contrária ciência da juntada dos quesitos órgão do Ministério Público.
aos autos.
§ 1º No laudo, o perito deve apresentar sua
Art. 470. Incumbe ao juiz: fundamentação em linguagem simples e
com coerência lógica, indicando como al-
I – indeferir quesitos impertinentes; cançou suas conclusões.
II – formular os quesitos que entender ne- § 2º É vedado ao perito ultrapassar os li-
cessários ao esclarecimento da causa. mites de sua designação, bem como emitir
Art. 471. As partes podem, de comum acordo, opiniões pessoais que excedam o exame
escolher o perito, indicando-o mediante reque- técnico ou científico do objeto da perícia.
rimento, desde que: § 3º Para o desempenho de sua função, o
I – sejam plenamente capazes; perito e os assistentes técnicos podem va-
ler-se de todos os meios necessários, ou-
II – a causa possa ser resolvida por auto- vindo testemunhas, obtendo informações,
composição. solicitando documentos que estejam em
poder da parte, de terceiros ou em repar-
§ 1º As partes, ao escolher o perito, já de- tições públicas, bem como instruir o laudo
vem indicar os respectivos assistentes téc- com planilhas, mapas, plantas, desenhos,
nicos para acompanhar a realização da fotografias ou outros elementos necessá-
perícia, que se realizará em data e local pre- rios ao esclarecimento do objeto da perícia.
viamente anunciados.

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Art. 474. As partes terão ciência da data e do lo- colhido, de preferência, entre os técnicos dos
cal designados pelo juiz ou indicados pelo perito estabelecimentos oficiais especializados, a cujos
para ter início a produção da prova. diretores o juiz autorizará a remessa dos autos,
bem como do material sujeito a exame.
Art. 475. Tratando-se de perícia complexa que
abranja mais de uma área de conhecimento es- § 1º Nas hipóteses de gratuidade de justiça,
pecializado, o juiz poderá nomear mais de um os órgãos e as repartições oficiais deverão
perito, e a parte, indicar mais de um assistente cumprir a determinação judicial com prefe-
técnico. rência, no prazo estabelecido.
Art. 476. Se o perito, por motivo justificado, não § 2º A prorrogação do prazo referido no §
puder apresentar o laudo dentro do prazo, o juiz 1o pode ser requerida motivadamente.
poderá conceder-lhe, por uma vez, prorrogação
pela metade do prazo originalmente fixado. § 3º Quando o exame tiver por objeto a au-
tenticidade da letra e da firma, o perito po-
Art. 477. O perito protocolará o laudo em juízo, derá requisitar, para efeito de comparação,
no prazo fixado pelo juiz, pelo menos 20 (vinte) documentos existentes em repartições pú-
dias antes da audiência de instrução e julga- blicas e, na falta destes, poderá requerer ao
mento. juiz que a pessoa a quem se atribuir a auto-
ria do documento lance em folha de papel,
§ 1º As partes serão intimadas para, que- por cópia ou sob ditado, dizeres diferentes,
rendo, manifestar-se sobre o laudo do peri- para fins de comparação.
to do juízo no prazo comum de 15 (quinze)
dias, podendo o assistente técnico de cada Art. 479. O juiz apreciará a prova pericial de
uma das partes, em igual prazo, apresentar acordo com o disposto no art. 371, indicando na
seu respectivo parecer. sentença os motivos que o levaram a considerar
ou a deixar de considerar as conclusões do lau-
§ 2º O perito do juízo tem o dever de, no do, levando em conta o método utilizado pelo
prazo de 15 (quinze) dias, esclarecer ponto: perito.
I – sobre o qual exista divergência ou dúvida Art. 480. O juiz determinará, de ofício ou a re-
de qualquer das partes, do juiz ou do órgão querimento da parte, a realização de nova perí-
do Ministério Público; cia quando a matéria não estiver suficientemen-
II – divergente apresentado no parecer do te esclarecida.
assistente técnico da parte. § 1º A segunda perícia tem por objeto os
§ 3º Se ainda houver necessidade de escla- mesmos fatos sobre os quais recaiu a pri-
recimentos, a parte requererá ao juiz que meira e destina-se a corrigir eventual omis-
mande intimar o perito ou o assistente téc- são ou inexatidão dos resultados a que esta
nico a comparecer à audiência de instrução conduziu.
e julgamento, formulando, desde logo, as § 2º A segunda perícia rege-se pelas dispo-
perguntas, sob forma de quesitos. sições estabelecidas para a primeira.
§ 4º O perito ou o assistente técnico será in- § 3º A segunda perícia não substitui a pri-
timado por meio eletrônico, com pelo me- meira, cabendo ao juiz apreciar o valor de
nos 10 (dez) dias de antecedência da audi- uma e de outra.
ência.
Art. 478. Quando o exame tiver por objeto a
autenticidade ou a falsidade de documento ou
for de natureza médico-legal, o perito será es-

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Seção XI
DA INSPEÇÃO JUDICIAL
Art. 481. O juiz, de ofício ou a requerimento da
parte, pode, em qualquer fase do processo, ins-
pecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclare-
cer sobre fato que interesse à decisão da causa.
Art. 482. Ao realizar a inspeção, o juiz poderá
ser assistido por um ou mais peritos.
Art. 483. O juiz irá ao local onde se encontre a
pessoa ou a coisa quando:
I – julgar necessário para a melhor verifica-
ção ou interpretação dos fatos que deva ob-
servar;
II – a coisa não puder ser apresentada em
juízo sem consideráveis despesas ou graves
dificuldades;
III – determinar a reconstituição dos fatos.
Parágrafo único. As partes têm sempre di-
reito a assistir à inspeção, prestando escla-
recimentos e fazendo observações que con-
siderem de interesse para a causa.
Art. 484. Concluída a diligência, o juiz mandará
lavrar auto circunstanciado, mencionando nele
tudo quanto for útil ao julgamento da causa.
Parágrafo único. O auto poderá ser instruí-
do com desenho, gráfico ou fotografia.

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Direito Processual Civil

DA AUDIÊNCIA

Art. 358. No dia e na hora designados, o juiz de- II – o autor e, em seguida, o réu, que presta-
clarará aberta a audiência de instrução e julga- rão depoimentos pessoais;
mento e mandará apregoar as partes e os res-
pectivos advogados, bem como outras pessoas III – as testemunhas arroladas pelo autor e
que dela devam participar. pelo réu, que serão inquiridas.

Art. 359. Instalada a audiência, o juiz tentará Parágrafo único. Enquanto depuserem o
conciliar as partes, independentemente do em- perito, os assistentes técnicos, as partes e
prego anterior de outros métodos de solução as testemunhas, não poderão os advogados
consensual de conflitos, como a mediação e a e o Ministério Público intervir ou apartear,
arbitragem. sem licença do juiz.

Art. 360. O juiz exerce o poder de polícia, in- Art. 362. A audiência poderá ser adiada:
cumbindo-lhe: I – por convenção das partes;
I – manter a ordem e o decoro na audiência; II – se não puder comparecer, por motivo
II – ordenar que se retirem da sala de audi- justificado, qualquer pessoa que dela deva
ência os que se comportarem inconvenien- necessariamente participar;
temente; III – por atraso injustificado de seu início em
III – requisitar, quando necessário, força po- tempo superior a 30 (trinta) minutos do ho-
licial; rário marcado.

IV – tratar com urbanidade as partes, os ad- § 1º O impedimento deverá ser compro-


vogados, os membros do Ministério Público vado até a abertura da audiência, e, não o
e da Defensoria Pública e qualquer pessoa sendo, o juiz procederá à instrução.
que participe do processo; § 2º O juiz poderá dispensar a produção das
V – registrar em ata, com exatidão, todos os provas requeridas pela parte cujo advogado
requerimentos apresentados em audiência. ou defensor público não tenha compareci-
do à audiência, aplicando-se a mesma regra
Art. 361. As provas orais serão produzidas em ao Ministério Público.
audiência, ouvindo-se nesta ordem, preferen-
cialmente: § 3º Quem der causa ao adiamento respon-
derá pelas despesas acrescidas.
I – o perito e os assistentes técnicos, que
responderão aos quesitos de esclarecimen- Art. 363. Havendo antecipação ou adiamento
tos requeridos no prazo e na forma do art. da audiência, o juiz, de ofício ou a requerimento
477, caso não respondidos anteriormente da parte, determinará a intimação dos advoga-
por escrito; dos ou da sociedade de advogados para ciência
da nova designação.

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Art. 364. Finda a instrução, o juiz dará a pala- das as partes, exceto quando houver ato de
vra ao advogado do autor e do réu, bem como disposição para cuja prática os advogados
ao membro do Ministério Público, se for o caso não tenham poderes.
de sua intervenção, sucessivamente, pelo prazo
de 20 (vinte) minutos para cada um, prorrogável § 3º O escrivão ou chefe de secretaria tras-
por 10 (dez) minutos, a critério do juiz. ladará para os autos cópia autêntica do ter-
mo de audiência.
§ 1º Havendo litisconsorte ou terceiro in-
terveniente, o prazo, que formará com o da § 4º Tratando-se de autos eletrônicos, ob-
prorrogação um só todo, dividir-se-á entre servar-se-á o disposto neste Código, em
os do mesmo grupo, se não convenciona- legislação específica e nas normas internas
rem de modo diverso. dos tribunais.

§ 2º Quando a causa apresentar questões § 5º A audiência poderá ser integralmente


complexas de fato ou de direito, o debate gravada em imagem e em áudio, em meio
oral poderá ser substituído por razões finais digital ou analógico, desde que assegure o
escritas, que serão apresentadas pelo autor rápido acesso das partes e dos órgãos julga-
e pelo réu, bem como pelo Ministério Pú- dores, observada a legislação específica.
blico, se for o caso de sua intervenção, em § 6º A gravação a que se refere o § 5º tam-
prazos sucessivos de 15 (quinze) dias, asse- bém pode ser realizada diretamente por
gurada vista dos autos. qualquer das partes, independentemente
Art. 365. A audiência é una e contínua, poden- de autorização judicial.
do ser excepcional e justificadamente cindida Art. 368. A audiência será pública, ressalvadas
na ausência de perito ou de testemunha, desde as exceções legais.
que haja concordância das partes.
Parágrafo único. Diante da impossibilidade
de realização da instrução, do debate e do
julgamento no mesmo dia, o juiz marcará
seu prosseguimento para a data mais próxi-
ma possível, em pauta preferencial.
Art. 366. Encerrado o debate ou oferecidas as
razões finais, o juiz proferirá sentença em audi-
ência ou no prazo de 30 (trinta) dias.
Art. 367. O servidor lavrará, sob ditado do juiz,
termo que conterá, em resumo, o ocorrido na
audiência, bem como, por extenso, os despa-
chos, as decisões e a sentença, se proferida no
ato.
§ 1º Quando o termo não for registrado em
meio eletrônico, o juiz rubricar-lhe-á as fo-
lhas, que serão encadernadas em volume
próprio.
§ 2º Subscreverão o termo o juiz, os advo-
gados, o membro do Ministério Público e o
escrivão ou chefe de secretaria, dispensa-

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Direito Processual Civil

DA SENTENÇA E DA COISA JULGADA

Seção I tas, e, quanto ao inciso III, o autor será con-


DISPOSIÇÕES GERAIS denado ao pagamento das despesas e dos
honorários de advogado.
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: § 3º O juiz conhecerá de ofício da matéria
I – indeferir a petição inicial; constante dos incisos IV, V, VI e IX, em qual-
quer tempo e grau de jurisdição, enquanto
II – o processo ficar parado durante mais de não ocorrer o trânsito em julgado.
1 (um) ano por negligência das partes;
§ 4º Oferecida a contestação, o autor não
III – por não promover os atos e as diligên- poderá, sem o consentimento do réu, desis-
cias que lhe incumbir, o autor abandonar a tir da ação.
causa por mais de 30 (trinta) dias;
§ 5º A desistência da ação pode ser apre-
IV – verificar a ausência de pressupostos de sentada até a sentença.
constituição e de desenvolvimento válido e
regular do processo; § 6º Oferecida a contestação, a extinção do
processo por abandono da causa pelo autor
V – reconhecer a existência de perempção, depende de requerimento do réu.
de litispendência ou de coisa julgada;
§ 7º Interposta a apelação em qualquer dos
VI – verificar ausência de legitimidade ou de casos de que tratam os incisos deste artigo,
interesse processual; o juiz terá 5 (cinco) dias para retratar-se.
VII – acolher a alegação de existência de Art. 486. O pronunciamento judicial que não re-
convenção de arbitragem ou quando o juízo solve o mérito não obsta a que a parte propo-
arbitral reconhecer sua competência; nha de novo a ação.
VIII – homologar a desistência da ação; § 1º No caso de extinção em razão de litis-
pendência e nos casos dos incisos I, IV, VI e
IX – em caso de morte da parte, a ação for
VII do art. 485, a propositura da nova ação
considerada intransmissível por disposição
depende da correção do vício que levou à
legal; e
sentença sem resolução do mérito.
X – nos demais casos prescritos neste Códi-
§ 2º A petição inicial, todavia, não será des-
go.
pachada sem a prova do pagamento ou do
§ 1º Nas hipóteses descritas nos incisos II e depósito das custas e dos honorários de ad-
III, a parte será intimada pessoalmente para vogado.
suprir a falta no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 3º Se o autor der causa, por 3 (três) vezes,
§ 2º No caso do § 1º, quanto ao inciso II, as a sentença fundada em abandono da causa,
partes pagarão proporcionalmente as cus- não poderá propor nova ação contra o réu

www.acasadoconcurseiro.com.br 1053
com o mesmo objeto, ficando-lhe ressalva- § 1º Não se considera fundamentada qualquer
da, entretanto, a possibilidade de alegar em decisão judicial, seja ela interlocutória, senten-
defesa o seu direito. ça ou acórdão, que:
Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o I – se limitar à indicação, à reprodução ou
juiz: à paráfrase de ato normativo, sem explicar
sua relação com a causa ou a questão deci-
I – acolher ou rejeitar o pedido formulado dida;
na ação ou na reconvenção;
II – empregar conceitos jurídicos indetermi-
II – decidir, de ofício ou a requerimento, so- nados, sem explicar o motivo concreto de
bre a ocorrência de decadência ou prescri- sua incidência no caso;
ção;
III – invocar motivos que se prestariam a
III – homologar: justificar qualquer outra decisão;
a) o reconhecimento da procedência do pe- IV – não enfrentar todos os argumentos de-
dido formulado na ação ou na reconvenção; duzidos no processo capazes de, em tese,
b) a transação; infirmar a conclusão adotada pelo julgador;

c) a renúncia à pretensão formulada na V – se limitar a invocar precedente ou enun-


ação ou na reconvenção. ciado de súmula, sem identificar seus fun-
damentos determinantes nem demonstrar
Parágrafo único. Ressalvada a hipótese do § que o caso sob julgamento se ajusta àque-
1º do art. 332, a prescrição e a decadência les fundamentos;
não serão reconhecidas sem que antes seja
dada às partes oportunidade de manifestar- VI – deixar de seguir enunciado de súmula,
-se. jurisprudência ou precedente invocado pela
parte, sem demonstrar a existência de dis-
Art. 488. Desde que possível, o juiz resolverá tinção no caso em julgamento ou a supera-
o mérito sempre que a decisão for favorável à ção do entendimento.
parte a quem aproveitaria eventual pronuncia-
mento nos termos do art. 485. § 2º No caso de colisão entre normas, o juiz
deve justificar o objeto e os critérios gerais
Seção II da ponderação efetuada, enunciando as ra-
DOS ELEMENTOS E DOS zões que autorizam a interferência na nor-
ma afastada e as premissas fáticas que fun-
EFEITOS DA SENTENÇA
damentam a conclusão.
Art. 489. São elementos essenciais da sentença: § 3º A decisão judicial deve ser interpretada
I – o relatório, que conterá os nomes das a partir da conjugação de todos os seus ele-
partes, a identificação do caso, com a suma mentos e em conformidade com o princípio
do pedido e da contestação, e o registro das da boa-fé.
principais ocorrências havidas no andamen- Art. 490. O juiz resolverá o mérito acolhendo ou
to do processo; rejeitando, no todo ou em parte, os pedidos for-
II – os fundamentos, em que o juiz analisará mulados pelas partes.
as questões de fato e de direito; Art. 491. Na ação relativa à obrigação de pagar
III – o dispositivo, em que o juiz resolverá as quantia, ainda que formulado pedido genéri-
questões principais que as partes lhe sub- co, a decisão definirá desde logo a extensão da
meterem. obrigação, o índice de correção monetária, a

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taxa de juros, o termo inicial de ambos e a pe- pecuniária valerão como título constitutivo de
riodicidade da capitalização dos juros, se for o hipoteca judiciária.
caso, salvo quando:
§ 1º A decisão produz a hipoteca judiciária:
I – não for possível determinar, de modo de-
finitivo, o montante devido; I – embora a condenação seja genérica;

II – a apuração do valor devido depender da II – ainda que o credor possa promover o


produção de prova de realização demorada cumprimento provisório da sentença ou es-
ou excessivamente dispendiosa, assim reco- teja pendente arresto sobre bem do deve-
nhecida na sentença. dor;

§ 1º Nos casos previstos neste artigo, se- III – mesmo que impugnada por recurso do-
guir-se-á a apuração do valor devido por li- tado de efeito suspensivo.
quidação. § 2º A hipoteca judiciária poderá ser reali-
§ 2º O disposto no caput também se aplica zada mediante apresentação de cópia da
quando o acórdão alterar a sentença. sentença perante o cartório de registro imo-
biliário, independentemente de ordem ju-
Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de dicial, de declaração expressa do juiz ou de
natureza diversa da pedida, bem como conde- demonstração de urgência.
nar a parte em quantidade superior ou em obje-
to diverso do que lhe foi demandado. § 3º No prazo de até 15 (quinze) dias da data
de realização da hipoteca, a parte informá-
Parágrafo único. A decisão deve ser certa, -la-á ao juízo da causa, que determinará a
ainda que resolva relação jurídica condicio- intimação da outra parte para que tome ci-
nal. ência do ato.
Art. 493. Se, depois da propositura da ação, al- § 4º A hipoteca judiciária, uma vez constitu-
gum fato constitutivo, modificativo ou extintivo ída, implicará, para o credor hipotecário, o
do direito influir no julgamento do mérito, cabe- direito de preferência, quanto ao pagamen-
rá ao juiz tomá-lo em consideração, de ofício ou to, em relação a outros credores, observada
a requerimento da parte, no momento de pro- a prioridade no registro.
ferir a decisão.
§ 5º Sobrevindo a reforma ou a invalida-
Parágrafo único. Se constatar de ofício o ção da decisão que impôs o pagamento de
fato novo, o juiz ouvirá as partes sobre ele quantia, a parte responderá, independen-
antes de decidir. temente de culpa, pelos danos que a outra
parte tiver sofrido em razão da constituição
Art. 494. Publicada a sentença, o juiz só poderá da garantia, devendo o valor da indenização
alterá-la: ser liquidado e executado nos próprios au-
I – para corrigir-lhe, de ofício ou a requeri- tos.
mento da parte, inexatidões materiais ou
erros de cálculo; Seção III
DA REMESSA NECESSÁRIA
II – por meio de embargos de declaração.
Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdi-
Art. 495. A decisão que condenar o réu ao paga- ção, não produzindo efeito senão depois de
mento de prestação consistente em dinheiro e confirmada pelo tribunal, a sentença:
a que determinar a conversão de prestação de
fazer, de não fazer ou de dar coisa em prestação I – proferida contra a União, os Estados, o
Distrito Federal, os Municípios e suas res-

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pectivas autarquias e fundações de direito Seção IV
público; DO JULGAMENTO DAS AÇÕES
II – que julgar procedentes, no todo ou em RELATIVAS ÀS PRESTAÇÕES
parte, os embargos à execução fiscal. DE FAZER, DE NÃO FAZER
§ 1º Nos casos previstos neste artigo, não E DE ENTREGAR COISA
interposta a apelação no prazo legal, o juiz
ordenará a remessa dos autos ao tribunal, Art. 497. Na ação que tenha por objeto a pres-
e, se não o fizer, o presidente do respectivo tação de fazer ou de não fazer, o juiz, se proce-
tribunal avocá-los-á. dente o pedido, concederá a tutela específica
ou determinará providências que assegurem a
§ 2º Em qualquer dos casos referidos no § obtenção de tutela pelo resultado prático equi-
1º, o tribunal julgará a remessa necessária. valente.
§ 3º Não se aplica o disposto neste artigo Parágrafo único. Para a concessão da tutela
quando a condenação ou o proveito econô- específica destinada a inibir a prática, a rei-
mico obtido na causa for de valor certo e lí- teração ou a continuação de um ilícito, ou a
quido inferior a: sua remoção, é irrelevante a demonstração
da ocorrência de dano ou da existência de
I – 1.000 (mil) salários-mínimos para a culpa ou dolo.
União e as respectivas autarquias e funda-
ções de direito público; Art. 498. Na ação que tenha por objeto a en-
trega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela es-
II – 500 (quinhentos) salários-mínimos para pecífica, fixará o prazo para o cumprimento da
os Estados, o Distrito Federal, as respectivas obrigação.
autarquias e fundações de direito público e
os Municípios que constituam capitais dos Parágrafo único. Tratando-se de entrega de
Estados; coisa determinada pelo gênero e pela quan-
tidade, o autor individualizá-la-á na petição
III – 100 (cem) salários-mínimos para todos inicial, se lhe couber a escolha, ou, se a es-
os demais Municípios e respectivas autar- colha couber ao réu, este a entregará indivi-
quias e fundações de direito público. dualizada, no prazo fixado pelo juiz.
§ 4º Também não se aplica o disposto neste Art. 499. A obrigação somente será convertida
artigo quando a sentença estiver fundada em perdas e danos se o autor o requerer ou se
em: impossível a tutela específica ou a obtenção de
I – súmula de tribunal superior; tutela pelo resultado prático equivalente.

II – acórdão proferido pelo Supremo Tribu- Art. 500. A indenização por perdas e danos dar-
nal Federal ou pelo Superior Tribunal de Jus- -se-á sem prejuízo da multa fixada periodica-
tiça em julgamento de recursos repetitivos; mente para compelir o réu ao cumprimento es-
pecífico da obrigação.
III – entendimento firmado em incidente de
resolução de demandas repetitivas ou de Art. 501. Na ação que tenha por objeto a emis-
assunção de competência; são de declaração de vontade, a sentença que
julgar procedente o pedido, uma vez transitada
IV – entendimento coincidente com orien- em julgado, produzirá todos os efeitos da decla-
tação vinculante firmada no âmbito admi- ração não emitida.
nistrativo do próprio ente público, consoli-
dada em manifestação, parecer ou súmula
administrativa.

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Seção V Art. 506. A sentença faz coisa julgada às partes


DA COISA JULGADA entre as quais é dada, não prejudicando tercei-
ros.
Art. 502. Denomina-se coisa julgada material a Art. 507. É vedado à parte discutir no curso do
autoridade que torna imutável e indiscutível a processo as questões já decididas a cujo respei-
decisão de mérito não mais sujeita a recurso. to se operou a preclusão.
Art. 503. A decisão que julgar total ou parcial- Art. 508. Transitada em julgado a decisão de
mente o mérito tem força de lei nos limites da mérito, considerar-se-ão deduzidas e repelidas
questão principal expressamente decidida. todas as alegações e as defesas que a parte po-
§ 1º O disposto no caput aplica-se à resolu- deria opor tanto ao acolhimento quanto à rejei-
ção de questão prejudicial, decidida expres- ção do pedido.
sa e incidentemente no processo, se:
I – dessa resolução depender o julgamento
do mérito;
II – a seu respeito tiver havido contraditório
prévio e efetivo, não se aplicando no caso
de revelia;
III – o juízo tiver competência em razão da
matéria e da pessoa para resolvê-la como
questão principal.
§ 2º A hipótese do § 1º não se aplica se no
processo houver restrições probatórias ou
limitações à cognição que impeçam o apro-
fundamento da análise da questão prejudi-
cial.
Art. 504. Não fazem coisa julgada:
I – os motivos, ainda que importantes para
determinar o alcance da parte dispositiva
da sentença;
II – a verdade dos fatos, estabelecida como
fundamento da sentença.
Art. 505. Nenhum juiz decidirá novamente as
questões já decididas relativas à mesma lide,
salvo:
I – se, tratando-se de relação jurídica de tra-
to continuado, sobreveio modificação no
estado de fato ou de direito, caso em que
poderá a parte pedir a revisão do que foi es-
tatuído na sentença;
II – nos demais casos prescritos em lei.

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Direito Processual Civil

DA LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA

Art. 509. Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia ilíquida, proceder-se-á à sua
liquidação, a requerimento do credor ou do devedor:
I - por arbitramento, quando determinado pela sentença, convencionado pelas partes ou
exigido pela natureza do objeto da liquidação;
II - pelo procedimento comum, quando houver necessidade de alegar e provar fato novo.
§ 1º Quando na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, ao credor é lícito promover
simultaneamente a execução daquela e, em autos apartados, a liquidação desta.
§ 2º Quando a apuração do valor depender apenas de cálculo aritmético, o credor poderá
promover, desde logo, o cumprimento da sentença.
§ 3º O Conselho Nacional de Justiça desenvolverá e colocará à disposição dos interessados
programa de atualização financeira.
§ 4º Na liquidação é vedado discutir de novo a lide ou modificar a sentença que a julgou.

Como regra geral as sentenças devem ser líquidas.


Entretanto, nas hipóteses em que houver condenação ao pagamento de quantia ilíquida,
caberá ao credor, antes de dar início ao cumprimento de sentença proceder à liquidação, que
inclusive, neste caso, passa a ser condição indispensável para a execução
A sentença não é considerada ilíquida quando a apuração do valor depender apenas de cálculo
aritmético, caso em que o credor poderá promover de imediato o cumprimento da condenação
ou o devedor realizar o pagamento voluntário.
Para tanto deverá ser apresentado ao juízo o demonstrativo discriminado e atualizado do
valor, contendo os elementos indicados no art. 524. Visando facilitar esta tarefa o legislador
determinou que o Conselho Nacional de Justiça desenvolva, e coloque a disposição dos
interessados, programa de atualização financeira.
A decisão que resolve a fase de liquidação de sentença, quer por arbitramento ou pelo
procedimento comum (por artigos), embora venha a implicar em análise de mérito, é passível
de ser impugnada por recurso de agravo de instrumento.

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Art. 510. Na liquidação por arbitramento, o juiz intimará as partes para a apresentação de pareceres
ou documentos elucidativos, no prazo que fixar, e, caso não possa decidir de plano, nomeará perito,
observando-se, no que couber, o procedimento da prova pericial.
Art. 511. Na liquidação pelo procedimento comum, o juiz determinará a intimação do requerido,
na pessoa de seu advogado ou da sociedade de advogados a que estiver vinculado, para, querendo,
apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, observando-se, a seguir, no que couber, o
disposto no Livro I da Parte Especial deste Código.
Art. 512. A liquidação poderá ser realizada na pendência de recurso, processando-se em autos
apartados no juízo de origem, cumprindo ao liquidante instruir o pedido com cópias das peças
processuais pertinentes.

1060 www.acasadoconcurseiro.com.br
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DO CUMPRIMENTO DA SENTENÇA – DISPOSIÇÕES GERAIS

DO CUMPRIMENTO DA SENTENÇA prévia comunicação ao juízo, observado o


disposto no parágrafo único do art. 274.
§ 4º Se o requerimento a que alude o § 1º
for formulado após 1 (um) ano do trânsito
CAPÍTULO I em julgado da sentença, a intimação será
DISPOSIÇÕES GERAIS feita na pessoa do devedor, por meio de car-
ta com aviso de recebimento encaminhada
Art. 513. O cumprimento da sentença será feito ao endereço constante dos autos, observa-
segundo as regras deste Título, observando-se, do o disposto no parágrafo único do art. 274
no que couber e conforme a natureza da obri- e no § 3º deste artigo.
gação, o disposto no Livro II da Parte Especial
deste Código. § 5º O cumprimento da sentença não pode-
rá ser promovido em face do fiador, do coo-
§ 1º O cumprimento da sentença que reco- brigado ou do corresponsável que não tiver
nhece o dever de pagar quantia, provisório participado da fase de conhecimento.
ou definitivo, far-se-á a requerimento do
exequente. Art. 514. Quando o juiz decidir relação jurídica
sujeita a condição ou termo, o cumprimento da
§ 2º O devedor será intimado para cumprir sentença dependerá de demonstração de que
a sentença: se realizou a condição ou de que ocorreu o ter-
I – pelo Diário da Justiça, na pessoa de seu mo.
advogado constituído nos autos; Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo
II – por carta com aviso de recebimento, cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos
quando representado pela Defensoria Pú- previstos neste Título:
blica ou quando não tiver procurador cons- I – as decisões proferidas no processo civil
tituído nos autos, ressalvada a hipótese do que reconheçam a exigibilidade de obriga-
inciso IV; ção de pagar quantia, de fazer, de não fazer
III – por meio eletrônico, quando, no caso ou de entregar coisa;
do § 1º do art. 246, não tiver procurador II – a decisão homologatória de autocompo-
constituído nos autos sição judicial;
IV – por edital, quando, citado na forma do III – a decisão homologatória de autocom-
art. 256, tiver sido revel na fase de conheci- posição extrajudicial de qualquer natureza;
mento.
IV – o formal e a certidão de partilha, exclu-
§ 3º Na hipótese do § 2º, incisos II e III, con- sivamente em relação ao inventariante, aos
sidera-se realizada a intimação quando o
devedor houver mudado de endereço sem

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herdeiros e aos sucessores a título singular autos do processo será solicitada ao juízo
ou universal; de origem.
V – o crédito de auxiliar da justiça, quando Art. 517. A decisão judicial transitada em jul-
as custas, emolumentos ou honorários tive- gado poderá ser levada a protesto, nos termos
rem sido aprovados por decisão judicial; da lei, depois de transcorrido o prazo para paga-
mento voluntário previsto no art. 523.
VI – a sentença penal condenatória transita-
da em julgado; § 1º Para efetivar o protesto, incumbe ao
exequente apresentar certidão de teor da
VII – a sentença arbitral; decisão.
VIII – a sentença estrangeira homologada § 2º A certidão de teor da decisão deverá
pelo Superior Tribunal de Justiça; ser fornecida no prazo de 3 (três) dias e in-
IX – a decisão interlocutória estrangeira, dicará o nome e a qualificação do exequen-
após a concessão do exequatur à carta roga- te e do executado, o número do processo, o
tória pelo Superior Tribunal de Justiça; valor da dívida e a data de decurso do prazo
para pagamento voluntário.
X – (VETADO).
§ 3º O executado que tiver proposto ação
§ 1º Nos casos dos incisos VI a IX, o devedor rescisória para impugnar a decisão exe-
será citado no juízo cível para o cumprimen- quenda pode requerer, a suas expensas e
to da sentença ou para a liquidação no pra- sob sua responsabilidade, a anotação da
zo de 15 (quinze) dias. propositura da ação à margem do título
§ 2º A autocomposição judicial pode envol- protestado.
ver sujeito estranho ao processo e versar § 4º A requerimento do executado, o pro-
sobre relação jurídica que não tenha sido testo será cancelado por determinação do
deduzida em juízo. juiz, mediante ofício a ser expedido ao car-
Art. 516. O cumprimento da sentença efetuar- tório, no prazo de 3 (três) dias, contado da
-se-á perante: data de protocolo do requerimento, desde
que comprovada a satisfação integral da
I – os tribunais, nas causas de sua compe- obrigação.
tência originária;
Art. 518. Todas as questões relativas à validade
II – o juízo que decidiu a causa no primeiro do procedimento de cumprimento da sentença
grau de jurisdição; e dos atos executivos subsequentes poderão ser
arguidas pelo executado nos próprios autos e
III – o juízo cível competente, quando se nestes serão decididas pelo juiz.
tratar de sentença penal condenatória, de
sentença arbitral, de sentença estrangeira Art. 519. Aplicam-se as disposições relativas ao
ou de acórdão proferido pelo Tribunal Ma- cumprimento da sentença, provisório ou defini-
rítimo. tivo, e à liquidação, no que couber, às decisões
que concederem tutela provisória
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos
II e III, o exequente poderá optar pelo juízo
do atual domicílio do executado, pelo juízo
do local onde se encontrem os bens sujei-
tos à execução ou pelo juízo do local onde
deva ser executada a obrigação de fazer ou
de não fazer, casos em que a remessa dos

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DO CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DA SENTENÇA QUE RECONHECE A


EXIGIBILIDADE DE OBRIGAÇÃO DE PAGAR QUANTIA CERTA

Art. 520. O cumprimento provisório da senten- § 4º A restituição ao estado anterior a que


ça impugnada por recurso desprovido de efeito se refere o inciso II não implica o desfazi-
suspensivo será realizado da mesma forma que mento da transferência de posse ou da alie-
o cumprimento definitivo, sujeitando-se ao se- nação de propriedade ou de outro direito
guinte regime: real eventualmente já realizada, ressalvado,
sempre, o direito à reparação dos prejuízos
I – corre por iniciativa e responsabilidade do causados ao executado.
exequente, que se obriga, se a sentença for
reformada, a reparar os danos que o execu- § 5º Ao cumprimento provisório de senten-
tado haja sofrido; ça que reconheça obrigação de fazer, de não
fazer ou de dar coisa aplica-se, no que cou-
II – fica sem efeito, sobrevindo decisão que ber, o disposto neste Capítulo.
modifique ou anule a sentença objeto da
execução, restituindo-se as partes ao esta- Art. 521. A caução prevista no inciso IV do art.
do anterior e liquidando-se eventuais preju- 520 poderá ser dispensada nos casos em que:
ízos nos mesmos autos;
I – o crédito for de natureza alimentar, inde-
III – se a sentença objeto de cumprimento pendentemente de sua origem;
provisório for modificada ou anulada ape-
nas em parte, somente nesta ficará sem II – o credor demonstrar situação de neces-
efeito a execução; sidade;

IV – o levantamento de depósito em dinhei- III – pender o agravo fundado nos incisos II


ro e a prática de atos que importem trans- e III do art. 1.042;
ferência de posse ou alienação de proprie- III – pender o agravo do art. 1.042; (Reda-
dade ou de outro direito real, ou dos quais ção dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vi-
possa resultar grave dano ao executado, gência)
dependem de caução suficiente e idônea,
arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos IV – a sentença a ser provisoriamente cum-
próprios autos. prida estiver em consonância com súmula
da jurisprudência do Supremo Tribunal Fe-
§ 1º No cumprimento provisório da senten- deral ou do Superior Tribunal de Justiça ou
ça, o executado poderá apresentar impug- em conformidade com acórdão proferido
nação, se quiser, nos termos do art. 525. no julgamento de casos repetitivos.
§ 2º A multa e os honorários a que se refere Parágrafo único. A exigência de caução será
o § 1º do art. 523 são devidos no cumpri- mantida quando da dispensa possa resultar
mento provisório de sentença condenatória manifesto risco de grave dano de difícil ou
ao pagamento de quantia certa. incerta reparação.
§ 3º Se o executado comparecer tempesti- Art. 522. O cumprimento provisório da senten-
vamente e depositar o valor, com a finalida- ça será requerido por petição dirigida ao juízo
de de isentar-se da multa, o ato não será ha- competente.
vido como incompatível com o recurso por
ele interposto. Parágrafo único. Não sendo eletrônicos os
autos, a petição será acompanhada de có-

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pias das seguintes peças do processo, cuja
autenticidade poderá ser certificada pelo
próprio advogado, sob sua responsabilida-
de pessoal:
I – decisão exequenda;
II – certidão de interposição do recurso não
dotado de efeito suspensivo;
III – procurações outorgadas pelas partes;
IV – decisão de habilitação, se for o caso;
V – facultativamente, outras peças proces-
suais consideradas necessárias para de-
monstrar a existência do crédito.

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DO CUMPRIMENTO DEFINITIVO DA SENTENÇA QUE RECONHECE A


EXIGIBILIDADE DE OBRIGAÇÃO DE PAGAR QUANTIA CERTA

Art. 523. No caso de condenação em quantia IV – o termo inicial e o termo final dos juros
certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de e da correção monetária utilizados;
decisão sobre parcela incontroversa, o cum-
primento definitivo da sentença far-se-á a re- V – a periodicidade da capitalização dos ju-
querimento do exequente, sendo o executado ros, se for o caso;
intimado para pagar o débito, no prazo de 15 VI – especificação dos eventuais descontos
(quinze) dias, acrescido de custas, se houver. obrigatórios realizados;
§ 1º Não ocorrendo pagamento voluntário VII – indicação dos bens passíveis de penho-
no prazo do caput, o débito será acrescido ra, sempre que possível.
de multa de dez por cento e, também, de
honorários de advogado de dez por cento. § 1º Quando o valor apontado no demons-
trativo aparentemente exceder os limites
§ 2º Efetuado o pagamento parcial no prazo da condenação, a execução será iniciada
previsto no caput, a multa e os honorários pelo valor pretendido, mas a penhora terá
previstos no § 1o incidirão sobre o restante. por base a importância que o juiz entender
§ 3º Não efetuado tempestivamente o pa- adequada.
gamento voluntário, será expedido, desde § 2º Para a verificação dos cálculos, o juiz
logo, mandado de penhora e avaliação, se- poderá valer-se de contabilista do juízo, que
guindo-se os atos de expropriação. terá o prazo máximo de 30 (trinta) dias para
Art. 524. O requerimento previsto no art. 523 efetuá-la, exceto se outro lhe for determi-
será instruído com demonstrativo discriminado nado.
e atualizado do crédito, devendo a petição con- § 3º Quando a elaboração do demonstrativo
ter: depender de dados em poder de terceiros
I – o nome completo, o número de inscrição ou do executado, o juiz poderá requisitá-los,
no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadas- sob cominação do crime de desobediência.
tro Nacional da Pessoa Jurídica do exequen- § 4º Quando a complementação do de-
te e do executado, observado o disposto no monstrativo depender de dados adicionais
art. 319, §§ 1º a 3º; em poder do executado, o juiz poderá, a
II – o índice de correção monetária adota- requerimento do exequente, requisitá-los,
do; fixando prazo de até 30 (trinta) dias para o
cumprimento da diligência.
III – os juros aplicados e as respectivas ta-
xas; § 5º Se os dados adicionais a que se refere
o § 4º não forem apresentados pelo execu-
tado, sem justificativa, no prazo designado,

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reputar-se-ão corretos os cálculos apresen- § 5º Na hipótese do § 4º, não apontado o
tados pelo exequente apenas com base nos valor correto ou não apresentado o de-
dados de que dispõe. monstrativo, a impugnação será liminar-
mente rejeitada, se o excesso de execução
Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art. for o seu único fundamento, ou, se houver
523 sem o pagamento voluntário, inicia-se o outro, a impugnação será processada, mas
prazo de 15 (quinze) dias para que o executado, o juiz não examinará a alegação de excesso
independentemente de penhora ou nova inti- de execução.
mação, apresente, nos próprios autos, sua im-
pugnação. § 6º A apresentação de impugnação não
impede a prática dos atos executivos, inclu-
§ 1º Na impugnação, o executado poderá sive os de expropriação, podendo o juiz, a
alegar: requerimento do executado e desde que
I – falta ou nulidade da citação se, na fase garantido o juízo com penhora, caução ou
de conhecimento, o processo correu à reve- depósito suficientes, atribuir-lhe efeito sus-
lia; pensivo, se seus fundamentos forem rele-
vantes e se o prosseguimento da execução
II – ilegitimidade de parte; for manifestamente suscetível de causar ao
III – inexequibilidade do título ou inexigibili- executado grave dano de difícil ou incerta
dade da obrigação; reparação.

IV – penhora incorreta ou avaliação errô- § 7º A concessão de efeito suspensivo a que


nea; se refere o § 6º não impedirá a efetivação
dos atos de substituição, de reforço ou de
V – excesso de execução ou cumulação in- redução da penhora e de avaliação dos bens
devida de execuções;
§ 8o Quando o efeito suspensivo atribuído
VI – incompetência absoluta ou relativa do à impugnação disser respeito apenas a par-
juízo da execução; te do objeto da execução, esta prosseguirá
quanto à parte restante.
VII – qualquer causa modificativa ou extin-
tiva da obrigação, como pagamento, nova- § 9o A concessão de efeito suspensivo à im-
ção, compensação, transação ou prescrição, pugnação deduzida por um dos executados
desde que supervenientes à sentença. não suspenderá a execução contra os que
não impugnaram, quando o respectivo fun-
§ 2º A alegação de impedimento ou sus- damento disser respeito exclusivamente ao
peição observará o disposto nos arts. 146 e impugnante.
148.
§ 10. Ainda que atribuído efeito suspensivo
§ 3º Aplica-se à impugnação o disposto no à impugnação, é lícito ao exequente reque-
art. 229. rer o prosseguimento da execução, ofere-
§ 4º Quando o executado alegar que o exe- cendo e prestando, nos próprios autos, cau-
quente, em excesso de execução, pleiteia ção suficiente e idônea a ser arbitrada pelo
quantia superior à resultante da sentença, juiz.
cumprir-lhe-á declarar de imediato o valor § 11. As questões relativas a fato superve-
que entende correto, apresentando de- niente ao término do prazo para apresen-
monstrativo discriminado e atualizado de tação da impugnação, assim como aquelas
seu cálculo. relativas à validade e à adequação da pe-
nhora, da avaliação e dos atos executivos
subsequentes, podem ser arguidas por sim-

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ples petição, tendo o executado, em qual- § 3º Se o autor não se opuser, o juiz declara-
quer dos casos, o prazo de 15 (quinze) dias rá satisfeita a obrigação e extinguirá o pro-
para formular esta arguição, contado da cesso.
comprovada ciência do fato ou da intima-
ção do ato. Art. 527. Aplicam-se as disposições deste Capí-
tulo ao cumprimento provisório da sentença, no
§ 12. Para efeito do disposto no inciso III que couber.
do § 1º deste artigo, considera-se também
inexigível a obrigação reconhecida em títu-
lo executivo judicial fundado em lei ou ato
normativo considerado inconstitucional
pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado
em aplicação ou interpretação da lei ou do
ato normativo tido pelo Supremo Tribunal
Federal como incompatível com a Constitui-
ção Federal, em controle de constitucionali-
dade concentrado ou difuso.
§ 13. No caso do § 12, os efeitos da decisão
do Supremo Tribunal Federal poderão ser
modulados no tempo, em atenção à segu-
rança jurídica.
§ 14. A decisão do Supremo Tribunal Fe-
deral referida no § 12 deve ser anterior ao
trânsito em julgado da decisão exequenda.
§ 15. Se a decisão referida no § 12 for pro-
ferida após o trânsito em julgado da deci-
são exequenda, caberá ação rescisória, cujo
prazo será contado do trânsito em julgado
da decisão proferida pelo Supremo Tribunal
Federal.
Art. 526. É lícito ao réu, antes de ser intimado
para o cumprimento da sentença, comparecer
em juízo e oferecer em pagamento o valor que
entender devido, apresentando memória discri-
minada do cálculo.
§ 1º O autor será ouvido no prazo de 5 (cin-
co) dias, podendo impugnar o valor deposi-
tado, sem prejuízo do levantamento do de-
pósito a título de parcela incontroversa.
§ 2º Concluindo o juiz pela insuficiência do
depósito, sobre a diferença incidirão multa
de dez por cento e honorários advocatícios,
também fixados em dez por cento, seguin-
do-se a execução com penhora e atos sub-
sequentes.

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Direito Processual Civil

DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA QUE RECONHEÇA A


EXIGIBILIDADE DE OBRIGAÇÃO DE PRESTAR ALIMENTOS

Art. 528. No cumprimento de sentença que con- de até as 3 (três) prestações anteriores ao
dene ao pagamento de prestação alimentícia ou ajuizamento da execução e as que se vence-
de decisão interlocutória que fixe alimentos, o rem no curso do processo.
juiz, a requerimento do exequente, mandará
intimar o executado pessoalmente para, em 3 § 8º O exequente pode optar por promover
(três) dias, pagar o débito, provar que o fez ou o cumprimento da sentença ou decisão des-
justificar a impossibilidade de efetuá-lo. de logo, nos termos do disposto neste Livro,
Título II, Capítulo III, caso em que não será
§ 1º Caso o executado, no prazo referido no admissível a prisão do executado, e, recain-
caput, não efetue o pagamento, não prove do a penhora em dinheiro, a concessão de
que o efetuou ou não apresente justificativa efeito suspensivo à impugnação não obsta
da impossibilidade de efetuá-lo, o juiz man- a que o exequente levante mensalmente a
dará protestar o pronunciamento judicial, importância da prestação.
aplicando-se, no que couber, o disposto no
art. 517. § 9º Além das opções previstas no art. 516,
parágrafo único, o exequente pode promo-
§ 2º Somente a comprovação de fato que ver o cumprimento da sentença ou decisão
gere a impossibilidade absoluta de pagar que condena ao pagamento de prestação
justificará o inadimplemento. alimentícia no juízo de seu domicílio.
§ 3º Se o executado não pagar ou se a jus- Art. 529. Quando o executado for funcionário
tificativa apresentada não for aceita, o juiz, público, militar, diretor ou gerente de empresa
além de mandar protestar o pronunciamen- ou empregado sujeito à legislação do trabalho,
to judicial na forma do § 1o, decretar-lhe-á o exequente poderá requerer o desconto em fo-
a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) me- lha de pagamento da importância da prestação
ses. alimentícia.
§ 4º A prisão será cumprida em regime fe- § 1º Ao proferir a decisão, o juiz oficiará à
chado, devendo o preso ficar separado dos autoridade, à empresa ou ao empregador,
presos comuns. determinando, sob pena de crime de deso-
bediência, o desconto a partir da primeira
§ 5º O cumprimento da pena não exime o remuneração posterior do executado, a
executado do pagamento das prestações contar do protocolo do ofício.
vencidas e vincendas.
§ 2º O ofício conterá o nome e o número de
§ 6º Paga a prestação alimentícia, o juiz sus- inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas do
penderá o cumprimento da ordem de pri- exequente e do executado, a importância a
são. ser descontada mensalmente, o tempo de
§ 7º O débito alimentar que autoriza a pri- sua duração e a conta na qual deve ser feito
são civil do alimentante é o que compreen- o depósito.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1069
§ 3º Sem prejuízo do pagamento dos ali- capital cuja renda assegure o pagamento do va-
mentos vincendos, o débito objeto de lor mensal da pensão.
execução pode ser descontado dos rendi-
mentos ou rendas do executado, de forma § 1º O capital a que se refere o caput, re-
parcelada, nos termos do caput deste arti- presentado por imóveis ou por direitos re-
go, contanto que, somado à parcela devida, ais sobre imóveis suscetíveis de alienação,
não ultrapasse cinquenta por cento de seus títulos da dívida pública ou aplicações finan-
ganhos líquidos. ceiras em banco oficial, será inalienável e
impenhorável enquanto durar a obrigação
Art. 530. Não cumprida a obrigação, observar- do executado, além de constituir-se em pa-
-se-á o disposto nos arts. 831 e seguintes. trimônio de afetação.
Art. 531. O disposto neste Capítulo aplica-se aos § 2º O juiz poderá substituir a constituição
alimentos definitivos ou provisórios. do capital pela inclusão do exequente em
folha de pagamento de pessoa jurídica de
§ 1º A execução dos alimentos provisórios, notória capacidade econômica ou, a reque-
bem como a dos alimentos fixados em sen- rimento do executado, por fiança bancária
tença ainda não transitada em julgado, se ou garantia real, em valor a ser arbitrado de
processa em autos apartados. imediato pelo juiz.
§ 2º O cumprimento definitivo da obrigação § 3º Se sobrevier modificação nas condi-
de prestar alimentos será processado nos ções econômicas, poderá a parte requerer,
mesmos autos em que tenha sido proferida conforme as circunstâncias, redução ou au-
a sentença. mento da prestação.
Art. 532. Verificada a conduta procrastinatória § 4º A prestação alimentícia poderá ser fixa-
do executado, o juiz deverá, se for o caso, dar ci- da tomando por base o salário-mínimo.
ência ao Ministério Público dos indícios da práti-
ca do crime de abandono material. § 5º Finda a obrigação de prestar alimen-
tos, o juiz mandará liberar o capital, cessar o
Art. 533. Quando a indenização por ato ilícito desconto em folha ou cancelar as garantias
incluir prestação de alimentos, caberá ao execu- prestadas.
tado, a requerimento do exequente, constituir

(9406) DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA QUE RECONHEÇA A


EXIGIBILIDADE DE OBRIGAÇÃO DE PAGAR QUANTIA CERTA PELA
FAZENDA PÚBLICA

Art. 534. No cumprimento de sentença que im- Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica do
puser à Fazenda Pública o dever de pagar quan- exequente;
tia certa, o exequente apresentará demons-
trativo discriminado e atualizado do crédito II – o índice de correção monetária adota-
contendo: do;

I – o nome completo e o número de inscri- III – os juros aplicados e as respectivas ta-


ção no Cadastro de Pessoas Físicas ou no xas;

1070 www.acasadoconcurseiro.com.br
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IV – o termo inicial e o termo final dos juros entende correto, sob pena de não conheci-
e da correção monetária utilizados; mento da arguição.
V – a periodicidade da capitalização dos ju- § 3º Não impugnada a execução ou rejeita-
ros, se for o caso; das as arguições da executada:
VI – a especificação dos eventuais descon- I – expedir-se-á, por intermédio do presi-
tos obrigatórios realizados. dente do tribunal competente, precatório
em favor do exequente, observando-se o
§ 1º Havendo pluralidade de exequentes, disposto na Constituição Federal;
cada um deverá apresentar o seu próprio
demonstrativo, aplicando-se à hipótese, se II – por ordem do juiz, dirigida à autoridade
for o caso, o disposto nos §§ 1º e 2º do art. na pessoa de quem o ente público foi citado
113. para o processo, o pagamento de obrigação
de pequeno valor será realizado no prazo
§ 2o A multa prevista no § 1º do art. 523 de 2 (dois) meses contado da entrega da re-
não se aplica à Fazenda Pública. quisição, mediante depósito na agência de
banco oficial mais próxima da residência do
Art. 535. A Fazenda Pública será intimada na
exequente.
pessoa de seu representante judicial, por carga,
remessa ou meio eletrônico, para, querendo, no § 4º Tratando-se de impugnação parcial, a
prazo de 30 (trinta) dias e nos próprios autos, parte não questionada pela executada será,
impugnar a execução, podendo arguir: desde logo, objeto de cumprimento.
I – falta ou nulidade da citação se, na fase § 5º Para efeito do disposto no inciso III do
de conhecimento, o processo correu à reve- caput deste artigo, considera-se também
lia; inexigível a obrigação reconhecida em títu-
lo executivo judicial fundado em lei ou ato
II – ilegitimidade de parte; normativo considerado inconstitucional
III – inexequibilidade do título ou inexigibili- pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado
dade da obrigação; em aplicação ou interpretação da lei ou do
ato normativo tido pelo Supremo Tribunal
IV – excesso de execução ou cumulação in- Federal como incompatível com a Constitui-
devida de execuções; ção Federal, em controle de constitucionali-
dade concentrado ou difuso.
V – incompetência absoluta ou relativa do
juízo da execução; § 6º No caso do § 5º, os efeitos da decisão
do Supremo Tribunal Federal poderão ser
VI – qualquer causa modificativa ou extin- modulados no tempo, de modo a favorecer
tiva da obrigação, como pagamento, nova- a segurança jurídica.
ção, compensação, transação ou prescrição,
desde que supervenientes ao trânsito em § 7º A decisão do Supremo Tribunal Federal
julgado da sentença. referida no § 5º deve ter sido proferida an-
tes do trânsito em julgado da decisão exe-
§ 1º A alegação de impedimento ou sus- quenda.
peição observará o disposto nos arts. 146 e
148. § 8º Se a decisão referida no § 5º for pro-
ferida após o trânsito em julgado da deci-
§ 2º Quando se alegar que o exequente, são exequenda, caberá ação rescisória, cujo
em excesso de execução, pleiteia quantia prazo será contado do trânsito em julgado
superior à resultante do título, cumprirá à da decisão proferida pelo Supremo Tribunal
executada declarar de imediato o valor que Federal.

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Direito Processual Civil

CONCEITO, PRESSUPOSTOS, JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE, EFEITOS

DOS RECURSOS Ministério Público, como parte ou como fiscal


da ordem jurídica.
Parágrafo único. Cumpre ao terceiro de-
monstrar a possibilidade de a decisão sobre
CAPÍTULO I a relação jurídica submetida à apreciação
DISPOSIÇÕES GERAIS judicial atingir direito de que se afirme ti-
tular ou que possa discutir em juízo como
Art. 994. São cabíveis os seguintes recursos: substituto processual.
I – apelação; Art. 997. Cada parte interporá o recurso inde-
II – agravo de instrumento; pendentemente, no prazo e com observância
das exigências legais.
III – agravo interno;
§ 1º Sendo vencidos autor e réu, ao recurso
IV – embargos de declaração; interposto por qualquer deles poderá aderir
o outro.
V – recurso ordinário;
§ 2º O recurso adesivo fica subordinado ao
VI – recurso especial;
recurso independente, sendo-lhe aplicáveis
VII – recurso extraordinário; as mesmas regras deste quanto aos requisi-
tos de admissibilidade e julgamento no tri-
VIII – agravo em recurso especial ou extra- bunal, salvo disposição legal diversa, obser-
ordinário; vado, ainda, o seguinte:
IX – embargos de divergência. I – será dirigido ao órgão perante o qual o
Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da recurso independente fora interposto, no
decisão, salvo disposição legal ou decisão judi- prazo de que a parte dispõe para responder;
cial em sentido diverso. II – será admissível na apelação, no recurso
Parágrafo único. A eficácia da decisão re- extraordinário e no recurso especial;
corrida poderá ser suspensa por decisão III – não será conhecido, se houver desis-
do relator, se da imediata produção de seus tência do recurso principal ou se for ele con-
efeitos houver risco de dano grave, de difícil siderado inadmissível.
ou impossível reparação, e ficar demonstra-
da a probabilidade de provimento do recur- Art. 998. O recorrente poderá, a qualquer tem-
so. po, sem a anuência do recorrido ou dos litiscon-
sortes, desistir do recurso.
Art. 996. O recurso pode ser interposto pela
parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Parágrafo único. A desistência do recurso
não impede a análise de questão cuja re-

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percussão geral já tenha sido reconhecida e Art. 1.004. Se, durante o prazo para a interpo-
daquela objeto de julgamento de recursos sição do recurso, sobrevier o falecimento da
extraordinários ou especiais repetitivos. parte ou de seu advogado ou ocorrer motivo de
força maior que suspenda o curso do processo,
Art. 999. A renúncia ao direito de recorrer inde- será tal prazo restituído em proveito da parte,
pende da aceitação da outra parte. do herdeiro ou do sucessor, contra quem come-
Art. 1.000. A parte que aceitar expressa ou taci- çará a correr novamente depois da intimação.
tamente a decisão não poderá recorrer. Art. 1.005. O recurso interposto por um dos li-
Parágrafo único. Considera-se aceitação tá- tisconsortes a todos aproveita, salvo se distintos
cita a prática, sem nenhuma reserva, de ato ou opostos os seus interesses.
incompatível com a vontade de recorrer. Parágrafo único. Havendo solidariedade
Art. 1.001. Dos despachos não cabe recurso. passiva, o recurso interposto por um deve-
dor aproveitará aos outros quando as defe-
Art. 1.002. A decisão pode ser impugnada no sas opostas ao credor lhes forem comuns.
todo ou em parte.
Art. 1.006. Certificado o trânsito em julgado,
Art. 1.003. O prazo para interposição de recur- com menção expressa da data de sua ocorrên-
so conta-se da data em que os advogados, a so- cia, o escrivão ou o chefe de secretaria, inde-
ciedade de advogados, a Advocacia Pública, a pendentemente de despacho, providenciará a
Defensoria Pública ou o Ministério Público são baixa dos autos ao juízo de origem, no prazo de
intimados da decisão. 5 (cinco) dias.
§ 1º Os sujeitos previstos no caput conside- Art. 1.007. No ato de interposição do recurso,
rar-se-ão intimados em audiência quando o recorrente comprovará, quando exigido pela
nesta for proferida a decisão. legislação pertinente, o respectivo preparo, in-
§ 2º Aplica-se o disposto no art. 231, incisos clusive porte de remessa e de retorno, sob pena
I a VI, ao prazo de interposição de recurso de deserção.
pelo réu contra decisão proferida anterior- § 1º São dispensados de preparo, inclusive
mente à citação. porte de remessa e de retorno, os recursos
§ 3º No prazo para interposição de recurso, interpostos pelo Ministério Público, pela
a petição será protocolada em cartório ou União, pelo Distrito Federal, pelos Estados,
conforme as normas de organização judiciá- pelos Municípios, e respectivas autarquias,
ria, ressalvado o disposto em regra especial. e pelos que gozam de isenção legal.

§ 4º Para aferição da tempestividade do re- § 2º A insuficiência no valor do preparo,


curso remetido pelo correio, será conside- inclusive porte de remessa e de retorno,
rada como data de interposição a data de implicará deserção se o recorrente, intima-
postagem. do na pessoa de seu advogado, não vier a
supri-lo no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 5º Excetuados os embargos de declara-
ção, o prazo para interpor os recursos e para § 3º É dispensado o recolhimento do porte
responder-lhes é de 15 (quinze) dias. de remessa e de retorno no processo em
autos eletrônicos.
§ 6º O recorrente comprovará a ocorrência
de feriado local no ato de interposição do § 4º O recorrente que não comprovar, no ato
recurso. de interposição do recurso, o recolhimento
do preparo, inclusive porte de remessa e de
retorno, será intimado, na pessoa de seu

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Direito Processual Civil – Conceito, Pressupostos, Juízo de Admissibilidade, Efeitos – Prof. Giuliano Tamagno

advogado, para realizar o recolhimento em


dobro, sob pena de deserção.
§ 5º É vedada a complementação se houver
insuficiência parcial do preparo, inclusive
porte de remessa e de retorno, no recolhi-
mento realizado na forma do § 4o.
§ 6º Provando o recorrente justo impedi-
mento, o relator relevará a pena de deser-
ção, por decisão irrecorrível, fixando-lhe
prazo de 5 (cinco) dias para efetuar o pre-
paro.
§ 7º O equívoco no preenchimento da guia
de custas não implicará a aplicação da pena
de deserção, cabendo ao relator, na hipóte-
se de dúvida quanto ao recolhimento, inti-
mar o recorrente para sanar o vício no prazo
de 5 (cinco) dias.
Art. 1.008. O julgamento proferido pelo tribunal
substituirá a decisão impugnada no que tiver
sido objeto de recurso.

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Direito Processual Civil

DA APELAÇÃO

Art. 1.009. Da sentença cabe apelação. nal pelo juiz, independentemente de juízo
de admissibilidade.
§ 1º As questões resolvidas na fase de co-
nhecimento, se a decisão a seu respeito não Art. 1.011. Recebido o recurso de apelação no
comportar agravo de instrumento, não são tribunal e distribuído imediatamente, o relator:
cobertas pela preclusão e devem ser susci-
tadas em preliminar de apelação, eventual- I – decidi-lo-á monocraticamente apenas
mente interposta contra a decisão final, ou nas hipóteses do art. 932, incisos III a V;
nas contrarrazões. II – se não for o caso de decisão monocráti-
§ 2º Se as questões referidas no § 1o forem ca, elaborará seu voto para julgamento do
suscitadas em contrarrazões, o recorren- recurso pelo órgão colegiado.
te será intimado para, em 15 (quinze) dias, Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo.
manifestar-se a respeito delas.
§ 1º Além de outras hipóteses previstas em
§ 3º O disposto no caput deste artigo apli- lei, começa a produzir efeitos imediatamen-
ca-se mesmo quando as questões mencio- te após a sua publicação a sentença que:
nadas no art. 1.015 integrarem capítulo da
sentença. I – homologa divisão ou demarcação de ter-
ras;
Art. 1.010. A apelação, interposta por petição
dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá: II – condena a pagar alimentos;

I – os nomes e a qualificação das partes; III – extingue sem resolução do mérito ou


julga improcedentes os embargos do execu-
II – a exposição do fato e do direito; tado;
III – as razões do pedido de reforma ou de IV – julga procedente o pedido de institui-
decretação de nulidade; ção de arbitragem;
IV – o pedido de nova decisão. V – confirma, concede ou revoga tutela pro-
§ 1º O apelado será intimado para apresen- visória;
tar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) VI – decreta a interdição.
dias.
§ 2º Nos casos do § 1º, o apelado poderá
§ 2º Se o apelado interpuser apelação ade- promover o pedido de cumprimento provi-
siva, o juiz intimará o apelante para apre- sório depois de publicada a sentença.
sentar contrarrazões.
§ 3º O pedido de concessão de efeito sus-
§ 3º Após as formalidades previstas nos §§ pensivo nas hipóteses do § 1º poderá ser
1º e 2º, os autos serão remetidos ao tribu- formulado por requerimento dirigido ao:

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I – tribunal, no período compreendido entre § 5º O capítulo da sentença que confirma,
a interposição da apelação e sua distribui- concede ou revoga a tutela provisória é im-
ção, ficando o relator designado para seu pugnável na apelação.
exame prevento para julgá-la;
Art. 1.014. As questões de fato não propostas
II – relator, se já distribuída a apelação. no juízo inferior poderão ser suscitadas na ape-
lação, se a parte provar que deixou de fazê-lo
§ 4º Nas hipóteses do § 1º, a eficácia da por motivo de força maior.
sentença poderá ser suspensa pelo relator
se o apelante demonstrar a probabilidade
de provimento do recurso ou se, sendo re-
levante a fundamentação, houver risco de
dano grave ou de difícil reparação.
Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o
conhecimento da matéria impugnada.
§ 1º Serão, porém, objeto de apreciação e
julgamento pelo tribunal todas as questões
suscitadas e discutidas no processo, ainda
que não tenham sido solucionadas, desde
que relativas ao capítulo impugnado.
§ 2º Quando o pedido ou a defesa tiver mais
de um fundamento e o juiz acolher apenas
um deles, a apelação devolverá ao tribunal
o conhecimento dos demais.
§ 3º Se o processo estiver em condições de
imediato julgamento, o tribunal deve deci-
dir desde logo o mérito quando:
I – reformar sentença fundada no art. 485;
II – decretar a nulidade da sentença por não
ser ela congruente com os limites do pedido
ou da causa de pedir;
III – constatar a omissão no exame de um
dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-
-lo;
IV – decretar a nulidade de sentença por fal-
ta de fundamentação.
§ 4º Quando reformar sentença que reco-
nheça a decadência ou a prescrição, o tri-
bunal, se possível, julgará o mérito, exami-
nando as demais questões, sem determinar
o retorno do processo ao juízo de primeiro
grau.

1078 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Civil

DO AGRAVO

DO AGRAVO DE INSTRUMENTO tórias proferidas na fase de liquidação de


sentença ou de cumprimento de sentença,
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra no processo de execução e no processo de
as decisões interlocutórias que versarem sobre: inventário.
I – tutelas provisórias; Art. 1.016. O agravo de instrumento será diri-
gido diretamente ao tribunal competente, por
II – mérito do processo; meio de petição com os seguintes requisitos:
III – rejeição da alegação de convenção de I – os nomes das partes;
arbitragem;
II – a exposição do fato e do direito;
IV – incidente de desconsideração da perso-
nalidade jurídica; III – as razões do pedido de reforma ou de
invalidação da decisão e o próprio pedido;
V – rejeição do pedido de gratuidade da jus-
tiça ou acolhimento do pedido de sua revo- IV – o nome e o endereço completo dos ad-
gação; vogados constantes do processo.
VI – exibição ou posse de documento ou Art. 1.017. A petição de agravo de instrumento
coisa; será instruída:
VII – exclusão de litisconsorte; I – obrigatoriamente, com cópias da petição
inicial, da contestação, da petição que ense-
VIII – rejeição do pedido de limitação do li- jou a decisão agravada, da própria decisão
tisconsórcio; agravada, da certidão da respectiva intima-
IX – admissão ou inadmissão de interven- ção ou outro documento oficial que com-
ção de terceiros; prove a tempestividade e das procurações
outorgadas aos advogados do agravante e
X – concessão, modificação ou revogação do agravado;
do efeito suspensivo aos embargos à execu-
ção; II – com declaração de inexistência de qual-
quer dos documentos referidos no inciso I,
XI – redistribuição do ônus da prova nos ter- feita pelo advogado do agravante, sob pena
mos do art. 373, § 1º; de sua responsabilidade pessoal;
XII – (VETADO); III – facultativamente, com outras peças
que o agravante reputar úteis.
XIII – outros casos expressamente referidos
em lei. § 1º Acompanhará a petição o comprovante
do pagamento das respectivas custas e do
Parágrafo único. Também caberá agravo
de instrumento contra decisões interlocu-

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porte de retorno, quando devidos, confor- § 3º O descumprimento da exigência de que
me tabela publicada pelos tribunais. trata o § 2º, desde que arguido e provado
pelo agravado, importa inadmissibilidade
§ 2º No prazo do recurso, o agravo será do agravo de instrumento.
interposto por:
Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento
I – protocolo realizado diretamente no tri- no tribunal e distribuído imediatamente, se não
bunal competente para julgá-lo; for o caso de aplicação do art. 932, incisos III e
II – protocolo realizado na própria comarca, IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:
seção ou subseção judiciárias; I – poderá atribuir efeito suspensivo ao re-
III – postagem, sob registro, com aviso de curso ou deferir, em antecipação de tutela,
recebimento; total ou parcialmente, a pretensão recursal,
comunicando ao juiz sua decisão;
IV – transmissão de dados tipo fac-símile,
nos termos da lei; II – ordenará a intimação do agravado pes-
soalmente, por carta com aviso de recebi-
V – outra forma prevista em lei. mento, quando não tiver procurador cons-
§ 3º Na falta da cópia de qualquer peça ou tituído, ou pelo Diário da Justiça ou por
no caso de algum outro vício que compro- carta com aviso de recebimento dirigida ao
meta a admissibilidade do agravo de instru- seu advogado, para que responda no prazo
mento, deve o relator aplicar o disposto no de 15 (quinze) dias, facultando-lhe juntar a
art. 932, parágrafo único. documentação que entender necessária ao
julgamento do recurso;
§ 4º Se o recurso for interposto por sistema
de transmissão de dados tipo fac-símile ou III – determinará a intimação do Ministério
similar, as peças devem ser juntadas no mo- Público, preferencialmente por meio eletrô-
mento de protocolo da petição original. nico, quando for o caso de sua intervenção,
para que se manifeste no prazo de 15 (quin-
§ 5º Sendo eletrônicos os autos do proces- ze) dias.
so, dispensam-se as peças referidas nos inci-
sos I e II do caput, facultando-se ao agravan- Art. 1.020. O relator solicitará dia para julga-
te anexar outros documentos que entender mento em prazo não superior a 1 (um) mês da
úteis para a compreensão da controvérsia. intimação do agravado.

Art. 1.018. O agravante poderá requerer a jun-


tada, aos autos do processo, de cópia da petição
do agravo de instrumento, do comprovante de CAPÍTULO IV
sua interposição e da relação dos documentos DO AGRAVO INTERNO
que instruíram o recurso.
Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator
§ 1º Se o juiz comunicar que reformou in- caberá agravo interno para o respectivo órgão
teiramente a decisão, o relator considerará colegiado, observadas, quanto ao processamen-
prejudicado o agravo de instrumento. to, as regras do regimento interno do tribunal.
§ 2º Não sendo eletrônicos os autos, o agra- § 1º Na petição de agravo interno, o recor-
vante tomará a providência prevista no ca- rente impugnará especificadamente os fun-
put, no prazo de 3 (três) dias a contar da in- damentos da decisão agravada.
terposição do agravo de instrumento.
§ 2º O agravo será dirigido ao relator, que
intimará o agravado para manifestar-se so-

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Direito Processual Civil – Do Agravo – Prof. Giuliano Tamagno

bre o recurso no prazo de 15 (quinze) dias,


ao final do qual, não havendo retratação,
o relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão
colegiado, com inclusão em pauta.
§ 3º É vedado ao relator limitar-se à repro-
dução dos fundamentos da decisão agrava-
da para julgar improcedente o agravo inter-
no.
§ 4º Quando o agravo interno for declarado
manifestamente inadmissível ou improce-
dente em votação unânime, o órgão cole-
giado, em decisão fundamentada, conde-
nará o agravante a pagar ao agravado multa
fixada entre um e cinco por cento do valor
atualizado da causa.
§ 5º A interposição de qualquer outro re-
curso está condicionada ao depósito prévio
do valor da multa prevista no § 4o, à exce-
ção da Fazenda Pública e do beneficiário de
gratuidade da justiça, que farão o pagamen-
to ao final.

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Direito Processual Civil

DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

CAPÍTULO V Art. 1.024. O juiz julgará os embargos em 5 (cin-


DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO co) dias.
§ 1º Nos tribunais, o relator apresentará os
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração con- embargos em mesa na sessão subsequente,
tra qualquer decisão judicial para: proferindo voto, e, não havendo julgamen-
I – esclarecer obscuridade ou eliminar con- to nessa sessão, será o recurso incluído em
tradição; pauta automaticamente.

II – suprir omissão de ponto ou questão so- § 2º Quando os embargos de declaração


bre o qual devia se pronunciar o juiz de ofí- forem opostos contra decisão de relator ou
cio ou a requerimento; outra decisão unipessoal proferida em tri-
bunal, o órgão prolator da decisão embar-
III – corrigir erro material. gada decidi-los-á monocraticamente.
Parágrafo único. Considera-se omissa a de- § 3º O órgão julgador conhecerá dos embar-
cisão que: gos de declaração como agravo interno se
entender ser este o recurso cabível, desde
I – deixe de se manifestar sobre tese firma-
que determine previamente a intimação do
da em julgamento de casos repetitivos ou
recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias,
em incidente de assunção de competência
complementar as razões recursais, de modo
aplicável ao caso sob julgamento;
a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1º.
II – incorra em qualquer das condutas des-
§ 4º Caso o acolhimento dos embargos de
critas no art. 489, § 1o.
declaração implique modificação da deci-
Art. 1.023. Os embargos serão opostos, no pra- são embargada, o embargado que já tiver
zo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, interposto outro recurso contra a decisão
com indicação do erro, obscuridade, contradi- originária tem o direito de complementar
ção ou omissão, e não se sujeitam a preparo. ou alterar suas razões, nos exatos limites da
modificação, no prazo de 15 (quinze) dias,
§ 1º Aplica-se aos embargos de declaração contado da intimação da decisão dos em-
o art. 229. bargos de declaração.
§ 2º O juiz intimará o embargado para, que- § 5º Se os embargos de declaração forem
rendo, manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) rejeitados ou não alterarem a conclusão do
dias, sobre os embargos opostos, caso seu julgamento anterior, o recurso interposto
eventual acolhimento implique a modifica- pela outra parte antes da publicação do jul-
ção da decisão embargada. gamento dos embargos de declaração será

www.acasadoconcurseiro.com.br 1083
processado e julgado independentemente
de ratificação.
Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acór-
dão os elementos que o embargante suscitou,
para fins de pré-questionamento, ainda que os
embargos de declaração sejam inadmitidos ou
rejeitados, caso o tribunal superior considere
existentes erro, omissão, contradição ou obscu-
ridade.
Art. 1.026. Os embargos de declaração não pos-
suem efeito suspensivo e interrompem o prazo
para a interposição de recurso.
§ 1º A eficácia da decisão monocrática ou
colegiada poderá ser suspensa pelo respec-
tivo juiz ou relator se demonstrada a proba-
bilidade de provimento do recurso ou, sen-
do relevante a fundamentação, se houver
risco de dano grave ou de difícil reparação.
§ 2º Quando manifestamente protelatórios
os embargos de declaração, o juiz ou o tri-
bunal, em decisão fundamentada, conde-
nará o embargante a pagar ao embargado
multa não excedente a dois por cento sobre
o valor atualizado da causa.
§ 3º Na reiteração de embargos de declara-
ção manifestamente protelatórios, a multa
será elevada a até dez por cento sobre o
valor atualizado da causa, e a interposição
de qualquer recurso ficará condicionada ao
depósito prévio do valor da multa, à exce-
ção da Fazenda Pública e do beneficiário de
gratuidade da justiça, que a recolherão ao
final.
§ 4º Não serão admitidos novos embargos
de declaração se os 2 (dois) anteriores hou-
verem sido considerados protelatórios.

1084 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Civil

JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Lei 9.099/95 DISPOSIÇÕES GERAIS


Art. 1º Os Juizados Especiais Cíveis e Criminais,
Dispõe sobre os Juizados Especiais órgãos da Justiça Ordinária, serão criados pela
Cíveis e Criminais e dá outras União, no Distrito Federal e nos Territórios, e
pelos Estados, para conciliação, processo, jul-
providências.
gamento e execução, nas causas de sua compe-
tência.
PREVISÃO LEGAL
Art. 2º O processo orientar-se-á pelos critérios
Art. 98, I, da Constituição Federal – para facili- da oralidade, simplicidade, informalidade, eco-
tar o acesso à Justiça prevê a criação de Juizados nomia processual e celeridade, buscando, sem-
Especiais, competência para causas cíveis de pre que possível, a conciliação ou a transação.
menor complexidade e infrações penais de me-
nor potencial ofensivo COMPETÊNCIA
Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competên-
cia para conciliação, processo e julgamento das
JEC E O NOVO CPC causas cíveis de menor complexidade, assim
consideradas:
•• O Juizado Especial Cível foi criado com I – as causas cujo valor não exceda a qua-
o objetivo de tentar solucionar o pro- renta vezes o salário mínimo;
blema da demora na prestação jurisdi-
cional, gerado principalmente pelo nú- II – as enumeradas no art. 275, inciso II, do
mero exacerbado de demandas e pela Código de Processo Civil;
aplicação de regras processuais que
III – a ação de despejo para uso próprio;
prolongam a duração de um processo.
IV – as ações possessórias sobre bens imó-
•• Assim, com base no princípio da cele-
veis de valor não excedente ao fixado no in-
ridade, a Lei nº9099/95, Lei que rege o
ciso I deste artigo.
Juizado Especial Cível, buscou introdu-
zir novas regras que buscam agilizar o § 1º Compete ao Juizado Especial promover
mecanismo processual, visando forne- a execução:
cer ao cidadão uma rápida resposta aos
seus conflitos de interesses. I – dos seus julgados;
II – dos títulos executivos extrajudiciais, no
valor de até quarenta vezes o salário míni-
mo, observado o disposto no § 1º do art. 8º
desta Lei.

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§ 2º Ficam excluídas da competência do para apreciá-las e para dar especial valor às re-
Juizado Especial as causas de natureza ali- gras de experiência comum ou técnica.
mentar, falimentar, fiscal e de interesse da
Fazenda Pública, e também as relativas a Art. 6º O Juiz adotará em cada caso a decisão
acidentes de trabalho, a resíduos e ao esta- que reputar mais justa e equânime, atendendo
do e capacidade das pessoas, ainda que de aos fins sociais da lei e às exigências do bem co-
cunho patrimonial. mum.

§ 3º A opção pelo procedimento previsto Art. 7º Os conciliadores e Juízes leigos são auxi-
nesta Lei importará em renúncia ao crédito liares da Justiça, recrutados, os primeiros, prefe-
excedente ao limite estabelecido neste arti- rentemente, entre os bacharéis em Direito, e os
go, excetuada a hipótese de conciliação. segundos, entre advogados com mais de cinco
anos de experiência.
Art. 4º É competente, para as causas previstas
nesta Lei, o Juizado do foro: Parágrafo único. Os Juízes leigos ficarão im-
pedidos de exercer a advocacia perante os
I – do domicílio do réu ou, a critério do au- Juizados Especiais, enquanto no desempe-
tor, do local onde aquele exerça atividades nho de suas funções.
profissionais ou econômicas ou mantenha
estabelecimento, filial, agência, sucursal ou
escritório;
DAS PARTES
II – do lugar onde a obrigação deva ser sa- Art. 8º Não poderão ser partes, no processo ins-
tisfeita; tituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pes-
III – do domicílio do autor ou do local do ato soas jurídicas de direito público, as empresas
ou fato, nas ações para reparação de dano públicas da União, a massa falida e o insolvente
de qualquer natureza. civil.

Parágrafo único. Em qualquer hipótese, po- § 1º Somente serão admitidas a propor


derá a ação ser proposta no foro previsto no ação perante o Juizado Especial:
inciso I deste artigo. I – as pessoas físicas capazes, excluídos os
ENUNCIADO 3 – Lei local não poderá am- cessionários de direito de pessoas jurídicas;
pliar a competência do Juizado Especial. II – as pessoas enquadradas como micro-
ENUNCIADO 54 – A menor complexidade empreendedores individuais, microempre-
da causa para a fixação da competência é sas e empresas de pequeno porte na forma
aferida pelo objeto da prova e não em face da Lei Complementar no 123, de 14 de de-
do direito material. zembro de 2006;

ENUNCIADO 73 – As causas de competên- III – as pessoas jurídicas qualificadas como


cia dos Juizados Especiais em que forem co- Organização da Sociedade Civil de Interesse
muns o objeto ou a causa de pedir poderão Público, nos termos da Lei no 9.790, de 23
ser reunidas para efeito de instrução, se ne- de março de 1999;
cessária, e julgamento. IV – as sociedades de crédito ao microem-
preendedor, nos termos do art. 1º da Lei no
DO JUIZ, DOS CONCILIADORES E 10.194, de 14 de fevereiro de 2001.
DOS JUÍZES LEIGOS
§ 2º O maior de dezoito anos poderá ser au-
Art. 5º O Juiz dirigirá o processo com liberdade tor, independentemente de assistência, in-
para determinar as provas a serem produzidas, clusive para fins de conciliação.

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Direito Processual Civil – Juizado Especial Cível – Prof. Giuliano Tamagno

Art. 9º Nas causas de valor até vinte salários mí- DOS ATOS PROCESSUAIS
nimos, as partes comparecerão pessoalmente,
podendo ser assistidas por advogado; nas de va- Art. 12. Os atos processuais serão públicos e po-
lor superior, a assistência é obrigatória. derão realizar-se em horário noturno, conforme
dispuserem as normas de organização judiciá-
§ 1º Sendo facultativa a assistência, se uma ria.
das partes comparecer assistida por ad-
vogado, ou se o réu for pessoa jurídica ou Art. 13. Os atos processuais serão válidos sem-
firma individual, terá a outra parte, se qui- pre que preencherem as finalidades para as
ser, assistência judiciária prestada por órgão quais forem realizados, atendidos os critérios
instituído junto ao Juizado Especial, na for- indicados no art. 2º desta Lei.
ma da lei local.
§ 1º Não se pronunciará qualquer nulidade
§ 2º O Juiz alertará as partes da conveniên- sem que tenha havido prejuízo.
cia do patrocínio por advogado, quando a
causa o recomendar. § 2º A prática de atos processuais em outras
comarcas poderá ser solicitada por qual-
§ 3º O mandato ao advogado poderá ser quer meio idôneo de comunicação.
verbal, salvo quanto aos poderes especiais.
§ 3º Apenas os atos considerados essenciais
§ 4º O réu, sendo pessoa jurídica ou titular serão registrados resumidamente, em notas
de firma individual, poderá ser representa- manuscritas, datilografadas, taquigrafadas
do por preposto credenciado, munido de ou estenotipadas. Os demais atos poderão
carta de preposição com poderes para tran- ser gravados em fita magnética ou equiva-
sigir, sem haver necessidade de vínculo em- lente, que será inutilizada após o trânsito
pregatício. em julgado da decisão.
Art. 10. Não se admitirá, no processo, qualquer § 4º As normas locais disporão sobre a con-
forma de intervenção de terceiro nem de assis- servação das peças do processo e demais
tência. Admitir-se-á o litisconsórcio. documentos que o instruem.
Art. 11. O Ministério Público intervirá nos casos DO PEDIDO
previstos em lei.
Art. 14. O processo instaurar-se-á com a apre-
sentação do pedido, escrito ou oral, à Secretaria
do Juizado.
§ 1º Do pedido constarão, de forma simples
e em linguagem acessível:
Art. 178. O Ministério Público será intimado
para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como I – o nome, a qualificação e o endereço das
fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas partes;
em lei ou na Constituição Federal e nos proces-
sos que envolvam: II – os fatos e os fundamentos, de forma su-
cinta;
I – interesse público ou social;
III – o objeto e seu valor.
II – interesse de incapaz;
§ 2º É lícito formular pedido genérico quan-
III – litígios coletivos pela posse de terra ru- do não for possível determinar, desde logo,
ral ou urbana. a extensão da obrigação.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1087
§ 3º O pedido oral será reduzido a escrito Art. 19. As intimações serão feitas na forma pre-
pela Secretaria do Juizado, podendo ser uti- vista para citação, ou por qualquer outro meio
lizado o sistema de fichas ou formulários idôneo de comunicação.
impressos.
§ 1º Dos atos praticados na audiência, con-
Art. 15. Os pedidos mencionados no art. 3º des- siderar-se-ão desde logo cientes as partes.
ta Lei poderão ser alternativos ou cumulados;
nesta última hipótese, desde que conexos e a § 2º As partes comunicarão ao juízo as mu-
soma não ultrapasse o limite fixado naquele dis- danças de endereço ocorridas no curso do
positivo. processo, reputando-se eficazes as intima-
ções enviadas ao local anteriormente indi-
Art. 16. Registrado o pedido, independente- cado, na ausência da comunicação.
mente de distribuição e autuação, a Secretaria
do Juizado designará a sessão de conciliação, a
realizar-se no prazo de quinze dias.
Art. 17. Comparecendo inicialmente ambas as
partes, instaurar-se-á, desde logo, a sessão de
conciliação, dispensados o registro prévio de
pedido e a citação.
Parágrafo único. Havendo pedidos contra-
postos, poderá ser dispensada a contes-
tação formal e ambos serão apreciados na
mesma sentença.

DAS CITAÇÕES E INTIMAÇÕES


Art. 18. A citação far-se-á:
I – por correspondência, com aviso de rece-
bimento em mão própria;
II – tratando-se de pessoa jurídica ou firma
individual, mediante entrega ao encarrega-
do da recepção, que será obrigatoriamente
identificado;
III – sendo necessário, por oficial de justiça,
independentemente de mandado ou carta
precatória.
§ 1º A citação conterá cópia do pedido ini-
cial, dia e hora para comparecimento do
citando e advertência de que, não compa-
recendo este, considerar-se-ão verdadeiras
as alegações iniciais, e será proferido julga-
mento, de plano.
§ 2º Não se fará citação por edital.
§ 3º O comparecimento espontâneo suprirá
a falta ou nulidade da citação.

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Direito Processual Civil

LEI Nº 12.153, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2009.

JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA

Art. 1º Os Juizados Especiais da Fazenda Públi- § 2º Quando a pretensão versar sobre obri-
ca, órgãos da justiça comum e integrantes do gações vincendas, para fins de competência
Sistema dos Juizados Especiais, serão criados do Juizado Especial, a soma de 12 (doze)
pela União, no Distrito Federal e nos Territórios, parcelas vincendas e de eventuais parcelas
e pelos Estados, para conciliação, processo, jul- vencidas não poderá exceder o valor referi-
gamento e execução, nas causas de sua compe- do no caput deste artigo.
tência.
§ 3º (VETADO)
Parágrafo único. O sistema dos Juizados Es-
peciais dos Estados e do Distrito Federal é § 4º No foro onde estiver instalado Juizado
formado pelos Juizados Especiais Cíveis, Jui- Especial da Fazenda Pública, a sua compe-
zados Especiais Criminais e Juizados Espe- tência é absoluta.
ciais da Fazenda Pública. Art. 3º O juiz poderá, de ofício ou a requerimen-
Art. 2º É de competência dos Juizados Especiais to das partes, deferir quaisquer providências
da Fazenda Pública processar, conciliar e julgar cautelares e antecipatórias no curso do proces-
causas cíveis de interesse dos Estados, do Distri- so, para evitar dano de difícil ou de incerta re-
to Federal, dos Territórios e dos Municípios, até paração.
o valor de 60 (sessenta) salários mínimos. Art. 4º Exceto nos casos do art. 3o, somente
§ 1º Não se incluem na competência do Jui- será admitido recurso contra a sentença.
zado Especial da Fazenda Pública: Art. 5º Podem ser partes no Juizado Especial da
I – as ações de mandado de segurança, de Fazenda Pública:
desapropriação, de divisão e demarcação, I – como autores, as pessoas físicas e as mi-
populares, por improbidade administrativa, croempresas e empresas de pequeno por-
execuções fiscais e as demandas sobre di- te, assim definidas na Lei Complementar no
reitos ou interesses difusos e coletivos; 123, de 14 de dezembro de 2006;
II – as causas sobre bens imóveis dos Esta- II – como réus, os Estados, o Distrito Fe-
dos, Distrito Federal, Territórios e Municí- deral, os Territórios e os Municípios, bem
pios, autarquias e fundações públicas a eles como autarquias, fundações e empresas
vinculadas; públicas a eles vinculadas.
III – as causas que tenham como objeto a Art. 6º Quanto às citações e intimações, apli-
impugnação da pena de demissão imposta cam-se as disposições contidas na Lei no 5.869,
a servidores públicos civis ou sanções disci- de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo
plinares aplicadas a militares. Civil.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1089
Art. 7º Não haverá prazo diferenciado para a to da decisão, dispensada a audiência da
prática de qualquer ato processual pelas pesso- Fazenda Pública.
as jurídicas de direito público, inclusive a inter-
posição de recursos, devendo a citação para a § 2º As obrigações definidas como de pe-
audiência de conciliação ser efetuada com ante- queno valor a serem pagas independen-
cedência mínima de 30 (trinta) dias. temente de precatório terão como limite
o que for estabelecido na lei do respectivo
Art. 8º Os representantes judiciais dos réus pre- ente da Federação.
sentes à audiência poderão conciliar, transigir
ou desistir nos processos da competência dos § 3º Até que se dê a publicação das leis de
Juizados Especiais, nos termos e nas hipóteses que trata o § 2º, os valores serão:
previstas na lei do respectivo ente da Federa- I – 40 (quarenta) salários mínimos, quanto
ção. aos Estados e ao Distrito Federal;
Art. 9º A entidade ré deverá fornecer ao Juizado II – 30 (trinta) salários mínimos, quanto aos
a documentação de que disponha para o escla- Municípios.
recimento da causa, apresentando-a até a insta-
lação da audiência de conciliação. § 4º São vedados o fracionamento, a repar-
tição ou a quebra do valor da execução, de
Art. 10. Para efetuar o exame técnico necessá- modo que o pagamento se faça, em parte,
rio à conciliação ou ao julgamento da causa, o na forma estabelecida no inciso I do caput
juiz nomeará pessoa habilitada, que apresenta- e, em parte, mediante expedição de preca-
rá o laudo até 5 (cinco) dias antes da audiência. tório, bem como a expedição de precatório
Art. 11. Nas causas de que trata esta Lei, não complementar ou suplementar do valor
haverá reexame necessário. pago.

Art. 12. O cumprimento do acordo ou da sen- § 5º Se o valor da execução ultrapassar o


tença, com trânsito em julgado, que imponham estabelecido para pagamento independen-
obrigação de fazer, não fazer ou entrega de coi- temente do precatório, o pagamento far-se-
sa certa, será efetuado mediante ofício do juiz -á, sempre, por meio do precatório, sendo
à autoridade citada para a causa, com cópia da facultada à parte exequente a renúncia ao
sentença ou do acordo. crédito do valor excedente, para que possa
optar pelo pagamento do saldo sem o pre-
Art. 13. Tratando-se de obrigação de pagar catório.
quantia certa, após o trânsito em julgado da de-
cisão, o pagamento será efetuado: § 6º O saque do valor depositado poderá
ser feito pela parte autora, pessoalmente,
I – no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, em qualquer agência do banco depositário,
contado da entrega da requisição do juiz à independentemente de alvará.
autoridade citada para a causa, indepen-
dentemente de precatório, na hipótese do § 7º O saque por meio de procurador so-
§ 3o do art. 100 da Constituição Federal; ou mente poderá ser feito na agência desti-
natária do depósito, mediante procuração
II – mediante precatório, caso o montan- específica, com firma reconhecida, da qual
te da condenação exceda o valor definido constem o valor originalmente depositado e
como obrigação de pequeno valor. sua procedência.
§ 1º Desatendida a requisição judicial, o Art. 14. Os Juizados Especiais da Fazenda Pú-
juiz, imediatamente, determinará o seques- blica serão instalados pelos Tribunais de Justiça
tro do numerário suficiente ao cumprimen- dos Estados e do Distrito Federal.

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Direito Processual Civil – Juizado Especial da Fazenda Pública – Prof. Giuliano Tamagno

Parágrafo único. Poderão ser instalados Jui- § 2º Não será permitida a recondução, sal-
zados Especiais Adjuntos, cabendo ao Tribu- vo quando não houver outro juiz na sede da
nal designar a Vara onde funcionará. Turma Recursal.
Art. 15. Serão designados, na forma da legisla- Art. 18. Caberá pedido de uniformização de in-
ção dos Estados e do Distrito Federal, concilia- terpretação de lei quando houver divergência
dores e juízes leigos dos Juizados Especiais da entre decisões proferidas por Turmas Recursais
Fazenda Pública, observadas as atribuições pre- sobre questões de direito material.
vistas nos arts. 22, 37 e 40 da Lei no 9.099, de 26
de setembro de 1995. § 1º O pedido fundado em divergência en-
tre Turmas do mesmo Estado será julgado
§ 1º Os conciliadores e juízes leigos são au- em reunião conjunta das Turmas em confli-
xiliares da Justiça, recrutados, os primeiros, to, sob a presidência de desembargador in-
preferentemente, entre os bacharéis em Di- dicado pelo Tribunal de Justiça.
reito, e os segundos, entre advogados com
mais de 2 (dois) anos de experiência. § 2º No caso do § 1º, a reunião de juízes do-
miciliados em cidades diversas poderá ser
§ 2º Os juízes leigos ficarão impedidos de feita por meio eletrônico.
exercer a advocacia perante todos os Juiza-
dos Especiais da Fazenda Pública instalados § 3º Quando as Turmas de diferentes Esta-
em território nacional, enquanto no desem- dos derem a lei federal interpretações di-
penho de suas funções. vergentes, ou quando a decisão proferida
estiver em contrariedade com súmula do
Art. 16. Cabe ao conciliador, sob a supervisão Superior Tribunal de Justiça, o pedido será
do juiz, conduzir a audiência de conciliação. por este julgado.
§ 1º Poderá o conciliador, para fins de en- Art. 19. Quando a orientação acolhida pelas
caminhamento da composição amigável, Turmas de Uniformização de que trata o § 1º do
ouvir as partes e testemunhas sobre os con- art. 18 contrariar súmula do Superior Tribunal
tornos fáticos da controvérsia. de Justiça, a parte interessada poderá provocar
a manifestação deste, que dirimirá a divergên-
§ 2º Não obtida a conciliação, caberá ao juiz cia.
presidir a instrução do processo, podendo
dispensar novos depoimentos, se entender § 1º Eventuais pedidos de uniformização
suficientes para o julgamento da causa os fundados em questões idênticas e recebi-
esclarecimentos já constantes dos autos, e dos subsequentemente em quaisquer das
não houver impugnação das partes. Turmas Recursais ficarão retidos nos autos,
aguardando pronunciamento do Superior
Art. 17. As Turmas Recursais do Sistema dos Tribunal de Justiça.
Juizados Especiais são compostas por juízes em
exercício no primeiro grau de jurisdição, na for- § 2º Nos casos do caput deste artigo e do §
ma da legislação dos Estados e do Distrito Fede- 3º do art. 18, presente a plausibilidade do
ral, com mandato de 2 (dois) anos, e integradas, direito invocado e havendo fundado receio
preferencialmente, por juízes do Sistema dos de dano de difícil reparação, poderá o rela-
Juizados Especiais. tor conceder, de ofício ou a requerimento
do interessado, medida liminar determinan-
§ 1º A designação dos juízes das Turmas Re- do a suspensão dos processos nos quais a
cursais obedecerá aos critérios de antigui- controvérsia esteja estabelecida.
dade e merecimento.
§ 3º Se necessário, o relator pedirá infor-
mações ao Presidente da Turma Recursal ou

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Presidente da Turma de Uniformização e, Art. 25. Competirá aos Tribunais de Justiça pres-
nos casos previstos em lei, ouvirá o Ministé- tar o suporte administrativo necessário ao fun-
rio Público, no prazo de 5 (cinco) dias. cionamento dos Juizados Especiais.
§ 5º Decorridos os prazos referidos nos §§ Art. 26. O disposto no art. 16 aplica-se aos Jui-
3º e 4º, o relator incluirá o pedido em pauta zados Especiais Federais instituídos pela Lei no
na sessão, com preferência sobre todos os 10.259, de 12 de julho de 2001.
demais feitos, ressalvados os processos com
réus presos, os habeas corpus e os manda- Art. 27. Aplica-se subsidiariamente o disposto
dos de segurança. nas Leis nos 5.869, de 11 de janeiro de 1973 –
Código de Processo Civil, 9.099, de 26 de setem-
§ 6º Publicado o acórdão respectivo, os pe- bro de 1995, e 10.259, de 12 de julho de 2001.
didos retidos referidos no § 1º serão apre-
ciados pelas Turmas Recursais, que poderão
exercer juízo de retratação ou os declararão
prejudicados, se veicularem tese não aco-
lhida pelo Superior Tribunal de Justiça.
Art. 20. Os Tribunais de Justiça, o Superior Tri-
bunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal,
no âmbito de suas competências, expedirão
normas regulamentando os procedimentos a
serem adotados para o processamento e o jul-
gamento do pedido de uniformização e do re-
curso extraordinário.
Art. 21. O recurso extraordinário, para os efei-
tos desta Lei, será processado e julgado segun-
do o estabelecido no art. 19, além da observân-
cia das normas do Regimento.
Art. 22. Os Juizados Especiais da Fazenda Públi-
ca serão instalados no prazo de até 2 (dois) anos
da vigência desta Lei, podendo haver o aprovei-
tamento total ou parcial das estruturas das atu-
ais Varas da Fazenda Pública.
Art. 23. Os Tribunais de Justiça poderão limitar,
por até 5 (cinco) anos, a partir da entrada em
vigor desta Lei, a competência dos Juizados Es-
peciais da Fazenda Pública, atendendo à neces-
sidade da organização dos serviços judiciários e
administrativos.
Art. 24. Não serão remetidas aos Juizados Espe-
ciais da Fazenda Pública as demandas ajuizadas
até a data de sua instalação, assim como as ajui-
zadas fora do Juizado Especial por força do dis-
posto no art. 23.

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Direito Processual Civil

DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA QUE RECONHEÇA A EXIGIBILIDADE DE


OBRIGAÇÃO DE FAZER, DE NÃO FAZER OU DE ENTREGAR COISA

DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA § 5º O disposto neste artigo aplica-se, no


QUE RECONHEÇA A EXIGIBILIDADE que couber, ao cumprimento de sentença
que reconheça deveres de fazer e de não fa-
DE OBRIGAÇÃO DE FAZER OU DE zer de natureza não obrigacional.
NÃO FAZER
Art. 537. A multa independe de requeri-
Art. 536. No cumprimento de sentença que re- mento da parte e poderá ser aplicada na
conheça a exigibilidade de obrigação de fazer ou fase de conhecimento, em tutela provisó-
de não fazer, o juiz poderá, de ofício ou a reque- ria ou na sentença, ou na fase de execução,
rimento, para a efetivação da tutela específica desde que seja suficiente e compatível com
ou a obtenção de tutela pelo resultado prático a obrigação e que se determine prazo razoá-
equivalente, determinar as medidas necessárias vel para cumprimento do preceito.
à satisfação do exequente. § 1º O juiz poderá, de ofício ou a requeri-
mento, modificar o valor ou a periodicidade
§ 1º Para atender ao disposto nocaput, o
da multa vincenda ou excluí-la, caso verifi-
juiz poderá determinar, entre outras medi-
que que:
das, a imposição de multa, a busca e apre-
ensão, a remoção de pessoas e coisas, o I - se tornou insuficiente ou excessiva;
desfazimento de obras e o impedimento de II - o obrigado demonstrou cumprimento
atividade nociva, podendo, caso necessário, parcial superveniente da obrigação ou justa
requisitar o auxílio de força policial. causa para o descumprimento.
§ 2º O mandado de busca e apreensão de § 2º O valor da multa será devido ao exe-
pessoas e coisas será cumprido por 2 (dois) quente.
oficiais de justiça, observando-se o disposto
§ 3º A decisão que fixa a multa é passível
no art. 846, §§ 1o a 4o, se houver necessi-
de cumprimento provisório, devendo ser
dade de arrombamento.
depositada em juízo, permitido o levanta-
§ 3º O executado incidirá nas penas de liti- mento do valor após o trânsito em julgado
gância de má-fé quando injustificadamente da sentença favorável à parte. 
descumprir a ordem judicial, sem prejuízo § 4º A multa será devida desde o dia em
de sua responsabilização por crime de de- que se configurar o descumprimento da de-
sobediência. cisão e incidirá enquanto não for cumprida
§ 4º No cumprimento de sentença que re- a decisão que a tiver cominado.
conheça a exigibilidade de obrigação de fa- § 5º O disposto neste artigo aplica-se, no
zer ou de não fazer, aplica-se o art. 525, no que couber, ao cumprimento de sentença
que couber. que reconheça deveres de fazer e de não
fazer de natureza não obrigacional.

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DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
QUE RECONHEÇA A EXIGIBILIDADE
DE OBRIGAÇÃO DE ENTREGAR COISA
Art. 538. Não cumprida a obrigação de en-
tregar coisa no prazo estabelecido na sen-
tença, será expedido mandado de busca e
apreensão ou de imissão na posse em favor
do credor, conforme se tratar de coisa mó-
vel ou imóvel.
§ 1º A existência de benfeitorias deve ser
alegada na fase de conhecimento, em con-
testação, de forma discriminada e com atri-
buição, sempre que possível e justificada-
mente, do respectivo valor.
§ 2º O direito de retenção por benfeitorias
deve ser exercido na contestação, na fase
de conhecimento.
§ 3º Aplicam-se ao procedimento previsto
neste artigo, no que couber, as disposições
sobre o cumprimento de obrigação de fazer
ou de não fazer.

DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
QUE RECONHEÇA A EXIGIBILIDADE
DE OBRIGAÇÃO DE ENTREGAR COISA
Art. 538. Não cumprida a obrigação de entregar
coisa no prazo estabelecido na sentença, será
expedido mandado de busca e apreensão ou de
imissão na posse em favor do credor, conforme
se tratar de coisa móvel ou imóvel.
§ 1º A existência de benfeitorias deve ser
alegada na fase de conhecimento, em con-
testação, de forma discriminada e com atri-
buição, sempre que possível e justificada-
mente, do respectivo valor.
§ 2º O direito de retenção por benfeitorias
deve ser exercido na contestação, na fase
de conhecimento.
§ 3º Aplicam-se ao procedimento previsto
neste artigo, no que couber, as disposições
sobre o cumprimento de obrigação de fazer
ou de não fazer.

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Estatuto dos Funcionários Públicos Civis de SP

Professor Leandro Roitman

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Legislação Específica

LEI Nº 10.261, DE 28 DE OUTUBRO DE 1968

CAPÍTULO VII TÍTULO VI


DO DIREITO DE PETIÇÃO
Dos Deveres, das Proibições e das
Art. 239. É assegurado a qualquer pessoa, física Responsabilidades
ou jurídica, independentemente de pagamento,
o direito de petição contra ilegalidade ou abuso
de poder e para defesa de direitos. (NR)
CAPÍTULO I
§ 1º Qualquer pessoa poderá reclamar so- DOS DEVERES E DAS PROIBIÇÕES
bre abuso, erro, omissão ou conduta incom-
patível no serviço público.(NR) Seção I
§ 2º Em nenhuma hipótese, a Administra- DOS DEVERES
ção poderá recusar-se a protocolar, enca-
minhar ou apreciar a petição, sob pena de Art. 241. São deveres do funcionário:
responsabilidade do agente. (NR) I – ser assíduo e pontual;
•• redação dada pelo artigo 1º, I da Lei II – cumprir as ordens superiores, represen-
Complementar nº 942, de 6/6/2003. tando quando forem manifestamente ile-
Art. 240. Ao servidor é assegurado o direito de gais;
requerer ou representar, bem como, nos termos III – desempenhar com zelo e presteza os
desta lei complementar, pedir reconsideração trabalhos de que for incumbido;
e recorrer de decisões, no prazo de 30 (trinta)
dias, salvo previsão legal específica. (NR) IV – guardar sigilo sobre os assuntos da
repartição e, especialmente, sobre despa-
•• redação dada pelo artigo 1º, I da Lei chos, decisões ou providências;
Complementar nº 942, de 6/6/2003.
V – representar aos superiores sobre todas
as irregularidades de que tiver conhecimen-
to no exercício de suas funções;
VI – tratar com urbanidade as pessoas; (NR)
•• redação dada pelo artigo 1º da Lei Com-
plementar nº 1096, de 24/9/2009.
VII – residir no local onde exerce o cargo ou,
onde autorizado;

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VIII – providenciar para que esteja sempre VI – promover manifestações de apreço ou
em ordem, no assentamento individual, a desapreço dentro da repartição, ou tornar-
sua declaração de família; -se solidário com elas;
IX – zelar pela economia do material do Es- VII – exercer comércio entre os companhei-
tado e pela conservação do que for confia- ros de serviço, promover ou subscrever lis-
do à sua guarda ou utilização; tas de donativos dentro da repartição; e
X – apresentar -se convenientemente traja- VIII – empregar material do serviço público
do em serviço ou com uniforme determina- em serviço particular.
do, quando for o caso;
Art. 243. É proibido ainda, ao funcionário:
XI – atender prontamente, com preferên-
cia sobre qualquer outro serviço, às requi- I – fazer contratos de natureza comercial e
sições de papéis, documentos, informações industrial com o Governo, por si, ou como
ou providências que lhe forem feitas pelas representante de outrem;
autoridades judiciárias ou administrativas, II – participar da gerência ou administração
para defesa do Estado, em Juízo; de empresas bancárias ou industriais, ou de
XII – cooperar e manter espírito de solida- sociedades comerciais, que mantenham re-
riedade com os companheiros de trabalho, lações comerciais ou administrativas com o
Governo do Estado, sejam por este subven-
XIII – estar em dia com as leis, regulamen- cionadas ou estejam diretamente relaciona-
tos, regimentos, instruções e ordens de ser- das com a finalidade da repartição ou servi-
viço que digam respeito às suas funções; e ço em que esteja lotado;
XIV – proceder na vida pública e privada na III – requerer ou promover a concessão de
forma que dignifique a função pública. privilégios, garantias de juros ou outros fa-
vores semelhantes, federais, estaduais ou
Seção II municipais, exceto privilégio de invenção
DAS PROIBIÇÕES própria;

Art. 242. Ao funcionário é proibido: IV – exercer, mesmo fora das horas de tra-
balho, emprego ou função em empresas,
I – Revogado estabelecimentos ou instituições que te-
nham relações com o Governo, em matéria
•• revogado pelo artigo 2º da Lei Comple-
que se relacione com a finalidade da repar-
mentar nº 1.096, de 24/09/2009.
tição ou serviço em que esteja lotado;
II – retirar, sem prévia permissão da autori-
V – aceitar representação de Estado estran-
dade competente, qualquer documento ou
geiro, sem autorização do Presidente da Re-
objeto existente na repartição;
pública;
III – entreter-se, durante as horas de traba- VI – comerciar ou ter parte em sociedades
lho, em palestras, leituras ou outras ativida- comerciais nas condições mencionadas no
des estranhas ao serviço; item II deste artigo, podendo, em qualquer
IV – deixar de comparecer ao serviço sem caso, ser acionista, quotista ou comanditá-
causa justificada; rio;
V – tratar de interesses particulares na re- VII – incitar greves ou a elas aderir, ou prati-
partição; car atos de sabotagem contra o serviço pú-
blico;
VIII – praticar a usura;

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Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (Lei nº 10.261/68) – Prof. Leandro Roitman

IX – constituir-se procurador de partes ou II – pelas faltas, danos, avarias e quaisquer


servir de intermediário perante qualquer outros prejuízos que sofrerem os bens e os
repartição pública, exceto quando se tratar materiais sob sua guarda, ou sujeitos a seu
de interesse de cônjuge ou parente até se- exame ou fiscalização;
gundo grau;
III – pela falta ou inexatidão das necessárias
X – receber estipêndios de firmas fornece- averbações nas notas de despacho, guias e
doras ou de entidades fiscalizadas, no País, outros documentos da receita, ou que te-
ou no estrangeiro, mesmo quando estiver nham com eles relação; e
em missão referente à compra de material
ou fiscalização de qualquer natureza; IV – por qualquer erro de cálculo ou redu-
ção contra a Fazenda Estadual.
XI – valer-se de sua qualidade de funcioná-
rio para desempenhar atividade estranha às Art. 246. O funcionário que adquirir materiais
funções ou para lograr, direta ou indireta- em desacordo com disposições legais e regula-
mente, qualquer proveito; e mentares, será responsabilizado pelo respectivo
custo, sem prejuízo das penalidades disciplina-
XII – fundar sindicato de funcionários ou de- res cabíveis, podendo-se proceder ao desconto
les fazer parte. no seu vencimento ou remuneração.
Parágrafo único. Não está compreendida Art. 247. Nos casos de indenização à Fazenda
na proibição dos itens II e VI deste artigo, a Estadual, o funcionário será obrigado a repor,
participação do funcionário em sociedades de uma só vez, a importância do prejuízo causa-
em que o Estado seja acionista, bem assim do em virtude de alcance, desfalque, remissão
na direção ou gerência de cooperativas e ou omissão em efetuar recolhimento ou entra-
associações de classe, ou como seu sócio. da nos prazos legais.
Art. 244. É vedado ao funcionário trabalhar sob Art. 248. Fora dos casos incluídos no artigo an-
as ordens imediatas de parentes, até segundo terior, a importância da indenização poderá ser
grau, salvo quando se tratar de função de con- descontada do vencimento ou remuneração
fiança e livre escolha, não podendo exceder a 2 não excedendo o desconto à 10ª (décima) parte
(dois) o número de auxiliares nessas condições. do valor destes.
Parágrafo único. No caso do item IV do pa-
rágrafo único do art. 245, não tendo havido
CAPÍTULO II má-fé, será aplicada a pena de repreensão
DAS RESPONSABILIDADES e, na reincidência, a de suspensão.

Art. 245. O funcionário é responsável por todos Art. 249. Será igualmente responsabilizado o
os prejuízos que, nessa qualidade, causar à Fa- funcionário que, fora dos casos expressamente
zenda Estadual, por dolo ou culpa, devidamente previstos nas leis, regulamentos ou regimentos,
apurados. cometer a pessoas estranhas às repartições, o
desempenho de encargos que lhe competirem
Parágrafo único. Caracteriza-se especial- ou aos seus subordinados.
mente a responsabilidade:
Art. 250. A responsabilidade administrativa não
I – pela sonegação de valores e objetos con- exime o funcionário da responsabilidade civil ou
fiados à sua guarda ou responsabilidade, ou criminal que no caso couber, nem o pagamento
por não prestar contas, ou por não as to- da indenização a que ficar obrigado, na forma
mar, na forma e no prazo estabelecidos nas dos arts. 247 e 248, o exame da pena disciplinar
leis, regulamentos, regimentos, instruções em que incorrer.
e ordens de serviço;

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§ 1º A responsabilidade administrativa é in- infração e os danos que dela provierem para o
dependente da civil e da criminal. (NR) serviço público.
§ 2º Será reintegrado ao serviço público, no Art. 253. A pena de repreensão será aplicada
cargo que ocupava e com todos os direitos por escrito, nos casos de indisciplina ou falta de
e vantagens devidas, o servidor absolvido cumprimento dos deveres.
pela Justiça, mediante simples comprova-
ção do trânsito em julgado de decisão que Art. 254. A pena de suspensão, que não excede-
negue a existência de sua autoria ou do fato rá de 90 (noventa) dias, será aplicada em caso
que deu origem à sua demissão. (NR) de falta grave ou de reincidência.

§ 3º O processo administrativo só poderá § 1º O funcionário suspenso perderá todas


ser sobrestado para aguardar decisão judi- as vantagens e direitos decorrentes do exer-
cial por despacho motivado da autoridade cício do cargo.
competente para aplicar a pena.(NR) § 2º A autoridade que aplicar a pena de sus-
•• §§ acrescentados pelo artigo 2°, I da Lei pensão poderá converter essa penalidade
Complementar nº 942, de 6/6/2003. em multa, na base de 50% (cinqüenta por
cento) por dia de vencimento ou remunera-
ção, sendo o funcionário, nesse caso, obri-
gado a permanecer em serviço.
TÍTULO VII
Art. 255. A pena de multa será aplicada na for-
Das Penalidades, da Extinção da ma e nos casos expressamente previstos em lei
Punibilidade e das Providências ou regulamento.
Preliminares (Nr) Art. 256. Será aplicada a pena de demissão nos
casos de:
•• redação dada pelo artigo 1º, II da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003 I – abandono de cargo;
II – procedimento irregular, de natureza gra-
ve;
CAPÍTULO I III – ineficiência no serviço;
DAS PENALIDADES E
IV – aplicação indevida de dinheiros públi-
DE SUA APLICAÇÃO
cos, e
Art. 251. São penas disciplinares: V – ausência ao serviço, sem causa justificá-
I – repreensão; vel, por mais de 45 (quarenta e cinco) dias,
interpoladamente, durante 1 (um) ano.
II – suspensão;
§ 1º Considerar-se-á abandono de cargo,
III – multa; o não comparecimento do funcionário por
mais de (30) dias consecutivos ex-vi do art.
IV – demissão;
63.
V – demissão a bem do serviço público; e
§ 2º A pena de demissão por ineficiência no
VI – cassação de aposentadoria ou disponi- serviço, só será aplicada quando verificada
bilidade a impossibilidade de readaptação.
Art. 252. Na aplicação das penas disciplinares Art. 257. Será aplicada a pena de demissão a
serão consideradas a natureza e a gravidade da bem do serviço público ao funcionário que:

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I – for convencido de incontinência pública •• incisos acrescentados pelo artigo 2º,


e escandalosa e de vício de jogos proibidos; II da Lei Complementar nº 942, de
6/6/2003.
II – praticar ato definido como crime contra
a administração pública, a fé pública e a Fa- Art. 258. O ato que demitir o funcionário men-
zenda Estadual, ou previsto nas leis relativas cionará sempre a disposição legal em que se
à segurança e à defesa nacional; (NR) fundamenta.
•• redação dada pelo artigo 1º, II da Lei Art. 259. Será aplicada a pena de cassação de
Complementar nº 942, de 6/6/2003. aposentadoria ou disponibilidade, se ficar pro-
vado que o inativo:
III – revelar segredos de que tenha conheci-
mento em razão do cargo, desde que o faça I – praticou, quando em atividade, falta gra-
dolosamente e com prejuízo para o Estado ve para a qual é cominada nesta lei a pena
ou particulares; de demissão ou de demissão a bem do ser-
viço público;
IV – praticar insubordinação grave;
II – aceitou ilegalmente cargo ou função pú-
V – praticar, em serviço, ofensas físicas con- blica;
tra funcionários ou particulares, salvo se em
legítima defesa; III – aceitou representação de Estado es-
trangeiro sem prévia autorização do Presi-
VI – lesar o patrimônio ou os cofres públi- dente da República; e
cos;
IV – praticou a usura em qualquer de suas
VII – receber ou solicitar propinas, comis- formas.
sões, presentes ou vantagens de qualquer
espécie, diretamente ou por intermédio de Art. 260. Para aplicação das penalidades previs-
outrem, ainda que fora de suas funções mas tas no art. 251, são competentes:
em razão delas;
I – o Governador;
VIII – pedir, por empréstimo, dinheiro ou
quaisquer valores a pessoas que tratem de II – os Secretários de Estado, o Procurador
interesses ou o tenham na repartição, ou Geral do Estado e os Superintendentes de
estejam sujeitos à sua fiscalização; Autarquia;

IX – exercer advocacia administrativa; e III – os Chefes de Gabinete, até a de suspen-


são;
X – apresentar com dolo declaração falsa
em matéria de salário-família, sem prejuízo IV – os Coordenadores, até a de suspensão
da responsabilidade civil e de procedimento limitada a 60 (sessenta) dias; e
criminal, que no caso couber. V – os Diretores de Departamento e Divisão,
XI – praticar ato definido como crime he- até a de suspensão limitada a 30 (trinta)
diondo, tortura, tráfico ilícito de entorpe- dias.
centes e drogas afins e terrorismo; (NR) Parágrafo único. Havendo mais de um infra-
XII – praticar ato definido como crime con- tor e diversidade de sanções, a competên-
tra o Sistema Financeiro, ou de lavagem ou cia será da autoridade responsável pela im-
ocultação de bens, direitos ou valores; (NR) posição da penalidade mais grave. (NR)

XIII – praticar ato definido em lei como de •• redação dada pelo artigo 1º, III da Lei
improbidade. (NR) Complementar nº 942, de 6/6/2003.

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Art. 261. Extingue-se a punibilidade pela pres- cessárias à apuração da responsabilidade
crição: pela sua ocorrência. (NR)
I – da falta sujeita à pena de repreensão, •• redação dada pelo artigo 1º, III da Lei
suspensão ou multa, em 2 (dois) anos; Complementar nº 942, de 6/6/2003.
II – da falta sujeita à pena de demissão, de Art. 262. O funcionário que, sem justa causa,
demissão a bem do serviço público e de cas- deixar de atender a qualquer exigência para
sação da aposentadoria ou disponibilidade, cujo cumprimento seja marcado prazo certo,
em 5 (cinco) anos; terá suspenso o pagamento de seu vencimento
ou remuneração até que satisfaça essa exigên-
III – da falta prevista em lei como infração cia.
penal, no prazo de prescrição em abstrato
da pena criminal, se for superior a 5 (cinco) Parágrafo único. Aplica-se aos aposentados
anos. ou em disponibilidade o disposto neste ar-
tigo.
§ 1º A prescrição começa a correr:
Art. 263. Deverão constar do assentamento in-
1. do dia em que a falta for cometida; dividual do funcionário todas as penas que lhe
2. do dia em que tenha cessado a continua- forem impostas.
ção ou a permanência, nas faltas continua-
das ou permanentes.
§ 2º Interrompem a prescrição a portaria CAPÍTULO II
que instaura sindicância e a que instaura DAS PROVIDÊNCIAS
processo administrativo.
PRELIMINARES (NR)
§ 3º O lapso prescricional corresponde:
•• redação dada pelo artigo 1º, IV da Lei
1. na hipótese de desclassificação da infra- Complementar nº 942, de 6/6/2003.
ção, ao da pena efetivamente aplicada;
Art. 264. A autoridade que, por qualquer meio,
2. na hipótese de mitigação ou atenuação, tiver conhecimento de irregularidade praticada
ao da pena em tese cabível. por servidor é obrigada a adotar providências
visando à sua imediata apuração, sem prejuízo
§ 4º A prescrição não corre: das medidas urgentes que o caso exigir. (NR)
1. enquanto sobrestado o processo admi- •• redação dada pelo artigo 1º, IV da Lei
nistrativo para aguardar decisão judicial, na Complementar nº 942, de 6/6/2003.
forma do § 3º do artigo 250;
Art. 265. A autoridade realizará apuração preli-
2. enquanto insubsistente o vínculo funcio- minar, de natureza simplesmente investigativa,
nal que venha a ser restabelecido. quando a infração não estiver suficientemente
§ 5º Extinta a punibilidade pela prescrição, caracterizada ou definida autoria. (NR)
a autoridade julgadora determinará o regis- § 1º A apuração preliminar deverá ser con-
tro do fato nos assentamentos individuais cluída no prazo de 30 (trinta) dias. (NR)
do servidor.
§ 2º Não concluída no prazo a apuração, a
§ 6º A decisão que reconhecer a existência autoridade deverá imediatamente enca-
de prescrição deverá desde logo determi- minhar ao Chefe de Gabinete relatório das
nar, quando for o caso, as providências ne- diligências realizadas e definir o tempo ne-
cessário para o término dos trabalhos. (NR)

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§ 3º Ao concluir a apuração preliminar, a au- do descontado da pena de suspensão eventual-


toridade deverá opinar fundamentadamen- mente aplicada. (NR)
te pelo arquivamento ou pela instauração
•• redação dada pelo artigo 1º, IV da Lei
de sindicância ou de processo administrati-
Complementar nº 942, de 6/6/2003.
vo. (NR)
•• redação dada pelo artigo 1º, IV da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003. TÍTULO VIII
Art. 266. Determinada a instauração de sindi-
cância ou processo administrativo, ou no seu Do Procedimento Disciplinar (Nr)
curso, havendo conveniência para a instrução
ou para o serviço, poderá o Chefe de Gabinete,
por despacho fundamentado, ordenar as se-
guintes providências: (NR) CAPÍTULO I
I – afastamento preventivo do servidor,
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS (NR)
quando o recomendar a moralidade admi- •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
nistrativa ou a apuração do fato, sem pre- Complementar nº 942, de 6/6/2003.
juízo de vencimentos ou vantagens, até 180
(cento e oitenta) dias, prorrogáveis uma Art. 268. A apuração das infrações será feita
única vez por igual período; mediante sindicância ou processo administrati-
vo, assegurados o contraditório e a ampla defe-
II – designação do servidor acusado para o
sa. (NR)
exercício de atividades exclusivamente bu-
rocráticas até decisão final do procedimen- •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
to; Complementar nº 942, de 6/6/2003.
III – recolhimento de carteira funcional, dis- Art. 269. Será instaurada sindicância quando a
tintivo, armas e algemas; falta disciplinar, por sua natureza, possa deter-
IV – proibição do porte de armas; minar as penas de repreensão, suspensão ou
multa. (NR)
V – comparecimento obrigatório, em perio-
dicidade a ser estabelecida, para tomar ci- •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
ência dos atos do procedimento. Complementar nº 942, de 6/6/2003.
§ 1º A autoridade que determinar a instau- Art. 270. Será obrigatório o processo adminis-
ração ou presidir sindicância ou processo trativo quando a falta disciplinar, por sua natu-
administrativo poderá representar ao Che- reza, possa determinar as penas de demissão,
fe de Gabinete para propor a aplicação das de demissão a bem do serviço público e de
medidas previstas neste artigo, bem como cassação de aposentadoria ou disponibilidade.
sua cessação ou alteração. (NR) (NR)
§ 2º O Chefe de Gabinete poderá, a qual- •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
quer momento, por despacho fundamenta- Complementar nº 942, de 6/6/2003.
do, fazer cessar ou alterar as medidas pre-
vistas neste artigo. (NR) Art. 271. Os procedimentos disciplinares puniti-
vos serão realizados pela Procuradoria Geral do
•• redação dada pelo artigo 1º, IV da Lei Estado e presididos por Procurador do Estado
Complementar nº 942, de 6/6/2003. confirmado na carreira. (NR)
Art. 267. O período de afastamento preventivo •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
computa-se como de efetivo exercício, não sen- Complementar nº 942, de 6/6/2003.

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CAPÍTULO II linha reta ou colateral, até o terceiro grau inclu-
DA SINDICÂNCIA sive, cônjuge, companheiro ou qualquer inte-
grante do núcleo familiar do denunciante ou do
Art. 272. São competentes para determinar a acusado, bem assim o subordinado deste. (NR)
instauração de sindicância as autoridades enu- •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
meradas no artigo 260. (NR) Complementar nº 942, de 6/6/2003.
Parágrafo único. Instaurada a sindicância, o Art. 276. A autoridade ou o funcionário desig-
Procurador do Estado que a presidir comu- nado deverão comunicar, desde logo, à autori-
nicará o fato ao órgão setorial de pessoal. dade competente, o impedimento que houver.
(NR) (NR)
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003. •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003.
Art. 273. Aplicam-se à sindicância as regras pre-
vistas nesta lei complementar para o processo Art. 277. O processo administrativo deverá ser
administrativo, com as seguintes modificações: instaurado por portaria, no prazo improrrogável
de 8 (oito) dias do recebimento da determina-
I – a autoridade sindicante e cada acusado ção, e concluído no de 90 (noventa) dias da cita-
poderão arrolar até 3 (três) testemunhas; ção do acusado.(NR)
II – a sindicância deverá estar concluída no § 1º Da portaria deverão constar o nome e
prazo de 60 (sessenta) dias; a identificação do acusado, a infração que
lhe é atribuída, com descrição sucinta dos
III – com o relatório, a sindicância será en- fatos, a indicação das normas infringidas e
viada à autoridade competente para a deci- a penalidade mais elevada em tese cabível.
são. (NR) (NR)
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003. § 2º Vencido o prazo, caso não concluído
o processo, o Procurador do Estado que o
presidir deverá imediatamente encaminhar
ao seu superior hierárquico relatório indi-
CAPÍTULO III cando as providências faltantes e o tempo
necessário para término dos trabalhos. (NR)
DO PROCESSO
ADMINISTRATIVO (NR) § 3º O superior hierárquico dará ciência dos
fatos a que se refere o parágrafo anterior e
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei das providências que houver adotado à au-
Complementar nº 942, de 6/6/2003. toridade que determinou a instauração do
Art. 274. São competentes para determinar a processo. (NR)
instauração de processo administrativo as auto- •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
ridades enumeradas no artigo 260, até o inciso Complementar nº 942, de 6/6/2003.
IV, inclusive. (NR)
Art. 278. Autuada a portaria e demais peças
•• redação dada pelo artigo 1º, V preexistentes, designará o presidente dia e hora
da Lei Complementar nº 942, de para audiência de interrogatório, determinando
6/6/2003. a citação do acusado e a notificação do denun-
Art. 275. Não poderá ser encarregado da apura- ciante, se houver. (NR)
ção, nem atuar como secretário, amigo íntimo
ou inimigo, parente consangüíneo ou afim, em

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§ 1º O mandado de citação deverá conter: § 1º A oitiva do denunciante deverá ser


(NR) acompanhada pelo advogado do acusado,
próprio ou dativo. (NR)
1. cópia da portaria;
§ 2º O acusado não assistirá à inquirição do
2. data, hora e local do interrogatório, que denunciante; antes porém de ser interroga-
poderá ser acompanhado pelo advogado do do, poderá ter ciência das declarações que
acusado; aquele houver prestado. (NR)
3. data, hora e local da oitiva do denuncian- •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
te, se houver, que deverá ser acompanhada Complementar nº 942, de 6/6/2003.
pelo advogado do acusado;
Art. 280. Não comparecendo o acusado, será,
4. esclarecimento de que o acusado será por despacho, decretada sua revelia, prosse-
defendido por advogado dativo, caso não guindo-se nos demais atos e termos do proces-
constitua advogado próprio; so. (NR)
5. informação de que o acusado poderá •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
arrolar testemunhas e requerer provas, no Complementar nº 942, de 6/6/2003.
prazo de 3 (três) dias após a data designada
para seu interrogatório; Art. 281. Ao acusado revel será nomeado advo-
gado dativo. (NR)
6. advertência de que o processo será ex-
tinto se o acusado pedir exoneração até o •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
interrogatório, quando se tratar exclusiva- Complementar nº 942, de 6/6/2003.
mente de abandono de cargo ou função,
bem como inassiduidade. Art. 282. O acusado poderá constituir advogado
que o representará em todos os atos e termos
§ 2º A citação do acusado será feita pessoal- do processo. (NR)
mente, no mínimo 2 (dois) dias antes do in-
terrogatório, por intermédio do respectivo § 1º É faculdade do acusado tomar ciência
superior hierárquico, ou diretamente, onde ou assistir aos atos e termos do processo,
possa ser encontrado. (NR) não sendo obrigatória qualquer notificação.
(NR)
§ 3º Não sendo encontrado em seu local
de trabalho ou no endereço constante de § 2º O advogado será intimado por publi-
seu assentamento individual, furtando-se o cação no Diário Oficial do Estado, de que
acusado à citação ou ignorando-se seu pa- conste seu nome e número de inscrição na
radeiro, a citação far-se-á por edital, publi- Ordem dos Advogados do Brasil, bem como
cado uma vez no Diário Oficial do Estado, no os dados necessários à identificação do pro-
mínimo 10 (dez) dias antes do interrogató- cedimento. (NR)
rio. (NR) § 3º Não tendo o acusado recursos financei-
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei ros ou negando-se a constituir advogado, o
Complementar nº 942, de 6/6/2003. presidente nomeará advogado dativo. (NR)

Art. 279. Havendo denunciante, este deverá § 4º O acusado poderá, a qualquer tempo,
prestar declarações, no interregno entre a data constituir advogado para prosseguir na sua
da citação e a fixada para o interrogatório do defesa. (NR)
acusado, sendo notificado para tal fim. (NR) •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003.

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Art. 283. Comparecendo ou não o acusado ao -se precatória para esse efeito à autoridade
interrogatório, inicia-se o prazo de 3 (três) dias do domicílio do depoente. (NR)
para requerer a produção de provas, ou apre-
sentá-las. (NR) § 4º São proibidas de depor as pessoas que,
em razão de função, ministério, ofício ou
§ 1º O presidente e cada acusado poderão profissão, devam guardar segredo, salvo se,
arrolar até 5 (cinco) testemunhas. (NR) desobrigadas pela parte interessada, quise-
rem dar o seu testemunho. (NR)
§ 2º A prova de antecedentes do acusado
será feita exclusivamente por documentos, •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
até as alegações finais. (NR) Complementar nº 942, de 6/6/2003.
§ 3º Até a data do interrogatório,será desig- Art. 286. A testemunha que morar em comar-
nada a audiência de instrução. (NR) ca diversa poderá ser inquirida pela autoridade
do lugar de sua residência, expedindo-se, para
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei esse fim, carta precatória, com prazo razoável,
Complementar nº 942, de 6/6/2003. intimada a defesa.
Art. 284. Na audiência de instrução, serão ouvi- § 1º Deverá constar da precatória a síntese
das, pela ordem, as testemunhas arroladas pelo da imputação e os esclarecimentos preten-
presidente e pelo acusado. (NR) didos, bem como a advertência sobre a ne-
Parágrafo único. Tratando-se de servidor cessidade da presença de advogado.
público, seu comparecimento poderá ser § 2º A expedição da precatória não suspen-
solicitado ao respectivo superior imediato derá a instrução do procedimento.
com as indicações necessárias. (NR)
§ 3º Findo o prazo marcado, o procedimen-
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei to poderá prosseguir até final decisão; a
Complementar nº 942, de 6/6/2003. todo tempo, a precatória, uma vez devolvi-
Art. 285. A testemunha não poderá eximir-se da, será juntada aos autos. (NR)
de depor, salvo se for ascendente, descendente, •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
cônjuge, ainda que legalmente separado, com- Complementar nº 942, de 6/6/2003.
panheiro, irmão, sogro e cunhado, pai, mãe ou
filho adotivo do acusado, exceto quando não for Art. 287. As testemunhas arroladas pelo acusa-
possível, por outro modo, obter-se ou integrar- do comparecerão à audiência designada inde-
-se a prova do fato e de suas circunstâncias. (NR) pendente de notificação.(NR)
§ 1º Se o parentesco das pessoas referidas § 1º Deverá ser notificada a testemunha
for com o denunciante, ficam elas proibidas cujo depoimento for relevante e que não
de depor, observada a exceção deste artigo. comparecer espontaneamente. (NR)
(NR)
§ 2º Se a testemunha não for localizada, a
§ 2º Ao servidor que se recusar a depor, defesa poderá substituí-la, se quiser, levan-
sem justa causa, será pela autoridade com- do na mesma data designada para a audi-
petente adotada a providência a que se re- ência outra testemunha, independente de
fere o artigo 262, mediante comunicação do notificação. (NR)
presidente. (NR)
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
§ 3º O servidor que tiver de depor como tes- Complementar nº 942, de 6/6/2003.
temunha fora da sede de seu exercício, terá
direito a transporte e diárias na forma da Art. 288. Em qualquer fase do processo, pode-
legislação em vigor, podendo ainda expedir- rá o presidente, de ofício ou a requerimento da

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defesa, ordenar diligências que entenda conve- Art. 290. Somente poderão ser indeferidos pelo
nientes. presidente, mediante decisão fundamentada,
os requerimentos de nenhum interesse para o
§ 1º As informações necessárias à instrução esclarecimento do fato, bem como as provas ilí-
do processo serão solicitadas diretamente, citas, impertinentes, desnecessárias ou protela-
sem observância de vinculação hierárquica, tórias. (NR)
mediante ofício, do qual cópia será juntada
aos autos. •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003.
§ 2º Sendo necessário o concurso de técni-
cos ou peritos oficiais, o presidente os re- Art. 291. Quando, no curso do procedimento,
quisitará, observados os impedimentos do surgirem fatos novos imputáveis ao acusado,
artigo 275. (NR) poderá ser promovida a instauração de novo
procedimento para sua apuração, ou, caso con-
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei veniente, aditada a portaria, reabrindo-se opor-
Complementar nº 942, de 6/6/2003. tunidade de defesa. (NR)
Art. 289. Durante a instrução, os autos do pro- •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
cedimento administrativo permanecerão na re- Complementar nº 942, de 6/6/2003.
partição competente. (NR)
Art. 292. Encerrada a fase probatória, dar-se-á
§ 1º Será concedida vista dos autos ao acu- vista dos autos à defesa, que poderá apresentar
sado, mediante simples solicitação, sempre alegações finais, no prazo de 7 (sete) dias. (NR)
que não prejudicar o curso do procedimen-
to. (NR) Parágrafo único. Não apresentadas no pra-
zo as alegações finais, o presidente desig-
§ 2º A concessão de vista será obrigatória, nará advogado dativo, assinando-lhe novo
no prazo para manifestação do acusado ou prazo. (NR)
para apresentação de recursos, mediante
publicação no Diário Oficial do Estado.(NR) •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003.
§ 3º Não corre o prazo senão depois da pu-
blicação a que se refere o parágrafo anterior Art. 293. O relatório deverá ser apresentado no
e desde que os autos estejam efetivamente prazo de 10 (dez) dias, contados da apresenta-
disponíveis para vista. (NR) ção das alegações finais. (NR)
§ 4º Ao advogado é assegurado o direito § 1º O relatório deverá descrever, em rela-
de retirar os autos da repartição, mediante ção a cada acusado, separadamente, as irre-
recibo, durante o prazo para manifestação gularidades imputadas, as provas colhidas e
de seu representado, salvo na hipótese de as razões de defesa, propondo a absolvição
prazo comum, de processo sob regime de ou punição e indicando, nesse caso, a pena
segredo de justiça ou quando existirem nos que entender cabível. (NR)
autos documentos originais de difícil res-
tauração ou ocorrer circunstância relevante § 2º O relatório deverá conter, também, a
que justifique a permanência dos autos na sugestão de quaisquer outras providências
repartição, reconhecida pela autoridade em de interesse do serviço público. (NR)
despacho motivado. (NR) •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei Complementar nº 942, de 6/6/2003.
Complementar nº 942, de 6/6/2003. Art. 294. Relatado, o processo será encaminha-
do à autoridade que determinou sua instaura-
ção. (NR)

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•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei § 1º Toda e qualquer juntada aos autos se
Complementar nº 942, de 6/6/2003. fará na ordem cronológica da apresentação,
rubricando o presidente as folhas acresci-
Art. 295. Recebendo o processo relatado, a au- das. (NR)
toridade que houver determinado sua instaura-
ção deverá, no prazo de 20 (vinte) dias, proferir § 2º Todos os atos ou decisões, cujo original
o julgamento ou determinar a realização de dili- não conste do processo, nele deverão figu-
gência, sempre que necessária ao esclarecimen- rar por cópia. (NR)
to de fatos. (NR)
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei Complementar nº 942, de 6/6/2003.
Complementar nº 942, de 6/6/2003.
Art. 301. Constará sempre dos autos da sindi-
Art. 296. Determinada a diligência, a autorida- cância ou do processo a folha de serviço do in-
de encarregada do processo administrativo terá diciado. (NR)
prazo de 15 (quinze) dias para seu cumprimen-
to, abrindo vista à defesa para manifestar-se em •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
5 (cinco) dias. (NR) Complementar nº 942, de 6/6/2003.

•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei Art. 302. Quando ao funcionário se imputar cri-
Complementar nº 942, de 6/6/2003. me, praticado na esfera administrativa, a autori-
dade que determinou a instauração do processo
Art. 297. Quando escaparem à sua alçada as administrativo providenciará para que se instau-
penalidades e providências que lhe parecerem re, simultaneamente, o inquérito policial. (NR)
cabíveis, a autoridade que determinou a instau-
ração do processo administrativo deverá propô- Parágrafo único. Quando se tratar de crime
-las, justificadamente, dentro do prazo para jul- praticado fora da esfera administrativa, a
gamento, à autoridade competente. (NR) autoridade policial dará ciência dele à auto-
ridade administrativa. (NR)
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003. •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003.
Art. 298. A autoridade que proferir decisão de-
terminará os atos dela decorrentes e as provi- Art. 303. As autoridades responsáveis pela con-
dências necessárias a sua execução. (NR) dução do processo administrativo e do inquéri-
to policial se auxiliarão para que os mesmos se
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei concluam dentro dos prazos respectivos. (NR)
Complementar nº 942, de 6/6/2003.
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Art. 299. As decisões serão sempre publicadas Complementar nº 942, de 6/6/2003.
no Diário Oficial do Estado, dentro do prazo de
8 (oito) dias, bem como averbadas no registro Art. 304. Quando o ato atribuído ao funcionário
funcional do servidor. (NR) for considerado criminoso, serão remetidas à
autoridade competente cópias autenticadas das
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei peças essenciais do processo. (NR)
Complementar nº 942, de 6/6/2003.
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Art. 300. Terão forma processual resumida, Complementar nº 942, de 6/6/2003.
quando possível, todos os termos lavrados pelo
secretário, quais sejam: autuação, juntada, con- Art. 305. Não será declarada a nulidade de ne-
clusão, intimação, data de recebimento, bem nhum ato processual que não houver influído
como certidões e compromissos. (NR) na apuração da verdade substancial ou direta-

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mente na decisão do processo ou sindicância. •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
(NR) Complementar nº 942, de 6/6/2003.
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei Art. 309. Não será instaurado processo para
Complementar nº 942, de 6/6/2003. apurar abandono de cargo ou função, bem
como inassiduidade, se o servidor tiver pedido
Art. 306. É defeso fornecer à imprensa ou a ou- exoneração. (NR)
tros meios de divulgação notas sobre os atos
processuais, salvo no interesse da Administra- •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
ção, a juízo do Secretário de Estado ou do Pro- Complementar nº 942, de 6/6/2003.
curador Geral do Estado. (NR)
Art. 310. Extingue-se o processo instaurado ex-
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei clusivamente para apurar abandono de cargo
Complementar nº 942, de 6/6/2003. ou função, bem como inassiduidade, se o in-
diciado pedir exoneração até a data designada
Art. 307. Decorridos 5 (cinco) anos de efetivo para o interrogatório, ou por ocasião deste. (NR)
exercício, contados do cumprimento da sanção
disciplinar, sem cometimento de nova infra- •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
ção, não mais poderá aquela ser considerada Complementar nº 942, de 6/6/2003.
em prejuízo do infrator, inclusive para efeito de
reincidência.(NR) Art. 311. A defesa só poderá versar sobre força
maior, coação ilegal ou motivo legalmente justi-
Parágrafo único. A demissão e a demissão a ficável. (NR)
bem do serviço público acarretam a incom-
patibilidade para nova investidura em car- •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
go, função ou emprego público, pelo prazo Complementar nº 942, de 6/6/2003.
de 5 (cinco) e 10 (dez) anos, respectivamen-
te. (NR)
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei CAPÍTULO V
Complementar nº 942, de 6/6/2003. DOS RECURSOS (NR)
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003.
CAPÍTULO IV Art. 312. Caberá recurso, por uma única vez, da
DO PROCESSO POR ABANDONO decisão que aplicar penalidade. (NR)
DO CARGO OU FUNÇÃO E POR
§ 1º O prazo para recorrer é de 30 (trinta)
INASSIDUIDADE (NR) dias, contados da publicação da decisão im-
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei pugnada no Diário Oficial do Estado ou da
Complementar nº 942, de 6/6/2003. intimação pessoal do servidor, quando for o
caso. (NR)
Art. 308. Verificada a ocorrência de faltas ao
serviço que caracterizem abandono de cargo § 2º Do recurso deverá constar, além do
ou função, bem como inassiduidade, o supe- nome e qualificação do recorrente, a expo-
rior imediato comunicará o fato à autoridade sição das razões de inconformismo. (NR)
competente para determinar a instauração de § 3º O recurso será apresentado à autorida-
processo disciplinar, instruindo a representação de que aplicou a pena, que terá o prazo de
com cópia da ficha funcional do servidor e ates- 10 (dez) dias para, motivadamente, manter
tados de freqüência. (NR) sua decisão ou reformá-la. (NR)

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§ 4º Mantida a decisão, ou reformada par- § 3º Os pedidos formulados em desacordo
cialmente, será imediatamente encaminha- com este artigo serão indeferidos. (NR)
da a reexame pelo superior hierárquico.
(NR) § 4º O ônus da prova cabe ao requerente.
(NR)
§ 5º O recurso será apreciado pela autorida-
de competente ainda que incorretamente •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
denominado ou endereçado. (NR) Complementar nº 942, de 6/6/2003.

•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei Art. 316. A pena imposta não poderá ser agra-
Complementar nº 942, de 6/6/2003. vada pela revisão. (NR)

Art. 313. Caberá pedido de reconsideração, que •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
não poderá ser renovado, de decisão tomada Complementar nº 942, de 6/6/2003.
pelo Governador do Estado em única instância, Art. 317. A instauração de processo revisional
no prazo de 30 (trinta) dias. (NR) poderá ser requerida fundamentadamente pelo
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei interessado ou, se falecido ou incapaz, por seu
Complementar nº 942, de 6/6/2003. curador, cônjuge, companheiro, ascendente,
descendente ou irmão, sempre por intermédio
Art. 314. Os recursos de que trata esta lei com- de advogado. (NR)
plementar não têm efeito suspensivo; os que
forem providos darão lugar às retificações ne- Parágrafo único. O pedido será instruído
cessárias, retroagindo seus efeitos à data do ato com as provas que o requerente possuir ou
punitivo. (NR) com indicação daquelas que pretenda pro-
duzir. (NR)
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003. •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003.
Art. 318. A autoridade que aplicou a penalida-
de, ou que a tiver confirmado em grau de recur-
CAPÍTULO VI so, será competente para o exame da admissi-
DA REVISÃO (NR) bilidade do pedido de revisão, bem como, caso
deferido o processamento, para a sua decisão
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei final. (NR)
Complementar nº 942, de 6/6/2003.
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Art. 315. Admitir-se-á, a qualquer tempo, a re- Complementar nº 942, de 6/6/2003.
visão de punição disciplinar de que não caiba
mais recurso, se surgirem fatos ou circunstân- Art. 319. Deferido o processamento da revisão,
cias ainda não apreciados, ou vícios insanáveis será este realizado por Procurador de Estado
de procedimento, que possam justificar redu- que não tenha funcionado no procedimento
ção ou anulação da pena aplicada. (NR) disciplinar de que resultou a punição do reque-
rente. (NR)
§ 1º A simples alegação da injustiça da de-
cisão não constitui fundamento do pedido. •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
(NR) Complementar nº 942, de 6/6/2003.
§ 2º Não será admitida reiteração de pedido Art. 320. Recebido o pedido, o presidente pro-
pelo mesmo fundamento. (NR) videnciará o apensamento dos autos originais
e notificará o requerente para, no prazo de 8

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(oito) dias, oferecer rol de testemunhas, ou re-


querer outras provas que pretenda produzir.
Parágrafo único. No processamento da re-
visão serão observadas as normas previstas
nesta lei complementar para o processo ad-
ministrativo. (NR)
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003.
Art. 321. A decisão que julgar procedente a re-
visão poderá alterar a classificação da infração,
absolver o punido, modificar a pena ou anular
o processo, restabelecendo os direitos atingidos
pela decisão reformada. (NR)
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003.

DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 322. O dia 28 de outubro será consagrado
ao “Funcionário Público Estadual”.
Art. 323. Os prazos previstos neste Estatuto se-
rão todos contados por dias corridos.
Parágrafo único. Não se computará no pra-
zo o dia inicial, prorrogando-se o vencimen-
to, que incidir em sábado, domingo, feriado
ou facultativo, para o primeiro dia útil se-
guinte.

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Normas da Corregedoria Geral da Justiça

Professor Giuliano Tamagno

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Normas da Corregedoria
Geral da Justiça

TOMO I – CAPÍTULO II – SEÇÃO I – SUBSEÇÕES I E II

APRESENTAÇÃO Permanente serão encaminhados à Corre-


gedoria Geral da Justiça para revisão hierár-
quica.
Por ser penosa e difícil a consulta de tex-
tos esparsos em numerosos provimentos, § 3º Consultas sobre aplicação ou interpre-
reuniam-se, pela primeira vez e num só vo- tação destas Normas de Serviço serão apre-
lume, as normas correcionais emanadas da ciadas pelo Juiz Corregedor Permanente
Presidência do Tribunal de Justiça, do Con- que, a requerimento do interessado ou de
selho Superior da Magistratura e da Corre- ofício se houver dúvida fundada devida-
gedoria Geral, relativas à disciplina da fun- mente justificada, submeterá suas decisões
ção correcional e dos serviços auxiliares. à Corregedoria Geral da Justiça.

Subseção I
DA CORREGEDORIA PERMANENTE
DA FUNÇÃO CORRECIONAL E DAS CORREIÇÕES ORDINÁRIAS,
Das Atribuições EXTRAORDINÁRIAS E VISITAS
Art. 5º A função correcional consiste na orienta- CORRECIONAIS
ção, reorganização e fiscalização dos órgãos e
serviços judiciários de primeira instância, bem Art. 6º A função correcional será exercida em
como na fiscalização da polícia judiciária, dos caráter permanente e mediante correições ordi-
estabelecimentos prisionais e dos demais esta- nárias ou extraordinárias e visitas correcionais.
belecimentos em relação aos quais, por impo- § 1º A correição ordinária consiste na fisca-
sição legal, esses deveres forem atribuídos ao lização prevista e efetivada segundo estas
Poder Judiciário e é exercida, no Estado de São normas e leis de organização judiciária.
Paulo, pelo Corregedor Geral da Justiça e, nos
limites de suas atribuições, pelos Juízes de Pri- § 2º A correição extraordinária consiste
meiro Grau. em fiscalização excepcional, realizada a
qualquer momento e sem prévio anúncio
§ 1º No desempenho da função correcional, e poderá ser geral ou parcial, conforme as
poderão ser editadas ordens de serviço e necessidades e conveniência do serviço cor-
demais atos administrativos de orientação recional.
e disciplina, corrigidos os erros e sanciona-
das as infrações, após regular procedimento § 3º A visita correcional consiste na fiscali-
administrativo disciplinar, sem prejuízo de zação direcionada à verificação da regula-
apurações civis e criminais. ridade de funcionamento da unidade, do
saneamento de irregularidades constatadas
§ 2º As ordens de serviço e demais atos ad- em correições ou ao exame de algum aspec-
ministrativos editados pelo Juiz Corregedor

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to da regularidade ou da continuidade dos vo, o juiz fará visita correcional às unidades sob
serviços e atos praticados. sua corregedoria, com o intuito de constatar a
regularidade dos serviços, observado o modelo
§ 4º As atas das correições e visitas serão disponibilizado.
encaminhadas à Corregedoria Geral da Jus-
tiça nos prazos que seguem: § 1º A visita correcional independe de edi-
tal ou qualquer outra providência e dela se
I – correição ordinária – até 60 (sessenta) lançará sucinto termo no livro de visitas e
dias após realizada; correições, no qual também constarão as
II – correição extraordinária ou visita corre- determinações que o Juiz Corregedor Per-
cional – até 15 (quinze) dias após realizada. manente eventualmente fizer no momento.

§ 5º A Corregedoria Geral da Justiça imple- § 2º Se o juiz assumir a corregedoria perma-


mentará, gradativamente, a correição virtu- nente em caráter definitivo a partir do mês
al, com vistas ao controle permanente das de novembro, a correição geral ordinária
atividades subordinadas à sua disciplina. prescindirá da visita correcional.

Art. 7º A Corregedoria Permanente será exerci- Art. 10. O escrivão auxiliará o Juiz Corregedor
da pelo juiz a que a normatividade correcional Permanente nas diligências correcionais, facul-
cometer tal atribuição. tada a nomeação de escrivão ‘ad hoc’ entre os
demais servidores da unidade.
§ 1º O Corregedor Geral da Justiça, com
aprovação do Conselho Superior da Magis- Art. 11. Durante os serviços correcionais, todos
tratura, poderá, por motivo de interesse os funcionários da unidade permanecerão à
público ou conveniência da administração, disposição do Corregedor Geral da Justiça, dos
alterar a designação do Corregedor Perma- Juízes Assessores da Corregedoria Geral ou do
nente. Juiz Corregedor Permanente, sem prejuízo de
requisição de auxílio externo ou de requisição
§ 2º Se não houver alteração no início do de força policial.
ano judiciário, prevalecerão as designações
do ano anterior. Art. 13. Os estabelecimentos prisionais e outros
destinados ao recolhimento de pessoas, sujei-
Art. 8º O Juiz Corregedor Permanente efetuará, tos à atividade correcional do juízo, serão visita-
uma vez por ano, de preferência no mês de de- dos uma vez por mês (art. 66, inciso VII, da LEP).
zembro, correição ordinária em todas as serven-
tias, repartições e demais estabelecimentos su- § 1º Realizará a visita o Juiz Corregedor Per-
jeitos à sua fiscalização correcional, lavrando-se manente ou o juiz a quem, por decisão do
o correspondente termo no livro próprio. Corregedor Geral da Justiça, essa atribuição
for delegada.
§ 1º A correição ordinária será anunciada
por edital, afixado no átrio do fórum e pu- § 2º A inspeção mensal será registrada em
blicado no Diário da Justiça Eletrônico, com termo sucinto no Livro de Visitas e Correi-
pelo menos quinze dias de antecedência, ções, podendo conter unicamente o regis-
bem como comunicada à Ordem dos Advo- tro da presença, sem prejuízo do cadastro
gados do Brasil da respectiva subseção. eletrônico da inspeção perante o Conselho
Nacional de Justiça e, após sua lavratura,
§ 2º O Juiz Corregedor Permanente seguirá cópia será encaminhada à autoridade admi-
o termo padrão de correição disponibiliza- nistrativa da unidade prisional, para arqui-
do pela Corregedoria Geral da Justiça. vamento em livro de folhas soltas.
Art. 9º Em até 30 (trinta) dias depois de assumir
a corregedoria permanente em caráter definiti-

1116 www.acasadoconcurseiro.com.br
Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I – Capítulo II - Seção I – Subseções I e II – Prof. Giuliano Tamagno

§ 3º Ressalvado o afastamento deferido por cedimento, remeter-se-á cópia da decisão


prazo igual ou superior a trinta dias, ou mo- proferida, com ciência ao servidor do de-
tivo relevante devidamente comunicado à cidido, e certidão indicativa do trânsito em
Corregedoria Geral da Justiça, o Juiz Corre- julgado.
gedor Permanente realizará, pessoalmente,
as visitas mensais, vedada a atribuição des- Art. 17. Eventuais recursos serão entranhados
sa atividade ao juiz que estiver responden- nos autos originais e remetidos à Corregedoria
do pela vara por período inferior. Geral da Justiça.

Art. 14. A sistemática prevista no art. 13 não de- Art. 18. Sem prejuízo da atribuição ao Juiz Cor-
sobriga a visita mensal às Cadeias Públicas, sob regedor Permanente, o Corregedor Geral da Jus-
responsabilidade tanto dos Juízes de Varas Pri- tiça poderá aplicar, originariamente, as sanções
vativas de Execuções Criminais como daqueles cabíveis e, enquanto não prescrita a infração,
que acumulem outros serviços anexos. reexaminar, de ofício ou mediante provocação,
decisões absolutórias ou de arquivamento.
Das Apurações Preliminares,
Sindicâncias e Processos
Administrativos
Art. 15. As apurações preliminares, as sindicân-
cias e os processos administrativos relativos ao
pessoal das serventias judiciais serão realizados
pelos Juízes Corregedores Permanentes a que,
na atualidade do procedimento, estiverem su-
bordinados os servidores.
Parágrafo único. O Corregedor Geral da Jus-
tiça poderá avocar procedimento disciplinar
em qualquer fase, a pedido ou de ofício,
designar Juiz Corregedor Processante para
todos os atos pertinentes e atribuir serviços
auxiliares à unidade diversa daquela a que
estiver vinculado o servidor.
Art. 16. Os Juízes Corregedores Permanentes
comunicarão à Corregedoria Geral da Justiça a
instauração de qualquer procedimento adminis-
trativo, mediante remessa de cópia da portaria
inaugural, para processamento do acompanha-
mento:
I – das apurações preliminares pela Direto-
ria da Corregedoria – DICOGE;
II – das sindicâncias e dos processos admi-
nistrativos pela Secretaria de Planejamento
de Recursos Humanos – SPRH.
Parágrafo único. Idêntico procedimento
adotar-se-á em relação a todos os atos de-
cisórios subsequentes e, ao término do pro-

www.acasadoconcurseiro.com.br 1117
Slides – TOMO I – CAPÍTULO II – SEÇÃO I – SUBSEÇÕES I E II

APRESENTAÇÃO
Por ser penosa e difícil a consulta
de textos esparsos em numerosos
provimentos, reuniam-se, pela primeira
vez e num só volume, as normas
correcionais emanadas da Presidência
do Tribunal de Justiça, do Conselho
Superior da Magistratura e da
Corregedoria Geral, relativas à disciplina
da função correcional e dos serviços
auxiliares.

DA FUNÇÃO CORRECIONAL
Das Atribuições
Art. 5º A função correcional consiste na orientação, reorganização e fiscalização
dos órgãos e serviços judiciários de primeira instância, bem como na fiscalização
da polícia judiciária, dos estabelecimentos prisionais e dos demais
estabelecimentos em relação aos quais, por imposição legal, esses deveres forem
atribuídos ao Poder Judiciário e é exercida, no Estado de São Paulo, pelo
Corregedor Geral da Justiça e, nos limites de suas atribuições, pelos Juízes de
Primeiro Grau.
§ 1º No desempenho da função correcional, poderão ser editadas ordens de serviço
e demais atos administrativos de orientação e disciplina, corrigidos os erros e
sancionadas as infrações, após regular procedimento administrativo disciplinar, sem
prejuízo de apurações civis e criminais.

1118 www.acasadoconcurseiro.com.br
Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I – Capítulo II - Seção I – Subseções I e II – Prof. Giuliano Tamagno

§ 2º As ordens de serviço e demais atos administrativos editados pelo Juiz


Corregedor Permanente serão encaminhados à Corregedoria Geral da
Justiça para revisão hierárquica.

§ 3º Consultas sobre aplicação ou interpretação destas Normas de Serviço


serão apreciadas pelo Juiz Corregedor Permanente que, a requerimento
do interessado ou de ofício se houver dúvida fundada devidamente
justificada, submeterá suas decisões à Corregedoria Geral da Justiça.

FUNÇÃO
CORRECIONAL
Orientação, reorganização e fiscalização dos órgãos e
serviços judiciários de primeira instância.
Atribuições
(art.5º) Fiscalização da polícia judiciária, dos estabelecimentos
prisionais e dos demais estabelecimentos em relação aos
quais, por imposição legal, esses deveres forem atribuídos ao Poder
Judiciário.

Em caráter permanente e
Pelo Corregedor
Exercida no mediante correições
Geral da Justiça.
Estado de São ordinárias ou
Paulo Pelos Juízes de Primeiro extraordinárias e visitas
(art. 5ª) Grau, nos limites de correcionais (art. 6º, caput).
suas atribuições.
6

www.acasadoconcurseiro.com.br 1119
ORDENS DE SERVIÇO e demais ATOS ADMINISTRATIVOS de orientação e disciplina
(Art. 5º, §1º, §2º e §3º)

Poderão ser editadas no desempenho da função correcional, ordens de serviço e


demais atos administrativos de orientação e disciplina, corrigidos os erros e
sancionadas as infrações, após regular procedimento administrativo disciplinar, sem
prejuízo de apurações civis e criminais.

Encaminhados à Corregedoria Geral da


Editados pelo Juiz Corregedor Permanente Justiça para revisão hierárquica.

Consultas sobre aplicação ou interpretação destas Normas de Serviço.

Apreciadas pelo Juiz Corregedor Permanente. Submeterá suas decisões à


Corregedoria Geral da Justiça
A requerimento do interessado ou de ofício
se houver dúvida fundada devidamente justificada.
7

Da Corregedoria Permanente e Das Correições Ordinárias,


Extraordinárias e Visitas Correcionais
Art. 6º A função correcional será exercida em caráter permanente e mediante
correições ordinárias ou extraordinárias e visitas correcionais.
§ 1º A correição ordinária consiste na fiscalização prevista e efetivada segundo estas
normas e leis de organização judiciária.
§ 2º A correição extraordinária consiste em fiscalização excepcional, realizada a
qualquer momento e sem prévio anúncio e poderá ser geral ou parcial, conforme as
necessidades e conveniência do serviço correcional.
§ 3º A visita correcional consiste na fiscalização direcionada à verificação da
regularidade de funcionamento da unidade, do saneamento de irregularidades
constatadas em correições ou ao exame de algum aspecto da regularidade ou da
continuidade dos serviços e atos praticados.

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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I – Capítulo II - Seção I – Subseções I e II – Prof. Giuliano Tamagno

§ 4º As atas das correições e visitas serão encaminhadas à Corregedoria Geral da


Justiça nos prazos que seguem:
I - correição ordinária – até 60 (sessenta) dias após realizada;
II - correição extraordinária ou visita correcional – até 15 (quinze) dias após realizada.
§ 5º A Corregedoria Geral da Justiça implementará, gradativamente, a correição
virtual, com vistas ao controle permanente das atividades subordinadas à sua
disciplina.

Art. 7º A Corregedoria Permanente será exercida pelo juiz a que a normatividade


correcional cometer tal atribuição.
§ 1º O Corregedor Geral da Justiça, com aprovação do Conselho Superior da
Magistratura, poderá, por motivo de interesse público ou conveniência da
administração, alterar a designação do Corregedor Permanente.
§ 2º Se não houver alteração no início do ano judiciário, prevalecerão as designações
do ano anterior.

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Art. 8º O Juiz Corregedor Permanente efetuará, uma vez por ano, de preferência no
mês de dezembro, correição ordinária em todas as serventias, repartições e demais
estabelecimentos sujeitos à sua fiscalização correcional, lavrando-se o correspondente
termo no livro próprio.
§ 1º A correição ordinária será anunciada por edital, afixado no átrio do fórum e
publicado no Diário da Justiça Eletrônico, com pelo menos quinze dias de
antecedência, bem como comunicada à Ordem dos Advogados do Brasil da
respectiva subseção.
§ 2º O Juiz Corregedor Permanente seguirá o termo padrão de correição
disponibilizado pela Corregedoria Geral da Justiça.

Art. 9º Em até 30 (trinta) dias depois de assumir a corregedoria permanente em


caráter definitivo, o juiz fará visita correcional às unidades sob sua corregedoria, com
o intuito de constatar a regularidade dos serviços, observado o modelo
disponibilizado.
§ 1º A visita correcional independe de edital ou qualquer outra providência e dela se
lançará sucinto termo no livro de visitas e correições, no qual também constarão as
determinações que o Juiz Corregedor Permanente eventualmente fizer no momento.
§ 2º Se o juiz assumir a corregedoria permanente em caráter definitivo a partir do mês
de novembro, a correição geral ordinária prescindirá da visita correcional.

1122 www.acasadoconcurseiro.com.br
Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I – Capítulo II - Seção I – Subseções I e II – Prof. Giuliano Tamagno

Art. 10. O escrivão auxiliará o Juiz Corregedor Permanente nas diligências


correcionais, facultada a nomeação de escrivão ‘ad hoc’ entre os demais servidores
da unidade.

Art. 11. Durante os serviços correcionais, todos os funcionários da unidade


permanecerão à disposição do Corregedor Geral da Justiça, dos Juízes Assessores da
Corregedoria Geral ou do Juiz Corregedor Permanente, sem prejuízo de requisição
de auxílio externo ou de requisição de força policial.

Art. 13. Os estabelecimentos prisionais e outros destinados ao recolhimento de


pessoas, sujeitos à atividade correcional do juízo, serão visitados uma vez por mês
(art. 66, inciso VII, da LEP).
§ 1º Realizará a visita o Juiz Corregedor Permanente ou o juiz a quem, por decisão do
Corregedor Geral da Justiça, essa atribuição for delegada.
§ 2º A inspeção mensal será registrada em termo sucinto no Livro de Visitas e
Correições, podendo conter unicamente o registro da presença, sem prejuízo do
cadastro eletrônico da inspeção perante o Conselho Nacional de Justiça e, após sua
lavratura, cópia será encaminhada à autoridade administrativa da unidade prisional,
para arquivamento em livro de folhas soltas.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1123
§ 3º Ressalvado o afastamento deferido por prazo igual ou superior a trinta dias, ou
motivo relevante devidamente comunicado à Corregedoria Geral da Justiça, o Juiz
Corregedor Permanente realizará, pessoalmente, as visitas mensais, vedada a
atribuição dessa atividade ao juiz que estiver respondendo pela vara por período
inferior.

Art. 14. A sistemática prevista no art. 13 não desobriga a visita mensal às Cadeias
Públicas, sob responsabilidade tanto dos Juízes de Varas Privativas de Execuções
Criminais como daqueles que acumulem outros serviços anexos.

Corregedoria Permanente
Alteração da designação
do Corregedor Permanente • Escrivão auxiliará o Juiz Corregedor
Permanente nas diligências correcionais;
Exercida pelo Juiz
• Facultada a nomeação de escrivão ‘ad
• Por motivo de interesse público ou hoc’ entre os demais servidores da
conveniência da administração; unidade.
• Pelo Corregedor Geral da Justiça;
• Com aprovação do Conselho Superior da
Magistratura. Visita aos estabelecimentos prisionais e outros de
recolhimento de pessoas, sujeitos à atividade
correcional do juízo.
Ressalvado o afastamento deferido por prazo
igual ou superior a trinta dias, ou motivo
relevante devidamente comunicado à Realizará a visita o Juiz Corregedor Permanente ou
Corregedoria Geral da Justiça, o Juiz Corregedor o juiz a quem, por decisão do Corregedor Geral da
Permanente realizará, pessoalmente, as visitas Justiça, essa atribuição for delegada.
mensais, vedada a atribuição dessa atividade ao
juiz que estiver respondendo pela vara por
período inferior. Serão visitados uma vez por mês.
16

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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I – Capítulo II - Seção I – Subseções I e II – Prof. Giuliano Tamagno

CORREIÇÃO ORDINÁRIA CORREIÇÃO EXTRAORDINÁRIA VISITA CORRECIONAL


(Art. 6º, §1º, §4º, I) (Art. 6º, §2º,§4º, II) (Art. 6º, §3º, §4º, II)

Fiscalização prevista e Fiscalização excepcional, Fiscalização direcionada à verificação


efetivada segundo estas realizada a qualquer momento e da regularidade de funcionamento da
normas e leis de sem prévio anúncio e poderá ser
unidade, do saneamento de
organização judiciária. geral ou parcial, conforme as
irregularidades constatadas em
necessidades e conveniência do
correições ou ao exame de algum
serviço correcional.
aspecto da regularidade ou da
Ata enviadas à continuidade dos serviços e atos
Corregedoria Geral da praticados.
União Ata enviada à Corregedoria
Geral da União
Ata enviada à Corregedoria Geral
da União
Até 60 (sessenta) dias
após realizada Até 15 (quinze) dias após
realizada Até 15 (quinze) dias após realizada
17

CORREIÇÃO ORDINÁRIA

• 1 X por ano, de preferência, em dezembro;


• Pelo Juiz Corregedor Permanente, seguindo o termo padrão de correição disponibilizado pela
Corregedoria Geral da Justiça.
• Em todas as serventias, repartições e estabelecimentos sujeitos à sua fiscalização correcional.
• Lavrando-se termo no livro próprio;
• Anunciada por edital, afixado no átrio do fórum, publicado no Diário da Justiça Eletrônico com pelo
menos 15 dias de antecedência;
• Comunicação à OAB da respectiva subseção;

18

www.acasadoconcurseiro.com.br 1125
VISITA CORRECIONAL

• Até 30 (trinta) dias depois de assumir a corregedoria permanente em caráter definitivo;


• Nas às unidades sob sua corregedoria,
• Com intuito de constatar a regularidade dos serviços, observado o modelo disponibilizado.
• Independe de edital ou qualquer outra providência
• Lavrando-se termo no livro de visitas e correições, no qual também constarão as determinações que
o Juiz Corregedor Permanente eventualmente fizer no momento.

• Se o juiz assumir a corregedoria permanente em caráter definitivo a partir do mês de novembro, a


correição geral ordinária prescindirá da visita correcional.

19

Das Apurações Preliminares, Sindicâncias e Processos Administrativos

Art. 15. As apurações preliminares, as sindicâncias e os processos administrativos


relativos ao pessoal das serventias judiciais serão realizados pelos Juízes
Corregedores Permanentes a que, na atualidade do procedimento, estiverem
subordinados os servidores.
Parágrafo único. O Corregedor Geral da Justiça poderá avocar procedimento
disciplinar em qualquer fase, a pedido ou de ofício, designar Juiz Corregedor
Processante para todos os atos pertinentes e atribuir serviços auxiliares à unidade
diversa daquela a que estiver vinculado o servidor.

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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I – Capítulo II - Seção I – Subseções I e II – Prof. Giuliano Tamagno

Art. 16. Os Juízes Corregedores Permanentes comunicarão à Corregedoria Geral da


Justiça a instauração de qualquer procedimento administrativo, mediante remessa de
cópia da portaria inaugural, para processamento do acompanhamento:
I - das apurações preliminares pela Diretoria da Corregedoria – DICOGE;
II - das sindicâncias e dos processos administrativos pela Secretaria de Planejamento
de Recursos Humanos – SPRH.
Parágrafo único. Idêntico procedimento adotar-se-á em relação a todos os atos
decisórios subsequentes e, ao término do procedimento, remeter-se-á cópia da
decisão proferida, com ciência ao servidor do decidido, e certidão indicativa do
trânsito em julgado.

Art. 17. Eventuais recursos serão entranhados nos autos originais e remetidos à
Corregedoria Geral da Justiça.

Art. 18. Sem prejuízo da atribuição ao Juiz Corregedor Permanente, o Corregedor


Geral da Justiça poderá aplicar, originariamente, as sanções cabíveis e, enquanto não
prescrita a infração, reexaminar, de ofício ou mediante provocação, decisões
absolutórias ou de arquivamento.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1127
Normas da Corregedoria
Geral da Justiça

TOMO I – CAPÍTULO III – SEÇÕES I, II, V, VI, VII

CAPÍTULO III doria e partidoria e, nos termos da lei, do


DOS OFÍCIOS DE JUSTIÇA EM GERAL arquivo geral.
§ 2º Nas comarcas em que existir uma úni-
DISPOSIÇÕES INICIAIS ca vara e um único ofício de justiça, a este
competem as atribuições dos serviços de
Art. 26. As disposições deste capítulo têm cará- distribuição, de contadoria e partidoria.
ter geral e aplicam-se a todos os ofícios de jus-
tiça, no que não contrariarem as disposições es- Seção V
pecíficas contidas em capítulo próprio. DO SISTEMA INFORMATIZADO
Art. 27. Os servidores da justiça darão atendi- OFICIAL
mento prioritário às pessoas portadoras de de-
ficiência, aos idosos, às gestantes, às lactantes e Subseção I
às pessoas acompanhadas por crianças de colo, DISPOSIÇÕES GERAIS
mediante garantia de lugar privilegiado em filas,
distribuição de senhas com numeração adequa- Art. 46. Os procedimentos de registro e docu-
da ao atendimento preferencial, alocação de es- mentação dos processos judiciais e administrati-
paço para atendimento exclusivo no balcão, ou vos realizar-se-ão diretamente no sistema infor-
implantação de qualquer outro sistema que, ob- matizado oficial ou em livros e classificadores,
servadas as peculiaridades existentes, assegure conforme disciplina destas Normas de Serviço,
a prioridade. e destinam-se:

Seção II I – à preservação da memória de dados ex-


DAS ATRIBUIÇÕES traídos dos feitos e da respectiva movimen-
tação processual;
Art. 28. Atribuir-se-ão aos ofícios de justiça os II – ao controle dos processos, de modo a
serviços inerentes à competência das respecti- garantir a segurança, assegurar a pronta
vas varas e da Corregedoria Permanente. localização física, verificar o andamento e
Art. 29. Competem aos ofícios de justiça os ser- permitir a elaboração de estatísticas e ou-
viços do foro judicial, atribuindo-se-lhes a nu- tros instrumentos de aprimoramento da
meração ordinal e a denominação da respectiva prestação jurisdicional.
vara, onde houver mais de uma. Art. 47. Os servidores dos ofícios de justiça de-
§ 1º Nas comarcas e foros distritais com verão se adaptar continuamente às evoluções
mais de uma vara, haverá um ofício ou se- do sistema informatizado oficial, utilizando ple-
ção de distribuição judicial, ao qual incum- namente as funcionalidades disponibilizadas
bem os serviços de distribuição, de conta- para a realização dos atos pertinentes ao ser-

www.acasadoconcurseiro.com.br 1129
viço (emissão de certidões, ofícios, mandados, Corregedoria Geral da Justiça qualquer irregula-
cargas de autos etc.). Parágrafo único. Para efei- ridade.
to de divisão do trabalho entre os escreventes
técnicos judiciários, oficiais de justiça e juízes, e Subseção III
outras providências necessárias à ordem do ser- DO CADASTRAMENTO,
viço, o sistema informatizado atribuirá a cada MOVIMENTAÇÃO E CONTROLE
processo distribuído um número de controle
ELETRÔNICO DE PROCESSOS E
interno da unidade judicial, sem prejuízo do nú-
mero do processo (número do protocolo que INCIDENTES PROCESSUAIS
seguirá série única).
Art. 52. Os distribuidores e os ofícios de justiça
Art. 48. Iniciada a operação do SAJ/PG, de utili- deverão, no sistema informatizado oficial, ob-
zação obrigatória pelasvaras e ofícios de justiça, servadas suas respectivas atribuições:
serão excluídos todos os programas eventual-
I – cadastrar todos os feitos distribuídos ao
mente em uso.
respectivo juízo;
Subseção II II – anotar a movimentação e a prática dos
DA SEGURANÇA DO SISTEMA atos processuais (citações, intimações,
juntadas de mandados e respectiva data,
Art. 49. Os níveis de acesso às informações e termos, despachos, cargas, sentenças, re-
o respectivo credenciamento (senha) dos fun- messas à instância superior para recurso,
cionários, para operação do SAJ/PG, serão es- entrega ou remessa de autos que não im-
tabelecidos em expediente interno pela Corre- portem em devolução etc.);
gedoria Geral da Justiça, com a participação da
Secretaria de Tecnologia da Informação – STI. III – consignar os serviços administrativos
pertinentes (desarquivamentos, inutilização
§ 1º É vedado ao funcionário credenciado ou destruição de autos etc.).
ceder a respectiva senha ou permitir que
outrem, funcionário ou não, use-a para Art. 53. A inserção de dados no sistema infor-
acessar indevidamente o sistema informa- matizado oficial será a mais completa e abran-
tizado. gente possível, de modo que todas as ocorrên-
cias do processo físico constem do ambiente
§ 2º Os escrivães judiciais comunicarão virtual, formando banco de dados que servirá
prontamente à STI as alterações no quadro de memória permanente.
funcional da unidade, para o processamen-
to da revogação ou novo credenciamento. § 1º O cadastro conterá as principais infor-
mações a respeito do processo, de modo a
Art. 50. As alterações, exclusões e retificações individualizá-lo com exatidão (qualificação
feitas de modo geral nos dados registrados pelo das partes e de eventuais representantes,
sistema serão definidas por níveis de criticida- advogados e os respectivos números de
de, cujo acesso a Corregedoria Geral da Justiça inscrição na OAB, valor dacausa, objeto da
estabelecerá. Os dados retificados, alterados ou ação etc).
excluídos serão conservados pelo sistema e to-
das as operações realizadas vinculadas ao usuá- § 2º As anotações de movimentação pro-
rio que as realiza. cessual devem ser fidedignas, claras e atua-
lizadas, de forma a refletir o atual estado do
Art. 51. Os escrivães judiciais do serviço de dis- processo e a garantir a utilidade do sistema.
tribuição e dos ofícios de justiça realizarão au-
ditoria semanal no sistema, de acordo com os § 3º O arquivamento dos autos será prece-
níveis de criticidade definidos, comunicando à dido da conferência e eventual atualização

1130 www.acasadoconcurseiro.com.br
Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I - Capítulo III - Seções I, II, V, VI, VII – Prof. Giuliano Tamagno

do cadastro, para que nele figurem os da- o estado civil, a profissão, bem como o en-
dos necessários à extração de certidão. dereço residencial ou domiciliar completo,
inclusive CEP;
Art. 54. Constarão do sistema informatizado:
Art. 56. Os dados obrigatórios previstos no art.
I – nos processos cíveis, de família e su- 55 serão apresentados pelos requerentes, na
cessões, da fazenda pública, da infância e petição inicial, e pelos requeridos, na primeira
juventude, de acidentes do trabalho e do oportunidade de postulação em juízo (contesta-
juizado especial cível: o número do proces- ção, juntada de procuração, pedido de vista, de-
so; o nome e a qualificação do autor e do fesa preliminar, pedido de revogação de prisão
réu; a natureza do feito; a data da distribui- preventiva etc.
ção; o número, livro e folhas do registro da
sentença, quando adotado; o inteiro teor Art. 77.  Além de outros previstos neste
de pronunciamentos judiciais (despachos, Código, são deveres das partes, de seus
decisões interlocutórias, sentenças e acór- procuradores e de todos aqueles que de
dãos); anotações sobre recursos; a data do qualquer forma participem do processo:
trânsito em julgado; o arquivamento (data
e caixa) e outras observações que se enten- V – declinar, no primeiro momento que
derem relevantes; lhes couber falar nos autos, o endereço
residencial ou profissional onde rece-
II – nos processos criminais, do júri e do berão intimações, atualizando essa in-
juizado especial criminal: o número do pro- formação sempre que ocorrer qualquer
cesso; o nome e qualificação do réu; a data modificação temporária ou definitiva;
do fato; a data do recebimento ou rejeição
da denúncia; o artigo de lei em que o réu Art. 57. Nos ofícios de justiça, o registro e con-
foi incurso; a data da suspensão do proces- trole da movimentação dos feitos realizar-se-ão
so (art. 366 do Código de Processo Penal exclusivamente pelo sistema informatizado ofi-
e juizado especial criminal); a data da pri- cial, vedadas a elaboração de fichário por nome
são; o número, livro e folhas do registro da de autor e a utilização de fichas individuais ma-
sentença, quando adotado; o inteiro teor terializadas em papel ou constantes de outros
de pronunciamentos judiciais (despachos, sistemas informatizados.
decisões interlocutórias, sentenças e acór- VI DOS LIVROS E CLASSIFICADORES
dãos); anotações sobre recursos; a data da
decisão confirmatória da pronúncia; a data OBRIGATÓRIOS SUBSEÇÃO I
do trânsito em julgado; a data da expedição
da guia de recolhimento, de tratamento ou DOS LIVROS OBRIGATÓRIOS
de internação; o arquivamento (data e cai-
Art. 63. Os ofícios de justiça em geral possuirão
xa) e outras observações que se entende-
os seguintes livros:
rem relevantes;
I – Visitas e Correições;
Art. 55. A qualificação das partes será lançada
no sistema informatizado oficial da forma mais II – Protocolo de Autos e Papéis em Geral;
completa possível, com os seguintes dados dis-
poníveis nas postulações iniciais ou intermediá- III – Cargas de Autos;
rias: IV – Registro de Feitos Administrativos (sin-
I – em relação às partes nos procedimentos dicâncias, procedimentos disciplinares, re-
cíveis e aos autores de ação penal privada: presentações, etc.);

a) se pessoa natural, o nome completo, o V – Registro das decisões terminativas pro-


número de inscrição no CPF, nacionalidade, feridas em feitos administrativos;

www.acasadoconcurseiro.com.br 1131
VI – pertinentes à Corregedoria Permanen- dendo, nestes casos, ser encerrado por ter-
te, previstos no art. 23, quando for o caso e mo contemporâneo à última ata, com mais
no que couber ou menos folhas
Art. 64. Os Ofícios de Justiça manterão também: Art. 68. O Livro Protocolo de Autos e Papéis em
Geral, com tantos desdobramentos quantos re-
I – Livro de Cargas de Mandados, salvo se comendem a natureza e o movimento do ofício
as respectivas varas forem atendidas pelas de justiça, destina-se ao registro da entrega ou
Seções Administrativa de Distribuição de remessa, que não impliquem devolução.
Mandados;
Art. 69. Os Livros de Cargas de Autos serão
II – controle, pela utilização de livros de fo- desdobrados em tantos livros quantos forem
lhas soltas ou outro meio idôneo, da remes- os destinatários (juízes, promotores de justiça,
sa e recebimento de feitos aos Tribunais, para advogados, para contador, etc).
até que seja implementado no sistema in-
formatizado oficial o controle eletrônico; § 1º A carga e descarga de autos entre os
usuários internos do sistema informatizado
III – controle do horário de entrada e saída oficial serão feitas eletronicamente e con-
por intermédio do livro ponto ou do relógio troladas exclusivamente por intermédio do
mecânico, caso existam servidores não ca- sistema, onde serão registrados, obrigato-
dastrados no sistema de ponto biométrico; riamente, no campo próprio, o envio, o re-
IV – Livro de Registro Geral de Feitos, com cebimento e a devolução, com indicação de
índice, se não estiverem integrados ao siste- data e de usuário responsável por cada ato.
ma informatizado oficial; § 2º Poderá o juiz indicar servidor autoriza-
V – Livro de Registro de Sentença, salvo se do a receber no sistema informatizado as
cadastrada no sistema informatizado oficial, cargas de autos remetidos à conclusão.
com assinatura digital ou com outro sistema Art. 70. O Livro de Carga de Mandados poderá
de segurança aprovado pela Corregedoria ser desdobrado em número equivalente ao dos
Geral da Justiça e que também impeça a sua oficiais de justiça em exercício, destinando-se
adulteração. um para cada qual. Parágrafo único. Serão tam-
Art. 67. O Livro de Visitas e Correições será or- bém registradas no Livro de Carga de Mandados
ganizado em folhas soltas, iniciado por termo as petições que, por despacho judicial, sirvam
padrão de abertura, disponibilizado no Portal como tal.
da Corregedoria – modelos e formulários -, la- Art. 71. Todas as cargas receberão as correspon-
vrado pelo Escrivão e formado gradativamente dentes baixas, assim que restituídos os autos ou
pelos originais das atas de correições e visitas mandados, na presença do interessado, sem-
realizados na unidade, devidamente assinadas pre que possível ou por este exigido. Parágrafo
e rubricadas pelo Juiz Corregedor Permanente, único. Quando não utilizada a carga eletrônica,
Escrivão e demais funcionários da unidade. será lançada certidão nos autos, mencionado a
§ 1º Os originais das atas que formarão o Li- data da carga e da restituição, de acordo com os
vro de Visitas e Correições serão numeradas assentamentos do livro de carga.
e chanceladas pelo Escrivão Judicial após a Art. 72. O Livro Registro de Sentenças formar-
sua anexação ao Livro. -se-á pelas vias emitidas para tal fim, numera-
§ 2º O Livro de Visitas e Correições não exce- das em série anual renovável (1/80, 2/80, 3/80,
derá 100 (cem) folhas, salvo determinação ... , 1/82, 2/82 etc.) e autenticadas pelo escrivão
judicial em contrário ou para a manutenção judicial, o qual certificará sua correspondência
da continuidade da peça correcional, po- com o teor da sentença constante dos autos.

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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I - Capítulo III - Seções I, II, V, VI, VII – Prof. Giuliano Tamagno

§ 1º O registro previsto neste artigo far-se-á VI – Revogado;


em até 5 (cinco) dias após a baixa dos autos
em cartório pelo juiz VII – para relatórios de cargas eletrônicas;

Art. 73. Manter-se-á rigoroso controle sobre os VIII – para petições e documentos desentra-
livros em geral, incumbindo-se o Juiz Correge- nhados;
dor Permanente de coibir eventuais abusos ou IX – para autorizações e certidões de inuti-
excessos. lização de livros e classificadores obrigató-
Art. 74. Os livros em andamento ou findos serão rios.
bem conservados, em local adequado e seguro Art. 76. Os atos normativos, decisões e comu-
dentro do ofício de justiça, devidamente orde- nicados do Conselho Superior da Magistratura e
nados e, quando for o caso, encadernados, clas- da Corregedoria Geral da Justiça de interesse do
sificados ou catalogados. ofício de justiça serão arquivados e indexados,
§ 1º O desaparecimento e a danificação de com índice por assunto, mediante utilização do
qualquer livro serão comunicados imedia- sistema informatizado, facultada a manutenção
tamente ao Juiz Corregedor Permanente. A de classificadores próprios.
sua restauração será feita desde logo, sob a Art. 77. O classificador referido no inciso II do
supervisão do juiz e à vista dos elementos art. 75 destina-se ao arquivamento, em ordem
existentes. cronológica, das cópias de ofícios que não se
§ 2º Após revisados e decorridos 2 (dois) refiram a feito do próprio ofício de justiça. 3 §
anos do último registro efetuado, os livros 1º Esse classificador será aberto com folha(s)
de cargas de autos e mandados, desde que para o registro de todos os ofícios, com nume-
reputados sem utilidade para conservação ração sequencial e renovável anualmente, na(s)
em arquivo pelo escrivão judicial, poderão qual(is) consignar-se-ão, ao lado do número de
ser inutilizados, mediante prévia autoriza- registro, o número do processo ou a circunstân-
ção do Juiz Corregedor Permanente. cia de não se referir a nenhum feito e o desti-
no. § 2º No presente classificador poderão ser
Subseção II arquivados os respectivos recibos de correspon-
DOS CLASSIFICADORES dência, se for o caso.
OBRIGATÓRIOS VII DA ESCRITURAÇÃO
Art. 75. Os ofícios de justiça possuirão os se- Art. 80. Na lavratura de atos, termos, requisi-
guintes classificadores: ções, ordens, autorizações, informações, certi-
I – para atos normativos e decisões da Cor- dões ou traslados, que constarão de livros, au-
regedoria Permanente, com índice por as- tos de processo, ou papéis avulsos, excluídas as
sunto; autuações e capas, serão observados os seguin-
tes requisitos:
II – para cópias de ofícios expedidos;
I – o papel utilizado terá fundo inteiramente
III – para ofícios recebidos; branco ou ser reciclado, salvo disposição ex-
pressa em contrário;
IV – para GRD – guias de recolhimento de
diligências do oficial de justiça; II – a escrituração será sempre feita em ver-
náculo, preferencialmente por meio eletrô-
V – para cópias de guias de levantamento nico, com tinta preta ou azul, indelével;
expedidas em favor dos auxiliares da justiça
não funcionários na Justiça Estadual; III – os numerais serão expressos em algaris-
mos e por extenso;

www.acasadoconcurseiro.com.br 1133
IV – os espaços em branco e não aprovei-
tados, nos livros e autos deprocesso, serão
inutilizados;
V – as assinaturas deverão ser colhidas ime-
diatamente após a lavratura do ato ou ter-
mo, e identificadas com o nome por extenso
do signatário.
Art. 81. Na escrituração serão evitadas as se-
guintes práticas:
I – entrelinhas, erros de digitação, omissões,
emendas, rasuras ou borrões;
II – anotações de “sem efeito”;
III – anotações a lápis nos livros e autos de
processo, mesmo que a título provisório.
§ 1º Na ocorrência das irregularidades pre-
vistas no inciso I, far-se-ão as devidas res-
salvas, antes da subscrição do ato, de forma
legível e autenticada.
Art. 82. Na escrituração é vedada:
I – a utilização de borracha ou raspagem por
outro meio mecânico, bem como a uso de
corretivo, detergente ou outro meio quími-
co de correção;
II – a assinatura de atos ou termos em bran-
co, total ou parcialmente;
III – a utilização de abreviaturas, abrevia-
ções, acrônimos, siglas ou símbolos, excetu-
ando-se as formas consagradas pelo Voca-
bulário Ortográfico da Língua Portuguesa da
Academia Brasileira de Letras, as adotadas
por órgãos oficiais e as convencionadas por
determinada área do conhecimento huma-
no;
IV – a utilização de chancela, ou de qualquer
recurso que propicie a reprodução mecâni-
ca da assinatura do juiz.

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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I - Capítulo III - Seções I, II, V, VI, VII – Prof. Giuliano Tamagno

SLIDES – TOMO I – CAPÍTULO III – SEÇÕES I, II, V, VI, VII

CAPÍTULO III
Seção I
DOS OFÍCIOS DE JUSTIÇA EM GERAL
Disposições Iniciais
Art. 26. As disposições deste capítulo têm caráter geral e aplicam-se a todos os ofícios
de justiça, no que não contrariarem as disposições específicas contidas em capítulo
próprio.

Art. 27. Os servidores da justiça darão atendimento prioritário às pessoas portadoras


de deficiência, aos idosos, às gestantes, às lactantes e às pessoas acompanhadas por
crianças de colo, mediante garantia de lugar privilegiado em filas, distribuição de
senhas com numeração adequada ao atendimento preferencial, alocação de espaço
para atendimento exclusivo no balcão, ou implantação de qualquer outro sistema
que, observadas as peculiaridades existentes, assegure a prioridade.
25

Atendimento Prioritário nos Ofícios de Justiça

• às pessoas portadoras de deficiência,


• aos idosos,
• às gestantes,
• às lactantes
• às pessoas acompanhadas por crianças de colo

• mediante garantia de lugar privilegiado em filas,


• distribuição de senhas com numeração adequada ao atendimento preferencial,
• alocação de espaço para atendimento exclusivo no balcão,
• ou implantação de qualquer outro sistema

26

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27

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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I - Capítulo III - Seções I, II, V, VI, VII – Prof. Giuliano Tamagno

Seção II
Das Atribuições
Art. 28. Atribuir-se-ão aos ofícios de justiça os serviços inerentes à competência das
respectivas varas e da Corregedoria Permanente.

Art. 29. Competem aos ofícios de justiça os serviços do foro judicial, atribuindo-se-
lhes a numeração ordinal e a denominação da respectiva vara, onde houver mais de
uma.
§ 1º Nas comarcas e foros distritais com mais de uma vara, haverá um ofício ou seção
de distribuição judicial, ao qual incumbem os serviços de distribuição, de contadoria e
partidoria e, nos termos da lei, do arquivo geral.
§ 2º Nas comarcas em que existir uma única vara e um único ofício de justiça, a este
competem as atribuições dos serviços de distribuição, de contadoria e partidoria.
29

Ofícios de Justiça

Atribuições:
Será atribuído a numeração ordinal e
- Serviços inerentes à competência das
a denominação da respectiva vara,
respectivas varas e da Corregedoria
onde houver mais de uma.
Permanente;
- Os serviços do foro judicial.

Nas comarcas e foros distritais com mais de uma vara:


- Haverá um ofício ou seção de distribuição judicial, ao qual incumbem os serviços de distribuição, de
contadoria e partidoria e, nos termos da lei, do arquivo geral.

Nas comarcas em que existir uma única vara e um único ofício de justiça:
a este competem as atribuições dos serviços de distribuição, de contadoria e partidoria.
30

www.acasadoconcurseiro.com.br 1137
Seção V
Do Sistema Informatizado Oficial
Subseção I
Disposições Gerais

Art. 46. Os procedimentos de registro e documentação dos processos judiciais e


administrativos realizar-se-ão diretamente no sistema informatizado oficial ou em
livros e classificadores, conforme disciplina destas Normas de Serviço, e destinam-
se:
I - à preservação da memória de dados extraídos dos feitos e da respectiva
movimentação processual;
II - ao controle dos processos, de modo a garantir a segurança, assegurar a pronta
localização física, verificar o andamento e permitir a elaboração de estatísticas e
outros instrumentos de aprimoramento da prestação jurisdicional.

31

Art. 47. Os servidores dos ofícios de justiça deverão se adaptar continuamente às


evoluções do sistema informatizado oficial, utilizando plenamente as funcionalidades
disponibilizadas para a realização dos atos pertinentes ao serviço (emissão de
certidões, ofícios, mandados, cargas de autos etc.).

Parágrafo único. Para efeito de divisão do trabalho entre os escreventes técnicos


judiciários, oficiais de justiça e juízes, e outras providências necessárias à ordem do
serviço, o sistema informatizado atribuirá a cada processo distribuído um número de
controle interno da unidade judicial, sem prejuízo do número do processo (número do
protocolo que seguirá série única).

Art. 48. Iniciada a operação do SAJ/PG, de utilização obrigatória pelas varas e ofícios de
justiça, serão excluídos todos os programas eventualmente em uso.
32

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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I - Capítulo III - Seções I, II, V, VI, VII – Prof. Giuliano Tamagno

Sistema Informatizado Oficial

Procedimentos de registro e documentação dos processos judiciais e administrativos .

Diretamente no sistema informatizado oficial ou em livros e classificadores

Destinam-se:
I - à preservação da memória de dados extraídos dos feitos e da respectiva movimentação
processual;
II - ao controle dos processos, de modo a garantir a segurança, assegurar a pronta localização física,
verificar o andamento e permitir a elaboração de estatísticas e outros instrumentos de
aprimoramento da prestação jurisdicional.

O sistema informatizado atribuirá a cada processo distribuído um número de controle interno da unidade
judicial, sem prejuízo do número do processo (número do protocolo que seguirá série única).

33

Subseção II
Da Segurança do Sistema

Art. 49. Os níveis de acesso às informações e o respectivo credenciamento (senha)


dos funcionários, para operação do SAJ/PG, serão estabelecidos em expediente
interno pela Corregedoria Geral da Justiça, com a participação da Secretaria de
Tecnologia da Informação - STI.2
§ 1º É vedado ao funcionário credenciado ceder a respectiva senha ou permitir que
outrem, funcionário ou não, use-a para acessar indevidamente o sistema
informatizado.3
§ 2º Os escrivães judiciais comunicarão prontamente à STI as alterações no quadro
funcional da unidade, para o processamento da revogação ou novo credenciamento.

34

www.acasadoconcurseiro.com.br 1139
Art. 50. As alterações, exclusões e retificações feitas de modo geral nos dados
registrados pelo sistema serão definidas por níveis de criticidade, cujo acesso a
Corregedoria Geral da Justiça estabelecerá. Os dados retificados, alterados ou
excluídos serão conservados pelo sistema e todas as operações realizadas vinculadas
ao usuário que as realiza.5

Art. 51. Os escrivães judiciais do serviço de distribuição e dos ofícios de justiça


realizarão auditoria semanal no sistema, de acordo com os níveis de criticidade
definidos, comunicando à Corregedoria Geral da Justiça qualquer irregularidade.

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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I - Capítulo III - Seções I, II, V, VI, VII – Prof. Giuliano Tamagno

Gabarito: Letra D

Letra A) Art. 57. Nos ofícios de justiça, o registro e controle da movimentação dos feitos realizar-se-
ão exclusivamente pelo sistema informatizado oficial, vedadas a elaboração de fichário por nome de
autor e a utilização de fichas individuais materializadas em papel ou constantes de outros sistemas
informatizados.
Letra B) Art. 61. Compete aos Ofícios de Justiça: II - cadastrar, no sistema informatizado oficial, a
decretação do segredo de justiça, a concessão da justiça gratuita, o deferimento da tramitação
prioritária do processo (idosos, portadores de doenças graves), ou o reconhecimento de qualquer
benefício processual a alguma das partes.
Letra C) Art. 55. Parágrafo 3º. As vítimas identificadas na denúncia ou queixa, e também as
testemunhas do processo criminal - sejam estas de acusação, defesa ou comuns - terão suas
qualificações lançadas no sistema informatizado oficial, exceto quando, ao darem conta de coação ou
grave ameaça, após deferimento do juíz, pedirem para não haver identificação de seus dados de
qualificação e endereço.
Letra D) Art. 47. Os servidores do ofício de justiça deverão se adaptar continuamente às evoluções do
sistema informatizado oficial, utilizando plenamente as funcionalidades disponibilizadas para a
realização dos atos pertinentes ao serviço (emissão de certidões, ofícios, mandados, cargas de autos
etc).
Letra E) Art. 49. Parágrafo 1º. É vedado ao funcionário credenciado ceder a respectiva senha ou
permitir que outrem, funcionário ou não, use-a para acessar indevidamente o sistema informatizado.

Subseção III

Do Cadastramento, Movimentação e Controle Eletrônico de Processos e Incidentes


Processuais

Art. 52. Os distribuidores e os ofícios de justiça deverão, no sistema informatizado


oficial, observadas suas respectivas atribuições:
I - cadastrar todos os feitos distribuídos ao respectivo juízo;
II - anotar a movimentação e a prática dos atos processuais (citações, intimações,
juntadas de mandados e respectiva data, termos, despachos, cargas, sentenças,
remessas à instância superior para recurso, entrega ou remessa de autos que não
importem em devolução etc.);
III - consignar os serviços administrativos pertinentes (desarquivamentos, inutilização
ou destruição de autos etc.).

38

www.acasadoconcurseiro.com.br 1141
Art. 53. A inserção de dados no sistema informatizado oficial será a mais completa e
abrangente possível, de modo que todas as ocorrências do processo físico constem
do ambiente virtual, formando banco de dados que servirá de memória
permanente.
§ 1º O cadastro conterá as principais informações a respeito do processo, de modo a
individualizá-lo com exatidão (qualificação das partes e de eventuais representantes,
advogados e os respectivos números de inscrição na OAB, valor dacausa, objeto da
ação etc).
§ 2º As anotações de movimentação processual devem ser fidedignas, claras e
atualizadas, de forma a refletir o atual estado do processo e a garantir a utilidade do
sistema.
§ 3º O arquivamento dos autos será precedido da conferência e eventual atualização
do cadastro, para que nele figurem os dados necessários à extração de certidão.
39

Art. 54. Constarão do sistema informatizado:


I - nos processos cíveis, de família e sucessões, da fazenda pública, da infância e
juventude, de acidentes do trabalho e do juizado especial cível: o número do
processo; o nome e a qualificação do autor e do réu; a natureza do feito; a data da
distribuição; o número, livro e folhas do registro da sentença, quando adotado; o
inteiro teor de pronunciamentos judiciais (despachos, decisões interlocutórias,
sentenças e acórdãos); anotações sobre recursos; a data do trânsito em julgado; o
arquivamento (data e caixa) e outras observações que se entenderem relevantes;

40

1142 www.acasadoconcurseiro.com.br
Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I - Capítulo III - Seções I, II, V, VI, VII – Prof. Giuliano Tamagno

II - nos processos criminais, do júri e do juizado especial criminal: o número do


processo; o nome e qualificação do réu; a data do fato; a data do recebimento ou
rejeição da denúncia; o artigo de lei em que o réu foi incurso; a data da suspensão
do processo (art. 366 do Código de Processo Penal e juizado especial criminal); a
data da prisão; o número, livro e folhas do registro da sentença, quando adotado; o
inteiro teor de pronunciamentos judiciais (despachos, decisões interlocutórias,
sentenças e acórdãos); anotações sobre recursos; a data da decisão confirmatória da
pronúncia; a data do trânsito em julgado; a data da expedição da guia de
recolhimento, de tratamento ou de internação; o arquivamento (data e caixa) e
outras observações que se entenderem relevantes;

41

Processos cíveis, de família e sucessões, da Processos criminais, do júri e do juizado especial


fazenda pública, da infância e juventude, de criminal.
acidentes do trabalho e do juizado especial cível.
o número do processo; o número do processo;
o nome e a qualificação do autor e do réu; o nome e qualificação do réu;
a natureza do feito; a data do fato;
a data da distribuição; a data do recebimento ou rejeição da denúncia;
o número, livro e folhas do registro da sentença, quando o artigo de lei em que o réu foi incurso;
adotado; a data da suspensão do processo (art. 366 do Código de
o inteiro teor de pronunciamentos judiciais (despachos, Processo Penal e juizado especial criminal);
decisões interlocutórias, sentenças e acórdãos); a data da prisão;
anotações sobre recursos; o número, livro e folhas do registro da sentença, quando
a data do trânsito em julgado; adotado;
o arquivamento (data e caixa) e outras observações que o inteiro teor de pronunciamentos judiciais (despachos,
se entenderem relevantes; decisões interlocutórias, sentenças e acórdãos);
anotações sobre recursos;
a data da decisão confirmatória da pronúncia;
a data do trânsito em julgado;
a data da expedição da guia de recolhimento, de
tratamento ou de internação;
o arquivamento (data e caixa) e outras observações que
se entenderem relevantes; 42

www.acasadoconcurseiro.com.br 1143
Art. 55. A qualificação das partes será lançada no sistema informatizado oficial da
forma mais completa possível, com os seguintes dados disponíveis nas postulações
iniciais ou intermediárias:
I - em relação às partes nos procedimentos cíveis e aos autores de ação penal
privada:
a) se pessoa natural, o nome completo, o número de inscrição no CPF,
nacionalidade, o estado civil, a profissão, bem como o endereço residencial ou
domiciliar completo, inclusive CEP;

43

Art. 56. Os dados obrigatórios previstos no art. 55 serão apresentados pelos


requerentes, na petição inicial, e pelos requeridos, na primeira oportunidade
de postulação em juízo (contestação, juntada de procuração, pedido de vista,
defesa preliminar, pedido de revogação de prisão preventiva etc.

Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são


deveres das partes, de seus procuradores e de todos
aqueles que de qualquer forma participem do processo:

V - declinar, no primeiro momento que lhes couber falar


nos autos, o endereço residencial ou profissional onde
receberão intimações, atualizando essa informação
sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou
definitiva;
44

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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I - Capítulo III - Seções I, II, V, VI, VII – Prof. Giuliano Tamagno

Art. 57. Nos ofícios de justiça, o registro e controle da movimentação dos


feitos realizar-se-ão exclusivamente pelo sistema informatizado oficial,
vedadas a elaboração de fichário por nome de autor e a utilização de
fichas individuais materializadas em papel ou constantes de outros
sistemas informatizados.

45

Seção VI
Dos Livros e Classificadores Obrigatórios
Subseção I
Dos Livros Obrigatórios

Art. 63. Os ofícios de justiça em geral possuirão os seguintes livros:


I - Visitas e Correições;
II - Protocolo de Autos e Papéis em Geral;
III - Cargas de Autos;
IV - Registro de Feitos Administrativos (sindicâncias, procedimentos disciplinares,
representações, etc.);
V - Registro das decisões terminativas proferidas em feitos administrativos;
VI - pertinentes à Corregedoria Permanente, previstos no art. 23, quando for o caso
e no que couber

48

www.acasadoconcurseiro.com.br 1145
Art. 64. Os Ofícios de Justiça manterão também:
I - Livro de Cargas de Mandados, salvo se as respectivas varas forem atendidas
pelas Seções Administrativa de Distribuição de Mandados;
II - controle, pela utilização de livros de folhas soltas ou outro meio idôneo, da
remessa e recebimento de feitos aos Tribunais, até que seja implementado no
sistema informatizado oficial o controle eletrônico;
III - controle do horário de entrada e saída por intermédio do livro ponto ou do
relógio mecânico, caso existam servidores não cadastrados no sistema de ponto
biométrico;
IV - Livro de Registro Geral de Feitos, com índice, se não estiverem integrados
ao sistema informatizado oficial;
V - Livro de Registro de Sentença, salvo se cadastrada no sistema informatizado
oficial, com assinatura digital ou com outro sistema de segurança aprovado pela
Corregedoria Geral da Justiça e que também impeça a sua adulteração.
49

Art. 67. O Livro de Visitas e Correições será organizado em folhas soltas, iniciado por
termo padrão de abertura, disponibilizado no Portal da Corregedoria - modelos e
formulários -, lavrado pelo Escrivão e formado gradativamente pelos originais das atas
de correições e visitas realizados na unidade, devidamente assinadas e rubricadas pelo
Juiz Corregedor Permanente, Escrivão e demais funcionários da unidade.

§ 1º Os originais das atas que formarão o Livro de Visitas e Correições serão


numeradas e chanceladas pelo Escrivão Judicial após a sua anexação ao Livro.

§ 2º O Livro de Visitas e Correições não excederá 100 (cem) folhas, salvo determinação
judicial em contrário ou para a manutenção da continuidade da peça correcional,
podendo, nestes casos, ser encerrado por termo contemporâneo à última ata, com
mais ou menos folhas

50

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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I - Capítulo III - Seções I, II, V, VI, VII – Prof. Giuliano Tamagno

Art. 68. O Livro Protocolo de Autos e Papéis em Geral, com tantos desdobramentos
quantos recomendem a natureza e o movimento do ofício de justiça, destina-se ao
registro da entrega ou remessa, que não impliquem devolução.

51

Art. 69. Os Livros de Cargas de Autos serão desdobrados em tantos livros quantos
forem os destinatários (juízes, promotores de justiça, para advogados, para contador,
etc).
§ 1º A carga e descarga de autos entre os usuários internos do sistema informatizado
oficial serão feitas eletronicamente e controladas exclusivamente por intermédio do
sistema, onde serão registrados, obrigatoriamente, no campo próprio, o envio, o
recebimento e a devolução, com indicação de data e de usuário responsável por cada
ato.
§ 2º Poderá o juiz indicar servidor autorizado a receber no sistema informatizado as
cargas de autos remetidos à conclusão.

52

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Art. 70. O Livro de Carga de Mandados poderá ser desdobrado em número
equivalente ao dos oficiais de justiça em exercício, destinando-se um para cada qual.
Parágrafo único. Serão também registradas no Livro de Carga de Mandados as
petições que, por despacho judicial, sirvam como tal.

Art. 71. Todas as cargas receberão as correspondentes baixas, assim que restituídos os
autos ou mandados, na presença do interessado, sempre que possível ou por este
exigido. Parágrafo único. Quando não utilizada a carga eletrônica, será lançada
certidão nos autos, mencionado a data da carga e da restituição, de acordo com os
assentamentos do livro de carga.

53

Art. 72. O Livro Registro de Sentenças formar-se-á pelas vias emitidas para tal fim,
numeradas em série anual renovável (1/80, 2/80, 3/80, ... , 1/82, 2/82 etc.) e
autenticadas pelo escrivão judicial, o qual certificará sua correspondência com o teor
da sentença constante dos autos.

§ 1º O registro previsto neste artigo far-se-á em até 5 (cinco) dias após a baixa dos
autos em cartório pelo juiz

54

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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I - Capítulo III - Seções I, II, V, VI, VII – Prof. Giuliano Tamagno

Art. 73. Manter-se-á rigoroso controle sobre os livros em geral, incumbindo-se


o Juiz Corregedor Permanente de coibir eventuais abusos ou excessos.

Art. 74. Os livros em andamento ou findos serão bem conservados, em local


adequado e seguro dentro do ofício de justiça, devidamente ordenados e, quando
for o caso, encadernados, classificados ou catalogados.
§ 1º O desaparecimento e a danificação de qualquer livro serão comunicados
imediatamente ao Juiz Corregedor Permanente. A sua restauração será feita desde
logo, sob a supervisão do juiz e à vista dos elementos existentes.
§ 2º Após revisados e decorridos 2 (dois) anos do último registro efetuado, os livros
de cargas de autos e mandados, desde que reputados sem utilidade para
conservação em arquivo pelo escrivão judicial, poderão ser inutilizados, mediante
prévia autorização do Juiz Corregedor Permanente.

55

Subseção II
Dos Classificadores Obrigatórios

Art. 75. Os ofícios de justiça possuirão os seguintes classificadores:


I - para atos normativos e decisões da Corregedoria Permanente, com índice por
assunto;
II - para cópias de ofícios expedidos;
III - para ofícios recebidos;
IV - para GRD - guias de recolhimento de diligências do oficial de justiça;
V - para cópias de guias de levantamento expedidas em favor dos auxiliares da justiça
não funcionários na Justiça Estadual;
VI - Revogado;
VII - para relatórios de cargas eletrônicas;
VIII - para petições e documentos desentranhados;
IX - para autorizações e certidões de inutilização de livros e classificadores
obrigatórios.
56

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Art. 76. Os atos normativos, decisões e comunicados do Conselho Superior da
Magistratura e da Corregedoria Geral da Justiça de interesse do ofício de justiça serão
arquivados e indexados, com índice por assunto, mediante utilização do sistema
informatizado, facultada a manutenção de classificadores próprios.

57

Art. 77. O classificador referido no inciso II do art. 75 destina-se ao arquivamento, em


ordem cronológica, das cópias de ofícios que não se refiram a feito do próprio ofício
de justiça.
§ 1º Esse classificador será aberto com folha(s) para o registro de todos os ofícios, com
numeração sequencial e renovável anualmente, na(s) qual(is) consignar-se-ão, ao lado
do número de registro, o número do processo ou a circunstância de não se referir a
nenhum feito e o destino.
§ 2º No presente classificador poderão ser arquivados os respectivos recibos de
correspondência, se for o caso.

58

1150 www.acasadoconcurseiro.com.br
Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I - Capítulo III - Seções I, II, V, VI, VII – Prof. Giuliano Tamagno

Seção VII
Da Escrituração

Art. 80. Na lavratura de atos, termos, requisições, ordens, autorizações, informações,


certidões ou traslados, que constarão de livros, autos de processo, ou papéis avulsos,
excluídas as autuações e capas, serão observados os seguintes requisitos:
I - o papel utilizado terá fundo inteiramente branco ou ser reciclado, salvo disposição
expressa em contrário;
II - a escrituração será sempre feita em vernáculo, preferencialmente por meio
eletrônico, com tinta preta ou azul, indelével;
III - os numerais serão expressos em algarismos e por extenso;
IV - os espaços em branco e não aproveitados, nos livros e autos deprocesso, serão
inutilizados;
V - as assinaturas deverão ser colhidas imediatamente após a lavratura do ato ou
termo, e identificadas com o nome por extenso do signatário.

59

Art. 81. Na escrituração serão evitadas as seguintes práticas:


I - entrelinhas, erros de digitação, omissões, emendas, rasuras ou borrões;
II - anotações de “sem efeito”;
III - anotações a lápis nos livros e autos de processo, mesmo que a título provisório.
§ 1º Na ocorrência das irregularidades previstas no inciso I, far-se-ão as devidas
ressalvas, antes da subscrição do ato, de forma legível e autenticada.

60

www.acasadoconcurseiro.com.br 1151
Art. 82. Na escrituração é vedada:
I - a utilização de borracha ou raspagem por outro meio mecânico, bem como a uso
de corretivo, detergente ou outro meio químico de correção;
II - a assinatura de atos ou termos em branco, total ou parcialmente;
III - a utilização de abreviaturas, abreviações, acrônimos, siglas ou símbolos,
excetuando-se as formas consagradas pelo Vocabulário Ortográfico da Língua
Portuguesa da Academia Brasileira de Letras, as adotadas por órgãos oficiais e as
convencionadas por determinada área do conhecimento humano;
IV - a utilização de chancela, ou de qualquer recurso que propicie a reprodução
mecânica da assinatura do juiz.

61

DA ESCRITURAÇÃO
REQUISITOS PRÁTICAS EVITADAS VEDAÇÕES
I - o papel utilizado terá fundo I - entrelinhas, erros de digitação, I - a utilização de borracha ou
inteiramente branco ou ser omissões, emendas, rasuras ou raspagem por outro meio mecânico,
reciclado, salvo disposição expressa borrões; bem como a uso de corretivo,
em contrário; II - anotações de “sem efeito”; detergente ou outro meio químico
II - a escrituração será sempre feita III - anotações a lápis nos livros e de correção;
em vernáculo, preferencialmente autos de processo, mesmo que a II - a assinatura de atos ou termos
por meio eletrônico, com tinta preta título provisório. em branco, total ou parcialmente;
ou azul, indelével; III - a utilização de abreviaturas,
III - os numerais serão expressos em § 1º Na ocorrência das abreviações, acrônimos, siglas ou
algarismos e por extenso; irregularidades previstas no inciso I, símbolos, excetuando-se as formas
IV - os espaços em branco e não far-se-ão as devidas ressalvas, antes consagradas pelo Vocabulário
aproveitados, nos livros e autos da subscrição do ato, de forma Ortográfico da Língua Portuguesa da
deprocesso, serão inutilizados; legível e autenticada. Academia Brasileira de Letras, as
V - as assinaturas deverão ser adotadas por órgãos oficiais e as
colhidas imediatamente após a convencionadas por determinada
lavratura do ato ou termo, e área do conhecimento humano;
identificadas com o nome por IV - a utilização de chancela, ou de
extenso do signatário. qualquer recurso que propicie a
reprodução mecânica da assinatura
do juiz. 62

1152 www.acasadoconcurseiro.com.br
Normas da Corregedoria
Geral da Justiça

TOMO – CAPÍTULO III SEÇÃO VIII – SUBSEÇÕES I, II E III

Seção VIII autuações e anotada na autuação do pri-


DA ORDEM DOS SERVIÇOS DOS meiro volume.
PROCESSOS EM GERAL Art. 90. Nos feitos antecedidos por procedimen-
tos preparatórios, a peça inaugural (petição ini-
Subseção I cial de ação civil pública, representação em pro-
DA AUTUAÇÃO, ABERTURA DE cedimento afeto à área infracional da infância e
juventude, denúncia em ação penal pública etc.)
VOLUMES E NUMERAÇÃO DE FEITOS terá numeração própria, apondo-se o número
Art. 87. Ao receber a petição inicial ou a denún- da folha, seguido da letra “i” (1-i; 2-i; 3-i...), de
cia, o ofício de justiça providenciará, em 24 (vin- tal forma que a numeração dos mencionados
te e quatro) horas , a autuação, nela afixando a procedimentos preparatórios (inquéritos civis,
etiqueta que, gerada pelo sistema informatiza- comunicações de atos infracionais, inquéritos
do e oriunda do distribuidor, atribui número ao policiais etc) seja sempre aproveitada integral-
processo e traz outros dados relevantes (juízo, mente.
natureza do feito, nomes das partes, data etc.). Art. 91. Os escrivães judiciais ou, sob sua super-
Parágrafo único. É dispensada a lavratura visão, os escreventes zelarão pela correta nu-
de certidão, no interior dos autos, da autua- meração das folhas dos autos.
ção e do registro do processo § 1º Em caso de erro na numeração, certifi-
Art. 88. O ofício de justiça afixará nas autuações car-se-á a ocorrência, sendo vedada a renu-
tarjas coloridas, na posição horizontal, para as- meração.
sinalar situações especiais descritas nestas Nor- § 2º Na hipótese de numeração repetida,
mas de Serviço. acrescentar-se-á apenas uma letra do al-
Art. 89. Os autos de processos não excederão fabeto, em sequência (188-a, 188-b, 188-c
de 200 (duzentas) folhas em cada volume, sal- etc.), certificando-se.
vo determinação judicial expressa em contrário
ou para manter peça processual com seus docu-
Subseção II
mentos anexos, podendo, nestes casos, ser en- DA RECEPÇÃO E JUNTADA DE
cerrado com mais ou menos folhas. PETIÇÕES, DOS ATOS E TERMOS
§ 1º O encerramento e a abertura dos no-
JUDICIAIS E DAS COTAS NOS AUTOS
vos volumes serão certificados em folhas Art. 92. É vedado aos ofícios de justiça receber
regularmente numeradas, prosseguindo-se e juntar petições que não tenham sido encami-
a numeração sem solução de continuidade nhadas pelo setor de protocolo, salvo:
no volume subsequente.
I – quanto às petições de requerimento de
§ 2º A numeração ordinal indicativa de no- juntada de procuração ou de substabeleci-
vos volumes será destacada nas respectivas

www.acasadoconcurseiro.com.br 1153
mento apresentadas pelo interessado dire- por original ou por cópia, rubricado pelo
tamente ao ofício de justiça, caso em que o emitente. A data constante do documento
termo de juntada mencionará esta circuns- deverá corresponder à de sua efetiva emis-
tância; são.
II – quando houver, em cada caso concreto, Art. 95. Ressalvado o disposto no art. 140, é
expressa decisão fundamentada do juiz do vedado o lançamento de termos no verso de
feito dispensando o protocolo no setor pró- petições, documentos, guias etc., devendo ser
prio. usada, quando necessária, outra folha, com inu-
tilização dos espaços em branco.
Art. 93. Por ocasião da juntada de petições e do-
cumentos (ofícios recebidos, laudos, mandados, Art. 96. São vedados o lançamento de cotas
precatórias etc.), lavrar-se-á o respectivo termo marginais ou interlineares nos autos, a práti-
de juntada. ca de sublinhar palavras à tinta ou a lápis, ou o
emprego de expressões injuriosas nos escritos
§ 1º Para a juntada, na mesma oportunida- apresentados no processo, incumbindo ao ser-
de, de duas ou mais petições ou documen- ventuário, ao constatar a irregularidade, comu-
tos, será confeccionado um único termo de nicá-la imediatamente ao juiz.
juntada com a relação das peças.
§ 2º É vedado o lançamento do termo de Subseção III
juntada na própria petição ou documento a DA MOVIMENTAÇÃO DOS AUTOS
serem encartados aos autos.
Art. 97. Deverá ser feita conclusão dos autos no
§ 3º Recebidas petições via fac-símile ou prazo de 1 (um) dia e executados os atos proces-
por correio eletrônico (e-mail) diretamen- suais no prazo de 5 (cinco) dias.
te no ofício de justiça ou na vara, será ime-
diatamente lançado número de protocolo § 1º Os juízes atenderão, preferencialmen-
no corpo do documento, para oportuno te, à ordem cronológica de conclusão para
controle dos prazos previstos no caput e proferir sentença ou acórdão6
parágrafo único do art. 2º da Lei Federal nº § 2º O escrivão atenderá, preferencialmen-
9.800, de 26.05.1999. te, a ordem cronológica de recebimento
§ 4º Recebida petição inicial ou intermediá- para publicação e efetivação dos pronuncia-
ria acompanhada de objetos de inviável en- mentos judiciais.
tranhamento aos autos do processo, o escri- § 3º Serão considerados para fins do que
vão deverá conferir, arrolar e quantificá-los, dispõe o art. 12 do Código de Processo Ci-
lavrando certidão, sempre que possível na vil os processos físicos com movimentação
presença do interessado, mantendo-os sob “Conclusos para Sentença”.
sua guarda e responsabilidade até encerra-
mento da demanda. Art. 98. Constarão dos termos de movimen-
tação dos processos a data do efetivo encami-
Art. 94. Todos os atos e termos do processo se- nhamento dos autos e, sempre que possível, os
rão certificados nos autos e anotados no siste- nomes, por extenso, dos juízes, representantes
ma informatizado oficial. do Ministério Público, advogados ou daqueles a
Parágrafo único. Dispensa-se a certificação quem se refiram.
e anotação de que trata o caput com rela- § 1º São vedados, sob qualquer pretexto,
ção à emissão de documento que passe a termos de conclusão ou de vista sem data
fazer imediatamente parte integrante dos ou, ainda, a permanência dos autos em car-
autos (ofícios expedidos, mandados, etc.),

1154 www.acasadoconcurseiro.com.br
Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I - Capítulo III Seção VIII – Subseções I, II e III – Prof. Giuliano Tamagno

tório depois de assinados os respectivos


termos.
§ 2º Nenhum processo será entregue com
termo de vista, a promotor de justiça ou ad-
vogado, sem prévia assinatura no livro de
carga ou no relatório de carga eletrônica, e
correspondente andamento no sistema in-
formatizado.
§ 3º Todas as conclusões ao juiz serão ano-
tadas no sistema informatizado, acrescen-
do-se a carga, em meio físico ou eletrônico,
somente quanto aos autos conclusos que
não receberem despacho ou não forem sen-
tenciados até o final do expediente do dia.
§ 4º Se o juiz se recusar a assinar, consignar-
-se-á essa ocorrência no assentamento da
carga.
§ 5º A conclusão dos autos ao juiz será efe-
tuada diariamente, sem limitação de núme-
ro.
Art. 99. Nenhum processo permanecerá parali-
sado em cartório, além dos prazos legais ou fi-
xados, ou ficará sem andamento por mais de 30
(trinta) dias, no aguardo de diligências (informa-
ções, respostas a ofícios ou requisições, provi-
dências das partes etc.).
Parágrafo único. Decorrido o prazo de 30
(trinta) dias, o ofício de justiça reiterará a
diligência uma única vez e, em caso de não
atendimento, será aberta conclusão ao juiz,
para as providências cabíveis.

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SLIDES - TOMO – CAPÍTULO III SEÇÃO VIII – SUBSEÇÕES I, II E III

Seção VIII

Da Ordem dos Serviços dos Processos em Geral


Subseção I
Da Autuação, Abertura de Volumes e Numeração de Feitos

Art. 87. Ao receber a petição inicial ou a denúncia, o ofício de justiça providenciará,


em 24 (vinte e quatro) horas , a autuação, nela afixando a etiqueta que, gerada pelo
sistema informatizado e oriunda do distribuidor, atribui número ao processo e traz
outros dados relevantes (juízo, natureza do feito, nomes das partes, data etc.).

Parágrafo único. É dispensada a lavratura de certidão, no interior dos autos, da


autuação e do registro do processo

65

Art. 88. O ofício de justiça afixará nas autuações tarjas coloridas, na posição
horizontal, para assinalar situações especiais descritas nestas Normas de Serviço.

Art. 89. Os autos de processos não excederão de 200 (duzentas) folhas em cada
volume, salvo determinação judicial expressa em contrário ou para manter peça
processual com seus documentos anexos, podendo, nestes casos, ser encerrado com
mais ou menos folhas.
§ 1º O encerramento e a abertura dos novos volumes serão certificados em folhas
regularmente numeradas, prosseguindo-se a numeração sem solução de
continuidade no volume subsequente.
§ 2º A numeração ordinal indicativa de novos volumes será destacada nas respectivas
autuações e anotada na autuação do primeiro volume.

66

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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I - Capítulo III Seção VIII – Subseções I, II e III – Prof. Giuliano Tamagno

Cuidado para não confundir com...


Art. 67. §1º - O Livro de Visitas e Correições, cumprindo os
requisitos dos demais livros obrigatórios, será organizado
em folhas soltas em número de 50 (cinquenta).

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Art. 90. Nos feitos antecedidos por procedimentos preparatórios, a peça inaugural
(petição inicial de ação civil pública, representação em procedimento afeto à área
infracional da infância e juventude, denúncia em ação penal pública etc.) terá
numeração própria, apondo-se o número da folha, seguido da letra “i” (1-i; 2-i; 3-i...),
de tal forma que a numeração dos mencionados procedimentos preparatórios
(inquéritos civis, comunicações de atos infracionais, inquéritos policiais etc) seja
sempre aproveitada integralmente.

69

Art. 91. Os escrivães judiciais ou, sob sua supervisão, os escreventes zelarão pela
correta numeração das folhas dos autos.
§ 1º Em caso de erro na numeração, certificar-se-á a ocorrência, sendo vedada a
renumeração.
§ 2º Na hipótese de numeração repetida, acrescentar-se-á apenas uma letra do
alfabeto, em sequência (188-a, 188-b, 188-c etc.), certificando-se.

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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I - Capítulo III Seção VIII – Subseções I, II e III – Prof. Giuliano Tamagno

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Subseção II

Da Recepção e Juntada de Petições, Dos Atos e Termos Judiciais e Das Cotas nos
Autos

Art. 92. É vedado aos ofícios de justiça receber e juntar petições que não tenham
sido encaminhadas pelo setor de protocolo, salvo:
I – quanto às petições de requerimento de juntada de procuração ou de
substabelecimento apresentadas pelo interessado diretamente ao ofício de justiça,
caso em que o termo de juntada mencionará esta circunstância;
II – quando houver, em cada caso concreto, expressa decisão fundamentada do juiz
do feito dispensando o protocolo no setor próprio.

73

Art. 93. Por ocasião da juntada de petições e documentos (ofícios recebidos, laudos,
mandados, precatórias etc.), lavrar-se-á o respectivo termo de juntada.
§ 1º Para a juntada, na mesma oportunidade, de duas ou mais petições ou
documentos, será confeccionado um único termo de juntada com a relação das
peças.
§ 2º É vedado o lançamento do termo de juntada na própria petição ou documento a
serem encartados aos autos.
§ 3º Recebidas petições via fac-símile ou por correio eletrônico (e-mail) diretamente
no ofício de justiça ou na vara, será imediatamente lançado número de protocolo no
corpo do documento, para oportuno controle dos prazos previstos no caput e
parágrafo único do art. 2º da Lei Federal nº 9.800, de 26.05.1999.
§ 4º Recebida petição inicial ou intermediária acompanhada de objetos de inviável
entranhamento aos autos do processo, o escrivão deverá conferir, arrolar e
quantificá-los, lavrando certidão, sempre que possível na presença do interessado,
mantendo-os sob sua guarda e responsabilidade até encerramento da demanda.74

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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I - Capítulo III Seção VIII – Subseções I, II e III – Prof. Giuliano Tamagno

GABARITO A

CORRETA - Art. 93, §4 - o escrivão deverá conferir, arrolar e quantificar esses objetos, lavrando certidão,
sempre que possível na presença do interessado, mantendo-os sob sua guarda e responsabilidade até
encerramento da demanda.

ERRADA - Vide acima - tais objetos serão certificados nos autos e anotados no sistema informatizado
oficial e encaminhados, a seguir, ao depositário oficial do juízo, para guarda até o trânsito em julgado da
decisão.

ERRADA - Vide alternativa A - o escrivão deverá apresentar todos os objetos ao juiz competente
para o feito, que deverá designar depositário judicial, o qual deverá guardar os objetos durante o trâmite
do feito.

ERRADA - Art. 174. Transitada em julgado a sentença, os objetos anexados às


manifestações processuais serão devolvidos às partes ou seus procuradores, medinte
solicitação ou intimação para retirada em até 30 dias, sob pena de destruição - os objetos
deverão ser restituídos imediatamente à parte que os apresentou, sendo assinalado prazo de 10 (dez)
dias para reapresentação de tais objetos, de forma que seja viabilizado o encarte destes aos autos.

ERRADA - Vide alternativa A os objetos serão previamente arrolados, descri- tos e documentados,
sendo intimada a parte peticionante a retirá-los e conservá-los no estado em que se encontram até a
decisão final nos autos.

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Art. 94. Todos os atos e termos do processo serão certificados nos autos e anotados
no sistema informatizado oficial.
Parágrafo único. Dispensa-se a certificação e anotação de que trata o caput com
relação à emissão de documento que passe a fazer imediatamente parte integrante
dos autos (ofícios expedidos, mandados, etc.), por original ou por cópia, rubricado
pelo emitente. A data constante do documento deverá corresponder à de sua efetiva
emissão.

Art. 95. Ressalvado o disposto no art. 140, é vedado o lançamento de termos no verso
de petições, documentos, guias etc., devendo ser usada, quando necessária, outra
folha, com inutilização dos espaços em branco.

77

Art. 96. São vedados o lançamento de cotas marginais ou interlineares nos autos, a
prática de sublinhar palavras à tinta ou a lápis, ou o emprego de expressões injuriosas
nos escritos apresentados no processo, incumbindo ao serventuário, ao constatar a
irregularidade, comunicá-la imediatamente ao juiz.

78

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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I - Capítulo III Seção VIII – Subseções I, II e III – Prof. Giuliano Tamagno

Subseção III
Da Movimentação dos Autos

Art. 97. Deverá ser feita conclusão dos autos no prazo de 1 (um) dia e executados os
atos processuais no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 1º Os juízes atenderão, preferencialmente, à ordem cronológica de conclusão para
proferir sentença ou acórdão6
§ 2º O escrivão atenderá, preferencialmente, a ordem cronológica de recebimento
para publicação e efetivação dos pronunciamentos judiciais.7 § 3º Serão considerados
para fins do que dispõe o art. 12 do Código de Processo Civil os processos físicos com
movimentação “Conclusos para Sentença”.

79

Art. 98. Constarão dos termos de movimentação dos processos a data do efetivo
encaminhamento dos autos e, sempre que possível, os nomes, por extenso, dos juízes,
representantes do Ministério Público, advogados ou daqueles a quem se refiram.
§ 1º São vedados, sob qualquer pretexto, termos de conclusão ou de vista sem data
ou, ainda, a permanência dos autos em cartório depois de assinados os respectivos
termos.
§ 2º Nenhum processo será entregue com termo de vista, a promotor de justiça ou
advogado, sem prévia assinatura no livro de carga ou no relatório de carga eletrônica,
e correspondente andamento no sistema informatizado.
§ 3º Todas as conclusões ao juiz serão anotadas no sistema informatizado, acrescendo-
se a carga, em meio físico ou eletrônico, somente quanto aos autos conclusos que não
receberem despacho ou não forem sentenciados até o final do expediente do dia.

80

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§ 4º Se o juiz se recusar a assinar, consignar-se-á essa ocorrência no assentamento da
carga.
§ 5º A conclusão dos autos ao juiz será efetuada diariamente, sem limitação de
número.

Art. 99. Nenhum processo permanecerá paralisado em cartório, além dos prazos
legais ou fixados, ou ficará sem andamento por mais de 30 (trinta) dias, no aguardo de
diligências (informações, respostas a ofícios ou requisições, providências das partes
etc.).
Parágrafo único. Decorrido o prazo de 30 (trinta) dias, o ofício de justiça reiterará a
diligência uma única vez e, em caso de não atendimento, será aberta conclusão ao
juiz, para as providências cabíveis.

81

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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I - Capítulo III Seção VIII – Subseções I, II e III – Prof. Giuliano Tamagno

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Normas da Corregedoria
Geral da Justiça

TOMO I – CAPÍTULO III SEÇÕES IX A XV, XVII A XIX

Seção IX nhada pelo ofício de Justiça diretamente à


DOS PAPÉIS EM ANDAMENTO unidade solicitante.
OU FINDOS § 4º Se houver necessidade de requisição
de autos do Arquivo Geral, os prazos deste
Art. 103. Os papéis em andamento ou findos se- artigo contar-se-ão do recebimento do feito
rão bem conservados e, quando for o caso, en- pelo ofício de justiça.
cadernados, classificados ou catalogados, apli-
cando-se, quanto ao seu descarte, o disposto no § 5º A expedição de certidão de processos
§ 2º do art. 74. que correm em segredo de justiça depende-
rá de despacho do juiz competente.
Seção X
Art. 104-A. A requerimento escrito do credor,
DAS CERTIDÕES tratando-se de sentença cível, transitada em
julgado, que reconheça a existência de obriga-
Art. 104. A expedição de certidões em breve
ção de pagar quantia ou alimentos, expedir-se-á
relatório ou de inteiro teor compete exclusiva-
certidão de teor da decisão para fins de protes-
mente aos ofícios de justiça
to extrajudicial, a qual deverá indicar:4
§ 1º Sempre que possível, as certidões se-
I – nome; número de inscrição no cadastro
rão expedidas com base nos assentamentos
do Ministério da Fazenda (CPF e CNPJ), no
constantes do sistema informatizado, ca-
registro geral de identidade (RG) ou no re-
bendo ao escrivão dar a sua fé pública do
gistro nacional de estrangeiro (RNE); e en-
que nele constar ou não, admitida, de qual-
dereço do credor;
quer forma, a consulta aos autos de proces-
sos em andamento ou findos, livros ou pa- II – nome; número de inscrição no cadastro
péis a seu cargo, caso em que se designará do Ministério da Fazenda (CPF e CNPJ), no
o número e a página do livro ou processo registro geral de identidade (RG) ou no re-
onde se encontra o assentamento. gistro nacional de estrangeiro (RNE); e en-
dereço do devedor;
§ 2º As certidões serão expedidas no prazo
de 5 (cinco) dias, contados da data do rece- III – número do processo judicial;
bimento do respectivo pedido pelo ofício de
justiça, fornecido ao interessado protocolo IV – o valor da dívida;
de requerimento. V – a data em que, após intimação do exe-
§ 3º Serão atendidos em 5 (cinco) dias úteis cutado, decorreu o prazo legal para paga-
os pedidos de certidões de objeto e pé for- mento voluntário.
mulados pelo correio eletrônico (e-mail) § 1º As certidões serão expedidas no prazo
institucional de um ofício de justiça para de três (03) dias, contados da data do rece-
outro. A certidão será elaborada e encami-

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bimento do respectivo pedido pelo ofício de desentranhamento e aditamento, expedindo-se
justiça. novo mandado.
§ 2º A expedição de certidão de processos Art. 107. Os mandados serão entregues ou en-
que correm em segredo de justiça depende- caminhados aos encarregados das diligências
rá de despacho do juiz competente. mediante a respectiva carga.
§ 3º Em todos os casos, a certidão será le- Art. 108. Os mandados que devam ser cumpri-
vada a protesto sob a responsabilidade do dos pelos oficiais de justiça serão distribuídos,
credor. na forma regulada pela Corregedoria Geral da
Justiça, aos que estiverem lotados ou à dispo-
§ 4º A requerimento do executado, o pro- sição das respectivas comarcas ou varas. Pará-
testo será cancelado por determinação do grafo único. Os mandados de prisão não serão
juiz, mediante ofício a ser expedido ao car- entregues aos oficiais de justiça, mas encami-
tório, no prazo de 3 (três) dias, contado da nhados ao Instituto de Identificação Ricardo
data de protocolo do requerimento, desde Gumbleton Daunt – IIRGD
que comprovada a satisfação integral da
obrigação. Art. 109. Nas certidões de expedição e de entre-
ga dos mandados, constarão o nome do oficial
Seção XI de justiça a quem confiado o mandado e a data
DOS MANDADOS da respectiva carga.

Art. 105. Constarão de todos os mandados ex- Art. 110. Mensalmente, o escrivão relacionará
pedidos: os mandados em poder dos oficiais de justiça,
além dos prazos legais ou fixados, comunicando
I – o número do respectivo processo; ao Juiz Corregedor Permanente, para as provi-
dências cabíveis.
II – o número de ordem da carga correspon-
dente registrada no livro próprio; Seção XII
III – o seguinte texto, ao pé do instrumento: DOS OFÍCIOS
“É vedado ao oficial de justiça o recebimen-
to de qualquer numerário diretamente da Art. 111. A lavratura de ofícios observará as re-
parte. A identificação do oficial de justiça, gras de escrituração dispostas na Seção VII do
no desempenho de suas funções, será feita presente capítulo e o seguinte:
mediante apresentação de carteira funcio- I – os ofícios extraídos de processos, exceto
nal, obrigatória em todas as diligências.”. aqueles destinados a instruir precatórios ou
§1º Nos mandados em geral, constarão to- requisições de pequeno valor, serão data-
dos os endereços dos destinatários da or- dos e identificados com o número dos autos
dem judicial, declinados ou existentes nos respectivos, com numeração sequencial e
autos, inclusive do local de trabalho renovável anualmente, anexada uma cópia
exclusivamente nos autos;
§ 2º Aos mandados e contramandados de
prisão e alvarás de soltura aplicam-se as dis- II – os ofícios que não se refiram a feito do
posições constantes na Seção XII do Capítu- próprio ofício de justiça serão numerados
lo IV, no que couberem. sequencialmente, em série renovável anu-
almente, de acordo com as respectivas da-
Art. 106. Na hipótese do mandado anterior não tas de expedição, arquivada uma cópia no
consignar elementos essenciais para o cumpri- classificador próprio.
mento da nova diligência, será dispensado o seu

1168 www.acasadoconcurseiro.com.br
Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I – Capítulo III Seções IX a XV, XVII a XIX – Prof. Giuliano Tamagno

Seção XIII III – digitar, no corpo do texto da mensagem


DAS COMUNICAÇÕES OFICIAIS, eletrônica, os dados do processo (número,
unidade judiciária, comarca e partes) e o
TRANSMISSÃO DE INFORMAÇÕES endereço do correio eletrônico (e-mail) ins-
PROCESSUAIS E PRÁTICA titucional da unidade em que lotado;
DE ATOS PROCESSUAIS POR
IV – juntar aos autos cópia da mensagem
MEIO ELETRÔNICO eletrônica enviada, dispensadas a impres-
são e a juntada de anexos que consistirem
Art. 112. Ressalvada a utilização dos meios
em peças do processo, ou, quando a men-
convencionais no caso de indisponibilidade do
sagem não se referir a feito do próprio ofí-
sistema informatizado e do sistema de malote
cio de justiça, arquivá-la no classificador
digital, quando implantado, as comunicações
correspondente;
oficiais que transitem entre os ofícios de justiça
serão por meio eletrônico, observadas as regras V – anexar à mensagem os documentos ne-
estabelecidas nesta Seção cessários, no padrão PDF e sem restrição de
impressão ou salvamento;
Art. 113. Serão transmitidas eletronicamente:
VI – selecionar as opções de confirmação
I – informações que devam ser prestadas à
de entrega e de confirmação de leitura da
segunda instância, conforme determinação
mensagem;
do relator;
VII – assinar a mensagem com seu certifica-
II – ofícios;
do digital;
III – comunicações;
VIII – imprimir os comprovantes de confir-
IV – solicitações; mação de entrega e de leitura, para juntada
aos autos, assim que recebê-los;
V – pedidos e encaminhamento de certi-
dões de objeto e pé, certidões criminais e IX – inserir no sistema informatizado de an-
certidões de distribuição; damento processual a informação de envio
da mensagem eletrônica.
VI – cartas precatórias, nos casos de urgên-
cia. Art. 116. O ofício de justiça que receber a men-
sagem deverá:
Art. 114. A transmissão eletrônica de informa-
ções e documentos será realizada por dirigente, I – expedir eletronicamente as confirma-
escrivão judicial, chefe de seção e escrevente ções de entrega e de leitura da mensagem,
técnico judiciário. que valerão como protocolo;
Art. 115. O remetente da comunicação eletrôni- II – imprimir a mensagem, bem como os
ca deverá: eventuais anexos, para juntada aos autos
do processo ou arquivamento em classifica-
I – utilizar seu correio eletrônico (e-mail) dor próprio, se for o caso;
institucional, e não o da unidade em que lo-
tado, para enviar a mensagem; III – inserir no sistema informatizado de an-
damento processual a informação de rece-
II – preencher o campo “para” com o ende- bimento da mensagem eletrônica, se for o
reço eletrônico da unidade destinatária e o caso;
campo “assunto” com o número do proces-
so e a especificação de uma hipótese do art. IV – promover a conclusão, no prazo legal,
113; quando a mensagem se referir a providên-
cias a cargo do juiz;

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V – encaminhar eletronicamente a mensa- Art. 124. O juízo deprecado devolverá a carta
gem, no mesmo prazo da conclusão, ao cor- precatória, independentemente de cumprimen-
reio eletrônico (e-mail) institucional do juiz, to, quando não devidamente instruída e não
se este assim o determinar, ou ao correio houver regularização no prazo determinado.
eletrônico (e-mail) institucional do funcio-
nário, a quem couber o envio da resposta. Art. 125. As cartas precatórias não serão autu-
adas, servindo os encartes remetidos pelo juízo
Art. 118. Na ausência da expedição de confir- deprecante como face das mesmas, sobre os
mação de entrega e leitura pelo destinatário da quais o ofício de justiça deprecado afixará a eti-
mensagem, presumir-se-ão recebidas e lidas as queta adesiva remetida pelo ofício do distribui-
mensagens no primeiro dia útil subsequente ao dor, que servirá de identificação das partes e da
do envio. natureza do feito, cuidando também anotar no
alto, à direita, o número do processo.
Parágrafo único. Tratando-se de medidas
urgentes, se frustrada a entrega, ou se não Art. 126. As cartas precatórias, quando possível,
confirmados o recebimento e a leitura até servirão como mandado.
o dia seguinte à transmissão, o remetente
entrará em contato telefônico com o desti- Art. 127. Não atendidos pedidos de informa-
natário e, se o caso, reenviará a mensagem, ções sobre o cumprimento do ato, cumprirá ao
de tudo lavrando-se certidão nos autos. ofício de justiça do juízo deprecante reiterar a
solicitação e estabelecer contato telefônico com
Art. 121. Cumpridas as providências dos arts. o escrivão do juízo deprecado, de tudo certifi-
115, 116 e 117, as mensagens eletrônicas e seus cando nos autos. Parágrafo único. Em caso de
anexos serão deletados. inércia, os autos serão conclusos ao juiz do feito
para as providências cabíveis.
Seção XIV
DAS CARTAS PRECATÓRIAS, Art. 128. É permitida a retirada da carta cum-
prida junto ao juízo deprecado, para a entrega
ROGATÓRIAS E ARBITRAIS ao juízo deprecante, desde que nela conste o
nome do advogado da parte que tiver interes-
Art. 122. A carta precatória será confeccionada
se no cumprimento do ato8 , com o número da
em 3 (três) vias, servindo, uma delas, de contra-
respectiva inscrição na Ordem dos Advogados
fé.
do Brasil.
§ 1º O pagamento da taxa judiciária, devida
Art. 129. Ao retornar cumprida a precatória, o
em razão do cumprimento, deverá ser de-
escrivão judicial juntará, aos autos principais,
monstrado até o momento da distribuição,
apenas as peças essenciais, imprescindíveis à
mediante a juntada da 1ª via original do res-
compreensão das diligências realizadas no juízo
pectivo comprovante de recolhimento.
deprecado, especialmente as certidões de lavra
§ 2º Quando o ato deprecado for a citação, dos oficiais de justiça e os termos do que foi de-
será instruída com tantas cópias da petição precado, salvo determinação judicial em contrá-
inicial quantas sejam as pessoas a citar. rio.
Art. 123. Constatado que o ato pode ser cum- Art. 130. Havendo urgência, transmitir-se-á a
prido em endereço de jurisdição diversa daque- carta precatória por fac-símile (fax), telegrama,
la constante da carta precatória, ou ainda, que o telefone, radiograma ou correio eletrônico (e-
endereço originário pertence à outra jurisdição, -mail), observando-se as cautelas previstas nos
deverá o juízo deprecado encaminhá-la ao juízo arts. 264 e 265 do Código de Processo Civil e nos
competente, comunicando tal fato ao juízo de- arts. 354 e 356 do Código de Processo Penal.1
precante. Parágrafo único. A via original da carta não será
encaminhada ao juízo deprecado. Será encarta-

1170 www.acasadoconcurseiro.com.br
Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I – Capítulo III Seções IX a XV, XVII a XIX – Prof. Giuliano Tamagno

da aos autos, juntamente com a certidão de sua III – o nome dos advogados das partes com
transmissão, tão-logo ocorra o pedido de confir- o número de suas respectivas inscrições na
mação de seu teor por parte do juízo destinatá- Ordem dos Advogados do Brasil.
rio.
Art. 135. Nas intimações pela imprensa:
Art. 131. As cartas rogatórias cíveis e criminais
serão expedidas conforme o procedimento, mo- I – quando qualquer das partes estiver re-
delos e formulários aprovados e divulgados pela presentada nos autos por mais de 1 (um)
Corregedoria Geral da Justiça3 no sítio do Tribu- advogado, o ofício de justiça fará constar
nal de Justiça na internet. o nome de qualquer subscritor da petição
inicial, da contestação ou da primeira inter-
Seção XV venção nos autos, com o número da respec-
DAS INTIMAÇÕES tiva inscrição na Ordem dos Advogados do
Brasil, a não ser que a parte indique outro
Art. 132. A intimação dos atos e termos do pro- ou, no máximo, 2 (dois) nomes, ou indique o
cesso ou de expediente administrativo far-se-á, nome da sociedade de advogados a que seu
sempre que possível, por meio eletrônico e me- advogado pertença.
diante publicação no Diário da Justiça Eletrôni- II – as decisões interlocutórias e sentenças
co. serão publicadas somente na sua parte dis-
Parágrafo único. É vedado ao servidor dos positiva; os atos ordinatórios e despachos
ofícios de justiça prestar informações por de mero expediente serão transcritos ou
telefone aos advogados, aos membros do resumidos com os elementos necessários à
Ministério Público, às partes e ao público explicitação do conteúdo da ordem judicial
em geral acerca dos atos e termos do pro- (quem e sobre o que se deve manifestar, ter
cesso. ciência, providenciar, etc.).

Art. 133. Os despachos, decisões interlocutórias Parágrafo único. Será publicada apenas a
e sentenças devem ser encaminhados à publi- parte dispositiva das decisões proferidas em
cação no Diário da Justiça Eletrônico, dentro do procedimentos de natureza disciplinar ou
prazo máximo de 3 (três) dias, a contar da devo- em processos de dúvida, podendo o Corre-
lução dos autos em cartório. gedor Geral da Justiça, se entender neces-
sário, determinar a sua publicação integral,
Parágrafo único. O mesmo prazo deverá ser após o trânsito em julgado.
observado para fins de cumprimento da in-
timação por meio eletrônico. Art. 136. A publicação omissa em relação aos
requisitos constantes dos arts. 134 e 135 e que
Art. 134. As intimações de atos ordinatórios, cause efetivo prejuízo a qualquer das partes
despachos, decisões interlocutórias e senten- será considerada nula.
ças, qualquer que seja o meio empregado, con-
sumar-se-ão de maneira objetiva e precisa, sem Art. 137. Quando ocorrer erro ou omissão de
ambiguidades e omissões, e conterão: elemento indispensável na publicação, indepen-
dentemente de despacho ou de reclamação da
I – o número dos autos, o objeto do proces- parte, proceder-se- á imediatamente à retifica-
so, segundo a tabela vigente, e o nome das ção e nova publicação, encartando-se aos autos
partes; cópia do ato incorretamente publicado.
II – o resumo ou transcrição daquilo que Art. 138. Da publicação no Diário da Justiça Ele-
deva ser dado conhecimento, suficientes trônico a respeito de processos sujeitos ao se-
para o entendimento dos respectivos conte- gredo de justiça constarão as iniciais das partes.
údos;

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Art. 139. Os escrivães judiciais farão publicar tar ao sítio da Ordem dos Advogados do Brasil
no Diário da Justiça, juntamente com as respec- da Internet, à vista da Carteira da OAB apresen-
tivas intimações, o valor da taxa judiciária que tada pelo advogado ou estagiário de Direito in-
deve ser recolhida pelas partes, bem como o teressado, com impressão dos dados obtidos,
valor das importâncias que, objeto de cálculo, os quais serão conferidos pelo servidor antes da
devam ser depositadas, em quaisquer proces- entrega dos autos, observadas, ainda, as demais
sos e a qualquer título. Parágrafo único. Todas cautelas previstas para a carga rápida, conforme
as intimações, publicadas para que as partes se o disposto no art. 165.
manifestem sobre cálculos e contas, conterão os
respectivos valores, em resumo, limitando-se a Parágrafo único. A carga rápida de que trata
publicação ao que baste para a perfeita ciência este artigo também será concedida à pes-
das partes sobre o objeto do cálculo ou da con- soa credenciada pelo advogado ou socieda-
ta. de de advogados, não sendo dispensada a
consulta ao sítio da Ordem dos Advogados
Seção XVII do Brasil dos dados referentes ao advogado
DA CONSULTA E DA CARGA ou sociedade de advogados que autorizar a
retirada dos autos. O preposto deverá apre-
DOS AUTOS sentar, além da autorização prevista no § 7º
do artigo 272 do Código de Processo Civil, o
Art. 157. O acesso aos autos judiciais e adminis-
respectivo documento de identidade.
trativos de processos em andamento ou findos,
mesmo sem procuração, quando não estejam Art. 160. Na hipótese de os processos correrem
sujeitos a segredo de justiça, é assegurado aos em segredo de justiça, o seu exame, em cartó-
advogados, estagiários de Direito e ao público rio, será restrito às partes e a seus procuradores
em geral, por meio do exame em balcão do ofí- devidamente constituídos.
cio de justiça ou seção administrativa, podendo
ser tomados apontamentos, solicitadas cópias § 1º As entidades que reconhecidamente
reprográficas, bem como utilizado escâner por- prestam serviços de assistência judiciária
tátil ou máquina fotográfica, vedado, nestas poderão, por intermédio de advogado com
hipóteses, o desencarte das peças processuais procuração nos autos, autorizar a consulta
para reprodução. de processos que tramitam em segredo de
justiça em cartório pelos acadêmicos de Di-
Parágrafo único. Os escrivães judiciais e os reito não inscritos na OAB.
chefes de seção judiciária manterão, pesso-
almente ou mediante servidor designado, Referida autorização deverá conter o nome
rigorosa vigilância sobre os autos dos pro- do acadêmico, o número de seu RG e o nú-
cessos, sobretudo quando do seu exame, mero e/ou nome das partes do processo a
por qualquer pessoa, no balcão do ofício de que se refere a autorização, que será junta-
justiça ou seção administrativa. da posteriormente aos autos.
§ 2º É vedado o acesso a autos de processos
CARGA RÁPIDA
que correm em segredo de justiça por esta-
Art. 158. Para garantia do direito de acesso aos giários não inscritos ou com inscrição venci-
autos que não corram em segredo de justiça, da na OAB.
poderão os advogados ou estagiários de Direito, Art. 161. A carga de autos judiciais e adminis-
regularmente inscritos na OAB, que não tenham trativos em andamento no cartório é reservada
sido constituídos procuradores de quaisquer das unicamente a advogados ou estagiários de Direi-
partes, retirar os autos para cópia, pelo período to regularmente inscritos na OAB, constituídos
de 1 (uma) hora, mediante controle de movi- procuradores de alguma das partes, ressalvado,
mentação física, devendo o serventuário consul- nos processos findos e que não estejam sujeitos

1172 www.acasadoconcurseiro.com.br
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a segredo de justiça, a carga por advogado mes- incorrerá em multa correspondente à meta-
mo sem procuração, pelo prazo de 10 (dez) dias. de do salário mínimo.
Parágrafo único. A carga de autos também § 1º Verificada a falta, o juiz comunicará o
poderá ser realizada por pessoa credencia- fato à seção local da Ordem dos Advogados
da a pedido do advogado ou da sociedade do Brasil para procedimento disciplinar e
de advogados, pela Advocacia Pública, pela imposição das penalidades.
Defensoria Pública ou pelo Ministério Públi-
co, o que implicará intimação de qualquer § 2º O expediente de cobrança de autos re-
decisão contida no processo retirado, ainda ceberá autuação singela, sem necessidade
que pendente de publicação de registro.

Art. 164. Não havendo fluência de prazo, os au- § 3º Devolvidos os autos, o ofício de justi-
tos somente serão retirados em carga mediante ça, depois de seu minucioso exame, juntará
requerimento. o expediente de cobrança de autos, certifi-
cando a data e o nome de quem os retirou
§ 1º Na fluência de prazo, os autos não sai- e devolveu.
rão do ofício de justiça, salvo nas hipóteses
expressamente previstas na legislação vi- § 4º Na hipótese de extravio dos autos, o ex-
gente, ressalvado, porém, em seu curso ou pediente de cobrança instruirá o respectivo
em outras hipóteses de impossibilidade de procedimento de restauração.
retirada dos autos, o direito de requisição Art. 168. O escrivão ou o chefe de seção deve-
de cópias quando houver justificada urgên- rá, mensalmente, até o décimo dia útil do mês
cia na extração respectiva, mediante auto- subsequente, verificar o cumprimento dos pra-
rização judicial, observando-se o procedi- zos de devolução dos autos retirados, relacio-
mento próprio. nar, em duas vias, os autos em poder das par-
§ 2º Na fluência de prazo comum, só em tes além dos prazos legais ou fixados, a primeira
conjunto ou mediante prévio ajuste por pe- encaminhada, sob forma de representação, ao
tição nos autos os procuradores das partes Juiz Corregedor Permanente, para as providên-
ou seus prepostos retirarão os autos, ressal- cias previstas no art. 167 e a segunda via, para
vada a obtenção de cópias para a qual cada acompanhamento e controle, arquivada em
procurador ou preposto poderá retirá-los pasta própria.
pelo prazo de 2 (duas) a 6 (seis) horas, me- Art. 169. O disposto nesta seção aplica-se, no
diante carga, independentemente de ajuste, que couber, a todos os demais destinatários de
observado o término do expediente foren- carga.
se.
Seção XVIII
Art. 166. É vedada a retenção do documento de
identificação do advogado ou do estagiário de DO DESENTRANHAMENTO DE PEÇAS
Direito no ofício de justiça, para a finalidade de E DOCUMENTOS DOS AUTOS
controle de carga de autos, em qualquer moda-
lidade ou circunstância. Art. 170. O desentranhamento de peças e de
documentos, facultada a substituição por cópia
Art. 167. O advogado deve restituir, no prazo le- simples, poderá ser requerido pelo interessado
gal, os autos que tiver retirado do ofício de jus- ou determinado de ofício pelo juiz.
tiça.
Art. 171. Não haverá substituição das peças
Se intimado pessoalmente, o advogado não ou dos documentos desentranhados por cópia
devolver os autos no prazo de 3 (três) dias, quando, a critério do juiz do processo, referi-
perderá o direito à vista fora de cartório e rem-se a:

www.acasadoconcurseiro.com.br 1173
I – manifestação intempestiva do peticioná- desentranhamento, constando o nome e
rio; documento de identificação de quem as re-
cebeu em devolução, além do competente
II – documentação evidentemente estranha recibo.
aos autos;
Art. 173. Salvo motivada determinação judicial
III – documentos que não tenham servido em sentido contrário e os títulos de crédito, fica
de base para fundamentação de qualquer dispensada a certificação do número do proces-
decisão proferida nos autos ou para a mani- so nas peças e documentos desentranhados dos
festação da parte contrária. autos.
§ 1º Nestas hipóteses, será colocada uma Art. 174. Transitada em julgado a sentença, os
folha em branco no lugar das peças ou do- objetos anexados às manifestações processuais
cumentos desentranhados, anotando-se a serão devolvidos às partes ou seus procurado-
folha dos autos em que lançada a certidão res, mediante solicitação ou intimação para re-
de desentranhamento, vedada a renumera- tirada em até 30 (trinta) dias, sob pena de des-
ção das folhas do processo. truição.
§ 2º As peças e documentos juntados por Art. 175. O escrivão verificará periodicamente
equívoco aos autos serão imediatamente o classificador para arquivamento provisório de
desentranhados e juntados aos autos cor- petições e documentos desentranhados:
retos ou, quando não digam respeito a fei-
tos da vara ou ofício de justiça, devolvidos I – quando constatar a existência de peças
ao setor de protocolo, de tudo lavrando-se não retiradas há 1 (um) ano do desentra-
certidão. nhamento, reiterará a intimação dos advo-
gados para retirá-las;
Art. 172. Deferido ou determinado de ofício o
desentranhamento, caberá ao ofício de justiça: II – decorridos 2 (dois) anos do desentra-
nhamento, as petições e documentos não
I – desentranhar as peças, certificando-se; retirados pelos advogados serão encami-
II – manter os documentos em local ade- nhadas à Ordem dos Advogados do Brasil lo-
quado, para sua posterior entrega; cal, anotando-se no sistema informatizado
oficial.
III – intimar o interessado a retirar a docu-
mentação no prazo de 5 (cinco) dias, se ou- Parágrafo único. Nas demais hipóteses, o escri-
tro não for assinalado pelo Juiz. vão remeterá à conclusão as petições e docu-
mentos desentranhados e não retirados, para
§ 1º A certidão de desentranhamento men- que o juiz determine a destinação adequada.
cionará a numeração das folhas desentra-
nhadas e, quando o caso, daquela na qual se Seção XIX
determinou o ato e a eventual substituição DO ARQUIVAMENTO DE PROCESSOS
por cópias simples.
§ 2º As peças desentranhadas dos autos, Subseção I
enquanto não entregues ao interessado, se- DISPOSIÇÕES GERAIS
rão guardadas em classificador próprio, sen-
do vedado grampeá-las na contracapa dos Art. 176. Nenhum processo será arquivado sem
autos. sentença definitiva ou terminativa, incluindo
nesse último caso a hipótese de decisão de ex-
§ 3º A devolução de peças desentranhadas tinção do processo em razão da estabilização
efetuar-se-á mediante termo nos autos, da tutela de que trata o art. 304, §1º do Código
lançado imediatamente após a certidão de de Processo Civil, salvo os casos legais de sus-

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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I – Capítulo III Seções IX a XV, XVII a XIX – Prof. Giuliano Tamagno

pensão do processo por prazo indeterminado, Subseção II


quando não será comunicada a sua extinção. DO ARQUIVAMENTO DE PROCESSOS
Art. 177. Após a publicação da decisão que de- NA COMARCA DA CAPITAL
terminou o arquivamento, os processos perma-
necerão no ofício de justiça por 30 (trinta) dias, Art. 182. Na Comarca da Capital, determinado
findo os quais serão confeccionados os pacotes o arquivamento do feito e observados os dispo-
de arquivo em, no máximo, 30 (trinta) dias, rea- sitivos da subseção precedente, os escrivães re-
lizadas as anotações e atos necessários. meterão os autos ao Arquivo Geral.

Art. 178. Quando o cumprimento da sentença Parágrafo único. A remessa de processos ao


condenatória cível se der em juízo diverso da- Arquivo Geral será feita pelo ofício de jus-
quele que a proferiu (art. 516, parágrafo único, tiça de acordo com a escala de retirada pe-
do CPC), o arquivamento dos autos, no âmbito riodicamente publicada no Diário da Justiça
do Poder Judiciário do Estado de São Paulo, de- Eletrônico.
verá ser promovido pelo juízo da execução, que Art. 183. Os ofícios de justiça requisitarão, quan-
realizará todos os cadastramentos pertinentes à do necessário, os processos depositados no Ar-
extinção do processo, quando for o caso. quivo Geral, mediante impresso próprio, a ser
Art. 180. Todos os processos conterão, obriga- preenchido em todos os seus campos, conferido
toriamente, o número correspondente da caixa e assinado pelo escrivão.
em que arquivado, escrito na autuação, de for- § 1º Se o interesse recair sobre processo em
ma bem legível. apenso, da requisição constará o processo
Parágrafo único. Na autuação constará a principal ao qual ele se encontra apensado.
denominação completa do ofício de justi- § 2º Antes de requisitar o processo, os ofí-
ça e, quando houver necessidade de fazer cios de justiça verificarão se a caixa de ar-
nova capa, será conservada a denominação quivamento foi de fato remetida ao Arquivo
originária. Geral, bem como se o processo solicitado
Art. 181. Os requerimentos de desarquivamento não se encontra no próprio ofício.
de autos, ressalvadas as exceções legais, serão § 3º Quando se tratar de requisição de pro-
instruídos com o comprovante de recolhimento cessos por parte dos ofícios de justiça in-
da respectiva taxa. tegrantes de foro regional, o requisitante
§ 1º Na ausência da guia de recolhimento, deverá mencionar na requisição a que vara
o advogado (subscritor ou responsável indi- distrital pertencia o feito.
cado) será intimado a recolher as respecti- § 4º Não será permitida a reiteração de re-
vas custas ou retirar a petição, no prazo de quisição antes de decorridos 10 (dez) dias
5 (cinco) dias. contados da data do protocolo.
§ 2º Da publicação no Diário da Justiça Ele- § 5º Em casos de urgência, o processo po-
trônico, com a observação de se tratar de derá ser retirado diretamente no Arquivo
“petição irregular”, constará, quando possí- Geral, mediante regular requisição, acom-
vel, todos os dados necessários a sua iden- panhada de memorando assinado pelo es-
tificação. crivão do ofício de justiça requisitante e vi-
§ 3º Desatendida a intimação no prazo esta- sado pelo juiz. Nessa hipótese, o processo
belecido, a petição será encaminhada à Or- somente será entregue a funcionário do ofí-
dem dos Advogados do Brasil local cio de justiça requisitante.

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§ 6º Fica vedada às partes e advogados a re-
tirada de processos nos depósitos do Arqui-
vo Geral.
§ 7º Assim que recebidos os autos do arqui-
vo, o ofício de justiça lançará o recebimento
no sistema informatizado oficial, evitando-
-se novas requisições de processos que já se
encontram nas unidades judiciais. § 8º Para
rearquivamento de processos, os ofícios de
justiça utilizarão a relação de devolução ao
arquivo.
Art. 188. É expressamente vedado o manuseio
de autos processados em segredo de justiça, ex-
ceção feita às partes e aos advogados por elas
constituídos, ou mediante ordem judicial ex-
pressa.
Parágrafo único. A extração de cópia re-
prográfica ou certidão de processos com
segredo de justiça, bem como o desentra-
nhamento de documentos, dependerão de
despacho do juiz competente.
Art. 189. Permite-se a pesquisa histórica em de-
pendência apropriada junto ao Arquivo Geral,
desde que previamente autorizada.

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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I – Capítulo III Seções IX a XV, XVII a XIX – Prof. Giuliano Tamagno

SLIDES – TOMO I – CAPÍTULO III SEÇÕES IX A XV, XVII A XIX

Seção IX
Dos Papéis em Andamento ou Findos

Art. 103. Os papéis em andamento ou findos serão bem conservados e, quando for o
caso, encadernados, classificados ou catalogados, aplicando-se, quanto ao seu
descarte, o disposto no § 2º do art. 74.

Seção X
Das Certidões

Art. 104. A expedição de certidões em breve relatório ou de inteiro teor compete


exclusivamente aos ofícios de justiça

88

§ 1º Sempre que possível, as certidões serão expedidas com base nos assentamentos
constantes do sistema informatizado, cabendo ao escrivão dar a sua fé pública do que
nele constar ou não, admitida, de qualquer forma, a consulta aos autos de processos
em andamento ou findos, livros ou papéis a seu cargo, caso em que se designará o
número e a página do livro ou processo onde se encontra o assentamento.

§ 2º As certidões serão expedidas no prazo de 5 (cinco) dias, contados da data do


recebimento do respectivo pedido pelo ofício de justiça, fornecido ao interessado
protocolo de requerimento.

89

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§ 3º Serão atendidos em 5 (cinco) dias úteis os pedidos de certidões de objeto e pé
formulados pelo correio eletrônico (e-mail) institucional de um ofício de justiça para
outro. A certidão será elaborada e encaminhada pelo ofício de Justiça diretamente à
unidade solicitante.
§ 4º Se houver necessidade de requisição de autos do Arquivo Geral, os prazos deste
artigo contar-se-ão do recebimento do feito pelo ofício de justiça.
§ 5º A expedição de certidão de processos que correm em segredo de justiça
dependerá de despacho do juiz competente.

90

Art. 104-A. A requerimento escrito do credor, tratando-se de sentença


cível, transitada em julgado, que reconheça a existência de obrigação de pagar
quantia ou alimentos, expedir-se-á certidão de teor da decisão para fins de protesto
extrajudicial, a qual deverá indicar:4
I - nome; número de inscrição no cadastro do Ministério da Fazenda (CPF e CNPJ), no
registro geral de identidade (RG) ou no registro nacional de estrangeiro (RNE); e
endereço do credor;
II - nome; número de inscrição no cadastro do Ministério da Fazenda (CPF e CNPJ), no
registro geral de identidade (RG) ou no registro nacional de estrangeiro (RNE); e
endereço do devedor;
III- número do processo judicial;
IV - o valor da dívida;
V - a data em que, após intimação do executado, decorreu o prazo legal para
pagamento voluntário.

91

1178 www.acasadoconcurseiro.com.br
Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I – Capítulo III Seções IX a XV, XVII a XIX – Prof. Giuliano Tamagno

§ 1º As certidões serão expedidas no prazo de três (03) dias, contados da data do


recebimento do respectivo pedido pelo ofício de justiça.
§ 2º A expedição de certidão de processos que correm em segredo de justiça
dependerá de despacho do juiz competente.
§ 3º Em todos os casos, a certidão será levada a protesto sob a responsabilidade do
credor.
§ 4º A requerimento do executado, o protesto será cancelado por determinação do
juiz, mediante ofício a ser expedido ao cartório, no prazo de 3 (três) dias, contado da
data de protocolo do requerimento, desde que comprovada a satisfação integral da
obrigação.

92

Seção XI
Dos Mandados

Art. 105. Constarão de todos os mandados expedidos:


I - o número do respectivo processo;
II - o número de ordem da carga correspondente registrada no livro próprio;
III - o seguinte texto, ao pé do instrumento: “É vedado ao oficial de justiça o
recebimento de qualquer numerário diretamente da parte. A identificação do oficial de
justiça, no desempenho de suas funções, será feita mediante apresentação de carteira
funcional, obrigatória em todas as diligências.”.
§1º Nos mandados em geral, constarão todos os endereços dos destinatários da ordem
judicial, declinados ou existentes nos autos, inclusive do local de trabalho.
§ 2º Aos mandados e contramandados de prisão e alvarás de soltura aplicam-se as
disposições constantes na Seção XII do Capítulo IV, no que couberem.

93

www.acasadoconcurseiro.com.br 1179
Art. 106. Na hipótese do mandado anterior não consignar elementos essenciais para o
cumprimento da nova diligência, será dispensado o seu desentranhamento e
aditamento, expedindo-se novo mandado.

Art. 107. Os mandados serão entregues ou encaminhados aos encarregados das


diligências mediante a respectiva carga.

Art. 108. Os mandados que devam ser cumpridos pelos oficiais de justiça serão
distribuídos, na forma regulada pela Corregedoria Geral da Justiça, aos que estiverem
lotados ou à disposição das respectivas comarcas ou varas. Parágrafo único. Os
mandados de prisão não serão entregues aos oficiais de justiça, mas encaminhados ao
Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt – IIRGD.

94

Art. 109. Nas certidões de expedição e de entrega dos mandados, constarão o nome
do oficial de justiça a quem confiado o mandado e a data da respectiva carga.

Art. 110. Mensalmente, o escrivão relacionará os mandados em poder dos oficiais de


justiça, além dos prazos legais ou fixados, comunicando ao Juiz Corregedor
Permanente, para as providências cabíveis.

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Seção XII
Dos Ofícios

Art. 111. A lavratura de ofícios observará as regras de escrituração dispostas na Seção


VII do presente capítulo e o seguinte:
I - os ofícios extraídos de processos, exceto aqueles destinados a instruir precatórios
ou requisições de pequeno valor, serão datados e identificados com o número dos
autos respectivos, com numeração sequencial e renovável anualmente, 1 Prov. CGJ
3/2001. 2 Prov. CG 37/2014. 3 Prov. CGJ 24/89. 4 Prov. CGJ 36/2007. 5 Res. TJSP 8/84 e
Provs . CGJ 8/85 e CSM 1190/2006 . anexada uma cópia exclusivamente nos autos;
II - os ofícios que não se refiram a feito do próprio ofício de justiça serão numerados
sequencialmente, em série renovável anualmente, de acordo com as respectivas datas
de expedição, arquivada uma cópia no classificador próprio.

98

Seção XIII
Das Comunicações Oficiais, Transmissão de Informações Processuais e Prática de Atos
Processuais por Meio Eletrônico

Art. 112. Ressalvada a utilização dos meios convencionais no caso de indisponibilidade


do sistema informatizado e do sistema de malote digital, quando implantado, as
comunicações oficiais que transitem entre os ofícios de justiça serão por meio
eletrônico, observadas as regras estabelecidas nesta Seção.

100

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Art. 113. Serão transmitidas eletronicamente:


I - informações que devam ser prestadas à segunda instância, conforme determinação
do relator;
II - ofícios;
III - comunicações;
IV - solicitações;
V - pedidos e encaminhamento de certidões de objeto e pé, certidões criminais e
certidões de distribuição;
VI - cartas precatórias, nos casos de urgência.

Art. 114. A transmissão eletrônica de informações e documentos será realizada por


dirigente, escrivão judicial, chefe de seção e escrevente técnico judiciário.

100

Art. 115. O remetente da comunicação eletrônica deverá:


I - utilizar seu correio eletrônico (e-mail) institucional, e não o da unidade em que
lotado, para enviar a mensagem;
II - preencher o campo “para” com o endereço eletrônico da unidade destinatária e o
campo “assunto” com o número do processo e a especificação de uma hipótese do art.
113;
III - digitar, no corpo do texto da mensagem eletrônica, os dados do processo (número,
unidade judiciária, comarca e partes) e o endereço do correio eletrônico (e-mail)
institucional da unidade em que lotado;
IV - juntar aos autos cópia da mensagem eletrônica enviada, dispensadas a impressão
e a juntada de anexos que consistirem em peças do processo, ou, quando a mensagem
não se referir a feito do próprio ofício de justiça, arquivá-la no classificador
correspondente;
V - anexar à mensagem os documentos necessários, no padrão PDF e sem restrição de
impressão ou salvamento;
101

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VI - selecionar as opções de confirmação de entrega e de confirmação de leitura da
mensagem;
VII - assinar a mensagem com seu certificado digital;
VIII - imprimir os comprovantes de confirmação de entrega e de leitura, para juntada
aos autos, assim que recebê-los;
IX - inserir no sistema informatizado de andamento processual a informação de envio
da mensagem eletrônica.

102

Art. 116. O ofício de justiça que receber a mensagem deverá:


I - expedir eletronicamente as confirmações de entrega e de leitura da mensagem, que
valerão como protocolo;
II - imprimir a mensagem, bem como os eventuais anexos, para juntada aos autos do
processo ou arquivamento em classificador próprio, se for o caso;
III - inserir no sistema informatizado de andamento processual a informação de
recebimento da mensagem eletrônica, se for o caso;
IV - promover a conclusão, no prazo legal, quando a mensagem se referir a
providências a cargo do juiz;
V - encaminhar eletronicamente a mensagem, no mesmo prazo da conclusão, ao
correio eletrônico (e-mail) institucional do juiz, se este assim o determinar, ou ao
correio eletrônico (e-mail) institucional do funcionário, a quem couber o envio da
resposta.

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Art. 117. A resposta aos e-mails deverá ser dada eletronicamente, cabendo ao juiz, a
quem a mensagem houver sido encaminhada nos termos do inciso V do art. 116, ou
ao funcionário, encarregado do envio da resposta, preencher no campo “para” o
endereço do correio eletrônico (e-mail) da unidade cartorária do remetente da
mensagem original.

Art. 118. Na ausência da expedição de confirmação de entrega e leitura pelo


destinatário da mensagem, presumir-se-ão recebidas e lidas as mensagens no
primeiro dia útil subsequente ao do envio.
Parágrafo único. Tratando-se de medidas urgentes, se frustrada a entrega, ou se não
confirmados o recebimento e a leitura até o dia seguinte à transmissão, o remetente
entrará em contato telefônico com o destinatário e, se o caso, reenviará a mensagem,
de tudo lavrando-se certidão nos autos.

104

Art. 119. Em se tratando de documentos que devam ser juntados em processo digital,
será feita em PDF a impressão de que cuidam os incisos IV e VIII do art. 115 e o inciso II
do art. 116.

Art. 120. Nos casos de inoperância do certificado digital ou enquanto não for
disponibilizado, o remetente materializará o documento em papel, colherá a
assinatura, digitalizará o documento assinado e o enviará como anexo da mensagem
eletrônica.

Art. 121. Cumpridas as providências dos arts. 115, 116 e 117, as mensagens
eletrônicas e seus anexos serão deletados.

105

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Seção XIV
Das Cartas Precatórias, Rogatórias e Arbitrais

Art. 122. A carta precatória será confeccionada em 3 (três) vias, servindo, uma delas,
de contrafé.
§ 1º O pagamento da taxa judiciária, devida em razão do cumprimento, deverá ser
demonstrado até o momento da distribuição, mediante a juntada da 1ª via original do
respectivo comprovante de recolhimento.
§ 2º Quando o ato deprecado for a citação, será instruída com tantas cópias da petição
inicial quantas sejam as pessoas a citar.

Art. 123. Constatado que o ato pode ser cumprido em endereço de jurisdição diversa
daquela constante da carta precatória, ou ainda, que o endereço originário pertence à
outra jurisdição, deverá o juízo deprecado encaminhá-la ao juízo competente,
comunicando tal fato ao juízo deprecante.

106

Art. 124.O juízo deprecado devolverá a carta precatória, independentemente de


cumprimento, quando não devidamente instruída5 e não houver regularização no
prazo determinado.

Art. 125. As cartas precatórias não serão autuadas, servindo os encartes remetidos
pelo juízo deprecante como face das mesmas, sobre os quais o ofício de justiça
deprecado afixará a etiqueta adesiva remetida pelo ofício do distribuidor, que servirá
de identificação das partes e da natureza do feito, cuidando também anotar no alto, à
direita, o número do processo.

Art. 126. As cartas precatórias, quando possível, servirão como mandado.

107

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Art. 127. Não atendidos pedidos de informações sobre o cumprimento do ato,


cumprirá ao ofício de justiça do juízo deprecante reiterar a solicitação e estabelecer
contato telefônico com o escrivão do juízo deprecado, de tudo certificando nos autos.
Parágrafo único. Em caso de inércia, os autos serão conclusos ao juiz do feito para as
providências cabíveis.

Art. 128. É permitida a retirada da carta cumprida junto ao juízo deprecado, para a
entrega ao juízo deprecante, desde que nela conste o nome do advogado da parte que
tiver interesse no cumprimento do ato8 , com o número da respectiva inscrição na
Ordem dos Advogados do Brasil.

108

Art. 129. Ao retornar cumprida a precatória, o escrivão judicial juntará, aos autos
principais, apenas as peças essenciais, imprescindíveis à compreensão das diligências
realizadas no juízo deprecado, especialmente as certidões de lavra dos oficiais de
justiça e os termos do que foi deprecado, salvo determinação judicial em contrário.

Art. 130. Havendo urgência, transmitir-se-á a carta precatória por fac-símile (fax),
telegrama, telefone, radiograma ou correio eletrônico (e-mail), observando-se as
cautelas previstas nos arts. 264 e 265 do Código de Processo Civil e nos arts. 354 e 356
do Código de Processo Penal.

109

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Parágrafo único. A via original da carta não será encaminhada ao juízo deprecado. Será
encartada aos autos, juntamente com a certidão de sua transmissão, tão-logo ocorra o
pedido de confirmação de seu teor por parte do juízo destinatário.

Art. 131. As cartas rogatórias cíveis e criminais serão expedidas conforme o


procedimento, modelos e formulários aprovados e divulgados pela Corregedoria Geral
da Justiça3 no sítio do Tribunal de Justiça na internet.

110

Seção XV
Das Intimações

Art. 132. A intimação dos atos e termos do processo ou de expediente administrativo


far-se-á, sempre que possível, por meio eletrônico e mediante publicação no Diário da
Justiça Eletrônico.
Parágrafo único. É vedado ao servidor dos ofícios de justiça prestar informações por
telefone aos advogados, aos membros do Ministério Público, às partes e ao público em
geral acerca dos atos e termos do processo.

Art. 133. Os despachos, decisões interlocutórias e sentenças devem ser encaminhados


à publicação no Diário da Justiça Eletrônico, dentro do prazo máximo de 3 (três) dias, a
contar da devolução dos autos em cartório.
Parágrafo único. O mesmo prazo deverá ser observado para fins de cumprimento da
intimação por meio eletrônico.

111

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Art. 134. As intimações de atos ordinatórios, despachos, decisões interlocutórias e


sentenças, qualquer que seja o meio empregado, consumar-se-ão de maneira objetiva
e precisa , sem ambiguidades e omissões, e conterão:
I – o número dos autos, o objeto do processo, segundo a tabela vigente, e o nome das
partes;
II – o resumo ou transcrição daquilo que deva ser dado conhecimento, suficientes para
o entendimento dos respectivos conteúdos;
III - o nome dos advogados das partes com o número de suas respectivas inscrições na
Ordem dos Advogados do Brasil.

112

Art. 135. Nas intimações pela imprensa:


I - quando qualquer das partes estiver representada nos autos por mais de 1 (um)
advogado, o ofício de justiça fará constar o nome de qualquer subscritor da petição
inicial, da contestação ou da primeira intervenção nos autos, com o número da
respectiva inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil, a não ser que a parte indique
outro ou, no máximo, 2 (dois) nomes, ou indique o nome da sociedade de advogados a
que seu advogado pertença.
II - as decisões interlocutórias e sentenças serão publicadas somente na sua parte
dispositiva; os atos ordinatórios e despachos de mero expediente serão transcritos ou
resumidos com os elementos necessários à explicitação do conteúdo da ordem judicial
(quem e sobre o que se deve manifestar, ter ciência, providenciar, etc.).

113

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Parágrafo único. Será publicada apenas a parte dispositiva das decisões proferidas em
procedimentos de natureza disciplinar ou em processos de dúvida, podendo o
Corregedor Geral da Justiça, se entender necessário, determinar a sua publicação
integral, após o trânsito em julgado.

Art. 136. A publicação omissa em relação aos requisitos constantes dos arts. 134 e
135 e que cause efetivo prejuízo a qualquer das partes será considerada nula.

Art. 137. Quando ocorrer erro ou omissão de elemento indispensável na publicação,


independentemente de despacho ou de reclamação da parte, proceder-se- á
imediatamente à retificação e nova publicação, encartando-se aos autos cópia do ato
incorretamente publicado.

114

Art. 138. Da publicação no Diário da Justiça Eletrônico a respeito de processos


sujeitos ao segredo de justiça constarão as iniciais das partes.

Art. 139. Os escrivães judiciais farão publicar no Diário da Justiça, juntamente com as
respectivas intimações, o valor da taxa judiciária que deve ser recolhida pelas partes,
bem como o valor das importâncias que, objeto de cálculo, devam ser depositadas,
em quaisquer processos e a qualquer título.
Parágrafo único. Todas as intimações, publicadas para que as partes se manifestem
sobre cálculos e contas, conterão os respectivos valores, em resumo, limitando-se a
publicação ao que baste para a perfeita ciência das partes sobre o objeto do cálculo
ou da conta.

115

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Art. 140. A publicação de atos ordinatórios, despachos, decisões interlocutórias e


sentenças, no Diário da Justiça Eletrônico, será documentada pelo encarte, aos autos,
da respectiva certidão gerada automaticamente pelo sistema informatizado oficial ou,
na impossibilidade, pela certidão aposta na mesma folha, ao pé, ou, se não houver
espaço, no verso da folha em que lançado o ato publicado.
Parágrafo único. As publicações feitas no Diário da Justiça Eletrônico comprovam-se
mediante certidão, independentemente da juntada do exemplar impresso.

116

Art. 141. Nas intimações por edital:


I - extraído o edital, conferido e assinado, serão autenticadas as respectivas folhas com
a chancela do ofício de justiça, devendo escrivão rubricar cada uma delas;
II - as publicações de edital feitas no Diário da Justiça Eletrônico, na rede mundial de
computadores, no sítio do respectivo tribunal ou na plataforma de editais do Conselho
Nacional de Justiça comprovam-se mediante certidão, independentemente da juntada
do exemplar impresso;
III - a publicação de edital em jornal de ampla circulação local será providenciada pela
parte ou por agência de publicidade de sua escolha e comprovada nos autos mediante
a juntada do exemplar original;6
IV - a entrega da minuta, para fins de publicação, sempre mediante recibo, 1 Provs.
CGJ 16/84 e 23/93. 2 Prov. CSM 75/73. 3 Provs. CGJ 16/84 e 40/2001. 4 Provs. CGJ
31/81 e 24/2008. 5 Prov. CG 17/2016. 6 Prov. CGJ 24/2008. poderá ser feita a
estagiário ou advogado com procuração nos autos.
117

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Parágrafo único. Quando o processo tramitar sob segredo de justiça, os editais de
citação deverão conter o nome completo do réu e apenas o conteúdo indispensável à
finalidade do ato, sem as especificações da petição inicial, abreviandose os nomes das
demais partes envolvidas a fim de resguardar o segredo de justiça.

Art. 142. Caberá aos escrivães judiciais velar pelo adequado cumprimento das normas
atinentes às publicações ou às intimações por carta, conferindo diariamente seu teor,
sem prejuízo da fiscalização ordinária dos Juízes Corregedores Permanentes.

118

Seção XVII
Da Consulta e da Carga dos Autos

Art. 157. O ACESSO aos autos judiciais e administrativos de processos em andamento


ou findos, mesmo sem procuração, quando não estejam sujeitos a segredo de justiça, é
assegurado aos advogados, estagiários de Direito e ao público em geral, por meio do
exame em balcão do ofício de justiça ou seção administrativa, podendo ser tomados
apontamentos, solicitadas cópias reprográficas, bem como utilizado escâner portátil ou
máquina fotográfica, vedado, nestas hipóteses, o desencarte das peças processuais
para reprodução.
Parágrafo único. Os escrivães judiciais e os chefes de seção judiciária manterão,
pessoalmente ou mediante servidor designado, rigorosa vigilância sobre os autos dos
processos, sobretudo quando do seu exame, por qualquer pessoa, no balcão do ofício
de justiça ou seção administrativa.

121

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Art. 158. Para garantia do direito de ACESSO aos autos que não corram em segredo de
justiça, poderão os advogados ou estagiários de Direito, regularmente inscritos na OAB,
que não tenham sido constituídos procuradores de quaisquer das partes, retirar os
autos para cópia, pelo período de 1 (uma) hora, mediante controle de movimentação
física, devendo o serventuário consultar ao sítio da Ordem dos Advogados do Brasil da
Internet, à vista da Carteira da OAB apresentada pelo advogado ou estagiário de Direito
interessado, com impressão dos dados obtidos, os quais serão conferidos pelo servidor
antes da entrega dos autos, observadas, ainda, as demais cautelas previstas para a
carga rápida, conforme o disposto no art. 165.

126

Parágrafo único. A carga rápida de que trata este artigo também será concedida à
pessoa credenciada pelo advogado ou sociedade de advogados, não sendo dispensada
a consulta ao sítio da Ordem dos Advogados do Brasil dos dados referentes ao
advogado ou sociedade de advogados que autorizar a retirada dos autos. O preposto
deverá apresentar, além da autorização prevista no § 7º do artigo 272 do Código de
Processo Civil, o respectivo documento de identidade.

Art. 159. Nos casos complexos ou com pluralidade de interesses, a fim de que não seja
prejudicado nem o andamento do feito e nem o acesso aos autos, fica autorizada a
retirada de cópias de todo o feito, que ficarão à disposição para consulta dos
interessados.

129

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Art. 160. Na hipótese de os processos correrem em segredo de justiça, o seu exame,
em cartório, será restrito às partes e a seus procuradores devidamente constituídos.
§ 1º As entidades que reconhecidamente prestam serviços de assistência judiciária
poderão, por intermédio de advogado com procuração nos autos, autorizar a consulta
de processos que tramitam em segredo de justiça em cartório pelos acadêmicos de
Direito não inscritos na OAB. Referida autorização deverá conter o nome do
acadêmico, o número de seu RG e o número e/ou nome das partes do processo a que
se refere a autorização, que será juntada posteriormente aos autos.
§ 2º É vedado o acesso a autos de processos que correm em segredo de justiça por
estagiários não inscritos ou com inscrição vencida na OAB.

130

Art. 161. A CARGA de autos judiciais e administrativos em andamento no cartório é


reservada unicamente a advogados ou estagiários de Direito regularmente inscritos
na OAB, constituídos procuradores de alguma das partes, ressalvado, nos processos
findos e que não estejam sujeitos a segredo de justiça, a carga por advogado mesmo
sem procuração, pelo prazo de 10 (dez) dias.
Parágrafo único. A carga de autos também poderá ser realizada por pessoa
credenciada a pedido do advogado ou da sociedade de advogados, pela Advocacia
Pública, pela Defensoria Pública ou pelo Ministério Público, o que implicará intimação
de qualquer decisão contida no processo retirado, ainda que pendente de publicação

135

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Art. 162. O escrivão ou o escrevente responsável pelo atendimento registrará a


retirada e a devolução de autos, mediante anotação no sistema informatizado oficial e
no relatório de carga emitido pelo sistema (carga eletrônica), observadas as seguintes
cautelas:
I – na retirada dos autos, o advogado, estagiário de Direito ou pessoa credenciada
lançará sua assinatura no relatório de carga emitido pelo sistema informatizado,
arquivando-se o documento provisoriamente em classificador próprio;
II - na devolução do feito, o servidor do ofício de justiça ou da seção administrativa
efetuará a baixa no relatório de carga, juntando-o imediatamente aos autos.
§ 1º O livro de carga de autos para advogados será utilizado quando não for possível a
utilização do sistema informatizado, caso em que serão lançados, no livro, a assinatura
do destinatário e, nos autos, o termo de carga e recebimento.

136

§ 2º No relatório eletrônico ou no livro de carga constarão o número da carteira


profissional e respectiva seção, expedida pela OAB, em nome do destinatário ou o
número da carteira de identidade, quando tratar-se de pessoa credenciada pelo
advogado ou sociedade de advogados, facultado ao servidor, na dúvida, solicitar a
exibição dos documentos.
§ 3º A baixa da carga de autos, constante de relatório eletrônico ou de livro de carga,
far-se-á imediatamente, à vista do interessado, sendo-lhe facultada a obtenção de
recibo de autos, assinado pelo servidor, em instrumento previamente confeccionado
pelo interessado e do qual constarão designação da ofício de justiça ou da seção
administrativa, número do processo, tipo de demanda, nome das partes e data da
devolução. A cada auto processual corresponderá um recibo e a subscrição pelo
servidor não implica reconhecimento da respectiva regularidade interna.

137

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§ 4º O procedimento previsto neste artigo poderá ser aplicado a outras modalidades
de cargas, desde que disponível a funcionalidade (carga eletrônica) no sistema
informatizado para outros destinatários e o método se revele eficiente.

138

Art. 163. Os advogados, a sociedade de advogados, os representantes judiciais da Fazenda


Pública e os membros do Ministério Público e da Defensoria Pública, mediante petição
dirigida ao Juiz Corregedor Permanente, poderão indicar prepostos, funcionários ou
estagiários autorizados a retirarem, em nome daqueles, os autos em carga.
§ 1º Da petição, que será arquivada em pasta própria, constarão os nomes completos, os
números dos documentos de identidade, do CPF e os números das identificações
funcionais, se o caso.
§ 2º O funcionário ou estagiário deverá portar o documento de identidade e a cédula ou
crachá funcional, conforme o caso, no momento da retirada dos autos, para que o ofício
de justiça possa verificar, mediante conferência das petições arquivadas, se a pessoa
encontra-se autorizada a subscrever a carga.
§ 3º A carga dos autos será feita em nome da pessoa que subscreveu a autorização e dela
constarão os dados da pessoa que estiver retirando os autos.
§ 4º Qualquer alteração no rol de pessoas autorizadas a retirar os autos deverá ser
imediatamente comunicada ao Juiz Corregedor Permanente.
139

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Art. 164. Não havendo fluência de prazo, os autos somente serão retirados em carga
mediante requerimento.
§ 1º Na fluência de prazo, os autos não sairão do ofício de justiça, salvo nas hipóteses
expressamente previstas na legislação vigente, ressalvado, porém, em seu curso ou em
outras hipóteses de impossibilidade de retirada dos autos, o direito de requisição de
cópias quando houver justificada urgência na extração respectiva, mediante
autorização judicial, observando-se o procedimento próprio.
§ 2º Na fluência de prazo comum, só em conjunto ou mediante prévio ajuste por
petição nos autos os procuradores das partes ou seus prepostos retirarão os autos,
ressalvada a obtenção de cópias para a qual cada procurador ou preposto poderá
retirá-los pelo prazo de 2 (duas) a 6 (seis) horas, mediante carga, independentemente
de ajuste, observado o término do expediente forense.

140

Art. 165. A carga rápida dos autos será concedida pelo escrivão ou o escrevente
responsável pelo atendimento, pelo período de uma hora, mediante controle de
movimentação física dos autos, conforme formulário a ser preenchido e assinado por
advogado ou estagiário de Direito devidamente constituído no processo, ou ainda por
pessoa credenciada pelo advogado ou sociedade de advogados, respeitado o seguinte
procedimento:
I - os requerimentos serão recepcionados e atendidos desde que formulados até às 18h;
II - o formulário de controle de movimentação física será juntado aos autos no exato
momento de sua devolução ao ofício de justiça, certificando-se o respectivo período de
vista;
III - na hipótese dos autos não serem restituídos no período fixado, competirá ao escrivão
judicial representar, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, ao Juiz Corregedor Permanente,
inclusive para fins de providências competentes junto à Ordem dos Advogados do Brasil
(EOAB, arts. 34, inciso XXII, e 37, inciso I).

141

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Art. 166. É vedada a retenção do documento de identificação do advogado ou do
estagiário de Direito no ofício de justiça, para a finalidade de controle de carga de
autos, em qualquer modalidade ou circunstância.

142

Art. 167. O advogado deve restituir, no prazo legal, os autos que tiver retirado do ofício
de justiça. Se intimado pessoalmente, o advogado não devolver os autos no prazo de 3
(três) dias, perderá o direito à vista fora de cartório e incorrerá em multa
correspondente à metade do salário mínimo.
§ 1º Verificada a falta, o juiz comunicará o fato à seção local da Ordem dos Advogados
do Brasil para procedimento disciplinar e imposição das penalidades.
§ 2º O expediente de cobrança de autos receberá autuação singela, sem necessidade
de registro.
§ 3º Devolvidos os autos, o ofício de justiça, depois de seu minucioso exame, juntará o
expediente de cobrança de autos, certificando a data e o nome de quem os retirou e
devolveu.
§ 4º Na hipótese de extravio dos autos, o expediente de cobrança instruirá o respectivo
procedimento de restauração.

143

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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I – Capítulo III Seções IX a XV, XVII a XIX – Prof. Giuliano Tamagno

Art. 168. O escrivão ou o chefe de seção deverá, mensalmente, até o décimo dia útil
do mês subsequente, verificar o cumprimento dos prazos de devolução dos autos
retirados, relacionar, em duas vias, os autos em poder das partes além dos prazos
legais ou fixados, a primeira encaminhada, sob forma de representação, ao Juiz
Corregedor Permanente, para as providências previstas no art. 167 e a segunda via,
para acompanhamento e controle, arquivada em pasta própria.

Art. 169. O disposto nesta seção aplica-se, no que couber, a todos os demais
destinatários de carga.

144

Seção XVIII
Do Desentranhamento de Peças e Documentos dos Autos

Art. 170. O desentranhamento de peças e de documentos, facultada a substituição por


cópia simples, poderá ser requerido pelo interessado ou determinado de ofício pelo
juiz.

Art. 171. Não haverá substituição das peças ou dos documentos desentranhados por
cópia quando, a critério do juiz do processo, referirem-se a:
I - manifestação intempestiva do peticionário;
II - documentação evidentemente estranha aos autos;
III - documentos que não tenham servido de base para fundamentação de qualquer
decisão proferida nos autos ou para a manifestação da parte contrária.

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§ 1º Nestas hipóteses, será colocada uma folha em branco no lugar das peças ou
documentos desentranhados, anotando-se a folha dos autos em que lançada a certidão
de desentranhamento, vedada a renumeração das folhas do processo.

§ 2º As peças e documentos juntados por equívoco aos autos serão imediatamente


desentranhados e juntados aos autos corretos ou, quando não digam respeito a feitos
da vara ou ofício de justiça, devolvidos ao setor de protocolo, de tudo lavrando-se
certidão.

148

Art. 172. Deferido ou determinado de ofício o desentranhamento, caberá


ao ofício de justiça:
I - desentranhar as peças, certificando-se;
II - manter os documentos em local adequado, para sua posterior entrega;
III - intimar o interessado a retirar a documentação no prazo de 5 (cinco) dias, se outro
não for assinalado pelo Juiz.
§ 1º A certidão de desentranhamento mencionará a numeração das folhas
desentranhadas e, quando o caso, daquela na qual se determinou o ato e a eventual
substituição por cópias simples.
§ 2º As peças desentranhadas dos autos, enquanto não entregues ao interessado,
serão guardadas em classificador próprio, sendo vedado grampeá-las na contracapa
dos autos.
§ 3º A devolução de peças desentranhadas efetuar-se-á mediante termo nos autos,
lançado imediatamente após a certidão de desentranhamento, constando o nome e
documento de identificação de quem as recebeu em devolução, além do competente
recibo.
149

1200 www.acasadoconcurseiro.com.br
Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I – Capítulo III Seções IX a XV, XVII a XIX – Prof. Giuliano Tamagno

Art. 173. Salvo motivada determinação judicial em sentido contrário e os títulos de


crédito, fica dispensada a certificação do número do processo nas peças e
documentos desentranhados dos autos.

Art. 174. Transitada em julgado a sentença, os objetos anexados às manifestações


processuais serão devolvidos às partes ou seus procuradores, mediante solicitação ou
intimação para retirada em até 30 (trinta) dias, sob pena de destruição.

152

Art. 175. O escrivão verificará periodicamente o classificador para arquivamento


provisório de petições e documentos desentranhados:
I - quando constatar a existência de peças não retiradas há 1 (um) ano do
desentranhamento, reiterará a intimação dos advogados para retirá-las;
II - decorridos 2 (dois) anos do desentranhamento, as petições e documentos não
retirados pelos advogados serão encaminhadas à Ordem dos Advogados do Brasil local,
anotando-se no sistema informatizado oficial.
Parágrafo único. Nas demais hipóteses, o escrivão remeterá à conclusão as petições e
documentos desentranhados e não retirados, para que o juiz determine a destinação
adequada.

153

www.acasadoconcurseiro.com.br 1201
Do Desentranhamento de Peças e Documentos dos Autos

pelo interessado ou
Facultada a substituição por cópia simples poderá ser requerido
pelo juiz, de ofício

Não haverá substituição quando, a critério do juiz do processo, referirem-se a:


I - manifestação intempestiva do peticionário;
II - documentação evidentemente estranha aos autos;
III - documentos que não tenham servido de base para fundamentação de qualquer decisão proferida
nos autos ou para a manifestação da parte contrária.

Peças e documentos juntados por equívoco:


q Será colocada uma folha em branco no q Serão imediatamente desentranhados e
lugar das peças ou docs. desentranhados; juntados aos autos corretos ou;
q Anotada folha dos autos em que lançada q Quando não digam respeito a feitos da vara ou
a certidão de desentranhamento; ofício de justiça, devolvidos ao setor de
q Vedada a renumeração das folhas do protocolo.
processo. Lavrando-se certidão de tudo.
154

Do Desentranhamento de Peças e Documentos dos Autos

Deferido ou determinado de ofício o desentranhamento, caberá ao ofício de justiça:


1. desentranhar as peças, certificando-se;
2. manter os documentos em local adequado, para sua posterior entrega;
3. intimar o interessado a retirar a documentação no prazo de 5 (cinco) dias, se outro não for
assinalado pelo Juiz.

q Enquanto não entregues ao interessado, serão guardadas em classificador próprio, sendo vedado
grampeá-las na contracapa dos autos.
q A devolução será mediante termo nos autos, lançado imediatamente após a certidão de
desentranhamento, constando o nome e documento de identificação de quem as recebeu em
devolução, além do competente recibo.
q A certidão de desentranhamento mencionará a numeração das folhas desentranhadas e, quando o
caso, daquela na qual se determinou o ato e a eventual substituição por cópias simples.

q Salvo motivada determinação judicial em sentido contrário e os títulos de crédito, fica dispensada
a certificação do número do processo nas peças e documentos desentranhados dos autos.
155

1202 www.acasadoconcurseiro.com.br
Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I – Capítulo III Seções IX a XV, XVII a XIX – Prof. Giuliano Tamagno

Do Desentranhamento de Peças e Documentos dos Autos

Os objetos anexados às manifestações processuais serão devolvidos às partes ou seus procuradores.

Mediante solicitação ou intimação para retirada em


Após transitada em julgado a sentença. até 30 (trinta) dias, sob pena de destruição.

O escrivão verificará periodicamente o classificador para


arquivamento provisório de petições e documentos desentranhados.
Peças não retiradas:
há 1 (um) ano do reiterará a intimação dos Nas demais hipóteses, o
desentranhamento advogados para retirá-las escrivão remeterá à
conclusão as petições e
documentos desentranhados
serão encaminhadas à e não retirados, para que o
há 2 (dois) anos do
Ordem dos Advogados do juiz determine a destinação
desentranhamento
Brasil local, anotando-se no adequada.
sistema informatizado oficial 156

Seção XIX
Do Arquivamento de Processos
Subseção I
Disposições Gerais

Art. 176. Nenhum processo será arquivado sem sentença definitiva ou terminativa,
incluindo nesse último caso a hipótese de decisão de extinção do processo em razão
da estabilização da tutela de que trata o art. 304, §1º do Código de Processo Civil,
salvo os casos legais de suspensão do processo por prazo indeterminado, quando não
será comunicada a sua extinção.

CPC - Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a
conceder não for interposto o respectivo recurso.
§ 1o No caso previsto no caput, o processo será extinto.

157

www.acasadoconcurseiro.com.br 1203
Art. 177. Após a publicação da decisão que determinou o arquivamento, os processos
permanecerão no ofício de justiça por 30 (trinta) dias, findo os quais serão
confeccionados os pacotes de arquivo em, no máximo, 30 (trinta) dias, realizadas as
anotações e atos necessários.

Art. 178. Quando o cumprimento da sentença condenatória cível se der em juízo


diverso daquele que a proferiu (art. 516, parágrafo único, do CPC), o arquivamento
dos autos, no âmbito do Poder Judiciário do Estado de São Paulo, deverá ser
promovido pelo juízo da execução, que realizará todos os cadastramentos
pertinentes à extinção do processo, quando for o caso.

158

Do Arquivamento de Processos

Definitiva
Nenhum processo será arquivado sem sentença: ou
Terminativa

Incluindo nesse último caso a hipótese de decisão de extinção do processo


em razão da estabilização da tutela de que trata o art. 304, §1º do Código
de Processo Civil, salvo os casos legais de suspensão do processo por prazo
indeterminado, quando não será comunicada a sua extinção.

Cumprimento da sentença Após publicação da decisão que determinou o arquivamento.


condenatória cível em juízo diverso
daquele que a proferiu. Os processos permanecerão no ofício de justiça
por 30 (trinta) dias

Arquivamento deverá
Após o prazo serão confeccionados os pacotes de arquivo em

No máximo, 30 (trinta) dias,


Promovido pelo juízo da execução.
realizadas as anotações e atos necessários. 159

1204 www.acasadoconcurseiro.com.br
Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I – Capítulo III Seções IX a XV, XVII a XIX – Prof. Giuliano Tamagno

Art. 179. O arquivo de processos será organizado em caixas padronizadas, com


volumes que não ultrapassem a capacidade das caixas de arquivo, adotadas, ainda, as
seguintes cautelas:
I - as caixas de arquivo serão numeradas, independentemente do número do feito,
pelo critério ordinal crescente e sem interrupção quando da passagem de um ano
para outro, mudando-se somente o ano em que ocorreu o arquivamento (por
exemplo, admitindo-se que a última caixa do ano de 2011 recebeu o número 200/11,
a próxima, do ano seguinte, receberá o número 201/12 e assim sucessivamente);
II - havendo necessidade de desdobramento, por motivo de apensamentos ou
aumento de volumes que impossibilitem a acomodação na mesma caixa, o
arquivamento será renovado (nova caixa com numeração atual), feitas as devidas
anotações e comunicando a ocorrência ao Arquivo Geral, mediante ofício. É vedado,
no caso de desdobramento de caixas, o uso de letras aditivas (por exemplo, 1-A, 1-B,
1-C etc);
160

III - na tampa da caixa de arquivo será colado o impresso próprio, emitido pelo sistema
informatizado oficial, onde serão anotados a denominação completa do ofício de
justiça correspondente e os números dos processos, em ordem crescente,
desprezando-se o ano do registro do feito. Será anotado na parte inferior do impresso,
o número da respectiva caixa, de forma destacada.
Parágrafo único. No sistema informatizado oficial será anotado o número da caixa de
arquivamento do respectivo processo.

Art. 180. Todos os processos conterão, obrigatoriamente, o número correspondente


da caixa em que arquivado, escrito na autuação, de forma bem legível.5 Parágrafo
único. Na autuação constará a denominação completa do ofício de justiça e, quando
houver necessidade de fazer nova capa, será conservada a denominação originária.

161

www.acasadoconcurseiro.com.br 1205
Art. 181. Os requerimentos de desarquivamento de autos, ressalvadas as exceções
legais, serão instruídos com o comprovante de recolhimento da respectiva taxa.
§ 1º Na ausência da guia de recolhimento, o advogado (subscritor ou responsável
indicado) será intimado a recolher as respectivas custas ou retirar a petição, no prazo
de 5 (cinco) dias.
§ 2º Da publicação no Diário da Justiça Eletrônico, com a observação de se tratar de
“petição irregular”, constará, quando possível, todos os dados necessários a sua
identificação.
§ 3º Desatendida a intimação no prazo estabelecido, a petição será encaminhada à
Ordem dos Advogados do Brasil local. Subseção II Do Arquivamento de Processos na
Comarca da Capital .

162

Art. 182. Na Comarca da Capital, determinado o arquivamento do feito e observados


os dispositivos da subseção precedente, os escrivães remeterão os autos ao Arquivo
Geral.
Parágrafo único. A remessa de processos ao Arquivo Geral será feita pelo ofício de
justiça de acordo com a escala de retirada periodicamente publicada no Diário da
Justiça Eletrônico.

163

1206 www.acasadoconcurseiro.com.br
Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I – Capítulo III Seções IX a XV, XVII a XIX – Prof. Giuliano Tamagno

Art. 183. Os ofícios de justiça requisitarão, quando necessário, os processos


depositados no Arquivo Geral, mediante impresso próprio, a ser preenchido em todos
os seus campos, conferido e assinado pelo escrivão.
§ 1º Se o interesse recair sobre processo em apenso, da requisição constará o
processo principal ao qual ele se encontra apensado.
§ 2º Antes de requisitar o processo, os ofícios de justiça verificarão se a caixa de
arquivamento foi de fato remetida ao Arquivo Geral, bem como se o processo
solicitado não se encontra no próprio ofício.
§ 3º Quando se tratar de requisição de processos por parte dos ofícios de justiça
integrantes de foro regional, o requisitante deverá mencionar na requisição a que vara
distrital pertencia o feito.
§ 4º Não será permitida a reiteração de requisição antes de decorridos 10 (dez) dias
contados da data do protocolo.

164

§ 5º Em casos de urgência, o processo poderá ser retirado diretamente no Arquivo


Geral, mediante regular requisição, acompanhada de memorando assinado pelo
escrivão do ofício de justiça requisitante e visado pelo juiz. Nessa hipótese, o processo
somente será entregue a funcionário do ofício de justiça requisitante.
§ 6º Fica vedada às partes e advogados a retirada de processos nos depósitos do
Arquivo Geral.
§ 7º Assim que recebidos os autos do arquivo, o ofício de justiça lançará o
recebimento no sistema informatizado oficial, evitando-se novas requisições de
processos que já se encontram nas unidades judiciais. § 8º Para rearquivamento de
processos, os ofícios de justiça utilizarão a relação de devolução ao arquivo.

Art. 184. Qualquer irregularidade constatada no preenchimento da requisição que


impossibilite a localização do feito no Arquivo Geral implicará no desatendimento da
requisição e imediata devolução ao expedidor, para regularização.
165

www.acasadoconcurseiro.com.br 1207
Art. 185. Além do requerimento formulado ao ofício de justiça onde tramitou o feito,
o interessado poderá solicitar o desarquivamento, consultar e obter cópias
reprográficas dos processos depositados no Arquivo Geral diretamente nas
dependências da Coordenadoria de Arquivos, Setor de Consultas.
§ 1º A requisição de consulta será feita em 4 (quatro) vias, servindo uma delas de
protocolo à parte interessada.
§ 2º Os processos permanecerão à disposição do interessado no local de consulta
pelo prazo de 8 (oito) dias úteis, findo o qual serão devolvidos ao arquivo.

Art. 186. O interessado poderá consultar os processos no próprio ofício de justiça de


origem, promovendo o escrivão a expedição da requisição.
Parágrafo único. O interessado no desarquivamento será intimado, por qualquer
meio idôneo de comunicação, da chegada dos autos ao cartório e do prazo de 30
(trinta) dias para manifestação, bem como de que, decorrido o prazo sem
manifestação, os autos retornarão ao arquivo. 166

Art. 187. Caberá ao Arquivo Geral a extração e remessa de cópias reprográficas de


autos arquivados, em atendimento à solicitação da Secretaria da Administração
Penitenciária ou da direção de estabelecimento prisional, desde que o ofício de justiça
encaminhe, mediante relação, o próprio ofício de referidos órgãos, com as anotações
necessárias à localização do processo, observado o § 2º do art. 966.
Parágrafo único. O disposto no caput aplica-se somente aos ofícios de justiça do
Fórum Criminal da Barra Funda.

Art. 188. É expressamente vedado o manuseio de autos processados em segredo de


justiça, exceção feita às partes e aos advogados por elas constituídos, ou mediante
ordem judicial expressa.
Parágrafo único. A extração de cópia reprográfica ou certidão de processos com
segredo de justiça, bem como o desentranhamento de documentos, dependerão de
despacho do juiz competente.
167

1208 www.acasadoconcurseiro.com.br
Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I – Capítulo III Seções IX a XV, XVII a XIX – Prof. Giuliano Tamagno

Art. 189. Permiti-se a pesquisa histórica em dependência apropriada junto ao Arquivo


Geral, desde que previamente autorizada.

168

www.acasadoconcurseiro.com.br 1209
Normas da Corregedoria
Geral da Justiça

TOMO I – CAPÍTULO XI – SEÇÕES I, IV E V

CAPÍTULO XI Parágrafo único. O uso inadequado do sis-


DO PROCESSO ELETRÔNICO S tema de processamento eletrônico do Tri-
bunal de Justiça do Estado de São Paulo que
venha a causar prejuízo às partes ou à ati-
Seção I
vidade jurisdicional importará bloqueio do
DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO cadastro do usuário, sem prejuízo das de-
ELETRÔNICO mais cominações legais.
Art. 1.189. Processo eletrônico é o processo ju- Art. 1.192. A autenticidade e integridade dos
dicial cujas peças, documentos e atos processu- atos e peças processuais serão garantidas por
ais constituem um conjunto de arquivos digitais, sistema de segurança eletrônica, mediante uso
que tramitam e são transmitidos, comunicados, de certificação digital (ICP-Brasil – Padrão A3).
armazenados e consultados por meio eletrôni-
§ 1º Os documentos produzidos de forma
co, nos termos da Lei nº 11.419, de 19 de de-
eletrônica serão assinados digitalmente por
zembro de 2006.
seu autor, como garantia da origem e de seu
Art. 1.190. O sistema de processamento ele- signatário.
trônico do Tribunal de Justiça do Estado de São
§ 2º Os documentos digitalizados serão as-
Paulo será utilizado como meio eletrônico de
sinados ou rubricados;
tramitação de processos judiciais, comunicação
de atos e transmissão de peças processuais. ·· I – no momento da digitalização, para fins
de autenticação;
Art. 1.191. O acesso ao sistema de processa-
mento eletrônico será feito: II – no momento da transmissão, caso não
tenham sido previamente assinados ou ru-
I – no sítio eletrônico do Tribunal de Justi-
bricados.
ça do Estado de São Paulo na internet, por
qualquer pessoa credenciada, mediante § 3º Fazem a mesma prova que os originais
uso de certificação digital (ICPBrasil – Pa- as reproduções digitalizadas de qualquer
drão A3); documento, público ou particular, quando
juntados aos autos pelos órgãos da Justiça
II – pelos entes conveniados, por meio se-
e seus auxiliares, pelo Ministério Público
guro da integração de sistemas;
e seus auxiliares, pelas procuradorias, pe-
III – nos sistemas internos, por magistrados, las repartições públicas em geral e por ad-
servidores, funcionários e terceiros autori- vogados públicos ou privados, ressalvada
zados pelo Tribunal de Justiça do Estado de a alegação motivada e fundamentada de
São Paulo. adulteração antes ou durante o processo de
digitalização.

www.acasadoconcurseiro.com.br 1211
§ 4º Os originais dos documentos digitaliza- tocolo de origem. Se a verificação ocorrer
dos, mencionados no § 3º deste artigo, de- após o cadastramento da petição pelo Ofí-
verão ser preservados pelo seu detentor até cio de Justiça, caberá a este adotar as pro-
o final do prazo para. interposição de ação vidências necessárias para a devida regula-
rescisória, observadas, quanto aos ofícios rização.
de justiça, as disposições destas Normas de
Serviço. § 2º Admitir-se-á, nos Foros Digitais, o pro-
tocolo integrado de petições em papel diri-
Art. 1.193. É de exclusiva responsabilidade do gidas a processos físicos em tramitação nas
titular de certificação digital o uso e sigilo da demais Comarcas do Estado.
chave privada da sua identidade digital, não
sendo oponível, em nenhuma hipótese, alega- Art. 1.222. Em caso de indisponibilidade do ser-
ção de seu uso indevido. viço de peticionamento eletrônico ou impossibi-
lidade técnica, a petição intermediária em papel
Art. 1.194. Todos os atos processuais do proces- será recebida desde que observados os requisi-
so eletrônico serão assinados eletronicamente, tos do § 4º do artigo 1.205 destas Normas de
por meio de certificação digital. Serviço.
Art. 1.195. Será considerada original a versão § 1º Deferida a juntada pelo juiz do feito, o
armazenada no servidor do Tribunal de Justiça ofício de justiça protocolará a petição, dis-
do Estado de São Paulo, enquanto o processo pensada a remessa para o Setor de Proto-
estiver em tramitação ou arquivado. colo, e caso verifique o funcionamento do
sistema informatizado, procederá à digita-
Seção IV lização da das peças e o trâmite eletrônico
DO PROTOCOLO DE PETIÇÕES regular do processo.
INTERMEDIÁRIAS § 2º Caso inoperante o sistema, o proces-
samento seguirá fisicamente, devendo o
Art. 1.220. As petições intermediárias serão
ofício de justiça proceder à digitalização tão
apresentadas pelo peticionamento eletrônico e
logo seja restabelecido o funcionamento.
encaminhadas diretamente ao ofício de justiça
§ 3º Nos casos dos parágrafos anteriores,
correspondente. Parágrafo único. Na hipótese
cientificar-se-á o requerente de que terá 45
de materialização do processo, cuja tramitação
(quarenta e cinco) dias, a partir da digitali-
era em meio eletrônico, passarão a ser admiti-
zação, para retirar a petição, sob pena de
das petições em meio físico. Retomada a trami-
inutilização da peça e dos documentos pelo
tação no meio eletrônico, não mais serão admi-
ofício de justiça.
tidas petições em meio físico.
Art. 1.221. Ressalvado o disposto neste Capítu- Seção V
lo, os Setores de Protocolo do Tribunal de Justi- DA CONSULTA ÀS MOVIMENTAÇÕES
ça do Estado de São Paulo não poderão receber PROCESSUAIS E DECISÕES
petições em papel dirigidas aos processos que
tramitam eletronicamente. Art. 1.224. É livre a consulta, no sítio do Tribunal
de Justiça do Estado de São Paulo, às movimen-
§ 1º Em caso de recebimento indevido, ca- tações processuais, inteiro teor das decisões,
berá ao Setor de Protocolo de origem can- sentenças, votos, acórdãos e aos mandados de
celar o protocolo e intimar o peticionário prisão registrados no BNMP.
pelo Diário da Justiça Eletrônico – DJE para
retirada da petição. Se o Ofício de Justiça § 1º O advogado, o defensor público, as
verificar o recebimento indevido antes do partes e o membro do Ministério Público,
cadastramento, devolverá a petição ao pro- cadastrados e habilitados nos autos, terão

1212 www.acasadoconcurseiro.com.br
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acesso a todo o conteúdo do processo ele- digital ou login e senha, poderão consultar
trônico . a íntegra de processos públicos e a íntegra
de processos em que decretado o segredo
§2º Os advogados, defensores públicos, de justiça, desde que, no último caso, este-
procuradores e membros do Ministério jam vinculados por força de procuração nos
Público, não vinculados a processo, previa- autos;
mente identificados, poderão acessar todos
os atos e documentos processuais armaze- II – às partes será fornecida senha para
nados, salvo nos casos de processos em sigi- acesso à íntegra de seu processo eletrônico
lo ou segredo de justiça. juntamente com a citação ou quando soli-
citada, sendo possível o requerimento e a
Art. 1.225. Os processos que tramitam no siste- retirada pelo advogado constituído, circuns-
ma de processamento eletrônico do Tribunal de tância essa que deverá ser certificada nos
Justiça do Estado de São Paulo, em segredo de autos;
justiça, só poderão ser consultados pelas partes
e procuradores habilitados a atuar no processo. III – para consulta da íntegra dos autos di-
gitais na internet será fornecida senha de
§ 1º A indicação de que um processo está acesso a peritos, assistentes e outros au-
submetido a segredo de justiça deverá ser xiliares da justiça nomeados nos autos, de
incluída no sistema de processamento ele- acordo com o tipo de participação no pro-
trônico do Tribunal de Justiça do Estado de cesso.
São Paulo:
Parágrafo único. As senhas de acesso serão
I – no ato do ajuizamento por indicação do fornecidas exclusivamente pelo respectivo
advogado ou procurador; ofício de justiça, sendo necessária a com-
II – no ato da transmissão, quando se tra- provação documental da condição de parte,
tar de recurso interposto em primeiro grau, na hipótese do requerimento previsto no
pelo órgão judicial de origem; inciso II, e a autorização do magistrado, nas
hipóteses do inciso III.
III – por determinação do juiz ou do relator;
Art. 1.226-A. O acesso à integra dos processos
IV – automaticamente, por expressa previ- digitais que não tramitem sob segredo de justi-
são legal, conforme tabela de classes e as- ça a terceiro interessado será franqueado me-
suntos padronizadas no sistema. diante uso de senha pessoal e intransferível, dis-
§ 2º A indicação implica impossibilidade de ponibilizada para utilização pelo período de 24
consulta dos autos por quem não seja parte (vinte e quatro) horas após a sua emissão.
no processo, nos termos da legislação es- § 1º O terceiro interessado apresentará re-
pecífica, e é presumida válida, até decisão querimento próprio contendo sua qualifi-
judicial em sentido contrário, de ofício ou a cação e a declaração de responsabilidade
requerimento da parte. pessoal pelo conteúdo das informações
§ 3º A indicação proveniente do advogado acessadas.
ou procurador será submetida à imediata § 2º A impressão da senha será providencia-
análise pelo juiz. da pela unidade judicial por onde tramita o
Art. 1.226. A consulta da íntegra de processos feito, sendo uma senha por processo/inte-
eletrônicos na internet observará as seguintes ressado.
regras: § 3º Após digitalizados e importados para
I – os advogados, após cadastramento no os autos, os requerimentos serão arquiva-
Portal E-Saj, e mediante uso da certificação dos em classificador próprio.

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§ 4º Decorridos 45 (quarenta e cinco) dias
da emissão da senha, os documentos men-
cionados no parágrafo anterior poderão
ser inutilizados, observadas as diretrizes do
Comunicado SAD nº 11/2010.5 Art. 1.227.
Sempre que possível, os documentos serão
disponibilizados na internet para impressão
pelo advogado ou interessado.
Parágrafo único: Revogado.

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SLIDES – TOMO I – CAPÍTULO XI – SEÇÕES I, IV E V

CAPÍTULO XI
DO PROCESSO ELETRÔNICO S
Seção I
Do Sistema de Processamento Eletrônico

Art. 1.189. Processo eletrônico é o processo judicial cujas peças, documentos e atos
processuais constituem um conjunto de arquivos digitais, que tramitam e são
transmitidos, comunicados, armazenados e consultados por meio eletrônico, nos
termos da Lei nº 11.419, de 19 de dezembro de 2006.

Art. 1.190. O sistema de processamento eletrônico do Tribunal de Justiça do Estado


de São Paulo será utilizado como meio eletrônico de tramitação de processos
judiciais, comunicação de atos e transmissão de peças processuais. ··

171

Art. 1.191. O acesso ao sistema de processamento eletrônico será feito:


I - no sítio eletrônico do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo na internet, por
qualquer pessoa credenciada, mediante uso de certificação digital (ICPBrasil – Padrão
A3);
II - pelos entes conveniados, por meio seguro da integração de sistemas;
III - nos sistemas internos, por magistrados, servidores, funcionários e terceiros
autorizados pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
Parágrafo único. O uso inadequado do sistema de processamento eletrônico do
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que venha a causar prejuízo às partes ou à
atividade jurisdicional importará bloqueio do cadastro do usuário, sem prejuízo das
demais cominações legais.

172

www.acasadoconcurseiro.com.br 1215
1216 www.acasadoconcurseiro.com.br
Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I – Capítulo XI - Seções I, IV e V – Prof. Giuliano Tamagno

Art. 1.192. A autenticidade e integridade dos atos e peças processuais serão garantidas por sistema
de segurança eletrônica, mediante uso de certificação digital (ICP-Brasil – Padrão A3).
§ 1º Os documentos produzidos de forma eletrônica serão assinados digitalmente por seu autor,
como garantia da origem e de seu signatário.
§ 2º Os documentos digitalizados serão assinados ou rubricados;
I - no momento da digitalização, para fins de autenticação;
II - no momento da transmissão, caso não tenham sido previamente assinados ou rubricados.
§ 3º Fazem a mesma prova que os originais as reproduções digitalizadas de qualquer documento,
público ou particular, quando juntados aos autos pelos órgãos da Justiça e seus auxiliares, pelo
Ministério Público e seus auxiliares, pelas procuradorias, pelas repartições públicas em geral e por
advogados públicos ou privados, ressalvada a alegação motivada e fundamentada de adulteração
antes ou durante o processo de digitalização.
§ 4º Os originais dos documentos digitalizados, mencionados no § 3º deste artigo, deverão ser
preservados pelo seu detentor até o final do prazo para. interposição de ação rescisória, observadas,
quanto aos ofícios de justiça, as disposições destas Normas de Serviço.

175

Art. 1.193. É de exclusiva responsabilidade do titular de certificação digital o uso e


sigilo da chave privada da sua identidade digital, não sendo oponível, em nenhuma
hipótese, alegação de seu uso indevido.

Art. 1.194. Todos os atos processuais do processo eletrônico serão assinados


eletronicamente, por meio de certificação digital.

Art. 1.195. Será considerada original a versão armazenada no servidor do Tribunal de


Justiça do Estado de São Paulo, enquanto o processo estiver em tramitação ou
arquivado.

176

www.acasadoconcurseiro.com.br 1217
Seção IV
Do Protocolo de Petições Intermediárias

Art. 1.220. As petições intermediárias serão apresentadas pelo peticionamento


eletrônico e encaminhadas diretamente ao ofício de justiça correspondente.
Parágrafo único. Na hipótese de materialização do processo, cuja tramitação era em
meio eletrônico, passarão a ser admitidas petições em meio físico. Retomada a
tramitação no meio eletrônico, não mais serão admitidas petições em meio físico.

177

Art. 1.221. Ressalvado o disposto neste Capítulo, os Setores de Protocolo do Tribunal


de Justiça do Estado de São Paulo não poderão receber petições em papel dirigidas
aos processos que tramitam eletronicamente.
§ 1º Em caso de recebimento indevido, caberá ao Setor de Protocolo de origem
cancelar o protocolo e intimar o peticionário pelo Diário da Justiça Eletrônico – DJE
para retirada da petição. Se o Ofício de Justiça verificar o recebimento indevido antes
do cadastramento, devolverá a petição ao protocolo de origem. Se a verificação
ocorrer após o cadastramento da petição pelo Ofício de Justiça, caberá a este adotar
as providências necessárias para a devida regularização.
§ 2º Admitir-se-á, nos Foros Digitais, o protocolo integrado de petições em papel
dirigidas a processos físicos em tramitação nas demais Comarcas do Estado.

178

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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I – Capítulo XI - Seções I, IV e V – Prof. Giuliano Tamagno

Art. 1.222. Em caso de indisponibilidade do serviço de peticionamento eletrônico ou


impossibilidade técnica, a petição intermediária em papel será recebida desde que
observados os requisitos do § 4º do artigo 1.205 destas Normas de Serviço.
§ 1º Deferida a juntada pelo juiz do feito, o ofício de justiça protocolará a petição,
dispensada a remessa para o Setor de Protocolo, e caso verifique o funcionamento do
sistema informatizado, procederá à digitalização da das peças e o trâmite eletrônico
regular do processo.
§ 2º Caso inoperante o sistema, o processamento seguirá fisicamente, devendo o
ofício de justiça proceder à digitalização tão logo seja restabelecido o funcionamento.
§ 3º Nos casos dos parágrafos anteriores, cientificar-se-á o requerente de que terá 45
(quarenta e cinco) dias, a partir da digitalização, para retirar a petição, sob pena de
inutilização da peça e dos documentos pelo ofício de justiça.

179

Seção V
Da Consulta às Movimentações Processuais e Decisões

Art. 1.224. É livre a consulta, no sítio do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, às
movimentações processuais, inteiro teor das decisões, sentenças, votos, acórdãos e
aos mandados de prisão registrados no BNMP.
§ 1º O advogado, o defensor público, as partes e o membro do Ministério Público,
cadastrados e habilitados nos autos, terão acesso a todo o conteúdo do processo
eletrônico .
§2º Os advogados, defensores públicos, procuradores e membros do Ministério
Público, não vinculados a processo, previamente identificados, poderão acessar todos
os atos e documentos processuais armazenados, salvo nos casos de processos em
sigilo ou segredo de justiça.

180

www.acasadoconcurseiro.com.br 1219
Art. 1.225. Os processos que tramitam no sistema de processamento eletrônico do Tribunal
de Justiça do Estado de São Paulo, em segredo de justiça, só poderão ser consultados pelas
partes e procuradores habilitados a atuar no processo.
§ 1° A indicação de que um processo está submetido a segredo de justiça deverá ser incluída
no sistema de processamento eletrônico do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo:
I - no ato do ajuizamento por indicação do advogado ou procurador;
II - no ato da transmissão, quando se tratar de recurso interposto em primeiro grau, pelo
órgão judicial de origem;
III – por determinação do juiz ou do relator;
IV – automaticamente, por expressa previsão legal, conforme tabela de classes e assuntos
padronizadas no sistema.
§ 2° A indicação implica impossibilidade de consulta dos autos por quem não seja parte no
processo, nos termos da legislação específica, e é presumida válida, até decisão judicial em
sentido contrário, de ofício ou a requerimento da parte.
§ 3º A indicação proveniente do advogado ou procurador será submetida à imediata análise
pelo juiz.
181

Art. 1.226. A consulta da íntegra de processos eletrônicos na internet observará as seguintes


regras:
I - os advogados, após cadastramento no Portal E-Saj, e mediante uso da certificação digital ou
login e senha, poderão consultar a íntegra de processos públicos e a íntegra de processos em
que decretado o segredo de justiça, desde que, no último caso, estejam vinculados por força
de procuração nos autos;
II - às partes será fornecida senha para acesso à íntegra de seu processo eletrônico juntamente
com a citação ou quando solicitada, sendo possível o requerimento e a retirada pelo advogado
constituído, circunstância essa que deverá ser certificada nos autos;
III - para consulta da íntegra dos autos digitais na internet será fornecida senha de acesso a
peritos, assistentes e outros auxiliares da justiça nomeados nos autos, de acordo com o tipo de
participação no processo.
Parágrafo único. As senhas de acesso serão fornecidas exclusivamente pelo respectivo ofício
de justiça, sendo necessária a comprovação documental da condição de parte, na hipótese do
requerimento previsto no inciso II, e a autorização do magistrado, nas hipóteses do inciso III.
182

1220 www.acasadoconcurseiro.com.br
Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I – Capítulo XI - Seções I, IV e V – Prof. Giuliano Tamagno

Art. 1.226-A. O acesso à integra dos processos digitais que não tramitem sob
segredo de justiça a terceiro interessado será franqueado mediante uso de senha
pessoal e intransferível, disponibilizada para utilização pelo período de 24 (vinte e
quatro) horas após a sua emissão.
§ 1º O terceiro interessado apresentará requerimento próprio contendo sua
qualificação e a declaração de responsabilidade pessoal pelo conteúdo das
informações acessadas.
§ 2º A impressão da senha será providenciada pela unidade judicial por onde
tramita o feito, sendo uma senha por processo/interessado.
§ 3º Após digitalizados e importados para os autos, os requerimentos serão
arquivados em classificador próprio.

183

§ 4º Decorridos 45 (quarenta e cinco) dias da emissão da senha, os documentos


mencionados no parágrafo anterior poderão ser inutilizados, observadas as diretrizes
do Comunicado SAD nº 11/2010.5 Art. 1.227. Sempre que possível, os documentos
serão disponibilizados na internet para impressão pelo advogado ou interessado.
Parágrafo único: Revogado.

184

www.acasadoconcurseiro.com.br 1221
Normas da Corregedoria
Geral da Justiça

TOMO I – CAPITULO XI - SEÇÃO VI – SUBSEÇÕES I, III, V E XIII

Seção VI V - decisões;
DA TRAMITAÇÃO DOS VI – requerimentos;
PROCESSOS ELETRÔNICOS
VII - sentenças;
Subseção I VIII - termos de audiência;
DISPOSIÇÃO INICIAL
IX - Setor Técnico – Assistente Social;
Art. 1.228. Aplicam-se aos Ofícios de Justiça X - Setor Técnico – Psicologia.
Digitais e ao processo eletrônico, subsidiaria-
mente, e no que compatível, os dispositivos pre- Parágrafo único. Na configuração dos mo-
vistos nos demais capítulos destas Normas de delos de grupo ou usuário, o ofício de justi-
Serviço. ça preencherá:

Subseção III I - na aba “Informações”, o nome, tipo, área


e a classificação "grupo";
DA ELABORAÇÃO DE EXPEDIENTES
PELO OFÍCIO DE JUSTIÇA II - na aba “Movimentações”, a movimenta-
ção que reflita o teor do expediente;
Art. 1.237. Na elaboração dos documentos, se-
rão utilizados os modelos de expediente institu- III - na aba “Compartilhamentos”, o tipo
cionais padronizados, autorizados e aprovados “grupo”;
pela Corregedoria Geral da Justiça. IV - na aba “Assinaturas”, o(s) agente(s) que
Parágrafo único. Os modelos institucionais assinará(ão) o documento;
possuirão a respectiva movimentação vin- V - na aba “Atos do documento”, o tipo de
culada, a fim de garantir estatísticas fidedig- ato, a forma, o código do modelo se o caso,
nas. o prazo, o tipo de seleção (partes a que se
Art. 1.238. A criação de modelos de grupo ou destina o documento) e o modo de finaliza-
usuário realizar-se-á a partir dos modelos insti- ção.
tucionais ou da autoria intelectual do magistra- Art. 1.239. O juiz somente lançará no documen-
do e somente será permitida para as seguintes to assinatura eletrônica, mesmo que o ato deva
categorias: ser praticado junto à unidade judicial ou extra-
I - ajuizamentos; judicial de outro Estado da Federação.

II - atos ordinatórios;
III - certidões de cartório;
IV – despachos;

www.acasadoconcurseiro.com.br 1223
Subseção V
DO CUMPRIMENTO DE
ORDENS JUDICIAIS
Art. 1.243. Nos ofícios de justiça onde implanta-
do o fluxo por atos, o cumprimento das ordens
judiciais dar-se-á pelos subfluxos de documen-
tos.

Subseção XIII
DA EXPEDIÇÃO DE MANDADOS
DE LEVANTAMENTO
Art. 1.265. Os processos que se encontram na
fase de expedição de mandados de levantamen-
to serão encaminhados para a fila “ag. análise
de cartório urgente”.

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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I - Capítulo III Seção VIII – Subseções I, II e III – Prof. Giuliano Tamagno

SLIDES – TOMO I – CAPITULO XI - SEÇÃO VI – SUBSEÇÕES I, III, V E XIII

Seção VI
Da Tramitação dos Processos Eletrônicos
Subseção I
Disposição inicial

Art. 1.228. Aplicam-se aos Ofícios de Justiça Digitais e ao processo eletrônico,


subsidiariamente, e no que compatível, os dispositivos previstos nos demais capítulos
destas Normas de Serviço.

187

Subseção III
Da Elaboração de Expedientes pelo Ofício de Justiça

Art. 1.237. Na elaboração dos documentos, serão utilizados os modelos de expediente


institucionais padronizados, autorizados e aprovados pela Corregedoria Geral da
Justiça.
Parágrafo único. Os modelos institucionais possuirão a respectiva movimentação
vinculada, a fim de garantir estatísticas fidedignas.

188

www.acasadoconcurseiro.com.br 1225
Art. 1.238. A criação de modelos de grupo ou usuário realizar-se-á a partir dos
modelos institucionais ou da autoria intelectual do magistrado e somente será
permitida para as seguintes categorias:
I - ajuizamentos;
II - atos ordinatórios;
III - certidões de cartório;
IV – despachos;
V - decisões;
VI – requerimentos;
VII - sentenças;
VIII - termos de audiência;
IX - Setor Técnico – Assistente Social;
X - Setor Técnico – Psicologia.

189

Parágrafo único. Na configuração dos modelos de grupo ou usuário, o ofício de justiça


preencherá:
I - na aba “Informações”, o nome, tipo, área e a classificação "grupo";
II - na aba “Movimentações”, a movimentação que reflita o teor do expediente;
III - na aba “Compartilhamentos”, o tipo “grupo”;
IV - na aba “Assinaturas”, o(s) agente(s) que assinará(ão) o documento;
V - na aba “Atos do documento”, o tipo de ato, a forma, o código do modelo se o caso,
o prazo, o tipo de seleção (partes a que se destina o documento) e o modo de
finalização.

Art. 1.239. O juiz somente lançará no documento assinatura eletrônica, mesmo que o
ato deva ser praticado junto à unidade judicial ou extrajudicial de outro Estado da
Federação.

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1226 www.acasadoconcurseiro.com.br
Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I - Capítulo III Seção VIII – Subseções I, II e III – Prof. Giuliano Tamagno

Subseção V
Do Cumprimento de Ordens Judiciais

Art. 1.243. Nos ofícios de justiça onde implantado o fluxo por atos, o cumprimento
das ordens judiciais dar-se-á pelos subfluxos de documentos.

Subseção XIII
Da Expedição de Mandados de Levantamento

Art. 1.265. Os processos que se encontram na fase de expedição de mandados de


levantamento serão encaminhados para a fila “ag. análise de cartório urgente”.

191

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