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Apostila TJ SP 2017 Escrevente Tecnico Judiciario PDF
Apostila TJ SP 2017 Escrevente Tecnico Judiciario PDF
Edital 2017
Sumário
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Língua Portuguesa
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Português
SEMÂNTICA E VOCABULÁRIO
Semântica
A semântica linguística estuda o significado usado por seres humanos para se expressar através
da linguagem.
Dependendo da concepção de significado que se tenha, têm-se diferentes semânticas.
Polissemia
Exemplos de polissemia:
Sinonímia
Sinônimo é a palavra que tem significado idêntico ou muito semelhante ao de outra.
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Tenho muita esperança com esse concurso!
Tenho muita descrença com esse concurso!
Só escuto verdades no discurso dele.
Só escuto falsidades/ fantasias no discurso dele.
Ele vive uma realidade estranha.
Ele vive um sonho estranho.
Ambiguidade
Aquilo que pode ter mais de um sentido ou significado. É aquilo que apresenta indecisão,
hesitação, imprecisão, incerteza, indeterminação.
Papa abençoa fiéis do hospital. Edgar encontrou a esposa em seu carro. A cachorra da minha
colega é linda. Os alunos viram o incêndio do prédio ao lado.
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Português
Substantivo (nome)
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é a classe gramatical de palavras
variáveis, as quais denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os substantivos
também nomeiam:
•• lugares: Brasil, Rio de Janeiro...
•• sentimentos: amor, ciúmes ...
•• estados: alegria, fome...
•• qualidades: agilidade, sinceridade...
•• ações: corrida, leitura...
Destaque zambeliano
Concretos:
os que indicam elementos reais ou imaginários com existência própria, independentes
dois sentimentos ou julgamentos do ser humano.
•• Deus, fada, espírito, mesa, pedra.
Abstratos:
os que nomeiam entes que só existem na consciência humana, indicam atos,
qualidades e sentimentos.
•• vida (estado), beleza (qualidade), felicidade (sentimento), esforço (ação).
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Sobrecomuns
Quando um só gênero se refere a homem ou mulher.a criança, o monstro, a vítima, o
anjo.
Comuns de dois gêneros
Quando uma só forma existe para se referir a indivíduos dos dois sexos.
•• o artista, a artista, o dentista, a dentista...
Artigo
Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se ele está sendo empregado de
maneira definida ou indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o
número dos substantivos.
Detalhe zambeliano 1
Substantivação!
•• Os milhões foram desviados dos cofres públicos.
Detalhe zambeliano 2
Artigo facultativo diante de nomes próprios.
•• Cláudia não veio. / A Cláudia não veio.
Detalhe zambeliano 3
Artigo facultativo diante dos pronomes possessivos.
•• Nossa banca é fácil.
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Português – Emprego das Classes de Palavras/Morfologia – Prof. Carlos Zambeli
Adjetivo
Morfossintaxe do Adjetivo:
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas relativas aos substantivos, atuando como adjunto
adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto).
Detalhe zambeliano!
•• Os concurseiros dedicados estudam comigo.
Locução adjetiva
•• Carne de porco (suína)
•• Curso de tarde (vespertino)
•• Energia do vento (eólica)
•• Arsenal de guerra (bélico)
Pronome
Pessoais
•• a 1ª pessoa: aquele que fala (eu, nós), o locutor;
•• a 2ª pessoa: aquele com quem se fala (tu, vós) o locutário;
•• a 3ª pessoa: aquele de quem se fala (ele, ela, eles, elas), o assunto ou referente.
As palavras EU, TU, ELE, NÓS, VÓS, ELES são pronomes pessoais. São denominados desta forma
por terem a característica de substituírem os nomes, ou seja, os substantivos.
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•• Vou imprimir uma apostila da Casa do concurseiro para dar no dia da inscrição da Ana.
•• Vou imprimir uma apostila da Casa do concurseiro para dar no dia da inscrição dela.
“Não sei, apenas cativou-me. Então, tu tornas-te eternamente responsável por aquilo que
cativa. Tu podes ser igual a todos outros no mundo, mas para mim serás único.”
Indefinidos
Algum material pode me ajudar. (afirmativo)
Material algum pode me ajudar. (negativo).
Outros pronomes indefinidos:
tudo, todo (toda, todos, todas), algo, alguém, algum (alguma, alguns, algumas), nada, ninguém,
nenhum (nenhuma, nenhuns, nenhumas), certo (certa, certos, certas), qualquer (quaisquer), o
mesmo (a mesma, os mesmos, as mesmas),outrem, outro (outra, outros, outras), cada, vários
(várias).
Demonstrativos
Este, esta, isto – perto do falante.
ESPAÇO � Esse, essa, isso – perto do ouvinte.
Aquele, aquela, aquilo – longe dos dois.
Este, esta, isto – presente/futuro
TEMPO � Esse, essa, isso – passado breve
Aquele, aquela, aquilo – passado distante
Este, esta, isto – vai ser dito
DISCURSO �
Esse, essa, isso – já foi dito
RETOMADA
Edgar e Zambeli são dois dos professores da Casa do Concurseiro. Este ensina Português;
aquele, Matemática.
Possessivos
•• Aqui está a minha carteira. Cadê a sua?
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Português – Emprego das Classes de Palavras/Morfologia – Prof. Carlos Zambeli
Verbos
As formas nominais do verbo são o gerúndio, infinitivo e particípio. Não apresentam flexão de
tempo e modo, perdendo desta maneira algumas das características principais dos verbos.
Tempo e Modo
As marcas de tempo verbal situam o evento do qual se fala com relação ao momento em que se
fala. Em português, usamos três tempos verbais: presente, passado e futuro.
Os modos verbais, relacionados aos tempos verbais, destinam-se a atribuir expressões
de certeza, de possibilidade, de hipótese ou de ordem ao nosso discurso. Essas formas são
indicativo, subjuntivo e imperativo.
O modo indicativo possui seis tempos verbais: presente; pretérito perfeito, pretérito imperfeito
e pretérito mais-que-perfeito; futuro do presente e futuro do pretérito.
O modo subjuntivo divide-se em três tempos verbais: presente, pretérito imperfeito e futuro.
O modo imperativo apresenta-se no presente e pode ser afirmativo ou negativo.
Advérbio
É a classe gramatical das palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio.
É a palavra invariável que indica as circunstâncias em que ocorre a ação verbal.
O advérbio pode ser representado por duas ou mais palavras: locução adverbial (à direita,
à esquerda, à frente, à vontade, em vão, por acaso, frente a frente, de maneira alguma, de
manhã, de súbito, de propósito, de repente...)
•• Lugar: longe, junto, acima, atrás…
•• Tempo: breve, cedo, já, dentro, ainda…
•• Modo: bem, mal, melhor, pior, devagar, (usa, muitas vezes, o sufixo-mente).
•• Negação: não, tampouco, absolutamente…
•• Dúvida: quiçá, talvez, provavelmente, possivelmente…
•• Intensidade: muito, pouco, bastante, mais, demais, tão…
•• Afirmação: sim, certamente, realmente, efetivamente…
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Preposição
Preposição é uma palavra invariável que liga dois elementos da oração, subordinando o segundo
ao primeiro, ou seja, o regente e o regido.
Regência verbal: Entregamos aos alunos nossas apostilas no site.
Conjunções
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes
de uma mesma oração.
As conjunções podem ser classificadas em coordenativas e subordinativas
•• Edgar tropeçou e torceu o pé.
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Português – Emprego das Classes de Palavras/Morfologia – Prof. Carlos Zambeli
No primeiro caso temos duas orações independentes, já que separadamente elas têm sentido
completo: período é composto por coordenação.
No segundo caso, uma oração depende sintaticamente da outra. O verbo “espero” fica sem
sentido se não há complemento.
Coordenadas – aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas, explicativas.
Subordinadas – concessivas, conformativas, causais, consecutivas, comparativas, condicionais,
temporais, finais, proporcionais.
Curiosidade
Das conjunções adversativas, "mas" deve ser empregada sempre no início da oração:
as outras (porém, todavia, contudo, etc.) podem vir no início ou no meio.
Ninguém respondeu a pergunta, mas os alunos sabiam a resposta.
Numeral
Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico. Ex.: cinco, dois, duzentos mil
Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada. Ex.: primeiro, segundo, centésimo
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão. Ex.: meio, terço, três quintos
Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos seres, indicando quantas vezes a
quantidade foi aumentada. Ex.: dobro, triplo, quíntuplo, etc.
Interjeição
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Classifique a classe gramatical das palavras destacadas (substantivo, adjetivo, advérbio)
A cerveja que desce redondo.
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Português – Emprego das Classes de Palavras/Morfologia – Prof. Carlos Zambeli
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Português
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
Emprego
2. Formas de Tratamento
a) o, a, os, as, quando precedidos de verbos que terminam em –r, -s, -z, assumem a forma lo,
la, los, las,e os verbos perdem aquelas terminações.
Queria vendê-la para o Pedro Kuhn.
b) o, a, os, as, quando precedidos de verbos que terminam em –m, -ão, -õe, assumem a
forma no, na, nos, nas.
André Vieira e Pedro Kuhn enviaram-nas aos alunos.
c) O/A X Lhe
A Casa do Concurseiro enviou a apostila aos alunos nesta semana.
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Colocação
É o emprego dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) em
relação ao verbo na frase.
Os pronomes átonos podem ocupar 3 posições: antes do verbo (próclise), no meio do verbo
(mesóclise) e depois do verbo (ênclise).
PRÓCLISE
a) Com palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais, nada, ninguém, nem, de modo
algum.
Nada me emociona.
Ninguém te viu, Edgar.
b) Com conjunções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme, embora, logo, que,
caso...
Quando me perguntaram, respondi que te amava!
Se lhe enviarem o bilhete, avise que nos lembramos dela.
c) Advérbios
Aqui se estuda de verdade.
Sempre me esforcei para passar no concurso.
Se houver vírgula depois do advérbio, a próclise não existirá mais.
Aqui, estuda-se muito!
d) Pronomes
Alguém me perguntou isso? (indefinido)
A questão que te tirou do concurso foi anulada!!! (relativo)
Aquilo me emocionou muito. (demonstrativo)
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Português – Colocação Pronominal – Prof. Carlos Zambeli
MESÓCLISE
Usada quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito.
Convidar-me-ão para a festa.
Entregá-lo-ia a você, se tivesse tempo.
Dar-te-ei a apostila de Português do Zambeli.
ÊNCLISE
Com o verbo no início da frase.
Entregaram-me as apostilas do curso.
Com o verbo no imperativo afirmativo.
Edgar, retire-se daqui!
AUX + PARTICÍPIO:
O pronome deve ficar depois do verbo auxiliar. Se houver palavra atrativa, o pronome deverá
ficar antes do verbo auxiliar.
Havia-lhe contado aquele segredo.
Não lhe havia enviado os cheques.
Tenho-lhe contado a verdade.
Não lhe tenho contado a verdade.
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Infinitivo
Quero-lhe dizer o que aconteceu.Quero dizer-lhe o que aconteceu.
Gerúndio
Estou lhe dizendo a verdade.
Ia escrevendo-lhe o e-mail.
Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo auxiliar ou depois do
verbo principal.
Infinitivo
Não lhe vou dizer aquela história.
Não quero dizer-lhe meu nome.
Gerúndio
Não lhe ia dizendo a verdade.
Não ia dizendo-lhe a verdade.
Vou-lhe confessar. Estou-lhe telefonando.
Vou confessar-lhe. Estou telefonando-lhe.
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Português – Colocação Pronominal – Prof. Carlos Zambeli
1. ( ) Vamos, amigos, cheguem-se aos bons. 13. ( ) Ninguém podia ajudar-nos naquela
hora.
2. ( ) O torneio iniciar-se-á no próximo
Domingo. 14. ( ) Algumas haviam-nos contado a
verdade.
3. ( ) Amanhã dizer-te-ei todas as novidades.
15. ( ) Todos se estão entendendo bem.
4. ( ) Os alunos nos surpreendem com suas
respostas. 16. ( ) As meninas não tinham nos convidado
para sair.
5. ( ) Os amigos chegaram e me esperam lá
fora.
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Português
Frase: é o enunciado com sentido completo, capaz de fazer uma comunicação. Na frase é
facultativo o uso do verbo.
Oração: é o enunciado com sentido que se estrutura com base em um verbo.
Período: é a oração composta por um ou mais verbos.
SUJEITO
É o ser da oração ou a quem o verbo se refere e sobre o qual se faz uma declaração.
Que (me) é que?
“Teus sinais me confundem da cabeça aos pés, mas por dentro eu te devoro.” (Djavan)
Casos especiais
Sujeito indeterminado – quando não se quer ou não se pode identificar claramente a quem o
predicado da oração se refere. Observe que há uma referência imprecisa ao sujeito. Ocorre
a) Com o verbo na 3ª pessoa do plural, desde que o sujeito não tenha sido identificado
anteriormente.
Falaram sobre esse assunto no bar do curso.
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Inexistente (oração sem sujeito) – ocorre quando há verbos impessoais na
oração.
Fenômeno da natureza
Venta forte no litoral cearense!
Ser
É impessoal quando se refere a Horário, Data e Distância. A concordância será feita com o
predicativo.
Hoje são 29 de abril.
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Português – Sintaxe da Oração (Análise Sintática) – Prof. Carlos Zambeli
Sujeito Oracional
Estudar para concursos é muito cansativo.
É necessário que vocês estudem em casa.
TRANSITIVIDADE VERBAL
2. Verbo Transitivo Direto (VTD) – verbo que precisa de complemento sem preposição.
“O Eduardo sugeriu uma lanchonete, mas a Mônica queria ver o filme do Godard.” (Legião Urbana)
3. Verbo Transitivo Indireto (VTI) – verbo que precisa de complemento com preposição.
"Cuida de mim, enquanto não me esqueço de você“ (Teatro Mágico)
“Plantei uma flor no coração dela, e ela me deu um sorriso trazendo paz.” (Natiruts)
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ADJUNTO ADVERBIAL
É o termo da oração que indica uma circunstância (dando ideia de tempo, instrumento, lugar,
causa, dúvida, modo, intensidade, finalidade, ...). O adjunto adverbial é o termo que modifica o
sentido de um verbo, de um adjetivo, de um advérbio.
APOSTO X VOCATIVO
Aposto é um termo acessório da oração que se liga a um substantivo, tal como o adjunto
adnominal, mas que, no entanto sempre aparecerá com a função de explicá-lo, aparecendo de
forma isolada por pontuação.
Vocativo é o único termo isolado dentro da oração, pois não se liga ao verbo nem ao nome.
Não faz parte do sujeito nem do predicado. A função do vocativo é chamar o receptor a que se
está dirigindo. É marcado por sinal de pontuação.
Edgar, o professor de matemática, também sabe muito bem Português!
Complemento Nominal
É o termo preposicionado que completa o sentido de um nome (adjetivo, substantivo ou
advérbio).
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Português – Sintaxe da Oração (Análise Sintática) – Prof. Carlos Zambeli
CN Adjunto Adnominal
Sempre preposicionado; Nem sempre preposicionado;
Completa substantivo, adjetivo ou advérbio; Refere-se a substantivo abstrato ou concreto;
Sentido passivo. Sentido ativo.
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Objeto Direto X Objeto Indireto
Gostamos de todas as matérias!
Vi os vídeos no sábado.
Eu estava na rua.
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Português – Sintaxe da Oração (Análise Sintática) – Prof. Carlos Zambeli
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Português
Português
CONCORDÂNCIA VERBAL
Regra geral
O verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa.
“A renúncia progressiva dos instintos parece ser um dos fundamentos do desenvolvimento da
civilização humana.” (Freud)
Os concurseiros dedicados adoram esta matéria nas provas.
•• As alunas dedicadas estudaram esse assunto complicado ontem.
1. Se
a) Pronome apassivador – o verbo (VTD ou VTDI) concordará com o sujeito passivo.
•• Compraram-se alguns salgadinhos para a festa.
•• Estuda-se esse assunto na aula.
•• Exigem-se referências do candidato.
•• Emplacam-se os carros novos em três dias.
•• Entregou-se um brinde aos alunos durante o intervalo.
2. Pronome de tratamento
O verbo fica sempre na 3ª pessoa (= ele/eles).
•• Vossa Excelência merece nossa estima. Sua obra é reconhecida por todos.
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3. Haver
No sentido de “existir ou ocorrer” ou indicando “tempo” ficará na terceira pessoa do singular. É
impessoal, ou seja, não possui sujeito.
•• Nesta sala, há bons e maus alunos.
•• Avisaram agora que a sala está desarrumada porque houve um simulado antes.
•• Há pessoas que não valorizam a vida.
•• Deve haver aprovações desde curso.
•• Devem existir aprovações desde curso.
4. Fazer
Quando indica “tempo”, “temperatura” ou “fenômenos da natureza”, também é impessoal e
deverá ficar na terceira pessoa do singular.
•• Faz 3 dias que vi essa aula no site do curso.
•• Fez 35 graus em Recife!
•• Faz frio na serra gaúcha.
•• Deve fazer 15 dias já que enviei o material.
6. Mais de um
O verbo permanece no singular:
•• Mais de um aluno da Casa passou neste concurso.
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Português – Concordância Verbal e Nominal – Prof. Carlos Zambeli
7. Que x Quem
QUE: se o sujeito for o pronome relativo que, o verbo concorda com o antecedente do pronome
relativo.
•• Fui eu que falei. (eu falei) Fomos nós que falamos. (nós falamos)
QUEM: se o sujeito for o pronome relativo quem, o verbo ficará na terceira pessoa do singular
ou concordará com o antecedente do pronome (pouco usado).
•• Fui eu quem falei/ falou. Fomos nós quem falamos/falou.
1. É preciso que se _________ os acertos do preço e se ___________ as regras para não _____
mal-entendidos. ( faça – façam/ fixe – fixem/ existir – existirem)
5. ______vários dias que não se ________casamentos aqui; ________ alguma coisa estranha
no local. (faz – fazem/ realiza – realizam/ deve haver – devem haver)
6. Não ______ emoções que ______esse momento. (existe – existem/ traduza – traduzam)
11. Convém que se ______nos problemas do casamento e que não se ____ partido da sogra.
(pense – pensem / tome – tomem)
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13. __________aos bêbados todo auxílio. (prestou-se – prestaram-se)
14. Não se ____ boas festas de casamento como antigamente. (faz – fazem)
17. Convém que se ________ às ordens da sogra e que se _________ os prometidos. (obedeça
– obedeçam / cumpra – cumpram)
19. Uma pesquisa de psicólogos especializados _______ que a maioria dos casamentos não se
_______ depois de 2 anos. (revelou / revelaram – mantém / mantêm)
20. A maior parte dos maridos _____ pela esposa durante as partidas de futebol.
(é provocada / são provocados)
Concordância Nominal
Regra geral
Os artigos, os pronomes, os numerais e os adjetivos concordam com o substantivo a que eles
se referem.
Casos especiais
Adjetivo + substantivos de gênero diferente: concordância com o termo mais próximo.
•• Aquele professor ensina complicadas regras e conteúdos.
complicados conteúdos e regras.
•• Notei caídas as camisas e os prendedores.
•• Notei caída a camisa e os prendedores.
•• Notei caído o prendedor e a camisa.
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Português – Concordância Verbal e Nominal – Prof. Carlos Zambeli
Substantivos de gêneros diferentes + adjetivo: concordância com o termo mais próximo ou uso
do masculino plural.
•• A Casa do Concurseiro anunciou a professora e o funcionário homenageado.
•• A Casa do Concurseiro anunciou a professora e o funcionário homenageados.
•• A Casa do Concurseiro anunciou o funcionário e a professora homenageada.
3. Anexo
•• Seguem anexos os valores do orçamento.
•• As receitas anexas devem conter comprovante.
4. Obrigado – adjetivo
•• “Muito obrigada”, disse a nova funcionária pública!
5. Só
•• “O impossível é só questão de opinião e disso os loucos sabem, só os loucos sabem.”
(Chorão)
•• “Eu estava só, sozinho! Mais solitário que um paulistano, que um canastrão na hora
que cai o pano”
•• “Bateu de frente é só tiro, porrada e bomba.” (Valesca Popozuda)
Observação!
A locução adverbial a sós é invariável.
6. Bastante
Adjetivo = vários, muitos
Advérbio = muito, suficiente
•• Entregaram bastantes problemas nesta repartição.
•• Trabalhei bastante.
•• Tenho bastantes razões para estudar na Casa do Concurseiro!
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7. TODO, TODA – qualquer
•• TODO O , TODA A – inteiro
•• “Todo verbo é livre para ser direto ou indireto.” (Teatro Mágico)
•• Todo o investimento deve ser aplicado nesta empresa.
9. Meio
Adjetivo = metade
Advérbio = mais ou menos
•• Comprei meio quilo de picanha.
•• Isso pesa meia tonelada.
•• O clima estava meio tenso.
•• Ana estava meio chateada.
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Português – Concordância Verbal e Nominal – Prof. Carlos Zambeli
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Português
A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os
complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou as circunstâncias (adjuntos adverbiais).
Um verbo pode assumir valor semântico diferente com a simples mudança ou retirada de uma
preposição.
Verbos Intransitivos
Os verbos transitivos diretos são complementados por objetos diretos. Isso significa que não
exigem preposição para o estabelecimento da relação de regência.
•• Zambeli comprou livros nesta loja.
•• Pedro ama, nesta loja, as promoções de inverno.
Os verbos transitivos indiretos são complementados por objetos indiretos. Isso significa que
esses verbos exigem uma preposição para o estabelecimento da relação de regência.
•• Edgar Abreu necessita de férias nesta semana.
•• Pedro confia em Kátia sempre!
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Verbos Transitivos Diretos ou Indiretos
Há verbos que admitem duas construções: uma transitiva direta, outra indireta, sem que isso
implique modificações de sentido. Ou seja, possuem dois complementos: um OD e um OI.
•• Tereza ofereceu livros a Zambeli.
•• O professor emprestou aos alunos desta turma alguns livros novos.
Verbos de Ligação
Esse tipo de verbo tem a função de ligar o sujeito a um estado, a uma característica. A
característica atribuída ao sujeito por intermédio do verbo de ligação chama-se predicativo do
sujeito.
Uma maneira prática de se identificar o verbo de ligação é exclui-lo da oração e observar se
nesta continua a existir uma unidade significativa: Minha professora está atrasada. → Minha
professora atrasada.
São, habitualmente, verbos de ligação: ser, estar, ficar, parecer, permanecer, continuar, tornar-
se, achar-se, acabar...
Pronome relativo
QUE:
Retoma pessoas ou coisas.
Sujeito
•• Os professores que se prepararam para a aula foram bem avaliados.
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Português – Regência Nominal e Verbal – Prof. Carlos Zambeli
Objeto direto
Objeto indireto
Complemento nominal
Predicativo do sujeito
Agente da passiva
Adjunto adverbial
QUEM:
Só retoma pessoas. Um detalhe importante: sempre antecedido por preposição.
O QUAL:
Existe flexão de gênero e de número: OS QUAIS, A QUAL, O QUAL, AS QUAIS.
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•• A prova a que me refiro foi anulada.
CUJO:
Indica uma ideia de posse. Concorda sempre com o ser possuído.
ONDE:
Só retoma lugar. Sinônimo de EM QUE
Assistir
VTD: ajudar, dar assistência:
Pagar e Perdoar
VTD: OD – coisa:
•• Pagou a conta.
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Português – Regência Nominal e Verbal – Prof. Carlos Zambeli
VTI: OI – A alguém:
•• Pagou ao garçom.
Querer
VTD – desejar, almejar:
Implicar
VTD: acarretar, ter consequência
Preferir
VTDI: exige a prep. A = X a Y
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•• Chegamos a casa.
•• Foste ao curso.
•• Esqueça aquilo.
Aspirar
VTD – respirar
Obedecer/ desobedecer
VTI = prep. A
Constar
(A) No sentido de “ser composto de”, constrói-se com a preposição DE:
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Português – Regência Nominal e Verbal – Prof. Carlos Zambeli
Visar
VTD – quando significa “mirar”
Proceder
VTI (a) – iniciar, dar andamento.
VI – ter lógica.
Usufruir – VTD
•• Usufrua os benefícios da fama!
Namorar – VTD
•• Namoro Ana há cinco anos!
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Regência Nominal
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Português
Português
CRASE
Ocorre crase
1. Substitua a palavra feminina por outra masculina correlata; em surgindo a combinação AO,
haverá crase.
•• Eles foram à praia.
•• O menino não obedeceu à professora.
•• Sou indiferente às críticas!
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4. Na indicação de horas determinadas: deve-se substituir a hora pela expressão “meio-dia”;
se aparecer AO antes de “meio-dia”, devemos colocar o acento, indicativo de crase no A.
•• Ele saiu às duas horas e vinte minutos. (ao meio dia)
•• Ele está aqui desde as duas horas. (o meio-dia).
5. Antes de nome próprio de lugares, deve-se colocar o verbo VOLTAR; se dissermos VOLTO
DA, haverá acento indicativo de crase; se dissermos VOLTO DE, não ocorrerá o acento.
•• Vou à Bahia. (volto da). Vou a São Paulo (volto de).
Observação:
Se o nome do lugar estiver acompanhado
de uma característica (adjunto
adnominal), o acento será obrigatório.
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Português – Crase – Prof. Carlos Zambeli
Crase Opcional
2. Antes de verbos.
•• Estou disposto a colaborar com ele.
•• Produtos a partir de R$ 1,99.
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6. Quando o A estiver no singular e a palavra a que ele se refere estiver no plural.
•• Refiro-me a pessoas que são competentes.
•• Entregaram tudo a secretárias do curso.
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Português – Crase – Prof. Carlos Zambeli
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Português
SINTAXE DO PERÍODO
•• “O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons.” (Martin Luther
King)
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4. Conclusivas: Expressam ideia de conclusão ou uma ideia consequente do que se disse
antes. São elas: logo, portanto, por isso, por conseguinte, assim, de modo que, em vista
disso então, pois (depois do verbo) etc.
•• “Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se
chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente
viver.” (Dalai Lama)
•• “Não faças da tua vida um rascunho, pois poderás não ter tempo de passá-la a limpo.”
(Mario Quintana)
•• “Prepara, que agora é a hora do show das poderosas.” (Chico Buarque #sqn)
1. Causais: Expressam ideia de causa, motivo ou a razão do fato expresso na oração principal.
São elas: porque, porquanto, posto que, visto que, já que, uma vez que, como, etc.
•• “Que eu possa me dizer do amor (que tive): que não seja imortal, posto que é chama.
Mas que seja infinito enquanto dure.” (Vinicius de Morais)
•• “Como arroz e feijão, é feita de grão em grão nossa felicidade.” (Teatro Mágico)
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Português – Sintaxe do Período – Prof. Carlos Zambeli
3. Condicionais: Expressam ideia de condição ou hipótese para que o fato da oração principal
aconteça. São elas: se, caso, exceto se, a menos que, salvo se, contanto que, desde que,
etc.
“Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres, enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...” (Mario Quintana)
•• “A preguiça é a mãe do progresso. Se o homem não tivesse preguiça de caminhar, não teria
inventado a roda..” (Mario Quintana)
“O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.” (Fernando Pessoa)
•• “Os homens estimam-vos conforme a vossa utilidade, sem terem em conta o vosso
valor” (Balzac)
6. Concessivas: Expressam ideia de que algo que se esperava que acontecesse, contrariamente
às expectativas, não acontece. São elas: embora, conquanto, ainda que, se bem que,
mesmo que, apesar de que, etc.
•• “A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.” (Vinicius de
Moraes)
•• “É sempre amor, mesmo que mude. É sempre amor, mesmo que alguém esqueça o que
passou.” (Bidê ou balde)
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7. Finais: Expressam ideia de finalidade. São elas: a fim de que, para que, que, etc.
9. Integrantes: Introduzem uma oração que integra ou completa o sentido do que foi expresso
na oração principal. São elas: que, se.
•• “Mas o carcará foi dizer à rosa que a luz dos cristais vem da lua nova e do girassol.”
(Natiruts)
•• “Eu não quero que você esqueça que eu gosto muito de você” (Natiruts)
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Português
Português
PONTUAÇÃO
Emprego da vírgula
Na ordem direta da oração (sujeito + verbo + complemento(s) + adjunto adverbial), NÃO use
vírgula entre os termos. Isso só ocorrerá ao se deslocarem o predicativo ou o adjunto adverbial.
•• “Não boto bomba em banca de jornal.” (Renato Russo)
•• “O que era sonho se tornou realidade de pouco em pouco a gente foi erguendo o nosso
•• Hoje, enfrentamos muitos problemas. Alguns criados por nós em consequência de diferen-
ças ideológicas, religiosas, raciais, econômicas.
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2. para assinalar supressão de um verbo.
•• Ela almeja aprovação; eu, nomeação.
•• “Na centralização administrativa, o Estado atua diretamente por meio de seus órgãos, ou
seja, das unidades que são meras repartições interiores de sua pessoa e que, por isso, dele
não se distinguem”.
Obs.: Se o adjunto adverbial for pequeno, a utilização da vírgula não é necessária, a não ser que
se queira enfatizar a informação nele contida.
•• “Hoje eu tenho uma proposta: a gente se embola e perde a linha a noite toda.” (Ludmilla)
•• Com efeito, o caminho de um concurseiro é longo e árduo. Por exemplo, grande parte do seu
tempo livre é dedicada a estudos, ou seja, a vida social pode ficar um pouco comprometida,
ou melhor, abandonada. Além disso, é necessário disciplina e esforço, mas, enfim, vale a
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Português – Pontuação – Prof. Carlos Zambeli
pena: o concurseiro pode alcançar estabilidade financeira, isto é, jamais conhecer a palavra
desemprego, em suma, o sonho de todos.
Entre as orações
•• “Não fique pela metade, vá em frente, minha amiga, destrua a razão desse beco sem saída.”
(Engenheiros do Hawaii)
3. para separar orações coordenadas sindéticas ligadas por “e”, desde que os
sujeitos sejam diferentes.
•• “De repente, a dor de esperar terminou, e o amor veio enfim.” (Tim Maia)
•• “A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.” (Vinícius de Moraes)
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5. para separar orações adverbiais antepostas à principal ou intercaladas, tanto
desenvolvidas quanto reduzidas.
•• Como não tinha muito tempo para estudar em casa, aproveitava bem a aula.
•• “Com a chuva molhando o seu corpo lindo que eu vou abraçar”. (Jorge Ben)
•• “E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam
escutar a música.” (Friedrich Nietzsche)
•• O Decreto nº 1.171/1994, que aprova o Código de Ética Profissional do servidor público civil
do Poder Executivo Federal, determina que a função pública deve ser tida como exercício
profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público.
•• Os alunos, que são esforçados, conseguem obter um bom resultado nos concursos.
•• As mulheres, que lidam com muitas coisas ao mesmo tempo, desenvolvem proveitosas
habilidades.
Emprego do Ponto-e-Vírgula
1. para separar orações que contenham várias enumerações já separadas por vírgula
ou que encerrem comparações e contrastes.
•• “Há cinco coisas neste mundo que ninguém pode realizar: primeira, evitar a velhice,
quando se está envelhecendo; segunda, evitar a doença, quando o corpo é predisposto à
enfermidade; terceira, não morrer quando o corpo deve morrer; quarta, negar a dissolução,
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Português – Pontuação – Prof. Carlos Zambeli
quando, de fato, há a dissolução do corpo; quinta, negar a extinção, quando tudo deve
extinguir-se.” (Buda)
•• “Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor; o Diabo, invejoso, fez o homem
confundir fé com religião e amor com casamento.” (Machado de Assis)
•• Os alunos vieram à aula e trouxeram algumas coisas: apostila, canetas e muita vontade.
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Português
Interpretar x Compreender
INTERPRETAR é COMPREENDER é
•• Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, •• Intelecção, entendimento, percepção
inferir. do que está escrito.
•• APARECE ASSIM NA PROVA •• APARECE ASSIM NA PROVA
•• Através do texto, infere-se que... •• é sugerido pelo autor que
•• É possível deduzir que... •• De acordo com o texto, é correta ou
•• O autor permite concluir que errada a afirmação
•• Qual é a intenção do autor ao afirmar •• O narrador afirma
que
Procedimentos
Enunciados Possíveis
“Qual é a ideia central do texto?”
“O texto se volta, principalmente, para”
Observação de
1. Fonte bibliográfica;
2. Autor;
3. Título;
4. Identificação do “tópico frasal”;
5. Identificação de termos de aparecimento frequente (comprovação do tópico);
6. Procura, nas alternativas, das palavras-chave destacadas no texto.
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EXEMPLIFICANDO
Banho de mar é energizante?
Embora não existam comprovações científicas, muitos especialistas acreditam que os banhos
de mar tragam benefícios à saúde. “A água marinha, composta por mais de 80 elementos
químicos, alivia principalmente as tensões musculares, graças à presença de sódio em sua
composição, por isso pode ser considerada energizante”, afirma a terapeuta Magnólia Prado de
Araújo, da Clínica Kyron Advanced Medical Center, de São Paulo. “Além disso, as ondas do mar
fazem uma massagem no corpo que estimula a circulação sanguínea periférica e isso provoca
aumento da oxigenação das células”, diz Magnólia.
Existe até um tratamento, chamado talassoterapia (do grego thalasso, que significa mar), surgido
em meados do século IX na Grécia, que usa a água do mar como seu principal ingrediente.
Graças à presença de cálcio, zinco, silício e magnésio, a água do mar é usada para tratar doenças
como artrite, osteoporose e reumatismo. Já o sal marinho, rico em cloreto de sódio, potássio e
magnésio, tem propriedades cicatrizantes e antissépticas. Todo esse conhecimento, no entanto,
carece de embasamento científico. “Não conheço nenhum trabalho que trate desse tema com
seriedade, mas intuitivamente creio que o banho de mar gera uma sensação de melhora e
bem-estar”, diz a química Rosalinda Montoni, do Instituto Oceanográfico da USP.
Revista Vida Simples.
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Português – Identificação da Ideia Central – Prof. Carlos Zambeli
Conclusão
1. Ideia central = palavra-chave 1º e 2º períodos.
Campo Lexical
EXEMPLIFICANDO
Trecho do discurso do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, pronunciado quando da
declaração de guerra ao regime Talibã.
“Essa atrocidade (o atentado de 11/09, em NY) foi um ataque contra todos nós, contra pessoas
de todas e nenhuma religião. Sabemos que a Al-Qaeda ameaça a Europa, incluindo a Grã-
Bretanha, e qualquer nação que não compartilhe de seu fanatismo. Foi um ataque à vida e aos
meios de vida. As empresa aéreas, o turismo e outras indústrias foram afetadas, e a confiança
econômica sofreu, afetando empregos e negócios britânicos. Nossa prosperidade e padrão de
vida requerem uma resposta aos ataques terroristas.”
Gabarito: 1. C 2. E
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Português
ESTRATÉGIA LINGUÍSTICA
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1. Palavras Desconhecidas = Paráfrases e Campo Semântico
EXEMPLIFICANDO
1. Como o “interior” é uma região mais ampla e tem população rarefeita, a expressão “se
dissemina” está sendo empregada com o sentido de “se atenua”, “se dissolve”.
Como regra, a epidemia começa nos grandes centros e se dissemina pelo interior. A incidência
nem sempre é crescente; a mudança de fatores ambientais pode interferir em sua escalada.
( ) Certo ( ) Errado
2. Supondo que a palavra “eclético” seja desconhecida para o leitor, a melhor estratégia de que
ele pode valer-se para tentar detectar o seu significado será
O sucesso deveu-se ao caráter eclético de sua administração. Pouco se lhe dava que lhe
exigissem sua opinião. Sua atitude consistia sempre em tomar uma posição escolhida entre as
diversas formas de conduta ou opinião manifestadas por seus assessores.
a) aproximá-la de outras palavras da língua portuguesa que tenham a mesma terminação
como “político” e “dinâmico”.
b) considerá-la como qualificação de profissionais que atuam na administração de alguma
empresa.
c) associá-la às palavras “sucesso” e “caráter”, de forma a desvendar o seu sentido correto,
“que ofusca, que obscurece os demais”.
d) observar o contexto sintático em que ela ocorre, ou seja, trata-se de um adjunto adnominal.
e) atentar para a paráfrase feita no segundo período.
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Português – Estratégia Linguística – Prof. Carlos Zambeli
3. Seria mantida a coerência entre as ideias do texto caso o segundo período sintático fosse
introduzido com a expressão Desse modo, em lugar de “De modo geral”
Na verdade, o que hoje definimos como democracia só foi possível em sociedades de tipo
capitalista, mas não necessariamente de mercado. De modo geral, a democratização das
sociedades impõe limites ao mercado, assim como desigualdades sociais em geral não
contribuem para a fixação de uma tradição democrática.
( ) Certo ( ) Errado
5. Do fragmento Foi o outro grande poeta chileno, infere-se que houve apenas dois grandes
poetas no Chile.
Há cem anos nasceu o poeta mais popular de língua espanhola, com uma obra cuja força
lírica supera todos os seus defeitos. Sem dúvida, há um “problema Pablo Neruda”. Foi o outro
grande poeta chileno, seu contemporâneo Nicanor Parra (depois de passar toda uma longa vida
injustamente à sombra de Neruda), quem o formulou com maliciosa concisão.
( ) Certo ( ) Errado
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3. Marcadores Linguísticos
•• expressões que indicam soma ou alternância: não só... mas também, ou, etc.;
•• expressões de acréscimo, de progressão, de continuidade ou de inclusão: até, além disso,
desde, etc.;
•• preposições: até (inclusão ou limite), com (companhia ou matéria), de (diversas relações:
tempo, lugar, causa, etc.), desde (tempo, lugar, etc.), entre (intervalo, relação, etc.), para
(lugar, destinatário, etc.), etc.;
•• Exemplos matemáticos: lançado do alto / lançado para o alto; números de 12 a 25 /
números entre 12 e 25.
EXEMPLIFICANDO
7. Assinale a alternativa que encontra suporte no texto.
Profetas do possível
Até que ponto é possível prever o futuro? Desde a Antiguidade, o desafio de antecipar o dia de
amanhã tem sido o ganha-pão dos bruxos, dos místicos e dos adivinhos. Ainda hoje, quando
o planeta passa por mudanças cada vez mais rápidas e imprevisíveis, há quem acredite que
é possível dominar as incertezas da existência por meio das cartas do tarô e da posição dos
astros. Esse tipo de profecia nada tem a ver com a Ciência. Os cientistas também apontam seus
olhos para o futuro, todavia de uma maneira diferente. Eles avaliam o estágio do saber de
sua própria época para projetar as descobertas que se podem esperar. Observam a natureza
para reinventá-la a serviço do homem.
Superinteressante
a) O articulador “até” indica o limite de previsibilidade do futuro.
b) A partir da Antiguidade, prever a sorte passou a ser a ocupação de místicos de toda ordem.
c) Profecias e Ciência são absolutamente incompatíveis.
d) Além das cartas de tarô e da posição dos astros, os crédulos atuais buscam saber o futuro
por meio da consulta a bruxos.
e) Os cientistas não só observam a natureza – como o fazem os místicos –, mas também
buscam moldá-la às necessidades humanas, considerando o estágio atual do conhecimento.
Gabarito: 1. E 2. E 3. E 4. D 5. C 6. A 7. E
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•• Tempos verbais
•• Expressões restritivas
•• Expressões totalizantes
•• Expressões enfáticas
Tempos Verbais
1. É irrelevante que entrem na faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-
sucedidos na profissão.
O emprego das formas verbais grifadas acima denota
Os pais de hoje costumam dizer que importante é que os filhos sejam felizes. É uma tendência
que se impôs ao influxo das teses libertárias dos anos 1960. É irrelevante que entrem na
faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-sucedidos na profissão.
O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. É
esperar, no mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se não for suficiente,
que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venha a abrigar. Se ainda for pouco, que
atinja o enlevo místico dos santos. Não dá para preencher caderno de encargos mais cruel para
a pobre criança.
a) hipótese passível de realização.
b) fato real e definido no tempo.
c) condição de realização de um fato.
d) finalidade das ações apontadas no segmento.
e) temporalidade que situa as ações no passado.
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Expressões Restritivas
( ) Certo ( ) Errado
a) não tenta investigar nem o eurocentrismo, como o faria um historiador, nem a presença
das sociedades europeias em solo americano, como o faria um antropólogo.
b) não quer reconstituir nada do que ocorreu em solo americano, visto que recentemente
certos historiadores, ao contrário de outros, tentam contar a história do descobrimento da
América do modo como foi visto pelos nativos.
c) não pretende retraçar nenhum perfil − dos vencidos ou dos vencedores − nem a trajetória
dos europeus na conquista da América.
d) não busca continuar a tradição de pesquisar a estrutura dos mundos indígenas e do mundo
europeu, nem mesmo o universo dos colonizadores da América.
e) não se concentra nem na construção de uma sociedade europeia na colônia − quer
observada do ponto de vista do colonizador, quer do ponto de vista dos nativos −, nem no
resgate dos mundos indígenas.
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Português – Estratégia Linguística – Prof. Carlos Zambeli
Expressões Totalizantes
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a) existiria uma dúzia de exceções dentre todas as espécies de plantas selvagens que seriam
monopólio das grandes civilizações.
b) tão poucas dentre as 200.000 espécies de plantas selvagens são utilizadas como alimento
pelos homens em todo o planeta.
c) algumas áreas da Terra mostraram-se mais propícias ao desenvolvimento agrícola, que
teria possibilitado o surgimento de civilizações.
d) a maior parte das plantas é utilizada apenas como madeira pelos homens e não lhes fornece
alimento com suas frutas e raízes.
e) tantas áreas no mundo não possuem nenhuma planta selvagem de grande potencial para
permitir um maior desenvolvimento de sua população.
Expressões Enfáticas
7. A afirmativa correta, em relação ao texto, é
Será a felicidade necessária?
Felicidade é uma palavra pesada. Alegria é leve, mas felicidade é pesada. Diante da pergunta
"Você é feliz?", dois fardos são lançados às costas do inquirido. O primeiro é procurar uma
definição para felicidade, o que equivale a rastrear uma escala que pode ir da simples satisfação
de gozar de boa saúde até a conquista da bem-aventurança. O segundo é examinar-se, em
busca de uma resposta.
Nesse processo, depara-se com armadilhas. Caso se tenha ganhado um aumento no emprego
no dia anterior, o mundo parecerá belo e justo; caso se esteja com dor de dente, parecerá feio
e perverso. Mas a dor de dente vai passar, assim como a euforia pelo aumento de salário, e se
há algo imprescindível, na difícil conceituação de felicidade, é o caráter de permanência. Uma
resposta consequente exige colocar na balança a experiência passada, o estado presente e a
expectativa futura. Dá trabalho, e a conclusão pode não ser clara.
Os pais de hoje costumam dizer que importante é que os filhos sejam felizes. É uma tendência
que se impôs ao influxo das teses libertárias dos anos 1960. É irrelevante que entrem na
faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-sucedidos na profissão.
O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. É
esperar, no mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se não for suficiente,
que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venha a abrigar. Se ainda for pouco, que
atinja o enlevo místico dos santos. Não dá para preencher caderno de encargos mais cruel para
a pobre criança.
(Trecho do artigo de Roberto Pompeu de Toledo. Veja. 24 de março de 2010, p. 142)
a) A expectativa de muitos, ao colocarem a felicidade acima de quaisquer outras situações da
vida diária, leva à frustração diante dos pequenos sucessos que são regularmente obtidos,
como, por exemplo, no emprego.
b) Sentir-se alegre por haver conquistado algo pode significar a mais completa felicidade, se
houver uma determinação, aprendida desde a infância, de sentir-se feliz com as pequenas
coisas da vida.
c) As dificuldades que em geral são encontradas na rotina diária levam à percepção de que a
alegria é um sentimento muitas vezes superior àquilo que se supõe, habitualmente, tratar-
se de felicidade absoluta.
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Português – Estratégia Linguística – Prof. Carlos Zambeli
d) A possibilidade de que mais pessoas venham a sentir-se felizes decorre de uma educação
voltada para a simplicidade de vida, sem esperar grandes realizações, que acabam levando
apenas a frustrações.
e) Uma resposta provável à questão colocada como título do texto remete à constatação de
que felicidade é um estado difícil de ser alcançado, a partir da própria complexidade de
conceituação daquilo que se acredita ser a felicidade.
Geralmente, a alternativa correta (ou a mais viável) é construída por meio de palavras e de
expressões “abertas”, isto é, que apontam para “possibilidades”, “hipóteses”: provavelmente,
é possível, futuro do pretérito do indicativo, modo subjuntivo, futuro do pretérito (-ria) etc.
EXEMPLIFICANDO
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I – de acordo com o segundo período, a evolução da estrutura cerebral da fala está diretamente
relacionada ao fato de esta ser atribuída tão somente aos humanos.
II – os seres cujos caminhos tornaram-se distintos durante o processo evolutivo possuem
ambos função cerebral relacionada à fala.
III – a estrutura cerebral dos primatas e dos humanos, em relação à fala, teria um ponto em
comum.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
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Português
INFERÊNCIA
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Ao ligar as duas informações por meio de “mas”, comunica também, de modo implícito, sua
crítica ao ensino superior, pois a frase transmite a ideia de que nas faculdades não se aprende
muita coisa.
Além das informações explicitamente enunciadas, existem outras que se encontram
subentendidas ou pressupostas. Para realizar uma leitura eficiente, o leitor deve captar tanto
os dados explícitos quanto os implícitos.
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Português – Inferência – Prof. Carlos Zambeli
Os pressupostos são marcados, nas frases, por meio de vários indicadores linguísticos como
a) certos advérbios:
Os convidados ainda não chegaram à recepção.
b) certos verbos:
O desvio de verbas tornou-se público.
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c) as orações adjetivas explicativas (isoladas por vírgulas):
Os políticos, que só querem defender seus interesses, ignoram o povo.
d) expressões adjetivas:
Os partidos “de fachada” acabarão com a democracia no Brasil.
Costuma-se acreditar que , quando se relatam dados da realidade, não pode haver nisso
subjetividade alguma e que relatos desse tipo merecem a nossa confiança porque são reflexos
da neutralidade do produtor do texto e de sua preocupação com a verdade objetiva dos fatos.
Mas não é bem assim. Mesmo relatando dados objetivos, o produtor do texto pode ser
tendencioso e ele, mesmo sem estar mentindo, insinua seu julgamento pessoal pela seleção
dos fatos que está reproduzindo ou pelo destaque maior que confere a certos pormenores. A
essa escolha dos fatos e à ênfase atribuída acertos tipos de pormenores dá-se o nome de viés.
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Português
1. O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. Com
a palavra grifada, o autor
a) retoma o mesmo sentido do que foi anteriormente afirmado.
b) exprime reserva em relação à opinião exposta na afirmativa anterior.
c) coloca uma alternativa possível para a afirmativa feita anteriormente.
d) determina uma situação em que se realiza a probabilidade antes considerada.
e) estabelece algumas condições necessárias para a efetivação do que se afirma.
2. Por que, enfim, tantas reservas em relação ao consumo? O primeiro foco de explicação para essa
antipatia reside no fato de que nossa economia fechada sempre encurralou os consumidores
no país. A falta de um leque efetivo de opções de compra tem deixado os consumidores à
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mercê dos produtores no Brasil. Não por acaso, os apologistas do consumo entre nós têm
sido basicamente aqueles que podem exercer seu inchado poder de compra sem tomar
conhecimento das fronteiras nacionais. O resto da população, mantida em situação vulnerável,
ignora os benefícios de uma economia baseada no consumo.
A expressão “Não por acaso”, ao iniciar o período, indica
a) justificativa.
b) ênfase.
c) indagação.
d) concessão.
e) finalidade.
3. (FCC) A Companhia das Índias Orientais − a primeira grande companhia de ações do mundo,
criada em 1602 − foi a mãe das multinacionais contemporâneas.
O segmento isolado pelos travessões constitui, no contexto, comentário que
a) busca restringir o âmbito de ação de uma antiga empresa de comércio.
b) especifica as qualidades empresariais de uma companhia de comércio.
c) contém informações de sentido explicativo, referentes à empresa citada.
d) enumera as razões do sucesso atribuído a essa antiga empresa.
e) enfatiza, pela repetição, as vantagens oferecidas pela empresa.
4. (FCC) A gênese da música do Rio Grande do Sul também pode ser vista como reflexo dessa
multiplicidade de referências. Há influências diretas do continente europeu, e isso se mistura à
valiosa contribuição do canto e do batuque africano, mesmo tendo sido perseguido, vigiado,
quase segregado.
O segmento destacado deve ser entendido, considerando-se o contexto, como
a) uma condição favorável à permanência da música popular de origem africana.
b) uma observação que valoriza a persistente contribuição africana para a música brasileira.
c) restrição ao sentido do que vem sendo exposto sobre a música popular brasileira.
d) a causa que justifica a permanência da música de origem africana no Brasil.
e) as consequências da presença dos escravos e sua influência na música popular brasileira.
5. A média universal do Índice de Desenvolvimento Humano aumentou 18% desde 1990. Mas
a melhora estatística está longe de animar os autores do Relatório de 2010. [...] O cenário
apresentado pelo Relatório não é animador. [...] Os padrões de produção e consumo atuais são
considerados inadequados. Embora não queira apresentar receitas prontas, o Relatório traça
caminhos possíveis. Entre eles, o reconhecimento da ação pública na regulação da economia
para proteger grupos mais vulneráveis. Outro aspecto ressaltado é a necessidade de considerar
pobreza, crescimento e desigualdade como temas interligados. "Crescimento rápido não
deve ser o único objetivo político, porque ignora a distribuição do rendimento e negligencia a
sustentabilidade do crescimento", informa o texto.
O trecho colocado entre aspas indica que se trata de
a) comentário pessoal do autor do texto sobre dados do Relatório.
a) insistência na correção dos dados apresentados pelo Relatório.
c) repetição desnecessária de informação já citada no texto.
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Português – Compreensão Gramatical do Texto – Prof. Carlos Zambeli
6. O sonho de voar alimenta o imaginário do homem desde que ele surgiu sobre a Terra. A inveja
dos pássaros e as lendas de homens alados, como Dédalo e Ícaro (considerado o primeiro mártir
da aviação), levaram a um sem-número de experiências, a maioria fatal.
(considerado o primeiro mártir da aviação) Os parênteses isolam
a) citação fiel de outro autor.
b) comentário explicativo.
c) informação repetitiva.
d) retificação necessária.
e) enumeração de fatos.
5. (FCC) Diariamente tomamos decisões (comprar uma gravata, vender um apartamento, demitir
um funcionário, poupar para uma viagem, ter um filho, derrubar ou plantar uma árvore),
ponderando custos e benefícios.
O segmento entre parênteses constitui
a) transcrição de um diálogo, que altera o foco principal do que vem sendo exposto.
b) constatação de situações habituais, com o mesmo valor de mercado, vivenciadas pelas
pessoas.
c) reprodução exata das palavras do jornalista americano citado no texto, referentes à rotina
diária das pessoas.
d) interrupção intencional do desenvolvimento das ideias, para acrescentar informações
alheias ao assunto abordado.
e) sequência explicativa, que enumera as eventuais decisões que podem ser tomadas
diariamente pelas pessoas.
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Português
DENOTAÇÃO X CONOTAÇÃO
DENOTAÇÃO CONOTAÇÃO
palavra com significação restrita palavra com significação ampla
palavra com sentido comum do dicionário palavra cujos sentidos extrapolam o sentido comum
palavra usada de modo automatizado palavra usada de modo criativo
linguagem comum linguagem rica e expressiva
EXEMPLIFICANDO
Para exemplificar esses dois conceitos, eis a palavra cão:
sentido denotativo quando designar o animal mamífero quadrúpede canino;
sentido conotativo quando expressar o desprezo que desperta em nós uma pessoa de mau
caráter ou extremamente servil.
(Othon M.Garcia)
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Um detalhe!
As aspas podem indicar que uma palavra está sendo empregada diferentemente do
seu sentido do dicionário!
Eu sempre “namorei” meus livros!
A “bateria” do meu filho não termina nunca! Esse menino não dorme.
Sinônimos X Antônimos
A semântica é a parte da linguística que estuda o significado das palavras, a parte significativa
do discurso. Cada palavra tem seu significado específico, porém podemos estabelecer relações
entre os significados das palavras, assemelhando-as umas às outras ou diferenciando-as
segundo seus significados.
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Português – Conotação e Denotação – Prof. Carlos Zambeli
Sinônimos
Palavras que possuem significados iguais ou semelhantes.
Antônimos
Palavras que possuem significados opostos, contrários. Pode originar-se do acréscimo de
um prefixo de sentido oposto ou negativo.
Exemplos:
mal X bem
ausência X presença
fraco X forte
claro X escuro
subir X descer
cheio X vazio
possível X impossível
simpático X antipático
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4. O texto se estrutura a partir de antíteses, ou seja, emprego de palavras ou expressões de sentido
contrário. O par de palavras ou expressões que não apresentam no texto essa propriedade
antitética é
Toda saudade é a presença da ausência
de alguém, de algum lugar, de algo enfim
Súbito o não toma forma de sim
como se a escuridão se pusesse a luzir
Da própria ausência de luz
o clarão se produz,
o sol na solidão.
Toda saudade é um capuz transparente
que veda e ao mesmo tempo traz a visão do que não se pode ver
porque se deixou pra trás
mas que se guardou no coração.
(Gilberto Gil)
a) presença / ausência
b) não / sim
c) ausência de luz / clarão
d) sol / solidão
e) que veda / traz a visão
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Português
ELEMENTOS REFERENCIAIS
Estabelecem uma relação de sentido no texto, formando um elo coesivo entre o que está
dentro do texto e fora dele também. À retomada feita para trás dá-se o nome de anáfora e a
referência feita para a frente recebe o nome de catáfora.
Observe:
Mecanismos
1. REPETIÇÃO
“Oito pessoas morreram (cinco passageiros de uma mesma família e dois tripulantes, além
de uma mulher que teve ataque cardíaco) na queda de um avião bimotor Aero Commander,
da empresa J. Caetano, da cidade de Maringá (PR). O avião prefixo PTI-EE caiu sobre quatro
sobrados da Rua Andaquara.”
A palavra AVIÃO foi repetida, principalmente por ele ter sido o veículo envolvido no acidente,
que é a notícia propriamente dita.
2. REPETIÇÃO PARCIAL
“Estavam no avião o empresário Silvio Name Júnior [...] Gabriela Gimenes Ribeiro e o marido
dela, João Izidoro de Andrade. Andrade é conhecido na região como um dos maiores
compradores de cabeças de gado do Sul do país.”
Na retomada de nomes de pessoas, a repetição parcial é o mais comum mecanismo coesivo.
Costuma-se, uma vez citado o nome completo de alguém, repetir somente o seu sobrenome.
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1. A sequência em negrito (globalização do olho da rua. É a globalização do bico. É a globalização
do dane-se.) caracteriza a globalização a partir da desestruturação do mundo do trabalho. Do
ponto de vista dos recursos da linguagem é correto afirmar que, no contexto, ocorre uma
a) gradação, com a suavização das dificuldades.
b) contradição, entre os modos de sobrevivência do desempregado.
c) ênfase, com a intensificação da afirmativa inicial.
d) retificação, pela correção gradual das informações iniciais.
3. ELIPSE
É a omissão de um termo que pode ser facilmente deduzido pelo contexto.
“Três pessoas que estavam nas casas atingidas pelo avião ficaram feridas. Elas não sofreram
ferimentos graves. Apenas escoriações e queimaduras.”
Na verdade, foram omitidos, no trecho sublinhado, o sujeito (As três pessoas) e um verbo
(sofreram): (As três pessoas sofreram apenas escoriações e queimaduras).
2. Aproveitei os feriados da semana passada para curtir algumas releituras que há muito vinha
adiando. [...] Com chuva, o Rio é uma cidade como outra qualquer: não se tem muita coisa a
fazer. [...] O melhor mesmo é aproveitar o tempo ― que de repente fica enorme e custa a passar
― revisitar os primeiros deslumbramentos, buscando no passado um aumento de pressão nas
caldeiras fatigadas que poderão me levar adiante. [...] Leituras antigas, de um tempo em que
estava longe a ideia de um dia escrever um livro. Bem verdade que, às vezes, vinha a tentação
de botar para fora alguma coisa.
I – As expressões “releituras”, “revisitar” e “Leituras antigas” deixam claro que os livros que o
narrador pretende ler já foram obras lidas por ele no passado.
II – Nas expressões “há muito” e “Bem verdade”, pode-se depreender a elipse do substantivo
“tempo” e do verbo flexionado “É”.
III – É possível inferir uma relação de causa e consequência entre as orações conectadas pelos
dois-pontos.
Quais afirmativas estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.
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Português – Elementos Referenciais – Prof. Carlos Zambeli
4. PRONOMES
A função gramatical do pronome é justamente a de substituir ou acompanhar um nome. Ele
pode, ainda, retomar toda uma frase ou toda a ideia contida em um parágrafo ou no texto todo.
“Estavam no avião Márcio Artur Lerro Ribeiro, seus filhos Márcio Rocha Ribeiro Neto e Gabriela
Gimenes Ribeiro; e o marido dela, João Izidoro de Andrade.”
O pronome possessivo seus retoma Márcio Artur Lerro Ribeiro; o pronome pessoal (d)ela
retoma Gabriela Gimenes Ribeiro.
3. “... que lhe permitem que veja a origem de todos os seres e de todas as coisas para que possa
transmiti-las aos ouvintes”.
Em transmiti-las, -las é pronome que substitui
a) a origem de todos os seres.
b) todas as coisas.
c) aos ouvintes.
d) todos os seres.
Pronomes Demonstrativos
ESSE = assunto antecedente.
“A seca é presença marcante no Sul. Esse fenômeno é atribuído a ‘El Niña’.”
4. "Um relatório da Associação Nacional de Jornais revelou que, nos últimos doze meses, foram
registrados no Brasil 31 casos de violação à liberdade de imprensa. Destes, dezesseis são
decorrentes de sentença judicial - em geral, proferida por juízes de primeira instância.”
Nesse segmento do texto, o pronome demonstrativo sublinhado se refere a
a) relatórios.
b) jornais.
c) meses.
d) casos.
e) atentados.
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5. ADVÉRBIOS
Palavras que exprimem circunstâncias, principalmente as de lugar, tempo, modo, causa...
“Em São Paulo, não houve problemas. Lá, os operários não aderiram à greve.”
6. EPÍTETOS
Palavras ou grupos de palavras que, ao mesmo tempo que se referem a um elemento do texto,
qualificam-no.
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Português – Elementos Referenciais – Prof. Carlos Zambeli
6. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é o melhor exemplo de que a reforma do Poder Judiciário
não está estagnada. Dez anos atrás, época em que ainda se discutia a criação do conselho, ao
qual cabia o epíteto “órgão de controle externo do Judiciário”, a existência de um órgão nesses
moldes, para controlar a atuação do Poder Judiciário, gerava polêmica.
O vocábulo “epíteto” introduz uma expressão que qualifica e explica a função do CNJ.
( ) Certo ( ) Errado
7. NOMES DEVERBAIS
São derivados de verbos e retomam a ação expressa por eles. Servem, ainda, como um resumo
dos argumentos já utilizados.
“Uma fila de centenas de veículos paralisou o trânsito da Avenida Assis Brasil, como sinal de
protesto contra o aumento dos impostos. A paralisação foi a maneira encontrada...”
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Mecanismos
PRIORIDADE-RELEVÂNCIA
Ex.: Em primeiro lugar, Antes de mais nada, Primeiramente, Finalmente...
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Português – Elementos Referenciais – Prof. Carlos Zambeli
2. “Por outro lado, sua eficiência macroeconômica deixa muito a desejar, menos pela incapacidade
das instituições do que pela persistência de incentivos adversos ao crescimento.”
Em “do que pela”, a eliminação de “do” prejudica a correção sintática do período.
( ) Certo ( ) Errado
CONDIÇÃO, HIPÓTESE
Ex.: se, caso, desde que...
ADIÇÃO, CONTINUAÇÃO
Ex.: Além disso, ainda por cima, também, não só...mas também ...
DÚVIDA
Ex.: talvez, provavelmente, possivelmente...
CERTEZA, ÊNFASE
Ex.: certamente, inquestionavelmente, sem dúvida, inegavelmente, com certeza...
FINALIDADE
Ex.: a fim de, com o propósito de, para que...
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ESCLARECIMENTO
Ex.: por exemplo, isto é, quer dizer...
RESUMO, CONCLUSÃO
Ex.: em suma, em síntese, enfim, portanto, dessa forma, dessa maneira, logo, então...
6. Mariza saiu de casa atrasada e perdeu o ônibus. As duas orações do período estão unidas pela
palavra “e”, que, além de indicar adição, introduz a ideia de
a) Oposição.
b) Condição.
c) Consequência.
d) Comparação.
e) União.
7. “A ação da polícia ocorre em um ambiente de incertezas, ou seja, o policial, quando sai para a
rua, não sabe o que vai encontrar diretamente;”.
A expressão sublinhada indica a presença de uma
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Português – Elementos Referenciais – Prof. Carlos Zambeli
a) retificação.
b) conclusão.
c) oposição.
d) explicação.
e) enumeração.
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Português
Polissemia
Polissemia significa (poli = muitos; semia = significado) “muitos sentidos”. Contudo, assim que
se insere no contexto, a palavra perde seu caráter polissêmico e assume significado específico,
isto é, significado contextual.
Os vários significados de uma palavra, em geral, têm um traço em comum. A cada um deles dá-
se o nome de acepção.
•• A cabeça une-se ao tronco pelo pescoço.
Contexto!
O contexto determina a acepção de dada palavra polissêmica. Palavras como “flor”, “cabeça”,
“linha”, “ponto”, “pena”, entre outras, assumem, em variados contextos, novas acepções.
CONTEXTO ACEPÇÃO
Adoro flor vermelha! parte de uma planta
“Última flor do Lácio” descendente
Vagava à flor da água. superfície
Ela é uma flor de pessoa. amável
Ele não é flor que se cheire. indigno, falso
Está na flor da idade. juventude
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1. O efeito de sentido da charge é provocado pela combinação de informações visuais e recursos
linguísticos. No contexto da ilustração, a frase proferida recorre à
a) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão “rede social” para transmitir a
ideia que pretende veicular.
b) ironia para conferir um novo significado ao termo “outra coisa”.
c) homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o espaço da população pobre e o
espaço da população rica.
d) personificação para opor o mundo real pobre ao mundo virtual rico.
e) antonímia para comparar a rede mundial de computadores com a rede caseira de descanso
da família.
Exemplos:
•• Edgar ocupa um alto posto na Casa. = cargo
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Português – Polissemia e Figuras de Linguagem – Prof. Carlos Zambeli
Figuras De Linguagem
Algumas Figuras de
Som
Aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.
•• “Esperando, parada, pregada na pedra do porto.”
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Onomatópéia: consiste na reprodução de um som ou ruído natural.
•• “Não se ouvia mais que o plic-plic-plic da agulha no pano.” (Machado de Assis)
Construção
Elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.
•• “Em nossa vida, apenas desencontros.”
2. Pleonasmo é uma figura de linguagem que tem como marca a repetição de palavras ou de
expressões, aparentemente desnecessárias, para enfatizar uma ideia. No entanto, alguns
pleonasmos são considerados “vícios de linguagem” por informarem uma obviedade e não
desempenharem função expressiva no enunciado. Considerando essa afirmação, assinale a
alternativa em que há exemplo de pleonasmo vicioso.
a) “E então abriu a torneira: a água espalhou-se”
b) “O jeito era ir comprar um pão na padaria.”
c) “Matá-la, não ia; não, não faria isso.”
d) “Traíra é duro de morrer, nunca vi um peixe assim.”
e) “Tirou para fora os outros peixes: lambaris, chorões, piaus...”
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Português – Polissemia e Figuras de Linguagem – Prof. Carlos Zambeli
Pensamento
Antítese: consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo
sentido.
“Nasce o Sol, e não dura mais que um dia
Depois da Luz se segue à noite escura
Em tristes sombras morre a formosura
Em contínuas tristezas, a alegria.”
3. No trecho "...dão um jeito de mudar o mínimo para continuar mandando o máximo", a figura
de linguagem presente é chamada
a) Metáfora.
b) Hipérbole.
c) Hipérbato.
d) Anáfora.
e) Antítese.
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Hipérbato: inversão ou deslocamento de palavras ou orações dentro de um período.
"Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
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Português – Polissemia e Figuras de Linguagem – Prof. Carlos Zambeli
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Palavras
Metáfora: A metáfora implica, pois, uma comparação em que o conectivo comparativo fica
subentendido.
“Meninas são bruxas e fadas,
Palhaço é um homem todo pintado de piadas!
Céu azul é o telhado do mundo inteiro,
Sonho é uma coisa que fica dentro do meu travesseiro!”
(Teatro Mágico)
Catacrese: Na falta de um termo específico para designar conceito ou objeto, toma-se outro
por empréstimo. Devido ao uso contínuo, não mais se percebe que ele está sendo empregado
em sentido figurado.
•• O pé da mesa estava quebrado.
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Português
TIPOLOGIA TEXTUAL
O que é isso?
É a forma como um texto se apresenta. As tipologias existentes são: narração, descrição,
dissertação, exposição, argumentação, informação e injunção.
Narração
Modalidade na qual se contam um ou mais fatos – fictício ou não - que ocorreram em
determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Há uma relação de anterioridade
e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado.
Exemplo:
COMPRAR REVISTA
Parou, hesitante; em frente à banca de jornais. Examinou as capas das revistas, uma por uma.
Tirou do bolso o recorte, consultou-o. Não, não estava incluída na relação de títulos, levantada
por ordem alfabética. Mas quem sabe havia relação suplementar, feita na véspera? Na dúvida,
achou conveniente estudar a cara do jornaleiro. Era a mesma de sempre. Mas a talvez ocultasse
alguma coisa, sob a aparência habitual. O jornaleiro olhou para ele, sem transmitir informação
especial no olhar, além do reconhecimento do freguês. Peço? Perguntou a si mesmo. Ou é
melhor sondar a barra?”
Carlos Drummond de Andrade
A primeira vez que vi o mar eu não estava sozinho. Estava no meio de um bando enorme de
meninos. Nós tínhamos viajado para ver o mar. No meio de nós havia apenas um menino que
já o tinha visto. Ele nos contava que havia três espécies de mar: o mar mesmo, a maré, que é
menor que o mar, e a marola, que é menor que a maré. Logo a gente fazia ideia de um lago
enorme e duas lagoas. Mas o menino explicava que não. O mar entrava pela maré e a maré
entrava pela marola. A marola vinha e voltava. A maré enchia e vazava. O mar às vezes tinha
espuma e às vezes não tinha. Isso perturbava ainda mais a imagem. Três lagoas mexendo,
esvaziando e enchendo, com uns rios no meio, às vezes uma porção de espumas, tudo isso
muito salgado, azul, com ventos.
Fomos ver o mar. Era de manhã, fazia sol. De repente houve um grito: o mar! Era qualquer
coisa de largo, de inesperado. Estava bem verde perto da terra, e mais longe estava azul. Nós
todos gritamos, numa gritaria infernal, e saímos correndo para o lado do mar. As ondas batiam
nas pedras e jogavam espuma que brilhava ao sol. Ondas grandes, cheias, que explodiam com
barulho. Ficamos ali parados, com a respiração apressada, vendo o mar...
(Fragmento de crônica de Rubem Braga, Mar, Santos, julho, 1938)
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1. O texto é construído por meio de
a) perfeito encadeamento entre os dois parágrafos: as explicações sobre o mar, no primeiro,
harmonizam-se com sua visão extasiada, no segundo.
b) violenta ruptura entre os dois parágrafos: o primeiro alonga-se em explicações sobre o mar
que não têm qualquer relação com o que é narrado no segundo.
c) procedimentos narrativos diversos correspondentes aos dois parágrafos: no primeiro, o
narrador é o autor da crônica; no segundo, ele dá voz ao menino que já vira o mar.
d) contraste entre os dois parágrafos: as frustradas explicações sobre o mar para quem nunca
o vira, no primeiro, são seguidas pela arrebatada visão do mar, no segundo.
e) inversão entre a ordem dos acontecimentos em relação aos dois parágrafos: o que é
narrado no primeiro só teria ocorrido depois do que se narra no segundo.
Descrição
Quase todo mundo conhece os riscos de se ter os documentos usados de forma indevida por
outra pessoa, depois de tê-los perdido ou de ter sido vítima de assalto. Mas um sistema que
começou a ser implantado na Bahia pode resolver o problema em todo o país. A tecnologia
usada atualmente para a emissão de carteiras de identidade na Bahia pode evitar esse tipo de
transtorno. A foto digital, impressa no documento, dificulta adulterações. A principal novidade
do sistema é o envio imediato das impressões digitais, por computador, para o banco de dados
da Polícia Federal em Brasília. Dessa forma, elas podem ser comparadas com as de outros
brasileiros e estrangeiros cadastrados. Se tudo estiver em ordem, o documento é entregue em
cinco dias. Ao ser retirada a carteira, as digitais são conferidas novamente.
Internet: <www.g1.globo.com> (com adaptações).
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Português – Tipologia Textual – Prof. Carlos Zambeli
Dissertação
A dissertação é um texto que analisa, interpreta, explica e avalia dados da realidade. Esse tipo
textual requer um pouco de reflexão, pois as opiniões sobre os fatos e a postura crítica em
relação ao que se discute têm grande importância.
O texto dissertativo é temático, pois trata de análises e interpretações; o tempo explorado é
o presente no seu valor atemporal; é constituído por uma introdução onde o assunto a ser
discutido é apresentado, seguido por uma argumentação que caracteriza o ponto de vista do
autor sobre o assunto em evidência e, por último, sua conclusão.
Exposição
Apresenta informações sobre assuntos, expõe ideias, explica e avalia e reflete Não faz defesa
de uma ideia, pois tal procedimento é característico do texto dissertativo. O texto expositivo
apenas revela ideias sobre um determinado assunto. Por meio da mescla entre texto expositivo
e narrativo, obtém-se o que conhecemos por relato.
Ex.: aula, relato de experiências, etc.
Em todo o continente americano, a colonização europeia teve efeito devastador. Atingidos pelas
armas, e mais ainda pelas epidemias e por políticas de sujeição e transformação que afetavam
os mínimos aspectos de suas vidas, os povos indígenas trataram de criar sentido em meio à
devastação. Nas primeiras décadas do século XVII, índios norte-americanos comparavam a uma
demolição aquilo que os missionários jesuítas viam como “transformação de suas vidas pagãs e
bárbaras em uma vida civilizada e cristã.”
Argumentação
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“Perguntamo-nos qual é o valor da vida humana.Alguns setores da sociedade acreditam que
a vida do criminoso não tem o mesmo valor da vida das pessoas honestas. O problema é que
o criminoso pensa do mesmo modo: se a vida dele não vale nada, por que a vida do dono da
carteira deve ter algum valor? Se provavelmente estará morto antes dos trinta anos de idade
(como várias pesquisas comprovam), por que se preocupar em não matar o proprietário do
automóvel que ele vai roubar?”
Andréa Buoro et al. Violência urbana – dilemas e desafios. São Paulo: Atual, 1999, p. 26 (com
adaptações).
O riso é tão universal como a seriedade; ele abarca a totalidade do universo, toda a sociedade,
a história, a concepção de mundo. É uma verdade que se diz sobre o mundo, que se estende a
todas as coisas e à qual nada escapa. É, de alguma maneira, o aspecto festivo do mundo inteiro,
em todos os seus níveis, uma espécie de segunda revelação do mundo.
3. Embora o texto seja essencialmente argumentativo, seu autor se vale de estruturas narrativas
para reforçar suas opiniões.
( ) Certo ( ) Errado
Informação
O texto informativo corresponde aquelas manifestações textuais cujo emissor (escritor) expõe
brevemente um tema, fatos ou circunstâncias a um receptor (leitor). Em outras palavras,
representam as produções textuais objetivas, normalmente em prosa, com linguagem clara e
direta (linguagem denotativa), que tem como objetivo principal transmitir informação sobre
algo, isento de duplas interpretações.
Assim, os textos informativos, diferente dos poéticos ou literários (que utilizam da linguagem
conotativa), servem para conhecer de maneira breve informações sobre determinado tema,
apresentando dados e referências, sem interferência de subjetividade, desde sentimentos,
sensações, apreciações do autor ou opiniões. O autor dos textos informativos é um transmissor
que se preocupa em relatar informações da maneira mais objetiva e verossímil.
Injuntivo/Instrucional
Indica como realizar uma ação. Também é utilizado para predizer acontecimentos e
comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria,
empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro
do presente do modo indicativo.
Ex.: Previsões do tempo, receitas culinárias, manuais, leis, bula de remédio, convenções, regras
e eventos.
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Português
Aula XX
GÊNERO TEXTUAL
É o nome que se dá às diferentes formas de linguagem empregadas nos textos. Estas formas
podem ser mais formais ou mais informais, e até se mesclarem em um mesmo texto, porém
este será nomeado com o gênero que prevalecer!
Os gêneros textuais estão intimamente ligados à nossa situação cotidiana. Eles existem como
mecanismo de organização das atividades sociocomunicativas do dia a dia. Sendo assim,
gêneros textuais são tipos especificos de textos de qualquer natureza, literários ou não-
literários, cujas modalidades discursivas são como formas de organizar a linguagem.
Editorial
É um tipo de texto utilizado na imprensa, especialmente em jornais e revistas, que tem por
objetivo informar, mas sem obrigação de ser neutro, indiferente.
A objetividade e imparcialidade não são características dessa tipologia textual, já que o redator
demonstra a opinião do jornal sobre o assunto narrado.
Os acontecimentos são relatados sob a subjetividade do repórter, de maneira que evidencie
a posição da empresa que está por trás do canal de comunicação, pois os editoriais não são
assinados por ninguém.
Assim, podemos dizer que o editorial é um texto mais opinativo do que informativo.
Ele possui um fato e uma opinião. O fato informa o que aconteceu e a opinião transmite a
interpretação do que aconteceu.
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1. O título do texto refere-se
a) ao reflexo do custo da terceirização da colheita da cana no preço do etanol.
b) aos problemas ambientais resultantes da expansão da cultura de cana.
c) aos preços não competitivos do etanol brasileiro no mercado internacional.
d) às precárias condições de trabalho dos trabalhadores rurais na colheita da cana.
e) ao aumento dos lucros obtidos pelos empresários que investem na produção da cana.
Artigos
São os mais comuns. São textos autorais – assinados –, cuja opinião é de inteira responsabilidade
de quem o escreveu. Seu objetivo é o de persuadir o leitor.
É um texto dissertativo que apresenta argumentos sobre o assunto abordado, portanto, o
escritor além de expor seu ponto de vista, deve sustentá-lo através de informações coerentes e
admissíveis.
I – Depreende-se, pela leitura do texto, que querer ser milionário é ruim, pois esse desejo
impossibilita o homem de amar o trabalho.
II – Para o autor, as chances de sucesso em uma profissão dependem da paixão com que ela é
exercida.
III – É consenso atribuir-se o sucesso à paixão pela atividade que se realiza.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) Apenas II e III.
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Português – Gêneros Textuais – Prof. Carlos Zambeli
Notícias
Obra-prima de Leonardo da Vinci e uma das mais admiradas telas jamais pintadas, devido, em
parte, ao sorriso enigmático da moça retratada, a “Mona Lisa” está se deteriorando. O grito de
alarme foi dado pelo Museu do Louvre, em Paris, que anunciou que o quadro passará por uma
detalhada avaliação técnica com o objetivo de determinar o porquê do estrago. O fino suporte
de madeira sobre o qual o retrato foi pintado sofreu uma deformação desde que especialistas
em conservação examinaram a pintura pela última vez, diz o Museu do Louvre numa declaração
por escrito.
Fonte: http://www.italiaoggi.com.br (acessado em 13/11/07)
Crônica
Fotografia do cotidiano, realizada por olhos particulares. Geralmente, o cronista apropria-se de
um fato atual do cotidiano, para, posteriormente, tecer críticas ao status quo, baseadas quase
exclusivamente em seu ponto de vista. A linguagem desse tipo de texto é predominantemente
coloquial.
Características da crônica
•• Narração curta;
•• Descreve fatos da vida cotidiana;
•• Pode ter caráter humorístico, crítico, satírico e/ou irônico;
•• Possui personagens comuns;
•• Segue um tempo cronológico determinado;
•• Uso da oralidade na escrita e do coloquialismo na fala das personagens;
•• Linguagem simples.
Dia desses resolvi fazer um teste proposto por um site da internet. O nome do teste era
tentador: “O que Freud diria de você”. Uau. Respondi a todas as perguntas e o resultado foi o
seguinte: “Os acontecimentos da sua infância a marcaram até os doze anos, depois disso você
buscou conhecimento intelectual para seu amadurecimento”. Perfeito! Foi exatamente o que
aconteceu comigo. Fiquei radiante: eu havia realizado uma consulta paranormal com o pai da
psicanálise, e ele acertou na mosca.
MEDEIROS, M. Doidas e Santas. Porto Alegre, 2008 (adaptado).
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4. Quanto às influências que a internet pode exercer sobre os usuários, a autora expressa uma
reação irônica no trecho “Fiquei radiante: eu havia realizado uma consulta paranormal com o
pai da psicanálise”.
( ) Certo ( ) Errado
Ensaio
É um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo ideias, críticas e
reflexões éticas e filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal. Consiste também
na defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico,
político, social, cultural, moral, comportamental, literário, religioso, etc.), sem que se paute em
formalidades.
O ensaio assume a forma livre e assistemática sem um estilo definido. Por essa razão, um
filósofo espanhol o definiu como "a ciência sem prova explícita".
Texto Literário
É uma construção textual de acordo com as normas da literatura, com objetivos e
características próprias, como linguagem elaborada de forma a causar emoções no leitor. Uma
das características distintivas dos textos literário é a sua função poética, em que é possível
constatar ritmo e musicalidade, organização específica das palavras e um elevado nível de
criatividade.
Madrugada na aldeia
Madrugada na aldeia nervosa, com as glicínias escorrendo orvalho, os figos prateados de
orvalho, as uvas multiplicadas em orvalho, as últimas uvas miraculosas.
O silêncio está sentado pelos corredores, encostado às paredes grossas, de sentinela.
E em cada quarto os cobertores peludos envolvem o sono: poderosos animais benfazejos,
encarnados e negros.
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Português – Gêneros Textuais – Prof. Carlos Zambeli
Antes que um sol luarento dissolva as frias vidraças, e o calor da cozinha perfume a casa
com lembrança das árvores ardendo, a velhinha do leite de cabra desce as pedras da rua
antiquíssima, antiquíssima, e o pescador oferece aos recém-acordados os translúcidos peixes,
que ainda se movem, procurando o rio.
(Cecília Meireles. Mar absoluto, in Poesia completa.
Peça Publicitária
Modo específico de apresentar informação sobre produto, marca, empresa, ideia ou política,
visando a influenciar a atitude de uma audiência em relação a uma causa, posição ou atuação.
A propaganda comercial é chamada, também, de publicidade. Ao contrário da busca de
imparcialidade na comunicação, a propaganda apresenta informações com o objetivo principal
de influenciar o leitor ou ouvinte. Para tal, frequentemente, apresenta os fatos seletivamente
(possibilitando a mentira por omissão) para encorajar determinadas conclusões, ou usa
mensagens exageradas para produzir uma resposta emocional e não racional à informação
apresentada Costuma ser estruturado por meio de frases curtas e em ordem direta, utilizando
elementos não verbais para reforçar a mensagem.
7. O anúncio publicitário a seguir é uma campanha de um adoçante, que tem como seu slogan a
frase “Mude sua embalagem”.
A palavra “embalagem”, presente no slogan da campanha, é altamente expressiva e substitui a
palavra
a) vida.
b) corpo.
c) jeito.
d) história.
e) postura.
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Piada
8. “Dois amigos conversam quando passa uma mulher e cumprimenta um deles, que fala:
Eu devo muito a essa mulher...
Por quê? Ela é sua protetora?
Não, ela é a costureira da minha esposa.”
Na piada acima, o efeito de humor
a) deve-se, principalmente, à situação constrangedora em que ficou um dos amigos quando a
mulher o cumprimentou.
b) constrói-se pela resposta inesperada de um dos amigos, revelando que não havia entendido
o teor da pergunta do outro.
c) é provocado pela associação entre uma mulher e minha esposa, sugerindo ilegítimo
relacionamento amoroso.
d) firma-se no aproveitamento de distintos sentidos de uma mesma expressão linguística,
devo muito.
e) é produzido prioritariamente pela pergunta do amigo, em que se nota o emprego malicioso
da expressão sua protetora.
Gráficos e Tabelas
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Português – Gêneros Textuais – Prof. Carlos Zambeli
Charge
É um estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar algum acontecimento atual com
uma ou mais personagens envolvidas. A palavra é de origem francesa e significa carga, ou
seja, exagera traços do caráter de alguém ou de algo para torná-lo burlesco. Apesar de ser
confundida com cartum, é considerada totalmente diferente: ao contrário da charge, que tece
uma crítica contundente, o cartum retrata situações mais corriqueiras da sociedade. Mais do
que um simples desenho, a charge é uma crítica político-social mediante o artista expressa
graficamente sua visão sobre determinadas situações cotidianas por meio do humor e da sátira.
10. A relação entre o conjunto da charge e a frase “Brasil tem 25 milhões de telefones celulares”
fica clara porque a imagem e a fala do personagem sugerem o(a)
a) sentimento de vigilância permanente.
b) aperfeiçoamento dos aparelhos celulares.
c) inadequação do uso do telefone.
d) popularização do acesso à telefonia móvel.
e) facilidade de comunicação entre as pessoas.
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QUADRINHOS
Hipergênero, que agrega diferentes outros gêneros, cada um com suas peculiaridades.
Gabarito: 1. D 2. D 3. B 4. C 5. C 6. E 7. B 8. D 9. B 10. D 11. A
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Português
Coesão
A coesão textual refere-se à microestrutura de um texto. Ela ocorre por meio de relações
semânticas e gramaticais.
No caso de textos que utilizam linguagem verbal e não verbal (publicidade, por exemplo), a
coesão ocorre também por meio da utilização de
•• cores
•• formas geométricas
•• fontes
•• logomarcas
•• etc
Moldura = bolas
de futebol
Cantos =
local de
escanteio +
bola
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O pai e seu filhinho de 5 anos caminham por uma calçada.
Repentinamente, o garoto vê uma sorveteria e fala:
– Pai, eu já sarei do resfriado, né?
– Você não vai tomar sorvete! – responde o pai.
A resposta do pai não corresponde coesivamente à pergunta do filho, mas nem por isso é
incoerente. Depreende-se que o pai conhecia o objetivo do filho.
Anáfora
Retoma algo que já foi dito antes!
Edgar é um excelente professor. Ele trabalha aqui na Casa do Concurseiro, ensinando
Conhecimentos Bancários. Essa matéria é muito relevante para concursos nacionais.
Catáfora
O termo ou expressão que faz referência a um termo subsequente, estabelecendo com ele uma
relação não autônoma, portanto, dependente.
A Tereza olhou-o e disse: – Edgar, você está cansado?
Coerência
Fatores de Coerência
•• encadeamento
•• conhecimento da linguagem utilizada
•• equilíbrio entre o número de informações novas e a reiteração delas
•• possibilidade de inferência
•• aceitabilidade
•• intertextualidade
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Português – Confronto e Reconhecimento de Frases Corretas e Incorretas – Prof. Carlos Zambeli
www.acasadoconcurseiro.com.br 123
É fácil de notar se quando falta coerência a um texto.
“Havia um menino muito magro que vendia amendoins numa esquina de uma das avenidas de
São Paulo. Ele era tão fraquinho, que mal podia carregar a cesta em que estavam os pacotinhos
de amendoim. Um dia, na esquina em que ficava, um motorista, que vinha em alta velocidade,
perdeu a direção. O carro capotou e ficou de rodas para o ar. O menino não pensou duas vezes.
Correu para o carro e tirou de lá o motorista, que era um homem corpulento. Carregou o até a
calçada, parou um carro e levou o homem para o hospital. Assim, salvou lhe a vida.”
(Platão & Fiorin)
Vícios De Linguagem
BARBARISMO
Desvio na grafia, na pronúncia ou na flexão de uma palavra. Divide-se em
Cacografia – má grafia ou má flexão de uma palavra: flexa – em vez de flecha / deteu – em vez
de deteve.
Cacoépia – erro de pronúncia: marvado – em vez de malvado.
Silabada – erro de pronúncia quanto à acentuação tônica das palavras: púdico – em vez de
pudico / rúbrica – em vez de rubrica.
Estrangeirismo – emprego desnecessário de palavras estrangeiras, quando elas já foram
aportuguesadas: stress – em vez de estresse.
SOLECISMO
É qualquer erro de sintaxe. Pode ser
•• de concordância: Haviam muitos erros – em vez de Havia ...
•• de regência: Assistimos o filme – em vez de Assistimos ao filme.
•• de colocação: Escreverei-te logo – em vez de Escrever-te-ei...
AMBIGUIDADE OU ANFIBOLOGIA
Duplo sentido que ocorre em função da má construção da frase:
Carlos disse ao colega que seu irmão morreu. (irmão de quem?)
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Português – Confronto e Reconhecimento de Frases Corretas e Incorretas – Prof. Carlos Zambeli
ECO
Repetição de uma vogal formando rima:
O irmão do alemão prendeu a mão no fogão.
CACOFONIA
Som estranho que surge da união de sílabas diferentes, pela proximidade de duas palavras:
Ela tinha dezoito anos. (latinha)
GERUNDISMO
Locução verbal na qual o verbo principal apresenta-se no gerúndio. Seu uso no português
brasileiro é recente, é considerado por muitos como vício de linguagem, uma vez que seu uso é
demasiadamente impreciso:
“A senhora pode estar respondendo algumas perguntas?”
Gabarito: 1. E
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Português
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
6
contexto
5
referente
1 4
emissor, 7 receptor
destinador canal de comunicação ou
ou remetente destinatário
3
mensagem
2
código
O linguista russo Roman Jakobson caracterizou seis funções da linguagem. Cada uma delas está
estreitamente ligada a um dos seis elementos que compõem o ato de comunicação.
Referente
FUNÇÃO REFERENCIAL
Mensagem
FUNÇÃO POÉTICA
Emissor Receptor
FUNÇÃO FUNÇÃO
EXPRESSIVA Canal de Comunicação CONATIVA
FUNÇÃO FÁTICA
Código
FUNÇÃO METALINGUÍSTICA
www.acasadoconcurseiro.com.br 127
Emissor: o que emite a mensagem.
Receptor: o que recebe a mensagem.
Mensagem: o conjunto de informações transmitidas.
Código: a combinação de signos utilizados na transmissão de uma mensagem. A comunicação
só se concretizará, se o receptor souber decodificar a mensagem.
Canal de Comunicação: veículo por meio do qual a mensagem é transmitida (TV, rádio, jornal,
revista...)
Contexto: a situação a que a mensagem se refere, também chamado de referente.
O emissor, ao transmitir uma mensagem, sempre tem um objetivo: informar algo, ou
demonstrar seus sentimentos, ou convencer alguém a fazer algo, etc; consequentemente, a
linguagem passa a ter uma função, que são as seguintes:
•• Função Referencial
•• Função Metalinguística
•• Função Conativa
•• Função Fática
•• Função Emotiva
•• Função Poética
Numa mensagem, é muito difícil encontrarmos uma única dessas funções isolada. O que ocorre,
normalmente, é a superposição de várias delas.
Função referencial – busca transmitir informações objetivas, a fim de informar o receptor.
Predomina nos textos de caráter científico, didático e jornalístico.
Exemplo: Pesquisas já demonstraram que o universo vocabular de nossos estudantes, mesmo
de nível universitário, é pobre.
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Português – Funções da Linguagem – Prof. Carlos Zambeli
Função fática – tem por objetivo prolongar o contato com o receptor. Utiliza interjeições,
repetições, expressões sem valor semântico e, quando escrita, faz uso de recursos gráficos
como diferentes tipos de letras e variadas diagramações. É usada na linguagem coloquial,
especialmente nos diálogos.
•• POIS É...
•• ENTÃO... É melhor você
•• É FOGO. começar a ler
•• Ô. o Estadão.
•• NEM FALE.
EXEMPLIFICANDO
O princípio de que o Estado necessita de instrumentos para agir com rapidez em situações
de emergência está inscrito no arcabouço jurídico brasileiro desde a primeira Constituição,
de 1824, dois anos após a Independência, ainda no Império. A figura do decreto-lei, sempre
à disposição do Poder Executivo, ficou marcada no regime militar, quando a caneta dos
generais foi acionada a torto e a direito, ao largo do Congresso, cujos poderes eram sufocados
pela ditadura. Com a redemocratização, sacramentada pela Constituição de 1988, sepultou-
se o decreto-lei, mas não o seu espírito, reencarnado na medida provisória. Não se discute
a importância de o Poder Executivo contar com dispositivos legais que permitam ao governo
baixar normas, sem o crivo imediato do Congresso, que preencham os requisitos da “relevância
e urgência”. O problema está na dosagem, que, se exagerada, como ocorre atualmente, sufoca
o Poder Legislativo.
O Globo, 19/3/2008 ( com adaptações)
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1. A função da linguagem predominante no texto é
a) metalinguística.
b) poética.
c) expressiva.
d) apelativa.
e) referencial.
3. O texto abaixo utiliza uma linguagem emotiva, que pode ser comprovada especialmente na
opção pela subjetividade voltada para o narrador.
“Então, aproveite bem o seu dia. Extraia dele todos os bons sentimentos possíveis. Não deixe
nada para depois. Diga o que tem para dizer. Demonstre. Seja você mesmo. Não guarde lixo
dentro de casa. Nem jogue seu lixo no ambiente. Não cultive amarguras e sofrimentos. Prefira
o sorriso. Dê risada de tudo, de si mesmo. Não adie alegrias nem contentamentos nem sabores
bons. Seja feliz. Hoje. Amanhã é uma ilusão. Ontem é uma lembrança. Só existe o hoje.”
( ) Certo ( ) Errado
4. HISTÓRIA MANJADA
GALÃ CANASTRÃO
TIROS E PERSEGUIÇÕES
EFEITOS GRATUITOS
MAIS TIROS E PERSEGUIÇÕES
FINAL PREVISÍVEL
Conheça outro jeito de fazer cinema.
Cine Conhecimento.
No canal PLUS.
Além de exibir filmes de diversos países, o programa traz análises, comentários, curiosidades e
detalhes da produção. Não perca! Tem sempre um bom filme para você!
(Revista Monet)
Pelos sentidos e pelas estruturas linguísticas do texto, é correto concluir que o emprego de
“Conheça” e “Não perca” indica que a função da linguagem predominante no texto é a
a) metalinguística.
b) poética.
c) conativa.
d) expressiva.
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Português – Funções da Linguagem – Prof. Carlos Zambeli
5. No slogan CELULAR: Não Fale no Trânsito, uma característica da função conativa da linguagem
é
a) a objetividade da informação transmitida.
b) a manutenção da sintonia entre a STTU e o público-alvo.
c) o esclarecimento da linguagem pela própria linguagem
d) o emprego do verbo no modo imperativo
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Português
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
Tanto a língua escrita quanto a oral apresentam variações condicionadas por diversos fatores:
regionais, sociais, intelectuais etc.
A língua escrita obedece a normas gramaticais e será sempre diferente da língua oral, mais
espontânea, solta, livre, visto que acompanhada de mímica e entonação, que preenchem
importantes papéis significativos. Mais sujeita a falhas, a linguagem empregada coloquialmente
difere substancialmente do padrão culto.
É aquela ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que se apresenta com
terminologia especial. Caracteriza-se pela obediência às normas gramaticais. Mais comumente
usada na linguagem escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial, mais
estável, menos sujeita a variações.
É aquela usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase sempre rebelde
à norma gramatical e é carregada de vícios de linguagem (solecismo - erros de regência e
concordância; barbarismo - erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; cacofonia;
pleonasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela coordenação, que ressalta o caráter
oral e popular da língua.
www.acasadoconcurseiro.com.br 133
1. Com frequência, a transgressão à norma culta constitui uma marca do registro coloquial da
língua. Nesses casos, parece existir, de um lado, a norma culta e, de outro, a “norma” coloquial
– e esta muitas vezes se impõe socialmente, em detrimento da primeira. Um exemplo de
transgressão à norma culta acontece numa das alternativas abaixo. Assinale-a.
a) Nós éramos cinco e brigávamos muito…
b) estrada lamacenta que o governo não conservava…
c) Miguel fazia muita falta, embora cada um de nós trouxesse na pele a marca de sua
autoridade.
d) Você assustou ele falando alto.
e) Se um de nós ia para o colégio, os outros ficavam tristes.
2. Considere as afirmações.
I – A letra de “Saudosa Maloca” pode ser considerada como realização de uma “linguagem
artística” do poeta, estabelecida com base na sobreposição de elementos do uso popular ao
uso culto.
II – Uma dessas sobreposições é o emprego do pronome oblíquo de terceira pessoa “se” em
lugar de “nos” (Só se conformemo), diferentemente do que prescreve a norma culta.
III – A letra de “Saudosa Maloca” apresenta linguagem inovadora, visto que, sem abandonar a
linguagem formal, dirige-se diretamente ao leitor.
Estão corretas
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.
134 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Variação Linguística – Prof. Carlos Zambeli
d) apenas I e II.
e) I, II e III.
4. Gíria
A gíria relaciona-se ao cotidiano de certos grupos sociais. Esses grupos utilizam a gíria como
meio de expressão do cotidiano, para que as mensagens sejam decodificadas apenas pelo
próprio grupo. Assim, a gíria é criada por determinados segmentos da comunidade social que
divulgam o palavreado para outros grupos até chegar à mídia. Os meios de comunicação de
massa, como a televisão e o rádio, propagam os novos vocábulos; às vezes, também inventam
alguns. A gíria que circula pode acabar incorporada pela língua oficial, permanecer no
vocabulário de pequenos grupos ou cair em desuso.
3. Nas orações a seguir, as gírias sublinhadas podem ser substituídas por sinônimos.
“… e beijava tudo que era mulher que passasse dando sopa.”
“… o Papa de araque…”
“… numa homenagem também aos salgueirenses que, no Carnaval de 1967, entraram pelo
cano.”
Indique que opção equivale, do ponto de vista do sentido, a essas expressões.
a) distraidamente, falso, saíram-se mal.
b) reclamando, falso, obstruíram-se.
c) distraidamente, esperto, saíram-se vitoriosos.
d) reclamando, falso, deram-se mal.
e) distraidamente, esperto, obstruíram-se.
5. Linguagem Regional
Regionalismos ou falares locais são variações geográficas do uso da língua padrão, quanto
às construções gramaticais, empregos de certas palavras e expressões e do ponto de vista
fonológico. Há, no Brasil, por exemplo, falares amazônico, nordestino, baiano, fluminense,
mineiro, sulino.
Leia o texto a seguir e responda à questão.
“Explico ao senhor: o diabo vige dentro do homem, os crespos do homem — ou é o homem
arruinado, ou o homem dos avessos. Solto, por si, cidadão, é que não tem diabo nenhum.
Nenhum! — é o que digo. O senhor aprova? Me declare tudo, franco — é alta mercê que me
faz: e pedir posso, encarecido. Este caso — por estúrdio que me vejam — é de minha certa
importância. Tomara não fosse... Mas, não diga que o senhor, assisado e instruído, que acredita
na pessoa dele?! Não? Lhe agradeço! Sua alta opinião compõe minha valia. Já sabia, esperava
por ela — já o campo!
Ah, a gente, na velhice, carece de ter uma aragem de descanso. Lhe agradeço. Tem diabo
nenhum. Nem espírito. Nunca vi. Alguém devia de ver, então era eu mesmo, este vosso
servidor. Fosse lhe contar... Bem, o diabo regula seu estado preto, nas criaturas, nas mulheres,
nos homens. Até: nas crianças — eu digo. Pois não é o ditado: “menino — trem do diabo”? E
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nos usos, nas plantas, nas águas, na terra, no vento... Estrumes... O diabo na rua, no meio do
redemunho... “
(Guimarães Rosa. Grande Sertão: Veredas.)
4. O texto de Guimarães Rosa mostra uma forma peculiar de escrita, denunciada pelos recursos
linguísticos empregados pelo escritor. Entre as características do texto, está
a) o emprego da linguagem culta, na voz do narrador, e o da linguagem regional, na voz da
personagem.
b) a recriação da fala regional no vocabulário, na sintaxe e na melodia da frase.
c) o emprego da linguagem regional predominantemente no campo do vocabulário.
d) a apresentação da língua do sertão fiel à fala do sertanejo.
e) o uso da linguagem culta, sem regionalismos, mas com novas construções sintáticas e
rítmicas.
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Português
ANÁLISE DE ALTERNATIVAS/ITENS
COMPREENSÃO DE TEXTOS
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(1) Observação da fonte bibliográfica: o conhecimento prévio de quem escreveu o texto
constitui-se numa estratégia de compreensão, visto que facilita a identificação da intenção
textual. Ao reconhecermos o autor do texto – Roberto Pompeu de Toledo, importante jornalista
brasileiro, cuja trajetória se marca pelo fato de escrever matérias especiais para importantes
veículos e comunicação – bem como o veículo de publicação – Veja –, podemos afirmar que se
trata de um artigo.
(2) Observação do título: o título pode constituir o menor resumo possível de um texto. Por
meio dele, certas vezes, identificamos a ideia central do texto, sendo possível, pois, descartar
afirmações feitas em determinadas alternativas. O título em questão – Será a felicidade
necessária? –, somado ao fato de nomear um artigo, permite-nos inferir que o texto será uma
resposta a tal questionamento, a qual evidenciará o ponto de vista do autor.
Convite à Filosofia
Quando acompanhamos a história das ideias éticas, desde a Antiguidade clássica até nossos
dias, podemos perceber que, em seu centro, encontra-se o problema da violência e dos meios
para evitá-la, diminuí-la, controlá-la.
Diferentes formações sociais e culturais instituíram conjuntos de valores éticos como padrões
de conduta, de relações intersubjetivas e interpessoais, de comportamentos sociais que
pudessem garantir a integridade física e psíquica de seus membros e a conservação do grupo
social.
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Português – Análise de Alternativas/Itens – Prof. Carlos Zambeli
Conclusão
Resposta correta = a mais completa (alternativa com maior número de palavras-chave
encontradas no texto).
Optar pela alternativa mais completa, quando duas parecerem corretas.
EXEMPLIFICANDO
Centenas de cães e gatos são colocados para adoção mensalmente em Porto Alegre.
Cerca de 450 animais de estimação, entre cães e gatos, aguardam um novo dono em Porto
Alegre. Trata-se do contingente de animais perdidos, abandonados ou nascidos nas ruas
e entregues ao Gabea (Grupo de Apoio ao Bem-Estar Animal) e ao CCZ (Centro de Controle
de Zoonose), órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde. Destes, cerca de 120 animais são
adotados. Os outros continuam na espera por um lar.
O Sul. (adaptado)
Conforme o texto,
a) em Porto Alegre, cães e gatos são abandonados pelos seus donos. (3)
b) animais de estimação, entre eles cães e gatos nascidos nas ruas, são entregues ao Gabea.
(4)
c) um contingente de animais de estimação – entre eles cães e gatos – nasce nas ruas,
perdem-se de seus donos ou são por eles abandonados nas ruas de Porto Alegre. (6)
d) o CCZ propicia a adoção dos animais abandonados nas ruas de Porto Alegre. (4)
e) 120 animais de estimação são adotados mensalmente em Porto Alegre. (3)
www.acasadoconcurseiro.com.br 139
ANÁLISE DE ALTERNATIVAS/ITENS
Parte II
140 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Análise de Alternativas/Itens – Prof. Carlos Zambeli
EXTRAPOLAÇÃO
Ocorre quando o leitor sai do contexto, acrescentando ideias que não estão no texto,
normalmente porque já conhecia o assunto devido à sua bagagem cultural.
PRECONCEITOS
EXEMPLIFICANDO
8Canudo pela Internet
O ensino a distância avança e já existem mais de 30 mil cursos oferecidos na rede, de graduação
e pós-graduação até economia doméstica.
Passados nove anos de sua graduação em filosofia, a professora Ida Thon, 54 anos, enfiou na
cabeça que deveria voltar a estudar. Por conta do trabalho no Museu Nacional do Calçado,
na cidade gaúcha de Novo Hamburgo, onde mora, resolveu ter noções de museologia. Mas
para isso deveria contornar uma enorme dificuldade: o curso mais próximo ficava a 1.200
quilômetros de distância, em São Paulo.
REDUÇÃO
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um ou outro aspecto, esquecendo-se de
que o texto é um conjunto de ideias.
www.acasadoconcurseiro.com.br 141
EXEMPLIFICANDO
CONTRADIÇÃO
É comum as alternativas apresentarem ideias contrárias às do texto, fazendo o candidato
chegar a conclusões equivocadas, de modo a errar a questão.
Só contradiga o autor se isso for solicitado no comando da questão.
Exemplo: “Indique a alternativa que apresenta ideia contrária à do texto”.
EXEMPLIFICANDO
O que podemos experimentar de mais belo é o mistério. Ele é a fonte de toda a arte e ciência
verdadeira. Aquele que for alheio a essa emoção, aquele que não se detém a admirar as colinas,
sentindo-se cheio de surpresa, esse já está, por assim dizer, morto e tem os olhos extintos. O
que fez nascer a religião foi essa vivência do misterioso – embora mesclado de terror. Saber
que existe algo insondável, sentir a presença de algo profundamente racional e radiantemente
belo, algo que compreenderemos apenas em forma muito rudimentar – é esta a experiência
que constitui a atitude genuinamente religiosa. Neste sentido, e unicamente neste sentido,
pertenço aos homens profundamente religiosos.
(Albert Einstein – Como vejo o mundo)
142 www.acasadoconcurseiro.com.br
Português – Análise de Alternativas/Itens – Prof. Carlos Zambeli
3. O texto afirma que a experiência do mistério é um elemento importante para a arte, não para a
ciência.
( x ) Certo ( ) Errado
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Informática
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Informática
WINDOWS 10
A tela de boas-vindas é aquela que você usa para fazer logon no Windows. Ela exibe todas as
contas de usuários criadas no computador. Você pode clicar no seu nome de usuário em vez de
digitá-lo, e depois pode trocar facilmente para outra conta com a opção “Trocar conta”.
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A tela de boas-vindas
EDIÇÕES DO WINDOWS 10
ÁREA DE TRABALHO
A área de trabalho é a principal área exibida na tela quando você liga o computador e faz logon
no Windows. Ela serve de superfície para o seu trabalho, como se fosse o tampo de uma mesa
real. Quando você abre programas ou pastas, eles são exibidos na área de trabalho. Nela, tam-
bém é possível colocar itens, como arquivos e pastas, e organizá-los como quiser.
A área de trabalho é definida às vezes de forma mais abrangente para incluir a barra de tarefas.
A barra de tarefas fica na parte inferior da tela. Ela mostra quais programas estão em execução
e permite que você alterne entre eles. Ela também contém o botão “Iniciar” , que pode ser
usado para acessar programas, pastas e configurações do computador.
148 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática – Windows 10 – Prof. Márcio Hunecke
Se você clicar duas vezes em um ícone da Área de trabalho, o item que ele representa será ini-
ciado ou aberto.
www.acasadoconcurseiro.com.br 149
1. Clicar com o botão direito do mouse em uma parte vazia da área de trabalho e escolher em
“Personalizar”.
2. No painel esquerdo, clicar em “Temas”. Clicar em “Configurações de ícones da área de tra-
balho” no canto superior direito.
3. Marcar a caixa de seleção referente a cada ícone que deseja adicionar à área de trabalho ou
desmarcar a caixa de seleção referente a cada ícone que deseja remover da área de traba-
lho.
4. Em seguida, clicar em OK e fechar a janela “Configurações”.
Movendo ícones
O Windows empilha os ícones em colunas no lado esquerdo da área de trabalho, mas você não
precisa se prender a essa disposição. Você pode mover um ícone arrastando-o para um novo
local na área de trabalho.
Também pode fazer com que o Windows organize automaticamente os ícones. Clique com o
botão direito do mouse em uma parte vazia da área de trabalho, clique em “Exibir” e em “Or-
ganizar ícones automaticamente”. O Windows empilha os ícones no canto superior esquerdo e
os bloqueia nessa posição. Para desbloquear os ícones e tornar a movê-los novamente, clique
outra vez em “Organizar ícones automaticamente”, apagando a marca de seleção ao lado desta
opção.
Por padrão, o Windows espaça os ícones igualmente em uma grade invisível. Para colocar os
ícones mais perto ou com mais precisão, desative a grade. Clique com o botão direito do mouse
em uma parte vazia da área de trabalho, aponte para “Exibir” e clique em “Alinhar ícones à gra-
de”. Repita essas etapas para reativar a grade.
150 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática – Windows 10 – Prof. Márcio Hunecke
com o retângulo que aparecerá. Em seguida, solte o botão do mouse. Agora você pode arrastar
os ícones como um grupo ou excluí-los.
LIXEIRA
Quando você não precisar mais de um arquivo, poderá removê-lo do computador para ganhar
espaço e impedir que o computador fique com arquivos indesejados. Para excluir um arquivo,
abra a respectiva pasta ou biblioteca e selecione o arquivo. Pressione a tecla “Delete” no tecla-
do e, na caixa de diálogo “Excluir Arquivo”, clique em “Sim”.
Um arquivo excluído é armazenado temporariamente na Lixeira. Pense nela como uma rede
de segurança que lhe permite recuperar pastas ou arquivos excluídos por engano. Se desejar
recuperar arquivos, abra a Lixeira e selecione o(s) arquivo(s) com o botão da direita e escolha a
opção “RESTAURAR”.
Regra: Ao recuperar um arquivo da Lixeira ele SEMPRE será colocado no mesmo local de onde
foi excluído.
Se tiver certeza de que não precisará mais dos itens excluídos, poderá esvaziar a Lixeira, cli-
cando sobre ela com o botão da direita e escolhendo a opção “Esvaziar Lixeira”. Ao fazer isso,
excluirá permanentemente os itens e recuperará o espaço em disco por eles ocupado.
Em situações normais, todos os arquivos são enviados para Lixeira, mas existe algumas
exceções:
a) Excluir com a tecla SHIFT pressionada.
b) Excluir de dispositivos com armazenamento removível (pen drive).
c) Excluir da rede ou através do “Prompt de Comando”.
d) Configurar o tamanho de Lixeira como “1” ou excluir arquivos maiores que o tamanho da
Lixeira.
e) Configurar a Lixeira selecionando a opção “Não mover arquivos para a Lixeira”.
www.acasadoconcurseiro.com.br 151
f) Excluir arquivos maiores que o espaço livre da Lixeira faz com que os arquivos mais antigos
sejam excluídos.
O espaço reservado no disco rígido para a Lixeira, não é fixo, varia de acordo com o tamanho
do HD. Para disco pequenos (40 Gb ou menos) o espaço destinado é de exatamente 10%, mas
para disco maiores o espaço diminui, em porcentagem, chegando à aproximadamente 5% para
discos de 1Tb. Em computadores com mais de um HD, há uma Lixeira para cada HD.
MENU INICIAR
O Menu Iniciar é o portão de entrada para programas, pastas e configurações do computador.
Ele se chama menu, pois oferece uma lista de opções, exatamente como o menu de um restau-
rante. E como a palavra "Iniciar" já diz, é o local onde você iniciará a maior parte das atividades.
Use o menu Iniciar para fazer as seguintes atividades comuns:
•• Iniciar programas
•• Abrir pastas ou bibliotecas com o “Explorador de Arquivos”
•• Pesquisar arquivos, pastas e programas
•• Ajustar configurações do computador com o “Configurações”
•• Desligar o computador ou fazer logoff do Windows ou alternar para outra conta de usuário
Menu Iniciar + Tela Inicial
O Menu Iniciar que havia sido removido no Windows 8 voltou no Windows 10 e veio acompa-
nhado da Tela Inicial. Tecla de atalho: Tecla Windows ou Ctrl + Esc.
Os blocos na Tela Inicial podem mostrar atualizações de seus amigos, novos e-mails, notifica-
ções de aplicativos e o próximo compromisso em seu calendário de uma só vez, sem a necessi-
152 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática – Windows 10 – Prof. Márcio Hunecke
dade de abrir nenhum aplicativo. A Tela Inicial pode ser personalizada para qualquer usuário.
Cada um pode “Redimensionar” (tamanhos Pequeno, Médio, Grande e Largura) e posicionar
seus blocos, suas cores e suas telas de fundo. Ao clicar sobre um bloco com o botão da direita
também aparece a opção “Desafixar da Tela Inicial” para retirar os ícones não desejados. Outra
opção disponível é “Desligar Bloco dinâmico”. Com essa opção, o bloco que apresenta informa-
ções online, passa a mostrar apenas o nome do ícone, conforme figura ao lado.
Ao clicar com o botão da direita sobre o menu “Iniciar”, aparece um menu com a lista de vários
aplicativos do Windows (Área de Trabalho, Desligar ou sair, Executar, Pesquisar, Explorador de
Arquivos, entre outros). A Tecla de atalho é Windows + X.
www.acasadoconcurseiro.com.br 153
Você notará que, com o tempo, as listas de programas no menu Iniciar vão sendo alteradas.
Isso acontece por dois motivos. Em primeiro lugar, quando você instala novos programas, eles
são adicionados à lista “Adicionados recentemente”.
Em segundo lugar, o menu Iniciar detecta quais pro-
gramas você usa mais e os substitui na lista “Mais
usados”.
Na parte lateral esquerda do Menu Iniciar apare-
cem 5 ícones. Outros podem ser adicionados clican-
do “Configurações” → “Personalização” → “Iniciar”
→“Escolher quais pastas são exibidas em Iniciar”.
•• Ligar/Desligar – Utilizado para “Desligar”,
“Reiniciar” ou “Suspender” o computador. Ao
clicar na opção “Suspender” o computador
permanece ligado, mas com baixo consumo de
energia. Os aplicativos ficam abertos, assim,
quando o computador é ativado, você volta ins-
tantaneamente para o ponto que estava,
•• Configurações – Mostra o novo Painel de
Controle com inúmeras opções de configuração
do computador.
•• Explorador de Arquivos – Abre o Explorador
de Arquivos.
•• Nome do usuário – O ícone mostra o nome
do usuário logado e permite as seguintes ações:
•• “Alterar configurações da conta” – é possível alterar a foto do usuário que aparecerá
na tela de logon e neste ícone.
•• “Bloquear” – bloqueia o computador e mantém todas os aplicativos abertos e em exe-
cução
•• “Sair” – nome novo do Windows 10 para a opção “logoff”. Fecha todos aplicativos e
volta para a tela de boas-vindas.
•• “Nome de outros usuários” – Se outros usuários já se logaram no computador, pode-
-se clicar no nome para “Trocar o usuário”. Nessa opção os aplicativos ficam abertos e
aparece a tela de boas-vindas.
•• Expandir – Ícone aparece no topo e é utilizado para mostrar os nomes dos ícones acima.
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Informática – Windows 10 – Prof. Márcio Hunecke
BARRA DE TAREFAS
A barra de tarefas é a barra longa horizontal na parte inferior da tela. Diferentemente da área
de trabalho, que pode ficar obscurecida devido às várias janelas abertas, a barra de tarefas está
quase sempre visível. Ela possui seis partes principais:
•• O menu “Iniciar” que abre o Menu Iniciar.
•• A “Caixa de pesquisa” que permite pesquisar diretamente itens no computador ou na In-
ternet. A Caixa de Pesquisa pode ser substituída pelo ícone “Cortana” . Ao digitar algo
(Casa do, por exemplo), a busca é realizada no computador (Aplicativos instalados e da
Loja, Documentos, Fotos, Pastas entre outros) e também é apresentada a opção para pes-
quisa diretamente na internet com as sugestões. A Cortana é uma assistente-pessoal, nas-
cida no Windows 10 Mobile que agora está disponível em seu computador, e pode ser acio-
nada usando comandos de voz. Você já pode se divertir pedindo que ela pesquise alguma
informação, insira algum evento em seu calendário e muito mais.
•• O ícone “Visão de Tarefas” que ao ser acionado tem um efeito igual a pressionar a tecla
Windows + TAB e semelhante ao ALT + TAB. Essas opções permitem visualizar e alterar os
programas abertos.
•• A seção intermediária, que mostra quais programas estão abertos ou fixados e permite
que você alterne rapidamente entre eles.
•• A área de notificação, que inclui um relógio e ícones (pequenas imagens) que comunicam o
status de determinados programas e das configurações do computador.
•• Botão “Mostrar Área de Trabalho” parte final direita da Barra de Tarefas que permite vi-
sualizar temporariamente a Área de Trabalho com a função “Espiar” e também permite
minimizar todos programas em execução.
Também é possível minimizar uma janela clicando no botão de minimizar, no canto superior
direito da janela.
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Para restaurar uma janela minimizada (fazê-la aparecer novamente na área de trabalho), clique
no respectivo botão central (nome é Rest. Tamanho) da barra de tarefas.
Área de notificação
A área de notificação, na extrema direita da barra de tarefas, inclui um relógio e um grupo de
ícones. Ela tem a seguinte aparência:
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DESLIGANDO O COMPUTADOR
Quando você termina de usar o computador, é importante desligá-lo corretamente não apenas
para economizar energia, mas também para garantir que os dados sejam salvos e para ajudar a
mantê-lo mais seguro. Há três maneiras de desligar o computador: pressionando o botão liga/
desliga do computador, usando a opção “Desligar” no Menu Iniciar e, caso tenha um laptop,
fechando a tampa.
A ação de iniciar o computador novamente após seu desligamento demora mais do que iniciá-
-lo quando ele está em modo de suspensão.
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Como o Windows se lembrará do que você estava fazendo, não é necessário fechar os progra-
mas e arquivos antes de colocar o computador em suspensão. Mas convém salvar seu trabalho
antes de colocar o computador em qualquer modo de baixo consumo de energia. Na próxima
vez que você ligar o computador (e inserir sua senha, se necessário), a aparência da tela será
exatamente igual a quando você suspendeu o computador.
Para ativar o computador, pressione o botão de energia no gabinete do computador. Como
você não precisa esperar o Windows iniciar, o computador é ativado em segundos e você pode
voltar ao trabalho quase imediatamente.
Enquanto está em suspensão, o computador usa pouca energia para manter seu trabalho na
memória. Se o computador ficar muitas horas em suspensão ou se a bateria estiver acabando,
seu trabalho será salvo no disco rígido e o computador será desligado de vez, sem consumir
energia.
Suspensão Hibernação
Windows continua rodando (dados ficam em Windows é desligado (dados de memória RAM
memória RAM). são colocados no HD).
Consume pouca energia. Não consome energia.
Disponibilidade do computador após ligar é Disponibilidade do computador após ligar é
muito rápida (+ ou – 3 segundos). rápida (+ ou – 20 segundos).
Se houver interrupção de energia, pode haver Se houver interrupção de energia, não haverá
perda de dados. perda de dados.
O Windows 10 suporta a Suspensão Híbrida que fará com que todo o seu trabalho seja salvo
em uma parte do HD e na memória RAM, ou seja, evitando que você o perca. Portanto, se faltar
luz, o conteúdo já está salvo no HD.
Sempre que você abre um programa, um arquivo ou uma pasta, ele aparece na tela em uma
caixa ou moldura chamada janela (daí o nome atribuído ao sistema operacional Windows, que
significa Janelas em inglês). Como as janelas estão em toda parte no Windows, é importante
saber como movê-las, alterar seu tamanho ou simplesmente fazê-las desaparecer.
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•• Barra de título. Exibe o nome do documento e do programa (ou o nome da pasta, se você
estiver trabalhando em uma pasta).
•• Botões Minimizar, Maximizar e Fechar. Estes botões permitem ocultar a janela, alargá-
la para preencher a tela inteira e fechá-la, respectivamente (mais detalhes sobre eles em
breve).
•• Barra de menus. Contém itens nos quais você pode clicar para fazer escolhas em um
programa.
•• Barra de rolagem. Permite rolar o conteúdo da janela para ver informações que estão fora
de visão no momento.
•• Bordas e cantos. É possível arrastá-los com o ponteiro do mouse para alterar o tamanho da
janela.
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Outras janelas podem ter botões, caixas ou barras adicionais, mas normalmente também têm
as partes básicas.
Não é possível redimensionar uma janela maximizada. Você deve primeiro restaurá-la ao tama-
nho anterior.
Embora a maioria das janelas possa ser maximizada e redimensionada, existem algumas jane-
las que têm tamanho fixo, como as caixas de diálogo.
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Colocar o cursor sobre o botão de uma janela na barra de tarefas exibe uma visualização da janela
Usando Alt + Tab ou Windows + Tab. Você pode alternar para a janela anterior pressionando
Alt + Tab, ou percorrer todas as janelas abertas e a área de trabalho mantendo pressionada a
tecla Alt e pressionando repetidamente a tecla Tab. Solte Alt para mostrar a janela selecionada.
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Utilizando as teclas de atalho ALT + TAB
Agora que você sabe como mover e redimensionar janelas, pode organizá-las da maneira que
quiser na área de trabalho. Também pode fazer com que o Windows as organize automatica-
mente em uma destas três formas: em cascata, lado a lado e empilhadas verticalmente.
Organize as janelas em cascata (à esquerda), lado a lado (à direita) ou em uma pilha vertical (no centro)
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Para escolher uma dessas opções, abra algumas janelas na área de trabalho, clique com o botão
direito do mouse em uma área vazia da barra de tarefas e clique em “Janelas em cascata”,
“Mostrar janelas empilhadas” ou “Mostrar janelas lado a lado”.
O recurso Ajustar redimensiona automaticamente as janelas quando você as move ou ajusta
na borda da tela. Você pode usar o Ajustar para organizar janelas lado a lado, expandir janelas
verticalmente ou maximizar uma janela.
Arraste uma janela para o lado da área de trabalho para expandi-la até metade da tela.
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2. Arraste a borda da janela para a parte superior ou inferior da tela para expandir a a janela
na altura total da área de trabalho. A largura da janela não é alterada.
Arraste uma janela para a parte superior da área de trabalho para expandi-la totalmente
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Cada uma das opções do Ajustar, agora pode ser desativada em Menu Iniciar → Configurações
→ Sistema → Multitarefas.
CAIXA DE DIÁLOGO
Uma caixa de diálogo é um tipo especial de janela que faz uma pergunta, fornece informações
ou permite que você selecione opções para executar uma tarefa. Você verá caixas de diálogo
com frequência quando um programa ou o Windows precisar de uma resposta sua antes de
continuar.
Uma caixa de diálogo aparecerá se você sair de um programa sem salvar o trabalho
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Ao contrário das janelas comuns, a caixa de diálogo não pode ser maximizada, minimizadas ou
redimensionadas, mas podem ser movidas.
Um arquivo é um item que contém informações, por exemplo, texto, imagens ou música. Quan-
do aberto, um arquivo pode ser muito parecido com um documento de texto ou com uma
imagem que você poderia encontrar na mesa de alguém. Em seu computador, os arquivos são
representados por ícones; isso facilita o reconhecimento de um tipo de arquivo bastando olhar
para o respectivo ícone. Veja a seguir alguns ícones de arquivo comuns:
O tamanho máximo para um arquivo vai depender de sua localização dentro do computador.
Ao todo, são 260 caracteres, considerando todo o seu caminho de localização e seu nome com
extensão.
Uma pasta é um contêiner que pode ser usado para armazenar arquivos. Se você tivesse cente-
nas de arquivos em papel em sua mesa, seria quase impossível encontrar um arquivo específico
quando você dele precisasse. É por isso que as pessoas costumam armazenar os arquivos em
papel em pastas dentro de um arquivo convencional. As pastas no computador funcionam exa-
tamente da mesma forma. Veja a seguir alguns ícones de pasta comuns:
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As pastas também podem ser armazenadas em outras pastas. Uma pasta dentro de uma pasta
é chamada subpasta. Você pode criar quantas subpastas quiser, e cada uma pode armazenar
qualquer quantidade de arquivos e subpastas adicionais.
EXPLORADOR DE ARQUIVOS
No Windows 10, o Explorador de Arquivos tem o formato parecido com o Microsoft Office, com
o menu “Arquivo”, “Guias” e “Faixas de Opções”. As funções mais usadas estão na guia “Exi-
bir”. Nesta guia encontramos os modos de exibição do Windows que agora são chamados de
“Layout” e duas opções usadas para exibir “Extensões de nomes de arquivos” e “Itens ocultos”.
Outra novidade aparece na canto superior esquerdo do Explorador de Arquivos. O que antes
era o local dos favoritos no Windows 7 e Windows 8, agora é o “Acesso rápido” no Windows
10. Ao acessar o Explorador de arquivos do Windows 10, o local padrão a ser aberto é o Acesso
rápido. Ele mostra as pastas mais acessadas no computador e todos os documentos recentes. A
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Àrea de Trabalho e as pastas das bibliotecas estão fixadas por padrão, mas qualquer pasta pode
ser fixada, clicando sobre a pasta com o botão da direita e escolhendo a opção “Fixar no Acesso
Rápido”. Também é possível eliminar algum item (arquivo ou pasta) clicando sobre o item e es-
colhendo a opção “Remover do Acesso Rápido”.
As bibliotecas
Biblioteca é uma visão personalizada do conteúdo de várias pastas onde você gerencia docu-
mentos, músicas, imagens e outros arquivos. Você pode procurar arquivos da mesma forma
como faz em uma pasta ou exibir os arquivos organizados por propriedades como data, tipo e
autor. No Windows 10, as bibliotecas perderam um pouco da importância.
a) Elas não aparecerão no Explorador de Arquivos, a menos
que você queira. Para adicioná-las ao painel esquerdo, se-
lecione a aba Exibir → Painel de navegação → Mostrar bi-
bliotecas.
b) As pastas de Pendrives agora podem ser adicionadas às
bibliotecas. No Windows 7 isso não era permitido.
c) No Windows 7 cada biblioteca poderia conter no máximo
50 pastas, não há mais esse limite.
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Não vem visível no Windows 10, mas pode ser mostrado clicando Exibir
→ Painel de detalhes. Use o painel de detalhes para ver as propriedades
mais comuns associadas ao arquivo selecionado. Propriedades do
Painel de detalhes
arquivo são informações sobre um arquivo, tais como o autor, a data
da última alteração e qualquer marca descritiva que você possa ter
adicionado ao arquivo. Se ativado fica visível na lateral direita.
Não vem visível no Windows 10, mas pode ser mostrado clicando
Exibir → Painel de visualização. Use o painel de visualização para ver o
conteúdo da maioria dos arquivos. Se você selecionar uma mensagem
Painel de visualização
de e-mail, um arquivo de texto ou uma imagem, por exemplo, poderá
ver seu conteúdo sem abri-lo em um programa. Se ativado fica visível na
lateral direita.
Toda vez que você clica no lado esquerdo do botão Modos de Exibição, ele altera a maneira
como seus arquivos e pastas são exibidos, alternando entre oito layouts distintos: “Ícones extra
grandes”, “Ícones grandes”, “Ícones médios” e “Ícones pequenos” mostram exclusivamente o
nome do arquivo com tamanhos diferentes. O layout “Ícones pequenos” mostra os arquivos com
o mesmo tamanho do layout “Lista”, mas a diferença é que no “Lista” os itens são ordenados
alfabeticamente de cima para baixo e no “Ícones pequenos” são ordenados da esquerda para
direita.
O layout “Blocos” apresenta as informações em 3 linhas ( ).
O layout “Contéudo” mostra em 2 linhas ( ).
O layout “Detalhes” mostra em 1 linha ( ).
De vez em quando, você pode querer alterar o local onde os arquivos ficam armazenados no
computador. Por exemplo, talvez você queira mover os arquivos para outra pasta ou copiá-los
para uma mídia removível (como CDs ou cartões de memória) a fim de compartilhar com outra
pessoa.
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Muitas pessoas copiam e movem arquivos usando um método chamado arrastar e soltar.
Comece abrindo a pasta que contém o arquivo ou a pasta que deseja mover. Depois, em uma
janela diferente, abra a pasta para onde deseja mover o item. Posicione as janelas lado a lado
na área de trabalho para ver o conteúdo de ambas.
Em seguida, arraste a pasta ou o arquivo da primeira pasta para a segunda. Isso é tudo.
Ao usar o método arrastar e soltar, note que algumas vezes o arquivo ou a pasta é copiado e,
outras vezes, ele é movido. Se você estiver arrastando um item entre duas pastas que estão no
mesmo disco rígido, os itens serão movidos para que duas cópias do mesmo arquivo ou pasta
não sejam criadas no mesmo local. Se você estiver arrastando o item para uma pasta que esteja
em outro local (como um local de rede) ou para uma mídia removível (como um CD), o item
será copiado.
A maneira mais fácil de organizar duas janelas na área de trabalho é usar a função Aero Snap
(ou Ajustar).
Se você copiar ou mover um arquivo ou pasta para uma biblioteca, ele será armazenado no
local de salvamento padrão da biblioteca. Para saber como personalizar o local de salvamento
padrão de uma biblioteca, clique na biblioteca com o botão da direita e escolha “Propriedades”.
Outra forma de copiar ou mover um arquivo é arrastando-o da lista de arquivos para uma pasta
ou biblioteca no painel de navegação. Com isso, não será necessário abrir duas janelas distintas.
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ARQUIVOS E EXTENSÕES
Uma extensão de nome de arquivo é um conjunto de caracteres que ajuda Windows a enten-
der qual tipo de informação está em um arquivo e qual programa deve abri-lo. Ela é chamada
de extensão porque aparece no final do nome do arquivo, após um ponto. No nome de arquivo
meuarquivo.txt, a extensão é txt. Ela diz ao Windows que esse é um arquivo de texto que pode
ser aberto por programas associados a essa extensão, como WordPad ou Bloco de Notas. Ex-
tensões de arquivos mais comuns:
Adobe Reader: *.pdf
Aplicativos Office: *.doc, *.docx, *.mdb, *.pps, *.ppt, *.pptx, *.xls, *.xlsx
Áudio e Vídeo: *.avi, *.mov, *.mp3, *.mp4, *.mpeg, *.wma, *.wmv
Backup: *.bak, *.bkf
Comprimidos / Zipados: *.rar, *.zip
Executáveis: *.bat, *.cmd, *.com, *.exe, *.msi
Fontes: *.ttf, *.otf
Imagem: *.bmp, *.jpg, *.jpeg, *.png, *.tif
Wordpad e Bloco de notas: *.rtf, *.txt
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Se você criou o arquivo com o nome errado e deseja corrigir, pode fazer isso, de pelo menos
três formas diferentes. Para todas as opções, será necessário localizar o arquivo na pasta onde
ele foi gravado. Uma das opções é clicar no arquivo com o botão da direita do mouse e esco-
lher a opção “Renomear”. Se preferir, selecione o arquivo e pressione a tecla F2 no teclado, ou
selecione o arquivo e clique novamente sobre ele com o mouse. Diferentemente do Windows
XP, no Windows 7, 8 e 10, o sistema operacional sugere que você altere somente o nome do
arquivo, e mantenha a mesma extensão.
INSTALAÇÃO DE PROGRAMAS
A maneira como você adiciona um programa depende de onde estão localizados os arquivos
de instalação do programa. Normalmente, os programas são instalados de um CD ou DVD, da
Internet ou de uma rede.
Para instalar um programa de um CD ou DVD, insira o disco no computador e siga as instruções
na tela. Se você for solicitado a informar uma senha de administrador ou sua confirmação, digi-
te a senha ou forneça a confirmação.
Muitos programas instalados de CDs ou DVDs abrem um assistente de instalação do programa
automaticamente. Nesses casos, a caixa de diálogo Reprodução Automática será exibida e você
poderá optar por executar o assistente.
Se um programa não iniciar a instalação automaticamente, consulte as informações que o
acompanham. Elas provavelmente fornecerão instruções para instalar o programa manualmen-
te. Se não conseguir acessar as informações, você poderá navegar pelo disco e abrir o arquivo
de instalação do programa, normalmente chamado de Setup.exe ou Install.exe.
Para instalar um programa da Internet, no navegador da Web, clique no link do programa. Para
instalar o programa imediatamente, clique em Abrir ou Executar e siga as instruções na tela. Se
você for solicitado a informar uma senha de administrador ou sua confirmação, digite a senha
ou forneça a confirmação.
Para instalar o programa mais tarde, clique em Salvar e baixe o arquivo de instalação para o
computador. Quando estiver pronto para instalar o programa, clique duas vezes no arquivo e
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siga as instruções na tela. Essa é uma opção mais segura, pois você pode verificar se há vírus no
arquivo de instalação antes de continuar.
Para desinstalar um programa utilize o ícone “Programas e recursos” do Painel de Controle. Se-
lecione o programa e clique na opção “Desinstalar”.
Observação: Ao baixar e instalar programas da Internet, assegure-se de que confia no fornece-
dor do programa e no site que o está oferecendo.
INTRODUÇÃO À IMPRESSÃO
Você pode imprimir praticamente qualquer coisa no Windows: documentos, imagens, páginas
da Web ou e-mails.
O que é DPI?
DPI (Dots per Inch, pontos por polegada) é uma medida de resolução de uma impressora. O DPI
determina a nitidez e o detalhamento do documento ou da imagem. É um dos pontos impor-
tantes a serem avaliados ao comprar uma nova impressora.
Impressoras a laser
As impressoras a laser usam toner, uma substância fina em pó, para reproduzir texto e elemen-
tos gráficos. Elas podem imprimir em preto e branco ou colorido, embora os modelos coloridos
sejam geralmente mais caros. Uma impressora a laser que imprime apenas em preto e branco
pode ser chamada de impressora monocromática.
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As impressoras a laser geralmente têm bandejas de papel maiores do que as impressoras a jato
de tinta, de modo que não é preciso adicionar papel com tanta frequência. Elas também impri-
mem mais rápido (mais páginas por minuto) do que a maioria das impressoras a jato de tinta.
Além disso, os cartuchos de toner de impressoras a laser normalmente duram mais. Dependen-
do do seu volume de impressão, pode ser mais econômico comprar uma impressora a laser.
Impressora a laser
Impressoras multifuncionais
Uma das categorias de maior crescimento entre as impressoras é a Multifuncional (MFP), tam-
bém chamadas de impressoras tudo em um (AIO – All in one). Como o nome já diz, são disposi-
tivos que fazem tudo: imprimem, digitalizam fotos, fazem fotocópias e até mesmo enviam fax.
Qual é a diferença entre AIO e MFP? Normalmente, nenhuma. Porém, alguns dispositivos ven-
didos como impressoras multifuncionais são maiores e criados para uso em escritórios.
Independentemente disso, o apelo comercial dos modelos multifuncionais é a conveniência.
Operações que normalmente exigiam três equipamentos agora podem ser feitas em apenas
um. Outra vantagem: alguns recursos, como a fotocópia, não exigem uma conexão com um
computador.
Multifuncional
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Impressoras com fio
Estes dispositivos se conectam por meio de um cabo e uma porta no computador.
A maioria das impressoras domésticas possui um conector USB, embora alguns modelos an-
tigos se conectem a portas paralelas ou seriais. Em um computador comum, a porta paralela
normalmente é indicada por "LPT1" ou por um pequeno ícone de impressora.
Quando você conecta uma impressora USB, o Windows tenta identificá-la e instalar o software
(chamado de driver) automaticamente para que ela funcione com seu computador.
O Windows foi projetado para reconhecer centenas de impressoras automaticamente. Entre-
tanto, você deve sempre consultar as instruções que acompanham a sua impressora; algumas
impressoras exigem a instalação de software do fabricante antes de serem conectadas.
Imprimindo no Windows
O Windows conta com diversos métodos de impressão. O método escolhido depende do que
você quer imprimir.
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A maioria das opções encontra-se na caixa de diálogo “Imprimir”, que você pode acessar no
menu Arquivo em quase todos os programas.
As opções disponíveis e também como elas são selecionadas no Windows dependem do mo-
delo da impressora e do programa utilizado. Para obter informações específicas, consulte a do-
cumentação que acompanha a impressora ou o software. (Para acessar algumas opções, talvez
você precise clicar em um link ou botão chamado "Preferências", "Propriedades" ou "Opções
Avançadas" na caixa de diálogo Imprimir.)
Aqui está uma lista das opções de impressão mais comuns e o que elas significam:
•• Seleção da impressora. A lista de impressoras disponíveis. Em alguns casos, também é pos-
sível enviar documentos como fax ou salvá-los como documentos XPS.
•• Intervalo de páginas. Use vírgulas ou hifens para selecionar páginas ou um intervalo espe-
cífico de páginas. Por exemplo, digite 1, 4, 20-23 para imprimir as páginas 1, 4, 20, 21, 22 e
23.
A opção Seleção imprime apenas o texto ou os elementos gráficos selecionados em um docu-
mento. Página Atual imprime apenas a página atualmente exibida.
•• Número de cópias. Imprima mais de uma cópia do documento, imagem ou arquivo. Mar-
que a caixa de seleção Agrupar para imprimir todo o documento antes de passar para a
próxima cópia.
•• Orientação da página. Também chamada de layout da página. Escolha entre uma página na
vertical (Retrato) ou uma página na horizontal (Paisagem).
•• Tamanho do papel. Selecione tamanhos de papel diferentes.
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•• Saída ou fonte de papel. Também chamada de destino de saída ou bandeja de papel. Sele-
cione uma bandeja de papel. Isso é principalmente útil se você carregar cada bandeja com
um tamanho de papel diferente.
•• Impressão em frente e verso. Também chamada de impressão duplex ou dos dois lados.
Selecione essa opção para imprimir nos dois lados de uma folha.
•• Imprimir em cores. Escolha entre impressão preto e branco e colorida.
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A fila de impressão
Neste tópico trabalharemos com as configurações de Resolução de Tela, Cores, Fontes, Aparên-
cia, Segundo plano, Protetor de Tela. Todas estas funções podem ser acessadas pelos menos
de duas formas diferentes. Clicando com o botão da direita do mouse sobre uma área vazia da
área de Trabalho, opção “Personalizar” ou no item “Configurações”, “Personalização”.
Resolução de Tela
Resolução de tela se refere à clareza com que textos e imagens são exibidos na tela. Em reso-
luções mais altas, como 1600 x 1200 pixels, os itens parecem mais nítidos. Também parecem
menores, para que mais itens possam caber na tela. Em resoluções mais baixas, como 800 x
600 pixels, cabem menos itens na tela, mas eles parecem maiores.
A resolução que você pode usar depende das resoluções a que seu monitor oferece suporte.
Os monitores CRT normalmente têm resolução de 800 × 600 ou 1024 × 768 pixels e funcionam
bem em resoluções diferentes. Monitores LCD (também chamados de monitores de tela plana)
e telas de laptop geralmente oferecem suporte a resoluções mais altas e funcionam melhor em
uma resolução específica.
Quanto maior o monitor, normalmente maior é a resolução a que ele oferece suporte. Poder ou
não aumentar a resolução da tela depende do tamanho e da capacidade do monitor e do tipo
de placa de vídeo instalada.
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Temas (Cores, Sons, Segundo Plano e Proteção de Tela)
Você pode alterar a cor das molduras da janela, o Menu Iniciar, a barra de tarefas e muito mais.
Um tema é uma combinação de imagens, cores e sons em seu computador. Ele inclui um plano
de fundo de área de trabalho, uma proteção de tela, uma cor de borda de janela e um esquema
de som. Alguns temas podem também incluir ícones de área de trabalho e ponteiros de mouse.
Quando clica em um tema novo, você altera a combinação de imagens, cores e sons em seu
computador. Cada tema pode inclui uma cor de janela diferente.
PAINEL DE CONTROLE
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gravada e toda vez que for feito acesso ao site, o usuário não precisará digitá-las novamente,
pois o Windows irá apresentar as credenciais gravadas no cofre.
* Gerenciador de Dispositivos – Com esse ícone é possível visualizar e alterar os componentes
de hardware instalados no computador. As impressoras são os únicos equipamentos que não
aparecerem nesta ferramenta.
Grupo Doméstico – Permite a criação e gerenciamento de Grupo Doméstico com o qual é
possível compartilhar arquivos e impressoras com outros computadores da rede doméstica.
Também é possível fazer streaming de mídia em dispositivos. O grupo doméstico é protegido
por uma senha e você pode escolher o conteúdo que deseja compartilhar.
** Histórico de arquivos – Antes de começar a usar o Histórico de Arquivos para fazer backup de
seus arquivos, é necessário escolher o local onde os backups serão salvos. Você pode escolher
uma unidade de conexão externa, como um pen drive, ou salvar em uma unidade em uma
rede. Há outras alternativas, mas as duas anteriores são as melhores para ajudar a proteger
seus arquivos contra falhas ou outros problemas do computador. O Histórico de Arquivos só
faz cópia dos arquivos que estão nas pastas Documentos, Músicas, Imagens, Vídeos e Área
de Trabalho e dos arquivos do OneDrive disponíveis offline em seu computador. Se você tem
arquivos ou pastas em outro local e quer fazer backup deles, pode adicioná-los a uma dessas
pastas. Se você vai usar uma nova unidade externa, conecte-a ao computador. Se aparecer
uma notificação perguntando se você quer configurar a unidade para o Histórico de Arquivos,
selecione-a nela e ative o Histórico de Arquivos na tela que aparece.
Idioma – Utilizado para personalizar as preferências de idioma e configurações internacionais.
Infravermelho – Permite o gerenciamento do hardware, e configurações para uso de
dispositivos infravermelho.
Mouse – Permite alterar algumas configurações do mouse como inverter os botões, definir a
velocidade para o duplo clique, escolher a função da Roda (Scroll) entre outras.
* Opções da Internet – Função idêntica a clicar em Ferramentas e escolher a Opções de Internet
dentro do Internet Explorer. Os detalhes são abordados no conteúdo relacionado ao Internet
Explorer.
* Opções de Energia – Apresenta ao usuário as opções para gerenciamento de energia e
também opções em relação à bateria para notebooks. O Windows traz três planos de energia,
“Equilibrado” (padrão), “Economia de energia” e “Alto desempenho” (vem oculto). Em cada um
destes planos existem inúmeras configurações, como: Esmaecer vídeo (somente notebooks),
Desligar vídeo, Suspender atividade do computador e Ajustar brilho do plano (somente
notebooks).
Opções de Indexação – Traz opções de configuração do Pesquisar (Windows Search) para incluir
outros locais e novos tipos de arquivos a serem indexados e então, trazer mais rapidamente os
resultados das pesquisas do Windows.
Opções do Explorador de Arquivos – Apresenta diversas configurações do Explorador de
Arquivos, como mostrar ou não o “Acesso rápido”, as “Bibliotecas” qual item será apresentado
quando a ferramenta for aberta.
* Personalização – Permite alteração nas configurações da Área de Trabalho como Temas,
Plano de Fundo, Proteção de Tela, Ícones da Área de Trabalho entre outros.
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Windows To Go – Esse recurso permite a execução do sistema operacional a partir de um pen-
drive ou disco rígido conectado a uma porta USB. O Win2go (outra forma de identificar essa
funcionalidade) fornece além da mobilidade uma experiência única para o usuário.
CONFIGURAÇÕES
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Informática – Windows 10 – Prof. Márcio Hunecke
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4 Personalização
a. Tela de fundo – Ajustes e alterações da tela de fundo.
b. Tela de bloqueio – Ajustes e alterações da proteção de tela.
c. Temas – Alteração do Temas.
d. Iniciar – Personalização do Menu Iniciar e Tela Inicial.
e. Barra de Tarefas – Personalização da Barra de Tarefas.
5. Apps
a. Aplicativos e recursos – Mostra tamanho ocupado em disco e data de instalação.
b. Aplicativos padrão – Permite alterar o programa padrão para cada extensão de arquivo.
c. Mapas offline – Mostra mapas baixados e permite baixar outras ainda não baixados.
6. Contas
a. Suas informações – Informações sobre a conta usada para logon.
b. Contas de email e aplicativo – Gerenciamento e adições de contas de e-mail.
c. Opções de entrada – O logon do usuário pode ser realizado de até 5 formas diferentes:
Com Nome de usuário e senha (conta local ou hotmail.com), com cartão inteligente
(SmartCard), com um PIN, com um “senha” baseado um uma figura ou com o Windows
Hello que é a maneira mais pessoal e segura de obter acesso instantâneo aos seus
dispositivos Windows 10 usando impressão digital, reconhecimento facial ou de íris.
d. Acessar trabalho ou escola – Configurar acesso à e-mail e aplicativos do trabalho ou da
escola
e. Família e outras pessoas – Adicionar outros usuários ao computador.
f. Sincronizar configurações – Definir quais configurações serão sincronizadas entre os
dispositivos com Windows 10.
7. Hora e Idioma
a. Data e hora – Configurar fuso horário e formatos de data e hora.
b. Região e idioma – Definição do país e idioma padrão do Windows.
c. Fala – Configurações de idioma e velocidade da fala para reconhecimento de voz.
8. Jogos (sem importância)
9. Facilidade de Acesso
a. Narrador – Ativa e configura o Narrador para leitura de tela.
b. Lupa – Ativa e configura a Lupa do Windows.
c. Alto contraste – Ativa e configura o Alto Contraste.
d. Teclado – Ativa ou desativa o Teclado virtual.
10. Privacidade (18 opções relacionadas à quais aplicativos podem ou não usar a sua
localização e se os aplicativos podem acessar informações de outros aplicativos, entre
outras configurações)
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Informática – Windows 10 – Prof. Márcio Hunecke
MICROSOFT EDGE
Elimine as distrações – Não deixe a Internet atrapalhar uma boa leitura. O recurso Modo de
Exibição de Leitura elimina conteúdo que distrai sua atenção. Você só lê o que deseja.
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Modo normal Modo de Exibição de Leitura
Tudo o que é seu em um único local – Chega de procurar arquivos baixados ou sites marcados.
O Hub permite o acesso com um clique a itens favoritos, arquivos baixados, listas de leituras e
mais. O Hub é acionado pelo ícone e contém os ícones “Favoritos” ,“Lista de leitura” ,
“Histórico” e “Downloads” .
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Informática
“Esse material é uma coletânea de informações sobre o Microsoft Word com intuito de ajudar
a você a estudar para Concursos Públicos. Diversos trechos deste material foram retirados das
ajudas e do site de suporte de diversas versões do Microsoft Office, que podem ser acessados
para maiores informações (https://support.office.com/pt-br/).”
O Microsoft Word é um programa de processamento de texto, projetado para ajudá-lo a criar
documentos com qualidade profissional. Com as ferramentas de formatação de documento, o
Word o ajuda a organizar e escrever seus documentos com mais eficiência. Ele também inclui
ferramentas avançadas de edição e revisão para que você possa colaborar facilmente com ou-
tros usuários.
A interface de usuário do Office Fluent no Word 2016 parece muito diferente da interface do
usuário do Word 2003. Os menus e as barras de ferramentas foram substituídos pela Faixa
de Opções e pelo modo de exibição Backstage. Para os novos usuários do Word, a interface é
muito intuitiva. Para os usuários do Word mais experientes, a interface requer um pouco de
reaprendizado.
A Faixa de Opções, um componente da interface do usuário do Office Fluent, agrupa suas ferra-
mentas por tarefa, e os comandos usados com mais frequência estão facilmente acessíveis. No
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Word, você pode até personalizar essa Faixa de Opções para que os comandos usados com fre-
quência fiquem juntos.
1 As guias são projetadas para se-
rem orientadas a tarefas.
2 Os grupos dentro de cada guia di-
videm uma tarefa em subtarefas.
3 Os botões de comando em cada
grupo executam um comando ou
exibem um menu de comandos.
A interface do usuário do Office
Fluent orientada a resultados apre-
senta as ferramentas, de uma for-
ma clara e organizada, quando você
precisa delas:
•• Economize tempo e faça mais com os recursos avançados do Word selecionando em gale-
rias de estilos predefinidos, formatos de tabela, formatos de lista, efeitos gráficos e mais.
•• A interface do usuário do Office Fluent elimina o trabalho de adivinhação quando você apli-
ca formatação ao documento. As galerias de opções de formatação proporcionam uma vi-
sualização dinâmica da formatação no documento antes de você confirmar uma alteração.
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Informática – Microsoft Word 2016 – Prof. Márcio Hunecke
Ao clicar na guia Arquivo, você vê muitos dos mesmos comandos básicos que via quando clicava
no Botão Microsoft Office ou no menu Arquivo nas versões anteriores do Microsoft Office.
Você encontrará “Abrir”, “Salvar” e “Imprimir”, bem como uma nova guia modo de exibição
Backstage chamada “Compartilhar”, que oferece várias opções de compartilhamento e envio
de documentos.
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2. Clique em “Salvar Como”.
3. Escolha um local para salvar.
4. Na caixa “Nome do arquivo”,
digite o nome do documento.
5. Na lista “Tipo”, clique em
“Documento do Word 97-2003”. (Isso altera a extensão do arquivo para .doc).
6. Clique em “Salvar”.
2. Clique em Novo.
3. Escolha o modelo ou Clique em Documento em branco para um documento vazio.
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Informática – Microsoft Word 2016 – Prof. Márcio Hunecke
Geralmente é mais fácil criar um novo documento usando um modelo do que começar de uma
página em branco. Os modelos do Word estão prontos para serem usados com temas e estilos.
Tudo o que você precisa fazer é adicionar seu conteúdo.
Sempre que você iniciar o Word 2016, você poderá escolher um modelo da galeria ou procurar
mais modelos online. Se você preferir não usar um modelo, basta clicar em Documento em
branco.
Para analisar melhor qualquer modelo, basta clicar nele para abrir uma visualização maior.
A Guia Página Inicial contempla várias ferramentas, que em tese são as mais utilizadas, dividida
em 5 grupos:
Fonte
Área de Transferência
Estilo
Parágrafo
Edição
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GRUPO ÁREA DE TRANSFERÊNCIA
A Área de Transferência do Office permite que você colete texto e itens gráficos de qualquer
quantidade de documentos do Office ou outros programas para, em seguida, colá-los em qual-
quer documento do Office. Por exemplo, você pode copiar parte do texto de um documento do
Microsoft Word, alguns dados do Microsoft Excel, uma lista com marcadores do Microsoft Po-
werPoint ou texto do Microsoft Internet Explorer, voltando para o Word e organizando alguns
ou todos os itens coletados em seu documento do Word.
A Área de Transferência do Office funciona com os comandos “Copiar” e “Colar” padrão. Basta
copiar um item para a Área de Transferência do Office para adicioná-lo à sua coleção (24 itens).
Depois, cole-o em qualquer documento do Office a qualquer momento. Os itens coletados per-
manecerão na Área de Transferência do Office até que você saia dele.
Você pode acessar os comandos de “Recortar” (CTRL
+ X), “Copiar” (CTRL + C) e “Colar” (CTRL + V) no Gru-
po Área de Transferência da guia “Página Inicial”
Para acessar o painel da área de transferência clique
no canto inferior direito do grupo Área de Transferên-
cia.
É possível usar o Pincel de Formatação na guia Pá-
gina Inicial para copiar e colar formatação de texto e algumas formatações básicas de gráfico,
como bordas e preenchimentos.
1. Selecione o texto ou o gráfico que possui o formato que você deseja copiar.
OBSERVAÇÃO: Se quiser copiar a formatação de texto, selecione uma parte de um parágra-
fo. Se quiser copiar a formatação do texto e do parágrafo, selecione um parágrafo inteiro,
incluindo a marca de parágrafo (indicada com a opção ).
2. Na guia “Página Inicial”, no grupo “Área de Transferência”, clique em “Pincel de Formata-
ção”. O ponteiro muda para um ícone de pincel.
OBSERVAÇÃO: Clique duas vezes no botão Pincel se deseja alterar o formato de várias sele-
ções no seu documento.
3. Selecione o texto ou o gráfico que deseja formatar.
4. Para interromper a formatação, pressione ESC.
GRUPO FONTE
A formatação de fontes poderá ser feita através do Grupo Fonte da guia Página Inicial. Algumas
opções de formatação de fonte você encontrará no canto inferior direito do Grupo Fonte
através do iniciador da caixa de diálogo.
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Informática – Microsoft Word 2016 – Prof. Márcio Hunecke
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Cuidado principalmente com os efeitos de subscrito/sobrescrito, VERSALETE (OU CAIXA ALTA) e
TODAS EM MAIÚSCULAS, pois costumam cair em muitas provas.
São poucas as diferenças entre as diversas versões do Word na formatação de fonte, algumas
diferenças relevantes são as guias e especialmente os efeitos de texto que foram aprimorados
nas versões recentes.
GRUPO PARÁGRAFO
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Informática – Microsoft Word 2016 – Prof. Márcio Hunecke
GERAL
Aqui você pode definir o alinhamento dos parágrafos:
Esquerda – O caractere à extrema esquerda de cada linha é alinhado à margem esquerda e a
borda direita de cada linha fica irregular. Esse é o alinhamento padrão para parágrafos com di-
reção do texto da esquerda para a direita.
Centralizada – O centro de cada linha de texto é alinhado ao ponto médio das margens direita e
esquerda da caixa de texto e as bordas esquerda e direita de cada linha ficam irregulares.
Direita – O caractere à extrema direita de cada linha é alinhado à margem direita e a borda es-
querda de cada linha fica irregular. Esse é o alinhamento padrão para parágrafos com direção
do texto da direita para a esquerda.
Justificada – O primeiro e o último caracteres de cada linha (exceto o último) são alinhados às
margens esquerda e direita e as linhas são preenchidas adicionando ou retirando espaço entre
e no meio das palavras. A última linha do parágrafo será alinhada à margem esquerda, se a di-
reção do texto for da esquerda para a direita, ou à margem direita, se a direção do texto for da
direita para a esquerda.
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RECUO
O recuo determina a distância do parágrafo em relação às margens esquerda ou direita da caixa
de texto. Entre as margens, você pode aumentar ou diminuir o recuo de um parágrafo ou de
um grupo de parágrafos. Também pode criar um recuo negativo (também conhecido como
recuo para a esquerda), o que recuará o parágrafo em direção à margem esquerda, se a direção
do texto estiver definida como da esquerda para a direita, ou em direção à margem direita, se a
direção do texto estiver definida como da direita para a esquerda.
Margens e recuos são elementos diferentes dentro de um texto do Word. As margens
determinam a distância entre a borda do papel e o início ou final do documento. Já os recuos
determinam a configuração do parágrafo dentro das margens que foram estabelecidas para o
documento. Podemos determinar os recuos de um parágrafo através da régua horizontal ou do
grupo Parágrafo.
Existem na régua, dois conjuntos de botões de recuo, um do lado direito, que marca o recuo
direito de parágrafo e outro do lado esquerdo (composto por três elementos bem distintos)
que marcam o recuo esquerdo de parágrafo.
O deslocamento destes botões deve ser feito pelo clique do mouse seguido de arrasto. Seu
efeito será sobre o parágrafo onde o texto estiver posicionado ou sobre os parágrafos do texto
que estiver selecionado no momento.
Movendo-se o botão do recuo direito de parágrafo, todo limite direito do parágrafo será
alterado:
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Informática – Microsoft Word 2016 – Prof. Márcio Hunecke
Já no recuo esquerdo é preciso tomar cuidado com as partes que compõem o botão. O Botão
do recuo esquerdo é composto por 3 elementos distintos:
•• Botão de entrada de parágrafo ou recuo especial na 1º linha
•• Botão de Deslocamento do recuo esquerdo, com exceção da 1º linha
•• Botão de Deslocamento do recuo esquerdo, mantendo a relação entre a entrada do
parágrafo e as demais linhas
Lembre-se que o deslocamento dos botões é válido para o parágrafo em que está posicionado
o cursor ou para os parágrafos do texto selecionado. Assim, primeiro seleciona-se o texto para
depois fazer o movimento com os botões de recuos.
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parágrafo. Quando você pressiona ENTER para começar um novo parágrafo, o espaçamento é
atribuído ao próximo parágrafo, mas você pode alterar as configurações de cada parágrafo.
Alterar o espaçamento entre linhas em uma parte do documento
1. Selecione os parágrafos em que deseja al-
terar o espaçamento entre linhas.
2. Na guia Página Inicial, no grupo Parágrafo,
clique em Espaçamento entre Linhas.
3. Siga um destes procedimentos:
•• Clique no número de espaçamentos entre
linha que deseja.
Por exemplo, clique em 1,0 para usar um espaçamento simples com o espaçamento usado
em versões anteriores do Word. Clique em 2,0 para obter um espaçamento duplo no pará-
grafo selecionado. Clique em 1,15 para usar um espaçamento com o espaçamento padrão
do Word 2016.
•• Clique em Opções de Espaçamento entre Linhas e selecione as opções desejadas em Espa-
çamento. Consulte a lista de opções disponíveis a seguir para obter mais informações.
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Controle de linhas órfãs/viúvas – As viúvas e órfãs são linhas de texto isoladas de um parágrafo
que são impressas na parte superior ou inferior de uma caixa de texto ou coluna. Você pode
escolher evitar a separação dessas linhas do restante do parágrafo. Essa opção vem ativada por
padrão.
•• Linha órfã: a primeira linha de um parágrafo que fica sozinha na folha anterior.
•• Linha viúva: a última linha de um parágrafo que fica sozinha na folha seguinte.
Manter com o próximo – Essa caixa de seleção manterá um ou mais parágrafos selecionados
juntos em uma caixa de texto ou uma coluna.
Manter linhas juntas – Essa caixa de seleção manterá as linhas de um parágrafo juntas em uma
caixa de texto ou uma coluna.
Quebrar página antes – Esta opção insere uma quebra de página no parágrafo selecionado.
Tabulação
Para determinarmos o alinhamento do texto em relação ao tabulador é preciso primeiro sele-
cionar o tipo de tabulador a partir do símbolo que existe no lado esquerdo da régua horizon-
tal.
Cada clique dado sobre este símbolo fará com que ele assuma uma das posições de alinhamento
que existem para tabuladores.
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Para exibir a caixa de diálogo “Tabulações”, clique duas vezes em qualquer parada de tabulação
na régua ou faça o seguinte:
1. Clique duas vezes na régua ou cli-
que na guia “Layout”, clique no Ini-
ciador da Caixa de Diálogo Pará-
grafo e clique em Tabulações.
Também pode ser através do gru-
po “Parágrafo” na guia “Página Ini-
cial”.
2. Em “Posição da parada de tabulação”, digite o lo-
cal onde você deseja definir a parada de tabula-
ção.
3. Em Alinhamento, clique no tipo de parada de ta-
bulação desejado.
4. Para adicionar pontos na parada de tabulação, ou
para adicionar outro tipo de preenchimento, cli-
que na opção desejada em Preenchimento.
5. Clique em “Definir”.
6. Repita as etapas de 2 a 5 para adicionar outra pa-
rada de tabulação ou clique em “OK”.
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•• Usar imagens ou símbolos – Crie uma lista com marcadores de imagens para tornar o do-
cumento ou a página da Web visualmente mais interessante.
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ESTILO
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1 Os Estilos Rápidos da galeria de estilos foram criados para trabalhar juntos. Por exemplo, o
Estilo Rápido Título 2 foi criado para parecer subordinado ao Estilo Rápido Título 1.
2 O texto do corpo do seu documento é automaticamente formatado com o Estilo Rápido Nor-
mal.
3 Estilos Rápidos podem ser aplicados a parágrafos, mas você também pode aplicá-los a pa-
lavras individuais e caracteres. Por exemplo, você pode enfatizar uma frase aplicando o Estilo
Rápido Ênfase.
4 Quando você formata o texto como parte de uma lista, cada item da lista é automaticamente
formatado com o Estilo Rápido Lista de Parágrafos.
Se mais tarde você decidir que gostaria que os títulos tenham uma aparência diferente, altere
os estilos Título 1 e Título 2, e o Word atualizará automaticamente todas as suas instâncias no
documento. Você também pode aplicar um conjunto de Estilo Rápido diferente ou um tema
diferente para mudar a aparência dos títulos sem fazer alterações aos estilos.
Os estilos internos (Título 1, Título 2, etc.) oferecem outros benefícios, também. Se você usar os
estilos internos de título, o Word poderá gerar uma tabela de conteúdos automaticamente. O
Word também usa os estilos internos de título para fazer a Estrutura do documento, que é um
recurso conveniente para mover-se através de documentos longos.
EDIÇÃO
No Word, com o Painel Navegação, você pode localizar-se rapidamente em documentos longos,
reorganizar com facilidade seus documentos arrastando e soltando seções em vez de copiar e
colar, além de localizar conteúdo usando a pesquisa incremental, para que não seja preciso sa-
ber exatamente o que está procurando para localizá-lo.
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No Word é possível:
•• Mover-se entre títulos no documento clicando nas partes do mapa do documento.
•• Recolher níveis da estrutura de tópicos para ocultar cabeçalhos aninhados, para que você
possa trabalhar facilmente com o mapa mesmo em documentos longos, profundamente
estruturados e complicados.
•• Digitar texto na caixa de pesquisa para encontrar o lugar instantaneamente.
•• Arrastar e soltar títulos no documento para reorganizar a estrutura. Você também pode
excluir, recortar ou copiar títulos e seu conteúdo.
•• Facilmente promover ou rebaixar um título específico, ou um título e todos os seus títulos
aninhados, para cima ou para baixo dentro da hierarquia.
•• Adicionar novos títulos ao documento para criar uma estrutura de tópicos básica ou inserir
novas seções sem ter que rolar o documento.
•• Ficar atento ao conteúdo editado por outras pessoas procurando os títulos que contêm um
indicador de coautoria.
•• Ver miniaturas de todas as páginas do documento e clicar nelas para me mover pelo docu-
mento.
Localização avançada
Permite a localização de texto, fonte, tipo parágrafo, idioma, quadro, estilo, realce e caracteres
especiais.
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Informática – Microsoft Word 2016 – Prof. Márcio Hunecke
Substituir (CTRL + U)
Substitui texto, fonte, parágrafo, idioma, quadro, estilo, realce e caracteres especiais.
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GUIA LAYOUT
Formatar Colunas
Sempre que se formata um texto em colunas o próprio Word se encarrega de colocar quebras
de seções entre as partes que dividem o documento. Na Guia Layout encontra-se a opção Colu-
nas. Sua janela possibilita ao usuário modificar alguns dos critérios de formatação das colunas,
como a distância entre elas e o seu tamanho.
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Configurar Página
A formatação de página define como ficará o documento ativo com relação ao tamanho da fo-
lha e a posição do texto dentro dela (margem direita, esquerda, superior inferior, etc.).
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QUEBRAS
As quebras podem ser de página, coluna, linha ou seções. Para inserir uma quebra basta acio-
nar o botão de comando Quebras no Grupo Configurar Página na Guia Layout.
Ao acionarmos o botão quebras serão exibidas as opções de quebras de página como segue:
Teclas de atalho:
Quebra de página (CTRL + ENTER)
Quebra de coluna (CTRL + SHIFT + ENTER)
Quebra Automática de Texto (SHIFT + ENTER)
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A quebra de página também poderá ser acionada através do botão de comando Quebra de Pá-
gina localizado no grupo Páginas na Guia Inserir.
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As Quebras de Seções
É possível usar quebras de seção para alterar o layout ou a formatação de uma página ou de
páginas do documento. Por exemplo, você pode definir o layout de uma página em coluna
única como duas colunas. Pode separar os capítulos no documento para que a numeração de
página de cada capítulo comece em 1. Também pode criar um cabeçalho ou rodapé diferente
para uma seção do documento.
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Informática – Microsoft Word 2016 – Prof. Márcio Hunecke
Esse tipo de quebra de seção é especialmente útil para iniciar novos capítulos em um
documento.
Contínuo
O comando Contínuo insere uma quebra de seção e inicia a nova seção na mesma página.
Uma quebra de seção contínua é útil para criar uma alteração de formatação, como um número
diferente de colunas em uma página.
Se você quiser que os capítulos do seu documento sempre comecem em uma página par ou em
uma página ímpar, use a opção de quebra de seção Páginas pares ou Páginas ímpares.
GUIA INSERIR
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Página em Branco – Clique no local em que deseja inserir uma nova página no documento. A
página inserida será exibida imediatamente antes do local do cursor.
Imagens / Imagens Online – Imagens podem ser inseridas ou
copiadas em um documento de muitas fontes diferentes. Bai-
xadas de um site, copiadas de uma página da Web ou inseri-
das a partir de um arquivo onde você salva as imagens.
Formas – Você pode adicionar formas (como caixas, círculos
e setas) em seus documentos. Para adicionar uma forma, se-
lecione uma forma, clique e arraste para desenhar a forma.
Depois de adicionar uma ou mais formas, é possível adicionar
texto, marcadores, numeração e Estilos Rápidos a elas.
SmartArt – Use para criar organogramas que permitem mos-
trar os relacionamentos de subordinação em uma organiza-
ção, como gerentes de departamento e funcionários que não
fazem parte da administração.
Gráfico – Provavelmente, haverá momentos em que você pre-
cisará apresentar um gráfico em um documento do Microsoft
Office Word. Assim como no Excel há uma variedade muito
grande de tipos de gráficos (figura ao lado).
Hyperlink – O Word cria um hiperlink quando você pressiona
a tecla ENTER ou a barra de espaços após digitar um endereço
da Web existente, como www.acasadoconcurseiro.com.br.
TABELAS
Para inserir rapidamente uma tabela básica, clique na guia Inserir → Tabela e mova o cursor
sobre a grade até realçar o número de colunas e linhas desejado.
Clique e a tabela aparecerá no documento. Se você precisar fazer ajustes, poderá adicionar
linhas e colunas de tabela, excluir linhas e colunas de tabela ou mesclar células de tabelas em
uma célula. Quando você clica na tabela, ao lado da guia Exibir, aparecerá Ferramentas de
Tabela.
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Use as Ferramentas de Tabela para escolher diferentes cores, estilos de tabela, adicionar uma
borda a uma tabela ou remover bordas de uma tabela. Você pode até mesmo inserir uma fór-
mula para fornecer a soma de uma coluna ou linha de números em uma tabela. Se você tem
um texto que ficará melhor em uma tabela, o Word pode convertê-lo em uma tabela.
Para obter tabelas maiores (mais de dez colunas e oito linhas), além de definir o comportamen-
to de largura das colunas, utilize os passos abaixo.
1. Clique na Guia Inserir → clique
Tabela → clique Inserir Tabela.
2. Defina o número de colunas e
linhas.
3. Na seção Comportamento de
ajuste automático, você tem
três opções para configurar a
largura de suas colunas:
•• Largura fixa da coluna: você
pode deixar o Word definir au-
tomaticamente a largura das
colunas com “Automático” ou
pode definir uma largura especí-
fica para todas as colunas.
•• Ajustar-se automaticamente ao conteúdo: isso criará colunas muito estreitas que serão
expandidas conforme você adicionar conteúdo.
•• Ajustar-se automaticamente à janela: isso mudará automaticamente a largura de toda a
tabela para ajustar-se ao tamanho de seu documento.
•• Se quiser que cada tabela que você cria tenha uma aparência semelhante à da tabela que
você está criando, marque a opção “Lembrar dimensões de novas tabelas”.
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1. Clique em Inserir → clique Tabela → clique Desenhar Tabela. O ponteiro é alterado para
um lápis.
2. Desenhe um retângulo para fazer as bordas da tabela. Depois, desenhe as colunas e linhas
dentro do retângulo.
3. Para apagar uma linha, clique na guia Layout de Ferramentas de Tabela, clique em Borra-
cha e clique na linha que você quer apagar.
Cuidado: O comportamento padrão da tecla ENTER dentro de uma tabela é fazer uma quebra
de parágrafo, mas se o cursor estiver na primeira posição da primeira célula e a tabela for o
primeiro item do documento, a tecla ENTER desloca a tabela para baixo. Se o cursor for posicio-
nado fora da tabela à direita, ao ENTER será criada uma nova linha na tabela.
O comportamento padrão da tecla TAB dentro de uma tabela é alterar entre as células, mas se
o cursor estiver na última na célula, a tecla TAB cria uma nova linha para a tabela.
CABEÇALHOS E RODAPÉS
Use um dos três métodos abaixo para inserir conteúdo no rodapé ou cabeçalho:
•• Clique duas vezes na área do cabeçalho e rodapé do documento.
•• Clique com o botão direito na área do cabeçalho ou rodapé e clique Editar Cabeçalho ou
Editar Rodapé.
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•• Clique na guia Inserir, no grupo Cabeçalho e Rodapé, clique Cabeçalho, Rodapé ou Núme-
ro de Página e insira um estilo de uma destas galerias que abrem cabeçalhos e rodapés.
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4. Na guia Resumo, preencha as informações desejadas.
5. Clique OK.
6. Para inserir essas informações no documento, clique na guia Inserir, grupo Texto e clique na
seta ao lado de Partes Rápidas. O Word irá buscar informações para os controles e campos
Autor, Empresa e Título.
GUIA DESIGN
A Guia Design foi criada para mudar rapidamente o visual do seu documento usando os diversos
Temas, alterar a Cor da página, adicionar Bordas de Página ou adicionar uma Marca d'água.
GUIA REFERÊNCIAS
As principais funções da guia Referências são permitir a criação de Sumário usando os Estilos
Rápidos, Inserir Nota de Rodapé e Inserir Nota de fim.
GUIA CORRESPONDÊNCIAS
GUIA REVISÃO
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•• Corrigir o erro usando as sugestões do Word – Se você quiser corrigir o erro usando uma
das palavras sugeridas, selecione a palavra na lista de sugestões e clique em Alterar. (Você
também pode clicar em Alterar Tudo se souber que usou essa palavra incorreta em todo o
documento, para que não seja necessário lidar com ela sempre que ela aparecer).
www.acasadoconcurseiro.com.br 219
•• Criar uma entrada de dicionário – Se a palavra for uma palavra real e você quiser que o
Word e TODOS os programas do Office a reconheçam também, clique em Adicionar.
•• Ignorar a palavra – Talvez você queira ignorar a palavra incorreta (por qualquer motivo):
clique em Ignorar ou em Ignorar Tudo.
2. Como você pode ver na imagem acima, é possível optar por verificar a ortografia
automaticamente, a gramática, uma ou outra, ambas ou nenhuma delas, ou até mesmo
outras opções, como a ortografia contextual.
Quando você clicar com o botão direito do mouse em uma palavra com erro ortográfico, verá
um menu onde poderá escolher a forma como lidar com o erro.
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Como no caso do verificador ortográfico, você pode clicar com o botão direito do mouse no
erro para ver mais opções. (Nesse caso, é mais apropriado usar a frase como uma pergunta, e
não como uma afirmação).
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4. Quando a mensagem a seguir for exibida “Esta operação redefine os verificadores
ortográfico e gramatical para que o Word verifique novamente as palavras e a gramática
ignoradas. Deseja continuar? ” Clique em Sim e depois em OK para fechar a caixa de
diálogo Opções do Word.
5. Em seguida, no seu documento, clique na guia Revisão → Ortografia e Gramática (ou
pressione F7).
Outras maneiras de corrigir a Ortografia e Gramática:
•• Clique com o botão direito em uma palavra sublinhada de ondulado vermelho ou azul e,
em seguida, selecione o comando ou a alternativa de ortografia que deseja.
•• O ícone na barra de status mostra o status da verificação de ortografia e gramática.
Quando o Word faz a verificação de erros, uma caneta animada aparece sobre o livro. Se
nenhum erro for encontrado, será exibida uma marca de seleção . Se um erro for
encontrado, será exibido um "X". Para corrigir o erro, clique nesse ícone.
Controlar alterações
O recurso Controlar Alterações permite que você pode veja todas as alterações feitas em um
documento. Quando estiver desativado, você pode fazer alterações em um documento sem
marcar o que mudou. No Word você pode personalizar a barra de status para adicionar um
indicador que avise quando o controle de alterações está ativado ou não.
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As alterações são destacadas na frente da linha com uma barra vermelha. Para verificar os
detalhes da alteração, clique na barra vermelha. Ele ficará cinza e a alteração será apresentada
no texto. As inserções aparecem sublinhadas e as exclusões aparecem em tachado.
Comentários
As corrigir um documento pode ser necessário incluir um comentário para explicar melhor a
sugestão de alteração. Na guia Revisão há um grupo Comentários e um ícone Novo Comentário
que permite colocar um texto com a sugestão de alteração, conforme abaixo.
GUIA EXIBIR
Guia composta pelos grupos Modos de Exibição de Documento, Mostrar, Zoom, Janela e
Macros.
Grupo Modos de Exibição: alterna as formas como o documento pode ser exibido: Layout de
Impressão, Leitura em Tela, Layout da Web, Estrutura de Tópicos e Rascunho.
Grupo Mostrar: ativa ou desativa a régua, linhas de grade e Painel de Navegação.
Régua: exibe ou oculta as réguas horizontal e vertical.
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Linhas de grade: ativa linhas horizontais e verticais que podem ser usadas para alinhar
objetos.
Painel de Navegação: ativa/desativa um painel à esquerda do documento mostrando a sua
estrutura permitindo a navegação.
Grupo Zoom: permite especificar o nível de zoom de um documento.
Uma Página: exibe as páginas individualmente em tamanho reduzido.
Duas Páginas: exibe de duas em duas páginas por vez reduzidas.
Largura da Página: exibe uma página ajustada a sua largura.
IMPRESSÃO
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SELECIONAR TEXTO E ELEMENTOS GRÁFICOS COM O MOUSE
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Desfrute da leitura
Agora você pode se concentrar nos documentos do Word diretamente na tela com um modo
de leitura limpo e confortável.
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As ferramentas de edição são removidas para minimizar as distrações, mas você ainda tem
acesso às ferramentas que estão sempre à mão para leitura como Definir, Traduzir e Pesquisar
na Web.
Zoom do objeto
Dê dois toques com o seu dedo ou dois cliques com o mouse para ampliar e fazer com que as
tabelas, gráficos e imagens de seu documento preencham a tela. Foque a imagem e obtenha
as informações, depois toque ou clique novamente fora do objeto para reduzi-la e continuar
lendo.
Retomar leitura
Reabra um documento e continue sua leitura exatamente a partir do ponto em que parou. O
Word se lembrará onde você estava mesmo quando reabrir um documento online de um outro
computador.
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Vídeo online
Insira vídeos online para assistir diretamente no Word, sem ter que sair do documento. Assim,
você pode ficar concentrado no conteúdo.
Expandir e recolher
Recolha ou expanda partes de um documento com apenas um toque ou clique. Insira resumos
nos títulos e permita que os leitores abram a seção e leiam os detalhes se desejarem.
Trabalhe em conjunto
Trabalhar com outras pessoas com ferramentas otimizadas de colaboração.
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Marcação simples
Um novo modo de exibição de revisão, Marcação Simples, oferece um modo de exibição limpo
e sem complicações do seu documento, mas você ainda vê os indicadores onde as alterações
controladas foram feitas.
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NOVIDADES DO WORD 2016
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Acessibilidade integrada
O Word 2016 foi aprimorado para melhorar a interação do leitor com experiências de tecnologia
assistencial usadas nos comentários e controle de alterações, colaboração e coautoria, revisão
de texto, ferramentas de aprendizado e com a opção de salvar como ou exportar para PDF.
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Colaboração aprimorada
A colaboração ficou melhor no Word 2016. Você pode compartilhar seu documento do Word
com outras pessoas e trabalhar em conjunto em tempo real usando o OneDrive ou SharePoint.
Agora, quando abrir seu documento compartilhado, você poderá ver rapidamente quem está
trabalhando no documento e onde. Você poderá conversar com os colaboradores em tempo
real usando o Skype for Business e exibir a atividade do documento, tudo isso a partir do canto
superior direito da faixa de opções.
Escolha uma imagem em miniatura de uma pessoa para iniciar uma conversa por mensagens
instantâneas usando o Skype for Business ou abra as informações do cartão de visita. Escolha
o botão do Skype for Business para iniciar um chat de grupo com todas as pessoas que estão
trabalhando no documento.
Atividade do documento – O novo painel Atividade permite ver a lista completa de alterações
feitas até o momento e oferece acesso a versões anteriores. Escolha Atividade na faixa de
opções para ver o painel Atividade.
Comentários – Agora, com um clique em na faixa de opções, você pode fazer ou exibir
comentários em seu documento. Com a colaboração aprimorada, é mais fácil responder ou
resolver comentários e marcá-los como concluídos.
Equações à tinta
Incluir equações matemáticas ficou muito mais fácil. Vá até Inserir → Equação → Equação
à Tinta sempre que desejar incluir uma equação matemática complexa em um documento.
Se tiver um dispositivo sensível ao toque, use o dedo ou uma caneta de toque para escrever
equações matemáticas à mão, e o Word 2016 vai convertê-las em texto. Caso não tenha um
dispositivo sensível ao toque, use o mouse para escrever. Você pode também apagar, selecionar
e fazer correções à medida que escreve.
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Informática
Para iniciar nosso estudo, vamos iniciar pela parte que mais importa para quem utiliza
planilhas: entender como fazer cálculos. Para isso, considero bem importante que se entenda
como criar Fórmulas e, posteriormente, as funções, para que, aí sim, passemos para a etapa de
formatações, configurações e demais assuntos.
Contudo, antes de iniciarmos os cálculos de fato, vamos entender alguns conceitos básicos:
CÉLULAS
Dá-se o nome de Célula à interseção de uma Coluna e uma Linha, formando, assim, um
Endereço. As linhas são identificadas por números, enquanto m as colunas são identificadas
por letras do alfabeto. Sendo assim, o encontro da Coluna “B” com a Linha “6”, chamamos de
célula “B6”.
Para inserir qualquer tipo de informação em uma célula, deve-se, em primeiro lugar, ativá-la.
Para tanto, pode-se usar as teclas ENTER e TAB, as SETAS, o MOUSE ou digitar, na caixa de
nome, o endereço da célula desejada.
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TIPOS DE INFORMAÇÕES QUE UMA CÉLULA PODERÁ CONTER
Conteúdo: o dado propriamente dito.
Formato: recurso aplicado ao conteúdo de uma célula, como, por exemplo, definição de cor,
tamanho ou tipo de fonte ao conteúdo.
TIPOS DE CONTEÚDO
Texto – Este será automaticamente alinhado à esquerda.
Número – Números são alinhados à direita.
Fórmula – Dependendo do resultado, poderá ser alinhado à esquerda (texto) ou à direita
(número).
Observação
Observação: Datas são tipos de dados numéricos, porém já inseridos com formatação.
Exemplo: 10/02/2004. Para o Excel toda data é internamente um número, ou seja, por
padrão, a data inicial é 01/01/1900, que equivale ao nº 1, 02/01/1900 ao nº 2, e assim
consecutivamente.
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FÓRMULAS EM PLANILHAS
Ao olharmos para uma planilha, o que vemos sobre as células são RESULTADOS, que podem
ser obtidos a partir dos CONTEÚDOS que são efetivamente digitados nas células. Quer dizer, o
conteúdo pode ou NÃO ser igual ao resultado que está sendo visto.
Os conteúdos podem ser de três tipos:
Strings (numéricos, alfabéticos ou alfanuméricos)
Fórmulas matemáticas
Funções
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FÓRMULAS
Fórmulas são equações que executam cálculos sobre valores na planilha. Uma fórmula inicia
com um sinal de igual (=). Por exemplo, a fórmula a seguir multiplica 2 por 3 e depois adiciona
5 ao resultado.
=5+2*3
Uma fórmula também pode conter um ou todos os seguintes elementos: funções, referências,
operadores e constantes.
Partes de uma fórmula:
TIPOS DE OPERADORES
Há quatro diferentes tipos de operadores de cálculo: aritmético, de comparação, de
concatenação de texto e de referência.
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OPERADORES ARITMÉTICOS
Para efetuar operações matemáticas básicas, como adição, subtração ou multiplicação,
combinar números e produzir resultados numéricos, use estes operadores aritméticos.
OPERADORES DE COMPARAÇÃO
Você pode comparar dois valores utilizando os operadores a seguir. Quando dois valores são
comparados usando esses operadores, o resultado é um valor lógico VERDADEIRO ou FALSO.
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OPERADORES DE REFERÊNCIA
Combine intervalos de células para cálculos com estes operadores.
Operador de
Significado Exemplo
referência
Operador de intervalo, que
produz uma referência para
: (dois-pontos) todas as células entre duas B5:B15
referências, incluindo as duas
referências
Operador de união, que
; (ponto e vírgula) combina diversas referências SOMA(B5:B15;D5:D15)
em uma referência
NO EXCEL – Operador de
interseção, que produz uma
Espaço em branco B7:D7 C6:C8
referência a células comuns a
dois intervalos
USANDO AS FUNÇÕES
Funções são fórmulas predefinidas que efetuam cálculos usando valores específicos,
denominados argumentos, em determinada ordem ou estrutura. As funções podem ser usadas
para executar cálculos simples ou complexos.
A estrutura de uma função começa com um sinal de igual (=), seguido do nome da
função, de um parêntese de abertura, dos argumentos da função separados por ponto
e vírgulas e deum parêntese de fechamento.
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Exemplo:
SOMA
Retorna a soma de todos os números na lista de argumentos.
Sintaxe
=SOMA(núm1;núm2; ...)
Núm1, núm2,... são os argumentos que se deseja somar.
Exemplos:
=SOMA(A1;A3) é igual a 10
=SOMA(B1:C2)
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Observação:
Intervalo só funciona dentro de função.
=SOMA(A1)
=SOMA(A1+A2)
=SOMA(A1:A4;3;7;A1*A2)
Observação:
Primeiro se resolve a equação matemática; depois a função.
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Observação:
Não se pode ter um operador matemático entre dois intervalos.
=SOMA(A1:A3)/SOMA(B1:B2)
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Observação:
O texto como argumento nas planilhas deve ser colocado entre “aspas“ para não ser
confundido com um intervalo nomeado ou com outro nome de função. Entretanto,
não será possível realizar soma, média, etc., entre um “texto“ colocado como
argumento em uma função e os demais argumentos.
CONCATENAR
Use CONCATENAR, umas das funções de texto, para unir duas ou mais cadeias de texto em uma
única cadeia.
Sintaxe: CONCATENAR(texto1, [texto2], ...)
Por exemplo:
=CONCATENAR(“População de fluxo para”, A2, “ ”, A3, “ é ”, A4, “/km”)
=CONCATENAR(B2, “ ”, C2)
Exemplos
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Observação Importante:
CONT.NÚM
Conta quantas células contêm números e também os números na lista de argumentos. Use
CONT.NÚM para obter o número de entradas em um campo de número que estão em um
intervalo ou em uma matriz de números.
Sintaxe
CONT.NÚM(valor1;valor2;...)
Valor1; valor2, ... são argumentos que contêm ou se referem a uma variedade de diferentes
tipos de dados, mas somente os números são contados.
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Exemplo:
=CONT.NÚM(C1:E2)
Observação:
R$ 4,00 é o NÚMERO 4 com formatação, bem como a Data também é número.
CONT.VALORES
Calcula o número de células não vazias e os valores na lista de argumentos. Use o Cont.Valores
para CONTAR o número de células com dados, inclusive células com erros, em um intervalo ou
em uma matriz.
Sintaxe
=CONT.VALORES(valor1;valor2;...)
Exemplo:
=CONT.VALORES(C1:E3)
MÉDIA
Retorna a média aritmética dos argumentos, ou seja, soma todos os números e divide pela
quantidade de números somados.
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Sintaxe
=MÉDIA(núm1;núm2;...)
A sintaxe da função MÉDIA tem os seguintes argumentos:
núm1 Necessário. O primeiro número, referência de célula ou intervalo para o qual você deseja
a média.
núm2, ... Opcional. Números adicionais, referências de célula ou intervalos para os quais você
deseja a média, até, no máximo, 255.
Exemplos:
=MÉDIA(C1:E2)
=MÉDIA(C1:E2;3;5)
MULT
A função MULT multiplica todos os números especificados como argumentos e retorna o
produto. Por exemplo, se as células A1 e A2 contiverem números, você poderá usar a fórmula
=MULT(A1;A2) para multiplicar esses dois números juntos. A mesma operação também pode
ser realizada usando o operador matemático de multiplicação (*); por exemplo, =A1*A2.
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A função MULT é útil quando você precisa multiplicar várias células ao mesmo tempo. Por
exemplo, a fórmula =MULT(A1:A3;C1:C3) equivale a =A1*A2*A3*C1*C2*C3.
Sintaxe
=MULT(núm1;[núm2]; ...)
A sintaxe da função MULT tem os seguintes argumentos:
núm1 Necessário. O primeiro número ou intervalo que você deseja multiplicar.
núm2, ... Opcional. Números ou intervalos adicionais que você deseja multiplicar.
Exemplo:
ABS
Retorna o valor absoluto de um número. Esse valor é o número sem o seu sinal.
Sintaxe
=ABS(núm)
Núm é o número real cujo valor absoluto você deseja obter.
Exemplo:
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MOD
Retorna o resto de uma divisão. Possui dois argumentos (valor a ser dividido e divisor).
Sintaxe
=MOD(Núm;Divisor)
Núm é o número para o qual você deseja encontrar o resto.
Divisor é o número pelo qual você deseja dividir o número.
Exemplo:
=MOD(6;4)
Resposta: 2
INT
Arredonda um número para baixo até o número inteiro mais próximo.
Sintaxe
=INT(núm)
Núm é o número real que se deseja arredondar para baixo até um inteiro.
Exemplo:
ARRED
A função ARRED arredonda um número para um número especificado de dígitos. Por exemplo,
se a célula A1 contiver 23,7825 e você quiser arredondar esse valor para duas casas decimais,
poderá usar a seguinte fórmula:
=ARRED(A1;2)
O resultado dessa função é 23,78.
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Sintaxe
=ARRED(número;núm_dígitos)
A sintaxe da função ARRED tem os seguintes argumentos:
número (Necessário). O número que você deseja arredondar.
núm_dígitos (Necessário). O número de dígitos para o qual você deseja arredondar o argumento
número.
Exemplo:
TRUNCAR
TRUNC e INT são semelhantes pois ambos retornam inteiros. TRUNCAR remove a parte
fracionária do número. INT arredonda números para baixo até o inteiro mais próximo com base
no valor da parte fracionária do número. INT e TRUNC são diferentes apenas ao usar números
negativos: TRUNC(-4.3) retorna -4, mas INT(-4.3) retorna -5 pois -5 é o número mais baixo.
Sintaxe
=TRUNCAR(número,[núm_dígitos])
A sintaxe da função TRUNCAR tem os seguintes argumentos:
Núm (Necessário) O número que se deseja TRUNCAR.
Núm_dígitos (Opcional) Um número que especifica a precisão da operação. O valor padrão
para núm_digitos é 0 (zero).
Exemplo:
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MÁXIMO
Retorna o valor máximo de um conjunto de valores.
Sintaxe
=MÁXIMO(núm1;núm2;...)
Núm1, núm2,... são de 1 a 255 números cujo valor máximo você deseja saber.
Exemplos:
=MÁXIMO(A1:C5)
MÍNIMO
Retorna o menor valor de um conjunto de valores.
Sintaxe
=MÍNIMO(número1, [número2], ...)
A sintaxe da função MÍNIMO tem os seguintes argumentos:
Núm1, núm2,... Núm1 é obrigatório, números subsequentes são opcionais. De 1 a 255 números
cujo valor MÍNIMO você deseja saber.
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Exemplos:
=MÍNIMO(A1:C5)
MAIOR
Retorna o MAIOR valor K-ésimo de um conjunto de dados. Por exemplo, o terceiro MAIOR
número. Possui dois argumentos. O primeiro argumento é a matriz, e o segundo é a posição em
relação ao maior número.
Sintaxe
=MAIOR(MATRIZ;posição)
Exemplos:
=MAIOR(A3:D4;3) 2 4 6 9 12 23 35 50
Resposta: 23
=MAIOR(A1:C5;3)
MENOR
Retorna o MENOR valor K-ésimo de um conjunto de dados. Por exemplo, o terceiro MENOR
número. Possui dois argumentos. O primeiro argumento é a matriz, e o segundo é a posição em
relação ao menor número.
Sintaxe
=MENOR(MATRIZ;posição)
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Exemplos:
=MENOR(A3:D4;3)
Qual é o terceiro MENOR número:
2 4 6 9 12 23 35 50 Resposta → 6
=MENOR(A1:C5;5)
=MENOR(A1:C5;19)
DATA
HOJE()
Retorna o número de série da data atual. O número de série é o código de data/hora usado
pela planilha para cálculos de data e hora. Se o formato da célula era Geral antes de a função
ser inserida, a planilha irá transformar o formato da célula em Data. Se quiser exibir o número
de série, será necessário alterar o formato das células para Geral ou Número.
A função HOJE é útil quando você precisa ter a data atual exibida em uma planilha,
independentemente de quando a pasta de trabalho for aberta. Ela também é útil para o cálculo
de intervalos. Por exemplo, se você souber que alguém nasceu em 1963, poderá usar a seguinte
fórmula para descobrir a idade dessa pessoa a partir do aniversário deste ano:
=ANO(HOJE())-1963
Essa fórmula usa a função HOJE como argumento da função ANO de forma a obter o ano atual
e, em seguida, subtrai 1963, retornando a idade da pessoa.
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Exemplos:
Supondo que a data de hoje configurada no computador é: 31/08/12
AGORA()
Retorna a data e a hora atuais formatados como data e hora. Não possui argumentos.
A função AGORA é útil quando você precisa exibir a data e a hora atuais em uma planilha ou
calcular um valor com base na data e na hora atuais e ter esse valor atualizado sempre que
abrir a planilha.
Exemplos:
SE
A função SE retornará um valor se uma condição que você especificou for considerada
VERDADEIRO e um outro valor se essa condição for considerada FALSO. Por exemplo, a fórmula
=SE(A1>10;“Mais que 10”;“10 ou menos”) retornará “Mais que 10” se A1 for maior que 10 e
“10 ou menos” se A1 for menor que ou igual a 10.
Sintaxe
SE(teste_lógico;[valor_se_verdadeiro];[valor_se_falso])
A sintaxe da função SE tem os seguintes argumentos:
teste_lógico Obrigatório. Qualquer valor ou expressão que possa ser avaliado como
VERDADEIRO ou FALSO. Por exemplo, A10=100 é uma expressão lógica; se o valor da célula A10
for igual a 100, a expressão será considerada VERDADEIRO. Caso contrário, a expressão será
considerada FALSO. Esse argumento pode usar qualquer operador de cálculo de comparação.
valor_se_verdadeiro Opcional. O valor que você deseja que seja retornado se o argumento
teste_lógico for considerado VERDADEIRO. Por exemplo, se o valor desse argumento for a cadeia
de texto “Dentro do orçamento” e o argumento teste_lógico for considerado VERDADEIRO,
a função SE retornará o texto “Dentro do orçamento”. Se teste_lógico for considerado
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SOMASE
Use a função SOMASE para somar os valores em um intervalo que atendem aos critérios que
você especificar. Por exemplo, suponha que, em uma coluna que contém números, você deseja
somar apenas os valores maiores que 5. É possível usar a seguinte fórmula:
=SOMASE(B2:B25;“>5”)
Nesse exemplo, os critérios são aplicados aos mesmos valores que estão sendo somados. Se
desejar, você pode aplicar os critérios a um intervalo e somar os valores correspondentes em
um intervalo correspondente. Por exemplo, a fórmula =SOMASE(B2:B5;“John”;C2:C5) soma
apenas os valores no intervalo C2:C5, em que as células correspondentes no intervalo B2:B5
equivalem a “John”.
Sintaxe
=SOMASE(intervalo;critérios;[intervalo_soma])
A sintaxe da função SOMASE tem os seguintes argumentos:
intervalo Necessário. O intervalo de células que se deseja calcular por critérios. As células em
cada intervalo devem ser números e nomes, matrizes ou referências que contêm números.
Espaços em branco e valores de texto são ignorados.
critérios Necessário. Os critérios na forma de número, expressão, referência de célula, texto
ou função que define quais células serão adicionadas. Por exemplo, os critérios podem ser
expressos como 32, “>32”, B5, 32, “32”, “maçãs” ou HOJE().
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Observação:
Qualquer critério de texto ou qualquer critério que inclua símbolos lógicos ou
matemáticos deve estar entre aspas duplas (“). Se os critérios forem numéricos, as
aspas duplas não serão necessárias.
intervalo_soma Opcional. As células reais a serem adicionadas, se você quiser adicionar células
diferentes das especificadas no argumento de intervalo. Se o argumento intervalo_soma for
omitido, a planilha adicionará as células especificadas no argumento intervalo (as mesmas
células às quais os critérios são aplicados).
Exemplos:
CONT.SE
A função CONT.SE conta o número de células dentro de um intervalo que atendem a um único
critério que você especifica. Por exemplo, é possível contar todas as células que começam com
uma certa letra ou todas as células que contêm um número maior do que ou menor do que
um número que você especificar. Suponha uma planilha que contenha uma lista de tarefas na
coluna A e o nome da pessoa atribuída a cada tarefa na coluna B. Você pode usar a função
CONT.SE para contar quantas vezes o nome de uma pessoa aparece na coluna B e, dessa
maneira, determinar quantas tarefas são atribuídas a essa pessoa. Por exemplo:
=CONT.SE(B2:B25;“Nancy”)
Sintaxe
=CONT.SE(intervalo;“critério”)
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intervalo Necessário. Uma ou mais células a serem contadas, incluindo números ou nomes,
matrizes ou referências que contêm números.
critérios Necessário. Um número, uma expressão, uma referência de célula ou uma cadeia de
texto que define quais células serão contadas. Por exemplo, os critérios podem ser expressos
como 32, “32”, “>32”, “maçãs” ou B4.
Exemplos:
MAIÚSCULA
Converte o texto em maiúsculas.
Sintaxe
=MAIÚSCULA(texto)
Texto é o texto que se deseja converter para maiúsculas. Texto pode ser uma referência ou uma
sequência de caracteres de texto.
Exemplo:
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MINÚSCULA
Converte todas as letras maiúsculas em uma sequência de caracteres de texto para minúsculas.
Sintaxe
=MINÚSCULA(texto)
Texto é o texto que você deseja converter para minúscula. MINÚSCULA só muda caracteres de
letras para texto.
Exemplo:
PRI.MAIÚSCULA
Coloca a primeira letra de uma sequência de caracteres de texto em maiúscula e todas as outras
letras do texto depois de qualquer caractere diferente de uma letra. Converte todas as outras
letras em minúsculas.
Sintaxe
=PRI.MAIÚSCULA(texto)
Texto é o texto entre aspas, uma fórmula que retorna o texto ou uma referência a uma célula
que contenha o texto que você deseja colocar parcialmente em maiúscula.
Exemplo:
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Uma referência identifica uma célula ou um intervalo de células em uma planilha e informa
a planilha na qual procurar pelos valores ou dados a serem usados em uma fórmula. Com
referências, você pode usar dados contidos em partes diferentes de uma planilha em uma
fórmula ou usar o valor de uma célula em várias fórmulas. Você também pode se referir a células
de outras planilhas na mesma pasta de trabalho e a outras pastas de trabalho. Referências de
células em outras pastas de trabalho são chamadas de vínculos ou referências externas.
O estilo de referência A1
O estilo de referência padrão. Por padrão, o Excel usa o estilo de referência A1, que se refere
a colunas com letras (A até XFD, para um total de 16.384 colunas) e se refere a linhas com
números (1 até 1.048.576). Essas letras e números são chamados de títulos de linha e coluna.
Para se referir a uma célula, insira a letra da coluna seguida do número da linha. Por exemplo,
B2 se refere à célula na interseção da coluna B com a linha 2.
Fazendo referência a uma outra planilha. No exemplo a seguir, a função de planilha MÉDIA
calcula o valor médio do intervalo B1:B10 na planilha denominada Marketing na mesma pasta
de trabalho.
Referência a um intervalo de células em outra planilha na mesma pasta de trabalho.
www.acasadoconcurseiro.com.br 261
REFERÊNCIAS ABSOLUTAS, RELATIVAS E MISTAS
Referências relativas. Uma referência relativa em uma fórmula, como A1, é baseada na posição
relativa da célula que contém a fórmula e da célula à qual a referência se refere. Se a posição da
célula que contém a fórmula se alterar, a referência será alterada. Se você copiar ou preencher
a fórmula ao longo de linhas ou de colunas, a referência se ajustará automaticamente. Por
padrão, novas fórmulas usam referências relativas. Por exemplo, se você copiar ou preencher
uma referência relativa da célula B2 para a B3, ela se ajustará automaticamente de =A1 para
=A2.
Referências absolutas. Uma referência absoluta de célula em uma fórmula, como $A$1,
sempre se refere a uma célula em um local específico. Se a posição da célula que contém a
fórmula se alterar, a referência absoluta permanecerá a mesma. Se você copiar ou preencher a
fórmula ao longo de linhas ou colunas, a referência absoluta não se ajustará. Por padrão, novas
fórmulas usam referências relativas, e talvez você precise trocá-las por referências absolutas.
Por exemplo, se você copiar ou preencher uma referência absoluta da célula B2 para a célula
B3, ela permanecerá a mesma em ambas as células =$A$1.
Referências mistas. Uma referência mista tem uma coluna absoluta e uma linha relativa, ou
uma linha absoluta e uma coluna relativa. Uma referência de coluna absoluta tem o formato
$A1, $B1 e assim por diante. Uma referência de linha absoluta tem o formato A$1, B$1 e assim
por diante. Se a posição da célula que contém a fórmula se alterar, a referência relativa será
alterada, e a referência absoluta não se alterará. Se você copiar ou preencher a fórmula ao
longo de linhas ou colunas, a referência relativa se ajustará automaticamente, e a referência
absoluta não se ajustará. Por exemplo, se você copiar ou preencher uma referência mista da
célula A2 para B3, ela se ajustará de =A$1 para =B$1.
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Para a fórmula sendo copiada:
Funções aninhadas
Em determinados casos, talvez você precise usar uma função como um dos argumentos de
outra função. Por exemplo, a fórmula a seguir usa uma função aninhada MÉDIA e compara o
resultado com o valor 50.
O Excel possui internamente listas de dias da semana, meses do ano e trimestres e permite a
criação de novas listas.
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Quando se insere em uma célula um conteúdo pertencente a uma lista e se arrasta a alça de
preenchimento desta mesma célula, o Excel preencherá automaticamente as demais células
por onde o arrasto passar, com os dados sequenciais a partir da célula de origem.
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Atenção
No Excel, se selecionarmos apenas um número e o arrastarmos pela alça de
preenchimento, o que acontece é a Cópia somente, ou seja, se colocarmos um número
em uma célula e o arrastarmos pela alça de preenchimento, não ocorre a sequência e
esse número somente é copiado nas demais células.
Quando forem selecionadas duas células consecutivas e arrastadas pela alça de preenchimento,
o que ocorrerá é a continuação da sequência com a mesma lógica aplicada nas duas células.
Se for colocado também texto seguido de números ou números seguidos de texto, ocorrerá
novamente a sequência.
FORMATAÇÃO DE CÉLULAS
NÚMERO
Use as opções na guia Número para aplicar um formato de número
específico aos números nas células da planilha. Para digitar números
em células da planilha, você pode usar as teclas numéricas ou pode
pressionar NUM LOCK e, então, usar as teclas numéricas no teclado
numérico.
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ALINHAMENTO
Use as opções do grupo Alinhamento na guia
Início ou na caixa de diálogo Formatar Células
a guia Alinhamento para alterar o alinhamento
do conteúdo da célula, posicionar o conteúdo
na célula e alterar a direção desse conteúdo.
Alinhamento de Texto
•• Horizontal. Selecione uma opção na lista Horizontal para alterar o alinhamento horizontal
do conteúdo das células. Por padrão, o Microsoft Office Excel alinha texto à esquerda,
números à direita, enquanto os valores lógicos e de erro são centralizados. O alinhamento
horizontal padrão é Geral. As alterações no alinhamento dos dados não alteram os tipos de
dados.
•• Vertical. Selecione uma opção na caixa de listagem Vertical para alterar o alinhamento
vertical do conteúdo das células. Por padrão, o Excel alinha o texto verticalmente na parte
inferior das células. O alinhamento vertical padrão é Geral.
•• Recuo. Recua o conteúdo das células a partir de qualquer borda da célula, dependendo das
opções escolhidas em Horizontal e Vertical. Cada incremento na caixa Recuo equivale à
largura de um caractere.
•• Orientação. Selecione uma opção em Orientação para alterar a orientação do texto
nas células selecionadas. As opções de rotação poderão não estar disponíveis se forem
selecionadas outras opções de alinhamento.
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•• Graus. Define o nível de rotação aplicado ao texto na célula selecionada. Use um número
positivo na caixa Graus para girar o texto selecionado da parte inferior esquerda para a
superior direita na célula. Use graus negativos para girar o texto da parte superior esquerda
para a inferior direita na célula selecionada.
Controle de texto
•• Quebrar texto automaticamente. Quebra o texto em várias linhas dentro de uma célula. O
número de linhas depende da largura da coluna e do comprimento do conteúdo da célula.
•• Reduzir para caber. Reduz o tamanho aparente dos caracteres da fonte para que todos
os dados de uma célula selecionada caibam dentro da coluna. O tamanho dos caracteres
será ajustado automaticamente se você alterar a largura da coluna. O tamanho de fonte
aplicado não será alterado.
•• Mesclar Células. Combina duas ou mais células selecionadas em uma única célula. A
referência de célula de uma célula mesclada será a da célula superior esquerda da faixa
original de células selecionadas.
BORDAS
Use as opções na guia Borda para aplicar uma borda ao redor de células selecionadas em um
estilo e uma cor de sua escolha.
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•• Linha. Selecione uma opção em Estilo para especificar o tamanho e o estilo de linha de
uma borda. Para alterar o estilo de linha de uma borda já existente, selecione a opção de
estilo de linha desejada e clique na área da borda no modelo de Borda onde quiser que o
novo estilo de linha seja exibido.
•• Predefinições. Selecione uma opção de borda predefinida para aplicar bordas nas células
selecionadas ou removê-las.
•• Cor. Selecione uma cor da lista para alterar a cor das células selecionadas.
•• Borda. Clique em um estilo de linha na caixa Estilo e clique nos botões em Predefinições ou
em Borda para aplicar as bordas nas células selecionadas. Para remover todas as bordas,
clique no botão Nenhuma. Você também pode clicar nas áreas da caixa de texto para
adicionar ou remover bordas.
FONTE
Use as opções na guia Fonte para alterar a fonte, o estilo de fonte, o tamanho da fonte e outros
efeitos de fonte.
•• Fonte. Selecione o tipo da fonte para o texto nas células selecionadas. A fonte padrão é
Calibri.
•• Estilo da Fonte. Selecione o estilo da fonte para o texto nas células selecionadas. O estilo
de fonte padrão é Normal ou Regular.
•• Tamanho. Selecione o tamanho da fonte para o texto nas células selecionadas. Digite
qualquer número entre 1 e 1.638. O tamanho de fonte padrão é 11.
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Observação:
Os tamanhos disponíveis na lista Tamanho dependem da fonte selecionada e da
impressora ativa.
•• Sublinhado. Selecione o tipo de sublinhado que deseja usar para o texto nas células
selecionadas. O sublinhado padrão é Nenhum.
•• Cor. Selecione a cor que deseja usar para as células ou o texto selecionados. A cor padrão é
Automático.
•• Fonte Normal. Marque a caixa de seleção Fonte Normal para redefinir o estilo, o tamanho
e os efeitos da fonte com o estilo Normal (padrão).
•• Efeitos. Permite que você selecione um dos seguintes efeitos de formatação.
•• Tachado. Marque esta caixa de seleção para exibir o texto em células selecionadas
como tachado.
•• Sobrescrito. Marque esta caixa de seleção para exibir o texto em células selecionadas
como sobrescrito.
•• Subscrito. Marque esta caixa de seleção para exibir o texto em células selecionadas
como subscrito.
•• Visualização. Veja um exemplo de texto que é exibido com as opções de formatação que
você seleciona.
PREENCHIMENTO
Use as opções na guia Preenchimento para preencher as células selecionadas com cores,
padrões e efeitos de preenchimento especiais.
•• Plano de Fundo. Selecione uma cor de plano de fundo para células selecionadas usando a
paleta de cores.
•• Efeitos de preenchimento.
Selecione este botão para aplicar gradiente, tex-
tura e preenchimentos de imagem em células
selecionadas.
•• Mais Cores. Selecione este botão para adi-
cionar cores que não estão disponíveis na
paleta de cores.
•• Cor do Padrão. Selecione uma cor de pri-
meiro plano na caixa Cor do Padrão para
criar um padrão que usa duas cores.
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•• Estilo do Padrão. Selecione um padrão na caixa Estilo do Padrão para formatar células se-
lecionadas com um padrão que usa as cores que você seleciona nas caixas Cor de Plano de
Fundo e Cor Padrão.
Exemplo: Veja um exemplo das opções de cor, efeitos de preenchimento e de padrões que se-
lecionar.
Neste Menu foram reunidas todas as opções que permitirão ao usuário trabalhar a apresenta-
ção do texto (formatação) de forma a torná-lo mais atrativo e de fácil leitura, com diferentes
estilos de parágrafos, diferentes fontes e formatos de caracteres, etc.
PROTEÇÃO
Para impedir que, por acidente ou deliberadamente, um usuário altere, mova ou exclua dados
importantes de planilhas ou pastas de trabalho, você pode proteger determinados elementos
da planilha ou da pasta de trabalho, com ou sem senha. É possível remover a proteção da plani-
lha, conforme necessário.
Quando você protege uma planilha, todas as células são bloqueadas por padrão, o que significa
que elas não podem ser editadas. Para permitir que as células sejam editadas enquanto apenas
algumas células ficam bloqueadas, você pode desbloquear todas as células e bloquear somen-
te células e intervalos específicos antes de proteger a planilha. Você também pode permitir que
usuários específicos editem intervalos específicos em uma planilha protegida.
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Clique no título da linha ou coluna.
1. Título da linha
2. Título da coluna
Uma linha ou coluna
inteira Você também pode selecionar células em uma linha ou
coluna selecionando a primeira célula e pressionando
CTRL + SHIFT + tecla de DIREÇÃO (SETA PARA A DIREITA
ou SETA PARA A ESQUERDA para linhas,
SETA PARA CIMA ou SETA PARA BAIXO para colunas).
Observação: Se a linha ou coluna contiver dados, CTRL +
SHIFT + tecla de DIREÇÃO selecionará a linha ou coluna
até a última célula utilizada. Pressione CTRL + SHIFT
+ tecla de DIREÇÃO uma segunda vez para selecionar
toda a linha ou coluna.
Arraste através dos títulos de linha ou de coluna ou
selecione a primeira linha ou coluna. Em seguida,
Linhas ou colunas adjacentes
pressione SHIFT enquanto seleciona a última linha ou
coluna.
Clique no título de linha ou de coluna da primeira linha
ou coluna de sua seleção. Pressione CTRL enquanto
Linhas ou colunas não adjacentes
clica nos títulos de linha ou coluna de outras linhas ou
colunas que você deseja adicionar à seleção.
Selecione uma célula na linha ou na coluna e, em
seguida, pressione CTRL + tecla de DIREÇÃO (SETA PARA
A primeira ou a última célula de uma linha
A DIREITA ou SETA PARA A
ou coluna
ESQUERDA para linhas, SETA PARA CIMA ou SETA PARA
BAIXO para colunas).
Selecione a primeira célula e, em seguida, pressione
A primeira ou a última célula em uma
CTRL + SHIFT + END para estender a seleção de células
planilha ou em uma tabela do Microsoft
até a última célula usada na planilha (canto inferior
Office Excel
direito).
Selecione a primeira célula e, em seguida, pressione
Células até o início da planilha. CTRL + SHIFT + HOME para estender a seleção de
células até o início da planilha.
Mantenha pressionada a tecla SHIFT e clique na última
Mais ou menos células do que a seleção célula que deseja incluir na nova seleção. O intervalo
ativa retangular entre a e a célula em que você clicar passará
a ser a nova seleção.
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GRÁFICOS
Gráficos são usados para exibir séries de dados numéricos em formato gráfico, com o objetivo
de facilitar a compreensão de grandes quantidades de dados e do relacionamento entre
diferentes séries de dados.
Para criar um gráfico no Excel, comece inserindo os dados numéricos desse gráfico em
uma planilha e experimente o comando Gráficos Recomendados na guia Inserir para criar
rapidamente o gráfico mais adequado para os seus dados.
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Dica:
Se você não vir um gráfico que lhe agrade, clique em Todos os Gráficos para ver todos
os tipos de gráfico disponíveis.
Tipos de Gráficos
Há várias maneiras de criar um gráfico em uma planilha do Excel, em um documento do
Word ou em uma apresentação do PowerPoint. Independentemente de você usar um gráfico
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recomendado para os seus dados ou um gráfico escolhido na lista com todos os gráficos, saber
um pouco mais sobre cada tipo de gráfico pode ser de grande ajuda.
Se você já tem um gráfico e só quer mudar seu tipo:
Gráficos de colunas
Os dados organizados em colunas ou linhas em uma planilha podem ser plotados em um
gráfico de colunas. Em geral, um gráfico de coluna exibe categorias ao longo do eixo horizontal
(categoria) e valores ao longo do eixo vertical (valor), como mostra o seguinte gráfico:
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Gráficos de linhas
Dados organizados em colunas ou linhas em uma planilha podem ser plotados em um gráfico
de linhas. Nesse tipo de gráfico, os dados de categorias são distribuídos uniformemente ao
longo do eixo horizontal, e todos os dados de valores são distribuídos uniformemente ao longo
do eixo vertical. Gráficos de linhas podem mostrar dados contínuos ao longo do tempo em um
eixo com escalas iguais e, portanto, são ideais para mostrar tendências de dados em intervalos
iguais, como meses, trimestres ou anos fiscais.
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Gráficos de rosca
Dados organizados apenas em colunas ou linhas de uma planilha podem ser plotados em um
gráfico de rosca. Como um gráfico de pizza, um gráfico de rosca mostra a relação das partes
com um todo, mas pode conter mais de uma série de dados.
Gráficos de barras
Dados organizados em colunas ou linhas de uma planilha podem ser plotados em um gráfico
de barras. Esses gráficos ilustram comparações entre itens individuais. Em um gráfico de barras,
as categorias costumam ser organizadas ao longo do eixo vertical, enquanto os valores são
dispostos ao longo do eixo horizontal.
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Considere a utilização de um gráfico de barras quando:
•• Os rótulos dos eixos forem longos;
•• Os valores mostrados forem durações.
Gráficos de área
Dados organizados em colunas ou linhas em uma planilha podem ser plotados em um gráfico
de áreas. Esses gráficos podem ser usados para plotar mudanças ao longo do tempo e chamar
a atenção para o valor total no decorrer de uma tendência. Mostrando a soma dos valores
plotados, um gráfico de áreas também mostra a relação de partes com um todo.
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Gráficos de bolhas
Semelhante a um gráfico de dispersão, um gráfico de bolhas adiciona uma terceira coluna para
especificar o tamanho das bolhas exibidas para representar os pontos de dados na série de
dados.
Gráficos de ações
Dados organizados em colunas ou linhas em uma ordem específica em uma planilha podem ser
plotados em um gráfico de ações. Como o nome sugere, esse gráfico pode ilustrar flutuações
nos preços das ações. No entanto, também pode ilustrar flutuações em outros dados, como
níveis de chuva diários ou temperaturas anuais. Lembre-se de organizar seus dados na ordem
correta para criar um gráfico de ações. Por exemplo, para criar um simples gráfico de ações de
alta-baixa-fechamento, você deve organizar seus dados com os valores Alta, Baixa e Fechamento
inseridos como títulos de colunas, nessa ordem.
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Gráficos de superfície
Dados organizados em colunas ou linhas de uma planilha podem ser plotados em um gráfico
de superfície. Esse gráfico é útil quando você quer encontrar combinações ideais entre dois
conjuntos de dados. Como em um mapa topográfico, cores e padrões indicam áreas que estão
no mesmo intervalo de valores. Você pode criar um gráfico de superfície quando tanto as
categorias quanto a série de dados são valores numéricos.
Gráficos de radar
Dados organizados em colunas ou linhas em uma planilha podem ser plotados em um gráfico
de radar. Esses gráficos comparam entre si os valores agregados de várias série de dados.
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Gráficos de combinação
Dados organizados em colunas e linhas podem ser plotados em um gráfico de combinação.
Esse gráfico combina dois ou mais tipos de gráfico para facilitar a interpretação dos dados,
especialmente quando estes são muito variados. Exibido com um eixo secundário, esse gráfico
é ainda mais fácil de ler. Neste exemplo, usamos um gráfico de colunas para mostrar o número
de casas vendidas entre os meses de janeiro e junho e depois usamos um gráfico de linhas para
que os leitores possam identificar com mais facilidade o preço médio das vendas em cada mês.
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1. Clique na caixa Título do Gráfico e digite o título.
CLASSIFICAR DADOS
A classificação de dados é uma parte importante da análise de dados. Talvez você queira colocar
uma lista de nomes em ordem alfabética, compilar uma lista de níveis de inventário de produtos
do mais alto para o mais baixo ou organizar linhas por cores ou ícones. A classificação de dados
ajuda a visualizar e a compreender os dados de modo mais rápido e melhor, a organizar e
localizar dados desejados e, por fim, a tomar decisões mais efetivas.
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Classificar texto
4. Como opção, você pode fazer uma classificação que diferencie letras maiúsculas de
minúsculas.
Classificar números
2. Na guia Página Inicial, no grupo Edição, clique em Classificar e Filtrar e, em seguida, siga
um destes procedimentos:
•• Para classificar de números baixos para números altos, clique em Classificar do Menor para
o Maior.
•• Para classificar de números altos para números baixos, clique em Classificar do Maior para
o Menor.
3. Na guia Página Inicial, no grupo Edição, clique em Classificar e Filtrar e, em seguida, siga
um destes procedimentos:
•• Para classificar de uma data e hora anterior para uma data ou hora mais recente, clique em
Classificar da Mais Antiga para a Mais Nova.
•• Para classificar de uma data e hora recente para uma data ou hora mais antiga, clique em
Classificar da Mais Nova para a Mais Antiga.
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Classificar uma coluna em um intervalo de células sem afetar outros
Aviso:
Cuidado ao usar esse recurso. A classificação por uma coluna em um intervalo pode
gerar resultados indesejados, como movimentação de células naquela coluna para
fora de outras células na mesma linha.
3. Na guia Página Inicial, no grupo Edição, clique em Classificar e Filtrar e siga um dos
seguintes procedimentos, após caixa de diálogo Aviso de Classificação ser exibida.
5. Clique em Classificar.
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Valor Comentário
Os números são classificados do menor número negativo ao maior
Números
número positivo.
Datas As datas são classificadas da mais antiga para a mais recente.
O texto alfanumérico é classificado da esquerda para a direita, caractere
por caractere. Por exemplo, se uma célula contiver o texto “A100”, o
Excel a colocará depois de uma célula que contenha a entrada ”A1” e
antes de uma célula que contenha a entrada “A11”.
Os textos e os textos que incluem números, classificados como texto,
são classificados na seguinte ordem:
• 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 (espaço) ! “ # $ % & ( ) * , . / : ; ? @ [ \ ] ^ _ ` { | } ~ +
<=>ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
Texto
• Apóstrofos (') e hífens (-) são ignorados, com uma exceção: se duas
sequências de caracteres de texto forem iguais exceto pelo hífen, o texto
com hífen será classificado por último.
Observação: Se você alterou a ordem de classificação padrão para que ela
fizesse distinção entre letras maiúscula e minúsculas na caixa de diálogo
Opções de Classificação, a ordem para os caracteres alfanuméricos é a
seguinte: a A b B c C d D e E f F g G h H i I j J k K l L m M n N o O p P q Q r
RsStTuUvVwWxXyYzZ
Lógica Em valores lógicos, FALSO é colocado antes de VERDADEIRO.
Erro Todos os valores de erro, como #NUM! e #REF!, são iguais.
Na classificação crescente ou decrescente, as células em branco são
sempre exibidas por último.
Células em branco
Observação: Uma célula em branco é uma célula vazia e é diferente de
uma célula com um ou mais caracteres de espaço.
CLASSIFICAÇÃO PERSONALIZADA
Você pode usar uma lista personalizada para classificar em uma ordem definida pelo usuário.
2. Na guia Página Inicial, no grupo Edição, clique em Classificar e Filtrar e, em seguida, clique
em Personalizar Classificação.
A caixa de diálogo Classificar será exibida.
3. Em coluna, na caixa Classificar por ou Em seguida por, selecione a coluna que deseja
classificar. Se for necessário, adicione mais níveis.
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4. Em Ordenar, selecione o método desejado.
5. Clique em OK.
CONFIGURAR PÁGINA
Área de Impressão
Se você imprime frequentemente uma seleção específica da planilha, defina uma área de
impressão que inclua apenas essa seleção. Uma área de impressão corresponde a um ou mais
intervalos de células que você seleciona para imprimir quando não deseja imprimir a planilha
inteira. Quando a planilha for impressa após a definição de uma área de impressão, somente
essa área será impressa. Você pode adicionar células para expandir a área de impressão quando
necessário e limpar a área de impressão para imprimir toda a planilha.
Uma planilha pode ter várias áreas de impressão. Cada área de impressão será impressa como
uma página separada.
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1. Na planilha, selecione as células que você deseja definir como área de impressão. É possível
criar várias áreas de impressão, mantendo a tecla CTRL pressionada e clicando nas áreas
que você deseja imprimir.
Observação:
Se as células que você deseja adicionar não forem adjacentes à área de impressão
existente, uma área de impressão adicional será criada. Cada área de im- pressão em
uma planilha é impressa como uma página separada. Somente as células adjacentes
podem ser adicionadas a uma área de impressão existente.
Observação:
Se a sua planilha contiver várias áreas de impressão, limpar uma área de impressão
removerá todas as áreas de impressão na planilha.
1. Clique em qualquer lugar da planilha na qual você deseja limpar a área de impressão.
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Quebras de Página
Quebras de página são divisores que separam uma planilha (planilha: o principal documento
usado no Excel para armazenar e trabalhar com dados, também chamado planilha eletrônica,
que consiste em células organizadas em colunas e linhas e é sempre armazenada em uma pasta
de trabalho) em páginas separadas para impressão. O Microsoft Excel insere quebras de página
automáticas com base no tamanho do papel, nas configurações de margem, nas opções de
escala e nas posições de qualquer quebra de página manual inserida por você. Para imprimir
uma planilha com o número exato de páginas desejado, ajuste as quebras de página na planilha
antes de imprimi-la.
Embora você possa trabalhar com quebras de página no modo de exibição Normal, é
recomendável usar o modo de exibição Visualizar Quebra de Página para ajustá-las de forma
que você possa ver como outras alterações feitas por você (como alterações na orientação
de página e na formatação) afetam as quebras de página automáticas. Por exemplo, você
pode ver como uma alteração feita por você na altura da linha e na largura da coluna afeta o
posicionamento das quebras de página automáticas.
Para substituir as quebras de página automáticas que o Excel insere, é possível inserir suas
próprias quebras de página manuais, mover as quebras de página manuais existentes ou
excluir quaisquer quebras de página inseridas manualmente. Também é possível removê-las de
maneira rápida. Depois de concluir o trabalho com as quebras de página, você pode retornar ao
modo de exibição Normal.
Dica:
Também é possível clicar em Visualizar Quebra de Página na barra de status.
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Observação:
Se você obtiver a caixa de diálogo Bem-vindo à Visualização de Quebra de Página,
clique em OK. Para não ver essa caixa de diálogo sempre que você for para o modo de
exibição Visualização de Quebra de Página, marque a caixa de seleção Não mostrar
esta caixa de diálogo novamente antes de clicar em OK.
Dica:
Também é possível clicar com o botão direito do mouse na linha abaixo da qual ou
na coluna à direita da qual você deseja inserir uma quebra de linha e clicar em Inserir
Quebra de Página.
Imprimir Títulos
Se uma planilha ocupar mais de uma página, você poderá imprimir títulos ou rótulos de linha e
coluna (também denominados títulos de impressão) em cada página para ajudar a garantir que
os dados sejam rotulados corretamente.
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Observação:
O comando Imprimir Títulos aparecerá esmaecido se você estiver em modo de edição
de célula, se um gráfico estiver selecionado na mesma planilha ou se você não tiver
uma impressora instalada.
Dica:
Também é possível clicar no botão Recolher Caixa de Diálogo , na extremidade
direita das caixas Linhas a repetir na parte superior e Colunas a repetir à esquerda, e
selecionar as linhas ou as colunas de título que deseja repetir na planilha. Depois de
concluir a seleção das linhas ou colunas de título, clique no botão Recolher Caixa de
Diálogo novamente para voltar à caixa de diálogo.
Observação:
Se você tiver mais de uma planilha selecionada, as caixas Linhas a repetir na parte
superior e Colunas a repetir à esquerda não estarão disponíveis na caixa de diálogo
Configurar Página. Para cancelar uma seleção de várias planilhas, clique em qualquer
planilha não selecionada. Se nenhuma planilha não selecionada estiver visível, clique
com o botão direito do mouse na guia da planilha selecionada e clique em Desagrupar
Planilhas no menu de atalho.
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IMPRESSÃO
É possível imprimir planilhas e pastas de trabalho inteiras ou parciais, uma ou várias por vez. Se
os dados que você deseja imprimir estiverem em uma tabela do Microsoft Excel, você poderá
imprimir apenas a tabela do Excel.
3. Em Configurações, selecione uma opção para imprimir a seleção, a(s) planilha(s) ativa(s) ou
a pasta de trabalho inteira.
Observação:
Se uma planilha tiver áreas de impressão definidas, o Excel imprimirá apenas essas
áreas. Se você não quiser imprimir apenas uma área de impressão definida, marque a
caixa de seleção Ignorar área de impressão.
Uma única planilha Caso a guia desejada não esteja exibida, clique
nos botões de rolagem de guias para exibi-la e
clique na guia.
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Clique na guia da primeira planilha. Em seguida,
mantenha pressionada a tecla SHIFT enquanto
Duas ou mais planilhas adjacentes
clica na guia da última planilha que deseja
selecionar.
Clique na guia da primeira planilha. Em seguida,
mantenha pressionada a tecla CTRL enquanto
Duas ou mais planilhas não adjacentes
clica nas guias das outras planilhas que deseja
selecionar.
Clique com o botão direito do mouse em uma
Todas as planilhas de uma pasta de trabalho guia de planilha e clique em Selecionar Todas as
Planilhas.
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1. Dimensionamento de coluna
2. Dimensionamento de linha
Observação:
Algumas formatações, como texto colorido ou sombreamento de célula, podem ficar
com uma boa aparência na tela, mas você pode não gostar de sua aparência quando
for impressa em uma impressora branco e preto. Talvez você queira imprimir uma
planilha com as linhas de grade exibidas para que os dados, as linhas e as colunas
fiquem mais realçadas.
Recursos adicionais:
•• Visualizar páginas da planilha antes de imprimir
•• Imprimir uma planilha na orientação paisagem ou retrato
•• Inserir, mover ou excluir quebras de página manuais em uma planilha
•• Usar cabeçalhos e rodapés em impressões de planilhas
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Como selecionar várias planilhas
Uma única planilha Caso a guia desejada não esteja exibida, clique
nos botões de rolagem de guias para exibi-la e,
em seguida, clique na guia.
Dica:
Quando várias planilhas são selecionadas, [Grupo] aparece na barra de título na parte
superior da planilha. Para cancelar uma seleção de várias planilhas em uma pasta
de trabalho, clique em alguma planilha não selecionada. Se nenhuma planilha não
selecionada estiver visível, clique com o botão direito do mouse na guia da planilha
selecionada e clique em Desagrupar Planilhas.
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Dica:
Se uma planilha tiver áreas de impressão definidas, o Excel imprimirá apenas essas
áreas. Se você não quiser imprimir apenas uma área de impressão definida, marque a
caixa de seleção Ignorar área de impressão.
Todos os arquivos da pasta de trabalho que você deseja imprimir devem estar na mesma pasta.
Clique em Arquivo e em Abrir.
Atalho de teclado. Você também pode pressionar CTRL + O.
Mantenha a tecla CTRL pressionada e clique no nome de cada pasta de trabalho que você
deseja imprimir.
Siga um destes procedimentos:
Em um computador que esteja executando o Windows 7 ou Vista:
•• Clique com o botão direito do mouse na seleção e, em seguida, clique em Imprimir.
Em um computador que esteja executando o Windows XP:
•• Na caixa de diálogo Abrir, clique em Ferramentas e, em seguida, clique em Imprimir.
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Imprimir uma pasta de trabalho em um arquivo
Clique em Arquivo e em Imprimir.
Atalho de teclado. Você também pode pressionar CTRL + P.
Em Impressora, selecione Imprimir em Arquivo.
Clique no botão Imprimir.
Na caixa de diálogo Imprimir em Arquivo, em Nome do Arquivo de Saída, digite um nome
para o arquivo e clique em OK. O arquivo será exibido na pasta padrão (geralmente Meus
Documentos).
Dica:
Se você imprimir posteriormente o arquivo em um tipo de impressora diferente, as
quebras de página e o espaçamento de fonte poderão mudar.
A primeira coisa que você verá quando abrir o Excel é uma nova aparência. Ela é mais organizada
e foi desenvolvida para ajudar você a obter resultados com aparência profissional rapidamente.
Você encontrará muitos recursos novos que permitirão que você se livre de paredes de
números e desenhe imagens mais persuasivas de seus dados, que o auxiliarão a tomar decisões
melhores e com base em mais informações.
Os modelos fazem a maior parte da configuração e o design do trabalho para você, assim você
poderá se concentrar nos dados. Quando você abre o Excel 2013, são exibidos modelos para
orçamentos, calendários, formulários e relatórios e muito mais.
298 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática – Microsoft Excel 2016 – Prof. Márcio Hunecke
A nova ferramenta Análise Rápida permite que você converta seus dados em um gráfico ou
em uma tabela, em duas etapas ou menos. Visualize dados com formatação condicional,
minigráficos ou gráficos e faça sua escolha ser aplicada com apenas um clique.
www.acasadoconcurseiro.com.br 299
O Excel torna mais fácil salvar suas pastas de trabalho no seu próprio local online, como seu
OneDrive gratuito ou o serviço do Office 365 de sua organização. Também ficou mais fácil
compartilhar suas planilhas com outras pessoas. Independentemente de qual dispositivo elas
usem ou onde estiverem, todas trabalham com a versão mais recente de uma planilha. Você
pode até trabalhar com outras pessoas em tempo real. Para obter mais informações, consulte
Salvar uma pasta de trabalho na Web.
O novo botão Gráficos Recomendados na guia Inserir permite que você escolha entre uma
série de gráficos que são adequados para seus dados. Tipos relacionados de gráficos como
gráficos de dispersão e de bolhas estão sob um guarda-chuva. E existe um novo botão para
gráficos combinados: um gráfico favorito que você solicitou. Quando você clicar em um gráfico,
você também verá uma faixa de opções mais simples de Ferramentas de Gráfico. Com apenas
uma guia Design e Formatar, ficará mais fácil encontrar o que você precisa.
Três novos botões de gráfico permitem que você escolha e visualize rapidamente mudanças
nos elementos do gráfico (como títulos ou rótulos), na aparência e no estilo de seu gráfico ou
nos dados que serão mostrados. Para saber mais sobre isso, consulte Formatar seu gráfico.
300 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática – Microsoft Excel 2016 – Prof. Márcio Hunecke
Agora você pode incluir um texto sofisticado e atualizável de pontos de dados ou qualquer
outro texto em seus rótulos de dados, aprimorá-los com formatação e texto livre adicional
e exibi-los em praticamente qualquer formato. Os rótulos dos dados permanecem no lugar,
mesmo quando você muda para um tipo diferente de gráfico. Você também pode conectá-los
a seus pontos de dados com linhas de preenchimento em todos os gráficos, não apenas em
gráficos de pizza. Para trabalhar com rótulos de dados sofisticados, consulte Alterar o formato
dos rótulos de dados em um gráfico.
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Algumas outras novidades do Excel 2016
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Informática – Microsoft Excel 2016 – Prof. Márcio Hunecke
Também é possível Publicar as informações diretamente para o aplicativo Power BI, usando a
opção Arquivo → Publicar → Publicar no Power BI.
www.acasadoconcurseiro.com.br 303
Ajuda e Suporte Modernos no Aplicativo
Atualizamos a caixa Diga-me o que você
deseja fazer, na parte superior da Faixa
de Opções, com recursos de pesquisa,
recomendações e conteúdo aprimorados
para responder às suas perguntas de forma
mais rápida e eficiente. Agora, quando você
pesquisa um determinado item, função ou
tarefa, o Excel exibe uma grande variedade
de opções. Se for uma tarefa rápida, o Excel
tentará apresentar uma solução para você
diretamente no painel Diga-me. Se for
uma questão mais complexa, mostraremos
um tópico da Ajuda mais adequado às suas necessidades. Experimente para ver como você
consegue encontrar rapidamente o que está procurando.
Novas Temas
Para alterar a cor do Plano de Fundo e o Tema de todos os programas do Office, vá para Arquivo
→ Conta em qualquer programa aberto do Office e, em seguida, clique no menu suspenso ao
lado de Tema do Office. (Ou vá para Arquivo → Opções → Geral → Tema do Office). Os temas
disponíveis são: Colorido, Cinza Escuro, Preta e Branco.
304 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática – Microsoft Excel 2016 – Prof. Márcio Hunecke
Mapas 3D
O Power Map, nossa ferramenta de visualização geoespacial 3D mais conhecida, foi renomeado
e agora vem interno no Excel. Esse recurso está disponível para todos os clientes do Excel 2016.
Este conjunto inovador de recursos para compartilhamento de histórias foi renomeado como
Mapas 3D e pode ser encontrado junto com outras ferramentas de visualização clicando em
Mapas 3D na guia Inserir.
www.acasadoconcurseiro.com.br 305
Previsão em um clique
Nas versões anteriores do Excel, somente a previsão linear estava disponível. No Excel 2016,
a função PREVISÃO foi estendida para permitir previsões baseadas na Suavização Exponencial
(como FORECAST.ETS() …). Essa funcionalidade também está disponível como um novo botão
de previsão de clique único. Na guia Dados, clique no botão “Planilha de Previsão” para
criar rapidamente uma visualização de previsão da série de dados. A partir do assistente,
você também pode encontrar opções para ajustar parâmetros comuns de previsão, como
sazonalidade, o que é automaticamente detectado por padrão e intervalos de confiança.
Novos modelos
O Excel 2016 segue apresentando modelos quando a aplicativo é iniciado, assim como na
versão 2013. Três modelos que foram incluídos merecem destaque. “Análise do fluxo de caixa”
e “Estoque de Armazém”. Esses modelos controlam o que você ganha, quanto você gasta e
onde ocorrem seus gastos. Além disso, analise com rapidez e compare o desempenho das ações
selecionadas com o passar do tempo. Outro modelo importante “Informações do calendário”
que exibe o seu calendário em forma de painel e analise os dados. Você terá um melhor controle
sobre como gasta seu tempo e poderá identificar maneiras de aproveitar melhor os seus dias.
306 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática
O correio eletrônico tornou-se popular devido a sua grande facilidade em quebrar barreiras
geográficas. Pessoas que estão em diferentes continentes podem se comunicar livremente
(desde que possuam computadores ou qualquer outro dispositivo com tal funcionalidade
conectados à Internet), enviando e recebendo mensagens a qualquer hora do dia e para
qualquer parte do mundo.
Formato padrão para um endereço de e-mail no Brasil: nomedousuario@nomedaempresa.
com.br. Ex.: marcio@acasadoconcurseiro.com.br
O acesso ao e-mail pode ser realizado através do navegador de internet (Webmail) ou através de
aplicativos/ferramentas especializadas para acesso ao correio eletrônico. A principal vantagem
dos webmails é a mobilidade, pois é necessário apenas um computador com navegador e
acesso à internet. A utilização de aplicativos traz a possibilidade de acesso aos e-mails sem
a necessidade de conexão com a internet (modo off-line) e normalmente as ferramentas
disponibilizam mais recursos de organização e pesquisa dos e-mails.
As principais ferramentas do mercado são:
•• Mozilla Thunderbird – Aplicativo baseado em software livre, gratuito e disponível para
Windows, Linux e Mac OS.
•• Microsoft Outlook – Aplicativo baseado em software proprietário, comercializado
juntamente com o pacote Microsoft Office e disponível para Windows e Mac OS.
•• Outlook Express – Aplicativo baseado em software proprietário que vinha com o Windows
XP. Não tem versões para Windows 7 ou superiores. Produto descontinuado desde 8 de
abril de 2014 juntamente com o Windows XP.
•• Windows Live Mail – Aplicativo baseado em software proprietário, gratuito e parte de um
pacote de softwares da Microsoft chamado Windows Essentials. A Microsoft descontinuou
esse pacote e fornecerá/forneceu somente até 10 de janeiro de 2017.
•• Eudora – Software gratuito, disponível para Windows e Mac OS. Foi descontinuado em 10
de novembro de 2006.
•• Outlook ou E-mail – Aplicativo interno do Windows 8, Windows 8.1 e Windows 10.
www.acasadoconcurseiro.com.br 307
As duas principais empresas com soluções mundialmente utilizadas de webmail são o Google
e a Microsoft. A solução do Google se chama Gmail.com e a solução do Microsoft se chama
Outlook.com. Anteriormente se chamava Hotmail.com.
Protocolos de e-mail
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Informática – E-mail: Conceitos Gerais – Prof. Márcio Hunecke
Acima o fluxo de mensagens quando remetente e destinatário utilizam aplicativos para e-mail.
Envio utiliza sempre SMTP e o recebimento pode ser com POP ou com IMAP.
Principais pastas
As pastas são utilizadas para organizar as mensagens. Todas as soluções possuem as pastas
abaixo e também permitem a criação de novas, para atender as necessidades de cada usuário.
•• Entrada: também chamada de Caixa de Entrada. Nesta caixa, são armazenadas todas as
mensagens recebidas, sem exceção.
•• Saída: quando uma mensagem é composta e o aplicativo está em modo off-line, a
mensagem é armazenada nesta caixa até a conexão ser feita e aplicativo receber o
comando para a mensagem ser enviada ou, conforme a configuração, ela pode ser
enviada automaticamente quando o programa se tornar on-line. É possível escrever várias
mensagens em Modo off-line e depois se conectar para enviá-las todas de uma só vez.
•• Enviados: toda vez que uma mensagem é enviada, ela vai para o destinatário e também
fica armazenada na caixa de Enviados ou também chamada de Itens Enviados.
•• Lixeira: quando uma mensagem é excluída de uma pasta, ela vai para a Lixeira. Para
restaurar uma mensagem, é necessário movê-la para a caixa original. Quando se apaga
uma mensagem dessa pasta, ela será excluída permanentemente.
•• Rascunhos: pasta onde se pode manter uma mensagem que não se deseja enviar. Para
colocar uma mensagem nesta pasta, deve-se salvá-la, em vez de enviá-la.
•• Lixo eletrônico: pasta para onde as mensagens são movidas quando as ferramentas
detectarem ela como SPAM ou lixo eletrônico.
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Campos utilizados
Ao redigir uma nova mensagem, diversos campos estão disponíveis. Alguns são obrigatórios e
outros opcionais.
Campo DE: já vem preenchido automaticamente com a conta padrão configurada. Se houver
mais de uma conta cadastrada, o remetente poderá alterar a conta padrão e enviar com outro
e-mail. Esse campo é o único que precisa estar preenchido.
Campo PARA: utilizado para o identificar o destinatário principal da mensagem. Campo pode
conter mais de um destinatário e é opcional, desde que algum destinatário seja incluído em
outro campo (CC ou CCO).
Campo CC: (com cópia ou cópia carbonada) utilizado para identificar o destinatário que deve
tomar conhecimento da mensagem ou também conhecido como destinatário secundário.
Campo pode conter mais de um destinatário e é opcional, desde que algum destinatário seja
incluído em outro campo (PARA ou CCO).
Campo CCO: (com cópia oculta ou cópia carbonada oculta) este campo permite que o usuário
envie mensagens para um ou mais destinatários sem que os que receberam, por intermédio de
Para e Cc, fiquem sabendo. Campo pode conter mais de um destinatário e é opcional, desde
que algum destinatário seja incluído em outro campo (PARA ou CC).
Campo Assunto: digite um título para a mensagem. Campo opcional, mas se não for preenchido,
provavelmente será alertado ao enviar a mensagem.
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Informática – E-mail: Conceitos Gerais – Prof. Márcio Hunecke
Campo Anexar: Clique no botão “Anexar”, normalmente representado por um clips , selecione
o arquivo a ser anexado e clique “Abrir”. Em seguida, clique em Anexar. O tamanho máximo de
cada arquivo anexo, pode variar de uma solução para outra, mas atualmente o tamanho
“máximo” aceitável fica em outro de 20Mb.
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Informática
ALGUNS CONCEITOS
ENDEREÇO IP – Cada host, ou seja, cada computador ou equipamento que faz parte de uma
rede deve ter um endereço pelo qual é identificado nela. Em uma rede TCP/IP, todos os hosts
têm um endereço IP. A atribuição do endereço IP poderá ser fixo ou dinâmico.
IP FIXO – Será um IP Fixo quando o administrador da rede atribuir um número ao equipamento.
Esse número permanecerá registrado no equipamento mesmo quando ele estiver desligado.
IP DINÂMICO – Este IP não será atribuído pelo administrador da rede e sim por meio de
um software chamado DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol) que tem como função
a atribuição de IP a cada equipamento que se conectar à rede. Neste tipo de IP, quando
o equipamento for desconectado da rede, perderá o seu número e só obterá um novo ou o
mesmo número quando se conectar novamente. É o tipo de IP utilizado pelos provedores
quando um usuário se conecta à Internet.
IPV4 – O endereço contém 32 bits (binário) e é dividido em quatro octetos (4 X 8 bits) separados
por um ponto. Cada octeto é representado em binário por ter números entre 0 e 255. Exemplos:
10.10.10.10, 192.168.1.0.
IVP6 – O endereço contém 128 bits (binário) e é dividido em oito partes representadas em
hexadecimal separadas por dois pontos. Exemplo: fe80:0000:0000:0000:4c5b:7bcc:ce79:ab64.
O IPV6 é a solução para dois problemas atuais: falta de endereços IPV4 na Internet e o baixo
nível de segurança padrão das comunicações IPV4.
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Observação:
O endereço IPV4 e IPV6 de cada host na mesma rede deverá ser exclusivo; pois, caso
contrário, gerará um conflito de rede.
LOGIN – A cada usuário será atribuída pelo administrador da rede uma identificação também
chamada de LOGIN (nome de usuário). O login deverá ser exclusivo; pois, caso contrário, gerará
um conflito de rede.
LOGON – É o processo de se conectar a uma rede. Iniciar uma sessão de trabalho em uma rede.
LOGOFF OU LOGOUT – É o processo de se desconectar de uma rede. Encerrar uma sessão de
trabalho em uma rede.
INTERNET
Internet é uma rede mundial de computadores. Interliga desde computadores de bolso até
computadores de grande porte.
Browser ou Navegador: é um programa que permite a fácil navegação na Internet para acessar
todos os serviços. O programa permite o acesso e a navegação por interfaces gráficas (ícones),
traduzindo-as em comando de forma transparente para o usuário.
Os navegadores mais comuns são: Internet Explorer; Mozilla Firefox; Google Chrome; Apple
Safari; Opera.
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Informática – Internet/Intranet – Prof. Márcio Hunecke
comercialmente para usuários domésticos pelo seu alto custo, porém muito útil para áreas
afastadas onde os demais serviços convencionais não estão disponíveis. Velocidade padrão é
de 1Mbps.
Celular: o dispositivo utilizado é um modem. Tecnologia 3G (3ª geração), que funciona através
das antenas de celular e velocidade de 3 Mbps. A grande vantagem desse tipo de conexão é a
mobilidade, ou seja, enquanto estamos conectados poderemos nos deslocar dentro de uma
área de abrangência da rede, sem a necessidade de ficarmos em um lugar fixo. 4G é a sigla
para a Quarta Geração de telefonia móvel para prover velocidades de acesso entre 100 Mbit/s
em movimento e 1 Gbit/s em repouso, mantendo uma qualidade de serviço (QoS) de ponta a
ponta (ponto-a-ponto) de alta segurança para permitir oferecer serviços de qualquer tipo, a
qualquer momento e em qualquer lugar.
FTTH: (Fiber To The Home): é uma tecnologia de interligação de residências através de fibra
ópticas para o fornecimento de serviços de TV digital, radio digital, acesso à Internet e telefonia.
A fibra óptica é levada até as residências, em substituição aos cabos de cobre ou cabos coaxiais
(utilizados em televisão a cabo). As residências são conectadas a um ponto de presença da
operadora de serviços de telecomunicações. Em 2013, algumas operadoras passaram a oferecer
velocidade de 150 Mbps a custos bem acessíveis.
DNS
DNS, abreviatura de Domain Name System (Sistema de Nomes de Domínio), é um sistema de
gerenciamento de nomes de domínios, que traduz o endereço nominal digitado no navegador
para o endereço numérico (IP) do site. O nome de domínio foi criado com o objetivo de facilitar
a memorização dos endereços de computadores na Internet. Sem ele, teríamos que memorizar
os endereços IPs.
O registro de domínios no Brasil é feito pela entidade Registro.br (Registro de Domínios para a
Internet no Brasil). Quando o site é registrado no Brasil utiliza-se a sigla BR. Quando não tem o
código do país significa que o site foi registrado nos EUA.
Alguns tipos de domínio:
•• .com – instituição comercial.
•• .gov – instituição governamental.
•• .net – empresas de telecomunicação.
•• .edu – instituições educacionais
•• .org – organizações não governamentais.
•• .jus – relacionado com o Poder Judiciário.
•• Outros exemplos de domínios: adv; inf; med; nom.
Domínio é uma parte da rede ou da internet que é de responsabilidade de alguém e dá o direito
e a responsabilidade para de usar alguns serviços na internet.
www.acasadoconcurseiro.com.br 315
TIPOS DE SERVIÇOS DISPONIBILIZADOS NA INTERNET
WWW (World Wide Web) – significa rede de alcance mundial e é um sistema de documentos
em hipermídia que são interligados e executados na internet. Os documentos podem estar
na forma de vídeos, sons, hipertextos e figuras. Para visualizar a informação, utiliza-se um
programa de computador chamado navegador.
E-MAIL – é um serviço que permite compor, enviar e receber mensagens através de sistemas
eletrônicos de comunicação.
FTP (File Transfer Protocol – Protocolo de Transferência de arquivos) – serviço para troca de
arquivos e pastas. Permite copiar um arquivo de uma máquina para outra.
PROTOCOLOS
Na ciência da computação, um protocolo é uma convenção ou padrão que controla e possibilita
uma conexão, comunicação ou transferência de dados entre dois sistemas computacionais. De
maneira simples, um protocolo pode ser definido como "as regras que governam" a sintaxe,
semântica e a sincronização da comunicação. Os protocolos podem ser implementados pelo
hardware, software ou por uma combinação dos dois.
HTTP (Hypertext Transfer Protocol – Protocolo de Transferência de Hipertextos) – permite a
transferência de documentos da Web, de servidores para seu computador.
HTTPS: é uma combinação do protocolo HTTP sobre uma camada de segurança, normalmente
SSL (Secure Sockets Layer). Essa camada adicional faz com que os dados sejam transmitidos
através de uma conexão criptografada, porém para que o site seja considerado seguro, deve
ter também um certificado digital válido, que garante a autenticidade e é representado por um
pequeno cadeado no Navegador.
HTML: É uma linguagem de programação para produzir sites.
316 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática
Nesta apostila iremos trabalhar com os navegadores Internet Explorer, Mozilla Firefox e Google
Chrome.
BARRA DE FERRAMENTAS
O Internet Explorer possui diversas barras de ferramentas, incluindo a “Barra de menus”, a “Barra
de Favoritos”, a “Barra de comandos” e a “Barra de status”. Há também a Barra de Endereços,
na qual você pode digitar um endereço da Web. A “Barra de status” exibe mensagens como o
progresso do download da página. A única barra visível na configuração padrão é a Barra de
Endereços, todas as outras estão ocultas quando o navegador é instalado.
Internet Explorer 11
O Mozilla Firefox em sua versão 50 possui a “Barra de menus” e a “Barra de favoritos”. O local
para digitação do endereço do site é chamado de “Barra de endereço” e diferentemente dos
outros navegadores ainda apresenta a “Barra de Pesquisa”.
www.acasadoconcurseiro.com.br 317
Mozilla Firefox 50
Google Chrome 55
Obs: Os ícones apresentados serão sempre na ordem: Internet Explorer, Mozilla Firefox e Google
Chrome e as teclas de atalhos aplicam-se ao Internet Explorer.
Barra de endereços
A “Barra de endereços” é um espaço para digitar o endereço da página que você deseja acessar.
Pesquisar na web é mais fácil com a “Barra de endereços” que oferece sugestões, histórico e
preenchimento automático enquanto você digita. Você pode também alterar rapidamente os
provedores de pesquisa (“Mecanismos de pesquisa” no Firefox e Chrome), clicando na seta à
direita da “lupa” e escolhendo o provedor que você quer usar. No Internet Explorer, se quiser
adicionar novos provedores, basta clicar no botão “Adicionar”.
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Informática – Navegadores: Conceitos Gerais – Prof. Márcio Hunecke
Botão Ir para
Com a mesma função da tecla ENTER, esse botão inicia a pesquisa ou a abertura do conteúdo do
site digitado na barra de endereços. Esse botão fica disponível apenas quando algum caractere
está sendo digitado na barra de endereços do Internet Explorer ou Mozilla Firefox. O Chrome
não mostra esse botão.
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Botão Interromper (Esc)
Interrompe a exibição da página que está sendo aberta. Isso evita que o usuário termine de
carregar uma página que não deseja mais visualizar.
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Informática – Navegadores: Conceitos Gerais – Prof. Márcio Hunecke
No Google Chrome a página “Nova guia” apresenta uma barra de pesquisa do Google e os 8
sites mais visitados. No canto superior direito aparecem atalhos para abrir o “Gmail”, para
alterar a barra de pesquisa do Google para “Imagens” e também atalhos para os aplicativos do
Google .
Para ativar “Guias Rápidas” no IE 9 e IE 10, clicar no botão Ferramentas, Opções da Internet,
guia Geral, botão Guias.
Para abrir uma página da Web usando guias rápidas clique na miniatura da página da Web que
você deseja abrir.
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Exibir Favoritos, Feeds e Histórico (Alt + C)
Favoritos (CTRL + I)
Os favoritos do Internet Explorer são links para sites que você visita com frequência. Para
adicionar o site que você estiver visualizando à lista de favoritos clique no Botão Favoritos e
depois em “Adicionar a favoritos” ou pressione as teclas CTRL + D. Para gerenciar Favoritos no
Mozilla Firefox, clicar no botão , escolher a opção “Exibir todos os favoritos” (CTRL + SHIFT +
B) e então será apresentada uma nova janela denominada “Biblioteca”. Para adicionar o site
aberto na lista de favoritos, clicar no botão . No Google Chrome a adição de sites é realizada
através do botão que fica bem à direita da Barra de Endereços. Para organizar os Favoritos,
clicar no botão Menu e escolher a opção “Favoritos” → “Gerenciador de Favoritos”.
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Informática – Navegadores: Conceitos Gerais – Prof. Márcio Hunecke
Histórico (CTRL + H)
Para exibir o histórico de páginas da Web visitadas no Internet Explorer clique no botão
Favoritos e, em seguida, clique na guia Histórico. Clique no site que deseja visitar. A lista do
histórico pode ser classificada por data, nome do site, páginas mais visitadas ou visitadas mais
recentemente, clicando na lista que aparece na guia Histórico e é armazenada, por padrão por
20 dias no Internet Explorer. Os outros navegadores armazenam por diversos meses.
Durante a navegação na Web, o navegador armazena informações sobre os sites visitados,
bem como as informações que você é solicitado a fornecer frequentemente aos sites da Web
(como, por exemplo, nome e endereço). O Internet Explorer armazena os seguintes tipos de
informações:
•• Arquivos de Internet temporários;
•• Cookies;
•• Histórico dos sites visitados;
•• Informações inseridas nos sites ou na barra de endereços;
•• Senhas da Web salvas;
O armazenamento dessas informações acelera a navegação, mas você pode excluí-las se, por
exemplo, estiver usando um computador público e não quiser que as informações pessoais
fiquem registradas.
Mesmo quando seu histórico de navegação for excluído, sua lista de favoritos ou Feeds
assinados não o será. Você pode usar o recurso Navegação InPrivate do Internet Explorer para
não deixar histórico enquanto navega na Web.
No Firefox, ao clicar no botão Menu, aparece a opção que permite verificar o histórico. No
Chrome também há uma forma rápida de acessar. Basta clicar no botão Menu e escolher a
opção “Histórico” e novamente “Histórico”.
BARRA DE FAVORITOS
A Barra de Favoritos inclui não apenas seus links favoritos, mas também Feeds e Web Slices.
Você pode arrastar links, tanto da Barra de endereços quanto de páginas da Web, para a Barra
de Favoritos de modo que suas informações favoritas estejam sempre ao alcance de um clique.
Você também pode reorganizar os itens na sua barra Favoritos ou organizá-los em pastas. Além
disso, você pode usar Feeds ou Web Slices para verificar se há atualizações de conteúdo em
seus sites favoritos sem precisar navegar por eles.
www.acasadoconcurseiro.com.br 323
Adicionar a barra de favoritos
A opção adiciona o site atual à barra de favoritos do Internet Explorer. Para adicionar um site
na Barra de Favoritos do Mozilla Firefox, é necessário clicar com botão da direita sobre a Barra
de Favoritos e escolher a opção “Novo Favorito”. No Chrome funciona da mesma forma, mas a
opção se chama “Adicionar página”.
Quando visível, a barra de Comandos oferece acesso fácil a praticamente qualquer configuração
ou recurso no Internet Explorer.
Botão Segurança
324 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática – Navegadores: Conceitos Gerais – Prof. Márcio Hunecke
Filtragem InPrivate (IE 8), Proteção contra Rastreamento (IE 9 e superiores), Não me
rastreie, Enviar uma solicitação “Não rastrear”.
A Filtragem InPrivate ajuda a evitar que provedores de conteúdo de sites coletem informações
sobre os sites que você visita.
A Filtragem InPrivate analisa o conteúdo das páginas da Web visitadas e, se detectar que o mes-
mo conteúdo está sendo usado por vários sites, ela oferecerá a opção de permitir ou bloquear
o conteúdo. Você também pode permitir que a Filtragem InPrivate bloqueie automaticamente
qualquer provedor de conteúdo ou site de terceiros detectado.
www.acasadoconcurseiro.com.br 325
programas que manifestam comportamento ilegal, viral, fraudulento ou mal-intencionado. O
Mozilla Firefox tem essa funcionalidade, mas não há um nome definido, quatro opções estão
disponíveis, conforme abaixo.
No Google Chrome também não há um nome para essa funcionalidade e ela é ativada ou
desativada, não permitindo configurações.
326 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática – Navegadores: Conceitos Gerais – Prof. Márcio Hunecke
GUIA GERAL
Home Page
Permite configurar a página que será exibida ao iniciar o navegador ou ao clicar o botão home.
Pode-se ter mais de uma página configurada, nesse caso o navegador exibirá cada uma delas
em uma guia, na ordem em que forem incluídas.
Existem também as opções usar padrão (Home Page da Microsoft) ou usar em branco (inicia o
navegador com uma página em branco).
Histórico de Navegação
Arquivos temporários da internet: As páginas da Web são armazenadas na pasta Arquivos de
Internet Temporários quando são exibidas pela primeira vez no navegador da Web. Isso agiliza
a exibição das páginas visitadas com frequência ou já vistas porque o Internet Explorer pode
abri-las do disco rígido em vez de abri-las da Internet.
Pesquisa
Permite adicionar ou remover os sites provedores de pesquisa e, ainda, definir qual deles será
o padrão.
Guias
Permite alterar as configurações da navegação com guias, como por exemplo, habilitar ou
desabilitar a navegação com guias, avisar ao fechar várias guias e habilitar guias rápidas.
Aparência
Permite alterar configurações de cores, idiomas, fontes e acessibilidade.
www.acasadoconcurseiro.com.br 327
GUIA PRIVACIDADE
Cookies: Um arquivo de texto muito pequeno colocado em sua unidade de disco rígido por
um servidor de páginas da Web. Basicamente ele é seu cartão de identificação e não pode ser
executado como código ou transmitir vírus.
Os sites usam cookies para oferecer uma experiência personalizada aos usuários e reunir
informações sobre o uso do site. Muitos sites também usam cookies para armazenar
informações que fornecem uma experiência consistente entre seções do site, como carrinho de
compras ou páginas personalizadas. Com um site confiável, os cookies podem enriquecer a sua
experiência, permitindo que o site aprenda as suas preferências ou evitando que você tenha
que se conectar sempre que entrar no site. Entretanto, alguns cookies, como aqueles salvos
por anúncios, podem colocar a sua privacidade em risco, rastreando os sites que você visita.
Os cookies temporários (ou cookies de sessão) são removidos do seu computador assim que
você fecha o Internet Explorer. Os sites os usam para armazenar informações temporárias,
como itens no carrinho de compras.
Bloqueador de Pop-ups: O Bloqueador de Pop-ups limita ou bloqueia pop-ups nos sites que
você visita. Você pode escolher o nível de bloqueio que prefere, ative ou desative o recurso
de notificações quando os pop-ups estão bloqueados ou criar uma lista de sites cujos pop-ups
você não deseja bloquear.
328 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática – Navegadores: Conceitos Gerais – Prof. Márcio Hunecke
As outras guias importantes do Firefox são: Conteúdo (opção “Bloquear janelas popup”),
Privacidade (opção “Não me rastreie” e gerenciamento dos Cookies) e Segurança (Proteção
contra Phishing), conforme figuras abaixo.
www.acasadoconcurseiro.com.br 329
CONFIGURAÇÕES (GOOGLE CHROME)
A maior parte das configurações do Chrome são acessadas através do “Menu” e opção “Con-
figurações”.
Os principais grupos de configuração são: Inicialização, Pesquisar e Privacidade.
330 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática – Navegadores: Conceitos Gerais – Prof. Márcio Hunecke
www.acasadoconcurseiro.com.br 331
Planilha Comparativa dos Navegadores
332
Navegador Internet Explorer 8 Internet Explorer 9 a 11 Mozilla Firefox Mozilla Firefox
Barra de Endereços/Navegação Barra de Endereços Barra de Endereços Barra de Endereços Barra de Endereços - Omnibox
Barra de Pesquisar e Nome Sim – Provedor de Pesquisa Não – Provedor de Pesquisa Sim – Mecanismo de Pesquisa Não – Mecanismo de Pesquisa
Navegação Privada Navegação InPrivate Navegação InPrivate Navegação Privativa Navegação anônima
Configurações de Bloqueador de Pop- Ferramentas → Opções da Ferramentas → Opções de Internet Pop-ups → Conteúdo Configurações → Privacidade →
ups e Cookies Internet → Guia Privacidade → Guia Privaciade Cookies → Privacidade Configurações de conteúdo
Sincronização das configurações Não Não Sim, através do Sync Sim, fazendo login no Chrome
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Fabricante Microsoft Microsoft Mozilla Foundation Google
* Barra de tarefas (arrastando a * Área de Trabalho (arrastar ícone * Área de trabalho (Menu - mais ferra-
Criação de atelhos para Sites Não guia) da barra de endereço) mentas)
* Menu Iniciar (Opções da Internet)
Filtragem ActiveX
a) Internet Explorer 8: Funcionalidade não disponível.
e) Internet Explorer 9, 10 e 11: Botão Ferramentas → Segurança → Filtragem ActiveX.
b) Mozilla Firefox 50: Funcionalidade não disponível.
c) Google Chrome 55: Funcionalidade não disponível.
www.acasadoconcurseiro.com.br 333
Bloqueador de Pop-ups
a) Internet Explorer 8: Menu Ferramentas → Opções da Internet → Privacidade → “Ativar
Bloqueador de Pop-ups” no grupo “Bloqueador de Pop-ups”.
b) Internet Explorer 9, 10 e 11: Botão Ferramentas → Opções da Internet → Privacidade
→“Ativar Bloqueador de Pop-ups” no grupo “Bloqueador de Pop-ups”.
c) Mozilla Firefox 50: Menu → Opções → Conteúdo → Bloquear janelas popup.
d) Google Chrome 55: Botão Menu → Configurações → Mostrar configurações avançadas
→ Configurações de Conteúdo → “Não permitir que nenhum site mostre pop-ups
(recomendado)” no grupo “Pop-ups”.
Página Inicial
a) Internet Explorer 8: Menu Ferramentas → Opções da Internet → Geral → Digitar uma URL
em cada linha.
b) Internet Explorer 9, 10 e 11: Botão Ferramentas → Opções da Internet → Geral → Digitar
uma URL em cada linha.
c) Mozilla Firefox 50: Botão Menu → Opções → Geral → Digitar as URLs separadas por |
(pipe).
d) Google Chrome 55: Botão Menu → Configurações → “Abre uma página específica ou um
conjunto de páginas” no grupo “Inicialização”.
334 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática
MECANISMOS DE BUSCA
Os principais sites utilizados como mecanismos de buscas atualmente são Google, Yahoo e Bing
(Microsoft). A forma de pesquisar varia de navegador para navegador. No Internet Explorer 9,
10 e no Google Chrome, não existe a Barra de Pesquisa. Nestes navegadores, a pesquisa pode
ser realizada diretamente na Barra de Endereços. Para escolher onde fazer a pesquisa, definir
o Provedor de Pesquisa padrão no item “Gerenciar Complementos” do Internet Explorer 9, por
exemplo.
Geralmente, todas as palavras inseridas na consulta serão usadas.
Noções básicas:
As pesquisas nunca diferenciam o uso de maiúsculas e minúsculas.
Geralmente, a pontuação é ignorada, incluindo @ # $ % ^ & * ( ) = + [ ] \ e outros
caracteres especiais.
Para garantir que as pesquisas do Google retornem os resultados mais relevantes,
existem algumas exceções às regras citadas acima.
www.acasadoconcurseiro.com.br 335
O objetivo dos buscadores é oferecer a você resultados que sejam claros e de fácil leitura. O
resultado básico de uma pesquisa incluirá o título com o link para a página, uma descrição curta
ou um trecho real da página da web e do URL da página.
O operador OR: Por padrão, o Google considera todas as palavras em uma pesquisa. Se você
deseja que qualquer uma das palavras pesquisadas retorne resultados, poderá usar o operador
OR (observe que você precisará digitar OR em LETRAS MAIÚSCULAS). Por exemplo, [campeão
brasileiro 1994 OR 2005] retornará resultados sobre qualquer um desses anos, enquanto [
campeão brasileiro 1994 2005 ] (sem OR) mostrará páginas que incluam ambos os anos na
mesma página.
Pesquisa de frase (“texto”): Ao colocar conjuntos de palavras entre aspas, você estará dizendo
ao Google para procurar exatamente essas palavras nessa mesma ordem, sem alterações.
Termos a serem excluídos (-): Colocar um sinal de menos antes de uma palavra indica que você
não deseja que apareçam nos resultados as páginas que contenham essa palavra. O sinal de
menos deve aparecer imediatamente antes da palavra, precedida por um espaço. Por exemplo,
na consulta [ couve-flor ], o sinal de menos não será interpretado como um símbolo de exclusão,
enquanto que a consulta [ couve -flor ] pesquisará por ocorrências de “couve” em sites que não
apresentem a palavra flor. Você poderá excluir quantas palavras desejar, usando o sinal - antes
de todas, como, por exemplo [ universal -studios -canal -igreja ]. O sinal - pode ser usado para
excluir mais do que palavras. Por exemplo, coloque um hífen antes do operador “site:” (sem
espaço) para excluir um site específico dos resultados de pesquisa.
Pesquisa exata (+): O Google emprega sinônimos automaticamente, de maneira que sejam
encontradas páginas que mencionem, por exemplo, “catavento” nas consultas por [ cata vento
] (com espaço), ou prefeitura de Porto Alegre para a consulta [ prefeitura de poa ]. No entanto,
às vezes o Google ajuda um pouco além da conta, fornecendo um sinônimo quando você não
o deseja. Colocar um sinal + antes de uma palavra, sem deixar um espaço entre o sinal e a
palavra, você estará informando ao Google que está procurando por resultados idênticos ao
que digitou. Colocar palavras entre aspas também funcionará do mesmo modo.
Pesquisa em um site específico (site): O Google permite que se especifique de qual site deverão
sair os resultados de pesquisa. Por exemplo, a consulta [ iraque site:estadao.com.br ] retornará
páginas sobre o Iraque, mas somente dentro do site estadao.com.br.
SafeSearch (Google) ou Filtro Familiar (Yahoo) ou Pesquisa Segura (Bing) : Muitas pessoas
preferem não ter conteúdo adulto em seus resultados de pesquisa (especialmente quando
compartilham com crianças o mesmo computador). Os filtros do SafeSearch fornecem
a capacidade de alterar as configurações de seu navegador a fim de impedir que sites com
conteúdo adulto apareçam em seus resultados de pesquisa. Nenhum filtro é 100% preciso, mas
o SafeSearch ajuda a evitar grande parte desse tipo de conteúdo. Para ativar ou desativar, visite
a página “Configurações de pesquisa”.
Pesquisas avançadas: Os buscadores normalmente permitem pesquisas avançadas. Para
acessar as pesquisas avançadas do Google, clicar na “engrenagem”, bem à direita da página.
336 www.acasadoconcurseiro.com.br
Informática – Buscadores – Prof. Márcio Hunecke
Você pode usar qualquer um dos filtros a seguir quando visitar a página “Pesquisa avançada”:
•• Idioma
•• Região (por país)
•• Data da última atualização (último dia, semana, mês ou ano)
•• Onde os termos de pesquisa aparecem na página (título, texto, URL, links)
•• Tipo de arquivo (PDF, PPT, DOC, XLS...)
•• Direitos de uso (sem restrição, compartilhado, comercial)
Outras funcionalidades (em 13/09/2014 eram 47 ao todo)
•• Encontre páginas relacionadas (related:<URL>)
•• Pesquisa por números em uma faixa (TV Sony R$300..R$500)
•• Faça conversões numéricas (miles to km)
•• Faça conversões monetárias (usd para reais)
•• Verifique o clima (clima Porto Alegre)
•• Calcule qualquer coisa (100*3,14-cos(83))
Lista completa: http://www.google.com/intl/pt-BR/insidesearch/tipstricks/all.html
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Atualidades
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Atualidades
Em outubro de 2010, em segundo turno, o Brasil elege pela primeira vez uma mulher como
Chefe do poder executivo. Dilma Rousseff (mineira de Belo Horizonte) tomou posse do cargo
de Presidente da República Federativa do Brasil, prestando, assim como os demais presidentes
eleitos na Nova República, juramento solene perante o Congresso Nacional em 1º de janeiro de
2011. Dilma deu continuidade aos programas do governo Lula tais como. O Luz para Todos, que
beneficiou mais de 3 milhões de famílias até 2013, a segunda fase do PAC que foram disponibi-
lizados recursos na ordem de R$ 1,59 trilhão em uma série de investimentos, tais como trans-
portes, energia, cultura, meio ambiente, saúde, área social e habitação, e do programa Minha
Casa, Minha Vida que obteve investimentos na cifra de R$ 34 bilhões da qual foram construídas
1 milhão de moradias na primeira fase, e 2 milhões de moradias com investimentos de R$ 125,7
bilhões na segunda fase do programa.
Em junho de 2013, irromperam no país inúmeras manifestações populares, quando milhões de
pessoas saíram às ruas em todos os estados para contestar os aumentos nas tarifas de trans-
porte público, a truculência das policiais militares estaduais, além de outras reivindicações. En-
tre os principais desafios do país para o futuro estão um salto qualitativo na educação e saúde,
a desburocratização do empreendedorismo e uma resposta eficiente aos crescentes problemas
de segurança pública e favelização dos centros urbanos. Tais manifestações resultaram em ju-
lho de 2013 no lançamento do programa mais médicos que teve como objetivo levar 15 mil
profissionais da saúde para atender regiões carentes do Brasil. O Brasil sedia em 2014 a Copa
do Mundo de futebol. No final do primeiro governo de Dilma, é deflagrada a Operação Lava
Jato, do qual é apurado um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou mais de 10
bilhões de reais, sendo considerado pela polícia federal o maior esquema de corrupção da his-
tória do Brasil.
Após as polarizadas eleições presidenciais de 2014, Rousseff é reeleita com 51,64% dos votos
válidos, ao derrotar em segundo turno o candidato Aécio Neves. Durante a campanha eleito-
ral, um acidente aéreo vitimou o candidato Eduardo Campos do PSB. Em março de 2015 novos
protestos acontecem em vários estados principalmente contra a corrupção, especialmente por
conta da Operação Lava Jato conduzida pela Polícia Federal. Como efeito da enorme e crescen-
te insatisfação popular com o governo, a base política da presidente foi se deteriorando e um
processo de impeachment contra a presidente é iniciado em dezembro do mesmo ano com
base em várias acusações, incluindo as chamadas "pedaladas fiscais" cometidas em seu go-
verno. O ato causa grande controvérsia e divide o país entre grupos antigovernistas (majorita-
riamente de direita) e pró-governo (majoritariamente de esquerda). Em 17 de abril de 2016, a
Câmara dos Deputados aprova o início do processo, que a partir de então é encaminhado para
análise no Senado.
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Governo Michel Temer
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Atualidades – Fatos da Atualidade do Brasil – Prof. Thiago Scott
Em 31 de agosto de 2016, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, foi destituída do cargo após
a conclusão de um processo de impeachment, aberto contra ela em 12 de maio do mesmo
ano. Entretanto, Dilma Rousseff não perdeu seus direitos políticos com a destituição, isto é,
não ficou inabilitada para exercer cargos públicos por um período de oito anos, como prevê a
Constituição Federal em seu artigo 52. Neste texto, além de explicarmos como ocorreu esse
acontecimento, também indicaremos alguns temas históricos correlatos que podem ser alvos
de questões de vestibulares e do Enem nos próximos anos.
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Lei 1.079/1050. O argumento principal dizia respeito à violação, por parte da presidente, de leis
relativas ao orçamento e ao controle fiscal, como a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei
de Responsabilidade Fiscal (LRF). Essa violação teria sido cometida com a edição de decretos de
créditos suplementares sem a aprovação do Congresso Nacional e a realização de operação de
crédito com instituição financeira controlada pela União.
A defesa, que foi realizada pelo advogado José Eduardo Cardozo, bem como os senadores par-
tidários da presidente, justificou que a edição dos decretos consistia apenas em autorização
de gastos, sem impacto na realização da despesa, já que esta seria “controlada pelos decretos
de contingenciamento. Quanto a esse aspecto, no ano de 2015, o governo teria promovido o
maior contingenciamento da história e cumprido a meta vigente ao final do exercício”. Além
disso, a defesa também argumentou que toda a realização do processo de impeachment não
tinha legitimidade porque não havia crime algum cometido por Dilma Rousseff. Fez parte desse
argumento a narrativa de que o processo, na verdade, era um “golpe parlamentar”, orquestra-
do por alguns personagens da cena política, como Eduardo Cunha e Michel Temer.
Votação final
Finalizados os trâmites da Comissão Especial de Impeachment, o processo seguiu para sua fase
final, que transcorreu durante os dias 29, 30 e 31 de agosto de 2016. No primeiro dia, a presi-
dente Dilma foi ao plenário do Senado Federal fazer a sua defesa e responder aos questiona-
mentos dos senadores. Depois, acusação e defesa fizeram seus discursos finais, seguidos pelos
discursos, também finais, dos senadores contra e a favor do impeachment. No dia 31, houve a
votação decisiva.
Todavia, antes que tivesse início, o primeiro-secretário do Senado, senador Vicentinho Alves,
apresentou um requerimento da bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) – partido da Presi-
dente da República – que pedia o destaque do texto da votação que fala da penalidade aplicada
ao presidente que sofre impeachment. O texto integral prevê a destituição do cargo e a perda
dos direitos políticos, isto é, a inabilitação para o exercício de funções públicas, por oito anos. O
requerimento pedia que ocorressem duas votações, uma para cada quesito da sentença. Os se-
nadores votariam: 1) a favor ou contra a perda do mandato da presidente e 2) a favor ou contra
a perda dos direitos políticos.
O requerimento foi deferido pelo presidente da mesa do julgamento, que era, na ocasião, o
ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. Ocorreram,
então, duas votações e a presidente foi destituída de seu posto (primeira votação), mas ficou
com os seus direitos políticos preservados (segunda votação). Esse “fatiamento” do texto da
pena gerou intensa discussão entre juristas, políticos e jornalistas, já que foi considerado in-
constitucional por muitos.
Operação Lava-Jato
Operação Lava Jato é um conjunto de investigações em andamento pela Polícia Federal do Bra-
sil, cumprindo mais de mil mandados de busca e apreensão, de prisão temporária, de prisão
preventiva e de condução coercitiva, visando apurar um esquema de lavagem de dinheiro que
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Atualidades – Fatos da Atualidade do Brasil – Prof. Thiago Scott
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precipitar a tua desenfreada audácia? (...) Não te dás contas de que teus planos foram desco-
bertos?" O sentimento era mesmo o de que zombavam de nós e abusavam de nossa paciência.
A pergunta "Até quando?" continua a ecoar nos ouvidos dos brasileiros. A resposta só pode ser
dada por meio do fortalecimento das instituições.
Eleições 2016
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Atualidades – Fatos da Atualidade do Brasil – Prof. Thiago Scott
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processo de impeachment contra Dilma Rousseff. Mas as denúncias de corrupção no âmbito da
Lava Jato foram minando o seu poder. Em maio, o Supremo Tribunal Federal afastou Cunha da
presidência da Câmara. Em setembro, ele teve o seu mandato de deputado cassado pelo plená-
rio da Câmara. E, em 19 de outubro, foi preso por decisão do juiz Sérgio Moro.
Mas a prisão de Cunha parece ser apenas um aperitivo do que está por vir. Em 10 de dezembro,
a construtora Odebrecht, que já admitiu participar de um “sistema ilegal e ilegítimo de finan-
ciamento do sistema partidário-eleitoral do país”, assinou um acordo de leniência – como é
chamada a delação premiada para as empresas.
Nos primeiros depoimentos, executivos da Odebrecht citaram diversos políticos como benefici-
ários de propinas, incluindo o presidente Michel Temer, o presidente do Senado, Renan Calhei-
ros, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o governador de São Paulo, Geraldo Alckimin e o
ministro das Relações Exteriores, José Serra, entre outros.
Outro político investigado pela Lava Jato é o ex-presidente Lula, que responde a três processos.
As investigações devem se aprofundar em 2017 com potencial para abalar ainda mais o sistema
político brasileiro.
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Atualidades – Fatos da Atualidade do Brasil – Prof. Thiago Scott
quanto à capacidade do Rio em organizar um evento desse porte e receber milhares de turis-
tas. Apesar de algumas reclamações sobre as acomodações dos atletas e à mobilidade do pú-
blico, os Jogos transcorreram sem grandes problemas. A cerimônia de abertura recebeu elogios
em todo o mundo, e as competições foram recebidas com grande entusiasmo.
A Rio 2016 marcou a coroação de duas lendas do esporte. O nadador norte-americano Michael
Phelps conquistou cinco medalhas de ouro e uma prata na Rio 2016, consolidando sua condi-
ção de maior atleta olímpico da história. Já o velocista jamaicano Usain Bolt obteve o inédito
tricampeonato em três provas diferentes: nos 100 e 200 metros rasos e no revezamento 4×100
metros.
O Brasil terminou a competição em 130 lugar, com sete ouros, seis pratas e seis bronzes. Foi
o melhor desempenho em uma Olimpíada, ainda que abaixo da projeção do Comitê Olímpico
Brasileiro (COB), que almejava figurar no top 10. Entre os medalhistas, destaque para a vitória
emocionante de Thiago Braz no salto com vara, para as três medalhas (duas de prata e uma de
bronze) de Isaquias Queiroz na canoagem e para o inédito ouro do futebol masculino.
Além dos fatos esportivos, a Rio 2016 também apresentou importantes desdobramentos polí-
ticos. As obras de construção das arenas olímpicas e de reurbanização provocaram a remoção
de milhares de famílias, especialmente as que viviam na Vila Autódromo, chamando a atenção
para o acelerado processo de gentrificação na cidade. Nas arquibancadas, as faixas contra o en-
tão presidente interino Michel Temer chegaram a ser proibidas pelo Comitê Olímpico Brasileiro
e só depois foram liberadas por uma liminar judicial. Houve destaque também para a participa-
ção de uma delegação formada por 10 refugiados e o primeiro ouro de Kosovo, uma nação que
ainda não é reconhecida pela ONU.
Operação Carne Fraca é uma operação deflagrada pela Polícia Federal do Brasil, e teve início
no dia 17 de março de 2017. Ela foi o estopim para o escândalo, onde apontou que as maiores
empresas do ramo — JBS, dona das marcas Seara, Swift, Friboi e Vigor, e a BRF, dona da Sadia
e Perdigão — são acusadas de adulterar a carne que vendiam no mercado interno e externo.
No total o escândalo da carne adulterada no Brasil envolve mais de 30 empresas alimentícias
do país, acusadas de comercializar carne estragada, mudar a data de vencimento, maquiar o
aspecto e usar produtos químicos supostamente cancerígenos para buscar revenda de carne
estragada, além de apontar agentes do governo acusados de liberar estas carnes.
Dentre as pessoas flagradas em gravação foi registrada a interferência do então Ministro da
Justiça do governo Michel Temer, Osmar Serraglio, cobrando de um dos chefes do esquema e
principal alvo da investigação Daniel Gonçalves Filho, sobre a fiscalização em um dos frigorífi-
cos envolvidos.
O Brasil é o líder mundial em exportação de carne bovina e de frango, e o quarto exportador de
carne suína. No ano de 2016 as vendas do setor representaram 7,2% do comércio global.
A holding BRF, controladora de Sadia e Perdigão, possui no país quarenta e sete fábricas, e so-
zinha detinha 14% do mercado mundial de aves, exportando para 120 países; já a JBS, contro-
ladora das marcas Friboi, Seara, Swift e Pilgrim's Pride era considerado o maior frigorífero do
mundo, enviando carnes para 150 países.
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Como impacto imediato o preço das ações destas duas empresas lideraram as perdas na Ibo-
vespa no dia da operação: 7,25% a BRF e 10,59% a JBS; ambas já vinham de resultados ruins no
ano de 2016, e avaliou-se que terão enormes dificuldades para conseguir reverter a quebra de
confiança.
A Operação Carne Fraca foi divulgada pela PF como a maior realizada na história da corporação.
Mais de 1.100 policiais federais foram as ruas para cumprir 309 mandados em seis estados do
Brasil e no Distrito Federal. Os mandados expedidos pela Justiça foram 27 de prisão preventiva,
11 de prisão temporária, 77 de condução coercitiva e 194 de busca e apreensão.
Segundo as investigações, mais de 30 empresas e fiscais do Ministério da Agricultura se benefi-
ciaram do esquema que envolvia liberar a venda da carne imprópria para consumo.
A Polícia Federal afirmou que parte da propina liberada no esquema ia para o PMDB, partido do
presidente da república em exercício, Michel Temer, e PP, da base aliada.
O delegado da Polícia Federal, Maurício Moscardi, lembrou que a responsabilidade pelos atos
criminosos contra a população é tanto dos empresários quanto dos agentes públicos.
Dentro do Ministério da Agricultura funcionários envolvidos com o esquema removiam fiscais
para garantir a continuidade do esquema. A recusa de um fiscal em ser removido, foi o que le-
vou ao começo das investigações.
Após a operação ser deflagrada pela PF, 33 servidores foram afastados, e destes, quatro foram
exonerados. Três unidades de beneficiamento de carne foram fechadas; a BRF em Mineiros
(GO), e as unidades da Peccin em Jaraguá do Sul (SC) e Curitiba (PR).
Nacional
Autoridades alertaram para a imagem que o escândalo pode causar na indústria nacional e
seus possíveis impactos na economia.
As ações da JBS, na BM&FBovespa fecharam o dia 17 de março em queda de mais de 11%, as
BRF seguiram as da JBS e também caíram quase 8%. Somente neste dia, a JBS teve um perda
de valor de mercado de R$ 3,456 bilhões, enquanto a BRF teve uma perda de R$ 2,31 bilhões.
Internacional
O periódico New York Times afirmou que o escândalo "lança dúvidas sobre a indústria do agro-
negócio no Brasil, na já afetada economia nacional, devido a outros escândalos", além de men-
cionar o vínculo das propinas originadas no esquema, com o partido do presidente do Brasil.
O jornal britânico Financial Times falou no mesmo tom do New York Times e também levantou
dúvidas sobre o futuro da indústria da carne no Brasil.
O também britânico The Telegraph citou as acusações de corrupção para manter a carne podre
no mercado e seu vínculo com funcionários do governo federal, fato que também foi lembrado
pelo jornal estadunidense Washington Post.
Segundo o ministro Blairo Maggi, a União Europeia solicitou ao governo brasileiro uma reunião
de emergência para esclarecimentos sobre a operação policial e as investigações sobre as frau-
des.
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Atualidades – Fatos da Atualidade do Brasil – Prof. Thiago Scott
Governo
Em 19 de março de 2017, o presidente Michel Temer jantou em uma churrascaria com minis-
tros e embaixadores, visando suavizar os efeitos da Operação Carne Fraca.
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, do Partido Progressista, afir-
mou no dia 18 de março, em Cuiabá que alguns servidores se desviaram de suas funções, e
afirmou que não deixará de consumir e recomendo o consumo de carne brasileira, afirmando
que não há risco nenhum.
O gerente de Relações Internacionais e Governamentais da BRF, Roney Nogueira dos Santos, foi
preso pela Polícia Federal no dia 18 de março no Aeroporto Internacional de Guarulhos após
desembarcar vindo do exterior.
O presidente Michel Temer, no dia 19 de março, após reunião com embaixadores, anunciou
uma força-tarefa para investigar alvos da Carne Fraca.
As principais empresas investigadas e alvos da operação Carne Fraca doaram 393 milhões de
reais a políticos nas eleições gerais em 2014. O maior beneficiário foi o PT com 60,7 milhões
de reais. O PMDB ficou em segundo lugar com 59,1 milhões de reais e em seguida o PSDB com
58,1 milhões de reais. O PP e o PR receberam 38,1 e 24,4 milhões de reais respectivamente.
Dentre os candidatos, os políticos filiados ao PT foram os que mais receberam, totalizando 60,6
milhões, enquanto políticos do PMDB 6,9 milhões, do PSDB 3,3 milhões de reais, do PSD 3,1
milhões de reais e do PROS 1,6 milhão de reais.
Corrupção no Brasil
Em 2016, a aprovação de um pacote anticorrupção pela Câmara dos Deputados, gerou enorme
repercussão, principalmente devido às mudanças que os deputados fizeram no texto original
apresentado pelo Ministério Público. A mais polêmica diz respeito à possibilidade de punições
a magistrados, procuradores e promotores por abuso de autoridade. Para membros do Poder
Judiciário, a medida tomada pelos deputados visa a intimidar a Operação Lava Jato e a proteger
os políticos envolvidos em esquemas de corrupção.
Desde o início da Lava Jato, em 2014, a corrupção passou a ser uma presença ainda mais cons-
tante no noticiário político brasileiro. A operação deflagrada pela Polícia Federal investiga um
amplo esquema de lavagem e desvio de dinheiro da Petrobras, que envolve executivos da esta-
tal, grandes empreiteiras e políticos de alto escalão.
Justamente por estar no centro do debate nacional, a corrupção é um tema com grande pos-
sibilidade de ser cobrado nas questões dos vestibulares e na redação. Por isso, é fundamental
que você entenda por que essa prática encontra-se disseminada na esfera pública.
www.acasadoconcurseiro.com.br 351
ou presentes em troca de algum benefício. A corrupção no Brasil não é novidade, nem come-
çou no atual governo. Pautada pela apropriação dos bens públicos para benefício privado, sua
origem está no primeiro sistema de gestão do território brasileiro, o de capitanias hereditárias,
instituído em 1534. Por ele, o rei de Portugal entregava a pessoas de suas relações a posse e
a administração de terras do Estado. Nascia ali o hábito que perdura até hoje no Brasil: usar o
patrimônio e os recursos públicos para vantagem pessoais, ignorando as necessidades da po-
pulação.
A prática atravessou os séculos e ganhou os contornos atuais nas duas ditaduras que vivemos
no século XX, a do Estado Novo (1937-1945) e a de 1964, quando o arbítrio e a censura, favore-
ceram a disseminação da corrupção por um corpo de funcionários que atuavam à margem de
qualquer fiscalização ou controle. Foram tempos de grandes investimentos em infraestrutura
e obras gigantescas, em que a corrupção assumiu a forma de propinas pagas para fraudar con-
corrências e favorecer grupos econômicos que controlavam essa rede de subornos.
Em outras palavras, as empresas passaram a pagar para servidores públicos destinarem a elas
os melhores contratos. Esse valor era acrescido ao custo do serviço. Ou seja, o dinheiro do Esta-
do era usado para manter a roda da corrupção, o tal uso de recursos públicos em benefício de
indivíduos. Esse é o modelo básico da corrupção dos dias de hoje, desde as pequenas compras
nas prefeituras do interior, até as licitações bilionárias de ministérios e estatais, como no caso
da Lava Jato.
OS TENTÁCULOS DA CORRUPÇÃO
Mas, além de funcionários corruptos que enriquecem com o dinheiro público e políticos de-
sonestos que usam de poder e influência para obter vantagens, a corrupção no Brasil tem um
componente particular: a chamada busca pela governabilidade – que nada mais é que a tenta-
tiva de criar condições estáveis para governar. Apesar de os presidentes terem à disposição ins-
trumentos para adotar sua orientação política, eles precisam que o Congresso Nacional aprove
certas decisões. É praticamente impossível que um presidente tenha maioria parlamentar ape-
nas com deputados e senadores de seu partido. Então, ele faz alianças com outras legendas
para conseguir a maioria, formando a chamada “bancada governista”.
Entra em cena, então, o clientelismo, com o uso dos recursos do Estado para favorecer aliados
por meio de obras ou nomeações. Há milhares de cargos na máquina federal para ser preen-
chidos pelo Executivo, o que é um prato cheio para a barganha política. Caciques partidários
e parlamentares podem apontar parentes e apadrinhados para essas funções – muitas vezes
são pessoas que não têm a capacidade técnica para exercer o cargo ou, em alguns casos, nem
sequer trabalha. Essas nomeações suspeitas por si só não configuram crime, mas criam um am-
biente propício para a corrupção.
Outra irregularidade bastante comum no país é o caixa dois, a acumulação de recursos ilegais
para financiar campanhas eleitorais. Geralmente, o esquema é operado da seguinte forma: em-
presas superfaturam serviços que prestam ao governo e dividem o excedente com membros
dos partidos políticos. Também podem fazer o contrário: doar grandes quantias ilegalmente
para um candidato esperando cobrar vantagens se ele for eleito. Essas vantagens virão na for-
ma de vitórias em licitações dirigidas ou pagamentos de obras e serviços em valores superiores
ao preço justo.
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Atualidades – Fatos da Atualidade do Brasil – Prof. Thiago Scott
O COMBATE À CORRUPÇÃO
Com a retomada da democracia e a Constituição de 1988, o Ministério Público ganhou mais
poderes para agir em casos de corrupção e foram criados mecanismos para fortalecer as inves-
tigações. A Operação Lava Jato insere-se neste contexto.
A Lava Jato é uma grande operação iniciada em março de 2014 no Paraná, para investigar cor-
rupção na Petrobras. Ela é comandada pelo juiz federal Sérgio Moro, titular da 13ª Vara Federal
de Curitiba, com participação do Ministério Público Federal e da Polícia Federal. A partir da
operação, foi revelado um grande esquema de desvio de recursos envolvendo funcionários da
estatal, empreiteiras e políticos, com pagamento de propina e lavagem de dinheiro.
Segundo as conclusões da PF, um grupo de grandes empreiteiras formou um cartel que decidia
a distribuição entre elas dos contratos da Petrobras. Nas licitações, os valores eram superfa-
turados. A prática ocorria pelo menos desde os anos 1990. O dinheiro excedente serviu para
enriquecer as empreiteiras, mas parte substancial ficava com diretores da Petrobras e ia para
políticos e seus partidos como forma de perpetuar o esquema de corrupção.
O caso, que pela primeira vez no Brasil mandou à prisão e levará ao banco dos réus donos de
grandes empresas, pode representar um importante marco no combate à corrupção. Isso por-
que há a perspectiva de que tanto corruptos (os políticos) como corruptores (os empresários)
possam ser condenados, revertendo a percepção de impunidade.
No entanto, há importantes questões que têm sido alvo de polêmica. Para muitos juristas, os
acusados não estão tendo amplo direito de defesa e, ao serem mantidos presos por longos
períodos para que façam delações premiadas, estariam sendo submetidos a chantagem. Outra
queixa é de que as investigações limitam-se ao período das gestões petistas, que começaram
em 2003, apesar de os delatores terem apontado irregularidades anteriores a esse período. Há,
ainda, acusações que envolvem o vazamento de informações que deveriam ser mantidas em
sigilo e a gravação ilegal de conversas entre suspeitos de corrupção, o que sinalizaria um abuso
de poder das autoridades do Judiciário.
O movimento de ocupações de escolas tomou conta do Brasil em outubro. Mais de mil escolas
foram ocupadas por estudantes que não se conformam com os rumos que a educação vem to-
mando no governo Temer. Vamos entender melhor as origens dessas ocupações e os motivos
dos estudantes.
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Estado de Educação afirma que 752 continuam ocupadas no dia 31 de outubro. Estudantes co-
meçaram a tomar as escolas no último dia 6. Mas o movimento pode terminar em breve, pois a
Justiça determinou a reintegração de posse de algumas das principais escolas de Curitiba.
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1. A crise internacional
Para combater os efeitos da crise financeira mundial, que eclodiu em 2008, o modelo econô-
mico adotado pelo então presidente Lula baseou-se na adoção de medidas para estimular o
consumo. O governo reduziu as taxas de juros, cortou impostos, concedeu desonerações fiscais
a alguns setores da economia, incentivou a liberação de crédito pelos bancos públicos para
financiar o desenvolvimento e expandiu o gasto por meio de programas de investimento em
infraestrutura. Com tudo isso, a economia não perdeu fôlego, e o país cresceu acima da média
mundial.
2. A dívida
O problema, no entanto, é que a crise econômica global durou além do que os economistas
previam e avançou durante o governo de Dilma Rousseff, a partir de 2011. O menor ritmo de
expansão da China provocou uma queda brusca no preço das commodities, com reflexos dire-
tos sobre a economia brasileira, altamente dependente da exportação de produtos como soja
e minério de ferro.
Com o prolongamento da crise econômica mundial, o governo manteve as medidas para es-
timular a produção e o consumo, entre elas redução de impostos, desonerações fiscais e li-
beração de crédito subsidiado. O problema foi que o governo passou a gastar cada vez mais,
enquanto a arrecadação com impostos e tributos diminuiu, o que desequilibrou as contas pú-
blicas.
Com a dívida em alta, o governo perde a capacidade de atrair investimentos e não consegue
destinar recursos para estimular o crescimento do país.
3. O ajuste fiscal
Diante desse cenário, a presidente Dilma começou seu segundo mandato em 2015 sob o signo
do chamado ajuste fiscal. Essa expressão designa um conjunto de medidas que visa a equili-
brar o orçamento do governo, envolvendo tanto a contenção de gastos como a ampliação de
receitas. De modo geral, o governo fez cortes no orçamento, restringiu benefícios e aumentou
impostos e tributos.
O problema é que os cortes de gastos oficiais provocam um efeito amplo na economia. Quan-
do o governo reduz, por exemplo, o investimento em obras de infraestrutura – como geração
de energia, transportes, telecomunicações e setor de água e esgoto – determina a paralisia de
vários setores produtivos, causando o fechamento de empresas e aumento no desemprego.
Consequentemente, essas medidas para reduzir as despesas acabam tendo um efeito contrário
na outra ponta do orçamento que é a queda na arrecadação de impostos. Afinal, quando as
empresas que fecham ou diminuem a produção e as vendas, menos elas contribuem para a
receita federal.
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4. A inflação
Para piorar o cenário, a inflação voltou a dar sinais de vida no país. Para conter a elevação de
preços, o Banco Central elevou progressivamente a taxa básica de juros, também conhecida
como Selic. A elevação dos juros é a principal medida que os governos adotam para controlar a
inflação. Ela encarece o valor de todo dinheiro tomado emprestado no país, inibindo o consu-
mo de pessoas e o investimento das empresas – com a queda na demanda, os preços tendem a
ficar estáveis ou mesmo a cair para atrair mais consumidores.
Mas como grande parte do efeito inflacionário é estimulada por tarifas controladas pelo gover-
no, como energia e combustíveis, o impacto do aumento dos juros nos preços de forma geral
foi pouco sentido. Além disso, a elevação dos juros piora o quadro recessivo, pois fica mais caro
para empresas e pessoas físicas tomarem empréstimos bancários para fazer investimentos ou
compras. Para piorar, ao aumentar a taxa básica, o governo passa a gastar mais com os juros da
dívida pública.
5. A recessão
Todo esse cenário desemboca no desempenho do Produto Interno Bruto. O PIB é a soma do va-
lor de todos os bens e serviços produzidos, distribuídos e consumidos em uma região durante
um período determinado. É a principal medida usada para avaliar o tamanho de uma economia
e compará-la com outras.
Se o valor do PIB cai por dois trimestres seguidos, dizemos que o país está em “recessão técni-
ca” – no caso do Brasil, os dados mostram que o PIB está em queda por cinco trimestres conse-
cutivos. E o que está interferindo na queda do PIB? Se as pessoas gastam menos com produtos
e serviços, se o governo gasta menos, se as empresas deixam de investir em melhorias e se o
país exporta menos do que importa, tudo isso impede o PIB de crescer.
Uma briga entre facções rivais no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus
(AM), terminou com a morte de 56 detentos na segunda-feira, 2 de janeiro. Foi o maior massa-
cre em prisões no Brasil desde outubro de 1992, quando 111 presos foram mortos pela Polícia
Militar no presídio do Carandiru, em São Paulo.
O Brasil é um dos países que mais prendem pessoas, atrás apenas dos Estados Unidos, da China
e da Rússia.
Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP): o número de detentos triplicou entre 1999 e
2014, ano em que a população carcerária somou 579.423 pessoas.
Como o número de vagas existentes é menor, 375.892, faltam 203.531 vagas nas prisões do
país. Em outras palavras, é 1,5 preso para cada vaga, e em alguns estados esse índice sobe ain-
da mais.
A lentidão e a ineficiência da Justiça agrava a superlotação dos presídios.
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Entre os mais de 500 mil detentos estão 222 mil sem julgamento ou condenação à prisão, devi-
do à morosidade da justiça.
A superlotação agrava a precariedade das penitenciárias. (celas lotadas/ falta de condições sa-
nitárias/violência interna/crescimento das facções criminosas)
A superlotação das prisões brasileiras é apontada como uma grave violação dos direitos huma-
nos pela organização internacional Human Rights Watch (HRW).
“O fracasso absoluto do Estado nesse sentido viola os direitos dos presos e é um presente nas
mãos das facções criminosas, que usam as prisões para recrutar seus integrantes”, afirma Ma-
ria Laura Canineu, diretora do escritório da HRW em São Paulo.
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Atualidades
Substantivo diz respeito a circunstâncias nas quais fatos objetivos têm menos importância do
que crenças pessoais
Anualmente a Oxford Dictionaries, departamento da universidade de Oxford responsável pela
elaboração de dicionários, elege uma palavra para a língua inglesa. A de 2016 é “pós-verdade”
(“post-truth”). Em 2015, a palavra escolhida foi um emoji - mais especificamente, aquela ca-
rinha amarela que chora de tanto rir. Além de eleger o termo, a instituição definiu o que é a
“pós-verdade”: um substantivo “que se relaciona ou denota circunstâncias nas quais fatos ob-
jetivos têm menos influência em moldar a opinião pública do que apelos à emoção e a crenças
pessoais”.
A palavra é usada por quem avalia que a verdade está perdendo importância no debate polí-
tico. Por exemplo: o boato amplamente divulgado de que o Papa Francisco apoiava a candida-
tura de Donald Trump não vale menos do que as fontes confiáveis que negaram esta história.
Segundo a Oxford Dictionaries, o termo “pós-verdade” com a definição atual foi usado pela
primeira vez em 1992 pelo dramaturgo sérvio-americano Steve Tesich. Ele tem sido empre-
gado com alguma constância há cerca de uma década, mas houve um pico de uso da palavra,
que cresceu 2.000% em 2016. “‘Pós-verdade’ deixou de ser um termo periférico para se tornar
central no comentário político, agora frequentemente usado por grandes publicações sem a
necessidade de esclarecimento ou definição em suas manchetes”, escreve a entidade no texto
no qual apresenta a palavra escolhida. “Dado que o uso do termo [pós-verdade] não mostrou
nenhum sinal de desaceleração, eu não ficaria surpreso se ‘pós-verdade’ se tornasse uma das
palavras definidoras dos nossos tempos” Casper Grathwohl Presidente da Oxford Dictionaries
em entrevista ao jornal americano 'Washington Post' Segundo a Oxford Dictionairies, a palavra
vem sendo empregada em análises sobre dois importantes acontecimentos políticos: a eleição
de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos e o referendo que decidiu pela saída
da Grã-Bretanha da União Europeia, apelidada de “Brexit”. Ambas as campanhas fizeram uso
indiscriminado de mentiras, como a de que a permanência na União Europeia custava à Grã
Bretanha US$ 470 milhões por semana no caso do Brexit, ou de que Barack Obama é fundador
do Estado Islâmico no caso da eleição de Trump.
Em um artigo publicado em setembro de 2016, a influente revista britânica “The Economist”
destaca que políticos sempre mentiram, mas Donald Trump atingiu um outro patamar. A leitura
de muitos acadêmicos e da mídia tradicional é que as mentiras fizeram parte de uma bem su-
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cedida estratégia de apelar a preconceitos e radicalizar posicionamentos do eleitorado. Apesar
de claramente infundadas, denunciar essas informações como falsas não bastou para mudar o
voto majoritário. Para diversos veículos de imprensa, a proliferação de boatos no Facebook e a
forma como o feed de notícias funciona foram decisivos para que informações falsas tivessem
alcance e legitimidade. Este e outros motivos têm sido apontados para explicar ascensão da
pós-verdade.
RAIVA E FRUSTRAÇÃO
Em um artigo publicado em setembro de 2016 no qual aborda a ‘pós-verdade’, a ‘The Econo-
mist’ aponta a frustração de parte do eleitorado com instituições tradicionais que fizeram diag-
nósticos falhos ou falsos. ‘Eles fazem troça de tecnocratas que trabalham em proveito próprio
e que disseram que o euro melhoraria suas vidas e Saddam Hussein tinha armas de destruição
em massa’ NOVAS MÍDIAS Plataformas como Facebook, Twitter e Whatsapp favorecem a re-
plicação de boatos e mentiras. Grande parte dos factóides são compartilhados por conhecidos
nos quais os usuários têm confiança, o que aumenta a aparência de legitimidade das histórias.
Os algoritmos utilizados pelo Facebook fazem com que usuários tendam a receber informações
que corroboram seu ponto de vista, formando bolhas que isolam as narrativas às quais aderem
de questionamentos à esquerda ou à direita MENOS ESPAÇO PARA IMPRENSA A imprensa, que
é tradicionalmente responsável por checar os fatos e construir narrativas baseadas na realida-
de, tem tido obstáculos para disputar espaço nas redes sociais.
Em junho, o Facebook alterou seu algoritmo de forma a diminuir o alcance de postagens de
sites noticiosos e privilegiar o de amigos e familiares. Em paralelo, a imprensa que checa fatos
antes de publicá-los compete por espaço com uma ampla gama de veículos de informações fal-
sas. Um site com um bom design pode bastar para convencer um leitor da veracidade de uma
informação O que o Facebook tem feito após as críticas Apontado por veículos de mídia após a
eleição de Trump como a plataforma-chave para a proliferação de boatos que fazem parte da
“pós-verdade”, o Facebook anunciou uma medida prática: sites que compartilham conteúdo
falso não poderão usar a sua rede de anúncios, que permite que eles exibam propaganda e ga-
nhem dinheiro com isso. A empresa seguiu o mesmo caminho do Google, que já havia determi-
nado que sites que divulgam informações inverídicas serão proibidos de usar o Google AdSen-
se, sistema de remuneração por anúncios. Os críticos à maneira como o Facebook se organiza,
no entanto, dizem que são necessárias outras medidas. O site Vox, por exemplo, defende que
a rede social mantenha uma equipe editorial qualificada para avaliar e classificar os conteúdos
noticiosos. A revista “Business Insider” recomenda que ele faça a classificação de conteúdos
como o Google, dando mais peso para veículos relevantes ou verificados.
Os britânicos vão às urnas no próximo dia 23 de junho para votar em um plebiscito crucial para
o seu futuro.
Os eleitores votarão por permanecer na União Europeia ou abandonar o bloco comum.
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Nunca um país membro deixou a união política e econômica de 28 países - que desde seu início
só tem se expandido.
A saída britânica seria interpretada como um duro golpe ao projeto europeu, cujas origens re-
montam ao pós-2ª Guerra Mundial.
Analistas dizem que esta será a decisão mais importante para os britânicos desde 1975, quando
dois terços do eleitorado optaram por ingressar na então Comunidade Econômica Europeia.
Entenda os principais pontos da discussão.
Ataque brutal e ainda sem explicação resulta em morte de parlamentar no Reino Unido
O que é 'Brexit'?
'Brexit' é a abreviação das palavras em inglês Britain (Grã-Bretanha) e exit (saída). Designa a
saída do Reino Unido da União Europeia.
O termo parece remontar à discussão sobre uma possível saída da Grécia do euro, em 2012 - à
época, estava em voga a palavra Grexit.
No contexto britânico, Brexit pegou e se converteu na palavra mais usada para tratar da discus-
são.
A alternativa Bremain (trocadilho com a palavra remain, permanecer) nunca gozou da mesma
popularidade.
Brasileira grávida que pediu 'asilo' na Grã-Bretanha por medo da zika tem pedido negado e
pode ser deportada
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As pressões aumentaram com o crescimento eleitoral do partido nacionalista Ukip, que defen-
de a saída da UE.
Mas as origens da oposição à União Europeia remontam a tensões históricas entre o Reino
Unido, que segundo historiadores nunca abraçou uma identidade europeia como Alemanha ou
França, e seus vizinhos no continente.
Entre as novas e velhas tensões, estão, entre outras, a defesa da soberania nacional, o orgulho
pela identidade britânica, desconfiança com a burocracia de Bruxelas, o controle de fronteiras e
questões de segurança interna e defesa.
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Atualidades – Fatos da Atualidade do Mundo – Prof. Thiago Scott
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O ministro da Economia, George Osborne, disse que a saída deixaria um rombo nas contas pú-
blicas de 30 bilhões de libras (quase R$ 150 bilhões), que teria de ser coberto com aumentos de
impostos, cortes na saúde, educação e defesa, e anos de políticas de austeridade.
As projeções foram duramente criticadas por parlamentares do próprio partido Conservador,
que acusaram o ministro de fazer uma campanha do medo com ameaças vazias.
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Tanto Santos quanto Londono argumentaram que o acordo de paz foi o resultado de amplo
debate e que era mais importante implementar a paz o quanto antes do que colocar em risco
a trégua entre o governo e a guerrilha e recomeçar de zero. A discussão mobilizou também os
colombianos no exterior – como o barítono Alfredo Martinez, 30 anos, que canta em óperas
em Buenos Aires.
“Uma guerra tão longa deixa profundas feridas. Muitos achavam que não deviam perdoar os
responsáveis pela violência tão facilmente, da noite para a manha, e que eles deveriam respon-
der por seus crimes”, disse à Agência Brasil. “Mas no fundo, todos os colombianos querem a
paz. E o bom é que esse acordo abriu as portas para o debate e todos se informaram a respeito,
para apoiar ou rejeitar o pacto. Não importa. O importante é que o debate se deu”.
Além do desarmamento das Farc, o acordo prevê a erradicação dos cultivos de drogas ilegais
(que financiavam as atividades guerrilheiras, depois da queda do comunismo no Leste Euro-
peu) e programas sociais para integrar mais de 6 mil mil rebeldes à sociedade civil. Opositores
ao acordo argumentavam que a Colômbia iria gastar uma fortuna em um momento de desa-
quecimento da economia. O tema fará parte dos debates nas eleições do próximo ano.
O acordo de paz colombiano foi mediado pelo governo cubano, que continua de luto pela mor-
te do líder revolucionário Fidel Castro. Ele morreu na sexta-feira (25), aos 90 anos. Suas cinzas
estão sendo levadas, em uma peregrinação pelo país. e serão enterradas domingo (4).
Quando entrou o número de delegados do estado de Wisconsin na conta da AP, Trump alcan-
çou 276 delegados, ultrapassando o limite de 270 necessários para ser o vencedor no Colégio
Eleitoral. A imprensa americana informou minutos depois que Hillary ligou para o rival e admi-
tiu a derrota. "Eu a cumprimentei pela campanha muito disputada", disse Trump em seguida,
em seu discurso da vitória.
Ao falar aos seus simpatizantes, Trump defendeu a união do país após a disputa eleitoral, ao
afirmar que será presidente para "todos os americanos".
"Todos os americanos terão a oportunidade de perceber seu potencial. Os homens e mulhe-
res esquecidos de nosso país não serão mais esquecidos", discursou. Trump disse ainda que o
plano do país deve ser refeito. "Vamos sonhar com coisas para nosso país, coisas bonitas e de
sucesso novamente."
Disputa
A democrata Hillary, de 69 anos, e o republicano Trump, de 70, protagonizaram uma disputada
e agressiva campanha de quase dois anos, marcada por ofensas e ataques pessoais.
Durante a noite, enquanto a apuração avançava, Trump conquistou vitórias surpreendentes so-
bre Hillary em estados-chave para a definição, abrindo o caminho para a Casa Branca e abalan-
do os mercados globais que contavam com uma vitória da democrata.
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A maré começou a virar a favor de Trump após as vitórias na Flórida, Carolina do Norte, Ohio e
Iowa. Além disso, contrariando sondagens e projeções, Michigan, Wisconsin e Pensilvânia vota-
ram em um republicano pela primeira vez desde os anos 1980.
Os democratas contavam com votos dos estados do Centro-Oeste, por causa do tradicional
apoio dos negros e dos trabalhadores brancos. Mas muitos dos brancos dessa região, especial-
mente sem formação universitária, decidiram votar em Trump. A importância dessa classe para
os democratas tinha sido subestimada em projeções feitas antes do pleito, segundo o jornal
"The New York Times". Analistas dizem o apoio desses trabalhadores a Obama já tinha sido me-
nor em 2012, principalmente pelo receio de perder o emprego para outros países.
Os trabalhadores rurais de estados centrais e do Norte também escolheram em peso o republi-
cano e fizeram diferença no resultado.
A demora na definição de alguns estados, onde os números de Hillary e Trump ficaram muito
próximos, fez com que a primeira projeção sobre sua vitória tenha saído apenas às 5h32, muito
mais tarde do que nas eleições anteriores. Em 2012, por exemplo, o resultado já era conhecido
antes das 2h30 da quarta.
Entre os estados considerados decisivos para o resultado, Trump conquistou a Flórida, onde
Hillary chegou a liderar por uma pequena margem durante grande parte da apuração e onde
Obama ganhou em suas duas eleições.
Segundo análise do “New York Times”, o número de votos de eleitores brancos e com maior
renda foi suficiente para que ele abrisse uma margem capaz de compensar o eleitorado latino
do estado, que em sua grande maioria votou em Hillary.
Já antes de sair a projeção da vitória de Trump, o chefe da campanha de Hillary, John Podesta,
disse que ela não falará durante a noite. Ele pediu que os simpatizantes da candidata voltassem
para casa.
Com discursos centrados nas frustrações e inseguranças dos americanos num mundo em muta-
ção, Donald Trump tornou-se a voz da mudança para milhões deles.
Trajetória
Nascido em 14 de junho de 1946 no bairro nova-iorquino do Queens, Trump é o quarto dos cin-
co filhos de Fred Trump, um construtor de origem alemã, e Mary MacLeod, uma dona de casa
de procedência escocesa.
Desde criança ele mostrava um comportamento rebelde, tanto que seu pai teve que tirá-lo
da escola aos 13 anos, onde havia agredido um professor, e interná-lo na Academia Militar de
Nova York, com a esperança de que a disciplina militar corrigisse a atitude de seu filho.
Trump graduou-se em 1964 na academia, onde alcançou a patente de capitão e vislumbrava
seu destino: "Um dia, serei muito famoso", comentou então ao cadete Jeff Ortenau.
Em 1968, o hoje magnata formou-se em Economia na Escola Wharton da Universidade da Pen-
silvânia, e se transformou no favorito para suceder seu pai no comando da empresa familiar,
Elisabeth Trump & Son, dedicada ao aluguel de imóveis de classe média nos bairros nova-ior-
quinos de Brooklyn, Queens e Staten Island.
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Trump assumiu em 1971 as rédeas da companhia, rebatizada como The Trump Organization, e
se mudou para a Manhattan. Enquanto seu pai construía casas para a classe média, ele optou
pelas torres luxuosas, hotéis, casinos e campos de golfe. Trump gosta de dizer que começou
seus próprios negócios modestamente, com “um pequeno empréstimo de US$ 1 milhão” de
seu pai.
Já nos anos 1980, tinha em construção diversos empreendimentos na cidade, incluindo a
Trump tower, o Trump Plaza, além de cassinos em Atlantic City, em Nova Jersey. Casou-se pela
primeira vez em 1977, com a modelo tcheca Ivana Zelníčková, com quem tem três filhos, e pela
segunda vez em 1993, com a atriz Marla Maples, com quem tem uma filha.
Em 2011, se casou com sua atual mulher, Melania Knauss, ex-modelo eslovena de 46 anos que
cria seu filho Barron, de 10 anos. Ela foi colocada longe dos holofotes durante a campanha. Já
seus filhos adultos, Ivanka, Donald Jr., Eric Tiffany participam da corrida eleitoral. Trump tem
sete netos.
Na começo da década de 90, três dos seus cassinos entraram em falência por causa de dívidas,
na tentativa de reestruturá-las. Em 1996, comprou os direitos dos concursos Miss USA, Miss
Universo e Miss Teen, tornando-se seu produtor executivo.
Oito anos mais tarde, tornaria-se figura pública ainda mais conhecida ao virar apresentador do
programa “The Apprentice”, em que tinha o poder de demitir os participantes.
Apesar de afirmar ter US$ 10 bilhões, sua fortuna foi estimada em US$ 4,5 bilhões pela Forbes.
Em 2014, o Partido Republicano sugeriu que concorresse ao governo de Nova York, mas Trump
disse que o cargo não lhe interessava.
Trump mora em um triplex no topo da Torre Trump em Nova York, e viaja em seu Boeing 757
privado, que serve regularmente como pano de fundo para seus comícios.
Cabelo tingido de loiro, impecavelmente vestido, ele fascina e horroriza. Quando uma dúzia de
mulheres o acusaram de assédio e gestos sexuais impróprios, ele tratou todas de mentirosas.
Trump não é dos mais fiéis a ideologia: foi democrata até 1987 e, em seguida, republicano
(1987-1999), membro do partido da Reforma (1999-2001), democrata (2001-2009), e republi-
cano novamente. Durante a sua carreira foi alvo de dezenas de processos civis relacionados aos
seus negócios.
Recusou-se a publicar seu imposto de renda – uma tradição para os candidatos à Casa Branca –
e reconheceu que não tinha pago impostos federais durante anos, depois de informar enormes
perdas de US$ 916 milhões em 1995. "Isto faz de mim uma pessoa inteligente", disse ele, mais
uma vez causando enorme polêmica
Ameaça Terrorista
Terrorismo é o uso de violência, física ou psicológica, através de ataques localizados a elemen-
tos ou instalações de um governo ou da população governada, de modo a incutir medo, pânico
e, assim, obter efeitos psicológicos que ultrapassem largamente o círculo das vítimas, incluin-
do, antes, o resto da população do território. É utilizado por uma grande gama de instituições
como forma de alcançar seus objetivos, como organizações políticas, grupos separatistas e até
por governos no poder.
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A guerra de guerrilha é frequentemente associada ao terrorismo uma vez que dispõe de um
pequeno contingente para atingir grandes fins, fazendo uso cirúrgico da violência para comba-
ter forças maiores. Seu alvo, no entanto, são forças igualmente armadas procurando sempre
minimizar os danos a civis para conseguir o apoio destes. Assim sendo, é tanto mais uma táctica
militar que uma forma de terrorismo.
Segundo especialistas da área, existem centenas de definições da palavra terrorismo.A inexis-
tência de um conceito amplamente aceito pela comunidade internacional e pelos estudiosos
do tema significa que o terrorismo não é um fenômeno entendido da mesma forma, por todos
os indivíduos, independentemente do contexto histórico, geográfico, social e político. Segundo
Walter Laqueur
“Nenhuma definição pode abarcar todas as variedades de terrorismo que existiram ao longo da
história”.
Segundo Baudrillard, os atentados de 11 de setembro de 2001 foram "um ato fundador do
novo século, um acontecimento simbólico de imensa importância porque de certa forma con-
sagrou o império mundial e sua banalidade. Os terroristas que destruíram as torres gêmeas
introduziram uma forma alternativa de violência que se dissemina em alta velocidade. A nova
modalidade está gerando uma visão de realidade que o homem desconhecia. O terrorismo fun-
da o admirável mundo novo. Bom ou mau, é o que há de novo em filosofia. O terrorismo está
alterando a realidade e a visão de mundo. Para lidar com um fato de tamanha envergadura,
precisamos assimilar suas lições por meio do pensamento.
Entretanto o uso sistemático de terror como recurso de controle social e político tem acompa-
nhado a humanidade por milênios. O historiador Xenofonte (430-349 a.C.) conta que o terroris-
mo era praticado pelos governos das cidades gregas como forma de guerra psicológica contra
populações inimigas. Também semearam o terror os imperadores romanos Tibério e Calígula,
os membros da Santa Inquisição, Robespierre e seus adeptos, os integrantes da Ku Klux Klan, as
milícias nazistas e muitos outros.
Segundo a advogada Luciana Worms, os conceitos de terrorismo usados no Brasil são pauta-
dos pela Organização dos Estados Americanos (OEA). A partir desse viés, no passado, durante
a Guerra Fria, o terrorista podia ser um comunista; atualmente, é um jihadista ou membro de
uma organização de narcotráfico. Segundo Worms, ações bárbaras, que resultem em mortes
em massa, nem sempre são consideradas como atos de terrorismo: a União Nacional para a
Independência Total de Angola (UNITA), organização aliada dos Estados Unidos, apesar de ter
plantado minas terrestres no país, nunca foi qualificada como terrorista. Do mesmo modo, se-
gundo a professora, Baruch Goldstein - um fanático judeu que, nos anos 1990, invadiu uma
mesquita e matou 27 muçulmanos que estavam rezando - não foi classificado como terrorista
mas como louco, pelo governo de Israel.
Segundo Aegemiro Procópio, professor titular em Relações Internacionais da Universidade de
Brasília:
“A negligência dos países desenvolvidos com relação ao terrorismo das desigualdades nas re-
lações internacionais precisa ser combatida, porque tal batalha manterá acesa a chama da in-
dignação contra atos terroristas, contra suas causas. Ajudará na busca do consenso acerca da
necessidade da eliminação do ódio. Sabendo ser pouco demais o que a Organização das Na-
ções Unidas realiza contra o terror, inclusive a desfavor das desigualdades por causa do seu
obcecado temor diplomático de ferir susceptibilidades nacionais, a ONU, ao qualificar o terro-
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rismo como crime internacional, chove no molhado. Variadíssimas interpretações podem ser
dadas ao Artigo 51 da sua própria Carta, em que se reserva aos países o direito da autodefesa.
O Iraque e a Líbia, por exemplo, estão roucos de tanto invocá-lo.
A domesticação do terror da violência com a banalização do valor da vida, em flagrante des-
respeito ao próximo e aos direitos humanos, mais a apropriação do nome de Deus no combate
ao terror entre as partes conflitantes – vejam-se, por exemplo, os discursos de George W. Bush
e Osama bin Laden – complicam enormemente a arena da ética antiterrorista. A invocação do
nome de Deus deveria preocupar as diferentes confissões religiosas. Sobre isso não se ouviu
quase nada das lideranças eclesiásticas ocidentais, inclusive por parte do Vaticano. Relativa-
mente poucas vozes nas igrejas checam a moralidade dos bombardeios lançados pela nação
mais poderosa contra provavelmente uma das menos favorecidas. Apelar para a ética cristã é
lembrar a onipresença divina manifestada tanto em Washington quanto em Cabul ou em Bra-
sília.
O sentido espiritual da Jihad, Guerra Santa, precisa ser respeitado e conhecido no Ocidente.
Jihad significa igualmente empenho em busca do equilíbrio a serviço do Criador; empenho tra-
duzido como esforço de defesa dos valores da fé islâmica. A tradição maometana prega cami-
nhar da Jihad menor para a Jihad maior. A Jihad maior é o empenho da fé e do exemplo. Tam-
bém implica ascese testemunhal por meio de usos e costumes (suna) ensinados pelo Profeta,
em Medina.
Diferentes leituras aplicam-se à bíblia e ao corão. Fundamentalistas encontram-se tanto no isla-
mismo, no judaísmo e no cristianismo, quanto no budismo. Misturar islamismo com terrorismo
equivale a esquecimento da essência do radical monoteísmo abraânico presente no judaísmo,
no islamismo e no cristianismo.
Entender esta trilogia como se fossem civilizações em choque e de outro mundo, como preten-
de Samuel Huntington, com suas cortinas de ferro, de bambu e de veludo, só reforça equívocos
e preconceitos históricos transmitidos por ideologias compromissadas. Existe choque sim, mas
de poder. Luta de classes, não de civilizações!
As elites dominantes ocidentais, convictas da morte e sepultamento do marxismo, acordam
atônitas com o explodir das reações em cadeia às respostas fratricidas perpetradas pelo sofis-
ticado aparato bélico industrial dos Estados Unidos. Destas ações, por condenáveis que sejam,
ingente mérito não se pode negar: ressuscitaram a utopia marxista soprando vigorosamente o
espírito da teologia da libertação.
Em nome de interesses toma-se o santo nome de Deus em vão. O abuso de Deus, seja pelos
movimentos terroristas, seja pela repressão mundial ao seu encalço, certamente traduz convic-
ções mais profundas que as estudadas até o presente na sociologia das relações internacionais.
Por exemplo, o Miutzan Elohim (Ira de Deus) vingava o brutal assassinato de atletas israelenses
nos Jogos Olímpicos de Munique em 1972, observando o “dente por dente, olho por olho” do
ensinamento bíblico. Respondia com terror o terror do Setembro Negro de Yasser Arafat que,
anos mais tarde, dividiria, com Shimon Perez o Prêmio Nobel da Paz.
O Ruhollah (Sopro Divino) dos xiitas iranianos, o Portão do Céu californiano, o Templo do Povo,
causador de centenas de mortes por envenenamento, na Guiana, a Jihad Islâmica do Egito, o
Hezbollah (Partido de Deus) no Líbano e o Hamas (Fervor) constituem modelos de manipulação
do messiânico no desespero do terror. Fosse vivo, Antônio Conselheiro e seu bando de faná-
ticos sertanejos famintos talvez se confundissem com os talibãs afegãos integrando a lista da
história terrorista dos presentes dias.” (http://www.scielo.br/pdf/rbpi/v44n2/a04v44n2.pdf)
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Atualmente a ideia de ameaça terrorista está muito ligada aos atos do ISIS (também conhecido
como Estado Islâmico, EI)
O grupo Estado Islâmico, antes chamado de Estado Islâmico no Iraque e na Síria (Isis), inten-
sificou sua campanha de violência no Norte e Oeste do Iraque em junho desse ano, quando
conseguiu assumir o controle de Mossul, a segunda maior cidade do país. Desde então, os ex-
tremistas colecionam algumas conquistas importantes, como a tomada de vastos territórios
iraquianos, a obtenção de armamento do Exército, e o controle de infraestruturas estratégicas.
Diante disso, a organização é considerada uma ameaça não só ao país, mas também a outras
áreas do Oriente Médio.
Destacaremos cinco pontos para entender o grupo que aterroriza Iraque e Síria:
1. Surgimento. O Estado Islâmico no Iraque e na Síria (Isis) foi criado em 2013 e cresceu como
um braço da organização terrorista al-Qaeda no Iraque. No entanto, no início deste ano, os
dois grupos romperam os laços. No final de junho, os extremistas declararam um califado,
mudaram de nome para o Estado Islâmico (EI) e anunciaram que iriam impor o monopólio
de seu domínio pela força. O EI é hoje um dos principais grupos jihadistas, e analistas o con-
sideram um dos mais perigosos do mundo.
2. Áreas de atuação. As atividades do EI se concentram no Iraque e na Síria, onde o grupo
assumiu um papel dominante e possui forte presença. O recente controle de vastos territó-
rios no Norte e Oeste do Iraque, além das áreas dominadas pelos curdos, ajudaria o grupo
islâmico a consolidar seu domínio ao longo da fronteira com a Síria, onde luta contra o regi-
me de Bashar al-Assad.
3. Liderança. Seu principal líder é Abu Bakr al-Baghdadi, apontado como um comandante de
campo e tático e designado "califa de todos os muçulmanos". Aparentemente, ele se jun-
tou à insurgência em 2003, logo após a invasão do Iraque, liderada pelos Estados Unidos.
Diante dos avanços do Estado Islâmico, ele pode em breve se tornar o jihadista mais in-
fluente do mundo.
4. Combatentes ocidentais. O Estado Islâmico conta com um vasto grupo de extremistas: en-
tre 3 mil e 5 mil milicianos, muitos deles estrangeiros. Vídeos divulgados pelo grupo jiha-
dista mostram britânicos que aderiam à causa islâmica e à luta armada. Os governos oci-
dentais temem que esses insurgentes possam voltar para seus países representando uma
ameaça.
5. Ações cruéis. Nos conflitos nos quais participou, o grupo foi acusado de diversas atrocida-
des, como sequestros, assassinato de civis e torturas. A milícia é considerada extremamen-
te agressiva e eficiente em combate. Após a tomada de Mossul, os EUA afirmaram que a
queda da segunda maior cidade do Iraque representava uma ameaça para toda a região. O
avanço dos jihadistas levou os EUA a bombardearem alvos rebeldes.
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Atualidades – Fatos da Atualidade do Mundo – Prof. Thiago Scott
Março de 2011 na Síria. Um grupo de crianças em Daraa, no sul da Síria, pichou frases com crí-
ticas ao governo, e foi preso. Inconformadas, centenas de pessoas saem às ruas da cidade para
protestar contra as restrições à liberdade promovidas pelo governo do ditador Bashar Al-Assad.
Num primeiro momento, simpatizantes dos que se rebelaram contra o governo começaram a
pegar em armas – primeiro para se defender e depois para expulsar as forças de segurança de
suas regiões. Esse levante de pessoas nas ruas, lutando por democracia, faz parte de um mo-
vimento chamado Primavera Árabe e podemos dizer que esse processo culminou no início da
guerra civil na Síria.
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GRUPOS ENVOLVIDOS NO CONFLITO DA SÍRIA
Governo Sírio e Aliados
O governo sírio é liderado pelo ditador Bashar Al-Assad. Ele é sucessor de uma família que está
no poder desde 1970. O regime no país era brutal com a população, de partido único e laico –
apesar de a família Assad ser xiita. Apesar de não apoiarem o ditador, cristãos, xiitas e até parte
da elite sunita preferem ver Assad no poder diante da possibilidade de ter um país tomado
pelos extremistas.
Quanto às alianças externas, Assad conta com o apoio do Irã e do grupo libanês Hezbollah.
Juntos eles formam um “eixo xiita” – ou seja, seguem essa interpretação da religião islâmica –
no Oriente Médio. O grupo se opõe a Israel e disputa a hegemonia no Oriente Médio com as
monarquias sunitas, lideradas pela Arábia Saudita. O principal aliado de fora é a Rússia, que
mantém uma antiga parceria com a Síria. Tanto o apoio do Hezbollah e das milícias iranianas,
quanto os bombardeios mais recentes realizados pelas forças russas têm sido fundamentais
para a sobrevivência do regime de Assad.
Grupos rebeldes
Uma das primeiras forças internas que se rebelou contra o governo sírio, praticamente come-
çando a guerra civil na Síria, foram os grupos sunitas – Assad é xiita. São chamados de “rebel-
des moderados”, por não serem adeptos do radicalismo islâmico. A organização está envolvida
com países da Europa e com os Estados Unidos com o objetivo de derrubar o governo de Assad.
Três grandes potências no Oriente Médio também colaboram com os rebeldes: Turquia, Arábia
Saudita e Catar, relevando os interesses dos países próximos à Síria, também.
Extremistas islâmicos
Entre os grupos que querem derrubar Assad, há também facções extremistas islâmicas, que es-
tão fragmentadas em diversos grupos. Uma das organizações que mais conquistaram terreno,
principalmente nos primeiros anos do conflito, foi a Frente Al-Nusra, um braço da rede extre-
mista Al Qaeda na Síria. Posteriormente, a partir de 2013, o grupo terrorista Estado Islâmico
(EI) aproveitou-se da situação de caos criada pela guerra civil e, vindo do Iraque, avançou de
forma avassaladora e brutal, ocupando metade do território sírio.
Curdos
Os curdos também fazem parte da guerra civil na Síria. São uma etnia de 27 a 36 milhões de
pessoas no mundo que vivem em diversos países, inclusive na Síria e em países vizinhos. Eles
reivindicam a criação de um Estado próprio para o seu povo – o Curdistão. Desde o início do
conflito na Síria uma milícia formada para defender as regiões habitadas pelos curdos no norte
do país, se fortaleceu. Para o regime de Assad, tornaram-se bastante úteis, porque a milícia se
opõe aos rebeldes moderados e também ao Estado Islâmico.
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Atualidades – Fatos da Atualidade do Mundo – Prof. Thiago Scott
Raúl Castro anuncia pela televisão o falecimento do seu irmão, líder histórico da Revolução
Cubana
Fidel Castro morreu. Aos 90 anos de idade, o líder histórico da Revolução cubana faleceu na
noite desta sexta-feira, 25 de novembro,e em Havana, Cuba. O presidente Raúl Castro, seu ir-
mão, comunicou o fato em uma mensagem transmitida pela televisão. “Com profunda dor,
compareço aqui para informar ao nosso povo, aos amigos da nossa América e do mundo que
hoje, 25 de novembro de 2016, às 10h29 da noite [1h29 de sábado, pelo horário de Brasília] fa-
leceu o comandante em chefe da Revolução Cubana, Fidel Castro Ruz”, declarou o mandatário,
comovido.
Uma das principais figuras do século XX, Fidel Castro morre 60 anos depois de desembarcar em
Cuba no navio Granma com um grupo de rebeldes provenientes do México, para fazer a guerri-
lha que viria a derrotar Fulgencio Batista em 1959.
Após 47 anos ininterruptos à frente do regime socialista que construiu em torno da sua lide-
rança, Castro abandonou o poder há dez anos, em 2006, por problemas de saúde. Raúl Castro,
cinco anos mais novo, assumiu o comando, primeiro provisoriamente, e dois anos depois, em
2008, de forma definitiva, como presidente do Conselho de Estado e do Conselho de Ministros.
Raúl Castro acrescentou em sua mensagem que nas próximas horas serão anunciados detalhes
do funeral de Fidel Castro, com quem Raúl esteve pela última vez em 15 de novembro, quan-
do o veterano líder recebeu em sua casa o presidente do Vietnã, Tran Dai Quang. Na semana
passada, deveria ter recebido também o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, mas o
encontro foi cancelado.
A morte de Castro significará uma enorme sacudida emocional em Cuba, tanto para seus parti-
dários como para seus detratores
Desde que se viu obrigado a abandonar o poder em 2006, a principal atividade pública de Fidel
Castro foi a publicação de artigos na imprensa cubana. Sua frequência foi se espaçando gradu-
almente, mas se manteve presente até os últimos tempos, como quando, em março deste ano,
dias depois da histórica visita de Barack Obama à ilha, publicou um texto em que expressava
suas reticências com a aproximação entre o presidente dos Estados Unidos e o Governo cuba-
no. “Não necessitamos que o império nos dê nada de presente”, foi sua frase mais significativa,
sua rejeição final, pouco antes de morrer, ao país com o qual brigou durante décadas, seu ini-
migo irreconciliável.
A morte de Castro significará uma enorme sacudida emocional em Cuba, tanto para seus par-
tidários como para seus detratores, pelo peso esmagador que sua figura exerceu sobre a vida
cubana durante gerações e gerações. Politicamente, é o símbolo do fim de uma era, embora
não caiba esperar mudanças substanciais imediatas no sistema cubano. Resta agora, como o
último entre os líderes históricos da Revolução, seu irmão Raúl Castro.
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Nacionalismo continua de vento em popa na Europa, apesar da derrota
na Holanda
http://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2017/03/17/interna_internacional,855133/nacionalismo-
-continua-de-vento-em-popa-na-europa-apesar-da-derrota-na.shtml
Apesar do fracasso da extrema-direita em sua intenção de vencer as eleições legislativas holan-
desa, a ascensão do nacionalismo na Europa continua e encontra um eco crescente nos parti-
dos tradicionais, apontam especialistas.
Embora o Partido para a Liberdade (PVV) de Geert Wilders, que esperava ganhar as eleições
holandesas, tenha ficado muito atrás do primeiro-ministro liberal Mark Rutte - com 20 depu-
tados contra os 33 do Partido Popular para a Liberdade e Democracia (VVD), de acordo com os
resultados provisórios - terá ao menos cinco assentos a mais em relação às eleições de 2012.
Longe de encarar uma derrota, o PVV marca pontos "objetivamente", afirma Jean-Yves Camus,
especialista em extremismo na Europa no Instituto de Relações Internacionais e Estratégicas
(IRIS) de Paris.
Os líderes nacionalistas e de opinião "antissistema" aproveitaram a oportunidade, faltando 40
dias para a eleição presidencial na França e seis meses para as legislativas na Alemanha.
"O Partido da Liberdade de Wilders é o segundo em força no país (...) Mudar a Europa, salvar
empregos e bloquear a invasão, as boas ideias avançam", defendeu na Itália Matteo Salvini,
líder da Liga Norte, um movimento anti-imigração de extrema-direita.
"É a prova de que as ideias comuns estão avançando em diferentes países europeus", ressaltou
a presidente da Frente Nacional, Marine Le Pen, que lidera as intenções de voto para o primeiro
turno da eleição presidencial francesa, em 23 de abril.
Na Alemanha, o partido anti-Islã Alternativa para a Alemanha (AfD), que registra um ligeiro de-
clínio nas pesquisas há três semanas, foi menos entusiasta. "Esperávamos um melhor resultado
para o PVV", disse um dos líderes do partido, Frauke Petry.
- Suspiro de alívio -
A facção liberal holandesa liderada por Mark Rutte perdeu sete deputados, e os social-demo-
cratas, membros da coalizão em fim de mandato, sofreu uma grande derrota. "O 'sistema' so-
freu um duro golpe", relata o site ultraconservador britânico Westmonster.
Os líderes europeus, que temiam um novo triunfo do nacionalismo após o Brexit e a eleição de
Donald Trump nos Estados Unidos, deu um suspiro de alívio.
O presidente francês, François Hollande, aplaudiu "uma clara vitória contra o extremismo", en-
quanto o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, "um voto para a Europa".
Mas para o cientista político francês Stephane Rozes, presidente do Cap (Consultoria, análise e
perspectiva), o avanço do populismo continua a ser "constante" na Europa e se dirige para "as
portas do poder", mesmo se os eleitores o evitem por enquanto.
"O perigo nesta 'boa notícia' na Holanda é que os líderes europeus não tratam a raiz do surgi-
mento do populismo", teme Rozès.
Embora permaneçam às portas de poder -o líder de extrema-direita Norbert Hofer perdeu a
eleição presidencial austríaca em dezembro - os nacionalistas espalham com sucesso as suas
ideias entre a sociedade.
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Atualidades – Fatos da Atualidade do Mundo – Prof. Thiago Scott
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míssil norte-coreano e mostrou que os componentes eletrônicos vinham de empresas chinesas
ou foram conseguidos através da China.
Ou seja, a China poderia fazer muito mais do que faz para pressionar o regime de Kim Jong-un.
O problema é que Pequim não quer ver o regime norte-coreano entrar em colapso.
As sanções existentes poderiam ser endurecidas e que, principalmente no lado financeiro, po-
deriam dificultar as coisas para Pyongyang.
O problema é que sanções mais abrangentes podem afetar a população, que há décadas en-
frenta ciclos de fome.
A Coreia do Norte e a China propuseram um possível fim do desenvolvimento de armas nu-
cleares de Pyongyang se os EUA parassem de fazer manobras militares na fronteira do país.
Por que isso não está sendo feito?
O objetivo da política americana vinha sendo a redução do programa nuclear norte-coreano,
mas isso se provou impossível - e a ênfase agora parece ser em evitar um aumento desse pode-
rio.
Não há sinais de que a Coreia do Norte tenha qualquer desejo de abrir mão de suas armas nu-
cleares, muito pelo contrário. O país acredita que esta é a razão mais importante pela qual ele
ainda não foi varrido do mapa.
A China parece disposta a encontrar uma solução diplomática para o problema e há alternati-
vas que poderiam ser exploradas - por exemplo, uma limitação do programa nuclear da Coreia
do Norte em troca de várias concessões.
Mas isso já foi tentado e fracassou. Este regime é quase único no mundo em seu nível de isola-
mento, paranoia e fraquezas, seja qual for a sua aparente força militar.
Que tratados são válidos na península coreana? Alguém seria obrigado a agir em caso de
conflito?
Desde 1953, a Coreia do Sul tem um tratado de defesa mútua com os EUA, e Washington en-
viaria ajuda caso o país fosse ameaçado. Há cerca de 28,5 mil soldados americanos no país e
aviões de guerra sofisticados sobrevoam o país regularmente.
Também há o Tratado de Amizade, Cooperação e Ajuda Mútua entre a Coreia do Norte e a Chi-
na, de 1961, que tem alguns elementos de defesa. Não fica claro, no entanto, se a China estaria
disposta a ir à guerra para defender o regime norte-coreano, especialmente se ele der início a
hostilidades contra o sul.
Que chances a Coreia do Norte tem de se defender no caso de um possível ataque dos EUA e
países aliados após mais um teste nuclear?
Acredito que ainda estamos longe de um possível confronto militar. Dadas as capacidades mi-
litares e o preparo da Coreia do Norte, qualquer guerra que tivesse início agora teria consequ-
ências devastadoras para a Coreia do Sul. Seul, a capital sul-coreana, está facilmente ao alcance
da artilharia de Pyongyang.
As forças que os EUA enviaram até agora para a região - um grupo tático em um porta-aviões e
um submarino equipado com mísseis de cruzeiro - mandam uma mensagem, mas ainda não é o
suficiente para dizer que os americanos estão dispostos a considerar um conflito hostil de fato.
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Atualidades – Fatos da Atualidade do Mundo – Prof. Thiago Scott
É claro que, mesmo que a Coreia do Norte possa ter uma vantagem militar inicial, qualquer
guerra faria com que o país enfrentasse a sofisticação tecnológica da máquina militar moderna
dos EUA. O país asiático muito provavelmente perderia.
Mas o nível de destruição, tanto na Coreia do Norte quanto na Coreia do Sul, seria imenso, e
isso sem considerar a possibilidade de Pyongyang decidir utilizar seu relativamente pequeno
arsenal nuclear.
Se o sistema de defesa antimísseis Thaad (que os EUA posicionaram na Coreia do Sul) conse-
guir interceptar uma ogiva nuclear, o que acontece com o material físsil que está na ogiva?
Ainda não é claro se a Coreia do Norte realmente tem ogivas nucleares pequenas o suficiente
para colocar dentro de seus mísseis - que é o objetivo de seu programa nuclear.
O sistema Thaad foi desenvolvido para interceptar mísseis durante sua fase final de voo, dentro
ou perto da atmosfera terrestre, a cerca de 200 km. Especialistas acreditam que isso poderia
mitigar o efeito de qualquer arma de destruição em massa, nuclear ou química.
O sistema Thaad é mesmo eficiente? Se ele conseguir neutralizar os mísseis da Coreia do Nor-
te, seria mais provável um cenário de guerra terrestre?
O Thaad é um sistema que impressiona, mas não é um escudo completamente à prova de mís-
seis.
Seu deslocamento para a fronteira entre as duas Coreias funciona como um sinal diplomático e
uma precaução prática. Ele poderia, por exemplo, tentar interceptar qualquer míssil errante da
Coreia do Norte que esteja indo em direção à Coreia do Sul.
Mas, apesar de seu posicionamento na fronteira já ter começado, ainda não se sabe quando é
que o sistema Thaad e seus radares poderosos estarão operacionais.
Se a Coreia do Norte afundar um navio americano e os EUA retaliarem, qual é a chance de a
China se envolver? Isso poderia significar uma guerra nuclear global?
A China está ciente do aumento das tensões na região e está claramente interessada em rever-
ter a crise.
O governo americano, por sua vez, tenta usar a preocupação de Pequim a seu favor, para que a
China influencie o comportamento de Pyongyang.
A China está em uma posição difícil. O governo chinês não gosta muito do regime norte-core-
ano e de seu comportamento instável. Mas não quer ver este regime ser derrubado, em parte
porque não ficaria satisfeito com uma Coreia unificada pelos EUA, mas também porque o co-
lapso da Coreia do Norte poderia gerar uma onda de milhares de refugiados na China.
Durante o último conflito coreano, nos anos 1950, a China ajudou ativamente a Coreia do Nor-
te, mas, atualmente, não há indicações de que apoiaria o regime imprevisível de Pyongyang
num futuro conflito.
O quanto o cidadão norte-coreano comum sabe sobre a situação e sobre como os EUA estão
aumentando suas defesas contra o país?
A Coreia do Norte é um país bastante fechado onde as pessoas sabem apenas do que lhes é
informado pelo governo. A narrativa do governo é de que o país está rodeado por inimigos com
armas nucleares e que quer estar preparado para o combate.
Por isso que Pyongyang buscar ter suas próprias armas nucleares e uma sociedade altamente
militarizada.
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O tipo de retórica que parte da Coreia do Norte às vezes soa como paródia de um país paranoico.
Mas o país realmente se vê ameaçado. É provavelmente o país mais isolado do mundo, com
pouco amigos.
Este é um regime que, apesar de poder construir mísseis, muitas vezes mal consegue alimentar
seu povo. Qualquer solução de longo prazo para o problema da Coreia do Norte precisa, de
alguma forma, compreender esta narrativa e garantir à população que o mundo não quer
somente derrubar o regime do país.
A chave para isso é clareza política por parte dos EUA, assim como a disposição de tentar
encontrar incentivos para abrir algum tipo de diálogo diplomático com Pyongyang, ao mesmo
tempo em que é enviada uma mensagem forte de dissuasão de uma escalada militar.
Opositores protestam nesta quarta-feira (25) em Caracas, na Venezuela, contra decisão que restringe protestos
diante do Conselho Nacional Eleitoral e a favor do referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro
(Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)
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Moradores de El Hatillo, nas proximidades de Caracas, fazem fila em uma padaria para comprar pão
em dia de corte de energia (Foto: Foto AP/Fernando Llano)
Lilian Tintori, mulher de líder de oposição preso Leopoldo López, comemora vitória ao lado de candidatos da
oposição na eleição da Venezuela (Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)
A apuração dos votos das eleições Legislativas de 6 de dezembro confirma que a oposição,
reunida na coalizão Mesa da Unidade Democrática (MUD), derrotou os socialistas do governo
e conquistou a maioria na Assembleia Nacional, pela primeira vez em 16 anos, formando uma
plataforma para desafiar o presidente Nicolás Maduro.
Dois dias depois, o último boletim do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) aponta que a oposição
alcançou poderosa maioria qualificada de dois terços do Congresso.
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10 de dezembro: 'maior inflação do mundo'
Dados so Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre as projeções mundiais "apontam que a
Venezuela teve a maior inflação do mundo em 2015, ao redor de 160%".
Novo presidente do Parlamento da Venezuela, Henry Ramos Allup, chega à Assembleia Nacional para
a cerimônia de posse dos novos legisladores (Foto: AFP PHOTO/JUAN BARRETO)
Nova Assembleia Nacional toma posse. Novo presidente é Henry Ramos Allup, que tem apoio
de 109 deputados da coalizão de oposição MUD.
CRISE NA VENEZUELA
País enfrenta protestos e escassez
Maduro decreta "estado de emergência econômica" por 60 dias para atender à grave crise do
país. O poder executivo passa a ter direito, entre outras coisas, a tomar uma série de medidas
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para garantir o abastecimento de bens básicos à população; a fixar "limites máximos de entrada
e saída" de bolívares; a determinar outras medidas "de ordem social, econômica ou política
que considere conveniente".
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Maduro emite decreto para prorrogar por 60 dias da emergência econômica em vigor há dois
meses. No texto, o presidente afirma que há "uma crise estrutural do modelo rentista pela
queda abrupta dos preços do petróleo", à qual acrescenta um suposto "boicote econômico e
financeiro nacional e internacional" contra a Venezuela.
Lilian Tintori, mulher do líder da oposição Leopoldo López, que está preso, pede anistia no Parlamento da
Venezuela momentos antes do juramento dos novos deputados (Foto: AFP PHOTO/JUAN BARRETO)
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Fábrica da Cerveceria Polar, maior favricante de cervejas da Venezuela (Foto: FEDERICO PARRA / AFP)
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A Cervejaria Polar, pertencente ao maior grupo empresarial da Venezuela e principal fabricante
de cervejas, que produz cerca de 80% da cerveja consumida no país, paralisa a última de
suas quatro unidades no país. A empresa já havia anunciado que só tinha "cevada maltada
para produzir cerveja até 29 de abril", devido à falta de moeda internacional para pagar seus
fornecedores estrangeiros, provocada pelo controle estatal do câmbio no país.
Oposição venezuelana coleta assinaturas para buscar referendo contra Maduro (Foto: REUTERS/Marco Bello)
A oposição apresenta 1,85 milhão de assinaturas ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) pedindo a
convocação de um referendo revogatório contra o presidente. O CNE exige 195.721 assinaturas
(1% do padrão eleitoral) para pedir que se inicie o processo.
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Atualidades – Fatos da Atualidade do Mundo – Prof. Thiago Scott
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Noções sobre Direitos das Pessoas com Deficiência
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Direitos das Pessoas com Deficiência
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seus sistemas e tecnologias, bem como de e) barreiras atitudinais: atitudes ou com-
outros serviços e instalações abertos ao pú- portamentos que impeçam ou prejudiquem
blico, de uso público ou privados de uso co- a participação social da pessoa com defici-
letivo, tanto na zona urbana como na rural, ência em igualdade de condições e oportu-
por pessoa com deficiência ou com mobili- nidades com as demais pessoas;
dade reduzida;
f) barreiras tecnológicas: as que dificultam
II – desenho universal: concepção de pro- ou impedem o acesso da pessoa com defici-
dutos, ambientes, programas e serviços a ência às tecnologias;
serem usados por todas as pessoas, sem
necessidade de adaptação ou de projeto es- V – comunicação: forma de interação dos
pecífico, incluindo os recursos de tecnologia cidadãos que abrange, entre outras opções,
assistiva; as línguas, inclusive a Língua Brasileira de
Sinais (Libras), a visualização de textos, o
III – tecnologia assistiva ou ajuda técnica: Braille, o sistema de sinalização ou de co-
produtos, equipamentos, dispositivos, re- municação tátil, os caracteres ampliados, os
cursos, metodologias, estratégias, práticas e dispositivos multimídia, assim como a lin-
serviços que objetivem promover a funcio- guagem simples, escrita e oral, os sistemas
nalidade, relacionada à atividade e à parti- auditivos e os meios de voz digitalizados e
cipação da pessoa com deficiência ou com os modos, meios e formatos aumentativos
mobilidade reduzida, visando à sua autono- e alternativos de comunicação, incluindo as
mia, independência, qualidade de vida e in- tecnologias da informação e das comunica-
clusão social; ções;
IV – barreiras: qualquer entrave, obstáculo, VI – adaptações razoáveis: adaptações, mo-
atitude ou comportamento que limite ou dificações e ajustes necessários e adequa-
impeça a participação social da pessoa, bem dos que não acarretem ônus despropor-
como o gozo, a fruição e o exercício de seus cional e indevido, quando requeridos em
direitos à acessibilidade, à liberdade de mo- cada caso, a fim de assegurar que a pessoa
vimento e de expressão, à comunicação, ao com deficiência possa gozar ou exercer, em
acesso à informação, à compreensão, à cir- igualdade de condições e oportunidades
culação com segurança, entre outros, classi- com as demais pessoas, todos os direitos e
ficadas em: liberdades fundamentais;
a) barreiras urbanísticas: as existentes nas VII – elemento de urbanização: quaisquer
vias e nos espaços públicos e privados aber- componentes de obras de urbanização,
tos ao público ou de uso coletivo; tais como os referentes a pavimentação,
saneamento, encanamento para esgotos,
b) barreiras arquitetônicas: as existentes distribuição de energia elétrica e de gás,
nos edifícios públicos e privados; iluminação pública, serviços de comunica-
c) barreiras nos transportes: as existentes ção, abastecimento e distribuição de água,
nos sistemas e meios de transportes; paisagismo e os que materializam as indica-
ções do planejamento urbanístico;
d) barreiras nas comunicações e na infor-
mação: qualquer entrave, obstáculo, atitu- VIII – mobiliário urbano: conjunto de ob-
de ou comportamento que dificulte ou im- jetos existentes nas vias e nos espaços pú-
possibilite a expressão ou o recebimento de blicos, superpostos ou adicionados aos ele-
mensagens e de informações por intermé- mentos de urbanização ou de edificação, de
dio de sistemas de comunicação e de tecno- forma que sua modificação ou seu traslado
logia da informação; não provoque alterações substanciais nes-
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Direitos Humanos – Lei nº 13.146/2015 - Estatuto da Pessoa com Deficiência – Prof. Mateus Silveira
ses elementos, tais como semáforos, postes lares nas quais se fizer necessária, em todos
de sinalização e similares, terminais e pon- os níveis e modalidades de ensino, em ins-
tos de acesso coletivo às telecomunicações, tituições públicas e privadas, excluídas as
fontes de água, lixeiras, toldos, marquises, técnicas ou os procedimentos identificados
bancos, quiosques e quaisquer outros de com profissões legalmente estabelecidas;
natureza análoga;
XIV – acompanhante: aquele que acompa-
IX – pessoa com mobilidade reduzida: aque- nha a pessoa com deficiência, podendo ou
la que tenha, por qualquer motivo, dificul- não desempenhar as funções de atendente
dade de movimentação, permanente ou pessoal.
temporária, gerando redução efetiva da
mobilidade, da flexibilidade, da coordena-
ção motora ou da percepção, incluindo ido-
so, gestante, lactante, pessoa com criança CAPÍTULO II
de colo e obeso; DA IGUALDADE E DA NÃO
X – residências inclusivas: unidades de ofer- DISCRIMINAÇÃO
ta do Serviço de Acolhimento do Sistema
Art. 4º Toda pessoa com deficiência tem direi-
Único de Assistência Social (Suas) localiza-
to à igualdade de oportunidades com as demais
das em áreas residenciais da comunidade,
pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de dis-
com estruturas adequadas, que possam
criminação.
contar com apoio psicossocial para o aten-
dimento das necessidades da pessoa acolhi- § 1º Considera-se discriminação em razão
da, destinadas a jovens e adultos com de- da deficiência toda forma de distinção, res-
ficiência, em situação de dependência, que trição ou exclusão, por ação ou omissão,
não dispõem de condições de autossusten- que tenha o propósito ou o efeito de preju-
tabilidade e com vínculos familiares fragili- dicar, impedir ou anular o reconhecimento
zados ou rompidos; ou o exercício dos direitos e das liberdades
fundamentais de pessoa com deficiência,
XI – moradia para a vida independente da
incluindo a recusa de adaptações razoáveis
pessoa com deficiência: moradia com estru-
e de fornecimento de tecnologias assistivas.
turas adequadas capazes de proporcionar
serviços de apoio coletivos e individuali- § 2º A pessoa com deficiência não está obri-
zados que respeitem e ampliem o grau de gada à fruição de benefícios decorrentes de
autonomia de jovens e adultos com defici- ação afirmativa.
ência;
Art. 5º A pessoa com deficiência será protegida
XII – atendente pessoal: pessoa, membro de toda forma de negligência, discriminação,
ou não da família, que, com ou sem remu- exploração, violência, tortura, crueldade, opres-
neração, assiste ou presta cuidados básicos são e tratamento desumano ou degradante.
e essenciais à pessoa com deficiência no
exercício de suas atividades diárias, excluí- Parágrafo único. Para os fins da proteção
das as técnicas ou os procedimentos iden- mencionada no caput deste artigo, são
tificados com profissões legalmente estabe- considerados especialmente vulneráveis a
lecidas; criança, o adolescente, a mulher e o idoso,
com deficiência.
XIII – profissional de apoio escolar: pessoa
que exerce atividades de alimentação, hi- Art. 6º A deficiência não afeta a plena capacida-
giene e locomoção do estudante com defi- de civil da pessoa, inclusive para:
ciência e atua em todas as atividades esco- I – casar-se e constituir união estável;
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II – exercer direitos sexuais e reprodutivos; Seção Única
III – exercer o direito de decidir sobre o nú- DO ATENDIMENTO PRIORITÁRIO
mero de filhos e de ter acesso a informa-
ções adequadas sobre reprodução e plane- Art. 9º A pessoa com deficiência tem direito a
jamento familiar; receber atendimento prioritário, sobretudo
com a finalidade de:
IV – conservar sua fertilidade, sendo veda-
da a esterilização compulsória; I – proteção e socorro em quaisquer cir-
cunstâncias;
V – exercer o direito à família e à convivên-
cia familiar e comunitária; e II – atendimento em todas as instituições e
serviços de atendimento ao público;
VI – exercer o direito à guarda, à tutela, à
curatela e à adoção, como adotante ou ado- III – disponibilização de recursos, tanto hu-
tando, em igualdade de oportunidades com manos quanto tecnológicos, que garantam
as demais pessoas. atendimento em igualdade de condições
com as demais pessoas;
Art. 7º É dever de todos comunicar à autoridade
competente qualquer forma de ameaça ou de IV – disponibilização de pontos de parada,
violação aos direitos da pessoa com deficiência. estações e terminais acessíveis de transpor-
te coletivo de passageiros e garantia de se-
Parágrafo único. Se, no exercício de suas gurança no embarque e no desembarque;
funções, os juízes e os tribunais tiverem co-
nhecimento de fatos que caracterizem as V – acesso a informações e disponibilização
violações previstas nesta Lei, devem reme- de recursos de comunicação acessíveis;
ter peças ao Ministério Público para as pro- VI – recebimento de restituição de imposto
vidências cabíveis. de renda;
Art. 8º É dever do Estado, da sociedade e da fa- VII – tramitação processual e procedimen-
mília assegurar à pessoa com deficiência, com tos judiciais e administrativos em que for
prioridade, a efetivação dos direitos referentes parte ou interessada, em todos os atos e di-
à vida, à saúde, à sexualidade, à paternidade e ligências.
à maternidade, à alimentação, à habitação, à
educação, à profissionalização, ao trabalho, à § 1º Os direitos previstos neste artigo são
previdência social, à habilitação e à reabilita- extensivos ao acompanhante da pessoa
ção, ao transporte, à acessibilidade, à cultura, com deficiência ou ao seu atendente pesso-
ao desporto, ao turismo, ao lazer, à informação, al, exceto quanto ao disposto nos incisos VI
à comunicação, aos avanços científicos e tecno- e VII deste artigo.
lógicos, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à § 2º Nos serviços de emergência públicos
convivência familiar e comunitária, entre outros e privados, a prioridade conferida por esta
decorrentes da Constituição Federal, da Con- Lei é condicionada aos protocolos de aten-
venção sobre os Direitos das Pessoas com De- dimento médico.
ficiência e seu Protocolo Facultativo e das leis e
de outras normas que garantam seu bem-estar
pessoal, social e econômico.
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Direitos Humanos – Lei nº 13.146/2015 - Estatuto da Pessoa com Deficiência – Prof. Mateus Silveira
CAPÍTULO I
CAPÍTULO VI
DO DIREITO À VIDA
DO DIREITO AO TRABALHO
Art. 10. Compete ao poder público garantir a
dignidade da pessoa com deficiência ao longo Seção I
de toda a vida. DISPOSIÇÕES GERAIS
Parágrafo único. Em situações de risco, Art. 34. A pessoa com deficiência tem direito
emergência ou estado de calamidade públi- ao trabalho de sua livre escolha e aceitação, em
ca, a pessoa com deficiência será conside- ambiente acessível e inclusivo, em igualdade de
rada vulnerável, devendo o poder público oportunidades com as demais pessoas.
adotar medidas para sua proteção e segu-
rança. § 1º As pessoas jurídicas de direito públi-
co, privado ou de qualquer natureza são
Art. 11. A pessoa com deficiência não poderá obrigadas a garantir ambientes de trabalho
ser obrigada a se submeter a intervenção clínica acessíveis e inclusivos.
ou cirúrgica, a tratamento ou a institucionaliza-
ção forçada. § 2º A pessoa com deficiência tem direito,
em igualdade de oportunidades com as de-
Parágrafo único. O consentimento da pes- mais pessoas, a condições justas e favorá-
soa com deficiência em situação de curatela veis de trabalho, incluindo igual remunera-
poderá ser suprido, na forma da lei. ção por trabalho de igual valor.
Art. 12. O consentimento prévio, livre e esclare- § 3º É vedada restrição ao trabalho da pes-
cido da pessoa com deficiência é indispensável soa com deficiência e qualquer discrimina-
para a realização de tratamento, procedimento, ção em razão de sua condição, inclusive nas
hospitalização e pesquisa científica. etapas de recrutamento, seleção, contrata-
§ 1º Em caso de pessoa com deficiência em ção, admissão, exames admissional e peri-
situação de curatela, deve ser assegurada ódico, permanência no emprego, ascensão
sua participação, no maior grau possível, profissional e reabilitação profissional, bem
para a obtenção de consentimento. como exigência de aptidão plena.
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Art. 35. É finalidade primordial das políticas § 4º Os serviços de habilitação profissional,
públicas de trabalho e emprego promover e ga- de reabilitação profissional e de educação
rantir condições de acesso e de permanência da profissional deverão ser oferecidos em am-
pessoa com deficiência no campo de trabalho. bientes acessíveis e inclusivos.
Parágrafo único. Os programas de estímulo § 5º A habilitação profissional e a reabilita-
ao empreendedorismo e ao trabalho autô- ção profissional devem ocorrer articuladas
nomo, incluídos o cooperativismo e o asso- com as redes públicas e privadas, especial-
ciativismo, devem prever a participação da mente de saúde, de ensino e de assistência
pessoa com deficiência e a disponibilização social, em todos os níveis e modalidades,
de linhas de crédito, quando necessárias. em entidades de formação profissional ou
diretamente com o empregador.
Seção II
DA HABILITAÇÃO PROFISSIONAL E § 6º A habilitação profissional pode ocorrer
em empresas por meio de prévia formaliza-
REABILITAÇÃO PROFISSIONAL ção do contrato de emprego da pessoa com
deficiência, que será considerada para o
Art. 36. O poder público deve implementar
cumprimento da reserva de vagas prevista
serviços e programas completos de habilitação
em lei, desde que por tempo determinado
profissional e de reabilitação profissional para
e concomitante com a inclusão profissional
que a pessoa com deficiência possa ingressar,
na empresa, observado o disposto em regu-
continuar ou retornar ao campo do trabalho,
lamento.
respeitados sua livre escolha, sua vocação e seu
interesse. § 7º A habilitação profissional e a reabili-
tação profissional atenderão à pessoa com
§ 1º Equipe multidisciplinar indicará, com
deficiência.
base em critérios previstos no § 1º do art.
2º desta Lei, programa de habilitação ou de Seção III
reabilitação que possibilite à pessoa com
deficiência restaurar sua capacidade e habi- DA INCLUSÃO DA PESSOA COM
lidade profissional ou adquirir novas capaci- DEFICIÊNCIA NO TRABALHO
dades e habilidades de trabalho.
Art. 37. Constitui modo de inclusão da pessoa
§ 2º A habilitação profissional corresponde com deficiência no trabalho a colocação com-
ao processo destinado a propiciar à pessoa petitiva, em igualdade de oportunidades com
com deficiência aquisição de conhecimen- as demais pessoas, nos termos da legislação
tos, habilidades e aptidões para exercício de trabalhista e previdenciária, na qual devem ser
profissão ou de ocupação, permitindo nível atendidas as regras de acessibilidade, o forne-
suficiente de desenvolvimento profissional cimento de recursos de tecnologia assistiva e a
para ingresso no campo de trabalho. adaptação razoável no ambiente de trabalho.
§ 3º Os serviços de habilitação profissional, Parágrafo único. A colocação competitiva
de reabilitação profissional e de educação da pessoa com deficiência pode ocorrer por
profissional devem ser dotados de recursos meio de trabalho com apoio, observadas as
necessários para atender a toda pessoa com seguintes diretrizes:
deficiência, independentemente de sua ca-
racterística específica, a fim de que ela pos- I – prioridade no atendimento à pessoa com
sa ser capacitada para trabalho que lhe seja deficiência com maior dificuldade de inser-
adequado e ter perspectivas de obtê-lo, de ção no campo de trabalho;
conservá-lo e de nele progredir. II – provisão de suportes individualizados
que atendam a necessidades específicas da
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Direitos Humanos – Lei nº 13.146/2015 - Estatuto da Pessoa com Deficiência – Prof. Mateus Silveira
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Noções sobre Direitos das Pessoas com Deficiência
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Direitos das Pessoas com Deficiência
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apoio que necessitarem no exercício de sua ca- no caso das pessoas com deficiência, da imple-
pacidade legal; mentação de medidas que assegurem a ampla
e irrestrita acessibilidade física, arquitetônica,
CONSIDERANDO que os artigos 3º e 5º da Cons- comunicacional e atitudinal;
tituição Federal de 1988 têm a igualdade como
princípio e a promoção do bem de todos, sem CONSIDERANDO que a Administração Pública
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade tem papel preponderante na criação de novos
e quaisquer outras formas de discriminação, padrões de consumo e produção e na constru-
como um objetivo fundamental da República ção de uma sociedade mais inclusiva, razão pela
Federativa do Brasil, do que decorre a necessi- qual detém a capacidade e o dever de potencia-
dade de promoção e proteção dos direitos hu- lizar, estimular e multiplicar a utilização de re-
manos de todas as pessoas, com e sem deficiên- cursos e tecnologias assistivas com vistas à ga-
cia, em igualdade de condições; rantia plena da acessibilidade e a inclusão das
pessoas com deficiência;
CONSIDERANDO o disposto na Lei nº 7.853, de
24 de outubro de 1989, Decreto nº 3.298, de CONSIDERANDO a necessidade de aperfeiço-
21 de dezembro de 1999, Lei nº 10.048, de 08 amento da Recomendação CNJ 27/2009 pelo
de novembro de 2000, Lei nº 10.098, de 19 de advento da Lei 13.146/2015 (Lei Brasileira de
dezembro de 2000, e no Decreto nº 5.296, de Inclusão);
2 de dezembro de 2004, que estabelecem nor-
mas gerais e critérios básicos para a promoção CONSIDERANDO a ratificação unânime da me-
da acessibilidade das pessoas com deficiência dida liminar concedida nos autos dos Pedidos
ou mobilidade reduzida, mediante a supressão de Providências 0004258-58.2015.2.00.0000 e
de barreiras e de obstáculos nas vias, espaços 0004756-57.2015.2.00.0000, pelo Plenário do
e serviços públicos, no mobiliário urbano, na Conselho Nacional de Justiça;
construção e reforma de edifícios e nos meios CONSIDERANDO a deliberação do Plenário do
de transporte e de comunicação, com prazos CNJ no Procedimento de Comissão 006029-
determinados para seu cumprimento e imple- 71.2015.2.00.0000, na 232ª Sessão Ordinária,
mentação; realizada em 31 de maio de 2016;
CONSIDERANDO que ao Poder Público e seus ór- RESOLVE:
gãos cabe assegurar às pessoas com deficiência
o pleno exercício de seus direitos, inclusive o di-
reito ao trabalho, e de outros que, decorrentes
da Constituição e das leis, propiciem seu bem- CAPÍTULO I
-estar pessoal, social e econômico, cabendo aos DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
órgãos e entidades da administração direta e in-
direta dispensar, no âmbito de sua competência Art. 1º Esta Resolução orienta a adequação das
e finalidade, aos assuntos objetos desta Resolu- atividades dos órgãos do Poder Judiciário e de
ção, tratamento prioritário e adequado, tenden- seus serviços auxiliares em relação às determi-
te a viabilizar, sem prejuízo de outras, medidas nações exaradas pela Convenção Internacional
que visem garantir o acesso aos serviços con- sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e
cernentes, o empenho quanto ao surgimento seu Protocolo Facultativo (promulgada por meio
e à manutenção de empregos e a promoção de do Decreto nº 6.949/2009) e pela Lei Brasileira
ações eficazes que propiciem a inclusão e a ade- de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº
quada ambientação, nos locais de trabalho, de 13.146/2015).
pessoas com deficiência;
Parágrafo único. Para tanto, entre outras
CONSIDERANDO que a efetiva prestação de ser- medidas, convola-se, em resolução, a Re-
viços públicos e de interesse público depende, comendação CNJ 27, de 16/12/2009, bem
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de textos, o Braille, o sistema de sinalização Subseção II
ou de comunicação tátil, os caracteres am- DA ACESSIBILIDADE COM
pliados, os dispositivos multimídia, assim
como a linguagem simples, escrita e oral, SEGURANÇA E AUTONOMIA
os sistemas auditivos e os meios de voz di- Art. 4º Para promover a acessibilidade dos usuá-
gitalizados e os modos, meios e formatos rios do Poder Judiciário e dos seus serviços auxi-
aumentativos e alternativos de comunica- liares que tenham deficiência, a qual não ocorre
ção, incluindo as tecnologias da informação sem segurança ou sem autonomia, dever-se-á,
e das comunicações; entre outras atividades, promover:
VIII – “atendente pessoal” significa pessoa, I – atendimento ao público – pessoal, por
membro ou não da família, que, com ou telefone ou por qualquer meio eletrônico
sem remuneração, assiste ou presta cui- – que seja adequado a esses usuários, in-
dados básicos e essenciais à pessoa com clusive aceitando e facilitando, em trâmites
deficiência no exercício de suas atividades oficiais, o uso de línguas de sinais, braille,
diárias, excluídas as técnicas ou os procedi- comunicação aumentativa e alternativa, e
mentos identificados com profissões legal- de todos os demais meios, modos e forma-
mente estabelecidas; e tos acessíveis de comunicação, à escolha
IX – “acompanhante” significa aquele que das pessoas com deficiência;
acompanha a pessoa com deficiência, po- II – adaptações arquitetônicas que permi-
dendo ou não desempenhar as funções de tam a livre e autônoma movimentação des-
atendente pessoal. ses usuários, tais como rampas, elevadores
e vagas de estacionamento próximas aos lo-
cais de atendimento; e
CAPÍTULO II
III – acesso facilitado para a circulação de
DAS DISPOSIÇÕES RELACIONADAS transporte público nos locais mais próximos
A TODAS AS PESSOAS COM possíveis aos postos de atendimento.
DEFICIÊNCIA § 1º A fim de garantir a atuação da pes-
soa com deficiência em todo o processo
Seção I judicial, o poder público deve capacitar os
DA IGUALDADE E SUAS IMPLICAÇÕES membros, os servidores e terceirizados que
atuam no Poder Judiciário quanto aos direi-
Subseção I tos da pessoa com deficiência.
DA IGUALDADE E DA INCLUSÃO
§ 2º Cada órgão do Poder Judiciário deverá
Art. 3º A fim de promover a igualdade, adotar- dispor de, pelo menos, cinco por cento de
-se-ão, com urgência, medidas apropriadas para servidores, funcionários e terceirizados ca-
eliminar e prevenir quaisquer barreiras urbanís- pacitados para o uso e interpretação da Li-
ticas, arquitetônicas, nos transportes, nas co- bras.
municações e na informação, atitudinais ou tec-
§ 3º As edificações públicas já existentes
nológicas, devendo-se garantir às pessoas com
devem garantir acessibilidade à pessoa com
deficiência – servidores, serventuários extraju-
deficiência em todas as suas dependências
diciais, terceirizados ou não – quantas adapta-
e serviços, tendo como referência as nor-
ções razoáveis ou mesmo tecnologias assistivas
mas de acessibilidade vigentes.
sejam necessárias para assegurar acessibilidade
plena, coibindo qualquer forma de discrimina- § 4º A construção, a reforma, a ampliação
ção por motivo de deficiência. ou a mudança de uso de edificações deve-
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rão ser executadas de modo a serem aces- Art. 7º Os órgãos do Poder Judiciário deverão,
síveis. com urgência, proporcionar aos seus usuários
processo eletrônico adequado e acessível a to-
§ 5º A formulação, a implementação e a dos os tipos de deficiência, inclusive às pessoas
manutenção das ações de acessibilidade que tenham deficiência visual, auditiva ou da
atenderão às seguintes premissas básicas: fala.
I – eleição de prioridades, elaboração de § 1º Devem ser oferecidos todos os recur-
cronograma e reserva de recursos para im- sos de tecnologia assistiva disponíveis para
plementação das ações; e que a pessoa com deficiência tenha garan-
II – planejamento contínuo e articulado en- tido o acesso à justiça, sempre que figure
tre os setores envolvidos. em um dos polos da ação ou atue como tes-
temunha, partícipe da lide posta em juízo,
§ 6º Para atender aos usuários externos que advogado, defensor público, magistrado ou
tenham deficiência, dever-se-á reservar, nas membro do Ministério Público.
áreas de estacionamento abertas ao públi-
co, vagas próximas aos acessos de circula- § 2º A pessoa com deficiência tem garanti-
ção de pedestres, devidamente sinalizadas, do o acesso ao conteúdo de todos os atos
para veículos que transportem pessoas com processuais de seu interesse, inclusive no
deficiência e com comprometimento de exercício da advocacia.
mobilidade, desde que devidamente iden- Art. 8º Os serviços notariais e de registro não
tificados, em percentual equivalente a 2% podem negar ou criar óbices ou condições di-
(dois por cento) do total, garantida, no míni- ferenciadas à prestação de seus serviços em ra-
mo, 1 (uma) vaga. zão de deficiência do solicitante, devendo reco-
§ 7º Mesmo se todas as vagas disponíveis nhecer sua capacidade legal plena, garantida a
estiverem ocupadas, a Administração de- acessibilidade.
verá agir com o máximo de empenho para, Parágrafo único. O descumprimento do dis-
na medida do possível, facilitar o acesso do posto no caput deste artigo constitui discri-
usuário com deficiência às suas dependên- minação em razão de deficiência.
cias, ainda que, para tanto, seja necessário
dar acesso a vaga destinada ao público in- Art. 9º Os Tribunais relacionados nos incisos II a
terno do órgão. VII do art. 92 da Constituição Federal de 1988 e
os serviços auxiliares do Poder Judiciário devem
Art. 5º É proibido ao Poder Judiciário e seus ser- adotar medidas para a remoção de barreiras
viços auxiliares impor ao usuário com deficiên- físicas, tecnológicas, arquitetônicas, de comu-
cia custo anormal, direto ou indireto, para o am- nicação e atitudinais para promover o amplo e
plo acesso a serviço público oferecido. irrestrito acesso de pessoas com deficiência às
Art. 6º Todos os procedimentos licitatórios do suas respectivas carreiras e dependências e o
Poder Judiciário deverão se ater para produtos efetivo gozo dos serviços que prestam, promo-
acessíveis às pessoas com deficiência, sejam vendo a conscientização de servidores e jurisdi-
servidores ou não. cionados sobre a importância da acessibilidade
para garantir o pleno exercício de direitos.
§ 1º O desenho universal sera# sempre to-
mado como regra de caráter geral.
§ 2º Nas hipóteses em que comprovada-
mente o desenho universal não possa ser
empreendido, deve ser adotada adaptação
razoável.
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Subseção III gem Brasileira de Sinais para ministrar os
DAS COMISSÕES PERMANENTES DE cursos internos, a fim de assegurar que as
secretarias e cartórios das Varas e Tribunais
ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO disponibilizem pessoal capacitado a aten-
Art. 10. Serão instituídas por cada Tribunal, no der surdos, prestando-lhes informações em
prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias, Linguagem Brasileira de Sinais;
Comissões Permanentes de Acessibilidade e In- V – nomeação de tradutor e intérprete de
clusão, com caráter multidisciplinar, com parti- Linguagem Brasileira de Sinais, sempre que
cipação de magistrados e servidores, com e sem figurar no processo pessoa com deficiência
deficiência, objetivando que essas Comissões auditiva, escolhido dentre aqueles devida-
fiscalizem, planejem, elaborem e acompanhem mente habilitados e aprovados em curso
os projetos arquitetônicos de acessibilidade e oficial de tradução e interpretação de Lin-
projetos “pedagógicos” de treinamento e ca- guagem Brasileira de Sinais ou detentores
pacitação dos profissionais e funcionários que do certificado de proficiência em Lingua-
trabalhem com as pessoas com deficiência, com gem Brasileira de Sinais – PROLIBRAS, nos
fixação de metas anuais, direcionados à promo- termos do art. 19 do Decreto 5.626/2005,
ção da acessibilidade para pessoas com defici- o qual deverá prestar compromisso e, em
ência, tais quais as descritas a seguir: qualquer hipótese, será custeado pela ad-
I – construção e/ou reforma para garantir ministração dos órgãos do Judiciário;
acessibilidade para pessoas com termos da VI – sendo a pessoa com deficiência auditiva
normativa técnica em vigor (ABNT 9050), partícipe do processo oralizado e se assim o
inclusive construção de rampas, adequa- preferir, o Juiz deverá com ela se comunicar
ção de sanitários, instalação de elevadores, por anotações escritas ou por meios eletrô-
reserva de vagas em estacionamento, ins- nicos, o que inclui a legenda em tempo real,
talação de piso tátil direcional e de alerta, bem como adotar medidas que viabilizem a
sinalização sonora para pessoas com defici- leitura labial;
ência visual, bem como sinalizações visuais
acessíveis a pessoas com deficiência auditi- VII – nomeação ou permissão de utilização
va, pessoas com baixa visão e pessoas com de guia-intérprete, sempre que figurar no
deficiência intelectual, adaptação de mobi- processo pessoa com deficiência auditiva e
liário (incluindo púlpitos), portas e corredo- visual, o qual deverá prestar compromisso
res em todas as dependências e em toda a e, em qualquer hipótese, será custeado pela
extensão (Tribunais, Fóruns, Juizados Espe- administração dos órgãos do Judiciário;
ciais etc);
VIII – registro da audiência, caso o Juiz en-
II – locação de imóveis, aquisição ou cons- tenda necessário, por filmagem de todos os
truções novas somente deverão ser feitas atos nela praticados, sempre que presente
se com acessibilidade; pessoa com deficiência auditiva;
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ência, inclusive nos que tratam do ingresso Planejamento Estratégico, com vistas à sua efe-
na magistratura (CF, art. 37, VIII); tiva implementação.
XI – anotação na capa dos autos da priori- Seção II
dade concedida à tramitação de processos DA NÃO DISCRIMINAÇÃO
administrativos cuja parte seja uma pessoa
com deficiência e de processos judiciais se Art. 14. É proibida qualquer forma de discrimi-
tiver idade igual ou superior a 60 (sessen- nação por motivo de deficiência, devendo-se
ta) anos ou portadora de doença grave, nos garantir a#s pessoas com deficiência – servido-
termos da Lei n. 12.008, de 06 de agosto de res, serventuários extrajudiciais, terceirizados
2009; ou não – igual e efetiva proteção legal contra a
XII – realização de oficinas de conscientiza- discriminação por qualquer motivo.
ção de servidores e magistrados sobre os di-
Seção III
reitos das pessoas com deficiência;
DA PROTEÇÃO DA INTEGRIDADE
XIII – utilização de intérprete de Linguagem FÍSICA E PSÍQUICA
Brasileira de Sinais, legenda, audiodescri-
ção e comunicação em linguagem acessível Art. 15. Toda pessoa com deficiência – servidor,
em todas as manifestações públicas, dentre serventuário extrajudicial, terceirizado ou não –
elas propagandas, pronunciamentos ofi- tem o direito a que sua integridade física e men-
ciais, vídeos educativos, eventos e reuniões; tal seja respeitada, em igualdade de condições
com as demais pessoas.
XIV – disponibilização de equipamentos de
autoatendimento para consulta processual Art. 16. A pessoa com deficiência tem direito
acessíveis, com sistema de voz ou de leitura a receber atendimento prioritário, sobretudo
de tela para pessoas com deficiência visual, com a finalidade de:
bem como, com altura compatível para usu-
ários de cadeira de rodas. I – proteção e socorro em quaisquer cir-
cunstâncias;
Art. 11. Os órgãos do Poder Judiciário relaciona-
dos nos incisos II a VII do art. 92 da Constituição II – atendimento em todos os serviços de
Federal de 1988 devem criar unidades admi- atendimento ao público;
nistrativas específicas, diretamente vinculadas III – disponibilização de recursos, tanto hu-
à Presidência de cada órgão, responsáveis pela manos quanto tecnológicos, que garantam
implementação das ações da respectiva Comis- atendimento em igualdade de condições
são Permanente de Acessibilidade e Inclusão. com as demais pessoas;
Art. 12. É indispensável parecer da Comissão IV – acesso a informações e disponibilização
Permanente de Acessibilidade e Inclusão em de recursos de comunicação acessíveis;
questões relacionadas aos direitos das pessoas
com deficiência e nos demais assuntos conexos V – tramitação processual e procedimentos
à acessibilidade e inclusão no âmbito dos Tribu- judiciais e administrativos em que for parte
nais. ou interessada, em todos os atos e diligên-
cias.
Art. 13. Os prazos e as eventuais despesas de-
correntes da implementação desta Resolução Parágrafo único. Os direitos previstos neste
serão definidos pelos tribunais, ouvida a respec- artigo são extensivos ao acompanhante da
tiva Comissão Permanente de Acessibilidade e pessoa com deficiência ou ao seu atendente
o órgão interno responsável pela elaboração do pessoal, exceto quanto ao disposto no inci-
so V deste artigo.
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CAPÍTULO III Art. 21. Cada órgão do Poder Judiciário deverá
DAS DISPOSIÇÕES RELACIONADAS manter um cadastro dos servidores, serventuá-
rios extrajudiciais e terceirizados com deficiên-
AOS SERVIDORES COM DEFICIÊNCIA cia que trabalham no seu quadro.
Seção I § 1º Esse cadastro deve especificar as defi-
DA APLICABILIDADE DOS CAPÍTULOS ciências e as necessidades particulares de
cada servidor, terceirizado ou serventuário
ANTERIORES extrajudicial.
Art. 17. Aplicam-se aos servidores, aos serven- § 2º A atualização do cadastro deve ser per-
tuários extrajudiciais e aos terceirizados com manente, devendo ocorrer uma revisão de-
deficiência, no que couber, todas as disposições talhada uma vez por ano.
previstas nos Capítulos anteriores desta Resolu-
ção. § 3º Na revisão anual, cada um dos servi-
dores, serventuários extrajudiciais ou ter-
Seção II ceirizado com deficiência deverá ser pes-
DA AVALIAÇÃO soalmente questionado sobre a existência
de possíveis sugestões ou adaptações refe-
Art. 18. A avaliação da deficiência, quando ne- rentes à sua plena inclusão no ambiente de
cessária, será biopsicossocial, realizada por trabalho.
equipe multiprofissional e interdisciplinar e § 4º Para cada sugestão dada, deverá haver
considerará: uma resposta formal do Poder Judiciário em
I – os impedimentos nas funções e nas es- prazo razoável.
truturas do corpo; Art. 22. Constitui modo de inclusão da pessoa
II – os fatores socioambientais, psicológicos com deficiência no trabalho a colocação com-
e pessoais; petitiva, em igualdade de oportunidades com
as demais pessoas, nos termos da legislação
III – a limitação no desempenho de ativida- trabalhista e previdenciária, na qual devem ser
des; e atendidas as regras de acessibilidade, o forne-
cimento de recursos de tecnologia assistiva e a
IV – a restrição de participação. adaptação razoável no ambiente de trabalho.
Seção III Parágrafo único. A colocação competitiva
DA INCLUSÃO DE PESSOA COM da pessoa com deficiência pode ocorrer por
DEFICIÊNCIA NO SERVIÇO PÚBLICO meio de trabalho com apoio, observadas as
seguintes diretrizes:
Art. 19. Os editais de concursos públicos para I – prioridade no atendimento à pessoa com
ingresso nos quadros do Poder Judiciário e de deficiência com maior dificuldade de inser-
seus serviços auxiliares deverão prever, nos ob- ção no campo de trabalho;
jetos de avaliação, disciplina que abarque os di-
reitos das pessoas com deficiência. II – provisão de suportes individualizados
que atendam a necessidades específicas da
Art. 20. Imediatamente após a posse de servi- pessoa com deficiência, inclusive a disponi-
dor, serventuário extrajudicial ou contratação bilização de recursos de tecnologia assisti-
de terceirizado com deficiência, dever-se-á in- va, de agente facilitador e de apoio no am-
formar a ele de forma detalhada sobre seus di- biente de trabalho;
reitos e sobre a existência desta Resolução.
III – respeito ao perfil vocacional e ao inte-
resse da pessoa com deficiência apoiada;
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Administração – Resolução nº 230/2016, do Conselho Nacional de Justiça – Prof. Rafael Ravazolo
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Seção IV ma “home office”, dever-se-á dar prioridade aos
DO HORÁRIO ESPECIAL servidores que tenham cônjuge, filho ou depen-
dente com deficiência e que manifestem inte-
Art. 29. A concessão de horário especial confor- resse na utilização desse sistema.
me o art. 98, § 2º, da Lei 8.112/1990 a servidor Art. 31. Se houver serviço de saúde no órgão, ao
com deficiência não justifica qualquer atitude cônjuge, filho ou dependente com deficiência
discriminatória. de servidor será garantido atendimento compa-
§ 1º Admitindo-se a possibilidade de acu- tível com as suas deficiências.
mulação de banco de horas pelos demais
servidores do órgão, também deverá ser Seção II
admitida a mesma possibilidade em relação DO HORÁRIO ESPECIAL
ao servidor com horário especial, mas de
modo proporcional. Art. 32. A concessão de horário especial confor-
me o art. 98, § 3º, da Lei 8.112/1990 a servidor
§ 2º Ao servidor a quem se tenha concedi- que tenha cônjuge, filho ou dependente com
do horário especial não poderá ser negado deficiência não justifica qualquer atitude discri-
ou dificultado, colocando-o em situação de minatória.
desigualdade com os demais servidores, o
exercício de função de confiança ou de car- § 1º Admitindo-se a possibilidade de acu-
go em comissão. mulação de banco de horas pelos demais
servidores do órgão, também deverá ser
§ 3º O servidor com horário especial não admitida a mesma possibilidade em relação
será obrigado a realizar, conforme o interes- ao servidor com horário especial, em igual-
se da Administração, horas extras, se essa dade de condições com os demais.
extensão da sua jornada de trabalho puder
ocasionar qualquer dano à sua saúde. § 2º Ao servidor a quem se tenha concedi-
do horário especial não poderá ser negado
§ 4º Se o órgão, por sua liberalidade, deter- ou dificultado, colocando-o em situação de
minar a diminuição da jornada de trabalho desigualdade com os demais servidores, o
dos seus servidores, ainda que por curto exercício de função de confiança ou de car-
período, esse mesmo benefício deverá ser go em comissão.
aproveitado de forma proporcional pelo
servidor a quem tenha sido concedido ho- § 3º O servidor com horário especial não
rário especial. será obrigado a realizar, conforme o interes-
se da Administração, horas extras, se essa
extensão da sua jornada de trabalho puder
ocasionar qualquer dano relacionado ao
CAPÍTULO IV seu cônjuge, filho ou dependente com de-
DAS DISPOSIÇÕES RELACIONADAS ficiência.
AOS SERVIDORES QUE TENHAM § 4º Se o órgão, por sua liberalidade, deter-
CÔNJUGE, FILHO OU DEPENDENTE minar a diminuição da jornada de trabalho
dos seus servidores, ainda que por curto
COM DEFICIÊNCIA
período, esse mesmo benefício deverá ser
aproveitado pelo servidor a quem tenha
Seção I
sido concedido horário especial.
DA FACILITAÇÃO DOS CUIDADOS
Art. 30. Se o órgão possibilitar aos seus servido-
res a realização de trabalho por meio do siste-
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Administração – Resolução nº 230/2016, do Conselho Nacional de Justiça – Prof. Rafael Ravazolo
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Matemática
Professor Dudan
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Matemática
CONJUNTOS NUMÉRICOS
Subconjuntos
ℕ* = {1, 2, 3, 4,...} naturais não nulos.
Subconjuntos
ℤ* = {..., – 4, – 3, – 2, – 1, 1, 2, 3, 4,...} inteiros não nulos.
|– 4| = |4| = 4
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Faça você:
Definição: Será inicialmente descrito como o conjunto dos quocientes entre dois números
inteiros.
p
Logo ℚ = { | p ∈ ℤ e q ∈ ℤ*}
q
Subconjuntos
ℚ* à racionais não nulos.
ℚ + à racionais não negativos.
ℚ*+ à racionais positivos.
ℚ - à racionais não positivos.
ℚ*- à racionais negativos.
Faça você:
3. Assinale V para as verdadeiras e F para as falsas:
( ) 0,333... ∈ Z ( ) 0 ∈ Q* ( ) – 3 ∈ Q+
( ) – 3,2 ∈ Z ( ) N c Q ( ) 0,3444... ∈ Q*
( ) 0,72 ∈ N ( ) 1,999... ∈ N ( ) 62 ∈ Q
( ) Q c Z
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Matemática – Conjuntos Numéricos – Prof. Dudan
Decimais periódicos
1 7
= 0,333... = 0,3 = 0,777... = 0,7
3 9
Exemplos
a) 0,333... Seguindo os passos descritos acima: (03 – 0) = 3/9 = 1/3
9
b) 1,444... Seguindo os passos descritos acima: 14 – 1 = 13/9
9
c) 1,232323... Seguindo os passos descritos acima: 123 – 1 = 122/99
99
d) 2,1343434... Seguindo os passos descritos acima: 2134 – 21 = 2113/990
990
Exemplos:
0,212112111... 1,203040... 2 π
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ℝ = ℚ ∪ 𝕀, sendo ℚ ∩ 𝕀 = Ø
Subconjuntos
ℝ* = {x ∈ R | × ≠ 0} à reais não nulos
ℝ + = {x ∈ R | × ≥ 0} à reais não negativos Q I
Z
ℝ*+ = {x ∈ R | × > 0} à reais positivos
N
ℝ- = {x ∈ R | × ≤ 0} à reais não positivos
ℝ*- = {x ∈ R | × < 0} à reais negativos
Números Complexos ( )
Definição: Todo número que pode ser escrito na forma a + bi, com a e b reais.
Exemplos:
3 + 2i – 3i – 2 + 7i
9 1,3 1,203040...
2 π
Resumindo:
Todo número é complexo.
Faça você:
4. Seja R o número real representado pela dízima 0,999...
Pode-se afirmar que:
a) R é igual a 1.
b) R é menor que 1.
c) R se aproxima cada vez mais de 1 sem nunca chegar.
d) R é o último número real menor que 1.
e) R é um pouco maior que 1.
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Matemática – Conjuntos Numéricos – Prof. Dudan
b)
c)
d)
e)
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9. Se a = 5 , b = 33/25, e c = 1,323232..., a afirmativa verdadeira é
a) a<c<b
b) a<b<c
c) c<a<b
d) b<a<c
e) b<c<a
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Matemática
Conjunto é um conceito primitivo, isto é, sem definição, que indica agrupamento de objetos,
elementos, pessoas, etc. Para nomear os conjuntos, usualmente são utilizadas letras maiúsculas
do nosso alfabeto.
Representações:
Os conjuntos podem ser representados de três formas distintas:
I – Por enumeração (ou extensão): Nessa representação, o conjunto é apresentado pela citação
de seus elementos entre chaves e separados por vírgula. Assim, temos:
•• O conjunto “A” das vogais –> A = {a, e, i, o, u}.
•• O conjunto “B” dos números naturais menores que 5 –> B = {0, 1, 2, 3, 4}.
•• O conjunto “C” dos estados da região Sul do Brasil –> C = {RS, SC, PR}
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Classificação dos Conjuntos
Vejamos a classificação de alguns conjuntos:
•• Conjunto Unitário: possui apenas um elemento. Exemplo: o conjunto formados pelos
números primos e pares.
•• Conjunto Vazio: não possui elementos, é representado por ∅ ou, mais raramente, por { }.
Exemplo: um conjunto formado por elemento par, primo e diferente de 2.
•• Conjunto Universo (U): possui todos os elementos necessários para a realização de um
estudo (pesquisa, entrevista, etc.)
•• Conjunto Finito: um conjunto é finito quando seus elementos podem ser contados um a
um, do primeiro ao último, e o processo chega ao fim. Indica-se n(A) o número (quantidade)
de elementos do conjunto “A”.
Exemplo: A = {1, 4, 7, 10} é finito e n(A) = 4
•• Conjunto Infinito: um conjunto é infinito quando não é possível contar seus elementos do
primeiro ao último.
Relação de Pertinência
É uma relação que estabelecemos entre elemento e conjunto, em que fazemos uso dos
símbolos ∈ e ∉.
Exemplo:
Fazendo uso dos símbolos ∈ ou ∉, estabeleça a relação entre elemento e conjunto:
a) 10 ____ ℕ
b) – 4 ____ ℕ
c) 0,5 ____ 𝕀
d) – 12,3 ____ ℚ
e) 0,1212... ____ ℚ
f) 3 ____ 𝕀
g) −16 ____ ℝ
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Matemática – Teoria dos Conjuntos (Linguagem dos Conjuntos) – Prof. Dudan
Relação de Inclusão
É uma relação que estabelecemos entre dois conjuntos. Para essa relação, fazemos uso dos
símbolos ⊂, ⊄, ⊃ e ⊅.
Exemplos:
Fazendo uso dos símbolos de inclusão, estabeleça a relação entre os conjuntos:
a) ℕ _____ ℤ
b) ℚ _____ ℕ
c) ℝ _____ 𝕀
d) 𝕀 _____ ℚ
Observações:
•• Dizemos que um conjunto “B” é um subconjunto ou parte do conjunto “A” se, e somente
se, B ⊂ A.
•• Dois conjuntos “A” e “B” são iguais se, e somente se, A ⊂ B e B ⊂ A.
•• Dados os conjuntos “A”, “B” e “C”, temos que: se A ⊂ B e B ⊂ C, então A ⊂ C.
Exemplos:
Dados os conjuntos A = {1, 3, 4, 5}, B = {2, 3, 4} e C = {4, 5, 10}. Determine:
a) A ⋂ B c) A – B e) A ⋂ B ⋂ C
b) A ⋃ B d) B – A f) A ⋃ B ⋃ C
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1. Numa sala há n pessoas. Sabendo que 75 pessoas dessa sala gostam de
matemática, 52 gostam de física, 30 pessoas gostam de ambas as matérias e
13 pessoas não gostam de nenhuma dessas matérias. É correto afirmar que
n vale:
a) 170
b) 160
c) 140
d) 100.
e) 110.
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Matemática – Teoria dos Conjuntos (Linguagem dos Conjuntos) – Prof. Dudan
Cursos Alunos
Apenas A 9
Apenas B 20
Apenas C 10
AeB 13
AeC 8
BeC 18
A, B e C 3
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Matemática
INTERVALOS NUMÉRICOS
O conjunto dos números reais é formado a partir da união dos conjuntos dos números Naturais,
Inteiros, Racionais e Irracionais.
Pode-se representar o conjunto dos números reais associando cada número x ϵ R a um ponto
de uma reta r.
Assim, se convencionarmos uma origem O, associando a ela o zero, adotamos uma unidade e
um sentido positivo para esta reta, teremos aquela que denominamos reta orientada.
Tipos de intervalo
Intervalos Limitados
Intervalo fechado:
Números reais maiores ou iguais a “a” e menores ou iguais a “b”.
Intervalo: [a, b]
Conjunto: {x ϵ R | a ≤ x ≤ b}
Exemplo: Represente o intervalo [ – 2; + 4]
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Intervalo aberto:
Números reais maiores do que a e menores do que b.
Intervalo: ]a, b[
Conjunto: {x ϵ R | a < x < b}
Exemplo: Represente o intervalo ( – 2; + 4)
Intervalo: [a, b[
Conjunto: {x ϵ R | a ≤ x < b}
Exemplo: Represente o intervalo [ – 2; + 4)
Intervalo: ]a, b]
Conjunto: {x ϵ R | a < x ≤ b}
Exemplo: Represente o intervalo ( – 2; + 4]
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Matemática – Intervalos Numéricos – Prof. Dudan
Intervalos ilimitados
Intervalo: ] – ∞ ,b]
Conjunto: {x ϵ R | x ≤ b}
Exemplo: Represente o intervalo ( – ∞; + 4]
Intervalo: ] – ∞ ,b[
Conjunto: {x ϵ R | x < b}
Exemplo: Represente o intervalo ( – ∞; +4)
Intervalo: [a,+ ∞ [
Conjunto: {x ϵ R | x ≥ a}
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Exemplo: Represente o intervalo [ – 2; + ∞)
Intervalo: ]a, +∞ [
Conjunto: {x ϵ R | x > a}
Exemplo: Represente o intervalo ( – 2; + ∞)
Reta numérica:
Números reais.
Intervalo: ] – ∞ ,+ ∞ [
Conjunto: R
Exercicios:
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Matemática – Intervalos Numéricos – Prof. Dudan
d) {0, 1, 2, 3, 4, 5}
e) ]1, 5]
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Matemática
NÚMEROS PRIMOS
Por definição, os números primos são números pertencentes ao conjunto dos números naturais
não nulos, que possuem exatamente apenas dois divisores naturais distintos, o número 1 e o
próprio número.
Segundo essa definição, o número 1 não é um número primo, pois não apresenta dois divisores
distintos. Seu único divisor é o próprio 1.
O número 2 é o único número primo par, já que todos os demais números pares possuem ao
menos 3 divisores, dentre eles a unidade, o próprio número e o número 2.
Números naturais não nulos que possuem mais de dois divisores são chamados de números
compostos.
Exemplos:
a) 2 tem apenas os divisores 1 e 2, portanto 2 é um número primo.
b) 17 tem apenas os divisores 1 e 17, portanto 17 é um número primo.
c) 10 tem os divisores 1, 2, 5 e 10, portanto 10 não é um número primo.
Observações:
•• 1 não é um número primo, porque ele tem apenas um divisor que é ele mesmo.
•• 2 é o único número primo que é par.
Os números que têm mais de dois divisores são chamados números compostos.
Exemplo:
15 tem mais de dois divisores → 15 é um número composto.
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Como identificar se um número é primo?
Iremos testar a divisibilidade do número por cada um dos números primos, iniciando em 2, até
que a divisão tenha resto zero ou que o quociente seja menor ou igual ao número primo que se
está testando como divisor.
Vamos testar se o número 17 é primo ou não:
17 ÷ 2 = 8, resta 1;
17 ÷ 3 = 5, restam 2;
17 ÷ 5 = 3, restam 2.
Nesse ponto, já podemos ter a certeza de que o número 17 é primo, pois nenhum dos divisores
primos testados produziu resto 0 e o quociente da divisão pelo número primo 5 é igual a 3 que
é menor que o divisor 5.
Vejamos agora se o número 29 é primo ou não:
29 ÷ 2 = 14, resta 1;
29 ÷ 3 = 9, restam 2;
29 ÷ 5 = 5, restam 4.
Como nesse ponto, quociente da divisão de 29 pelo número primo 5 é igual ao próprio divisor
5, podemos afirmar com certeza que o número 29 é primo, pois nenhum dos divisores primos
testados resultou em uma divisão exata.
E o número 161?
Ele não é par, portanto não é divisível por 2;
1 + 6 + 1 = 8, portanto não é divisível por 3;
Ele não termina em 0 nem em 5, portanto não é divisível por 5;
Quando dividido por 7 ÷ 161 / 7 = 23, com resto zero, logo 161 é divisível por 7, e portanto não
é um número primo.
E o número 113:
Ele não é par, portanto não é divisível por 2;
1 + 1 + 3 = 5, portanto não é divisível por 3;
Ele não termina em 0 nem em 5, portanto não é divisível por 5;
Se dividido por 7 ÷ 113 / 7 = 16, com resto 1. O quociente (16) ainda é maior que o divisor (7).
Agora dividido por 11 ÷ 113 / 11 = 10, com resto 3. O quociente (10) é menor que o divisor (11),
e, além disso, o resto é diferente de zero (o resto vale 3), portanto 113 é um número primo.
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Matemática – Números Primos e Primos Entre Si – Prof. Dudan
Um resultado na teoria de números é que todo número natural, maior que 1, pode ser escrito
como um produto, em que os fatores são todos números primos.
Por exemplo, (2.2.5) é a decomposição do número 20 em fatores primos, isto é, 20 = 2.2.5
Deve-se observar que, se o número em questão for um número primo, então a decomposição
será o próprio número.
Por exemplo, 7 será a decomposição em fatores primos do número 7.
Assim, se após a decomposição de dois números naturais a e b (maiores que 1), em fatores
primos, não houver fatores comuns; então a e b serão denominados números primos entre si.
Observe que 20 e 21 são números primos entre si, pois 20 = 2.2.5 e 21 = 3.7;
Já os números 15 e 21 não são primos entre si, pois 15 = 3.5 e 21 = 3.7
Resumindo: Um conjunto de números inteiros é chamado de mutuamente primo se não existir
um inteiro maior do que 1 que divida todos os elementos.
Assim chamamos de números primos entre si um conjunto de dois ou mais números naturais
cujo único divisor comum a todos eles seja o número 1.
Exemplo:
Os divisores do número 10 são: 1, 2, 5 e 10.
Os divisores de 20 são: 1, 2, 4, 5, 10 e 20.
Os divisores de 21 são: 1, 3, 7 e 21.
Podemos então afirmar que, juntos, os números 10, 20 e 21 são primos entre si, ou mutuamente
primos, já que o único divisor comum a todos eles continua sendo o número 1.
Observe, no entanto que os números 10 e 20 não são números primos, pois os números 1, 2, 5
e 10 são divisores comuns aos dois.
Em síntese, para sabermos se um conjunto de números são primos entre si, ou mutuamente
primos, basta calcularmos o seu máximo divisor comum (MDC). Se for 1, todos números do
conjuntos serão primos entre si.
Regra prática para descobrir se dois números naturais são primos entre si:
Seriam os números 49 e 6 primos entre si?
46
Se colocarmos 49 e 6 na forma de fração , não dá para simplificar por nenhum número,
logo temos uma fração IRREDUTÍVEL. 6
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Matemática
OPERAÇÕES MATEMÁTICAS
DICA
Na adição e subtração, quando os sinais forem iguais, somamos os números e
conservamos o mesmo sinal, quadno os sinais forem diferentes, diminuimos os
números e conservamos o sinal do maior valor absoluto.
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1. Calcule:
a) – 3 + 5 = b) + 43 – 21 =
c) – 9 – 24 = d) – 25 + (– 32) =
e) + 5 – 14 = f) + 7 + (– 4) =
g) – 19 – (– 15) = h) + 7 – (– 2) =
i) + 9 – 5 = j) – 8 + 4 + 5 =
k) – 9 – 1 – 2 = l) + (-6) – (+3) + 5 =
DICA
Na multiplicação/divisão, quando os dois sinais forem iguais, o resultado é (+), e
quando forem diferentes, o resultado é (–).
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Matemática – Operações Básicas – Prof. Dudan
d) (– 4) ÷ (– 4) = e) 12 ÷ (– 6) = f) – 1 × (– 14) =
g) (+ 7) × (+ 2) = h) (– 8) ÷ (– 4) = i) – 5 x (- 4) ÷ 2 =
g) 28,8 ÷ 4 = h) 86,2 x 3 =
Potenciação e Radiciação
•• No exemplo 72 = 49 temos que: 7 é a base, 2 é o expoente e 49 é a potência.
•• A potência é uma multiplicação de fatores iguais: 72 = 7 x 7 = 49
•• Todo número inteiro elevado a 1 é igual a ele mesmo:
1
Ex.: a) (– 4) = – 4 b) (+ 5)1 = 5
•• Todo número inteiro elevado a zero é igual a 1.
0
Ex.: a) (– 8) = 1 b) (+ 2)0 = 1
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•• Quando não tiver parênteses, conservamos o sinal da base independente do expoente.
Exemplos: a) – 2² = – 4
b) – 23 = – 8
c) + 3² = 9
3
d) + 5 = + 125
4. Calcule as potências:
a) 3² = b) (– 3)² =
c) – 3² = d) (+ 5)3 =
e) (– 6)² = f) – 43 =
g) (– 1)² = h) (+ 4)² =
i) (– 5)0 = j) – 7² =
k) (– 2,1)² = l) – 1,13 =
m) (–8)² = n) – 8² =
Propriedades da Potenciação
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Matemática – Operações Básicas – Prof. Dudan
Expressões numéricas
Para resolver expressões numéricas, é preciso obedecer a seguinte ordem:
1º resolvemos as potenciações e as radiciações na ordem em que aparecem.
2º resolvemos as multiplicações e as divisões na ordem em que aparecem.
3º resolvemos as adições e as subtrações na ordem em que aparecem.
b) 20 + 23 × 10 – 4² ÷ 2 =
d) 5² – 5 × 15 + 50 × 53 =
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Simplificação de frações
a) – 75 b) – 48 c) – 36 d) – 10
50 84 2 15
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Matemática – Operações Básicas – Prof. Dudan
a) – 3 + 2 – 5 – 5 b) 7 + 2 – 1
4 10 2 10 3 4
•• Para dividir frações, basta multiplicar a primeira fração pelo inverso da segunda.
1
3 3 7 21 2
5
Exemplo: a) – ÷ = – x = – b) _____
=– 1 x 5 – 5
8 7 8 5 40 3 2 3 6
–
5
DICA
Dividir por um número é multiplicar pelo seu inverso!
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8. Efetue e simplifique quando for possível:
a) 4 ÷ �– 2 � b) – 1 �– 3 � 2 c) (– 4) ÷ �– 3 � d)
7 5 2 4 3 8
a) (– 1 – 2 – 3 – 4 – 5) ÷ (+ 15) =
b) (8 + 10 ÷ 2 – 12) ÷ (– 4 + 3) =
e) – 2 + {– 5 – [- 2 – (– 2) – 3 – (3 – 2) ] + 5} =
f) – 15 + 10 ÷ (2 – 7) =
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Matemática – Operações Básicas – Prof. Dudan
Expoente negativo
Todo número diferente de zero elevado a um expoente negativo é igual ao inverso do mesmo
número com expoente positivo.
Exemplo: a) 1 = 1 b) 4-3 = 1 = 1 c) �– 2 �-2 = �– 4 �2 = + 16
7² 49 4³ 64 4 2 4
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Matemática
FRAÇÕES
Definição
Fração é um modo de expressar uma quantidade a partir de uma razão de dois números
inteiros. A palavra vem do latim fractus e significa partido, dividido ou quebrado (do verbo
frangere: quebrar).
Também é considerada parte de um inteiro que foi dividido em partes exatamente iguais. As
frações são escritas na forma de números e na forma de desenhos. Observe alguns exemplos:
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Na fração, a parte de cima é chamada de numerador e indica quantas partes do inteiro foram
utilizadas.
A parte de baixo é chamada de denominador, que indica a quantidade máxima de partes em
que fora dividido o inteiro e nunca pode ser zero.
Ex.: Uma professora tem que dividir três folhas de papel de seda entre quatro alunos, como ela
pode fazer isso?
Se cada aluno ficar com 3/4 (lê-se três quartos) da folha. Ou seja, você vai dividir cada folha em
4 partes e distribuir 3 para cada aluno.
Assim, por exemplo, a fração 56/8 (lê-se cinquenta e seis oitavos) designa o quociente de 56
por 8. Ela é igual a 7, pois 7 × 8 = 56.
SIMPLIFICAÇÃO de FRAÇÕES
Para simplificar uma fração, se possível, basta dividir o numerador e o denominador por um
mesmo número se eles não são números primos entre si.
Exemplos:
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Matemática – Frações – Prof. Dudan
Para estabelecer comparação entre frações, é preciso que elas tenham o mesmo denominador.
Isso é obtido por meio do menor múltiplo comum.
Exemplo:
ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO
•• Sendo os denominadores iguais, basta somar ou subtrair os numeradores e manter o
denominador.
Exemplos:
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•• Se os denominadores forem diferentes será necessário encontrar frações equivalentes
(proporcionais) que sejam escritas no mesmo denominador comum. Usaremos o M.M.C, veja:
Exemplo:
Exemplo:
a) −3 + 2 − 5 − 5
4 10 2 10
7 1
b) +2−
3 4
⎛ 1 1⎞ ⎛ 5 3⎞
c) ⎜ + ⎟ − ⎜ − ⎟
⎝ 3 2⎠ ⎝ 6 4⎠
d)
1
2
(
+ −0,3 )
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Matemática – Frações – Prof. Dudan
MULTIPLICAÇÃO e DIVISÃO
Para multiplicar frações, basta multiplicar os numeradores entre si e fazer o mesmo entre os
denominadores, independente de serem iguais ou não.
Exemplo:
Para dividir as frações, basta multiplicar a primeira fração pelo inverso da segunda fração.
Exemplo:
1
−1−
4 ⎛ 2⎞ 1 ⎛ −3 ⎞ 2 ⎛ −3 ⎞
a) ÷ −
7 ⎜⎝ 5 ⎟⎠
b)
⎜ ⎟
2⎝ 4 ⎠ 3
( )
c) −4 ÷ ⎜
⎝ 8⎠ ⎟ d)
7
3 ⎛ −1 ⎞
−
6 ⎜⎝ 3 ⎟⎠
2 2
⎛ 2 ⎞ ⎛ 22 ⎞ 4 ⎛ 4 ⎞ ⎛ 42 ⎞ 16
= ⎜ ⎟
⎜⎝ 3 ⎟⎠ ⎝ 3 ⎠ 9= − = ⎜ +
⎜⎝ 9 ⎟⎠ ⎝ 9 ⎠ ⎟ = +
2 2
81
3 2 2
⎛ 3 ⎞ ⎛ 33 ⎞ 27 ⎛ 12 ⎞ ⎛ 3 ⎞ ⎛ 32 ⎞ 9
⎜⎝ 5 ⎟⎠ = ⎜⎝ + 53 ⎟⎠ = + 125 ⎜⎝ − 8 ⎟⎠ = ⎜⎝ − 2 ⎟⎠ = ⎜⎝ + 22 ⎟⎠ = 4
www.acasadoconcurseiro.com.br 449
Caso seja necessário aplicar um radical numa fração, basta entender que: “a raiz da fração é a
fração das raízes.”
Exemplos:
Questões:
1. João e Tomás partiram um bolo retangular. João comeu a metade da terça parte e Tomás comeu
a terça parte da metade. Quem comeu mais?
a) João, porque a metade é maior que a terça parte.
b) Tomás.
c) Não se pode decidir porque não se conhece o tamanho do bolo.
d) Os dois comeram a mesma quantidade de bolo.
e) Não se pode decidir porque o bolo não é redondo.
Gabarito: 1. D 2. E
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Matemática
POTÊNCIAS
an = a . a . a . ... . a
n fatores
Exemplo:
26 = 64, onde,
2 = base
6 = expoente
64 = potência
Exemplos:
a) 54 = 5 . 5 . 5 . 5 . = 625
•• 5 é a base;
•• 4 é o expoente;
•• 625 é a potência
b) ( – 6) = ( – 6) . ( – 6) = 36
2
•• – 6 é a base;
•• 2 é o expoente;
•• 36 é a potência
3
c) ( – 2) = ( – 2) . ( – 2) . ( – 2) = – 8
•• – 2 é a base;
•• 3 é o expoente;
•• – 8 é a potência
1
d) 10 = 10
•• 10 é a base;
•• 1 é o expoente;
•• 10 é a potência
www.acasadoconcurseiro.com.br 451
Casos especiais:
a1 = a 1n = 1 a0 = 1
a ≠ 0
j) – 3³ = k) ( – 3)³ = l) – 3²=
0 0
m) ( – 3)² = n) ( – 3) = o) – 3 =
Potências “famosas”
21 = 2 3¹ = 3 5¹= 5
2² = 4 3² = 9 5² = 25
2³ = 8 3³ = 27 5³ = 125
24 = 16 34 = 81 54 = 625
25 = 32 35 = 243
26 = 64
27 = 128
28 = 256
29 = 512
210 = 1024
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Matemática – Potências – Prof. Dudan
Exemplos:
a) 104 = 10000 d) 10-5 = 0,00001
b) 106 = 1000000 e) 10-2 = 0,01
c) 103 = 1000 f) 10-1 = 0,1
www.acasadoconcurseiro.com.br 453
Propriedades de potências
ax . ay = ax + y
Exemplos:
a) 2 . 2 = 2 = 2 = 32
3 2 3+2 5
b) 54 . 5 = 54 + 1 = 55
c) 2x . 26 = 2x + 6
d) 24 . 2-3 = 24 + (-3) = 24 - 3 = 21 = 2
e) 37 . 3-7 = 37 + (-7) = 37 - 7 = 30 = 1
f) xn . x-n = xn + (-n) = xn - n = x0 = 1
g) 8 . 2x = 23 . 2x = 23 + x
h) 2x . 2x = 2x + x = 22x
am + n = am . an
Exemplo:
= 2x . 22 = 2x . 4 = 4 . 2x
x+2
a) 2
b) 32x = 3x + x = 3x . 3x = (3x)2
c) 5m + x = 5m . 5x
d) 42 + n = 42 . 4n = 16 . 4n
Observação: Somente podemos aplicar essa propriedade quando as bases são iguais.
25 . 32 ≠ 65 + 2 (não há propriedade para esses casos)
Não é possível multiplicar as bases quando houver expoente (não há propriedade para esses
casos)
Exemplos:
a) 2 . 6x ≠ 12x
b) 32 . 3x = 32 + x
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Matemática – Potências – Prof. Dudan
ax ÷ ay = ax - y
OU
ax = a x - y
ay
Exemplos:
a) 710 ÷ 78 = 710 - 8 = 72 = 49
b) 32 ÷ 3-5 = 32- (-5) = 32 + 5 = 37
c) 102x ÷ 10x = 102x - x = 10x
d) 20 ÷ 25 = 20 - 5 = 2-5
103x
e) = 103x - x = 102x
10x
f) 13x ÷ 13x + 2 = 13x - (x + 2) = 13x - x - 2 = 13- 2
g) 53 ÷ 53 = 53 - 3 = 50 = 1
h) 43 ÷ 48 = 43 - 8 = 4-5
i) 11-5 ÷ 113 = 11-5 - 3 = 11- 8
x5n
j) = x5n - 10n = x-5n
x10n
am - n = am ÷ an
Exemplos:
x-2 x 2 x x
a) 2 = 2 ÷ 2 = 2 ÷ 4 = 2 /4
b) 5m-x = 5m ÷ 5x = 5m/5x
c) 42 - n = 42 ÷ 4n = 16 + 4n = 16/4n
www.acasadoconcurseiro.com.br 455
Potência de potência
Quando uma potência está elevada a algum expoente, conserva-se a base e multiplica-se o
expoente.
(ax)y = axy
Exemplos:
a) (22)3 = 22 . 3 = 26 = 128
b) (33x)2 = 36x
c) (54 + x)3 = 512+3x
d) (77)0 = 77 . 0 = 70 = 1
e) (2-3)2 = 2(-3) . 2 = 2-6
Cuidado!
n
(am)n ≠ am
Exemplo:
2
(23)2 ≠ 23 → 26 ≠ 29 → 128 ≠ 512
an . bn = (a . b)n
Exemplos:
a) (3 . 2)3 = 33 . 23 = 27 . 8 = 216
b) (5x)2 = 52 . x2 = 25x2
c) ( – 2ab)4 = ( – 2)4 . a4 . b4 = 16 a4 . b4
d) (x2y3)4 = (x2)4 . (y3)4 = x8 . y12
e) 57 . 27 = (5 . 2)7 = 107
f) (4 . a3 . b5)2 = 42 . (a3)2 . (b5)2 = 16 . a6 . b10
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Matemática – Potências – Prof. Dudan
n
an ⎛ a ⎞
=⎜ ⎟
b ⎝ b⎠
n
Exemplos:
4
⎛ ⎞ 4
a) 2 = 2 = 16
⎜⎝ 3 ⎟⎠ 34 81
7
7
⎛ ⎞
b) 5 = 5 = 17 = 1
5 ⎜⎝ 5 ⎟⎠
7
( )( )
3 3 3
3 4
⎛ 2x 4z2 ⎞ 2 x z2 8x12z6
c)
⎜ 3y 3 ⎟ = =
( )
3
⎝ ⎠ 33 y 3 27y 9
8
88 ⎛ 8 ⎞
d) 8 = ⎜ ⎟ = 48
2 ⎝ 2⎠
2x
e) 9 = ⎛ 9 ⎞ = 32x
2x
32x ⎜⎝ 3 ⎟⎠
n n n
−1 1 1 1
−1 − n −n 1 1 1 − n −ou
− n −1 1 1 1
a = aa = = a =a a= =n a =a n n= a− n =
a a a a a a a a an
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Exemplos:
1
a) 5−1 =
5
2
−21 1
b) x = =
x x2
3
−3 1 1
c) 2 = =
2 8
1
d) y −1 =
y
Casos especiais:
−n n −1
a b a b
= =
b a b a
Exemplos:
−1
2 3
a) =
3 2
−2 2
5 3 9
b) = =
3 5 25
−4 4
1 2
c) = = 24 = 16
2 1
−2 2
3 x x2
d) − = − =
x 3 9
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Matemática – Potências – Prof. Dudan
Regras importantes
Base NEGATIVA elevada a expoente ÍMPAR resulta em NEGATIVO.
Exemplo:
a) ( – 1)5 = ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) = – 1
b) ( – 2) = ( – 2) . ( – 2) . ( – 2) = – 8
3
1
c) ( – 5) = – 5
c) ( – 1) = ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) = + 1
6
(–1) = (–1) . (–1) . (–1) . (–1) = +1 (–1)5 = (–1) . (–1) . (–1) . (–1) . (–1) = –1
4
( –1) = (– 1) . (– 1) . (– 1) . (– 1) . (– 1) . (– 1) = + 1 ( – 1)7 = ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) . ( – 1) = – 1
6
. .
. .
. .
PAR
( – 1) = + 1 ( – 1)ÍMPAR = – 1
Exemplos:
a) ( – 1)481 = – 1
1500
b) ( – 1) = + 1
( – 1) . ( – 1) = ( – 1)
123 321 123 + 321
c) = ( – 1)444 = + 1
2n
d) ( – 1) = + 1 pois "2n" é um número par
6n - 1
e) ( – 1) = – 1 pois "6n – 1" é um número ímpar
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Exemplos: Calcule as potências:
3 5
a) 8 . 16 = j) 0,25-3 =
7 -4 −1
b) 7 ÷ 7 = 7
k) =
c) 5 =
-3 4
3 5
d) (3 ) = l) π0 =
5
e) ( – 5)0 = m) 10 =
-3
f) – 50 = n) 10 =
2 −4 −1
3 1 7 o) (0,001)3 =
g) − = −
4 2 4 p) (0,001)-3 =
-23 −4 −1
3 q) 410 ÷ 2 =
h) − = −1 7
4 2 4 r) 10003 =
2 −4 −1
3 1 7
− i) − =
4 2 4
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Matemática
RADICAIS
Certas situações envolvendo radicais podem ser simplificadas utilizando algumas técnicas
matemáticas. Vamos, por meio de propriedades, demonstrar como simplificar números na
forma de radicais, isto é, números ou letras que podem possuir raízes exatas ou não. Nesse
último caso, a simplificação é primordial para os cálculos futuros e para as questões de concurso.
Definição
Se perguntássemos qual número multiplicado por ele mesmo tem resultado 2, não
encontraríamos nenhum número natural, inteiro ou racional como resposta.
Uma raiz nada mais é que uma operação inversa à potenciação, sendo assim, ela é utilizada
para representar, de maneira diferente, uma potência com expoente fracionário.
Radiciação de números relativos é a operação inversa da potenciação. Ou seja:
n
an = b ⇔ b = �a (com n > 0)
www.acasadoconcurseiro.com.br 461
Exemplos:
3 3
5 5
a)a)7 57=5 = 737=3 =5 343
5
343
3 3
4 43 3
b)b) 2 2= =
22 4 4
1 1
3 3= = 3 3
c)c) 2 2
5 5
3 3
d)d) 3232= =
22 3 3
8 8 4 4
0 ,80 ,8 5 5
4 4 5 5
e)10
e)10
= 10
= 10 = 10
10 10
= 10 = = 1010
5 5
= = 10000
10000
Atenção: par
negativo ≠ IR
Propriedades
I. Simplificação de radicais
Regra da chave-fechadura
Exemplos:
a) 27 = b) 32 =
c) 3 16 = d) 5 32 =
e) 36 = f) 4 512 =
g) 243 = h) 3 729 =
i) 108 = j) 3 −64 =
Atenção!
n
an = a
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Matemática – Radicais – Prof. Dudan
�a . n�b = n�a . b
n
Exemplos:
a) 2 . 5 = 2.5 = 10
3 3
b) 4 . 2 = 3 4.2 = 3 8 = 2
c) 2 27 . 2
3
d) 3 16 . 3
2
n 20 20
a a a) = = 4 =2
= n
20 20 5
5
n
b b a) = = 4 =2
5 5 4 3
4 3
b) = = 2 3
Exemplos: Atenção:
2 3 2
3
a)
20
=
20
= 4 =2 4 4 3 144 144 12
5 5 b) =3 1 ,=44 =2
100
= =
10
= 1 ,2
3
2 2 100
20 20
a) 3 = = 4 =2
45 3 4 5 3 m n
b) = = 2 a = m.n a
3
2 2
144 144 12
1 , 44 = = 64 = 64= 2 ,2
= 64 == 1
3
44
b) =3 =32 a) 3 2.3
=2 6 6 6
3
V. 1 Raiz
144
2
, 442= de raiz
=
144 12
= = 1 ,2
100 100 10
100 100 10
5 4
b) 3 = 5.4 3 = 20 3
144 144 12
1 , 44 = = = = 1 ,2
m n
a = m.n a
m n
a = m.n a100 100 10
m n m.n
a) a =3 64 a= 2.3 64 = 6 64 = 26 = 2
6
Exemplos:
3 6
5 34 2.3 6
a) 64 = 2.3 64 = 6 64 = 26 = 2
20 6
3 ==5.4 364= = 3 64 = 2 = 2
6
a)
b) 64
5 4 5 4
b) 3 = 5.4 3 = 20 3
b) 3 = 5.4 3 = 20 3
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VI. Simplificação de índice e expoente
n.p n
am.p = am
n.p n
am.p = am n.p n
Exemplos: am.p =4 am 4 2
4 4
a) 9= 3 = 3
a) 9 = 32 = 3
4 4
a) 9 8= 6 32 2= 3 4 3
.4 2.3
b)
8
76 =
2.4
72.3 = 73
4
b) 7 = 7 = 7
n.p n
am.p = am
2.3 8 2.4 4
m
a⋅n b =
m.n
b) 7 6
=
an ⋅ bm
VII. Multiplicação de raízes de míndices
7 = 7 3
a ⋅ n bdistintos
m.n
a) 4
9= 3 = 3
4 2 = an ⋅ bm
3 12
a) 5 ⋅ 4 7 = 5 4 ⋅ 73 m m.n
b)
8
76 =
2.4
72.3 = 73
4
a ⋅ n b 3= 4an ⋅ b12m 4 3
5 4 20 20
a)15 5 ⋅ 7 = 5 ⋅ 7
b)
m n ⋅ 5n3 =m 22⋅4 ⋅ 53⋅5 = 2 ⋅ 5
22 m.n 8
a⋅ b = a ⋅ b
Exemplos: 3 12
a) 5 5⋅ 4 27 =4 354 ⋅2073 2⋅4 3⋅5 20 8 15
a) 3
5 ⋅ 4 7 = 5 4 ⋅ 73
12 b) 2 ⋅ 5 = 2 ⋅ 5 = 2 ⋅5
5 4 20 20
b)
5
22 ⋅ 53 = 22⋅4 ⋅ 53⋅5 = 28 ⋅b)
4 20
515
20
22 ⋅ 53 = 22⋅4 ⋅ 53⋅5 = 28 ⋅ 515
Exercícios
1. Se x = 2 e y = 98 − 32 − 8 então:
a) y = 3x
b) y = 5x
c) y=x
d) y = −x
e) y = 7x
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Matemática – Radicais – Prof. Dudan
a) 4,444...
b) 4.
c) 4,777...
d) 3.
e) 4/3.
50%
5. O valor de (16%) é:
a) 0,04%
b) 0,4%
c) 4%
d) 40%
e) 400
2 2 3
6. O valor de 8 + 14 + 6 + 4 é:
a) 2 3
b) 3 2 2
c) 5
d) 2 5
e) 5 2
7. Se a = 23,5, então:
a) 6 < a < 8,5.
b) 8,5 < a < 10.
c) 10 < a < 11,5.
d) 11,5 < a < 13.
e) 13 < a < 14,5.
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Matemática
PRODUTOS NOTÁVEIS
O quadrado da soma de dois números é igual ao quadrado do primeiro somado duas vezes o
primeiro pelo segundo, somado o quadrado do segundo.
Exemplos:
(x + 4)2 = x2 + 2.x.4 + 42 = x2 + 8x + 16
(3x + 1)2 = (3x)2 + 2.3x.1 + 12 = 9x2 + 6x + 1
(2a + 3b)2 = (2a)2 + 2.2a.3b + (3b)2 = 4a2 + 12ab + 9b2
(3x2 + 2x)2 = (3x2)2 + 2.3x2.2x + (2x)2 = 9x4 + 12x3 + 4x2
CUIDADO: (x + y)2 ≠ x2 + y2
DICA:
Não é necessário decorar essa fórmula, basta lembrar:
(a + b)2 = (a + b).(a + b)
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Aplicando a distributiva,
(a + b)2 = a2 + ab + ab + b2
(a + b)2 = a2 + 2ab + b2
Exemplos:
a) (a + 7)2 =
2
b) (a³ + 5b) =
EXEMPLOS:
(x – 3)2 = x2 – 2.x.3 + 32 = x2 – 6x + 9
(5x – 3)2 = (5x)2 – 2.5x.3 + 32 = 25x2 – 30x + 9
(2a – 4b)2 = (2a)2 - 2.2a.4b + (4b)² = 4a2 + 16ab + 16b2
(3x2 – 2x)2 = (3x2)2 – 2.3x2.2x + (2x)2 = 9x4 – 12x3 + 4x2
CUIDADO: (x – y)2 ≠ x2 – y2
DICA:
Não é necessário decorar essa fórmula, basta lembrar:
(a – b)2 = (a – b).(a – b)
Aplicando a distributiva,
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Matemática – Produtos Notáveis – Prof. Dudan
(a – b)2 = a2 – ab – ab + b2
(a – b)2 = a2 – 2ab + b2
Exemplos:
a) (3x – 1)2 =
b) (5x2 – 3x)2 =
O produto da soma de dois termos pela sua diferença é igual ao quadrado do primeiro termo
subtraído o quadrado do segundo termo.
Exemplos:
(x + 1).(x – 1) = x2 – 12 = x2 – 1
(2a + 3).(2a – 3) = (2a)2 – 32 = 4a2 – 9
(3x + 2y).(3x – 2y) = (3x)2 – (2y)2 = 9x2 – 4y2
DICA:
Obs.: Não é necessário decorar essa fórmula, basta lembrar de aplicar a distributiva:
(a + b).(a – b) = a2 – ab + ab – b2
(a + b).(a – b) = a2 – b2
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Exemplos:
(3a – 7).(3a + 7)=
(5a3 – 6).(5a3 + 6) =
Exercicios:
2 2
1. A expressão (x – y) – (x + y) é equivalente a:
a) 0
2
b) 2y
c) – 2y3
d) – 4xy
e) – 2xy
5. A diferença entre o quadrado da soma e o quadrado da diferença de dois números reais é igual:
a) a diferença dos quadrados dos dois números.
b) a soma dos quadrados dos dois números.
c) a diferença dos dois números.
d) ao dobro do produto dos números.
e) ao quádruplo do produto dos números.
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Matemática
FATOR COMUM
Quando todos os termos de uma expressão tem um fator comum, podemos colocá-lo em
evidência. A forma fatorada é o produto do fator comum pelo que se obtém dividindo-se cada
termo da expressão original dada pelo fator comum.
Para usar esse método, temos que achar um fator que seja comum entre os termos, seja
número ou uma incógnita (letra), e colocá-lo em evidência.
Exemplos:
a) 2a + 2b = 2 (a + b)
1º Nesse caso, temos a incógnita como fator comum, mas temos também números que
aparentemente não têm nada em comum. Então, devemos achar algum número que seja
divisível pelos dois números ao mesmo tempo, ou seja, encontramos o 2. Colocamos,
assim, em evidência.
2º Agora dividimos cada termo pelo fator comum:
6ax : 2a = 3x
8ay : 2a = 4y
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Exemplo: Colocando o fator comum em evidência, fatore os seguintes polinômios:
a) 10a + 10b =
b) 4a – 3ax =
2
c) 35c + 7c =
3 2
x + 2x + 2x
– 2x5 + 5y – 5
ac + c – b
É importante lembrar que nem todos os trinômios são quadrados perfeitos. Por isso, é preciso
verificar se um trinômio pode ser escrito na forma de um quadrado perfeito.
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Matemática – Fator Comum – Prof. Dudan
Exemplos Resolvidos
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Exercícios:
x+3
1. Para x ≠ 3, a simplificação da expressão é:
x2 − 9
a) x – 3
b) 3 – x
1
c)
x−3
1
d)
x+3
1
e)
3− x
2x2 − 8y2
2. Se y ≠ 0 e se x ≠ – 2y, a expressão é igual a:
3x2y + 6xy2
−2
a)
y + 2x
b) 2x − 4y
3xy
x − 4y
c)
y + 2x
1
d)
x + 2y
e) 2
3
a2 + 6a+ 9 a2 − 9
3. Para a ≠ – 3 e a ≠ 3, a expressão ÷ é equivalente a:
a+ 3 3 a− 3
a)
3
b) a + 2
c) a + 3
d) a – 3
e) a− 3
3
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Matemática
DIVISORES E MÚLTIPLOS
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E assim sucessivamente.
Portanto, os múltiplo de 2 são: 0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 18, 20, ...
E os múltiplos de 3 são: 0, 3, 6, 9, 12, 15, 18, 21, 24, 27, 30, ...
Importante!
• O menor divisor natural de um número é
sempre o número 1.
• O maior divisor de um número é o próprio
número.
• O zero não é divisor de nenhum número.
• Os divisores de um número formam um
conjunto finito.
Regras de divisibilidade
Divisibilidade por 1
Todo número é divisível por 1.
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Matemática – Divisores e Múltiplos – Prof. Dudan
Divisibilidade por 2
Um número natural é divisível por 2 quando ele termina em 0, ou 2, ou 4, ou 6, ou 8, ou seja,
quando ele é par.
Exemplos: 5040 é divisível por 2, pois termina em 0.
237 não é divisível por 2, pois não é um número par.
Divisibilidade por 3
Um número é divisível por 3 quando a soma dos valores absolutos dos seus algarismos for
divisível por 3.
Exemplo: 234 é divisível por 3, pois a soma de seus algarismos é igual a 2 + 3 + 4 = 9, e como 9 é
divisível por 3, então 234 é divisível por 3.
Divisibilidade por 4
Um número é divisível por 4 quando termina em 00 ou quando o número formado pelos dois
últimos algarismos da direita for divisível por 4.
Exemplos: 1800 é divisível por 4, pois termina em 00.
4116 é divisível por 4, pois 16 é divisível por 4.
1324 é divisível por 4, pois 24 é divisível por 4.
3850 não é divisível por 4, pois não termina em 00 e 50 não é divisível por 4.
Divisibilidade por 5
Um número natural é divisível por 5 quando ele termina em 0 ou 5.
Exemplos: 55 é divisível por 5, pois termina em 5.
90 é divisível por 5, pois termina em 0.
87 não é divisível por 5, pois não termina em 0 nem em 5.
Divisibilidade por 6
Um número natural é divisível por 6 quando é divisível por 2 e 3 ao mesmo tempo.
Exemplos: 54 é divisível por 6, pois é par, logo divisível por 2 e a soma de seus algarismos é
múltiplo de 3 , logo ele é divisível por 3 também.
90 é divisível por 6, pelo mesmos motivos..
87 não é divisível por 6, pois não é divisível por 2.
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Divisibilidade por 7
Um número é divisível por 7, quando estabelecida a diferença entre o dobro do seu último
algarismo e os demais algarismos, encontramos um número divisível por 7.
Exemplos:
161 : 7 = 23, pois 16 – 2.1 = 16 – 2 = 14
203 : 7 = 29, pois 20 – 2.3 = 20 – 6 = 14
294 : 7 = 42, pois 29 – 2.4 = 29 – 8 = 21
840 : 7 = 120, pois 84 – 2.0 = 84
Divisibilidade por 8
Um número é divisível por 8 quando termina em 000 ou os últimos três números são divisíveis
por 8.
Exemplos:
1000 : 8 = 125, pois termina em 000
45128 é divisível por 8 pois 128 dividido por 8 fornece 16
45321 não é divisível por 8 pois 321 não é divisível por 8.
Divisibilidade por 9
Será divisível por 9 todo número em que a soma de seus algarismos constitui um número
múltiplo de 9.
Exemplos:
81 : 9 = 9, pois 8 + 1 = 9
1107 : 9 = 123, pois 1 + 1 + 0 + 7 = 9
4788 : 9 = 532, pois 4 + 7 + 8 + 8 = 27
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Matemática – Divisores e Múltiplos – Prof. Dudan
Divisibilidade por 10
Um número é divisível por 10 se termina com o algarismo 0 (zero).
Exemplos: 5420 é divisível por 10 pois termina em 0 (zero)
6342 não é divisível por 10 pois não termina em 0 (zero).
Divisibilidade por 11
Um número é divisível por 11 nas situações em que a diferença entre o último algarismo e o
número formado pelos demais algarismos, de forma sucessiva até que reste um número com 2
algarismos, resultar em um múltiplo de 11. Como regra mais imediata, todas as dezenas duplas
(11, 22, 33, 5555, etc.) são múltiplas de 11.
1342 : 11 = 122, pois 134 – 2 = 132 → 13 – 2 = 11
2783 : 11 = 253, pois 278 – 3 = 275 → 27 – 5 = 22
7150: 11 = 650, pois 715 – 0 = 715 → 71 – 5 = 66
Divisibilidade por 12
Se um número é divisível por 3 e 4, também será divisível por 12.
Exemplos:
192 : 12 = 16, pois 192 : 3 = 64 e 192 : 4 = 48
672 : 12 = 56, pois 672 : 3 = 224 e 672 : 4 = 168
Divisibilidade por 15
Todo número divisível por 3 e 5 também é divisível por 15.
Exemplos:
1470 é divisível por 15, pois 1470:3 = 490 e 1470:5 = 294.
1800 é divisível por 15, pois 1800:3 = 600 e 1800:5 = 360.
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Matemática
FATORAÇÃO
Note que o maior dos divisores comuns entre os números 12 e 42 é o número 6. Observando
a nossa fatoração simultânea, este valor 6 é obtido realizando a multiplicação dos divisores
comuns.
Por outro lado, o M.M.C será obtido de uma maneira diferente. Por se tratar dos múltiplos,
deveremos multiplicar todos os divisores da fatoração. Sendo assim, o M.M.C (12,14) = 2 x 2 x
3 x 7 = 84.
Portanto, esse processo de fatoração é muito utilizado no cálculo do M.M.C e do M.D.C também,
mas cada um com seu respectivo procedimento, portanto, cuidado para não se confundir.
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Exemplos: Vamos fatorar, para o cálculo do M.M.C, os valores abaixo:
15, 24, 60 2
15, 12, 30 2
15, 6, 15 2
15, 3, 15 3
5, 1, 5 5
1, 1, 1
Logo, o produto desses fatores primos: 2 . 2 . 2 . 3 . 5 = 120 é o menor múltiplo comum entre os
valores apresentados.
Agora se quiséssemos calcular o M.D.C , teríamos que fatorá-los sempre juntos, até não haver
mais divisor comum além do número 1.
Assim:
15, 24, 60 3
5, 8, 20
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Matemática – Fatoração – Prof. Dudan
Com isso, o produto desses fatores primos, 2 . 5 = 10, obtidos pela fatoração conjunta,
representa o M.D.C .
De fato, se observarmos a lista de divisores de 20 e 30, verificaremos que, dentre os comuns,
o maior deles é, de fato, o 10.
D(20) = 1, 2, 4, 5, 10, 20.
D(30) = 1, 2 ,3 ,5 ,6, 10, 15, 30.
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Matemática
O mínimo múltiplo comum entre dois números é representado pelo menor valor comum
pertencente aos múltiplos dos números. Observe o M.M.C entre os números 20 e 30:
M(20) = 0, 20, 40, 60, 80, 100, 120, .... e M(30) = 0, 30, 60, 90, 120, 150, 180, ...
Logo o M.M.C entre 20 e 30 é equivalente a 60.
Outra forma de determinar o M.M.C entre 20 e 30 é pela fatoração, em que devemos escolher
os fatores comuns de maior expoente e os termos não comuns.
Observe:
20 = 2 * 2 * 5 = 2² * 5 e 30 = 2 * 3 * 5 = 2 * 3 * 5 logo
M.M.C (20; 30) = 2² * 3 * 5 = 60
A terceira opção consiste em realizar a decomposição simultânea dos números, multiplicando
os fatores obtidos. Observe:
20, 30 2
10, 15 2
5, 15 3
5, 5 5
1
M.M.C (20, 30) = 2 * 2 * 3 * 5 = 60
Dica:
Apenas números naturais
têm M.M.C.
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Um método rápido e fácil para se determinar o M.M.C de um conjunto de números naturais é
a FATORAÇÃO.
Nela iremos decompor simultaneamente os valores, de forma que ao menos um deles possa
ser dividido pelo fator primo apresentado, até que não sobrem valores maiores que 1.
O produto dos fatores primos utilizados nesse processo é o Mínimo Múltiplo Comum.
Para que possamos fazer uma comparação, vamos tomar os números 6, 8 e 12 como exemplo.
Da fatoração desses três números temos:
6, 8, 12 2
3, 4, 6 2
3, 2, 3 2
3, 1, 3 3
1, 1, 1
O M.M.C (6, 8, 12) será calculado pelo produto desses fatores primos usados na decomposição
dos valores dados.
Logo: M.M.C (6 , 8 , 12) = 2.2.2.3 = 24
Qual é o M.M.C (15, 25, 40)?
Fatorando os três números, temos:
15, 25, 40 2
15, 25, 20 2
15, 25, 10 2
15, 25, 5 3
5, 25, 5 5
1, 5, 1 5
1, 1, 1
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Matemática – Mínimo Múltiplo Comum – Prof. Dudan
Propriedade do M.M.C.
Todo múltiplo comum de dois ou mais números inteiros é múltiplo do m.m.c. desses números.
Exemplo: os múltiplos comuns positivos de 2 , 5 e 6 são exatamente os múltiplos positivos de
30 (m.m.c. (2 ,5 , 6) = 30), ou seja, são 30 , 60, 90,...
Exemplo
1. Numa linha de produção, certo tipo de manutenção é feita na máquina A a cada 3 dias; na
máquina B, a cada 4 dias; e na máquina C, a cada 6 dias. Se no dia 2 de dezembro foi feita a
manutenção nas três máquinas, após quantos dias as máquinas receberão manutenção no
mesmo dia?
Temos que determinar o M.M.C entre os números 3, 4 e 6.
3, 4, 6 2
3, 2, 3 2
3, 1, 3 3
1, 1, 1
Assim, o M.M.C (3, 4, 6) = 2 * 2 * 3 = 12
Concluímos que, após 12 dias, a manutenção será feita nas três máquinas. Portanto, dia 14
de dezembro.
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2. Um médico, ao prescrever uma receita, determina que três medicamentos sejam ingeridos
pelo paciente de acordo com a seguinte escala de horários: remédio A, de 2 em 2 horas;
remédio B, de 3 em 3 horas; e remédio C, de 6 em 6 horas. Caso o paciente utilize os três
remédios às 8 horas da manhã, qual será o próximo horário de ingestão dos medicamentos?
Calcular o M.M.C dos números 2, 3 e 6.
2, 3, 6 2
1, 3, 3 3
1, 1, 1
M.M.C (2, 3, 6) = 2 * 3 = 6
O mínimo múltiplo comum dos números 2, 3, 6 é igual a 6.
De 6 em 6 horas os três remédios serão ingeridos juntos. Portanto, o próximo horário será
às 14 horas.
3. Em uma árvore de natal, três luzes piscam com frequência diferentes. A primeira pisca a
cada 4 segundos, a segunda a cada 6 segundos e a terceira a cada 10 segundos. Se num
dado instante as luzes piscam ao mesmo tempo, após quantos segundos voltarão a piscar
juntas?
4. No alto da torre de uma emissora de televisão, duas luzes “piscam” com frequências
diferentes. A primeira “pisca” 15 vezes por minuto e a segunda “pisca” 10 vezes por
minuto. Se num certo instante, as luzes piscam simultaneamente, após quantos segundos
elas voltarão a “piscar simultaneamente”?
a) 12
b) 10
c) 20
d) 15
e) 30
5. Três ciclistas percorrem um circuito saindo todos ao mesmo tempo, do mesmo ponto, e com
o mesmo sentido. O primeiro faz o percurso em 40 s; o segundo em 36 s; e o terceiro em 30
s. Com base nessas informações, depois de quanto tempo os três ciclistas se reencontrarão
novamente no ponto de partida, pela primeira vez, e quantas voltas terá dado o primeiro, o
segundo e o terceiro ciclista, respectivamente?
a) 5 minutos, 10 voltas, 11 voltas e 13 voltas.
b) 6 minutos, 9 voltas, 10 voltas e 12 voltas.
c) 7 minutos, 10 voltas, 11 voltas e 12 voltas.
d) 8 minutos, 8 voltas, 9 voltas e 10 voltas.
e) 9 minutos, 9 voltas, 11 voltas e 12 voltas.
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Matemática
O máximo divisor comum entre dois números é representado pelo maior valor comum
pertencente aos divisores dos números. Observe o M.D.C entre os números 20 e 30:
D(20) = 1, 2, 4, 5, 10, 20. e D(30) = 1, 2, 3, 5, 6, 10, 15, 30.
O maior divisor comum dos números 20 e 30 é 10.
Podemos também determinar o M.D.C entre dois números através da fatoração, em que
escolheremos os fatores comuns de menor expoente. Observe o M.D.C de 20 e 30 utilizando
esse método.
20 = 2 * 2 * 5 = 2² * 5 e 30 = 2 * 3 * 5 = 2 * 3 * 5
Logo M.D.C (20; 30) = 2 * 5 = 10
A terceira opção consiste em realizar a decomposição simultânea e conjunta dos números,
multiplicando os fatores obtidos. Observe:
20, 30 2
10, 15 2
2, 3
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Para que possamos fazer uma comparação, vamos tomar novamente os números 6, 8 e 12
como exemplo.
Da fatoração conjunta destes três números, temos:
6, 8, 12 2
3, 4, 6
O M.D.C (6, 8, 12) será calculado pelo produto desses fatores primos usados na decomposição
dos valores dados.
Logo: M.D.C (6 , 8 , 12) = 2
Exemplo:
Qual é o M.D.C (15, 75, 105)?
Fatorando os três números, temos:
15, 75, 105 3
5, 25, 35 5
1, 5, 7
Propriedade Fundamental
Existe uma relação entre o M.M.C e o M.D.C de dois números naturais a e b.
M.M.C.(a,b) . M.D.C. (a,b) = a . b
Ou seja, o produto entre o M.M.C e M.D.C de dois números é igual ao produto entre os dois
números.
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Matemática – Máximo Divisor Comum – Prof. Dudan
Exemplo
Se x é um número natural em que M.M.C. (14, x) = 154 e M.D.C. (14, x) = 2, podemos dizer que
x vale.
a) 22
b) – 22
c) +22 ou – 22
d) 27
e) – 27
Exemplo:
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3. Para a confecção de sacolas, serão usados dois rolos de fio de nylon. Esses rolos, medindo
450 cm e 756 cm serão divididos em pedaços iguais e do maior tamanho possível. Sabendo
que não deve haver sobras, quantos pedaços serão obtidos?
a) 25
b) 42
c) 67
d) 35
e) 18
4. Nas últimas eleições, três partidos políticos tiveram direito, por dia, a 90 s, 108 s e 144 s
de tempo gratuito de propaganda na televisão, com diferentes números de aparições. O
tempo de cada aparição, para todos os partidos, foi sempre o mesmo e o maior possível. A
soma do número das aparições diárias dos partidos na TV foi de:
a) 16
b) 17
c) 18
d) 19
e) 20
5. Um escritório comprou os seguintes itens: 140 marcadores de texto, 120 corretivos e 148
blocos de rascunho e dividiu esse material em pacotinhos, cada um deles contendo um
só tipo de material, porém todos com o mesmo número de itens e na maior quantidade
possível. Sabendo-se que todos os itens foram utilizados, então o número total de
pacotinhos feitos foi:
a) 74
b) 88
c) 96
d) 102
e) 112
Dica:
Quando se tratar de M.M.C
a solução será um valor no
mínimo igual ao maior dos
valores que você dispõe. Já
quando se tratar de M.D.C
a solução será um valor no
máximo igual ao menor dos
valores que você dispõe.
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Matemática
EXPRESSÕES ALGÉBRICAS
Definição
Expressões algébricas são expressões matemáticas que apresentam letras e podem conter
números, são também denominadas expressões literais. As letras constituem a parte variável
das expressões, pois elas podem assumir qualquer valor numérico.
No cotidiano, muitas vezes usamos expressões sem perceber que representam expressões
algébricas ou numéricas.
Numa papelaria, quando calculamos o preço de um caderno somado ao preço de duas canetas,
usamos expressões como 1x + 2y, onde x representa o preço do caderno e y, o preço de cada
caneta.
Num colégio, ao comprar um lanche, somamos o preço de um refrigerante com o preço de um
salgado, usando expressoes do tipo 1x + 1y, onde x representa o preço do salgado e y, o preço
do refrigerante.
As expressões algébricas podem ser utilizadas para representar situações problemas, como as
propostas a seguir:
•• O dobro de um número adicionado a 20: 2x + 20.
•• A diferença entre x e y: x – y
•• O triplo de um número qualquer subtraído do quádruplo do número: 3x – 4x
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Se a expressão algébrica apresentar parênteses, colchetes ou chaves, devemos resolver
primeiro o conteúdo que estiver dentro dos parênteses; em seguida, o que estiver contido nos
colchetes e, por último, a expressão que estiver entre chaves. Em suma:
1º Parênteses
2º Colchetes
3º Chaves
Assim como em qualquer outro cálculo matemático, essa hierarquia é muito importante, pois,
caso não seja seguida rigorosamente, será obtido um resultado incorreto. Veja alguns exemplos:
Exemplo resolvido:
Uma mulher é 5 anos mais nova do que seu marido. Se a soma da idade do casal é igual a 69
anos, qual é a idade de cada um?
x + ( x – 5) = 69
x + x – 5 = 69
2x – 5 = 69
2x = 69 + 5
2x = 74
x = 37
69 – 37 = 32
37 – 5 = 32
Logo, a idade do marido é 37 anos e da mulher 32 anos.
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Matemática – Expressões Algébricas – Prof. Dudan
Exercícios:
1. O resultado da expressão:
1 – 2 + 3 – 4 + 5 – 6 + 7 – 8 + . . . – 168 + 169 – 170
é igual a:
a) 170
b) – 170
c) 85
d) – 85
e) – 87
2. De um total de 40 questões planejadas para uma prova, eliminaram-se 2x delas e, do resto,
ainda tirou-se a metade do que havia sobrado. Qual é a tradução algébrica do número de
questões que restaram?
a) (40 – 2x) – 20 + x
b) (40 – 2x) – 20
c) (40 – 2x) – X/2
d) (40 – 2x) – x
e) (40 – 2x) – 20 – x
3. Um ano de 365 dias é composto por n semanas completas mais 1 dia. Dentre as expressões
numéricas abaixo, a única cujo resultado é igual a n é:
a) 365 ÷ (7 + 1)
b) (365 + 1) ÷7
c) 365 + 1 ÷ 7
d) (365 – 1) ÷7
e) 365 – 1 ÷ 7
4. Adriano, Bernardo e Ciro são irmãos e suas idades são números consecutivos, cuja soma é
igual a 78. Considerando que Ciro é o irmão do meio, então a soma das idades de Adriano e
Bernardo há 8 anos era igual a:
a) 33
b) 36
c) 34
d) 37
e) 35
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Enigma Facebookiano
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Matemática
Definição
A aritmética (da palavra grega arithmós, "número") é o ramo da matemática que lida com
números e com as operações possíveis entre eles. É o ramo mais antigo e mais elementar da
matemática, usado por quase todos, seja em tarefas do cotidiano, em cálculos científicos ou de
negócios e sempre cobrada em concursos públicos.
Já a álgebra é o ramo que estuda a manipulação formal de equações, as operações matemáticas,
os polinômios e as estruturas algébricas. A álgebra é um dos principais ramos da matemática
pura, juntamente com a geometria, topologia, análise combinatória e Teoria dos números.
O termo álgebra, na verdade, compreende um espectro de diferentes ramos da matemática,
cada um com suas especificidades.
A grande dificuldade encontrada pelos alunos nas questões envolvendo problemas é na
sua interpretação. O aluno tem que ler o texto e “decodificar” suas informações para o
matematiquês.
Em algumas questões, iremos abordar alguns pontos importantes nessa interpretação.
Exemplos
Há 19 anos uma pessoa tinha um quarto da idade que terá daqui a 14 anos. A idade da pessoa,
em anos, está entre:
a) 22 e 26
b) 27 e 31
c) 32 e 36
d) 37 e 41
e) 42 e 46
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Um casal e seu filho foram a uma pizzaria jantar. O pai comeu 3/4 de uma pizza. A mãe comeu
2/5 da quantidade que o pai havia comido. Os três juntos comeram exatamente duas pizzas,
que eram do mesmo tamanho. A fração de uma pizza que o filho comeu foi:
a) 3/5
b) 6/20
c) 7/10
d) 19/20
e) 21/15
Dois amigos foram a uma pizzaria. O mais velho comeu 3/8 da pizza que compraram. Ainda
da mesma pizza, o mais novo comeu 7/5 da quantidade que seu amigo havia comido. Sendo
assim, e sabendo que mais nada dessa pizza foi comido, a fração da pizza que restou foi:
a) 3/5
b) 7/8
c) 1/10
d) 3/10
e) 36/40
O dono de uma papelaria comprou 98 cadernos e, ao formar pilhas, todas com o mesmo
número de cadernos, notou que o número de cadernos de uma pilha era igual ao dobro do
número de pilhas. O número de cadernos de uma pilha era:
a) 12
b) 14
c) 16
d) 18
e) 20
Durante o seu expediente, Carlos digitalizou 1/3 dos processos que lhe cabiam pela parte da
manhã; no início da tarde, ele digitalizou metade do restante e, no fim da tarde, ¼ do que havia
sobrado após os 2 períodos iniciais. No fim do expediente, ele decidiu contar todos os processos
que não haviam sido digitalizados e encontrou 30 processos. O número total de processos que
ele devia ter digitalizado nesse dia era de:
a) 80
b) 90
c) 100
d) 110
e) 120
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Matemática
RAZÃO E PROPORÇÃO
Razão
A palavra razão vem do latim ratio e significa a divisão ou o quociente entre dois números, A e
A
B, denotada por .
B
12
Exemplo: A razão entre 12 e 3 é 4, pois = 4.
3
Proporção
Já a palavra proporção vem do latim proportione e significa uma relação entre as partes de uma
grandeza, ou seja, é uma igualdade entre duas razões.
6 10 6 10
Exemplo: = , a proporção é proporcional a .
3 5 3 5
A C
Se numa proporção temos B = D , então os números A e D são denominados extremos enquanto
os números B e C são os meios e vale a propriedade: o produto dos meios é igual ao produto
dos extremos, isto é:
A×D=C×B
x 12
Exemplo: Dada a proporção = , qual é o valor de x?
3 9
Dica
x 12
= logo, 9.x=3.12 → 9x=36 e, portanto, x=4 DICA: Observe a ordem com
3 9
que os valores são enunciados
para interpretar corretamente a
questão.
Exemplo: Se A, B e C são proporcionais a 2, 3 e 5,
•• Exemplos: A razão entre a e b
é a/b e não b/a!!!
logo: A B C A sua idade e a do seu colega são
= =
2 3 5 proporcionais a 3 e 4,
sua idade 3
logo = .
idade do colega 4
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Faça você:
2
1. A razão entre o preço de custo e o preço de venda de um produto é . Se for
vendida a R$ 42,00, qual é o preço de custo? 3
2. A razão entre dois números P e Q é 0,16. Determine P + Q, sabendo que eles são
primos entre si.
3. A idade do professor Zambeli está para a do professor Dudan assim como 8 está para
7. Se apesar de todos os cabelos brancos o professor Zambeli tem apenas 40 anos, a
idade do professor Dudan é de:
a) 20 anos.
b) 25 anos.
c) 30 anos.
d) 35 anos.
e) 40 anos.
500 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Razão e Proporção – Prof. Dudan
A definição de grandeza está associada a tudo aquilo que pode ser medido ou contado. Como
exemplo, citamos: comprimento, tempo, temperatura, massa, preço, idade, etc.
As grandezas diretamente proporcionais estão ligadas de modo que, à medida que uma
grandeza aumenta ou diminui, a outra altera de forma proporcional.
Grandezas diretamente proporcionais, explicando de uma forma mais informal, são grandezas
que crescem juntas e diminuem juntas. Podemos dizer também que nas grandezas diretamente
proporcionais uma delas varia na mesma razão da outra. Isto é, duas grandezas são diretamente
proporcionais quando, dobrando uma delas, a outra também dobra; triplicando uma delas, a
outra também triplica... E assim por diante.
Exemplo:
Um automóvel percorre 300 km com 25 litros de combustível. Caso o proprietário desse
automóvel queira percorrer 120 km, quantos litros de combustível serão gastos?
300 km 25 litros
120 km x litros
Dica
Quando a regra
300 25 3000 de três é direta
= 300.x = 25.120 x= à x = 10
120 x 300 multiplicamos em
X, regra do “CRUZ
CREDO”.
Exemplo:
Em uma gráfica, certa impressora imprime 100 folhas em 5 minutos. Quantos minutos ela
gastará para imprimir 1300 folhas?
100 5 5 × 1300
= = 100.x = 5.1300 à x= = 65 minutos
1300 x 100
www.acasadoconcurseiro.com.br 501
Grandeza inversamente proporcional
Exemplo:
12 operários constroem uma casa em 6 semanas. 8 operários, nas mesmas condições,
construiriam a mesma casa em quanto tempo?
12 op. 6 semanas
8 op. x semanas
Antes de começar a fazer, devemos pensar: se diminuiu o número de funcionários, será que
a velocidade da obra vai aumentar? É claro que não, e se um lado diminui enquanto o outro
aumentou, é inversamente proporcional e, portanto, devemos multiplicar lado por lado (em
paralelo).
8.x = 12.6
8x = 72 Dica
72 Quando a regra de três é
x = à x = 9
8 inversa, multiplicamos lado
por lado, regra da LALA.
Exemplo: A velocidade constante de um carro e o tempo que esse carro gasta para dar uma
volta completa em uma pista estão indicados na tabela a seguir:
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Matemática – Razão e Proporção – Prof. Dudan
6. Se um avião, voando a 500 Km/h, faz o percurso entre duas cidades em 3h, quanto
tempo levará se viajar a 750 Km/h?
a) 1,5h.
b) 2h.
c) 2,25h.
d) 2,5h.
e) 2,75h.
www.acasadoconcurseiro.com.br 503
7. Em um navio com uma tripulação de 800 marinheiros, há víveres para 45 dias. Quanto
tempo poderíamos alimentar os marinheiros com o triplo de víveres?
a) 130
b) 135
c) 140
d) 145
e) 150
8. Uma viagem foi feita em 12 dias percorrendo-se 150km por dia. Quantos dias seriam
empregados para fazer a mesma viagem, percorrendo-se 200km por dia?
a) 5
b) 6
c) 8
d) 9
e) 10
504 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática
A definição de grandeza está associada a tudo aquilo que pode ser medido ou contado. Como
exemplo, citamos: comprimento, tempo, temperatura, massa, preço, idade, etc.
As grandezas diretamente proporcionais estão ligadas de modo que, à medida que uma
grandeza aumenta ou diminui, a outra altera de forma proporcional.
Grandezas diretamente proporcionais, explicando de uma forma mais informal, são grandezas
que crescem juntas e diminuem juntas. Podemos dizer também que nas grandezas diretamente
proporcionais uma delas varia na mesma razão da outra. Isto é, duas grandezas são diretamente
proporcionais quando, dobrando uma delas, a outra também dobra; triplicando uma delas, a
outra também triplica... E assim por diante.
Exemplo:
Um automóvel percorre 300 km com 25 litros de combustível. Caso o proprietário desse
automóvel queira percorrer 120 km, quantos litros de combustível serão gastos?
300 km 25 litros
120 km x litros
Dica
Quando a regra
300 25 3000 de três é direta
= 300.x = 25.120 x= à x = 10
120 x 300 multiplicamos em
X, regra do “CRUZ
CREDO”.
Exemplo:
Em uma gráfica, certa impressora imprime 100 folhas em 5 minutos. Quantos minutos ela
gastará para imprimir 1300 folhas?
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100 5 5 × 1300
= = 100.x = 5.1300 à x= = 65 minutos
1300 x 100
Exemplo:
12 operários constroem uma casa em 6 semanas. 8 operários, nas mesmas condições,
construiriam a mesma casa em quanto tempo?
12 op. 6 semanas
8 op. x semanas
Antes de começar a fazer, devemos pensar: se diminuiu o número de funcionários, será que
a velocidade da obra vai aumentar? É claro que não. E se um lado diminui enquanto o outro
aumentou, é inversamente proporcional e, portanto, devemos multiplicar lado por lado (em
paralelo).
8.x = 12.6
8x = 72 Dica
72 Quando a regra de três é
x = à x = 9
8 inversa, multiplicamos lado
por lado, regra da LALA.
Exemplo: A velocidade constante de um carro e o tempo que esse carro gasta para dar uma
volta completa em uma pista estão indicados na tabela a seguir:
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Matemática – Regra de Três Simples – Prof. Dudan
Questões
2. Se (3, x, 14, ...) e (6, 8, y, ...) forem grandezas diretamente proporcionais, então o valor
de x + y é:
a) 20
b) 22
c) 24
d) 28
e) 32
3. Uma usina produz 500 litros de álcool com 6 000 kg de cana-de-açúcar. Determine
quantos litros de álcool são produzidos com 15 000 kg de cana.
a) 1000 litros.
b) 1050 litros.
c) 1100 litros.
d) 1200 litros.
e) 1250 litros.
4. Um muro de 12 metros foi construído utilizando 2 160 tijolos. Caso queira construir
um muro de 30 metros nas mesmas condições do anterior, quantos tijolos serão
necessários?
a) 5000 tijolos.
b) 5100 tijolos.
c) 5200 tijolos.
d) 5300 tijolos.
e) 5400 tijolos.
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5. Uma equipe de 5 professores gastou 12 dias para corrigir as provas de um
vestibular. Considerando a mesma proporção, quantos dias levarão 30
professores para corrigir as provas?
a) 1 dia.
b) 2 dias.
c) 3 dias.
d) 4 dias.
e) 5 dias.
6. Em uma panificadora, são produzidos 90 pães de 15 gramas cada um. Caso queira
produzir pães de 10 gramas, quantos serão produzidos?
a) 120 pães.
b) 125 pães.
c) 130 pães.
d) 135 pães.
e) 140 pães.
7. Se um avião, voando a 500 Km/h, faz o percurso entre duas cidades em 3h, quanto
tempo levará se viajar a 750 Km/h?
a) 1,5h.
b) 2h.
c) 2,25h.
d) 2,5h.
e) 2,75h.
8. Em um navio com uma tripulação de 800 marinheiros, há víveres para 45 dias. Quanto
tempo poderíamos alimentar os marinheiros com o triplo de víveres?
a) 130 dias.
b) 135 dias.
c) 140 dias.
d) 145 dias.
e) 150 dias.
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Matemática – Regra de Três Simples – Prof. Dudan
9. A comida que restou para 3 náufragos seria suficiente para alimentá-los por
12 dias. Um deles resolveu saltar e tentar chegar em terra nadando. Com um
náufrago a menos, qual será a duração dos alimentos?
a) 12 dias.
b) 14 dias.
c) 16 dias.
d) 18 dias.
e) 20 dias.
10. Uma viagem foi feita em 12 dias percorrendo-se 150km por dia. Quantos dias seriam
empregados para fazer a mesma viagem, percorrendo-se 200km por dia?
a) 5 dias.
b) 6 dias.
c) 8 dias.
d) 9 dias.
e) 10 dias.
11. Para realizar certo serviço de manutenção são necessários 5 técnicos trabalhando
durante 6 dias, todos com o mesmo rendimento e o mesmo número de horas. Se
apenas 3 técnicos estiverem disponíveis, pode-se concluir que o número de dias a
mais que serão necessários para realizar o mesmo serviço será:
a) 2 dias.
b) 3 dias.
c) 4 dias.
d) 5 dias.
e) 6 dias.
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12. Três torneiras, com vazões iguais e constantes, enchem totalmente uma
caixa d’água em 45 minutos. Para acelerar esse processo, duas novas
torneiras, iguais às primeiras, foram instaladas. Assim, o tempo gasto para
encher essa caixa d’água foi reduzido em:
a) 18 min.
b) 20 min.
c) 22 min.
d) 25 min.
e) 28 min.
Casos particulares
João, sozinho, faz um serviço em 10 dias. Paulo, sozinho, faz o mesmo serviço em 15 dias. Em
quanto tempo fariam juntos esse serviço?
Primeiramente, temos que padronizar o trabalho de cada um. Nesse caso, já está padronizado,
pois ele refere-se ao trabalho completo, o que poderia ser dito a metade do trabalho feito em
um certo tempo.
Se João faz o trabalho em 10 dias, isso significa que ele faz 1/10 do trabalho por dia.
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Matemática – Regra de Três Simples – Prof. Dudan
1 1 3 2 5 1
Juntos o rendimento diário é de + = + = =
10 15 30 30 30 6
Se em um dia eles fazem 1/6 do trabalho em 6 dias os dois juntos completam o trabalho.
Sempre que as capacidades forem diferentes, mas o serviço a ser feito for o mesmo,
1 1 1
seguimos a seguinte regra: + =
t1 t2 tT (tempo total)
14. Uma torneira enche um tanque em 3h, sozinha. Outra torneira enche o
mesmo tanque em 4h, sozinha. Um ralo esvazia todo o tanque sozinho em
2h. Estando o tanque vazio, as 2 torneiras abertas e o ralo aberto, em quanto
tempo o tanque encherá?
a) 10 h.
b) 11 h.
c) 12 h.
d) 13 h.
e) 14 h.
Gabarito: 1. * 2. E 3. E 4. E 5. B 6. D 7 B 8. B 9. D 10. D 11. C 12. A 13. B 14. C
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Matemática
A regra de três composta é utilizada em problemas com mais de duas grandezas, direta ou
inversamente proporcionais. Para não vacilar, temos que montar um esquema com base na
análise das colunas completas em relação à coluna do “x”.
Vejamos os exemplos abaixo.
Exemplo:
Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160m3 de areia. Em 5 horas, quantos caminhões serão
3
necessários para descarregar 125m ?
A regra é colocar, em cada coluna, as grandezas de mesma espécie e deixar o X na segunda
linha.
+ –
Horas Caminhões Volume
8 20 160
5 x 125
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Exemplo:
Numa fábrica de brinquedos, 8 homens montam 20 carrinhos em 5 dias. Quantos carrinhos
serão montados por 4 homens em 16 dias?
Solução: montando a tabela:
– +
Homens Carrinhos Dias
8 20 5
4 x 16
Observe que, se 8 homens montam 20 carrinhos, então 4 homens montam MENOS carrinhos.
Sinal de – nessa coluna.
Se, em 5 dias montam-se 20 carrinhos, então, em 16 dias montam-se MAIS carrinhos. Sinal de +.
20 × 4 × 16
Montando a equação: x = = 32
8× 5
Logo, serão montados 32 carrinhos.
Exemplo:
O professor Cássio estava digitando o material para suas incríveis aulas para a turma do BNB
e percebeu que digitava 30 linhas em 2,5 minutos num ritmo constante e errava 5 vezes a
digitação nesse intervalo de tempo.
Sabe-se que o número de erros é proporcional ao tempo gasto na digitação.
Assim, com o objetivo de diminuir o total de erros para 4, se Cassio for digitar 120 linhas com
velocidade 20% inferior ele precisará de um tempo igual a:
a) 300 segundos.
b) 400 segundos.
c) 500 segundos.
d) 580 segundos.
e) 600 segundos.
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Matemática – Regra de Três Composta – Prof. Dudan
RESOLUÇÃO:
Inicialmente organizaremos as colunas nas mesmas unidades de medida, portanto, usaremos o
tempo em segundos lembrando que 2,5 minutos = 2,5 x 60 segundos, logo 150 segundos.
Assim:
+ – +
linhas t(seg) erros velocidade(%)
30 150 5 100
120 x 4 80
Assim, basta colocar no numerador o valor que respeita o sinal colocado na coluna completa:
Sinal de + , coloca-se o MAIOR , sinal de - , coloca-se o MENOR valor.
X = 150.120.4.100 = 150.120.4.100 = 5.120.4.100 = 120.4.100 =
30.5.80 30.5.80 5.80 80
12.4.100 = 12.50 = 600 segundos.
8
Alternativa E
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Questões
3. Franco e Jade foram incumbidos de digitar as laudas de um texto. Sabe-se que ambos
digitaram suas partes com velocidades constantes e que a velocidade de Franco era
80% da de Jade. Nessas condições, se Jade gastou 10 min para digitar 3 laudas, o
tempo gasto por Franco para digitar 24 laudas foi:
a) 1h e 15 min.
b) 1h e 20 min.
c) 1h e 30 min.
d) 1h e 40 min.
e) 2h.
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Matemática – Regra de Três Composta – Prof. Dudan
5. Uma ponte foi construída em 48 dias por 25 homens, trabalhando-se 6 horas por dia.
Se o número de homens fosse aumentado em 20% e a carga horária de trabalho em 2
horas por dia, essa ponte seria construída em:
a) 24 dias.
b) 30 dias.
c) 36 dias.
d) 40 dias.
e) 45 dias
6. Usando um ferro elétrico 20 minutos por dia, durante 10 dias, o consumo de energia
será de 5 kWh. O consumo do mesmo ferro elétrico se ele for usado 70 minutos por
dia, durante 15 dias será de.
a) 25 kWh.
b) 25,5 kWh.
c) 26 kWh.
d) 26,25 kWh.
e) 26,5 kWh.
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7. Trabalhando oito horas por dia, durante 16 dias, Pedro recebeu R$ 2 000,00.
Se trabalhar 6 horas por dia, durante quantos dias ele deverá trabalhar para
receber R$ 3000,00?
a) 31 dias.
b) 32 dias.
c) 33 dias.
d) 34 dias.
e) 35 dias.
9. Uma montadora de automóveis demora 20 dias, trabalhando 8 horas por dia, para
produzir 400 veículos. Quantos dias serão necessários para produzir 50 veículos,
trabalhando 10 horas ao dia?
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
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Matemática – Regra de Três Composta – Prof. Dudan
11. Em uma fábrica de cerveja, uma máquina encheu 2 000 garrafas em 8 dias,
funcionando 8 horas por dia. Se o dono da fábrica necessitasse que ela
triplicasse sua produção dobrando ainda as suas horas diárias de
funcionamento, então o tempo, em dias, que ela levaria para essa nova
produção seria:
a) 16
b) 12
c) 10
d) 8
e) 4
13. Para cavar um túnel, 30 homens demoraram 12 dias. Vinte homens, para cavar dois
túneis do mesmo tamanho e nas mesmas condições do primeiro túnel, irão levar:
a) 36 dias.
b) 38 dias.
c) 40 dias.
d) 42 dias.
e) 44 dias.
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14. Em um contrato de trabalho, ficou acertado que 35 operários construiriam
uma casa em 32 dias, trabalhando 8 horas diárias. Decorridos 8 dias, apesar
de a obra estar transcorrendo no ritmo previsto, novo contrato foi
confirmado: trabalhando 10 horas por dia, 48 operários terminariam a obra.
O número de dias gasto, ao todo, nessa construção foi:
a) 14
b) 19
c) 22
d) 27
e) 50
15. Numa editora, 8 digitadores, trabalhando 6 horas por dia, digitaram 3/5 de um
determinado livro em 15 dias. Então, 2 desses digitadores foram deslocados para um
outro serviço, e os restantes passaram a trabalhar apenas 5 horas por dia na digitação
desse livro. Mantendo-se a mesma produtividade, para completar a digitação do
referido livro, após o deslocamento dos 2 digitadores, a equipe remanescente terá de
trabalhar ainda:
a) 18 dias.
b) 16 dias.
c) 15 dias.
d) 14 dias.
e) 12 dias.
Gabarito: 1. C 2. D 3. D 4. C 5. B 6. D 7. B 8. A 9. B 10. E 11. B 12. B 13. A 14. C 15. B
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Matemática
DIVISÃO PROPORCIONAL
CONSTANTE DE PROPORCIONALIDADE
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DIVISÃO PROPORCIONAL
Podemos definir uma DIVISÃO PROPORCIONAL, como uma forma de divisão no qual se
determinam valores que, divididos por quocientes previamente determinados, mantêm-se
uma razão constante (que não tem variação).
Exemplo Resolvido 1
Vamos imaginar que temos 120 bombons para distribuir em partes diretamente proporcionais
a 3, 4 e 5, entre 3 pessoas A, B e C, respectivamente:
Num total de 120 bombons, k representa a quantidade de bombons que cada um receberá.
Pessoa A - k k k = 3k
Pessoa B - k k k = 4k
Pessoas C - k k k = 5k
Se A + B + C = 120 então 3k + 4k + 5k = 120
3k + 4k + 5k = 120 logo 12k = 120 e assim k = 10
Pessoa A receberá 3 x 10 = 30
Pessoas B receberá 4 x 10 = 40
Pessoas C receberá 5 x 10 = 50
Exemplo Resolvido 2
Dividir o número 810 em partes diretamente proporcionais a 2/3, 3/4 e 5/6.
Primeiramente tiramos o mínimo múltiplo comum entre os denominadores 3, 4 e 6.
2 3 5 8 9 10
=
3 4 6 12 12 12
Depois de feito o denominador e encontradas frações equivalentes a 2/3, 3/4 e 5/6 com
denominador 12, trabalharemos apenas com os numeradores ignorando o denominador, pois
como ele é comum nas três frações. Logo, não precisamos trabalhar com ele mais.
Podemos então dizer que:
8K + 9K + 10K = 810
27K = 810
K = 30.
Por fim, multiplicamos cada parte proporcional pelo valor encontrado de k e assim obtemos:
240, 270 e 300.
8 x 30 = 240
9 x 30 = 270
10 x 30 = 300
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Matemática – Divisão Proporcional – Prof. Dudan
Exemplo Resolvido 3
Dividir o número 305 em partes inversamente proporcionais a 3/8, 5 e 5/6.
O que muda quando diz inversamente proporcional? Simplesmente invertemos as frações pelas
suas inversas.
3 8
à
8 3
1
5 à Depois disso, usamos o mesmo método de cálculo.
5
5 6
à
6 5
8 1 6 40 3 18
=
3 5 5 15 15
5 15
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Questões:
524 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Divisão Proporcional – Prof. Dudan
9. Quatro amigos resolveram comprar um bolão da loteria. Cada um dos amigos deu a
seguinte quantia:
Carlos: R$ 5,00 Roberto: R$ 4,00 Pedro: R$ 8,00 João: R$ 3,00
Se ganharem o prêmio de R$ 500.000,00, quanto receberá cada amigo, considerando
que a divisão será proporcional à quantia que cada um investiu?
10. Três sócios formam uma empresa. O sócio A entrou com R$ 2 000 e trabalha 8h/dia.
O sócio B entrou com R$ 3 000 e trabalha 6h/dia. O sócio C entrou com R$ 5 000 e
trabalha 4h/dia. Se, na divisão dos lucros o sócio B recebe R$ 90 000, quanto recebem
os demais sócios?
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11. Três pessoas montam uma sociedade, na qual cada uma delas aplica,
respectivamente, R$ 20.000,00, R$ 30.000,00 e R$ 50.000,00. O balanço
anual da firma acusou um lucro de R$ 40.000,00. Supondo-se que o lucro seja
dividido em partes diretamente proporcionais ao capital aplicado, cada sócio
receberá, respectivamente:
a) R$ 5.000,00; R$ 10.000,00 e R$ 25.000,00
b) R$ 7.000,00; R$ 11.000,00 e R$ 22.000,00
c) R$ 8.000,00; R$ 12.000,00 e R$ 20.000,00
d) R$ 10.000,00; R$ 10.000,00 e R$ 20.000,00
e) R$ 12.000,00; R$ 13.000,00 e R$ 15.000,00
12. Uma herança foi dividida entre 3 pessoas em partes diretamente proporcionais às suas
idades que são 32, 38 e 45
Se o mais novo recebeu R$ 9 600, quanto recebeu o mais velho?
13. Uma empresa dividiu os lucros entre seus sócios, proporcionais a 7 e 11. Se o 2º sócio
recebeu R$ 20 000 a mais que o 1º sócio, quanto recebeu cada um?
14. Certa herança foi dividida de forma proporcional às idades dos herdeiros, que tinham
35, 32 e 23 anos. Se o mais velho recebeu R$ 525,00 quanto coube ao mais novo?
a) R$ 230,00
b) R$ 245,00
c) R$ 325,00
d) R$ 345,00
e) R$ 350,00
526 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Divisão Proporcional – Prof. Dudan
15. Certo mês o dono de uma empresa concedeu a dois de seus funcionários
uma gratificação no valor de R$ 500. Essa gratificação foi dividida entre eles
em partes que eram diretamente proporcionais aos respectivos números de
horas de plantões que cumpriram no mês e, ao mesmo tempo, inversamente
proporcional à suas respectivas idades. Se um dos funcionários tem 36 anos
e cumpriu 24h de plantões e, outro, de 45 anos cumpriu 18h, coube ao mais
jovem receber:
a) R$ 302,50
b) R$ 310,00
c) R$ 312,5
d) R$ 325,00
e) R$ 342,50
Casos Especiais
P–F=9
Como já vimos as proporções ocorrem tanto “verticalmente” como “horizontalmente”. Então
podemos dizer que:
P∝4
P está para 9 assim como F está para 4. Simbolicamente,
F∝9
Usando a propriedade de que “toda proporção se transforma em uma igualdade quando
multiplicada por uma constante”, temos:
P = 9k e F = 4k
Logo, a expressão fica:
P – F = 35
9k – 4k = 35 Assim, P = 9 x 7= 63 e F = 4 x 7 = 28
5k = 35
K=7
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y
16. Se 9x = e x + y = 154 determine x e y:
13
18. Os salários de dois funcionários do Tribunal são proporcionais às suas idades que são
40 e 25 anos. Se os salários somados totalizam R$ 9100,00, qual é a diferença de salário
desses funcionários?
19. A diferença entre dois números é igual a 52. O maior deles está para 23, assim como o
menor está para 19.Que números são esses?
20. A idade do pai está para a idade do filho assim como 7 está para 3. Se a diferença entre
essas idades é 32 anos, determine a idade de cada um.
Gabarito: 1. 40, 60 e 80 2. 125, 75 e 50 3. 240, 270 e 300 4. 9, 15 e 24 5. 32,36 e 80 6. 50, 20 e 600 7. B 8. 1200 / 8000 / 10000
9. R$ 125000, R$ 10000, R$ 200000 e R$ 75000 10. R$ 80000, R$ 90000 e R$100000 11.C 12. R$ 13500 13. R$ 35000 e R$ 55000
14. D 15. C 16. x = 63 / y = 91 17. 30 e 12 18. R$ 2100 19. 299 e 247 20. 56 e 24
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Matemática
Definição
Definimos por grandeza tudo aquilo que pode ser contado e medido, como tempo, velocidade,
comprimento, preço, idade, temperatura entre outros. As grandezas são classificadas em:
diretamente proporcionais e inversamente proporcionais.
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Exemplo
Considere que o consumo médio de oxigênio seja diretamente proporcional à massa do atleta.
Qual será, em litros, o consumo médio de oxigênio de um atleta de 80 kg, durante 10 minutos
de prática de natação?
a) 50,0
b) 52,5
c) 55,0
d) 57,5
e) 60,0
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Matemática – Relação entre Grandezas – Prof. Dudan
Exemplo:
3. O gráfico mostra as receitas que uma empresa conseguiu em cada mês de um ano, além dos
custos que ela teve nos respectivos meses.
Considerando que o lucro mensal de uma empresa seja dado pela diferença entre a receita e o
custo, nessa ordem, observados naquele mês, o maior lucro mensal obtido por essa empresa
no ano considerado ocorreu no mês de:
a) dezembro
b) outubro
c) maio
d) fevereiro
e) janeiro
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Matemática
PORCENTAGEM
DEFINIÇÃO: A percentagem ou porcentagem (do latim per centum, significando “por cento”,
“a cada centena”) é uma medida de razão com base 100 (cem). É um modo de expressar uma
proporção ou uma relação entre 2 (dois) valores (um é a parte e o outro é o inteiro) a partir de
uma fração cujo denominador é 100 (cem), ou seja, é dividir um número por 100 (cem).
Taxa Unitária
Quando pegamos uma taxa de juros e dividimos o seu valor por 100, encontramos a taxa
unitária.
A taxa unitária é importante para nos auxiliar a desenvolver todos os cálculos em matemática
financeira.
Pense na expressão 20% (vinte por cento), ou seja, essa taxa pode ser representada por uma
fração cujo numerador é igual a 20 e o denominador é igual a 100.
Dica:
A porcentagem vem
sempre associada a um
elemento, portanto,
sempre multiplicado a ele.
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Exemplos:
I. Calcule:
a) 20% de 450
b) 30% de 300
c) 40% de 400
d) 75% de 130
e) 215% de 120
f) 30% de 20% de 50
g) 20% de 30%de 50
Exemplo Resolvido
II. Um jogador de futebol, ao longo de um campeonato, cobrou 75 faltas, transformando em
gols 8% dessas faltas. Quantos gols de falta esse jogador fez?
8 600
8% de 75 = .75 = =6
100 100
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Matemática – Porcentagem – Prof. Dudan
Exemplos:
2. Calcule:
a)
b) (20%)²
c) (1%)³
2
3. A expressão (10%) é igual a:
a) 100%.
b) 1%.
c) 0,1%.
d) 10%.
e) 0,01%
4. Uma mercadoria que custava US$ 2.400 sofreu um aumento, passando a custar US$ 2.880. A
taxa de aumento foi de:
a) 30%
b) 50%
c) 10%
d) 20%
e) 15%
5. Em um exame vestibular, 30% dos candidatos eram da área de Humanas. Dentre esses
candidatos, 20% optaram pelo curso de Direito. Do total dos candidatos, qual a porcentagem
dos que optaram por Direito?
a) 50%.
b) 20%.
c) 10%.
d) 6%.
e) 5%.
6. Uma certa mercadoria que custava R$ 10,50 sofreu um aumento, passando a custar R$ 11,34.
O percentual de aumento da mercadoria foi de:
a) 1,0%
b) 10,0%
c) 10,8%
d) 8,0%
e) 0,84%
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7. Se, em uma prova de matemática de 40 questões objetivas, um candidato ao vestibular errar
12 questões, o percentual de acertos será:
a) 4,8%
b) 12%
c) 26%
d) 52%
e) 70%
8. Dentre os inscritos em um concurso público, 60% são homens e 40% são mulheres. Já têm
emprego 80% dos homens e 30% das mulheres. Qual é a porcentagem dos candidatos que já
têm emprego?
a) 60%
b) 40%
c) 30%
d) 24%
e) 12%
10. Numa melancia de 10 kg, 95% dela é constituída de água. Após desidratar a fruta, de modo que
se eliminem 90% da água, pode-se afirmar que a massa restante da melancia será, em kg, igual
a:
a) 1,45
b) 1,80
c) 5
d) 9
e) 9,5
11. Em uma sala onde estão 100 pessoas, sabe-se que 99% são homens. Quantos homens devem
sair para que a percentagem de homens na sala passe a ser 98%?
a) 1
b) 2
c) 10
d) 50
e) 60
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Matemática – Porcentagem – Prof. Dudan
Fator de Capitalização
Vamos imaginar que certo produto sofreu um aumento de 20% sobre o seu valor inicial. Qual é
o novo valor deste produto?
Claro que, se não sabemos o valor inicial deste produto, fica complicado calcularmos, mas
podemos fazer a afirmação abaixo:
O produto valia 100% e sofreu um aumento de 20%. Logo, está valendo 120% do seu valor
inicial.
Como vimos no tópico anterior (taxas unitárias), podemos calcular qual o fator que podemos
utilizar para calcular o novo preço deste produto após o acréscimo.
120
Fator de Captalização = = 1,2
100
O Fator de Capitalização é um número pelo qual devo multiplicar o preço do meu produto para
obter como resultado final o seu novo preço, acrescido do percentual de aumento que desejo
utilizar.
Assim, se o meu produto custava R$ 50,00, por exemplo, basta multiplicar R$ 50,00 pelo meu
fator de capitalização (por 1,2) para conhecer seu novo preço. Nesse exemplo, será de R$ 60,00.
CALCULANDO O FATOR DE CAPITALIZAÇÃO: Basta somar 1 com a taxa unitária. Lembre-se de
que 1 = 100/100 = 100%
COMO CALCULAR:
•• Acréscimo de 45% = 100% + 45% = 145% = 145/ 100 = 1,45
•• Acréscimo de 20% = 100% + 20% = 120% = 120/ 100 = 1,2
ENTENDENDO O RESULTADO:
Para aumentar o preço do produto em 20%, deve-se multiplicar o preço por 1,2.
Exemplo: um produto que custa R$ 1.500,00, ao sofrer um acréscimo de 20%, passará a custar
1.500 x 1,2 (fator de capitalização para 20%) = R$ 1.800,00
COMO FAZER:
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Agora é a sua vez:
Fator de Descapitalização
Vamos imaginar que certo produto sofreu um desconto de 20% sobre o seu valor inicial. Qual é
o novo valor deste produto?
Claro que, se não sabemos o valor inicial deste produto, fica complicado calcularmos, mas
podemos fazer a afirmação abaixo:
O produto valia 100% e sofreu um desconto de 20%. Logo, está valendo 80% do seu valor inicial.
Conforme dito anteriormente, podemos calcular o fator que podemos utilizar para calcular o
novo preço desse produto após o acréscimo.
80
Fator de Captalização = = 0,8
100
O Fator de Descapitalização é o número pelo qual devo multiplicar o preço do meu produto
para obter como resultado final o seu novo preço, considerando o percentual de desconto que
desejo utilizar.
Assim, se o meu produto custava R$ 50,00, por exemplo, basta multiplicar R$ 50,00 pelo meu
fator de descapitalização por 0,8 para conhecer seu novo preço, que, nesse exemplo, será de
R$ 40,00.
CALCULANDO O FATOR DE DESCAPITALIZAÇÃO: Basta subtrair o valor do desconto expresso
em taxa unitária de 1. Lembre-se que 1 = 100/100 = 100%
COMO CALCULAR:
•• Desconto de 45% = 100% - 45% = 55% = 55/ 100 = 0,55
•• Desconto de 20% = 100% - 20% = 80% = 80/ 100 = 0,8
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Matemática – Porcentagem – Prof. Dudan
ENTENDENDO O RESULTADO:
Para calcularmos um desconto no preço do produto de 20%, devemos multiplicar o valor desse
produto por 0,80.
Exemplo:
Um produto que custa R$ 1.500,00, ao sofrer um desconto de 20%, passará a custar 1.500 x
0,80 (fator de descapitalização para 20%) = R$ 1.200,00
COMO FAZER:
15%
20%
4,5%
254%
0%
63%
24,5%
6%
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Acréscimo e Desconto Sucessivos
Um tema muito comum abordado nos concursos é os acréscimos e os descontos sucessivos. Isso
acontece pela facilidade que os candidatos tem em se confundir ao resolver uma questão desse
tipo. O erro cometido nesse tipo de questão é básico: somar ou subtrair os percentuais, sendo
que, na verdade, o candidato deveria multiplicar os fatores de capitalização e descapitalização.
Exemplo resolvido 1:
Os bancos vêm aumentando significativamente as suas tarifas de manutenção de contas.
Estudos mostraram um aumento médio de 30% nas tarifas bancárias no 1º semestre de 2009 e
de 20% no 2° semestre de 2009. Assim, podemos concluir que as tarifas bancárias tiveram, em
média, suas tarifas aumentadas em:
a) 50%
b) 30%
c) 150%
d) 56%
e) 20%
Ao ler essa questão, muitos candidatos se deslumbram com a facilidade e quase por impulso
marcam como certa a alternativa “a” (a de “apressadinho”).
Ora, estamos falando de acréscimos sucessivos. Vamos considerar que a tarifa média mensal de
manutenção de conta no início de 2009 seja de R$ 100,00. Logo, após um acréscimo, teremos:
100,00 x 1,3 = 130,00
Agora, vamos acrescentar mais 20% referente ao aumento dado no 2° semestre de 2009:
130,00 x 1,2 = 156,00
Ou seja, as tarifas estão 56,00 mais caras do que no início do ano.
Como o valor inicial das tarifas era de R$ 100,00, concluímos que elas sofreram uma alta de
56%, e não de 50% como parecia inicialmente.
DICA: Dois aumentos sucessivos de 10% não implicam num aumento final de 20%.
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Matemática – Porcentagem – Prof. Dudan
COMO FAZER
Exemplo Resolvido 2:
Um produto sofreu, em janeiro de 2009, um acréscimo de 20% sobre o seu valor; em fevereiro,
outro acréscimo de 40%; e em março, um desconto de 50%. Nesse caso, podemos afirmar que
o valor do produto após a 3ª alteração em relação ao preço inicial é:
a) 10% maior
b) 10 % menor
c) Acréscimo superior a 5%
d) Desconto de 84%
e) Desconto de 16%
Resolução:
Fator para um aumento de 20% = 100% + 20% = 100/100 + 20/100 = 1+0,2 = 1,2
Aumento de 40% = 100% + 40% = 100/100 + 40/100 = 1 + 0,4 = 1,4
Desconto de 50% = 100% - 50% = 100/100 - 50/100 = 1 - 0,5 = 0,5
Assim: 1,2 x 1,4 x 0,5 = 0,84 (valor final do produto)
Como o valor inicial do produto era de 100% e 100% = 1, temos:
1 – 0,84 = 0,16
Conclui-se então que esse produto sofreu um desconto de 16% sobre o seu valor inicial.
Alternativa E
Exemplo Resolvido 3:
O professor Ed perdeu 20% do seu peso de tanto “trabalhar” na véspera da prova do concurso
público da CEF. Após esse susto, começou a se alimentar melhor e acabou aumentando em 25%
do seu peso no primeiro mês e mais 25% no segundo mês. Preocupado com o excesso de peso,
começou a fazer um regime e praticar esporte, conseguindo perder 20% do seu peso. Assim, o
peso do professor Ed em relação ao peso que tinha no início é:
a) 8% maior
b) 10% maior
c) 12% maior
d) 10% menor
e) Exatamente igual
Resolução:
Perda de 20% = 100% - 20% = 100/100 – 20/100 = 1 – 0,2 = 0,8
Aumento de 25% = 100% + 25% = 100/100 + 25/100 = 1 + 0,25 = 1,25
Aumento de 25% = 100% + 25% = 100/100 + 25/100 = 1 + 0,25 = 1,25
Perda de 20% = 100% - 20% = 100/100 – 20/100 = 1 – 0,2 = 0,8
Assim: 0,8 x 1,25 x 1,25 x 0,8 = 1
Conclui-se então que o professor possui o mesmo peso que tinha no início.
Alternativa E
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Exemplo Resolvido 4:
O mercado total de um determinado produto, em número de unidades vendidas, é dividido
por apenas duas empresas, D e G, sendo que, em 2003, a empresa D teve 80% de participação
nesse mercado. Em 2004, o número de unidades vendidas pela empresa D foi 20% maior do
que em 2003, enquanto na empresa G esse aumento foi de 40%. Assim, pode-se afirmar que,
em 2004, o mercado total desse produto cresceu, em relação a 2003,
a) 24%.
b) 28%.
c) 30%.
d) 32%.
e) 60%.
Resolução:
Considerando o tamanho total do mercado em 2003, sendo 100%, e sabendo que ele é
totalmente dividido entre o produto D (80%) e o produto G (20%):
2003 2004
Produto D 0,8 Aumento de 20% = 0,8 * 1,2 = 0,96
Produto G 0,2 Aumento de 40% = 0,2 * 1,4 = 0,28
TOTAL: 1 0,96 + 0,28 = 1,24
Se o tamanho total do mercado era de 1 em 2003 e passou a ser de 1,24 em 2004, houve um
aumento de 24% de um ano para o outro.
Alternativa A
Exemplo Resolvido 5:
Ana e Lúcia são vendedoras em uma grande loja. Em maio elas tiveram exatamente o mesmo
volume de vendas. Em junho, Ana conseguiu aumentar em 20% suas vendas, em relação a maio,
e Lúcia, por sua vez, teve um ótimo resultado, conseguindo superar em 25% as vendas de Ana,
em junho. Portanto, de maio para junho o volume de vendas de Lúcia teve um crescimento de:
a) 35%.
b) 45%.
c) 50%.
d) 60%.
e) 65%.
Resolução:
Como não sabemos as vendas em maio, vamos considerar as vendas individuais em 100% para
cada vendedora. A diferença para o problema anterior é que, no anterior, estávamos tratando
o mercado como um todo. Nesse caso, estamos calculando as vendas individuais de cada
vendedora.
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Matemática – Porcentagem – Prof. Dudan
Maio Junho
Ana 1 Aumento de 20% = 1 * 1,2 = 1,2
Lúcia 1 Aumento de 25% sobre as vendas de Ana em junho = 1,2 * 1,25 = 1,5
Como as vendas de Lúcia passaram de 100% em maio para 150% em junho (de 1 para 1,5),
houve um aumento de 50%.
Alternativa C
12. Um trabalhador recebeu dois aumentos sucessivos, de 20% e de 30%, sobre o seu
salário. Desse modo, o percentual de aumento total sobre o salário inicial desse
trabalhador foi de
a) 30%
b) 36%
c) 50%
d) 56%
e) 66%
13. Descontos sucessivos de 20% e 30% são equivalentes a um único desconto de:
a) 25%
b) 26%
c) 44%
d) 45%
e) 50%
14. Considerando uma taxa mensal constante de 10% de inflação, o aumento de preços
em 2 meses será de
a) 2%
b) 4%
c) 20%
d) 21%
e) 121%
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16. Um revendedor aumenta o preço inicial de um produto em 35% e, em seguida,
resolve fazer uma promoção, dando um desconto de 35% sobre o novo preço. O
preço final do produto é
a) impossível de ser relacionado com o preço inicial.
b) superior ao preço inicial.
c) superior ao preço inicial, apenas se este for maior do que R$ 3.500,00.
d) igual ao preço inicial.
e) inferior ao preço inicial.
Gabarito: 1. * 2. * 3. B 4. D 5. D 6. D 7. E 8. A 9. D 10. A 11. D 12. D 13. C 14. D 15. E 16. E
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Matemática
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Subconjunto de Unidades de Medida do Sistema Métrico Decimal
Observe que as setas que apontam para a direita indicam uma multiplicação pelo fator
multiplicador (10, 100 ou 1000 dependendo da unidade de medida), assim como as setas que
apontam para a esquerda indicam uma divisão também pelo fator.
A conversão de uma unidade para outra unidade dentro da mesma grandeza é realizada
multiplicando-se ou dividindo-se o seu valor pelo fator de conversão, dependendo de a unidade
original estar à esquerda ou à direita da unidade a que se pretende chegar, tantas vezes quantos
forem o número de níveis de uma unidade a outra.
O metro
O termo “metro” é oriundo da palavra grega métron e tem como significado “o que mede”.
Estabeleceu-se, no princípio, que a medida do “metro” seria a décima milionésima parte da
distância entre o Pólo Norte e Equador, medida pelo meridiano que passa pela cidade francesa
de Paris. O metro padrão foi criado no de 1799 e hoje é baseado no espaço percorrido pela luz
no vácuo em um determinado período.
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Matemática – Sistema Métrico Decimal – Prof. Dudan
Os múltiplos do metro são usados para realizar medição em grandes áreas/distâncias, enquanto
os submúltiplos para realizar medição em pequenas distâncias.
Km Hm Dam M Dm Cm Mm
Kilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
1 6, 0 7 2
Após ter colocado os respectivos valores dentro das unidades equivalentes, lê-se a parte inteira
acompanhada da unidade de medida do seu último algarismo e a parte decimal com a unidade
de medida o último algarismo.
16,072m : dezesseis metros e setenta e dois milímetros.
Veja outros exemplos de leitura:
8,05 km = Lê-se assim: “Oito quilômetros e cinco decâmetros”
72,207 dam = Lê-se assim: “Setenta e dois decâmetros e duzentos e sete centímetros”
0,004 m = Lê-se assim: “quatro milímetros”.
Para distâncias astronômicas, utilizamos o ano-luz (distância percorrida pela luz em um ano):
Ano-luz = 9,5 · 1012 km
O pé, a polegada, a milha e a jarda são unidades não pertencentes ao sistemas métrico decimal,
são utilizadas em países de língua inglesa. Observe as igualdades abaixo:
Pé = 30,48 cm
Polegada = 2,54 cm
Jarda = 91,44 cm
Milha terrestre = 1.609 m
Milha marítima = 1.852 m
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Observe que:
1 pé = 12 polegadas
1 jarda = 3 pés
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Matemática
Medidas de tempo
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Assim, também podemos concluir que :
•• 1 hora = 1/24 dia
•• 1 minuto = 1/60 hora
•• 1 segundo = 1/60 minuto.
Múltiplos
Minutos Horas Dia
min h d
60s 60 min = 3.600s 24h = 1.440min = 86.400s
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Matemática – Unidade de Tempo – Prof. Dudan
Além das unidades vistas anteriormente, podemos também relacionar algumas outras:
Unidade Equivale
Semana 7 dias
Quinzena 15 dias
Mês 30 dias *
Bimestre 2 meses
Trimestre 3 meses
Quadrimestre 4 meses
Semestre 6 meses
Ano 12 meses
Década 10 anos
Século 100 anos
Milênio 1000 anos
Exemplos Resolvidos
•• Converter 25 minutos em segundos
A unidade de tempo minuto é maior que a unidade segundo, já que 1 minuto contém 60
segundos. Portanto, de acordo com o explicado acima, devemos realizar uma multiplicação,
mas devemos multiplicar por quanto?
Devemos multiplicar por 60, pois cada minuto equivale a 60 segundos:
Visto que:
A min = 60 seg
Então:
Assim, 25 min é igual a 1500 s.
2.200 x 1 = 37
60
Assim, 2.220 s é igual a 37 min.
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•• Quantos segundos há em um dia?
Nos exemplos anteriores nos referimos a unidades vizinhas, convertemos de minutos para
segundos e vice-versa.
Como a unidade de tempo dia é maior que a unidade segundo, iremos solucionar o problema
recorrendo a uma série de multiplicações.
Pela tabela de conversão acima para convertermos de dias para horas devemos multiplicar por
24, para convertermos de horas para minutos devemos multiplicar por 60 e finalmente para
convertermos de minutos para segundos também devemos multiplicar por 60. Temos então o
seguinte cálculo:
1 x 24 x 60 x 60 = 864.000
a) 420
b) 4200
c) 42000
d) 4,20
e) 42,00
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Matemática – Unidade de Tempo – Prof. Dudan
4. Um atleta já percorreu o mesmo percurso de uma corrida por dez vezes. Em duas
vezes seu tempo foi de 2h25 min. Em três vezes percorreu o percurso em 2h17min.
Por quatro vezes, seu tempo foi de 2h22min, e, em outra ocasião, seu tempo foi de
2h11min. Considerando essas marcações, o tempo médio desse atleta nessas dez
participações é:
a) 2h 13 min.
b) 2h 18 min.
c) 2h 20 min.
d) 2h 21 min.
e) 2h 24 min.
6. Os 3 de um dia correspondem a
50
a) 1 hora, 4 minutos e 4 segundos.
b) 1 hora, 26 minutos e 4 segundos.
c) 1 hora, 26 minutos e 24 segundos.
d) 1 hora, 40 minutos e 4 segundos.
e) 1 hora e 44 minutos.
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Matemática
CONVERSÃO DE UNIDADES
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Passe 5.200 gramas para quilogramas
Para passarmos 5.200 gramas para quilogramas, devemos dividir (porque na tabela grama
está à direita de quilograma) 5.200 por 10 três vezes, pois, para passarmos de gramas para
quilogramas, saltamos três níveis à esquerda.
Primeiro passamos de grama para decagrama, depois de decagrama para hectograma e
finalmente de hectograma para quilograma:
5200 g :10:10:10 = 5,2 kg
Isso equivale a passar a vírgula três casas para a esquerda.
Portanto: 5.200 g é igual a 5,2 kg.
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Matemática – Conversão de Unidades – Prof. Dudan
1. Transforme 17,475 hm em m
Para transformar hm (hectômetro) em m (metro) – observe que são duas casas à direita –
multiplicamos por 100, ou seja, (10 x 10).
17,475 x 100 = 1.747,50 ou seja 17,475 hm é = 1.747,50m
Para transformar dam (Decâmetro) em cm (Centímetro) – observe que são três casas à direita –
multiplicamos por 1000, ou seja, (10 x 10 x 10).
2,462 x 1000 = 2462 ou seja 2,462dam é = 2462cm
Para transformar m (metro) em dam (decâmetro) – observe que é uma casa à esquerda –
dividimos por 10.
186,8 ÷ 10 = 18,68 ou seja 186,8 m é = 18,68 dam
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4. Transforme 864m em km.
Para transformar m (metro) em km (Kilômetro) – observe que são três casas à esquerda –
dividimos por 1000.
864 ÷ 1000 = 0,864 ou seja 864m é = 0,864km
Obs: Os quadros das medidas foram colocados em cada operação repetidamente, de
propósito, para que haja uma fixação, pois é fundamental conhecer “decoradamente”
essas posições.
Exercícios:
3
1. Os de um hectômetro correspondem a:
50
a) 60 mm.
b) 60 cm.
c) 60 dm.
d) 60 m.
e) 60 dam.
2. A atleta brasileira Fabiana Murer alcançou a marca de 4,60 m no salto com vara,
nos Jogos Pan-americanos realizados no Rio de Janeiro em 2007. Sua melhor
marca é de 4,80 m, recorde sul-americano na categoria. Qual é a diferença, em
centímetro, entre essas duas marcas?
a) 0,2.
b) 2.
c) 20.
d) 200.
e) 2000.
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Matemática – Conversão de Unidades – Prof. Dudan
4. Uma tartaruga percorreu, num dia, 6,05 hm. No dia seguinte, percorreu mais 0,72
km e, no terceiro dia, mais 12.500 cm. Qual a distância que a tartaruga percorreu
nos três dias?
a) 1,45 m
b) 14,5 m
c) 145 m
d) 1450 m
e) 14500 m.
5. Se 13,73 dam foram convertidos para várias unidades diferentes. Das conversões
abaixo, assinale a única que está errada.
a) 13730 cm
b) 137,3 m
c) 1,373 hm
d) 0,01373 km
e) 1373 dm
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Exemplos de Conversão entre Medidas de Volume e Medidas de Capacidade
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Matemática – Conversão de Unidades – Prof. Dudan
Dúvidas Frequentes
•• Um metro cúbico equivale a quantos metros quadrados?
•• Converter medidas em decilitros para gramas.
•• Quantos litros cabem em um metro quadrado?
•• Como passar litros para milímetros?
•• Quantos centímetros lineares há em um metro quadrado?
•• Conversão de litros para gramas.
•• Um centímetro corresponde a quantos litros?
•• Como passar de centímetros quadrados para mililitros?
•• Quantos mililitros tem um centímetro?
3
•• Transformar m em metro linear.
•• Quanto vale um centímetro cúbico em gramas?
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Matemática
MÉDIA ARITMÉTICA
A média aritmética é uma das formas de obter um valor intermediário entre vários valores. É
considerada uma medida de tendência central e é muito utilizada no cotidiano.
Para a calcular basta somar todos os elementos e dividi-los pelo total de elementos
x1 + x2 + ... + xn
Ma =
n
Exemplo Resolvido 1:
Calcule a média anual de Carlos na disciplina de Matemática com base nas seguintes notas
bimestrais:
1ºB = 6,0 2ºB = 9,0 3ºB = 7,0 4ºB = 5,0
Logo: Ma = (6,0 + 9,0 + 7,0 + 5,0) / 4
Ma = 27/4
Ma = 6,75
Exemplo Resolvido 2:
O dólar é considerado uma moeda de troca internacional, por isso o seu valor diário possui
variações. Acompanhando a variação de preços do dólar em reais durante uma semana,
verificou-se as variações de acordo com a tabela informativa:
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Média Ponderada
Exemplo Resolvido 3:
Paulo teve as seguintes notas nas provas de Matemática no ano de 2008: 8,5; 7,0; 9,5 e 9,0,
nas quais os pesos das provas foram 1, 2, 3 e 4, respectivamente. Para obter uma nota que
representará seu aproveitamento no bimestre, calculamos a média aritmética ponderada (MP).
Exemplo Resolvido 4:
Marcos participou de um concurso, onde foram realizadas provas de Português, Matemática,
Biologia e História. Essas provas tinham peso 3, 3, 2 e 2, respectivamente. Sabendo que Marcos
tirou 8,0 em Português, 7,5 em Matemática, 5,0 em Biologia e 4,0 em História, qual foi a média
que ele obteve?
p =
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Matemática – Média Aritmética – Prof. Dudan
2. Comprei 5 doces a R$ 1,80 cada um, 3 doces a R$ 1,50 e 2 doces a R$ 2,00 cada. O
preço médio, por doce, foi de:
a) R$ 1,75.
b) R$ 1,85.
c) R$ 1,93.
d) R$ 2,00.
e) R$ 2,40.
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4. Num curso de iniciação à informática, a distribuição das idades dos alunos,
segundo o sexo, é dada pelo gráfico seguinte.
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Matemática
EQUAÇÕES DO 1º GRAU
ax + b = 0 → x=
Resolva as equações:
a) 10x – 2 = 0
b) – 7x + 18 = – x
c) x + 3 − x − 3 = 7
2 3
2x
d) +3= x
5
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Faça Você
1 1
1. Gastei do dinheiro do meu salário e depois gastei do restante, ficando
3 4
com R$ 120,00 apenas. Meu salário é de:
a) R$ 480,00
b) R$ 420,00
c) R$ 360,00
d) R$ 240,00
e) R$ 200,00
d) 42
45
18
e)
21
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Matemática – Equações do 1º Grau – Prof. Dudan
1
4. Uma pessoa gasta do dinheiro que tem e, em seguida, 2 do que lhe resta,
4 3
ficando com R$ 350,00. Quanto tinha inicialmente?
a) R$ 400,00
b) R$ 700,00
c) R$ 1400,00
d) R$ 2100,00
e) R$ 2800,00
1
5. Uma peça de tecido, após a lavagem, perdeu de seu comprimento e este ficou
10
medindo 36 metros. Nessas condições, o comprimento, em m, da peça antes da
lavagem era igual a:
a) 44
b) 42
c) 40
d) 38
e) 32
7
6. Do salário que recebe mensalmente, um operário gasta e guarda o restante,
8
R$ 122,00, em caderneta de poupança. O salário mensal desse operário, em reais,
é:
a) R$ 868,00
b) R$ 976,00
c) R$ 1204,00
d) R$ 1412,00
e) R$ 1500,00
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Matemática
EQUAÇÕES DO 2º GRAU
Coeficientes
Equação
a b c
6x2 – 3x + 1=0
5
−3x2 − + 4x = 0
2
2x2 – 8 = 0
2
6x – 3x = 0
ax2 + bx + c = 0
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Como solucionar uma equação do 2º grau?
Para solucionar equações do 2º grau, utilizaremos a fórmula de Bháskara.
−b ± b2 − 4ac
x=
2a
Onde a, b e c são os coeficientes (números) encontrados na equação.
Exemplo:
Resolução a equação: 7x2 + 13x – 2 = 0
Temos a = 7, b = 13 e c = – 2 .
Substituindo na fórmula, temos:
Vale ressaltar que, de acordo com o discriminante, temos três casos a considerar:
•• 1º caso: O discriminante é positivo , ∆ > 0, então a equação tem duas raízes reais diferentes.
•• 2º caso: O discriminante é nulo , ∆ = 0, então a equação tem duas raízes reais e iguais.
•• 3º caso: O discriminante é negativo, ∆ < 0 ,então não há raízes reais.
Atenção!
•• Raiz (ou zero da função) é(são) o(s) valor(es) da incógnita x que tornam verdadeira a
equação.
Exemplos:
I – As raízes de x² – 6x + 8 = 0 são x1 = 2 e x2 = 4 pois (2)² – 6(2) + 8 = 0 e (4)² – 6(4) + 8 = 0
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Matemática – Equações do 2º Grau – Prof. Dudan
Faça Você:
Faça Você:
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SOMA E PRODUTO DAS RAÍZES
A soma e o produto das raízes da função quadrática são dados pelas fórmulas:
Soma = x1 + x2 = ____
–b
a
Produto = x1 . x2 = ___
c
a
Faça Você:
2
4. O número – 3 é a raíz da equação x – 7x – 2c = 0. Nessas condições, o valor do
coeficiente c é:
a) 11
b) 12
c) 13
d) 14
e) 15
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Matemática – Equações do 2º Grau – Prof. Dudan
8. O quadrado da minha idade menos a idade que eu tinha há 20 anos é igual a 2000.
Assim, minha idade atual é:
a) 41
b) 42
c) 43
d) 44
e) 45
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9. Se a soma das raízes da equação kx² + 3x – 4 = 0 é 10, podemos afirmar que o
produto das raízes é:
a) 40
3
40
b) −
3
c) 80
3
40
d) −
3
e) − 3
10
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Matemática
SISTEMAS DE EQUAÇÕES
Todo sistema linear é classificado de acordo com o número de soluções apresentadas por ele.
DETERMINADO
Admite uma única solução
POSSÍVEL OU COMPATÍVEL
quando admite solução �
SISTEMA INDETERMINADO
�
LINEAR Admite infinitas soluções
IMPOSSÍVEL OU INCOMPATÍVEL
quando não admite solução
Métodos de Resolução
Método da Adição
Definição
Consiste em somar as equações, que podem ser previamente multiplicadas por uma constante,
com o objetivo de eliminar uma das variáveis apresentadas.
Esse método consiste em multiplicar as equações de maneira que se criem valores "opostos"
da mesma variável que será eliminada quando somarmos as equações.
Vale ressaltar que nem sempre é necessária tal multiplicação .
x + 2y = 16
Exemplo: �
3x – y = 13
Assim, multiplicaremos a segunda equação por 2, logo:
x + 2y = 16
� assim criamos os valores opostos 2y e – 2y.
6x - 2y = 26
�
x + 2y = 16
6x - 2y = 26
7x + 0y = 42
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42
Logo x = 7 → x = 6 e, para achar o valor de y, basta trocar o valor de x obtido em qualquer uma
das equações dadas:
10
Assim, se x + 2 y = 16, então 6 + 2y = 16 → 2y = 10 e portanto y = →y=5
2
3x + y = 9 3x − 2y = 7
a) b)
2x + 3y = 13 x + y = −1
Método da Substituição
Definição
Esse método consiste em isolar uma das variáveis numa equação e substituí-la na outra.
Vale ressaltar que preferencialmente se deve isolar a variável que possuir “coeficiente” 1; assim
evitamos um trabalho com o m.m.c.
x + 2y = 16
Exemplo: �
3x – y = 13
Caso Especial
Sempre que nos depararmos com um sistema de duas equações no qual uma delas seja uma
“proporção”, podemos resolvê-la de maneira eficaz e segura aplicando os conceitos de divisão
proporcional.
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Matemática – Sistemas de Equações – Prof. Dudan
Exemplo:
3. A idade do pai está para a idade do filho assim como 7 está para 3. Se a diferença entre essas
idades é 32 anos, determine a idade de cada um.
4. Os salários de dois funcionários do Tribunal são proporcionais às suas idades, que são 40
e 25 anos. Se os salários somados totalizam R$ 9.100,00 qual a diferença de salário desses
funcionários?
Faça Você:
a) 5
b) 6
c) 7
d) 8
e) 9
6. Um aluno ganha 5 pontos por exercício que acerta e pede 3 pontos por exercício
que erra. Ao fim de 50 exercícios, tinha 10 pontos. Quantos exercícios ele acertou?
a) 15
b) 35
c) 20
d) 10
e) 40
7. Uma família foi a um restaurante em que cada criança paga a metade do buffet
e cada adulto paga R$ 12,00. Se nessa família há 10 pessoas e a conta foi de R$
108,00, o número de adultos é:
a) 2
b) 4
c) 6
d) 8
e) 10
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8. O valor de dois carros de mesmo preço adicionado ao de uma moto é R$ 41.000. O
valor de duas motos iguais à primeira adicionado ao de um carro de mesmo preço
que os primeiros é de R$ 28.000. A diferença entre o valor do carro e o da moto é:
a) R$ 5.000
b) R$ 13.000
c) R$ 18.000
d) R$ 23.000
e) R$ 41.000
10. Durante uma aula de ginástica, três amigas, com a mesma preocupação, resolveram
avaliar o peso de cada uma, utilizando a balança da academia. A pesagem, contudo,
foi efetuada duas a duas. Ana e Carla pesaram, juntas, 98 kg; Carla e Márcia, 106
kg; Ana e Márcia, 104 kg. O peso das três amigas, juntas, subtraindo o dobro do
peso de Carla, é igual a:
a) 42 kg
b) 46 kg
c) 48 kg
d) 54 kg
e) 58 kg
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Matemática
ÂNGULOS
Ângulo é a região de um plano concebida pelo encontro de duas semirretas que possuem uma
origem em comum, chamada vértice do ângulo.
A unidade usual de medida de ângulo, de acordo com o sistema internacional de medidas, é o
grau, representado pelo símbolo °, e seus submúltiplos são o minuto ’ e o segundo ”.
Temos que 1° (grau) equivale a 60’ (minutos) e 1’ equivale a 60”(segundos).
Ângulo é um dos conceitos fundamentais da matemática, ocupando lugar de destaque na
Geometria Euclidiana, ao lado de ponto, reta, plano, triângulo, quadrilátero, polígono e
perímetro.
Tipos de ângulo
•• Ângulos Complementares: dois ângulos são complementares se a soma de suas medidas é
igual a 90°. Nesse caso, cada um é o complemento do outro.
Na ilustração, temos que:
α
0
α + β = 90°
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•• Ângulos Suplementares: dois ângulos são suplementares quando a soma de suas medidas é
igual a 180°. Nesse caso, cada um é o suplemento do outro.
Na ilustração, temos que:
β
α
α + β = 180°
•• Ângulos Replementares: dois ângulos são replementares quando a soma de suas medidas é
igual a 360°. Nesse caso, cada um é o replemento do outro.
Na ilustração, temos que:
α + β = 360°
Exemplo: Assinale V para verdadeiro e F para falso nas sentenças abaixo:
( ) 80° e 100° são suplementares.
( ) 30° e 70° são complementares.
( ) 120° e 60° são suplementares.
( ) 20° e 160° são complementares.
( ) 140° e 40° são complementares.
( ) 140° e 40° são suplementares.
Exemplo: Dê a medida do ângulo que vale o dobro de seu complemento.
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Matemática – Ângulos – Prof. Dudan
Dadas duas ou mais retas paralelas, cada reta transversal a essas retas formam ângulos opostos
pelo vértice.
r/s
y
x t é transversal
r
x
y
y
x
s
x
y
x + y = 180° e ângulos opostos
congruentes
a + b = 180°
Exemplos:
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Exemplo:
As retas r e s são interceptadas pela transversal "t", conforme a figura. O valor de x para que r e
s sejam paralelas é:
a) 20°.
b) 26°.
c) 28°.
d) 30°.
e) 35°.
Exemplo:
Na figura adiante, as retas r e s são paralelas, o ângulo 1 mede 45° e o ângulo 2 mede 55°. A
medida, em graus, do ângulo 3 é:
a) 50°.
b) 55°.
c) 60°.
d) 80°.
e) 100°.
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Matemática – Ângulos – Prof. Dudan
Ângulos de um Polígono
A soma dos ângulos internos de qualquer polígono depende do número de lados (n), sendo
usada a seguinte expressão para o cálculo:
Polígonos regulares
Um polígono irregular é aquele que não possui os ângulos com medidas iguais e os lados não
possuem o mesmo tamanho.
Polígonos irregulares
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Diagonais de um polígono
Diagonal de um polígono é o segmento de reta que liga um vértice ao outro, passando pelo
interior da figura. O número de diagonais de um polígono depende do número de lados (n) e
pode ser calculado pela expressão:
Exemplo:
A medida mais próxima de cada ângulo externo do heptágono regular da moeda de R$ 0,25 é:
a) 60°.
b) 45°.
c) 36°.
d) 83°.
e) 51°.
Exemplo:
Os ângulos externos de um polígono regular medem 20°. Então, o número de diagonais desse
polígono é:
a) 90°.
b) 104°.
c) 119°.
d) 135°.
e) 152°.
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Matemática – Ângulos – Prof. Dudan
Exemplo:
Dada a figura:
Sobre as sentenças:
I – O triângulo CDE é isósceles.
II – O triângulo ABE é equilátero.
III – AE é bissetriz do ângulo BÂD.
é verdade que
a) somente a I é falsa.
b) somente a II é falsa.
c) somente a III é falsa.
d) são todas falsas.
e) são todas verdadeiras.
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Matemática
TEOREMA DE TALES
Definição
Nesse feixe de retas, podemos destacar, de acordo com o Teorema de Tales, as seguintes razões:
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Exemplo 1
Aplicando a proporcionalidade existente no Teorema de Tales, determine o valor dos segmentos
AB e BC na ilustração a seguir:
Exemplos
3. O proprietário de uma área quer dividi-la em três lotes, conforme a figura. Sabendo-se que as
laterais dos terrenos são paralelos e que a + b + c = 120 m, os valores de a, b¸e c, em metros,
são, respectivamente:
a) 40, 40 e 40
b) 30, 30 e 60
c) 36, 64 e 20
d) 30, 36 e 54
e) 30, 46 e 44
590 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Teorema de Tales – Prof. Dudan
CASO ESPECIAL
a y
Nesse caso, as proporções determinadas são: =
x b
5. Determine o valor de x.
Gabarito: 3. D
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Matemática
TEOREMA DE PITÁGORAS
DEFINIÇÃO
Exemplo:
Calcule o valor do segmento desconhecido no triângulo retângulo a seguir.
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Exemplo:
Calcule o valor do cateto no triângulo retângulo a seguir:
Exemplo:
Determine x no triângulo a seguir:
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Matemática – Teorema de Pitágoras – Prof. Dudan
Questões
1. Roberto irá cercar uma parte de seu terreno para fazer um canil. Como ele
tem um alambrado de 10 metros, decidiu aproveitar o canto murado de seu
terreno (em ângulo reto) e fechar essa área triangular esticando todo o alambrado,
sem sobra. Se ele utilizou 6 metros de um muro, do outro muro ele irá utilizar, em
metros?
a) 7.
b) 5.
c) 8.
d) 6.
e) 9.
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3. Em um prédio do Tribunal de Justiça, há um desnível de altura entre a calçada
frontal e a sua porta de entrada. Deseja-se substituir a escada de acesso
existente por uma rampa. Se a escada possui 40 degraus iguais, cada um com
altura de 12,5 cm e comprimento de 30 cm, o comprimento da rampa será de:
a) 5 m.
b) 8 m.
c) 10 m.
d) 12 m.
e) 13 m.
4. Um ciclista acrobático vai atravessar de um prédio a outro com uma bicicleta especial,
percorrendo a distância sobre um cabo de aço, como demonstra o esquema a seguir:
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Matemática
TRIÂNGULO
Triângulo é uma figura geométrica formada por três retas que se encontram duas a duas e não
passam pelo mesmo ponto, formando três lados e três ângulos.
Para fazer o cálculo do perímetro de um triângulo, basta fazer a soma da medida de todos os
lados. A soma dos ângulos internos é sempre 180°.
Observando o triângulo, podemos identificar alguns de seus elementos:
•• A, B e C são os vértices.
•• Os lados dos triângulos são simbolizados pelo encontro dos vértices (pontos de encontros):
, , segmentos de retas.
•• Os ângulos têm duas formas de representá-los: no caso do triângulo ele tem 3 lados,
consequentemente, 3 ângulos.
Tipos de Triângulo
O triângulo pode ser classificado segundo:
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Triângulo Isósceles: é todo triângulo que apresenta dois lados com a mesma medida, ou seja,
dois lados de tamanhos iguais.
Triângulo Escaleno: é todo triângulo que apresenta os três lados com medidas diferentes, ou
seja, três lados de tamanhos diferentes.
Triângulo obtusângulo: é todo triângulo que apresenta um ângulo interno maior que 90º, ou
seja, que possui um ângulo obtuso.
598 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Triângulos – Prof. Dudan
Triângulo retângulo: é todo triângulo que apresenta um ângulo interno reto, ou seja, que
possui um ângulo medindo 90º.
TRIÂNGULO RETÂNGULO
Exemplo:
Determine x no triângulo abaixo:
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Exemplo:
Num triângulo ABC, retângulo em B, os catetos medem 5 cm e 12 cm. A altura relativa ao vértice
B desse triângulo, em cm, é aproximadamente igual a:
a) 4,6
b) 1,3
c) 3,7
d) 5,2
e) 5,9
Exemplo:
Na figura abaixo, ABD e BCD são triângulos retângulos isósceles. Se AD = 4, qual é o comprimento
de DC?
a) 4 2
b) 6
c) 7
d) 8
e) 8 2
Exemplo:
Calcule o valor de x.
600 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Triângulos – Prof. Dudan
Questões
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Exemplo:
A área do triângulo sombreado da figura abaixo é:
a) 13,5
b) 9 10
c) 10,5
d) 21
e) 10,5 10
Exemplo:
Calcule a área do triangulo retângulo abaixo.
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Matemática
Definição
Trigonometria é uma ferramenta matemática bastante utilizada no cálculo de distâncias
envolvendo triângulos retângulos. Na antiguidade, matemáticos utilizavam o conhecimento
adquirido em trigonometria para realizar cálculos ligados à astronomia, determinando a
distância, quase que precisa, entre a Terra e os demais astros do sistema solar. Há muito tempo,
medições eram realizadas de formas indiretas, usando as estrelas e os corpos celestes para
orientação, principalmente na navegação.
Com o estudo das relações métricas no triângulo retângulo, essas medidas se tornaram mais
eficientes, mais precisas, tornando viáveis cálculos outrora impossíveis.
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Relações Trigonométricas
Principais Ângulos
604 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Trigonometria no Triângulo Retângulo – Prof. Dudan
Exemplo: Num triângulo retângulo, a hipotenusa mede 8 cm, e um dos ângulos internos possui
30°. Qual é o valor dos catetos oposto (x) e adjacente (y) desse triângulo?
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Exemplo: Determine os valores de seno, cosseno e tangente dos ângulos agudos do triângulo
abaixo.
Exemplo: Sabendo que sen α =1/2 , determine o valor de x no triângulo retângulo abaixo:
Exemplo: Sabe-se que, em um triângulo retângulo isósceles, cada lado congruente mede 30
cm. Determine a medida da hipotenusa desse triângulo.
606 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Trigonometria no Triângulo Retângulo – Prof. Dudan
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Exemplo: Um alpinista deseja calcular a altura de uma encosta que vai escalar. Para isso, afasta-
se, horizontalmente, 80 m do pé da encosta e visualiza o topo sob um ângulo de 60° com o
plano horizontal. A altura da encosta, em metros, é:
a) 160
b) 40√3
c) 80√3
d) 40√2
e) 80 3
3
Exemplo: Uma escada de 2 m de comprimento está apoiada no chão e em uma parede vertical.
Se a escada faz 30° com a horizontal, a distância do topo da escada ao chão é de:
a) 0,5 m
b) 1m
c) 1,5 m
d) 1,7 m
e) 2m
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Matemática
QUADRILÁTEROS
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Exemplo: Determine a medida dos ângulos indicados:
Paralelogramos
São quadriláteros de lados opostos paralelos.
Exemplos:
Retângulo – Paralelogramo em que todos os ângulos são retos. O retângulo cujos lados são
congruentes chama-se quadrado.
Quadrado – Retângulo cujos lados tem medidas iguais.
Losango, paralelogramo.
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Matemática – Quadriláteros – Prof. Dudan
Trapézios
Quadrilátero que tem dois e só dois lados opostos paralelos.
Exemplos:
Trapézio Escaleno: tem todos os lados de medidas distintas.
Trapézio Retângulo – Trapézio que tem dois ângulos retos.
Trapézio Isósceles – Trapézio que tem os lados não paralelos com a mesma medida.
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Exemplo:
A figura abaixo é um trapézio isósceles, onde a, b, c representam medidas dos ângulos internos
desse trapézio. Determine a medida de a, b, c.
Principais Quadriláteros
1. Trapézio
Características:
Apresenta dois lados paralelos apenas.
Exemplos: Calcule o valor de x e de y nos trapézios abaixo:
2. Paralelogramo
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Matemática – Quadriláteros – Prof. Dudan
Características:
Lados paralelos congruentes, ângulos opostos congruentes.
3. Losango
Características:
Lados paralelos congruentes, todos os lados de mesma medida, ângulos opostos congruentes,
diagonais cortam-se nos seus pontos médios e são proporcionais entre si.
3. Retângulo
Características:
Todos os ângulos internos são retos, com lados paralelos congruentes e diagonais de mesma
medida e que se cortam nos seus pontos médios.
4. Quadrado
Características:
Todos os ângulos internos são retos, com lados paralelos congruentes e de mesma medida,
com diagonais de mesma medida, perpendiculares entre si e que se cortam nos seus pontos
médios.
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Questões
a) 15 m2
b) 17 m2
2
c) 19 m
2
d) 20 m
a) 30
b) 49
c) 60
d) 75
e) 90
Gabarito: 1. D 2. D
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Matemática
COMPRIMENTO OU PERÍMETRO
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Solução: Imagine que a cerca terá somente um fio de arame. O total de arame gasto para
contornar todo o terreno será igual à medida do perímetro da figura. Como a cerca terá 5 fios
de arame, o total gasto será 5 vezes o valor do perímetro.
Cálculo do perímetro:
2p = 120 m + 90 m + 120 m + 90 m = 420 m
Total de arame gasto:
5.420 = 2100 m de arame para fazer a cerca.
Como cada metro de arame custa R$ 15,00, o gasto total com a cerca será de:
2100.15 = R$ 31.500,00.
Principais Figuras
1. Triângulo Retângulo
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Matemática – Comprimento/Perímetro – Prof. Dudan
2. Triângulo Equilátero
3. Quadrado
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4. Retângulo
5. Losango
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Matemática – Comprimento/Perímetro – Prof. Dudan
6. Círculo
Questões
1. Roberto irá cercar uma parte de seu terreno para fazer um canil. Como ele tem um
alambrado de 10 metros, decidiu aproveitar o canto murado de seu terreno (em
ângulo reto) e fechar essa área triangular esticando todo o alambrado, sem sobra. Se
ele utilizou 6 metros de um muro, do outro muro ele irá utilizar, em metros,
a) 7.
b) 5.
c) 8.
d) 6.
e) 9.
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2. Para fazer um cercado para ratos, em um laboratório, dispõe-se de 12 metros
de tela de arame. Para um dos lados, será aproveitada a parede do fundo da
sala, de modo a fazer o cercado com um formato retangular, usando os 12
metros de tela para formar os outros três lados do retângulo.
Se a parede a ser usada tem 4 metros, qual será a área do cercado?
2
a) 28 m
b) 24 m2
c) 20 m2
d) 16 m2
e) 12 m2
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Matemática
ÁREA
Definição
O cálculo de área é uma atividade cotidiana na vida de todos nós. Sempre nos vemos envolvidos
em alguma situação em que há a necessidade de se calcular a área de uma forma geométrica
plana. Seja na aquisição de um terreno, na reforma de um imóvel ou na busca de reduzir custos
com embalagens, o uso do conhecimento de cálculo de áreas se faz presente. É uma atividade
muito simples, mas, às vezes, deixamos algumas questões passarem despercebidas.
Área é um conceito matemático que pode ser definida como quantidade de espaço
bidimensional, ou seja, de superfície.
2
Existem várias unidades de medida de área, sendo a mais utilizada o metro quadrado (m ) e os
seus múltiplos e submúltiplos.
Para não haver erro, lembre-se: “Área é o que eu posso pintar”.
1. Triângulo Qualquer
Exemplo:
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2. Triângulo Retângulo
Exemplo:
3. Triângulo Equilátero
Exemplo:
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Matemática – Área – Prof. Dudan
4. Quadrado
Exemplo:
5. Retângulo
Exemplo:
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6. Losango
Exemplo:
7. Paralelogramo
Exemplo:
624 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática – Área – Prof. Dudan
8. Trapézio
Exemplo:
9. Círculo
Exemplo
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Curiosidades
Primeiro, faremos um exemplo conhecendo as medidas do retângulo, depois faremos a
generalização.
Exemplo 1. Considere o retângulo abaixo:
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Matemática – Área – Prof. Dudan
Questões
1. Uma praça ocupa uma área retangular com 60 m de comprimento e 36,5 m
de largura. Nessa praça, há 4 canteiros iguais, e cada um ocupa 128,3 m².
Qual é a área, em m², da praça não ocupada pelos canteiros?
a) 1.676,8
b) 1.683,2
c) 1.933,4
d) 2.061,7
e) 2.483,2
a) 36
b) 40
c) 48
d) 50
e) 60
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4. No desenho abaixo, uma cruz é formada por cinco quadrados de lado 1
justapostos.
a) 15 m
b) 12 m
c) 10 m
d) 6m
e) 3m
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Matemática – Área – Prof. Dudan
a) 98
b) 102
c) 108
d) 112
e) 120
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8. A área do polígono da figura é 30. O lado x mede.
15
a)
6
b) 3
c) 4
d) 5
e) 17
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Matemática
VOLUME
DEFINIÇÃO
Exemplos:
Transformar 12 km3 em m3 = 12 x 1000 x 1000 x 1000 = 12 000 000 000 m3
Transformar 2 m3 em cm3 = 2 x 1000 x 1000 = 2 000 000 cm3
Transformar 1000 cm3 em m3 = 1000: 1000 : 1000 = 0,001 m3
Transformar 5000 dm3 em m3 = 5000 : 1000 = 5 m3
Ainda devemos lembrar que:
1m3 ----- 1000 litros
1 m3 ----- 1 litro
1 m3 ----- 1 ml
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Podemos encontrar o volume de todos os sólidos geométricos. O volume corresponde à
“capacidade” desse sólido. Tente imaginar alguns sólidos geométricos. É possível preenchê-lo
com algum material, como a água? Se existe essa possibilidade, podemos realizar o cálculo do
volume desses objetos.
Para a grande maioria dos sólidos abordados em questões de concursos públicos, o cálculo do
volume será feito usando uma fórmula clássica.
Calcularemos a área de sua base para, em seguida, multiplicá-la pela sua altura.
A área da base dependerá de qual figura da geometria plana serve de base ao prisma.
Sendo assim:
V = (área da base) . altura
Essa “ideia” serve para os seguintes sólidos:
1. Cubo
Volume = Ab .H = a² .a = a³
Exemplo: Calcule o volume, em litros, de um cubo de aresta 3 m.
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Matemática – Volume – Prof. Dudan
2. Paralelepípedo
3. Prisma qualquer
Um prisma é um poliedro que possui uma base inferior e uma base superior. Essas bases são
paralelas e congruentes, isto é, possuem as mesmas formas e dimensões, e não se interceptam.
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Usaremos a mesma ideia:
Vol = Ab. H, mas o cálculo da área da base será feita separadamente, dependendo da base.
Exemplo: Calcule o volume do prisma abaixo:
4. Cilindro
Usaremos a mesma ideia.
Vol = AB . H = πR² .H
Lembrando que, no caso do cilindro reto, a geratriz serve como altura.
Exemplo:
Calcule o volume do cilindro cuja base tem diâmetro 12 m e a altura vale 4 m.
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Matemática – Volume – Prof. Dudan
Casos Especiais
Há casos em que teremos que usar a mesma ideia de volume porem deveremos dividir o
resultado por “3”.
Esses casos ocorrem nas pirâmides e cones.
5. Cone
πR². H
Assim Vol = V =
3
Exemplo: Calcule o volume, em ml, de um cone com geratriz 5 cm e raio da base 3 cm.
6. Pirâmides
Usaremos a mesma estratégia do cone, mas com atenção especial ao cálculo da área da base,
pois, assim como nos prismas, dependerá da figura plana que serve de base desse sólido.
Assim:
Vol =
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Exemplo: Uma pirâmide quadrangular tem aresta da base medindo 5 cm e altura 4. Qual é o
volume desse sólido?
7. Esfera
Caso mais particular ainda, seu volume será calculado por uma fórmula específica:
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Matemática – Volume – Prof. Dudan
Questões:
1. O volume de um cilindro circular reto é 160 π m³. Se o raio da base desse
sólido mede 4 m, a altura mede:
a) 80 dm.
b) 90 dm.
c) 100 dm.
d) 110 dm.
e) 120 dm.
4. Uma piscina retangular de 10,0 m x 15,0 m e fundo horizontal está com água até a
altura de 1,5 m. Um produto químico em pó deve ser misturado à água à razão de um
pacote para cada 4500 litros. O número de pacotes a serem usados é:
a) 45.
b) 50.
c) 55.
d) 60.
e) 75.
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Raciocínio Lógico
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Raciocínio Lógico
PROPOSIÇÃO
PROPOSIÇÃO SIMPLES
Exemplos:
1) Ed é feliz.
2) João estuda.
3) Zambeli é desdentado
1) Vai estudar?
Sentença: Nem sempre permite julgar se é verdadeiro ou falso. Pode não ter valor lógico.
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Sentenças Abertas: São sentenças nas quais não podemos determinar o sujeito. Uma forma
simples de identificá-las é o fato de que não podem ser nem Verdadeiras nem Falsas. Essas
sentenças também não são proposições
Aquele cantor é famoso.
A + B + C = 60.
Ela viajou.
QUESTÃO COMENTADA
(Cespe – Banco do Brasil – 2007) Na lista de frases apresentadas a seguir, há exatamente três
proposições.
I – “A frase dentro destas aspas é uma mentira.”
II – A expressão X + Y é positiva.
III – O valor de
IV – Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.
V – O que é isto?
Solução:
Item I: Não é possível atribuir um único valor lógico para esta sentença, já que se considerar
que é verdadeiro, teremos uma resposta falsa (mentira) e vice-versa. Logo não é proposição.
Item II: Como se trata de uma sentença aberta, onde não estão definidos os valores de X e Y,
logo também não é proposição.
Item III: Como a expressão matemática não contém variável, logo é uma proposição,
conseguimos atribuir um valor lógico, que neste caso seria falso.
Item IV: Uma simples proposição, já que conseguimos atribuir um único valor lógico.
Item V: Como trata-se de uma interrogativa, logo não é possível atribuir valor lógico, assim não
é proposição.
Conclusão: Errado, pois existem apenas 2 proposições, Item III e IV.
PROPOSIÇÕES COMPOSTAS
Proposição Composta é a união de proposições simples por meio de um conector lógico. Este
conector irá ser decisivo para o valor lógico da expressão.
Proposições podem ser ligadas entre si por meio de conectivos lógicos. Conectores que criam
novas sentenças mudando ou não seu valor lógico (Verdadeiro ou Falso).
Uma proposição simples possui apenas dois valores lógicos, verdadeiro ou falso.
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Raciocínio Lógico – Proposição – Prof. Edgar Abreu
Cada proposição existe duas possibilidades distintas, falsa ou verdadeira, numa sentença
composta teremos mais de duas possibilidades.
E se caso essa sentença ganhasse outra proposição, totalizando agora 3 proposições em uma
única sentença:
Chove e faz frio e estudo.
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PARA GABARITAR
É possível identificar quantas possibilidades distintas teremos de acordo com o número
de proposição em que a sentença apresentar. Para isso devemos apenas elevar o
numero 2 a quantidade de proposição, conforme o raciocínio abaixo:
Proposições Possibilidades
1 2
2 4
3 8
n
n 2
QUESTÃO COMENTADA
(CESPE – Banco do Brasil – 2007) A proposição simbólica P Ʌ Q V R possui, no máximo,
4 avaliações.
Solução:
Como a sentença possui 3 proposições distintas (P, Q e R), logo a quantidade de
avaliações será dada por:
2proposições = 23= 8
Resposta: Errado, pois teremos um total de 8 avaliações.
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Raciocínio Lógico – Proposição – Prof. Edgar Abreu
Slides – Proposição
Prova:
UESPI
-‐
2014
-‐
PC-‐PI
-‐
Escrivão
de
Polícia
Civil
Assinale,
dentre
as
alterna>vas
a
seguir,
aquela
que
NÃO
caracteriza
uma
proposição.
a)
107
-‐
1
é
divisível
por
5
b)
Sócrates
é
estudioso.
c)
3
-‐
1
>
1
d)
e)
Este
é
um
número
primo.
Prova:
CESPE
-‐
2014
-‐
MEC
-‐
Todos
os
Cargos
Considerando
a
proposição
P:
“Nos
processos
sele?vos,
se
o
candidato
for
pós-‐graduado
ou
souber
falar
inglês,
mas
apresentar
deficiências
em
língua
portuguesa,
essas
deficiências
não
serão
toleradas”,
julgue
os
itens
seguintes
acerca
da
lógica
sentencial.
A
tabela
verdade
associada
à
proposição
P
possui
mais
de
20
linhas
(
)
Certo
(
)Errado
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Prova:
CESPE
-‐
2013
-‐
SEGER-‐ES
-‐
Analista
Execu<vo
Um
provérbio
chinês
diz
que:
P1:
Se
o
seu
problema
não
tem
solução,
então
não
é
preciso
se
preocupar
com
ele,
pois
nada
que
você
fizer
o
resolverá.
P2:
Se
o
seu
problema
tem
solução,
então
não
é
preciso
se
preocupar
com
ele,
pois
ele
logo
se
resolverá.
O
número
de
linhas
da
tabela
verdade
correspondente
à
proposição
P2
do
texto
apresentado
é
igual
a
a)
24.
b)
4.
c)
8.
d)
12.
e)
16.
Prova:
CESPE
-‐
2011
-‐
MEC
-‐
Todos
os
Cargos
Considerando
as
proposições
simples
P,
Q
e
R,
julgue
os
próximos
itens,
acerca
de
tabelas-‐verdade
e
lógica
proposicional.
A
tabela-‐verdade
da
proposição
(¬PVQ)→(R∧Q)V(¬R∧P)
tem
8
linhas.
(
)
Certo
(
)
Errado
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Raciocínio Lógico
NEGAÇÃO SIMPLES
1. Éder é Feio.
Como negamos essa frase?
Para quem, também disse: “Éder é bonito”, errou. Negar uma proposição não significa dizer o
oposto, mas sim escrever todos os casos possíveis diferentes do que está sugerido.
“Éder NÃO é feio.”
A negação de uma proposição é uma nova proposição que é verdadeira se a primeira for falsa e
é falsa se a primeira for verdadeira
PARA GABARITAR
Para negar uma sentença acrescentamos o não, sem mudar a estrutura da frase.
Proposição: Z
Para simbolizar a negação usaremos ~ ou ¬.
Negação: Éder não é feio.
Simbologia: ~ Z.
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Proposição: ~ A
Negação: Aline é louca.
Simbologia: ~ (~A)= A
EXCEÇÕES
Cuidado, em casos que só existirem duas possibilidades, se aceita como negação o
"contrário", alternando assim a proposição inicial. Exemplo:
p: João será aprovado no concurso.
~p: João será reprovado no concurso
q: O deputado foi julgado como inocente no esquema "lava-jato".
~q: O deputado foi julgado como culpado no esquema "lava jato".
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Raciocínio Lógico
CONECTIVOS LÓGICOS
Um conectivo lógico (também chamado de operador lógico) é um símbolo ou palavra usado para
conectar duas ou mais sentenças (tanto na linguagem formal quanto na linguagem natural) de
uma maneira gramaticalmente válida, de modo que o sentido da sentença composta produzida
dependa apenas das sentenças originais.
Muitas das proposições que encontramos na prática podem ser consideradas como construídas
a partir de uma, ou mais, proposições mais simples por utilização de uns instrumentos lógicos,
a que se costuma dar o nome de conectivos, de tal modo que o valor de verdade da proposição
inicial fica determinado pelos valores de verdade da ou das, proposições mais simples que
contribuíram para a sua formação.
Os principais conectivos lógicos são:
I – "e" (conjunção).
II – "ou" (disjunção).
III – "se...então" (implicação).
IV – "se e somente se" (equivalência).
CONJUNÇÃO – “E”
Proposições compostas ligadas entre si pelo conectivo “e”.
Simbolicamente, esse conectivo pode ser representado por “^”.
Exemplo:
Chove e faz frio
Tabela verdade: Tabela verdade é uma forma de analisarmos a frase de acordo com suas
possibilidades, o que aconteceria se cada caso acontecesse.
Exemplo:
Fui aprovado no concurso da PF e Serei aprovado no concurso da PRF
Proposição 1: Fui aprovado no concurso da PF.
Proposição 2: Serei aprovado no concurso da PRF.
Conetivo: e.
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Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “^”.
Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p^q.
Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:
H1:
p: Não fui aprovado no concurso da PF.
q: Serei aprovado no concurso da PRF.
H2:
p: Fui aprovado no concurso da PF.
q: Não serei aprovado no concurso da PRF.
H3:
p: Não fui aprovado no concurso da PF.
q: Não serei aprovado no concurso da PRF.
H4:
p: Fui aprovado no concurso da PF.
q: Serei aprovado no concurso da PRF.
Tabela Verdade: Aqui vamos analisar o resultado da sentença como um todo, considerando
cada uma das hipóteses acima.
p q P^Q
H1 F V F
H2 V F F
H3 F F F
H4 V V V
Conclusão
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Raciocínio Lógico – Conectivo E (Conjunção) – Prof. Edgar Abreu
p : Trabalhar é saudável
q : O cigarro mata.
Gabarito: 1. Errado 2. D
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Raciocínio Lógico
DISJUNÇÃO – “OU”
Recebe o nome de disjunção toda a proposição composta em que as partes estejam unidas
pelo conectivo ou. Simbolicamente, representaremos esse conectivo por “v”.
Exemplo:
Estudo para o concurso ou assisto o Big Brother.
Proposição 1: Estudo para o concurso.
Proposição 2: assisto o Big Brother.
Conetivo: ou.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “v”.
Assim podemos representar a sentença acima da seguinte forma: p v q.
Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:
H1:
p: Estudo para o concurso.
q: assisto o Futebol.
H2:
p: Não Estudo para o concurso.
q: assisto o Futebol.
H3:
p: Estudo para o concurso.
q: Não assisto o Futebol...
H4:
p: Não Estudo para o concurso.
q: Não assisto o Futebol.
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Tabela Verdade:
p q PvQ
H1 V V V
H2 F V V
H3 V F V
H4 F F F
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Raciocínio Lógico
Recebe o nome de disjunção exclusiva toda a proposição composta em que as partes estejam
unidas pelo conectivo ou “primeira proposição” ou “segunda proposição”. Simbolicamente,
representaremos esse conectivo por “v”.
Exemplo:
Ou vou a praia ou estudo para o concurso.
Proposição 1: Vou a Praia.
Proposição 2: estudo para o concurso.
Conetivo: ou.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de " v "
Assim podemos representar a sentença acima da seguinte forma: p v q
Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:
H1:
p: Vou à praia.
q: estudo para o concurso do Banco do Brasil.
H2:
p: Não Vou à praia.
q: estudo para o concurso do Banco do Brasil.
H3:
p: Vou à praia.
q: Não estudo para o concurso do Banco do Brasil.
H4:
p: Não Vou à praia.
q: Não estudo para o concursodo Banco do Brasil.
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Tabela Verdade:
p q PvQ
H1 V V F
H2 F V V
H3 V F V
H4 F F F
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Raciocínio Lógico
CONDICIONAL – “SE...ENTÃO...”
Recebe o nome de condicional toda proposição composta em que as partes estejam unidas
pelo conectivo Se... então, simbolicamente representaremos esse conectivo por “→”.
Em alguns casos o condicional é apresentado com uma vírgula substituindo a palavra “então”,
ficando a sentença com a seguinte característica: Se proposição 1, proposição 2.
H1:
p: estudo.
q: sou aprovado.
H2:
p: Não estudo.
q: sou aprovado.
H3:
p: Não estudo.
q: Não sou aprovado.
H4:
p: estudo.
q: Não sou aprovado.
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p q P→Q
H1 V V V
H2 F V V
H3 F F V
H4 V F F
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Raciocínio Lógico
Recebe o nome de bicondicional toda proposição composta em que as partes estejam unidas
pelo conectivo ... se somente se ... Simbolicamente, representaremos esse conectivo por “ ↔”.
Portanto, se temos a sentença:
Exemplo: “Maria compra o sapato se e somente se o sapato combina com a bolsa”.
Proposição 1: Maria compra o sapato.
Proposição 2: O sapato combina com a bolsa.
Conetivo: se e somente se.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “↔”.
Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p ↔ q.
Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:
H1:
p: Maria compra o sapato.
q: O sapato não combina com a bolsa.
H2:
p: Maria não compra o sapato.
q: O sapato combina com a bolsa.
H3:
p: Maria compra o sapato.
q: O sapato combina com a bolsa.
H4:
p: Maria não compra o sapato.
q: O sapato não combina com a bolsa.
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p q P↔Q
H1 V F F
H2 F V F
H3 V V V
H4 F F V
Uma proposição bicondicional pode ser escrita como duas condicionais, é como se tivéssemos
duas implicações, uma seta da esquerda para direita e outra seta da direita para esquerda,
conforme exemplo abaixo:
PARA GABARITAR
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Raciocínio Lógico – Conectivo “se e somente se” (Bicondicional) – Prof. Edgar Abreu
P Q ~Q↔P
V V F
V F x
F V y
F F z
a) V, F e F
b) F, V e V
c) F, F e F
d) V, V e F
( ) Certo ( ) Errado
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3. Prova: CESPE - 2012 - TC-DF - Auditor de Controle Externo
P: A luz permanece acesa se, e somente se, há movimento e não há claridade natural
suficiente no recinto.
( ) Certo ( ) Errado
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Raciocínio Lógico
TAUTOLOGIA
Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p, q, r, ... será dita uma
Tautologia se ela for sempre verdadeira, independentemente dos valores lógicos das
proposições p, q, r, ... que a compõem.
Exemplo:
Grêmio cai para segunda divisão ou o Grêmio não cai para segunda divisão.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “~p” e o conetivo de “v”.
Assim podemos representar a sentença acima da seguinte forma: p v ~p.
Agora vamos construir as hipóteses:
H1:
p: Grêmio cai para segunda divisão.
~p: Grêmio não cai para segunda divisão.
H2:
p: Grêmio não cai para segunda divisão.
~p: Grêmio cai para segunda divisão.
p ~p p v ~p
H1 V F V
H2 F V V
Como os valores lógicos encontrados foram todos verdadeiros, logo temos uma TAUTOLOGIA!
Exemplo 2, verificamos se a sentença abaixo é uma tautologia:
Se João é alto, então João é alto ou Guilherme é gordo.
p = João é alto.
�p→pvq
q = Guilherme é gordo.
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Agora vamos construir a tabela verdade da sentença anterior:
p q pvq p→pvq
H1 V F V V
H2 F V V V
H3 F V V V
H4 F F F V
Como para todas as combinações possíveis, sempre o valor lógico da sentença será verdadeiro,
logo temos uma tautologia.
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Raciocínio Lógico – Tautologia – Prof. Edgar Abreu
Slides – Tautologia
A proposição 𝑃 → 𝑄 ∧ 𝑅 ↔ ¬𝑃 ∨ 𝑄 ∧ ¬𝑃 ∨ 𝑅 é
uma tautologia.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: 1. E 2. C
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Raciocínio Lógico
CONTRADIÇÃO
Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p, q, r, ... será dita uma
contradição se ela for sempre falsa, independentemente dos valores lógicos das proposições p,
q, r, ... que a compõem.
Exemplo: Lula é o presidente do Brasil e Lula não é o presidente do Brasil.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “~p” e o conetivo de “^”.
Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p ^ ~p.
p ~p p ^ ~p
H1 V F F
H2 F V F
PARA GABARITAR
•• Sempre verdadeiro = Tautologia
•• Sempre Falso = Contradição
•• Verdadeiro e Falso = Contigência
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Raciocínio Lógico
Agora vamos aprender a negar proposições compostas, para isto devemos considerar que:
Para negarmos uma proposição conjunta devemos utilizar a propriedade distributiva, similar
aquela utilizada em álgebra na matemática.
Negar uma sentença composta é apenas escrever quando esta sentença assume o valor lógico
de falso, lembrando as nossas tabelas verdade construídas anteriormente.
Para uma disjunção ser falsa (negação) a primeira e a segunda proposição tem que ser falsas,
conforme a tabela verdade abaixo, hipótese 4:
p q P∨Q
H1 V V V
H2 F V V
H3 V F V
H4 F F F
Assim concluímos que para negar uma sentença do tipo P v Q, basta negar a primeira (falso) E
negar a segunda (falso), logo a negação da disjunção (ou) é uma conjunção (e).
Exemplo 1:
1. Estudo ou trabalho.
p = estudo.
� P∨Q
q = trabalho
Conectivo = ∨
Vamos agora negar essa proposição composta por uma disjunção.
∼ (p ∨ q) = ∼ p ∧ ∼ q
Não estudo e não trabalho.
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Para negar uma proposição composta por uma disjunção, nós negamos a primeira proposição,
negamos a segunda e trocamos “ou” por “e”.
Exemplo 2:
Não estudo ou sou aprovado.
p = estudo
q = sou aprovado � ∼p∨q
~p = não estudo
Conectivo: “∨”
Vamos agora negar essa proposição composta por uma disjunção.
∼ (∼ p ∨ q) = p ∧ ∼ q
Lembrando que negar uma negação é uma afirmação e que trocamos “ou” por “e” e negamos
a afirmativa.
Estudo e não sou aprovado.
Vimos no capítulo de negação simples que a negação de uma negação é uma afirmação, ou
seja, quando eu nego duas vezes uma mesma sentença, encontro uma equivalência.
Vimos que a negação da disjunção é uma conjunção, logo a negação da conjunção será uma
disjunção.
Para negar uma proposição composta por uma conjunção, nós devemos negamos a primeira
proposição e depois negarmos a segunda e trocamos “e” por “ou”.
Exemplo 1:
Vou a praia e não sou apanhado.
p = vou a praia.
�p∧∼q
q = não sou apanhado
Conectivo = ∧
Vamos agora negar essa proposição composta por uma conjunção.
Não vou à praia ou sou apanhado.
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Raciocínio Lógico – Negação da conjunção e disjunção inclusiva (Lei de Morgan) – Prof. Edgar Abreu
PARA GABARITAR
Vejamos abaixo mais exemplo de negações de conjunção e disjunção:
~(p v q) = ~(p) ~(v) ~(q) = (~p ˄ ~q)
~(~p v q) = ~(~p) ~(v) ~(q) = (p ˄ ~q)
~(p˄~q) = ~(p) ~(˄) ~(~q) = (~p v q)
~(~p˄ ~q) = ~(~p) ~(˄) ~(~q) = (p v q)
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Há expressões às quais não se pode atribuir um valor lógico V ou F, por exemplo: “Ele é juiz do TRT da 5.ª
Região”, ou “x + 3 = 9”. O sujeito é uma variável que pode ser substituído por um elemento arbitrário,
transformando a expressão em uma proposição que pode ser valorada como V ou F. Expressões dessa forma
são denominadas sentenças abertas, ou funções proposicionais. Pode-se passar de uma sentença aberta a
uma proposição por meio dos quantificadores “qualquer que seja”, ou “para todo”, indicado por oe, e
“existe”, indicado por ›. Por exemplo: a proposição (oex)(x 0 R)(x + 3 = 9) é valorada como F, enquanto a
proposição (›x)(x 0 R)(x + 3 = 9) é valorada como V. Uma proposição composta que apresenta em sua
tabelaverdade somente V, independentemente das valorações das proposições que a compõem, é
denominada logicamente verdadeira ou tautologia. Por exemplo, independentemente das valorações V ou F
de uma proposição A, todos os elementos da tabela-verdade da proposição Aw(¬A) são V, isto é, Aw(¬A) é
uma tautologia.
Considerando as informações do texto e a proposição P: "Mário pratica natação e judô", julgue os itens seguintes.
A negação da proposição P é a proposição R: “Mário não pratica natação nem judô”, cuja tabela-
verdade é a apresentada ao lado.
Certo Errado
Gabarito: 1. E 2. A
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Raciocínio Lógico
Conforme citamos anteriormente, negar uma proposição composta é escrever a(s) linha(s) em
que a tabela verdade tem como resultado “falso”.
Sabemos que uma condicional só será falsa, quando a primeira proposição for verdadeira “e” a
segunda for falsa.
Assim para negarmos uma sentença composta com condicional, basta repetir a primeira
proposição (primeira verdadeira), substituir o conetivo “se...então” por “e” e negar a segunda
proposição (segunda falsa).
Vejamos um exemplo:
Negando: ~ (~ p → ~ q)= ~ p ∧ q
Resposta: Não estudo e sou aprovado.
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3. Se estudo então sou aprovado ou o curso não é ruim.
p = estudo.
q = sou aprovado.
� p→q∨~r
r = curso é ruim.
~r = curso não é ruim.
Negando, ~ (p →q ∨ ~ r).
Negamos a condicional, mantém a primeira e negamos a segunda proposição, como a
segunda proposição é uma disjunção, negamos a disjunção, usando suas regras (negar as duas
proposições trocando “ou” por “e”).
~ (p →q ∨ ~ r)=p ∧ ~ (q ∨ ~ r)=p ∧ ~ q ∧r.
Estudo e não sou aprovado e o curso é ruim.
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Raciocínio Lógico
Existe duas maneiras de negar uma bicondicional. Uma é a trivial onde apenas substituímos o
conetivo “bicondiciona” pela “disjunção exclusiva”, conforme exemplo abaixo:
Sentença: Estudo se e somente se não vou à praia.
p = estudo.
q = vou à praia. � ~[ p ↔ ~ q ] = [ p � ~ q ]
~ q = não vou à praia
Conectivo = ↔
Logo sua negação será: Ou Estudo ou não vou à praia.
A segunda maneira de negar uma bicondicional é utilizando a propriedade de equivalência e
negando as duas condicionais, ida e volta, temos então que negar uma conjunção composta
por duas condicionais.
Negamos a primeira condicional ou negamos a segunda, usando a regra da condicional em
cada uma delas.
Exemplo 1:
Estudo se e somente se não vou à praia.
p = estudo.
q = vou à praia. � p ↔ ~ q = [ p → ~ q ] Ʌ [ ~ q → p]
~ q = não vou à praia
Conectivo = ↔
Uma bicondicional são duas condicionais, ida e volta.
Negando,
~ (p ↔ ~ q) = ~ [[p → ~ q] Ʌ [~ q → p]] =
~ [p ↔ ~ q] � ~ [~ q → p ]
p Ʌ q � ~ q Ʌ ~ p.
Estudo e vou à praia ou não vou à praia e não estudo.
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Raciocínio Lógico
Vamos descobrir qual a sentença equivalente a uma condicional, negando duas vezes a mesma
sentença.
Exemplo: Se estudo sozinho então sou autodidata.
Simbolizando temos:
p = estudo sozinho
�p → q
p = sou autodidata
conectivo = →
Simbolicamente: p → q
Vamos negar, ~ [ p →q ] = p ∧ ~ q
Agora vamos negar a negação para encontrarmos uma equivalência.
Negamos a negação da condicional ~ [p ∧ ~ q] = ~ p ∨ q
Mas será mesmo que estas proposições, p → q e ~ p ∨ q são mesmo equivalentes? Veremos
através da tabela verdade.
p Q ~p p→q ~pvq
V V F V V
V F F F F
F V V V V
F F V V V
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Perceba na tabela verdade que p → q e ~ p ∨ q tem o mesmo valor lógico, assim essas duas
proposições são equivalentes.
Exemplo 2: Vamos encontrar uma proposição equivalente a sentença “Se sou gremista então
não sou feliz.”
p = Sou gremista.
q = Sou feliz. �p→~q
~ q = Não sou feliz.
Negação: ~ [ p → ~ q ] = p ∧ q
Sou gremista e sou feliz.
Equivalência: negação da negação.
~[p→~q]=p∧q
~[p∧q]=p∨~q
Logo, Não sou gremista ou não sou feliz é uma sentença equivalente.
c = Canto.
e = Estudo .� c ∨ ~ e
~ e = Não estudo.
Negação: ~ [ c ∨ ~ e ] = ~ c ∧ e
Equivalência: Negar a negação: ~ [ ~ c ∧ e ] = c ∨ ~ e
Voltamos para a mesma proposição, tem algo errado, teremos que buscar alternativa. Vamos
lá:
Vamos para a regra de equivalência de uma condicional.
~p∨q=p→q
Veja que o valor lógico de p mudou e q continuou com o mesmo valor lógico.
Usando a regra acima vamos transformar a proposição inicial composta de uma disjunção em
numa condicional.
c∨~e=p→q
Para chegar à condicional, mudo o valor lógico de p,
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Raciocínio Lógico – Equivalência de uma Condicional e Disjunção Inclusiva – Prof. Edgar Abreu
e = Estudo.
a = Sou aprovado. �e∨~a
~ a = Não sou aprovado.
~p∨q=p→q
Inverte o primeiro e mantém o segundo, trocando “ou” por “se...então”, transferimos isso para
nossa proposição.
e∨~a=~e→~a
Trocamos “e” por “~ e”, mantemos “~ a” e trocamos " ∨" por " →".
Logo, Se não estudo então não sou aprovado.
Não podemos esquecer que “ou” é comutativo, assim a opção de resposta pode estar trocada,
então atente nisto, ao invés de e ∨ ~ a pode ser ~ a ∨ e , assim a resposta ficaria:
Se sou aprovado então estudo.
Quaisquer das respostas estarão certas, então muita atenção!
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Raciocínio Lógico
CONTRAPOSITIVA
�(p →q) = p Ʌ � q
Lembrando da tabela verdade da conjunção “e”, notamos que a mesma é comutativa, ou seja,
se alterarmos a ordem das premissas o valor lógico da sentença não será alterado. Assim vamos
reescrever a sentença encontrada na negação, alterando o valor lógico das proposições.
p Ʌ � q = �q Ʌ p
Agora vamos negar mais uma vez para encontrar uma equivalência da primeira proposição.
�(�q Ʌ p) ↔ � q � � p
Agora vamos utilizar a regra de equivalência que aprendemos anteriormente.
Regra:
p→q↔� p�q
Em nosso exemplo temos:
q� p↔ q→ p
� � �
Logo encontramos uma outra equivalência para a nossa sentença inicial.
Esta outra equivalência chamamos de contrapositiva e é muito fácil de encontrar, basta
comutar as proposições (trocar a ordem) e negar ambas.
p→q=� q→� p
Exemplo 2: Encontrar a contrapositiva (equivalente) da proposição “Se estudo muito então
minha cabeça dói”
p = estudo muito.
� p → q
q = minha cabeça dói.
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Encontramos a contrapositiva, invertendo e negando ambas proposições.
p→q=� q→� p
Logo temos que: Se minha cabeça não dói então não estudo muito.
PARA GABARITAR
EQUIVALÊNCIA 1: p → q = p � q
�
EQUIVALÊNCIA 2: p → q = q → p (contrapositiva)
� �
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Raciocínio Lógico – Equivalência Contrapositiva – Prof. Edgar Abreu
'
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Raciocínio Lógico
Recebe o nome de bicondicional toda proposição composta em que as partes estejam unidas
pelo conectivo ... se somente se... Simbolicamente, representaremos esse conectivo por “ ↔ ”.
Portanto, se temos a sentença:
Exemplo: “Estudo se e somente se sou aprovado”
Proposição 1: Estudo.
Proposição 2: Sou aprovado.
Conetivo: se e somente se.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “ ↔ ”
Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p ↔ q
Sua tabela verdade é:
p q p↔q
H1 V F F
H2 F V F
H3 V V V
H4 F F V
Uma proposição bicondicional pode ser escrita como duas condicionais, é como se tivéssemos
duas implicações, uma seta da esquerda para direita e outra seta da direita para esquerda,
conforme exemplo abaixo:
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Raciocínio Lógico
QUANTIFICADORES LÓGICOS
Pelo exemplo acima vimos que nem sempre a conclusão acima é verdadeira, veja que quando
ele afirma que “existem alunos da casa que são funcionários da defensoria”, ele está dizendo
que sempre isso vai acontecer, mas vimos por esse diagrama que nem sempre acontece.
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Nesse diagrama isso acontece, mas pelo dito na conclusão, sempre vai existir, e vimos que não,
logo a conclusão é falsa.
No mesmo exemplo, se a conclusão fosse:
“Existem funcionários da defensoria que não são alunos da casa”.
Qualquer diagrama que fizermos (de acordo com as premissas) essa conclusão será verdadeira,
tanto no diagrama 1 quanto no diagrama 2, sempre vai ter alguém de fora do desenho.
Logo, teríamos um silogismo!
Silogismo é uma palavra cujo significado é o de cálculo. Etimologicamente, silogismo significa
“reunir com o pensamento” e foi empregado pela primeira vez por Platão (429-348 a.C.). Aqui
o sentido adotado é o de um raciocínio no qual, a partir de proposições iniciais, conclui-se uma
proposição final. Aristóteles (384-346 a.C.) utilizou tal palavra para designar um argumento
composto por duas premissas e uma conclusão.
ALGUM
Conclusões:
Existem elementos em A que são B.
Existem elementos em B que são A.
Existem elementos A que não são B.
Existem elementos B que não estão em A.
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Raciocínio Lógico – Quantificadores Lógicos: Todo, Nenhum e Existe – Prof. Edgar Abreu
NENHUM
Vejamos agora as premissas que contém a expressão nenhum ou outro termo equivalente.
Analise o desenho abaixo, que representa o conjunto dos A e B. O que podemos inferir a partir
do desenho?
Conclusões:
Nenhum A é B.
Nenhum B é A.
TODO
Conclusão:
Todo A é B.
Alguns elementos de B é A ou existem B que são A.
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Prova: FGV - 2014 - AL-BA - Téc.Nível Médio
Gabarito: 1. C
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Raciocínio Lógico
PARA GABARITAR
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1. Prova: Instituto AOCP – 2014 – UFGD – Analista
de Tecnologia da Informação
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Raciocínio Lógico – Negação Todo, Nenhum e Existe – Prof. Edgar Abreu
( ) Certo ( ) Errado
José afirmou: “— Todos os jogadores de futebol que não são ricos jogam
no Brasil ou jogam mal“.
a) Nenhum jogador de futebol que não é rico joga no Brasil ou joga mal.
b) Todos os jogadores de futebol que não jogam no Brasil e não jogam mal.
c) Algum jogador de futebol que não é rico não joga no Brasil e não joga mal.
d) Algum jogador de futebol é rico mas joga no Brasil ou joga mal.
e) Nenhum jogador de futebol que é rico joga no Brasil ou joga mal.
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Raciocínio Lógico
SILOGISMO
Silogismo Categórico é uma forma de raciocínio lógico na qual há duas premissas e uma
conclusão distinta destas premissas, sendo todas proposições categóricas ou singulares.
Existem casos onde teremos mais de duas premissas.
Devemos sempre considerar as premissas como verdadeira e tentar descobrir o valor lógico de
cada uma das proposições, com objetivo de identificar se a conclusão é ou não verdadeira.
Sempre que possível devemos começar nossa linha de raciocínio por uma proposição simples
ou se for composta conectada pela conjunção “e”.
Abaixo um exemplo de como resolver uma questão envolvendo silogismo.
QUESTÃO COMENTADA
(FCC: BACEN - 2006) Um argumento é composto pelas seguintes premissas:
I – Se as metas de inflação não são reais, então a crise econômica não demorará a
ser superada.
II – Se as metas de inflação são reais, então os superávits primários não serão
fantasioso.
III – Os superávits serão fantasiosos.
Para que o argumento seja válido, a conclusão deve ser:
a) A crise econômica não demorará a ser superada.
b) As metas de inflação são irreais ou os superávits serão fantasiosos.
c) As metas de inflação são irreais e os superávits são fantasiosos.
d) Os superávits econômicos serão fantasiosos.
e) As metas de inflação não são irreais e a crise econômica não demorará a ser
superada.
Solução:
Devemos considerar as premissas como verdadeiras e tentar descobrir o valor
lógico de cada uma das proposições.
Passo 1: Do português para os símbolos lógicos.
I – Se as metas de inflação não são reais, então a crise econômica não demorará a ser superada
~ P →~ Q
II – Se as metas de inflação são reais, então os superávits primários não serão fantasiosos.
~ P →~ R
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PREMISSA 1 PREMISSA 2 PREMISSA 3
VERDADE VERDADE VERDADE
~P→~Q ~P→~R R
Não é possível determinar Não é possível determinar
o valor lógico de P e Q, já o valor lógico de P e Q, já
que existem 3 possibilidades que existem 3 possibilidades CONCLUSÃO: R=V
distintas que torna o distintas que torna o
condicional verdadeiro. condicional verdadeiro.
Vamos testar:
P → ~R P → ~R
F F F V F
V F V F F
Conclusão: Alternativa A
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Raciocínio Lógico – Argumento Com Proposições Válido (Silogismo) – Prof. Edgar Abreu
Slides
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698 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Argumento Com Proposições Válido (Silogismo) – Prof. Edgar Abreu
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Raciocínio Lógico
QUESTÃO COMENTADA
FCC: TCE-SP – 2010
Considere as seguintes afirmações:
I – Todo escriturário deve ter noções de Matemática.
II – Alguns funcionários do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo são escriturários.
Se as duas afirmações são verdadeiras, então é correto afirmar que:
a) Todo funcionário do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo deve ter noções de
Matemática.
b) Se Joaquim tem noções de Matemática, então ele é escriturário.
c) Se Joaquim é funcionário do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, então ele é
escriturário.
d) Se Joaquim é escriturário, então ele é funcionário do Tribunal de Contas do Estado de São
Paulo.
e) Alguns funcionários do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo podem não ter noções
de Matemática.
Resolução:
Primeiramente vamos representar a primeira premissa.
I – Todo escriturário deve ter noções de Matemática.
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Vejamos uma hipótese para a segunda premissa.
Solução:
Observe que o nosso símbolo representa um funcionário do TCE que não possui noção de
matemática. Logo a conclusão é precipitada.
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Raciocínio Lógico – Argumento com Quantificadores Válidos (Silogismo) – Prof. Edgar Abreu
Solução:
O ponto em destaque representa alguém que possui noção de matemática, porém não é
escriturário, logo a conclusão é precipitada e está errada.
Solução:
O ponto em destaque representa alguém que possui é funcionário do TCE, porém não é
escriturário, logo a conclusão é precipitada e está errada.
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Alternativa D: Se Joaquim é escriturário, então ele é funcionário do Tribunal de Contas do
Estado de São Paulo.
Solução:
O ponto em destaque representa alguém que é escriturário, porém não é funcionário do TCE,
logo a conclusão é precipitada e está alternativa está errada.
Alternativa E: Alguns funcionários do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo podem não
ter noções de Matemática.
Solução:
O ponto em destaque representa um funcionário do TCE que não tem noção de matemática,
como a questão afirma que “podem”, logo está correta.
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Raciocínio Lógico – Argumento com Quantificadores Válidos (Silogismo) – Prof. Edgar Abreu
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Quais são válidos?
a) Apenas o I.
b) Apenas o II.
c) Apenas o III.
d) Apenas o II e o III.
e) O I, o II e o III.
Gabarito: 1. D 2. D
706 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática Financeira
DEFINIÇÃO: Quando pegamos uma taxa de juros e dividimos o seu valor por 100, encontramos
a taxa unitária.
A taxa unitária é importante para nos auxiliar a desenvolver todos os cálculos em matemática
financeira.
Pense na expressão 20% (vinte por cento), ou seja, esta taxa pode ser representada por uma
fração, cujo o numerador é igual a 20 e o denominador é igual a 100.
COMO FAZER AGORA É A SUA VEZ:
10
10% = = 0,10
100 15%
20 20%
20% = = 0,20
100 4,5%
5
5% = = 0,05 254%
100
0%
38
38% = = 0,38 22,3%
100
1,5 60%
1,5% = = 0,015
100 6%
230
230% = = 2,3
100
FATOR DE CAPITALIZAÇÃO
Vamos imaginar que certo produto sofreu um aumento de 20% sobre o seu valor inicial. Qual o
novo valor deste produto?
Claro que se não soubermos o valor inicial deste produto fica complicado para calcularmos,
mas podemos fazer a afirmação a seguir:
O produto valia 100% sofreu um aumento de 20%, logo está valendo 120% do seu valor inicial.
Como vimos no tópico anterior (1.1 taxas unitárias), podemos calcular qual o fator que podemos
utilizar para determinarmos o novo preço deste produto, após o acréscimo.
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120
Fator de Capitalização = = 1,2
100
O Fator de capitalização trata-se de um número no qual devo multiplicar o meu produto para
obter como resultado final o seu novo preço, acrescido do percentual de aumento que desejo
utilizar.
Assim se o meu produto custava R$ 50,00, por exemplo, basta multiplicar R$ 50,00 pelo fator
de capitalização 1,2 para conhecer seu novo preço, neste exemplo será de R$ 60,00.
CALCULANDO O FATOR DE CAPITALIZAÇÃO: Basta somar 1 com a taxa unitária, lembre-se que
1 = 100/100 = 100%
COMO CALCULAR:
o Acréscimo de 45% = 100% + 45% = 145% = 145/ 100 = 1,45
o Acréscimo de 20% = 100% + 20% = 120% = 120/ 100 = 1,2
ENTENDENDO O RESULTADO:
Para aumentar o preço do meu produto em 20% devo multiplicar por 1,2.
Exemplo: um produto que custa R$ 1.500,00 ao sofrer um acréscimo de 20% passará a custar
1.500 x 1,2 (fator de capitalização para 20%) = R$ 1.800,00.
COMO FAZER:
130
Acréscimo de 30% = 100% + 30% = 130% = = 1,3
100
115
Acréscimo de 15% = 100% + 15% = 115% = = 1,15
100
103
Acréscimo de 3% = 100% + 3% = 103% = = 1,03
100
300
Acréscimo de 200% = 100% + 200% = 300% = =3
100
708 www.acasadoconcurseiro.com.br
Matemática Financeira – Porcentagem – Prof. Edgar Abreu
FATOR DE DESCAPITALIZAÇÃO
Vamos imaginar que certo produto sofreu um desconto de 20% sobre o seu valor inicial. Qual o
novo valor deste produto?
Claro que se não soubermos o valor inicial deste produto fica complicado para calcularmos,
mas podemos fazer a afirmação a seguir:
O produto valia 100% sofreu um desconto de 20%, logo está valendo 80% do seu valor inicial.
Como vimos no tópico anterior (1.1 taxas unitárias), podemos calcular qual o fator que
conseguimos utilizar para aferir o novo preço deste produto, após o acréscimo.
80
Fator de Descapitalização = = 0,8
100
O Fator de descapitalização trata-se de um número no qual devo multiplicar o meu produto
para obter como resultado final o seu novo preço, considerando o percentual de desconto que
desejo utilizar.
Assim se o meu produto custava R$ 50,00, por exemplo, basta multiplicar R$ 50,00 pelo fator
de descapitalização 0,8 para conhecer seu novo preço, neste exemplo será de R$ 40,00.
CALCULANDO O FATOR DE DESCAPITALIZAÇÃO: Basta subtrair o valor do desconto expresso
em taxa unitária de 1, lembre-se que 1 = 100/100 = 100%
COMO CALCULAR:
o Desconto de 45% = 100% – 45% = 65% = 55/ 100 = 0,55
o Desconto de 20% = 100% – 20% = 80% = 80/ 100 = 0,8
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ENTENDENDO O RESULTADO:
Para calcularmos um desconto no preço do produto de 20% devemos multiplicar o valor deste
produto por 0,80.
Exemplo: um produto que custa R$ 1.500,00 ao sofrer um desconto de 20% passará a custar
1.500 x 0,80 (fator de descapitalização para 20%) = R$ 1.200,00.
COMO FAZER:
70
Desconto de 30% = 100% − 30% = 70% = = 0,7
100
85
Desconto de 15% = 100% − 15% = 85% = = 0,85
100
97
Desconto de 3% = 100% − 3% = 97% = = 0,97
100
50
Desconto de 50% = 100% − 50% = 50% = = 0,5
100
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Matemática Financeira
Temas muito comuns abordados nos concursos são os acréscimos e os descontos sucessivos.
Isto acontece pela facilidade que os candidatos têm em se confundir ao resolver uma questão
deste tipo.
O erro cometido neste tipo de questão é básico, o de somar ou subtrair os percentuais, sendo
que na verdade o candidato deveria multiplicar os fatores de capitalização e descapitalização.
Vejamos abaixo um exemplo de como é fácil se confundir se não tivermos estes conceitos bem
definidos:
Exemplo:
Os bancos vêm aumentando significativamente as suas tarifas de manutenção de contas.
Estudos mostraram um aumento médio de 30% nas tarifas bancárias no 1º semestre de 2009 e
de 20% no 2º semestre de 2009. Assim podemos concluir que as tarifas bancárias tiveram em
média suas tarifas aumentadas em:
a) 50%
b) 30%
c) 150%
d) 56%
e) 20%
Ao ler esta questão, muitos candidatos se deslumbram com a facilidade e quase por impulso
marcam como certa a alternativa “a” (a de “apressadinho”).
Ora, estamos falando de acréscimo sucessivo, vamos considerar que a tarifa média mensal de
manutenção de conta no início de 2009 seja de R$ 10,00, logo teremos:
Após receber um acréscimo de 30%
10,00 x 1,3 (ver tópico 1.3) = 13,00
Agora vamos acrescentar mais 20% referente ao aumento dado no 2º semestre de 2009.
13,00 x 1,2 (ver tópico 1.3) = 15,60
Ou seja, as tarifas estão 5,60 mais caras que o início do ano.
Como o valor inicial das tarifas eram de R$ 10,00, concluímos que as mesmas sofreram uma
alta de 56% e não de 50% como achávamos anteriormente.
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COMO RESOLVER A QUESTÃO ANTERIOR DE UMA FORMA MAIS DIRETA:
Basta multiplicar os fatores de capitalização, como aprendemos no tópico 1.3
•• Fator de Capitalização para acréscimo de 30% = 1,3
•• Fator de Capitalização para acréscimo de 20% = 1,2
1,3 x 1,2 = 1,56
Como o produto custava inicialmente 100% e sabemos que 100% é igual a 1 (ver
módulo 1.2)
Logo as tarifas sofreram uma alta média de: 1,56 – 1 = 0,56 = 56%.
COMO FAZER
Exemplo 1.5.2: Um produto sofreu em janeiro de 2009 um acréscimo de 20% sobre o seu valor,
em fevereiro outro acréscimo de 40% e em março um desconto de 50%. Neste caso podemos
afirmar que o valor do produto após a 3ª alteração em relação ao preço inicial é:
a) 10% maior
b) 10 % menor
c) Acréscimo superior a 5%
d) Desconto de 84%
e) Desconto de 16%
Resolução:
Aumento de 20% = 1,2
Aumento de 40% = 1,4
Desconto de 50% = 0,5
Assim: 1,2 x 1,4 x 0,5 = 0,84 (valor final do produto)
Como o valor inicial do produto era de 100% e 100% = 1, temos:
1 – 0,84 = 0,16
Conclui-se então que este produto sofreu um desconto de 16% sobre o seu valor inicial.
(Alternativa E)
Exemplo O professor Ed perdeu 20% do seu peso de tanto “trabalhar” na véspera da prova do
concurso público da CEF, após este susto, começou a se alimentar melhor e acabou aumentando
em 25% do seu peso no primeiro mês e mais 25% no segundo mês. Preocupado com o excesso
de peso, começou a fazer um regime e praticar esporte e conseguiu perder 20% do seu peso.
Assim o peso do professor Ed em relação ao peso que tinha no início é:
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Matemática Financeira – Acréscimos e Descontos – Prof. Edgar Abreu
a) 8% maior
b) 10% maior
c) 12% maior
d) 10% menor
e) Exatamente igual
Resolução:
Perda de 20% = 0,8
Aumento de 25% = 1,25
Aumento de 25% = 1,25
Perda de 20% = 0,8
Assim: 0,8 x 1,25 x 1,25 x 0,8 = 1
Conclui-se então que o professor possui o mesmo peso que tinha no início. (Alternativa E).
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Matemática Financeira
TAXA PROPORCIONAL
Calculada em regime de capitalização SIMPLES: Resolve-se apenas multiplicando ou dividindo
a taxa de juros:
Exemplo 2.1: Qual a taxa de juros anual proporcional a taxa de 2% ao mês?
Resposta: Se temos uma taxa ao mês e procuramos uma taxa ao ano, basta multiplicarmos essa
taxa por 12, já que um ano possui 12 meses.
Logo a taxa proporcional é de 2% x 12 = 24% ao ano.
Exemplo 2.2: Qual a taxa de juros bimestral proporcional a 15% ao semestre?
Resposta: Neste caso temos uma taxa ao semestre e queremos transformá-la em taxa bimestral.
Note que agora essa taxa vai diminuir e não aumentar, o que faz com que tenhamos que dividir
essa taxa ao invés de multiplicá-la, dividir por 3, já que um semestre possui 3 bimestres.
15%
Assim a taxa procurada é de = 5% ao bimestre.
3
COMO FAZER
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Matemática Financeira
A definição de capitalização é uma operação de adição dos juros ao capital. Bom, vamos
adicionar estes juros ao capital de duas maneiras, uma maneira simples e outra composta e
depois comparamos.
Vamos analisar o exemplo abaixo:
Exemplo: José realizou um empréstimo de antecipação de seu 13º salário no Banco do Brasil no
valor de R$ 100,00 reais, a uma taxa de juros de 10% ao mês. Qual o valor pago por José se ele
quitou o empréstimo após 5 meses, quando recebeu seu 13º?
Valor dos juros que este empréstimo de José gerou em cada mês.
Em juros simples, os juros são cobrados sobre o valor do empréstimo (capital)
CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA
MÊS JUROS COBRADO SALDO DEVEDOR
1º 10% de R$ 100,00 = R$ 10,00 R$ 100,00 + R$ 10,00 = R$ 110,00
2º 10% de R$ 100,00 = R$ 10,00 R$ 110,00 + R$ 10,00 = R$ 120,00
3º 10% de R$ 100,00 = R$ 10,00 R$ 120,00 + R$ 10,00 = R$ 130,00
4º 10% de R$ 100,10 = R$ 10,00 R$ 130,00 + R$ 10,00 = R$ 140,00
5º 10% de R$ 100,00 = R$ 10,00 R$ 140,00 + R$ 10,00 = R$ 150,00
Em juros composto, os juros são cobrados sobre o saldo devedor (capital + juros do período
anterior)
CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA
MÊS JUROS COBRADO SALDO DEVEDOR
1º 10% de R$ 100,00 = R$ 10,00 R$ 100,00 + R$ 10,00 = R$ 110,00
2º 10% de R$ 110,00 = R$ 11,00 R$ 110,00 + R$ 11,00 = R$ 121,00
3º 10% de R$ 121,00 = R$ 12,10 R$ 121,00 + R$ 12,10 = R$ 133,10
4º 10% de R$ 133,10 = R$ 13,31 R$ 133,10 + R$ 13,31 = R$ 146,41
5º 10% de R$ 146,41 = R$ 14,64 R$ 146,41 + R$ 14,64 = R$ 161,05
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Assim notamos que o Sr. josé terá que pagar após 5 meses R$ 150,00 se o banco cobrar juros
simples ou R$ 161,05 se o banco cobrar juros compostos.
GRÁFICO DO EXEMPLO
Note que o crescimento dos juros compostos é mais rápido que os juros simples.
JUROS SIMPLES
FÓRMULAS:
J=Cxixt M = C x (1 + i x t)
OBSERVAÇÃO: Lembre-se que o Montante é igual ao Capital + Juros
Onde:
J = Juros
M = Montante
C = Capital (Valor Presente)
i = Taxa de juros;
t = Prazo.
A maioria das questões relacionadas a juros simples podem ser resolvidas sem a necessidade
de utilizar fórmula matemática.
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Matemática Financeira – Juros Simples – Prof. Edgar Abreu
APLICANDO A FÓRMULA
Vamos ver um exemplo bem simples aplicando a fórmula para encontrarmos a solução.
Exemplo: Considere um empréstimo, a juros simples, no valor de R$ 100 mil, prazo de 3 meses
e taxa de 2% ao mês. Qual o valor dos juros?
Dados do problema:
C = 100.000,00
t = 3 meses
i = 2% ao mês
OBS: Cuide para ver se a taxa e o mês estão em menção período. Neste exemplo não tem
problema para resolver, já que tanto a taxa quanto o prazo foram expressos em meses.
J=Cxixt
J = 100.000 x 0,02 (taxa unitária) x 3
J = 6.000,00
Resposta: Os juros cobrado será de R$ 6.000,00
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Dados:
C = 100.000,00
t = 3 meses
i = 12% ao ano
Vamos adaptar o prazo em relação a taxa. Como a taxa está expressa ao ano, vamos transformar
o prazo em ano. Assim teremos:
C = 100.000,00
t = 3 meses =
i = 12% ao ano
Agora sim podemos aplicar a fórmula
J=Cxixt
J = 100.000 x 0,12 x
J = 3.000,00
i = 3% ao mês
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Matemática Financeira – Juros Simples – Prof. Edgar Abreu
Agora vamos resolver esta questão sem a utilização de fórmula, de uma maneira bem simples.
Para saber o valor dos juros acumulados no período, basta dividirmos o montante pelo capital:
Juros acumulado = 18.000 = 1,18
100.000
Agora subtraimos o valor do capital da taxa de juros (1 = 100%) e encontramos:
1,18 – 1 = 0,18 = 18%
18% são os juros do período de um semestre, para encontrar o juros mensal, basta calcular a
taxa proporcional e assim encontrar 3 % ao mês.
i = 12,5% ao mês
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COMO RESOLVER
Exemplo: A que taxa de juros simples, em porcento ao ano, deve-se emprestar R$ 2 mil, para
que no fim de cinco anos este duplique de valor?
Dados:
C = 2.000,00
t = 5 anos
M = 4.000,00 (o dobro)
J = 2.000,00 (Lembre-se que os juros é a diferença entre o Montante e o Capital)
i = ?? a.a
i = 20% ao ano
Exemplo: Considere o empréstimo de R$ 5 mil, no regime de juros simples, taxa de 2% ao mês
e prazo de 1 ano e meio. Qual o total de juros pagos nesta operação?
Dados:
C = 5.000,00
i = 2 % ao mês
t = 1,5 anos = 18 meses
J = ???
Substituindo na fórmula teremos
J = 5.000 x 18 x 0,02
J = 1.800,00
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Raciocínio Lógico
QUESTÃO COMENTADA
FCC: BACEN – 2006
No quadriculado seguinte os números foram colocados nas células obedecendo a um
determinado padrão.
16 34 27 X
13 19 28 42
29 15 55 66
Solução:
Quando a sequencia se apresenta em tabelas, similares a esta, procure sempre encontrar uma
lógica nas linhas ou nas colunas. A lógica da sequencia desta questão está na relação da linha
três com as linhas 1 e 2.
A linha 3 é a soma das linhas 1 e 2 quando a coluna for impar e a subtração das linhas 1 e 2
quando a coluna for par, note:
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Coluna 1: 16 + 13 = 29
Coluna 2: 34 - 19 = 15
Coluna 3: 27 + 28 = 55
Logo a coluna 4, que é par, teremos uma subtração:
x – 42 = 66 => x = 66 + 42 = 108
Alternativa A
QUESTÃO COMENTADA 2
FCC : TRT – 2011
Na sequência de operações seguinte, os produtos obtidos obedecem a determinado padrão.
1x1=1
11 x 11 = 121
111 x 111 = 12.321
1.111 x 1111 = 1.234.321
11.111 x 11.111 = 123.454.321
Assim sendo, é correto afirmar que, ao se efetuar 111 111 111 × 111 111 111, obtém-se um
número cuja soma dos algarismos está compreendida entre:
a) 85 e 100.
b) 70 e 85.
c) 55 e 70.
d) 40 e 55.
e) 25 e 40.
Solução:
Note que o termo centra do resultado da multiplicação é sempre a quantidade de número 1
que estamos multiplicando, conforme destacado na tabela abaixo:
1x1 1
11 x 11 121
111 x 111 12. 321
1. 111 x 1. 111 1. 234. 321
11. 111 x 11. 111 123. 454. 321
Perceba também que o resultado da multiplicação é formado por um número que começa com
1 e vai até a quantidade de números 1 que tem a multiplicação e depois começa a reduzir até o
número 1 de volta.
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Raciocínio Lógico – Números – Prof. Edgar Abreu
Logo a multiplicação de 111 111 111 × 111 111 111 temos 9 números 1, assim o resultado
certamente será composto pelo número 12345678 9 87654321. Agora basta apenas somar os
algarismos e encontra como resposta o número 81, alternativa B.
QUESTÃO COMENTADA 3
CESGRANRIO: TCE/RO – 2007
O sistema binário de numeração, só se utilizam os algarismos 0 e 1. Os números naturais,
normalmente representados na base decimal, podem ser também escritos na base binária
como mostrado:
DECIMAL BINÁRIO
0 0
1 1
2 10
3 11
4 100
5 101
6 110
7 111
De acordo com esse padrão lógico, o número 15 na base decimal, ao ser representado na base
binária, corresponderá a:
a) 1000
b) 1010
c) 1100
d) 1111
e) 10000
Solução:
No sistema decimal que conhecemos, cada vez que conhecemos, a cada 10 de uma casa
decimal forma-se outra casa decimal. Exemplo: 10 unidades é igual uma dezena, 10 dezenas é
igual a uma centena e assim sucessivamente.
Já no sistema binário, a lógica é a mesma, porém a cada 2 unidades iremos formar uma nova
casa decimal. Assim para transformar um número decimal em binário, basta dividirmos este
número sucessivamente por dois e analisar sempre o resto, conforme exemplo abaixo.
Transformando 6 em binário:
6 / 2 = 3 (resto zero, logo zero irá ocupar primeira casa binária).
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3 / 2 = 1 (resto 1, logo o 1 do resto irá ocupar a segunda casa binária enquanto o 1 quociente da
divisão irá ocupar a terceira casa binária).
Resultado: 110
Para saber se está certo, basta resolver a seguinte multiplicação:
110 = 1 x 2² + 1 x 2¹ + 0 x 20 = 4 + 2 + 0 = 6
Utilizando esta linha de raciocínio temos que:
15 / 2 = 7 (resto 1)
7 / 2 = 3 (resto 1)
3 / 2 = 1 (resto 1)
Logo o número será 1111, Alternativa D
a) 144.
b) 169.
c) 196.
d) 225.
e) 256.
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Raciocínio Lógico – Números – Prof. Edgar Abreu
a) 27.
b) 28.
c) 29.
d) 30.
e) 31.
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3. Completando corretamente esse quadro de acordo
com tal critério, a soma dos números que estão
faltando é:
a) 4596.
b) 22954.
c) 4995.
d) 22996.
e) 5746.
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Raciocínio Lógico
a)
b)
c)
d)
e)
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2. Prova: FCC – 2012 – TST – Téc. Judiciário
Marina possui um jogo de montar composto por várias peças quadradas,
todas de mesmo tamanho. A única forma de juntar duas peças é unindo-as
de modo que elas fiquem com um único lado em comum. Juntando-se três
dessas peças, é possível formar apenas dois tipos diferentes de figuras,
mostradas abaixo.
a) 4.
b) 5.
c) 6.
d) 7.
e) 8.
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Raciocínio Lógico – Imagens e Figuras – Prof. Edgar Abreu
a) 64.
b) 96.
c) 112.
d) 144.
e) 168.
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Gabarito
1. B 2. B 3. C
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Raciocínio Lógico
LETRAS
2. (Prova: FCC – 2014 – TJ-AP – Técnico Judiciário) Cada termo da sequência a seguir é formado
por seis vogais:
(AAAEEI; EEEIIO; IIIOOU; OOOUUA; UUUAAE; AAAEEI; EEEIIO; . . . )
Mantido o mesmo padrão de formação da sequência, se forem escritos os 12º, 24º, 36º e 45º
termos, o número de vezes que a vogal U será escrita nesses termos é igual a
a) 1
b) 6
c) 5
d) 2
e) 3
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a) 03_56C.
b) 04_57C
c) 04_56C.
d) 03_56B.
e) 04_56ª.
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Direito Constitucional
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Direito Constitucional
Aula XX
TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
12o-13o Da nacionalidade
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
DESTINATÁRIOS DO ART. 5º:
I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de
lei;
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TORTURA – ART. 5º, III e LIII
III – ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
DIREITO DE EXPRESSÃO
IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,
independentemente de censura ou licença;
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Direito Constitucional – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (Art. 005) – Prof. André Vieira
INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO
XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento
do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante
o dia, por determinação judicial;
EXCEÇÕES
DIA NOITE
Desastre Desastre
Determinação Judicial X
J.A.Silva (06:00/18:00)
Sol alto
Nucci Alvorecer/Anoitecer
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SIGILO DE CORRESPONDÊNCIA E DE COMUNICAÇÃO
1 Investigação criminal
Interceptação
telefônica
LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO
XV – é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa,
nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
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Direito Constitucional – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (Art. 005) – Prof. André Vieira
ASSOCIAÇÃO
XVII – é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XVIII – a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de
autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
XIX – as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
XX – ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
XXI – as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para
representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
PROPRIEDADE
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A indenização deve
Prévia Antecipada
Em dinheiro Em espécie
XXVI
Para pagamentos de débitos
decorrentes de sua atividade produtiva
A pequena
propriedade Desde que trabalhada pela família
rural
Dispondo a lei sobre os meios de
financiar o seu desenvolvimento
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Direito Constitucional – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (Art. 005) – Prof. André Vieira
PROPRIEDADE INTELECTUAL
http://entendaocasolegiao.blogspot.com.br/
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XXXVIII – é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
CRIMES
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Direito Constitucional – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (Art. 005) – Prof. André Vieira
RACISMO X X
AGA X X
TORTURA X X
TRÁFICO X X
TERRORISMO X X
HEDIONDO X X
PENAS
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XLVI – a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;
PENAS
Recepciona Não recepciona
5
De morte, salvo em caso de guerra
Privação ou restrição da liberdade
declarada, nos termos do art. 84, XIX
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Direito Constitucional – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (Art. 005) – Prof. André Vieira
Do cumprimento da pena
A
Estabelecimento distinto
B
Natureza do delito
C
Idade
D
Sexo
L – às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos
durante o período de amamentação;
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EXTRADIÇÃO
Nato Jamais
Crime político
Crime de opinião
Naturalizado
Crime Político
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Direito Constitucional – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (Art. 005) – Prof. André Vieira
LIX – será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo
legal;
LX – a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade
ou o interesse social o exigirem;
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PRESO
LXI – ninguém será PRESO senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada
de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime
propriamente militar, definidos em lei;
PRISÃO
PRESO
LXIII – o PRESO será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado,
sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
LXIV – o PRESO tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu
interrogatório policial;
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Direito Constitucional – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (Art. 005) – Prof. André Vieira
PRISÃO
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
LXVIII – conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de
sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não
amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade
ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de
atribuições do Poder Público;
LXX – o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em
funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou
associados;
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REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
Descrições de Incisos
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Direito Constitucional – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (Art. 005) – Prof. André Vieira
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
Descrições de Incisos
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Assistência Jurídica Integral e Gratuita (AJIG)
LXXIV – o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos;
LXXV – o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além
do tempo fixado na sentença;
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Direito Constitucional – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (Art. 005) – Prof. André Vieira
LXXVII – são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos
necessários ao exercício da cidadania.
§,3o 2T # 3/5 # CD e SF # EC
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Direito Constitucional
Aula XX
2 a Geração / Dimensão
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS SOCIAIS
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte,
o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição.
EC Ano
Moradia 26 2000
EC Ano
Alimentação 64 2010
EC Ano
Transporte 90 2015
Educação
Saúde TTemos
SÃO DIREITOS SOCIAIS
Trabalho
lazer
alimentação
Lazer demais
Segurança
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Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
Destinatários do Art. 7o
Urbano
Rural
Doméstico
Avulso
Aprendiz
Servidor Público
Oficial das Forças Armadas
I – relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos
de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
II – seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III – fundo de garantia do tempo de serviço;
IV – salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas
necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde,
lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe
preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
V – piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
VI – irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
VII – garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
VIII – décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
X – proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente,
participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
XII – salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos
da lei;
XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou
convenção coletiva de trabalho;
XIV – jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento,
salvo negociação coletiva;
XV – repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI – remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do
normal;
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Direito Constitucional – Dos Direitos Sociais (Art. 006 a 011) – Prof. André Vieira
XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário
normal;
XVIII – licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e
vinte dias;
XIX – licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX – proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos
da lei;
XXI – aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos
termos da lei;
XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;
XXIII – adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma
da lei;
XXIV – aposentadoria;
XXV – assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de
idade em creches e pré-escolas;
XXVI – reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
XXVII – proteção em face da automação, na forma da lei;
XXVIII – seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização
a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
XXIX – ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional
de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção
do contrato de trabalho;
XXX – proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXI – proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do
trabalhador portador de deficiência;
XXXII – proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os
profissionais respectivos;
XXXIII – proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de
qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de
quatorze anos;
XXXIV – igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o
trabalhador avulso
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos
previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX,
XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do
cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de
trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a
sua integração à previdência social.
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VELHAS NA TPM
V Vestuário
E Educação
SALÁRIO MÍNIMO
L Lazer
H Higiene
A Alimentação
S Saúde
T Transporte
Art. 7 o IV
P Previdência Social
M Moradia
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Direito Constitucional – Dos Direitos Sociais (Art. 006 a 011) – Prof. André Vieira
ANTES DA EC 72
SIDRA FLA
IV
EMPREGADO DOMÉSTICO
VI
VIII
XV
XXI
XVII
XVIII
XIX
XXIV
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NÃO TEM DIREITO
V
XI
EMPREGADO DOMÉSTICO
XIV
XX
XXIII
XXVII
XXIX
XXXII
XXXIV
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1o 10 2015
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Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios institui-rão, no âmbito de sua
competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração
pública direta, das autarquias e das fundações públicas. (Vide ADIn 2.135-4)
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV,
VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer
requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.
SERVIDORES PÚBLICOS
IV
VIII
IX
XII
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Direito Constitucional – Dos Direitos Sociais (Art. 006 a 011) – Prof. André Vieira
XIII
XV
XVI
XVII
XVIII XIX
XX
XXII
XXX
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Art. 142,
VIII MILITARES
VIII
XII
FORÇAS ARMADAS
XVII
XVIII
XIX
XXV
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Direito Constitucional – Dos Direitos Sociais (Art. 006 a 011) – Prof. André Vieira
Votar
Aposentado Filiado
Ser votado
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VII
IV
VII
III
VI
II
Considerações
o
V
I
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Direito Constitucional – Dos Direitos Sociais (Art. 006 a 011) – Prof. André Vieira
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade
de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das
necessidades inadiáveis da comunidade.
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.
Prazo %
Parcial 72h X
Cuidado 114, §, 3o
Paralisações
Prazo %
Total 48h X
Cuidado
Pagamento do salário ainda que
o empregado não tenha trabalhado.
Lei 7783/89
Art. 17. Fica vedada a paralisação das atividades, por iniciativa do EMPREGADOR, com o
objetivo de frustrar negociação ou dificultar o atendimento de reivindicações dos respectivos
empregados (LOCK OUT).
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Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos
públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e
deliberação.
Participação Participação
Trabalhadores e Empregadores
COLEGIADOS
de órgãos Públicos
Interesse Interesse
Profissionais ou Previdenciário
Objeto Objeto
Discussão e Deliberação
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante
destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores.
Assegurada Eleição
1 Representante
Finalidade Exclusiva
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Direito Constitucional
Aula XX
PODER JUDICIÁRIO
STF
CNJ
AUDITORIAS
TJ TRF TRT TRE MILITARES
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FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO
STF STF SF
Juízes estaduais TJ TJ
(DF e Territórios)
Juízes federais TRF TRF
(do trabalho e militares)
Considerações
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Direito Constitucional – Disposições Gerais (Art. 092) – Prof. André Vieira
CAPÍTULO III
DO PODER JUDICIÁRIO
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
I – o Supremo Tribunal Federal;
I-A – o Conselho Nacional de Justiça;
II – o Superior Tribunal de Justiça;
II-A – o Tribunal Superior do Trabalho;
III – os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV – os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V – os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI – os Tribunais e Juízes Militares;
VII – os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
§ 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm
sede na Capital Federal.
§ 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território
nacional.
Cuidado!
( X ) (...)
CNJ Sede
( X ) ( X )
STF Sede Jurisdição
( X ) ( X )
TRIBUNAIS SUPERIORES Sede Jurisdição
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Direito Constitucional
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Direito Constitucional
DA NACIONALIDADE
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VII – de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
§ 4º Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I – tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao
interesse nacional;
II – adquirir outra nacionalidade, salvo no casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional de
Revisão nº 3, de 1994)
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (Incluído pela Emenda
Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado
estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos
civis; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.
§ 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo
nacionais.
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.
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Questões
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8. Para aquisição de nacionalidade brasileira c) A lei não pode estabelecer diferenças
pela via ordinária, os originários de países entre brasileiros natos e naturalizados,
de língua portuguesa necessitam: salvo os casos previstos na Constituição;
d) Os cargos de magistrados são privativos
a) Residir na República Federativa do Brasil de brasileiros natos.
por mais de 15 anos ininterruptamente
sem condenação penal; 12. É brasileiro nato:
b) Comprovar haver compatibilidade
entre os critérios do “jus solis” e “jus a) Todos os que nascem no Brasil;
sanguinis”; b) Todos os nascidos no exterior filhos de
c) Residir na República Federativa do pais brasileiros;
Brasil por mais de um ano ininterrupto c) O titular da nacionalidade brasileira
e demonstrar idoneidade moral; primária;
d) Preencher os requisitos previstos em lei d) Os oriundos de país de língua
ordinária. portuguesa que reside no Brasil há
um ano ininterrupto e que não tenha
9. São privativos de brasileiros natos os cargos: condenação penal.
a) De deputado federal; 13. São privativos de brasileiros natos os cargos
b) De carreira diplomática; de:
c) De Presidente do Banco Central;
d) De Secretário da Receita Federal; a) Presidente e Vice-Presidente da
e) De vereador. República, Presidente da Câmara dos
Deputados, Presidente do Senado
10. O brasileiro nato pode perder a Federal, Ministro do Supremo Tribunal
nacionalidade: Federal; da Carreira Diplomática;
de Oficial das Forças Armadas e de
a) Se alegar imperativo de consciência Ministro de Estado de Defesa;
para se eximir do serviço militar b) Presidente e Vice-Presidente da
obrigatório e se recusar a cumprir pena República; Deputado Federal; Senador
alternativa fixada em lei; da República; Ministro do Supremo
b) Como conseqüência de pena acessória Tribunal Federal; Carreira Diplomática;
se condenado pela prática de crime de Oficial das Forças Armadas e de
inafiançável e imprescritível; Ministro de Estado de Defesa;
c) Se, por imposição de norma estrangeira, c) Presidente e Vice-Presidente da
tiver que adquirir outra nacionalidade República; Presidente da Câmara dos
como condição para permanência em Deputados; Presidente do Senado
território estrangeiro ou para que possa Federal; Ministro do Superior Tribunal
lá exercer os direitos civis; de Justiça; Procurador Geral da
d) Se adquirir outra nacionalidade. República; da Carreira Diplomática;
de Oficial das Forças Armadas e de
11. Assinale a opção correta: Ministro de Estado da Defesa;
a) Em qualquer hipótese, os nascidos em d) Presidente e Vice-Presidente da
território brasileiro são considerados República; de Governador; Ministro do
brasileiros natos; Supremo Tribunal Federal; Ministro do
b) Os cargos da carreira diplomática Superior Tribunal de Justiça, da Carreira
podem ser ocupados por brasileiros Diplomática, de Oficial das Forças
naturalizados; Armadas e de Ministro de Estado de
Defesa.
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Direito Constitucional – Da Nacionalidade – Profª Alessandra Vieira
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b) O filho do casal será brasileiro nato, d) Ao adquirir outra nacionalidade
desde que seja registrado em repartição voluntariamente por naturalização.
consular brasileira competente na
Alemanha ou que venha a residir no 21. Sobre nacionalidade é correto afirmar que:
Brasil antes da maioridade e, nesse
caso, opte em qualquer tempo pela a) Nos termos da Constituição, os filhos
nacionalidade brasileira. de brasileiros que não estejam a
c) O filho do casal é considerado brasileiro serviço do Brasil nascidos no exterior
nato, independentemente de qualquer poderão fazer opção pela nacionalidade
condição, uma vez que, apesar de brasileira a qualquer tempo, após
nascido no estrangeiro, é filho de pai e atingida a maioridade;
mãe brasileiros. b) Os portugueses submetidos ao
d) Caso o filho do casal obtenha a condição estado da igualdade se equiparam aos
de brasileiro nato, após atendidos os brasileiros natos;
requisitos estabelecidos na legislação c) A lei poderá estabelecer distinção entre
brasileira, não perderá jamais essa brasileiros natos e naturalizados;
condição, visto que a Constituição e) A Constituição proíbe a extradição de
Federal prevê expressamente que brasileiro nato ou naturalizado.
nenhum brasileiro nato pode perder a
nacionalidade brasileira. 22. Guerra, prefeito do Município de Pelotas,
e) Caso o filho do casal obtenha a edita um decreto no qual isenta os
condição de brasileiro naturalizado, brasileiros natos do recolhimento do I.S.S.
ainda assim poderá ter a sua Tal procedimento está correto?
naturalização cancelada, por sentença a) Sim, uma vez que se trata de imposto
judicial, mas somente em decorrência de competência exclusiva do Município;
de crime comum, praticado antes b) Não, por ser matéria de competência
da naturalização, ou de comprovado de lei estadual;
envolvimento em tráfico ilícito de c) Não, porque a lei não pode estabelecer
entorpecentes. distinção entre brasileiros natos e
naturalizados;
19. O cancelamento da naturalização em razão d) Sim, porque na hipótese, há autorização
do exercício de atividades contrárias ao expressa na Constituição Federal;
interesse nacional, dar-se-á por: e) Sim, porque se trata de lei municipal
a) Decreto do Presidente da República; sobre matéria discricionária.
b) Sentença Judicial com trânsito em
julgado; 23. O art. 12, § 2º da Constituição Federal
c) Ato do Ministro das Relações Exteriores; estabelece que não poderá haver distinção
d) Ato do Governo Estrangeiro. entre brasileiro nato e naturalizado, a não
ser que tal distinção esteja prevista:
20. O brasileiro nato pode perder a a) na própria Constituição;
nacionalidade: b) em lei complementar;
a) Por sentença judicial que cancele a c) em lei ordinária;
naturalização; d) na Constituição Estadual;
b) Em razão de extradição; e) em lei delegada.
c) Se contratado por empresa
multinacional em território alienígena;
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Direito Constitucional – Da Nacionalidade – Profª Alessandra Vieira
24. Aos portugueses que optem pela 27. Filho de pais alemães, nascido em
naturalização brasileira ordinária, é exigido: território brasileiro no período em que
seus ascendentes estavam a serviço da
a) residência por dois anos ininterruptos e Alemanha, é considerado:
idoneidade moral;
b) residência por um ano ininterrupto e a) apátrida;
idoneidade moral; b) estrangeiro;
c) residência por trinta anos ininterruptos c) brasileiro nato;
e sem condenação penal; d) alemão equiparado;
d) residência permanente e reciprocidade e) brasileiro naturalizado.
em favor dos brasileiros;
e) residência ininterrupta no Brasil por 28. Henrique, brasileiro nato, vai morar no
mais de quinze anos e sem condenação México. Lá requer e obtém a nacionalidade
penal. mexicana. Como fica sua situação em face
da nacionalidade brasileira?
25. Juan Pablo, espanhol de nascimento, reside
desde 1984, ininterruptamente no Brasil. a) Permanece com a nacionalidade
Em razão do tempo de residência, ele: brasileira;
b) Perde a nacionalidade brasileira;
a) não poderá mais se naturalizar c) Permanece com as duas nacionalidades;
brasileiro; d) Terá prazo de cinco anos para optar por
b) será brasileiro naturalizado se o uma das nacionalidades;
requerer; e) Terá prazo de dois anos para optar por
c) será brasileiro naturalizado se o uma das nacionalidades.
requerer, desde que não tenha
condenação penal neste período; 29. Os cargos de Ministro do STJ, devem ser
d) deverá esperar completar trinta providos por:
anos de residência ininterrupta, sem
condenação penal, para requerer a a) brasileiros natos;
nacionalidade brasileira; b) brasileiros;
e) não poderá retornar à Espanha sem c) brasileiros natos e portugueses
visto. equiparados;
d) brasileiros e estrangeiros residentes no
26. Pelo critério do jus sanguinis a nacionalidade Brasil;
é conferida: e) Todas as opções são falsas.
a) ao descendente de nacional pouco im- 30. Não é privativo de brasileiro nato o cargo
portando o local de nascimento; de:
b) aos que nascerem fora do território do
Estado; a) Ministro do Planejamento;
c) aos que nascerem no território do Esta- b) Oficial das Forças Armadas;
do; c) Ministro do Supremo Tribunal Federal;
d) aos que nascerem em território nacio- d) Presidente do Senado Federal;
nal ou estrangeiro; e) Presidente da Câmara dos Deputa-
e) por mérito ao estrangeiro que, partici- dos.
pando das Forças Armadas Brasileiras,
tenha sido ferido em combate.
Gabarito: 1. B 2. B 3. D 4. C 5. D 6. D 7. A 8. C 9. B 10. D 11. C 12. C 13. A 14. C 15. A 16. C 17. D
18. A 19. B 20. D 21. A 22. C 23. A 24. B 25. C 26. A 27. B 28. B 29. B 30. A
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Direito Administrativo
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Direito Administrativo
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somente poderão ser fixados ou alterados XIV – os acréscimos pecuniários percebidos
por lei específica, observada a iniciativa por servidor público não serão computados
privativa em cada caso, assegurada revisão nem acumulados para fins de concessão de
geral anual, sempre na mesma data e sem acréscimos ulteriores; (Redação dada pela
distinção de índices; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Re-
gulamento) XV – o subsídio e os vencimentos dos ocu-
pantes de cargos e empregos públicos são
XI – a remuneração e o subsídio dos ocu- irredutíveis, ressalvado o disposto nos inci-
pantes de cargos, funções e empregos pú- sos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º,
blicos da administração direta, autárquica e 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada
fundacional, dos membros de qualquer dos pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, dos detentores XVI – é vedada a acumulação remunerada
de mandato eletivo e dos demais agentes de cargos públicos, exceto, quando houver
políticos e os proventos, pensões ou outra compatibilidade de horários, observado em
espécie remuneratória, percebidos cumu- qualquer caso o disposto no inciso XI: (Re-
lativamente ou não, incluídas as vantagens dação dada pela Emenda Constitucional nº
pessoais ou de qualquer outra natureza, 19, de 1998)
não poderão exceder o subsídio mensal, em a) a de dois cargos de professor; (Redação
espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
Federal, aplicando-se como limite, nos Mu- 1998)
nicípios, o subsídio do Prefeito, e nos Esta-
dos e no Distrito Federal, o subsídio mensal b) a de um cargo de professor com outro
do Governador no âmbito do Poder Execu- técnico ou científico; (Redação dada pela
tivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Distritais no âmbito do Poder Legislativo e
c) a de dois cargos ou empregos privativos
o subsidio dos Desembargadores do Tribu-
de profissionais de saúde, com profissões
nal de Justiça, limitado a noventa inteiros e
regulamentadas; (Redação dada pela Emen-
vinte e cinco centésimos por cento do sub-
da Constitucional nº 34, de 2001)
sídio mensal, em espécie, dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal, no âmbito do XVII – a proibição de acumular estende-se a
Poder Judiciário, aplicável este limite aos empregos e funções e abrange autarquias,
membros do Ministério Público, aos Procu- fundações, empresas públicas, sociedades
radores e aos Defensores Públicos; (Reda- de economia mista, suas subsidiárias, e so-
ção dada pela Emenda Constitucional nº 41, ciedades controladas, direta ou indireta-
19.12.2003) mente, pelo poder público; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XII – os vencimentos dos cargos do Poder
Legislativo e do Poder Judiciário não po- XVIII – a administração fazendária e seus
derão ser superiores aos pagos pelo Poder servidores fiscais terão, dentro de suas áre-
Executivo; as de competência e jurisdição, precedência
sobre os demais setores administrativos, na
XIII – é vedada a vinculação ou equiparação
forma da lei;
de quaisquer espécies remuneratórias para
o efeito de remuneração de pessoal do ser- XIX – somente por lei específica poderá ser
viço público; (Redação dada pela Emenda criada autarquia e autorizada a instituição
Constitucional nº 19, de 1998) de empresa pública, de sociedade de eco-
nomia mista e de fundação, cabendo à lei
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Direito Administrativo – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello
complementar, neste último caso, definir as (Redação dada pela Emenda Constitucional
áreas de sua atuação; (Redação dada pela nº 19, de 1998)
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
I – as reclamações relativas à prestação dos
XX – depende de autorização legislativa, em serviços públicos em geral, asseguradas a
cada caso, a criação de subsidiárias das en- manutenção de serviços de atendimento ao
tidades mencionadas no inciso anterior, as- usuário e a avaliação periódica, externa e
sim como a participação de qualquer delas interna, da qualidade dos serviços; (Incluído
em empresa privada; pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XXI – ressalvados os casos especificados II – o acesso dos usuários a registros admi-
na legislação, as obras, serviços, compras nistrativos e a informações sobre atos de
e alienações serão contratados mediante governo, observado o disposto no art. 5º, X
processo de licitação pública que assegu- e XXXIII; (Incluído pela Emenda Constitucio-
re igualdade de condições a todos os con- nal nº 19, de 1998)
correntes, com cláusulas que estabeleçam
obrigações de pagamento, mantidas as con- III – a disciplina da representação contra o
dições efetivas da proposta, nos termos da exercício negligente ou abusivo de cargo,
lei, o qual somente permitirá as exigências emprego ou função na administração públi-
de qualificação técnica e econômica indis- ca. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
pensáveis à garantia do cumprimento das 19, de 1998)
obrigações. (Regulamento) § 4º Os atos de improbidade administrativa
XXII – as administrações tributárias da importarão a suspensão dos direitos políti-
União, dos Estados, do Distrito Federal e cos, a perda da função pública, a indisponi-
dos Municípios, atividades essenciais ao bilidade dos bens e o ressarcimento ao erá-
funcionamento do Estado, exercidas por rio, na forma e gradação previstas em lei,
servidores de carreiras específicas, terão re- sem prejuízo da ação penal cabível.
cursos prioritários para a realização de suas § 5º A lei estabelecerá os prazos de pres-
atividades e atuarão de forma integrada, crição para ilícitos praticados por qualquer
inclusive com o compartilhamento de ca- agente, servidor ou não, que causem pre-
dastros e de informações fiscais, na forma juízos ao erário, ressalvadas as respectivas
da lei ou convênio. (Incluído pela Emenda ações de ressarcimento.
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público
§ 1º A publicidade dos atos, programas, e as de direito privado prestadoras de servi-
obras, serviços e campanhas dos órgãos ços públicos responderão pelos danos que
públicos deverá ter caráter educativo, infor- seus agentes, nessa qualidade, causarem a
mativo ou de orientação social, dela não po- terceiros, assegurado o direito de regresso
dendo constar nomes, símbolos ou imagens contra o responsável nos casos de dolo ou
que caracterizem promoção pessoal de au- culpa.
toridades ou servidores públicos.
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as
§ 2º A não observância do disposto nos in- restrições ao ocupante de cargo ou empre-
cisos II e III implicará a nulidade do ato e a go da administração direta e indireta que
punição da autoridade responsável, nos ter- possibilite o acesso a informações privile-
mos da lei. giadas. (Incluído pela Emenda Constitucio-
§ 3º A lei disciplinará as formas de partici- nal nº 19, de 1998)
pação do usuário na administração pública
direta e indireta, regulando especialmente:
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§ 8º A autonomia gerencial, orçamentá- noventa inteiros e vinte e cinco centésimos
ria e financeira dos órgãos e entidades da por cento do subsídio mensal dos Ministros
administração direta e indireta poderá ser do Supremo Tribunal Federal, não se apli-
ampliada mediante contrato, a ser firmado cando o disposto neste parágrafo aos sub-
entre seus administradores e o poder públi- sídios dos Deputados Estaduais e Distritais
co, que tenha por objeto a fixação de metas e dos Vereadores. (Incluído pela Emenda
de desempenho para o órgão ou entidade, Constitucional nº 47, de 2005)
cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Art. 38. Ao servidor público da administração
direta, autárquica e fundacional, no exercício de
I – o prazo de duração do contrato; mandato eletivo, aplicam-se as seguintes dispo-
sições: (Redação dada pela Emenda Constitucio-
II – os controles e critérios de avaliação de nal nº 19, de 1998)
desempenho, direitos, obrigações e respon-
sabilidade dos dirigentes; I – tratando-se de mandato eletivo federal,
estadual ou distrital, ficará afastado de seu
III – a remuneração do pessoal." cargo, emprego ou função;
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às II – investido no mandato de Prefeito, será
empresas públicas e às sociedades de eco- afastado do cargo, emprego ou função, sen-
nomia mista, e suas subsidiárias, que rece- do-lhe facultado optar pela sua remunera-
berem recursos da União, dos Estados, do ção;
Distrito Federal ou dos Municípios para pa-
gamento de despesas de pessoal ou de cus- III – investido no mandato de Vereador, ha-
teio em geral. (Incluído pela Emenda Consti- vendo compatibilidade de horários, perce-
tucional nº 19, de 1998) berá as vantagens de seu cargo, emprego
ou função, sem prejuízo da remuneração do
§ 10. É vedada a percepção simultânea de cargo eletivo, e, não havendo compatibili-
proventos de aposentadoria decorrentes do dade, será aplicada a norma do inciso ante-
art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remune- rior;
ração de cargo, emprego ou função pública,
ressalvados os cargos acumuláveis na forma IV – em qualquer caso que exija o afasta-
desta Constituição, os cargos eletivos e os mento para o exercício de mandato eletivo,
cargos em comissão declarados em lei de li- seu tempo de serviço será contado para to-
vre nomeação e exoneração. (Incluído pela dos os efeitos legais, exceto para promoção
Emenda Constitucional nº 20, de 1998) por merecimento;
§ 11. Não serão computadas, para efeito V – para efeito de benefício previdenciário,
dos limites remuneratórios de que trata o no caso de afastamento, os valores serão
inciso XI do caput deste artigo, as parcelas determinados como se no exercício estives-
de caráter indenizatório previstas em lei. se.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 47,
de 2005) (...)
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Direito Administrativo – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello
CONCEITOS INTRODUTÓRIOS
Conceitos Introdutórios
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência...
Trata-se dos princípios expressamente trazidos pela CF/88, considerando que há outros
princípios aplicáveis.
Para memorizá-los, usa-se o macete do “LIMPE”:
Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade
Eficiência
Princípio da Legalidade
A administração pública só pode agir quando houver lei que determine ou autorize sua
atuação. Assim, a eficácia da atividade da administração pública está condicionada ao que a lei
permite ou determina.
Enquanto no âmbito dos particulares, o princípio da legalidade significa que podem fazer
tudo o que a lei não proíba, no âmbito da administração pública esse princípio significa que o
administrador só pode fazer o que a lei autorize ou determine.
Esse princípio é o que melhor caracteriza o estado Estado de Direito, pois o administrador
público não pode agir de acordo com sua própria vontade e sim de acordo com o interesse do
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povo, titular do poder. Como, em última instância, as leis são feitas pelo povo, através de seus
representantes, pressupõe-se que estão de acordo com o interesse público.
Princípio da Impessoalidade
O administrador público deve ser impessoal, tendo sempre como finalidade a satisfação do
intere interesse público, não podendo beneficiar nem prejudicar a si ou determinada pessoa.
Esse princípio é visto sob dois aspectos:
a) como determinante da finalidade de toda atuação administrativa – inevitavelmente,
determinados atos podem ter por consequencia benefícios ou prejuízos a alguém, porém,
a atuação do administrador deve visar ao interesse público, sob pena de tal ato ser
considerado nulo por desvio de finalidade;
b) como vedação a que o agente público valha-se das atividades desenvolvidas pela
administração para obter benefício ou promoção pessoal – é vedado a promoção pessoal
do agente público pela sua atuação como administrador.
Como exemplos de aplicação do princípio da impessoalidade, podemos citar a imposição
de concurso público como condição para ingresso em cargo efetivo ou emprego público e a
exigência de licitações públicas para contratações pela administração.
Princípio da Moralidade
A moral administrativa está ligada à ideia de ética, probidade e de boa-fé. Não basta que a
atuação do administrador público seja legal, precisa ser moral também, já que nem tudo que é
legal é honesto.
Ato contrário a moral não é apenas inoportuno ou inconveniente, é considerado nulo.
Princípio da Publicidade
Esse princípio é tratado sob dois prismas:
a) exigência de publicação em órgão oficial como requisito de eficácia dos atos administrativos
gerais que devam produzir efeitos externos ou onerem o patrimônio público – enquanto
não for publicado, o ato não pode produzir efeitos;
b) exigência de transparência da atuação administrativa – finalidade de possibilitar, de forma
mais ampla possível, controle da administração pública pelo povo.
Princípio da Eficiência
O princípio da eficiência foi inserido o caput do art. 37 através da EC 19/1998. Visa a atingir
os objetivos de boa prestação dos serviços, de modo mais simples, rápido e econômico,
melhorando a relação custo/benefício da atividade da administração pública. O administrador
deve ter planejamento, procurando a melhor solução para atingir a finalidade e interesse
público do ato.
792 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello
Esse princípio, porém, não tem um caráter absoluto, já que não é possível afastar os outros
princípios da administração sob o argumento de dar maior eficiência ao ato. Por exemplo, não
se pode afastar as etapas legais (princípio da legalidade) de um procedimento licitatório a fim
de ter maior eficiência.
Agente público é toda pessoa que desempenha atividade administrativa, temporária ou não,
com ou sem remuneração.
Conceito Lei 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa):
Art. 2º. Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades
mencionadas no artigo anterior.
Portanto, Agentes Públicos são as pessoas físicas incumbidas, definitiva ou transitoriamente,
do exercício de alguma função estatal.
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Os agentes públicos podem ser classificados em:
a) Agentes Políticos – Exercem função pública de alta direção do Estado. Em regra, ingressam
por meio de eleição, com mandatos fixos, ao término dos quais a relação com o Estado
desaparece automaticamente. Exemplos: Chefes do Poder Executivo (Presidente da
República, Governadores dos Estados e Prefeitos Municipais, com seus respectivos vices),
Parlamentares (Senadores, Deputados Federais e Estaduais, Vereadores), Ministros de
Estado...
b) Servidores Estatais (ou Agentes Administrativos ou Servidores Públicos em sentido
amplo) – São as pessoas que prestam serviço público para a Administração, com natureza
profissional e remunerada. Dividem-se em:
•• Servidores Públicos Estatutários (são os ocupantes de cargos públicos e submetidos a
regime estatutário). Em sentido estrito, “servidor público” é apenas o estatutário.
•• Empregados Públicos (são os ocupantes de emprego público e submetidos a regime
celetista – CLT)
•• Servidores Temporários (aqueles contratados por tempo determinado para atender
a necessidade temporária de excepcional interesse público, não tendo cargo nem
emprego público, exercendo função pública remunerada e temporária).
Obs.: Há doutrina e questões que entendem que “Servidor Público em sentido amplo”
abrange essas 3 espécies (servidores públicos estatutários, empregados públicos e servidores
temporários), enquanto “Servidor Público em sentido estrito” seria apenas o Servidor
Estatutário. Vejamos o esquema:
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Direito Administrativo – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello
Cargo Público
Os cargos públicos são ocupados por servidores públicos, efetivos e comissionados, submetidos
ao regime estatutário.
A Lei nº 8.112/1990 define: “Art. 3o Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades
previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.”
De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello: “Cargos são as mais simples e indivisíveis
unidades de competência a serem expressadas por um agente, previstas em número certo,
com denominação própria, retribuídas por pessoas jurídicas de direito público e criadas por
lei”.
Cargos públicos são próprios das pessoas jurídicas de direito público.
Emprego Público
Os empregos públicos são ocupados por empregados públicos, os quais se submetem ao
regime celetista (Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT). Os empregados públicos ingressam
www.acasadoconcurseiro.com.br 795
por meio de concurso público para ocupar empregos públicos , de natureza essencialmente
contratual.
De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello: “Empregos públicos são núcleos de encargos
de trabalho permanentes a serem preenchidos por agentes contratados para desempenhá-los,
sob relação trabalhista”.
Empregos públicos são próprios das pessoas jurídicas de direito privado da Administração
Indireta. São exemplos, os empregados da Caixa Econômica Federal (empresa pública) e
do Banco do Brasil (sociedade de economia mista); lembrando que CESPE considera que
“dirigentes” dessas instituições, que não sejam do quadro de empregados, são regidos por
regime próprio e não pela CLT.
Função Pública
De acordo com Maia Sylvia Di Pietro: “São funções públicas as funções de confiança e
as exercidas pelos agentes públicos contratados por tempo determinado para atender a
necessidade temporária de excepcional interesse público (CF, art. 37, IX).”
Não há concurso público para preenchimento de função pública.
São acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos
estrangeiros, na forma da lei; (Obs.: Lei 8.112/90, art. 5º, § 3º As universidades e instituições de
pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos
e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei).
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Cargo Público
Efetivo Comissão
Livre nomeação e
Concurso Público exoneração (direção,
chefia e assessoramento)
Sem
Estabilidade
estabilidade
Criação e extinção do cargo público
Criação Lei
O prazo de validade do concurso público será de até 2 anos, prorrogável uma vez, por igual
período; ou seja, o prazo pode ser menor do que 2 anos; assim, se o prazo for de 1 ano, poderá
ser prorrogado por mais 1 ano apenas.
Prioridade de nomeação
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Obs.: STF – Candidato aprovado no concurso público dentro do número de vagas indicado no
edital tem direito subjetivo à nomeação, dentro do prazo de validade do concurso.
É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical, regra aplicável apenas
ao servidores públicos civis, já que a CF veda a aplicação aos militares (art. 142, § 3º, IV, CF).
Direito de greve
O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; porém,
ainda não regulamentação legal, o que fez com que o STF decidisse pela aplicação da lei que
regulamenta o direito de greve do empregado na iniciativa privada (Lei nº 7783/89). Também é
proibido ao militar fazer greve.
A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de
deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
Obs.: Segundo o STF, mesmo em concursos como de Polícia, é obrigatória a reserva de vagas
para portadores de deficiência, porém, os exames de aptidão indicarão se a deficiência é
compatível ou não com as atribuições do cargo.
Obs.: Lei 8.112/90, art. 5º, § 2o Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de
se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis
com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% das vagas
oferecidas no concurso.
Teto remuneratório
Agentes públicos não podem receber remuneração maior do que o subsídio mensal pago aos
Ministros do Supremo Tribunal Federal (é o chamado teto absoluto). Há também o chamado
subteto: I – nos Municípios, nenhum servidor poderá ganhar mais do que o prefeito; II – nos
Estados e Distrito Federal, se Poder Executivo, nenhum servidor pode ganhar mais do que o
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Governador, se Poder Legislativo, nenhum servidor pode ganhar mais do que os Deputados
Estaduais ou Distritais, se Poder Judiciário, nenhum servidor pode ganhar mais do que os
Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça.
Obs.: Não serão computadas, para efeito desses limites remuneratórios, as parcelas de caráter
indenizatório previstas em lei.
Teto Absoluto Nenhum agente público pode receber remuneração maior do que Ministro do STF
Subteto
Não pode receber remuneração
Agentes Públicos Âmbito
maior que a do
Municipais Geral Prefeito
Estaduais e Distritais Poder Executivo Governador
Poder Legislativo Deputados Estaduais ou Distritais
Poder Judiciário Desembargadores do TJ
Paridade de Vencimentos
Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser
superiores aos pagos pelo Poder Executivo.
Executivo
$$$
Judiciário Legislativo
Mandato eletivo
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I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo,
emprego ou função;
II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe
facultado optar pela sua remuneração;
III – investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as
vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e,
não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
IV – em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo
de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
V – para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão
determinados como se no exercício estivesse.
Mandato eletivo
Mandato Eletivo
Ao servidor
• Aoinvestido
servidor em mandato
investido eletivo aplicam-se
em mandato as seguintes
eletivo aplicam-se disposições:
as seguintes disposições:
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Acumulação lícita:
É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria (art. 40, art. 42 e 142, CF)
com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis
na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de
livre nomeação e exoneração.
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SLIDES – DISPOSIÇÕES GERAIS
Direito Administrativo
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@tatianamarcello
Administração Pública na
Constituição Federal
Disposições Gerais
(art. 37 a 38)
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Conceitos Introdutórios
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• Para memorizá-los, usa-se o macete do “LIMPE”:
Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade
Eficiência
• 1. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
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• 2. PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
• O administrador público deve ser impessoal, tendo sempre como finalidade a
satisfação do interesse público, não podendo beneficiar nem prejudicar a si
ou determinada pessoa.
• Esse princípio é visto sob dois aspectos:
a) como determinante da finalidade de toda atuação administrativa -
inevitavelmente, determinados atos podem ter por consequencia benefícios
ou prejuízos a alguém, porém, a atuação do administrador deve visar ao
interesse público, sob pena de tal ato ser considerado nulo por desvio de
finalidade;
b) como vedação a que o agente público valha-se das atividades
desenvolvidas pela administração para obter benefício ou promoção pessoal
- é vedado a promoção pessoal do agente público pela sua atuação como
administrador.
• Ex.: imposição de concurso público como condição para ingresso em cargo
efetivo ou emprego público; exigência de licitações públicas para contratações
pela administração.
• 3. PRINCÍPIO DA MORALIDADE
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• 4. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
• 5. PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA
• Esse princípio, porém, não tem um caráter absoluto, já que não é possível
afastar os outros princípios da administração sob o argumento de dar maior
eficiência ao ato. Por exemplo, não se pode afastar as etapas legais (princípio
da legalidade) de um procedimento licitatório a fim de ter maior eficiência.
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Direito Administrativo – Disposições Gerais (Art. 037 a 038) – Profª Tatiana Marcello
Agente Público
Art. 2º. Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce,
ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação,
designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo,
mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.
Agentes
Públicos
Servidores
Servidores Empregados
Temporários
Públicos Públicos
(Contrato prazo
(Estatuários) (Celetistas)
determinado)
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Servidores Públicos Empregados Públicos Servidores Temporários
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Cargo Público
Efetivo Comissão
Livre nomeação e
Concurso Público exoneração (direção,
chefia e assessoramento)
Sem
Estabilidade
estabilidade
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Criação e extinção do cargo público
Criação Lei
• Prioridade de nomeação
• Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado
em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com
prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira.
• Obs.: STF – Candidato aprovado no concurso público dentro do número de vagas
indicado no edital tem direito subjetivo à nomeação, dentro do prazo de validade
do concurso.
• Obs.: Lei 8.112/90, art. 12, § 2o Não se abrirá novo concurso enquanto houver
candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado.
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• Direito de greve
• O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei
específica; porém, ainda não há regulamentação legal, o que fez com que o STF
decidisse pela aplicação da lei que regulamenta o direito de greve do empregado na
iniciativa privada (Lei nº 7783/89).
ØObs.: Essas duas regras são aplicáveis apenas ao servidores públicos civis, já que a
CF veda a aplicação aos militares (art. 142, § 3º, IV, CF).
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• Fixação e revisão geral da remuneração
• Teto remuneratório
• Agentes públicos não podem receber remuneração maior do que o subsídio mensal
pago aos Ministros do Supremo Tribunal Federal (é o chamado teto absoluto).
• Há também o chamado subteto: I – nos Municípios, nenhum servidor poderá
ganhar mais do que o prefeito; II – nos Estados e Distrito Federal, se Poder
Executivo, nenhum servidor pode ganhar mais do que o Governador, se Poder
Legislativo, nenhum servidor pode ganhar mais do que os Deputados Estaduais ou
Distritais, se Poder Judiciário, nenhum servidor pode ganhar mais do que os
Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça.
• Obs.: Não serão computadas, para efeito desses limites remuneratórios, as parcelas
de caráter indenizatório previstas em lei.
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Executivo
$$$
Judiciário Legislativo
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Mandato eletivo
• Em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu
tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção
por merecimento;
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Acumulação lícita:
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Direito Administrativo
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§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Ju- II – compulsoriamente, com proventos pro-
diciário publicarão anualmente os valores porcionais ao tempo de contribuição, aos
do subsídio e da remuneração dos cargos e 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (se-
empregos públicos. (Incluído pela Emenda tenta e cinco) anos de idade, na forma de
Constitucional nº 19, de 1998) lei complementar; (Redação dada pela
§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distri- Emenda Constitucional nº 88, de 2015)
to Federal e dos Municípios disciplinará a III – voluntariamente, desde que cumprido
aplicação de recursos orçamentários pro- tempo mínimo de dez anos de efetivo exer-
venientes da economia com despesas cor- cício no serviço público e cinco anos no car-
rentes em cada órgão, autarquia e funda- go efetivo em que se dará a aposentadoria,
ção, para aplicação no desenvolvimento de observadas as seguintes condições: (Reda-
programas de qualidade e produtividade, ção dada pela Emenda Constitucional nº 20,
treinamento e desenvolvimento, moderni- de 15/12/98)
zação, reaparelhamento e racionalização a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de
do serviço público, inclusive sob a forma de contribuição, se homem, e cinqüenta e cin-
adicional ou prêmio de produtividade. (In- co anos de idade e trinta de contribuição, se
cluído pela Emenda Constitucional nº 19, de mulher; (Redação dada pela Emenda Cons-
1998) titucional nº 20, de 15/12/98)
§ 8º A remuneração dos servidores públicos b) sessenta e cinco anos de idade, se ho-
organizados em carreira poderá ser fixada mem, e sessenta anos de idade, se mulher,
nos termos do § 4º. (Incluído pela Emenda com proventos proporcionais ao tempo de
Constitucional nº 19, de 1998) contribuição. (Redação dada pela Emenda
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efe- Constitucional nº 20, de 15/12/98)
tivos da União, dos Estados, do Distrito Federal § 2º Os proventos de aposentadoria e as
e dos Municípios, incluídas suas autarquias e pensões, por ocasião de sua concessão, não
fundações, é assegurado regime de previdên- poderão exceder a remuneração do respec-
cia de caráter contributivo e solidário, median- tivo servidor, no cargo efetivo em que se
te contribuição do respectivo ente público, dos deu a aposentadoria ou que serviu de refe-
servidores ativos e inativos e dos pensionistas, rência para a concessão da pensão. (Reda-
observados critérios que preservem o equilíbrio ção dada pela Emenda Constitucional nº 20,
financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. de 15/12/98)
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº
41, 19.12.2003) § 3º Para o cálculo dos proventos de apo-
sentadoria, por ocasião da sua concessão,
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime serão consideradas as remunerações utili-
de previdência de que trata este artigo se- zadas como base para as contribuições do
rão aposentados, calculados os seus pro- servidor aos regimes de previdência de que
ventos a partir dos valores fixados na forma tratam este artigo e o art. 201, na forma da
dos §§ 3º e 17: (Redação dada pela Emenda lei. (Redação dada pela Emenda Constitu-
Constitucional nº 41, 19.12.2003) cional nº 41, 19.12.2003)
I – por invalidez permanente, sendo os pro- § 4º É vedada a adoção de requisitos e cri-
ventos proporcionais ao tempo de contri- térios diferenciados para a concessão de
buição, exceto se decorrente de acidente aposentadoria aos abrangidos pelo regime
em serviço, moléstia profissional ou doença de que trata este artigo, ressalvados, nos
grave, contagiosa ou incurável, na forma da termos definidos em leis complementares,
lei;(Redação dada pela Emenda Constitucio- os casos de servidores: (Redação dada pela
nal nº 41, 19.12.2003) Emenda Constitucional nº 47, de 2005)
820 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Administrativo – Dos Servidores Públicos (Art. 039 a 041) – Profª Tatiana Marcello
III – cujas atividades sejam exercidas sob § 9º O tempo de contribuição federal, esta-
condições especiais que prejudiquem a dual ou municipal será contado para efeito
saúde ou a integridade física. (Incluído pela de aposentadoria e o tempo de serviço cor-
Emenda Constitucional nº 47, de 2005) respondente para efeito de disponibilidade.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 20,
§ 5º Os requisitos de idade e de tempo de 15/12/98)
de contribuição serão reduzidos em cinco
anos, em relação ao disposto no § 1º, III, § 10. A lei não poderá estabelecer qualquer
"a", para o professor que comprove exclu- forma de contagem de tempo de contribui-
sivamente tempo de efetivo exercício das ção fictício. (Incluído pela Emenda Constitu-
funções de magistério na educação infantil cional nº 20, de 15/12/98)
e no ensino fundamental e médio. (Redação § 11. Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI,
dada pela Emenda Constitucional nº 20, de à soma total dos proventos de inatividade,
15/12/98) inclusive quando decorrentes da acumula-
§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decor- ção de cargos ou empregos públicos, bem
rentes dos cargos acumuláveis na forma como de outras atividades sujeitas a contri-
desta Constituição, é vedada a percepção buição para o regime geral de previdência
de mais de uma aposentadoria à conta do social, e ao montante resultante da adição
regime de previdência previsto neste artigo. de proventos de inatividade com remune-
(Redação dada pela Emenda Constitucional ração de cargo acumulável na forma desta
nº 20, de 15/12/98) Constituição, cargo em comissão declarado
em lei de livre nomeação e exoneração, e de
§ 7º Lei disporá sobre a concessão do bene- cargo eletivo. (Incluído pela Emenda Consti-
fício de pensão por morte, que será igual: tucional nº 20, de 15/12/98)
(Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 41, 19.12.2003) § 12. Além do disposto neste artigo, o regi-
me de previdência dos servidores públicos
I – ao valor da totalidade dos proventos do titulares de cargo efetivo observará, no que
servidor falecido, até o limite máximo esta- couber, os requisitos e critérios fixados para
belecido para os benefícios do regime geral o regime geral de previdência social. (Inclu-
de previdência social de que trata o art. 201, ído pela Emenda Constitucional nº 20, de
acrescido de setenta por cento da parcela 15/12/98)
excedente a este limite, caso aposentado
à data do óbito; ou (Incluído pela Emenda § 13. Ao servidor ocupante, exclusivamen-
Constitucional nº 41, 19.12.2003) te, de cargo em comissão declarado em lei
de livre nomeação e exoneração bem como
II – ao valor da totalidade da remuneração de outro cargo temporário ou de emprego
do servidor no cargo efetivo em que se deu público, aplica-se o regime geral de previ-
o falecimento, até o limite máximo estabe- dência social. (Incluído pela Emenda Consti-
lecido para os benefícios do regime geral de tucional nº 20, de 15/12/98)
previdência social de que trata o art. 201,
acrescido de setenta por cento da parcela § 14. A União, os Estados, o Distrito Fede-
excedente a este limite, caso em atividade ral e os Municípios, desde que instituam
na data do óbito. (Incluído pela Emenda regime de previdência complementar para
Constitucional nº 41, 19.12.2003) os seus respectivos servidores titulares de
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cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das equivalente ao valor da sua contribuição
aposentadorias e pensões a serem concedi- previdenciária até completar as exigências
das pelo regime de que trata este artigo, o para aposentadoria compulsória contidas
limite máximo estabelecido para os bene- no § 1º, II. (Incluído pela Emenda Constitu-
fícios do regime geral de previdência social cional nº 41, 19.12.2003)
de que trata o art. 201. (Incluído pela Emen- § 20. Fica vedada a existência de mais de um
da Constitucional nº 20, de 15/12/98) regime próprio de previdência social para os
§ 15. O regime de previdência complemen- servidores titulares de cargos efetivos, e de
tar de que trata o § 14 será instituído por mais de uma unidade gestora do respectivo
lei de iniciativa do respectivo Poder Executi- regime em cada ente estatal, ressalvado o
vo, observado o disposto no art. 202 e seus disposto no art. 142, § 3º, X. (Incluído pela
parágrafos, no que couber, por intermédio Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
de entidades fechadas de previdência com- § 21. A contribuição prevista no § 18 deste
plementar, de natureza pública, que ofere- artigo incidirá apenas sobre as parcelas de
cerão aos respectivos participantes planos proventos de aposentadoria e de pensão
de benefícios somente na modalidade de que superem o dobro do limite máximo es-
contribuição definida. (Redação dada pela tabelecido para os benefícios do regime ge-
Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) ral de previdência social de que trata o art.
§ 16. Somente mediante sua prévia e ex- 201 desta Constituição, quando o beneficiá-
pressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 rio, na forma da lei, for portador de doença
poderá ser aplicado ao servidor que tiver incapacitante. (Incluído pela Emenda Cons-
ingressado no serviço público até a data da titucional nº 47, de 2005)
publicação do ato de instituição do corres- Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo
pondente regime de previdência comple- exercício os servidores nomeados para cargo de
mentar. (Incluído pela Emenda Constitucio- provimento efetivo em virtude de concurso pú-
nal nº 20, de 15/12/98) blico. (Redação dada pela Emenda Constitucio-
§ 17. Todos os valores de remuneração con- nal nº 19, de 1998)
siderados para o cálculo do benefício pre- § 1º O servidor público estável só perderá o
visto no § 3° serão devidamente atualiza- cargo: (Redação dada pela Emenda Consti-
dos, na forma da lei. (Incluído pela Emenda tucional nº 19, de 1998)
Constitucional nº 41, 19.12.2003)
I – em virtude de sentença judicial transita-
§ 18. Incidirá contribuição sobre os proven- da em julgado; (Incluído pela Emenda Cons-
tos de aposentadorias e pensões conce- titucional nº 19, de 1998)
didas pelo regime de que trata este artigo
que superem o limite máximo estabelecido II – mediante processo administrativo em
para os benefícios do regime geral de pre- que lhe seja assegurada ampla defesa; (In-
vidência social de que trata o art. 201, com cluído pela Emenda Constitucional nº 19, de
percentual igual ao estabelecido para os 1998)
servidores titulares de cargos efetivos. (In- III – mediante procedimento de avaliação
cluído pela Emenda Constitucional nº 41, periódica de desempenho, na forma de lei
19.12.2003) complementar, assegurada ampla defesa.
§ 19. O servidor de que trata este artigo que (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,
tenha completado as exigências para apo- de 1998)
sentadoria voluntária estabelecidas no § 1º, § 2º Invalidada por sentença judicial a de-
III, a, e que opte por permanecer em ativi- missão do servidor estável, será ele reinte-
dade fará jus a um abono de permanência grado, e o eventual ocupante da vaga, se es-
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tável, reconduzido ao cargo de origem, sem cional ao tempo de serviço, até seu adequa-
direito a indenização, aproveitado em outro do aproveitamento em outro cargo. (Reda-
cargo ou posto em disponibilidade com re- ção dada pela Emenda Constitucional nº 19,
muneração proporcional ao tempo de ser- de 1998)
viço. (Redação dada pela Emenda Constitu- § 4º Como condição para a aquisição da es-
cional nº 19, de 1998) tabilidade, é obrigatória a avaliação especial
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua des- de desempenho por comissão instituída
necessidade, o servidor estável ficará em para essa finalidade. (Incluído pela Emenda
disponibilidade, com remuneração propor- Constitucional nº 19, de 199
2. Estabilidade
São estáveis após 3 anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimen-
to efetivo em virtude de concurso público + avaliação especial de desempenho por comissão
instituída para essa finalidade. Portanto, são requisitos para aquisição da estabilidade:
a) aprovação em concurso público;
b) nomeação para cargo público efetivo;
c) 3 anos de efetivo exercício;
d) avaliação especial de desempenho.
A estabilidade é a garantia de permanência do servidor no serviço público, mas não é absoluta,
sendo que a própria CF prevê que o servidor público estável só perderá o cargo:
I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei comple-
mentar, assegurada ampla defesa.
Também poderá perder o cargo em caso de despesa de pessoal acima dos limites legais (art.
169, CF). A Lei complementar n. 101/200 (Lei de Responsabilidade Fiscal) estabelece que o limi-
te de despesa com pessoal da União é de 50% da receita líquida, enquanto dos Estados e Mu-
nicípios é de 60%. Ultrapassados esses limites, o ente deverá tomar as seguintes providências:
a) reduzir em pelo menos 20% as despesas com cargos em comissão e funções de confiança; b)
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exoneração dos servidores não estáveis; c) se ainda assim ficar fora dos limites legais, o servi-
dor estável poderá perder o cargo.
3. Reintegração
Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o even-
tual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização,
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao
tempo de serviço.
4. Disponibilidade
Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilida-
de, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento
em outro cargo.
5. Aposentadoria
Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-
nicípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência (Regime
Próprio de Previdência Social – RPPS) de caráter contributivo e solidário, mediante contribui-
ção do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados
critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. Obs.: O Estatuto trará as regras para
a aposentadoria.
Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nome-
ação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o
Regime Geral de Previdência Social (RGPS), ou seja, o regime geral aplicável aos trabalhadores
da iniciativa provada regidos pela CLT.
Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados:
I – por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição,
exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa
ou incurável, na forma da lei (integrais);
II – compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 anos de
idade, ou aos 75 anos de idade, na forma de lei complementar; (Lei Complementar 152/2015)
III – voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício
no serviço público e 5 anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as
seguintes condições:
a) 60 anos de idade e 35 de contribuição, se homem, e 55 anos de idade e 30 de contribuição,
se mulher;
b) 65 anos de idade, se homem, e 60 anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao
tempo de contribuição.
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• Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV,
VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei
estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo
o exigir.
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• Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
• IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a
suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação,
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com
reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua
vinculação para qualquer fim;
• VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem
remuneração variável;
• VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da
aposentadoria;
• IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
• XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda
nos termos da lei;
• XIII - duração do trabalho normal não superior a 8 horas diárias e 44 semanais,
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou
convenção coletiva de trabalho;
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• Estabilidade
3 anos
Estágio
Concurso Nomeação Posse Exercício Estabilidade
Probatório
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• A estabilidade não é absoluta, sendo que a própria CF prevê que o servidor
público estável só perderá o cargo:
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho.
• Também poderá perder o cargo por despesa de pessoal acima dos limites
legais (art. 169, CF). A Lei complementar n. 101/200 (Lei de Responsabilidade
Fiscal) estabelece que o limite de despesa com pessoal da União é de 50% da
receita líquida, enquanto dos Estados e Municípios é de 60%. Ultrapassados
esses limites, o ente deverá tomar as seguintes providências: a) reduzir em
pelo menos 20% as despesas com cargos em comissão e funções de confiança;
b) exoneração dos servidores não estáveis; c) se ainda assim ficar fora dos
limites legais, o servidor estável poderá perder o cargo.
Reintegração
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Disponibilidade
• Aposentadoria
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• Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão
aposentados:
I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de
contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou
doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei (integrais);
II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70
anos de idade, ou aos 75 anos de idade, na forma de lei complementar; (Lei
Complementar 152/2015)
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de 10 anos de efetivo
exercício no serviço público e 5 anos no cargo efetivo em que se dará a
aposentadoria, observadas as seguintes condições:
a) 60 anos de idade e 35 de contribuição, se homem, e 55 anos de idade e 30 de
contribuição, se mulher;
b) 65 anos de idade, se homem, e 60 anos de idade, se mulher, com proventos
proporcionais ao tempo de contribuição.
Aposentadoria
• Compulsoriamente.
ü75 anos de idade.
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Direito Administrativo
Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes do patrimônio ou da receita anual, limitan-
públicos nos casos de enriquecimento ilícito no do-se, nestes casos, a sanção patrimonial à
exercício de mandato, cargo, emprego ou fun- repercussão do ilícito sobre a contribuição
ção na administração pública direta, indireta ou dos cofres públicos.
fundacional e dá outras providências.
Art. 2º Reputa-se agente público, para os efei-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que tos desta lei, todo aquele que exerce, ainda
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a que transitoriamente ou sem remuneração, por
seguinte lei: eleição, nomeação, designação, contratação ou
qualquer outra forma de investidura ou vínculo,
mandato, cargo, emprego ou função nas entida-
des mencionadas no artigo anterior.
CAPÍTULO I
Art. 3º As disposições desta lei são aplicáveis,
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
no que couber, àquele que, mesmo não sendo
Art. 1º Os atos de improbidade praticados por agente público, induza ou concorra para a prá-
qualquer agente público, servidor ou não, con- tica do ato de improbidade ou dele se beneficie
tra a administração direta, indireta ou funda- sob qualquer forma direta ou indireta.
cional de qualquer dos Poderes da União, dos Art. 4º Os agentes públicos de qualquer nível ou
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, hierarquia são obrigados a velar pela estrita ob-
de Território, de empresa incorporada ao patri- servância dos princípios de legalidade, impesso-
mônio público ou de entidade para cuja criação alidade, moralidade e publicidade no trato dos
ou custeio o erário haja concorrido ou concorra assuntos que lhe são afetos.
com mais de cinqüenta por cento do patrimô-
nio ou da receita anual, serão punidos na forma Art. 5º Ocorrendo lesão ao patrimônio públi-
desta lei. co por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do
agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressar-
Parágrafo único. Estão também sujeitos às cimento do dano.
penalidades desta lei os atos de improbida-
de praticados contra o patrimônio de enti- Art. 6º No caso de enriquecimento ilícito, per-
dade que receba subvenção, benefício ou derá o agente público ou terceiro beneficiário
incentivo, fiscal ou creditício, de órgão pú- os bens ou valores acrescidos ao seu patrimô-
blico bem como daquelas para cuja criação nio.
ou custeio o erário haja concorrido ou con-
Art. 7º Quando o ato de improbidade causar le-
corra com menos de cinqüenta por cento
são ao patrimônio público ou ensejar enrique-
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cimento ilícito, caberá a autoridade administra- des referidas no art. 1º por preço superior
tiva responsável pelo inquérito representar ao ao valor de mercado;
Ministério Público, para a indisponibilidade dos
bens do indiciado. III – perceber vantagem econômica, direta
ou indireta, para facilitar a alienação, per-
Parágrafo único. A indisponibilidade a que muta ou locação de bem público ou o for-
se refere o caput deste artigo recairá sobre necimento de serviço por ente estatal por
bens que assegurem o integral ressarcimen- preço inferior ao valor de mercado;
to do dano, ou sobre o acréscimo patrimo-
nial resultante do enriquecimento ilícito. IV – utilizar, em obra ou serviço particular,
veículos, máquinas, equipamentos ou ma-
Art. 8º O sucessor daquele que causar lesão ao terial de qualquer natureza, de propriedade
patrimônio público ou se enriquecer ilicitamen- ou à disposição de qualquer das entidades
te está sujeito às cominações desta lei até o li- mencionadas no art. 1° desta lei, bem como
mite do valor da herança. o trabalho de servidores públicos, emprega-
dos ou terceiros contratados por essas enti-
dades;
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za, de propriedade ou à disposição de qual- XX – liberar recursos de parcerias firmadas
quer das entidades mencionadas no art. 1° pela administração pública com entidades
desta lei, bem como o trabalho de servidor privadas sem a estrita observância das nor-
público, empregados ou terceiros contrata- mas pertinentes ou influir de qualquer for-
dos por essas entidades. ma para a sua aplicação irregular. (Incluído
pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)
XIV – celebrar contrato ou outro instrumen-
to que tenha por objeto a prestação de ser- XXI – liberar recursos de parcerias firmadas
viços públicos por meio da gestão associada pela administração pública com entidades
sem observar as formalidades previstas na privadas sem a estrita observância das nor-
lei; (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005) mas pertinentes ou influir de qualquer for-
ma para a sua aplicação irregular. (Incluído
XV – celebrar contrato de rateio de consór- pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)
cio público sem suficiente e prévia dotação
orçamentária, ou sem observar as formali- Seção II-A
dades previstas na lei.(Incluído pela Lei nº (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de
11.107, de 2005) 2016) (Produção de efeito)
XVI – facilitar ou concorrer, por qualquer DOS ATOS DE IMPROBIDADE
forma, para a incorporação, ao patrimônio ADMINISTRATIVA DECORRENTES
particular de pessoa física ou jurídica, de DE CONCESSÃO OU APLICAÇÃO
bens, rendas, verbas ou valores públicos
INDEVIDA DE BENEFÍCIO FINANCEIRO
transferidos pela administração pública a
entidades privadas mediante celebração de OU TRIBUTÁRIO
parcerias, sem a observância das formali-
Art. 10-A. Constitui ato de improbidade
dades legais ou regulamentares aplicáveis
administrativa qualquer ação ou omissão para
à espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de
conceder, aplicar ou manter benefício financeiro
2014) (Vigência)
ou tributário contrário ao que dispõem o caput
XVII – permitir ou concorrer para que pes- e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº
soa física ou jurídica privada utilize bens, 116, de 31 de julho de 2003. (Incluído pela Lei
rendas, verbas ou valores públicos transfe- Complementar nº 157, de 2016) (Produção de
ridos pela administração pública a entidade efeito)
privada mediante celebração de parcerias,
sem a observância das formalidades legais Seção III
ou regulamentares aplicáveis à espécie; (In- DOS ATOS DE IMPROBIDADE
cluído pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigên- ADMINISTRATIVA QUE ATENTAM
cia) CONTRA OS PRINCÍPIOS DA
XVIII – celebrar parcerias da administração ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
pública com entidades privadas sem a ob-
servância das formalidades legais ou regu- Art. 11. Constitui ato de improbidade adminis-
lamentares aplicáveis à espécie; (Incluído trativa que atenta contra os princípios da admi-
pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência) nistração pública qualquer ação ou omissão que
viole os deveres de honestidade, imparcialida-
XIX – agir negligentemente na celebração, de, legalidade, e lealdade às instituições, e no-
fiscalização e análise das prestações de con- tadamente:
tas de parcerias firmadas pela administra-
ção pública com entidades privadas; (Inclu- I – praticar ato visando fim proibido em lei
ído pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência) ou regulamento ou diverso daquele previs-
to, na regra de competência;
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ações, e qualquer outra espécie de bens e do, se esta não contiver as formalidades es-
valores patrimoniais, localizado no País ou tabelecidas no § 1º deste artigo. A rejeição
no exterior, e, quando for o caso, abrange- não impede a representação ao Ministério
rá os bens e valores patrimoniais do cônju- Público, nos termos do art. 22 desta lei.
ge ou companheiro, dos filhos e de outras
pessoas que vivam sob a dependência eco- § 3º Atendidos os requisitos da represen-
nômica do declarante, excluídos apenas os tação, a autoridade determinará a imedia-
objetos e utensílios de uso doméstico. ta apuração dos fatos que, em se tratando
de servidores federais, será processada na
§ 2º A declaração de bens será anualmente forma prevista nos arts. 148 a 182 da Lei nº
atualizada e na data em que o agente pú- 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e, em se
blico deixar o exercício do mandato, cargo, tratando de servidor militar, de acordo com
emprego ou função. os respectivos regulamentos disciplinares.
§ 3º Será punido com a pena de demissão, Art. 15. A comissão processante dará conheci-
a bem do serviço público, sem prejuízo de mento ao Ministério Público e ao Tribunal ou
outras sanções cabíveis, o agente públi- Conselho de Contas da existência de procedi-
co que se recusar a prestar declaração dos mento administrativo para apurar a prática de
bens, dentro do prazo determinado, ou que ato de improbidade.
a prestar falsa.
Parágrafo único. O Ministério Público ou
§ 4º O declarante, a seu critério, poderá en- Tribunal ou Conselho de Contas poderá, a
tregar cópia da declaração anual de bens requerimento, designar representante para
apresentada à Delegacia da Receita Federal acompanhar o procedimento administrati-
na conformidade da legislação do Impos- vo.
to sobre a Renda e proventos de qualquer
natureza, com as necessárias atualizações, Art. 16. Havendo fundados indícios de respon-
para suprir a exigência contida no caput e sabilidade, a comissão representará ao Minis-
no § 2° deste artigo . tério Público ou à procuradoria do órgão para
que requeira ao juízo competente a decretação
do seqüestro dos bens do agente ou terceiro
que tenha enriquecido ilicitamente ou causado
CAPÍTULO V dano ao patrimônio público.
DO PROCEDIMENTO § 1º O pedido de seqüestro será processa-
ADMINISTRATIVO E DO PROCESSO do de acordo com o disposto nos arts. 822 e
JUDICIAL 825 do Código de Processo Civil.
§ 2º Quando for o caso, o pedido incluirá a
Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à
investigação, o exame e o bloqueio de bens,
autoridade administrativa competente para que
contas bancárias e aplicações financeiras
seja instaurada investigação destinada a apurar
mantidas pelo indiciado no exterior, nos ter-
a prática de ato de improbidade.
mos da lei e dos tratados internacionais.
§ 1º A representação, que será escrita ou
Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordi-
reduzida a termo e assinada, conterá a qua-
nário, será proposta pelo Ministério Público ou
lificação do representante, as informações
pela pessoa jurídica interessada, dentro de trin-
sobre o fato e sua autoria e a indicação das
ta dias da efetivação da medida cautelar.
provas de que tenha conhecimento.
§ 1º É vedada a transação, acordo ou conci-
§ 2º A autoridade administrativa rejeitará a
liação nas ações de que trata o caput.
representação, em despacho fundamenta-
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§ 2º A Fazenda Pública, quando for o caso, § 9º Recebida a petição inicial, será o réu
promoverá as ações necessárias à comple- citado para apresentar contestação. (Inclu-
mentação do ressarcimento do patrimônio ído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
público. 2001)
§ 3º No caso de a ação principal ter sido § 10. Da decisão que receber a petição ini-
proposta pelo Ministério Público, aplica-se, cial, caberá agravo de instrumento. (Incluí-
no que couber, o disposto no § 3º do art. do pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
6o da Lei no 4.717, de 29 de junho de 1965. 2001)
(Redação dada pela Lei nº 9.366, de 1996)
§ 11. Em qualquer fase do processo, reco-
§ 4º O Ministério Público, se não intervir no nhecida a inadequação da ação de improbi-
processo como parte, atuará obrigatoria- dade, o juiz extinguirá o processo sem jul-
mente, como fiscal da lei, sob pena de nu- gamento do mérito. (Incluído pela Medida
lidade. Provisória nº 2.225-45, de 2001)
§ 5º A propositura da ação prevenirá a ju- § 12. Aplica-se aos depoimentos ou inqui-
risdição do juízo para todas as ações pos- rições realizadas nos processos regidos por
teriormente intentadas que possuam a esta Lei o disposto no art. 221, caput e § 1o,
mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. do Código de Processo Penal.(Incluído pela
(Incluído pela Medida provisória nº 2.180- Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)
35, de 2001)
§ 13. Para os efeitos deste artigo, também
§ 6º A ação será instruída com documentos se considera pessoa jurídica interessada o
ou justificação que contenham indícios sufi- ente tributante que figurar no polo ativo da
cientes da existência do ato de improbidade obrigação tributária de que tratam o § 4º do
ou com razões fundamentadas da impossi- art. 3º e o art. 8º-A da Lei Complementar nº
bilidade de apresentação de qualquer des- 116, de 31 de julho de 2003. (Incluído pela
sas provas, observada a legislação vigente, Lei Complementar nº 157, de 2016)
inclusive as disposições inscritas nos arts.
16 a 18 do Código de Processo Civil. (Inclu- Art. 18. A sentença que julgar procedente ação
ído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de civil de reparação de dano ou decretar a perda
2001) dos bens havidos ilicitamente determinará o
pagamento ou a reversão dos bens, conforme
§ 7º Estando a inicial em devida forma, o o caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada
juiz mandará autuá-la e ordenará a notifi- pelo ilícito.
cação do requerido, para oferecer manifes-
tação por escrito, que poderá ser instruída
com documentos e justificações, dentro do
prazo de quinze dias. (Incluído pela Medida CAPÍTULO VI
Provisória nº 2.225-45, de 2001) DAS DISPOSIÇÕES PENAIS
§ 8º Recebida a manifestação, o juiz, no Art. 19. Constitui crime a representação por ato
prazo de trinta dias, em decisão fundamen- de improbidade contra agente público ou ter-
tada, rejeitará a ação, se convencido da ceiro beneficiário, quando o autor da denúncia
inexistência do ato de improbidade, da im- o sabe inocente.
procedência da ação ou da inadequação da
Pena: detenção de seis a dez meses e mul-
via eleita. (Incluído pela Medida Provisória
ta.
nº 2.225-45, de 2001)
Parágrafo único. Além da sanção penal, o
denunciante está sujeito a indenizar o de-
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nunciado pelos danos materiais, morais ou III – até cinco anos da data da apresentação
à imagem que houver provocado. à administração pública da prestação de
contas final pelas entidades referidas no pa-
Art. 20. A perda da função pública e a suspen- rágrafo único do art. 1o desta Lei. (Incluído
são dos direitos políticos só se efetivam com o pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)
trânsito em julgado da sentença condenatória.
Parágrafo único. A autoridade judicial ou
administrativa competente poderá deter-
minar o afastamento do agente público do CAPÍTULO VIII
exercício do cargo, emprego ou função, sem DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
prejuízo da remuneração, quando a medida
se fizer necessária à instrução processual. Art. 24. Esta lei entra em vigor na data de sua
publicação.
Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta s
lei independe: Art. 25. Ficam revogadas as Leis nº 3.164, de 1º
de junho de 1957, e 3.502, de 21 de dezembro
I – da efetiva ocorrência de dano ao pa-
de 1958 e demais disposições em contrário.
trimônio público, salvo quanto à pena de
ressarcimento; (Redação dada pela Lei nº Rio de Janeiro, 2 de junho de 1992; 171º da In-
12.120, de 2009). dependência e 104º da República.
II – da aprovação ou rejeição das contas FERNANDO COLLOR
pelo órgão de controle interno ou pelo Tri-
bunal ou Conselho de Contas. Célio Borja
CAPÍTULO VII
DA PRESCRIÇÃO
Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as
sanções previstas nesta lei podem ser propos-
tas:
I – até cinco anos após o término do exercí-
cio de mandato, de cargo em comissão ou
de função de confiança;
II – dentro do prazo prescricional previsto
em lei específica para faltas disciplinares
puníveis com demissão a bem do serviço
público, nos casos de exercício de cargo efe-
tivo ou emprego.
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Direito Administrativo – Improbidade Administrativa – Lei nº 8.429/92 – Profª Tatiana Marcello
Lei nº 8.429/1992
• Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de
enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na
administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências.
• Improbidade na CF:
• Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará
nos casos de: V – improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
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• Não há sanção penal ao agente ímprobo na LIA (Ação de Improbidade é Ação Civil
Pública).
Disposições Gerais
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Direito Administrativo – Improbidade Administrativa – Lei nº 8.429/92 – Profª Tatiana Marcello
• Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce,
ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação,
designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo,
mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior
(ato de improbidade próprio).
• Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não
sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou
dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta (ato de improbidade
impróprio).
• STF:
ØParticular sozinho não pratica improbidade; precisa haver conluio com o agente.
ØAgente político que responde por crime de responsabilidade não responde pela LIA,
mas sim por legislação própria (Lei 1.079/50 – que é mais severa).
ØEstagiário que atua no serviço público também está sujeito à responsabilização da
LIA (STJ).
Agentes
Públicos
Servidores
Servidores Empregados
Temporários
Públicos Públicos
(Contrato prazo
(Estatuários) (Celetistas)
determinado)
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Administração
Sujeito Passivo
Pública (Art. 1º)
Ato de
Improbidade Agente Público
Sujeito Ativo ou Particular em
conluio (Art. 2º)
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Atos decorrentes de
concessão ou aplicação
indevida de benefício
financeiro ou tributário
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Atos de Improbidade Administrativa
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra
vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem,
gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser
atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente
público;
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XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo
patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei.
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• Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário
qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio,
apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades
referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: (STF – tem que ter havido dano $)
II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens,
rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades
mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das formalidades legais ou
regulamentares aplicáveis à espécie;
III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de
fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de
qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das
formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie;
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XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir
de qualquer forma para a sua aplicação irregular;
XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de
serviços públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades
previstas na lei;
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XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporação, ao patrimônio
particular de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores públicos
transferidos pela administração pública a entidades privadas mediante celebração
de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares
aplicáveis à espécie;
XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens,
rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a
entidade privada mediante celebração de parcerias, sem a observância das
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
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• Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios
da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de
honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que
deva permanecer em segredo;
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• Diferenciar:
Penas
Øperda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio;
Øressarcimento integral do dano, quando houver;
Øperda da função pública;
Øsuspensão dos direitos políticos;*
Øpagamento de multa civil;*
Øproibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos
fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa
jurídica da qual seja sócio majoritário.*
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Penas
AI Suspensão dos
direitos políticos
Multa Civil Proibição de
contratar ou
receber incentivo
público
Da Declaração de Bens
• Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de
outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos
bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.
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Procedimento Administrativo e Processo Judicial
• A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou
pela pessoa jurídica interessada, dentro de 30 dias da efetivação da medida cautelar.
• O MP, se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal
da lei, sob pena de nulidade.
• Obs.: Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra
agente público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe
inocente. Pena: detenção de seis a dez meses e multa.
• Não se trata de “crime” por improbidade e sim de denunciação caluniosa feita
contra quem não praticou ato de improbidade.
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Prescrição
• As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser
propostas:
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Direito Penal
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Direito Penal
Art. 293. Falsificar, fabricando-os ou alterando- III – importa, exporta, adquire, vende, ex-
-os: põe à venda, mantém em depósito, guarda,
troca, cede, empresta, fornece, porta ou, de
I – selo destinado a controle tributário, pa- qualquer forma, utiliza em proveito próprio
pel selado ou qualquer papel de emissão ou alheio, no exercício de atividade comer-
legal destinado à arrecadação de tributo; cial ou industrial, produto ou mercadoria:
(Redação dada pela Lei nº 11.035, de 2004) (Incluído pela Lei nº 11.035, de 2004)
II – papel de crédito público que não seja a) em que tenha sido aplicado selo que se
moeda de curso legal; destine a controle tributário, falsificado; (In-
cluído pela Lei nº 11.035, de 2004)
III – vale postal;
b) sem selo oficial, nos casos em que a le-
IV – cautela de penhor, caderneta de depó-
gislação tributária determina a obrigatorie-
sito de caixa econômica ou de outro estabe-
dade de sua aplicação. (Incluído pela Lei nº
lecimento mantido por entidade de direito
11.035, de 2004)
público;
§ 2º Suprimir, em qualquer desses papéis,
V – talão, recibo, guia, alvará ou qualquer
quando legítimos, com o fim de torná-los
outro documento relativo a arrecadação
novamente utilizáveis, carimbo ou sinal in-
de rendas públicas ou a depósito ou caução
dicativo de sua inutilização:
por que o poder público seja responsável;
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
VI – bilhete, passe ou conhecimento de
empresa de transporte administrada pela § 3º Incorre na mesma pena quem usa, de-
União, por Estado ou por Município: pois de alterado, qualquer dos papéis a que
se refere o parágrafo anterior.
Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa.
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§ 4º Quem usa ou restitui à circulação, em- II – quem utiliza indevidamente o selo ou
bora recibo de boa-fé, qualquer dos papéis sinal verdadeiro em prejuízo de outrem ou
falsificados ou alterados, a que se referem em proveito próprio ou alheio.
este artigo e o seu § 2º, depois de conhe-
cer a falsidade ou alteração, incorre na pena III – quem altera, falsifica ou faz uso indevi-
de detenção, de seis meses a dois anos, ou do de marcas, logotipos, siglas ou quaisquer
multa. outros símbolos utilizados ou identificado-
res de órgãos ou entidades da Administra-
§ 5º Equipara-se a atividade comercial, para ção Pública. (Incluído pela Lei nº 9.983, de
os fins do inciso III do § 1º, qualquer forma 2000)
de comércio irregular ou clandestino, inclu-
sive o exercido em vias, praças ou outros lo- § 2º Se o agente é funcionário público, e
gradouros públicos e em residências. (Inclu- comete o crime prevalecendo-se do cargo,
ído pela Lei nº 11.035, de 2004) aumenta-se a pena de sexta parte.
Art. 294. Fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou Art. 297. Falsificar, no todo ou em parte, docu-
guardar objeto especialmente destinado à falsi- mento público, ou alterar documento público
ficação de qualquer dos papéis referidos no ar- verdadeiro:
tigo anterior: Pena – reclusão, de dois a seis anos, e multa.
Pena – reclusão, de um a três anos, e multa. § 1º Se o agente é funcionário público, e
Art. 295. Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo,
comete o crime prevalecendo-se do cargo, au- aumenta-se a pena de sexta parte.
menta-se a pena de sexta parte. § 2º Para os efeitos penais, equiparam-se a
documento público o emanado de entidade
paraestatal, o título ao portador ou trans-
missível por endosso, as ações de sociedade
CAPÍTULO III comercial, os livros mercantis e o testamen-
DA FALSIDADE DOCUMENTAL to particular.
Falsificação do Selo ou Sinal Público § 3º Nas mesmas penas incorre quem inse-
re ou faz inserir: (Incluído pela Lei nº 9.983,
Art. 296. Falsificar, fabricando-os ou alterando- de 2000)
-os:
I – na folha de pagamento ou em docu-
I – selo público destinado a autenticar atos mento de informações que seja destinado
oficiais da União, de Estado ou de Municí- a fazer prova perante a previdência social,
pio; pessoa que não possua a qualidade de se-
II – selo ou sinal atribuído por lei a entidade gurado obrigatório; (Incluído pela Lei nº
de direito público, ou a autoridade, ou sinal 9.983, de 2000)
público de tabelião: II – na Carteira de Trabalho e Previdência
Pena – reclusão, de dois a seis anos, e multa. Social do empregado ou em documento
que deva produzir efeito perante a previ-
§ 1º Incorre nas mesmas penas: dência social, declaração falsa ou diversa da
que deveria ter sido escrita; (Incluído pela
I – quem faz uso do selo ou sinal falsificado;
Lei nº 9.983, de 2000)
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Direito Penal – Crimes Contra a Fé Pública – Prof. Joerberth Nunes
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Parágrafo único. Na mesma pena incorre Art. 307. Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa
quem, para fins de comércio, faz uso do selo identidade para obter vantagem, em proveito
ou peça filatélica. próprio ou alheio, ou para causar dano a ou-
trem:
Uso de Documento Falso
Pena – detenção, de três meses a um ano, ou
Art. 304. Fazer uso de qualquer dos papéis fal- multa, se o fato não constitui elemento de cri-
sificados ou alterados, a que se referem os arts. me mais grave.
297 a 302:
Art. 308. Usar, como próprio, passaporte, título
Pena – a cominada à falsificação ou à alteração. de eleitor, caderneta de reservista ou qualquer
Supressão de Documento documento de identidade alheia ou ceder a ou-
trem, para que dele se utilize, documento dessa
Art. 305. Destruir, suprimir ou ocultar, em be- natureza, próprio ou de terceiro:
nefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo
alheio, documento público ou particular verda- Pena – detenção, de quatro meses a dois anos,
deiro, de que não podia dispor: e multa, se o fato não constitui elemento de cri-
me mais grave.
Pena – reclusão, de dois a seis anos, e multa, se
o documento é público, e reclusão, de um a cin- Fraude de Lei sobre Estrangeiro
co anos, e multa, se o documento é particular. Art. 309. Usar o estrangeiro, para entrar ou per-
manecer no território nacional, nome que não
é o seu:
CAPÍTULO IV Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
DE OUTRAS FALSIDADES
Parágrafo único. Atribuir a estrangeiro fal-
Falsificação do Sinal Empregado no Contraste sa qualidade para promover-lhe a entrada
de Metal Precioso ou na Fiscalização em território nacional: (Incluído pela Lei nº
Alfandegária, ou para Outros Fins 9.426, de 1996)
Art. 306. Falsificar, fabricando-o ou alterando-o, Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
marca ou sinal empregado pelo poder público (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
no contraste de metal precioso ou na fiscaliza- Art. 310. Prestar-se a figurar como proprietário
ção alfandegária, ou usar marca ou sinal dessa ou possuidor de ação, título ou valor perten-
natureza, falsificado por outrem: cente a estrangeiro, nos casos em que a este é
Pena – reclusão, de dois a seis anos, e multa. vedada por lei a propriedade ou a posse de tais
bens: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
Parágrafo único. Se a marca ou sinal falsifi-
cado é o que usa a autoridade pública para Pena – detenção, de seis meses a três anos,
o fim de fiscalização sanitária, ou para au- e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de
tenticar ou encerrar determinados objetos, 1996)
ou comprovar o cumprimento de formalida- Adulteração de Sinal Identificador de Veículo
de legal: Automotor (Redação dada pela Lei nº 9.426, de
Pena – reclusão ou detenção, de um a três anos, 1996)
e multa. Art. 311. Adulterar ou remarcar número de
Falsa Identidade chassi ou qualquer sinal identificador de veículo
automotor, de seu componente ou equipamen-
to: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
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Direito Penal – Crimes Contra a Fé Pública – Prof. Joerberth Nunes
Pena – reclusão, de três a seis anos, e multa. so de pessoas não autorizadas às informa-
(Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) ções mencionadas no caput. (Incluído pela
Lei nº 12.550 de 2011)
§ 1º Se o agente comete o crime no exer-
cício da função pública ou em razão dela, a § 2º Se da ação ou omissão resulta dano à
pena é aumentada de um terço. (Incluído administração pública: (Incluído pela LLei nº
pela Lei nº 9.426, de 1996) 12.550 de 2011)
§ 2º Incorre nas mesmas penas o funcio- Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e
nário público que contribui para o licencia- multa. (Incluído pela Lei nº 12.550 de 2011)
mento ou registro do veículo remarcado ou
adulterado, fornecendo indevidamente ma- § 3º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço)
terial ou informação oficial. (Incluído pela se o fato é cometido por funcionário públi-
Lei nº 9.426, de 1996) co. (Incluído pelaLei nº 12.550 de 2011)
CAPÍTULO V
(Incluído pela Lei nº 12.550 de 2011)
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MATERIAL COMPLEMENTAR
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Direito Penal – Crimes Contra a Fé Pública – Prof. Joerberth Nunes
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Direito Penal
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Extravio, Sonegação ou Inutilização de Livro ou § 1º A pena é aumentada de um terço, se,
Documento em consequência da vantagem ou promes-
sa, o funcionário retarda ou deixa de praticar
Art. 314. Extraviar livro oficial ou qualquer docu- qualquer ato de ofício ou o pratica infringin-
mento, de que tem a guarda em razão do cargo; do dever funcional.
sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente:
§ 2º Se o funcionário pratica, deixa de prati-
Pena – reclusão, de um a quatro anos, se o fato car ou retarda ato de ofício, com infração de
não constitui crime mais grave. dever funcional, cedendo a pedido ou influ-
Emprego Irregular de Verbas ou Rendas ência de outrem:
Públicas Pena – detenção, de três meses a um ano, ou
Art. 315. Dar às verbas ou rendas públicas aplica- multa.
ção diversa da estabelecida em lei: Facilitação de Contrabando ou Descaminho
Pena – detenção, de um a três meses, ou multa. Art. 318. Facilitar, com infração de dever fun-
Concussão cional, a prática de contrabando ou descaminho
(art. 334):
Art. 316. Exigir, para si ou para outrem, direta ou
indiretamente, ainda que fora da função ou an- Pena – reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e mul-
tes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem ta.
indevida: Prevaricação
Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa. Art. 319. Retardar ou deixar de praticar, indevida-
Excesso de Exação mente, ato de ofício, ou praticá-lo contra dispo-
sição expressa de lei, para satisfazer interesse ou
§ 1º Se o funcionário exige tributo ou contri- sentimento pessoal:
buição social que sabe ou deveria saber in-
devido, ou, quando devido, emprega na co- Pena – detenção, de três meses a um ano, e mul-
brança meio vexatório ou gravoso, que a lei ta.
não autoriza: Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/
Pena – reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e mul- ou agente público, de cumprir seu dever de ve-
ta. dar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de
rádio ou similar, que permita a comunicação com
§ 2º Se o funcionário desvia, em proveito outros presos ou com o ambiente externo:
próprio ou de outrem, o que recebeu inde-
vidamente para recolher aos cofres públicos: Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
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Direito Penal – Crimes Contra a Administração Pública – Prof. Joerberth Nunes
Art. 323. Abandonar cargo público, fora dos ca- Violação do Sigilo de Proposta de Concorrência
sos permitidos em lei: Art. 326. Devassar o sigilo de proposta de con-
Pena – detenção, de quinze dias a um mês, ou corrência pública, ou proporcionar a terceiro o
multa. ensejo de devassá-lo:
§ 1º Se do fato resulta prejuízo público: Pena – Detenção, de três meses a um ano, e mul-
ta.
Pena – detenção, de três meses a um ano, e mul-
ta. Funcionário Público
§ 2º Se o fato ocorre em lugar compreendido Art. 327. Considera-se funcionário público, para
na faixa de fronteira: os efeitos penais, quem, embora transitoriamen-
te ou sem remuneração, exerce cargo, emprego
Pena – detenção, de um a três anos, e multa. ou função pública.
Exercício Funcional Ilegalmente Antecipado ou § 1º Equipara-se a funcionário público quem
Prolongado exerce cargo, emprego ou função em entida-
de paraestatal, e quem trabalha para empre-
Art. 324. Entrar no exercício de função pública sa prestadora de serviço contratada ou con-
antes de satisfeitas as exigências legais, ou con- veniada para a execução de atividade típica
tinuar a exercê-la, sem autorização, depois de da Administração Pública.
saber oficialmente que foi exonerado, removido,
substituído ou suspenso: § 2º A pena será aumentada da terça parte
quando os autores dos crimes previstos nes-
Pena – detenção, de quinze dias a um mês, ou te Capítulo forem ocupantes de cargos em
multa. comissão ou de função de direção ou asses-
soramento de órgão da administração direta,
Violação de Sigilo Funcional
sociedade de economia mista, empresa pú-
Art. 325. Revelar fato de que tem ciência em ra- blica ou fundação instituída pelo poder pú-
zão do cargo e que deva permanecer em segre- blico.
do, ou facilitar-lhe a revelação:
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CAPÍTULO II tagem, a pretexto de influir em ato praticado por
DOS CRIMES PRATICADOS funcionário público no exercício da função:
POR PARTICULAR CONTRA A Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e
ADMINISTRAÇÃO EM GERAL multa.
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Direito Penal – Crimes Contra a Administração Pública – Prof. Joerberth Nunes
III – reinsere no território nacional mercado- Pena – detenção, de um mês a um ano, ou multa.
ria brasileira destinada à exportação; Subtração ou Inutilização de Livro ou
IV – vende, expõe à venda, mantém em de- Documento
pósito ou, de qualquer forma, utiliza em pro- Art. 337. Subtrair, ou inutilizar, total ou parcial-
veito próprio ou alheio, no exercício de ati- mente, livro oficial, processo ou documento con-
vidade comercial ou industrial, mercadoria fiado à custódia de funcionário, em razão de ofí-
proibida pela lei brasileira; cio, ou de particular em serviço público:
V – adquire, recebe ou oculta, em proveito Pena – reclusão, de dois a cinco anos, se o fato
próprio ou alheio, no exercício de atividade não constitui crime mais grave.
comercial ou industrial, mercadoria proibida
pela lei brasileira. Sonegação de Contribuição Previdenciária
§ 2º Equipara-se às atividades comerciais, Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição so-
para os efeitos deste artigo, qualquer forma cial previdenciária e qualquer acessório, median-
de comércio irregular ou clandestino de mer- te as seguintes condutas:
cadorias estrangeiras, inclusive o exercido
em residências. I – omitir de folha de pagamento da empre-
sa ou de documento de informações previsto
pela legislação previdenciária segurados em-
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pregado, empresário, trabalhador avulso ou CAPÍTULO II-A
trabalhador autônomo ou a este equiparado DOS CRIMES PRATICADOS
que lhe prestem serviços;
POR PARTICULAR CONTRA A
II – deixar de lançar mensalmente nos títu- ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
los próprios da contabilidade da empresa as ESTRANGEIRA
quantias descontadas dos segurados ou as
devidas pelo empregador ou pelo tomador Corrupção Ativa em Transação Comercial
de serviços; Internacional
III – omitir, total ou parcialmente, receitas Art. 337-B. Prometer, oferecer ou dar, direta ou
ou lucros auferidos, remunerações pagas ou indiretamente, vantagem indevida a funcionário
creditadas e demais fatos geradores de con- público estrangeiro, ou a terceira pessoa, para
tribuições sociais previdenciárias: determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e ofício relacionado à transação comercial interna-
multa. cional:
§ 1º É extinta a punibilidade se o agente, es- Pena – reclusão, de 1 (um) a 8 (oito) anos, e mul-
pontaneamente, declara e confessa as con- ta.
tribuições, importâncias ou valores e presta Parágrafo único. A pena é aumentada de
as informações devidas à previdência social, 1/3 (um terço), se, em razão da vantagem ou
na forma definida em lei ou regulamento, an- promessa, o funcionário público estrangeiro
tes do início da ação fiscal. retarda ou omite o ato de ofício, ou o pratica
§ 2º É facultado ao juiz deixar de aplicar infringindo dever funcional.
a pena ou aplicar somente a de multa se o Tráfico de Influência em Transação Comercial
agente for primário e de bons antecedentes, Internacional
desde que:
Art. 337-C. Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para
I – (VETADO) A si ou para outrem, direta ou indiretamente, van-
tagem ou promessa de vantagem a pretexto de
II – o valor das contribuições devidas, inclu- influir em ato praticado por funcionário público
sive acessórios, seja igual ou inferior àquele estrangeiro no exercício de suas funções, relacio-
estabelecido pela previdência social, admi- nado a transação comercial internacional:
nistrativamente, como sendo o mínimo para
o ajuizamento de suas execuções fiscais. Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e
multa.
§ 3º Se o empregador não é pessoa jurídica
e sua folha de pagamento mensal não ultra- Parágrafo único. A pena é aumentada da
passa R$ 1.510,00 (um mil, quinhentos e dez metade, se o agente alega ou insinua que a
reais), o juiz poderá reduzir a pena de um vantagem é também destinada a funcionário
terço até a metade ou aplicar apenas a de estrangeiro.
multa. Funcionário Público Estrangeiro
§ 4º O valor a que se refere o parágrafo ante- Art. 337-D. Considera-se funcionário público es-
rior será reajustado nas mesmas datas e nos trangeiro, para os efeitos penais, quem, ainda
mesmos índices do reajuste dos benefícios que transitoriamente ou sem remuneração, exer-
da previdência social. ce cargo, emprego ou função pública em entida-
des estatais ou em representações diplomáticas
de país estrangeiro.
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Direito Penal – Crimes Contra a Administração Pública – Prof. Joerberth Nunes
Parágrafo único. Equipara-se a funcionário Pena – detenção, de três meses a dois anos, ou
público estrangeiro quem exerce cargo, em- multa.
prego ou função em empresas controladas,
diretamente ou indiretamente, pelo Poder Falso Testemunho ou Falsa Perícia
Público de país estrangeiro ou em organiza- Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar
ções públicas internacionais. a verdade como testemunha, perito, contador,
tradutor ou intérprete em processo judicial, ou
administrativo, inquérito policial, ou em juízo ar-
bitral:
CAPÍTULO III
DOS CRIMES CONTRA A Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e
multa.
ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA
§ 1º As penas aumentam-se de um sexto a
Reingresso de estrangeiro expulso um terço, se o crime é praticado mediante
Art. 338. Reingressar no território nacional o es- suborno ou se cometido com o fim de obter
trangeiro que dele foi expulso: prova destinada a produzir efeito em pro-
cesso penal, ou em processo civil em que for
Pena – reclusão, de um a quatro anos, sem pre- parte entidade da administração pública di-
juízo de nova expulsão após o cumprimento da reta ou indireta.
pena.
§ 2º O fato deixa de ser punível se, antes da
Denunciação caluniosa sentença no processo em que ocorreu o ilíci-
to, o agente se retrata ou declara a verdade.
Art. 339. Dar causa à instauração de investigação
policial, de processo judicial, instauração de in- Art. 343. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou
vestigação administrativa, inquérito civil ou ação qualquer outra vantagem a testemunha, perito,
de improbidade administrativa contra alguém, contador, tradutor ou intérprete, para fazer afir-
imputando-lhe crime de que o sabe inocente: mação falsa, negar ou calar a verdade em depoi-
mento, perícia, cálculos, tradução ou interpreta-
Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa.
ção:
§ 1º A pena é aumentada de sexta parte, se
Pena – reclusão, de três a quatro anos, e multa.
o agente se serve de anonimato ou de nome
suposto. Parágrafo único. As penas aumentam-se de
um sexto a um terço, se o crime é cometido
§ 2º A pena é diminuída de metade, se a im-
com o fim de obter prova destinada a produ-
putação é de prática de contravenção.
zir efeito em processo penal ou em processo
Comunicação Falsa de Crime ou de civil em que for parte entidade da adminis-
Contravenção tração pública direta ou indireta.
Art. 340. Provocar a ação de autoridade, comu- Coação no Curso do Processo
nicando-lhe a ocorrência de crime ou de contra-
Art. 344. Usar de violência ou grave ameaça, com
venção que sabe não se ter verificado:
o fim de favorecer interesse próprio ou alheio,
Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa. contra autoridade, parte, ou qualquer outra pes-
soa que funciona ou é chamada a intervir em
Autoacusação Falsa processo judicial, policial ou administrativo, ou
Art. 341. Acusar-se, perante a autoridade, de cri- em juízo arbitral:
me inexistente ou praticado por outrem: Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa,
além da pena correspondente à violência.
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Exercício Arbitrário das Próprias Razões Favorecimento Real
Art. 345. Fazer justiça pelas próprias mãos, para Art. 349. Prestar a criminoso, fora dos casos de
satisfazer pretensão, embora legítima, salvo coautoria ou de receptação, auxílio destinado a
quando a lei o permite: tornar seguro o proveito do crime:
Pena – detenção, de quinze dias a um mês, ou Pena – detenção, de um a seis meses, e multa.
multa, além da pena correspondente à violência.
Art. 349-A. Ingressar, promover, intermediar, au-
Parágrafo único. Se não há emprego de vio- xiliar ou facilitar a entrada de aparelho telefônico
lência, somente se procede mediante queixa. de comunicação móvel, de rádio ou similar, sem
autorização legal, em estabelecimento prisional.
Art. 346. Tirar, suprimir, destruir ou danificar coi-
sa própria, que se acha em poder de terceiro por Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
determinação judicial ou convenção:
Exercício Arbitrário ou Abuso de Poder
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, e
multa. Art. 350. Ordenar ou executar medida privativa
de liberdade individual, sem as formalidades le-
Fraude Processual gais ou com abuso de poder:
Art. 347. Inovar artificiosamente, na pendência Pena – detenção, de um mês a um ano.
de processo civil ou administrativo, o estado de
lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir Parágrafo único. Na mesma pena incorre o
a erro o juiz ou o perito: funcionário que:
Pena – detenção, de três meses a dois anos, e I – ilegalmente recebe e recolhe alguém a
multa. prisão, ou a estabelecimento destinado a
execução de pena privativa de liberdade ou
Parágrafo único. Se a inovação se destina a de medida de segurança;
produzir efeito em processo penal, ainda que
não iniciado, as penas aplicam-se em dobro. II – prolonga a execução de pena ou de me-
dida de segurança, deixando de expedir em
Favorecimento Pessoal tempo oportuno ou de executar imediata-
mente a ordem de liberdade;
Art. 348. Auxiliar a subtrair-se à ação de autori-
dade pública autor de crime a que é cominada III – submete pessoa que está sob sua guarda
pena de reclusão: ou custódia a vexame ou a constrangimento
não autorizado em lei;
Pena – detenção, de um a seis meses, e multa.
IV – efetua, com abuso de poder, qualquer
§ 1º Se ao crime não é cominada pena de re- diligência.
clusão:
Fuga de pessoa presa ou submetida a medida de
Pena – detenção, de quinze dias a três meses, e segurança
multa.
Art. 351. Promover ou facilitar a fuga de pessoa
§ 2º Se quem presta o auxílio é ascendente, legalmente presa ou submetida a medida de se-
descendente, cônjuge ou irmão do crimino- gurança detentiva:
so, fica isento de pena.
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
§ 1º Se o crime é praticado a mão armada,
ou por mais de uma pessoa, ou mediante ar-
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Direito Penal – Crimes Contra a Administração Pública – Prof. Joerberth Nunes
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CAPÍTULO IV Prestação de Garantia Graciosa
DOS CRIMES CONTRA AS Art. 359-E. Prestar garantia em operação de cré-
FINANÇAS PÚBLICAS dito sem que tenha sido constituída contra ga-
rantia em valor igual ou superior ao valor da ga-
Contratação de Operação de Crédito rantia prestada, na forma da lei:
Art. 359-A. Ordenar, autorizar ou realizar opera- Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
ção de crédito, interno ou externo, sem prévia
autorização legislativa: Não Cancelamento de Restos a Pagar
Pena – reclusão, de 1 (um) a 2 (dois) anos. Art. 359-F. Deixar de ordenar, de autorizar ou de
promover o cancelamento do montante de res-
Parágrafo único. Incide na mesma pena tos a pagar inscrito em valor superior ao permi-
quem ordena, autoriza ou realiza operação tido em lei:
de crédito, interno ou externo:
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois)
I – com inobservância de limite, condição ou anos.
montante estabelecido em lei ou em resolu-
ção do Senado Federal; Aumento de Despesa Total com Pessoal no
Último Ano do Mandato Ou Legislatura
II – quando o montante da dívida consoli-
dada ultrapassa o limite máximo autorizado Art. 359-G. Ordenar, autorizar ou executar ato
por lei. que acarrete aumento de despesa total com pes-
soal, nos cento e oitenta dias anteriores ao final
Inscrição de Despesas não Empenhadas em do mandato ou da legislatura:
Restos a Pagar
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
Art. 359-B. Ordenar ou autorizar a inscrição em
restos a pagar, de despesa que não tenha sido Oferta Pública ou Colocação de Títulos no
previamente empenhada ou que exceda limite Mercado
estabelecido em lei: Art. 359-H. Ordenar, autorizar ou promover a
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) oferta pública ou a colocação no mercado finan-
anos. ceiro de títulos da dívida pública sem que tenham
sido criados por lei ou sem que estejam registra-
Assunção de Obrigação no Último Ano do dos em sistema centralizado de liquidação e de
Mandato ou Legislatura custódia:
Art. 359-C. Ordenar ou autorizar a assunção de Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
obrigação, nos dois últimos quadrimestres do
último ano do mandato ou legislatura, cuja des-
pesa não possa ser paga no mesmo exercício
financeiro ou, caso reste parcela a ser paga no
exercício seguinte, que não tenha contrapartida
suficiente de disponibilidade de caixa:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
Ordenação de Despesa não Autorizada
Art. 359-D. Ordenar despesa não autorizada por
lei:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
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Direito Penal – Crimes Contra a Administração Pública – Prof. Joerberth Nunes
MATERIAL COMPLEMENTAR
www.acasadoconcurseiro.com.br 877
•• art. 3º, II, lei 8137/90 : princípio da especialidade
7. Art. 318, CP : facilitação de contrabando ou descaminho (IMPORTANTE)
•• exceção à teoria monista : art. 29, CP (art. 334, CP e art. 334-A, CP)
•• sujeito ativo : somente o funcionário público que agir com infração do dever funcional
•• crime próprio
8. Art. 319, CP : prevaricação (IMPORTANTE)
•• dolo de fazer ou deixar de fazer alguma coisa com o objetivo de satisfazer sentimento ou in-
teresse pessoal
•• consuma-se com a omissão
•• crime próprio
•• nas condutas omisssivas, não se admite a tentativa, enquanto nas condutas comissivas, é per-
feitamente possível.
•• não confundir com os crimes dos arts. 317, parágrafo 2º, CP e art. 320, CP
9. Art. 320, CP : Condescendência Criminosa (IMPORTANTE)
•• crime próprio
•• não confundir com prevaricação, art. 319, CP
•• elemento subjetivo do tipo : por indulgência
10. Art. 321, CP : Advocacia Administrativa (IMPORTANTE)
•• crime próprio
•• núcleo do tipo : “patrocinar” : favorecer, advogar interesse perante a administração pública
•• art. 3º, III, lei 8137/90 : princípio da especialidade
11. Art. 327, CP : conceito legal de funcionário público (IMPORTANTE)
•• conceito mais amplo do que o conceito de funcionário público no Direito Administrativo
•• crimes funcionais próprios : a ausência da qualidade de funcionário público torna o fato atípi-
co : art. 319, CP; art. 320, CP
•• crimes funcionais impróprios : a ausência da qualidade de funcionário público não torna o
fato atípico : art. Art. 312, CP, o qual pode ser art. 168, CP,uma vez não sendo o autor funcio-
nário público
12. Art. 328, CP: Usurpação de Função Pública
•• núcleo do tipo : apoderar-se
•• os crimes do capítulo II são de particulares contra a Administração Pública
•• parágrafo único : forma qualificada
13. Art. 329, CP : Resistência (IMPORTANTE)
•• deve ser mediante grave ameaça ou violência
•• crime formal
•• sujeito passivo : Estado, funcionário público que executa o ato ou o terceiro que o auxilia
•• resistência passiva : art. 330, CP
878 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Penal – Crimes Contra a Administração Pública – Prof. Joerberth Nunes
•• parágrafo 2º, CP : concurso de crimes com o crime de lesões leves, graves ou gravíssimas ou
homicídio; a simples ameaça, se este for o meio executório restará absorvida.
14. Art. 330, CP : Desobediência
•• ordem legal;
•• pode ser omissivo ou comissivo
15. Art. 331, CP : Desacato (IMPORTANTE)
•• é desacatar funcionário público em razão de sua função, ainda que fora dela, porém devido à
função
•• pode ser por meio de qualquer ato;
•• deve ser na presença do funcionário público, sob pena de ser outro crime, nos termos do art.
138, 139, 140, c/c art. 141, II, CP
16. Art. 332, CP : Tráfico de Influência (IMPORTANTE)
•• crime formal
•• objeto material : qualquer vantagem ou promessa de vantagem
•• diferenciar do art. 357, CP
17. Art. 333, CP : Corrupção ativa (IMPORTANTE)
•• núcleo do tipo : “oferecer” ou “prometer”
•• crime formal
•• não confundir com o crime do art. 317, CP
18. Art. 334, CP : Descaminho
•• descaminho : iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido na en-
trada ou saída de mercadoria permitida
•• princípio da insignificância
19. Art. 334-A, CP : Contrabando
•• contrabando : ingressou exportação no país de mercadoria ilegal
20. Art. 337-A : sonegação de contribuição previdenciária (IMPORTANTE)
•• suprimir : eliminar; reduzir : diminuir
•• parágrafo 2º : perdão judicial
21. Art. 339, CP : Denunciação Caluniosa
•• atribuir a alguém (determinado) a prática de um crime. No que à contravenção, vide art. 339,
parágrafo 2º, CP
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•• imputação de fato preciso e determinado
22. Art. 340, CP :Falsa Comunicação de Crime ou Contravenção
•• o agente comunica falsamente a prática de crime ou contravenção, sem, no entanto, atribuir
a terceiro determinado
23. Art. 341, CP : Auto-Acusação Falsa
•• núcleo do tipo : atribuir a si a autoria de crime inexistente ou praticado por terceiro
•• pode haver concurso de crimes com o art. 339, CP
24. Art. 342, CP : Falso Testemunho ou Falsa Perícia
•• núcleo do tipo : “fazer afirmação falsa”, “negar” ou “calar a verdade” (reticência)
•• crime de mão própria
•• ver parágrafo 1º e parágrafo 2º (retratação, como forma de extinção da punibilidade, art. 107,
CP)
•• não confundir com o crime do art. 138, CP
25. Art. 343, CP : Suborno
•• se for contra perito, contador, tradutor ou intérprete oficial, haverá o crime do art. 333, CP, eis
que se trata de funcionários públicos
•• objeto material : dinheiro ou qualquer vantagem
26. Art. 344, CP : Coação no curso do Processo
•• meios de execução : violência ou grave ameaça
27. Art. 348, CP : Favorecimento Pessoal
•• ver parágrafos
28. Art. 349, CP : Favorecimento Real
•• não confundir com art. 180, CP
29. Art. 350, CP : Exercício Arbitrário ou Abuso de Poder :
•• diferenciar do crime de Abuso de Autoridade da lei 4898/65
30. Art. 359-A a H : Crimes contra as Finanças Públicas
•• leitura atenta (IMPORTANTE)
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Direito Processual Penal
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Direito Processual Penal
SUJEITOS PROCESSUAIS
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Art. 256. A suspeição não poderá ser decla- Art. 261. Nenhum acusado, ainda que ausente
rada nem reconhecida, quando a parte inju- ou foragido, será processado ou julgado sem de-
riar o juiz ou de propósito der motivo para fensor.
criá-la.
Parágrafo único. A defesa técnica, quando
realizada por defensor público ou dativo,
CAPÍTULO II será sempre exercida através de manifesta-
ção fundamentada.
DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Art. 262. Ao acusado menor dar-se-á curador.
Art. 257. Ao Ministério Público cabe:
Art. 263. Se o acusado não o tiver, ser-lhe-á no-
I - promover, privativamente, a ação penal meado defensor pelo juiz, ressalvado o seu di-
pública, na forma estabelecida neste Códi- reito de, a todo tempo, nomear outro de sua
go; e confiança, ou a si mesmo defender-se, caso te-
II - fiscalizar a execução da lei. nha habilitação.
Art. 258. Os órgãos do Ministério Público não Parágrafo único. O acusado, que não for po-
funcionarão nos processos em que o juiz ou bre, será obrigado a pagar os honorários do
qualquer das partes for seu cônjuge, ou paren- defensor dativo, arbitrados pelo juiz.
te, consangüíneo ou afim, em linha reta ou co- Art. 264. Salvo motivo relevante, os advogados
lateral, até o terceiro grau, inclusive, e a eles se e solicitadores serão obrigados, sob pena de
estendem, no que Ihes for aplicável, as prescri- multa de cem a quinhentos mil-réis, a prestar
ções relativas à suspeição e aos impedimentos seu patrocínio aos acusados, quando nomeados
dos juízes. pelo Juiz.
Art. 265. O defensor não poderá abandonar o
processo senão por motivo imperioso, comuni-
CAPÍTULO III cado previamente o juiz, sob pena de multa de
DO ACUSADO E SEU DEFENSOR 10 (dez) a 100 (cem) salários mínimos, sem pre-
juízo das demais sanções cabíveis.
Art. 259. A impossibilidade de identificação do
acusado com o seu verdadeiro nome ou outros § 1º A audiência poderá ser adiada se, por
qualificativos não retardará a ação penal, quan- motivo justificado, o defensor não puder
do certa a identidade física. A qualquer tempo, comparecer.
no curso do processo, do julgamento ou da exe- § 2º Incumbe ao defensor provar o impedi-
cução da sentença, se for descoberta a sua qua- mento até a abertura da audiência. Não o
lificação, far-se-á a retificação, por termo, nos fazendo, o juiz não determinará o adiamen-
autos, sem prejuízo da validade dos atos prece- to de ato algum do processo, devendo no-
dentes. mear defensor substituto, ainda que provi-
Art. 260. Se o acusado não atender à intimação soriamente ou só para o efeito do ato.
para o interrogatório, reconhecimento ou qual- Art. 266. A constituição de defensor independe-
quer outro ato que, sem ele, não possa ser reali- rá de instrumento de mandato, se o acusado o
zado, a autoridade poderá mandar conduzi-lo à indicar por ocasião do interrogatório.
sua presença.
Art. 267. Nos termos do art. 252, não funciona-
Parágrafo único. O mandado conterá, além rão como defensores os parentes do juiz.
da ordem de condução, os requisitos men-
cionados no art. 352, no que Ihe for aplicá-
vel.
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Direito Processual Penal – Sujeitos Processuais – Prof. Joerberth Nunes
CAPÍTULO IV
DOS ASSISTENTES
Art. 268. Em todos os termos da ação pública,
poderá intervir, como assistente do Ministério
Público, o ofendido ou seu representante legal,
ou, na falta, qualquer das pessoas mencionadas
no Art. 31.
Art. 269. O assistente será admitido enquanto
não passar em julgado a sentença e receberá a
causa no estado em que se achar.
Art. 270. O co-réu no mesmo processo não po-
derá intervir como assistente do Ministério Pú-
blico.
Art. 271. Ao assistente será permitido propor
meios de prova, requerer perguntas às testemu-
nhas, aditar o libelo e os articulados, participar
do debate oral e arrazoar os recursos interpos-
tos pelo Ministério Público, ou por ele próprio,
nos casos dos arts. 584, § 1º, e 598.
§ 1º O juiz, ouvido o Ministério Público, de-
cidirá acerca da realização das provas pro-
postas pelo assistente.
§ 2º O processo prosseguirá independen-
temente de nova intimação do assistente,
quando este, intimado, deixar de compare-
cer a qualquer dos atos da instrução ou do
julgamento, sem motivo de força maior de-
vidamente comprovado.
Art. 272. O Ministério Público será ouvido pre-
viamente sobre a admissão do assistente.
Art. 273. Do despacho que admitir, ou não, o
assistente, não caberá recurso, devendo, entre-
tanto, constar dos autos o pedido e a decisão.
CAPÍTULO V
DOS FUNCIONÁRIOS DA JUSTIÇA
Art. 274. As prescrições sobre suspeição dos ju-
ízes estendem-se aos serventuários e funcioná-
rios da justiça, no que Ihes for aplicável.
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Material Complementar
1. PRINCÍPIO DO IMPULSO OFICIAL: ART. 251, CPP;
2. DAS CAUSAS DE IMPEDIMENTO DOS JUÍZES: ART. 252, CPP
2.1. relação entre o juiz e o objeto da causa
3. DAS CAUSAS DE SUSPEIÇÃO: ART. 254, CPP
3.1. relação entre o juiz e a matéria em debate
3.2. parentesco consanguíneo e por afinidade: arts. 1591, 1592, 1595, CPC
4.. JUÍZOS COLETIVOS. ART. 253, CPP
5. CAUSAS DE MANUTENÇÃO OU CESSAÇÃO DO IMPEDIMENTO OU SUSPEIÇÃO: ART. 255,
CPP
6. ANIMOSIDADE POR MÁ-FÉ DA PARTE: ART. 256, CPP
7. FUNÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO: ART. 257, CPP E ART. 129, CF
8. CAUSAS DE IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO: ART. 257, CPP
9. ACUSADO E SEU DEFENSOR: ART. 259 A 267, CPP
10. INDISPONIBILIDADE DO DIREITO DE DEFESA: ART. 261, CPP
11. PRINCÍPIO DA NÃO AUTOINCRIMINAÇÃO: ART. 260, CPP
12. ASSISTENTE DA ACUSAÇÃO: ART. 268 A 273, CPP
13. ASSISTÊNCIA DO CORRÉU: ART. 270,CPP
14. ATRIBUIÇÕES DO ASSISTENTE: ART. 271, CPP
15. DA OITIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO E A ADMISSÃO DO ASSISTENTE: ART. 272, CPP
16. DA DECISÃO DO JUIZ NA HABILITAÇÃO DO ASSISTENTE
17. DOS FUNCIONÁRIOS DA JUSTIÇA: ART. 274, CPP: DA DESNECESSIDADE DO ARTIGO, EIS QUE,
SEGUNDO A DOUTRINA, ESTES FUNCIONÁRIOS ATOS DECISÓRIOS.
Linha do Tempo
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886 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Penal
CITAÇÃO E INTIMAÇÃO
II – a sede da jurisdição de um e de outro; Art. 358. A citação do militar far-se-á por inter-
médio do chefe do respectivo serviço.
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Art. 359. O dia designado para funcionário pú- III – o fim para que é feita a citação;
blico comparecer em juízo, como acusado, será
notificado assim a ele como ao chefe de sua re- IV – o juízo e o dia, a hora e o lugar em que
partição. o réu deverá comparecer;
Art. 360. Se o réu estiver preso, será pessoal- V – o prazo, que será contado do dia da pu-
mente citado. blicação do edital na imprensa, se houver,
ou da sua afixação.
Art. 361. Se o réu não for encontrado, será cita-
do por edital, com o prazo de 15 (quinze) dias. Parágrafo único. O edital será afixado à por-
ta do edifício onde funcionar o juízo e será
Art. 362. Verificando que o réu se oculta para publicado pela imprensa, onde houver, de-
não ser citado, o oficial de justiça certificará a vendo a afixação ser certificada pelo oficial
ocorrência e procederá à citação com hora cer- que a tiver feito e a publicação provada por
ta, na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da exemplar do jornal ou certidão do escrivão,
Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código da qual conste a página do jornal com a
de Processo Civil. data da publicação.
Parágrafo único. Completada a citação com Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não
hora certa, se o acusado não comparecer, comparecer, nem constituir advogado, ficarão
ser-lhe-á nomeado defensor dativo. suspensos o processo e o curso do prazo pres-
cricional, podendo o juiz determinar a produção
Art. 363. O processo terá completada a sua for- antecipada das provas consideradas urgentes
mação quando realizada a citação do acusado. e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos
I – (revogado); termos do disposto no art. 312.
§ 1º Não sendo encontrado o acusado, será § 2º (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
procedida a citação por edital. Art. 367. O processo seguirá sem a presença do
§ 2º (VETADO) acusado que, citado ou intimado pessoalmente
para qualquer ato, deixar de comparecer sem
§ 3º (VETADO) motivo justificado, ou, no caso de mudança de
§ 4º Comparecendo o acusado citado por residência, não comunicar o novo endereço ao
edital, em qualquer tempo, o processo ob- juízo.
servará o disposto nos arts. 394 e seguintes Art. 368. Estando o acusado no estrangeiro, em
deste Código. lugar sabido, será citado mediante carta rogató-
Art. 364. No caso do artigo anterior, no I, o pra- ria, suspendendo-se o curso do prazo de pres-
zo será fixado pelo juiz entre 15 (quinze) e 90 crição até o seu cumprimento.
(noventa) dias, de acordo com as circunstâncias, Art. 369. As citações que houverem de ser feitas
e, no caso de no II, o prazo será de trinta dias. em legações estrangeiras serão efetuadas me-
Art. 365. O edital de citação indicará: diante carta rogatória. (Redação dada pela Lei
nº 9.271, de 17.4.1996)
I – o nome do juiz que a determinar;
II – o nome do réu, ou, se não for conheci-
do, os seus sinais característicos, bem como
sua residência e profissão, se constarem do
processo;
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Direito Processual Penal – Citação e Intimação – Prof. Joerberth Nunes
CAPÍTULO II
DAS INTIMAÇÕES
Art. 370. Nas intimações dos acusados, das tes-
temunhas e demais pessoas que devam tomar
conhecimento de qualquer ato, será observado,
no que for aplicável, o disposto no Capítulo an-
terior.
§ 1º A intimação do defensor constituído,
do advogado do querelante e do assistente
far-se-á por publicação no órgão incumbido
da publicidade dos atos judiciais da comar-
ca, incluindo, sob pena de nulidade, o nome
do acusado.
§ 2º Caso não haja órgão de publicação dos
atos judiciais na comarca, a intimação far-
-se-á diretamente pelo escrivão, por man-
dado, ou via postal com comprovante de
recebimento, ou por qualquer outro meio
idôneo.
§ 3º A intimação pessoal, feita pelo escri-
vão, dispensará a aplicação a que alude o §
1º.
§ 4º A intimação do Ministério Público e do
defensor nomeado será pessoal.
Art. 371. Será admissível a intimação por despa-
cho na petição em que for requerida, observado
o disposto no art. 357.
Art. 372. Adiada, por qualquer motivo, a instru-
ção criminal, o juiz marcará desde logo, na pre-
sença das partes e testemunhas, dia e hora para
seu prosseguimento, do que se lavrará termo
nos autos.
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MATERIAL COMPLEMENTAR
Linha do Tempo
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Direito Processual Penal
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Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumá- IV – extinta a punibilidade do agente. (Inclu-
rio, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se ído pela Lei nº 11.719, de 2008).
não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e or-
denará a citação do acusado para responder à Art. 398. (Revogado pela Lei nº 11.719, de
acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. 2008).
(Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). Art. 399. Recebida a denúncia ou queixa, o juiz
Parágrafo único. No caso de citação por edi- designará dia e hora para a audiência, ordenan-
tal, o prazo para a defesa começará a fluir a do a intimação do acusado, de seu defensor, do
partir do comparecimento pessoal do acu- Ministério Público e, se for o caso, do querelan-
sado ou do defensor constituído. (Redação te e do assistente. (Redação dada pela Lei nº
dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 11.719, de 2008).
Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá ar- § 1º O acusado preso será requisitado para
güir preliminares e alegar tudo o que interesse comparecer ao interrogatório, devendo o
à sua defesa, oferecer documentos e justifica- poder público providenciar sua apresenta-
ções, especificar as provas pretendidas e arrolar ção. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
testemunhas, qualificando-as e requerendo sua § 2º O juiz que presidiu a instrução deve-
intimação, quando necessário. (Incluído pela Lei rá proferir a sentença. (Incluído pela Lei nº
nº 11.719, de 2008). 11.719, de 2008).
§ 1º A exceção será processada em aparta- Art. 400. Na audiência de instrução e julgamen-
do, nos termos dos arts. 95 a 112 deste Có- to, a ser realizada no prazo máximo de 60 (ses-
digo. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). senta) dias, proceder-se-á à tomada de declara-
§ 2º Não apresentada a resposta no prazo ções do ofendido, à inquirição das testemunhas
legal, ou se o acusado, citado, não constituir arroladas pela acusação e pela defesa, nesta
defensor, o juiz nomeará defensor para ofe- ordem, ressalvado o disposto no art. 222 des-
recê-la, concedendo-lhe vista dos autos por te Código, bem como aos esclarecimentos dos
10 (dez) dias. (Incluído pela Lei nº 11.719, peritos, às acareações e ao reconhecimento de
de 2008). pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida,
o acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de
Art. 397. Após o cumprimento do disposto no 2008).
art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz de-
verá absolver sumariamente o acusado quando § 1º As provas serão produzidas numa só
verificar: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de audiência, podendo o juiz indeferir as con-
2008). sideradas irrelevantes, impertinentes ou
protelatórias. (Incluído pela Lei nº 11.719,
I – a existência manifesta de causa exclu- de 2008).
dente da ilicitude do fato; (Incluído pela Lei
nº 11.719, de 2008). § 2º Os esclarecimentos dos peritos depen-
derão de prévio requerimento das partes.
II – a existência manifesta de causa ex- (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
cludente da culpabilidade do agente, sal-
vo inimputabilidade; (Incluído pela Lei nº Art. 401. Na instrução poderão ser inquiridas
11.719, de 2008). até 8 (oito) testemunhas arroladas pela acusa-
ção e 8 (oito) pela defesa. (Redação dada pela
III – que o fato narrado evidentemente não Lei nº 11.719, de 2008).
constitui crime; ou (Incluído pela Lei nº
11.719, de 2008). § 1º Nesse número não se compreendem as
que não prestem compromisso e as referi-
das. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
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Direito Processual Penal – Procedimento Comum Ordinário – Prof. Joeberth Nunes
§ 2º A parte poderá desistir da inquirição de prazo de 10 (dez) dias, o juiz proferirá a sen-
qualquer das testemunhas arroladas, res- tença.(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
salvado o disposto no art. 209 deste Código.
(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). Art. 405. Do ocorrido em audiência será lavra-
do termo em livro próprio, assinado pelo juiz e
Art. 402. Produzidas as provas, ao final da au- pelas partes, contendo breve resumo dos fatos
diência, o Ministério Público, o querelante e o relevantes nela ocorridos. (Redação dada pela
assistente e, a seguir, o acusado poderão reque- Lei nº 11.719, de 2008).
rer diligências cuja necessidade se origine de
circunstâncias ou fatos apurados na instrução. § 1º Sempre que possível, o registro dos de-
(Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). poimentos do investigado, indiciado, ofen-
dido e testemunhas será feito pelos meios
Art. 403. Não havendo requerimento de dili- ou recursos de gravação magnética, este-
gências, ou sendo indeferido, serão oferecidas notipia, digital ou técnica similar, inclusive
alegações finais orais por 20 (vinte) minutos, audiovisual, destinada a obter maior fideli-
respectivamente, pela acusação e pela defesa, dade das informações. (Incluído pela Lei nº
prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o 11.719, de 2008).
juiz, a seguir, sentença. (Redação dada pela Lei
nº 11.719, de 2008). § 2º No caso de registro por meio audiovisu-
al, será encaminhado às partes cópia do re-
§ 1º Havendo mais de um acusado, o tem- gistro original, sem necessidade de transcri-
po previsto para a defesa de cada um será ção. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
individual. (Incluído pela Lei nº 11.719, de
2008).
§ 2º Ao assistente do Ministério Público,
após a manifestação desse, serão concedi-
dos 10 (dez) minutos, prorrogando-se por
igual período o tempo de manifestação
da defesa. (Incluído pela Lei nº 11.719, de
2008).
§ 3º O juiz poderá, considerada a comple-
xidade do caso ou o número de acusados,
conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias
sucessivamente para a apresentação de
memoriais. Nesse caso, terá o prazo de 10
(dez) dias para proferir a sentença. (Incluído
pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 404. Ordenado diligência considerada im-
prescindível, de ofício ou a requerimento da
parte, a audiência será concluída sem as alega-
ções finais. (Redação dada pela Lei nº 11.719,
de 2008).
Parágrafo único. Realizada, em seguida, a
diligência determinada, as partes apresen-
tarão, no prazo sucessivo de 5 (cinco) dias,
suas alegações finais, por memorial, e, no
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Direito Processual Penal
Art. 533. Aplica-se ao procedimento sumário o Art. 537. Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008
disposto nos parágrafos do art. 400 deste Códi- Art. 538. Nas infrações penais de menor poten-
go. cial ofensivo, quando o juizado especial criminal
§ 1º Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008. encaminhar ao juízo comum as peças existentes
para a adoção de outro procedimento, obser-
§ 2º Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008. var-se-á o procedimento sumário previsto neste
Capítulo.
§ 3º Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008.
§ 1º Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008.
§ 4º Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008.
§ 2º Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008.
Art. 534. As alegações finais serão orais, conce-
dendo-se a palavra, respectivamente, à acusa- § 3º Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008.
ção e à defesa, pelo prazo de 20 (vinte) minu-
tos, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o § 4º Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008.
juiz, a seguir, sentença. Art. 539. Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008.
§ 1º Havendo mais de um acusado, o tem- Art. 540. Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008.
po previsto para a defesa de cada um será
individual.
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MATERIAL COMPLEMENTAR
1. CONCEITO: É uma espécie de procedimento comum estabelecido no art. 531 ao art. 540 do
CPP
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Direito Processual Penal
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Art. 407. As exceções serão processadas em igual período o tempo de manifestação da
apartado, nos termos dos arts. 95 a 112 deste defesa.
Código.
§ 7º Nenhum ato será adiado, salvo quan-
Art. 408. Não apresentada a resposta no prazo do imprescindível à prova faltante, determi-
legal, o juiz nomeará defensor para oferecê-la nando o juiz a condução coercitiva de quem
em até 10 (dez) dias, concedendo-lhe vista dos deva comparecer.
autos.
§ 8º A testemunha que comparecer será in-
Art. 409. Apresentada a defesa, o juiz ouvirá o quirida, independentemente da suspensão
Ministério Público ou o querelante sobre preli- da audiência, observada em qualquer caso
minares e documentos, em 5 (cinco) dias. a ordem estabelecida no caput deste artigo.
Art. 410. O juiz determinará a inquirição das § 9º Encerrados os debates, o juiz proferi-
testemunhas e a realização das diligências re- rá a sua decisão, ou o fará em 10 (dez) dias,
queridas pelas partes, no prazo máximo de 10 ordenando que os autos para isso lhe sejam
(dez) dias. conclusos.
Art. 411. Na audiência de instrução, proceder- Art. 412. O procedimento será concluído no
-se-á à tomada de declarações do ofendido, se prazo máximo de 90 (noventa) dias.
possível, à inquirição das testemunhas arrola-
das pela acusação e pela defesa, nesta ordem, Seção II
bem como aos esclarecimentos dos peritos, às DA PRONÚNCIA, DA IMPRONÚNCIA E
acareações e ao reconhecimento de pessoas e DA ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA
coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado
e procedendo-se o debate. Art. 413. O juiz, fundamentadamente, pronun-
ciará o acusado, se convencido da materialidade
§ 1º Os esclarecimentos dos peritos depen-
do fato e da existência de indícios suficientes de
derão de prévio requerimento e de deferi-
autoria ou de participação.
mento pelo juiz.
§ 1º A fundamentação da pronúncia limitar-
§ 2º As provas serão produzidas em uma só
-se-á à indicação da materialidade do fato
audiência, podendo o juiz indeferir as consi-
e da existência de indícios suficientes de
deradas irrelevantes, impertinentes ou pro-
autoria ou de participação, devendo o juiz
telatórias.
declarar o dispositivo legal em que julgar in-
§ 3º Encerrada a instrução probatória, ob- curso o acusado e especificar as circunstân-
servar-se-á, se for o caso, o disposto no art. cias qualificadoras e as causas de aumento
384 deste Código. de pena.
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Direito Processual Penal – Procedimento Especial do Tribunal do Júri – Prof. Joerberth Nunes
Art. 414. Não se convencendo da materialidade o acusado fique sujeito a pena mais grave. (Re-
do fato ou da existência de indícios suficientes dação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
de autoria ou de participação, o juiz, fundamen-
tadamente, impronunciará o acusado. Art. 419. Quando o juiz se convencer, em discor-
dância com a acusação, da existência de crime
Parágrafo único. Enquanto não ocorrer a diverso dos referidos no § 1º do art. 74 deste
extinção da punibilidade, poderá ser for- Código e não for competente para o julgamen-
mulada nova denúncia ou queixa se houver to, remeterá os autos ao juiz que o seja. (Reda-
prova nova. (Incluído pela Lei nº 11.689, de ção dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
2008)
Parágrafo único. Remetidos os autos do
Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absol- processo a outro juiz, à disposição deste fi-
verá desde logo o acusado, quando: (Redação cará o acusado preso. (Incluído pela Lei nº
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 11.689, de 2008)
I – provada a inexistência do fato; (Redação Art. 420. A intimação da decisão de pronúncia
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) será feita: (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
2008)
II – provado não ser ele autor ou partícipe
do fato; (Redação dada pela Lei nº 11.689, I – pessoalmente ao acusado, ao defensor
de 2008) nomeado e ao Ministério Público; (Incluído
pela Lei nº 11.689, de 2008)
III – o fato não constituir infração penal;
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) II – ao defensor constituído, ao querelante
e ao assistente do Ministério Público, na
IV – demonstrada causa de isenção de pena forma do disposto no § 1º do art. 370 des-
ou de exclusão do crime. (Redação dada te Código. (Incluído pela Lei nº 11.689, de
pela Lei nº 11.689, de 2008) 2008)
Parágrafo único. Não se aplica o disposto Parágrafo único. Será intimado por edital o
no inciso IV do caput deste artigo ao caso acusado solto que não for encontrado. (In-
de inimputabilidade prevista no caput do cluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
art. 26 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de de-
zembro de 1940 – Código Penal, salvo quan- Art. 421. Preclusa a decisão de pronúncia, os
do esta for a única tese defensiva. (Incluído autos serão encaminhados ao juiz presidente
pela Lei nº 11.689, de 2008) do Tribunal do Júri. (Redação dada pela Lei nº
11.689, de 2008)
Art. 416. Contra a sentença de impronúncia ou
de absolvição sumária caberá apelação. (Reda- § 1º Ainda que preclusa a decisão de pro-
ção dada pela Lei nº 11.689, de 2008) núncia, havendo circunstância supervenien-
te que altere a classificação do crime, o juiz
Art. 417. Se houver indícios de autoria ou de ordenará a remessa dos autos ao Ministé-
participação de outras pessoas não incluídas na rio Público. (Incluído pela Lei nº 11.689, de
acusação, o juiz, ao pronunciar ou impronunciar 2008)
o acusado, determinará o retorno dos autos ao
Ministério Público, por 15 (quinze) dias, aplicá- § 2º Em seguida, os autos serão conclusos
vel, no que couber, o art. 80 deste Código. (Re- ao juiz para decisão. (Incluído pela Lei nº
dação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 11.689, de 2008)
Art. 418. O juiz poderá dar ao fato definição jurí-
dica diversa da constante da acusação, embora
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Seção III Seção IV
DA PREPARAÇÃO DO PROCESSO DO ALISTAMENTO DOS JURADOS
PARA JULGAMENTO EM PLENÁRIO (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
2008)
Art. 425. Anualmente, serão alistados pelo pre-
Art. 422. Ao receber os autos, o presidente do sidente do Tribunal do Júri de 800 (oitocentos) a
Tribunal do Júri determinará a intimação do ór- 1.500 (um mil e quinhentos) jurados nas comar-
gão do Ministério Público ou do querelante, no cas de mais de 1.000.000 (um milhão) de ha-
caso de queixa, e do defensor, para, no prazo de bitantes, de 300 (trezentos) a 700 (setecentos)
5 (cinco) dias, apresentarem rol de testemunhas nas comarcas de mais de 100.000 (cem mil) ha-
que irão depor em plenário, até o máximo de 5 bitantes e de 80 (oitenta) a 400 (quatrocentos)
(cinco), oportunidade em que poderão juntar nas comarcas de menor população. (Redação
documentos e requerer diligência. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) § 1º Nas comarcas onde for necessário, po-
Art. 423. Deliberando sobre os requerimentos derá ser aumentado o número de jurados e,
de provas a serem produzidas ou exibidas no ainda, organizada lista de suplentes, depo-
plenário do júri, e adotadas as providências de- sitadas as cédulas em urna especial, com as
vidas, o juiz presidente: (Redação dada pela Lei cautelas mencionadas na parte final do § 3º
nº 11.689, de 2008) do art. 426 deste Código. (Incluído pela Lei
nº 11.689, de 2008)
I – ordenará as diligências necessárias para
sanar qualquer nulidade ou esclarecer fato § 2º O juiz presidente requisitará às auto-
que interesse ao julgamento da causa; (In- ridades locais, associações de classe e de
cluído pela Lei nº 11.689, de 2008) bairro, entidades associativas e culturais,
instituições de ensino em geral, universi-
II – fará relatório sucinto do processo, de- dades, sindicatos, repartições públicas e
terminando sua inclusão em pauta da reu- outros núcleos comunitários a indicação
nião do Tribunal do Júri. (Incluído pela Lei de pessoas que reúnam as condições para
nº 11.689, de 2008) exercer a função de jurado. (Incluído pela
Art. 424. Quando a lei local de organização judi- Lei nº 11.689, de 2008)
ciária não atribuir ao presidente do Tribunal do Art. 426. A lista geral dos jurados, com indicação
Júri o preparo para julgamento, o juiz compe- das respectivas profissões, será publicada pela
tente remeter-lhe-á os autos do processo pre- imprensa até o dia 10 de outubro de cada ano
parado até 5 (cinco) dias antes do sorteio a que e divulgada em editais afixados à porta do Tri-
se refere o art. 433 deste Código. (Redação dada bunal do Júri. (Redação dada pela Lei nº 11.689,
pela Lei nº 11.689, de 2008) de 2008)
Parágrafo único. Deverão ser remetidos, § 1º A lista poderá ser alterada, de ofício ou
também, os processos preparados até o en- mediante reclamação de qualquer do povo
cerramento da reunião, para a realização ao juiz presidente até o dia 10 de novem-
de julgamento. (Redação dada pela Lei nº bro, data de sua publicação definitiva. (In-
11.689, de 2008) cluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 2º Juntamente com a lista, serão transcri-
tos os arts. 436 a 446 deste Código. (Incluí-
do pela Lei nº 11.689, de 2008)
900 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Penal – Procedimento Especial do Tribunal do Júri – Prof. Joerberth Nunes
www.acasadoconcurseiro.com.br 901
III – em igualdade de condições, os prece- antecedente à instalação da reunião. (Inclu-
dentemente pronunciados. (Incluído pela ído pela Lei nº 11.689, de 2008)
Lei nº 11.689, de 2008)
§ 2º A audiência de sorteio não será adiada
§ 1º Antes do dia designado para o primei- pelo não comparecimento das partes. (In-
ro julgamento da reunião periódica, será cluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
afixada na porta do edifício do Tribunal do
Júri a lista dos processos a serem julgados, § 3º O jurado não sorteado poderá ter o
obedecida a ordem prevista no caput deste seu nome novamente incluído para as reu-
artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de niões futuras. (Incluído pela Lei nº 11.689,
2008) de 2008)
§ 2º O juiz presidente reservará datas na Art. 434. Os jurados sorteados serão convoca-
mesma reunião periódica para a inclusão dos pelo correio ou por qualquer outro meio
de processo que tiver o julgamento adiado. hábil para comparecer no dia e hora designados
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) para a reunião, sob as penas da lei. (Redação
dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 430. O assistente somente será admitido se
tiver requerido sua habilitação até 5 (cinco) dias Parágrafo único. No mesmo expediente de
antes da data da sessão na qual pretenda atuar. convocação serão transcritos os arts. 436
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) a 446 deste Código. (Incluído pela Lei nº
11.689, de 2008)
Art. 431. Estando o processo em ordem, o juiz
presidente mandará intimar as partes, o ofen- Art. 435. Serão afixados na porta do edifício do
dido, se for possível, as testemunhas e os peri- Tribunal do Júri a relação dos jurados convoca-
tos, quando houver requerimento, para a ses- dos, os nomes do acusado e dos procuradores
são de instrução e julgamento, observando, no das partes, além do dia, hora e local das sessões
que couber, o disposto no art. 420 deste Código. de instrução e julgamento. (Redação dada pela
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) Lei nº 11.689, de 2008)
Seção VII Seção VIII
DO SORTEIO E DA CONVOCAÇÃO DA FUNÇÃO DO JURADO
DOS JURADOS (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 436. O serviço do júri é obrigatório. O alis-
Art. 432. Em seguida à organização da pauta, o tamento compreenderá os cidadãos maiores de
juiz presidente determinará a intimação do Mi- 18 (dezoito) anos de notória idoneidade. (Reda-
nistério Público, da Ordem dos Advogados do ção dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
Brasil e da Defensoria Pública para acompanha-
rem, em dia e hora designados, o sorteio dos ju- § 1º Nenhum cidadão poderá ser excluído
rados que atuarão na reunião periódica. (Reda- dos trabalhos do júri ou deixar de ser alis-
ção dada pela Lei nº 11.689, de 2008) tado em razão de cor ou etnia, raça, credo,
sexo, profissão, classe social ou econômica,
Art. 433. O sorteio, presidido pelo juiz, far-se-á origem ou grau de instrução. (Incluído pela
a portas abertas, cabendo-lhe retirar as cédulas Lei nº 11.689, de 2008)
até completar o número de 25 (vinte e cinco) ju-
rados, para a reunião periódica ou extraordiná- § 2º A recusa injustificada ao serviço do júri
ria. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) acarretará multa no valor de 1 (um) a 10
(dez) salários mínimos, a critério do juiz, de
§ 1º O sorteio será realizado entre o 15º acordo com a condição econômica do jura-
(décimo quinto) e o 10º (décimo) dia útil do. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
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Art. 437. Estão isentos do serviço do júri: (Reda- ria Pública, no Ministério Público ou em en-
ção dada pela Lei nº 11.689, de 2008) tidade conveniada para esses fins. (Incluído
pela Lei nº 11.689, de 2008)
I – o Presidente da República e os Ministros
de Estado; (Incluído pela Lei nº 11.689, de § 2º O juiz fixará o serviço alternativo aten-
2008) dendo aos princípios da proporcionalida-
de e da razoabilidade. (Incluído pela Lei nº
II – os Governadores e seus respectivos Se- 11.689, de 2008)
cretários; (Incluído pela Lei nº 11.689, de
2008) Art. 439. O exercício efetivo da função de jurado
constituirá serviço público relevante e estabele-
III – os membros do Congresso Nacional, cerá presunção de idoneidade moral. (Redação
das Assembléias Legislativas e das Câmaras dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
Distrital e Municipais; (Incluído pela Lei nº
11.689, de 2008) Art. 440. Constitui também direito do jurado, na
condição do art. 439 deste Código, preferência,
IV – os Prefeitos Municipais; (Incluído pela em igualdade de condições, nas licitações pú-
Lei nº 11.689, de 2008) blicas e no provimento, mediante concurso, de
V – os Magistrados e membros do Ministé- cargo ou função pública, bem como nos casos
rio Público e da Defensoria Pública; (Incluí- de promoção funcional ou remoção voluntária.
do pela Lei nº 11.689, de 2008) (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
VI – os servidores do Poder Judiciário, do Art. 441. Nenhum desconto será feito nos venci-
Ministério Público e da Defensoria Pública; mentos ou salário do jurado sorteado que com-
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) parecer à sessão do júri. (Redação dada pela Lei
nº 11.689, de 2008)
VII – as autoridades e os servidores da polí-
cia e da segurança pública; (Incluído pela Lei Art. 442. Ao jurado que, sem causa legítima,
nº 11.689, de 2008) deixar de comparecer no dia marcado para a
sessão ou retirar-se antes de ser dispensado
VIII – os militares em serviço ativo; (Incluído pelo presidente será aplicada multa de 1 (um)
pela Lei nº 11.689, de 2008) a 10 (dez) salários mínimos, a critério do juiz, de
IX – os cidadãos maiores de 70 (setenta) acordo com a sua condição econômica. (Reda-
anos que requeiram sua dispensa; (Incluído ção dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
pela Lei nº 11.689, de 2008) Art. 443. Somente será aceita escusa fundada
X – aqueles que o requererem, demonstran- em motivo relevante devidamente comprovado
do justo impedimento. (Incluído pela Lei nº e apresentada, ressalvadas as hipóteses de for-
11.689, de 2008) ça maior, até o momento da chamada dos jura-
dos. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 438. A recusa ao serviço do júri fundada em
convicção religiosa, filosófica ou política impor- Art. 444. O jurado somente será dispensado por
tará no dever de prestar serviço alternativo, sob decisão motivada do juiz presidente, consigna-
pena de suspensão dos direitos políticos, en- da na ata dos trabalhos. (Redação dada pela Lei
quanto não prestar o serviço imposto. (Redação nº 11.689, de 2008)
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) Art. 445. O jurado, no exercício da função ou a
§ 1º Entende-se por serviço alternativo o pretexto de exercê-la, será responsável crimi-
exercício de atividades de caráter adminis- nalmente nos mesmos termos em que o são
trativo, assistencial, filantrópico ou mesmo os juízes togados. (Redação dada pela Lei nº
produtivo, no Poder Judiciário, na Defenso- 11.689, de 2008)
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Art. 446. Aos suplentes, quando convocados, Art. 449. Não poderá servir o jurado que: (Reda-
serão aplicáveis os dispositivos referentes às ção dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
dispensas, faltas e escusas e à equiparação de
responsabilidade penal prevista no art. 445 des- I – tiver funcionado em julgamento anterior
te Código. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de do mesmo processo, independentemente
2008) da causa determinante do julgamento pos-
terior; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
Seção IX II – no caso do concurso de pessoas, houver
DA COMPOSIÇÃO DO TRIBUNAL DO integrado o Conselho de Sentença que jul-
JÚRI E DA FORMAÇÃO DO CONSELHO gou o outro acusado; (Incluído pela Lei nº
DE SENTENÇA 11.689, de 2008)
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) III – tiver manifestado prévia disposição
para condenar ou absolver o acusado. (In-
Art. 447. O Tribunal do Júri é composto por 1 cluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
(um) juiz togado, seu presidente e por 25 (vinte
e cinco) jurados que serão sorteados dentre os Art. 450. Dos impedidos entre si por parentesco
alistados, 7 (sete) dos quais constituirão o Con- ou relação de convivência, servirá o que houver
selho de Sentença em cada sessão de julgamen- sido sorteado em primeiro lugar. (Redação dada
to. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 448. São impedidos de servir no mesmo Art. 451. Os jurados excluídos por impedimen-
Conselho: (Redação dada pela Lei nº 11.689, de to, suspeição ou incompatibilidade serão con-
2008) siderados para a constituição do número legal
I – marido e mulher; (Incluído pela Lei nº exigível para a realização da sessão. (Redação
11.689, de 2008) dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
II – ascendente e descendente; (Incluído Art. 452. O mesmo Conselho de Sentença pode-
pela Lei nº 11.689, de 2008) rá conhecer de mais de um processo, no mes-
mo dia, se as partes o aceitarem, hipótese em
III – sogro e genro ou nora; (Incluído pela
que seus integrantes deverão prestar novo com-
Lei nº 11.689, de 2008)
promisso. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
IV – irmãos e cunhados, durante o cunha- 2008)
dio; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
V – tio e sobrinho; (Incluído pela Lei nº
Seção X
11.689, de 2008) DA REUNIÃO E DAS SESSÕES DO TRI-
VI – padrasto, madrasta ou enteado. (Incluí-
BUNAL DO JÚRI
do pela Lei nº 11.689, de 2008) (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 1º O mesmo impedimento ocorrerá em Art. 453. O Tribunal do Júri reunir-se-á para as
relação às pessoas que mantenham união sessões de instrução e julgamento nos períodos
estável reconhecida como entidade familiar. e na forma estabelecida pela lei local de orga-
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) nização judiciária. (Redação dada pela Lei nº
§ 2º Aplicar-se-á aos jurados o disposto so- 11.689, de 2008)
bre os impedimentos, a suspeição e as in- Art. 454. Até o momento de abertura dos traba-
compatibilidades dos juízes togados. (Incluí- lhos da sessão, o juiz presidente decidirá os ca-
do pela Lei nº 11.689, de 2008) sos de isenção e dispensa de jurados e o pedido
de adiamento de julgamento, mandando con-
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signar em ata as deliberações. (Redação dada recimento subscrito por ele e seu defensor.
pela Lei nº 11.689, de 2008) (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 455. Se o Ministério Público não compare- Art. 458. Se a testemunha, sem justa causa, dei-
cer, o juiz presidente adiará o julgamento para xar de comparecer, o juiz presidente, sem pre-
o primeiro dia desimpedido da mesma reunião, juízo da ação penal pela desobediência, aplicar-
cientificadas as partes e as testemunhas. (Reda- -lhe-á a multa prevista no § 2º do art. 436 deste
ção dada pela Lei nº 11.689, de 2008) Código. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
Parágrafo único. Se a ausência não for jus- 2008)
tificada, o fato será imediatamente comuni- Art. 459. Aplicar-se-á às testemunhas a serviço
cado ao Procurador-Geral de Justiça com a do Tribunal do Júri o disposto no art. 441 des-
data designada para a nova sessão. (Incluí- te Código. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
do pela Lei nº 11.689, de 2008) 2008)
Art. 456. Se a falta, sem escusa legítima, for do Art. 460. Antes de constituído o Conselho de
advogado do acusado, e se outro não for por Sentença, as testemunhas serão recolhidas a
este constituído, o fato será imediatamente co- lugar onde umas não possam ouvir os depoi-
municado ao presidente da seccional da Ordem mentos das outras. (Redação dada pela Lei nº
dos Advogados do Brasil, com a data designada 11.689, de 2008)
para a nova sessão. (Redação dada pela Lei nº Art. 461. O julgamento não será adiado se a tes-
11.689, de 2008) temunha deixar de comparecer, salvo se uma
§ 1º Não havendo escusa legítima, o jul- das partes tiver requerido a sua intimação por
gamento será adiado somente uma vez, mandado, na oportunidade de que trata o art.
devendo o acusado ser julgado quando 422 deste Código, declarando não prescindir do
chamado novamente. (Incluído pela Lei nº depoimento e indicando a sua localização. (Re-
11.689, de 2008) dação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 2º Na hipótese do § 1º deste artigo, o juiz § 1º Se, intimada, a testemunha não com-
intimará a Defensoria Pública para o novo parecer, o juiz presidente suspenderá os
julgamento, que será adiado para o primei- trabalhos e mandará conduzi-la ou adiará
ro dia desimpedido, observado o prazo mí- o julgamento para o primeiro dia desimpe-
nimo de 10 (dez) dias. (Incluído pela Lei nº dido, ordenando a sua condução. (Incluído
11.689, de 2008) pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 457. O julgamento não será adiado pelo § 2º O julgamento será realizado mesmo na
não comparecimento do acusado solto, do as- hipótese de a testemunha não ser encon-
sistente ou do advogado do querelante, que ti- trada no local indicado, se assim for certifi-
ver sido regularmente intimado. (Redação dada cado por oficial de justiça. (Incluído pela Lei
pela Lei nº 11.689, de 2008) nº 11.689, de 2008)
§ 1º Os pedidos de adiamento e as justifica- Art. 462. Realizadas as diligências referidas nos
ções de não comparecimento deverão ser, arts. 454 a 461 deste Código, o juiz presidente
salvo comprovado motivo de força maior, verificará se a urna contém as cédulas dos 25
previamente submetidos à apreciação do (vinte e cinco) jurados sorteados, mandando
juiz presidente do Tribunal do Júri. (Incluído que o escrivão proceda à chamada deles. (Reda-
pela Lei nº 11.689, de 2008) ção dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 2º Se o acusado preso não for conduzido, Art. 463. Comparecendo, pelo menos, 15 (quin-
o julgamento será adiado para o primeiro ze) jurados, o juiz presidente declarará instala-
dia desimpedido da mesma reunião, salvo dos os trabalhos, anunciando o processo que
se houver pedido de dispensa de compa-
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será submetido a julgamento. (Redação dada defesa e, depois dela, o Ministério Público po-
pela Lei nº 11.689, de 2008) derão recusar os jurados sorteados, até 3 (três)
cada parte, sem motivar a recusa. (Redação
§ 1º O oficial de justiça fará o pregão, certi-
dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
ficando a diligência nos autos. (Incluído pela
Lei nº 11.689, de 2008) Parágrafo único. O jurado recusado imo-
tivadamente por qualquer das partes será
§ 2º Os jurados excluídos por impedimen-
excluído daquela sessão de instrução e jul-
to ou suspeição serão computados para a
gamento, prosseguindo-se o sorteio para a
constituição do número legal. (Incluído pela
composição do Conselho de Sentença com
Lei nº 11.689, de 2008)
os jurados remanescentes. (Incluído pela
Art. 464. Não havendo o número referido no Lei nº 11.689, de 2008)
art. 463 deste Código, proceder-se-á ao sorteio
Art. 469. Se forem 2 (dois) ou mais os acusados,
de tantos suplentes quantos necessários, e de-
as recusas poderão ser feitas por um só defen-
signar-se-á nova data para a sessão do júri. (Re-
sor. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
dação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 1º A separação dos julgamentos somente
Art. 465. Os nomes dos suplentes serão consig-
ocorrerá se, em razão das recusas, não for
nados em ata, remetendo-se o expediente de
obtido o número mínimo de 7 (sete) jurados
convocação, com observância do disposto nos
para compor o Conselho de Sentença. (In-
arts. 434 e 435 deste Código. (Redação dada
cluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 466. Antes do sorteio dos membros do Con- § 2º Determinada a separação dos julga-
selho de Sentença, o juiz presidente esclarece- mentos, será julgado em primeiro lugar o
rá sobre os impedimentos, a suspeição e as in- acusado a quem foi atribuída a autoria do
compatibilidades constantes dos arts. 448 e 449 fato ou, em caso de co-autoria, aplicar-se-
deste Código. (Redação dada pela Lei nº 11.689, -á o critério de preferência disposto no
de 2008) art. 429 deste Código. (Incluído pela Lei nº
11.689, de 2008)
§ 1º O juiz presidente também advertirá os
jurados de que, uma vez sorteados, não po- Art. 470. Desacolhida a argüição de impedi-
derão comunicar-se entre si e com outrem, mento, de suspeição ou de incompatibilidade
nem manifestar sua opinião sobre o pro- contra o juiz presidente do Tribunal do Júri, ór-
cesso, sob pena de exclusão do Conselho e gão do Ministério Público, jurado ou qualquer
multa, na forma do § 2º do art. 436 deste funcionário, o julgamento não será suspenso,
Código. (Redação dada pela Lei nº 11.689, devendo, entretanto, constar da ata o seu fun-
de 2008) damento e a decisão. (Redação dada pela Lei nº
11.689, de 2008)
§ 2º A incomunicabilidade será certificada
nos autos pelo oficial de justiça. (Redação Art. 471. Se, em conseqüência do impedimento,
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) suspeição, incompatibilidade, dispensa ou recu-
sa, não houver número para a formação do Con-
Art. 467. Verificando que se encontram na urna selho, o julgamento será adiado para o primeiro
as cédulas relativas aos jurados presentes, o juiz dia desimpedido, após sorteados os suplentes,
presidente sorteará 7 (sete) dentre eles para a com observância do disposto no art. 464 deste
formação do Conselho de Sentença. (Redação Código. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 2008)
Art. 468. À medida que as cédulas forem sendo Art. 472. Formado o Conselho de Sentença, o
retiradas da urna, o juiz presidente as lerá, e a presidente, levantando-se, e, com ele, todos os
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presentes, fará aos jurados a seguinte exorta- das ou não repetíveis. (Incluído pela Lei nº
ção: (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 11.689, de 2008)
Em nome da lei, concito-vos a exami- Art. 474. A seguir será o acusado interrogado,
nar esta causa com imparcialidade e a se estiver presente, na forma estabelecida no
proferir a vossa decisão de acordo com Capítulo III do Título VII do Livro I deste Códi-
a vossa consciência e os ditames da jus- go, com as alterações introduzidas nesta Seção.
tiça. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
Os jurados, nominalmente chamados § 1º O Ministério Público, o assistente, o
pelo presidente, responderão: querelante e o defensor, nessa ordem, po-
derão formular, diretamente, perguntas ao
Assim o prometo. acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.689,
Parágrafo único. O jurado, em seguida, re- de 2008)
ceberá cópias da pronúncia ou, se for o § 2º Os jurados formularão perguntas por
caso, das decisões posteriores que julgaram intermédio do juiz presidente. (Redação
admissível a acusação e do relatório do pro- dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
cesso. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 3º Não se permitirá o uso de algemas no
Seção XI acusado durante o período em que perma-
DA INSTRUÇÃO EM PLENÁRIO necer no plenário do júri, salvo se absolu-
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) tamente necessário à ordem dos trabalhos,
à segurança das testemunhas ou à garantia
Art. 473. Prestado o compromisso pelos jura- da integridade física dos presentes. (Incluí-
dos, será iniciada a instrução plenária quando o do pela Lei nº 11.689, de 2008)
juiz presidente, o Ministério Público, o assisten-
Art. 475. O registro dos depoimentos e do inter-
te, o querelante e o defensor do acusado toma-
rogatório será feito pelos meios ou recursos de
rão, sucessiva e diretamente, as declarações do
gravação magnética, eletrônica, estenotipia ou
ofendido, se possível, e inquirirão as testemu-
técnica similar, destinada a obter maior fidelida-
nhas arroladas pela acusação. (Redação dada
de e celeridade na colheita da prova. (Redação
pela Lei nº 11.689, de 2008)
dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 1º Para a inquirição das testemunhas ar-
Parágrafo único. A transcrição do registro,
roladas pela defesa, o defensor do acusado
após feita a degravação, constará dos autos.
formulará as perguntas antes do Ministério
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
Público e do assistente, mantidos no mais a
ordem e os critérios estabelecidos neste ar- Seção XII
tigo. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
DOS DEBATES
§ 2º Os jurados poderão formular perguntas (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
ao ofendido e às testemunhas, por intermé-
dio do juiz presidente. (Incluído pela Lei nº Art. 476. Encerrada a instrução, será concedida
11.689, de 2008) a palavra ao Ministério Público, que fará a acu-
sação, nos limites da pronúncia ou das decisões
§ 3º As partes e os jurados poderão reque- posteriores que julgaram admissível a acusação,
rer acareações, reconhecimento de pessoas sustentando, se for o caso, a existência de cir-
e coisas e esclarecimento dos peritos, bem cunstância agravante. (Redação dada pela Lei nº
como a leitura de peças que se refiram, ex- 11.689, de 2008)
clusivamente, às provas colhidas por carta
precatória e às provas cautelares, antecipa-
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§ 1º O assistente falará depois do Ministé- to, em seu prejuízo. (Incluído pela Lei nº
rio Público. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 11.689, de 2008)
2008)
Art. 479. Durante o julgamento não será per-
§ 2º Tratando-se de ação penal de iniciati- mitida a leitura de documento ou a exibição de
va privada, falará em primeiro lugar o que- objeto que não tiver sido juntado aos autos com
relante e, em seguida, o Ministério Público, a antecedência mínima de 3 (três) dias úteis,
salvo se este houver retomado a titularida- dando-se ciência à outra parte. (Redação dada
de da ação, na forma do art. 29 deste Códi- pela Lei nº 11.689, de 2008)
go. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
Parágrafo único. Compreende-se na proibi-
§ 3º Finda a acusação, terá a palavra a de- ção deste artigo a leitura de jornais ou qual-
fesa. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) quer outro escrito, bem como a exibição
de vídeos, gravações, fotografias, laudos,
§ 4º A acusação poderá replicar e a defesa quadros, croqui ou qualquer outro meio
treplicar, sendo admitida a reinquirição de assemelhado, cujo conteúdo versar sobre
testemunha já ouvida em plenário. (Incluí- a matéria de fato submetida à apreciação
do pela Lei nº 11.689, de 2008) e julgamento dos jurados. (Incluído pela Lei
Art. 477. O tempo destinado à acusação e à de- nº 11.689, de 2008)
fesa será de uma hora e meia para cada, e de Art. 480. A acusação, a defesa e os jurados po-
uma hora para a réplica e outro tanto para a derão, a qualquer momento e por intermédio
tréplica. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de do juiz presidente, pedir ao orador que indique
2008) a folha dos autos onde se encontra a peça por
§ 1º Havendo mais de um acusador ou mais ele lida ou citada, facultando-se, ainda, aos ju-
de um defensor, combinarão entre si a dis- rados solicitar-lhe, pelo mesmo meio, o esclare-
tribuição do tempo, que, na falta de acordo, cimento de fato por ele alegado. (Redação dada
será dividido pelo juiz presidente, de forma pela Lei nº 11.689, de 2008)
a não exceder o determinado neste artigo. § 1º Concluídos os debates, o presidente
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) indagará dos jurados se estão habilitados a
§ 2º Havendo mais de 1 (um) acusado, o julgar ou se necessitam de outros esclare-
tempo para a acusação e a defesa será cimentos. (Incluído pela Lei nº 11.689, de
acrescido de 1 (uma) hora e elevado ao do- 2008)
bro o da réplica e da tréplica, observado o § 2º Se houver dúvida sobre questão de
disposto no § 1º deste artigo. (Incluído pela fato, o presidente prestará esclarecimen-
Lei nº 11.689, de 2008) tos à vista dos autos. (Incluído pela Lei nº
Art. 478. Durante os debates as partes não po- 11.689, de 2008)
derão, sob pena de nulidade, fazer referências: § 3º Os jurados, nesta fase do procedimen-
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) to, terão acesso aos autos e aos instrumen-
I – à decisão de pronúncia, às decisões pos- tos do crime se solicitarem ao juiz presiden-
teriores que julgaram admissível a acusação te. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
ou à determinação do uso de algemas como Art. 481. Se a verificação de qualquer fato, re-
argumento de autoridade que beneficiem conhecida como essencial para o julgamento da
ou prejudiquem o acusado; (Incluído pela causa, não puder ser realizada imediatamente,
Lei nº 11.689, de 2008) o juiz presidente dissolverá o Conselho, orde-
II – ao silêncio do acusado ou à ausência nando a realização das diligências entendidas
de interrogatório por falta de requerimen-
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necessárias. (Redação dada pela Lei nº 11.689, julgaram admissível a acusação. (Incluído
de 2008) pela Lei nº 11.689, de 2008)
Parágrafo único. Se a diligência consistir na § 1º A resposta negativa, de mais de 3 (três)
produção de prova pericial, o juiz presiden- jurados, a qualquer dos quesitos referidos
te, desde logo, nomeará perito e formulará nos incisos I e II do caput deste artigo encer-
quesitos, facultando às partes também for- ra a votação e implica a absolvição do acu-
mulá-los e indicar assistentes técnicos, no sado. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
prazo de 5 (cinco) dias. (Redação dada pela
Lei nº 11.689, de 2008) § 2º Respondidos afirmativamente por mais
de 3 (três) jurados os quesitos relativos aos
Seção XIII incisos I e II do caput deste artigo será for-
DO QUESTIONÁRIO E SUA VOTAÇÃO mulado quesito com a seguinte redação:
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
O jurado absolve o acusado?
Art. 482. O Conselho de Sentença será questio-
nado sobre matéria de fato e se o acusado deve § 3º Decidindo os jurados pela condenação,
ser absolvido. (Redação dada pela Lei nº 11.689, o julgamento prossegue, devendo ser for-
de 2008) mulados quesitos sobre: (Incluído pela Lei
nº 11.689, de 2008)
Parágrafo único. Os quesitos serão redigi-
dos em proposições afirmativas, simples e I – causa de diminuição de pena alegada
distintas, de modo que cada um deles pos- pela defesa; (Incluído pela Lei nº 11.689, de
sa ser respondido com suficiente clareza e 2008)
necessária precisão. Na sua elaboração, o II – circunstância qualificadora ou causa de
presidente levará em conta os termos da aumento de pena, reconhecidas na pronún-
pronúncia ou das decisões posteriores que cia ou em decisões posteriores que julga-
julgaram admissível a acusação, do interro- ram admissível a acusação. (Incluído pela
gatório e das alegações das partes. (Incluído Lei nº 11.689, de 2008)
pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 4º Sustentada a desclassificação da infra-
Art. 483. Os quesitos serão formulados na se- ção para outra de competência do juiz sin-
guinte ordem, indagando sobre: (Redação dada gular, será formulado quesito a respeito,
pela Lei nº 11.689, de 2008) para ser respondido após o 2º (segundo) ou
I – a materialidade do fato; (Incluído pela 3º (terceiro) quesito, conforme o caso. (In-
Lei nº 11.689, de 2008) cluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
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Art. 484. A seguir, o presidente lerá os quesitos Parágrafo único. Do termo também consta-
e indagará das partes se têm requerimento ou rá a conferência das cédulas não utilizadas.
reclamação a fazer, devendo qualquer deles, (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
bem como a decisão, constar da ata. (Redação
Art. 489. As decisões do Tribunal do Júri serão
dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
tomadas por maioria de votos. (Redação dada
Parágrafo único. Ainda em plenário, o juiz pela Lei nº 11.689, de 2008)
presidente explicará aos jurados o significa-
do de cada quesito. (Redação dada pela Lei Art. 490. Se a resposta a qualquer dos quesi-
nº 11.689, de 2008) tos estiver em contradição com outra ou outras
já dadas, o presidente, explicando aos jurados
Art. 485. Não havendo dúvida a ser esclarecida, em que consiste a contradição, submeterá no-
o juiz presidente, os jurados, o Ministério Pú- vamente à votação os quesitos a que se referi-
blico, o assistente, o querelante, o defensor do rem tais respostas. (Redação dada pela Lei nº
acusado, o escrivão e o oficial de justiça dirigir- 11.689, de 2008)
-se-ão à sala especial a fim de ser procedida a
votação. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de Parágrafo único. Se, pela resposta dada a
2008) um dos quesitos, o presidente verificar que
ficam prejudicados os seguintes, assim o
§ 1º Na falta de sala especial, o juiz presi- declarará, dando por finda a votação. (Inclu-
dente determinará que o público se retire, ído pela Lei nº 11.689, de 2008)
permanecendo somente as pessoas men-
cionadas no caput deste artigo. (Incluído Art. 491. Encerrada a votação, será o termo a
pela Lei nº 11.689, de 2008) que se refere o art. 488 deste Código assinado
pelo presidente, pelos jurados e pelas partes.
§ 2º O juiz presidente advertirá as partes de (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
que não será permitida qualquer interven-
ção que possa perturbar a livre manifesta- Seção XIV
ção do Conselho e fará retirar da sala quem
DA SENTENÇA
se portar inconvenientemente. (Incluído
pela Lei nº 11.689, de 2008) (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 486. Antes de proceder-se à votação de Art. 492. Em seguida, o presidente proferirá
cada quesito, o juiz presidente mandará distri- sentença que: (Redação dada pela Lei nº 11.689,
buir aos jurados pequenas cédulas, feitas de de 2008)
papel opaco e facilmente dobráveis, contendo 7
(sete) delas a palavra sim, 7 (sete) a palavra não. I – no caso de condenação: (Redação dada
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 487. Para assegurar o sigilo do voto, o ofi- a) fixará a pena-base; (Incluído pela Lei nº
cial de justiça recolherá em urnas separadas 11.689, de 2008)
as cédulas correspondentes aos votos e as não
b) considerará as circunstâncias agravantes
utilizadas. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
ou atenuantes alegadas nos debates; (Inclu-
2008)
ído pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 488. Após a resposta, verificados os votos e
c) imporá os aumentos ou diminuições da
as cédulas não utilizadas, o presidente determi-
pena, em atenção às causas admitidas pelo
nará que o escrivão registre no termo a votação
júri; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
de cada quesito, bem como o resultado do jul-
gamento. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de d) observará as demais disposições do art.
2008) 387 deste Código; (Incluído pela Lei nº
11.689, de 2008)
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e) mandará o acusado recolher-se ou reco- las partes. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
mendá-lo-á à prisão em que se encontra, se 2008)
presentes os requisitos da prisão preventi-
Art. 495. A ata descreverá fielmente todas as
va; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
ocorrências, mencionando obrigatoriamente:
f) estabelecerá os efeitos genéricos e espe- (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
cíficos da condenação; (Incluído pela Lei nº
11.689, de 2008) I – a data e a hora da instalação dos traba-
lhos; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
II – no caso de absolvição: (Redação dada 2008)
pela Lei nº 11.689, de 2008)
II – o magistrado que presidiu a sessão e os
a) mandará colocar em liberdade o acusado jurados presentes; (Redação dada pela Lei
se por outro motivo não estiver preso; (Re- nº 11.689, de 2008)
dação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
III – os jurados que deixaram de compa-
b) revogará as medidas restritivas proviso-
recer, com escusa ou sem ela, e as san-
riamente decretadas; (Redação dada pela
ções aplicadas; (Redação dada pela Lei nº
Lei nº 11.689, de 2008)
11.689, de 2008)
c) imporá, se for o caso, a medida de se-
gurança cabível. (Redação dada pela Lei nº IV – o ofício ou requerimento de isenção ou
11.689, de 2008) dispensa; (Redação dada pela Lei nº 11.689,
de 2008)
§ 1º Se houver desclassificação da infração
para outra, de competência do juiz singu- V – o sorteio dos jurados suplentes; (Reda-
lar, ao presidente do Tribunal do Júri caberá ção dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
proferir sentença em seguida, aplicando-se, VI – o adiamento da sessão, se houver ocor-
quando o delito resultante da nova tipifi- rido, com a indicação do motivo; (Redação
cação for considerado pela lei como infra- dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
ção penal de menor potencial ofensivo, o
disposto nos arts. 69 e seguintes da Lei nº VII – a abertura da sessão e a presença do
9.099, de 26 de setembro de 1995. (Reda- Ministério Público, do querelante e do as-
ção dada pela Lei nº 11.689, de 2008) sistente, se houver, e a do defensor do acu-
sado; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
§ 2º Em caso de desclassificação, o crime
2008)
conexo que não seja doloso contra a vida
será julgado pelo juiz presidente do Tribunal VIII – o pregão e a sanção imposta, no caso
do Júri, aplicando-se, no que couber, o dis- de não comparecimento; (Redação dada
posto no § 1º deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
pela Lei nº 11.689, de 2008) IX – as testemunhas dispensadas de depor;
Art. 493. A sentença será lida em plenário pelo (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
presidente antes de encerrada a sessão de ins- X – o recolhimento das testemunhas a lugar
trução e julgamento. (Redação dada pela Lei nº de onde umas não pudessem ouvir o depoi-
11.689, de 2008) mento das outras; (Redação dada pela Lei
nº 11.689, de 2008)
Seção XV
DA ATA DOS TRABALHOS XI – a verificação das cédulas pelo juiz pre-
sidente; (Redação dada pela Lei nº 11.689,
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) de 2008)
Art. 494. De cada sessão de julgamento o escri- XII – a formação do Conselho de Sentença,
vão lavrará ata, assinada pelo presidente e pe- com o registro dos nomes dos jurados sor-
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teados e recusas; (Redação dada pela Lei nº caso, dissolver o Conselho e designar novo
11.689, de 2008) dia para o julgamento, com a nomeação ou
a constituição de novo defensor; (Redação
XIII – o compromisso e o interrogatório,
dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
com simples referência ao termo; (Redação
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) VI – mandar retirar da sala o acusado que
dificultar a realização do julgamento, o qual
XIV – os debates e as alegações das partes
prosseguirá sem a sua presença; (Redação
com os respectivos fundamentos; (Redação
dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
VII – suspender a sessão pelo tempo indis-
XV – os incidentes; (Redação dada pela Lei
pensável à realização das diligências reque-
nº 11.689, de 2008)
ridas ou entendidas necessárias, mantida a
XVI – o julgamento da causa; (Redação dada incomunicabilidade dos jurados; (Redação
pela Lei nº 11.689, de 2008) dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
XVII – a publicidade dos atos da instrução VIII – interromper a sessão por tempo razo-
plenária, das diligências e da sentença. (Re- ável, para proferir sentença e para repouso
dação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) ou refeição dos jurados; (Redação dada pela
Art. 496. A falta da ata sujeitará o responsável a Lei nº 11.689, de 2008)
sanções administrativa e penal. (Redação dada IX – decidir, de ofício, ouvidos o Ministé-
pela Lei nº 11.689, de 2008) rio Público e a defesa, ou a requerimento
de qualquer destes, a argüição de extinção
Seção XVI de punibilidade; (Redação dada pela Lei nº
DAS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE 11.689, de 2008)
DO TRIBUNAL DO JÚRI X – resolver as questões de direito suscita-
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) das no curso do julgamento; (Redação dada
pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 497. São atribuições do juiz presidente do
Tribunal do Júri, além de outras expressamente XI – determinar, de ofício ou a requerimen-
referidas neste Código: (Redação dada pela Lei to das partes ou de qualquer jurado, as di-
nº 11.689, de 2008) ligências destinadas a sanar nulidade ou a
suprir falta que prejudique o esclarecimen-
I – regular a polícia das sessões e prender os to da verdade; (Redação dada pela Lei nº
desobedientes; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
11.689, de 2008)
XII – regulamentar, durante os debates, a
II – requisitar o auxílio da força pública, que intervenção de uma das partes, quando a
ficará sob sua exclusiva autoridade; (Reda- outra estiver com a palavra, podendo con-
ção dada pela Lei nº 11.689, de 2008) ceder até 3 (três) minutos para cada aparte
III – dirigir os debates, intervindo em caso requerido, que serão acrescidos ao tempo
de abuso, excesso de linguagem ou median- desta última. (Incluído pela Lei nº 11.689,
te requerimento de uma das partes; (Reda- de 2008)
ção dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
IV – resolver as questões incidentes que
não dependam de pronunciamento do júri;
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
V – nomear defensor ao acusado, quan-
do considerá-lo indefeso, podendo, neste
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MATERIAL COMPLEMENTAR
1. Conceito: é um procedimento especial para o processo nos crimes dolosos contra a vida
(art. 121 a 128, CP).
2. Linha do processo comum ordinário
3. Tipos de Procedimento
4. Fundamentos: art. 406 a 497, CPP
5. 1ª fase: Judicium acusattionis: art. 406 a 421, CPP
6. 2ª fase: Judicium causae: art.422 a 497, CPP
7. Da resposta do réu: art. 406, CPP
8. Da manifestação da acusação: art.409, CPP
9. Da audiência de instrução: art. 411, CPP
10. Do prazo para encerramento da fase da acusação: art. 412, CPP
11. Da decisão de pronúncia :art. 413, CPP
12. Da decisão de impronúncia: art. 414, CPP
13. Da decisão de absolvição sumária: art.415, CPP
14. Da decisão de desclasificação: art. 419,CPP
15. Da intimação da decisão de pronúncia: art. 420, CPP
16. Da preparação do processo para o julgamento em plenário: arts. 422 e 423, CPP
17. Do Alistamento dos jurados: arts. 425 e 426, CPP
18. Do desfaoramento: arts.427 e 428, CPP
19. Da organização da Pauta :arts. 429 a 431, CPP
20. Do sorteio e convocação dos jurados: arts. 432 a 435, CPP (25 jurados)
21. da função do jurado: arts. 436 a art. 446, CPP (ver casos de isenção do serviço do júri)
22. Da composição do Tribunal do Júri: art. 447, CPP
23. Casos de impedimento de jurados: art. 448, CPP (ver outros casos em que não poderá ser-
vir de jurado: art.49, CPP)
24. Da Reunião da Sessão do Tribunal do Júri: art. 453 a 472, CPP
25. Do Conselho de sentença: art. 463, CPP
26. Número mínimo de jurados para a sessão de instrução e julgamento :art. 463, CPP
27. Recusa dos jurados: art. 468, CPP
28. Da Instrução em Plenário: arts. 473 a 475, CPP
29. Dos debates: arts. 476 a 481, CPP
30. Dos quesitos e da sentença :arts. art. 482 a 490 e art. 492, CPP
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Linha do Processo
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Direito Penal
Espécies de Procedimentos
ORDINÁRIO
COMUM SUMÁRIO
SUMARÍSSIMO
PROCEDIMENTOS
ESPECIAL
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PLENÁRIO
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tos, para provar o teor do processo extravia- TÍTULO II
do ou destruído.
Art. 544. Realizadas as diligências que, salvo Dos Processos Especiais
motivo de força maior, deverão concluir-se den-
tro de vinte dias, serão os autos conclusos para
julgamento.
CAPÍTULO VI
Parágrafo único. No curso do processo, e DO PROCESSO DE RESTAURAÇÃO
depois de subirem os autos conclusos para
DE AUTOS EXTRAVIADOS OU
sentença, o juiz poderá, dentro em cinco
dias, requisitar de autoridades ou de repar- DESTRUÍDOS
tições todos os esclarecimentos para a res-
Art. 541. Os autos originais de processo penal
tauração.
extraviados ou destruídos, em primeira ou se-
Art. 545. Os selos e as taxas judiciárias, já pa- gunda instância, serão restaurados.
gos nos autos originais, não serão novamente
§ 1º Se existir e for exibida cópia autêntica
cobrados.
ou certidão do processo, será uma ou outra
Art. 546. Os causadores de extravio de autos considerada como original.
responderão pelas custas, em dobro, sem preju-
§ 2º Na falta de cópia autêntica ou certidão
ízo da responsabilidade criminal.
do processo, o juiz mandará, de ofício, ou a
Art. 547. Julgada a restauração, os autos respec- requerimento de qualquer das partes, que:
tivos valerão pelos originais.
a) o escrivão certifique o estado do proces-
Parágrafo único. Se no curso da restauração so, segundo a sua lembrança, e reproduza o
aparecerem os autos originais, nestes con- que houver a respeito em seus protocolos e
tinuará o processo, apensos a eles os autos registros;
da restauração.
b) sejam requisitadas cópias do que constar
Art. 548. Até à decisão que julgue restaurados a respeito no Instituto Médico-Legal, no Ins-
os autos, a sentença condenatória em execução tituto de Identificação e Estatística ou em
continuará a produzir efeito, desde que conste estabelecimentos congêneres, repartições
da respectiva guia arquivada na cadeia ou na públicas, penitenciárias ou cadeias;
penitenciária, onde o réu estiver cumprindo a
c) as partes sejam citadas pessoalmente,
pena, ou de registro que torne a sua existência
ou, se não forem encontradas, por edital,
inequívoca.
com o prazo de dez dias, para o processo de
restauração dos autos.
§ 3º Proceder-se-á à restauração na primei-
ra instância, ainda que os autos se tenham
extraviado na segunda.
Art. 542. No dia designado, as partes serão ouvi-
das, mencionando-se em termo circunstanciado
os pontos em que estiverem acordes e a exibi-
ção e a conferência das certidões e mais repro-
duções do processo apresentadas e conferidas.
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Art. 543. O juiz determinará as diligências ne- Parágrafo único. Se no curso da restauração
cessárias para a restauração, observando-se o aparecerem os autos originais, nestes con-
seguinte: tinuará o processo, apensos a eles os autos
da restauração.
I – caso ainda não tenha sido proferida a
sentença, reinquirir-se-ão as testemunhas Art. 548. Até à decisão que julgue restaurados
podendo ser substituídas as que tiverem fa- os autos, a sentença condenatória em execução
lecido ou se encontrarem em lugar não sa- continuará a produzir efeito, desde que conste
bido; da respectiva guia arquivada na cadeia ou na
penitenciária, onde o réu estiver cumprindo a
II – os exames periciais, quando possível, pena, ou de registro que torne a sua existência
serão repetidos, e de preferência pelos inequívoca.
mesmos peritos;
III – a prova documental será reproduzida
por meio de cópia autêntica ou, quando im-
possível, por meio de testemunhas;
IV – poderão também ser inquiridas sobre
os atos do processo, que deverá ser res-
taurado, as autoridades, os serventuários,
os peritos e mais pessoas que tenham nele
funcionado;
V – o Ministério Público e as partes poderão
oferecer testemunhas e produzir documen-
tos, para provar o teor do processo extravia-
do ou destruído.
Art. 544. Realizadas as diligências que, salvo
motivo de força maior, deverão concluir-se den-
tro de vinte dias, serão os autos conclusos para
julgamento.
Parágrafo único. No curso do processo, e
depois de subirem os autos conclusos para
sentença, o juiz poderá, dentro em cinco
dias, requisitar de autoridades ou de repar-
tições todos os esclarecimentos para a res-
tauração.
Art. 545. Os selos e as taxas judiciárias, já pa-
gos nos autos originais, não serão novamente
cobrados.
Art. 546. Os causadores de extravio de autos
responderão pelas custas, em dobro, sem preju-
ízo da responsabilidade criminal.
Art. 547. Julgada a restauração, os autos respec-
tivos valerão pelos originais.
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Direito Processual Penal
NULIDADES
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respostas, e contradição entre estas. pois desse prazo, logo depois de aberta a
(Incluído pela Lei nº 263, de 23.2.1948) audiência e apregoadas as partes;
Art. 565. Nenhuma das partes poderá arguir nu- IV – as do processo regulado no Capítulo VII
lidade a que haja dado causa, ou para que tenha do Título II do Livro II, logo depois de aberta
concorrido, ou referente a formalidade cuja ob- a audiência;
servância só à parte contrária interesse.
V – as ocorridas posteriormente à pronún-
Art. 566. Não será declarada a nulidade de ato cia, logo depois de anunciado o julgamento
processual que não houver influído na apuração e apregoadas as partes (art. 447);
da verdade substancial ou na decisão da causa.
VI – as de instrução criminal dos processos
Art. 567. A incompetência do juízo anula so- de competência do Supremo Tribunal Fede-
mente os atos decisórios, devendo o processo, ral e dos Tribunais de Apelação, nos prazos
quando for declarada a nulidade, ser remetido a que se refere o art. 500;
ao juiz competente.
VII – se verificadas após a decisão da pri-
Art. 568. A nulidade por ilegitimidade do re- meira instância, nas razões de recurso ou
presentante da parte poderá ser a todo tempo logo depois de anunciado o julgamento do
sanada, mediante ratificação dos atos processu- recurso e apregoadas as partes;
ais.
VIII – as do julgamento em plenário, em au-
Art. 569. As omissões da denúncia ou da queixa, diência ou em sessão do tribunal, logo de-
da representação, ou, nos processos das contra- pois de ocorrerem.
venções penais, da portaria ou do auto de pri-
são em flagrante, poderão ser supridas a todo o Art. 572. As nulidades previstas no art. 564, Ill, d
tempo, antes da sentença final. e e, segunda parte, g e h, e IV, considerar-se-ão
sanadas:
Art. 570. A falta ou a nulidade da citação, da
intimação ou notificação estará sanada, desde I – se não forem arguidas, em tempo opor-
que o interessado compareça, antes de o ato tuno, de acordo com o disposto no artigo
consumar-se, embora declare que o faz para o anterior;
único fim de argüi-la. O juiz ordenará, todavia, II – se, praticado por outra forma, o ato ti-
a suspensão ou o adiamento do ato, quando ver atingido o seu fim;
reconhecer que a irregularidade poderá prejudi-
car direito da parte. III – se a parte, ainda que tacitamente, tiver
aceito os seus efeitos.
Art. 571. As nulidades deverão ser arguidas:
Art. 573. Os atos, cuja nulidade não tiver sido
I – as da instrução criminal dos processos da sanada, na forma dos artigos anteriores, serão
competência do júri, nos prazos a que se re- renovados ou retificados.
fere o art. 406;
§ 1º A nulidade de um ato, uma vez declara-
II – as da instrução criminal dos processos da, causará a dos atos que dele diretamente
de competência do juiz singular e dos pro- dependam ou sejam conseqüência.
cessos especiais, salvo os dos Capítulos V e
Vll do Título II do Livro II, nos prazos a que § 2º O juiz que pronunciar a nulidade decla-
se refere o art. 500; rará os atos a que ela se estende.
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MATERIAL DE APOIO
CONCEITO: são espécies de atos que implicam em tornar sem valor um ato processual, deven-
do este ser refeito.
ESPÉCIES:
ABSOLUTAS: podem ser reconhecidas de ofício pelo juiz a qualquer tempo ou pelas partes,
ofendendo o devido pro cesso legal.
RELATIVAS: não podem, em regra, serem arguidas de ofício pelo juiz, mas só invocada pelas
partes no momento processual apropriado.
PRINCÍPIOS:
NÃO HÁ NULIDADE SEM PREJUÍZO: PRINCÍPIO DO PREJUÍZO: ART. 563, CPP
NÃO HÁ NULIDADE PROVOCADA PELA PARTE: PRINCÍPIO DO INTERESSE: ART. 565, CPP
A NULIDADE DE UM ATO IMPLICA A DE OUTROS: PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE: ART. 573, PAR.
1º E 2º, CPP
CONSERVAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS: ART. 567, CPP
CONVALIDAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS
TIPOS LEGAIS DE NULIDADES : ART. 564 C/C ART. 572, CPP
ABSOLUTAS : ART. 564, I, II, III, “a”, “b”, “c”, “e”, “f”, “i”, “j”, “k”, “l”, “m”, “n”,”o”,”p” e p.único, CPP
RELATIVAS : ART. 564, III, “d”, “e”, 2ª parte, “g”, “h”, IV, CPP
O momento para arguição das nulidades relativas, pois as absolutas podem se dar a qualquer
tempo, segue o art. 571, CPP. Já o art. 572, CPP disciplina a convalidação das nulidades relativas.
O principal é saber quais são consideradas nulidades absolutas e as relativas.
A doutrina diverge sobre nulidades absolutas e relativas, sendo que o tópico acima é seguido
por parte dos autor
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Direito Processual Penal
RECURSOS EM GERAL
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MATERIAL COMPLEMENTAR:
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Linha do Processo
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Direito Processual Penal
Direito Penal
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Direito Processual Penal
Recursos em Espécie
Linha do Processo
Recursos em Espécie
TÍTULO II
Dos Recursos em Geral
CAPÍTULO II
DO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou
sentença:
I – que não receber a denúncia ou a queixa;
II – que concluir pela incompetência do juízo;
III – que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição;
IV – que pronunciar o réu; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
V – que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança,
indeferir requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, conceder
liberdade provisória ou relaxar a prisão em flagrante; (Redação dada
pela Lei nº 7.780, de 22.6.1989)
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Recursos em Espécie
VI – (Revogado pela Lei nº 11.689, de 2008)
VII – que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor;
VIII – que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a
punibilidade;
IX – que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra
causa extintiva da punibilidade;
X – que conceder ou negar a ordem de habeas corpus;
XI – que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena;
XII – que conceder, negar ou revogar livramento condicional;
XIII – que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte;
XIV – que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir;
XV – que denegar a apelação ou a julgar deserta;
XVI – que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão
prejudicial;
Recursos em Espécie
XVII – que decidir sobre a unificação de penas;
XVIII – que decidir o incidente de falsidade;
XIX – que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em
julgado;
XX – que impuser medida de segurança por transgressão de outra;
XXI – que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art. 774;
XXII – que revogar a medida de segurança;
XXIII – que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei
admita a revogação;
XXIV – que converter a multa em detenção ou em prisão simples.
Art. 582. Os recursos serão sempre para o Tribunal de Apelação, salvo nos casos
dos números V, X e XIV.
Parágrafo único. O recurso, no caso do no XIV, será para o presidente do
Tribunal de Apelação.
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Direito Processual Penal – Recursos em Espécie – Prof. Joeberth Nunes
Recursos em Espécie
Art. 583. Subirão nos próprios autos os recursos:
I – quando interpostos de oficio;
II – nos casos do art. 581, I, III, IV, VI, VIII e X;
III – quando o recurso não prejudicar o andamento do processo.
Parágrafo único. O recurso da pronúncia subirá em traslado, quando,
havendo dois ou mais réus, qualquer deles se conformar com a decisão ou
todos não tiverem sido ainda intimados da pronúncia.
Art. 584. Os recursos terão efeito suspensivo nos casos de perda da fiança, de
concessão de livramento condicional e dos ns. XV, XVII e XXIV do art. 581.
§ 1º Ao recurso interposto de sentença de impronúncia ou no caso do no
VIII do art. 581, aplicar-se-á o disposto nos arts. 596 e 598.
§ 2º O recurso da pronúncia suspenderá tão-somente o julgamento.
§ 3º O recurso do despacho que julgar quebrada a fiança suspenderá
unicamente o efeito de perda da metade do seu valor.
Recursos em Espécie
Art. 585. O réu não poderá recorrer da pronúncia senão depois
de preso, salvo se prestar fiança, nos casos em que a lei a admitir.
Art. 586. O recurso voluntário poderá ser interposto no prazo de cinco dias.
Parágrafo único. No caso do art. 581, XIV, o prazo será de vinte dias,
contado da data da publicação definitiva da lista de jurados.
Art. 587. Quando o recurso houver de subir por instrumento, a parte indicará,
no respectivo termo, ou em requerimento avulso, as peças dos autos de que
pretenda traslado.
Parágrafo único. O traslado será extraído, conferido e concertado no prazo
de cinco dias, e dele constarão sempre a decisão recorrida, a certidão de
sua intimação, se por outra forma não for possível verificar-se a
oportunidade do recurso, e o termo de interposição.
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Art. 588. Dentro de dois dias, contados da interposição do recurso,
ou do dia em que o escrivão, extraído o traslado, o fizer com vista ao
recorrente, este oferecerá as razões e, em seguida, será aberta vista ao
recorrido por igual prazo.
Parágrafo único. Se o recorrido for o réu, será intimado do prazo na pessoa
do defensor.
Art. 589. Com a resposta do recorrido ou sem ela, será o recurso concluso ao
juiz, que, dentro de dois dias, reformará ou sustentará o seu despacho,
mandando instruir o recurso com os traslados que lhe parecerem necessários.
Parágrafo único. Se o juiz reformar o despacho recorrido, a parte contrária,
por simples petição, poderá recorrer da nova decisão, se couber recurso,
não sendo mais lícito ao juiz modificá-la. Neste caso, independentemente
de novos arrazoados, subirá o recurso nos próprios autos ou em traslado.
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Art. 590. Quando for impossível ao escrivão extrair o traslado no
prazo da lei, poderá o juiz prorrogá-lo até o dobro.
Art. 591. Os recursos serão apresentados ao juiz ou tribunal ad quem, dentro
de cinco dias da publicação da resposta do juiz a quo, ou entregues ao Correio
dentro do mesmo prazo.
Art. 592. Publicada a decisão do juiz ou do tribunal ad quem, deverão os autos
ser devolvidos, dentro de cinco dias, ao juiz a quo.
CAPÍTULO III
DA APELAÇÃO
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias:
I – das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por
juiz singular;
II – das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz
singular nos casos não previstos no Capítulo anterior;
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III – das decisões do Tribunal do Júri, quando:
a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia;
b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão
dos jurados;
c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de
segurança;
d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos.
§ 1º Se a sentença do juiz-presidente for contrária à lei expressa ou divergir
das respostas dos jurados aos quesitos, o tribunal ad quem fará a devida
retificação.
§ 2º Interposta a apelação com fundamento no no III, c, deste artigo, o
tribunal ad quem, se lhe der provimento, retificará a aplicação da pena ou
da medida de segurança.
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§ 3º Se a apelação se fundar no no III, d, deste artigo, e o tribunal
ad quem se convencer de que a decisão dos jurados é manifestamente
contrária à prova dos autos, dar-lhe-á provimento para sujeitar o réu a
novo julgamento; não se admite, porém, pelo mesmo motivo, segunda
apelação.
§ 4º Quando cabível a apelação, não poderá ser usado o recurso em
sentido estrito, ainda que somente de parte da decisão se recorra.
Art. 594. (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 595. (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 596. A apelação da sentença absolutória não impedirá que o réu seja
posto imediatamente em liberdade.
Parágrafo único. A apelação não suspenderá a execução da medida de
segurança aplicada provisoriamente.
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Art. 597. A apelação de sentença condenatória terá efeito suspensivo
salvo o disposto no art. 393, a aplicação provisória de interdições de direitos e
de medidas de segurança (arts. 374 e 378), e o caso de suspensão condicional
de pena.
Art. 598. Nos crimes de competência do Tribunal do Júri, ou do juiz singular, se
da sentença não for interposta apelação pelo Ministério Público no prazo
legal, o ofendido ou qualquer das pessoas enumeradas no art. 31, ainda que
não se tenha habilitado como assistente, poderá interpor apelação, que não
terá, porém, efeito suspensivo.
Parágrafo único. O prazo para interposição desse recurso será de quinze
dias e correrá do dia em que terminar o do Ministério Público.
Art. 599. As apelações poderão ser interpostas quer em relação a todo o
julgado, quer em relação a parte dele.
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Art. 600. Assinado o termo de apelação, o apelante e, depois dele, o
apelado terão o prazo de oito dias cada um para oferecer razões, salvo nos
processos de contravenção, em que o prazo será de três dias.
§ 1º Se houver assistente, este arrazoará, no prazo de três dias, após o
Ministério Público.
§ 2º Se a ação penal for movida pela parte ofendida, o Ministério Público
terá vista dos autos, no prazo do parágrafo anterior.
§ 3º Quando forem dois ou mais os apelantes ou apelados, os prazos serão
comuns.
§ 4º Se o apelante declarar, na petição ou no termo, ao interpor a
apelação, que deseja arrazoar na superior instância serão os autos
remetidos ao tribunal ad quem onde será aberta vista às partes,
observados os prazos legais, notificadas as partes pela publicação oficial.
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Art. 601. Findos os prazos para razões, os autos serão remetidos à
instância superior, com as razões ou sem elas, no prazo de 5 (cinco) dias, salvo
no caso do art. 603, segunda parte, em que o prazo será de trinta dias.
§ 1º Se houver mais de um réu, e não houverem todos sido julgados, ou
não tiverem todos apelado, caberá ao apelante promover extração do
traslado dos autos, o qual deverá ser remetido à instância superior no
prazo de trinta dias, contado da data da entrega das últimas razões de
apelação, ou do vencimento do prazo para a apresentação das do apelado.
§ 2º As despesas do traslado correrão por conta de quem o solicitar, salvo
se o pedido for de réu pobre ou do Ministério Público.
Art. 602. Os autos serão, dentro dos prazos do artigo anterior, apresentados
ao tribunal ad quem ou entregues ao Correio, sob registro.
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Art. 603. A apelação subirá nos autos originais e, a não ser no Distrito
Federal e nas comarcas que forem sede de Tribunal de Apelação, ficará em
cartório traslado dos termos essenciais do processo referidos no art. 564, III.
Arts. 604 a 606. (Revogados pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
CAPÍTULO IV
DO PROTESTO POR NOVO JÚRI
Art. 607. (Revogado pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 608. (Revogado pela Lei nº 11.689, de 2008)
CAPÍTULO V
DO PROCESSO E DO JULGAMENTO DOS RECURSOS EM SENTIDO ESTRITO
E DAS APELAÇÕES, NOS TRIBUNAIS DE APELAÇÃO
Art. 609. Os recursos, apelações e embargos serão julgados pelos Tribunais de
Justiça, câmaras ou turmas criminais, de acordo com a competência
estabelecida nas leis de organização judiciária.
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Recursos em Espécie
Parágrafo único. Quando não for unânime a decisão de segunda
instância, desfavorável ao réu, admitem-se embargos infringentes e de nulidade,
que poderão ser opostos dentro de 10 (dez) dias, a contar da publicação de
acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo for parcial, os embargos serão
restritos à matéria objeto de divergência
Art. 610. Nos recursos em sentido estrito, com exceção do de habeas corpus, e nas
apelações interpostas das sentenças em processo de contravenção ou de crime a que
a lei comine pena de detenção, os autos irão imediatamente com vista ao procurador-
geral pelo prazo de cinco dias, e, em seguida, passarão, por igual prazo, ao relator, que
pedirá designação de dia para o julgamento.
Parágrafo único. Anunciado o julgamento pelo presidente, e apregoadas as
partes, com a presença destas ou à sua revelia, o relator fará a exposição do feito
e, em seguida, o presidente concederá, pelo prazo de 10 (dez) minutos, a palavra
aos advogados ou às partes que a solicitarem e ao procurador-geral, quando o
requerer, por igual prazo.
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Art. 611. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 552, de 25.4.1969)
Art. 612. Os recursos de habeas corpus, designado o relator, serão julgados na
primeira sessão.
Art. 613. As apelações interpostas das sentenças proferidas em processos por crime a
que a lei comine pena de reclusão, deverão ser processadas e julgadas pela forma
estabelecida no Art. 610, com as seguintes modificações:
I – exarado o relatório nos autos, passarão estes ao revisor, que terá igual prazo
para o exame do processo e pedirá designação de dia para o julgamento;
II – os prazos serão ampliados ao dobro;
III – o tempo para os debates será de um quarto de hora.
Art. 614. No caso de impossibilidade de observância de qualquer dos prazos
marcados nos arts. 610 e 613, os motivos da demora serão declarados nos autos.
Art. 615. O tribunal decidirá por maioria de votos.
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Recursos em Espécie
§ 1º Havendo empate de votos no julgamento de recursos, se o
presidente do tribunal, câmara ou turma, não tiver tomado parte na votação,
proferirá o voto de desempate; no caso contrário, prevalecerá a decisão mais
favorável ao réu.
§ 2º O acórdão será apresentado à conferência na primeira sessão seguinte à do
julgamento, ou no prazo de duas sessões, pelo juiz incumbido de lavrá-lo.
Art. 616. No julgamento das apelações poderá o tribunal, câmara ou turma proceder
a novo interrogatório do acusado, reinquirir testemunhas ou determinar outras
diligências.
Art. 617. O tribunal, câmara ou turma atenderá nas suas decisões ao disposto nos
arts. 383, 386 e 387, no que for aplicável, não podendo, porém, ser agravada a pena,
quando somente o réu houver apelado da sentença.
Art. 618. Os regimentos dos Tribunais de Apelação estabelecerão as normas
complementares para o processo e julgamento dos recursos e apelações.
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CAPÍTULO VI
DOS EMBARGOS
Art. 619. Aos acórdãos proferidos pelos Tribunais de Apelação, câmaras ou turmas,
poderão ser opostos embargos de declaração, no prazo de dois dias contados da sua
publicação, quando houver na sentença ambiguidade, obscuridade, contradição ou
omissão.
Art. 620. Os embargos de declaração serão deduzidos em requerimento de que
constem os pontos em que o acórdão é ambíguo, obscuro, contraditório ou omisso.
§ 1º O requerimento será apresentado pelo relator e julgado,
independentemente de revisão, na primeira sessão.
§ 2º Se não preenchidas as condições enumeradas neste artigo, o relator
indeferirá desde logo o requerimento.
CAPÍTULO VII
DA REVISÃO
Art. 621. A revisão dos processos findos será admitida:
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Recursos em Espécie
I – quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da
lei penal ou à evidência dos autos;
II – quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou
documentos comprovadamente falsos;
III – quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do
condenado ou de circunstância que determine ou autorize diminuição especial da
pena.
Art. 622. A revisão poderá ser requerida em qualquer tempo, antes da extinção da
pena ou após.
Parágrafo único. Não será admissível a reiteração do pedido, salvo se fundado em
novas provas.
Art. 623. A revisão poderá ser pedida pelo próprio réu ou por procurador legalmente
habilitado ou, no caso de morte do réu, pelo cônjuge, ascendente, descendente ou
irmão.
Art. 624. As revisões criminais serão processadas e julgadas:
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I – pelo Supremo Tribunal Federal, quanto às condenações por ele
proferidas;
II – pelo Tribunal Federal de Recursos, Tribunais de Justiça ou de Alçada, nos
demais casos.
§ 1º No Supremo Tribunal Federal e no Tribunal Federal de Recursos o processo e
julgamento obedecerão ao que for estabelecido no respectivo regimento interno.
§ 2º Nos Tribunais de Justiça ou de Alçada, o julgamento será efetuado pelas
câmaras ou turmas criminais, reunidas em sessão conjunta, quando houver mais
de uma, e, no caso contrário, pelo tribunal pleno.
§ 3º Nos tribunais onde houver quatro ou mais câmaras ou turmas criminais,
poderão ser constituídos dois ou mais grupos de câmaras ou turmas para o
julgamento de revisão, obedecido o que for estabelecido no respectivo regimento
interno.
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Recursos em Espécie
Art. 625. O requerimento será distribuído a um relator e a um revisor,
devendo funcionar como relator um desembargador que não tenha pronunciado
decisão em qualquer fase do processo.
§ 1º O requerimento será instruído com a certidão de haver passado em julgado a
sentença condenatória e com as peças necessárias à comprovação dos fatos
arguidos.
§ 2º O relator poderá determinar que se apensem os autos originais, se daí não
advier dificuldade à execução normal da sentença.
§ 3º Se o relator julgar insuficientemente instruído o pedido e inconveniente ao
interesse da justiça que se apensem os autos originais, indeferi-lo-á in limine,
dando recurso para as câmaras reunidas ou para o tribunal, conforme o caso (art.
624, parágrafo único).
§ 4º Interposto o recurso por petição e independentemente de termo, o relator
apresentará o processo em mesa para o julgamento e o relatará, sem tomar parte
na discussão.
Recursos em Espécie
§ 5º Se o requerimento não for indeferido in limine, abrir-se-á vista dos
autos ao procurador-geral, que dará parecer no prazo de dez dias. Em seguida,
examinados os autos, sucessivamente, em igual prazo, pelo relator e revisor,
julgar-se-á o pedido na sessão que o presidente designar.
Art. 626. Julgando procedente a revisão, o tribunal poderá alterar a classificação da
infração, absolver o réu, modificar a pena ou anular o processo.
Parágrafo único. De qualquer maneira, não poderá ser agravada a pena imposta
pela decisão revista.
Art. 627. A absolvição implicará o restabelecimento de todos os direitos perdidos em
virtude da condenação, devendo o tribunal, se for caso, impor a medida de segurança
cabível.
Art. 628. Os regimentos internos dos Tribunais de Apelação estabelecerão as normas
complementares para o processo e julgamento das revisões criminais.
Art. 629. À vista da certidão do acórdão que cassar a sentença condenatória, o juiz
mandará juntá-la imediatamente aos autos, para inteiro cumprimento da decisão.
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Recursos em Espécie
Art. 630. O tribunal, se o interessado o requerer, poderá reconhecer o
direito a uma justa indenização pelos prejuízos sofridos.
§ 1º Por essa indenização, que será liquidada no juízo cível, responderá a União, se
a condenação tiver sido proferida pela justiça do Distrito Federal ou de Território,
ou o Estado, se o tiver sido pela respectiva justiça.
§ 2º A indenização não será devida:
a) se o erro ou a injustiça da condenação proceder de ato ou falta imputável ao
próprio impetrante, como a confissão ou a ocultação de prova em seu poder;
b) se a acusação houver sido meramente privada.
Art. 631. Quando, no curso da revisão, falecer a pessoa, cuja condenação tiver de ser
revista, o presidente do tribunal nomeará curador para a defesa.
CAPÍTULO VIII
DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Arts. 632. a 636. Revogados pela Lei nº 3.396, de 2.6.1958:
Recursos em Espécie
Art. 637. O recurso extraordinário não tem efeito suspensivo, e uma vez
arrazoados pelo recorrido os autos do traslado, os originais baixarão à primeira
instância, para a execução da sentença.
Art. 638. O recurso extraordinário será processado e julgado no Supremo Tribunal
Federal na forma estabelecida pelo respectivo regimento interno.
CAPÍTULO IX
DA CARTA TESTEMUNHÁVEL
Art. 639. Dar-se-á carta testemunhável:
I – da decisão que denegar o recurso;
II – da que, admitindo embora o recurso, obstar à sua expedição e seguimento
para o juízo ad quem.
Art. 640. A carta testemunhável será requerida ao escrivão, ou ao secretário do
tribunal, conforme o caso, nas quarenta e oito horas seguintes ao despacho que
denegar o recurso, indicando o requerente as peças do processo que deverão ser
trasladadas.
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Direito Processual Penal – Recursos em Espécie – Prof. Joeberth Nunes
Recursos em Espécie
Art. 641. O escrivão, ou o secretário do tribunal, dará recibo da petição à
parte e, no prazo máximo de cinco dias, no caso de recurso no sentido estrito,
ou de sessenta dias, no caso de recurso extraordinário, fará entrega da carta,
devidamente conferida e concertada.
Art. 642. O escrivão, ou o secretário do tribunal, que se negar a dar o recibo,
ou deixar de entregar, sob qualquer pretexto, o instrumento, será suspenso
por trinta dias. O juiz, ou o presidente do Tribunal de Apelação, em face de
representação do testemunhante, imporá a pena e mandará que seja extraído
o instrumento, sob a mesma sanção, pelo substituto do escrivão ou do
secretário do tribunal. Se o testemunhante não for atendido, poderá reclamar
ao presidente do tribunal ad quem, que avocará os autos, para o efeito do
julgamento do recurso e imposição da pena.
Recursos em Espécie
Art. 643. Extraído e autuado o instrumento, observar-se-á o disposto
nos arts. 588 a 592, no caso de recurso em sentido estrito, ou o processo
estabelecido para o recurso extraordinário, se deste se tratar.
Art. 644. O tribunal, câmara ou turma a que competir o julgamento da carta,
se desta tomar conhecimento, mandará processar o recurso, ou, se estiver
suficientemente instruída, decidirá logo, de meritis.
Art. 645. O processo da carta testemunhável na instância superior seguirá o
processo do recurso denegado.
Art. 646. A carta testemunhável não terá efeito suspensivo.
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Direito Processual Penal
HABEAS CORPUS
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títulos e postos militares e, juntamente com IX – (Revogado pela Emenda Constitucional
os demais membros, o uso dos uniformes nº 41, de 19.12.2003)
das Forças Armadas;
X – a lei disporá sobre o ingresso nas For-
II – o militar em atividade que tomar posse ças Armadas, os limites de idade, a estabi-
em cargo ou emprego público civil perma- lidade e outras condições de transferência
nente, ressalvada a hipótese prevista no art. do militar para a inatividade, os direitos, os
37, inciso XVI, alínea c, será transferido para deveres, a remuneração, as prerrogativas
a reserva, nos termos da lei; e outras situações especiais dos militares,
consideradas as peculiaridades de suas ati-
III – o militar da ativa que, de acordo com vidades, inclusive aquelas cumpridas por
a lei, tomar posse em cargo, emprego ou força de compromissos internacionais e de
função pública civil temporária, não eletiva, guerra.
ainda que da administração indireta, ressal-
vada a hipótese prevista no art. 37, inciso
XVI, alínea "c", ficará agregado ao respec-
tivo quadro e somente poderá, enquanto CAPÍTULO III
permanecer nessa situação, ser promovido
DO PODER JUDICIÁRIO
por antiguidade, contando-se-lhe o tempo
de serviço apenas para aquela promoção e
transferência para a reserva, sendo depois
Seção II
de dois anos de afastamento, contínuos ou DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
não, transferido para a reserva, nos termos
Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-
da lei;
-se de onze Ministros, escolhidos dentre cida-
IV – ao militar são proibidas a sindicalização dãos com mais de trinta e cinco e menos de
e a greve; sessenta e cinco anos de idade, de notável saber
jurídico e reputação ilibada.
V – o militar, enquanto em serviço ativo,
não pode estar filiado a partidos políticos; Parágrafo único. Os Ministros do Supremo
Tribunal Federal serão nomeados pelo Pre-
VI – o oficial só perderá o posto e a patente sidente da República, depois de aprovada
se for julgado indigno do oficialato ou com a escolha pela maioria absoluta do Senado
ele incompatível, por decisão de tribunal Federal.
militar de caráter permanente, em tempo
de paz, ou de tribunal especial, em tempo Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Fede-
de guerra; ral, precipuamente, a guarda da Constituição,
cabendo-lhe:
VII – o oficial condenado na justiça comum
ou militar a pena privativa de liberdade su- I – processar e julgar, originariamente:
perior a dois anos, por sentença transitada
a) a ação direta de inconstitucionalidade de
em julgado, será submetido ao julgamento
lei ou ato normativo federal ou estadual e a
previsto no inciso anterior;
ação declaratória de constitucionalidade de
VIII – aplica-se aos militares o disposto no lei ou ato normativo federal; (Redação dada
art. 7º, incisos VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV, pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
e no art. 37, incisos XI, XIII, XIV e XV, bem
b) nas infrações penais comuns, o Presiden-
como, na forma da lei e com prevalência da
te da República, o Vice-Presidente, os mem-
atividade militar, no art. 37, inciso XVI, alí-
bros do Congresso Nacional, seus próprios
nea "c";
Ministros e o Procurador-Geral da Repúbli-
ca;
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c) nas infrações penais comuns e nos crimes m) a execução de sentença nas causas de
de responsabilidade, os Ministros de Estado sua competência originária, facultada a
e os Comandantes da Marinha, do Exército delegação de atribuições para a prática de
e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no atos processuais;
art. 52, I, os membros dos Tribunais Supe-
riores, os do Tribunal de Contas da União e n) a ação em que todos os membros da ma-
os chefes de missão diplomática de caráter gistratura sejam direta ou indiretamente
permanente; (Redação dada pela Emenda interessados, e aquela em que mais da me-
Constitucional nº 23, de 1999) tade dos membros do tribunal de origem
estejam impedidos ou sejam direta ou indi-
d) o habeas-corpus, sendo paciente qual- retamente interessados;
quer das pessoas referidas nas alíneas an-
teriores; o mandado de segurança e o "ha- o) os conflitos de competência entre o Su-
beas-data" contra atos do Presidente da perior Tribunal de Justiça e quaisquer tribu-
República, das Mesas da Câmara dos Depu- nais, entre Tribunais Superiores, ou entre
tados e do Senado Federal, do Tribunal de estes e qualquer outro tribunal;
Contas da União, do Procurador-Geral da p) o pedido de medida cautelar das ações
República e do próprio Supremo Tribunal diretas de inconstitucionalidade;
Federal;
q) o mandado de injunção, quando a elabo-
e) o litígio entre Estado estrangeiro ou orga- ração da norma regulamentadora for atri-
nismo internacional e a União, o Estado, o buição do Presidente da República, do Con-
Distrito Federal ou o Território; gresso Nacional, da Câmara dos Deputados,
f) as causas e os conflitos entre a União e do Senado Federal, das Mesas de uma des-
os Estados, a União e o Distrito Federal, ou sas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas
entre uns e outros, inclusive as respectivas da União, de um dos Tribunais Superiores,
entidades da administração indireta; ou do próprio Supremo Tribunal Federal;
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c) julgar válida lei ou ato de governo local V – o Governador de Estado ou do Distrito
contestado em face desta Constituição. Federal; (Redação dada pela Emenda Cons-
titucional nº 45, de 2004)
d) julgar válida lei local contestada em face
de lei federal. (Incluída pela Emenda Consti- VI – o Procurador-Geral da República;
tucional nº 45, de 2004)
VII – o Conselho Federal da Ordem dos Ad-
§ 1º A argüição de descumprimento de pre- vogados do Brasil;
ceito fundamental, decorrente desta Cons-
tituição, será apreciada pelo Supremo Tribu- VIII – partido político com representação no
nal Federal, na forma da lei. (Transformado Congresso Nacional;
do parágrafo único em § 1º pela Emenda IX – confederação sindical ou entidade de
Constitucional nº 3, de 17/03/93) classe de âmbito nacional.
§ 2º As decisões definitivas de mérito, pro- § 1º O Procurador-Geral da República de-
feridas pelo Supremo Tribunal Federal, nas verá ser previamente ouvido nas ações de
ações diretas de inconstitucionalidade e nas inconstitucionalidade e em todos os proces-
ações declaratórias de constitucionalidade sos de competência do Supremo Tribunal
produzirão eficácia contra todos e efeito Federal.
vinculante, relativamente aos demais ór-
gãos do Poder Judiciário e à administração § 2º Declarada a inconstitucionalidade por
pública direta e indireta, nas esferas federal, omissão de medida para tornar efetiva
estadual e municipal. (Redação dada pela norma constitucional, será dada ciência ao
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Poder competente para a adoção das pro-
vidências necessárias e, em se tratando de
§ 3º No recurso extraordinário o recorrente órgão administrativo, para fazê-lo em trinta
deverá demonstrar a repercussão geral das dias.
questões constitucionais discutidas no caso,
nos termos da lei, a fim de que o Tribunal § 3º Quando o Supremo Tribunal Federal
examine a admissão do recurso, somente apreciar a inconstitucionalidade, em tese,
podendo recusá-lo pela manifestação de de norma legal ou ato normativo, citará,
dois terços de seus membros. (Incluída pela previamente, o Advogado-Geral da União,
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) que defenderá o ato ou texto impugnado.
Art. 103. Podem propor a ação direta de incons- § 4º (Revogado pela Emenda Constitucional
titucionalidade e a ação declaratória de cons- nº 45, de 2004)
titucionalidade: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004) Seção III
DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
I – o Presidente da República;
Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõe-
II – a Mesa do Senado Federal;
-se de, no mínimo, trinta e três Ministros.
III – a Mesa da Câmara dos Deputados;
Parágrafo único. Os Ministros do Superior
IV – a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Tribunal de Justiça serão nomeados pelo
Câmara Legislativa do Distrito Federal; (Re- Presidente da República, dentre brasileiros
dação dada pela Emenda Constitucional nº com mais de trinta e cinco e menos de ses-
45, de 2004) senta e cinco anos, de notável saber jurídi-
co e reputação ilibada, depois de aprovada
a escolha pela maioria absoluta do Senado
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Federal, sendo: (Redação dada pela Emen- d) os conflitos de competência entre quais-
da Constitucional nº 45, de 2004) quer tribunais, ressalvado o disposto no art.
102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes
I – um terço dentre juízes dos Tribunais Re- a ele não vinculados e entre juízes vincula-
gionais Federais e um terço dentre desem- dos a tribunais diversos;
bargadores dos Tribunais de Justiça, indica-
dos em lista tríplice elaborada pelo próprio e) as revisões criminais e as ações rescisó-
Tribunal; rias de seus julgados;
II – um terço, em partes iguais, dentre advo- f) a reclamação para a preservação de sua
gados e membros do Ministério Público Fe- competência e garantia da autoridade de
deral, Estadual, do Distrito Federal e Terri- suas decisões;
tórios, alternadamente, indicados na forma
do art. 94. g) os conflitos de atribuições entre autorida-
des administrativas e judiciárias da União,
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Jus- ou entre autoridades judiciárias de um Esta-
tiça: do e administrativas de outro ou do Distrito
Federal, ou entre as deste e da União;
I – processar e julgar, originariamente:
h) o mandado de injunção, quando a elabo-
a) nos crimes comuns, os Governadores dos ração da norma regulamentadora for atri-
Estados e do Distrito Federal, e, nestes e buição de órgão, entidade ou autoridade
nos de responsabilidade, os desembargado- federal, da administração direta ou indireta,
res dos Tribunais de Justiça dos Estados e do excetuados os casos de competência do Su-
Distrito Federal, os membros dos Tribunais premo Tribunal Federal e dos órgãos da Jus-
de Contas dos Estados e do Distrito Fede- tiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do
ral, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Trabalho e da Justiça Federal;
Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho,
os membros dos Conselhos ou Tribunais de i) a homologação de sentenças estrangeiras
Contas dos Municípios e os do Ministério e a concessão de exequatur às cartas roga-
Público da União que oficiem perante tribu- tórias; (Incluída pela Emenda Constitucional
nais; nº 45, de 2004)
b) os mandados de segurança e os habeas II – julgar, em recurso ordinário:
data contra ato de Ministro de Estado, dos
Comandantes da Marinha, do Exército e da a) os habeas-corpus decididos em única ou
Aeronáutica ou do próprio Tribunal; (Reda- última instância pelos Tribunais Regionais
ção dada pela Emenda Constitucional nº 23, Federais ou pelos tribunais dos Estados, do
de 1999) Distrito Federal e Territórios, quando a deci-
são for denegatória;
c) os habeas corpus, quando o coator ou
paciente for qualquer das pessoas mencio- b) os mandados de segurança decididos em
nadas na alínea "a", ou quando o coator única instância pelos Tribunais Regionais
for tribunal sujeito à sua jurisdição, Minis- Federais ou pelos tribunais dos Estados, do
tro de Estado ou Comandante da Marinha, Distrito Federal e Territórios, quando dene-
do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a gatória a decisão;
competência da Justiça Eleitoral; (Redação c) as causas em que forem partes Estado
dada pela Emenda Constitucional nº 23, de estrangeiro ou organismo internacional, de
1999) um lado, e, do outro, Município ou pessoa
residente ou domiciliada no País;
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III – julgar, em recurso especial, as causas I – um quinto dentre advogados com mais
decididas, em única ou última instância, de dez anos de efetiva atividade profissional
pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos e membros do Ministério Público Federal
tribunais dos Estados, do Distrito Federal e com mais de dez anos de carreira;
Territórios, quando a decisão recorrida:
II – os demais, mediante promoção de ju-
a) contrariar tratado ou lei federal, ou ne- ízes federais com mais de cinco anos de
gar-lhes vigência; exercício, por antigüidade e merecimento,
alternadamente.
b) julgar válido ato de governo local contes-
tado em face de lei federal; (Redação dada § 1º A lei disciplinará a remoção ou a per-
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) muta de juízes dos Tribunais Regionais Fe-
derais e determinará sua jurisdição e sede.
c) der a lei federal interpretação divergente (Renumerado do parágrafo único, pela
da que lhe haja atribuído outro tribunal. Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Parágrafo único. Funcionarão junto ao Su- § 2º Os Tribunais Regionais Federais instala-
perior Tribunal de Justiça: (Redação dada rão a justiça itinerante, com a realização de
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) audiências e demais funções da atividade
I – a Escola Nacional de Formação e Aper- jurisdicional, nos limites territoriais da res-
feiçoamento de Magistrados, cabendo-lhe, pectiva jurisdição, servindo-se de equipa-
dentre outras funções, regulamentar os cur- mentos públicos e comunitários. (Incluído
sos oficiais para o ingresso e promoção na pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
carreira; (Incluído pela Emenda Constitucio- § 3º Os Tribunais Regionais Federais po-
nal nº 45, de 2004) derão funcionar descentralizadamente,
II – o Conselho da Justiça Federal, cabendo- constituindo Câmaras regionais, a fim de
-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão assegurar o pleno acesso do jurisdicionado
administrativa e orçamentária da Justiça à justiça em todas as fases do processo. (In-
Federal de primeiro e segundo graus, como cluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
órgão central do sistema e com poderes 2004)
correicionais, cujas decisões terão caráter Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Fe-
vinculante. (Incluído pela Emenda Constitu- derais:
cional nº 45, de 2004)
I – processar e julgar, originariamente:
Seção IV
DOS TRIBUNAIS REGIONAIS a) os juízes federais da área de sua jurisdi-
ção, incluídos os da Justiça Militar e da Justi-
FEDERAIS E DOS JUÍZES FEDERAIS ça do Trabalho, nos crimes comuns e de res-
ponsabilidade, e os membros do Ministério
Art. 106. São órgãos da Justiça Federal:
Público da União, ressalvada a competência
I – os Tribunais Regionais Federais; da Justiça Eleitoral;
II – os Juízes Federais. b) as revisões criminais e as ações rescisó-
rias de julgados seus ou dos juízes federais
Art. 107. Os Tribunais Regionais Federais com- da região;
põem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados,
quando possível, na respectiva região e nomea- c) os mandados de segurança e os "habeas-
dos pelo Presidente da República dentre brasi- -data" contra ato do próprio Tribunal ou de
leiros com mais de trinta e menos de sessenta e juiz federal;
cinco anos, sendo:
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República, com a finalidade de assegurar o I – ao Supremo Tribunal Federal, nos casos
cumprimento de obrigações decorrentes de previstos no Art. 101, I, g, da Constituição;
tratados internacionais de direitos humanos
dos quais o Brasil seja parte, poderá susci- II – aos Tribunais de Apelação, sempre que
tar, perante o Superior Tribunal de Justiça, os atos de violência ou coação forem atribu-
em qualquer fase do inquérito ou processo, ídos aos governadores ou interventores dos
incidente de deslocamento de competência Estados ou Territórios e ao prefeito do Dis-
para a Justiça Federal. (Incluído pela Emen- trito Federal, ou a seus secretários, ou aos
da Constitucional nº 45, de 2004) chefes de Polícia.
§ 1º A competência do juiz cessará sempre
que a violência ou coação provier de auto-
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL ridade judiciária de igual ou superior juris-
dição.
§ 2º Não cabe o habeas corpus contra a
prisão administrativa, atual ou iminente,
CAPÍTULO X
dos responsáveis por dinheiro ou valor per-
DO HABEAS CORPUS E SEU tencente à Fazenda Pública, alcançados ou
PROCESSO omissos em fazer o seu recolhimento nos
prazos legais, salvo se o pedido for acompa-
Art. 647. Dar-se-á habeas corpus sempre que al- nhado de prova de quitação ou de depósito
guém sofrer ou se achar na iminência de sofrer do alcance verificado, ou se a prisão exce-
violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir der o prazo legal.
e vir, salvo nos casos de punição disciplinar.
Art. 651. A concessão do habeas corpus não
Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal: obstará, nem porá termo ao processo, desde
I – quando não houver justa causa; que este não esteja em conflito com os funda-
mentos daquela.
II – quando alguém estiver preso por mais
tempo do que determina a lei; Art. 652. Se o habeas corpus for concedido em
virtude de nulidade do processo, este será reno-
III – quando quem ordenar a coação não ti- vado.
ver competência para fazê-lo;
Art. 653. Ordenada a soltura do paciente em
IV – quando houver cessado o motivo que virtude de habeas corpus, será condenada nas
autorizou a coação; custas a autoridade que, por má-fé ou evidente
abuso de poder, tiver determinado a coação.
V – quando não for alguém admitido a pres-
tar fiança, nos casos em que a lei a autoriza; Parágrafo único. Neste caso, será remetida
ao Ministério Público cópia das peças ne-
VI – quando o processo for manifestamente
cessárias para ser promovida a responsabili-
nulo;
dade da autoridade.
VII – quando extinta a punibilidade.
Art. 654. O habeas corpus poderá ser impetra-
Art. 649. O juiz ou o tribunal, dentro dos limites do por qualquer pessoa, em seu favor ou de ou-
da sua jurisdição, fará passar imediatamente a trem, bem como pelo Ministério Público.
ordem impetrada, nos casos em que tenha cabi-
§ 1º A petição de habeas corpus conterá:
mento, seja qual for a autoridade coatora.
a) o nome da pessoa que sofre ou está ame-
Art. 650. Competirá conhecer, originariamente,
açada de sofrer violência ou coação e o de
do pedido de habeas corpus:
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quem exercer a violência, coação ou ame- III – se o comparecimento não tiver sido de-
aça; terminado pelo juiz ou pelo tribunal.
b) a declaração da espécie de constrangi- Parágrafo único. O juiz poderá ir ao local em
mento ou, em caso de simples ameaça de que o paciente se encontrar, se este não pu-
coação, as razões em que funda o seu te- der ser apresentado por motivo de doença.
mor;
Art. 658. O detentor declarará à ordem de quem
c) a assinatura do impetrante, ou de alguém o paciente estiver preso.
a seu rogo, quando não souber ou não pu-
der escrever, e a designação das respectivas Art. 659. Se o juiz ou o tribunal verificar que já
residências. cessou a violência ou coação ilegal, julgará pre-
judicado o pedido.
§ 2º Os juízes e os tribunais têm competên-
cia para expedir de ofício ordem de habeas Art. 660. Efetuadas as diligências, e interrogado
corpus, quando no curso de processo verifi- o paciente, o juiz decidirá, fundamentadamen-
carem que alguém sofre ou está na iminên- te, dentro de 24 (vinte e quatro) horas.
cia de sofrer coação ilegal. § 1º Se a decisão for favorável ao paciente,
Art. 655. O carcereiro ou o diretor da prisão, o será logo posto em liberdade, salvo se por
escrivão, o oficial de justiça ou a autoridade ju- outro motivo dever ser mantido na prisão.
diciária ou policial que embaraçar ou procrasti- § 2º Se os documentos que instruírem a pe-
nar a expedição de ordem de habeas corpus, as tição evidenciarem a ilegalidade da coação,
informações sobre a causa da prisão, a condu- o juiz ou o tribunal ordenará que cesse ime-
ção e apresentação do paciente, ou a sua soltu- diatamente o constrangimento.
ra, será multado na quantia de duzentos mil-réis
a um conto de réis, sem prejuízo das penas em § 3º Se a ilegalidade decorrer do fato de não
que incorrer. As multas serão impostas pelo juiz ter sido o paciente admitido a prestar fian-
do tribunal que julgar o habeas corpus, salvo ça, o juiz arbitrará o valor desta, que poderá
quando se tratar de autoridade judiciária, caso ser prestada perante ele, remetendo, nes-
em que caberá ao Supremo Tribunal Federal ou te caso, à autoridade os respectivos autos,
ao Tribunal de Apelação impor as multas. para serem anexados aos do inquérito poli-
cial ou aos do processo judicial.
Art. 656. Recebida a petição de habeas corpus,
o juiz, se julgar necessário, e estiver preso o pa- § 4º Se a ordem de habeas corpus for con-
ciente, mandará que este Ihe seja imediatamen- cedida para evitar ameaça de violência ou
te apresentado em dia e hora que designar. coação ilegal, dar-se-á ao paciente salvo-
-conduto assinado pelo juiz.
Parágrafo único. Em caso de desobediência,
será expedido mandado de prisão contra o § 5º Será incontinenti enviada cópia da de-
detentor, que será processado na forma da cisão à autoridade que tiver ordenado a pri-
lei, e o juiz providenciará para que o pacien- são ou tiver o paciente à sua disposição, a
te seja tirado da prisão e apresentado em fim de juntar-se aos autos do processo.
juízo.
§ 6º Quando o paciente estiver preso em lu-
Art. 657. Se o paciente estiver preso, nenhum gar que não seja o da sede do juízo ou do
motivo escusará a sua apresentação, salvo: tribunal que conceder a ordem, o alvará
de soltura será expedido pelo telégrafo, se
I – grave enfermidade do paciente; houver, observadas as formalidades estabe-
Il – não estar ele sob a guarda da pessoa a lecidas no art. 289, parágrafo único, in fine,
quem se atribui a detenção; ou por via postal.
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Art. 661. Em caso de competência originária do Tribunal Federal, bem como nos de recurso das
Tribunal de Apelação, a petição de habeas cor- decisões de última ou única instância, denega-
pus será apresentada ao secretário, que a en- tórias de habeas corpus, observar-se-á, no que
viará imediatamente ao presidente do tribunal, Ihes for aplicável, o disposto nos artigos ante-
ou da câmara criminal, ou da turma, que estiver riores, devendo o regimento interno do tribunal
reunida, ou primeiro tiver de reunir-se. estabelecer as regras complementares.
Art. 662. Se a petição contiver os requisitos do
art. 654, § 1º, o presidente, se necessário, re-
quisitará da autoridade indicada como coatora
informações por escrito. Faltando, porém, qual-
quer daqueles requisitos, o presidente manda-
rá preenchê-lo, logo que Ihe for apresentada a
petição.
Art. 663. As diligências do artigo anterior não
serão ordenadas, se o presidente entender que
o habeas corpus deva ser indeferido in limine.
Nesse caso, levará a petição ao tribunal, câmara
ou turma, para que delibere a respeito.
Art. 664. Recebidas as informações, ou dispen-
sadas, o habeas corpus será julgado na primeira
sessão, podendo, entretanto, adiar-se o julga-
mento para a sessão seguinte.
Parágrafo único. A decisão será tomada por
maioria de votos. Havendo empate, se o
presidente não tiver tomado parte na vota-
ção, proferirá voto de desempate; no caso
contrário, prevalecerá a decisão mais favo-
rável ao paciente.
Art. 665. O secretário do tribunal lavrará a or-
dem que, assinada pelo presidente do tribunal,
câmara ou turma, será dirigida, por ofício ou te-
legrama, ao detentor, ao carcereiro ou autorida-
de que exercer ou ameaçar exercer o constran-
gimento.
Parágrafo único. A ordem transmitida por
telegrama obedecerá ao disposto no art.
289, parágrafo único, in fine.
Art. 666. Os regimentos dos Tribunais de Ape-
lação estabelecerão as normas complementares
para o processo e julgamento do pedido de ha-
beas corpus de sua competência originária.
Art. 667. No processo e julgamento do habeas
corpus de competência originária do Supremo
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MATERIAL COMPLEMENTAR
1. CONCEITO: É UMA AÇÃO PENAL CONSTITUCIONAL COM RITO PRÓPRIO ONDE DESEJA-SE
PRESEVAR O DIREITO LIVRE LOCOMOÇÃO (DIREITO À LIBERDADE)
2. NATUREZA JURÍDICA: AÇÃO DE CONHECIMENTO
3. ESPÉCIES:
•• LIBERATÓRIO OU REPRESSIVO
•• PREVENTIVO
4. DIREITO LÍQUIDO E CERTO: ART. 5º,LXVIII, CF
5. HIPÓTESES DE CABIMENTO: ART. 647, CPP
6. COMPETÊNCIA PARA O PROCESSO E JULGAMENTO: ART. 650, CPP: VER ARTS. 102, 105,
108,109, CF E A COMPETÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA NAS CONSTITUIÇÕES ESTADU-
AIS)
7. SUJEITO ATIVO E PASSIVO:
•• ATIVO: QUALQUER PESSOA (IMPETRANTE E PACIENTE)
•• PASSIVO: AUTORIDADE OU NÃO (IMPETRADO)
8. ART. 654,PAR. 1º,CPP: PETIÇÃO DO HABEAS CORPUS
9. PROCESSAMENTO: ART. 660 E PARÁGRAFOS AO ART. 665, CPP
10. IMPOSSIBILIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA E LEITURA DAS SÚMULAS DO STF
Linha do Processo
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Direito Processual Penal
SEÇÃO I
LEI 90999/95 DA COMPETÊNCIA E DOS
ATOS PROCESSUAIS
Art. 63. A competência do Juizado será determi-
CAPÍTULO III nada pelo lugar em que foi praticada a infração
DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS penal.
Art. 64. Os atos processuais serão públicos e po-
Disposições Gerais derão realizar-se em horário noturno e em qual-
quer dia da semana, conforme dispuserem as
Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por
normas de organização judiciária.
juízes togados ou togados e leigos, tem compe-
tência para a conciliação, o julgamento e a exe- Art. 65. Os atos processuais serão válidos sem-
cução das infrações penais de menor potencial pre que preencherem as finalidades para as
ofensivo, respeitadas as regras de conexão e quais foram realizados, atendidos os critérios
continência. indicados no art. 62 desta Lei.
Parágrafo único. Na reunião de processos, § 1º Não se pronunciará qualquer nulidade
perante o juízo comum ou o tribunal do júri, sem que tenha havido prejuízo.
decorrentes da aplicação das regras de co-
nexão e continência, observar-se-ão os ins-
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§ 2º A prática de atos processuais em outras compromisso de a ele comparecer, não se im-
comarcas poderá ser solicitada por qual- porá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança.
quer meio hábil de comunicação. Em caso de violência doméstica, o juiz poderá
determinar, como medida de cautela, seu afas-
§ 3º Serão objeto de registro escrito exclusi- tamento do lar, domicílio ou local de convivên-
vamente os atos havidos por essenciais. Os cia com a vítima.
atos realizados em audiência de instrução
e julgamento poderão ser gravados em fita Art. 70. Comparecendo o autor do fato e a ví-
magnética ou equivalente. tima, e não sendo possível a realização imedia-
ta da audiência preliminar, será designada data
Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no pró- próxima, da qual ambos sairão cientes.
prio Juizado, sempre que possível, ou por man-
dado. Art. 71. Na falta do comparecimento de qual-
quer dos envolvidos, a Secretaria providenciará
Parágrafo único. Não encontrado o acusado sua intimação e, se for o caso, a do responsável
para ser citado, o Juiz encaminhará as peças civil, na forma dos arts. 67 e 68 desta Lei.
existentes ao Juízo comum para adoção do
procedimento previsto em lei. Art. 72. Na audiência preliminar, presente o re-
presentante do Ministério Público, o autor do
Art. 67. A intimação far-se-á por correspondên- fato e a vítima e, se possível, o responsável civil,
cia, com aviso de recebimento pessoal ou, tra- acompanhados por seus advogados, o Juiz es-
tando-se de pessoa jurídica ou firma individual, clarecerá sobre a possibilidade da composição
mediante entrega ao encarregado da recepção, dos danos e da aceitação da proposta de apli-
que será obrigatoriamente identificado, ou, sen- cação imediata de pena não privativa de liber-
do necessário, por oficial de justiça, indepen- dade.
dentemente de mandado ou carta precatória,
ou ainda por qualquer meio idôneo de comuni- Art. 73. A conciliação será conduzida pelo Juiz
cação. ou por conciliador sob sua orientação.
Parágrafo único. Dos atos praticados em Parágrafo único. Os conciliadores são auxi-
audiência considerar-se-ão desde logo cien- liares da Justiça, recrutados, na forma da lei
tes as partes, os interessados e defensores. local, preferentemente entre bacharéis em
Direito, excluídos os que exerçam funções
Art. 68. Do ato de intimação do autor do fato na administração da Justiça Criminal.
e do mandado de citação do acusado, constará
a necessidade de seu comparecimento acompa- Art. 74. A composição dos danos civis será redu-
nhado de advogado, com a advertência de que, zida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante
na sua falta, ser-lhe-á designado defensor públi- sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser
co. executado no juízo civil competente.
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Direito Processual Penal – Lei Dos Juizados Especiais Criminais (Lei 9099/95) – Prof. Joerberth Nunes
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testemunhas ou apresentar requerimento ízes em exercício no primeiro grau de jurisdição,
para intimação, no mínimo cinco dias antes reunidos na sede do Juizado.
de sua realização.
§ 1º A apelação será interposta no prazo de
§ 2º Não estando presentes o ofendido e o dez dias, contados da ciência da sentença
responsável civil, serão intimados nos ter- pelo Ministério Público, pelo réu e seu de-
mos do art. 67 desta Lei para comparece- fensor, por petição escrita, da qual consta-
rem à audiência de instrução e julgamento. rão as razões e o pedido do recorrente.
§ 3º As testemunhas arroladas serão intima- § 2º O recorrido será intimado para ofere-
das na forma prevista no art. 67 desta Lei. cer resposta escrita no prazo de dez dias.
Art. 79. No dia e hora designados para a au- § 3º As partes poderão requerer a transcri-
diência de instrução e julgamento, se na fase ção da gravação da fita magnética a que alu-
preliminar não tiver havido possibilidade de de o § 3º do art. 65 desta Lei.
tentativa de conciliação e de oferecimento de
proposta pelo Ministério Público, proceder-se-á § 4º As partes serão intimadas da data da
nos termos dos arts. 72, 73, 74 e 75 desta Lei. sessão de julgamento pela imprensa.
Art. 80. Nenhum ato será adiado, determinando § 5º Se a sentença for confirmada pelos pró-
o Juiz, quando imprescindível, a condução coer- prios fundamentos, a súmula do julgamen-
citiva de quem deva comparecer. to servirá de acórdão.
Art. 81. Aberta a audiência, será dada a palavra Art. 83. Caberão embargos de declaração quan-
ao defensor para responder à acusação, após o do, em sentença ou acórdão, houver obscurida-
que o Juiz receberá, ou não, a denúncia ou quei- de, contradição, omissão ou dúvida. (Vide Lei
xa; havendo recebimento, serão ouvidas a víti- nº 13.105, de 2015) (Vigência)
ma e as testemunhas de acusação e defesa, in- § 1º Os embargos de declaração serão opos-
terrogando-se a seguir o acusado, se presente, tos por escrito ou oralmente, no prazo de
passando-se imediatamente aos debates orais e cinco dias, contados da ciência da decisão.
à prolação da sentença.
§ 2º Quando opostos contra sentença, os
§ 1º Todas as provas serão produzidas na embargos de declaração suspenderão o
audiência de instrução e julgamento, po- prazo para o recurso. (Vide Lei nº 13.105,
dendo o Juiz limitar ou excluir as que con- de 2015) (Vigência)
siderar excessivas, impertinentes ou prote-
latórias. § 3º Os erros materiais podem ser corrigi-
dos de ofício.
§ 2º De todo o ocorrido na audiência será
lavrado termo, assinado pelo Juiz e pelas Seção IV
partes, contendo breve resumo dos fatos DA EXECUÇÃO
relevantes ocorridos em audiência e a sen-
tença. Art. 84. Aplicada exclusivamente pena de multa,
seu cumprimento far-se-á mediante pagamento
§ 3º A sentença, dispensado o relatório,
na Secretaria do Juizado.
mencionará os elementos de convicção do
Juiz. Parágrafo único. Efetuado o pagamento, o
Juiz declarará extinta a punibilidade, deter-
Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou
minando que a condenação não fique cons-
queixa e da sentença caberá apelação, que po-
tando dos registros criminais, exceto para
derá ser julgada por turma composta de três Ju-
fins de requisição judicial.
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Direito Processual Penal – Lei Dos Juizados Especiais Criminais (Lei 9099/95) – Prof. Joerberth Nunes
Art. 85. Não efetuado o pagamento de multa, III – proibição de ausentar-se da comarca
será feita a conversão em pena privativa da li- onde reside, sem autorização do Juiz;
berdade, ou restritiva de direitos, nos termos
previstos em lei. IV – comparecimento pessoal e obrigatório
a juízo, mensalmente, para informar e justi-
Art. 86. A execução das penas privativas de li- ficar suas atividades.
berdade e restritivas de direitos, ou de multa
cumulada com estas, será processada perante o § 2º O Juiz poderá especificar outras con-
órgão competente, nos termos da lei. dições a que fica subordinada a suspensão,
desde que adequadas ao fato e à situação
Seção V pessoal do acusado.
DAS DESPESAS PROCESSUAIS § 3º A suspensão será revogada se, no curso
do prazo, o beneficiário vier a ser processa-
Art. 87. Nos casos de homologação do acordo do por outro crime ou não efetuar, sem mo-
civil e aplicação de pena restritiva de direitos ou tivo justificado, a reparação do dano.
multa (arts. 74 e 76, § 4º), as despesas proces-
suais serão reduzidas, conforme dispuser lei es- § 4º A suspensão poderá ser revogada se
tadual. o acusado vier a ser processado, no curso
do prazo, por contravenção, ou descumprir
Seção VI qualquer outra condição imposta.
DISPOSIÇÕES FINAIS
§ 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz
Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e declarará extinta a punibilidade.
da legislação especial, dependerá de represen- § 6º Não correrá a prescrição durante o pra-
tação a ação penal relativa aos crimes de lesões zo de suspensão do processo.
corporais leves e lesões culposas.
§ 7º Se o acusado não aceitar a proposta
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima co- prevista neste artigo, o processo prossegui-
minada for igual ou inferior a um ano, abrangi- rá em seus ulteriores termos.
das ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao
oferecer a denúncia, poderá propor a suspen- Art. 90. As disposições desta Lei não se aplicam
são do processo, por dois a quatro anos, desde aos processos penais cuja instrução já estiver
que o acusado não esteja sendo processado ou iniciada. (Vide ADIN nº 1.719-9)
não tenha sido condenado por outro crime, pre-
Art. 90-A. As disposições desta Lei não se apli-
sentes os demais requisitos que autorizariam a
cam no âmbito da Justiça Militar. (Artigo incluí-
suspensão condicional da pena (art. 77 do Códi-
do pela Lei nº 9.839, de 27.9.1999)
go Penal).
Art. 91. Nos casos em que esta Lei passa a exigir
§ 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu
representação para a propositura da ação penal
defensor, na presença do Juiz, este, rece-
pública, o ofendido ou seu representante legal
bendo a denúncia, poderá suspender o pro-
será intimado para oferecê-la no prazo de trinta
cesso, submetendo o acusado a período de
dias, sob pena de decadência.
prova, sob as seguintes condições:
Art. 92. Aplicam-se subsidiariamente as disposi-
I – reparação do dano, salvo impossibilida-
ções dos Códigos Penal e de Processo Penal, no
de de fazê-lo;
que não forem incompatíveis com esta Lei.
II – proibição de frequentar determinados
lugares;
www.acasadoconcurseiro.com.br 959
CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES FINAIS COMUNS
Art. 93. Lei Estadual disporá sobre o Sistema de
Juizados Especiais Cíveis e Criminais, sua organi-
zação, composição e competência.
Art. 94. Os serviços de cartório poderão ser
prestados, e as audiências realizadas fora da
sede da Comarca, em bairros ou cidades a ela
pertencentes, ocupando instalações de prédios
públicos, de acordo com audiências previamen-
te anunciadas.
Art. 95. Os Estados, Distrito Federal e Territórios
criarão e instalarão os Juizados Especiais no pra-
zo de seis meses, a contar da vigência desta Lei.
Parágrafo único. No prazo de 6 (seis) me-
ses, contado da publicação desta Lei, serão
criados e instalados os Juizados Especiais
Itinerantes, que deverão dirimir, priorita-
riamente, os conflitos existentes nas áreas
rurais ou nos locais de menor concentração
populacional.
Art. 96. Esta Lei entra em vigor no prazo de ses-
senta dias após a sua publicação.
Art. 97. Ficam revogadas a Lei nº 4.611, de 2 de
abril de 1965 e a Lei nº 7.244, de 7 de novembro
de 1984.
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Direito Processual Civil
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Direito Processual Civil
Comentário geral
A Imparcialidade é garantia do estado Democrático de Direito e atributo necessário para que se
possa julgar.
É um dos elementos do princípio do Juiz Natural (art. 5º, XXXVII e LIII, CF).
Não podem existir quaisquer dúvidas sobre os motivos de ordem pessoal que possam influir no
ânimo do julgador. Não basta que o juiz alegue a imparcialidade na sua consciência. O CPC fixa
causas objetivas de presunção absoluta (impedimentos) e de presunção relativa (suspeição)
que impedem que o juiz atue em determinada causa.
Aplicam-se os motivos legais de impedimentos e suspeições tanto a juízes singulares quanto a
tribunais. São motivos interpretados em sentido estrito, não permitindo aplicação analógica ou
interpretação extensiva, pois afetam o poder jurisdicional.
Aplicam-se aos procedimentos de jurisdição contenciosa e voluntária.
Na Justiça do Trabalho, há regra expressa sobre o tema: art. 801, CLT. Não se faz distinção entre
impedimento e suspeição, referindo-se somente ao direito de recusar o Juiz. Os motivos para
recusa são: Amizade íntima, inimizade pessoal, parentesco por consanguinidade ou afinidade
até o terceiro grau e interesse particular na causa.
O parágrafo único, acrescenta que “se o recusante houver praticado algum ato pelo qual haja
consentido na pessoa do juiz, não mais poderá alegar a exceção de suspeição, salvo se sobre-
vindo novo motivo. A suspeição não será admitida se do processo constar que o recusante dei-
xou de alega-la anteriormente, quando já a conhecia, ou que, depois de conhecida, aceitou o
juiz recusado ou, finalmente, se procurou de propósito o motivo de que ela se originou”.
Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo:
I – em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como membro
do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha;
II – de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão;
III – quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministé-
rio Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha
reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
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IV – quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, con-
sanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
V – quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no
processo;
VI – quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes;
VII – em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou
decorrente de contrato de prestação de serviços;
VIII – em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro
ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive,
mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório;
IX – quando promover ação contra a parte ou seu advogado.
§ 1º Na hipótese do inciso III, o impedimento só se verifica quando o defensor público, o advo-
gado ou o membro do Ministério Público já integrava o processo antes do início da atividade
judicante do juiz.
§ 2º É vedada a criação de fato superveniente a fim de caracterizar impedimento do juiz.
§ 3º O impedimento previsto no inciso III também se verifica no caso de mandato conferido a
membro de escritório de advocacia que tenha em seus quadros advogado que individualmente
ostente a condição nele prevista, mesmo que não intervenha diretamente no processo.
Comentário
Os casos de impedimento são objetivos. Não se indaga sobre a causa ou o motivo da atuação.
Não há necessidade de poderes especiais para o advogado arguir o impedimento.
Atos proferidos por juiz impedido levam nulidade e podem ser atacados por ação rescisória
(art. 966, II, CPC).
O juiz deve pronunciar o impedimento de ofício. Pode ser alegado o impedimento por petição
simples (art. 146, CPC). Houve extinção do procedimento do CPC de 73, que tratava o caso
como de exceção. Não há preclusão.
Há jurisprudência no sentido de que o juiz que apenas ordena a citação na primeira instância
não está impedido de julgar a apelação. Se proferiu a decisão de saneamento, não pode julgar
o processo em apelação.
Intervenção anterior (inciso I). Se fazia parte do MP, somente está impedido se participou de
ato e exteriorizou sua opinião (em matéria penal, no mesmo sentido, Súmula 234, STJ).
Conhecimento em grau anterior de jurisdição (inciso II). Não se aplica se for no mesmo grau.
Um juiz pode julgar causas semelhantes, desde que no mesmo grau. Também não se aplica este
raciocínio para o cumprimento da sentença que julgou.
Este motivo não se aplica às ações anulatórias e ações rescisórias (art. 966, § 4º e art. 966, CPC)
porque são ações autônomas de impugnação. Ver Súmula 252 do STF. Somente estará impedi-
do para julgar a ação rescisória, se a ação rescindenda se baseou em impedimento do próprio
juiz (art. 966, II, CPC).
964 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Civil – Dos Impedimentos e da Suspeição – Prof. Giuliano Tamagno
Parentesco com defensor público, advogado ou membro do MP (inciso III). Aplica-se a cônjuge,
companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, na linha reta, até o terceiro grau.
Parentes consanguíneos: pais, avós, bisavós, trisavós, filhos, netos, bisnetos, trinetos. Inclui-se
a adoção para esta finalidade (art. 1626, CC). Parentesco por consanguinidade em linha reta
não sofre limitação de graus. Parentesco em linha reta por afinidade limita-se aos filhos e pais
do cônjuge ou companheiro (art. 1595, § 1º, CC).
Os graus contam-se na forma do art. 1594 do CC.
Parentes afins: sogro, genro, nora, padrasto, madrasta, enteado.
Juiz como parte (inciso IV). No conceito de parte incluem-se os terceiros.
Juiz como sócio ou membro de pessoa jurídica em cargo de administração ou direção (inciso
V). Ver art. 36 da LOMAN. Para associações e fundações, tem de ser membro da direção. Para
sociedades, basta ser sócio.
Herdeiro presuntivo, donatário ou empregador (inciso VI). Era causa de suspeição e tornou-se
causa de impedimento. Herdeiro pode ser necessário, legatário, testamentário ou beneficiário
de encargo.
Relação de emprego com instituição de ensino (inciso VII). Novidade do CPC, motivada pela
grande quantidade de juízes envolvidos com o magistério.
Cliente de escritório de advocacia de seu cônjuge ou parente (inciso VIII).
Quando mover ação contra a parte ou advogado (inciso X).
A manipulação dos motivos de impedimento leva à litigância de má-fé.
Sobre os ministros do STF e TSE, ver súmula 72 do STF. Não há impedimento.
Art. 145. Há suspeição do juiz:
I – amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;
II – que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de inicia-
do o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subminis-
trar meios para atender às despesas do litígio;
III – quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro
ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive;
IV – interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes.
§ 1º Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar
suas razões.
§ 2º Será ilegítima a alegação de suspeição quando:
I – houver sido provocada por quem a alega;
II – a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta aceitação do arguido.
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Comentário
A suspeição gera nulidade relativa do processo. Por essa razão, preclui. O prazo conta-se do
art. 146 (15 dias do conhecimento do fato), o que pode ser bem complicado de aferir no caso
concreto.
Sentença prolatada por juiz suspeito não impugnado é válida e não cabe ação rescisória. A sus-
peição não é pressuposto processual.
Partes e MP podem arguir a suspeição. O polo passivo é a pessoa do juiz.
Não é admitida a assistência em suspeição, pois a questão é restrita à parte.
Não é necessária procuração com poderes especiais para arguir a suspeição do juiz.
Amigo íntimo ou inimigo das partes ou de seu advogado (inciso I). São conceitos jurídicos inde-
terminados que devem ser demonstrados no processo. O Juiz pode declarar sua suspeição por
motivo de foro íntimo, sem necessidade de expor suas razões (art. 145, § 1º, CPC). A antipatia
não gera inimizade. Nem o fato do pai do juiz ser inimigo de um das partes e vice-versa.
Presentes ou aconselhamento (inciso II). Devem ter valor significativo. Doação tem carga patri-
monial. Os conselhos devem ser dados de forma particular e direcionada. Não se confundem
com esclarecimentos de dúvidas em meios de comunicação ou no exercício do magistério. Re-
ferir a questão de doações para o foro da comarca, com autorização do Tribunal.
Parte credora ou devedora (inciso III). O juiz não pode julgar a causa tendo interesse no paga-
mento de sua dívida.
Interessado na causa (inciso IV). O interesse deve ser próprio e direto, que possa transformá-lo
em verdadeira parte processual. Pode ser de natureza econômica ou jurídica em sentido estri-
to.
No fundo, a questão de interesse transforma este inciso em um conceito jurídico indetermina-
do, que deve ser demonstrado no caso concreto. Uma questão relacionada é o prejulgamento.
Evidentemente que o juiz pode fazer considerações sobre o processo, principalmente quando
ele não é novidade e já tem algum posicionamento na jurisprudência. Isso não o torna suspei-
to. Tampouco o juízo de opinião emitido na tutela de urgência ou de evidência, porque é da
própria natureza da cognição sumária.
Também a questão das opiniões doutrinárias expressas em publicações, teses acadêmicas, li-
vros de doutrina e de comentários à jurisprudência, palestras, conferências e entrevistas aos
meios de comunicação não constituem motivo de suspeição, desde que formuladas em abstra-
to. Está dentro do espaço de cidadania do juiz.
Na suspeição por foro íntimo, o juiz não precisa declinar os motivos.
Ação idêntica movida pelo próprio juiz é caso de suspeição por interesse.
Art. 146. No prazo de 15 (quinze) dias, a contar do conhecimento do fato, a parte alegará o impe-
dimento ou a suspeição, em petição específica dirigida ao juiz do processo, na qual indicará o fun-
damento da recusa, podendo instruí-la com documentos em que se fundar a alegação e com rol de
testemunhas.
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Direito Processual Civil – Dos Impedimentos e da Suspeição – Prof. Giuliano Tamagno
Comentário
Este é o caso de capacidade postulatória do juiz, que apresentar é suas razões. Quem julga o
incidente é o tribunal, no caso de o juiz não acolher as razões de impedimento ou suspeição.
Na Justiça do Trabalho, o art. 801 da CLT disciplina a exceção de suspeição. Entretanto, no pri-
meiro grau, guardava a sistemática de julgamento pelos demais membros da Junta, o que não
existe mais desde a EC 28. Assim, a exceção deverá ser encaminhada à Corregedoria, que desig-
nará um juiz para instruir e julgar a exceção. No procedimento sumaríssimo, todas as exceções
são julgadas de plano (art. 852 – G, CLT). Se o juiz recusar a exceção, a parte deverá lançar o
protesto antipreclusivo para poder renovar as questões em Recurso Ordinário.
Art. 147. Quando 2 (dois) ou mais juízes forem parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou
colateral, até o terceiro grau, inclusive, o primeiro que conhecer do processo impede que o outro
nele atue, caso em que o segundo se escusará, remetendo os autos ao seu substituto legal.
Comentário
Caso especial de impedimento nos tribunais
Art. 148. Aplicam-se os motivos de impedimento e de suspeição:
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I – ao membro do Ministério Público;
II – aos auxiliares da justiça;
III – aos demais sujeitos imparciais do processo.
§ 1º A parte interessada deverá arguir o impedimento ou a suspeição, em petição fundamenta-
da e devidamente instruída, na primeira oportunidade em que lhe couber falar nos autos.
§ 2º O juiz mandará processar o incidente em separado e sem suspensão do processo, ouvindo
o arguido no prazo de 15 (quinze) dias e facultando a produção de prova, quando necessária.
§ 3º Nos tribunais, a arguição a que se refere o § 1º será disciplinada pelo regimento interno.
§ 4º O disposto nos §§ 1º e 2º não se aplica à arguição de impedimento ou de suspeição de
testemunha.
Comentário
Adota-se, no que couber, o mesmo procedimento adotado para o Juiz. Quem julga o incidente
é o Juiz.
Não suspende o processo.
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Direito Processual Civil
Art. 149. São auxiliares da Justiça, além de ou- a) quando tenham de seguir à conclusão do
tros cujas atribuições sejam determinadas pelas juiz;
normas de organização judiciária, o escrivão, o
chefe de secretaria, o oficial de justiça, o peri- b) com vista a procurador, à Defensoria Pú-
to, o depositário, o administrador, o intérprete, blica, ao Ministério Público ou à Fazenda
o tradutor, o mediador, o conciliador judicial, o Pública;
partidor, o distribuidor, o contabilista e o regula- c) quando devam ser remetidos ao contabi-
dor de avarias. lista ou ao partidor;
Seção I d) quando forem remetidos a outro juízo
DO ESCRIVÃO, DO CHEFE DE em razão da modificação da competência;
SECRETARIA E DO OFICIAL DE V – fornecer certidão de qualquer ato ou
JUSTIÇA termo do processo, independentemente de
despacho, observadas as disposições refe-
Art. 150. Em cada juízo haverá um ou mais ofí- rentes ao segredo de justiça;
cios de justiça, cujas atribuições serão determi-
nadas pelas normas de organização judiciária. VI – praticar, de ofício, os atos meramente
ordinatórios.
Art. 151. Em cada comarca, seção ou subseção
judiciária haverá, no mínimo, tantos oficiais de § 1º O juiz titular editará ato a fim de regu-
justiça quantos sejam os juízos. lamentar a atribuição prevista no inciso VI.
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§ 1º A lista de processos recebidos deverá Parágrafo único. Certificada a proposta de
ser disponibilizada, de forma permanente, autocomposição prevista no inciso VI, o
para consulta pública. juiz ordenará a intimação da parte contrá-
ria para manifestar-se, no prazo de 5 (cinco)
§ 2º Estão excluídos da regra do caput: dias, sem prejuízo do andamento regular do
I – os atos urgentes, assim reconhecidos processo, entendendo-se o silêncio como
pelo juiz no pronunciamento judicial a ser recusa.
efetivado; Art. 155. O escrivão, o chefe de secretaria e o
II – as preferências legais. oficial de justiça são responsáveis, civil e regres-
sivamente, quando:
§ 3º Após elaboração de lista própria, res-
peitar-se-ão a ordem cronológica de recebi- I – sem justo motivo, se recusarem a cum-
mento entre os atos urgentes e as preferên- prir no prazo os atos impostos pela lei ou
cias legais. pelo juiz a que estão subordinados;
§ 4º A parte que se considerar preterida na II – praticarem ato nulo com dolo ou culpa.
ordem cronológica poderá reclamar, nos
próprios autos, ao juiz do processo, que re-
quisitará informações ao servidor, a serem
prestadas no prazo de 2 (dois) dias.
§ 5º Constatada a preterição, o juiz deter-
minará o imediato cumprimento do ato e a
instauração de processo administrativo dis-
ciplinar contra o servidor.
Art. 154. Incumbe ao oficial de justiça:
I – fazer pessoalmente citações, prisões,
penhoras, arrestos e demais diligências pró-
prias do seu ofício, sempre que possível na
presença de 2 (duas) testemunhas, certifi-
cando no mandado o ocorrido, com men-
ção ao lugar, ao dia e à hora;
II – executar as ordens do juiz a que estiver
subordinado;
III – entregar o mandado em cartório após
seu cumprimento;
IV – auxiliar o juiz na manutenção da or-
dem;
V – efetuar avaliações, quando for o caso;
VI – certificar, em mandado, proposta de
autocomposição apresentada por qualquer
das partes, na ocasião de realização de ato
de comunicação que lhe couber.
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Seção II Parágrafo único. Nos casos de problema
DA PRÁTICA ELETRÔNICA técnico do sistema e de erro ou omissão do
auxiliar da justiça responsável pelo registro
DE ATOS PROCESSUAIS dos andamentos, poderá ser configurada a
Art. 193. Os atos processuais podem ser total ou justa causa prevista no art. 223, caput e §
parcialmente digitais, de forma a permitir que 1º.
sejam produzidos, comunicados, armazenados Art. 198. As unidades do Poder Judiciário deve-
e validados por meio eletrônico, na forma da lei. rão manter gratuitamente, à disposição dos in-
Parágrafo único. O disposto nesta Seção teressados, equipamentos necessários à prática
aplica-se, no que for cabível, à prática de de atos processuais e à consulta e ao acesso ao
atos notariais e de registro. sistema e aos documentos dele constantes.
Art. 194. Os sistemas de automação processual Parágrafo único. Será admitida a prática de
respeitarão a publicidade dos atos, o acesso e a atos por meio não eletrônico no local onde
participação das partes e de seus procuradores, não estiverem disponibilizados os equipa-
inclusive nas audiências e sessões de julgamen- mentos previstos no caput.
to, observadas as garantias da disponibilidade, Art. 199. As unidades do Poder Judiciário asse-
independência da plataforma computacional, gurarão às pessoas com deficiência acessibilida-
acessibilidade e interoperabilidade dos siste- de aos seus sítios na rede mundial de compu-
mas, serviços, dados e informações que o Poder tadores, ao meio eletrônico de prática de atos
Judiciário administre no exercício de suas fun- judiciais, à comunicação eletrônica dos atos
ções. processuais e à assinatura eletrônica.
Art. 195. O registro de ato processual eletrônico Seção III
deverá ser feito em padrões abertos, que aten-
derão aos requisitos de autenticidade, integri- DOS ATOS DAS PARTES
dade, temporalidade, não repúdio, conservação
Art. 200. Os atos das partes consistentes em
e, nos casos que tramitem em segredo de justi-
declarações unilaterais ou bilaterais de vontade
ça, confidencialidade, observada a infraestrutu-
produzem imediatamente a constituição, modi-
ra de chaves públicas unificada nacionalmente,
ficação ou extinção de direitos processuais.
nos termos da lei.
Parágrafo único. A desistência da ação só
Art. 196. Compete ao Conselho Nacional de
produzirá efeitos após homologação judi-
Justiça e, supletivamente, aos tribunais, regula-
cial.
mentar a prática e a comunicação oficial de atos
processuais por meio eletrônico e velar pela Art. 201. As partes poderão exigir recibo de pe-
compatibilidade dos sistemas, disciplinando a tições, arrazoados, papéis e documentos que
incorporação progressiva de novos avanços tec- entregarem em cartório.
nológicos e editando, para esse fim, os atos que
forem necessários, respeitadas as normas fun- Art. 202. É vedado lançar nos autos cotas mar-
damentais deste Código. ginais ou interlineares, as quais o juiz mandará
riscar, impondo a quem as escrever multa cor-
Art. 197. Os tribunais divulgarão as informações respondente à metade do salário-mínimo.
constantes de seu sistema de automação em
página própria na rede mundial de computado-
res, gozando a divulgação de presunção de vera-
cidade e confiabilidade.
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Direito Processual Civil – Da Forma dos Atos Processuais – Prof. Giuliano Tamagno
Seção IV Seção V
DOS PRONUNCIAMENTOS DO JUIZ DOS ATOS DO ESCRIVÃO OU
DO CHEFE DE SECRETARIA
Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consisti-
rão em sentenças, decisões interlocutórias e Art. 206. Ao receber a petição inicial de proces-
despachos. so, o escrivão ou o chefe de secretaria a autuará,
§ 1º Ressalvadas as disposições expressas mencionando o juízo, a natureza do processo, o
dos procedimentos especiais, sentença é o número de seu registro, os nomes das partes e a
pronunciamento por meio do qual o juiz, data de seu início, e procederá do mesmo modo
com fundamento nos arts. 485 e 487, põe em relação aos volumes em formação.
fim à fase cognitiva do procedimento co- Art. 207. O escrivão ou o chefe de secretaria nu-
mum, bem como extingue a execução. merará e rubricará todas as folhas dos autos.
§ 2º Decisão interlocutória é todo pronun- Parágrafo único. À parte, ao procurador, ao
ciamento judicial de natureza decisória que membro do Ministério Público, ao defensor
não se enquadre no § 1º. público e aos auxiliares da justiça é faculta-
§ 3º São despachos todos os demais pro- do rubricar as folhas correspondentes aos
nunciamentos do juiz praticados no proces- atos em que intervierem.
so, de ofício ou a requerimento da parte. Art. 208. Os termos de juntada, vista, conclusão
§ 4º Os atos meramente ordinatórios, como e outros semelhantes constarão de notas data-
a juntada e a vista obrigatória, independem das e rubricadas pelo escrivão ou pelo chefe de
de despacho, devendo ser praticados de ofí- secretaria.
cio pelo servidor e revistos pelo juiz quando Art. 209. Os atos e os termos do processo serão
necessário. assinados pelas pessoas que neles intervierem,
Art. 204. Acórdão é o julgamento colegiado pro- todavia, quando essas não puderem ou não qui-
ferido pelos tribunais. serem firmá-los, o escrivão ou o chefe de secre-
taria certificará a ocorrência.
Art. 205. Os despachos, as decisões, as senten-
ças e os acórdãos serão redigidos, datados e as- § 1º Quando se tratar de processo total ou
sinados pelos juízes. parcialmente documentado em autos ele-
trônicos, os atos processuais praticados na
§ 1º Quando os pronunciamentos previstos presença do juiz poderão ser produzidos e
no caput forem proferidos oralmente, o ser- armazenados de modo integralmente digi-
vidor os documentará, submetendo-os aos tal em arquivo eletrônico inviolável, na for-
juízes para revisão e assinatura. ma da lei, mediante registro em termo, que
será assinado digitalmente pelo juiz e pelo
§ 2º A assinatura dos juízes, em todos os escrivão ou chefe de secretaria, bem como
graus de jurisdição, pode ser feita eletroni- pelos advogados das partes.
camente, na forma da lei.
§ 2º Na hipótese do § 1º, eventuais contra-
§ 3º Os despachos, as decisões interlocutó- dições na transcrição deverão ser suscita-
rias, o dispositivo das sentenças e a ementa das oralmente no momento de realização
dos acórdãos serão publicados no Diário de do ato, sob pena de preclusão, devendo o
Justiça Eletrônico. juiz decidir de plano e ordenar o registro, no
termo, da alegação e da decisão.
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Art. 210. É lícito o uso da taquigrafia, da esteno-
tipia ou de outro método idôneo em qualquer
juízo ou tribunal.
Art. 211. Não se admitem nos atos e termos
processuais espaços em branco, salvo os que
forem inutilizados, assim como entrelinhas,
emendas ou rasuras, exceto quando expressa-
mente ressalvadas.
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Atos de Oficio
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§ 2º A publicação eletrônica na forma des- § 5º Nos casos urgentes em que a intima-
te artigo substitui qualquer outro meio e ção feita na forma deste artigo possa cau-
publicação oficial, para quaisquer efeitos sar prejuízo a quaisquer das partes ou nos
legais, à exceção dos casos que, por lei, exi- casos em que for evidenciada qualquer ten-
gem intimação ou vista pessoal. tativa de burla ao sistema, o ato processu-
al deverá ser realizado por outro meio que
§ 3º Considera-se como data da publicação atinja a sua finalidade, conforme determi-
o primeiro dia útil seguinte ao da disponi- nado pelo juiz.
bilização da informação no Diário da Justiça
eletrônico. § 6º As intimações feitas na forma deste
artigo, inclusive da Fazenda Pública, serão
§ 4º Os prazos processuais terão início no consideradas pessoais para todos os efeitos
primeiro dia útil que seguir ao considerado legais.
como data da publicação.
Art. 6º Observadas as formas e as cautelas do
§ 5º A criação do Diário da Justiça eletrôni- art. 5º desta Lei, as citações, inclusive da Fazen-
co deverá ser acompanhada de ampla divul- da Pública, excetuadas as dos Direitos Processu-
gação, e o ato administrativo corresponden- ais Criminal e Infracional, poderão ser feitas por
te será publicado durante 30 (trinta) dias no meio eletrônico, desde que a íntegra dos autos
diário oficial em uso. seja acessível ao citando.
Art. 5º As intimações serão feitas por meio ele- Art. 7º As cartas precatórias, rogatórias, de
trônico em portal próprio aos que se cadastra- ordem e, de um modo geral, todas as comuni-
rem na forma do art. 2º desta Lei, dispensan- cações oficiais que transitem entre órgãos do
do-se a publicação no órgão oficial, inclusive Poder Judiciário, bem como entre os deste e
eletrônico. os dos demais Poderes, serão feitas preferente-
§ 1º Considerar-se-á realizada a intimação mente por meio eletrônico.
no dia em que o intimando efetivar a con-
sulta eletrônica ao teor da intimação, certi- DO PROCESSO ELETRÔNICO
ficando-se nos autos a sua realização. Art. 8º Os órgãos do Poder Judiciário poderão
§ 2º Na hipótese do § 1º deste artigo, nos desenvolver sistemas eletrônicos de proces-
casos em que a consulta se dê em dia não samento de ações judiciais por meio de autos
útil, a intimação será considerada como rea- total ou parcialmente digitais, utilizando, prefe-
lizada no primeiro dia útil seguinte. rencialmente, a rede mundial de computadores
e acesso por meio de redes internas e externas.
§ 3º A consulta referida nos §§ 1º e 2º deste
artigo deverá ser feita em até 10 (dez) dias Parágrafo único. Todos os atos processuais
corridos contados da data do envio da inti- do processo eletrônico serão assinados ele-
mação, sob pena de considerar-se a intima- tronicamente na forma estabelecida nesta
ção automaticamente realizada na data do Lei.
término desse prazo. Art. 9º No processo eletrônico, todas as cita-
§ 4º Em caráter informativo, poderá ser efe- ções, intimações e notificações, inclusive da Fa-
tivada remessa de correspondência eletrô- zenda Pública, serão feitas por meio eletrônico,
nica, comunicando o envio da intimação e na forma desta Lei.
a abertura automática do prazo processual § 1º As citações, intimações, notificações e
nos termos do § 3º deste artigo, aos que remessas que viabilizem o acesso à íntegra
manifestarem interesse por esse serviço. do processo correspondente serão conside-
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Atos de Ofício – Lei do Processo Eletrônico 11.419/2006 – Prof. Giuliano Tamagno
radas vista pessoal do interessado para to- advogados públicos e privados têm a mes-
dos os efeitos legais. ma força probante dos originais, ressalvada
a alegação motivada e fundamentada de
§ 2º Quando, por motivo técnico, for inviá- adulteração antes ou durante o processo de
vel o uso do meio eletrônico para a realiza- digitalização.
ção de citação, intimação ou notificação, es-
ses atos processuais poderão ser praticados § 2º A argüição de falsidade do documen-
segundo as regras ordinárias, digitalizando- to original será processada eletronicamente
-se o documento físico, que deverá ser pos- na forma da lei processual em vigor.
teriormente destruído.
§ 3º Os originais dos documentos digitali-
Art. 10. A distribuição da petição inicial e a zados, mencionados no § 2º deste artigo,
juntada da contestação, dos recursos e das pe- deverão ser preservados pelo seu detentor
tições em geral, todos em formato digital, nos até o trânsito em julgado da sentença ou,
autos de processo eletrônico, podem ser feitas quando admitida, até o final do prazo para
diretamente pelos advogados públicos e priva- interposição de ação rescisória.
dos, sem necessidade da intervenção do car-
tório ou secretaria judicial, situação em que a § 5º Os documentos cuja digitalização seja
autuação deverá se dar de forma automática, tecnicamente inviável devido ao grande vo-
fornecendo-se recibo eletrônico de protocolo. lume ou por motivo de ilegibilidade deve-
rão ser apresentados ao cartório ou secre-
§ 1º Quando o ato processual tiver que ser taria no prazo de 10 (dez) dias contados do
praticado em determinado prazo, por meio envio de petição eletrônica comunicando o
de petição eletrônica, serão considerados fato, os quais serão devolvidos à parte após
tempestivos os efetivados até as 24 (vinte e o trânsito em julgado.
quatro) horas do último dia.
§ 6º Os documentos digitalizados juntados
§ 2º No caso do § 1º deste artigo, se o Siste- em processo eletrônico somente estarão
ma do Poder Judiciário se tornar indisponí- disponíveis para acesso por meio da rede
vel por motivo técnico, o prazo fica automa- externa para suas respectivas partes pro-
ticamente prorrogado para o primeiro dia cessuais e para o Ministério Público, respei-
útil seguinte à resolução do problema. tado o disposto em lei para as situações de
sigilo e de segredo de justiça.
§ 3º Os órgãos do Poder Judiciário deverão
manter equipamentos de digitalização e de Art. 12. A conservação dos autos do processo
acesso à rede mundial de computadores à poderá ser efetuada total ou parcialmente por
disposição dos interessados para distribui- meio eletrônico.
ção de peças processuais.
§ 1º Os autos dos processos eletrônicos de-
Art. 11. Os documentos produzidos eletroni- verão ser protegidos por meio de sistemas
camente e juntados aos processos eletrônicos de segurança de acesso e armazenados em
com garantia da origem e de seu signatário, na meio que garanta a preservação e integrida-
forma estabelecida nesta Lei, serão considera- de dos dados, sendo dispensada a formação
dos originais para todos os efeitos legais. de autos suplementares.
§ 1º Os extratos digitais e os documentos § 2º Os autos de processos eletrônicos que
digitalizados e juntados aos autos pelos tiverem de ser remetidos a outro juízo ou
órgãos da Justiça e seus auxiliares, pelo instância superior que não disponham de
Ministério Público e seus auxiliares, pelas sistema compatível deverão ser impressos
procuradorias, pelas autoridades policiais, em papel, autuados na forma dos arts. 166
pelas repartições públicas em geral e por a 168 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de
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1973 – Código de Processo Civil, ainda que acessíveis ininterruptamente por meio da rede
de natureza criminal ou trabalhista, ou per- mundial de computadores, priorizando-se a sua
tinentes a juizado especial. padronização.
§ 3º No caso do § 2º deste artigo, o escri- Parágrafo único. Os sistemas devem buscar
vão ou o chefe de secretaria certificará os identificar os casos de ocorrência de pre-
autores ou a origem dos documentos pro- venção, litispendência e coisa julgada.
duzidos nos autos, acrescentando, ressalva-
da a hipótese de existir segredo de justiça, Art. 15. Salvo impossibilidade que comprometa
a forma pela qual o banco de dados poderá o acesso à justiça, a parte deverá informar, ao
ser acessado para aferir a autenticidade das distribuir a petição inicial de qualquer ação judi-
peças e das respectivas assinaturas digitais. cial, o número no cadastro de pessoas físicas ou
jurídicas, conforme o caso, perante a Secretaria
§ 4º Feita a autuação na forma estabeleci- da Receita Federal.
da no § 2º deste artigo, o processo seguirá a
tramitação legalmente estabelecida para os Parágrafo único. Da mesma forma, as peças
processos físicos. de acusação criminais deverão ser instruí-
das pelos membros do Ministério Público
§ 5º A digitalização de autos em mídia não ou pelas autoridades policiais com os nú-
digital, em tramitação ou já arquivados, meros de registros dos acusados no Institu-
será precedida de publicação de editais de to Nacional de Identificação do Ministério
intimações ou da intimação pessoal das da Justiça, se houver.
partes e de seus procuradores, para que, no
prazo preclusivo de 30 (trinta) dias, se mani-
festem sobre o desejo de manterem pesso-
almente a guarda de algum dos documen-
tos originais.
Art. 13. O magistrado poderá determinar que
sejam realizados por meio eletrônico a exibição
e o envio de dados e de documentos necessá-
rios à instrução do processo.
§ 1º Consideram-se cadastros públicos, para
os efeitos deste artigo, dentre outros exis-
tentes ou que venham a ser criados, ainda
que mantidos por concessionárias de ser-
viço público ou empresas privadas, os que
contenham informações indispensáveis ao
exercício da função judicante.
§ 2º O acesso de que trata este artigo dar-
-se-á por qualquer meio tecnológico dispo-
nível, preferentemente o de menor custo,
considerada sua eficiência.
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Direito Processual Civil
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mitidas até as 24 (vinte e quatro) horas do sulta eletrônica ao teor da intimação, certi-
seu último dia. ficando-se nos autos a sua realização.
§ 2º Na hipótese do § 1º deste artigo, nos
casos em que a consulta se dê em dia não
CAPÍTULO II útil, a intimação será considerada como rea-
lizada no primeiro dia útil seguinte.
DA COMUNICAÇÃO ELETRÔNICA
DOS ATOS PROCESSUAIS § 3º A consulta referida nos §§ 1º e 2º deste
artigo deverá ser feita em até 10 (dez) dias
Art. 4º Os tribunais poderão criar Diário da Jus- corridos contados da data do envio da inti-
tiça eletrônico, disponibilizado em sítio da rede mação, sob pena de considerar-se a intima-
mundial de computadores, para publicação de ção automaticamente realizada na data do
atos judiciais e administrativos próprios e dos término desse prazo.
órgãos a eles subordinados, bem como comuni-
cações em geral. § 4º Em caráter informativo, poderá ser efe-
tivada remessa de correspondência eletrô-
§ 1º O sítio e o conteúdo das publicações de nica, comunicando o envio da intimação e
que trata este artigo deverão ser assinados a abertura automática do prazo processual
digitalmente com base em certificado emi- nos termos do § 3º deste artigo, aos que
tido por Autoridade Certificadora creden- manifestarem interesse por esse serviço.
ciada na forma da lei específica.
§ 5º Nos casos urgentes em que a intima-
§ 2º A publicação eletrônica na forma des- ção feita na forma deste artigo possa cau-
te artigo substitui qualquer outro meio e sar prejuízo a quaisquer das partes ou nos
publicação oficial, para quaisquer efeitos casos em que for evidenciada qualquer ten-
legais, à exceção dos casos que, por lei, exi- tativa de burla ao sistema, o ato processu-
gem intimação ou vista pessoal. al deverá ser realizado por outro meio que
atinja a sua finalidade, conforme determi-
§ 3º Considera-se como data da publicação
nado pelo juiz.
o primeiro dia útil seguinte ao da disponi-
bilização da informação no Diário da Justiça § 6º As intimações feitas na forma deste
eletrônico. artigo, inclusive da Fazenda Pública, serão
consideradas pessoais para todos os efeitos
§ 4º Os prazos processuais terão início no
legais.
primeiro dia útil que seguir ao considerado
como data da publicação. Art. 6º Observadas as formas e as cautelas do
art. 5º desta Lei, as citações, inclusive da Fazen-
§ 5º A criação do Diário da Justiça eletrôni-
da Pública, excetuadas as dos Direitos Processu-
co deverá ser acompanhada de ampla divul-
ais Criminal e Infracional, poderão ser feitas por
gação, e o ato administrativo corresponden-
meio eletrônico, desde que a íntegra dos autos
te será publicado durante 30 (trinta) dias no
seja acessível ao citando.
diário oficial em uso.
Art. 7º As cartas precatórias, rogatórias, de
Art. 5º As intimações serão feitas por meio ele-
ordem e, de um modo geral, todas as comuni-
trônico em portal próprio aos que se cadastra-
cações oficiais que transitem entre órgãos do
rem na forma do art. 2º desta Lei, dispensan-
Poder Judiciário, bem como entre os deste e
do-se a publicação no órgão oficial, inclusive
os dos demais Poderes, serão feitas preferente-
eletrônico.
mente por meio eletrônico.
§ 1º Considerar-se-á realizada a intimação
no dia em que o intimando efetivar a con-
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Direito Processual Civil – Da Prática Eletrônica de Atos Processuais – Prof.
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§ 6º Os documentos digitalizados juntados almente a guarda de algum dos documen-
em processo eletrônico somente estarão tos originais.
disponíveis para acesso por meio da rede
externa para suas respectivas partes pro- Art. 13. O magistrado poderá determinar que
cessuais e para o Ministério Público, respei- sejam realizados por meio eletrônico a exibição
tado o disposto em lei para as situações de e o envio de dados e de documentos necessá-
sigilo e de segredo de justiça. rios à instrução do processo.
Art. 12. A conservação dos autos do processo § 1º Consideram-se cadastros públicos, para
poderá ser efetuada total ou parcialmente por os efeitos deste artigo, dentre outros exis-
meio eletrônico. tentes ou que venham a ser criados, ainda
que mantidos por concessionárias de ser-
§ 1º Os autos dos processos eletrônicos de- viço público ou empresas privadas, os que
verão ser protegidos por meio de sistemas contenham informações indispensáveis ao
de segurança de acesso e armazenados em exercício da função judicante.
meio que garanta a preservação e integrida-
de dos dados, sendo dispensada a formação § 2º O acesso de que trata este artigo dar-
de autos suplementares. -se-á por qualquer meio tecnológico dispo-
nível, preferentemente o de menor custo,
§ 2º Os autos de processos eletrônicos que considerada sua eficiência.
tiverem de ser remetidos a outro juízo ou
instância superior que não disponham de
sistema compatível deverão ser impressos
em papel, autuados na forma dos arts. 166 CAPÍTULO IV
a 168 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS
1973 – Código de Processo Civil, ainda que
de natureza criminal ou trabalhista, ou per- Art. 14. Os sistemas a serem desenvolvidos pe-
tinentes a juizado especial. los órgãos do Poder Judiciário deverão usar, pre-
ferencialmente, programas com código aberto,
§ 3º No caso do § 2º deste artigo, o escri- acessíveis ininterruptamente por meio da rede
vão ou o chefe de secretaria certificará os mundial de computadores, priorizando-se a sua
autores ou a origem dos documentos pro- padronização.
duzidos nos autos, acrescentando, ressalva-
da a hipótese de existir segredo de justiça, Parágrafo único. Os sistemas devem buscar
a forma pela qual o banco de dados poderá identificar os casos de ocorrência de pre-
ser acessado para aferir a autenticidade das venção, litispendência e coisa julgada.
peças e das respectivas assinaturas digitais.
Art. 15. Salvo impossibilidade que comprometa
§ 4º Feita a autuação na forma estabeleci- o acesso à justiça, a parte deverá informar, ao
da no § 2º deste artigo, o processo seguirá a distribuir a petição inicial de qualquer ação judi-
tramitação legalmente estabelecida para os cial, o número no cadastro de pessoas físicas ou
processos físicos. jurídicas, conforme o caso, perante a Secretaria
da Receita Federal.
§ 5º A digitalização de autos em mídia não
digital, em tramitação ou já arquivados, Parágrafo único. Da mesma forma, as peças
será precedida de publicação de editais de de acusação criminais deverão ser instruí-
intimações ou da intimação pessoal das das pelos membros do Ministério Público
partes e de seus procuradores, para que, no ou pelas autoridades policiais com os nú-
prazo preclusivo de 30 (trinta) dias, se mani- meros de registros dos acusados no Institu-
festem sobre o desejo de manterem pesso- to Nacional de Identificação do Ministério
da Justiça, se houver.
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Direito Processual Civil
DOS PRAZOS
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Art. 224. Salvo disposição em contrário, os pra- § 2º Nos processos em autos eletrônicos,
zos serão contados excluindo o dia do começo e a juntada de petições ou de manifestações
incluindo o dia do vencimento. em geral ocorrerá de forma automática, in-
dependentemente de ato de serventuário
§ 1º Os dias do começo e do vencimento da justiça.
do prazo serão protraídos para o primeiro
dia útil seguinte, se coincidirem com dia Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferen-
em que o expediente forense for encerrado tes procuradores, de escritórios de advocacia
antes ou iniciado depois da hora normal ou distintos, terão prazos contados em dobro para
houver indisponibilidade da comunicação todas as suas manifestações, em qualquer juízo
eletrônica. ou tribunal, independentemente de requeri-
mento.
§ 2º Considera-se como data de publicação
o primeiro dia útil seguinte ao da disponi- § 1º Cessa a contagem do prazo em dobro
bilização da informação no Diário da Justiça se, havendo apenas 2 (dois) réus, é ofereci-
eletrônico. da defesa por apenas um deles.
§ 3º A contagem do prazo terá início no pri- § 2º Não se aplica o disposto no caput aos
meiro dia útil que seguir ao da publicação. processos em autos eletrônicos.
Art. 225. A parte poderá renunciar ao prazo es- Art. 230. O prazo para a parte, o procurador, a
tabelecido exclusivamente em seu favor, desde Advocacia Pública, a Defensoria Pública e o Mi-
que o faça de maneira expressa. nistério Público será contado da citação, da inti-
mação ou da notificação.
Art. 226. O juiz proferirá:
Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso,
I – os despachos no prazo de 5 (cinco) dias; considera-se dia do começo do prazo:
II – as decisões interlocutórias no prazo de I – a data de juntada aos autos do aviso de
10 (dez) dias; recebimento, quando a citação ou a intima-
III – as sentenças no prazo de 30 (trinta) ção for pelo correio;
dias. II – a data de juntada aos autos do mandado
Art. 227. Em qualquer grau de jurisdição, haven- cumprido, quando a citação ou a intimação
do motivo justificado, pode o juiz exceder, por for por oficial de justiça;
igual tempo, os prazos a que está submetido. III – a data de ocorrência da citação ou da
Art. 228. Incumbirá ao serventuário remeter os intimação, quando ela se der por ato do es-
autos conclusos no prazo de 1 (um) dia e exe- crivão ou do chefe de secretaria;
cutar os atos processuais no prazo de 5 (cinco) IV – o dia útil seguinte ao fim da dilação as-
dias, contado da data em que: sinada pelo juiz, quando a citação ou a inti-
I – houver concluído o ato processual ante- mação for por edital;
rior, se lhe foi imposto pela lei; V – o dia útil seguinte à consulta ao teor da
II – tiver ciência da ordem, quando determi- citação ou da intimação ou ao término do
nada pelo juiz. prazo para que a consulta se dê, quando a
citação ou a intimação for eletrônica;
§ 1º Ao receber os autos, o serventuário
certificará o dia e a hora em que teve ciên- VI – a data de juntada do comunicado de
cia da ordem referida no inciso II. que trata o art. 232 ou, não havendo esse,
a data de juntada da carta aos autos de ori-
gem devidamente cumprida, quando a cita-
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Direito Processual Civil – Dos Prazos – Prof. Giuliano Tamagno
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ficativa de que trata o § 1º, se for o caso, o
corregedor do tribunal ou o relator no Con-
selho Nacional de Justiça determinará a inti-
mação do representado por meio eletrônico
para que, em 10 (dez) dias, pratique o ato.
§ 3º Mantida a inércia, os autos serão reme-
tidos ao substituto legal do juiz ou do rela-
tor contra o qual se representou para deci-
são em 10 (dez) dias.
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Direito Processual Civil
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I – conhecimento, o réu será considerado aluguéis, que será considerado habilitado
revel; para representar o locador em juízo.
II – execução, o feito terá seguimento. § 3º A citação da União, dos Estados, do Dis-
trito Federal, dos Municípios e de suas res-
Art. 240. A citação válida, ainda quando orde- pectivas autarquias e fundações de direito
nada por juízo incompetente, induz litispendên- público será realizada perante o órgão de
cia, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o Advocacia Pública responsável por sua re-
devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e presentação judicial.
398 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002
(Código Civil). Art. 243. A citação poderá ser feita em qualquer
lugar em que se encontre o réu, o executado ou
§ 1º A interrupção da prescrição, operada o interessado.
pelo despacho que ordena a citação, ainda
que proferido por juízo incompetente, re- Parágrafo único. O militar em serviço ativo
troagirá à data de propositura da ação. será citado na unidade em que estiver ser-
vindo, se não for conhecida sua residência
§ 2º Incumbe ao autor adotar, no prazo de ou nela não for encontrado.
10 (dez) dias, as providências necessárias
para viabilizar a citação, sob pena de não se Art. 244. Não se fará a citação, salvo para evitar
aplicar o disposto no § 1º. o perecimento do direito:
§ 3º A parte não será prejudicada pela de- I – de quem estiver participando de ato de
mora imputável exclusivamente ao serviço culto religioso;
judiciário.
II – de cônjuge, de companheiro ou de qual-
§ 4º O efeito retroativo a que se refere o § quer parente do morto, consanguíneo ou
1º aplica-se à decadência e aos demais pra- afim, em linha reta ou na linha colateral em
zos extintivos previstos em lei. segundo grau, no dia do falecimento e nos 7
(sete) dias seguintes;
Art. 241. Transitada em julgado a sentença de
mérito proferida em favor do réu antes da cita- III – de noivos, nos 3 (três) primeiros dias
ção, incumbe ao escrivão ou ao chefe de secre- seguintes ao casamento;
taria comunicar-lhe o resultado do julgamento.
IV – de doente, enquanto grave o seu esta-
Art. 242. A citação será pessoal, podendo, no do.
entanto, ser feita na pessoa do representante
legal ou do procurador do réu, do executado ou Art. 245. Não se fará citação quando se verificar
do interessado. que o citando é mentalmente incapaz ou está
impossibilitado de recebê-la.
§ 1º Na ausência do citando, a citação será
feita na pessoa de seu mandatário, adminis- § 1º O oficial de justiça descreverá e certifi-
trador, preposto ou gerente, quando a ação cará minuciosamente a ocorrência.
se originar de atos por eles praticados. § 2º Para examinar o citando, o juiz nomea-
§ 2º O locador que se ausentar do Brasil rá médico, que apresentará laudo no prazo
sem cientificar o locatário de que deixou, de 5 (cinco) dias.
na localidade onde estiver situado o imóvel, § 3º Dispensa-se a nomeação de que trata
procurador com poderes para receber cita- o § 2º se pessoa da família apresentar de-
ção será citado na pessoa do administrador claração do médico do citando que ateste a
do imóvel encarregado do recebimento dos incapacidade deste.
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Direito Processual Civil – Das Comunicações dos Atos – Prof. Giuliano Tamagno
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III – a aplicação de sanção para o caso de outra comarca, seção ou subseção judiciá-
descumprimento da ordem, se houver; rias.
IV – se for o caso, a intimação do citando § 2º A citação com hora certa será efetivada
para comparecer, acompanhado de advoga- mesmo que a pessoa da família ou o vizinho
do ou de defensor público, à audiência de que houver sido intimado esteja ausente,
conciliação ou de mediação, com a menção ou se, embora presente, a pessoa da família
do dia, da hora e do lugar do compareci- ou o vizinho se recusar a receber o manda-
mento; do.
V – a cópia da petição inicial, do despacho § 3º Da certidão da ocorrência, o oficial de
ou da decisão que deferir tutela provisória; justiça deixará contrafé com qualquer pes-
soa da família ou vizinho, conforme o caso,
VI – a assinatura do escrivão ou do chefe de declarando-lhe o nome.
secretaria e a declaração de que o subscre-
ve por ordem do juiz. § 4º O oficial de justiça fará constar do man-
dado a advertência de que será nomeado
Art. 251. Incumbe ao oficial de justiça procurar curador especial se houver revelia.
o citando e, onde o encontrar, citá-lo:
Art. 254. Feita a citação com hora certa, o es-
I – lendo-lhe o mandado e entregando-lhe crivão ou chefe de secretaria enviará ao réu,
a contrafé; executado ou interessado, no prazo de 10 (dez)
II – portando por fé se recebeu ou recusou dias, contado da data da juntada do mandado
a contrafé; aos autos, carta, telegrama ou correspondência
eletrônica, dando-lhe de tudo ciência.
III – obtendo a nota de ciente ou certifican-
do que o citando não a apôs no mandado. Art. 255. Nas comarcas contíguas de fácil comu-
nicação e nas que se situem na mesma região
Art. 252. Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial metropolitana, o oficial de justiça poderá efe-
de justiça houver procurado o citando em seu tuar, em qualquer delas, citações, intimações,
domicílio ou residência sem o encontrar, deve- notificações, penhoras e quaisquer outros atos
rá, havendo suspeita de ocultação, intimar qual- executivos.
quer pessoa da família ou, em sua falta, qual-
quer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará Art. 256. A citação por edital será feita:
a fim de efetuar a citação, na hora que designar. I – quando desconhecido ou incerto o citan-
Parágrafo único. Nos condomínios edilícios do;
ou nos loteamentos com controle de aces- II – quando ignorado, incerto ou inacessível
so, será válida a intimação a que se refere o lugar em que se encontrar o citando;
o caput feita a funcionário da portaria res-
ponsável pelo recebimento de correspon- III – nos casos expressos em lei.
dência.
§ 1º Considera-se inacessível, para efeito de
Art. 253. No dia e na hora designados, o oficial citação por edital, o país que recusar o cum-
de justiça, independentemente de novo despa- primento de carta rogatória.
cho, comparecerá ao domicílio ou à residência
do citando a fim de realizar a diligência. § 2º No caso de ser inacessível o lugar em
que se encontrar o réu, a notícia de sua ci-
§ 1º Se o citando não estiver presente, o ofi- tação será divulgada também pelo rádio, se
cial de justiça procurará informar-se das ra- na comarca houver emissora de radiodifu-
zões da ausência, dando por feita a citação, são.
ainda que o citando se tenha ocultado em
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III – em qualquer ação em que seja neces- § 2º Expedida a carta, as partes acompa-
sária, por determinação legal, a provocação, nharão o cumprimento da diligência peran-
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te o juízo destinatário, ao qual compete a devendo a parte depositar, contudo, na secre-
prática dos atos de comunicação. taria do tribunal ou no cartório do juízo depre-
cante, a importância correspondente às despe-
§ 3º A parte a quem interessar o cumpri- sas que serão feitas no juízo em que houver de
mento da diligência cooperará para que o praticar-se o ato.
prazo a que se refere o caput seja cumprido.
Art. 267. O juiz recusará cumprimento a carta
Art. 262. A carta tem caráter itinerante, poden- precatória ou arbitral, devolvendo-a com deci-
do, antes ou depois de lhe ser ordenado o cum- são motivada quando:
primento, ser encaminhada a juízo diverso do
que dela consta, a fim de se praticar o ato. I – a carta não estiver revestida dos requisi-
tos legais;
Parágrafo único. O encaminhamento da
carta a outro juízo será imediatamente co- II – faltar ao juiz competência em razão da
municado ao órgão expedidor, que intimará matéria ou da hierarquia;
as partes.
III – o juiz tiver dúvida acerca de sua auten-
Art. 263. As cartas deverão, preferencialmente, ticidade.
ser expedidas por meio eletrônico, caso em que
a assinatura do juiz deverá ser eletrônica, na Parágrafo único. No caso de incompetência
forma da lei. em razão da matéria ou da hierarquia, o juiz
deprecado, conforme o ato a ser praticado,
Art. 264. A carta de ordem e a carta precatória poderá remeter a carta ao juiz ou ao tribu-
por meio eletrônico, por telefone ou por tele- nal competente.
grama conterão, em resumo substancial, os re-
quisitos mencionados no art. 250, especialmen- Art. 268. Cumprida a carta, será devolvida ao
te no que se refere à aferição da autenticidade. juízo de origem no prazo de 10 (dez) dias, in-
dependentemente de traslado, pagas as custas
Art. 265. O secretário do tribunal, o escrivão ou pela parte.
o chefe de secretaria do juízo deprecante trans-
mitirá, por telefone, a carta de ordem ou a carta
precatória ao juízo em que houver de se cum-
prir o ato, por intermédio do escrivão do primei- CAPÍTULO IV
ro ofício da primeira vara, se houver na comarca DAS INTIMAÇÕES
mais de um ofício ou de uma vara, observando-
-se, quanto aos requisitos, o disposto no art. Art. 269. Intimação é o ato pelo qual se dá ciên-
264. cia a alguém dos atos e dos termos do processo.
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Advocacia Pública responsável por sua re- qualquer decisão contida no processo reti-
presentação judicial. rado, ainda que pendente de publicação.
Art. 270. As intimações realizam-se, sempre que § 7º O advogado e a sociedade de advoga-
possível, por meio eletrônico, na forma da lei. dos deverão requerer o respectivo creden-
ciamento para a retirada de autos por pre-
Parágrafo único. Aplica-se ao Ministério Pú- posto.
blico, à Defensoria Pública e à Advocacia Pú-
blica o disposto no § 1o do art. 246. § 8º A parte arguirá a nulidade da intimação
em capítulo preliminar do próprio ato que
Art. 271. O juiz determinará de ofício as intima- lhe caiba praticar, o qual será tido por tem-
ções em processos pendentes, salvo disposição pestivo se o vício for reconhecido.
em contrário.
§ 9º Não sendo possível a prática imediata
Art. 272. Quando não realizadas por meio ele- do ato diante da necessidade de acesso pré-
trônico, consideram-se feitas as intimações pela vio aos autos, a parte limitar-se-á a arguir a
publicação dos atos no órgão oficial. nulidade da intimação, caso em que o prazo
§ 1º Os advogados poderão requerer que, será contado da intimação da decisão que a
na intimação a eles dirigida, figure apenas o reconheça.
nome da sociedade a que pertençam, des- Art. 273. Se inviável a intimação por meio ele-
de que devidamente registrada na Ordem trônico e não houver na localidade publicação
dos Advogados do Brasil. em órgão oficial, incumbirá ao escrivão ou chefe
§ 2º Sob pena de nulidade, é indispensável de secretaria intimar de todos os atos do pro-
que da publicação constem os nomes das cesso os advogados das partes:
partes e de seus advogados, com o respec- I – pessoalmente, se tiverem domicílio na
tivo número de inscrição na Ordem dos Ad- sede do juízo;
vogados do Brasil, ou, se assim requerido,
da sociedade de advogados. II – por carta registrada, com aviso de rece-
bimento, quando forem domiciliados fora
§ 3º A grafia dos nomes das partes não deve do juízo.
conter abreviaturas.
Art. 274. Não dispondo a lei de outro modo,
§ 4º A grafia dos nomes dos advogados as intimações serão feitas às partes, aos seus
deve corresponder ao nome completo e ser representantes legais, aos advogados e aos de-
a mesma que constar da procuração ou que mais sujeitos do processo pelo correio ou, se
estiver registrada na Ordem dos Advogados presentes em cartório, diretamente pelo escri-
do Brasil. vão ou chefe de secretaria.
§ 5º Constando dos autos pedido expresso Parágrafo único. Presumem-se válidas as
para que as comunicações dos atos proces- intimações dirigidas ao endereço constante
suais sejam feitas em nome dos advogados dos autos, ainda que não recebidas pesso-
indicados, o seu desatendimento implicará almente pelo interessado, se a modifica-
nulidade. ção temporária ou definitiva não tiver sido
§ 6º A retirada dos autos do cartório ou da devidamente comunicada ao juízo, fluindo
secretaria em carga pelo advogado, por pes- os prazos a partir da juntada aos autos do
soa credenciada a pedido do advogado ou comprovante de entrega da correspondên-
da sociedade de advogados, pela Advoca- cia no primitivo endereço.
cia Pública, pela Defensoria Pública ou pelo
Ministério Público implicará intimação de
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Art. 275. A intimação será feita por oficial de
justiça quando frustrada a realização por meio
eletrônico ou pelo correio.
§ 1º A certidão de intimação deve conter:
I – a indicação do lugar e a descrição da pes-
soa intimada, mencionando, quando possí-
vel, o número de seu documento de identi-
dade e o órgão que o expediu;
II – a declaração de entrega da contrafé;
III – a nota de ciente ou a certidão de que o
interessado não a apôs no mandado.
§ 2º Caso necessário, a intimação poderá
ser efetuada com hora certa ou por edital.
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Direito Processual Civil
DA TUTELA PROVISÓRIA
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar- Parágrafo único. Ressalvada disposição es-
-se em urgência ou evidência. pecial, na ação de competência originária
de tribunal e nos recursos a tutela provi-
Parágrafo único. A tutela provisória de ur- sória será requerida ao órgão jurisdicional
gência, cautelar ou antecipada, pode ser competente para apreciar o mérito.
concedida em caráter antecedente ou inci-
dental.
Art. 295. A tutela provisória requerida em cará- TÍTULO II
ter incidental independe do pagamento de cus-
tas. DA TUTELA DE URGÊNCIA
Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficá-
cia na pendência do processo, mas pode, a qual-
quer tempo, ser revogada ou modificada. CAPÍTULO I
Parágrafo único. Salvo decisão judicial em DISPOSIÇÕES GERAIS
contrário, a tutela provisória conservará a
Art. 300. A tutela de urgência será concedida
eficácia durante o período de suspensão do
quando houver elementos que evidenciem a
processo.
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o
Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas risco ao resultado útil do processo.
que considerar adequadas para efetivação da
§ 1º Para a concessão da tutela de urgência,
tutela provisória.
o juiz pode, conforme o caso, exigir caução
Parágrafo único. A efetivação da tutela pro- real ou fidejussória idônea para ressarcir os
visória observará as normas referentes ao danos que a outra parte possa vir a sofrer,
cumprimento provisório da sentença, no podendo a caução ser dispensada se a parte
que couber. economicamente hipossuficiente não pu-
der oferecê-la.
Art. 298. Na decisão que conceder, negar, mo-
dificar ou revogar a tutela provisória, o juiz mo- § 2º A tutela de urgência pode ser concedi-
tivará seu convencimento de modo claro e pre- da liminarmente ou após justificação prévia.
ciso.
§ 3º A tutela de urgência de natureza ante-
cipada não será concedida quando houver
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perigo de irreversibilidade dos efeitos da tação, a juntada de novos documentos e a
decisão. confirmação do pedido de tutela final, em
15 (quinze) dias ou em outro prazo maior
Art. 301. A tutela de urgência de natureza cau- que o juiz fixar;
telar pode ser efetivada mediante arresto, se-
questro, arrolamento de bens, registro de pro- II – o réu será citado e intimado para a au-
testo contra alienação de bem e qualquer outra diência de conciliação ou de mediação na
medida idônea para asseguração do direito. forma do art. 334;
Art. 302. Independentemente da reparação por III – não havendo autocomposição, o prazo
dano processual, a parte responde pelo prejuízo para contestação será contado na forma do
que a efetivação da tutela de urgência causar à art. 335.
parte adversa, se:
§ 2º Não realizado o aditamento a que se
I – a sentença lhe for desfavorável; refere o inciso I do § 1º deste artigo, o pro-
cesso será extinto sem resolução do mérito.
II – obtida liminarmente a tutela em caráter
antecedente, não fornecer os meios neces- § 3º O aditamento a que se refere o inciso
sários para a citação do requerido no prazo I do § 1º deste artigo dar-se-á nos mesmos
de 5 (cinco) dias; autos, sem incidência de novas custas pro-
cessuais.
III – ocorrer a cessação da eficácia da medi-
da em qualquer hipótese legal; § 4º Na petição inicial a que se refere o ca-
put deste artigo, o autor terá de indicar o
IV – o juiz acolher a alegação de decadência valor da causa, que deve levar em conside-
ou prescrição da pretensão do autor. ração o pedido de tutela final.
Parágrafo único. A indenização será liqui- § 5º O autor indicará na petição inicial, ain-
dada nos autos em que a medida tiver sido da, que pretende valer-se do benefício pre-
concedida, sempre que possível. visto no caput deste artigo.
§ 6º Caso entenda que não há elementos
para a concessão de tutela antecipada, o
CAPÍTULO II órgão jurisdicional determinará a emenda
DO PROCEDIMENTO DA TUTELA da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob
ANTECIPADA REQUERIDA EM pena de ser indeferida e de o processo ser
extinto sem resolução de mérito.
CARÁTER ANTECEDENTE
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos
Art. 303. Nos casos em que a urgência for con- termos do art. 303, torna-se estável se da deci-
temporânea à propositura da ação, a petição são que a conceder não for interposto o respec-
inicial pode limitar-se ao requerimento da tute- tivo recurso.
la antecipada e à indicação do pedido de tutela
final, com a exposição da lide, do direito que se § 1º No caso previsto no caput, o processo
busca realizar e do perigo de dano ou do risco será extinto.
ao resultado útil do processo.
§ 2o Qualquer das partes poderá demandar
§ 1º Concedida a tutela antecipada a que se a outra com o intuito de rever, reformar ou
refere o caput deste artigo: invalidar a tutela antecipada estabilizada
nos termos do caput.
I – o autor deverá aditar a petição inicial,
com a complementação de sua argumen- § 3º A tutela antecipada conservará seus
efeitos enquanto não revista, reformada ou
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TÍTULO III
DA TUTELA DA EVIDÊNCIA
Art. 311. A tutela da evidência será concedida,
independentemente da demonstração de peri-
go de dano ou de risco ao resultado útil do pro-
cesso, quando:
I – ficar caracterizado o abuso do direito de
defesa ou o manifesto propósito protelató-
rio da parte;
II – as alegações de fato puderem ser com-
provadas apenas documentalmente e hou-
ver tese firmada em julgamento de casos
repetitivos ou em súmula vinculante;
III – se tratar de pedido reipersecutório fun-
dado em prova documental adequada do
contrato de depósito, caso em que será de-
cretada a ordem de entrega do objeto cus-
todiado, sob cominação de multa;
IV – a petição inicial for instruída com pro-
va documental suficiente dos fatos consti-
tutivos do direito do autor, a que o réu não
oponha prova capaz de gerar dúvida razoá-
vel.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos
II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.
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TUTELA PROVISÓRIA
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• A tutela provisória pode ser concedida com base na urgência, somada a
probabilidade do direito substancial, ou somente na base da evidência
(art. 311). No caso da evidência a probabilidade do direito é tanta que
dispensa o perigo de dano o risco do resultado útil do processo – dispensa
a urgência. A probabilidade do direito material é de 100% (embora
continue apenas provável, até que recaia uma decisão definitiva).
• O provimento de caráter provisório será apreciado, e se for o caso,
deferido pelo juiz mediante requerimento da parte, sendo vedada a
concessão de ofício.
• A tutela provisória pode ser concedida a qualquer tempo enquanto for útil
e em qualquer procedimento.
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• Na tutela com base na urgência deve o juiz utilizar a
fórmula P1 + P2 = 100, onde P1 é a probabilidade e o P2 é a
urgência, sendo que 100% de P2 não é suficiente para
deferimento da tutela, na composição dos dois requisitos,
exige-se, se não integralmente, pelo menos uma certa dose
de probabilidade.
• Na tutela de evidência a dosagem de probabilidade (P1) é
de tal ordem que dispensa o componente P2. Neste caso, a
concessão de tutela independe da demonstração de perigo
da demora, contentando-se com a situação de evidência.
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Probabilidade do
Tutelas de direito.
Urgência Perigo da demora na
Requisitos prestação jurisdicional.
das Tutelas Independe da
Provisórias: demonstração de perigo
de dano ou risco ao
Tutelas de resultado útil do
Evidência processo.
Exige a presença de
algumas situações
previstas no art. 311 do
CPC.
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• Art. 296. A tutela provisória conserva sua
eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser
revogada ou modificada.
Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória
conservará a eficácia durante o período de suspensão do processo.
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Art. 299. A tutela provisória será requerida ao juízo da
causa e, quando antecedente, ao juízo competente
para conhecer do pedido principal.
Parágrafo único. Ressalvada disposição especial, na
ação de competência originária de tribunal e nos
recursos a tutela provisória será requerida ao órgão
jurisdicional competente para apreciar o mérito.
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Em caráter
Custas antecedente: pagas
No curso do
Processuais no requerimento.
processo:
independe do
REGRAS pagamento de
GERAIS Conserva
custas.no
DAS
Eficácia curso do
TUTELAS processo.
PROVISÓRI Pode ser
Provisoriedad modificada ou
AS e revogada
Possibilidade de deferir
Poder Geral
medidas adequadas para
de Cautela efetivação da tutela.
Em caráter antecedente:
juízo da causa principal.
REGRAS
Competência No curso do processo:
juízo da causa em
GERAIS tramitação.
DAS
TUTELAS Regra geral: inexiste.
PROVISÓRIAS
Contraditório
Exceção: art. 311, I e
IV
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DISPOSIÇÕES GERAIS REFERENTE ÀS TUTELAS DE
URGÊNCIA (CAUTELAR E ANTECIPADA)
• Princípios da Fungibilidade: o equívoco na
nomenclatura não acarreta a postergação da tutela
pleiteada, devendo o julgador emprestar a qualificação
técnica jurídica aos fatos narrados pelas partes
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PRESTAÇÃO DE CAUÇÃO REAL OU FIDEJUSSÓRIA
COMO REQUISITO PARA AS CONCESSÃO DAS
TUTELAS DE URGÊNCIA
Caução real é aquela prestada sobre a forma de garantia real (art.
1.419, CC).
Caução Fidejussória: espécie de garantia pessoal, prestada por um
terceiro que se torna responsável por eventuais prejuízos.
Trata-se de ato discricionário do juiz, dependendo do grau de
direito invocado.
O requisito da caução consta das disposições gerais da tutela de
urgência, indicando que a tutela de evidência, não se condiciona a
exigência de tal garantia.
CAUÇÃO x ACESSO À JUSTIÇA
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A tutela de urgência
de natureza
antecipada deve ser
reversível (art.
Mitigação 300, o
quando
Reversi §3º).
dano ao bem jurídico,
REGRAS
bilidade objeto da tutela, for de
GERAIS importância superior ao
DAS dano decorrente da
TUTELAS irreversibilidade.
Sentença
DE desfavorável
URGÊNC Perdas Não providenciar
IA citação.
e Danos Cessar a eficácia
da medida
Prescrição e
Decadência
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Direito Processual Civil
DA PETIÇÃO INICIAL
II – os nomes, os prenomes, o estado civil, Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial
a existência de união estável, a profissão, o não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320
número de inscrição no Cadastro de Pesso- ou que apresenta defeitos e irregularidades ca-
as Físicas ou no Cadastro Nacional da Pes- pazes de dificultar o julgamento de mérito, de-
soa Jurídica, o endereço eletrônico, o domi- terminará que o autor, no prazo de 15 (quinze)
cílio e a residência do autor e do réu; dias, a emende ou a complete, indicando com
precisão o que deve ser corrigido ou completa-
III – o fato e os fundamentos jurídicos do do.
pedido;
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a
IV – o pedido com as suas especificações; diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
V – o valor da causa; DO INDEFERIMENTO
VI – as provas com que o autor pretende DA PETIÇÃO INICIAL
demonstrar a verdade dos fatos alegados;
Art. 330. A petição inicial será indeferida quan-
VII – a opção do autor pela realização ou do:
não de audiência de conciliação ou de me-
diação. I – for inepta;
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III – da narração dos fatos não decorrer logi- III – entendimento firmado em incidente de
camente a conclusão; resolução de demandas repetitivas ou de
assunção de competência;
IV – contiver pedidos incompatíveis entre si.
IV – enunciado de súmula de tribunal de
§ 2º Nas ações que tenham por objeto a re- justiça sobre direito local.
visão de obrigação decorrente de emprés-
timo, de financiamento ou de alienação de § 1º O juiz também poderá julgar liminar-
bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, mente improcedente o pedido se verificar,
discriminar na petição inicial, dentre as desde logo, a ocorrência de decadência ou
obrigações contratuais, aquelas que preten- de prescrição.
de controverter, além de quantificar o valor
incontroverso do débito. § 2º Não interposta a apelação, o réu será
intimado do trânsito em julgado da senten-
§ 3º Na hipótese do § 2º, o valor incontro- ça, nos termos do art. 241.
verso deverá continuar a ser pago no tempo
e modo contratados. § 3º Interposta a apelação, o juiz poderá re-
tratar-se em 5 (cinco) dias.
Art. 331. Indeferida a petição inicial, o autor po-
derá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cin- § 4º Se houver retratação, o juiz determi-
co) dias, retratar-se. nará o prosseguimento do processo, com a
citação do réu, e, se não houver retratação,
§ 1º Se não houver retratação, o juiz man- determinará a citação do réu para apresen-
dará citar o réu para responder ao recurso. tar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze)
dias.
§ 2º Sendo a sentença reformada pelo tri-
bunal, o prazo para a contestação começará
a correr da intimação do retorno dos autos,
observado o disposto no art. 334.
§ 3º Não interposta a apelação, o réu será in-
timado do trânsito em julgado da sentença.
CAPÍTULO III
DA IMPROCEDÊNCIA
LIMINAR DO PEDIDO
Art. 332. Nas causas que dispensem a fase ins-
trutória, o juiz, independentemente da citação
do réu, julgará liminarmente improcedente o
pedido que contrariar:
I – enunciado de súmula do Supremo Tribu-
nal Federal ou do Superior Tribunal de Jus-
tiça;
II – acórdão proferido pelo Supremo Tribu-
nal Federal ou pelo Superior Tribunal de Jus-
tiça em julgamento de recursos repetitivos;
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Direito Processual Civil
DO PEDIDO
O pedido determinado (CPC, art. 324), entenda-se como aquele definido quanto à
quantidade e qualidade.
O inverso é o pedido genérico ou indeterminado. Portanto, significa que a pretensão
jurisdicional da parte é precisa, delimitada, etc. Mas isso não quer dizer que a regra
reclame uma expressão econômica.
Nesse compasso, o legislador permaneceu fiel ao binômio certeza-determinação do
pedido, como já se sucedia no CPC/1973. Ademais, seguiu novamente o princípio da
economia processual. Sendo o pedido já determinado na inicial, isso resultará em uma
sentença líquida (CPC, art. 492, parágrafo único), não dependendo, por conseguinte,
de sua posterior liquidação (CPC, art. 509 esegs).
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Art. 325. O pedido será alternativo quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a
prestação de mais de um modo.
Parágrafo único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz lhe
assegurará o direito de cumprir a prestação de um ou de outro modo, ainda que o autor não
tenha formulado pedido alternativo.
Art. 326. É lícito formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que o juiz conheça do
posterior, quando não acolher o anterior.
Parágrafo único. É lícito formular mais de um pedido, alternativamente, para que o juiz acolha
um deles.
Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda
que entre eles não haja conexão.
§ 1º São requisitos de admissibilidade da cumulação que:
I – os pedidos sejam compatíveis entre si;
II – seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;
III – seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.
§ 2º Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a
cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técni-
cas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou
mais pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições sobre o procedi-
mento comum.
§ 3º O inciso I do § 1º não se aplica às cumulações de pedidos de que trata o art. 326.
1020 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Processual Civil – Do Pedido – Prof. Giuliano Tamagno
Art. 328. Na obrigação indivisível com pluralidade de credores, aquele que não participou do pro-
cesso receberá sua parte, deduzidas as despesas na proporção de seu crédito.
Art. 329. O autor poderá:
I – até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consen-
timento do réu;
II – até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consenti-
mento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no
prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo à reconvenção e à respectiva causa de pedir.
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Direito Processual Civil
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Direito Processual Civil
DA CONTESTAÇÃO E DA RECONVENÇÃO
III – prevista no art. 231, de acordo com o IX – incapacidade da parte, defeito de re-
modo como foi feita a citação, nos demais presentação ou falta de autorização;
casos. X – convenção de arbitragem;
§ 1º No caso de litisconsórcio passivo, ocor- XI – ausência de legitimidade ou de interes-
rendo a hipótese do art. 334, § 6º, o termo se processual;
inicial previsto no inciso II será, para cada
um dos réus, a data de apresentação de seu XII – falta de caução ou de outra prestação
respectivo pedido de cancelamento da au- que a lei exige como preliminar;
diência.
XIII – indevida concessão do benefício de
§ 2º Quando ocorrer a hipótese do art. 334, gratuidade de justiça.
§ 4º, inciso II, havendo litisconsórcio passivo
§ 1º Verifica-se a litispendência ou a coisa
e o autor desistir da ação em relação a réu
julgada quando se reproduz ação anterior-
ainda não citado, o prazo para resposta cor-
mente ajuizada.
rerá da data de intimação da decisão que
homologar a desistência. § 2º Uma ação é idêntica a outra quando
possui as mesmas partes, a mesma causa
Art. 336. Incumbe ao réu alegar, na contestação,
de pedir e o mesmo pedido.
toda a matéria de defesa, expondo as razões de
fato e de direito com que impugna o pedido do § 3º Há litispendência quando se repete
autor e especificando as provas que pretende ação que está em curso.
produzir.
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§ 4º Há coisa julgada quando se repete ação § 1º A contestação será submetida a livre
que já foi decidida por decisão transitada distribuição ou, se o réu houver sido citado
em julgado. por meio de carta precatória, juntada aos
autos dessa carta, seguindo-se a sua ime-
§ 5º Excetuadas a convenção de arbitragem diata remessa para o juízo da causa.
e a incompetência relativa, o juiz conhece-
rá de ofício das matérias enumeradas neste § 2º Reconhecida a competência do foro in-
artigo. dicado pelo réu, o juízo para o qual for dis-
tribuída a contestação ou a carta precatória
§ 6º A ausência de alegação da existência de será considerado prevento.
convenção de arbitragem, na forma prevista
neste Capítulo, implica aceitação da jurisdi- § 3º Alegada a incompetência nos termos
ção estatal e renúncia ao juízo arbitral. do caput, será suspensa a realização da au-
diência de conciliação ou de mediação, se
Art. 338. Alegando o réu, na contestação, ser tiver sido designada.
parte ilegítima ou não ser o responsável pelo
prejuízo invocado, o juiz facultará ao autor, em § 4º Definida a competência, o juízo compe-
15 (quinze) dias, a alteração da petição inicial tente designará nova data para a audiência
para substituição do réu. de conciliação ou de mediação.
Parágrafo único. Realizada a substituição, o Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar-se
autor reembolsará as despesas e pagará os precisamente sobre as alegações de fato cons-
honorários ao procurador do réu excluído, tantes da petição inicial, presumindo-se verda-
que serão fixados entre três e cinco por cen- deiras as não impugnadas, salvo se:
to do valor da causa ou, sendo este irrisório,
nos termos do art. 85, § 8º. I – não for admissível, a seu respeito, a con-
fissão;
Art. 339. Quando alegar sua ilegitimidade, in-
cumbe ao réu indicar o sujeito passivo da rela- II – a petição inicial não estiver acompanha-
ção jurídica discutida sempre que tiver conhe- da de instrumento que a lei considerar da
cimento, sob pena de arcar com as despesas substância do ato;
processuais e de indenizar o autor pelos preju- III – estiverem em contradição com a defe-
ízos decorrentes da falta de indicação. sa, considerada em seu conjunto.
§ 1º O autor, ao aceitar a indicação, proce- Parágrafo único. O ônus da impugnação es-
derá, no prazo de 15 (quinze) dias, à altera- pecificada dos fatos não se aplica ao defen-
ção da petição inicial para a substituição do sor público, ao advogado dativo e ao cura-
réu, observando-se, ainda, o parágrafo úni- dor especial.
co do art. 338.
Art. 342. Depois da contestação, só é lícito ao
§ 2º No prazo de 15 (quinze) dias, o autor réu deduzir novas alegações quando:
pode optar por alterar a petição inicial para
incluir, como litisconsorte passivo, o sujeito I – relativas a direito ou a fato supervenien-
indicado pelo réu. te;
Art. 340. Havendo alegação de incompetência II – competir ao juiz conhecer delas de ofí-
relativa ou absoluta, a contestação poderá ser cio;
protocolada no foro de domicílio do réu, fato
III – por expressa autorização legal, pude-
que será imediatamente comunicado ao juiz da
rem ser formuladas em qualquer tempo e
causa, preferencialmente por meio eletrônico.
grau de jurisdição.
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Direito Processual Civil – Da Contestação e da Reconvenção – Prof. Giuliano Tamagno
CAPÍTULO VII
DA RECONVENÇÃO
Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor
reconvenção para manifestar pretensão pró-
pria, conexa com a ação principal ou com o fun-
damento da defesa.
§ 1º Proposta a reconvenção, o autor será
intimado, na pessoa de seu advogado, para
apresentar resposta no prazo de 15 (quinze)
dias.
§ 2º A desistência da ação ou a ocorrência
de causa extintiva que impeça o exame de
seu mérito não obsta ao prosseguimento do
processo quanto à reconvenção.
§ 3º A reconvenção pode ser proposta con-
tra o autor e terceiro.
§ 4º A reconvenção pode ser proposta pelo
réu em litisconsórcio com terceiro.
§ 5º Se o autor for substituto processual, o
reconvinte deverá afirmar ser titular de di-
reito em face do substituído, e a reconven-
ção deverá ser proposta em face do autor,
também na qualidade de substituto proces-
sual.
§ 6º O réu pode propor reconvenção inde-
pendentemente de oferecer contestação.
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Direito Processual Civil
DA REVELIA
Seção III
DAS ALEGAÇÕES DO RÉU
CAPÍTULO IX
DAS PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES Art. 351. Se o réu alegar qualquer das matérias
E DO SANEAMENTO enumeradas no art. 337, o juiz determinará a oi-
tiva do autor no prazo de 15 (quinze) dias, per-
Art. 347. Findo o prazo para a contestação, o mitindo-lhe a produção de prova.
juiz tomará, conforme o caso, as providências
Art. 352. Verificando a existência de irregulari-
preliminares constantes das seções deste Capí-
dades ou de vícios sanáveis, o juiz determina-
tulo.
rá sua correção em prazo nunca superior a 30
(trinta) dias.
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Art. 353. Cumpridas as providências prelimina-
res ou não havendo necessidade delas, o juiz
proferirá julgamento conforme o estado do pro-
cesso, observando o que dispõe o Capítulo X.
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Direito Processual Civil
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IV – delimitar as questões de direito rele- § 9º As pautas deverão ser preparadas com
vantes para a decisão do mérito; intervalo mínimo de 1 (uma) hora entre as
audiências.
V – designar, se necessário, audiência de
instrução e julgamento.
§ 1º Realizado o saneamento, as partes têm
o direito de pedir esclarecimentos ou soli-
citar ajustes, no prazo comum de 5 (cinco)
dias, findo o qual a decisão se torna estável.
§ 2º As partes podem apresentar ao juiz,
para homologação, delimitação consensual
das questões de fato e de direito a que se
referem os incisos II e IV, a qual, se homolo-
gada, vincula as partes e o juiz.
§ 3º Se a causa apresentar complexidade
em matéria de fato ou de direito, deverá
o juiz designar audiência para que o sane-
amento seja feito em cooperação com as
partes, oportunidade em que o juiz, se for
o caso, convidará as partes a integrar ou es-
clarecer suas alegações.
§ 4º Caso tenha sido determinada a produ-
ção de prova testemunhal, o juiz fixará pra-
zo comum não superior a 15 (quinze) dias
para que as partes apresentem rol de teste-
munhas.
§ 5º Na hipótese do § 3º, as partes devem
levar, para a audiência prevista, o respectivo
rol de testemunhas.
§ 6º O número de testemunhas arroladas
não pode ser superior a 10 (dez), sendo
3 (três), no máximo, para a prova de cada
fato.
§ 7º O juiz poderá limitar o número de tes-
temunhas levando em conta a complexi-
dade da causa e dos fatos individualmente
considerados.
§ 8º Caso tenha sido determinada a produ-
ção de prova pericial, o juiz deve observar o
disposto no art. 465 e, se possível, estabe-
lecer, desde logo, calendário para sua rea-
lização.
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Direito Processual Civil
DAS PROVAS
II – ao réu, quanto à existência de fato im- IV – em cujo favor milita presunção legal de
peditivo, modificativo ou extintivo do direi- existência ou de veracidade.
to do autor. Art. 375. O juiz aplicará as regras de experiência
§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de comum subministradas pela observação do que
peculiaridades da causa relacionadas à im- ordinariamente acontece e, ainda, as regras de
possibilidade ou à excessiva dificuldade de experiência técnica, ressalvado, quanto a estas,
cumprir o encargo nos termos do caput ou o exame pericial.
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Art. 376. A parte que alegar direito municipal, Seção II
estadual, estrangeiro ou consuetudinário pro- DA PRODUÇÃO ANTECIPADA
var-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz de-
terminar. DA PROVA
Art. 377. A carta precatória, a carta rogatória e o Art. 381. A produção antecipada da prova será
auxílio direto suspenderão o julgamento da cau- admitida nos casos em que:
sa no caso previsto no art. 313, inciso V, alínea I – haja fundado receio de que venha a tor-
“b”, quando, tendo sido requeridos antes da de- nar-se impossível ou muito difícil a verifica-
cisão de saneamento, a prova neles solicitada ção de certos fatos na pendência da ação;
for imprescindível.
II – a prova a ser produzida seja suscetível
Parágrafo único. A carta precatória e a carta de viabilizar a autocomposição ou outro
rogatória não devolvidas no prazo ou con- meio adequado de solução de conflito;
cedidas sem efeito suspensivo poderão ser
juntadas aos autos a qualquer momento. III – o prévio conhecimento dos fatos possa
justificar ou evitar o ajuizamento de ação.
Art. 378. Ninguém se exime do dever de colabo-
rar com o Poder Judiciário para o descobrimen- § 1º O arrolamento de bens observará o dis-
to da verdade. posto nesta Seção quando tiver por finalida-
de apenas a realização de documentação e
Art. 379. Preservado o direito de não produzir não a prática de atos de apreensão.
prova contra si própria, incumbe à parte:
§ 2º A produção antecipada da prova é da
I – comparecer em juízo, respondendo ao competência do juízo do foro onde esta
que lhe for interrogado; deva ser produzida ou do foro de domicílio
II – colaborar com o juízo na realização de do réu.
inspeção judicial que for considerada neces- § 3º A produção antecipada da prova não
sária; previne a competência do juízo para a ação
III – praticar o ato que lhe for determinado. que venha a ser proposta.
Art. 380. Incumbe ao terceiro, em relação a § 4º O juízo estadual tem competência para
qualquer causa: produção antecipada de prova requerida
em face da União, de entidade autárquica
I – informar ao juiz os fatos e as circunstân- ou de empresa pública federal se, na locali-
cias de que tenha conhecimento; dade, não houver vara federal.
II – exibir coisa ou documento que esteja § 5º Aplica-se o disposto nesta Seção àque-
em seu poder. le que pretender justificar a existência de
Parágrafo único. Poderá o juiz, em caso de algum fato ou relação jurídica para simples
descumprimento, determinar, além da im- documento e sem caráter contencioso, que
posição de multa, outras medidas indutivas, exporá, em petição circunstanciada, a sua
coercitivas, mandamentais ou sub-rogató- intenção.
rias. Art. 382. Na petição, o requerente apresentará
as razões que justificam a necessidade de ante-
cipação da prova e mencionará com precisão os
fatos sobre os quais a prova há de recair.
§ 1º O juiz determinará, de ofício ou a re-
querimento da parte, a citação de interes-
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Seção V Art. 394. A confissão extrajudicial, quando feita
DA CONFISSÃO oralmente, só terá eficácia nos casos em que a
lei não exija prova literal.
Art. 389. Há confissão, judicial ou extrajudicial, Art. 395. A confissão é, em regra, indivisível, não
quando a parte admite a verdade de fato con- podendo a parte que a quiser invocar como pro-
trário ao seu interesse e favorável ao do adver- va aceitá-la no tópico que a beneficiar e rejeitá-
sário. -la no que lhe for desfavorável, porém cindir-se-
Art. 390. A confissão judicial pode ser espontâ- -á quando o confitente a ela aduzir fatos novos,
nea ou provocada. capazes de constituir fundamento de defesa de
direito material ou de reconvenção.
§ 1º A confissão espontânea pode ser fei-
ta pela própria parte ou por representante Seção VI
com poder especial. DA EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO
§ 2º A confissão provocada constará do ter- OU COISA
mo de depoimento pessoal.
Art. 396. O juiz pode ordenar que a parte exi-
Art. 391. A confissão judicial faz prova contra o ba documento ou coisa que se encontre em seu
confitente, não prejudicando, todavia, os litis- poder.
consortes.
Art. 397. O pedido formulado pela parte conte-
Parágrafo único. Nas ações que versarem rá:
sobre bens imóveis ou direitos reais sobre
imóveis alheios, a confissão de um cônjuge I – a individuação, tão completa quanto
ou companheiro não valerá sem a do outro, possível, do documento ou da coisa;
salvo se o regime de casamento for o de se- II – a finalidade da prova, indicando os fa-
paração absoluta de bens. tos que se relacionam com o documento ou
Art. 392. Não vale como confissão a admissão, com a coisa;
em juízo, de fatos relativos a direitos indisponí- III – as circunstâncias em que se funda o re-
veis. querente para afirmar que o documento ou
§ 1º A confissão será ineficaz se feita por a coisa existe e se acha em poder da parte
quem não for capaz de dispor do direito a contrária.
que se referem os fatos confessados. Art. 398. O requerido dará sua resposta nos 5
§ 2º A confissão feita por um representan- (cinco) dias subsequentes à sua intimação.
te somente é eficaz nos limites em que este Parágrafo único. Se o requerido afirmar que
pode vincular o representado. não possui o documento ou a coisa, o juiz
Art. 393. A confissão é irrevogável, mas pode permitirá que o requerente prove, por qual-
ser anulada se decorreu de erro de fato ou de quer meio, que a declaração não correspon-
coação. de à verdade.
Parágrafo único. A legitimidade para a ação Art. 399. O juiz não admitirá a recusa se:
prevista no caput é exclusiva do confitente e I – o requerido tiver obrigação legal de exi-
pode ser transferida a seus herdeiros se ele bir;
falecer após a propositura.
II – o requerido tiver aludido ao documen-
to ou à coisa, no processo, com o intuito de
constituir prova;
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III – o documento, por seu conteúdo, for co- I – concernente a negócios da própria vida
mum às partes. da família;
Art. 400. Ao decidir o pedido, o juiz admitirá II – sua apresentação puder violar dever de
como verdadeiros os fatos que, por meio do do- honra;
cumento ou da coisa, a parte pretendia provar
se: III – sua publicidade redundar em desonra à
parte ou ao terceiro, bem como a seus pa-
I – o requerido não efetuar a exibição nem rentes consanguíneos ou afins até o tercei-
fizer nenhuma declaração no prazo do art. ro grau, ou lhes representar perigo de ação
398; penal;
II – a recusa for havida por ilegítima. IV – sua exibição acarretar a divulgação de
fatos a cujo respeito, por estado ou profis-
Parágrafo único. Sendo necessário, o juiz são, devam guardar segredo;
pode adotar medidas indutivas, coercitivas,
mandamentais ou sub-rogatórias para que V – subsistirem outros motivos graves que,
o documento seja exibido. segundo o prudente arbítrio do juiz, justifi-
quem a recusa da exibição;
Art. 401. Quando o documento ou a coisa es-
tiver em poder de terceiro, o juiz ordenará sua VI – houver disposição legal que justifique a
citação para responder no prazo de 15 (quinze) recusa da exibição.
dias.
Parágrafo único. Se os motivos de que tra-
Art. 402. Se o terceiro negar a obrigação de exi- tam os incisos I a VI do caput disserem res-
bir ou a posse do documento ou da coisa, o juiz peito a apenas uma parcela do documento,
designará audiência especial, tomando-lhe o a parte ou o terceiro exibirá a outra em car-
depoimento, bem como o das partes e, se ne- tório, para dela ser extraída cópia reprográ-
cessário, o de testemunhas, e em seguida pro- fica, de tudo sendo lavrado auto circunstan-
ferirá decisão. ciado.
Art. 403. Se o terceiro, sem justo motivo, se re- Seção VII
cusar a efetuar a exibição, o juiz ordenar-lhe-á DA PROVA DOCUMENTAL
que proceda ao respectivo depósito em cartório
ou em outro lugar designado, no prazo de 5 (cin-
Subseção I
co) dias, impondo ao requerente que o ressarça
pelas despesas que tiver. DA FORÇA PROBANTE DOS
DOCUMENTOS
Parágrafo único. Se o terceiro descumprir
a ordem, o juiz expedirá mandado de apre- Art. 405. O documento público faz prova não só
ensão, requisitando, se necessário, força da sua formação, mas também dos fatos que o
policial, sem prejuízo da responsabilidade escrivão, o chefe de secretaria, o tabelião ou o
por crime de desobediência, pagamento servidor declarar que ocorreram em sua presen-
de multa e outras medidas indutivas, co- ça.
ercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias
necessárias para assegurar a efetivação da Art. 406. Quando a lei exigir instrumento públi-
decisão. co como da substância do ato, nenhuma outra
prova, por mais especial que seja, pode suprir-
Art. 404. A parte e o terceiro se escusam de exi- -lhe a falta.
bir, em juízo, o documento ou a coisa se:
Art. 407. O documento feito por oficial público
incompetente ou sem a observância das forma-
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lidades legais, sendo subscrito pelas partes, tem I – o tabelião reconhecer a firma do signa-
a mesma eficácia probatória do documento par- tário;
ticular.
II – a autoria estiver identificada por qual-
Art. 408. As declarações constantes do docu- quer outro meio legal de certificação, inclu-
mento particular escrito e assinado ou somente sive eletrônico, nos termos da lei;
assinado presumem-se verdadeiras em relação
ao signatário. III – não houver impugnação da parte con-
tra quem foi produzido o documento.
Parágrafo único. Quando, todavia, contiver
declaração de ciência de determinado fato, Art. 412. O documento particular de cuja auten-
o documento particular prova a ciência, ticidade não se duvida prova que o seu autor fez
mas não o fato em si, incumbindo o ônus de a declaração que lhe é atribuída.
prová-lo ao interessado em sua veracidade. Parágrafo único. O documento particular
Art. 409. A data do documento particular, quan- admitido expressa ou tacitamente é indivi-
do a seu respeito surgir dúvida ou impugnação sível, sendo vedado à parte que pretende
entre os litigantes, provar-se-á por todos os utilizar-se dele aceitar os fatos que lhe são
meios de direito. favoráveis e recusar os que são contrários
ao seu interesse, salvo se provar que estes
Parágrafo único. Em relação a terceiros, não ocorreram.
considerar-se-á datado o documento parti-
cular: Art. 413. O telegrama, o radiograma ou qual-
quer outro meio de transmissão tem a mesma
I – no dia em que foi registrado; força probatória do documento particular se o
original constante da estação expedidora tiver
II – desde a morte de algum dos signatários; sido assinado pelo remetente.
III – a partir da impossibilidade física que Parágrafo único. A firma do remetente po-
sobreveio a qualquer dos signatários; derá ser reconhecida pelo tabelião, decla-
IV – da sua apresentação em repartição pú- rando-se essa circunstância no original de-
blica ou em juízo; positado na estação expedidora.
Art. 411. Considera-se autêntico o documento Art. 416. A nota escrita pelo credor em qualquer
quando: parte de documento representativo de obriga-
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ção, ainda que não assinada, faz prova em bene- § 2º Se se tratar de fotografia publicada em
fício do devedor. jornal ou revista, será exigido um exemplar
original do periódico, caso impugnada a ve-
Parágrafo único. Aplica-se essa regra tanto racidade pela outra parte.
para o documento que o credor conservar
em seu poder quanto para aquele que se § 3º Aplica-se o disposto neste artigo à for-
achar em poder do devedor ou de terceiro. ma impressa de mensagem eletrônica.
Art. 417. Os livros empresariais provam contra Art. 423. As reproduções dos documentos par-
seu autor, sendo lícito ao empresário, todavia, ticulares, fotográficas ou obtidas por outros
demonstrar, por todos os meios permitidos em processos de repetição, valem como certidões
direito, que os lançamentos não correspondem sempre que o escrivão ou o chefe de secretaria
à verdade dos fatos. certificar sua conformidade com o original.
Art. 418. Os livros empresariais que preencham Art. 424. A cópia de documento particular tem
os requisitos exigidos por lei provam a favor de o mesmo valor probante que o original, caben-
seu autor no litígio entre empresários. do ao escrivão, intimadas as partes, proceder à
conferência e certificar a conformidade entre a
Art. 419. A escrituração contábil é indivisível, e, cópia e o original.
se dos fatos que resultam dos lançamentos, uns
são favoráveis ao interesse de seu autor e ou- Art. 425. Fazem a mesma prova que os originais:
tros lhe são contrários, ambos serão considera-
dos em conjunto, como unidade. I – as certidões textuais de qualquer peça
dos autos, do protocolo das audiências ou
Art. 420. O juiz pode ordenar, a requerimento de outro livro a cargo do escrivão ou do che-
da parte, a exibição integral dos livros empresa- fe de secretaria, se extraídas por ele ou sob
riais e dos documentos do arquivo: sua vigilância e por ele subscritas;
I – na liquidação de sociedade; II – os traslados e as certidões extraídas por
oficial público de instrumentos ou docu-
II – na sucessão por morte de sócio; mentos lançados em suas notas;
III – quando e como determinar a lei. III – as reproduções dos documentos públi-
Art. 421. O juiz pode, de ofício, ordenar à parte cos, desde que autenticadas por oficial pú-
a exibição parcial dos livros e dos documentos, blico ou conferidas em cartório com os res-
extraindo-se deles a suma que interessar ao lití- pectivos originais;
gio, bem como reproduções autenticadas. IV – as cópias reprográficas de peças do pró-
Art. 422. Qualquer reprodução mecânica, como prio processo judicial declaradas autênticas
a fotográfica, a cinematográfica, a fonográfi- pelo advogado, sob sua responsabilidade
ca ou de outra espécie, tem aptidão para fazer pessoal, se não lhes for impugnada a auten-
prova dos fatos ou das coisas representadas, se ticidade;
a sua conformidade com o documento original V – os extratos digitais de bancos de dados
não for impugnada por aquele contra quem foi públicos e privados, desde que atestado
produzida. pelo seu emitente, sob as penas da lei, que
§ 1º As fotografias digitais e as extraídas da as informações conferem com o que consta
rede mundial de computadores fazem pro- na origem;
va das imagens que reproduzem, devendo, VI – as reproduções digitalizadas de qual-
se impugnadas, ser apresentada a respec- quer documento público ou particular,
tiva autenticação eletrônica ou, não sendo quando juntadas aos autos pelos órgãos da
possível, realizada perícia.
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justiça e seus auxiliares, pelo Ministério Pú- I – se tratar de falsidade de documento ou
blico e seus auxiliares, pela Defensoria Pú- de preenchimento abusivo, à parte que a
blica e seus auxiliares, pelas procuradorias, arguir;
pelas repartições públicas em geral e por
advogados, ressalvada a alegação motivada II – se tratar de impugnação da autenticida-
e fundamentada de adulteração. de, à parte que produziu o documento.
Art. 429. Incumbe o ônus da prova quando: Parágrafo único. Quando o documento
consistir em reprodução cinematográfica
ou fonográfica, a parte deverá trazê-lo nos
termos do caput, mas sua exposição será
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Seção IX II – o que, acometido por enfermidade ou
DA PROVA TESTEMUNHAL retardamento mental, ao tempo em que
ocorreram os fatos, não podia discerni-los,
Subseção I ou, ao tempo em que deve depor, não está
habilitado a transmitir as percepções;
DA ADMISSIBILIDADE E DO VALOR
DA PROVA TESTEMUNHAL III – o que tiver menos de 16 (dezesseis)
anos;
Art. 442. A prova testemunhal é sempre admis-
sível, não dispondo a lei de modo diverso. IV – o cego e o surdo, quando a ciência do
fato depender dos sentidos que lhes faltam.
Art. 443. O juiz indeferirá a inquirição de teste-
munhas sobre fatos: § 2º São impedidos:
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VIII – o prefeito; compareça, que a parte desistiu de sua in-
quirição.
IX – os deputados estaduais e distritais;
§ 3º A inércia na realização da intimação a
X – os desembargadores dos Tribunais de que se refere o § 1º importa desistência da
Justiça, dos Tribunais Regionais Federais, inquirição da testemunha.
dos Tribunais Regionais do Trabalho e dos
Tribunais Regionais Eleitorais e os conse- § 4º A intimação será feita pela via judicial
lheiros dos Tribunais de Contas dos Estados quando:
e do Distrito Federal;
I – for frustrada a intimação prevista no § 1o
XI – o procurador-geral de justiça; deste artigo;
XII – o embaixador de país que, por lei ou II – sua necessidade for devidamente de-
tratado, concede idêntica prerrogativa a monstrada pela parte ao juiz;
agente diplomático do Brasil.
III – figurar no rol de testemunhas servidor
§ 1º O juiz solicitará à autoridade que indi- público ou militar, hipótese em que o juiz o
que dia, hora e local a fim de ser inquirida, requisitará ao chefe da repartição ou ao co-
remetendo-lhe cópia da petição inicial ou mando do corpo em que servir;
da defesa oferecida pela parte que a arrolou
como testemunha. IV – a testemunha houver sido arrolada
pelo Ministério Público ou pela Defensoria
§ 2º Passado 1 (um) mês sem manifestação Pública;
da autoridade, o juiz designará dia, hora e
local para o depoimento, preferencialmente V – a testemunha for uma daquelas previs-
na sede do juízo. tas no art. 454.
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tos ou com testemunhas, até 3 (três), apre- será digitado quando for impossível o envio
sentadas no ato e inquiridas em separado. de sua documentação eletrônica.
§ 2º Sendo provados ou confessados os fa- § 3º Tratando-se de autos eletrônicos, ob-
tos a que se refere o § 1º, o juiz dispensará servar-se-á o disposto neste Código e na le-
a testemunha ou lhe tomará o depoimento gislação específica sobre a prática eletrôni-
como informante. ca de atos processuais.
§ 3º A testemunha pode requerer ao juiz Art. 461. O juiz pode ordenar, de ofício ou a re-
que a escuse de depor, alegando os motivos querimento da parte:
previstos neste Código, decidindo o juiz de
plano após ouvidas as partes. I – a inquirição de testemunhas referidas
nas declarações da parte ou das testemu-
Art. 458. Ao início da inquirição, a testemunha nhas;
prestará o compromisso de dizer a verdade do
que souber e lhe for perguntado. II – a acareação de 2 (duas) ou mais teste-
munhas ou de alguma delas com a parte,
Parágrafo único. O juiz advertirá à testemu- quando, sobre fato determinado que possa
nha que incorre em sanção penal quem faz influir na decisão da causa, divergirem as
afirmação falsa, cala ou oculta a verdade. suas declarações.
Art. 459. As perguntas serão formuladas pelas § 1º Os acareados serão reperguntados para
partes diretamente à testemunha, começando que expliquem os pontos de divergência,
pela que a arrolou, não admitindo o juiz aque- reduzindo-se a termo o ato de acareação.
las que puderem induzir a resposta, não tiverem
relação com as questões de fato objeto da ati- § 2º A acareação pode ser realizada por vi-
vidade probatória ou importarem repetição de deoconferência ou por outro recurso tecno-
outra já respondida. lógico de transmissão de sons e imagens em
tempo real.
§ 1º O juiz poderá inquirir a testemunha
tanto antes quanto depois da inquirição fei- Art. 462. A testemunha pode requerer ao juiz o
ta pelas partes. pagamento da despesa que efetuou para com-
parecimento à audiência, devendo a parte pa-
§ 2º As testemunhas devem ser tratadas gá-la logo que arbitrada ou depositá-la em car-
com urbanidade, não se lhes fazendo per- tório dentro de 3 (três) dias.
guntas ou considerações impertinentes,
capciosas ou vexatórias. Art. 463. O depoimento prestado em juízo é
considerado serviço público.
§ 3º As perguntas que o juiz indeferir serão
transcritas no termo, se a parte o requerer. Parágrafo único. A testemunha, quando
sujeita ao regime da legislação trabalhista,
Art. 460. O depoimento poderá ser documenta- não sofre, por comparecer à audiência, per-
do por meio de gravação. da de salário nem desconto no tempo de
serviço.
§ 1º Quando digitado ou registrado por ta-
quigrafia, estenotipia ou outro método idô- Seção X
neo de documentação, o depoimento será DA PROVA PERICIAL
assinado pelo juiz, pelo depoente e pelos
procuradores. Art. 464. A prova pericial consiste em exame,
§ 2º Se houver recurso em processo em au- vistoria ou avaliação.
tos não eletrônicos, o depoimento somente § 1º O juiz indeferirá a perícia quando:
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I – a prova do fato não depender de conhe- § 3º As partes serão intimadas da proposta
cimento especial de técnico; de honorários para, querendo, manifestar-
-se no prazo comum de 5 (cinco) dias, após
II – for desnecessária em vista de outras o que o juiz arbitrará o valor, intimando-se
provas produzidas; as partes para os fins do art. 95.
III – a verificação for impraticável. § 4º O juiz poderá autorizar o pagamento de
§ 2º De ofício ou a requerimento das partes, até cinquenta por cento dos honorários ar-
o juiz poderá, em substituição à perícia, de- bitrados a favor do perito no início dos tra-
terminar a produção de prova técnica sim- balhos, devendo o remanescente ser pago
plificada, quando o ponto controvertido for apenas ao final, depois de entregue o laudo
de menor complexidade. e prestados todos os esclarecimentos ne-
cessários.
§ 3º A prova técnica simplificada consistirá
apenas na inquirição de especialista, pelo § 5º Quando a perícia for inconclusiva ou
juiz, sobre ponto controvertido da causa deficiente, o juiz poderá reduzir a remune-
que demande especial conhecimento cien- ração inicialmente arbitrada para o traba-
tífico ou técnico. lho.
II – currículo, com comprovação de especia- Art. 468. O perito pode ser substituído quando:
lização; I – faltar-lhe conhecimento técnico ou cien-
III – contatos profissionais, em especial o tífico;
endereço eletrônico, para onde serão dirigi- II – sem motivo legítimo, deixar de cumprir
das as intimações pessoais. o encargo no prazo que lhe foi assinado.
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Direito Processual Civil – Das Provas – Prof. Giuliano Tamagno
§ 1º No caso previsto no inciso II, o juiz co- § 2º O perito e os assistentes técnicos de-
municará a ocorrência à corporação profis- vem entregar, respectivamente, laudo e pa-
sional respectiva, podendo, ainda, impor receres em prazo fixado pelo juiz.
multa ao perito, fixada tendo em vista o va-
lor da causa e o possível prejuízo decorren- § 3º A perícia consensual substitui, para to-
te do atraso no processo. dos os efeitos, a que seria realizada por pe-
rito nomeado pelo juiz.
§ 2º O perito substituído restituirá, no pra-
zo de 15 (quinze) dias, os valores recebidos Art. 472. O juiz poderá dispensar prova pericial
pelo trabalho não realizado, sob pena de fi- quando as partes, na inicial e na contestação,
car impedido de atuar como perito judicial apresentarem, sobre as questões de fato, pare-
pelo prazo de 5 (cinco) anos. ceres técnicos ou documentos elucidativos que
considerar suficientes.
§ 3º Não ocorrendo a restituição voluntária
de que trata o § 2º, a parte que tiver realiza- Art. 473. O laudo pericial deverá conter:
do o adiantamento dos honorários poderá I – a exposição do objeto da perícia;
promover execução contra o perito, na for-
ma dos arts. 513 e seguintes deste Código, II – a análise técnica ou científica realizada
com fundamento na decisão que determi- pelo perito;
nar a devolução do numerário.
III – a indicação do método utilizado, escla-
Art. 469. As partes poderão apresentar quesitos recendo-o e demonstrando ser predomi-
suplementares durante a diligência, que pode- nantemente aceito pelos especialistas da
rão ser respondidos pelo perito previamente ou área do conhecimento da qual se originou;
na audiência de instrução e julgamento.
IV – resposta conclusiva a todos os quesitos
Parágrafo único. O escrivão dará à parte apresentados pelo juiz, pelas partes e pelo
contrária ciência da juntada dos quesitos órgão do Ministério Público.
aos autos.
§ 1º No laudo, o perito deve apresentar sua
Art. 470. Incumbe ao juiz: fundamentação em linguagem simples e
com coerência lógica, indicando como al-
I – indeferir quesitos impertinentes; cançou suas conclusões.
II – formular os quesitos que entender ne- § 2º É vedado ao perito ultrapassar os li-
cessários ao esclarecimento da causa. mites de sua designação, bem como emitir
Art. 471. As partes podem, de comum acordo, opiniões pessoais que excedam o exame
escolher o perito, indicando-o mediante reque- técnico ou científico do objeto da perícia.
rimento, desde que: § 3º Para o desempenho de sua função, o
I – sejam plenamente capazes; perito e os assistentes técnicos podem va-
ler-se de todos os meios necessários, ou-
II – a causa possa ser resolvida por auto- vindo testemunhas, obtendo informações,
composição. solicitando documentos que estejam em
poder da parte, de terceiros ou em repar-
§ 1º As partes, ao escolher o perito, já de- tições públicas, bem como instruir o laudo
vem indicar os respectivos assistentes téc- com planilhas, mapas, plantas, desenhos,
nicos para acompanhar a realização da fotografias ou outros elementos necessá-
perícia, que se realizará em data e local pre- rios ao esclarecimento do objeto da perícia.
viamente anunciados.
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Art. 474. As partes terão ciência da data e do lo- colhido, de preferência, entre os técnicos dos
cal designados pelo juiz ou indicados pelo perito estabelecimentos oficiais especializados, a cujos
para ter início a produção da prova. diretores o juiz autorizará a remessa dos autos,
bem como do material sujeito a exame.
Art. 475. Tratando-se de perícia complexa que
abranja mais de uma área de conhecimento es- § 1º Nas hipóteses de gratuidade de justiça,
pecializado, o juiz poderá nomear mais de um os órgãos e as repartições oficiais deverão
perito, e a parte, indicar mais de um assistente cumprir a determinação judicial com prefe-
técnico. rência, no prazo estabelecido.
Art. 476. Se o perito, por motivo justificado, não § 2º A prorrogação do prazo referido no §
puder apresentar o laudo dentro do prazo, o juiz 1o pode ser requerida motivadamente.
poderá conceder-lhe, por uma vez, prorrogação
pela metade do prazo originalmente fixado. § 3º Quando o exame tiver por objeto a au-
tenticidade da letra e da firma, o perito po-
Art. 477. O perito protocolará o laudo em juízo, derá requisitar, para efeito de comparação,
no prazo fixado pelo juiz, pelo menos 20 (vinte) documentos existentes em repartições pú-
dias antes da audiência de instrução e julga- blicas e, na falta destes, poderá requerer ao
mento. juiz que a pessoa a quem se atribuir a auto-
ria do documento lance em folha de papel,
§ 1º As partes serão intimadas para, que- por cópia ou sob ditado, dizeres diferentes,
rendo, manifestar-se sobre o laudo do peri- para fins de comparação.
to do juízo no prazo comum de 15 (quinze)
dias, podendo o assistente técnico de cada Art. 479. O juiz apreciará a prova pericial de
uma das partes, em igual prazo, apresentar acordo com o disposto no art. 371, indicando na
seu respectivo parecer. sentença os motivos que o levaram a considerar
ou a deixar de considerar as conclusões do lau-
§ 2º O perito do juízo tem o dever de, no do, levando em conta o método utilizado pelo
prazo de 15 (quinze) dias, esclarecer ponto: perito.
I – sobre o qual exista divergência ou dúvida Art. 480. O juiz determinará, de ofício ou a re-
de qualquer das partes, do juiz ou do órgão querimento da parte, a realização de nova perí-
do Ministério Público; cia quando a matéria não estiver suficientemen-
II – divergente apresentado no parecer do te esclarecida.
assistente técnico da parte. § 1º A segunda perícia tem por objeto os
§ 3º Se ainda houver necessidade de escla- mesmos fatos sobre os quais recaiu a pri-
recimentos, a parte requererá ao juiz que meira e destina-se a corrigir eventual omis-
mande intimar o perito ou o assistente téc- são ou inexatidão dos resultados a que esta
nico a comparecer à audiência de instrução conduziu.
e julgamento, formulando, desde logo, as § 2º A segunda perícia rege-se pelas dispo-
perguntas, sob forma de quesitos. sições estabelecidas para a primeira.
§ 4º O perito ou o assistente técnico será in- § 3º A segunda perícia não substitui a pri-
timado por meio eletrônico, com pelo me- meira, cabendo ao juiz apreciar o valor de
nos 10 (dez) dias de antecedência da audi- uma e de outra.
ência.
Art. 478. Quando o exame tiver por objeto a
autenticidade ou a falsidade de documento ou
for de natureza médico-legal, o perito será es-
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Seção XI
DA INSPEÇÃO JUDICIAL
Art. 481. O juiz, de ofício ou a requerimento da
parte, pode, em qualquer fase do processo, ins-
pecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclare-
cer sobre fato que interesse à decisão da causa.
Art. 482. Ao realizar a inspeção, o juiz poderá
ser assistido por um ou mais peritos.
Art. 483. O juiz irá ao local onde se encontre a
pessoa ou a coisa quando:
I – julgar necessário para a melhor verifica-
ção ou interpretação dos fatos que deva ob-
servar;
II – a coisa não puder ser apresentada em
juízo sem consideráveis despesas ou graves
dificuldades;
III – determinar a reconstituição dos fatos.
Parágrafo único. As partes têm sempre di-
reito a assistir à inspeção, prestando escla-
recimentos e fazendo observações que con-
siderem de interesse para a causa.
Art. 484. Concluída a diligência, o juiz mandará
lavrar auto circunstanciado, mencionando nele
tudo quanto for útil ao julgamento da causa.
Parágrafo único. O auto poderá ser instruí-
do com desenho, gráfico ou fotografia.
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Direito Processual Civil
DA AUDIÊNCIA
Art. 358. No dia e na hora designados, o juiz de- II – o autor e, em seguida, o réu, que presta-
clarará aberta a audiência de instrução e julga- rão depoimentos pessoais;
mento e mandará apregoar as partes e os res-
pectivos advogados, bem como outras pessoas III – as testemunhas arroladas pelo autor e
que dela devam participar. pelo réu, que serão inquiridas.
Art. 359. Instalada a audiência, o juiz tentará Parágrafo único. Enquanto depuserem o
conciliar as partes, independentemente do em- perito, os assistentes técnicos, as partes e
prego anterior de outros métodos de solução as testemunhas, não poderão os advogados
consensual de conflitos, como a mediação e a e o Ministério Público intervir ou apartear,
arbitragem. sem licença do juiz.
Art. 360. O juiz exerce o poder de polícia, in- Art. 362. A audiência poderá ser adiada:
cumbindo-lhe: I – por convenção das partes;
I – manter a ordem e o decoro na audiência; II – se não puder comparecer, por motivo
II – ordenar que se retirem da sala de audi- justificado, qualquer pessoa que dela deva
ência os que se comportarem inconvenien- necessariamente participar;
temente; III – por atraso injustificado de seu início em
III – requisitar, quando necessário, força po- tempo superior a 30 (trinta) minutos do ho-
licial; rário marcado.
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Art. 364. Finda a instrução, o juiz dará a pala- das as partes, exceto quando houver ato de
vra ao advogado do autor e do réu, bem como disposição para cuja prática os advogados
ao membro do Ministério Público, se for o caso não tenham poderes.
de sua intervenção, sucessivamente, pelo prazo
de 20 (vinte) minutos para cada um, prorrogável § 3º O escrivão ou chefe de secretaria tras-
por 10 (dez) minutos, a critério do juiz. ladará para os autos cópia autêntica do ter-
mo de audiência.
§ 1º Havendo litisconsorte ou terceiro in-
terveniente, o prazo, que formará com o da § 4º Tratando-se de autos eletrônicos, ob-
prorrogação um só todo, dividir-se-á entre servar-se-á o disposto neste Código, em
os do mesmo grupo, se não convenciona- legislação específica e nas normas internas
rem de modo diverso. dos tribunais.
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Direito Processual Civil
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com o mesmo objeto, ficando-lhe ressalva- § 1º Não se considera fundamentada qualquer
da, entretanto, a possibilidade de alegar em decisão judicial, seja ela interlocutória, senten-
defesa o seu direito. ça ou acórdão, que:
Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o I – se limitar à indicação, à reprodução ou
juiz: à paráfrase de ato normativo, sem explicar
sua relação com a causa ou a questão deci-
I – acolher ou rejeitar o pedido formulado dida;
na ação ou na reconvenção;
II – empregar conceitos jurídicos indetermi-
II – decidir, de ofício ou a requerimento, so- nados, sem explicar o motivo concreto de
bre a ocorrência de decadência ou prescri- sua incidência no caso;
ção;
III – invocar motivos que se prestariam a
III – homologar: justificar qualquer outra decisão;
a) o reconhecimento da procedência do pe- IV – não enfrentar todos os argumentos de-
dido formulado na ação ou na reconvenção; duzidos no processo capazes de, em tese,
b) a transação; infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
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taxa de juros, o termo inicial de ambos e a pe- pecuniária valerão como título constitutivo de
riodicidade da capitalização dos juros, se for o hipoteca judiciária.
caso, salvo quando:
§ 1º A decisão produz a hipoteca judiciária:
I – não for possível determinar, de modo de-
finitivo, o montante devido; I – embora a condenação seja genérica;
§ 1º Nos casos previstos neste artigo, se- III – mesmo que impugnada por recurso do-
guir-se-á a apuração do valor devido por li- tado de efeito suspensivo.
quidação. § 2º A hipoteca judiciária poderá ser reali-
§ 2º O disposto no caput também se aplica zada mediante apresentação de cópia da
quando o acórdão alterar a sentença. sentença perante o cartório de registro imo-
biliário, independentemente de ordem ju-
Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de dicial, de declaração expressa do juiz ou de
natureza diversa da pedida, bem como conde- demonstração de urgência.
nar a parte em quantidade superior ou em obje-
to diverso do que lhe foi demandado. § 3º No prazo de até 15 (quinze) dias da data
de realização da hipoteca, a parte informá-
Parágrafo único. A decisão deve ser certa, -la-á ao juízo da causa, que determinará a
ainda que resolva relação jurídica condicio- intimação da outra parte para que tome ci-
nal. ência do ato.
Art. 493. Se, depois da propositura da ação, al- § 4º A hipoteca judiciária, uma vez constitu-
gum fato constitutivo, modificativo ou extintivo ída, implicará, para o credor hipotecário, o
do direito influir no julgamento do mérito, cabe- direito de preferência, quanto ao pagamen-
rá ao juiz tomá-lo em consideração, de ofício ou to, em relação a outros credores, observada
a requerimento da parte, no momento de pro- a prioridade no registro.
ferir a decisão.
§ 5º Sobrevindo a reforma ou a invalida-
Parágrafo único. Se constatar de ofício o ção da decisão que impôs o pagamento de
fato novo, o juiz ouvirá as partes sobre ele quantia, a parte responderá, independen-
antes de decidir. temente de culpa, pelos danos que a outra
parte tiver sofrido em razão da constituição
Art. 494. Publicada a sentença, o juiz só poderá da garantia, devendo o valor da indenização
alterá-la: ser liquidado e executado nos próprios au-
I – para corrigir-lhe, de ofício ou a requeri- tos.
mento da parte, inexatidões materiais ou
erros de cálculo; Seção III
DA REMESSA NECESSÁRIA
II – por meio de embargos de declaração.
Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdi-
Art. 495. A decisão que condenar o réu ao paga- ção, não produzindo efeito senão depois de
mento de prestação consistente em dinheiro e confirmada pelo tribunal, a sentença:
a que determinar a conversão de prestação de
fazer, de não fazer ou de dar coisa em prestação I – proferida contra a União, os Estados, o
Distrito Federal, os Municípios e suas res-
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pectivas autarquias e fundações de direito Seção IV
público; DO JULGAMENTO DAS AÇÕES
II – que julgar procedentes, no todo ou em RELATIVAS ÀS PRESTAÇÕES
parte, os embargos à execução fiscal. DE FAZER, DE NÃO FAZER
§ 1º Nos casos previstos neste artigo, não E DE ENTREGAR COISA
interposta a apelação no prazo legal, o juiz
ordenará a remessa dos autos ao tribunal, Art. 497. Na ação que tenha por objeto a pres-
e, se não o fizer, o presidente do respectivo tação de fazer ou de não fazer, o juiz, se proce-
tribunal avocá-los-á. dente o pedido, concederá a tutela específica
ou determinará providências que assegurem a
§ 2º Em qualquer dos casos referidos no § obtenção de tutela pelo resultado prático equi-
1º, o tribunal julgará a remessa necessária. valente.
§ 3º Não se aplica o disposto neste artigo Parágrafo único. Para a concessão da tutela
quando a condenação ou o proveito econô- específica destinada a inibir a prática, a rei-
mico obtido na causa for de valor certo e lí- teração ou a continuação de um ilícito, ou a
quido inferior a: sua remoção, é irrelevante a demonstração
da ocorrência de dano ou da existência de
I – 1.000 (mil) salários-mínimos para a culpa ou dolo.
União e as respectivas autarquias e funda-
ções de direito público; Art. 498. Na ação que tenha por objeto a en-
trega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela es-
II – 500 (quinhentos) salários-mínimos para pecífica, fixará o prazo para o cumprimento da
os Estados, o Distrito Federal, as respectivas obrigação.
autarquias e fundações de direito público e
os Municípios que constituam capitais dos Parágrafo único. Tratando-se de entrega de
Estados; coisa determinada pelo gênero e pela quan-
tidade, o autor individualizá-la-á na petição
III – 100 (cem) salários-mínimos para todos inicial, se lhe couber a escolha, ou, se a es-
os demais Municípios e respectivas autar- colha couber ao réu, este a entregará indivi-
quias e fundações de direito público. dualizada, no prazo fixado pelo juiz.
§ 4º Também não se aplica o disposto neste Art. 499. A obrigação somente será convertida
artigo quando a sentença estiver fundada em perdas e danos se o autor o requerer ou se
em: impossível a tutela específica ou a obtenção de
I – súmula de tribunal superior; tutela pelo resultado prático equivalente.
II – acórdão proferido pelo Supremo Tribu- Art. 500. A indenização por perdas e danos dar-
nal Federal ou pelo Superior Tribunal de Jus- -se-á sem prejuízo da multa fixada periodica-
tiça em julgamento de recursos repetitivos; mente para compelir o réu ao cumprimento es-
pecífico da obrigação.
III – entendimento firmado em incidente de
resolução de demandas repetitivas ou de Art. 501. Na ação que tenha por objeto a emis-
assunção de competência; são de declaração de vontade, a sentença que
julgar procedente o pedido, uma vez transitada
IV – entendimento coincidente com orien- em julgado, produzirá todos os efeitos da decla-
tação vinculante firmada no âmbito admi- ração não emitida.
nistrativo do próprio ente público, consoli-
dada em manifestação, parecer ou súmula
administrativa.
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Direito Processual Civil
DA LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA
Art. 509. Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia ilíquida, proceder-se-á à sua
liquidação, a requerimento do credor ou do devedor:
I - por arbitramento, quando determinado pela sentença, convencionado pelas partes ou
exigido pela natureza do objeto da liquidação;
II - pelo procedimento comum, quando houver necessidade de alegar e provar fato novo.
§ 1º Quando na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, ao credor é lícito promover
simultaneamente a execução daquela e, em autos apartados, a liquidação desta.
§ 2º Quando a apuração do valor depender apenas de cálculo aritmético, o credor poderá
promover, desde logo, o cumprimento da sentença.
§ 3º O Conselho Nacional de Justiça desenvolverá e colocará à disposição dos interessados
programa de atualização financeira.
§ 4º Na liquidação é vedado discutir de novo a lide ou modificar a sentença que a julgou.
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Art. 510. Na liquidação por arbitramento, o juiz intimará as partes para a apresentação de pareceres
ou documentos elucidativos, no prazo que fixar, e, caso não possa decidir de plano, nomeará perito,
observando-se, no que couber, o procedimento da prova pericial.
Art. 511. Na liquidação pelo procedimento comum, o juiz determinará a intimação do requerido,
na pessoa de seu advogado ou da sociedade de advogados a que estiver vinculado, para, querendo,
apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, observando-se, a seguir, no que couber, o
disposto no Livro I da Parte Especial deste Código.
Art. 512. A liquidação poderá ser realizada na pendência de recurso, processando-se em autos
apartados no juízo de origem, cumprindo ao liquidante instruir o pedido com cópias das peças
processuais pertinentes.
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herdeiros e aos sucessores a título singular autos do processo será solicitada ao juízo
ou universal; de origem.
V – o crédito de auxiliar da justiça, quando Art. 517. A decisão judicial transitada em jul-
as custas, emolumentos ou honorários tive- gado poderá ser levada a protesto, nos termos
rem sido aprovados por decisão judicial; da lei, depois de transcorrido o prazo para paga-
mento voluntário previsto no art. 523.
VI – a sentença penal condenatória transita-
da em julgado; § 1º Para efetivar o protesto, incumbe ao
exequente apresentar certidão de teor da
VII – a sentença arbitral; decisão.
VIII – a sentença estrangeira homologada § 2º A certidão de teor da decisão deverá
pelo Superior Tribunal de Justiça; ser fornecida no prazo de 3 (três) dias e in-
IX – a decisão interlocutória estrangeira, dicará o nome e a qualificação do exequen-
após a concessão do exequatur à carta roga- te e do executado, o número do processo, o
tória pelo Superior Tribunal de Justiça; valor da dívida e a data de decurso do prazo
para pagamento voluntário.
X – (VETADO).
§ 3º O executado que tiver proposto ação
§ 1º Nos casos dos incisos VI a IX, o devedor rescisória para impugnar a decisão exe-
será citado no juízo cível para o cumprimen- quenda pode requerer, a suas expensas e
to da sentença ou para a liquidação no pra- sob sua responsabilidade, a anotação da
zo de 15 (quinze) dias. propositura da ação à margem do título
§ 2º A autocomposição judicial pode envol- protestado.
ver sujeito estranho ao processo e versar § 4º A requerimento do executado, o pro-
sobre relação jurídica que não tenha sido testo será cancelado por determinação do
deduzida em juízo. juiz, mediante ofício a ser expedido ao car-
Art. 516. O cumprimento da sentença efetuar- tório, no prazo de 3 (três) dias, contado da
-se-á perante: data de protocolo do requerimento, desde
que comprovada a satisfação integral da
I – os tribunais, nas causas de sua compe- obrigação.
tência originária;
Art. 518. Todas as questões relativas à validade
II – o juízo que decidiu a causa no primeiro do procedimento de cumprimento da sentença
grau de jurisdição; e dos atos executivos subsequentes poderão ser
arguidas pelo executado nos próprios autos e
III – o juízo cível competente, quando se nestes serão decididas pelo juiz.
tratar de sentença penal condenatória, de
sentença arbitral, de sentença estrangeira Art. 519. Aplicam-se as disposições relativas ao
ou de acórdão proferido pelo Tribunal Ma- cumprimento da sentença, provisório ou defini-
rítimo. tivo, e à liquidação, no que couber, às decisões
que concederem tutela provisória
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos
II e III, o exequente poderá optar pelo juízo
do atual domicílio do executado, pelo juízo
do local onde se encontrem os bens sujei-
tos à execução ou pelo juízo do local onde
deva ser executada a obrigação de fazer ou
de não fazer, casos em que a remessa dos
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pias das seguintes peças do processo, cuja
autenticidade poderá ser certificada pelo
próprio advogado, sob sua responsabilida-
de pessoal:
I – decisão exequenda;
II – certidão de interposição do recurso não
dotado de efeito suspensivo;
III – procurações outorgadas pelas partes;
IV – decisão de habilitação, se for o caso;
V – facultativamente, outras peças proces-
suais consideradas necessárias para de-
monstrar a existência do crédito.
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Art. 523. No caso de condenação em quantia IV – o termo inicial e o termo final dos juros
certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de e da correção monetária utilizados;
decisão sobre parcela incontroversa, o cum-
primento definitivo da sentença far-se-á a re- V – a periodicidade da capitalização dos ju-
querimento do exequente, sendo o executado ros, se for o caso;
intimado para pagar o débito, no prazo de 15 VI – especificação dos eventuais descontos
(quinze) dias, acrescido de custas, se houver. obrigatórios realizados;
§ 1º Não ocorrendo pagamento voluntário VII – indicação dos bens passíveis de penho-
no prazo do caput, o débito será acrescido ra, sempre que possível.
de multa de dez por cento e, também, de
honorários de advogado de dez por cento. § 1º Quando o valor apontado no demons-
trativo aparentemente exceder os limites
§ 2º Efetuado o pagamento parcial no prazo da condenação, a execução será iniciada
previsto no caput, a multa e os honorários pelo valor pretendido, mas a penhora terá
previstos no § 1o incidirão sobre o restante. por base a importância que o juiz entender
§ 3º Não efetuado tempestivamente o pa- adequada.
gamento voluntário, será expedido, desde § 2º Para a verificação dos cálculos, o juiz
logo, mandado de penhora e avaliação, se- poderá valer-se de contabilista do juízo, que
guindo-se os atos de expropriação. terá o prazo máximo de 30 (trinta) dias para
Art. 524. O requerimento previsto no art. 523 efetuá-la, exceto se outro lhe for determi-
será instruído com demonstrativo discriminado nado.
e atualizado do crédito, devendo a petição con- § 3º Quando a elaboração do demonstrativo
ter: depender de dados em poder de terceiros
I – o nome completo, o número de inscrição ou do executado, o juiz poderá requisitá-los,
no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadas- sob cominação do crime de desobediência.
tro Nacional da Pessoa Jurídica do exequen- § 4º Quando a complementação do de-
te e do executado, observado o disposto no monstrativo depender de dados adicionais
art. 319, §§ 1º a 3º; em poder do executado, o juiz poderá, a
II – o índice de correção monetária adota- requerimento do exequente, requisitá-los,
do; fixando prazo de até 30 (trinta) dias para o
cumprimento da diligência.
III – os juros aplicados e as respectivas ta-
xas; § 5º Se os dados adicionais a que se refere
o § 4º não forem apresentados pelo execu-
tado, sem justificativa, no prazo designado,
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reputar-se-ão corretos os cálculos apresen- § 5º Na hipótese do § 4º, não apontado o
tados pelo exequente apenas com base nos valor correto ou não apresentado o de-
dados de que dispõe. monstrativo, a impugnação será liminar-
mente rejeitada, se o excesso de execução
Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art. for o seu único fundamento, ou, se houver
523 sem o pagamento voluntário, inicia-se o outro, a impugnação será processada, mas
prazo de 15 (quinze) dias para que o executado, o juiz não examinará a alegação de excesso
independentemente de penhora ou nova inti- de execução.
mação, apresente, nos próprios autos, sua im-
pugnação. § 6º A apresentação de impugnação não
impede a prática dos atos executivos, inclu-
§ 1º Na impugnação, o executado poderá sive os de expropriação, podendo o juiz, a
alegar: requerimento do executado e desde que
I – falta ou nulidade da citação se, na fase garantido o juízo com penhora, caução ou
de conhecimento, o processo correu à reve- depósito suficientes, atribuir-lhe efeito sus-
lia; pensivo, se seus fundamentos forem rele-
vantes e se o prosseguimento da execução
II – ilegitimidade de parte; for manifestamente suscetível de causar ao
III – inexequibilidade do título ou inexigibili- executado grave dano de difícil ou incerta
dade da obrigação; reparação.
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Direito Processual Civil – Prof. Giuliano Tamagno
ples petição, tendo o executado, em qual- § 3º Se o autor não se opuser, o juiz declara-
quer dos casos, o prazo de 15 (quinze) dias rá satisfeita a obrigação e extinguirá o pro-
para formular esta arguição, contado da cesso.
comprovada ciência do fato ou da intima-
ção do ato. Art. 527. Aplicam-se as disposições deste Capí-
tulo ao cumprimento provisório da sentença, no
§ 12. Para efeito do disposto no inciso III que couber.
do § 1º deste artigo, considera-se também
inexigível a obrigação reconhecida em títu-
lo executivo judicial fundado em lei ou ato
normativo considerado inconstitucional
pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado
em aplicação ou interpretação da lei ou do
ato normativo tido pelo Supremo Tribunal
Federal como incompatível com a Constitui-
ção Federal, em controle de constitucionali-
dade concentrado ou difuso.
§ 13. No caso do § 12, os efeitos da decisão
do Supremo Tribunal Federal poderão ser
modulados no tempo, em atenção à segu-
rança jurídica.
§ 14. A decisão do Supremo Tribunal Fe-
deral referida no § 12 deve ser anterior ao
trânsito em julgado da decisão exequenda.
§ 15. Se a decisão referida no § 12 for pro-
ferida após o trânsito em julgado da deci-
são exequenda, caberá ação rescisória, cujo
prazo será contado do trânsito em julgado
da decisão proferida pelo Supremo Tribunal
Federal.
Art. 526. É lícito ao réu, antes de ser intimado
para o cumprimento da sentença, comparecer
em juízo e oferecer em pagamento o valor que
entender devido, apresentando memória discri-
minada do cálculo.
§ 1º O autor será ouvido no prazo de 5 (cin-
co) dias, podendo impugnar o valor deposi-
tado, sem prejuízo do levantamento do de-
pósito a título de parcela incontroversa.
§ 2º Concluindo o juiz pela insuficiência do
depósito, sobre a diferença incidirão multa
de dez por cento e honorários advocatícios,
também fixados em dez por cento, seguin-
do-se a execução com penhora e atos sub-
sequentes.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1067
Direito Processual Civil
Art. 528. No cumprimento de sentença que con- de até as 3 (três) prestações anteriores ao
dene ao pagamento de prestação alimentícia ou ajuizamento da execução e as que se vence-
de decisão interlocutória que fixe alimentos, o rem no curso do processo.
juiz, a requerimento do exequente, mandará
intimar o executado pessoalmente para, em 3 § 8º O exequente pode optar por promover
(três) dias, pagar o débito, provar que o fez ou o cumprimento da sentença ou decisão des-
justificar a impossibilidade de efetuá-lo. de logo, nos termos do disposto neste Livro,
Título II, Capítulo III, caso em que não será
§ 1º Caso o executado, no prazo referido no admissível a prisão do executado, e, recain-
caput, não efetue o pagamento, não prove do a penhora em dinheiro, a concessão de
que o efetuou ou não apresente justificativa efeito suspensivo à impugnação não obsta
da impossibilidade de efetuá-lo, o juiz man- a que o exequente levante mensalmente a
dará protestar o pronunciamento judicial, importância da prestação.
aplicando-se, no que couber, o disposto no
art. 517. § 9º Além das opções previstas no art. 516,
parágrafo único, o exequente pode promo-
§ 2º Somente a comprovação de fato que ver o cumprimento da sentença ou decisão
gere a impossibilidade absoluta de pagar que condena ao pagamento de prestação
justificará o inadimplemento. alimentícia no juízo de seu domicílio.
§ 3º Se o executado não pagar ou se a jus- Art. 529. Quando o executado for funcionário
tificativa apresentada não for aceita, o juiz, público, militar, diretor ou gerente de empresa
além de mandar protestar o pronunciamen- ou empregado sujeito à legislação do trabalho,
to judicial na forma do § 1o, decretar-lhe-á o exequente poderá requerer o desconto em fo-
a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) me- lha de pagamento da importância da prestação
ses. alimentícia.
§ 4º A prisão será cumprida em regime fe- § 1º Ao proferir a decisão, o juiz oficiará à
chado, devendo o preso ficar separado dos autoridade, à empresa ou ao empregador,
presos comuns. determinando, sob pena de crime de deso-
bediência, o desconto a partir da primeira
§ 5º O cumprimento da pena não exime o remuneração posterior do executado, a
executado do pagamento das prestações contar do protocolo do ofício.
vencidas e vincendas.
§ 2º O ofício conterá o nome e o número de
§ 6º Paga a prestação alimentícia, o juiz sus- inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas do
penderá o cumprimento da ordem de pri- exequente e do executado, a importância a
são. ser descontada mensalmente, o tempo de
§ 7º O débito alimentar que autoriza a pri- sua duração e a conta na qual deve ser feito
são civil do alimentante é o que compreen- o depósito.
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§ 3º Sem prejuízo do pagamento dos ali- capital cuja renda assegure o pagamento do va-
mentos vincendos, o débito objeto de lor mensal da pensão.
execução pode ser descontado dos rendi-
mentos ou rendas do executado, de forma § 1º O capital a que se refere o caput, re-
parcelada, nos termos do caput deste arti- presentado por imóveis ou por direitos re-
go, contanto que, somado à parcela devida, ais sobre imóveis suscetíveis de alienação,
não ultrapasse cinquenta por cento de seus títulos da dívida pública ou aplicações finan-
ganhos líquidos. ceiras em banco oficial, será inalienável e
impenhorável enquanto durar a obrigação
Art. 530. Não cumprida a obrigação, observar- do executado, além de constituir-se em pa-
-se-á o disposto nos arts. 831 e seguintes. trimônio de afetação.
Art. 531. O disposto neste Capítulo aplica-se aos § 2º O juiz poderá substituir a constituição
alimentos definitivos ou provisórios. do capital pela inclusão do exequente em
folha de pagamento de pessoa jurídica de
§ 1º A execução dos alimentos provisórios, notória capacidade econômica ou, a reque-
bem como a dos alimentos fixados em sen- rimento do executado, por fiança bancária
tença ainda não transitada em julgado, se ou garantia real, em valor a ser arbitrado de
processa em autos apartados. imediato pelo juiz.
§ 2º O cumprimento definitivo da obrigação § 3º Se sobrevier modificação nas condi-
de prestar alimentos será processado nos ções econômicas, poderá a parte requerer,
mesmos autos em que tenha sido proferida conforme as circunstâncias, redução ou au-
a sentença. mento da prestação.
Art. 532. Verificada a conduta procrastinatória § 4º A prestação alimentícia poderá ser fixa-
do executado, o juiz deverá, se for o caso, dar ci- da tomando por base o salário-mínimo.
ência ao Ministério Público dos indícios da práti-
ca do crime de abandono material. § 5º Finda a obrigação de prestar alimen-
tos, o juiz mandará liberar o capital, cessar o
Art. 533. Quando a indenização por ato ilícito desconto em folha ou cancelar as garantias
incluir prestação de alimentos, caberá ao execu- prestadas.
tado, a requerimento do exequente, constituir
Art. 534. No cumprimento de sentença que im- Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica do
puser à Fazenda Pública o dever de pagar quan- exequente;
tia certa, o exequente apresentará demons-
trativo discriminado e atualizado do crédito II – o índice de correção monetária adota-
contendo: do;
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Direito Processual Civil – Prof. Giuliano Tamagno
IV – o termo inicial e o termo final dos juros entende correto, sob pena de não conheci-
e da correção monetária utilizados; mento da arguição.
V – a periodicidade da capitalização dos ju- § 3º Não impugnada a execução ou rejeita-
ros, se for o caso; das as arguições da executada:
VI – a especificação dos eventuais descon- I – expedir-se-á, por intermédio do presi-
tos obrigatórios realizados. dente do tribunal competente, precatório
em favor do exequente, observando-se o
§ 1º Havendo pluralidade de exequentes, disposto na Constituição Federal;
cada um deverá apresentar o seu próprio
demonstrativo, aplicando-se à hipótese, se II – por ordem do juiz, dirigida à autoridade
for o caso, o disposto nos §§ 1º e 2º do art. na pessoa de quem o ente público foi citado
113. para o processo, o pagamento de obrigação
de pequeno valor será realizado no prazo
§ 2o A multa prevista no § 1º do art. 523 de 2 (dois) meses contado da entrega da re-
não se aplica à Fazenda Pública. quisição, mediante depósito na agência de
banco oficial mais próxima da residência do
Art. 535. A Fazenda Pública será intimada na
exequente.
pessoa de seu representante judicial, por carga,
remessa ou meio eletrônico, para, querendo, no § 4º Tratando-se de impugnação parcial, a
prazo de 30 (trinta) dias e nos próprios autos, parte não questionada pela executada será,
impugnar a execução, podendo arguir: desde logo, objeto de cumprimento.
I – falta ou nulidade da citação se, na fase § 5º Para efeito do disposto no inciso III do
de conhecimento, o processo correu à reve- caput deste artigo, considera-se também
lia; inexigível a obrigação reconhecida em títu-
lo executivo judicial fundado em lei ou ato
II – ilegitimidade de parte; normativo considerado inconstitucional
III – inexequibilidade do título ou inexigibili- pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado
dade da obrigação; em aplicação ou interpretação da lei ou do
ato normativo tido pelo Supremo Tribunal
IV – excesso de execução ou cumulação in- Federal como incompatível com a Constitui-
devida de execuções; ção Federal, em controle de constitucionali-
dade concentrado ou difuso.
V – incompetência absoluta ou relativa do
juízo da execução; § 6º No caso do § 5º, os efeitos da decisão
do Supremo Tribunal Federal poderão ser
VI – qualquer causa modificativa ou extin- modulados no tempo, de modo a favorecer
tiva da obrigação, como pagamento, nova- a segurança jurídica.
ção, compensação, transação ou prescrição,
desde que supervenientes ao trânsito em § 7º A decisão do Supremo Tribunal Federal
julgado da sentença. referida no § 5º deve ter sido proferida an-
tes do trânsito em julgado da decisão exe-
§ 1º A alegação de impedimento ou sus- quenda.
peição observará o disposto nos arts. 146 e
148. § 8º Se a decisão referida no § 5º for pro-
ferida após o trânsito em julgado da deci-
§ 2º Quando se alegar que o exequente, são exequenda, caberá ação rescisória, cujo
em excesso de execução, pleiteia quantia prazo será contado do trânsito em julgado
superior à resultante do título, cumprirá à da decisão proferida pelo Supremo Tribunal
executada declarar de imediato o valor que Federal.
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Direito Processual Civil
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percussão geral já tenha sido reconhecida e Art. 1.004. Se, durante o prazo para a interpo-
daquela objeto de julgamento de recursos sição do recurso, sobrevier o falecimento da
extraordinários ou especiais repetitivos. parte ou de seu advogado ou ocorrer motivo de
força maior que suspenda o curso do processo,
Art. 999. A renúncia ao direito de recorrer inde- será tal prazo restituído em proveito da parte,
pende da aceitação da outra parte. do herdeiro ou do sucessor, contra quem come-
Art. 1.000. A parte que aceitar expressa ou taci- çará a correr novamente depois da intimação.
tamente a decisão não poderá recorrer. Art. 1.005. O recurso interposto por um dos li-
Parágrafo único. Considera-se aceitação tá- tisconsortes a todos aproveita, salvo se distintos
cita a prática, sem nenhuma reserva, de ato ou opostos os seus interesses.
incompatível com a vontade de recorrer. Parágrafo único. Havendo solidariedade
Art. 1.001. Dos despachos não cabe recurso. passiva, o recurso interposto por um deve-
dor aproveitará aos outros quando as defe-
Art. 1.002. A decisão pode ser impugnada no sas opostas ao credor lhes forem comuns.
todo ou em parte.
Art. 1.006. Certificado o trânsito em julgado,
Art. 1.003. O prazo para interposição de recur- com menção expressa da data de sua ocorrên-
so conta-se da data em que os advogados, a so- cia, o escrivão ou o chefe de secretaria, inde-
ciedade de advogados, a Advocacia Pública, a pendentemente de despacho, providenciará a
Defensoria Pública ou o Ministério Público são baixa dos autos ao juízo de origem, no prazo de
intimados da decisão. 5 (cinco) dias.
§ 1º Os sujeitos previstos no caput conside- Art. 1.007. No ato de interposição do recurso,
rar-se-ão intimados em audiência quando o recorrente comprovará, quando exigido pela
nesta for proferida a decisão. legislação pertinente, o respectivo preparo, in-
§ 2º Aplica-se o disposto no art. 231, incisos clusive porte de remessa e de retorno, sob pena
I a VI, ao prazo de interposição de recurso de deserção.
pelo réu contra decisão proferida anterior- § 1º São dispensados de preparo, inclusive
mente à citação. porte de remessa e de retorno, os recursos
§ 3º No prazo para interposição de recurso, interpostos pelo Ministério Público, pela
a petição será protocolada em cartório ou União, pelo Distrito Federal, pelos Estados,
conforme as normas de organização judiciá- pelos Municípios, e respectivas autarquias,
ria, ressalvado o disposto em regra especial. e pelos que gozam de isenção legal.
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Direito Processual Civil – Conceito, Pressupostos, Juízo de Admissibilidade, Efeitos – Prof. Giuliano Tamagno
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Direito Processual Civil
DA APELAÇÃO
Art. 1.009. Da sentença cabe apelação. nal pelo juiz, independentemente de juízo
de admissibilidade.
§ 1º As questões resolvidas na fase de co-
nhecimento, se a decisão a seu respeito não Art. 1.011. Recebido o recurso de apelação no
comportar agravo de instrumento, não são tribunal e distribuído imediatamente, o relator:
cobertas pela preclusão e devem ser susci-
tadas em preliminar de apelação, eventual- I – decidi-lo-á monocraticamente apenas
mente interposta contra a decisão final, ou nas hipóteses do art. 932, incisos III a V;
nas contrarrazões. II – se não for o caso de decisão monocráti-
§ 2º Se as questões referidas no § 1o forem ca, elaborará seu voto para julgamento do
suscitadas em contrarrazões, o recorren- recurso pelo órgão colegiado.
te será intimado para, em 15 (quinze) dias, Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo.
manifestar-se a respeito delas.
§ 1º Além de outras hipóteses previstas em
§ 3º O disposto no caput deste artigo apli- lei, começa a produzir efeitos imediatamen-
ca-se mesmo quando as questões mencio- te após a sua publicação a sentença que:
nadas no art. 1.015 integrarem capítulo da
sentença. I – homologa divisão ou demarcação de ter-
ras;
Art. 1.010. A apelação, interposta por petição
dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá: II – condena a pagar alimentos;
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I – tribunal, no período compreendido entre § 5º O capítulo da sentença que confirma,
a interposição da apelação e sua distribui- concede ou revoga a tutela provisória é im-
ção, ficando o relator designado para seu pugnável na apelação.
exame prevento para julgá-la;
Art. 1.014. As questões de fato não propostas
II – relator, se já distribuída a apelação. no juízo inferior poderão ser suscitadas na ape-
lação, se a parte provar que deixou de fazê-lo
§ 4º Nas hipóteses do § 1º, a eficácia da por motivo de força maior.
sentença poderá ser suspensa pelo relator
se o apelante demonstrar a probabilidade
de provimento do recurso ou se, sendo re-
levante a fundamentação, houver risco de
dano grave ou de difícil reparação.
Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o
conhecimento da matéria impugnada.
§ 1º Serão, porém, objeto de apreciação e
julgamento pelo tribunal todas as questões
suscitadas e discutidas no processo, ainda
que não tenham sido solucionadas, desde
que relativas ao capítulo impugnado.
§ 2º Quando o pedido ou a defesa tiver mais
de um fundamento e o juiz acolher apenas
um deles, a apelação devolverá ao tribunal
o conhecimento dos demais.
§ 3º Se o processo estiver em condições de
imediato julgamento, o tribunal deve deci-
dir desde logo o mérito quando:
I – reformar sentença fundada no art. 485;
II – decretar a nulidade da sentença por não
ser ela congruente com os limites do pedido
ou da causa de pedir;
III – constatar a omissão no exame de um
dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-
-lo;
IV – decretar a nulidade de sentença por fal-
ta de fundamentação.
§ 4º Quando reformar sentença que reco-
nheça a decadência ou a prescrição, o tri-
bunal, se possível, julgará o mérito, exami-
nando as demais questões, sem determinar
o retorno do processo ao juízo de primeiro
grau.
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Direito Processual Civil
DO AGRAVO
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porte de retorno, quando devidos, confor- § 3º O descumprimento da exigência de que
me tabela publicada pelos tribunais. trata o § 2º, desde que arguido e provado
pelo agravado, importa inadmissibilidade
§ 2º No prazo do recurso, o agravo será do agravo de instrumento.
interposto por:
Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento
I – protocolo realizado diretamente no tri- no tribunal e distribuído imediatamente, se não
bunal competente para julgá-lo; for o caso de aplicação do art. 932, incisos III e
II – protocolo realizado na própria comarca, IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:
seção ou subseção judiciárias; I – poderá atribuir efeito suspensivo ao re-
III – postagem, sob registro, com aviso de curso ou deferir, em antecipação de tutela,
recebimento; total ou parcialmente, a pretensão recursal,
comunicando ao juiz sua decisão;
IV – transmissão de dados tipo fac-símile,
nos termos da lei; II – ordenará a intimação do agravado pes-
soalmente, por carta com aviso de recebi-
V – outra forma prevista em lei. mento, quando não tiver procurador cons-
§ 3º Na falta da cópia de qualquer peça ou tituído, ou pelo Diário da Justiça ou por
no caso de algum outro vício que compro- carta com aviso de recebimento dirigida ao
meta a admissibilidade do agravo de instru- seu advogado, para que responda no prazo
mento, deve o relator aplicar o disposto no de 15 (quinze) dias, facultando-lhe juntar a
art. 932, parágrafo único. documentação que entender necessária ao
julgamento do recurso;
§ 4º Se o recurso for interposto por sistema
de transmissão de dados tipo fac-símile ou III – determinará a intimação do Ministério
similar, as peças devem ser juntadas no mo- Público, preferencialmente por meio eletrô-
mento de protocolo da petição original. nico, quando for o caso de sua intervenção,
para que se manifeste no prazo de 15 (quin-
§ 5º Sendo eletrônicos os autos do proces- ze) dias.
so, dispensam-se as peças referidas nos inci-
sos I e II do caput, facultando-se ao agravan- Art. 1.020. O relator solicitará dia para julga-
te anexar outros documentos que entender mento em prazo não superior a 1 (um) mês da
úteis para a compreensão da controvérsia. intimação do agravado.
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Direito Processual Civil – Do Agravo – Prof. Giuliano Tamagno
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Direito Processual Civil
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processado e julgado independentemente
de ratificação.
Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acór-
dão os elementos que o embargante suscitou,
para fins de pré-questionamento, ainda que os
embargos de declaração sejam inadmitidos ou
rejeitados, caso o tribunal superior considere
existentes erro, omissão, contradição ou obscu-
ridade.
Art. 1.026. Os embargos de declaração não pos-
suem efeito suspensivo e interrompem o prazo
para a interposição de recurso.
§ 1º A eficácia da decisão monocrática ou
colegiada poderá ser suspensa pelo respec-
tivo juiz ou relator se demonstrada a proba-
bilidade de provimento do recurso ou, sen-
do relevante a fundamentação, se houver
risco de dano grave ou de difícil reparação.
§ 2º Quando manifestamente protelatórios
os embargos de declaração, o juiz ou o tri-
bunal, em decisão fundamentada, conde-
nará o embargante a pagar ao embargado
multa não excedente a dois por cento sobre
o valor atualizado da causa.
§ 3º Na reiteração de embargos de declara-
ção manifestamente protelatórios, a multa
será elevada a até dez por cento sobre o
valor atualizado da causa, e a interposição
de qualquer recurso ficará condicionada ao
depósito prévio do valor da multa, à exce-
ção da Fazenda Pública e do beneficiário de
gratuidade da justiça, que a recolherão ao
final.
§ 4º Não serão admitidos novos embargos
de declaração se os 2 (dois) anteriores hou-
verem sido considerados protelatórios.
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Direito Processual Civil
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§ 2º Ficam excluídas da competência do para apreciá-las e para dar especial valor às re-
Juizado Especial as causas de natureza ali- gras de experiência comum ou técnica.
mentar, falimentar, fiscal e de interesse da
Fazenda Pública, e também as relativas a Art. 6º O Juiz adotará em cada caso a decisão
acidentes de trabalho, a resíduos e ao esta- que reputar mais justa e equânime, atendendo
do e capacidade das pessoas, ainda que de aos fins sociais da lei e às exigências do bem co-
cunho patrimonial. mum.
§ 3º A opção pelo procedimento previsto Art. 7º Os conciliadores e Juízes leigos são auxi-
nesta Lei importará em renúncia ao crédito liares da Justiça, recrutados, os primeiros, prefe-
excedente ao limite estabelecido neste arti- rentemente, entre os bacharéis em Direito, e os
go, excetuada a hipótese de conciliação. segundos, entre advogados com mais de cinco
anos de experiência.
Art. 4º É competente, para as causas previstas
nesta Lei, o Juizado do foro: Parágrafo único. Os Juízes leigos ficarão im-
pedidos de exercer a advocacia perante os
I – do domicílio do réu ou, a critério do au- Juizados Especiais, enquanto no desempe-
tor, do local onde aquele exerça atividades nho de suas funções.
profissionais ou econômicas ou mantenha
estabelecimento, filial, agência, sucursal ou
escritório;
DAS PARTES
II – do lugar onde a obrigação deva ser sa- Art. 8º Não poderão ser partes, no processo ins-
tisfeita; tituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pes-
III – do domicílio do autor ou do local do ato soas jurídicas de direito público, as empresas
ou fato, nas ações para reparação de dano públicas da União, a massa falida e o insolvente
de qualquer natureza. civil.
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Direito Processual Civil – Juizado Especial Cível – Prof. Giuliano Tamagno
Art. 9º Nas causas de valor até vinte salários mí- DOS ATOS PROCESSUAIS
nimos, as partes comparecerão pessoalmente,
podendo ser assistidas por advogado; nas de va- Art. 12. Os atos processuais serão públicos e po-
lor superior, a assistência é obrigatória. derão realizar-se em horário noturno, conforme
dispuserem as normas de organização judiciá-
§ 1º Sendo facultativa a assistência, se uma ria.
das partes comparecer assistida por ad-
vogado, ou se o réu for pessoa jurídica ou Art. 13. Os atos processuais serão válidos sem-
firma individual, terá a outra parte, se qui- pre que preencherem as finalidades para as
ser, assistência judiciária prestada por órgão quais forem realizados, atendidos os critérios
instituído junto ao Juizado Especial, na for- indicados no art. 2º desta Lei.
ma da lei local.
§ 1º Não se pronunciará qualquer nulidade
§ 2º O Juiz alertará as partes da conveniên- sem que tenha havido prejuízo.
cia do patrocínio por advogado, quando a
causa o recomendar. § 2º A prática de atos processuais em outras
comarcas poderá ser solicitada por qual-
§ 3º O mandato ao advogado poderá ser quer meio idôneo de comunicação.
verbal, salvo quanto aos poderes especiais.
§ 3º Apenas os atos considerados essenciais
§ 4º O réu, sendo pessoa jurídica ou titular serão registrados resumidamente, em notas
de firma individual, poderá ser representa- manuscritas, datilografadas, taquigrafadas
do por preposto credenciado, munido de ou estenotipadas. Os demais atos poderão
carta de preposição com poderes para tran- ser gravados em fita magnética ou equiva-
sigir, sem haver necessidade de vínculo em- lente, que será inutilizada após o trânsito
pregatício. em julgado da decisão.
Art. 10. Não se admitirá, no processo, qualquer § 4º As normas locais disporão sobre a con-
forma de intervenção de terceiro nem de assis- servação das peças do processo e demais
tência. Admitir-se-á o litisconsórcio. documentos que o instruem.
Art. 11. O Ministério Público intervirá nos casos DO PEDIDO
previstos em lei.
Art. 14. O processo instaurar-se-á com a apre-
sentação do pedido, escrito ou oral, à Secretaria
do Juizado.
§ 1º Do pedido constarão, de forma simples
e em linguagem acessível:
Art. 178. O Ministério Público será intimado
para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como I – o nome, a qualificação e o endereço das
fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas partes;
em lei ou na Constituição Federal e nos proces-
sos que envolvam: II – os fatos e os fundamentos, de forma su-
cinta;
I – interesse público ou social;
III – o objeto e seu valor.
II – interesse de incapaz;
§ 2º É lícito formular pedido genérico quan-
III – litígios coletivos pela posse de terra ru- do não for possível determinar, desde logo,
ral ou urbana. a extensão da obrigação.
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§ 3º O pedido oral será reduzido a escrito Art. 19. As intimações serão feitas na forma pre-
pela Secretaria do Juizado, podendo ser uti- vista para citação, ou por qualquer outro meio
lizado o sistema de fichas ou formulários idôneo de comunicação.
impressos.
§ 1º Dos atos praticados na audiência, con-
Art. 15. Os pedidos mencionados no art. 3º des- siderar-se-ão desde logo cientes as partes.
ta Lei poderão ser alternativos ou cumulados;
nesta última hipótese, desde que conexos e a § 2º As partes comunicarão ao juízo as mu-
soma não ultrapasse o limite fixado naquele dis- danças de endereço ocorridas no curso do
positivo. processo, reputando-se eficazes as intima-
ções enviadas ao local anteriormente indi-
Art. 16. Registrado o pedido, independente- cado, na ausência da comunicação.
mente de distribuição e autuação, a Secretaria
do Juizado designará a sessão de conciliação, a
realizar-se no prazo de quinze dias.
Art. 17. Comparecendo inicialmente ambas as
partes, instaurar-se-á, desde logo, a sessão de
conciliação, dispensados o registro prévio de
pedido e a citação.
Parágrafo único. Havendo pedidos contra-
postos, poderá ser dispensada a contes-
tação formal e ambos serão apreciados na
mesma sentença.
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Direito Processual Civil
Art. 1º Os Juizados Especiais da Fazenda Públi- § 2º Quando a pretensão versar sobre obri-
ca, órgãos da justiça comum e integrantes do gações vincendas, para fins de competência
Sistema dos Juizados Especiais, serão criados do Juizado Especial, a soma de 12 (doze)
pela União, no Distrito Federal e nos Territórios, parcelas vincendas e de eventuais parcelas
e pelos Estados, para conciliação, processo, jul- vencidas não poderá exceder o valor referi-
gamento e execução, nas causas de sua compe- do no caput deste artigo.
tência.
§ 3º (VETADO)
Parágrafo único. O sistema dos Juizados Es-
peciais dos Estados e do Distrito Federal é § 4º No foro onde estiver instalado Juizado
formado pelos Juizados Especiais Cíveis, Jui- Especial da Fazenda Pública, a sua compe-
zados Especiais Criminais e Juizados Espe- tência é absoluta.
ciais da Fazenda Pública. Art. 3º O juiz poderá, de ofício ou a requerimen-
Art. 2º É de competência dos Juizados Especiais to das partes, deferir quaisquer providências
da Fazenda Pública processar, conciliar e julgar cautelares e antecipatórias no curso do proces-
causas cíveis de interesse dos Estados, do Distri- so, para evitar dano de difícil ou de incerta re-
to Federal, dos Territórios e dos Municípios, até paração.
o valor de 60 (sessenta) salários mínimos. Art. 4º Exceto nos casos do art. 3o, somente
§ 1º Não se incluem na competência do Jui- será admitido recurso contra a sentença.
zado Especial da Fazenda Pública: Art. 5º Podem ser partes no Juizado Especial da
I – as ações de mandado de segurança, de Fazenda Pública:
desapropriação, de divisão e demarcação, I – como autores, as pessoas físicas e as mi-
populares, por improbidade administrativa, croempresas e empresas de pequeno por-
execuções fiscais e as demandas sobre di- te, assim definidas na Lei Complementar no
reitos ou interesses difusos e coletivos; 123, de 14 de dezembro de 2006;
II – as causas sobre bens imóveis dos Esta- II – como réus, os Estados, o Distrito Fe-
dos, Distrito Federal, Territórios e Municí- deral, os Territórios e os Municípios, bem
pios, autarquias e fundações públicas a eles como autarquias, fundações e empresas
vinculadas; públicas a eles vinculadas.
III – as causas que tenham como objeto a Art. 6º Quanto às citações e intimações, apli-
impugnação da pena de demissão imposta cam-se as disposições contidas na Lei no 5.869,
a servidores públicos civis ou sanções disci- de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo
plinares aplicadas a militares. Civil.
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Art. 7º Não haverá prazo diferenciado para a to da decisão, dispensada a audiência da
prática de qualquer ato processual pelas pesso- Fazenda Pública.
as jurídicas de direito público, inclusive a inter-
posição de recursos, devendo a citação para a § 2º As obrigações definidas como de pe-
audiência de conciliação ser efetuada com ante- queno valor a serem pagas independen-
cedência mínima de 30 (trinta) dias. temente de precatório terão como limite
o que for estabelecido na lei do respectivo
Art. 8º Os representantes judiciais dos réus pre- ente da Federação.
sentes à audiência poderão conciliar, transigir
ou desistir nos processos da competência dos § 3º Até que se dê a publicação das leis de
Juizados Especiais, nos termos e nas hipóteses que trata o § 2º, os valores serão:
previstas na lei do respectivo ente da Federa- I – 40 (quarenta) salários mínimos, quanto
ção. aos Estados e ao Distrito Federal;
Art. 9º A entidade ré deverá fornecer ao Juizado II – 30 (trinta) salários mínimos, quanto aos
a documentação de que disponha para o escla- Municípios.
recimento da causa, apresentando-a até a insta-
lação da audiência de conciliação. § 4º São vedados o fracionamento, a repar-
tição ou a quebra do valor da execução, de
Art. 10. Para efetuar o exame técnico necessá- modo que o pagamento se faça, em parte,
rio à conciliação ou ao julgamento da causa, o na forma estabelecida no inciso I do caput
juiz nomeará pessoa habilitada, que apresenta- e, em parte, mediante expedição de preca-
rá o laudo até 5 (cinco) dias antes da audiência. tório, bem como a expedição de precatório
Art. 11. Nas causas de que trata esta Lei, não complementar ou suplementar do valor
haverá reexame necessário. pago.
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Direito Processual Civil – Juizado Especial da Fazenda Pública – Prof. Giuliano Tamagno
Parágrafo único. Poderão ser instalados Jui- § 2º Não será permitida a recondução, sal-
zados Especiais Adjuntos, cabendo ao Tribu- vo quando não houver outro juiz na sede da
nal designar a Vara onde funcionará. Turma Recursal.
Art. 15. Serão designados, na forma da legisla- Art. 18. Caberá pedido de uniformização de in-
ção dos Estados e do Distrito Federal, concilia- terpretação de lei quando houver divergência
dores e juízes leigos dos Juizados Especiais da entre decisões proferidas por Turmas Recursais
Fazenda Pública, observadas as atribuições pre- sobre questões de direito material.
vistas nos arts. 22, 37 e 40 da Lei no 9.099, de 26
de setembro de 1995. § 1º O pedido fundado em divergência en-
tre Turmas do mesmo Estado será julgado
§ 1º Os conciliadores e juízes leigos são au- em reunião conjunta das Turmas em confli-
xiliares da Justiça, recrutados, os primeiros, to, sob a presidência de desembargador in-
preferentemente, entre os bacharéis em Di- dicado pelo Tribunal de Justiça.
reito, e os segundos, entre advogados com
mais de 2 (dois) anos de experiência. § 2º No caso do § 1º, a reunião de juízes do-
miciliados em cidades diversas poderá ser
§ 2º Os juízes leigos ficarão impedidos de feita por meio eletrônico.
exercer a advocacia perante todos os Juiza-
dos Especiais da Fazenda Pública instalados § 3º Quando as Turmas de diferentes Esta-
em território nacional, enquanto no desem- dos derem a lei federal interpretações di-
penho de suas funções. vergentes, ou quando a decisão proferida
estiver em contrariedade com súmula do
Art. 16. Cabe ao conciliador, sob a supervisão Superior Tribunal de Justiça, o pedido será
do juiz, conduzir a audiência de conciliação. por este julgado.
§ 1º Poderá o conciliador, para fins de en- Art. 19. Quando a orientação acolhida pelas
caminhamento da composição amigável, Turmas de Uniformização de que trata o § 1º do
ouvir as partes e testemunhas sobre os con- art. 18 contrariar súmula do Superior Tribunal
tornos fáticos da controvérsia. de Justiça, a parte interessada poderá provocar
a manifestação deste, que dirimirá a divergên-
§ 2º Não obtida a conciliação, caberá ao juiz cia.
presidir a instrução do processo, podendo
dispensar novos depoimentos, se entender § 1º Eventuais pedidos de uniformização
suficientes para o julgamento da causa os fundados em questões idênticas e recebi-
esclarecimentos já constantes dos autos, e dos subsequentemente em quaisquer das
não houver impugnação das partes. Turmas Recursais ficarão retidos nos autos,
aguardando pronunciamento do Superior
Art. 17. As Turmas Recursais do Sistema dos Tribunal de Justiça.
Juizados Especiais são compostas por juízes em
exercício no primeiro grau de jurisdição, na for- § 2º Nos casos do caput deste artigo e do §
ma da legislação dos Estados e do Distrito Fede- 3º do art. 18, presente a plausibilidade do
ral, com mandato de 2 (dois) anos, e integradas, direito invocado e havendo fundado receio
preferencialmente, por juízes do Sistema dos de dano de difícil reparação, poderá o rela-
Juizados Especiais. tor conceder, de ofício ou a requerimento
do interessado, medida liminar determinan-
§ 1º A designação dos juízes das Turmas Re- do a suspensão dos processos nos quais a
cursais obedecerá aos critérios de antigui- controvérsia esteja estabelecida.
dade e merecimento.
§ 3º Se necessário, o relator pedirá infor-
mações ao Presidente da Turma Recursal ou
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Presidente da Turma de Uniformização e, Art. 25. Competirá aos Tribunais de Justiça pres-
nos casos previstos em lei, ouvirá o Ministé- tar o suporte administrativo necessário ao fun-
rio Público, no prazo de 5 (cinco) dias. cionamento dos Juizados Especiais.
§ 5º Decorridos os prazos referidos nos §§ Art. 26. O disposto no art. 16 aplica-se aos Jui-
3º e 4º, o relator incluirá o pedido em pauta zados Especiais Federais instituídos pela Lei no
na sessão, com preferência sobre todos os 10.259, de 12 de julho de 2001.
demais feitos, ressalvados os processos com
réus presos, os habeas corpus e os manda- Art. 27. Aplica-se subsidiariamente o disposto
dos de segurança. nas Leis nos 5.869, de 11 de janeiro de 1973 –
Código de Processo Civil, 9.099, de 26 de setem-
§ 6º Publicado o acórdão respectivo, os pe- bro de 1995, e 10.259, de 12 de julho de 2001.
didos retidos referidos no § 1º serão apre-
ciados pelas Turmas Recursais, que poderão
exercer juízo de retratação ou os declararão
prejudicados, se veicularem tese não aco-
lhida pelo Superior Tribunal de Justiça.
Art. 20. Os Tribunais de Justiça, o Superior Tri-
bunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal,
no âmbito de suas competências, expedirão
normas regulamentando os procedimentos a
serem adotados para o processamento e o jul-
gamento do pedido de uniformização e do re-
curso extraordinário.
Art. 21. O recurso extraordinário, para os efei-
tos desta Lei, será processado e julgado segun-
do o estabelecido no art. 19, além da observân-
cia das normas do Regimento.
Art. 22. Os Juizados Especiais da Fazenda Públi-
ca serão instalados no prazo de até 2 (dois) anos
da vigência desta Lei, podendo haver o aprovei-
tamento total ou parcial das estruturas das atu-
ais Varas da Fazenda Pública.
Art. 23. Os Tribunais de Justiça poderão limitar,
por até 5 (cinco) anos, a partir da entrada em
vigor desta Lei, a competência dos Juizados Es-
peciais da Fazenda Pública, atendendo à neces-
sidade da organização dos serviços judiciários e
administrativos.
Art. 24. Não serão remetidas aos Juizados Espe-
ciais da Fazenda Pública as demandas ajuizadas
até a data de sua instalação, assim como as ajui-
zadas fora do Juizado Especial por força do dis-
posto no art. 23.
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Direito Processual Civil
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DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
QUE RECONHEÇA A EXIGIBILIDADE
DE OBRIGAÇÃO DE ENTREGAR COISA
Art. 538. Não cumprida a obrigação de en-
tregar coisa no prazo estabelecido na sen-
tença, será expedido mandado de busca e
apreensão ou de imissão na posse em favor
do credor, conforme se tratar de coisa mó-
vel ou imóvel.
§ 1º A existência de benfeitorias deve ser
alegada na fase de conhecimento, em con-
testação, de forma discriminada e com atri-
buição, sempre que possível e justificada-
mente, do respectivo valor.
§ 2º O direito de retenção por benfeitorias
deve ser exercido na contestação, na fase
de conhecimento.
§ 3º Aplicam-se ao procedimento previsto
neste artigo, no que couber, as disposições
sobre o cumprimento de obrigação de fazer
ou de não fazer.
DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
QUE RECONHEÇA A EXIGIBILIDADE
DE OBRIGAÇÃO DE ENTREGAR COISA
Art. 538. Não cumprida a obrigação de entregar
coisa no prazo estabelecido na sentença, será
expedido mandado de busca e apreensão ou de
imissão na posse em favor do credor, conforme
se tratar de coisa móvel ou imóvel.
§ 1º A existência de benfeitorias deve ser
alegada na fase de conhecimento, em con-
testação, de forma discriminada e com atri-
buição, sempre que possível e justificada-
mente, do respectivo valor.
§ 2º O direito de retenção por benfeitorias
deve ser exercido na contestação, na fase
de conhecimento.
§ 3º Aplicam-se ao procedimento previsto
neste artigo, no que couber, as disposições
sobre o cumprimento de obrigação de fazer
ou de não fazer.
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Estatuto dos Funcionários Públicos Civis de SP
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Legislação Específica
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VIII – providenciar para que esteja sempre VI – promover manifestações de apreço ou
em ordem, no assentamento individual, a desapreço dentro da repartição, ou tornar-
sua declaração de família; -se solidário com elas;
IX – zelar pela economia do material do Es- VII – exercer comércio entre os companhei-
tado e pela conservação do que for confia- ros de serviço, promover ou subscrever lis-
do à sua guarda ou utilização; tas de donativos dentro da repartição; e
X – apresentar -se convenientemente traja- VIII – empregar material do serviço público
do em serviço ou com uniforme determina- em serviço particular.
do, quando for o caso;
Art. 243. É proibido ainda, ao funcionário:
XI – atender prontamente, com preferên-
cia sobre qualquer outro serviço, às requi- I – fazer contratos de natureza comercial e
sições de papéis, documentos, informações industrial com o Governo, por si, ou como
ou providências que lhe forem feitas pelas representante de outrem;
autoridades judiciárias ou administrativas, II – participar da gerência ou administração
para defesa do Estado, em Juízo; de empresas bancárias ou industriais, ou de
XII – cooperar e manter espírito de solida- sociedades comerciais, que mantenham re-
riedade com os companheiros de trabalho, lações comerciais ou administrativas com o
Governo do Estado, sejam por este subven-
XIII – estar em dia com as leis, regulamen- cionadas ou estejam diretamente relaciona-
tos, regimentos, instruções e ordens de ser- das com a finalidade da repartição ou servi-
viço que digam respeito às suas funções; e ço em que esteja lotado;
XIV – proceder na vida pública e privada na III – requerer ou promover a concessão de
forma que dignifique a função pública. privilégios, garantias de juros ou outros fa-
vores semelhantes, federais, estaduais ou
Seção II municipais, exceto privilégio de invenção
DAS PROIBIÇÕES própria;
Art. 242. Ao funcionário é proibido: IV – exercer, mesmo fora das horas de tra-
balho, emprego ou função em empresas,
I – Revogado estabelecimentos ou instituições que te-
nham relações com o Governo, em matéria
•• revogado pelo artigo 2º da Lei Comple-
que se relacione com a finalidade da repar-
mentar nº 1.096, de 24/09/2009.
tição ou serviço em que esteja lotado;
II – retirar, sem prévia permissão da autori-
V – aceitar representação de Estado estran-
dade competente, qualquer documento ou
geiro, sem autorização do Presidente da Re-
objeto existente na repartição;
pública;
III – entreter-se, durante as horas de traba- VI – comerciar ou ter parte em sociedades
lho, em palestras, leituras ou outras ativida- comerciais nas condições mencionadas no
des estranhas ao serviço; item II deste artigo, podendo, em qualquer
IV – deixar de comparecer ao serviço sem caso, ser acionista, quotista ou comanditá-
causa justificada; rio;
V – tratar de interesses particulares na re- VII – incitar greves ou a elas aderir, ou prati-
partição; car atos de sabotagem contra o serviço pú-
blico;
VIII – praticar a usura;
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Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (Lei nº 10.261/68) – Prof. Leandro Roitman
Art. 245. O funcionário é responsável por todos Art. 249. Será igualmente responsabilizado o
os prejuízos que, nessa qualidade, causar à Fa- funcionário que, fora dos casos expressamente
zenda Estadual, por dolo ou culpa, devidamente previstos nas leis, regulamentos ou regimentos,
apurados. cometer a pessoas estranhas às repartições, o
desempenho de encargos que lhe competirem
Parágrafo único. Caracteriza-se especial- ou aos seus subordinados.
mente a responsabilidade:
Art. 250. A responsabilidade administrativa não
I – pela sonegação de valores e objetos con- exime o funcionário da responsabilidade civil ou
fiados à sua guarda ou responsabilidade, ou criminal que no caso couber, nem o pagamento
por não prestar contas, ou por não as to- da indenização a que ficar obrigado, na forma
mar, na forma e no prazo estabelecidos nas dos arts. 247 e 248, o exame da pena disciplinar
leis, regulamentos, regimentos, instruções em que incorrer.
e ordens de serviço;
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§ 1º A responsabilidade administrativa é in- infração e os danos que dela provierem para o
dependente da civil e da criminal. (NR) serviço público.
§ 2º Será reintegrado ao serviço público, no Art. 253. A pena de repreensão será aplicada
cargo que ocupava e com todos os direitos por escrito, nos casos de indisciplina ou falta de
e vantagens devidas, o servidor absolvido cumprimento dos deveres.
pela Justiça, mediante simples comprova-
ção do trânsito em julgado de decisão que Art. 254. A pena de suspensão, que não excede-
negue a existência de sua autoria ou do fato rá de 90 (noventa) dias, será aplicada em caso
que deu origem à sua demissão. (NR) de falta grave ou de reincidência.
1100 www.acasadoconcurseiro.com.br
Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (Lei nº 10.261/68) – Prof. Leandro Roitman
XIII – praticar ato definido em lei como de •• redação dada pelo artigo 1º, III da Lei
improbidade. (NR) Complementar nº 942, de 6/6/2003.
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Art. 261. Extingue-se a punibilidade pela pres- cessárias à apuração da responsabilidade
crição: pela sua ocorrência. (NR)
I – da falta sujeita à pena de repreensão, •• redação dada pelo artigo 1º, III da Lei
suspensão ou multa, em 2 (dois) anos; Complementar nº 942, de 6/6/2003.
II – da falta sujeita à pena de demissão, de Art. 262. O funcionário que, sem justa causa,
demissão a bem do serviço público e de cas- deixar de atender a qualquer exigência para
sação da aposentadoria ou disponibilidade, cujo cumprimento seja marcado prazo certo,
em 5 (cinco) anos; terá suspenso o pagamento de seu vencimento
ou remuneração até que satisfaça essa exigên-
III – da falta prevista em lei como infração cia.
penal, no prazo de prescrição em abstrato
da pena criminal, se for superior a 5 (cinco) Parágrafo único. Aplica-se aos aposentados
anos. ou em disponibilidade o disposto neste ar-
tigo.
§ 1º A prescrição começa a correr:
Art. 263. Deverão constar do assentamento in-
1. do dia em que a falta for cometida; dividual do funcionário todas as penas que lhe
2. do dia em que tenha cessado a continua- forem impostas.
ção ou a permanência, nas faltas continua-
das ou permanentes.
§ 2º Interrompem a prescrição a portaria CAPÍTULO II
que instaura sindicância e a que instaura DAS PROVIDÊNCIAS
processo administrativo.
PRELIMINARES (NR)
§ 3º O lapso prescricional corresponde:
•• redação dada pelo artigo 1º, IV da Lei
1. na hipótese de desclassificação da infra- Complementar nº 942, de 6/6/2003.
ção, ao da pena efetivamente aplicada;
Art. 264. A autoridade que, por qualquer meio,
2. na hipótese de mitigação ou atenuação, tiver conhecimento de irregularidade praticada
ao da pena em tese cabível. por servidor é obrigada a adotar providências
visando à sua imediata apuração, sem prejuízo
§ 4º A prescrição não corre: das medidas urgentes que o caso exigir. (NR)
1. enquanto sobrestado o processo admi- •• redação dada pelo artigo 1º, IV da Lei
nistrativo para aguardar decisão judicial, na Complementar nº 942, de 6/6/2003.
forma do § 3º do artigo 250;
Art. 265. A autoridade realizará apuração preli-
2. enquanto insubsistente o vínculo funcio- minar, de natureza simplesmente investigativa,
nal que venha a ser restabelecido. quando a infração não estiver suficientemente
§ 5º Extinta a punibilidade pela prescrição, caracterizada ou definida autoria. (NR)
a autoridade julgadora determinará o regis- § 1º A apuração preliminar deverá ser con-
tro do fato nos assentamentos individuais cluída no prazo de 30 (trinta) dias. (NR)
do servidor.
§ 2º Não concluída no prazo a apuração, a
§ 6º A decisão que reconhecer a existência autoridade deverá imediatamente enca-
de prescrição deverá desde logo determi- minhar ao Chefe de Gabinete relatório das
nar, quando for o caso, as providências ne- diligências realizadas e definir o tempo ne-
cessário para o término dos trabalhos. (NR)
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Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (Lei nº 10.261/68) – Prof. Leandro Roitman
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CAPÍTULO II linha reta ou colateral, até o terceiro grau inclu-
DA SINDICÂNCIA sive, cônjuge, companheiro ou qualquer inte-
grante do núcleo familiar do denunciante ou do
Art. 272. São competentes para determinar a acusado, bem assim o subordinado deste. (NR)
instauração de sindicância as autoridades enu- •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
meradas no artigo 260. (NR) Complementar nº 942, de 6/6/2003.
Parágrafo único. Instaurada a sindicância, o Art. 276. A autoridade ou o funcionário desig-
Procurador do Estado que a presidir comu- nado deverão comunicar, desde logo, à autori-
nicará o fato ao órgão setorial de pessoal. dade competente, o impedimento que houver.
(NR) (NR)
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003. •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003.
Art. 273. Aplicam-se à sindicância as regras pre-
vistas nesta lei complementar para o processo Art. 277. O processo administrativo deverá ser
administrativo, com as seguintes modificações: instaurado por portaria, no prazo improrrogável
de 8 (oito) dias do recebimento da determina-
I – a autoridade sindicante e cada acusado ção, e concluído no de 90 (noventa) dias da cita-
poderão arrolar até 3 (três) testemunhas; ção do acusado.(NR)
II – a sindicância deverá estar concluída no § 1º Da portaria deverão constar o nome e
prazo de 60 (sessenta) dias; a identificação do acusado, a infração que
lhe é atribuída, com descrição sucinta dos
III – com o relatório, a sindicância será en- fatos, a indicação das normas infringidas e
viada à autoridade competente para a deci- a penalidade mais elevada em tese cabível.
são. (NR) (NR)
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003. § 2º Vencido o prazo, caso não concluído
o processo, o Procurador do Estado que o
presidir deverá imediatamente encaminhar
ao seu superior hierárquico relatório indi-
CAPÍTULO III cando as providências faltantes e o tempo
necessário para término dos trabalhos. (NR)
DO PROCESSO
ADMINISTRATIVO (NR) § 3º O superior hierárquico dará ciência dos
fatos a que se refere o parágrafo anterior e
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei das providências que houver adotado à au-
Complementar nº 942, de 6/6/2003. toridade que determinou a instauração do
Art. 274. São competentes para determinar a processo. (NR)
instauração de processo administrativo as auto- •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
ridades enumeradas no artigo 260, até o inciso Complementar nº 942, de 6/6/2003.
IV, inclusive. (NR)
Art. 278. Autuada a portaria e demais peças
•• redação dada pelo artigo 1º, V preexistentes, designará o presidente dia e hora
da Lei Complementar nº 942, de para audiência de interrogatório, determinando
6/6/2003. a citação do acusado e a notificação do denun-
Art. 275. Não poderá ser encarregado da apura- ciante, se houver. (NR)
ção, nem atuar como secretário, amigo íntimo
ou inimigo, parente consangüíneo ou afim, em
1104 www.acasadoconcurseiro.com.br
Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (Lei nº 10.261/68) – Prof. Leandro Roitman
Art. 279. Havendo denunciante, este deverá § 4º O acusado poderá, a qualquer tempo,
prestar declarações, no interregno entre a data constituir advogado para prosseguir na sua
da citação e a fixada para o interrogatório do defesa. (NR)
acusado, sendo notificado para tal fim. (NR) •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003.
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Art. 283. Comparecendo ou não o acusado ao -se precatória para esse efeito à autoridade
interrogatório, inicia-se o prazo de 3 (três) dias do domicílio do depoente. (NR)
para requerer a produção de provas, ou apre-
sentá-las. (NR) § 4º São proibidas de depor as pessoas que,
em razão de função, ministério, ofício ou
§ 1º O presidente e cada acusado poderão profissão, devam guardar segredo, salvo se,
arrolar até 5 (cinco) testemunhas. (NR) desobrigadas pela parte interessada, quise-
rem dar o seu testemunho. (NR)
§ 2º A prova de antecedentes do acusado
será feita exclusivamente por documentos, •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
até as alegações finais. (NR) Complementar nº 942, de 6/6/2003.
§ 3º Até a data do interrogatório,será desig- Art. 286. A testemunha que morar em comar-
nada a audiência de instrução. (NR) ca diversa poderá ser inquirida pela autoridade
do lugar de sua residência, expedindo-se, para
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei esse fim, carta precatória, com prazo razoável,
Complementar nº 942, de 6/6/2003. intimada a defesa.
Art. 284. Na audiência de instrução, serão ouvi- § 1º Deverá constar da precatória a síntese
das, pela ordem, as testemunhas arroladas pelo da imputação e os esclarecimentos preten-
presidente e pelo acusado. (NR) didos, bem como a advertência sobre a ne-
Parágrafo único. Tratando-se de servidor cessidade da presença de advogado.
público, seu comparecimento poderá ser § 2º A expedição da precatória não suspen-
solicitado ao respectivo superior imediato derá a instrução do procedimento.
com as indicações necessárias. (NR)
§ 3º Findo o prazo marcado, o procedimen-
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei to poderá prosseguir até final decisão; a
Complementar nº 942, de 6/6/2003. todo tempo, a precatória, uma vez devolvi-
Art. 285. A testemunha não poderá eximir-se da, será juntada aos autos. (NR)
de depor, salvo se for ascendente, descendente, •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
cônjuge, ainda que legalmente separado, com- Complementar nº 942, de 6/6/2003.
panheiro, irmão, sogro e cunhado, pai, mãe ou
filho adotivo do acusado, exceto quando não for Art. 287. As testemunhas arroladas pelo acusa-
possível, por outro modo, obter-se ou integrar- do comparecerão à audiência designada inde-
-se a prova do fato e de suas circunstâncias. (NR) pendente de notificação.(NR)
§ 1º Se o parentesco das pessoas referidas § 1º Deverá ser notificada a testemunha
for com o denunciante, ficam elas proibidas cujo depoimento for relevante e que não
de depor, observada a exceção deste artigo. comparecer espontaneamente. (NR)
(NR)
§ 2º Se a testemunha não for localizada, a
§ 2º Ao servidor que se recusar a depor, defesa poderá substituí-la, se quiser, levan-
sem justa causa, será pela autoridade com- do na mesma data designada para a audi-
petente adotada a providência a que se re- ência outra testemunha, independente de
fere o artigo 262, mediante comunicação do notificação. (NR)
presidente. (NR)
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
§ 3º O servidor que tiver de depor como tes- Complementar nº 942, de 6/6/2003.
temunha fora da sede de seu exercício, terá
direito a transporte e diárias na forma da Art. 288. Em qualquer fase do processo, pode-
legislação em vigor, podendo ainda expedir- rá o presidente, de ofício ou a requerimento da
1106 www.acasadoconcurseiro.com.br
Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (Lei nº 10.261/68) – Prof. Leandro Roitman
defesa, ordenar diligências que entenda conve- Art. 290. Somente poderão ser indeferidos pelo
nientes. presidente, mediante decisão fundamentada,
os requerimentos de nenhum interesse para o
§ 1º As informações necessárias à instrução esclarecimento do fato, bem como as provas ilí-
do processo serão solicitadas diretamente, citas, impertinentes, desnecessárias ou protela-
sem observância de vinculação hierárquica, tórias. (NR)
mediante ofício, do qual cópia será juntada
aos autos. •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003.
§ 2º Sendo necessário o concurso de técni-
cos ou peritos oficiais, o presidente os re- Art. 291. Quando, no curso do procedimento,
quisitará, observados os impedimentos do surgirem fatos novos imputáveis ao acusado,
artigo 275. (NR) poderá ser promovida a instauração de novo
procedimento para sua apuração, ou, caso con-
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei veniente, aditada a portaria, reabrindo-se opor-
Complementar nº 942, de 6/6/2003. tunidade de defesa. (NR)
Art. 289. Durante a instrução, os autos do pro- •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
cedimento administrativo permanecerão na re- Complementar nº 942, de 6/6/2003.
partição competente. (NR)
Art. 292. Encerrada a fase probatória, dar-se-á
§ 1º Será concedida vista dos autos ao acu- vista dos autos à defesa, que poderá apresentar
sado, mediante simples solicitação, sempre alegações finais, no prazo de 7 (sete) dias. (NR)
que não prejudicar o curso do procedimen-
to. (NR) Parágrafo único. Não apresentadas no pra-
zo as alegações finais, o presidente desig-
§ 2º A concessão de vista será obrigatória, nará advogado dativo, assinando-lhe novo
no prazo para manifestação do acusado ou prazo. (NR)
para apresentação de recursos, mediante
publicação no Diário Oficial do Estado.(NR) •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003.
§ 3º Não corre o prazo senão depois da pu-
blicação a que se refere o parágrafo anterior Art. 293. O relatório deverá ser apresentado no
e desde que os autos estejam efetivamente prazo de 10 (dez) dias, contados da apresenta-
disponíveis para vista. (NR) ção das alegações finais. (NR)
§ 4º Ao advogado é assegurado o direito § 1º O relatório deverá descrever, em rela-
de retirar os autos da repartição, mediante ção a cada acusado, separadamente, as irre-
recibo, durante o prazo para manifestação gularidades imputadas, as provas colhidas e
de seu representado, salvo na hipótese de as razões de defesa, propondo a absolvição
prazo comum, de processo sob regime de ou punição e indicando, nesse caso, a pena
segredo de justiça ou quando existirem nos que entender cabível. (NR)
autos documentos originais de difícil res-
tauração ou ocorrer circunstância relevante § 2º O relatório deverá conter, também, a
que justifique a permanência dos autos na sugestão de quaisquer outras providências
repartição, reconhecida pela autoridade em de interesse do serviço público. (NR)
despacho motivado. (NR) •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei Complementar nº 942, de 6/6/2003.
Complementar nº 942, de 6/6/2003. Art. 294. Relatado, o processo será encaminha-
do à autoridade que determinou sua instaura-
ção. (NR)
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•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei § 1º Toda e qualquer juntada aos autos se
Complementar nº 942, de 6/6/2003. fará na ordem cronológica da apresentação,
rubricando o presidente as folhas acresci-
Art. 295. Recebendo o processo relatado, a au- das. (NR)
toridade que houver determinado sua instaura-
ção deverá, no prazo de 20 (vinte) dias, proferir § 2º Todos os atos ou decisões, cujo original
o julgamento ou determinar a realização de dili- não conste do processo, nele deverão figu-
gência, sempre que necessária ao esclarecimen- rar por cópia. (NR)
to de fatos. (NR)
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei Complementar nº 942, de 6/6/2003.
Complementar nº 942, de 6/6/2003.
Art. 301. Constará sempre dos autos da sindi-
Art. 296. Determinada a diligência, a autorida- cância ou do processo a folha de serviço do in-
de encarregada do processo administrativo terá diciado. (NR)
prazo de 15 (quinze) dias para seu cumprimen-
to, abrindo vista à defesa para manifestar-se em •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
5 (cinco) dias. (NR) Complementar nº 942, de 6/6/2003.
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei Art. 302. Quando ao funcionário se imputar cri-
Complementar nº 942, de 6/6/2003. me, praticado na esfera administrativa, a autori-
dade que determinou a instauração do processo
Art. 297. Quando escaparem à sua alçada as administrativo providenciará para que se instau-
penalidades e providências que lhe parecerem re, simultaneamente, o inquérito policial. (NR)
cabíveis, a autoridade que determinou a instau-
ração do processo administrativo deverá propô- Parágrafo único. Quando se tratar de crime
-las, justificadamente, dentro do prazo para jul- praticado fora da esfera administrativa, a
gamento, à autoridade competente. (NR) autoridade policial dará ciência dele à auto-
ridade administrativa. (NR)
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003. •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003.
Art. 298. A autoridade que proferir decisão de-
terminará os atos dela decorrentes e as provi- Art. 303. As autoridades responsáveis pela con-
dências necessárias a sua execução. (NR) dução do processo administrativo e do inquéri-
to policial se auxiliarão para que os mesmos se
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei concluam dentro dos prazos respectivos. (NR)
Complementar nº 942, de 6/6/2003.
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Art. 299. As decisões serão sempre publicadas Complementar nº 942, de 6/6/2003.
no Diário Oficial do Estado, dentro do prazo de
8 (oito) dias, bem como averbadas no registro Art. 304. Quando o ato atribuído ao funcionário
funcional do servidor. (NR) for considerado criminoso, serão remetidas à
autoridade competente cópias autenticadas das
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei peças essenciais do processo. (NR)
Complementar nº 942, de 6/6/2003.
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Art. 300. Terão forma processual resumida, Complementar nº 942, de 6/6/2003.
quando possível, todos os termos lavrados pelo
secretário, quais sejam: autuação, juntada, con- Art. 305. Não será declarada a nulidade de ne-
clusão, intimação, data de recebimento, bem nhum ato processual que não houver influído
como certidões e compromissos. (NR) na apuração da verdade substancial ou direta-
1108 www.acasadoconcurseiro.com.br
Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (Lei nº 10.261/68) – Prof. Leandro Roitman
mente na decisão do processo ou sindicância. •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
(NR) Complementar nº 942, de 6/6/2003.
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei Art. 309. Não será instaurado processo para
Complementar nº 942, de 6/6/2003. apurar abandono de cargo ou função, bem
como inassiduidade, se o servidor tiver pedido
Art. 306. É defeso fornecer à imprensa ou a ou- exoneração. (NR)
tros meios de divulgação notas sobre os atos
processuais, salvo no interesse da Administra- •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
ção, a juízo do Secretário de Estado ou do Pro- Complementar nº 942, de 6/6/2003.
curador Geral do Estado. (NR)
Art. 310. Extingue-se o processo instaurado ex-
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei clusivamente para apurar abandono de cargo
Complementar nº 942, de 6/6/2003. ou função, bem como inassiduidade, se o in-
diciado pedir exoneração até a data designada
Art. 307. Decorridos 5 (cinco) anos de efetivo para o interrogatório, ou por ocasião deste. (NR)
exercício, contados do cumprimento da sanção
disciplinar, sem cometimento de nova infra- •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
ção, não mais poderá aquela ser considerada Complementar nº 942, de 6/6/2003.
em prejuízo do infrator, inclusive para efeito de
reincidência.(NR) Art. 311. A defesa só poderá versar sobre força
maior, coação ilegal ou motivo legalmente justi-
Parágrafo único. A demissão e a demissão a ficável. (NR)
bem do serviço público acarretam a incom-
patibilidade para nova investidura em car- •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
go, função ou emprego público, pelo prazo Complementar nº 942, de 6/6/2003.
de 5 (cinco) e 10 (dez) anos, respectivamen-
te. (NR)
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei CAPÍTULO V
Complementar nº 942, de 6/6/2003. DOS RECURSOS (NR)
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003.
CAPÍTULO IV Art. 312. Caberá recurso, por uma única vez, da
DO PROCESSO POR ABANDONO decisão que aplicar penalidade. (NR)
DO CARGO OU FUNÇÃO E POR
§ 1º O prazo para recorrer é de 30 (trinta)
INASSIDUIDADE (NR) dias, contados da publicação da decisão im-
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei pugnada no Diário Oficial do Estado ou da
Complementar nº 942, de 6/6/2003. intimação pessoal do servidor, quando for o
caso. (NR)
Art. 308. Verificada a ocorrência de faltas ao
serviço que caracterizem abandono de cargo § 2º Do recurso deverá constar, além do
ou função, bem como inassiduidade, o supe- nome e qualificação do recorrente, a expo-
rior imediato comunicará o fato à autoridade sição das razões de inconformismo. (NR)
competente para determinar a instauração de § 3º O recurso será apresentado à autorida-
processo disciplinar, instruindo a representação de que aplicou a pena, que terá o prazo de
com cópia da ficha funcional do servidor e ates- 10 (dez) dias para, motivadamente, manter
tados de freqüência. (NR) sua decisão ou reformá-la. (NR)
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§ 4º Mantida a decisão, ou reformada par- § 3º Os pedidos formulados em desacordo
cialmente, será imediatamente encaminha- com este artigo serão indeferidos. (NR)
da a reexame pelo superior hierárquico.
(NR) § 4º O ônus da prova cabe ao requerente.
(NR)
§ 5º O recurso será apreciado pela autorida-
de competente ainda que incorretamente •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
denominado ou endereçado. (NR) Complementar nº 942, de 6/6/2003.
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei Art. 316. A pena imposta não poderá ser agra-
Complementar nº 942, de 6/6/2003. vada pela revisão. (NR)
Art. 313. Caberá pedido de reconsideração, que •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
não poderá ser renovado, de decisão tomada Complementar nº 942, de 6/6/2003.
pelo Governador do Estado em única instância, Art. 317. A instauração de processo revisional
no prazo de 30 (trinta) dias. (NR) poderá ser requerida fundamentadamente pelo
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei interessado ou, se falecido ou incapaz, por seu
Complementar nº 942, de 6/6/2003. curador, cônjuge, companheiro, ascendente,
descendente ou irmão, sempre por intermédio
Art. 314. Os recursos de que trata esta lei com- de advogado. (NR)
plementar não têm efeito suspensivo; os que
forem providos darão lugar às retificações ne- Parágrafo único. O pedido será instruído
cessárias, retroagindo seus efeitos à data do ato com as provas que o requerente possuir ou
punitivo. (NR) com indicação daquelas que pretenda pro-
duzir. (NR)
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003. •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Complementar nº 942, de 6/6/2003.
Art. 318. A autoridade que aplicou a penalida-
de, ou que a tiver confirmado em grau de recur-
CAPÍTULO VI so, será competente para o exame da admissi-
DA REVISÃO (NR) bilidade do pedido de revisão, bem como, caso
deferido o processamento, para a sua decisão
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei final. (NR)
Complementar nº 942, de 6/6/2003.
•• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
Art. 315. Admitir-se-á, a qualquer tempo, a re- Complementar nº 942, de 6/6/2003.
visão de punição disciplinar de que não caiba
mais recurso, se surgirem fatos ou circunstân- Art. 319. Deferido o processamento da revisão,
cias ainda não apreciados, ou vícios insanáveis será este realizado por Procurador de Estado
de procedimento, que possam justificar redu- que não tenha funcionado no procedimento
ção ou anulação da pena aplicada. (NR) disciplinar de que resultou a punição do reque-
rente. (NR)
§ 1º A simples alegação da injustiça da de-
cisão não constitui fundamento do pedido. •• redação dada pelo artigo 1º, V da Lei
(NR) Complementar nº 942, de 6/6/2003.
§ 2º Não será admitida reiteração de pedido Art. 320. Recebido o pedido, o presidente pro-
pelo mesmo fundamento. (NR) videnciará o apensamento dos autos originais
e notificará o requerente para, no prazo de 8
1110 www.acasadoconcurseiro.com.br
Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (Lei nº 10.261/68) – Prof. Leandro Roitman
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 322. O dia 28 de outubro será consagrado
ao “Funcionário Público Estadual”.
Art. 323. Os prazos previstos neste Estatuto se-
rão todos contados por dias corridos.
Parágrafo único. Não se computará no pra-
zo o dia inicial, prorrogando-se o vencimen-
to, que incidir em sábado, domingo, feriado
ou facultativo, para o primeiro dia útil se-
guinte.
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Normas da Corregedoria Geral da Justiça
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Normas da Corregedoria
Geral da Justiça
Subseção I
DA CORREGEDORIA PERMANENTE
DA FUNÇÃO CORRECIONAL E DAS CORREIÇÕES ORDINÁRIAS,
Das Atribuições EXTRAORDINÁRIAS E VISITAS
Art. 5º A função correcional consiste na orienta- CORRECIONAIS
ção, reorganização e fiscalização dos órgãos e
serviços judiciários de primeira instância, bem Art. 6º A função correcional será exercida em
como na fiscalização da polícia judiciária, dos caráter permanente e mediante correições ordi-
estabelecimentos prisionais e dos demais esta- nárias ou extraordinárias e visitas correcionais.
belecimentos em relação aos quais, por impo- § 1º A correição ordinária consiste na fisca-
sição legal, esses deveres forem atribuídos ao lização prevista e efetivada segundo estas
Poder Judiciário e é exercida, no Estado de São normas e leis de organização judiciária.
Paulo, pelo Corregedor Geral da Justiça e, nos
limites de suas atribuições, pelos Juízes de Pri- § 2º A correição extraordinária consiste
meiro Grau. em fiscalização excepcional, realizada a
qualquer momento e sem prévio anúncio
§ 1º No desempenho da função correcional, e poderá ser geral ou parcial, conforme as
poderão ser editadas ordens de serviço e necessidades e conveniência do serviço cor-
demais atos administrativos de orientação recional.
e disciplina, corrigidos os erros e sanciona-
das as infrações, após regular procedimento § 3º A visita correcional consiste na fiscali-
administrativo disciplinar, sem prejuízo de zação direcionada à verificação da regula-
apurações civis e criminais. ridade de funcionamento da unidade, do
saneamento de irregularidades constatadas
§ 2º As ordens de serviço e demais atos ad- em correições ou ao exame de algum aspec-
ministrativos editados pelo Juiz Corregedor
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to da regularidade ou da continuidade dos vo, o juiz fará visita correcional às unidades sob
serviços e atos praticados. sua corregedoria, com o intuito de constatar a
regularidade dos serviços, observado o modelo
§ 4º As atas das correições e visitas serão disponibilizado.
encaminhadas à Corregedoria Geral da Jus-
tiça nos prazos que seguem: § 1º A visita correcional independe de edi-
tal ou qualquer outra providência e dela se
I – correição ordinária – até 60 (sessenta) lançará sucinto termo no livro de visitas e
dias após realizada; correições, no qual também constarão as
II – correição extraordinária ou visita corre- determinações que o Juiz Corregedor Per-
cional – até 15 (quinze) dias após realizada. manente eventualmente fizer no momento.
Art. 7º A Corregedoria Permanente será exerci- Art. 10. O escrivão auxiliará o Juiz Corregedor
da pelo juiz a que a normatividade correcional Permanente nas diligências correcionais, facul-
cometer tal atribuição. tada a nomeação de escrivão ‘ad hoc’ entre os
demais servidores da unidade.
§ 1º O Corregedor Geral da Justiça, com
aprovação do Conselho Superior da Magis- Art. 11. Durante os serviços correcionais, todos
tratura, poderá, por motivo de interesse os funcionários da unidade permanecerão à
público ou conveniência da administração, disposição do Corregedor Geral da Justiça, dos
alterar a designação do Corregedor Perma- Juízes Assessores da Corregedoria Geral ou do
nente. Juiz Corregedor Permanente, sem prejuízo de
requisição de auxílio externo ou de requisição
§ 2º Se não houver alteração no início do de força policial.
ano judiciário, prevalecerão as designações
do ano anterior. Art. 13. Os estabelecimentos prisionais e outros
destinados ao recolhimento de pessoas, sujei-
Art. 8º O Juiz Corregedor Permanente efetuará, tos à atividade correcional do juízo, serão visita-
uma vez por ano, de preferência no mês de de- dos uma vez por mês (art. 66, inciso VII, da LEP).
zembro, correição ordinária em todas as serven-
tias, repartições e demais estabelecimentos su- § 1º Realizará a visita o Juiz Corregedor Per-
jeitos à sua fiscalização correcional, lavrando-se manente ou o juiz a quem, por decisão do
o correspondente termo no livro próprio. Corregedor Geral da Justiça, essa atribuição
for delegada.
§ 1º A correição ordinária será anunciada
por edital, afixado no átrio do fórum e pu- § 2º A inspeção mensal será registrada em
blicado no Diário da Justiça Eletrônico, com termo sucinto no Livro de Visitas e Correi-
pelo menos quinze dias de antecedência, ções, podendo conter unicamente o regis-
bem como comunicada à Ordem dos Advo- tro da presença, sem prejuízo do cadastro
gados do Brasil da respectiva subseção. eletrônico da inspeção perante o Conselho
Nacional de Justiça e, após sua lavratura,
§ 2º O Juiz Corregedor Permanente seguirá cópia será encaminhada à autoridade admi-
o termo padrão de correição disponibiliza- nistrativa da unidade prisional, para arqui-
do pela Corregedoria Geral da Justiça. vamento em livro de folhas soltas.
Art. 9º Em até 30 (trinta) dias depois de assumir
a corregedoria permanente em caráter definiti-
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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I – Capítulo II - Seção I – Subseções I e II – Prof. Giuliano Tamagno
Art. 14. A sistemática prevista no art. 13 não de- Art. 18. Sem prejuízo da atribuição ao Juiz Cor-
sobriga a visita mensal às Cadeias Públicas, sob regedor Permanente, o Corregedor Geral da Jus-
responsabilidade tanto dos Juízes de Varas Pri- tiça poderá aplicar, originariamente, as sanções
vativas de Execuções Criminais como daqueles cabíveis e, enquanto não prescrita a infração,
que acumulem outros serviços anexos. reexaminar, de ofício ou mediante provocação,
decisões absolutórias ou de arquivamento.
Das Apurações Preliminares,
Sindicâncias e Processos
Administrativos
Art. 15. As apurações preliminares, as sindicân-
cias e os processos administrativos relativos ao
pessoal das serventias judiciais serão realizados
pelos Juízes Corregedores Permanentes a que,
na atualidade do procedimento, estiverem su-
bordinados os servidores.
Parágrafo único. O Corregedor Geral da Jus-
tiça poderá avocar procedimento disciplinar
em qualquer fase, a pedido ou de ofício,
designar Juiz Corregedor Processante para
todos os atos pertinentes e atribuir serviços
auxiliares à unidade diversa daquela a que
estiver vinculado o servidor.
Art. 16. Os Juízes Corregedores Permanentes
comunicarão à Corregedoria Geral da Justiça a
instauração de qualquer procedimento adminis-
trativo, mediante remessa de cópia da portaria
inaugural, para processamento do acompanha-
mento:
I – das apurações preliminares pela Direto-
ria da Corregedoria – DICOGE;
II – das sindicâncias e dos processos admi-
nistrativos pela Secretaria de Planejamento
de Recursos Humanos – SPRH.
Parágrafo único. Idêntico procedimento
adotar-se-á em relação a todos os atos de-
cisórios subsequentes e, ao término do pro-
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Slides – TOMO I – CAPÍTULO II – SEÇÃO I – SUBSEÇÕES I E II
APRESENTAÇÃO
Por ser penosa e difícil a consulta
de textos esparsos em numerosos
provimentos, reuniam-se, pela primeira
vez e num só volume, as normas
correcionais emanadas da Presidência
do Tribunal de Justiça, do Conselho
Superior da Magistratura e da
Corregedoria Geral, relativas à disciplina
da função correcional e dos serviços
auxiliares.
DA FUNÇÃO CORRECIONAL
Das Atribuições
Art. 5º A função correcional consiste na orientação, reorganização e fiscalização
dos órgãos e serviços judiciários de primeira instância, bem como na fiscalização
da polícia judiciária, dos estabelecimentos prisionais e dos demais
estabelecimentos em relação aos quais, por imposição legal, esses deveres forem
atribuídos ao Poder Judiciário e é exercida, no Estado de São Paulo, pelo
Corregedor Geral da Justiça e, nos limites de suas atribuições, pelos Juízes de
Primeiro Grau.
§ 1º No desempenho da função correcional, poderão ser editadas ordens de serviço
e demais atos administrativos de orientação e disciplina, corrigidos os erros e
sancionadas as infrações, após regular procedimento administrativo disciplinar, sem
prejuízo de apurações civis e criminais.
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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I – Capítulo II - Seção I – Subseções I e II – Prof. Giuliano Tamagno
FUNÇÃO
CORRECIONAL
Orientação, reorganização e fiscalização dos órgãos e
serviços judiciários de primeira instância.
Atribuições
(art.5º) Fiscalização da polícia judiciária, dos estabelecimentos
prisionais e dos demais estabelecimentos em relação aos
quais, por imposição legal, esses deveres forem atribuídos ao Poder
Judiciário.
Em caráter permanente e
Pelo Corregedor
Exercida no mediante correições
Geral da Justiça.
Estado de São ordinárias ou
Paulo Pelos Juízes de Primeiro extraordinárias e visitas
(art. 5ª) Grau, nos limites de correcionais (art. 6º, caput).
suas atribuições.
6
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ORDENS DE SERVIÇO e demais ATOS ADMINISTRATIVOS de orientação e disciplina
(Art. 5º, §1º, §2º e §3º)
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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I – Capítulo II - Seção I – Subseções I e II – Prof. Giuliano Tamagno
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Art. 8º O Juiz Corregedor Permanente efetuará, uma vez por ano, de preferência no
mês de dezembro, correição ordinária em todas as serventias, repartições e demais
estabelecimentos sujeitos à sua fiscalização correcional, lavrando-se o correspondente
termo no livro próprio.
§ 1º A correição ordinária será anunciada por edital, afixado no átrio do fórum e
publicado no Diário da Justiça Eletrônico, com pelo menos quinze dias de
antecedência, bem como comunicada à Ordem dos Advogados do Brasil da
respectiva subseção.
§ 2º O Juiz Corregedor Permanente seguirá o termo padrão de correição
disponibilizado pela Corregedoria Geral da Justiça.
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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I – Capítulo II - Seção I – Subseções I e II – Prof. Giuliano Tamagno
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§ 3º Ressalvado o afastamento deferido por prazo igual ou superior a trinta dias, ou
motivo relevante devidamente comunicado à Corregedoria Geral da Justiça, o Juiz
Corregedor Permanente realizará, pessoalmente, as visitas mensais, vedada a
atribuição dessa atividade ao juiz que estiver respondendo pela vara por período
inferior.
Art. 14. A sistemática prevista no art. 13 não desobriga a visita mensal às Cadeias
Públicas, sob responsabilidade tanto dos Juízes de Varas Privativas de Execuções
Criminais como daqueles que acumulem outros serviços anexos.
Corregedoria Permanente
Alteração da designação
do Corregedor Permanente • Escrivão auxiliará o Juiz Corregedor
Permanente nas diligências correcionais;
Exercida pelo Juiz
• Facultada a nomeação de escrivão ‘ad
• Por motivo de interesse público ou hoc’ entre os demais servidores da
conveniência da administração; unidade.
• Pelo Corregedor Geral da Justiça;
• Com aprovação do Conselho Superior da
Magistratura. Visita aos estabelecimentos prisionais e outros de
recolhimento de pessoas, sujeitos à atividade
correcional do juízo.
Ressalvado o afastamento deferido por prazo
igual ou superior a trinta dias, ou motivo
relevante devidamente comunicado à Realizará a visita o Juiz Corregedor Permanente ou
Corregedoria Geral da Justiça, o Juiz Corregedor o juiz a quem, por decisão do Corregedor Geral da
Permanente realizará, pessoalmente, as visitas Justiça, essa atribuição for delegada.
mensais, vedada a atribuição dessa atividade ao
juiz que estiver respondendo pela vara por
período inferior. Serão visitados uma vez por mês.
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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I – Capítulo II - Seção I – Subseções I e II – Prof. Giuliano Tamagno
CORREIÇÃO ORDINÁRIA
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VISITA CORRECIONAL
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Art. 17. Eventuais recursos serão entranhados nos autos originais e remetidos à
Corregedoria Geral da Justiça.
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Normas da Corregedoria
Geral da Justiça
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viço (emissão de certidões, ofícios, mandados, Corregedoria Geral da Justiça qualquer irregula-
cargas de autos etc.). Parágrafo único. Para efei- ridade.
to de divisão do trabalho entre os escreventes
técnicos judiciários, oficiais de justiça e juízes, e Subseção III
outras providências necessárias à ordem do ser- DO CADASTRAMENTO,
viço, o sistema informatizado atribuirá a cada MOVIMENTAÇÃO E CONTROLE
processo distribuído um número de controle
ELETRÔNICO DE PROCESSOS E
interno da unidade judicial, sem prejuízo do nú-
mero do processo (número do protocolo que INCIDENTES PROCESSUAIS
seguirá série única).
Art. 52. Os distribuidores e os ofícios de justiça
Art. 48. Iniciada a operação do SAJ/PG, de utili- deverão, no sistema informatizado oficial, ob-
zação obrigatória pelasvaras e ofícios de justiça, servadas suas respectivas atribuições:
serão excluídos todos os programas eventual-
I – cadastrar todos os feitos distribuídos ao
mente em uso.
respectivo juízo;
Subseção II II – anotar a movimentação e a prática dos
DA SEGURANÇA DO SISTEMA atos processuais (citações, intimações,
juntadas de mandados e respectiva data,
Art. 49. Os níveis de acesso às informações e termos, despachos, cargas, sentenças, re-
o respectivo credenciamento (senha) dos fun- messas à instância superior para recurso,
cionários, para operação do SAJ/PG, serão es- entrega ou remessa de autos que não im-
tabelecidos em expediente interno pela Corre- portem em devolução etc.);
gedoria Geral da Justiça, com a participação da
Secretaria de Tecnologia da Informação – STI. III – consignar os serviços administrativos
pertinentes (desarquivamentos, inutilização
§ 1º É vedado ao funcionário credenciado ou destruição de autos etc.).
ceder a respectiva senha ou permitir que
outrem, funcionário ou não, use-a para Art. 53. A inserção de dados no sistema infor-
acessar indevidamente o sistema informa- matizado oficial será a mais completa e abran-
tizado. gente possível, de modo que todas as ocorrên-
cias do processo físico constem do ambiente
§ 2º Os escrivães judiciais comunicarão virtual, formando banco de dados que servirá
prontamente à STI as alterações no quadro de memória permanente.
funcional da unidade, para o processamen-
to da revogação ou novo credenciamento. § 1º O cadastro conterá as principais infor-
mações a respeito do processo, de modo a
Art. 50. As alterações, exclusões e retificações individualizá-lo com exatidão (qualificação
feitas de modo geral nos dados registrados pelo das partes e de eventuais representantes,
sistema serão definidas por níveis de criticida- advogados e os respectivos números de
de, cujo acesso a Corregedoria Geral da Justiça inscrição na OAB, valor dacausa, objeto da
estabelecerá. Os dados retificados, alterados ou ação etc).
excluídos serão conservados pelo sistema e to-
das as operações realizadas vinculadas ao usuá- § 2º As anotações de movimentação pro-
rio que as realiza. cessual devem ser fidedignas, claras e atua-
lizadas, de forma a refletir o atual estado do
Art. 51. Os escrivães judiciais do serviço de dis- processo e a garantir a utilidade do sistema.
tribuição e dos ofícios de justiça realizarão au-
ditoria semanal no sistema, de acordo com os § 3º O arquivamento dos autos será prece-
níveis de criticidade definidos, comunicando à dido da conferência e eventual atualização
1130 www.acasadoconcurseiro.com.br
Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I - Capítulo III - Seções I, II, V, VI, VII – Prof. Giuliano Tamagno
do cadastro, para que nele figurem os da- o estado civil, a profissão, bem como o en-
dos necessários à extração de certidão. dereço residencial ou domiciliar completo,
inclusive CEP;
Art. 54. Constarão do sistema informatizado:
Art. 56. Os dados obrigatórios previstos no art.
I – nos processos cíveis, de família e su- 55 serão apresentados pelos requerentes, na
cessões, da fazenda pública, da infância e petição inicial, e pelos requeridos, na primeira
juventude, de acidentes do trabalho e do oportunidade de postulação em juízo (contesta-
juizado especial cível: o número do proces- ção, juntada de procuração, pedido de vista, de-
so; o nome e a qualificação do autor e do fesa preliminar, pedido de revogação de prisão
réu; a natureza do feito; a data da distribui- preventiva etc.
ção; o número, livro e folhas do registro da
sentença, quando adotado; o inteiro teor Art. 77. Além de outros previstos neste
de pronunciamentos judiciais (despachos, Código, são deveres das partes, de seus
decisões interlocutórias, sentenças e acór- procuradores e de todos aqueles que de
dãos); anotações sobre recursos; a data do qualquer forma participem do processo:
trânsito em julgado; o arquivamento (data
e caixa) e outras observações que se enten- V – declinar, no primeiro momento que
derem relevantes; lhes couber falar nos autos, o endereço
residencial ou profissional onde rece-
II – nos processos criminais, do júri e do berão intimações, atualizando essa in-
juizado especial criminal: o número do pro- formação sempre que ocorrer qualquer
cesso; o nome e qualificação do réu; a data modificação temporária ou definitiva;
do fato; a data do recebimento ou rejeição
da denúncia; o artigo de lei em que o réu Art. 57. Nos ofícios de justiça, o registro e con-
foi incurso; a data da suspensão do proces- trole da movimentação dos feitos realizar-se-ão
so (art. 366 do Código de Processo Penal exclusivamente pelo sistema informatizado ofi-
e juizado especial criminal); a data da pri- cial, vedadas a elaboração de fichário por nome
são; o número, livro e folhas do registro da de autor e a utilização de fichas individuais ma-
sentença, quando adotado; o inteiro teor terializadas em papel ou constantes de outros
de pronunciamentos judiciais (despachos, sistemas informatizados.
decisões interlocutórias, sentenças e acór- VI DOS LIVROS E CLASSIFICADORES
dãos); anotações sobre recursos; a data da
decisão confirmatória da pronúncia; a data OBRIGATÓRIOS SUBSEÇÃO I
do trânsito em julgado; a data da expedição
da guia de recolhimento, de tratamento ou DOS LIVROS OBRIGATÓRIOS
de internação; o arquivamento (data e cai-
Art. 63. Os ofícios de justiça em geral possuirão
xa) e outras observações que se entende-
os seguintes livros:
rem relevantes;
I – Visitas e Correições;
Art. 55. A qualificação das partes será lançada
no sistema informatizado oficial da forma mais II – Protocolo de Autos e Papéis em Geral;
completa possível, com os seguintes dados dis-
poníveis nas postulações iniciais ou intermediá- III – Cargas de Autos;
rias: IV – Registro de Feitos Administrativos (sin-
I – em relação às partes nos procedimentos dicâncias, procedimentos disciplinares, re-
cíveis e aos autores de ação penal privada: presentações, etc.);
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VI – pertinentes à Corregedoria Permanen- dendo, nestes casos, ser encerrado por ter-
te, previstos no art. 23, quando for o caso e mo contemporâneo à última ata, com mais
no que couber ou menos folhas
Art. 64. Os Ofícios de Justiça manterão também: Art. 68. O Livro Protocolo de Autos e Papéis em
Geral, com tantos desdobramentos quantos re-
I – Livro de Cargas de Mandados, salvo se comendem a natureza e o movimento do ofício
as respectivas varas forem atendidas pelas de justiça, destina-se ao registro da entrega ou
Seções Administrativa de Distribuição de remessa, que não impliquem devolução.
Mandados;
Art. 69. Os Livros de Cargas de Autos serão
II – controle, pela utilização de livros de fo- desdobrados em tantos livros quantos forem
lhas soltas ou outro meio idôneo, da remes- os destinatários (juízes, promotores de justiça,
sa e recebimento de feitos aos Tribunais, para advogados, para contador, etc).
até que seja implementado no sistema in-
formatizado oficial o controle eletrônico; § 1º A carga e descarga de autos entre os
usuários internos do sistema informatizado
III – controle do horário de entrada e saída oficial serão feitas eletronicamente e con-
por intermédio do livro ponto ou do relógio troladas exclusivamente por intermédio do
mecânico, caso existam servidores não ca- sistema, onde serão registrados, obrigato-
dastrados no sistema de ponto biométrico; riamente, no campo próprio, o envio, o re-
IV – Livro de Registro Geral de Feitos, com cebimento e a devolução, com indicação de
índice, se não estiverem integrados ao siste- data e de usuário responsável por cada ato.
ma informatizado oficial; § 2º Poderá o juiz indicar servidor autoriza-
V – Livro de Registro de Sentença, salvo se do a receber no sistema informatizado as
cadastrada no sistema informatizado oficial, cargas de autos remetidos à conclusão.
com assinatura digital ou com outro sistema Art. 70. O Livro de Carga de Mandados poderá
de segurança aprovado pela Corregedoria ser desdobrado em número equivalente ao dos
Geral da Justiça e que também impeça a sua oficiais de justiça em exercício, destinando-se
adulteração. um para cada qual. Parágrafo único. Serão tam-
Art. 67. O Livro de Visitas e Correições será or- bém registradas no Livro de Carga de Mandados
ganizado em folhas soltas, iniciado por termo as petições que, por despacho judicial, sirvam
padrão de abertura, disponibilizado no Portal como tal.
da Corregedoria – modelos e formulários -, la- Art. 71. Todas as cargas receberão as correspon-
vrado pelo Escrivão e formado gradativamente dentes baixas, assim que restituídos os autos ou
pelos originais das atas de correições e visitas mandados, na presença do interessado, sem-
realizados na unidade, devidamente assinadas pre que possível ou por este exigido. Parágrafo
e rubricadas pelo Juiz Corregedor Permanente, único. Quando não utilizada a carga eletrônica,
Escrivão e demais funcionários da unidade. será lançada certidão nos autos, mencionado a
§ 1º Os originais das atas que formarão o Li- data da carga e da restituição, de acordo com os
vro de Visitas e Correições serão numeradas assentamentos do livro de carga.
e chanceladas pelo Escrivão Judicial após a Art. 72. O Livro Registro de Sentenças formar-
sua anexação ao Livro. -se-á pelas vias emitidas para tal fim, numera-
§ 2º O Livro de Visitas e Correições não exce- das em série anual renovável (1/80, 2/80, 3/80,
derá 100 (cem) folhas, salvo determinação ... , 1/82, 2/82 etc.) e autenticadas pelo escrivão
judicial em contrário ou para a manutenção judicial, o qual certificará sua correspondência
da continuidade da peça correcional, po- com o teor da sentença constante dos autos.
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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I - Capítulo III - Seções I, II, V, VI, VII – Prof. Giuliano Tamagno
Art. 73. Manter-se-á rigoroso controle sobre os VIII – para petições e documentos desentra-
livros em geral, incumbindo-se o Juiz Correge- nhados;
dor Permanente de coibir eventuais abusos ou IX – para autorizações e certidões de inuti-
excessos. lização de livros e classificadores obrigató-
Art. 74. Os livros em andamento ou findos serão rios.
bem conservados, em local adequado e seguro Art. 76. Os atos normativos, decisões e comu-
dentro do ofício de justiça, devidamente orde- nicados do Conselho Superior da Magistratura e
nados e, quando for o caso, encadernados, clas- da Corregedoria Geral da Justiça de interesse do
sificados ou catalogados. ofício de justiça serão arquivados e indexados,
§ 1º O desaparecimento e a danificação de com índice por assunto, mediante utilização do
qualquer livro serão comunicados imedia- sistema informatizado, facultada a manutenção
tamente ao Juiz Corregedor Permanente. A de classificadores próprios.
sua restauração será feita desde logo, sob a Art. 77. O classificador referido no inciso II do
supervisão do juiz e à vista dos elementos art. 75 destina-se ao arquivamento, em ordem
existentes. cronológica, das cópias de ofícios que não se
§ 2º Após revisados e decorridos 2 (dois) refiram a feito do próprio ofício de justiça. 3 §
anos do último registro efetuado, os livros 1º Esse classificador será aberto com folha(s)
de cargas de autos e mandados, desde que para o registro de todos os ofícios, com nume-
reputados sem utilidade para conservação ração sequencial e renovável anualmente, na(s)
em arquivo pelo escrivão judicial, poderão qual(is) consignar-se-ão, ao lado do número de
ser inutilizados, mediante prévia autoriza- registro, o número do processo ou a circunstân-
ção do Juiz Corregedor Permanente. cia de não se referir a nenhum feito e o desti-
no. § 2º No presente classificador poderão ser
Subseção II arquivados os respectivos recibos de correspon-
DOS CLASSIFICADORES dência, se for o caso.
OBRIGATÓRIOS VII DA ESCRITURAÇÃO
Art. 75. Os ofícios de justiça possuirão os se- Art. 80. Na lavratura de atos, termos, requisi-
guintes classificadores: ções, ordens, autorizações, informações, certi-
I – para atos normativos e decisões da Cor- dões ou traslados, que constarão de livros, au-
regedoria Permanente, com índice por as- tos de processo, ou papéis avulsos, excluídas as
sunto; autuações e capas, serão observados os seguin-
tes requisitos:
II – para cópias de ofícios expedidos;
I – o papel utilizado terá fundo inteiramente
III – para ofícios recebidos; branco ou ser reciclado, salvo disposição ex-
pressa em contrário;
IV – para GRD – guias de recolhimento de
diligências do oficial de justiça; II – a escrituração será sempre feita em ver-
náculo, preferencialmente por meio eletrô-
V – para cópias de guias de levantamento nico, com tinta preta ou azul, indelével;
expedidas em favor dos auxiliares da justiça
não funcionários na Justiça Estadual; III – os numerais serão expressos em algaris-
mos e por extenso;
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IV – os espaços em branco e não aprovei-
tados, nos livros e autos deprocesso, serão
inutilizados;
V – as assinaturas deverão ser colhidas ime-
diatamente após a lavratura do ato ou ter-
mo, e identificadas com o nome por extenso
do signatário.
Art. 81. Na escrituração serão evitadas as se-
guintes práticas:
I – entrelinhas, erros de digitação, omissões,
emendas, rasuras ou borrões;
II – anotações de “sem efeito”;
III – anotações a lápis nos livros e autos de
processo, mesmo que a título provisório.
§ 1º Na ocorrência das irregularidades pre-
vistas no inciso I, far-se-ão as devidas res-
salvas, antes da subscrição do ato, de forma
legível e autenticada.
Art. 82. Na escrituração é vedada:
I – a utilização de borracha ou raspagem por
outro meio mecânico, bem como a uso de
corretivo, detergente ou outro meio quími-
co de correção;
II – a assinatura de atos ou termos em bran-
co, total ou parcialmente;
III – a utilização de abreviaturas, abrevia-
ções, acrônimos, siglas ou símbolos, excetu-
ando-se as formas consagradas pelo Voca-
bulário Ortográfico da Língua Portuguesa da
Academia Brasileira de Letras, as adotadas
por órgãos oficiais e as convencionadas por
determinada área do conhecimento huma-
no;
IV – a utilização de chancela, ou de qualquer
recurso que propicie a reprodução mecâni-
ca da assinatura do juiz.
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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I - Capítulo III - Seções I, II, V, VI, VII – Prof. Giuliano Tamagno
CAPÍTULO III
Seção I
DOS OFÍCIOS DE JUSTIÇA EM GERAL
Disposições Iniciais
Art. 26. As disposições deste capítulo têm caráter geral e aplicam-se a todos os ofícios
de justiça, no que não contrariarem as disposições específicas contidas em capítulo
próprio.
26
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27
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Seção II
Das Atribuições
Art. 28. Atribuir-se-ão aos ofícios de justiça os serviços inerentes à competência das
respectivas varas e da Corregedoria Permanente.
Art. 29. Competem aos ofícios de justiça os serviços do foro judicial, atribuindo-se-
lhes a numeração ordinal e a denominação da respectiva vara, onde houver mais de
uma.
§ 1º Nas comarcas e foros distritais com mais de uma vara, haverá um ofício ou seção
de distribuição judicial, ao qual incumbem os serviços de distribuição, de contadoria e
partidoria e, nos termos da lei, do arquivo geral.
§ 2º Nas comarcas em que existir uma única vara e um único ofício de justiça, a este
competem as atribuições dos serviços de distribuição, de contadoria e partidoria.
29
Ofícios de Justiça
Atribuições:
Será atribuído a numeração ordinal e
- Serviços inerentes à competência das
a denominação da respectiva vara,
respectivas varas e da Corregedoria
onde houver mais de uma.
Permanente;
- Os serviços do foro judicial.
Nas comarcas em que existir uma única vara e um único ofício de justiça:
a este competem as atribuições dos serviços de distribuição, de contadoria e partidoria.
30
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Seção V
Do Sistema Informatizado Oficial
Subseção I
Disposições Gerais
31
Art. 48. Iniciada a operação do SAJ/PG, de utilização obrigatória pelas varas e ofícios de
justiça, serão excluídos todos os programas eventualmente em uso.
32
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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I - Capítulo III - Seções I, II, V, VI, VII – Prof. Giuliano Tamagno
Destinam-se:
I - à preservação da memória de dados extraídos dos feitos e da respectiva movimentação
processual;
II - ao controle dos processos, de modo a garantir a segurança, assegurar a pronta localização física,
verificar o andamento e permitir a elaboração de estatísticas e outros instrumentos de
aprimoramento da prestação jurisdicional.
O sistema informatizado atribuirá a cada processo distribuído um número de controle interno da unidade
judicial, sem prejuízo do número do processo (número do protocolo que seguirá série única).
33
Subseção II
Da Segurança do Sistema
34
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Art. 50. As alterações, exclusões e retificações feitas de modo geral nos dados
registrados pelo sistema serão definidas por níveis de criticidade, cujo acesso a
Corregedoria Geral da Justiça estabelecerá. Os dados retificados, alterados ou
excluídos serão conservados pelo sistema e todas as operações realizadas vinculadas
ao usuário que as realiza.5
35
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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I - Capítulo III - Seções I, II, V, VI, VII – Prof. Giuliano Tamagno
Gabarito: Letra D
Letra A) Art. 57. Nos ofícios de justiça, o registro e controle da movimentação dos feitos realizar-se-
ão exclusivamente pelo sistema informatizado oficial, vedadas a elaboração de fichário por nome de
autor e a utilização de fichas individuais materializadas em papel ou constantes de outros sistemas
informatizados.
Letra B) Art. 61. Compete aos Ofícios de Justiça: II - cadastrar, no sistema informatizado oficial, a
decretação do segredo de justiça, a concessão da justiça gratuita, o deferimento da tramitação
prioritária do processo (idosos, portadores de doenças graves), ou o reconhecimento de qualquer
benefício processual a alguma das partes.
Letra C) Art. 55. Parágrafo 3º. As vítimas identificadas na denúncia ou queixa, e também as
testemunhas do processo criminal - sejam estas de acusação, defesa ou comuns - terão suas
qualificações lançadas no sistema informatizado oficial, exceto quando, ao darem conta de coação ou
grave ameaça, após deferimento do juíz, pedirem para não haver identificação de seus dados de
qualificação e endereço.
Letra D) Art. 47. Os servidores do ofício de justiça deverão se adaptar continuamente às evoluções do
sistema informatizado oficial, utilizando plenamente as funcionalidades disponibilizadas para a
realização dos atos pertinentes ao serviço (emissão de certidões, ofícios, mandados, cargas de autos
etc).
Letra E) Art. 49. Parágrafo 1º. É vedado ao funcionário credenciado ceder a respectiva senha ou
permitir que outrem, funcionário ou não, use-a para acessar indevidamente o sistema informatizado.
Subseção III
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Art. 53. A inserção de dados no sistema informatizado oficial será a mais completa e
abrangente possível, de modo que todas as ocorrências do processo físico constem
do ambiente virtual, formando banco de dados que servirá de memória
permanente.
§ 1º O cadastro conterá as principais informações a respeito do processo, de modo a
individualizá-lo com exatidão (qualificação das partes e de eventuais representantes,
advogados e os respectivos números de inscrição na OAB, valor dacausa, objeto da
ação etc).
§ 2º As anotações de movimentação processual devem ser fidedignas, claras e
atualizadas, de forma a refletir o atual estado do processo e a garantir a utilidade do
sistema.
§ 3º O arquivamento dos autos será precedido da conferência e eventual atualização
do cadastro, para que nele figurem os dados necessários à extração de certidão.
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Art. 55. A qualificação das partes será lançada no sistema informatizado oficial da
forma mais completa possível, com os seguintes dados disponíveis nas postulações
iniciais ou intermediárias:
I - em relação às partes nos procedimentos cíveis e aos autores de ação penal
privada:
a) se pessoa natural, o nome completo, o número de inscrição no CPF,
nacionalidade, o estado civil, a profissão, bem como o endereço residencial ou
domiciliar completo, inclusive CEP;
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Seção VI
Dos Livros e Classificadores Obrigatórios
Subseção I
Dos Livros Obrigatórios
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Art. 64. Os Ofícios de Justiça manterão também:
I - Livro de Cargas de Mandados, salvo se as respectivas varas forem atendidas
pelas Seções Administrativa de Distribuição de Mandados;
II - controle, pela utilização de livros de folhas soltas ou outro meio idôneo, da
remessa e recebimento de feitos aos Tribunais, até que seja implementado no
sistema informatizado oficial o controle eletrônico;
III - controle do horário de entrada e saída por intermédio do livro ponto ou do
relógio mecânico, caso existam servidores não cadastrados no sistema de ponto
biométrico;
IV - Livro de Registro Geral de Feitos, com índice, se não estiverem integrados
ao sistema informatizado oficial;
V - Livro de Registro de Sentença, salvo se cadastrada no sistema informatizado
oficial, com assinatura digital ou com outro sistema de segurança aprovado pela
Corregedoria Geral da Justiça e que também impeça a sua adulteração.
49
Art. 67. O Livro de Visitas e Correições será organizado em folhas soltas, iniciado por
termo padrão de abertura, disponibilizado no Portal da Corregedoria - modelos e
formulários -, lavrado pelo Escrivão e formado gradativamente pelos originais das atas
de correições e visitas realizados na unidade, devidamente assinadas e rubricadas pelo
Juiz Corregedor Permanente, Escrivão e demais funcionários da unidade.
§ 2º O Livro de Visitas e Correições não excederá 100 (cem) folhas, salvo determinação
judicial em contrário ou para a manutenção da continuidade da peça correcional,
podendo, nestes casos, ser encerrado por termo contemporâneo à última ata, com
mais ou menos folhas
50
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Art. 68. O Livro Protocolo de Autos e Papéis em Geral, com tantos desdobramentos
quantos recomendem a natureza e o movimento do ofício de justiça, destina-se ao
registro da entrega ou remessa, que não impliquem devolução.
51
Art. 69. Os Livros de Cargas de Autos serão desdobrados em tantos livros quantos
forem os destinatários (juízes, promotores de justiça, para advogados, para contador,
etc).
§ 1º A carga e descarga de autos entre os usuários internos do sistema informatizado
oficial serão feitas eletronicamente e controladas exclusivamente por intermédio do
sistema, onde serão registrados, obrigatoriamente, no campo próprio, o envio, o
recebimento e a devolução, com indicação de data e de usuário responsável por cada
ato.
§ 2º Poderá o juiz indicar servidor autorizado a receber no sistema informatizado as
cargas de autos remetidos à conclusão.
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Art. 70. O Livro de Carga de Mandados poderá ser desdobrado em número
equivalente ao dos oficiais de justiça em exercício, destinando-se um para cada qual.
Parágrafo único. Serão também registradas no Livro de Carga de Mandados as
petições que, por despacho judicial, sirvam como tal.
Art. 71. Todas as cargas receberão as correspondentes baixas, assim que restituídos os
autos ou mandados, na presença do interessado, sempre que possível ou por este
exigido. Parágrafo único. Quando não utilizada a carga eletrônica, será lançada
certidão nos autos, mencionado a data da carga e da restituição, de acordo com os
assentamentos do livro de carga.
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Art. 72. O Livro Registro de Sentenças formar-se-á pelas vias emitidas para tal fim,
numeradas em série anual renovável (1/80, 2/80, 3/80, ... , 1/82, 2/82 etc.) e
autenticadas pelo escrivão judicial, o qual certificará sua correspondência com o teor
da sentença constante dos autos.
§ 1º O registro previsto neste artigo far-se-á em até 5 (cinco) dias após a baixa dos
autos em cartório pelo juiz
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Subseção II
Dos Classificadores Obrigatórios
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Art. 76. Os atos normativos, decisões e comunicados do Conselho Superior da
Magistratura e da Corregedoria Geral da Justiça de interesse do ofício de justiça serão
arquivados e indexados, com índice por assunto, mediante utilização do sistema
informatizado, facultada a manutenção de classificadores próprios.
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Seção VII
Da Escrituração
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Art. 82. Na escrituração é vedada:
I - a utilização de borracha ou raspagem por outro meio mecânico, bem como a uso
de corretivo, detergente ou outro meio químico de correção;
II - a assinatura de atos ou termos em branco, total ou parcialmente;
III - a utilização de abreviaturas, abreviações, acrônimos, siglas ou símbolos,
excetuando-se as formas consagradas pelo Vocabulário Ortográfico da Língua
Portuguesa da Academia Brasileira de Letras, as adotadas por órgãos oficiais e as
convencionadas por determinada área do conhecimento humano;
IV - a utilização de chancela, ou de qualquer recurso que propicie a reprodução
mecânica da assinatura do juiz.
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DA ESCRITURAÇÃO
REQUISITOS PRÁTICAS EVITADAS VEDAÇÕES
I - o papel utilizado terá fundo I - entrelinhas, erros de digitação, I - a utilização de borracha ou
inteiramente branco ou ser omissões, emendas, rasuras ou raspagem por outro meio mecânico,
reciclado, salvo disposição expressa borrões; bem como a uso de corretivo,
em contrário; II - anotações de “sem efeito”; detergente ou outro meio químico
II - a escrituração será sempre feita III - anotações a lápis nos livros e de correção;
em vernáculo, preferencialmente autos de processo, mesmo que a II - a assinatura de atos ou termos
por meio eletrônico, com tinta preta título provisório. em branco, total ou parcialmente;
ou azul, indelével; III - a utilização de abreviaturas,
III - os numerais serão expressos em § 1º Na ocorrência das abreviações, acrônimos, siglas ou
algarismos e por extenso; irregularidades previstas no inciso I, símbolos, excetuando-se as formas
IV - os espaços em branco e não far-se-ão as devidas ressalvas, antes consagradas pelo Vocabulário
aproveitados, nos livros e autos da subscrição do ato, de forma Ortográfico da Língua Portuguesa da
deprocesso, serão inutilizados; legível e autenticada. Academia Brasileira de Letras, as
V - as assinaturas deverão ser adotadas por órgãos oficiais e as
colhidas imediatamente após a convencionadas por determinada
lavratura do ato ou termo, e área do conhecimento humano;
identificadas com o nome por IV - a utilização de chancela, ou de
extenso do signatário. qualquer recurso que propicie a
reprodução mecânica da assinatura
do juiz. 62
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Normas da Corregedoria
Geral da Justiça
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mento apresentadas pelo interessado dire- por original ou por cópia, rubricado pelo
tamente ao ofício de justiça, caso em que o emitente. A data constante do documento
termo de juntada mencionará esta circuns- deverá corresponder à de sua efetiva emis-
tância; são.
II – quando houver, em cada caso concreto, Art. 95. Ressalvado o disposto no art. 140, é
expressa decisão fundamentada do juiz do vedado o lançamento de termos no verso de
feito dispensando o protocolo no setor pró- petições, documentos, guias etc., devendo ser
prio. usada, quando necessária, outra folha, com inu-
tilização dos espaços em branco.
Art. 93. Por ocasião da juntada de petições e do-
cumentos (ofícios recebidos, laudos, mandados, Art. 96. São vedados o lançamento de cotas
precatórias etc.), lavrar-se-á o respectivo termo marginais ou interlineares nos autos, a práti-
de juntada. ca de sublinhar palavras à tinta ou a lápis, ou o
emprego de expressões injuriosas nos escritos
§ 1º Para a juntada, na mesma oportunida- apresentados no processo, incumbindo ao ser-
de, de duas ou mais petições ou documen- ventuário, ao constatar a irregularidade, comu-
tos, será confeccionado um único termo de nicá-la imediatamente ao juiz.
juntada com a relação das peças.
§ 2º É vedado o lançamento do termo de Subseção III
juntada na própria petição ou documento a DA MOVIMENTAÇÃO DOS AUTOS
serem encartados aos autos.
Art. 97. Deverá ser feita conclusão dos autos no
§ 3º Recebidas petições via fac-símile ou prazo de 1 (um) dia e executados os atos proces-
por correio eletrônico (e-mail) diretamen- suais no prazo de 5 (cinco) dias.
te no ofício de justiça ou na vara, será ime-
diatamente lançado número de protocolo § 1º Os juízes atenderão, preferencialmen-
no corpo do documento, para oportuno te, à ordem cronológica de conclusão para
controle dos prazos previstos no caput e proferir sentença ou acórdão6
parágrafo único do art. 2º da Lei Federal nº § 2º O escrivão atenderá, preferencialmen-
9.800, de 26.05.1999. te, a ordem cronológica de recebimento
§ 4º Recebida petição inicial ou intermediá- para publicação e efetivação dos pronuncia-
ria acompanhada de objetos de inviável en- mentos judiciais.
tranhamento aos autos do processo, o escri- § 3º Serão considerados para fins do que
vão deverá conferir, arrolar e quantificá-los, dispõe o art. 12 do Código de Processo Ci-
lavrando certidão, sempre que possível na vil os processos físicos com movimentação
presença do interessado, mantendo-os sob “Conclusos para Sentença”.
sua guarda e responsabilidade até encerra-
mento da demanda. Art. 98. Constarão dos termos de movimen-
tação dos processos a data do efetivo encami-
Art. 94. Todos os atos e termos do processo se- nhamento dos autos e, sempre que possível, os
rão certificados nos autos e anotados no siste- nomes, por extenso, dos juízes, representantes
ma informatizado oficial. do Ministério Público, advogados ou daqueles a
Parágrafo único. Dispensa-se a certificação quem se refiram.
e anotação de que trata o caput com rela- § 1º São vedados, sob qualquer pretexto,
ção à emissão de documento que passe a termos de conclusão ou de vista sem data
fazer imediatamente parte integrante dos ou, ainda, a permanência dos autos em car-
autos (ofícios expedidos, mandados, etc.),
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SLIDES - TOMO – CAPÍTULO III SEÇÃO VIII – SUBSEÇÕES I, II E III
Seção VIII
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Art. 88. O ofício de justiça afixará nas autuações tarjas coloridas, na posição
horizontal, para assinalar situações especiais descritas nestas Normas de Serviço.
Art. 89. Os autos de processos não excederão de 200 (duzentas) folhas em cada
volume, salvo determinação judicial expressa em contrário ou para manter peça
processual com seus documentos anexos, podendo, nestes casos, ser encerrado com
mais ou menos folhas.
§ 1º O encerramento e a abertura dos novos volumes serão certificados em folhas
regularmente numeradas, prosseguindo-se a numeração sem solução de
continuidade no volume subsequente.
§ 2º A numeração ordinal indicativa de novos volumes será destacada nas respectivas
autuações e anotada na autuação do primeiro volume.
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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I - Capítulo III Seção VIII – Subseções I, II e III – Prof. Giuliano Tamagno
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Art. 90. Nos feitos antecedidos por procedimentos preparatórios, a peça inaugural
(petição inicial de ação civil pública, representação em procedimento afeto à área
infracional da infância e juventude, denúncia em ação penal pública etc.) terá
numeração própria, apondo-se o número da folha, seguido da letra “i” (1-i; 2-i; 3-i...),
de tal forma que a numeração dos mencionados procedimentos preparatórios
(inquéritos civis, comunicações de atos infracionais, inquéritos policiais etc) seja
sempre aproveitada integralmente.
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Art. 91. Os escrivães judiciais ou, sob sua supervisão, os escreventes zelarão pela
correta numeração das folhas dos autos.
§ 1º Em caso de erro na numeração, certificar-se-á a ocorrência, sendo vedada a
renumeração.
§ 2º Na hipótese de numeração repetida, acrescentar-se-á apenas uma letra do
alfabeto, em sequência (188-a, 188-b, 188-c etc.), certificando-se.
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Subseção II
Da Recepção e Juntada de Petições, Dos Atos e Termos Judiciais e Das Cotas nos
Autos
Art. 92. É vedado aos ofícios de justiça receber e juntar petições que não tenham
sido encaminhadas pelo setor de protocolo, salvo:
I – quanto às petições de requerimento de juntada de procuração ou de
substabelecimento apresentadas pelo interessado diretamente ao ofício de justiça,
caso em que o termo de juntada mencionará esta circunstância;
II – quando houver, em cada caso concreto, expressa decisão fundamentada do juiz
do feito dispensando o protocolo no setor próprio.
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Art. 93. Por ocasião da juntada de petições e documentos (ofícios recebidos, laudos,
mandados, precatórias etc.), lavrar-se-á o respectivo termo de juntada.
§ 1º Para a juntada, na mesma oportunidade, de duas ou mais petições ou
documentos, será confeccionado um único termo de juntada com a relação das
peças.
§ 2º É vedado o lançamento do termo de juntada na própria petição ou documento a
serem encartados aos autos.
§ 3º Recebidas petições via fac-símile ou por correio eletrônico (e-mail) diretamente
no ofício de justiça ou na vara, será imediatamente lançado número de protocolo no
corpo do documento, para oportuno controle dos prazos previstos no caput e
parágrafo único do art. 2º da Lei Federal nº 9.800, de 26.05.1999.
§ 4º Recebida petição inicial ou intermediária acompanhada de objetos de inviável
entranhamento aos autos do processo, o escrivão deverá conferir, arrolar e
quantificá-los, lavrando certidão, sempre que possível na presença do interessado,
mantendo-os sob sua guarda e responsabilidade até encerramento da demanda.74
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GABARITO A
CORRETA - Art. 93, §4 - o escrivão deverá conferir, arrolar e quantificar esses objetos, lavrando certidão,
sempre que possível na presença do interessado, mantendo-os sob sua guarda e responsabilidade até
encerramento da demanda.
ERRADA - Vide acima - tais objetos serão certificados nos autos e anotados no sistema informatizado
oficial e encaminhados, a seguir, ao depositário oficial do juízo, para guarda até o trânsito em julgado da
decisão.
ERRADA - Vide alternativa A - o escrivão deverá apresentar todos os objetos ao juiz competente
para o feito, que deverá designar depositário judicial, o qual deverá guardar os objetos durante o trâmite
do feito.
ERRADA - Vide alternativa A os objetos serão previamente arrolados, descri- tos e documentados,
sendo intimada a parte peticionante a retirá-los e conservá-los no estado em que se encontram até a
decisão final nos autos.
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Art. 94. Todos os atos e termos do processo serão certificados nos autos e anotados
no sistema informatizado oficial.
Parágrafo único. Dispensa-se a certificação e anotação de que trata o caput com
relação à emissão de documento que passe a fazer imediatamente parte integrante
dos autos (ofícios expedidos, mandados, etc.), por original ou por cópia, rubricado
pelo emitente. A data constante do documento deverá corresponder à de sua efetiva
emissão.
Art. 95. Ressalvado o disposto no art. 140, é vedado o lançamento de termos no verso
de petições, documentos, guias etc., devendo ser usada, quando necessária, outra
folha, com inutilização dos espaços em branco.
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Art. 96. São vedados o lançamento de cotas marginais ou interlineares nos autos, a
prática de sublinhar palavras à tinta ou a lápis, ou o emprego de expressões injuriosas
nos escritos apresentados no processo, incumbindo ao serventuário, ao constatar a
irregularidade, comunicá-la imediatamente ao juiz.
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Subseção III
Da Movimentação dos Autos
Art. 97. Deverá ser feita conclusão dos autos no prazo de 1 (um) dia e executados os
atos processuais no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 1º Os juízes atenderão, preferencialmente, à ordem cronológica de conclusão para
proferir sentença ou acórdão6
§ 2º O escrivão atenderá, preferencialmente, a ordem cronológica de recebimento
para publicação e efetivação dos pronunciamentos judiciais.7 § 3º Serão considerados
para fins do que dispõe o art. 12 do Código de Processo Civil os processos físicos com
movimentação “Conclusos para Sentença”.
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Art. 98. Constarão dos termos de movimentação dos processos a data do efetivo
encaminhamento dos autos e, sempre que possível, os nomes, por extenso, dos juízes,
representantes do Ministério Público, advogados ou daqueles a quem se refiram.
§ 1º São vedados, sob qualquer pretexto, termos de conclusão ou de vista sem data
ou, ainda, a permanência dos autos em cartório depois de assinados os respectivos
termos.
§ 2º Nenhum processo será entregue com termo de vista, a promotor de justiça ou
advogado, sem prévia assinatura no livro de carga ou no relatório de carga eletrônica,
e correspondente andamento no sistema informatizado.
§ 3º Todas as conclusões ao juiz serão anotadas no sistema informatizado, acrescendo-
se a carga, em meio físico ou eletrônico, somente quanto aos autos conclusos que não
receberem despacho ou não forem sentenciados até o final do expediente do dia.
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§ 4º Se o juiz se recusar a assinar, consignar-se-á essa ocorrência no assentamento da
carga.
§ 5º A conclusão dos autos ao juiz será efetuada diariamente, sem limitação de
número.
Art. 99. Nenhum processo permanecerá paralisado em cartório, além dos prazos
legais ou fixados, ou ficará sem andamento por mais de 30 (trinta) dias, no aguardo de
diligências (informações, respostas a ofícios ou requisições, providências das partes
etc.).
Parágrafo único. Decorrido o prazo de 30 (trinta) dias, o ofício de justiça reiterará a
diligência uma única vez e, em caso de não atendimento, será aberta conclusão ao
juiz, para as providências cabíveis.
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Geral da Justiça
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bimento do respectivo pedido pelo ofício de desentranhamento e aditamento, expedindo-se
justiça. novo mandado.
§ 2º A expedição de certidão de processos Art. 107. Os mandados serão entregues ou en-
que correm em segredo de justiça depende- caminhados aos encarregados das diligências
rá de despacho do juiz competente. mediante a respectiva carga.
§ 3º Em todos os casos, a certidão será le- Art. 108. Os mandados que devam ser cumpri-
vada a protesto sob a responsabilidade do dos pelos oficiais de justiça serão distribuídos,
credor. na forma regulada pela Corregedoria Geral da
Justiça, aos que estiverem lotados ou à dispo-
§ 4º A requerimento do executado, o pro- sição das respectivas comarcas ou varas. Pará-
testo será cancelado por determinação do grafo único. Os mandados de prisão não serão
juiz, mediante ofício a ser expedido ao car- entregues aos oficiais de justiça, mas encami-
tório, no prazo de 3 (três) dias, contado da nhados ao Instituto de Identificação Ricardo
data de protocolo do requerimento, desde Gumbleton Daunt – IIRGD
que comprovada a satisfação integral da
obrigação. Art. 109. Nas certidões de expedição e de entre-
ga dos mandados, constarão o nome do oficial
Seção XI de justiça a quem confiado o mandado e a data
DOS MANDADOS da respectiva carga.
Art. 105. Constarão de todos os mandados ex- Art. 110. Mensalmente, o escrivão relacionará
pedidos: os mandados em poder dos oficiais de justiça,
além dos prazos legais ou fixados, comunicando
I – o número do respectivo processo; ao Juiz Corregedor Permanente, para as provi-
dências cabíveis.
II – o número de ordem da carga correspon-
dente registrada no livro próprio; Seção XII
III – o seguinte texto, ao pé do instrumento: DOS OFÍCIOS
“É vedado ao oficial de justiça o recebimen-
to de qualquer numerário diretamente da Art. 111. A lavratura de ofícios observará as re-
parte. A identificação do oficial de justiça, gras de escrituração dispostas na Seção VII do
no desempenho de suas funções, será feita presente capítulo e o seguinte:
mediante apresentação de carteira funcio- I – os ofícios extraídos de processos, exceto
nal, obrigatória em todas as diligências.”. aqueles destinados a instruir precatórios ou
§1º Nos mandados em geral, constarão to- requisições de pequeno valor, serão data-
dos os endereços dos destinatários da or- dos e identificados com o número dos autos
dem judicial, declinados ou existentes nos respectivos, com numeração sequencial e
autos, inclusive do local de trabalho renovável anualmente, anexada uma cópia
exclusivamente nos autos;
§ 2º Aos mandados e contramandados de
prisão e alvarás de soltura aplicam-se as dis- II – os ofícios que não se refiram a feito do
posições constantes na Seção XII do Capítu- próprio ofício de justiça serão numerados
lo IV, no que couberem. sequencialmente, em série renovável anu-
almente, de acordo com as respectivas da-
Art. 106. Na hipótese do mandado anterior não tas de expedição, arquivada uma cópia no
consignar elementos essenciais para o cumpri- classificador próprio.
mento da nova diligência, será dispensado o seu
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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I – Capítulo III Seções IX a XV, XVII a XIX – Prof. Giuliano Tamagno
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V – encaminhar eletronicamente a mensa- Art. 124. O juízo deprecado devolverá a carta
gem, no mesmo prazo da conclusão, ao cor- precatória, independentemente de cumprimen-
reio eletrônico (e-mail) institucional do juiz, to, quando não devidamente instruída e não
se este assim o determinar, ou ao correio houver regularização no prazo determinado.
eletrônico (e-mail) institucional do funcio-
nário, a quem couber o envio da resposta. Art. 125. As cartas precatórias não serão autu-
adas, servindo os encartes remetidos pelo juízo
Art. 118. Na ausência da expedição de confir- deprecante como face das mesmas, sobre os
mação de entrega e leitura pelo destinatário da quais o ofício de justiça deprecado afixará a eti-
mensagem, presumir-se-ão recebidas e lidas as queta adesiva remetida pelo ofício do distribui-
mensagens no primeiro dia útil subsequente ao dor, que servirá de identificação das partes e da
do envio. natureza do feito, cuidando também anotar no
alto, à direita, o número do processo.
Parágrafo único. Tratando-se de medidas
urgentes, se frustrada a entrega, ou se não Art. 126. As cartas precatórias, quando possível,
confirmados o recebimento e a leitura até servirão como mandado.
o dia seguinte à transmissão, o remetente
entrará em contato telefônico com o desti- Art. 127. Não atendidos pedidos de informa-
natário e, se o caso, reenviará a mensagem, ções sobre o cumprimento do ato, cumprirá ao
de tudo lavrando-se certidão nos autos. ofício de justiça do juízo deprecante reiterar a
solicitação e estabelecer contato telefônico com
Art. 121. Cumpridas as providências dos arts. o escrivão do juízo deprecado, de tudo certifi-
115, 116 e 117, as mensagens eletrônicas e seus cando nos autos. Parágrafo único. Em caso de
anexos serão deletados. inércia, os autos serão conclusos ao juiz do feito
para as providências cabíveis.
Seção XIV
DAS CARTAS PRECATÓRIAS, Art. 128. É permitida a retirada da carta cum-
prida junto ao juízo deprecado, para a entrega
ROGATÓRIAS E ARBITRAIS ao juízo deprecante, desde que nela conste o
nome do advogado da parte que tiver interes-
Art. 122. A carta precatória será confeccionada
se no cumprimento do ato8 , com o número da
em 3 (três) vias, servindo, uma delas, de contra-
respectiva inscrição na Ordem dos Advogados
fé.
do Brasil.
§ 1º O pagamento da taxa judiciária, devida
Art. 129. Ao retornar cumprida a precatória, o
em razão do cumprimento, deverá ser de-
escrivão judicial juntará, aos autos principais,
monstrado até o momento da distribuição,
apenas as peças essenciais, imprescindíveis à
mediante a juntada da 1ª via original do res-
compreensão das diligências realizadas no juízo
pectivo comprovante de recolhimento.
deprecado, especialmente as certidões de lavra
§ 2º Quando o ato deprecado for a citação, dos oficiais de justiça e os termos do que foi de-
será instruída com tantas cópias da petição precado, salvo determinação judicial em contrá-
inicial quantas sejam as pessoas a citar. rio.
Art. 123. Constatado que o ato pode ser cum- Art. 130. Havendo urgência, transmitir-se-á a
prido em endereço de jurisdição diversa daque- carta precatória por fac-símile (fax), telegrama,
la constante da carta precatória, ou ainda, que o telefone, radiograma ou correio eletrônico (e-
endereço originário pertence à outra jurisdição, -mail), observando-se as cautelas previstas nos
deverá o juízo deprecado encaminhá-la ao juízo arts. 264 e 265 do Código de Processo Civil e nos
competente, comunicando tal fato ao juízo de- arts. 354 e 356 do Código de Processo Penal.1
precante. Parágrafo único. A via original da carta não será
encaminhada ao juízo deprecado. Será encarta-
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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I – Capítulo III Seções IX a XV, XVII a XIX – Prof. Giuliano Tamagno
da aos autos, juntamente com a certidão de sua III – o nome dos advogados das partes com
transmissão, tão-logo ocorra o pedido de confir- o número de suas respectivas inscrições na
mação de seu teor por parte do juízo destinatá- Ordem dos Advogados do Brasil.
rio.
Art. 135. Nas intimações pela imprensa:
Art. 131. As cartas rogatórias cíveis e criminais
serão expedidas conforme o procedimento, mo- I – quando qualquer das partes estiver re-
delos e formulários aprovados e divulgados pela presentada nos autos por mais de 1 (um)
Corregedoria Geral da Justiça3 no sítio do Tribu- advogado, o ofício de justiça fará constar
nal de Justiça na internet. o nome de qualquer subscritor da petição
inicial, da contestação ou da primeira inter-
Seção XV venção nos autos, com o número da respec-
DAS INTIMAÇÕES tiva inscrição na Ordem dos Advogados do
Brasil, a não ser que a parte indique outro
Art. 132. A intimação dos atos e termos do pro- ou, no máximo, 2 (dois) nomes, ou indique o
cesso ou de expediente administrativo far-se-á, nome da sociedade de advogados a que seu
sempre que possível, por meio eletrônico e me- advogado pertença.
diante publicação no Diário da Justiça Eletrôni- II – as decisões interlocutórias e sentenças
co. serão publicadas somente na sua parte dis-
Parágrafo único. É vedado ao servidor dos positiva; os atos ordinatórios e despachos
ofícios de justiça prestar informações por de mero expediente serão transcritos ou
telefone aos advogados, aos membros do resumidos com os elementos necessários à
Ministério Público, às partes e ao público explicitação do conteúdo da ordem judicial
em geral acerca dos atos e termos do pro- (quem e sobre o que se deve manifestar, ter
cesso. ciência, providenciar, etc.).
Art. 133. Os despachos, decisões interlocutórias Parágrafo único. Será publicada apenas a
e sentenças devem ser encaminhados à publi- parte dispositiva das decisões proferidas em
cação no Diário da Justiça Eletrônico, dentro do procedimentos de natureza disciplinar ou
prazo máximo de 3 (três) dias, a contar da devo- em processos de dúvida, podendo o Corre-
lução dos autos em cartório. gedor Geral da Justiça, se entender neces-
sário, determinar a sua publicação integral,
Parágrafo único. O mesmo prazo deverá ser após o trânsito em julgado.
observado para fins de cumprimento da in-
timação por meio eletrônico. Art. 136. A publicação omissa em relação aos
requisitos constantes dos arts. 134 e 135 e que
Art. 134. As intimações de atos ordinatórios, cause efetivo prejuízo a qualquer das partes
despachos, decisões interlocutórias e senten- será considerada nula.
ças, qualquer que seja o meio empregado, con-
sumar-se-ão de maneira objetiva e precisa, sem Art. 137. Quando ocorrer erro ou omissão de
ambiguidades e omissões, e conterão: elemento indispensável na publicação, indepen-
dentemente de despacho ou de reclamação da
I – o número dos autos, o objeto do proces- parte, proceder-se- á imediatamente à retifica-
so, segundo a tabela vigente, e o nome das ção e nova publicação, encartando-se aos autos
partes; cópia do ato incorretamente publicado.
II – o resumo ou transcrição daquilo que Art. 138. Da publicação no Diário da Justiça Ele-
deva ser dado conhecimento, suficientes trônico a respeito de processos sujeitos ao se-
para o entendimento dos respectivos conte- gredo de justiça constarão as iniciais das partes.
údos;
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Art. 139. Os escrivães judiciais farão publicar tar ao sítio da Ordem dos Advogados do Brasil
no Diário da Justiça, juntamente com as respec- da Internet, à vista da Carteira da OAB apresen-
tivas intimações, o valor da taxa judiciária que tada pelo advogado ou estagiário de Direito in-
deve ser recolhida pelas partes, bem como o teressado, com impressão dos dados obtidos,
valor das importâncias que, objeto de cálculo, os quais serão conferidos pelo servidor antes da
devam ser depositadas, em quaisquer proces- entrega dos autos, observadas, ainda, as demais
sos e a qualquer título. Parágrafo único. Todas cautelas previstas para a carga rápida, conforme
as intimações, publicadas para que as partes se o disposto no art. 165.
manifestem sobre cálculos e contas, conterão os
respectivos valores, em resumo, limitando-se a Parágrafo único. A carga rápida de que trata
publicação ao que baste para a perfeita ciência este artigo também será concedida à pes-
das partes sobre o objeto do cálculo ou da con- soa credenciada pelo advogado ou socieda-
ta. de de advogados, não sendo dispensada a
consulta ao sítio da Ordem dos Advogados
Seção XVII do Brasil dos dados referentes ao advogado
DA CONSULTA E DA CARGA ou sociedade de advogados que autorizar a
retirada dos autos. O preposto deverá apre-
DOS AUTOS sentar, além da autorização prevista no § 7º
do artigo 272 do Código de Processo Civil, o
Art. 157. O acesso aos autos judiciais e adminis-
respectivo documento de identidade.
trativos de processos em andamento ou findos,
mesmo sem procuração, quando não estejam Art. 160. Na hipótese de os processos correrem
sujeitos a segredo de justiça, é assegurado aos em segredo de justiça, o seu exame, em cartó-
advogados, estagiários de Direito e ao público rio, será restrito às partes e a seus procuradores
em geral, por meio do exame em balcão do ofí- devidamente constituídos.
cio de justiça ou seção administrativa, podendo
ser tomados apontamentos, solicitadas cópias § 1º As entidades que reconhecidamente
reprográficas, bem como utilizado escâner por- prestam serviços de assistência judiciária
tátil ou máquina fotográfica, vedado, nestas poderão, por intermédio de advogado com
hipóteses, o desencarte das peças processuais procuração nos autos, autorizar a consulta
para reprodução. de processos que tramitam em segredo de
justiça em cartório pelos acadêmicos de Di-
Parágrafo único. Os escrivães judiciais e os reito não inscritos na OAB.
chefes de seção judiciária manterão, pesso-
almente ou mediante servidor designado, Referida autorização deverá conter o nome
rigorosa vigilância sobre os autos dos pro- do acadêmico, o número de seu RG e o nú-
cessos, sobretudo quando do seu exame, mero e/ou nome das partes do processo a
por qualquer pessoa, no balcão do ofício de que se refere a autorização, que será junta-
justiça ou seção administrativa. da posteriormente aos autos.
§ 2º É vedado o acesso a autos de processos
CARGA RÁPIDA
que correm em segredo de justiça por esta-
Art. 158. Para garantia do direito de acesso aos giários não inscritos ou com inscrição venci-
autos que não corram em segredo de justiça, da na OAB.
poderão os advogados ou estagiários de Direito, Art. 161. A carga de autos judiciais e adminis-
regularmente inscritos na OAB, que não tenham trativos em andamento no cartório é reservada
sido constituídos procuradores de quaisquer das unicamente a advogados ou estagiários de Direi-
partes, retirar os autos para cópia, pelo período to regularmente inscritos na OAB, constituídos
de 1 (uma) hora, mediante controle de movi- procuradores de alguma das partes, ressalvado,
mentação física, devendo o serventuário consul- nos processos findos e que não estejam sujeitos
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a segredo de justiça, a carga por advogado mes- incorrerá em multa correspondente à meta-
mo sem procuração, pelo prazo de 10 (dez) dias. de do salário mínimo.
Parágrafo único. A carga de autos também § 1º Verificada a falta, o juiz comunicará o
poderá ser realizada por pessoa credencia- fato à seção local da Ordem dos Advogados
da a pedido do advogado ou da sociedade do Brasil para procedimento disciplinar e
de advogados, pela Advocacia Pública, pela imposição das penalidades.
Defensoria Pública ou pelo Ministério Públi-
co, o que implicará intimação de qualquer § 2º O expediente de cobrança de autos re-
decisão contida no processo retirado, ainda ceberá autuação singela, sem necessidade
que pendente de publicação de registro.
Art. 164. Não havendo fluência de prazo, os au- § 3º Devolvidos os autos, o ofício de justi-
tos somente serão retirados em carga mediante ça, depois de seu minucioso exame, juntará
requerimento. o expediente de cobrança de autos, certifi-
cando a data e o nome de quem os retirou
§ 1º Na fluência de prazo, os autos não sai- e devolveu.
rão do ofício de justiça, salvo nas hipóteses
expressamente previstas na legislação vi- § 4º Na hipótese de extravio dos autos, o ex-
gente, ressalvado, porém, em seu curso ou pediente de cobrança instruirá o respectivo
em outras hipóteses de impossibilidade de procedimento de restauração.
retirada dos autos, o direito de requisição Art. 168. O escrivão ou o chefe de seção deve-
de cópias quando houver justificada urgên- rá, mensalmente, até o décimo dia útil do mês
cia na extração respectiva, mediante auto- subsequente, verificar o cumprimento dos pra-
rização judicial, observando-se o procedi- zos de devolução dos autos retirados, relacio-
mento próprio. nar, em duas vias, os autos em poder das par-
§ 2º Na fluência de prazo comum, só em tes além dos prazos legais ou fixados, a primeira
conjunto ou mediante prévio ajuste por pe- encaminhada, sob forma de representação, ao
tição nos autos os procuradores das partes Juiz Corregedor Permanente, para as providên-
ou seus prepostos retirarão os autos, ressal- cias previstas no art. 167 e a segunda via, para
vada a obtenção de cópias para a qual cada acompanhamento e controle, arquivada em
procurador ou preposto poderá retirá-los pasta própria.
pelo prazo de 2 (duas) a 6 (seis) horas, me- Art. 169. O disposto nesta seção aplica-se, no
diante carga, independentemente de ajuste, que couber, a todos os demais destinatários de
observado o término do expediente foren- carga.
se.
Seção XVIII
Art. 166. É vedada a retenção do documento de
identificação do advogado ou do estagiário de DO DESENTRANHAMENTO DE PEÇAS
Direito no ofício de justiça, para a finalidade de E DOCUMENTOS DOS AUTOS
controle de carga de autos, em qualquer moda-
lidade ou circunstância. Art. 170. O desentranhamento de peças e de
documentos, facultada a substituição por cópia
Art. 167. O advogado deve restituir, no prazo le- simples, poderá ser requerido pelo interessado
gal, os autos que tiver retirado do ofício de jus- ou determinado de ofício pelo juiz.
tiça.
Art. 171. Não haverá substituição das peças
Se intimado pessoalmente, o advogado não ou dos documentos desentranhados por cópia
devolver os autos no prazo de 3 (três) dias, quando, a critério do juiz do processo, referi-
perderá o direito à vista fora de cartório e rem-se a:
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I – manifestação intempestiva do peticioná- desentranhamento, constando o nome e
rio; documento de identificação de quem as re-
cebeu em devolução, além do competente
II – documentação evidentemente estranha recibo.
aos autos;
Art. 173. Salvo motivada determinação judicial
III – documentos que não tenham servido em sentido contrário e os títulos de crédito, fica
de base para fundamentação de qualquer dispensada a certificação do número do proces-
decisão proferida nos autos ou para a mani- so nas peças e documentos desentranhados dos
festação da parte contrária. autos.
§ 1º Nestas hipóteses, será colocada uma Art. 174. Transitada em julgado a sentença, os
folha em branco no lugar das peças ou do- objetos anexados às manifestações processuais
cumentos desentranhados, anotando-se a serão devolvidos às partes ou seus procurado-
folha dos autos em que lançada a certidão res, mediante solicitação ou intimação para re-
de desentranhamento, vedada a renumera- tirada em até 30 (trinta) dias, sob pena de des-
ção das folhas do processo. truição.
§ 2º As peças e documentos juntados por Art. 175. O escrivão verificará periodicamente
equívoco aos autos serão imediatamente o classificador para arquivamento provisório de
desentranhados e juntados aos autos cor- petições e documentos desentranhados:
retos ou, quando não digam respeito a fei-
tos da vara ou ofício de justiça, devolvidos I – quando constatar a existência de peças
ao setor de protocolo, de tudo lavrando-se não retiradas há 1 (um) ano do desentra-
certidão. nhamento, reiterará a intimação dos advo-
gados para retirá-las;
Art. 172. Deferido ou determinado de ofício o
desentranhamento, caberá ao ofício de justiça: II – decorridos 2 (dois) anos do desentra-
nhamento, as petições e documentos não
I – desentranhar as peças, certificando-se; retirados pelos advogados serão encami-
II – manter os documentos em local ade- nhadas à Ordem dos Advogados do Brasil lo-
quado, para sua posterior entrega; cal, anotando-se no sistema informatizado
oficial.
III – intimar o interessado a retirar a docu-
mentação no prazo de 5 (cinco) dias, se ou- Parágrafo único. Nas demais hipóteses, o escri-
tro não for assinalado pelo Juiz. vão remeterá à conclusão as petições e docu-
mentos desentranhados e não retirados, para
§ 1º A certidão de desentranhamento men- que o juiz determine a destinação adequada.
cionará a numeração das folhas desentra-
nhadas e, quando o caso, daquela na qual se Seção XIX
determinou o ato e a eventual substituição DO ARQUIVAMENTO DE PROCESSOS
por cópias simples.
§ 2º As peças desentranhadas dos autos, Subseção I
enquanto não entregues ao interessado, se- DISPOSIÇÕES GERAIS
rão guardadas em classificador próprio, sen-
do vedado grampeá-las na contracapa dos Art. 176. Nenhum processo será arquivado sem
autos. sentença definitiva ou terminativa, incluindo
nesse último caso a hipótese de decisão de ex-
§ 3º A devolução de peças desentranhadas tinção do processo em razão da estabilização
efetuar-se-á mediante termo nos autos, da tutela de que trata o art. 304, §1º do Código
lançado imediatamente após a certidão de de Processo Civil, salvo os casos legais de sus-
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§ 6º Fica vedada às partes e advogados a re-
tirada de processos nos depósitos do Arqui-
vo Geral.
§ 7º Assim que recebidos os autos do arqui-
vo, o ofício de justiça lançará o recebimento
no sistema informatizado oficial, evitando-
-se novas requisições de processos que já se
encontram nas unidades judiciais. § 8º Para
rearquivamento de processos, os ofícios de
justiça utilizarão a relação de devolução ao
arquivo.
Art. 188. É expressamente vedado o manuseio
de autos processados em segredo de justiça, ex-
ceção feita às partes e aos advogados por elas
constituídos, ou mediante ordem judicial ex-
pressa.
Parágrafo único. A extração de cópia re-
prográfica ou certidão de processos com
segredo de justiça, bem como o desentra-
nhamento de documentos, dependerão de
despacho do juiz competente.
Art. 189. Permite-se a pesquisa histórica em de-
pendência apropriada junto ao Arquivo Geral,
desde que previamente autorizada.
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Seção IX
Dos Papéis em Andamento ou Findos
Art. 103. Os papéis em andamento ou findos serão bem conservados e, quando for o
caso, encadernados, classificados ou catalogados, aplicando-se, quanto ao seu
descarte, o disposto no § 2º do art. 74.
Seção X
Das Certidões
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§ 1º Sempre que possível, as certidões serão expedidas com base nos assentamentos
constantes do sistema informatizado, cabendo ao escrivão dar a sua fé pública do que
nele constar ou não, admitida, de qualquer forma, a consulta aos autos de processos
em andamento ou findos, livros ou papéis a seu cargo, caso em que se designará o
número e a página do livro ou processo onde se encontra o assentamento.
89
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§ 3º Serão atendidos em 5 (cinco) dias úteis os pedidos de certidões de objeto e pé
formulados pelo correio eletrônico (e-mail) institucional de um ofício de justiça para
outro. A certidão será elaborada e encaminhada pelo ofício de Justiça diretamente à
unidade solicitante.
§ 4º Se houver necessidade de requisição de autos do Arquivo Geral, os prazos deste
artigo contar-se-ão do recebimento do feito pelo ofício de justiça.
§ 5º A expedição de certidão de processos que correm em segredo de justiça
dependerá de despacho do juiz competente.
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Seção XI
Dos Mandados
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Art. 106. Na hipótese do mandado anterior não consignar elementos essenciais para o
cumprimento da nova diligência, será dispensado o seu desentranhamento e
aditamento, expedindo-se novo mandado.
Art. 108. Os mandados que devam ser cumpridos pelos oficiais de justiça serão
distribuídos, na forma regulada pela Corregedoria Geral da Justiça, aos que estiverem
lotados ou à disposição das respectivas comarcas ou varas. Parágrafo único. Os
mandados de prisão não serão entregues aos oficiais de justiça, mas encaminhados ao
Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt – IIRGD.
94
Art. 109. Nas certidões de expedição e de entrega dos mandados, constarão o nome
do oficial de justiça a quem confiado o mandado e a data da respectiva carga.
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Seção XII
Dos Ofícios
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Seção XIII
Das Comunicações Oficiais, Transmissão de Informações Processuais e Prática de Atos
Processuais por Meio Eletrônico
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VI - selecionar as opções de confirmação de entrega e de confirmação de leitura da
mensagem;
VII - assinar a mensagem com seu certificado digital;
VIII - imprimir os comprovantes de confirmação de entrega e de leitura, para juntada
aos autos, assim que recebê-los;
IX - inserir no sistema informatizado de andamento processual a informação de envio
da mensagem eletrônica.
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Art. 117. A resposta aos e-mails deverá ser dada eletronicamente, cabendo ao juiz, a
quem a mensagem houver sido encaminhada nos termos do inciso V do art. 116, ou
ao funcionário, encarregado do envio da resposta, preencher no campo “para” o
endereço do correio eletrônico (e-mail) da unidade cartorária do remetente da
mensagem original.
104
Art. 119. Em se tratando de documentos que devam ser juntados em processo digital,
será feita em PDF a impressão de que cuidam os incisos IV e VIII do art. 115 e o inciso II
do art. 116.
Art. 120. Nos casos de inoperância do certificado digital ou enquanto não for
disponibilizado, o remetente materializará o documento em papel, colherá a
assinatura, digitalizará o documento assinado e o enviará como anexo da mensagem
eletrônica.
Art. 121. Cumpridas as providências dos arts. 115, 116 e 117, as mensagens
eletrônicas e seus anexos serão deletados.
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Seção XIV
Das Cartas Precatórias, Rogatórias e Arbitrais
Art. 122. A carta precatória será confeccionada em 3 (três) vias, servindo, uma delas,
de contrafé.
§ 1º O pagamento da taxa judiciária, devida em razão do cumprimento, deverá ser
demonstrado até o momento da distribuição, mediante a juntada da 1ª via original do
respectivo comprovante de recolhimento.
§ 2º Quando o ato deprecado for a citação, será instruída com tantas cópias da petição
inicial quantas sejam as pessoas a citar.
Art. 123. Constatado que o ato pode ser cumprido em endereço de jurisdição diversa
daquela constante da carta precatória, ou ainda, que o endereço originário pertence à
outra jurisdição, deverá o juízo deprecado encaminhá-la ao juízo competente,
comunicando tal fato ao juízo deprecante.
106
Art. 125. As cartas precatórias não serão autuadas, servindo os encartes remetidos
pelo juízo deprecante como face das mesmas, sobre os quais o ofício de justiça
deprecado afixará a etiqueta adesiva remetida pelo ofício do distribuidor, que servirá
de identificação das partes e da natureza do feito, cuidando também anotar no alto, à
direita, o número do processo.
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Art. 128. É permitida a retirada da carta cumprida junto ao juízo deprecado, para a
entrega ao juízo deprecante, desde que nela conste o nome do advogado da parte que
tiver interesse no cumprimento do ato8 , com o número da respectiva inscrição na
Ordem dos Advogados do Brasil.
108
Art. 129. Ao retornar cumprida a precatória, o escrivão judicial juntará, aos autos
principais, apenas as peças essenciais, imprescindíveis à compreensão das diligências
realizadas no juízo deprecado, especialmente as certidões de lavra dos oficiais de
justiça e os termos do que foi deprecado, salvo determinação judicial em contrário.
Art. 130. Havendo urgência, transmitir-se-á a carta precatória por fac-símile (fax),
telegrama, telefone, radiograma ou correio eletrônico (e-mail), observando-se as
cautelas previstas nos arts. 264 e 265 do Código de Processo Civil e nos arts. 354 e 356
do Código de Processo Penal.
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Parágrafo único. A via original da carta não será encaminhada ao juízo deprecado. Será
encartada aos autos, juntamente com a certidão de sua transmissão, tão-logo ocorra o
pedido de confirmação de seu teor por parte do juízo destinatário.
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Seção XV
Das Intimações
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Parágrafo único. Será publicada apenas a parte dispositiva das decisões proferidas em
procedimentos de natureza disciplinar ou em processos de dúvida, podendo o
Corregedor Geral da Justiça, se entender necessário, determinar a sua publicação
integral, após o trânsito em julgado.
Art. 136. A publicação omissa em relação aos requisitos constantes dos arts. 134 e
135 e que cause efetivo prejuízo a qualquer das partes será considerada nula.
114
Art. 139. Os escrivães judiciais farão publicar no Diário da Justiça, juntamente com as
respectivas intimações, o valor da taxa judiciária que deve ser recolhida pelas partes,
bem como o valor das importâncias que, objeto de cálculo, devam ser depositadas,
em quaisquer processos e a qualquer título.
Parágrafo único. Todas as intimações, publicadas para que as partes se manifestem
sobre cálculos e contas, conterão os respectivos valores, em resumo, limitando-se a
publicação ao que baste para a perfeita ciência das partes sobre o objeto do cálculo
ou da conta.
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Parágrafo único. Quando o processo tramitar sob segredo de justiça, os editais de
citação deverão conter o nome completo do réu e apenas o conteúdo indispensável à
finalidade do ato, sem as especificações da petição inicial, abreviandose os nomes das
demais partes envolvidas a fim de resguardar o segredo de justiça.
Art. 142. Caberá aos escrivães judiciais velar pelo adequado cumprimento das normas
atinentes às publicações ou às intimações por carta, conferindo diariamente seu teor,
sem prejuízo da fiscalização ordinária dos Juízes Corregedores Permanentes.
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Seção XVII
Da Consulta e da Carga dos Autos
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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I – Capítulo III Seções IX a XV, XVII a XIX – Prof. Giuliano Tamagno
Art. 158. Para garantia do direito de ACESSO aos autos que não corram em segredo de
justiça, poderão os advogados ou estagiários de Direito, regularmente inscritos na OAB,
que não tenham sido constituídos procuradores de quaisquer das partes, retirar os
autos para cópia, pelo período de 1 (uma) hora, mediante controle de movimentação
física, devendo o serventuário consultar ao sítio da Ordem dos Advogados do Brasil da
Internet, à vista da Carteira da OAB apresentada pelo advogado ou estagiário de Direito
interessado, com impressão dos dados obtidos, os quais serão conferidos pelo servidor
antes da entrega dos autos, observadas, ainda, as demais cautelas previstas para a
carga rápida, conforme o disposto no art. 165.
126
Parágrafo único. A carga rápida de que trata este artigo também será concedida à
pessoa credenciada pelo advogado ou sociedade de advogados, não sendo dispensada
a consulta ao sítio da Ordem dos Advogados do Brasil dos dados referentes ao
advogado ou sociedade de advogados que autorizar a retirada dos autos. O preposto
deverá apresentar, além da autorização prevista no § 7º do artigo 272 do Código de
Processo Civil, o respectivo documento de identidade.
Art. 159. Nos casos complexos ou com pluralidade de interesses, a fim de que não seja
prejudicado nem o andamento do feito e nem o acesso aos autos, fica autorizada a
retirada de cópias de todo o feito, que ficarão à disposição para consulta dos
interessados.
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Art. 160. Na hipótese de os processos correrem em segredo de justiça, o seu exame,
em cartório, será restrito às partes e a seus procuradores devidamente constituídos.
§ 1º As entidades que reconhecidamente prestam serviços de assistência judiciária
poderão, por intermédio de advogado com procuração nos autos, autorizar a consulta
de processos que tramitam em segredo de justiça em cartório pelos acadêmicos de
Direito não inscritos na OAB. Referida autorização deverá conter o nome do
acadêmico, o número de seu RG e o número e/ou nome das partes do processo a que
se refere a autorização, que será juntada posteriormente aos autos.
§ 2º É vedado o acesso a autos de processos que correm em segredo de justiça por
estagiários não inscritos ou com inscrição vencida na OAB.
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§ 4º O procedimento previsto neste artigo poderá ser aplicado a outras modalidades
de cargas, desde que disponível a funcionalidade (carga eletrônica) no sistema
informatizado para outros destinatários e o método se revele eficiente.
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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I – Capítulo III Seções IX a XV, XVII a XIX – Prof. Giuliano Tamagno
Art. 164. Não havendo fluência de prazo, os autos somente serão retirados em carga
mediante requerimento.
§ 1º Na fluência de prazo, os autos não sairão do ofício de justiça, salvo nas hipóteses
expressamente previstas na legislação vigente, ressalvado, porém, em seu curso ou em
outras hipóteses de impossibilidade de retirada dos autos, o direito de requisição de
cópias quando houver justificada urgência na extração respectiva, mediante
autorização judicial, observando-se o procedimento próprio.
§ 2º Na fluência de prazo comum, só em conjunto ou mediante prévio ajuste por
petição nos autos os procuradores das partes ou seus prepostos retirarão os autos,
ressalvada a obtenção de cópias para a qual cada procurador ou preposto poderá
retirá-los pelo prazo de 2 (duas) a 6 (seis) horas, mediante carga, independentemente
de ajuste, observado o término do expediente forense.
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Art. 165. A carga rápida dos autos será concedida pelo escrivão ou o escrevente
responsável pelo atendimento, pelo período de uma hora, mediante controle de
movimentação física dos autos, conforme formulário a ser preenchido e assinado por
advogado ou estagiário de Direito devidamente constituído no processo, ou ainda por
pessoa credenciada pelo advogado ou sociedade de advogados, respeitado o seguinte
procedimento:
I - os requerimentos serão recepcionados e atendidos desde que formulados até às 18h;
II - o formulário de controle de movimentação física será juntado aos autos no exato
momento de sua devolução ao ofício de justiça, certificando-se o respectivo período de
vista;
III - na hipótese dos autos não serem restituídos no período fixado, competirá ao escrivão
judicial representar, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, ao Juiz Corregedor Permanente,
inclusive para fins de providências competentes junto à Ordem dos Advogados do Brasil
(EOAB, arts. 34, inciso XXII, e 37, inciso I).
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Art. 166. É vedada a retenção do documento de identificação do advogado ou do
estagiário de Direito no ofício de justiça, para a finalidade de controle de carga de
autos, em qualquer modalidade ou circunstância.
142
Art. 167. O advogado deve restituir, no prazo legal, os autos que tiver retirado do ofício
de justiça. Se intimado pessoalmente, o advogado não devolver os autos no prazo de 3
(três) dias, perderá o direito à vista fora de cartório e incorrerá em multa
correspondente à metade do salário mínimo.
§ 1º Verificada a falta, o juiz comunicará o fato à seção local da Ordem dos Advogados
do Brasil para procedimento disciplinar e imposição das penalidades.
§ 2º O expediente de cobrança de autos receberá autuação singela, sem necessidade
de registro.
§ 3º Devolvidos os autos, o ofício de justiça, depois de seu minucioso exame, juntará o
expediente de cobrança de autos, certificando a data e o nome de quem os retirou e
devolveu.
§ 4º Na hipótese de extravio dos autos, o expediente de cobrança instruirá o respectivo
procedimento de restauração.
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Art. 168. O escrivão ou o chefe de seção deverá, mensalmente, até o décimo dia útil
do mês subsequente, verificar o cumprimento dos prazos de devolução dos autos
retirados, relacionar, em duas vias, os autos em poder das partes além dos prazos
legais ou fixados, a primeira encaminhada, sob forma de representação, ao Juiz
Corregedor Permanente, para as providências previstas no art. 167 e a segunda via,
para acompanhamento e controle, arquivada em pasta própria.
Art. 169. O disposto nesta seção aplica-se, no que couber, a todos os demais
destinatários de carga.
144
Seção XVIII
Do Desentranhamento de Peças e Documentos dos Autos
Art. 171. Não haverá substituição das peças ou dos documentos desentranhados por
cópia quando, a critério do juiz do processo, referirem-se a:
I - manifestação intempestiva do peticionário;
II - documentação evidentemente estranha aos autos;
III - documentos que não tenham servido de base para fundamentação de qualquer
decisão proferida nos autos ou para a manifestação da parte contrária.
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§ 1º Nestas hipóteses, será colocada uma folha em branco no lugar das peças ou
documentos desentranhados, anotando-se a folha dos autos em que lançada a certidão
de desentranhamento, vedada a renumeração das folhas do processo.
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Do Desentranhamento de Peças e Documentos dos Autos
pelo interessado ou
Facultada a substituição por cópia simples poderá ser requerido
pelo juiz, de ofício
q Enquanto não entregues ao interessado, serão guardadas em classificador próprio, sendo vedado
grampeá-las na contracapa dos autos.
q A devolução será mediante termo nos autos, lançado imediatamente após a certidão de
desentranhamento, constando o nome e documento de identificação de quem as recebeu em
devolução, além do competente recibo.
q A certidão de desentranhamento mencionará a numeração das folhas desentranhadas e, quando o
caso, daquela na qual se determinou o ato e a eventual substituição por cópias simples.
q Salvo motivada determinação judicial em sentido contrário e os títulos de crédito, fica dispensada
a certificação do número do processo nas peças e documentos desentranhados dos autos.
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Seção XIX
Do Arquivamento de Processos
Subseção I
Disposições Gerais
Art. 176. Nenhum processo será arquivado sem sentença definitiva ou terminativa,
incluindo nesse último caso a hipótese de decisão de extinção do processo em razão
da estabilização da tutela de que trata o art. 304, §1º do Código de Processo Civil,
salvo os casos legais de suspensão do processo por prazo indeterminado, quando não
será comunicada a sua extinção.
CPC - Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a
conceder não for interposto o respectivo recurso.
§ 1o No caso previsto no caput, o processo será extinto.
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Art. 177. Após a publicação da decisão que determinou o arquivamento, os processos
permanecerão no ofício de justiça por 30 (trinta) dias, findo os quais serão
confeccionados os pacotes de arquivo em, no máximo, 30 (trinta) dias, realizadas as
anotações e atos necessários.
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Do Arquivamento de Processos
Definitiva
Nenhum processo será arquivado sem sentença: ou
Terminativa
Arquivamento deverá
Após o prazo serão confeccionados os pacotes de arquivo em
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III - na tampa da caixa de arquivo será colado o impresso próprio, emitido pelo sistema
informatizado oficial, onde serão anotados a denominação completa do ofício de
justiça correspondente e os números dos processos, em ordem crescente,
desprezando-se o ano do registro do feito. Será anotado na parte inferior do impresso,
o número da respectiva caixa, de forma destacada.
Parágrafo único. No sistema informatizado oficial será anotado o número da caixa de
arquivamento do respectivo processo.
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Art. 181. Os requerimentos de desarquivamento de autos, ressalvadas as exceções
legais, serão instruídos com o comprovante de recolhimento da respectiva taxa.
§ 1º Na ausência da guia de recolhimento, o advogado (subscritor ou responsável
indicado) será intimado a recolher as respectivas custas ou retirar a petição, no prazo
de 5 (cinco) dias.
§ 2º Da publicação no Diário da Justiça Eletrônico, com a observação de se tratar de
“petição irregular”, constará, quando possível, todos os dados necessários a sua
identificação.
§ 3º Desatendida a intimação no prazo estabelecido, a petição será encaminhada à
Ordem dos Advogados do Brasil local. Subseção II Do Arquivamento de Processos na
Comarca da Capital .
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Art. 185. Além do requerimento formulado ao ofício de justiça onde tramitou o feito,
o interessado poderá solicitar o desarquivamento, consultar e obter cópias
reprográficas dos processos depositados no Arquivo Geral diretamente nas
dependências da Coordenadoria de Arquivos, Setor de Consultas.
§ 1º A requisição de consulta será feita em 4 (quatro) vias, servindo uma delas de
protocolo à parte interessada.
§ 2º Os processos permanecerão à disposição do interessado no local de consulta
pelo prazo de 8 (oito) dias úteis, findo o qual serão devolvidos ao arquivo.
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Normas da Corregedoria
Geral da Justiça
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§ 4º Os originais dos documentos digitaliza- tocolo de origem. Se a verificação ocorrer
dos, mencionados no § 3º deste artigo, de- após o cadastramento da petição pelo Ofí-
verão ser preservados pelo seu detentor até cio de Justiça, caberá a este adotar as pro-
o final do prazo para. interposição de ação vidências necessárias para a devida regula-
rescisória, observadas, quanto aos ofícios rização.
de justiça, as disposições destas Normas de
Serviço. § 2º Admitir-se-á, nos Foros Digitais, o pro-
tocolo integrado de petições em papel diri-
Art. 1.193. É de exclusiva responsabilidade do gidas a processos físicos em tramitação nas
titular de certificação digital o uso e sigilo da demais Comarcas do Estado.
chave privada da sua identidade digital, não
sendo oponível, em nenhuma hipótese, alega- Art. 1.222. Em caso de indisponibilidade do ser-
ção de seu uso indevido. viço de peticionamento eletrônico ou impossibi-
lidade técnica, a petição intermediária em papel
Art. 1.194. Todos os atos processuais do proces- será recebida desde que observados os requisi-
so eletrônico serão assinados eletronicamente, tos do § 4º do artigo 1.205 destas Normas de
por meio de certificação digital. Serviço.
Art. 1.195. Será considerada original a versão § 1º Deferida a juntada pelo juiz do feito, o
armazenada no servidor do Tribunal de Justiça ofício de justiça protocolará a petição, dis-
do Estado de São Paulo, enquanto o processo pensada a remessa para o Setor de Proto-
estiver em tramitação ou arquivado. colo, e caso verifique o funcionamento do
sistema informatizado, procederá à digita-
Seção IV lização da das peças e o trâmite eletrônico
DO PROTOCOLO DE PETIÇÕES regular do processo.
INTERMEDIÁRIAS § 2º Caso inoperante o sistema, o proces-
samento seguirá fisicamente, devendo o
Art. 1.220. As petições intermediárias serão
ofício de justiça proceder à digitalização tão
apresentadas pelo peticionamento eletrônico e
logo seja restabelecido o funcionamento.
encaminhadas diretamente ao ofício de justiça
§ 3º Nos casos dos parágrafos anteriores,
correspondente. Parágrafo único. Na hipótese
cientificar-se-á o requerente de que terá 45
de materialização do processo, cuja tramitação
(quarenta e cinco) dias, a partir da digitali-
era em meio eletrônico, passarão a ser admiti-
zação, para retirar a petição, sob pena de
das petições em meio físico. Retomada a trami-
inutilização da peça e dos documentos pelo
tação no meio eletrônico, não mais serão admi-
ofício de justiça.
tidas petições em meio físico.
Art. 1.221. Ressalvado o disposto neste Capítu- Seção V
lo, os Setores de Protocolo do Tribunal de Justi- DA CONSULTA ÀS MOVIMENTAÇÕES
ça do Estado de São Paulo não poderão receber PROCESSUAIS E DECISÕES
petições em papel dirigidas aos processos que
tramitam eletronicamente. Art. 1.224. É livre a consulta, no sítio do Tribunal
de Justiça do Estado de São Paulo, às movimen-
§ 1º Em caso de recebimento indevido, ca- tações processuais, inteiro teor das decisões,
berá ao Setor de Protocolo de origem can- sentenças, votos, acórdãos e aos mandados de
celar o protocolo e intimar o peticionário prisão registrados no BNMP.
pelo Diário da Justiça Eletrônico – DJE para
retirada da petição. Se o Ofício de Justiça § 1º O advogado, o defensor público, as
verificar o recebimento indevido antes do partes e o membro do Ministério Público,
cadastramento, devolverá a petição ao pro- cadastrados e habilitados nos autos, terão
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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I – Capítulo XI - Seções I, IV e V – Prof. Giuliano Tamagno
acesso a todo o conteúdo do processo ele- digital ou login e senha, poderão consultar
trônico . a íntegra de processos públicos e a íntegra
de processos em que decretado o segredo
§2º Os advogados, defensores públicos, de justiça, desde que, no último caso, este-
procuradores e membros do Ministério jam vinculados por força de procuração nos
Público, não vinculados a processo, previa- autos;
mente identificados, poderão acessar todos
os atos e documentos processuais armaze- II – às partes será fornecida senha para
nados, salvo nos casos de processos em sigi- acesso à íntegra de seu processo eletrônico
lo ou segredo de justiça. juntamente com a citação ou quando soli-
citada, sendo possível o requerimento e a
Art. 1.225. Os processos que tramitam no siste- retirada pelo advogado constituído, circuns-
ma de processamento eletrônico do Tribunal de tância essa que deverá ser certificada nos
Justiça do Estado de São Paulo, em segredo de autos;
justiça, só poderão ser consultados pelas partes
e procuradores habilitados a atuar no processo. III – para consulta da íntegra dos autos di-
gitais na internet será fornecida senha de
§ 1º A indicação de que um processo está acesso a peritos, assistentes e outros au-
submetido a segredo de justiça deverá ser xiliares da justiça nomeados nos autos, de
incluída no sistema de processamento ele- acordo com o tipo de participação no pro-
trônico do Tribunal de Justiça do Estado de cesso.
São Paulo:
Parágrafo único. As senhas de acesso serão
I – no ato do ajuizamento por indicação do fornecidas exclusivamente pelo respectivo
advogado ou procurador; ofício de justiça, sendo necessária a com-
II – no ato da transmissão, quando se tra- provação documental da condição de parte,
tar de recurso interposto em primeiro grau, na hipótese do requerimento previsto no
pelo órgão judicial de origem; inciso II, e a autorização do magistrado, nas
hipóteses do inciso III.
III – por determinação do juiz ou do relator;
Art. 1.226-A. O acesso à integra dos processos
IV – automaticamente, por expressa previ- digitais que não tramitem sob segredo de justi-
são legal, conforme tabela de classes e as- ça a terceiro interessado será franqueado me-
suntos padronizadas no sistema. diante uso de senha pessoal e intransferível, dis-
§ 2º A indicação implica impossibilidade de ponibilizada para utilização pelo período de 24
consulta dos autos por quem não seja parte (vinte e quatro) horas após a sua emissão.
no processo, nos termos da legislação es- § 1º O terceiro interessado apresentará re-
pecífica, e é presumida válida, até decisão querimento próprio contendo sua qualifi-
judicial em sentido contrário, de ofício ou a cação e a declaração de responsabilidade
requerimento da parte. pessoal pelo conteúdo das informações
§ 3º A indicação proveniente do advogado acessadas.
ou procurador será submetida à imediata § 2º A impressão da senha será providencia-
análise pelo juiz. da pela unidade judicial por onde tramita o
Art. 1.226. A consulta da íntegra de processos feito, sendo uma senha por processo/inte-
eletrônicos na internet observará as seguintes ressado.
regras: § 3º Após digitalizados e importados para
I – os advogados, após cadastramento no os autos, os requerimentos serão arquiva-
Portal E-Saj, e mediante uso da certificação dos em classificador próprio.
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§ 4º Decorridos 45 (quarenta e cinco) dias
da emissão da senha, os documentos men-
cionados no parágrafo anterior poderão
ser inutilizados, observadas as diretrizes do
Comunicado SAD nº 11/2010.5 Art. 1.227.
Sempre que possível, os documentos serão
disponibilizados na internet para impressão
pelo advogado ou interessado.
Parágrafo único: Revogado.
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CAPÍTULO XI
DO PROCESSO ELETRÔNICO S
Seção I
Do Sistema de Processamento Eletrônico
Art. 1.189. Processo eletrônico é o processo judicial cujas peças, documentos e atos
processuais constituem um conjunto de arquivos digitais, que tramitam e são
transmitidos, comunicados, armazenados e consultados por meio eletrônico, nos
termos da Lei nº 11.419, de 19 de dezembro de 2006.
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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I – Capítulo XI - Seções I, IV e V – Prof. Giuliano Tamagno
Art. 1.192. A autenticidade e integridade dos atos e peças processuais serão garantidas por sistema
de segurança eletrônica, mediante uso de certificação digital (ICP-Brasil – Padrão A3).
§ 1º Os documentos produzidos de forma eletrônica serão assinados digitalmente por seu autor,
como garantia da origem e de seu signatário.
§ 2º Os documentos digitalizados serão assinados ou rubricados;
I - no momento da digitalização, para fins de autenticação;
II - no momento da transmissão, caso não tenham sido previamente assinados ou rubricados.
§ 3º Fazem a mesma prova que os originais as reproduções digitalizadas de qualquer documento,
público ou particular, quando juntados aos autos pelos órgãos da Justiça e seus auxiliares, pelo
Ministério Público e seus auxiliares, pelas procuradorias, pelas repartições públicas em geral e por
advogados públicos ou privados, ressalvada a alegação motivada e fundamentada de adulteração
antes ou durante o processo de digitalização.
§ 4º Os originais dos documentos digitalizados, mencionados no § 3º deste artigo, deverão ser
preservados pelo seu detentor até o final do prazo para. interposição de ação rescisória, observadas,
quanto aos ofícios de justiça, as disposições destas Normas de Serviço.
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Seção IV
Do Protocolo de Petições Intermediárias
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Seção V
Da Consulta às Movimentações Processuais e Decisões
Art. 1.224. É livre a consulta, no sítio do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, às
movimentações processuais, inteiro teor das decisões, sentenças, votos, acórdãos e
aos mandados de prisão registrados no BNMP.
§ 1º O advogado, o defensor público, as partes e o membro do Ministério Público,
cadastrados e habilitados nos autos, terão acesso a todo o conteúdo do processo
eletrônico .
§2º Os advogados, defensores públicos, procuradores e membros do Ministério
Público, não vinculados a processo, previamente identificados, poderão acessar todos
os atos e documentos processuais armazenados, salvo nos casos de processos em
sigilo ou segredo de justiça.
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Art. 1.225. Os processos que tramitam no sistema de processamento eletrônico do Tribunal
de Justiça do Estado de São Paulo, em segredo de justiça, só poderão ser consultados pelas
partes e procuradores habilitados a atuar no processo.
§ 1° A indicação de que um processo está submetido a segredo de justiça deverá ser incluída
no sistema de processamento eletrônico do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo:
I - no ato do ajuizamento por indicação do advogado ou procurador;
II - no ato da transmissão, quando se tratar de recurso interposto em primeiro grau, pelo
órgão judicial de origem;
III – por determinação do juiz ou do relator;
IV – automaticamente, por expressa previsão legal, conforme tabela de classes e assuntos
padronizadas no sistema.
§ 2° A indicação implica impossibilidade de consulta dos autos por quem não seja parte no
processo, nos termos da legislação específica, e é presumida válida, até decisão judicial em
sentido contrário, de ofício ou a requerimento da parte.
§ 3º A indicação proveniente do advogado ou procurador será submetida à imediata análise
pelo juiz.
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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I – Capítulo XI - Seções I, IV e V – Prof. Giuliano Tamagno
Art. 1.226-A. O acesso à integra dos processos digitais que não tramitem sob
segredo de justiça a terceiro interessado será franqueado mediante uso de senha
pessoal e intransferível, disponibilizada para utilização pelo período de 24 (vinte e
quatro) horas após a sua emissão.
§ 1º O terceiro interessado apresentará requerimento próprio contendo sua
qualificação e a declaração de responsabilidade pessoal pelo conteúdo das
informações acessadas.
§ 2º A impressão da senha será providenciada pela unidade judicial por onde
tramita o feito, sendo uma senha por processo/interessado.
§ 3º Após digitalizados e importados para os autos, os requerimentos serão
arquivados em classificador próprio.
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Normas da Corregedoria
Geral da Justiça
Seção VI V - decisões;
DA TRAMITAÇÃO DOS VI – requerimentos;
PROCESSOS ELETRÔNICOS
VII - sentenças;
Subseção I VIII - termos de audiência;
DISPOSIÇÃO INICIAL
IX - Setor Técnico – Assistente Social;
Art. 1.228. Aplicam-se aos Ofícios de Justiça X - Setor Técnico – Psicologia.
Digitais e ao processo eletrônico, subsidiaria-
mente, e no que compatível, os dispositivos pre- Parágrafo único. Na configuração dos mo-
vistos nos demais capítulos destas Normas de delos de grupo ou usuário, o ofício de justi-
Serviço. ça preencherá:
II - atos ordinatórios;
III - certidões de cartório;
IV – despachos;
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Subseção V
DO CUMPRIMENTO DE
ORDENS JUDICIAIS
Art. 1.243. Nos ofícios de justiça onde implanta-
do o fluxo por atos, o cumprimento das ordens
judiciais dar-se-á pelos subfluxos de documen-
tos.
Subseção XIII
DA EXPEDIÇÃO DE MANDADOS
DE LEVANTAMENTO
Art. 1.265. Os processos que se encontram na
fase de expedição de mandados de levantamen-
to serão encaminhados para a fila “ag. análise
de cartório urgente”.
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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I - Capítulo III Seção VIII – Subseções I, II e III – Prof. Giuliano Tamagno
Seção VI
Da Tramitação dos Processos Eletrônicos
Subseção I
Disposição inicial
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Subseção III
Da Elaboração de Expedientes pelo Ofício de Justiça
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Art. 1.238. A criação de modelos de grupo ou usuário realizar-se-á a partir dos
modelos institucionais ou da autoria intelectual do magistrado e somente será
permitida para as seguintes categorias:
I - ajuizamentos;
II - atos ordinatórios;
III - certidões de cartório;
IV – despachos;
V - decisões;
VI – requerimentos;
VII - sentenças;
VIII - termos de audiência;
IX - Setor Técnico – Assistente Social;
X - Setor Técnico – Psicologia.
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Art. 1.239. O juiz somente lançará no documento assinatura eletrônica, mesmo que o
ato deva ser praticado junto à unidade judicial ou extrajudicial de outro Estado da
Federação.
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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Tomo I - Capítulo III Seção VIII – Subseções I, II e III – Prof. Giuliano Tamagno
Subseção V
Do Cumprimento de Ordens Judiciais
Art. 1.243. Nos ofícios de justiça onde implantado o fluxo por atos, o cumprimento
das ordens judiciais dar-se-á pelos subfluxos de documentos.
Subseção XIII
Da Expedição de Mandados de Levantamento
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www.acasadoconcurseiro.com.br 1227