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NATAL/RN
2019
ANA EMÍLIA DA SILVA COUTO
NATAL/RN
2019
O advento da Internet provocou uma revolução no âmbito comercial, promovendo
a economia ao movimentar bilhões de reais no e-commerce1. Esse comércio eletrônico,
vem crescendo substancialmente através das inúmeras contratações efetivadas por e-mail,
on-line, telemarketing, aplicativos, TV, etc., a todo instante, ocorrendo tudo à distância,
sem intervenção da figura humana. Aliado a isto, tem-se a questão do acesso à rede
mundial que deixou de ser um requinte das classes sociais mais elevadas, popularizando
o seu uso de forma a prover as necessidades humanas de consumo em um mundo
imediatista e globalizado. A partir disso, vários consumidores, prestadores de serviços e
fornecedores passaram a realizar seus contratos e muitas vezes ultrapassando as fronteiras
geográficas, trazendo para os clientes vários benefícios como comodidade, opções de
escolha, maior informação sobre a aquisição dos produtos, facilidade, rapidez no contato,
envio e recepção de dados entre várias pessoas de vários lugares, e a custos muito baixos,
dentre outros.
1. O contrato Eletrônico
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O e-commerce, que em português significa comércio eletrônico, é uma modalidade de comércio que
realiza suas transações financeiras por meio de dispositivos e plataformas eletrônicas, como
computadores e celulares.
provisórias e voláteis e novas formas de contratos passam a surgir em decorrência da
Revolução Digital.
IV) Princípio da boa-fé, no qual se faz uso da confiança e lealdade entre as partes
contratantes.
V) Princípio da autonomia privada que permite a ampla liberdade na
contratação, fixando regras de forma livre, desde que não contrariem à lei.
Desse modo, deve-se compreender que as regras de contratação devem ser claras
a fim de evitar que o empresário ou consumidor tenham que recorrer ao judiciário para
resolução de conflitos e tais princípios específicos podem ser considerados um grande
auxílio na orientação de formulação contratual, assim como, na modernização ou criação
de nova legislação sobre a contratação virtual.
Certa disso, o artigo proposto pela professora Cláudia Marques traz uma discussão
sobre as relações privadas de consumo e o seu caráter internacional e ainda que revele
uma abordagem principiante sobre as suas formas, visto que se tratava de um cenário de
12 anos atrás, se mostra bastante atual. Neste aspecto, é possível perceber que passado
os anos, algumas formas consumeristas foram se adaptando, outras sendo criadas. As
pessoas conseguem facilmente resolver tudo por um aparelho celular em qualquer
ambiente, seja para adquirir produtos ou vender, através de aplicativos para firmar
contratos com bancos, por exemplo. O fato é que as relações estão cada vez mais
dinâmicas e globalizadas e juntamente a isso, novos direitos vão surgindo neste mercado
eletrônico, as empresas multinacionais enxergam uma abertura de mercado muito mais
convidativa o que facilita suas instalações nos mais variados países. O impacto da
tecnologia da informação sobre a Economia, a troca de produtos e informações entre
países ocasionando as relações comerciais é extremamente intensa, modificando as
práticas nas relações de consumo e consequentemente sobre o Direito que as regula.
Portanto, leis como a nº 12.965, de 23 de Abril de 2014 que dispõe sobre o Marco
Civil da Internet, o Decreto nº 7.962, de 15 de Março de 2013 que Regulamenta a Lei nº
8.078, de 11 de setembro de 1990- CDC, para dispor sobre a contratação no comércio
eletrônico, assim como a Directiva 2000/31/CE do Parlamento Europeu e do Conselho de
8 de Junho de 2000 que relativa a certos aspectos legais dos serviços da sociedade de
informação, em especial do comércio electrónico, no mercado interno, também nos EUA,
o Electronic Signatures in Global and National Commerce Act de 8 de junho de 2000, ao
qual assegura direitos de informação, dos termos do negócio e direito de reflexão ao
consumidor, bem como, a UNCITRAL-Comissão das Nações Unidas sobre o Direito do
Comércio Internacional- que surgiu com a proposta de aprimorar as normatizações e
tratados já existentes, através de indicações à negociação de mercadorias entre países, ou
seja, através de vários modelos como, por exemplo, a arbitragem e a conciliação, o Projeto
de Lei PL 1589/1999 em que trata sobre o comércio eletrônico sendo apensado ao Projeto
de Lei 1483/99, são exemplos do pluralismo de métodos afim de suprir as lacunas que as
relações consumeristas deixam.
Referências