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ENGENHARIA CIVIL
FELIPE VICENTINI
LUCIANO
SILVANO EMMANUEL
AVARÉ – SP
2012
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FELIPE VICENTINI
LUCIANO
SILVANO EMMANUEL
Avaré
2012
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO....................................................................................... 4
4. CAUSAS DE RECALQUES................................................................ 10
5. RECALQUE DIFERENCIAL...............................................................11
5.1. PREVENÇÃO DOS RECALQUES DIFERENCIAIS.....................12
7. ESTIMATIVAS DE RECALQUE..........................................................18
7.1. ESTIMATIVA DA VELOCIDADE DO DESENVOLVIMENTO DO RECALQUE.19
9. CONCLUSÃO...........................................................................................20
10. REFERÊNCIAS.....................................................................................21
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1.Introdução
Recalque, na área da Engenharia Civil, significa um fato que ocorre quando uma
edificação sofre um rebaixamento devido ao adensamento do solo(diminuição dos seus
vazios) sob sua fundação. É um desnivelamento de uma estrutura, piso ou terrapleno, devido à
deformação do solo.
Os recalques podem ocorrer tanto em solos que suportam edificações com fundações
rasas(sapata, radiers, etc) quanto com fundações profundas(estaca, broca, tubulões, etc), a
depender das condições geotécnicas do terreno onde as fundações serão implantadas.
se tornar um obstáculo para a recuperação total ou parcial dos edifício de modo a garantir as
mesmas condições de funcionalidade e desempenho estrutural antes da ocorrência dos
recalques.
No caso particular dos solos do interior paulista originários das formações geológicas
do Grupo Bauru, observa-se que tais solos são predominantemente constituídos por areia fina
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argilosa, vermelha ou marrom escura, com uma estrutura bastante porosa nos horizontes
superficiais. Alguns resultados de ensaios de sondagens de simples reconhecimento(SPT)
indicam que nos primeiros metros(menor que 6 metros) o índice de resistência à penetração
é muito baixo,(geralmente NSPT menor que 4 golpes) ocorrendo um ligeiro crescimento com
o aumento da profundidade. Além disso, o nível da água é normalmente profundo, sendo
raramente encontrado nos furos de sondagem, resultando em um solo não saturado.
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O NsPT ou índice de resistência à penetração é obtido a partir da cravação de um amostrador de padronização
internacional, onde, a cada metro, o mesmo é cravado no terreno através do impacto de uma massa metálica de
65 kg caindo em queda livre de 75 cm de altura. Desta forma, o valor do NSPT será a quantidade de golpes
necessários para fazer penetrar os últimos 30 cm do amostrador padrão no fundo do furo. Despreze-se, no
entanto, o número de golpes correspondentes a cravação dos 15 cm iniciais do amostrador. As diretrizes para a
execução de sondagens SPT são regidas pela NBR 6484, q qual recomenda que em cada metro do ensaio SPT,
deve ser feita a penetração total dos 45 cm do amostrador ou até que a penetração seja inferior a 5 cm de cada 10
golpes sucessivos. A cada ensaio SPT prossegue-se a perfuração até a profundidade do novo ensaio.
Nesses solos os grãos são ligados pelos contatos de suas pontas, as quais se mantêm
precariamente unidas por uma fraca cimentação. Quando sobre tais solos atua uma carga
superior ao seu peso de terra, concomitantemente com o aumento do teor de umidade do
mesmo, ocorre a quebra estrutural das ligações de cimentação que mantinham os grãos
unidos.
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As fundações diretas ou rasas( sapatas e radiers) são elementos que não apresentam
comportamento satisfatório, em termos de segurança principalmente, quando construídos
sobre solos argilosos moles devido å possibilidade de ocorrência de recalques diferenciais
excessivos e, consequentemente, o comprometimento estrutural da edificação. Alem disso,
ressalta-se que também não é recomendável construir fundações rasas em terrenos mais
resistentes que se encontram, porém, apoiados em camadas subjacentes de solos argilosos
moles. Nestes casos, recomenda-se adotar fundações profundas que atravessem a camada de
solos argiloso mole e fiquem ‘cravadas‘ em solos mais resistentes.
Alguns casos típicos de fundações rasas construídas em terrenos constituídos por solos
argilosos moles são as edificações situadas ao longo da orla de Santos-SP, construídas na
década de 70, quando ainda não havia a prática das fundações profundas. As fundações rasas
foram construídas sobre uma camada de areia compacta com profundidade de
aproximadamente 10 metros, mas que estava apoiada sobre uma camada espesa de argila
mole altamente compressível.
Deste modo, na presença de terrenos formados por solos argilosos moles não é
prudente a adoção de fundações rasas ou diretas para a construção de edificações,
principalmente quando existirem cargas elevadas como as de grandes edifícios, por exemplo.
Nesses casos recomenda-se a utilização de fundações profundas, visando atingir
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4. CAUSAS DE RECALQUES
• Solos Colapsíveis
Solos de elevadas porosidades, quando entram em contato com a água, ocorre a destruição
da cimentação intergranular, resultando um colapso súbito deste solo.
• Escavações em áreas adjacentes à fundação mesmo com paredes ancoradas, podem ocorrer
movimentos, ocasionando recalques nas edificações vizinhas.
•Vibrações
5. Recalque diferencial
Recalque admissível de uma edificação é o recalque limite que uma edificação pode
Segundo extensa pesquisa levada a efeito por Skempton e MacDonald (1956), na qual
foram estudados cerca de 100 edifícios, danificados ou não, os danos funcionais dependem
principalmente da grandeza dos recalques totais; já os danos estruturais e arquitetônicos
dependem essencialmente dos recalques diferenciais específicos. Ainda segundo os mesmos
autores, no caso de estruturas normais (concreto ou aço), com painéis de alvenaria, o recalque
diferencial específico não deve ser maior que:
No quadro abaixo são apresentados os principais tipos de deformações que ocorrem nos solos
e suas causas mais Prováveis
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Recalques Imediatos
O cálculo de recalque para solos não coesivos (solos granulares), solos para os quais a
teoria do adensamento não é aplicada (argilas e siltes não saturados), e o recalque por
distorção de solos argilosos saturados pode-se calcular através da seguinte equação, baseada
na teoria da elasticidade.
CALCULO
W Z dz
M 1 2
1 2
tan . .I m W I q . B . .I W
B . L2 Es Es
Onde:
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M = momento aplicado
Iw e Im = fatores de influência
FÓRMULA
2
3 .C W .C d .qa 2 B
S .
N B 1
Onde:
S = recalque de 1”
* Cw = 1,0 para profundidade (Dw) do nível d’água abaixo da fundação maior que 2B.
Metodologia de cálculo:
OBSERVAÇÃO
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2 – não se faz a correção devido a presença de água para profundidade Dw entre 0 e 2,0.
MÉTODO DE D’APPOLONIA
FÓRMULA
q . B . 0 . 1 M
E
S
M 1 2
Metodologia de cálculo
2 – obter 0 da Figura 2.
3 – obter M
O método foi proposto para o caso de sapata rígida de dimensões módicas apoiada em areia e
baseia-se nos resultados de ensaios de penetração contínua (CPT).
2B IZ
S C1C 2 P dh
0 E
p '0 t
C 1 1 0 ,5 C 2 1 0 , 2 . log
P 0 ,1
Onde:
P = acréscimo de pressão;
E = 2.qc
Metodologia de cálculo:
qc = K.N
SOLO K (MPa)
Silte arenoso 0,45
Areia argilosa 0,55
Areia siltosa 0,7
Areia 0,9
Areia com pedregulho 1,1
𝐷 𝜎𝑎 ̅̅̅̅
𝜎𝑓 𝑡
𝜌𝑓 = . (𝐶𝑟. 𝑙𝑜𝑔 + 𝐶𝑐. 𝑙𝑜𝑔 ) + 𝐶𝛼𝜀. 𝐷. 𝑙𝑜𝑔
(1 + 𝑙𝑜) 𝜎𝑖
̅ 𝜎̅𝑎 𝑡𝑝
Onde:
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1. O cilindro cheio d'água, e com a mola dentro, estão em equilíbrio e representam o solo
saturado;
2. É aplicado um carregamento sobre o pistão. Nesse momento a água é que sustenta
toda a carga, pois ela pode ser considerada incompressível;
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3. À medida que a água é drenada pelo orifício, parte do carregamento passa a ser
suportado pela mola que vai encolhendo e aumentando sua resistência. O solo está
adensando;
4. O sistema volta ao equilíbrio pois a pressão da água foi toda dissipada e a mola, que
representa a estrutura sólida do solo, suporta a carga sozinha. É o fim do adensamento.
9. Conclusão
10. Referências
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webgrafia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Recalque
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mec%C3%A2nica_dos_solos#Compressibilidade
http://www.profwillian.com/sistemas/Apostila_Fundacoes.pdf
https://docs.google.com/presentation/d/1ULPj_X8EglHApGzi_xDnXwzizFha1jZUPLDqfHL
WWiw/edit?pli=1#slide=id.p58
http://www.ufpr.br
Bibliografia