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Data: Abril de 2019

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>>> “AUTONOMIA/AUTODETERMINAÇÃO DOS POVOS INDÍGENAS”

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Autodeterminação: 3.300 resultados

1. SAÚDE E POVOS INDÍGENAS NO BRASIL: NOTAS SOBRE ALGUNS TEMAS


EQUÍVOCOS NA POLÍTICA ATUAL

Resumo: O objetivo deste texto é analisar as políticas de saúde para os povos indígenas
no Brasil, tendo como marco a Constituição Federal de 1988 e os seus desdobramentos
para o atendimento médico-assistencial destas populações. Destacam-se três eixos
norteadores para esta análise: o projeto gestor, balizado pelas noções de “autonomia” e
“controle social”, mas que traduz certo modo de organização das formas de
representação e participação indígenas no plano das políticas públicas estatais; o
pressuposto da noção da “atenção diferenciada” para a construção de um modelo
assistencial inclusivo, mas operacionalmente normativo; e, por fim, a relação entre o
modelo gestor de atenção à saúde indígena e as próprias práticas terapêuticas indígenas.

Saúde de Populações Indígenas; Política de Saúde; Políticas Públicas

2. ETNODESENVOLVIMENTO LOCAL: AUTONOMIA CULTURAL NA ERA


DO NEOLIBERALISMO GLOBAL

Resumo: O artigo discute o conceito de etnodesenvolvimento local no contexto da


proposta universalista do desenvolvimento econômico por um lado e do crescente
reconhecimento da diversidade cultural por outro. Usando uma perspectiva
antropológica, o texto analisa as variadas críticas levantadas contra o modelo
hegemônico vigente de desenvolvimento junto com o surgimento de novas propostas
para um etnodesenvolvimento centrado nas reivindicações e necessidades de
determinados grupos étnicos da América Latina, com ênfase nos grupos indígenas do
Brasil. Propõe que a noção de autonomia cultural esteja na base de qualquer programa
de etnodesenvolvimento, ao mesmo tempo em que reconhece a necessidade do grupo
étnico elaborar estratégias de interação com os mercados regional, nacional e
internacional. O texto conclui com uma breve revisão tanto dos perigos quanto dos
desafios da procura de um etnodesenvolvimento ambientalmente sustentável.

Etnodesenvolvimento local; Autonomia cultural; Sustentabilidade; Povos indígenas do


Brasil.

3. DESCOLONIALIDADE E DIREITOS HUMANOS DOS POVOS INDÍGENAS


Resumo: O presente artigo trata dos direitos dos povos indígenas brasileiros. Começa
com a abordagem dos direitos reconhecidos na Constituição Federal de 1988 que
suplantou o paradigma colonial da negação, para fundar o período do reconhecimento
dos direitos diferenciados à identidade, subjetividade, comunidade, sociedade,
territorialidade e autodeterminação. Discorre sobre a nova cidadania indígena
descolonizada, ativa e criativa decorrente do reconhecimento constitucional das
múltiplos modos de ser, fazer e viver que configuram os direitos culturais coletivos
indígenas.
Direito Indígena. Descolonialidade. Cidadania. Direitos Culturais.

4. “A SOCIEDADE BRASILEIRA NOS FEZ POBRES”: ASSISTÊNCIA SOCIAL E


AUTONOMIA ÉTNICA DOS POVOS INDÍGENAS. O CASO DE DOURADOS,
MATO GROSSO DO SUL

Resumo: O artigo pretende analisar a relação dos povos indígenas com a política
pública de assistência social (AS) no Brasil. Com base em dados coletados durante
trabalho de campo realizado, no ano de 2014, será analisado o caso da Reserva Indígena
de Dourados, Mato Grosso do Sul. Na primeira parte, caracterizo a relação desigual da
sociedade e Estado nacionais com os povos indígenas para, em seguida, abordar a
política de assistência social como oportunidade estatal de enfrentamento da violação de
direitos decorrente do cerco colonial. Em seguida, veremos o caso de Dourados como
ilustração dos dilemas e possibilidades da autonomia e protagonismo indígena frente a
essa política pública. Espera-se contribuir com a discussão em torno da estatalidade
apontando casos concretos em que a implementação local da política de AS é
permeável, em maior ou menor medida, às demandas dos povos indígenas por
adequação às suas organizações sociais e visões de mundo.

Assistência social, autonomia étnica, políticas públicas, povos indígenas

5. DIACONIA, POVOS INDÍGENAS E DESENVOLVIMENTO: O DEBATE EM


TORNO DA CONSTRUÇÃO DE DIREITOS
Resumo: O artigo aborda as relações entre o campo da cooperação internacional para
o desenvolvimento, os atores religiosos e os povos indígenas, examinando as
repercussões sobre elas da legislação em favor dos direitos indígenas implementada a
partir do último quartel do século XX. Utiliza como fio condutor da análise os
debates em torno do conceito de diaconia, mostrando como ele tem se prestado a
veicular diferente visões e posicionamentos do mundo religioso frente ao
desenvolvimento, sendo concebido ora como prestação de serviços econômicos e
sociais, ora como um conjunto de práticas orientadas pela noção de justiça e para a
vocalização dos interesses de grupos cultural ou socialmente marginalizados, entre os
quais os povos indígenas. Conclui pela necessidade de um conhecimento mais
aprofundado destas posições e dos debates que lhes deram origem pelos atores
envolvidos hoje com as questões indígenas.

Cooperação internacional para o desenvolvimento; Povos indígenas; Diaconia

6. AUTODETERMINAÇÃO DOS POVOS E O SISTEMA INTERAMERICANO:


CASO XÁKMOK KÁSEK

Resumo: O caso Xákmok Kásek vs. Paraguai traz um importante debate sobre o direito
dos povos indígenas à titularidade de suas terras; além disso, estende-se ao próprio
direito à autodeterminação desses povos. Busca-se, neste artigo, uma análise da decisão
baseada nas ideias de diversos autores que se fazem relevantes na temática da
autodeterminação dos povos (Lévi-Strauss, Geertz), do acesso aos Sistemas
Internacionais (Cançado Trindade, Donnelly, entre outros), bem como da relação dos
povos indígenas com a Corte Interamericana na busca por seus direitos (Rivera), como
forma de melhor entender a dinâmica e as contradições emanantes dessa luta pela
afirmação dos direitos indígenas. A partir dessa análise, o objetivo final é inferir se de
fato os povos indígenas têm seu direito à autodeterminação garantido dentro da lógica
de proteção de direitos do Sistema Interamericano, enfrentando-se, assim, a
problemática da eficácia (Bobbio, Dworkin). Dessa forma, utilizam-se aqui a
metodologia da análise documental e o método dialético para chegar a conclusões
aplicáveis tanto ao caso quanto ao Sistema Interamericano. Por fim, o objetivo maior é
verificar a problemática de que a própria lógica de proteção de direitos dos indígenas
pode ser fruto de um “olhar” que também leva à violação destes.

Autodeterminação. Povos indígenas. Sistema Interamericano.

7. COLONIALIDADE DO PODER NO DIREITO E POVOS INDÍGENAS NA


AMÉRICA LATINA: AS FACES DA SUBORDINAÇÃO/DOMINAÇÃO JURÍDICA
FRENTE AO DIREITO DE RETORNO ÀS TERRAS ANCESTRAIS DOS POVOS
INDÍGENAS KAIOWÁ DO TEKOHÁ LARANJEIRA ÑANDE‘RÚ NO BRASIL E
MAPUCHE DO LOF TEMUCUICUI NO CHILE

Resumo: Este trabalho consistiu em rastrear os aspectos da colonialidade do poder na


práxis jurídica estatal diante das reivindicações de retorno às terras ancestrais do povo
Kaiowá no Brasil e Mapuche no Chile, comparativamente. Por meio de estratégias
metodológicas multifacetadas, abrangendo a entrevista em profundidade, a pesquisa
documental de cunho etnográfico e a busca documental pela revisão do arcabouço
legislativo, percorremos a trajetória administrativa e judicial de regularização e de
restituição das terras e territórios ancestrais. A abrangência da investigação envolveu os
processos de (re)territorialização autodeterminada na experiência política do povo
Kaiowá relativamente ao Tekohá Laranjeira Ñande‘Rú no Brasil, no Estado do Mato
Grosso do Sul, e do povo Mapuche, pela experiência dos descendentes de Ignacio
Queipull e Millanao, que se organizam em duas comunidades jurídicas no Lof
Temucuicui, na província de Malleco na IX Região da Araucania no Chile.
Concentramos nosso olhar nas respostas estatais que adotam a narrativa multicultural,
mas estão fundamentadas nas regras (e princípios) do arquétipo moderno/colonial do
Estado de Direito Democrático, cuja principal característica é a anulação da
historicidade das usurpações das terras ancestrais. Dentro da perspectiva decolonial, as
evidências empíricas nos permitiram organizar o panorama dos aspectos modelares da
colonialidade do poder a partir do direito oficial, que se desdobram em situações
multidimensionais de subordinação jurídica, nos dois países. Os agentes estatais
desempenham a micropolítica da colonialidade, que submete as identidades étnicas e
sua territorialidade/espacialidade às fórmulas e formas jurídicas da (ir)racionalidade
ocidental contemporânea. Esses agentes não só conservam, mas também garantem a
continuidade da execução do projeto político de nação forjado na homogeneidade
cultural e pactuado entre as elites sociopolíticas, da qual os indígenas não fazem parte.
Isso ocorre tanto devido ao procedimento técnico adotado, quanto pelas razões
argumentativas escolhidas. Nesse aspecto, consagra-se a macropolítica da dominação
cultural, que é acobertada na ideia da racionalidade não arbitrária e na busca da
objetividade. Tanto no Brasil quanto no Chile, o sistema jurídico suprime o debate sobre
a territorialidade ancestral, em termos históricos e políticos, mas cria fórmulas para
manter o reconhecimento da diversidade étnica nos limites do que a sociedade nacional
está disposta a conceder. Por essa razão, nenhum avanço é juridicamente efetivo, e o
risco de retrocesso é sempre iminente. O povo Kaiowá e o povo Mapuche, quando
reivindicam seus territórios ancestrais, estão declarando sua oposição a esse projeto. A
resposta do Estado se faz por meio do arcabouço jurídico, que reatualiza a doutrina da
expropriação territorial e conserva as práxis da alienação étnica, tendentes a forjar a
adesão ao modelo de vida e economia nacionais. A polarização étnica, a
―personalização/despersonalização‖ funcional e à discricionariedade pendular levam à
trivialização das demandas de territorialidade/espacialidade ancestral. Concluímos que a
ordem jurídica – o direito – oficial é operacionalizado pela etnicidade de gestores
públicos, juízes e juristas, entre fatos, versões, invenções, ficções e falácias, que
(re)atualizam e ritualizam a colonialidade do poder na cena interétnica.

Colonialidade. Poder. Direito. Povos Indígenas. Terras Ancestrais

>>> “SOCIEDADE BRASILEIRA+POVOS INDÍGENAS”

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1. MOVIMENTOS E POLÍTICAS INDÍGENAS NO BRASIL CONTEMPORÂNEO

Resumo: Este pequeno texto trata das diferentes formas e dinâmicas de organização dos
trabalhos e das lutas políticas contemporâneas dos povos indígenas no Brasil e tem
como objetivo produzir debates e reflexões entre aqueles que atuam no campo do
movimento social indígena, principalmente, as lideranças indígenas das aldeias e das
organizações indígenas constituídas e seus parceiros e aliados. Não se trata de um
manual, mas de um subsídio para discussão, reflexão, estudos ou pesquisas que tenham
por objetivo aprofundar a compreensão acerca das formas de organização social dos
povos indígenas contemporâneos, seus alcances, limites e desafios.

2. SOBRE TUTELA E PARTICIPAÇÃO: POVOS INDÍGENAS E FORMAS DE


GOVERNO NO BRASIL, SéCULOS XX/XXI

Resumo (não oficial): No longo percurso temporal percorrido pelo autor em sua
conferência, somos confrontados com dinâmicas complexas de continuidade e
descontinuidade de práticas, atores e concepções que atravessam as relações entre povos
indígenas e o Estado brasileiro. Tais dinâmicas nos são trazidas no texto especialmente
ao redor da ideia de participação, tomada como ponto nodal da reconfiguração do
cenário político desde a Constituição de 1988. Uma vez mais, porém, o que temos não é
a produção de um sentido único, mas sim o desenho de um diagrama complexo e
diverso, que não deixa de se alterar continuamente ao longo do tempo e das disputas
políticas. Do autor: Meu objetivo nesta apresentação é traçar um panorama sumário das
relações entre povos indígenas e Estado no Brasil do início do século XX ao presente,
com destaque para os padrões de governança e administração estabelecidos a partir de
tradições de conhecimentos, normas e ações de Estado em face dos povos indígenas,
tendo como pano de fundo o processo de colonização interna do território do país. Não
pretendo compor uma história dessas relações, mas sim focar em dois pontos: a
instituição da tutela sobre os indígenas pelo Estado brasileiro no início do século XX, e
o estabelecimento da ideia de participação nos finais do século XX/inícios do século
XXI.

3. COLONIALIDADE DO PODER E A VIOLÊNCIA CONTRA OS POVOS


INDÍGENAS

Resumo: Para compreender a violência contra os Povos Indígenas no Brasil


contemporâneo, faz-se necessário partir de uma análise sistêmica e de longa duração,
considerando que ela incide fundamentalmente sobre a territorialidade de povos, seja
nas disputas por terra, seja no impedimento de manifestarem-se livremente a partir de
seus pressupostos culturais. Uma das chaves para compreender essa questão é pensar a
violência a partir da Colonialidade do Poder, conceito proposto pelo sociólogo peruano
Aníbal Quijano, analisando que mesmo com as independências das colônias dos
impérios ibéricos, o poder colonial se manteve. A violência se configura através do
“epistemicídio”, pela tentativa de eliminação das práticas e saberes indígenas. Na
contemporaneidade, a violência é fundamentalmente institucional, seja na ação do
Estado brasileiro reduzindo direitos como a não demarcação dos territórios e a
implantação de obras desenvolvimentistas que afetam esses povos, seja na omissão,
imiscuindo-se e permitindo assassinatos e invasão das terras indígenas.

4. “NO TEMPO DA GUERRA”: ALGUMAS NOTAS SOBRE AS VIOLAÇÕES DOS


DIREITOS DOS POVOS INDÍGENAS E OS LIMITES DA JUSTIÇA DE
TRANSIÇÃO NO BRASIL

Resumo: O intuito deste texto é fornecer ao leitor uma pequena descrição e


sistematização das graves violações dos direitos dos povos indígenas cometidas durante
o período da ditadura militar, e, ao mesmo tempo, propor um debate sobre os limites da
Justiça de Transição no Brasil no que diz respeito ao reconhecimento da dimensão
coletiva destas violações e de formas adequadas de reparação. Compreende-se, aqui,
que o bem jurídico em tela nestes casos é supra individual, que o seu titular não é a
pessoa física, mas um grupo étnico, uma coletividade, e, portanto, três conceitos são
acionados para melhor compreende-los: genocídio, etnocídio e deslocamento forçado.

>>> “DEMARCAÇÃO/AUTODEMARCAÇÃO DE TERRAS INDÍGENAS E


EXPROPRIAÇÃO DE TERRAS/EXPROPRIAÇÃO DE TERRAS INDÍGENAS”

1. TERRA, LUTA, VIDA: AUTODEMARCAÇÕES INDÍGENAS E AFIRMAÇÃO


DA DIFERENÇA

Resumo: A que esforço imaginativo as políticas indígenas nos convidam hoje? Se por
um lado a ofensiva contra as terras e as vidas dos índios recrudesce, por outro, as lutas
indígenas se propagam em diversas formas e em um espaço distinto daquele onde
impera a identidade e a obediência; onde o coletivo não se reduz à unidade sob os
signos da civilização, mas promove a multiplicação mesma da diferença. Inspirada por
iniciativas de autodemarcação de Terras Indígenas (TIs), a presente dissertação se
debruça sobre a relação entre terra, luta e vida para discutir dois problemas principais.
Primeiro, acerca do que são e o que fazem as autodemarcações quando os índios
indicam que elas não se reduzem à pressão sobre o governo, à simples garantia de
direitos, ou à dimensão estritamente técnica de suas atividades. Segundo, sobre como
pensar a atuação do Estado brasileiro em relação aos direitos territoriais e à vida dos
índios, de modo a pensar com e para o que esses povos enfrentam e clamam hoje.
Tomando como fio condutor o conflito em torno do território Daje Kapap Eypi/Sawré
Muybu, dos índios Munduruku, e o complexo de 43 usinas hidrelétricas projetadas para
o rio Tapajós, este trabalho parte das críticas munduruku à atuação do governo
brasileiro nesse conflito, e à política de expropriação e exploração predatória do solo e
dos rios da Amazônia, para discutir práticas e discursos de omissão, improviso e gestão
da ilegalidade que têm levado à frente projetos e políticas etnocidas e genocidas. Além
disso, e principalmente, esta dissertação procura mostrar que não é apenas da garantia
de sobrevivência numa terra demarcada que se trata a luta – como se sobreviver bastasse
e qualquer terra servisse; é, antes, pela existência do coletivo como tal e a persistência
de seu modo de vida, indissociável da vida em sua terra, que lutam. A autodemarcação
como autodeterminação indígena: eis a potência dessa iniciativa.

2. “PROTAGONISMO” COMO VULNERABILIZAÇÃO EM DEMARCAÇÃO DE


TERRAS INDÍGENAS: O CASO DO ACORDO JUDICIAL PARA DEMARCAR A
TERRA TAPEBA

3. CONFLITOS TERRITORIAIS INDÍGENAS NO BRASIL: ENTRE RISCO E


PREVENÇÃO

Resumo: O artigo objetiva, por um lado, analisar a relação existente entre os direitos
indígenas e a garantia de territórios tradicionalmente ocupados à luz dos avanços na
legislação nacional e internacional. Por outro lado, analisa em que medida a privação
dos territórios aos povos indígenas e os conflitos gerados configuram fatores de risco
para crimes de atrocidade, conforme delineado pela ONU no "Framework of Analysis
for Atrocity Crimes – A tool for prevention" no âmbito da doutrina da Responsabilidade
de Proteger.

4. O ESTADO NACIONAL E AS POLÍTICAS DESENVOLVIMENTISTAS: O


“CERCO ARTICULADO” CONTRA OS GUARANI NA TRÍPLICE FRONTEIRA
SUL

Resumo: Este texto aborda a trajetória de deslocamentos forçados dos povos Avá
Guarani na tríplice fronteira sul, especialmente no oeste do Paraná, provocados por
projetos conservacionistas, empreendimentos econômicos e de expansão territorial, e
por regimes ditatoriais que expropriaram populações tradicionais, indígenas e rurais
das suas terras originárias. Por um lado, propõe-se contextualizar historicamente a
atual situação social e política dos povos indígenas na região, e por outro, as formas
de luta e resistência articuladas pelos movimentos indígenas. A partir desse contexto
local, é possível ampliar a discussão sobreas condições territoriais, econômicas e
políticas dos povos indígenas para todo o País, sobretudo nas regiões de fronteiras,
problematizando não apenas a relação com o estado nacional e a sociedade civil, mas
também as políticas ambientais e tutelares dos vários agentes envolvidos,
examinando os enfrentamentos políticos e étnicos com a sociedade envolvente e com
a própria Antropologia, que também tem sido desafiada a pensar e se relacionar com
um novo protagonismo indígena. O movimento indígena tem procurado atuar não
apenas nos espaços políticos e governamentais, mas também nas esferas acadêmicas e
da mídia.

Estado Nacional; Fronteira; Desenvolvimento; Povos Indígenas.

5. A GEOGRAFIA, O TERRITÓRIO CAPITALISTA E O TERRITÓRIO INDÍGENA

Resumo: O objetivo deste trabalho é apresentar uma breve analise de uma proposta para
os estudos iniciais dos territórios indígenas, fizemos esse pequeno esforço a pedido de
um grupo de alunos do curso de Geografia de da UFT Campus de Porto Nacional -TO,
que naquele momento estavam muito interessados na temática,sabiam eles que tinha
estudado o território dos Índios Krahô no meu Doutorado. Porém uma coisa que parecia
ser simples foi se complicando, pois sentir na pele a responsabilidade que pesa sobre as
pesquisas que abordam os territórios indígenas no país, cabe antes de tudo revelar suas
dificuldades, suas contradições teóricas e seus conflitos reais. O primeiro e necessário
exercício foi diferenciá-lo do território capitalista revelando suas especificidades. O
território indígena possui diferenças históricas significativas em relação ao território
capitalista, por isso necessitamos fazer uma análise teórica e conceitual de ambos.
Demonstrando o processo de diferenciação, entre eles, para podermos discernir e
compreender teoricamente a especificidade do território indígena.

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