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PLANO

ESTRATÉGICO
NACIONAL
DO TURISMO
REVISÃO E OBJETIVOS 2013-2015

1
ÍNDICE

INTRODUÇÃO 04

1
O IMPACTO DAS ALTERAÇÕES 05
DE CONTEXTO NO TURISMO
EM PORTUGAL

2
“DESTINO PORTUGAL”: 08
VISÃO, PROPOSTA DE VALOR
E OBJETIVOS

3
PRODUTOS, DESTINOS 13
E MERCADOS

4
OS PROGRAMAS 47
DE IMPLEMENTAÇÃO

5
MONITORIZAÇÃO DO PENT 71

3
INTRODUÇÃO

O Plano Estratégico Nacional do Tendo como a acelerada evolução das tecnologias


Turismo (PENT), aprovado pela
Resolução do Conselho de Ministros horizonte o período de informação e a necessidade da
sua compreensão no sentido da
n.º 53/2007, de 4 de abril, que foi 2013-2015, a modernização empresarial.
desenvolvido para o horizonte temporal
2006-2015, e adotado pelos agentes
revisão do Plano É, assim, num ambiente de importantes
do setor, prevê a revisão periódica dos Estratégico alterações de estratégia e de contexto
seus objetivos, políticas e iniciativas,
no sentido de melhorar a resposta à
Nacional do que é apresentado o documento de
enquadramento para o setor. Tendo
evolução do contexto global e do setor Turismo considera como horizonte temporal o período
turístico.
o passado recente 2013-2015, esta revisão considera
o passado recente da estratégia de
A presente revisão dos objetivos do da estratégia de desenvolvimento turístico nacional,
PENT decorre da necessidade de o
adaptar às mudanças estratégicas
desenvolvimento assim como tem subjacentes as
prioridades e iniciativas definidas numa
aprovadas pelo Programa do XIX turístico nacional, visão de longo prazo para o setor.
Governo, bem como de o adaptar ao e tem subjacente
período de instabilidade nos mercados
financeiros e crescimento económico prioridades e A revisão do PENT decorre também
da auscultação dos diversos agentes,
bastante moderado da economia iniciativas definidas privados e públicos, incluindo
europeia, principal emissora de turistas
para Portugal. numa visão de entidades regionais de turismo,
autarquias, associações setoriais,
longo prazo. empresários de toda a cadeia de
A realidade demonstrou que a valor ou instituições de ensino, entre
definição dos objetivos feitos na outros contributos. Foi no âmbito desta
aprovação do PENT em 2007 não foi destinos ou a alteração do paradigma auscultação, na qual reconheceram
realista, uma vez que os resultados de operação das companhias melhorias e criticaram políticas e
ficaram muito aquém do esperado. aéreas, também alteraram os hábitos iniciativas sobre mercados emissores
Importa referir que as receitas turísticas de consumo e o comportamento e produtos turísticos, evolução da
ficaram 21,5% aquém do objetivo; o do consumidor/turista na seleção, oferta, acessibilidades, organização
número de hóspedes internacionais preparação e realização da sua e competências das entidades
situou-se 13% abaixo dos objetivos, viagem. regionais de turismo, qualificação
com menos 1,1 milhões de turistas; e o das empresas e recursos humanos,
turismo interno ficou 44 mil hóspedes As empresas do setor, tais como os política de eventos ou promoção
e 515 mil dormidas abaixo do objetivo. operadores turísticos, as agências turística de Portugal e dos seus
A instabilidade económica e financeira de viagem, as companhias de destinos, que o Turismo de Portugal,
da Europa – que gera mais de 85% das transporte, as unidades de alojamento I.P., elaborou a revisão do PENT para
dormidas internacionais em Portugal ou restauração, entre outras, têm 2015. Em anteprojeto foram ouvidas
– e a evolução do PIB, emprego e vindo a ser desafiadas nos últimos as Entidades Regionais de Turismo e a
rendimento disponível, aconselha, anos (desafio que se manterá nos Confederação do Turismo Português.
também, maior prudência na projeção próximos anos) a consolidar a sua
dos fluxos turísticos. competitividade pelo ajustamento, ou O processo de análise e reflexão global
mesmo pela redefinição do seu modelo encontra-se disponível para consulta
A evolução dos canais de informação de negócio. Acrescem, entre outros no portal do Turismo de Portugal
e distribuição, a proliferação de novos fatores com impacto na sua operação, (www.turismodeportugal.pt).

4
1 O IMPACTO
DAS ALTERAÇÕES
DE CONTEXTO
NO TURISMO
EM PORTUGAL
1
IMPACTO
DAS ALTERAÇÕES
DE CONTEXTO
NO TURISMO
EM PORTUGAL

Impacto das  B. PERFIL DO CONSUMIDOR/TURISTA O PENT pressupõe e incentiva as

alterações de Decorrente das alterações


empresas do setor no sentido de:

contexto no turismo estruturais da procura, mas também • Aprofundar o conhecimento do


em Portugal influenciada pela conjuntura recente,
verifica-se uma alteração do perfil
consumidor e da concorrência;
• Acelerar o processo de inovação
A. ALTERAÇÕES ECONÓMICAS do consumidor com as seguintes e diferenciação de produtos e
características: serviços, incluindo a certificação
A instabilidade económica e dos mesmos;
financeira da Europa – que gera mais • Prioridade para o consumo • Repensar o modelo de negócio,
de 85% das dormidas internacionais no perímetro casa, família, antecipando as competências
em Portugal –, e a evolução do PIB, estabilidade e ambiente; necessárias e libertando recursos
emprego e rendimento disponível, • Racionalização do consumo, para comunicar com o consumidor
aconselha maior prudência na contendo os «excessos» dos no momento e local de decisão de
projeção dos fluxos turísticos. últimos anos, e pressão dos compra, simplificar processos e
No curto prazo destacam-se: preços pela procura sobre a oferta, concentrar em ativos estratégicos.
mais diversificada e em maior
• Na Europa, maiores níveis quantidade; A evolução dos consumidores,
de crescimento dos países • Maior escrutínio e prudência no das suas preferências e padrões
escandinavos, como a Noruega e momento da compra ao nível de consumo, são determinantes
a Suécia, e do leste, com destaque da relação qualidade/preço na orientação do desenvolvimento
para a Rússia, Polónia, Hungria e percebida; turístico do território. A presente
República Checa; • Aumento da preferência por revisão considera também a crescente
• No continente americano, maiores marcas brancas e maior segmentação da procura, destacando-
níveis de crescimento para o Brasil, dificuldade de fidelização; se a geração milénio – dependente
EUA e Canadá; • Resistência de países, empresas de tecnologias de informação e que
• Na Ásia, manutenção da China e, principalmente, particulares, ao influencia outras gerações – e o
com elevado crescimento. endividamento. crescente mercado sénior, que procura
tranquilidade, conforto e estabilidade,
não obstante a disponibilidade para
testar novas experiências.

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1
IMPACTO
DAS ALTERAÇÕES
DE CONTEXTO
NO TURISMO
EM PORTUGAL

C. MODELOS DE NEGÓCIO E
TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO

A revolução das tecnologias de EVOLUÇÃO DA ENTRADA DE TURISTAS ESTRANGEIROS


NOS PRINCIPAIS DESTINOS CONCORRENTES DE PORTUGAL
informação e comunicação, onde se 2006-2011[milhares]
destacam fenómenos como as redes CAGR
06-11
sociais ou a proliferação de aplicações
58.004 56.694 -0,5%
móveis, está a transformar a atividade
turística ao nível do relacionamento 9,7%

entre os atores do negócio: produtores


0,5%
de serviços, distribuição e clientes. A 31.456
capacidade de escrutínio e o poder 4,4%

negocial do turista obrigam ao domínio 1,6%


das tecnologias de informação no 19.820
7,3%
sentido do seu conhecimento, sob 16.039 16.427

risco da perda de visibilidade e 9.083


9.927
9.845
3,0%
7.988 9.342
relacionamento com o mercado. 7.499 8.713 -6,1%
6.558
6.550 4.784
2006 2007 2008 2009 2010 2011
É assim nuclear – esforço acrescido
para as empresas e sobretudo para
Espanha Turquia Grécia Egito
as PME –­ dispor das ferramentas e Croácia Marrocos Tunísia Bulgária
de conhecimento que permitam atuar Fontes: IET – Instituto de Estudios Turísticos, Turkey Statistical Insitute, Hellenic Statistical Authority, Central Agency for Public Mobilization and
Statistics Arab, Croation Bureau of Statistics, Observatoire du Tourisme – Statistiques sur le Tourisme au Maroc, Institute National de la Statistique,
neste novo contexto, desenvolvendo National Statistical Institute Republic of Bulgaria – análise Turismo de Portugal

estratégias de comunicação e
de distribuição que respondam
aos desafios. D. CONCORRÊNCIA: DESTINOS obtiveram o melhor desempenho
TRADICIONAIS E EMERGENTES ao nível de entradas de turistas
Um dos fatores decisivos passa pela na bacia do Mediterrâneo, situação
capacidade de diferenciação da A emergência, proliferação e que penaliza a competitividade
oferta, evitando a dependência de consolidação de novos concorrentes, e sustentabilidade das empresas
um número reduzido de canais de paralelamente à agressividade em destinos tradicionais como
distribuição, centrados em estratégias promocional e comercial de alguns Portugal, Espanha ou França.
de preço e que, por vezes, contribuem dos tradicionais, é um facto que
para uma forte erosão da margem importa ter subjacente à estratégia A outro nível, a competitividade do
das empresas. É assim fundamental de desenvolvimento de Portugal. preço de destinos de longa distância
trabalhar em cooperação, à escala A este nível, importa destacar que: (ex. Caraíbas), o posicionamento
do destino, obtendo massa crítica e «inovador» e suportado por fortes
sinergias que concretizem a proposta • As motivações lazer – onde se investimentos (ex. Emirados Árabes
de valor e capitalizem a marca destaca o sol e mar – predominam Unidos), ou a capacidade de criar
«Destino Portugal». para os turistas que procuram oferta com custos de produção mais
o Mediterrâneo, e perdem reduzidos (ex. Ásia), contribuem para
Em suma, a concorrência entre estruturalmente quota de mercado a urgência de acelerar o processo
destinos e empresas cresceu à ao nível global, observando-se de reengenharia de produto dos
medida das oportunidades de forte dependência do mercado destinos tradicionais, no sentido da
visibilidade e alcance das suas ofertas britânico e germânico; inovação e qualidade de serviço
nas redes digitais e da sua capacidade e oferta de experiências singulares,
para aplicação de tecnologia de • No período 2006-2011, a Turquia, dando resposta a uma concorrência
informação aos processos de negócio. seguida de Marrocos e Croácia, que é hoje, efetivamente, global.

7
2 “DESTINO
PORTUGAL”:
VISÃO,
PROPOSTA
DE VALOR
E OBJETIVOS
2
“DESTINO
PORTUGAL”:
VISÃO,
PROPOSTA
DE VALOR
E OBJETIVOS

A. VISÃO DO “DESTINO PORTUGAL”

Portugal deve ser um dos destinos na Europa


com crescimento mais alinhado com os princípios
do desenvolvimento sustentável, alavancado numa
proposta de valor suportada em características
distintivas e inovadoras do país.
O turismo deve desenvolver-se com base na
qualidade do serviço e competitividade da oferta,
tendo como motor a criação de conteúdos autênticos
e experiências genuínas, na excelência ambiental
e urbanística, na formação dos recursos humanos
e na dinâmica e modernização empresarial e das
entidades públicas.
A importância do turismo na economia deve ser
crescente, constituindo-se como um dos motores
do desenvolvimento social, económico e ambiental
a nível regional e nacional.
B. “DESTINO PORTUGAL”: PROPOSTA DE VALOR, VALORES ESSENCIAIS E ATIVAÇÃO DA MARCA

Portugal deve ser apresentado na • Clima e luz; Os agentes ativos da transmissão


sua multiplicidade, sendo que a • História, cultura, tradição e mar; desses valores são os agentes do
proposta a apresentar aos turistas • Hospitalidade; setor e os portugueses em geral.
a partir dos valores essenciais do • Diversidade concentrada;
«Destino Portugal» assenta nos • Segurança;
seguintes elementos: • Paisagem e património natural.

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2
“DESTINO
PORTUGAL”:
VISÃO,
PROPOSTA
DE VALOR
E OBJETIVOS

Aumentar taxas DORMIDAS* GLOBAIS


[milhares]
Ao nível das
de ocupação CAGR
12-15
dormidas, o
e receitas num objetivo é crescer
43.500 3,1%

1,3%

contexto de a uma média


crescimento anual de 3,7%
41.300

39.754

moderado no mercado
da oferta. 2012 2015 internacional,
Tendências Objetivos
prosseguindo a
C. METAS QUANTITATIVAS DORMIDAS* DE ESTRANGEIROS diversificação do
mix de procura.
[milhares]
PARA 2013-2015 CAGR
12-15
Nota: (*) inclui empreendimentos turísticos, sem TH/TER, e outros
Fontes: INE e Banco de Portugal – análise Turismo de Portugal
3,7%
Os novos objetivos decorrem do 30.400
2,5%
cenário macroeconómico, tendo Ao nível das dormidas, o objetivo
sido definidas novas metas para 29.400 é crescer a uma média anual de
2013-2015, de acordo com duas 3,1% no período 2012-2015, inferior
27.281
hipóteses: ao aumento médio registado nos
dois últimos anos, mas superior
• A primeira (a tendência) decorre 2012 2015 ao crescimento perspetivado
exclusivamente do comportamento Tendências Objetivos pela tendência (1,3%), sendo a
das variáveis macroeconómicas procura externa o principal motor
dos mercados emissores, não RECEITAS TURÍSTICAS do crescimento (3,7% no período
[milhões €]
introduzindo fatores de mudança CAGR
12-15
2012-2015), prosseguindo a
proativos; 6,3% diversificação da procura. Em relação
• Na segunda (melhoria do 5,3% às receitas, base da rentabilidade
10.340
desempenho) os objetivos aliam e sustentabilidade das empresas,
a situação económica de cada e num cenário de financiamento
10.050
mercado com o objetivo de, em limitado, o objetivo é crescer 6,3%
2015, melhorar o desempenho e a ao ano no mesmo período. Ou seja,
8.606
ocupação dos empreendimentos, aumentar o consumo médio do
traduzido pelo aumento do número 2012 2015 turista em Portugal, só possível com
de dormidas, e reforçar a entrada Tendências Objetivos a qualificação e inovação da oferta
de receitas turísticas no país. Nota: (*) inclui empreendimentos turísticos, sem TH/TER, e outros
das experiências vividas.
Fontes: INE e BP – análise Turismo de Portugal

O saldo da balança turística, em


CAGR 12-15 [%] linha com a aposta macroeconómica
INDICADORES
Tendência
Melhoria de de aumento das «exportações»
performance
Balança turística     e setores com elevado nível de
Receitas 5,3% 6,3% incorporação nacional, evoluirá a
Despesas -1,1% -0,2% uma taxa de crescimento médio
Saldo 8,5% 9,5%
anual de 9,5% até 2015.
Fonte: BP - análise Turismo de Portugal

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2
“DESTINO
PORTUGAL”:
VISÃO,
PROPOSTA
DE VALOR
E OBJETIVOS

Projetaram-se, NORTE CENTRO LISBOA


nesta base, Crescer no mercado Acelerar a penetração do Consolidar o crescimento
internacional, equilibrando mercado internacional e o do mercado internacional
os principais a quota de mercado com crescimento dos proveitos
indicadores o nacional em 2015, e acelerar
do setor por o crescimento dos proveitos

região.
DORMIDAS* GLOBAIS DORMIDAS* GLOBAIS DORMIDAS* GLOBAIS
[milhares] [milhares] [milhares]
CAGR CAGR CAGR
12-15 12-15 12-15

3,5% 2,9% 10.400 3,2%


2,0% 1,3% 1,9%
4.200
5.100

4.800 3.787
3.950 10.000
4.540
9.464

2012 2015 2012 2015 2012 2015

Tendências Objetivos Tendências Objetivos Tendências Objetivos

DORMIDAS* DE ESTRANGEIROS DORMIDAS* DE ESTRANGEIROS DORMIDAS* DE ESTRANGEIROS


[milhares] [milhares] [milhares]
CAGR CAGR CAGR
12-15 12-15 7.800 12-15

6,1% 6,1% 3,9%


1.800
4,9% 4,9% 2,8%
2.600
7.600

2.510 1.700
6.978
2.175
1.477

2012 2015 2012 2015 2012 2015

Tendências Objetivos Tendências Objetivos Tendências Objetivos

Nota: (*) inclui empreendimentos turísticos, sem TH/TER, e outros


Fonte: INE – análise Turismo de Portugal

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2
“DESTINO
PORTUGAL”:
VISÃO,
PROPOSTA
DE VALOR
E OBJETIVOS

ALENTEJO ALGARVE AÇORES MADEIRA


Apostar, de forma Inverter a estagnação da Acelerar o crescimento da Inverter a queda da procura
irreversível, no aumento procura nacional e crescer a procura, principalmente do mercado internacional
do mercado internacional um ritmo anual superior a 3% internacional, aumentando
no mercado internacional significativamente
os proveitos do alojamento

DORMIDAS* GLOBAIS DORMIDAS* GLOBAIS DORMIDAS* GLOBAIS DORMIDAS* GLOBAIS


[milhares] [milhares] [milhares] [milhares]
CAGR CAGR CAGR CAGR
12-15 12-15 12-15 12-15

2,4% 2,9% 3,4% 1,0%


1.100 5.700
1.300 0,1% 1,5% 0,6% -0,7%
15.700

5.514
1.149
1.000
1.150 14.345 15.000 955

5.400

2012 2015 2012 2015 2012 2015 2012 2015

Tendências Objetivos Tendências Objetivos Tendências Objetivos Tendências Objetivos

DORMIDAS* DE ESTRANGEIROS DORMIDAS* DE ESTRANGEIROS DORMIDAS* DE ESTRANGEIROS DORMIDAS* DE ESTRANGEIROS


[milhares] [milhares] [milhares] [milhares]
CAGR CAGR CAGR CAGR
12-15 12-15 12-15 12-15
450 8,1% 650 1,1%
3,6% 6,0%

6,8% 12.000 2,4% 4,8% 5.100 -0,1%


430 630

353 11.610 4.939

10.814
545 4.920

2012 2015 2012 2015 2012 2015 2012 2015

Tendências Objetivos Tendências Objetivos Tendências Objetivos Tendências Objetivos

Nota: (*) inclui empreendimentos turísticos, sem TH/TER, e outros


Fonte: INE – análise Turismo de Portugal

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3 PRODUTOS,
DESTINOS E
MERCADOS
3
PRODUTOS,
DESTINOS
E MERCADOS

A. O TRINÓMIO PRODUTO, Destacam-se as apostas nos


MERCADOS EMISSORES
E DESTINOS seguintes 10 produtos:
Todos os produtos definidos no PENT Valorizar o sol e VIAGENS DE SOL E MAR

mar, melhorando
continuam válidos, reforçando a 2000-2011 e previsões [milhões]

importância da estabilidade da oferta


na perceção externa do destino: as condições 74,9
78,6 79,9
81,5

dos recursos, 65,9 67,6

• Introduziu-se maior segmentação


no turismo de natureza, náutico e equipamentos,
de saúde, assim como nos circuitos serviços e envolvente
turísticos religiosos e culturais paisagística dos
onde o Turismo Religioso assume
um papel estratégico. No quadro
principais clusters, e 2000 2005 2010 2011 2015 2020

do produto conjuntos turísticos assegurar a integração


(resorts) integrados assume-se com outras ofertas
como prioritário o escoamento das
unidades existentes no domínio do
complementares MERCADOS EMISSORES DE SOL E MAR
2010 [Quota]

turismo residencial; que enriqueçam a


• Valorizaram-se os recursos naturais, proposta de valor. 25%
20%

paisagísticos e culturais, no sentido


do enriquecimento do produto e da Está subjacente a resistência do produto
promoção das respetivas atividades. à situação económica, prevendo-se a
4% 15%
manutenção do seu crescimento nos
5%
próximos anos. É o produto de maior
6%
volume na Europa, tendo a Alemanha e o 9%
8%
Reino Unido como principais emissores, 8%

sendo um forte indutor da sazonalidade Alemanha Rússia Itália


de alguns destinos, pois concentra 85% R. Unido França Áustria
Escandinávia Holanda Outros
da procura na época alta.
Fontes: IPK International, Euromonitor International
e Tourism Economics - análise THR

Os principais mercados emissores


de sol e mar a nível europeu são a • Elevado número de praias de
Alemanha, Reino Unido, Escandinávia, qualidade, galardoadas com
Rússia, França, Holanda, Itália e Áustria Bandeira Azul;
(75% do mercado europeu). • Beleza das praias, de areia branca;
• Número de horas de sol durante
Sendo Espanha o principal destino todo o ano;
concorrente, foram identificados os • Reconhecimento do Algarve como
seguintes fatores de competitividade destino de sol e mar;
de Portugal para este produto: • Hospitalidade e segurança.

14
3
PRODUTOS,
DESTINOS
E MERCADOS

Reforçar os circuitos VIAGENS DE CIRCUITOS TURÍSTICOS


RELIGIOSOS E CULTURAIS
• Património e rotas religiosas como

turísticos religiosos
2000-2011 e previsões [milhões] Braga (Bom Jesus de Braga,
58,3 Sameiro, São Bento da Porta
e culturais, 47,9
Aberta), Guimarães (Santuário de
Nossa Senhora da Penha), Porto,
segmentando-os para 33,9
36,6
41,0
Lisboa, as judiarias;
as vertentes generalista 31,4
• Fátima, local de peregrinação do
e temática, assim culto mariano;

como individualizar • Vasto e diverso património histórico


e cultural;
os primeiros (Turismo 2000 2005 2010 2011 2015 2020 • Cultura popular e tradições genuínas;
Religioso). • Diversidade cultural e paisagística a
MERCADOS EMISSORES DE CIRCUITOS curta distância;
TURÍSTICOS RELIGIOSOS E CULTURAIS
Ao individualizar o Turismo Religioso, 2010 [Quota] • Alojamento em meio rural de
conferindo-lhe um papel estratégico, qualidade e variado;
12%
estamos simultaneamente a valorizar • Hospitalidade.
a visita a edifícios e/ou locais religiosos
11%
motivada pela vontade de descoberta 38%

destes espaços numa perspetiva


cultural e, sobretudo, as peregrinações 10%

de culto mariano (com destaque para


Fátima), o Caminho Português Central 9%
5%
de Santiago e ainda as judiarias. 8% 8%

França Alemanha Espanha


Nas outras temáticas incluem-se os Itália Rússia Outros
diversos nichos de mercado que se Escandinávia R. Unido
Fontes: IPK International, Euromonitor International
individualizam e que estão fortemente e Tourism Economics - análise THR

relacionados com o território regional,


permitindo colocar em valor o relevante Os principais mercados emissores de
espólio existente ao nível do património circuitos turísticos religiosos e culturais
classificado pela UNESCO, património a nível europeu são a França, Itália,
artístico, militar, científico, industrial, etc.. Escandinávia, Alemanha, Rússia, Reino
Unido e Espanha (62% do mercado
Importa, igualmente, formatar europeu), mercados de relevância
itinerários que valorizem e integrem estratégica no desenvolvimento do
este património e incentivar a criação produto em Portugal, a par de outros
de experiências de turismo rural que países fora do continente europeu com
qualifiquem e diversifiquem as ofertas. destaque para o Brasil e os EUA, a que
se juntam os países do leste europeu.
Os circuitos turísticos religiosos e
culturais têm sido afetados pela crise Sendo Espanha, França e Itália os
internacional, existindo contudo indícios principais destinos concorrentes,
de retoma. É um produto resistente, foram identificados os seguintes fatores
perspetivando-se um crescimento de competitividade de Portugal para
médio anual de 4% nos próximos anos. este produto:

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3
PRODUTOS,
DESTINOS
E MERCADOS

Dinamizar as VIAGENS DE ESTADIAS DE CURTA


DURAÇÃO EM CIDADE
Desenvolver o
estadias de 2000-2011 e previsões [milhões]
turismo de
curta duração 72,0
negócios
em cidade, 56,4
qualificando
infraestruturas e
46,4
integrando recursos 37,3
42,6

estruturas de suporte,
34,3
culturais, propostas
de itinerários e oferta no reforço da captação
de experiências, proativa de eventos e
no desenvolvimento
2000 2005 2010 2011 2015 2020
incluindo eventos,
que promovam a MERCADOS EMISSORES DE ESTADIAS
DE CURTA DURAÇÃO EM CIDADE
criativo de ofertas
atratividade das 2010 [Quota]
que contribuam
cidades e zonas 14% para proporcionar
envolventes. 29%
experiências
12% memoráveis aos
As estadias de curta duração
em cidade são importantes
participantes.
5% 12%
impulsionadores de viagens na
6%
Europa, resultado da preferência Subjacente à estratégia está a
6% 9%
por viagens curtas e frequentes, 7% segmentação por tipologia de reunião,
assim como da proliferação de número de participantes, objetivo ou
Alemanha Espanha Itália
rotas de baixo custo. O crescimento R. Unido Holanda França promotor. Verifica-se um aumento
anual de 2% a 3% da última Escandinávia Rússia Outros do número total de participantes
Fontes: IPK International, Euromonitor International
década deverá reforçar-se para e Tourism Economics - análise THR nas reuniões associativas por via do
5% a 6% nos próximos anos. É um aumento do número de reuniões e
produto que pode contribuir para traduzido no desenho dos não da sua dimensão média.
alargar a procura turística para fora bairros históricos, nos elementos
do perímetro estrito da cidade, decorativos dos monumentos, Portugal, em particular Lisboa, mantém
potenciando atrações turísticas e nas coleções dos museus, nos uma posição de destaque nas reuniões
empresas de zonas envolventes. ingredientes da gastronomia, internacionais de caráter associativo
na música, na vanguarda de (Portugal é 10.º destino mundial e
Os principais mercados emissores tendências contemporâneas; Lisboa a 10.ª cidade da Europa).
de estadias de curta duração a nível • Diversidade e variedade de opções Os principais mercados emissores
europeu são a Alemanha, Reino de visitação a curta distância que de turismo de negócios a nível
Unido, Escandinávia, Espanha, incluem a experiência em áreas europeu são, no mercado corporativo,
Holanda, Rússia, Itália e França protegidas; o Reino Unido, Alemanha, França,
(71% do mercado europeu). Foram • Hospitalidade e tolerância; Itália, Benelux e Escandinávia,
identificados os seguintes fatores de • Luminosidade (Lisboa) e clima igualmente importantes para o
competitividade de Portugal (Lisboa ameno; desenvolvimento do produto em
e Porto) para este produto: • Reconhecimento e projeção Portugal. Fora da Europa, o mercado
internacional de Lisboa como dos EUA assume importância
• Boas acessibilidades e segurança; destino para estadias de estratégica para o desenvolvimento
• Acervo patrimonial universal curta duração. do produto, a par do  Brasil.

16
3
PRODUTOS,
DESTINOS
E MERCADOS

Sendo Barcelona, Madrid e Istambul Incentivar a promoção VIAGENS DE GOLFE


2005-2011 e previsões [milhões]
algumas das cidades concorrentes do Algarve como 3,0

destino de golfe
de Lisboa, foram identificados os 2,5
seguintes fatores de competitividade 2,1
de Portugal para este produto: de classe mundial e 2,0

dar maior visibilidade


• Clima ameno e hospitalidade;
• Segurança; à área de influência 1,0

• Infraestruturas modernas e serviços de Lisboa.


de qualidade;
2005 2010 2011 2015 2020
• Flexibilidade dos profissionais;
• Capacidade de organização Embora assumindo a dimensão relativa
de grandes eventos com do mercado, importa destacar o gasto MERCADOS EMISSORES DE GOLFE
2010 [Quota]
reconhecimento muito favorável médio do turista, a contribuição para
junto dos participantes e dos média atenuar a sazonalidade dominante e a 15%
internacionais; capacidade para valorizar a imagem 26%

• Boa relação qualidade/preço; global do destino. Regista-se um


8%
• Boa localização do aeroporto na crescimento anual de 12% a 15% na
cidade; última década, valor que se poderá
8%
• Diversidade e variedade de opções situar nos 10% no futuro próximo.
de visitação a curta distância; 14%
9%
• Reconhecimento e projeção Os principais mercados emissores
12%
internacional de Lisboa como de golfe a nível europeu são o
R. Unido França Outros
destino de turismo de negócios. Reino Unido, Alemanha, Suécia,
Alemanha Holanda
França, Holanda e Espanha (85% do Suécia Espanha
mercado europeu). Fontes: IPK International, Euromonitor International
e Tourism Economics - análise THR

Sendo Espanha, Irlanda, França


e Turquia os principais destinos • Modalidade desportiva que se
concorrentes foram identificados os pode jogar todo o ano;
seguintes fatores de competitividade • Campos de golfe com diferentes
de Portugal para este produto: traçados e níveis de dificuldade;
• Campos de golfe de assinatura
(Robert Trent Jones Jr., Arnold
REUNIÕES INTERNACIONAIS Palmer, Jack Nicklaus, Arthur Hills,
REUNIÕES CORPORATIVAS REUNIÕES ASSOCIATIVAS Nick Faldo e S. Ballesteros) e de
elevada qualidade;
Reuniões Congressos e convenções
Viagens de incentivo Feiras e exposições • Zonas de concentração de
campos de golfe de elevada
Departamento da própria empresa/recetivo Associação/organismo governamental ou não
qualidade;
Entre 20 e 50 participantes Habitualmente não ultrapassam os 500 participantes
mas por vezes atingem 2.000 a 3.000 ou mais • Campos de golfe de competição,
Têm lugar em hotéis e centros de congressos
Processo de decisão relativamente rápido Têm lugar em centros de congressos com provas do circuito PGA;
O processo de decisão é longo e complexo
O destino pode ser repetido • Algarve e Lisboa eleitos pela
O processo de preparação é prolongado
Repete-se com intervalos regulares mas o destino vai IAGTO Golf Destination of the Year
alterando-se
e Golf Resort of the Year
(2006, 2007 e 2009).

17
3
PRODUTOS,
DESTINOS
E MERCADOS

Estruturar a oferta VIAGENS DE TURISMO NATUREZA


2010-2011 e previsões [milhões]
• Variedade e qualidade de paisagens

de turismo e elevada diversidade de habitats


naturais a curta distância e que
de natureza,
26,1

20,4
se situam para além das zonas
nomeadamente através 16,6 16,8
classificadas habitats de montanha
e floresta, rios e estuários, sapais,
da contemplação e escarpas, montados de sobro,
fruição do meio rural planícies cerealíferas, lagoas e
(turismo rural) e também arribas costeiras, pauis, ilhas e ilhas

de segmentos mais 2010 2011 2015 2020


barreira, etc.;
• Elementos qualificadores do
ativos, como passeios destino – arquipélago dos Açores
(a pé, de bicicleta ou a MERCADOS EMISSORES DE TURISMO
NATUREZA
praticamente inexplorado, raça de
cavalo), de observação 2010 [Quota] cavalos lusitanos e de garranos
9% no Gerês, coudelaria de Alter,
de aves ou do turismo 5%
2%
observação de mamíferos marinhos,
equestre, melhorando 9%
diversidade de aves, algumas
as condições de 49%
de visualização quase exclusiva,
levadas e floresta laurissilva da
visitação e a formação 10%
Madeira e paisagens da serra de
dos recursos humanos. Sintra e Douro, classificadas como
15% património mundial natural UNESCO,
Reservas da Biosfera dos Açores
Alemanha Escandinávia Outros
Subjacente à estratégia está a e Madeira e zonas de elevado valor
R. Unido França
constatação de que um turista de Holanda Itália natural;
natureza procura a tranquilidade, Fontes: IPK International, Euromonitor International • Riqueza e diversidade de produtos
e Tourism Economics - análise THR
o repouso e a autenticidade e oportunidades de lazer, incluindo
proporcionada pelo turismo rural e a cinegética, relacionados com
realiza múltiplas atividades no destino, Foram identificados os seguintes valores enológicos, gastronómicos,
tais como eco resorts, agroturismo e fatores de competitividade de Portugal históricos e patrimoniais, de alta
outras atividades de caráter cultural para este produto: qualidade e a curtas distâncias.
e/ou desportivo. Como nichos de
mercado destacam-se os passeios • 90% do território é considerado zona
a pé, de bicicleta ou a cavalo, assim rural e 23% do território português
como a observação de aves. Antecipa- é formado por Áreas Protegidas
se para este produto um crescimento e Rede Natura 2000, revelador
anual de 5% nos próximos anos. de fortes valores naturais e de
biodiversidade ao nível da fauna,
Os principais mercados emissores de flora e da qualidade paisagística
turismo de natureza a nível europeu e ambiental;
são a Alemanha, Reino Unido,
Holanda, Escandinávia, França e Itália
(91% do mercado europeu).

18
3
PRODUTOS,
DESTINOS
E MERCADOS

Desenvolver o VIAGENS DE TURISMO NÁUTICO


2000-2011 e previsões [milhões]
Consolidar os
turismo náutico investimentos e garantir
nos segmentos da 4,1
elevados padrões de
náutica de recreio e 2,8 2,9
3,4
qualidade em novos
projetos de turismo
2,7
do surfing, qualificando
residencial,
1,8
as infraestruturas para
responder a uma produto de relevância
procura crescente 2000 2005 2010 2011 2015 2020 estratégica acrescida,
e dinamizando as clarificando incentivos
atividades conexas. MERCADOS EMISSORES DE TURISMO
NÁUTICO e procedimentos
2010 [Quota]
para a instalação em
O turismo náutico, muito suscetível
às oscilações económicas, estagnou,
16%
26% Portugal de indivíduos
sobretudo ao nível da náutica de 4% de nacionalidade
recreio. Registou um crescimento anual 5%
estrangeira.
de 0,5% nos últimos 5 anos, valor 6%
inferior aos 9% verificados entre 2000 O turismo residencial, seriamente
6% 18%
e 2005, estimando-se um crescimento afetado pela situação económica
futuro de 3% a 4% ao ano. 9% atual mantém, no entanto, o
11%
interesse por parte dos europeus
Alemanha Holanda Itália
Os principais mercados emissores para compra de casa ou para
Escandinávia França Áustria
de turismo náutico a nível europeu R. Unido Rússia Outros disfrutar a reforma no estrangeiro.
são a Alemanha, Escandinávia, Reino Fontes: IPK International, Euromonitor International
e Tourism Economics - análise THR
Estima-se a comercialização de
Unido, Holanda, França, Rússia, Itália 100.000 unidades/ano no Sul da
e Áustria (84% do mercado europeu). Europa. O produto é valorizado pela
Sendo Espanha, França, Reino • Peniche, palco de um dos mais oferta de atividades complementares
Unido e Irlanda os principais destinos importantes eventos de surf do tais como golfe, praia e restauração.
concorrentes, foram identificados os mundo;
seguintes fatores de competitividade • Nazaré, com record mundial de O Reino Unido e a Alemanha são
de Portugal para este produto: ondas grandes (tow-in); os principais mercados da Europa,
• Figueira da Foz com a onda distinguindo-se dois segmentos:
• Linha de costa com especial (direita) mais comprida do o (1) turista-residente, proprietário
interesse, em função da continente europeu; que utiliza a casa em férias, fins
diversidade e valor natural, • O Guincho, com excelente de semana ou períodos de longa
paisagístico e cultural; conjunto de vento e ondas para a duração, principalmente no fim da
• Marinas e portos de recreio prática do kitesurf; vida ativa; e o (2) investidor, motivado
de qualidade, em particular no • A baía de Cascais e a de Lagos, pela valorização do investimento ou
Algarve; com uns dos melhores campos de pelo rendimento associado ao seu
• 800 Km de costa no continente e regata do mundo; arrendamento.
diversas ilhas capazes de garantir • Condições naturais para a prática
condições de surf 365 dias; de mergulho nos Açores.
• Ericeira, enquanto 2.ª reserva
mundial de surf;

19
3
PRODUTOS,
DESTINOS
E MERCADOS

VIAGENS DE TURISMO DE SAÚDE


Qualificar e classificar 2000-2011 e previsões [milhões]

a oferta de turismo 9,3

de saúde, com vista 6,9

ao desenvolvimento 5,1
5,5

e crescimento 4,3

deste produto de 2,3

relevância estratégica
para Portugal, nas 2000 2005 2010 2011 2015 2020

componentes
MERCADOS EMISSORES DE TURISMO
médica, termalismo, DE SAÚDE
2010 [Quota]
spa e talassoterapia, 19%
estimulando a
estruturação e a 4% 44%
Os mercados emissores prioritários
para Portugal são o Reino Unido,
promoção conjunta 4%

Alemanha, França, Holanda, das valências médica 4%

5%
Suécia, Rússia, assim como novos e turística. 6%
mercados (China, Brasil e Emirados 7% 8%
Árabes Unidos). O objetivo é vocacionar a oferta do
Alemanha Áustria Escandinávia
produto para os turistas cuja motivação
Bélgica Suíça Espanha
Sendo Espanha o principal destino primária é a obtenção de benefícios Itália R. Unido Outros
concorrente, foram identificados os relacionados com os cuidados Fontes: IPK International, Euromonitor International
e Tourism Economics - análise THR
seguintes fatores de competitividade de saúde, articulando a valência
de Portugal para este produto: médica com as valências turísticas
que lhe estão direta e indiretamente Tendo presente as principais
• Vasta oferta de qualidade associadas, desde o termalismo ao características da oferta e procura
e diversidade de equipamentos lazer e passando pelo bem-estar. mundial, sobretudo no espaço
e serviços complementares, Este produto, em termos integrados, europeu, foram identificados os
sobretudo no Algarve; tem registado um crescimento anual seguintes fatores de competitividade
• Alguma oferta de elevada significativo na Europa, entre os 7% de Portugal para este produto:
qualidade na área de influência a 8% desde 2000, valores que se
de Lisboa; perspetivam similares até 2015. • Sistema nacional de saúde
• Destino com bom clima todo de qualidade reconhecido
o ano e de fácil acesso; Os principais mercados emissores de internacionalmente, estando
• Portugal integra a lista dos turismo de saúde a nível europeu são Portugal na 12ª posição no índice
10 destinos mundiais mais a Alemanha, Bélgica, Itália, Áustria, dos sistemas mundiais de saúde
procurados para compra de casa Suíça, Reino Unido, Escandinávia e elaborado pela Organização Mundial
no estrangeiro (Prime Location, Espanha (81% do mercado europeu), de Saúde;
outubro 2011); mercados de relevância estratégica • Profissionais com experiência
• Regime especial de autorização no desenvolvimento do produto em internacional e com diminutas
de residência para atividade de Portugal, a par da Holanda, França e barreiras de comunicação nos
investimento em território nacional; EUA, assim como da diáspora e dos idiomas dos potenciais mercados
• Segurança. países de língua portuguesa. emissores para Portugal;

20
3
PRODUTOS,
DESTINOS
E MERCADOS

• Existência de unidades Promover a riqueza VIAGENS DE GASTRONOMIA E VINHOS


2005-2011 e previsões [milhões]
hospitalares acreditadas e qualidade da
por sistemas internacionais,
gastronomia
1,8

designadamente pela Joint


Commission International; e vinhos como 1,2

• Abundantes recursos termais e


de grande riqueza hidrogeológica,
complemento da 0,8
0,9

sobretudo no Norte e Centro; experiência turística, 0,6

• Marcas de spas (ex. Angsana estimulando a


Spa, Banyan Tree, ESPA Spa,
la prairie Spa e Six Senses Spa)
aplicação da marca/ 2005 2010 2011 2015 2020

internacionalmente reconhecidas conceito «Prove


em unidades hoteleiras de Portugal» em produtos, MERCADOS EMISSORES
DE GASTRONOMIA E VINHOS
referência no país;
equipamentos e 2010 [Quota]

• Extensa linha de costa com águas


do oceano atlântico que são serviços. 12% 17%

das mais ricas para a prática de 7%

talassoterapia; Subjacente está a convicção de que


• Amenas condições climáticas este é um produto turístico de nicho 11% 16%
ao longo do ano, que favorecem quando avaliado como motivação
a convalescença e que per si primária. Contudo, a maior parte dos
têm efeito terapêutico nalgumas turistas considera a gastronomia 11%
13%
patologias. aquando do planeamento e 13%
organização da viagem, assumindo-
R. Unido França Bélgica
se como importante fator de Alemanha Holanda Outros
avaliação. Este produto tem Escandinávia Itália
Fontes: IPK International, Euromonitor International
registado um crescimento anual de e Tourism Economics - análise THR

5% a 8% desde 2000, valores que se


perspetivam poder situar-se nos 8%
a 10% nos próximos anos. • Variedade e riqueza da
gastronomia nacional, classificada
Os principais mercados emissores como bem imaterial do património
de gastronomia e vinhos são a cultural português;
Espanha, Reino Unido e França, • Qualidade e diversidade dos
embora se trate fundamentalmente vinhos, alguns exclusivos de
de um produto complementar a Portugal (Porto e Madeira);
outros produtos de procura primária. • Doçaria tradicional e conventual
muito apreciada;
Sendo Espanha, França e Itália os • Qualidade do peixe e do marisco;
principais destinos concorrentes, • Crescente qualificação dos chefes
foram identificados os seguintes nacionais;
fatores de competitividade de • Existência de marcas relevantes
Portugal para este produto: (cataplana, pastel de nata, «o
melhor peixe do mundo», vinhos
do Porto e da Madeira, chefes
portugueses).

21
3
PRODUTOS,
DESTINOS
E MERCADOS

Estratégia de concentração de esforços, evitando


a dispersão em ações de reduzido
• [C] Produto complementar: valoriza
e enriquece a oferta e corresponde
desenvolvimento impacto. à satisfação de uma motivação

de produto e Assim, a classificação proposta


determina como:
secundária de viagem;
• [E] Produto emergente: requer
mercado • [P] Produto consolidado: oferta estruturação para atuação no
organizada, procura primária e médio prazo.
A estratégia de desenvolvimento de objeto de promoção externa;
produto tem por objeto os mercados • [D] Produto em desenvolvimento: Com base nos conceitos anteriores,
externos, situação que beneficia oferta em estruturação, foi desenvolvida uma matriz de
igualmente o mercado interno, tendo procura primária e objeto de produtos vs. destinos, que preside
como premissa a necessidade de promoção externa; à revisão do PENT para 2015.

MATRIZ DE PRODUTOS VS. DESTINOS

C spa/ D náutica
C talass. P de recreio D obs. aves ALGARVE P D C P
E t. médico D surfing
P inclui
D náutica C passeios Touring
C C spa/ D de recreio D t. equestre LISBOA D religioso C
talass. (região)
D surfing D obs. aves P peregrina-
ções
LISBOA Short
C E t. médico P P
(cidade) breaks
D náutica
C spa/ E
C talass. de recreio P passeios MADEIRA C P D
E surfing
ESTADIAS CIRCUITOS
GASTRON. TURISMO TURISMO TURISMO TURISMO GOLFE TURISMO DE CURTA TURÍSTICOS SOL E
E VINHOS SAÚDE RESIDEN. NÁUTICO NATUREZA NEGÓCIOS DURAÇÃO RELIGIOSOS MAR
EM CIDADE E CULTURAIS
P termas E náutica D passeios NORTE P inclui
C C spa/ de recreio D t. equestre (região) C Touring
talass. E surfing religioso
PORTO Short
C E t. médico D D
(cidade) breaks
P termas
E t. médico
C C spa/ E surfing D passeios CENTRO P C
talass.
D t. equestre ALENTEJO
C E D surfing D obs. aves P C

D náutica P passeios
C de recreio D obs. aves AÇORES D
E surfing
E P emergente C P complementar D P em desenvolvimento P P consolidado
Fonte: Análise Turismo de Portugal

22
3
PRODUTOS,
DESTINOS
E MERCADOS

Os mercados emissores prioritários Também como orientação devem Assim, é possível, para a globalidade
têm como uma das suas referências integrar a carteira de mercados do Destino Portugal, posicionar os
o seu comportamento ao nível da prioritários os que têm um maior mercados emissores de acordo com
dimensão, da quota de mercado em rácio receita por turista, os que têm a sua atual penetração e crescimento
Portugal e da taxa de crescimento segmentos ainda não explorados, os perspetivado.
verificada. que são representativos em termos
de diáspora e outros mercados
emergentes.

MERCADOS EMISSORES (DORMIDAS*)


2012(p) [milhares; Quota; CAGR]

20%

Brasil
15%

França 10%

Suíça
5%
Bélgica Portugal
Polónia Holanda Quota= 31,4%
Canadá Rússia Irlanda Espanha Valor= 12.472,3 mil
0% Quota
0% EUA Itália3% 5% 8% 10% 13% 15% 18% 20% 12
Japão Áustria Alemanha R. Unido
Noruega Dinamarca
Finlândia -5%
Suécia

-10%

-15%

-20%
CAGR
06-12
Nota: (*) inclui empreendimentos turísticos, sem TH/TER, e outros; (p) provisório
Fonte: INE – análise Turismo de Portugal

Quota
Baixa Alta
I. Mercados de crescimento – reforço global da quota
Rápido

de mercado

II. Mercados de crescimento – reforço da quota de


I II mercado e alargamento/diversificação da abordagem
Polónia França a novos segmentos
Rússia Brasil
III. Mercados de diversificação – prospeção e
aproveitamento pontual de oportunidades em função
Crescimento

do lançamento de novas acessibilidades

IV. Mercados de consolidação – revitalização


III IV dos mercados com a aposta nos segmentos mais
Escandinávia, Reino Unido dinâmicos e em segmentos pouco explorados
Itália, Irlanda Alemanha
EUA, outros Holanda V. Mercados de consolidação – desenvolvimento dos
mercados com recurso a programas de fidelização e
Novos mercados: V promoções especiais
EAU, Ásia, Portugal
América Norte Espanha
e Latina
Lento

23
3
PRODUTOS,
DESTINOS
E MERCADOS

A estratégia de abordagem assenta Portugal e Espanha devem ser


nos seguintes objetivos: alvo de uma abordagem particular:
por um lado, o mercado interno
• Dinamização dos mercados de importante para uma base estável
crescimento (alto crescimento) de ocupação, incluindo em termos
globalmente para os mercados sazonais, e geração de receitas;
de baixa penetração e junto dos e, por outro lado, Espanha face
segmentos mais dinâmicos nos à proximidade e elasticidade de
mercados com elevada penetração resposta.
(Grupos I e II);
• Revitalização dos mercados de DESENVOLVER DESENVOLVER AS REALIDADES
O MERCADO INTERNO DO MERCADO ESPANHOL
consolidação (alta penetração
Promover a variedade de opções e pontos de interesse Aprofundar o conhecimento do mercado espanhol,
e baixo crescimento) no sentido a visitar em todo o país; segmentando-o e entendendo as preferências de cada
segmento;
de manter a quota de mercado Elaborar e disponibilizar programas de férias de
durações variadas e direcionadas a diferentes Desenvolver programas de férias direcionados a cada
(Grupos IV e V); segmentos de mercado; segmento;

• Desenvolvimento de abordagens Potenciar a mensagem de Portugal enquanto Fomentar a criação de propostas específicas para os
país ainda com vasto e interessante património feriados e “pontes” espanhóis e promovê-las;
seletivas nos mercados natural, histórico e arquitetónico por descobrir Explorar as ligações histórico-culturais dos dois países
pelos residentes; para enriquecer a experiência da visita;
de diversificação (baixa Potenciar a genuinidade, autenticidade e variedade Divulgar o calendário de eventos (culturais,
regional dos hábitos, gastronomia e outras
penetração), em função das manifestações culturais para enriquecer a proposta
gastronómicos, …) em Espanha, em particular na
época baixa, para atenuar a sazonalidade;
oportunidades, nomeadamente de valor das férias;
Intensificar as ações de promoção direta junto de
Desenvolver propostas específicas direcionadas
ao nível do lançamento de novas à captação de turistas na época baixa;
entidades ligadas a produtos específicos – clubes
de enólogos, promotores de eventos para empresas…;
acessibilidades (Grupo III). Desenvolver programas de eventos regionais ao longo Reforçar a comunicação em língua castelhana.
da maior parte do ano, de modo a estimular a visita
das diversas regiões em época baixa;
Desenvolver sistemas de CRM que assegurem
o contacto permanente com o mercado interno;
Desenvolver programas de fidelização e promoções
especiais que cativem a permanente atenção do
mercado interno.

Fonte: Análise Turismo de Portugal

O segmento das Comunidades luso-descendentes residentes


Portuguesas merece uma referência no estrangeiro para Portugal,
particular. Estima-se que a destacando-se a França, Suíça, EUA,
população total de portugueses e Brasil e Canadá como os principais
luso-descendentes residentes no mercados emissores.
estrangeiro ultrapasse largamente
5 milhões de pessoas, sendo Pode ilustrar-se, em síntese,
razoável estimar que anualmente a relação de Portugal com os
sejam realizadas cerca de 1 milhão mercados emissores de acordo com
de viagens de portugueses e o seguinte racional.

MATRIZ
CAN
RUS
BRA
POR

HOL

AUS
POL

ESC

EUA
FRA
ESP

BEL
ALE

Out
SUI
IRL
ITA
RU

MERCADOS

PORTUGAL • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Legenda: • • • • Do maior nível de esforço para o menor


nível de esforço (leitura em linha). Bola azul – mer. consolidados;
bola laranja – mer. de desenvolvimento
Fonte: Análise Turismo de Portugal

24
3
PRODUTOS,
DESTINOS
E MERCADOS

Como visão de conjunto anterior RECEITAS TURÍSTICAS PROVEITOS GLOBAIS*


2006-2012 [milhões €; CAGR] 2006-2012 [milhões €; CAGR]
à análise por região, importa
destacar os seguintes seis conjuntos 4,3% 1,1%
8.606
de indicadores para o Destino 8.146
7.402 7.440 7.601 1.944 1.965 1.906 1.861
Portugal: 6.672 6.908 1.741 1.764 1.808

• As Receitas turísticas e os
Proveitos dos empreendimentos.
Se entre 2006 e 2012, o
crescimento médio anual das
receitas turísticas foi de 4,3%, os 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(p)
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(p)
proveitos dos empreendimentos Nota: (*) inclui empre endimentos turísticos, sem TH/TER,
e outros; (p) provisório
apenas aumentaram a um ritmo Fontes: BP e INE – Análise Turismo de Portugal

anual de 1,1%, decorrente da


HÓSPEDES* DORMIDAS*
pressão do turista sobre uma 2006-2012 [milhões; CAGR] CAGR
2006-2012 [milhões; CAGR] CAGR
06-12
oferta crescente; 06-12
14,0 13,9 1,9% 39,7 39,2 39,4 39,8 0,9%
13,4 13,5 12,9 13,5 37,6
13,0 13,0 36,5 37,4 13,4 12,5
6,6 6,2 12,4
• O número de hóspedes e 12,4 6,3 6,3 6,4 6,7 13,2 13,8
5,9 0,9% 0,2%
dormidas aumentou a uma
26,8 26,0 27,3
taxa anual de 1,9% e 0,9%, 25,2 26,2
23,2 23,6
respetivamente, tendo diminuído 7,0 7,1 6,8
7,4 7,7
6,5 6,5
por essa via a estada média, 1,3%
2,8%
tendência que importa inverter.
De realçar o crescimento anual
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(p)
de 1,3% das dormidas de 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(p)

estrangeiros (quota de mercado Estrangeiro Portugal


Estrangeiro Portugal
de 69%); Nota: (*) inclui empre endimentos turísticos, sem TH/TER,
e outros; (p) provisório
Fontes: BP e INE – Análise Turismo de Portugal

25
3
PRODUTOS,
DESTINOS
E MERCADOS

DORMIDAS* POR GRUPOS DE MERCADOS DORMIDAS* DOS MERCADOS EXTERNOS CLASSIFICADOS POR NÍVEIS**
CLASSIFICADOS POR NÍVEIS** 2006-2012 [milhões]
2006-2012 [Quota; milhões; CAGR] CAGR
06-12 1º nível 2º nível 3º nível
37,6 39,7 39,2 36,5 37,4 39,4 39,8 0,9% ITA 1,0 0,3
7,3 SUI
6% 7% 8% 7% 8% 9% 10% 8,3% REI 0,9 0,4
19% 19% 19% 18% 19% 19% 20% 6,4 ESC 1,8
1,5 0,3
1,6% CAN
1,8 0,3
3,2 HOL
41% 41% 40% 38% 37% 38% 39% 2,1
ESP 0,3
3,1 0,6 AUS
EUA 0,3
-0,1% 0,7
0,5 0,2
3,9 BRA POL
1,1 0,4
ALE
3,7 1,0
36% 37% 34% IRL 1,0 0,2
33% 33% 33% 31% RUS
0,2% 0,6 0,5
1,2 BEL 0,6
FRA 1,1
2,2 0,1 Out
JAP 0,1 1,9
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 (p)

2006 2012(p) 2006 2012(p) 2006 2012(p)


Portugal 2º nível 2)
1º nível 1) 3º nível 3) Notas: (*) inclui empreendimentos turísticos, sem TH/TER, e outros; (**) níveis correspondentes a 1) mercados estratégicos – Reino Unido,
Espanha, Alemanha e França; 2) mercados de desenvolvimento - Itália, Escandinávia, Holanda, EUA, Brasil, Irlanda, Bélgica e Japão;
3) mercados de diversificação – Suíça, Canadá, Áustria, Polónia, Rússia e outros; (p) provisório
Fonte: INE ­– análise Turismo de Portugal

• Em 2012, a nacionalidade das • As taxas de ocupação quarto TAXAS DE OCUPAÇÃO QUARTO*


2006-2012 [Tx%; Var p.p.]
dormidas em empreendimentos e o RevPar têm vindo a registar
-0,2 p.p. -5,8p.p.
turísticos encontrava-se dividida um decréscimo no período,
em 31% mercado nacional, 39% estabelecendo-se nos 51% e nos 57% 59% 57%
52% 51% 52% 51%
conjunto do Reino Unido, Espanha, 32€, respetivamente, em 2012;
Alemanha e França, 20% conjunto
de Itália, Escandinávia, Holanda, • O nível de satisfação com as
EUA, Brasil, Irlanda, Bélgica e férias em Portugal é elevada (8,5
Japão e 10% de outros mercados; numa escala de 0 a 10) e, para
40% dos turistas inquiridos, as
• A quota de mercado de Portugal férias superaram as expectativas, 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(p)

a partir dos seus principais sendo elevada a intenção de voltar


REVPAR*
mercados emissores apresenta-se a Portugal nos próximos três anos. 2006-2012 [€, CAGR]

relativamente estável sendo, em


5,0% -3,9%
2011, de 11,0% em Espanha, 3,0% 38€ 37€
em França, 2,2% no Reino Unido, 34€ 33€ 33€ 33€ 32€
1,6% na Holanda e 1,0%
na Alemanha;

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(p)

Notas: (*) inclui hotéis, hotéis-apartamentos e pousadas; (p) provisório


Fontes: Turismo de Portugal e INE – análise Turismo de Portugal

26
3
PRODUTOS,
DESTINOS
E MERCADOS

Partindo da análise global do Destino


Portugal enquanto “chapéu” de
desenvolvimento, foi definida para
cada uma das regiões, de acordo DORMIDAS* DE
NACIONAIS VS. ESTRANGEIROS PROVEITOS GLOBAIS*
com o ponto de partida e envolvente 2006-2012 [milhões] 2006-2012 [milhões €]

de mercado, a seguinte estratégia de 4,5 4,5


4,4 218,3 223,8 212,6
desenvolvimento: 4,2 4,3 4,3 2,1 2,2 208,4 213,7 207,6
3,8 1,8 1,8 1,7 1,9
183,5
1,6

NORTE
2,5 2,4 2,5 2,5 2,5 2,4
2,3
No período 2006 a 2012, registou-se
um aumento de 70.000 dormidas
nacionais e 620.000 internacionais
(aumento global de dormidas de 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(p) 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(p)

18% e dos proveitos globais dos


Nacionais Estrangeiros
empreendimentos turísticos de 16%),
que compara com um aumento de
19% (6.600 camas) do lado da oferta. TAXAS DE OCUPAÇÃO QUARTO** REVPAR**
2006-2012 2006-2012
As taxas de ocupação quarto situaram-
28€ 28€ 28€
se nos 44%, com um RevPar de 24€. 49% 50% 49% 50% 48% 47% 26€ 26€ 26€
44% 24€

Os mercados externos aumentaram


a sua quota de mercado na região
(48% das dormidas em 2012 vs. 40%
em 2006), sobretudo os mercados de
desenvolvimento (Itália, Escandinávia,
Holanda, EUA, Brasil, Irlanda, 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(p) 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(p)
Bélgica e Japão) e de diversificação Notas: (*) inclui empreendimentos turísticos, sem TH/TER,
e outros; (**) inclui hotéis, hotéis-apartamentos e pousadas
(Suíça, Canadá, Áustria, Polónia, (p) provisório estabilizou, concentrando em julho,
Fonte: INE e Turismo de Portugal – análise Turismo de Portugal
Rússia e outros). A sazonalidade agosto e setembro 38% da procura
NORTE
internacional e 32% da nacional.
MERCADOS EMISSORES (DORMIDAS*)
2012(p) [milhares; Quota; CAGR]

25%

20%
Brasil
15%
Bélgica França
Suíça
Rússia 10%
Áustria
Suécia Canadá
Noruega Polónia Holanda Itália 5% Portugal
Finlândia Alemanha Quota= 52,1%
Irlanda EUA Espanha Valor= 2.364,7 mil Quota
0%
0% Dinamarca 3% R. Unido 5% 8% 10% 13% 15%12
Japão
-5%

-10%

-15%

-20%

-25%
CAGR
06-12
Nota: (*) inclui empreendimentos turísticos, sem TH/TER, e outros; (p) provisório
Fonte: INE – análise Turismo de Portugal

27
3
PRODUTOS,
DESTINOS
E MERCADOS

A estratégia passa por apostar nos verifica-se a necessidade de

Desenvolvimento

Sem Expressão
Complementar
mercados em crescimento (França, fazer um diagnóstico global da

Consolidado
ESTRATÉGIA

Emergente
PRODUTOS
Brasil, Itália, Holanda e Bélgica), articulação entre serviços médicos
alavancando as operações aéreas e de turismo, bem como proceder
de baixo custo. A consolidação dos à análise da situação competitiva
Sol e mar •
mercados de Portugal e Espanha, e nacional e definição do modelo de
Turismo
neste em especial a vizinha Galiza, negócio que melhor potencie os de saúde
• • •

deve incidir nas férias de curta duração serviços de turismo. Estadias de


curta duração •
fora da alta estação, tirando partido da em cidade
facilidade de acessos. • Nas estadias de curta duração Circuitos
turísticos
em cidade, deve-se requalificar e religiosos

A região Norte deve assim apostar valorizar o espaço público, colocar e culturais

em cinco produtos principais para recursos georreferenciados em Gastronomia



e vinhos
desenvolver a sua oferta. valor e desenvolver conteúdos
Turismo

de informação para o cliente, de natureza

Ao nível do produto, destacam-se as bem como colocar o produto no Golfe •


seguintes linhas de atuação: mercado, promover a cidade e Turismo

desenvolver ofertas que promovam náutico

• Nos circuitos turísticos religiosos e o prolongamento da estadia, em Turismo


de negócios

culturais, verifica-se a necessidade particular as que se referem à ligação Turismo

de colocar os recursos do Porto à região do Douro. residencial

georreferenciados em valor e Fonte: Análise Turismo de Portugal

desenvolver conteúdos e informação • No turismo de negócios, verifica-se atividades, desenvolver conteúdos


para o cliente, bem como incentivar a necessidade de desenvolver e experiências, em particular os
e diversificar as experiências, em infraestruturas e serviços relacionados com os vinhos do
particular as que se referem à ligação especializados, prospetar e colocar Douro e Porto, e integrar a oferta
do Porto à região do Douro e de o produto no mercado. em plataformas de promoção e
turismo rural, e colocar o produto no comercialização. O produto reúne
mercado. • No turismo de natureza, na vertente condições para se autonomizar e criar
passeios, verifica-se a necessidade afluência específica para a região.
• No turismo de saúde, vertente de desenvolver infraestruturas e
termas, verifica-se a necessidade serviços especializados, diversificar • No golfe, deve estruturar-se a oferta
de requalificar zonas envolventes, experiências de turismo rural, criar para complementar outros produtos
desenvolver serviços especializados, conteúdos e a sua disponibilização de motivação primária.
criar conteúdos para disponibilização em canais, colocar no mercado
em canais internos e externos e o produto dos passeios a pé, de • No turismo náutico (vela e surfing),
reposicionar o produto termal no bicicleta ou a cavalo. existe a necessidade de sensibilizar
mercado. • Na vertente do turismo equestre os serviços de estrangeiros
• A nível do bem-estar (spa e (cavalo lusitano), verifica-se a e fronteiras e capitanias para
talassoterapia), verifica-se a necessidade de desenvolver continuar e incrementar a aposta
necessidade de desenvolver serviços à volta da cultura do cavalo na normalização e agilização
conteúdos para a sua e sua disponibilização ao turista. dos procedimentos, desenvolver
disponibilização em canais sistemas de qualidade para as
específicos, bem como apostar • No âmbito da gastronomia e marinas e portos de recreio e
na diversidade de experiências vinhos, verifica-se a necessidade divulgar a oferta de surfing.
de spa e talassoterapia. de desenvolver roteiros
• No domínio do turismo médico enograstronómicos, densificar

28
3
PRODUTOS,
DESTINOS
E MERCADOS

CENTRO

No período 2006 a 2012, DORMIDAS* DE


NACIONAIS VS. ESTRANGEIROS PROVEITOS GLOBAIS*
registou-se uma estabilização do 2006-2012 [milhões] 2006-2012 [milhões €]

número de dormidas de nacionais


e um aumento de 270.000 dormidas 3,9 3,9 3,9
4,0
3,8
3,7 1,6 180,9 189,4 179,1 187,7 187,2
internacionais (um aumento global 3,5 1,4 1,4 1,3 1,3 1,5 163,1 168,8
1,2
de dormidas de 8% e dos proveitos
globais dos empreendimentos 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5
2,3 2,3
turísticos de 4%), que compara com
um aumento de 14% (5.100 camas)
do lado da oferta. As taxas de
ocupação quarto situaram-se nos 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(p) 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(p)

36%, com um RevPar de 17€.


Nacionais Estrangeiros

Os mercados externos aumentaram


a sua representatividade na região TAXAS DE OCUPAÇÃO QUARTO** REVPAR**
2006-2012 2006-2012
(35% das dormidas em 2006 vs.
39% em 2012), sobretudo devido
aos mercados estratégicos (Espanha 42% 43% 42% 22€ 22€
39% 40% 38% 21€ 20€ 20€
e França) e outros como o Brasil. 36% 19€
17€
A sazonalidade manteve-se estável,
com julho, agosto e setembro a
concentrarem 41% da procura
internacional e 36% da nacional.
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(p) 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(p)

Notas: (*) inclui empreendimentos turísticos, sem TH/TER,


e outros; (**) inclui hotéis, hotéis-apartamentos e pousadas
(p) provisório
Fonte: INE e Turismo de Portugal – análise Turismo de Portugal

MERCADOS EMISSORES (DORMIDAS*)


2012(p) [milhares; Quota; CAGR]

25%
Rússia
20%
Finlândia
Brasil 15%
Polónia
Noruega
Suécia 10%
Suíça
Canadá Bélgica
França 5% Portugal
Áustria Alemanha
Espanha Quota= 61,0%
Holanda 0%
Valor= 2.310,6 mil Quota
0% Dinamarca EUA 3% 5% 8% 10% 13% 15%12
Irlanda Itália -5%
R. Unido
Japão -10%

-15%

-20%

-25%
CAGR
06-12
Nota: (*) inclui empreendimentos turísticos, sem TH/TER, e outros; (p) provisório
Fonte: INE – análise Turismo de Portugal

29
3
PRODUTOS,
DESTINOS
E MERCADOS

A zona circunscrita a um raio • No turismo de saúde suportado

Desenvolvimento
de 100 km a 150 km a partir da na procura termal, verifica-se a

Sem Expressão
Complementar
Consolidado
ESTRATÉGIA
cidade do Porto deve assumir uma necessidade de requalificar zonas

Emergente
PRODUTOS
estratégia de mercados alinhada envolventes, desenvolver serviços
com os mercados definidos para especializados, criar conteúdos
a região Norte. para disponibilização em canais Sol e mar •

internos e externos e reposicionar Turismo


de saúde
• • •
A estratégia de mercados para o produto termal no mercado.
Estadias de
o interior da região Centro, • A nível do bem-estar (spa e curta duração •
em cidade
em particular para a Serra da talassoterapia), verifica-se a
Circuitos
Estrela, passa pela manutenção necessidade de desenvolver turísticos

da dinâmica de crescimento conteúdos para a sua religiosos e
culturais
do mercado dos residentes em disponibilização em canais Gastronomia

Portugal e a diversificação a novos específicos, bem como apostar e vinhos

mercados e segmentos, sobretudo na diversidade de experiências Turismo



de natureza
luso-descendentes de 2.ª e 3.ª de spa e talassoterapia.
Golfe •
geração. • No domínio do turismo médico
verifica-se a necessidade de Turismo

náutico
A região Centro deve estruturar a fazer um diagnóstico global
Turismo
oferta de circuitos turísticos religiosos •
da articulação entre serviços de negócios

e culturais, de turismo de saúde e de médicos e de turismo, bem Turismo



residencial
turismo de natureza para promoção como proceder à análise da
Fonte: Análise Turismo de Portugal
internacional. situação competitiva nacional e
definição do modelo de negócio
Ao nível do produto, destacam-se as que melhor potencie os serviços • No âmbito do produto sol e mar, é
seguintes linhas de atuação: de turismo. necessário estruturar ofertas para
complementar outras motivações
• Nos circuitos turísticos • No turismo de natureza, na de procura primária.
religiosos e culturais, verifica-se vertente passeios, verifica-se
a necessidade de colocar os a necessidade de desenvolver • No âmbito da gastronomia e
recursos georreferenciados em infraestruturas e serviços vinhos verifica-se a necessidade
valor e desenvolver conteúdos e especializados, diversificar de densificar atividades,
informação para o cliente, bem experiências de turismo rural desenvolver conteúdos e
como incentivar e diversificar as e criar conteúdos e a sua experiências e integrar a oferta
experiências de turismo rural e disponibilização em canais, em plataformas de promoção e
colocar o produto no mercado. colocar o produto dos passeios comercialização.
a pé, de bicicleta ou a cavalo no
mercado. • No turismo náutico, verifica-se a
necessidade de divulgar a oferta
de surfing.

30
3
PRODUTOS,
DESTINOS
E MERCADOS

LISBOA
DORMIDAS* DE
NACIONAIS VS. ESTRANGEIROS PROVEITOS GLOBAIS*
No período 2006 a 2012 o mercado 2006-2012 [milhões] 2006-2012 [milhões €]

nacional aumentou 110.000 9,0


9,5 577,1 570,5 562,0
8,7 8,6 525,3 541,7
8,4
dormidas e o internacional 1.200.000 8,2
6,2 7,9 6,0
6,4 7,0 497,8 492,8
5,8 5,9
(aumento global de dormidas de 5,5

16% e dos proveitos globais dos


empreendimentos turísticos de 9%),
que compara com um aumento
de 17% (8.100 camas) do lado da 2,4 2,5 2,5 2,4 2,6 2,6 2,5

oferta. As taxas de ocupação quarto


situaram-se nos 61%, com um 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(p) 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(p)

RevPar de 43€.
Nacionais Estrangeiros

Mantém-se estável a
representatividade do mercado
TAXAS DE OCUPAÇÃO QUARTO** REVPAR**
internacional (cerca de 70% 2006-2012 2006-2012

da procura), destacando-se os 68%


52€ 50€
64% 63% 46€
aumentos de emissores como o 60% 62% 61% 45€
42€ 44€ 43€
57%
Brasil (mais 440.000 dormidas
no período), a França e a Rússia.
A sazonalidade manteve-se
estável, concentrando julho,
agosto e setembro 35% da procura
internacional e 32% da nacional.
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(p) 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(p)

A estratégia é de aposta nos


Notas: (*) inclui empreendimentos turísticos, sem TH/TER,
mercados em crescimento, com e outros; (**) inclui hotéis, hotéis-apartamentos e pousadas
(p) provisório
destaque para o Brasil, a França Fonte: INE e Turismo de Portugal – análise Turismo de Portugal

e a Rússia e na revitalização dos


mercados consolidados, com a
fidelização da Espanha e novo
impulso aos setores mais dinâmicos
da Alemanha, Itália, Reino Unido e
EUA. Também é recomendada a
abordagem da região, articulada/
integrada com a marca do destino
Portugal, a mercados da Ásia e
Médio Oriente.

31
3
PRODUTOS,
DESTINOS
E MERCADOS

Os principais produtos para a região recursos georreferenciados em em canais, criar diversidade de


de Lisboa são as estadias de curta valor e desenvolver conteúdos de experiências de passeios a pé, de
duração em cidade, os circuitos informação para o cliente, bem bicicleta ou a cavalo.
turísticos religiosos e culturais, como colocar o produto no mercado • Na vertente do turismo equestre
em particular os que envolvem as e desenvolver ofertas que promovam (cavalo lusitano), verifica-se a
peregrinações a Fátima, e o turismo o prolongamento da estadia. necessidade de desenvolver
de negócios. Carecem de maior serviços e sua disponibilização
desenvolvimento os produtos golfe, • Nos circuitos turísticos ao turista, em particular no que
náutico (náutica de recreio e surfing) religiosos e culturais, verifica-se diz respeito à Companhia das
e turismo residencial, sobretudo no a necessidade de colocar os Lezírias.
Estoril e no Oeste, a par da natureza recursos georreferenciados em • No turismo de natureza, na
(observação de aves e turismo valor e desenvolver conteúdos e vertente observação de aves,
equestre) e do turismo de saúde. informação para o cliente, bem verifica-se a necessidade de
como incentivar e diversificar as estruturar informação, criar
Em termos de comunicação deve ser experiências e colocar o produto conteúdos e sua disponibilização
colocada em valor a multiplicidade no mercado. em canais, especializar
de valores culturais e naturais da o serviço/experiência, e
região, sendo igualmente importante • No turismo de negócios, verifica-se desenvolver boas práticas de
destacar os aspetos de modernidade a necessidade de desenvolver sustentabilidade em toda a
do destino. infraestruturas acima das 5 mil cadeia de valor do produto.
pessoas e prospetar e colocar o
Ao nível do produto, destacam-se as produto no mercado. • No golfe, verifica-se a necessidade
seguintes linhas de atuação: de desenvolver serviços orientados
• No turismo de natureza, na para o cliente, criar conteúdos e
• Nas estadias de curta duração vertente passeios, verifica-se sua disponibilização em canais e
em cidade, deve-se requalificar e a necessidade de desenvolver colocar o produto no mercado.
valorizar o espaço público, colocar conteúdos e a sua disponibilização

LISBOA
MERCADOS EMISSORES (DORMIDAS*)
2012(p) [milhares; Quota; CAGR]

30%
Rússia

20%
Brasil
Finlândia

10%
Canadá
França
Polónia Suíça EUA R. Unido Portugal
Noruega Holanda Quota= 26,3%
Suécia Alemanha
Dinamarca Irlanda 0%
Valor= 2.486,4 mil Quota
Bélgica
0% 3% 5% 8% 10% 13% 15%12
Áustria Japão Itália Espanha

-10%

-20%

-30%
CAGR
06-12
Nota: (*) inclui empreendimentos turísticos, sem TH/TER, e outros; (p) provisório
Fonte: INE – análise Turismo de Portugal

32
3
PRODUTOS,
DESTINOS
E MERCADOS

• No âmbito do turismo náutico, complementar outras motivações

Desenvolvimento

Sem Expressão
verifica-se a necessidade de de procura primária.

Complementar
Consolidado
ESTRATÉGIA

Emergente
sensibilizar os serviços de PRODUTOS

estrangeiros e fronteira e capitanias • No âmbito da gastronomia e


para continuar e incrementar vinhos, verifica-se a necessidade
Sol e mar •
a aposta na normalização e de densificar atividades,
agilização dos procedimentos, desenvolver conteúdos e Turismo
• •
de saúde
desenvolver sistemas de qualidade experiências e integrar a oferta
Estadias de
nas marinas e portos de recreio, em plataformas de promoção e curta duração •
em cidade
promover a oferta das marinas e comercialização.
Circuitos
portos de recreio em função dos turísticos
religiosos

postos de amarração disponíveis, • No turismo de saúde, verifica-se e culturais
sensibilizar os municípios para a a necessidade de desenvolver Gastronomia
e vinhos

qualidade e boas condições de conteúdos e assegurar sua
Turismo
acesso às praias e condições disponibilização em canais, bem de natureza

mínimas para as instalações das como apostar na diversidade
Golfe •
escolas de surfing, e divulgar os de experiências de spa e
Turismo
eventos internacionais e promover talassoterapia. náutico

a oferta de surfing. • No domínio do turismo médico Turismo

verifica-se a necessidade de de negócios

• No turismo residencial, verifica-se fazer um diagnóstico global Turismo


residencial

a necessidade de disponibilizar na da articulação entre serviços
Fonte: Análise Turismo de Portugal
Internet informação sistematizada médicos e de turismo, bem
e orientada para o cliente e colocar como proceder à análise da
o produto no mercado. situação competitiva nacional e
definição do modelo de negócio
• No âmbito do produto sol e que melhor potencie os serviços
mar verifica-se a necessidade de turismo.
de estruturar ofertas para

33
3
PRODUTOS,
DESTINOS
E MERCADOS

ALENTEJO

No período 2006 a 2012, registou-se DORMIDAS* DE


NACIONAIS VS. ESTRANGEIROS PROVEITOS GLOBAIS*
um aumento de 80.000 dormidas 2006-2012 [milhões] 2006-2012 [milhões €]

nacionais e um aumento de 90.000


dormidas do mercado internacional 1,2
1,2
1,1 64,1
1,1 1,1 1,1 0,3 59,3 59,5
56,9 57,6 57,0
(aumento global de dormidas de 1,0 0,3 0,3 0,3
0,3 0,4
48,3
17% e dos proveitos globais dos 0,3
0,9 0,9
0,8
empreendimentos turísticos de 18%), 0,8 0,8 0,8
0,7
que compara com um aumento
de 47% (4.400 camas) do lado da
oferta. As taxas de ocupação quarto
situaram-se nos 40%, com um 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(p) 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(p)

RevPar de 23€.
Nacionais Estrangeiros

A estratégia passa pelos mercados


em crescimento, Portugal e Espanha. TAXAS DE OCUPAÇÃO QUARTO** REVPAR**
2006-2012 2006-2012
A abordagem aos outros mercados
deve articular-se preferencialmente 27€ 26€ 25€
com Lisboa, principal porta de 44% 44% 43% 24€ 25€ 24€ 23€
41% 42% 43% 40%
entrada na região dos mercados
internacionais, com exceção
de Espanha e, em função das
oportunidades, também com o
Algarve e o Centro. Do ponto de
vista regional, a especificidade
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(p) 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(p)
de recursos (lago Alqueva)
Notas: (*) inclui empreendimentos turísticos, sem TH/TER,
e/ou de concentração de oferta de e outros; (**) inclui hotéis, hotéis-apartamentos e pousadas
(p) provisório
alojamento (Alentejo Litoral) justificam Fonte: INE e Turismo de Portugal – análise Turismo de Portugal

a continuação de um trabalho

MERCADOS EMISSORES (DORMIDAS*)


2012(p) [milhares; Quota; CAGR]

25%
Brasil
Irlanda
20%

Polónia R. Unido
15%
Rússia
Suécia 10%
França
Áustria Bélgica
Dinamarca Suíça EUA 5% Portugal
Noruega Quota= 69,3%
Finlândia Alemanha Espanha
Canadá 0% Valor= 795,6 mil Quota
0% Itália 3% 5% 8% 10% 12
Japão
Holanda
-5%

-10%

-15%

-20%

-25%
CAGR
06-12
Nota: (*) inclui empreendimentos turísticos, sem TH/TER, e outros; (p) provisório
Fonte: INE – análise Turismo de Portugal

34
3
PRODUTOS,
DESTINOS
E MERCADOS

consistente ao nível da estruturação conteúdos e sua disponibilização

Desenvolvimento

Sem Expressão
dos respetivos produtos. em canais, especializar

Complementar
Consolidado
ESTRATÉGIA

Emergente
o serviço/experiência, e PRODUTOS
O Alentejo deve apostar nos circuitos desenvolver boas práticas de
turísticos religiosos e culturais como sustentabilidade em toda a
o produto dinamizador do turismo cadeia de valor do produto Sol e mar •

na região. observação de aves. Turismo



de saúde

Estadias de
Ao nível do produto, destacam-se as • No turismo náutico, verifica-se curta duração •
em cidade
seguintes linhas de atuação: a necessidade de sensibilizar
Circuitos
os municípios para a qualidade turísticos

• Nos circuitos turísticos religiosos e e boas condições de acesso religiosos
e culturais
culturais, verifica-se a necessidade às praias, divulgar os eventos Gastronomia

de colocar os recursos (património internacionais e promover a oferta e vinhos

histórico, ambiental e paisagístico, de surfing. Turismo



de natureza
gastronomia e vinhos, entre
Golfe •
outros) georreferenciados em • No âmbito do produto sol e
valor e desenvolver conteúdos e mar, verifica-se a necessidade Turismo

náutico
informação para o cliente, bem de estruturar ofertas para
Turismo
como incentivar e diversificar as complementar outras motivações de negócios

experiências de turismo rural e de procura primária. Turismo



residencial
colocar o produto no mercado.
Fonte: Análise Turismo de Portugal
• No âmbito do produto gastronomia
• No turismo de natureza verifica-se e vinhos, verifica-se a necessidade
a necessidade de desenvolver de desenvolver roteiros
conteúdos e a sua disponibilização enogastronómicos, densificar
em canais, criar diversidade de atividades, desenvolver conteúdos
experiências de passeios a pé, de e experiências e integrar a oferta
bicicleta ou a cavalo. em plataformas de promoção e
• Na vertente do turismo equestre comercialização. O produto reúne
(cavalo lusitano), verifica-se a condições para se autonomizar
necessidade de desenvolver e criar afluência específica para
serviços e sua disponibilização a região.
ao turista, em particular no
que diz respeito à Coudelaria • No turismo residencial, verifica-se
de Alter. a necessidade de garantir o
• No turismo de natureza acompanhamento dos projetos de
verifica-se ainda a necessidade investimento em curso na região.
de diversificar experiências de
turismo rural e cinegético, criar

35
3
PRODUTOS,
DESTINOS
E MERCADOS

ALGARVE

No período 2006 a 2012, registou-se DORMIDAS* DE


NACIONAIS VS. ESTRANGEIROS PROVEITOS GLOBAIS*
um aumento de 200.000 dormidas 2006-2012 [milhões] 2006-2012 [milhões € ]

nacionais e uma estabilização das 14,7 14,3 581,1 581,5 569,2


588,3
14,2 14,0 14,3
internacionais (com um aumento 11,4 10,7 12,9 13,2 532,0 521,8 541,1
10,8 10,2 10,8
9,3 9,4
global de dormidas de 1,3%
e aumento dos proveitos dos
empreendimentos turísticos de 11%,
que compara com um aumento
de 11% (10.400 camas) do lado da 3,3 3,3 3,5 3,6 3,8 3,8 3,5
oferta. As taxas de ocupação quarto
situaram-se nos 56%, com um 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(p) 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(p)

RevPar de 38€.
Nacionais Estrangeiros

Os mercados externos perderam


representatividade, destacando-se TAXAS DE OCUPAÇÃO QUARTO** REVPAR**
2006-2012 2006-2012
o Reino Unido (-500.000 dormidas)
e o aumento da procura de Espanha 63% 63%
60%
56% 41€ 41€
39€
e França. Os meses de julho, 52% 51%
53% 37€ 37€ 37€ 38€

agosto e setembro concentram


43% da procura internacional e 60%
da nacional, numa tendência de
aumento da sazonalidade.

A estratégia passa pela aposta nos


2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(p) 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(p)
mercados em crescimento, com
Notas: (*) inclui empreendimentos turísticos, sem TH/TER,
destaque para a França, a Polónia e outros; (**) inclui hotéis, hotéis-apartamentos e pousadas
(p) provisório
e a Rússia, e na revitalização dos Fonte: INE e Turismo de Portugal – análise Turismo de Portugal

MERCADOS EMISSORES (DORMIDAS*)


2012(p) [milhares; Quota; CAGR]

20%

Rússia
15%
Polónia
Brasil
França
10%
Áustria

Suíça
5%
Japão
Itália Holanda
Dinamarca Espanha Portugal
Suécia 0% Quota
0% 3% 5% 8% 10% 13% 15% 18% 20% 23% 25% 28% 30% 33% 35%12
Bélgica Irlanda R. Unido
EUA Alemanha
Noruega
-5%
Finlândia
Canadá
-10%

-15%

-20%
CAGR
06-12
Nota: (*) inclui empreendimentos turísticos, sem TH/TER, e outros; (p) provisório
Fonte: INE – análise Turismo de Portugal

36
3
PRODUTOS,
DESTINOS
E MERCADOS

consolidados, com a fidelização experiências de passeios a pé,

Desenvolvimento

Sem Expressão
de Portugal e Reino Unido/Irlanda de bicicleta ou a cavalo, criar

Complementar
Consolidado
ESTRATÉGIA

Emergente
e novo impulso aos setores mais conteúdos e sua disponibilização PRODUTOS
dinâmicos da Holanda e Alemanha. em canais, especializar o serviço/
experiência, e desenvolver boas
Para além do tradicional sol e mar e práticas de sustentabilidade em Sol e mar •

do golfe, o Algarve deve apostar em toda a cadeia de valor do produto Turismo


de saúde
• •
mais cinco produtos para atenuar a observação de aves.
Estadias de
sazonalidade e completar a oferta. curta duração •
em cidade
• No turismo náutico, verifica-se
Circuitos
Ao nível do produto, destacam-se as a necessidade de sensibilizar turísticos

seguintes linhas de atuação: os serviços de estrangeiros religiosos
e culturais
e fronteiras e capitanias para Gastronomia

• Ao nível do produto sol e mar, continuar e incrementar a aposta e vinhos

verifica-se a necessidade de na normalização e agilização Turismo



de natureza
desenvolver as acessibilidades dos procedimentos, promover a
Golfe •
na média estação e para novos oferta das marinas e portos de
mercados no verão, enriquecer recreio em função dos postos de Turismo

náutico
a experiência, promover a amarração disponíveis, sensibilizar
Turismo
requalificação das zonas urbanas e os municípios para a qualidade de negócios

colocar o produto no mercado. e boas condições de acesso Turismo



residencial
às praias, divulgar os eventos
Fonte: Análise Turismo de Portugal
• No golfe, verifica-se a necessidade internacionais e promover a oferta
de promover a requalificação das de surfing. colocadas à disposição dos
zonas envolventes, desenvolver clientes.
conteúdos e sua disponibilização • No turismo de negócios, verifica-se
em canais e colocar o produto no a necessidade de desenvolver • Nos circuitos turísticos
mercado. infraestruturas até 3 mil pessoas religiosos e culturais, verifica-se
e equipamentos complementares, a necessidade de colocar os
• No turismo residencial, verifica- desenvolver serviços recursos georreferenciados em
se a necessidade de lançar especializados e prospetar e valor, desenvolver conteúdos
mecanismos e instrumentos colocar o produto no mercado. e informação para o cliente,
específicos para a consolidação e incentivar e diversificar as
da estrutura financeira das • No turismo de saúde, experiências.
empresas, de reforçar a promoção designadamente a nível do
e comercialização do Algarve turismo médico, verifica-se a • No âmbito do produto gastronomia
como destino de turismo necessidade de desenvolver e e vinhos, verifica-se a necessidade
residencial e de disponibilizar na reforçar a estruturação de ofertas de densificar atividades,
Internet informação sistematizada de serviços médicos integrados desenvolver conteúdos e
e orientada para o cliente e de nos serviços turísticos e promover experiências, nomeadamente com
apoio à colocação do produto no a sua colocação no mercado. a integração de produtos locais na
mercado. • Nas vertentes do bem-estar operação das unidades turísticas,
(spa e talassoterapia), verifica-se e integrar a oferta em plataformas
• No turismo de natureza, verifica-se a necessidade de desenvolver de promoção e comercialização.
a necessidade de desenvolver conteúdos para disponibilização
conteúdos e sua disponibilização em canais e densificar a
em canais, criar diversidade de diversidade de experiências

37
3
PRODUTOS,
DESTINOS
E MERCADOS

AÇORES

No período 2006 a 2012 regista-se DORMIDAS* DE


NACIONAIS VS. ESTRANGEIROS PROVEITOS GLOBAIS*
um decréscimo de 110.000 dormidas 2006-2012 [milhões] 2006-2012 [milhões €]

do mercado nacional e o decréscimo 54,2 55,0 54,6


de 120.000 dormidas do internacional 1,2 1,2
49,2 48,9 46,9
1,1
(decréscimo global de dormidas de 0,7 0,6
0,6 1,0 1,0 1,0
42,0

0,5 0,6 1,0


19% e dos proveitos globais dos 0,5
0,5
empreendimentos turísticos de 22%),
que compara com um aumento de 1% 0,5
0,5 0,5 0,5 0,5 0,5
(100 camas) do lado da oferta. As taxas 0,4

de ocupação quarto situaram-se nos


42%, com um RevPar de 21€. 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(p) 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(p)

Nacionais Estrangeiros
Mantém-se a representatividade de
cerca de 40% do mercado nacional,
destacando-se os decréscimos da TAXAS DE OCUPAÇÃO QUARTO** REVPAR**
2006-2012 2006-2012
Escandinávia e do Reino Unido e o
30€
aumento da procura de Espanha, 29€
27€
48% 49% 26€
Alemanha e Holanda. A sazonalidade 45% 44% 43% 43% 42%
25€ 24€
21€
aumentou no mercado internacional,
com julho, agosto e setembro a
concentrarem 52% da procura,
mantendo-se nos 37% no mercado
nacional.

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(p) 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(p)

Notas: (*) inclui empreendimentos turísticos, sem TH/TER,


e outros; (**) inclui hotéis, hotéis-apartamentos e pousadas
(p) provisório
Fonte: INE e Turismo de Portugal – análise Turismo de Portugal

MERCADOS EMISSORES (DORMIDAS*)


2012(p) [milhares; Quota; CAGR]

40%
Bélgica

30%
Rússia
Áustria 20%
Polónia
Espanha

Itália Holanda 10% Alemanha


Brasil Suíça Portugal
França Quota= 42,9%
Japão Canadá Volume= 409,5 mil
0% Quota
0% 3% EUA 5% 8% 10% 13% 15%12
R. Unido
Irlanda -10%
Suécia
Finlândia Dinamarca -20%

-30%
Noruega

-40%
CAGR
06-12
Nota: (*) inclui empreendimentos turísticos, sem TH/TER, e outros; (p) provisório
Fonte: INE – análise Turismo de Portugal

38
3
PRODUTOS,
DESTINOS
E MERCADOS

A estratégia de mercados passa • Face à riqueza natural e

Desenvolvimento

Sem Expressão
por dinamizar os mercados de ambiental dos Açores e ao seu

Complementar
Consolidado
ESTRATÉGIA
crescimento (Alemanha e Holanda)

Emergente
caráter distintivo no contexto PRODUTOS
e por revitalizar os mercados europeu, deve ser promovida
de consolidação (Escandinávia uma maior segmentação do
e Portugal). Os mercados de produto, incluindo também o Sol e mar •

diversificação são objeto de mergulho, a observação de Turismo


de saúde

desenvolvimento em função das mamíferos marinhos, etc..
Estadias de
oportunidades. curta duração •
• Nos circuitos turísticos em cidade

Os Açores devem enfocar os religiosos e culturais, verifica-se Circuitos


turísticos
esforços de desenvolvimento nos a necessidade de colocar os religiosos

e culturais
produtos turismo de natureza, recursos georreferenciados em
Gastronomia
nas suas diversas vertentes, e valor e desenvolver conteúdos e vinhos

nos circuitos turísticos religiosos e e informação para o cliente, Turismo
de natureza
• •
culturais. incentivar e diversificar as
experiências de turismo rural, em Golfe •
Ao nível do produto, destacam-se as particular as relacionadas com Turismo

seguintes linhas de atuação: a contemplação da natureza, náutico

incluindo a observação de Turismo


de negócios

• No turismo de natureza, na mamíferos marinhos, e colocar o Turismo

vertente passeios, verifica-se produto no mercado. residencial

a necessidade de desenvolver Fonte: Análise Turismo de Portugal

infraestruturas, diversificar • No turismo náutico, na vertente • No âmbito do produto


experiências de turismo rural, criar náutica de recreio, verifica-se que gastronomia e vinhos, verifica-
conteúdos e sua disponibilização o cliente nauta que se desloca às se a necessidade de densificar
em canais e colocar o produto ilhas integra um segmento-nicho, atividades, desenvolver conteúdos
passeios a pé, de bicicleta ou a cujo conjunto de requisitos e e experiências e integrar a oferta
cavalo no mercado. exigências estas já dão resposta. em plataformas de promoção e
• Na vertente observação de Existe necessidade de divulgar a comercialização.
aves, verifica-se a necessidade oferta de surfing.
de criar conteúdos e sua
disponibilização em canais,
especializar o serviço/
experiência e desenvolver boas
práticas de sustentabilidade
em toda a cadeia de valor do
produto observação de aves.

39
3
PRODUTOS,
DESTINOS
E MERCADOS

MADEIRA

No período 2006 a 2012, registou-se DORMIDAS* DE


NACIONAIS VS. ESTRANGEIROS PROVEITOS GLOBAIS*
um decréscimo de 240.000 2006-2012 [milhões] 2006-2012 [milhões €]

dormidas do mercado nacional e 281,8


297,8
6,2
6,0 262,7
uma estagnação das dormidas do 5,7 5,4 5,5 5,6 5,5
255,9 252,8 250,3
5,2 226,7
4,9 5,0
internacional (um decréscimo global 4,6 4,8 4,9
4,1
de dormidas de 4% e dos proveitos
globais dos empreendimentos
turísticos de 5%), que compara com
uma estagnação do lado da oferta
(camas). As taxas de ocupação 0,8 0,8 0,8 0,9 0,9 0,7 0,6
quarto situaram-se nos 59%, com 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(p) 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(p)

um RevPar de 32€.
Nacionais Estrangeiros

Portugal (10% da procura em


2012) e o conjunto dos mercados TAXAS DE OCUPAÇÃO QUARTO** REVPAR**
2006-2012 2006-2012
estratégicos e de desenvolvimento
registaram quebras no período. 62% 64% 64% 39€
59% 58% 59% 37€
56%
França e Holanda são os mercados 35€
32€ 32€ 32€
que registam um crescimento da 28€

procura. A sazonalidade regista uma


tendência de aumento com julho,
agosto e setembro a concentrarem
33% da procura internacional e 41%
da nacional.
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(p) 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(p)

Notas: (*) inclui empreendimentos turísticos, sem TH/TER,


A estratégia de mercados passa e outros; (**) inclui hotéis, hotéis-apartamentos e pousadas
(p) provisório
por dinamizar os mercados de Fonte: INE e Turismo de Portugal – análise Turismo de Portugal

crescimento (França, Holanda,

MERCADOS EMISSORES (DORMIDAS*)


2012(p) [milhares; Quota; CAGR]

25%
Rússia Polónia
CAGR 06-12 CAGR 06-12
+27,6% +60,1% 20%

15%
França

10%
Canadá Suíça 5%
Brasil Holanda
Dinamarca
Noruega 0% Quota
0%
Bélgica
3% 5% 8% 10% 13% 15% 18% 20% 23% Alemanha 25% 12
Japão Espanha R. Unido
Irlanda -5%
Itália Áustria Finlândia Portugal
EUA Suécia
-10%

-15%

-20%

-25%
CAGR
06-12
Nota: (*) inclui empreendimentos turísticos, sem TH/TER, e outros; (p) provisório
Fonte: INE – análise Turismo de Portugal

40
3
PRODUTOS,
DESTINOS
E MERCADOS

Polónia, Rússia e República Checa) Santo, verifica-se a necessidade

Desenvolvimento

Sem Expressão
e revitalizar os de consolidação de consolidar e desenvolver as

Complementar
Consolidado
ESTRATÉGIA

Emergente
(Reino Unido, Alemanha e Portugal). operações aéreas, incluindo PRODUTOS
Os mercados de diversificação as promovidas por operadores
são objeto de desenvolvimento em turísticos, enriquecer a experiência
função das oportunidades. com a multiplicidade de atividades Sol e mar •

de natureza e bem-estar e Turismo


de saúde

A região deverá continuar a apostar capacitar as empresas para a
Estadias de
na estruturação e desenvolvimento abordagem a novos segmentos de curta duração •
em cidade
dos circuitos turísticos religiosos e mercado e canais de distribuição.
Circuitos
culturais e do turismo de natureza turísticos
religiosos

para a abordagem aos mercados • No turismo náutico, na vertente e culturais
internacionais. náutica de recreio, verifica-se que Gastronomia

o cliente nauta que se desloca às e vinhos

Ao nível do produto, destacam-se as ilhas integra um segmento-nicho, Turismo


de natureza

seguintes linhas de atuação: cujo conjunto de requisitos e
Golfe •
exigências estas já dão resposta.
• Nos circuitos turísticos Existe necessidade de divulgar a Turismo
• •
náutico
religiosos e culturais, verifica-se oferta de surfing como produto
Turismo

a necessidade de colocar os emergente. de negócios

recursos georreferenciados em Turismo



residencial
valor e desenvolver conteúdos e • No golfe, verifica-se a necessidade
Fonte: Análise Turismo de Portugal
informação para o cliente, rever de estruturar a oferta para
o modelo de eventos procurando complementar outros produtos de
alargar o período de realização motivação primária. Em termos da oferta, é importante
em termos de tempo e a sua implementar políticas de
abrangência regional, incentivar • No turismo de saúde, verifica-se requalificação dos empreendimentos
e diversificar as experiências, a necessidade de desenvolver turísticos com infraestruturas
nomeadamente de turismo rural, conteúdos e sua disponibilização e serviços adaptados à sua
e colocar o produto no mercado. em canais e desenvolver a classificação, evitando assim a
diversidade de experiências de spa degradação da imagem do Destino
• Na vertente passeios do turismo de e talassoterapia complementando Madeira e da qualidade do serviço
natureza, verifica-se a necessidade a oferta regional. prestado.
de estruturar a oferta, diversificar
experiências, nomeadamente de • No âmbito da gastronomia e
turismo rural, criar conteúdos e vinhos, verifica-se a necessidade
sua disponibilização em canais de densificar atividades,
e de colocar o produto passeios desenvolver conteúdos e
a pé, de bicicleta ou a cavalo no experiências e integrar a oferta
mercado. em plataformas de promoção e
• Face à importância do meio comercialização.
marinho devem ser promovidas
atividades tais como o mergulho, • No turismo residencial, verifica-se
etc.. a necessidade de acompanhar o
desenvolvimento/escoamento da
• No âmbito do produto sol e oferta associada aos projetos de
mar, em que se destaca o Porto investimento na região.

41
3
PRODUTOS,
DESTINOS
E MERCADOS

Estratégia para um B. PROMOÇÃO DE PORTUGAL C. RECURSOS

desenvolvimento Subjacente à promoção de


HUMANOS

sustentável Portugal está a assunção de que


o consumidor é, por um lado,
Procurando dar resposta aos
objetivos definidos na visão de
A estratégia definida procura a destinatário de um número crescente desenvolvimento do turismo
sustentabilidade dos destinos, de propostas do mercado mas é, por baseado na qualidade do serviço
alavancando efeitos positivos e outro, mais conhecedor dos seus e competitividade da oferta, a
atenuando os que possam ter mecanismos, facto que aumenta a política de recursos humanos deverá
impactos negativos nas regiões e sua proximidade e “capacidade de passar por:
populações, a vários níveis: negociação e diálogo” com o destino
e suas empresas. É assim central • Reforço de competências na
• Da sustentabilidade do melhorar a eficácia da comunicação vertente do atendimento, serviço,
desenvolvimento, fomentando e informação ao mercado, pelo gestão, empreendedorismo e
o empreendedorismo e o contacto direto e eficaz com o maior desenvolvimento do negócio;
desenvolvimento de fileiras número de potenciais consumidores, • Reforço de competências
relacionadas e potenciando a nomeadamente recorrendo a em áreas críticas, com maior
interação com as comunidades personalidades com reconhecimento organização da oferta formativa;
locais e as suas atividades nos mercados e ligação a Portugal • Proporcionar uma base de
produtivas; para que sejam “embaixadores” do formação comum e transversal a
• Da sustentabilidade económica do turismo de Portugal. todos os profissionais do setor;
setor via qualificação dos recursos A promoção de Portugal assenta, • Melhor formação, em particular,
humanos e do produto; assim, em três pilares fundamentais: em contexto real de trabalho e em
• Da aposta na inovação e áreas profissionais emergentes;
desenvolvimento de um modelo de • Desenvolvimento da promoção e • Alargamento da formação a outros
gestão da sazonalidade; distribuição na Internet, reforçando profissionais que interagem com o
• Do urbanismo, valorizando a a funcionalidade dos portais, turista;
autenticidade, pela conservação nomeadamente da sua vertente • Definição de políticas de educação
e valorização do património, e transacional, potenciando as redes e formação para o turismo.
intervindo em áreas públicas e sociais e as plataformas móveis.
exteriores; Desta constatação decorre a
• Da sustentabilidade do ambiente, necessidade de existência de
apostando na utilização racional seletividade no investimento em
dos recursos naturais e na meios tradicionais;
valorização do património natural; • Redistribuição do investimento
• Das paisagens naturais e culturais, em promoção por mercado e
focando na relação entre o turista produto, adequando recursos
e o espaço, região e comunidades (1) ao potencial de crescimento
da envolvência, contribuindo para identificado e (2) ao retorno do
a experiência global da visita. investimento promocional;
• Adequação da variedade de
instrumentos de promoção à
capacidade de conhecimento dos
critérios de decisão do consumidor,
assim como ao conhecimento
sistematizado das diversas tipologias
de segmentação (por mercado,
motivação, produto ou subproduto).

42
3
PRODUTOS,
DESTINOS
E MERCADOS

D. CAPACITAÇÃO DAS EMPRESAS


E APOIO AO INVESTIMENTO
hoje obrigado a reduzir os níveis de • Para além disso, o novo modelo
As empresas turísticas enfrentam alavancagem, sendo mais seletivo deve considerar a necessidade de
importantes desafios, fruto da na concessão de crédito; se promoverem boas práticas por
conjuntura económico-financeira parte das empresas do setor ao
internacional e crescimento • Outra das debilidades estruturais nível da estruturação financeira,
alavancado em dívida nos últimos marcantes do tecido empresarial da adequada capitalização e da
anos. Em síntese: do setor é a excessiva atomização alavancagem utilizada;
e pequena dimensão da maioria
• O modelo adotado desde das empresas. A escala retira • Entende-se prioritário dinamizar
2006 acelerou o crescimento capacidade de atuar na redução a cooperação entre as empresas,
da oferta qualificada, a par de custos e de se posicionar desde as atuações mais simples
do desenvolvimento de de modo mais competitivo na até aos processos que visem a
acessibilidades e criação e apoio comercialização da oferta, para aquisição ou fusão das mesmas.
de elementos de animação, além de dificultar o acesso ao A cooperação entre empresas
incluindo eventos, direcionados à crédito ou a captação de novos é fundamental para ultrapassar
captação da procura; investidores. as dificuldades de escala com
que se deparam e constitui,
• Desde 2008 que a evolução da São assim definidas as seguintes inclusivamente, solução para a
procura não está em linha com prioridades no que concerne ao sobrevivência de parte do tecido
os objetivos, não aumentando o apoio às empresas: empresarial;
número de turistas para responder
à nova oferta, orientada para uma • Apoiar as empresas turísticas • No plano do financiamento
procura qualificada, mais difícil no financiamento das suas às atividades do turismo, é
e com maior necessidade de necessidades, assumindo que a essencial transmitir de forma
investimento para atrair. Com uma intervenção pública não substitui clara as prioridades de atuação,
oferta superior à procura, assiste- os mecanismos de mercado, disponibilizando um quadro
se à concorrência pelo preço, com mas complementa e facilita o de referência em relação ao
deterioração das condições de envolvimento das instituições qual as empresas encontrem
exploração e comercialização dos financeiras. Devem assim criar- soluções de curto, médio e
empreendimentos; se condições para o afluxo de longo prazo. Neste contexto,
financiamento às empresas em é prioritária a requalificação de
• Paralelamente, os investimentos condições satisfatórias; empreendimentos em detrimento
foram fortemente alavancados no da criação de novas camas e
crédito bancário, com serviços • A criação de um centro de a modernização dos negócios
de dívida exigentes para os meios competências no financiamento em linha com os pilares do
libertos, ao mesmo tempo que ao turismo é central no âmbito desenvolvimento sustentável;
as empresas se apresentam do novo modelo. A atuação junto
geralmente descapitalizadas, das entidades públicas envolvidas • O apoio ao empreendedorismo
com estruturas financeiras no apoio ao setor, simplificando no contexto do desenvolvimento
desequilibradas e crescente processos, divulgando os de atividades de animação turística
necessidade de tesouraria. Por mecanismos e desenvolvendo assume particular importância,
outro lado, o sistema financeiro é relações de parceria que por se traduzir em serviços que
qualifiquem o serviço prestado, acrescentam valor à oferta,
deve constituir linha prioritária enriquecendo a experiência
de atuação no modelo de do turista e aumentando a sua
financiamento; permanência média.

43
3
PRODUTOS,
DESTINOS
E MERCADOS

E. A ACESSIBILIDADE AÉREA PAX DESEMBARCADOS PAX DESEMBARCADOS POR TIPOLOGIA


(VOOS INTERNACIONAIS) DE OPERAÇÃO (VOOS INTERNACIONAIS)
2006-2012 [milhares] 2006-2012 [milhares;CAGR]
Por ser fundamental para a relação 12.235 12.559
Full Service
11.269
entre Portugal e os mercados 10.536
11.031
10.439 4,6%
7.153
emissores, importa sistematizar as 9.398 6.959

linhas de orientação relacionadas 5.823 5.730 5.711 5.977


5.455
com o transporte aéreo.

Entre 2007 e 2011 foi lançado


o programa initiative.pt para
desenvolvimento das acessibilidades
aéreas. Foram assinados 34
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
contratos, para 59 novas operações
(até ao verão IATA 2012), envolvendo Fonte: ANA – análise Turismo de Portugal
Low Cost
o Turismo de Portugal, a ANA – 11,9%
Aeroportos de Portugal, a ANAM
– Aeroportos da Madeira e as
Agências Regionais de Promoção 4.684
4.401 4.479
Turística. 3.984 3.757
3.199
2.387
Feito este balanço, o programa foi • Melhorar a atratividade dos
renovado, com um novo quadro (ver aeroportos internacionais em
página seguinte) de objetivos Portugal;
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
e prioridades. • Manter e potenciar o efeito
de aeroporto de distribuição Charter
É assumida a relevância das (hub), bem como promover a -12,%
ligações a Portugal no quadro dos implementação de medidas
fluxos turísticos atuais, embora o para integrar os serviços de
programa também (1) dê resposta transporte ferroviário, marítimo e
à necessidade de desenvolvimento aéreo no sistema logístico e de
de ligações estáveis e regulares transportes global, nomeadamente
de companhias tradicionais, assim melhorando a concorrência 1.557 1.514
1.317
como (2) aproveite as operações nestes meios de transporte e, 971 892 797 722

de voos fretados com venda de proporcionalmente, a qualidade de


2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
lugares de avião, na sequência do serviço oferecida;
ajustamento de produto que tem • Procurar a melhoria contínua na
sido desenvolvido por esta tipologia relação com o cliente, relevando
de companhias. para este Programa Estratégico
o segmento de mercado que
De acordo com a análise efetuada, se desloca em lazer, sobretudo
as prioridades para os aeroportos por motivos de férias e pela
nacionais em geral são: visita a familiares e amigos,
proporcionando ao utilizador uma
• Criar vantagens competitivas nos experiência satisfatória na relação
aeroportos nacionais relativamente com a infraestrutura e os serviços
a aeroportos concorrentes; conexos ao funcionamento dos
aeroportos.

44
3
PRODUTOS,
DESTINOS
E MERCADOS

Operação em Novas rotas, regulares ou charter, por city pair (engloba os vários aeroportos abrangidos
nova rota para o pela área de influência de uma cidade – ex. Orly e CDG para Paris)
aeroporto Operação de substituição
CRESCER
Novas
Operações
Operação em Entrada de 2º operador em rotas já servidas com voos regulares ou charter*
rota já operada
para o aeroporto Entrada de 3º operador em rotas já servidas com voos regulares ou charter*,
caso o segmento proposto ainda não esteja a ser oferecido na rota

OBJETIVOS
Reforço
das operações Cobertura anual de rotas com operação sazonal
para aumento
da capacidade Aumento do número de frequências semanais das rotas em operação, até ao voo diário
REFORÇAR
Operações
Existentes Reforço das
operações para
melhoria dos Situação não abrangida pelo programa
load factors

1ª redução da 2ª aumento das 3ª lançamento de


PRIORIDADES SAZONALIDADE FREQUÊNCIAS NOVAS OPERAÇÕES
Nota: * Apenas para aeroportos em que a operação charter é relevante (Faro, Funchal, Porto Santo e Ponta Delgada)
Fonte: Turismo de Portugal

Individualmente importa realçar, Londres, Paris), consolidar as • Aeroporto do Funchal:


para cada um dos aeroportos, as operações da easyJet para o diversificação de mercados
prioridades estratégicas do plano: Reino Unido e expandir a base (Escandinávia, Suíça/ Áustria,
da Ryanair a mercados a 1h-3h Leste Europeu), reforço de
• Aeroporto do Porto: diversificação de voo, excluindo o Reino Unido, mercados estratégicos (Reino
de mercados (Itália e Holanda), para cidades de 2ª e 3ª linha e Unido, Alemanha e França) e
reforço de mercados estratégicos com operações mínimas de 2/3 aumento global da operação
(Reino Unido, Alemanha e França) voos semanais e abordagem aos internacional.
e priorização de operações setores de voo superiores a 3h
tradicionais em número de a incidir no segmento híbrido e
frequências e variedade de nas operações de voos fretados
produtos; para novos mercados (Polónia e
Rússia);
• Aeroporto de Lisboa: diversificação
de mercados intercontinentais • Aeroporto de Ponta Delgada:
(EUA, Emirados Árabes Unidos criação de condições para a
e Ásia), reforço de rotas em consolidação das operações
mercados estratégicos (sobretudo existentes e atração de novos
Reino Unido e Alemanha) e mercados através de operações
diversificação de segmentos em de voos fretados e avaliação da
mercados/rotas operadas; liberalização do mercado, revisão
das obrigações de serviço público
• Aeroporto de Faro: ligar Faro e análise da possibilidade de
com voos tradicionais a um abertura a companhias de baixo
aeroporto de distribuição (hub) custo;
europeu (Frankfurt, Madrid,

45
3
PRODUTOS,
DESTINOS
E MERCADOS

F. A ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

Os desafios que se colocam à sociais e no território e desenvolver Regionais de Turismo podem, sempre
eficácia da governação prendem-se mecanismos de monitorização que se justifique, celebrar com as
com a coordenação e a prestação da atividade, nomeadamente entidades intermunicipais contratos-
de contas e responsabilização das aproveitando a rede de investigadores programa para o desenvolvimento do
políticas. nacionais e em estreita articulação turismo regional ou sub-regional.
com os municípios, o Turismo de
No que se refere à coordenação Portugal e o INE. Deve evitar-se a duplicação de
horizontal, a mesma implica o entidades com intervenção no
alinhamento entre as diversas Assim, para efeitos de organização mesmo território, dando particular
políticas do Governo e as prioridades do planeamento turístico de Portugal ênfase à sua vocação de gestor
da política de turismo. Em relação continental, o modelo a adotar passa de destino e ao papel central no
à coordenação vertical, a mesma pelo reconhecimento de cinco áreas desenvolvimento dos produtos
implica a integração de políticas regionais, correspondentes às NUTS II. turísticos, com particular incidência no
no plano infranacional através Cumpre ainda realçar o papel que as mercado interno. A competência de
de parcerias e descentralização entidades intermunicipais poderão vir promover Portugal enquanto destino
de competências, eliminando a a assumir. Com efeito, as Entidades turístico continua a ser do Turismo
deficiente transposição para a de Portugal, em estreita concertação
escala regional da política nacional DIREÇÃO com o setor privado.
de turismo e as dificuldades de
mobilização dos agentes do setor Com base nas boas práticas
para a implementação da estratégia. internacionais, uma estrutura
Serviços
O terceiro desafio é a prestação de de Apoio organizativa responsável pela gestão
contas e responsabilização das do destino regional deve estar
políticas, cuja prioridade é avaliar, organizada em três áreas: direção,
de forma sistemática, os seus desenvolvimento do destino e
DIREÇÃO
impactos em termos económicos, Estratégia/
Parcerias DIRECTOR
Comunicação marketing e vendas.
EXECUTIVO

TINO MARK
ETIN
O DES G
D &
O VE
NT
ND
E
VIM

Desenvolv. Marketing
OL

Experiências (incl. Digital)


NV
DESE

Vendas Prod. Parcerias


Desenvolv. COORDENADOR Desenvolv. e Serv. do COORDENADOR Comercializ.
Eventos Acessibilidades Destino (CIT) e Marketing

Desenvolv. Convention
Infraestruturas/ Bureau do
Equipamentos Destino

Fonte: Análise Turismo de Portugal

46
4 OS PROGRAMAS
DE IMPLEMENTAÇÃO
OS PROGRAMAS
DE IMPLEMENTAÇÃO

Foram definidos 8 programas de desenvolvimento


para o alinhamento da estratégia com o novo contexto, as
novas tendências e a auscultação de partes interessadas.
Esta visão renovada do turismo em Portugal para o período
2013-2015 é materializada em 40 projetos.
Para cada projeto são identificados o fundamento de
mercado e as atividades a desenvolver.

PRIORIDADES DE IMPLEMENTAÇÃO

Promoção
e Venda

Inteligência de
Mercado e I&DT

Plataformas e Canais
de Distribuição Conteúdos e
Experiências

Produtos
Estratégicos
Qualificação Destinos
e Emprego Turísticos

Capacitação financeira
e Modernização

Fonte: Turismo de Portugal

48
1 4
PROGRAMA OS PROGRAMAS
DE IMPLEMENTAÇÃO
DE PROMOÇÃO
E VENDA PROGRAMA
DE PROMOÇÃO
PRETENDE AFIRMAR PORTUGAL COMO E VENDA
DESTINO TURÍSTICO DE ELEIÇÃO NO
MERCADO DAS VIAGENS E TURISMO E
NAS OPÇÕES DE COMPRA DOS TURISTAS,
ATRAVÉS DOS SEGUINTES PROJETOS:

PROJETO 1 PROJETO 2
ANCORAR A COMUNICAÇÃO NAS ALINHAR A ESTRATÉGIA DE
PESSOAS E NO PROPÓSITO DO DESTINO COMUNICAÇÃO DO TURISMO NACIONAL
PORTUGAL COM AS NOVAS TENDÊNCIAS

FUNDAMENTO FUNDAMENTO

As novas tendências exigem que marcas e empresas alterem A comunicação do destino deverá adotar um novo
a forma de ver o mercado. A integração do propósito do paradigma focado na venda de propostas concretas de
Destino Portugal – a hospitalidade – por parte dos agentes é produtos, na proximidade com as pessoas e na facilidade
fundamental para atribuir um sentido comum à comunicação em acederem às experiências que Portugal proporciona.
e inspirar “experiências” (interações) consistentes com A segmentação do mercado, a presença nas etapas do
a proposta de valor. O desenvolvimento de conteúdos e processo de decisão e a opção pela Internet, potenciam uma
narrativas é basilar na comunicação com as pessoas. comunicação com forte impacto local e viral.

ATIVIDADES ATIVIDADES

• Fomentar o marketing movido por valores, enfatizando • Desenvolver a presença multicanal integrada dos destinos
emoções e focado nas pessoas; (portais, plataformas móveis, redes sociais) e estimular a
• Desenvolver iniciativas de difusão do propósito e da venda na Internet;
proposta de valor do Destino Portugal e divulgar casos de • Capacitar os portais de destino com estratégias de
sucesso que fomentem a generalização de boas práticas comunicação e funcionalidades alinhadas com as
na sua aplicação; tendências mais atuais e inovadoras de interação e
• Fomentar a articulação da comunicação em torno do envolvimento com o turista;
propósito do Destino Portugal; • Fomentar a interação com o turista, através da gestão de
• Promover o desenvolvimento da comunicação do turismo comunidades virtuais e a presença nas redes sociais e
assente em narrativas, experiências e emoções, através introduzindo uma filosofia participativa, colaborativa de
dos meios mais próximos e de interação com as pessoas; cocriação por parte dos turistas;
• Produzir e disseminar conteúdos inspirados no propósito • Reforçar a disseminação de conteúdos digitais
do Destino Portugal. personalizados e conteúdos ricos em multimédia
(aplicações interativas, vídeo, jogos, etc.);
• Privilegiar as campanhas na Internet baseadas em
conteúdos e narrativas relevantes para o turista, bem
como a comunicação ancorada em ações com forte
impacto local e viral;
• Criar sistemas de gestão de relação com o cliente (CRM
- Customer Relationship Management) que permitam
ter uma visão única sobre o cliente, responder às suas
necessidades e potenciar a fidelização;
• Reforçar as ferramentas de análise do comportamento
e das tendências do consumidor internauta e rastrear os
resultados investindo nas métricas do marketing digital.

49
1 4
OS PROGRAMAS
DE IMPLEMENTAÇÃO

PROGRAMA
DE PROMOÇÃO
E VENDA

PROJETO 3 PROJETO 4
LANÇAR NOVO MODELO IMPLEMENTAR UM PROGRAMA
DE INTERVENÇÃO DE MARKETING DIRIGIDO AOS AGENTES
NOS MERCADOS ALVO QUE ORGANIZAM E DISTRIBUEM
O PRODUTO NO MERCADO
FUNDAMENTO
FUNDAMENTO
A oferta turística está disseminada pelo território nacional e a
sua cadeia de valor é complexa e composta por elos que se Existem mercados emissores importantes, como o Reino
encontram em estados de maturidade diferentes ao nível de Unido, a Alemanha, a Escandinávia e a Holanda, com fluxos
regiões e produtos. Os agentes locais, privados e públicos, turísticos significativos para Portugal, em particular para o
pela sua maior interação e proximidade com o turista, Algarve e a Madeira, onde a operação turística organizada
são especialmente vocacionados para o desempenho de representa uma quota considerável.
atividades relacionadas com as áreas de intervenção do
marketing do destino, nomeadamente o desenvolvimento do Apesar da desintermediação entre cliente final e fornecedor
produto/oferta e a sua comercialização. Os ganhos com uma dos serviços primários, é espectável que a operação turística
atuação concertada requerem a implementação de um novo organizada mantenha níveis elevados de movimentação
modelo de intervenção que alavanque nos pontos fortes dos de fluxos, devendo ser acompanhada pela oferta nacional
agentes locais e nacionais, públicos e privados, assegurando que, de forma concertada, deve intervir para consolidar
a coerência e a eficácia de toda a atuação. e desenvolver as operações existentes e fomentar o
surgimento de novas.
ATIVIDADES
A acessibilidade aérea é condição crítica para a operação
• Conceber e concertar um novo modelo de intervenção turística organizada, em particular para operadores de
nas atividades da promoção e da comercialização, que menor dimensão sem companhias aéreas próprias, sendo
envolva os agentes económicos do setor; importante promover e consolidar a viabilidade de novas
• Decompor os objetivos e a estratégia nacional para a operações.
promoção e comercialização, concertando o contributo a
dar por cada um dos parceiros envolvidos; ATIVIDADES
• Definir anualmente um plano de atividades e concertar
com os parceiros as ações a desempenhar por cada um, • Desenvolver até ao limite do seu potencial as operações
com vista a alcançar os objetivos definidos; turísticas existentes e que sejam mais críticas para os
• Acompanhar e monitorizar junto das partes intervenientes destinos nacionais;
a execução de um plano de atividades, aferindo resultados • Fomentar novas operações, detetando oportunidades
e implementando as medidas de correção necessárias sobretudo em operadores de menor dimensão;
para se atingirem os objetivos definidos. • Consolidar a operação aérea de interesse turístico
e fomentar a criação de rotas que, para além de
disponibilizarem lugares de avião, permitam o
desenvolvimento da operação turística organizada
(pacote).

50
1 4
OS PROGRAMAS
DE IMPLEMENTAÇÃO

PROGRAMA
DE PROMOÇÃO
E VENDA

PROJETO 5
DIVERSIFICAR A CARTEIRA
DE MERCADOS TURÍSTICOS
PARA PORTUGAL

FUNDAMENTO

A procura turística externa para Portugal está muito


dependente da procura dos principais mercados emissores
europeus para os produtos consolidados. Existem regiões
do mundo em franco crescimento económico e com
profundas alterações sociopolíticas, com impacto direto
numa maior abertura ao turismo e às viagens internacionais,
como por exemplo a China, a Rússia, a Índia e os Emirados
Árabes Unidos.

Os mercados mais maduros têm segmentos com potencial


de procura para Portugal e, por outro lado, os destinos
regionais têm uma oferta de produtos turísticos que vai
para além dos seus produtos consolidados, sendo por isso
possível conjugar estas duas oportunidades, revertendo-as
em procura turística efetiva.

ATIVIDADES

• Aprofundar o conhecimento sobre novos mercados


emissores e promover a adaptação da oferta às
necessidades da procura dos mesmos;
• Implementar ações de promoção e comercialização
em novos mercados emissores que representem
oportunidades para Portugal, e ações de promoção e
comercialização dirigidas a produtos turísticos específicos
e a segmentos de mercado alternativos (sénior, luxo, etc.)
nos mercados tradicionais;
• Em mercados intercontinentais procurar parcerias com
outros países de destino, de modo a potenciar a procura
para Portugal;
• Angariar para Portugal a realização de eventos
socioprofissionais de grande dimensão e com forte
número de participantes internacionais, e promover a
venda cruzada com outros produtos turísticos e outros
destinos junto destes participantes.

51
2 4
PROGRAMA OS PROGRAMAS
DE IMPLEMENTAÇÃO
DE CONTEÚDOS
E EXPERIÊNCIAS PROGRAMA
DE CONTEÚDOS
PRETENDE INOVAR NA FORMA COMO E EXPERIÊNCIAS
O CLIENTE INTERAGE COM O PRODUTO,
ATRAVÉS DOS SEGUINTES PROJETOS:

PROJETO 6 PROJETO 7
DESENVOLVER CONTEÚDOS INCENTIVAR A CRIAÇÃO DE
E ESTRATÉGIAS EXPERIÊNCIAS INOVADORAS
DE COMUNICAÇÃO E O EMPREENDEDORISMO

FUNDAMENTO FUNDAMENTO

Comunicar e vender requerem estratégias apoiadas nas A crescente competitividade internacional tem levado as
redes sociais, nos portais de destino e nas redes de produto. empresas de serviços e a distribuição a concentrar as suas
Esta comunicação depende da produção de conteúdos estratégias no preço. A estrutura atual do mercado dificulta
ricos, baseados em vídeo e imagem de qualidade, narrativas a diferenciação, levando o consumidor a escolher em
envolventes, jogos, etc., orientados para a Internet e para os função de um grupo limitado de critérios: localização, preço
dispositivos móveis. A ausência de competências e recursos e atributos básicos do serviço. A introdução de elementos
internos nas empresas para trabalhar estes novos conteúdos de diferenciação, centrados na experiência, responde ao
e propostas de consumo abre espaço para o surgimento comportamento e preferências do cliente turista que, ainda
de serviços especializados de animação, marketing de que sensível ao preço, pondera positivamente a proposta de
conteúdos, marketing na Internet, produção audiovisual e de serviços que para além da sua função inicial (dormir, comer,
jogos para a Internet, etc., orientados para a atividade turística. etc.) proporciona uma vivência diferente, mais emocional.
O desenvolvimento destas competências, dentro ou fora das
empresas, é crucial para a sua diferenciação e competitividade. As empresas, em particular as PME, carecem de
competências e recursos capazes de desenvolver essas
ATIVIDADES experiências e incorporá-las na sua oferta, pelo que se torna
vital existir uma rede de serviços que desenvolva conceitos
• Promover a sensibilização e articulação dos atores na inovadores de atividades e experiências, e as coloquem no
identificação e conhecimento dos recursos, atrativos mercado de forma independente ou associadas a marcas de
e atividades de base regional, bem como das rotas e serviços (hotéis, restaurantes, etc.).
percursos que os ligam em rede;
• Lançar um programa de desenvolvimento de ATIVIDADES
competências na gestão da comunicação (escrita para
Internet, produção multimédia, gestão de comunidades) • Desenvolver mecanismos e instrumentos de apoio
destinado a quadros das empresas e de incentivo ao ao empreendedorismo inovador em turismo que
empreendedorismo que vise fornecer estes serviços às assegure o ciclo de desenvolvimento de novos negócios
empresas turísticas; incidindo na área de conceção e gestão de experiências
• Criar uma base de informação de acesso livre (sobre valorizadoras da oferta (aceleração de ideias, soluções de
recursos e serviços) que facilite a criação de conteúdos financiamento, nomeadamente através de capital de risco
orientados à diferenciação da oferta das empresas. e o acompanhamento inicial da operação);
Esta base deve envolver entidades nacionais e regionais • Desenvolver mecanismos e instrumentos de apoio às
ligadas à cultura, ao ambiente e ao turismo, articulando empresas na integração dos serviços e experiências na
a informação de base do Registo Nacional de Turismo sua oferta, reforçando a diferenciação, na forma de apoio
e do portal promocional do turismo em Portugal (www. a campanhas anuais de comunicação e desenvolvimento
visitportugal.com); de experiências em parceria, envolvendo uma ou mais
• Lançar um programa de apoio a planos de comunicação empresas turísticas e de serviços.
das empresas para a contratação de serviços externos
neste domínio.

52
3 4
PROGRAMA OS PROGRAMAS
DE IMPLEMENTAÇÃO
DE PRODUTOS
ESTRATÉGICOS PROGRAMA
DE PRODUTOS
PRETENDE CRIAR E DESENVOLVER ESTRATÉGICOS
PRODUTOS QUE ATRAIAM
E RESPONDAM À PROCURA
DOS CLIENTES, ATRAVÉS DOS
SEGUINTES PROJETOS:

PROJETO 8 PROJETO 9
SOL E MAR – QUALIFICAÇÃO CIRCUITOS TURÍSTICOS RELIGIOSOS
DO PRODUTO E ENRIQUECIMENTO E CULTURAIS – REFORÇAR O
DA PROPOSTA DE VALOR DESENVOLVIMENTO DE EXPERIÊNCIAS
TURÍSTICAS QUE DESTAQUEM
FUNDAMENTO A DIVERSIDADE DO PATRIMÓNIO
RELIGIOSO E CULTURAL
Portugal goza de elevado reconhecimento como destino
de sol e mar. Entende-se que o desenvolvimento do sol FUNDAMENTO
e mar passa pela aposta no segmento mais qualificado e
na sustentação do segmento mercado de massas. Nesse Portugal dispõe de um vasto e diversificado património
sentido, deverá atuar-se na qualificação do produto, religioso e cultural, em particular, em meio rural (turismo
melhorando os recursos e assegurando a integração com rural) que potencia a oferta, pelo que se entende
ofertas complementares, alargando os serviços associados, fundamental o desenvolvimento de itinerários experienciais,
de modo a enriquecer a proposta de valor. a qualificação das atrações e a melhoria da informação ao
turista visando uma promoção e comercialização mais eficaz
ATIVIDADES dos serviços turísticos associados ao produto.

• Assegurar, em sede dos instrumentos de gestão ATIVIDADES


territorial (IGT), a qualidade das áreas envolventes aos
empreendimentos turísticos, da rede rodoviária e das • Estruturar rotas e itinerários experienciais baseados em
zonas urbanas; temas âncora da identidade portuguesa e dos fatores
• Incrementar a qualidade ambiental e a acessibilidade das distintivos (religiosos e culturais) que caraterizam o país,
praias e das áreas envolventes; e promover a sua declinação regional;
• Estimular o enriquecimento das ofertas de sol e mar com • Incrementar a valorização turística dos recursos
atividades complementares; (informação e animação, condições de acolhimento,
• Desenvolver um programa integrado de revitalização do serviços e acessibilidades);
Algarve para torná-lo num destino de excelência de sol • Desenvolver ações de sensibilização aos agentes
e mar; económicos para formatarem rotinas de visitação/usufruto
• Melhorar as condições de turismo acessível ao nível de turístico complementares à sua atividade principal;
infraestruturas, equipamentos e serviços; • Assegurar um eficaz sistema de sinalização das principais
• Melhorar as condições para a prática do auto atrações e manter uma boa rede de informação ao turista;
caravanismo. • Melhorar as condições de turismo acessível ao nível das
infraestruturas, equipamentos e serviços;
• Estruturar e divulgar calendário de eventos regionais com
interesse turístico que enriqueçam a estada e influenciem
a decisão de escolha do destino.

53
3 4
OS PROGRAMAS
DE IMPLEMENTAÇÃO

PROGRAMA
DE PRODUTOS
ESTRATÉGICOS

PROJETO 10 PROJETO 11
ESTADIAS DE CURTA DURAÇÃO TURISMO DE NEGÓCIOS –
EM CIDADE – MELHORAR AS PROMOVER A OFERTA DE SERVIÇOS
CENTRALIDADES TURÍSTICAS E INFRAESTRUTURAS
E ENRIQUECER A OFERTA
FUNDAMENTO
FUNDAMENTO
Portugal e a cidade de Lisboa encontram-se posicionados
Lisboa e Porto dispõem de boas condições de no topo da lista dos principais destinos mundiais no
acessibilidade, de recursos e de atividades para competir no mercado associativo, sendo um dos destinos com
mercado internacional, sendo ainda de promover as cidades maior rácio de participantes por evento. Nesse sentido,
de média dimensão para o mercado interno. Entende-se considera-se importante o desenvolvimento do turismo de
ser possível potenciar a atratividade de Lisboa e Porto reuniões, apostando na qualificação das infraestruturas de
através do incremento de eventos e iniciativas culturais, suporte, no reforço da captação proativa de eventos e no
equipamentos culturais e de lazer e itinerários temáticos que desenvolvimento criativo de ofertas que contribuam para
atraiam turistas e reforcem a sua satisfação. proporcionar experiências memoráveis aos participantes.

ATIVIDADES ATIVIDADES

• Melhorar as acessibilidades aéreas de Lisboa e Porto • Melhorar a acessibilidade aérea, sobretudo para os
(operações de baixo custo); aeroportos do Porto e Faro;
• Progredir nos planos de reabilitação e requalificação • Incentivar a instalação de centros de congressos com
urbana das cidades, em particular nas centralidades capacidade superior à atualmente existente, em particular
turísticas; no Algarve;
• Assegurar um eficaz sistema de sinalização das principais • Promover a adaptação de infraestruturas e património
atrações e manter uma boa rede de informação ao turista; a espaços para eventos e salas de reuniões;
• Melhorar as condições de turismo acessível ao nível das • Garantir a existência de estruturas profissionalizadas
infraestruturas, equipamentos e serviços; e dinâmicas de prospeção e articulação das ofertas com
• Reforçar a atuação ao nível da valorização turística dos os agentes privados (convention bureaux);
recursos culturais e de lazer (informação e animação, • Estimular a criação de uma equipa de captação de
condições de acolhimento, serviços de restauração e congressos, em ligação com os convention bureaux
mobilidade); regionais, para dinamizar a prospeção de oportunidades.
• Estruturar e promover calendário de eventos com
interesse turístico que enriqueçam a estada e influenciem
a decisão de escolha do destino;
• Estimular o enriquecimento de programas
complementares com atividades na área do património
cultural e natural das regiões circundantes.

54
3 4
OS PROGRAMAS
DE IMPLEMENTAÇÃO

PROGRAMA
DE PRODUTOS
ESTRATÉGICOS

PROJETO 12 PROJETO 13
GOLFE – INCENTIVAR A PROMOÇÃO TURISMO DE NATUREZA –
DE PORTUGAL COMO DESTINO QUALIFICAR OS RECURSOS E OS
DE GOLFE DE CLASSE MUNDIAL AGENTES EM SEGMENTOS COM
POTENCIAL DE DIFERENCIAÇÃO
FUNDAMENTO
FUNDAMENTO
O golfe é um mercado turístico de reduzida dimensão,
contudo importante pelo seu gasto médio, por contrariar a Portugal dispõe de vários fatores distintivos e qualificadores
sazonalidade dominante e por conferir prestígio ao destino, enquanto destino de turismo de natureza – áreas protegidas,
dispondo Portugal de mais de 80 campos para a sua prática. variedade de paisagens a curta distância, concentração,
O desenvolvimento do golfe deve passar por dirigir o produto variedade e espécies de fauna e flora únicas, formações
a um cliente internacional de elevado poder de compra e fósseis e vulcânicas invulgares, etc. Considera-se que
pela dinamização do mercado interno. a estruturação da oferta, em particular, em meio rural,
pressupõe melhorar as condições de visitação dos recursos,
ATIVIDADES apostar na qualificação e capacitação dos agentes e
desenvolver ofertas integradas de serviços. Entende-se que
• Introduzir em sede de IGT requisitos de eficiência se deve reforçar a estruturação da oferta nos segmentos
ambiental para a construção de novos campos de golfe; passeios (a pé, de bicicleta ou a cavalo), turismo equestre
• Implementar programas para minimizar os impactes e observação de aves.
ambientais dos campos, nomeadamente na utilização dos
recursos, água e solo; ATIVIDADES
• Incentivar a adoção de boas práticas de gestão e a
implementação de programas de certificação ambiental; • Assegurar a requalificação e valorização dos recursos
• Assegurar a qualidade da envolvente paisagística dos e dos espaços críticos à estruturação do produto
campos de golfe; no território, mediante o desenvolvimento de planos
• Dinamizar uma cultura nacional de golfe; concertados e validados entre as principais partes
• Potenciar o portal do golfe como ferramenta de promoção envolvidas;
junto dos consumidores; • Melhorar as condições de acolhimento e suportes de
• Estruturar e promover calendário de eventos de golfe de interpretação das principais áreas naturais com interesse
projeção internacional; turístico;
• Estimular o desenvolvimento de ofertas complementares • Assegurar um eficaz sistema de sinalização das principais
integradas. atrações e manter uma boa rede de informação ao turista;
• Promover políticas de estímulo à oferta de alojamento
integrado em sistemas colaborativos e de marca;
• Incentivar a adoção de boas práticas ambientais e
programas de certificação internacional e decorrentes
dos compromissos regionais e locais por parte dos
empreendimentos e agentes;
• Desenvolver e promover itinerários e propostas de serviços
estruturados, com particular enfoque nos segmentos
identificados, para clientes com diferentes níveis de
conhecimento e com diferentes níveis de dificuldade;
• Estimular o desenvolvimento de ofertas integradas/
pacotes de turismo de natureza.

55
3 4
OS PROGRAMAS
DE IMPLEMENTAÇÃO

PROGRAMA
DE PRODUTOS
ESTRATÉGICOS

PROJETO 14 PROJETO 15
TURISMO NAÚTICO – DESENVOLVER TURISMO RESIDENCIAL - PROMOVER
A OFERTA DE ATIVIDADES NÁUTICAS A OFERTA EXISTENTE E FACILITAR O
ACESSO À INFORMAÇÃO POR CIDADÃOS
FUNDAMENTO ESTRANGEIROS

Portugal tem uma extensa linha de costa e planos de águas FUNDAMENTO


interiores com infraestruturas e condições favoráveis à
prática de diversas atividades náuticas ao longo do ano, com Existe uma vasta oferta de turismo residencial em Portugal,
impacte no período de inverno, e tem marinas e portos de com destaque para o Algarve e para a área de influência de
recreio de qualidade, em particular no Algarve. Entende-se Lisboa. Complementarmente, alguns projetos de grande
que o desenvolvimento do turismo náutico passa pela oferta dimensão aguardam a melhoria das condições de mercado
de atividades náuticas, nomeadamente vela e surfing, e pela para avançar. Entende-se relevante atuar ao nível da
qualificação dos agentes. simplificação do processo de aquisição e compra de casa e
da facilitação do acesso à informação sobre o sistema fiscal
ATIVIDADES e administrativo aplicáveis aos cidadãos estrangeiros que
queiram residir em Portugal.
• Identificar e concessionar praias com boas condições
para a prática de surfing; ATIVIDADES
• Promover a adoção de boas práticas de gestão e a
implementação de programas de certificação internacional • Simplificar e clarificar os incentivos fiscais existentes para
nas marinas e portos de recreio; não residentes;
• Estimular o desenvolvimento da fileira de atividades • Agilizar os procedimentos referentes à concessão de
náuticas no respeito pela capacidade de carga e proteção autorização de residência;
da orla costeira; • Disponibilizar uma plataforma na Internet de informação
• Estruturar e promover calendário de eventos náuticos com vocacionada para cidadãos estrangeiros;
projeção internacional. • Desenvolver um plano de promoção do turismo
residencial.

56
3 4
OS PROGRAMAS
DE IMPLEMENTAÇÃO

PROGRAMA
DE PRODUTOS
ESTRATÉGICOS

PROJETO 16 PROJETO 17
TURISMO DE SAÚDE – TORNAR GASTRONOMIA E VINHOS – ENRIQUECER
PORTUGAL NUM DESTINO DE A EXPERIÊNCIA TURÍSTICA POR VIA DA
EXCELÊNCIA INTERNACIONAL GASTRONOMIA E VINHOS NACIONAIS
PARA O PRODUTO
FUNDAMENTO
FUNDAMENTO
A qualidade e diversidade da gastronomia e vinhos
Portugal tem uma oferta qualificada e diversificada, que se nacionais potenciam uma oferta distintiva para o turista que
enquadra nos padrões da procura internacional, com fatores visita Portugal. Nesse sentido, devem assumir um papel
que lhe conferem um elevado potencial de competitividade nos importante no enriquecimento da experiência do turista.
mercados de turismo de saúde e designadamente de turismo
médico. O país dispõe de uma oferta hospitalar pública e ATIVIDADES
privada e de serviços médicos de qualidade, que permitem
torná-lo num destino de excelência para o tratamento de • Criar e promover um referencial de utilização da marca
determinadas patologias. Por outro lado, dispõe de condições «Prove Portugal»;
naturais singulares ao nível da variedade das águas termais, • Sensibilizar os produtores/industriais agroalimentares
água do mar e serviços de bem-estar que permitem enriquecer para formatarem rotinas de visitação/usufruto turístico
a oferta associada ao turismo de saúde. Em parceria com o complementares à sua atividade principal;
Ministério da Saúde, entende-se que o turismo médico pode • Incrementar a qualificação dos serviços na restauração,
assumir-se como um fator diferenciador da oferta do Destino ao nível da valorização dos produtos e receituário
Portugal, complementado com os serviços de termalismo e regionais e da melhoria dos serviços de cozinha e sala no
bem-estar e enriquecido com os restantes serviços turísticos. âmbito do «Prove Portugal»;
• Desenvolver roteiros enogastronómicos suportados nos
ATIVIDADES recursos distintivos das regiões, envolvendo produtores
e prestadores de serviços;
• Estruturar, com o Ministério da Saúde, a oferta de turismo • Promover internacionalmente os produtos de excelência
médico, identificando centros de excelência competitivos e os chefes, no âmbito do «Prove Portugal».
nos mercados internacionais;
• Organizar a oferta termal, de spas e de talassoterapia com
vista a potenciar esses serviços em articulação com o
turismo médico;
• Melhorar a envolvente paisagística dos centros de bem-
estar sobretudo em zonas com unidades termais;
• Melhorar as condições de turismo acessível ao nível das
infraestruturas, equipamentos e serviços;
• Reforçar a adoção de programas de certificação
internacional pelas unidades hospitalares, termais, spas e
centros de talassoterapia;
• Qualificar os serviços turísticos complementares
(alojamento, atividades e agências de viagens) para melhor
responder às necessidades dos clientes do turismo de
saúde e seus acompanhantes;
• Desenvolver um portal de promoção e comercialização da
oferta integrada de turismo de saúde;
• Desenvolver um plano de promoção do produto turismo de
saúde para o Destino Portugal.

57
4 4
PROGRAMA OS PROGRAMAS
DE IMPLEMENTAÇÃO
DE DESTINOS
TURÍSTICOS PROGRAMA
DE DESTINOS
PRETENDE DESENVOLVER TURÍSTICOS
DESTINOS TURÍSTICOS ACESSÍVEIS
E SUSTENTÁVEIS, ATRAVÉS DOS
SEGUINTES PROJETOS:

PROJETO 18 PROJETO 19
DESENVOLVER ROTAS AÉREAS DE DESENVOLVER O TURISMO MARÍTIMO
INTERESSE TURÍSTICO – INITIATIVE.PT 2.0 E IMPLEMENTAR UM PROJETO
PARA CAPTAÇÃO DE CRUZEIROS
FUNDAMENTO (CRUISE PORTUGAL)

Os Aeroportos são as principais fronteiras de entrada FUNDAMENTO


dos turistas estrangeiros em Portugal (60% dos turistas
estrangeiros entrados em Portugal). Em abril de 2007, O turismo marítimo vem reforçando a sua importância a nível
o Turismo de Portugal e a ANA/ANAM celebraram um nacional bem como internacional, disponibilizando Portugal
protocolo para a implementação de um modelo público- diversos portos com condições para a receção de navios de
privado de desenvolvimento de rotas aéreas de interesse cruzeiro, ao longo de todo o ano: Lisboa, Funchal, Leixões,
turístico. O balanço da sua implementação foi muito positivo, Açores, Portimão e, mais recentemente, Cascais.
pelos resultados alcançados ao nível da abertura de novas
rotas estratégicas para o desenvolvimento dos destinos. A localização de Portugal continental e das ilhas da Madeira
Recomenda-se assim a continuação do programa, com e Açores permite-lhe integrar circuitos do Atlântico e
alguns acertos que confiram uma resposta mais ajustada à Mediterrâneo, para além das viagens de reposicionamento.
recente evolução do mercado da aviação e do turismo na A par da atratividade do destino, com capacidade para
Europa, assim como a sua adaptação às características de criar propostas diversificadas de visita (excursões em
cada destino, em particular no que se refere à maturação do terra), a maioria dos portos tem realizado investimentos
portfólio das rotas em operação. em infraestruturas e equipamentos, que reforçam a sua
atratividade – mais de um milhão de passageiros em 2011.
ATIVIDADES O mercado emissor prioritário é o mercado europeu,
seguindo-se o mercado norte-americano, havendo clara
• Lançamento do programa initiative.pt 2.0; intenção de Portugal em querer assumir uma posição de
• Prospeção de oportunidades quer ao nível de novas maior destaque na oferta deste tipo de turismo, tendo
rotas/operações, quer no que diz respeito ao aumento de Espanha como principal concorrente.
frequências em rotas já em operação;
• Monitorização dos resultados – execução do programa ATIVIDADES
e impacto no turismo e na economia da zona de
implantação do aeroporto. • Identificar e promover os portos com condições favoráveis
à captação de cruzeiros;
• Estimular a melhoria contínua das infraestruturas terrestres
e acessibilidades marítimas;
• Promover a adoção de procedimentos harmonizados e
simplificados na ligação porto/aeroporto (operações de
embarque e desembarque de passageiros);
• Continuar e incrementar a aposta na simplificação
e agilização da atuação das diversas autoridades
intervenientes (Serviços de Estrangeiros e Fronteiras,
Autoridade Tributária e Aduaneira, Autoridade Marítima,
Sanidade e Autoridade Portuária);
• Melhorar as condições de acolhimento, informação e
mobilidade em terra aos passageiros de cruzeiros (criar
percursos mais rápidos para os autocarros de turismo,
disciplinar a oferta de serviços de táxis);
• Crescer no segmento das operações de embarque e
desembarque (turnaround), ainda que na modalidade parcial
(interporting, isto é., portos de escala e simultaneamente de
embarque e desembarque);
• Lançar, no âmbito da reforma geral do setor portuário
prevista no Plano Estratégico dos Transportes, novas
concessões para terminais de cruzeiros e melhorar as
existentes, num contexto global de reformulação da sua
envolvente portuária e seu enquadramento no respetivo
espaço urbano;

58
4 4
OS PROGRAMAS
DE IMPLEMENTAÇÃO

PROGRAMA
DE DESTINOS
TURÍSTICOS

• Reduzir os custos da fatura portuária aplicável aos navios PROJETO 20


de passageiros, assegurando que as respetivas taxas são IMPLEMENTAR UM PROJETO PARA A
competitivas; CAPTAÇÃO DE ESTÁGIOS DESPORTIVOS
• Divulgar a oferta do destino/portos junto dos agentes do
setor e do consumidor final, através do desenvolvimento de FUNDAMENTO
conteúdos e sua disponibilização, sobretudo na Internet;
• Realizar ações de promoção e incentivo à venda do destino/ Os estágios desportivos, em diversas modalidades, têm vindo
portos, dirigidas aos agentes do setor (companhias de a assumir uma relevância crescente, tanto ao nível dos fluxos
cruzeiro, agentes que organizam as excursões em terra, gerados (nomeadamente de países que procuram destinos
agentes de viagens, etc.). com melhor clima), como da criação de novas e modernas
infraestruturas desportivas (nomeadamente centros de alto
rendimento).

As condições climatéricas do país, associadas às


acessibilidades aéreas e à qualidade da oferta hoteleira,
complementadas com modernas infraestruturas desportivas,
revelam-se atributos importantes para sustentar a atratividade
de Portugal na captação de estágios desportivos.

A realização de estadas de média duração, por grupos de


média dimensão, com poder de compra e em períodos de
época baixa, traduzirá, seguramente, resultados relevantes
nas economias regionais e na credibilização de Portugal como
país de acolhimento de atletas de alta competição.

ATIVIDADES
• Proceder ao levantamento e caracterização das
infraestruturas desportivas, da oferta hoteleira e serviços
turísticos complementares;
• Identificar os mercados potenciais, caracterizar o perfil de
procura e os canais de comunicação/distribuição;
• Apostar na simplificação e agilização da atuação das
diversas autoridades intervenientes;
• Divulgar a oferta do destino junto dos agentes e mercados
alvo, através do desenvolvimento de conteúdos e sua
disponibilização, sobretudo na Internet;
• Estimular a criação de uma equipa de captação de estágios
desportivos para dinamizar a prospeção de oportunidades
e promoção do destino.

59
4 4
OS PROGRAMAS
DE IMPLEMENTAÇÃO

PROGRAMA
DE DESTINOS
TURÍSTICOS

PROJETO 21 PROJETO 22
DESENVOLVER O DESENVOLVER O
TURISMO MILITAR TURISMO CIENTÍFICO

FUNDAMENTO FUNDAMENTO

Existem em Portugal diversas instalações militares, ativas O nosso país é dotado de um conjunto de entidades de
ou não, que demonstram um forte potencial de exploração reconhecido prestígio internacional na área científica, bem
turística, quer pelo seu significado histórico-cultural, quer como locais e elementos que constituem um campo de
pela possibilidade de construção na temática, de propostas interesse para o estudo e investigação científica. Desta
integradas de experiências turísticas diferenciadas e forma, pretende-se estruturar estes atributos numa oferta
características, permitindo o acesso a novos segmentos de turística organizada, diversificando a atividade do setor para
mercado e perfis de consumo. segmentos de mercado com potencial de crescimento e
efeitos estruturantes, pelo seu contributo na atenuação da
Estes elementos, constituem, não só um fator de sazonalidade e qualificação da procura.
diversificação da nossa oferta e de mercado, mas também
um fator de qualificação da imagem do destino Portugal. ATIVIDADES

ATIVIDADES • Levantamento e priorização das entidades científicas


nacionais, bem como dos reconhecidos locais e motivos de
• Realização do inventário do património militar com estudo e investigação científica em Portugal;
vocação para a atividade turística; • Divulgação dos motivos de interesse e entidades da oferta
• Elaboração de uma proposta de Rede Nacional de turística científica portuguesa, junto das comunidades
Roteiros de História Militar que integre o património científicas internacionais, nos principais mercados emissores
militar com vocação turística, classificado por tipologia, de turistas e nos principais centros de investigação a nível
por período histórico e outros critérios considerados mundial;
pertinentes; • Criação de condições de atração de investigadores para
• Criação de uma imagem de marca para o produto Turismo Portugal, no âmbito da atuação do SCTN;
Militar, declinada do sistema de identidade do turismo • Preparação de um Plano de Promoção do Turismo Científico;
português; • Desenvolvimento de ações de captação para Portugal de
• Preparação de um Plano de Promoção do Turismo Militar; eventos internacionais na área científica, designadamente
• Desenvolvimento de propostas de caráter educativo e congressos e conferências.
formativo que valorizem o conhecimento da História de
Portugal;
• Desenvolver um modelo integrado de gestão e operação
da Rede Nacional de Roteiros de História Militar.

60
4 4
OS PROGRAMAS
DE IMPLEMENTAÇÃO

PROGRAMA
DE DESTINOS
TURÍSTICOS

PROJETO 23 PROJETO 24
REFORÇAR A COMPETITIVIDADE DESENVOLVER DESTINOS
DO DESTINO ALGARVE TURÍSTICOS SUSTENTÁVEIS

FUNDAMENTO FUNDAMENTO

Da análise do desempenho do destino Algarve decorre a A sustentabilidade deve constituir a base das políticas
necessidade de revitalizar a sua capacidade de atração de públicas à escala nacional, regional e local, orientadas para
turistas. Entende-se ser fundamental atuar ao nível da (i) um desenvolvimento de longo prazo, gerador de riqueza
eliminação dos constrangimentos na acessibilidade aérea e emprego, alicerçado nos valores e tradições locais,
e rodoviária; da (ii) estruturação da capacidade financeira contribuindo para a preservação e conservação dos recursos
das empresas; da (iii) formação de recursos humanos; da (iv) naturais. A capacidade do turismo de afirmar-se como
fidelização de clientes; do (v) reforço da satisfação da estada veículo de melhoria da qualidade de vida das populações e
através do enriquecimento e diversificação da oferta; da (vi) de redução das assimetrias regionais constitui prioridade das
requalificação dos espaços públicos; e da (vii) da promoção políticas públicas de turismo e a assunção de que os espaços
e comercialização do destino. rurais naturais de qualidade e as atividades a eles ligadas
são fatores essenciais para a diferenciação e qualificação de
A atuação no médio prazo deverá consolidar e promover um diferentes setores de oferta turística e para a atenuação da
conjunto de iniciativas que permitam reposicionar o Algarve forte sazonalidade da oferta e da procura atual.
como um destino turístico de excelência e com capacidade
para acolher os segmentos sénior e com mobilidade reduzida. ATIVIDADES
Também deverá diferenciar-se através da existência de
serviços e infraestruturas que privilegiam certificações e selos • Contribuir para a avaliação do impacto e identificação
de qualidade de gestão e ambiental. de medidas corretivas, face às apreensões de natureza
geofísica de longo prazo que interferem com o
ATIVIDADES desenvolvimento da atividade ou que são condicionadas
por ela (zonas balneares, dinâmica da orla costeira, regime
• Reforçar e adaptar o programa initiative.pt 2.0 às hidrológico, disponibilidade de água potável, etc.);
necessidades do destino Algarve; • Implementar planos regionais de desenvolvimento turístico
• Apoiar a valorização turística de infraestruturas, que garantam uma abordagem e visão de longo prazo
equipamentos e espaço público que enriqueçam a e a participação ativa das comunidades locais e agentes
experiência do turista; públicos e privados, assim como a articulação do turismo
• Lançar mecanismos e instrumentos específicos para a com as estratégias de base regional, incluindo os sistemas
consolidação da estrutura financeira das empresas; de financiamento que as suportam;
• Lançar programas de formação para recursos humanos • Desenvolver fileiras de produtos turísticos que potenciem
no ativo e desempregados; os valores, as práticas tradicionais e os recursos locais
• Criar calendário temático das atividades e eventos de e contribuam para a redução da sazonalidade;
animação turística; • Capacitar os fornecedores de produtos e serviços turísticos
• Montar um plano de comunicação e relações públicas para a sustentabilidade, estimulando a cooperação entre as
para revitalização do destino; partes interessadas e a diversidade de oferta;
• Reforçar a promoção e comercialização do Algarve, • Estimular a aplicação de boas práticas ambientais e de
incluindo a contratação de equipas comerciais nos
responsabilidade social por parte dos fornecedores de
principais mercados emissores;
produtos e serviços turísticos;
• Criar a opção de reserva no portal do destino;
• Preservar e potenciar o património natural e cultural;
• Criar o Algarve Sports & Convention Bureau;
• Desenvolver instrumentos de avaliação de impactos
• Dar, no âmbito do desenvolvimento da matriz de produtos
da atividade turística, incorporando-os no processo
para o destino, especial atenção à promoção do turismo
de planeamento.
residencial e à estruturação do turismo de saúde.

61
4 4
OS PROGRAMAS
DE IMPLEMENTAÇÃO

PROGRAMA
DE DESTINOS
TURÍSTICOS

PROJETO 25 PROJETO 26
PROMOVER A IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMAS TORNAR PORTUGAL NUM DESTINO
DE QUALIDADE NO SETOR DO TURISMO ACESSÍVEL PARA TODOS

FUNDAMENTO FUNDAMENTO

O desenvolvimento e implementação de um programa de O turismo é um bem social que deve estar ao alcance de
qualidade para o turismo é fundamental para a melhoria da todos os cidadãos, sem que nenhum grupo da população
qualidade dos serviços na generalidade dos subsetores da seja excluído. De acordo com a Organização Mundial do
atividade, para a maior eficiência da gestão das empresas Turismo (OMT), em 2010, o turismo representou um volume
e para o posicionamento de Portugal como destino de de 935 milhões de pessoas – dados que permitem estimar
qualidade. Neste contexto, haverá que aprofundar o trabalho que o número de turistas no segmento do turismo acessível
desenvolvido, alargando os produtos turísticos cobertos por terá sido de 65 a 75 milhões (se considerarmos que deste
normas de qualidade, aumentando o número de empresas total se estima que 7 a 8% correspondem a turistas com
certificadas no âmbito do Sistema Português de Qualidade alguma limitação). Tendo em conta que estes turistas
(SPQ) e monitorizando os resultados da sua aplicação em tendem a viajar acompanhados, o número pode aumentar
termos de penetração no mercado e impacto na qualidade significativamente. A European Network for Accessible
do serviço. Tourism estima que atualmente existam cerca de 127
milhões de europeus com alguma necessidade específica
ATIVIDADES durante a sua viagem.

• Dinamizar os processos de criação de normas de Atualmente, o turismo ainda não é uma atividade
qualidade em articulação com o Organismo Nacional acessível a todos os cidadãos, com especial ênfase nas
de Normalização, para os produtos turísticos, alinhadas pessoas com mobilidade condicionada por deficiências
com as normas europeias e internacionais e inseridas nas de natureza motora, visual, auditiva, intelectual e outras.
dinâmicas da União Europeia; O desaparecimento desses impedimentos induzirá ao
• Dinamizar a implementação de processos de certificação incremento das deslocações e a uma maior exigência na
de sistemas de gestão conducentes à sustentabilidade, prestação de serviços turísticos. Esta realidade, conjugada
designadamente das atividades nos espaços naturais, com a existência de infraestruturas, equipamentos e
tendo em conta as vertentes da qualidade, do ambiente, serviços acessíveis, fará com que pessoas com mobilidade
da segurança e da responsabilidade social; condicionada se tornem potenciais clientes, constituindo um
• Promover a certificação de sistemas de gestão para fator de desenvolvimento económico.
organismos de certificação acreditados no âmbito do
SPQ, divulgando a sua atividade junto das empresas do ATIVIDADES
setor;
• Desenvolver ações de sensibilização e divulgação sobre a • Fomentar a implementação de programas integrados
qualidade no turismo em todo o território nacional; de desenvolvimento de destinos turísticos acessíveis
• Desenvolver instrumentos de monitorização do progresso (espaços públicos, equipamentos culturais e de lazer,
em matéria de implementação de sistemas de gestão, praias, transportes, atendimento, etc.);
nomeadamente, nas vertentes da qualidade, do ambiente, • Fomentar a criação de condições para o acolhimento
da segurança e da responsabilidade social , bem como de turistas com mobilidade reduzida nas infraestruturas
os resultados associados a esse processo, em termos e serviços turísticos (alojamento, animação turística e
do desempenho interno das empresas e do nível da restauração);
satisfação dos seus clientes. • Desenvolver ações de formação e sensibilização para o
acolhimento de turistas com mobilidade reduzida junto
dos agentes turísticos e municípios;
• Assegurar, em formato acessível, a prestação da
informação sobre a acessibilidade das infraestruturas
e serviços turísticos na comunicação promocional
dos destinos.

62
4 4
OS PROGRAMAS
DE IMPLEMENTAÇÃO

PROGRAMA
DE DESTINOS
TURÍSTICOS

PROJETO 27
PROMOVER A SIMPLIFICAÇÃO DE PROCESSOS
E A REDUÇÃO DE CUSTOS DE CONTEXTO

FUNDAMENTO

Com vista a garantir critérios de concorrência e melhorar a


competitividade das empresas, recomenda-se a continuação
do esforço desenvolvido nesta matéria, e conferir ainda
maior ênfase, à desmaterialização de procedimentos de
forma a obter ganhos de celeridade dos processos e à
simplificação de procedimentos, nomeadamente através
de redução de etapas, de mecanismos de reconhecimento
automático e mecanismos de controlo a posteriori em
matéria de licenciamento.

ATIVIDADES

• Institucionalizar um mecanismo de consulta e análise


prévia de intenções de investimento;
• Promover a reflexão com a área de ordenamento do
território, no sentido de simplificar o processo de
licenciamento dos empreendimentos turísticos;
• Consagrar em termos legais um prazo máximo para a
execução dos projetos incluídos em planos de pormenor
ou planos de urbanização;
• Rever a legislação da Declaração de Interesse para
o Turismo, a fim de obter ganhos de celeridade e agilizar
a sua atribuição;
• Promover a integração da Declaração de Interesse para
o Turismo no balcão único eletrónico de serviços.

63
5 4
PROGRAMA OS PROGRAMAS
DE IMPLEMENTAÇÃO
DE CAPACITAÇÃO
FINANCEIRA PROGRAMA
DE CAPACITAÇÃO
E MODERNIZAÇÃO FINANCEIRA
E MODERNIZAÇÃO
PRETENDE-SE CAPACITAR E
MODERNIZAR AS EMPRESAS PARA O
EXERCÍCIO DA ATIVIDADE TURÍSTICA,
ATRAVÉS DOS SEGUINTES PROJETOS:

PROJETO 28 PROJETO 29
CONSOLIDAR A ESTRUTURA QUALIFICAR AS EMPRESAS
FINANCEIRA DAS EMPRESAS POR VIA DA MODERNIZAÇÃO

FUNDAMENTO FUNDAMENTO

A estrutura financeira das empresas caracteriza-se, regra geral, A intervenção ao nível da redução de custos de exploração,
por um insuficiente nível de capitais próprios e por um elevado do reforço da estrutura que permita uma melhor
nível de endividamento, resultado, não só de uma cultura abordagem aos mercados e a qualificação da gestão da
pouco orientada para a captação de novos investidores e para empresa, constituem pressupostos fundamentais para a
a cooperação entre empresas, mas também de um período competitividade das empresas do setor do turismo. Neste
(relativamente recente) em que o acesso ao financiamento contexto, revela-se particularmente crítica a intervenção ao
bancário se caracterizava pela facilidade e baixos custos. A nível da eficiência energética, da gestão racional do uso da
conjuntura económica e financeira fez realçar a “histórica” água, da economia digital e da internacionalização.
inadequação da estrutura financeira das empresas do setor,
que as encontrou descapitalizadas para fazer face às novas Pretende-se que as empresas adquiram uma maior
exigências, fechadas na sua base acionista e a libertar meios capacidade de gestão, desenvolvam ações que permitam
que, podendo até traduzir uma exploração operacional a redução dos custos energéticos e do uso da água e
positiva, não são suficientes, em muitas situações, para fazer que aumentem as suas vendas em resultado do melhor
face aos serviços de dívida assumidos. A adequação da aproveitamento da economia digital e das ações de
estrutura financeira das empresas constitui, assim, um fator promoção internacional.
crítico, não apenas para o reforço da competitividade das
empresas, mas sobretudo, e nas atuais circunstâncias, um ATIVIDADES
pressuposto fundamental para a sua própria sobrevivência e
dos postos de trabalho que neste momento asseguram. • Desenvolver estudos de caso que permitam quantificar o
valor acrescentado do investimento nos fatores dinâmicos
ATIVIDADES de competitividade apontados;
• Desenvolver ações de sensibilização para as empresas
• Desenvolver mecanismos e instrumentos que promovam sobre a importância da atuação ao nível dos fatores
a capitalização das empresas, seja através do instrumento dinâmicos de competitividade;
capital de risco ou da captação de novos investidores; • Desenvolver iniciativas que promovam a capacitação das
• Desenvolver mecanismos e instrumentos que promovam a empresas para os novos desafios da gestão;
reestruturação dos serviços de dívida das empresas viáveis, • Desenvolver iniciativas com as associações empresariais
seja através de programas de carência de amortizações do setor que permitam concretizar projetos conjuntos de
ou do alargamento dos prazos de amortização ou de empresas;
operações de fundo de investimento imobiliário; • Sistematizar um quadro de apoio financeiro ao
• Desenvolver mecanismos e instrumentos que permitam o desenvolvimento de ações ao nível dos fatores dinâmicos
acesso das empresas a apoio de tesouraria que assente na de competitividade indicados;
utilização de ativos; • Monitorizar os resultados obtidos face aos objetivos
• Desenvolver mecanismos e instrumentos que promovam a pretendidos.
cooperação entre empresas, no sentido de lhes dar massa
crítica, através de processos de fusão e concentração,
assentes sobretudo em mecanismos de capital de risco.

64
5 4
OS PROGRAMAS
DE IMPLEMENTAÇÃO

PROGRAMA
DE CAPACITAÇÃO
FINANCEIRA
E MODERNIZAÇÃO

PROJETO 30
VALORIZAR A
OFERTA TURÍSTICA

FUNDAMENTO

A qualidade da oferta turística constitui um elemento


decisivo para a satisfação dos turistas e a valorização
internacional do turismo em Portugal. Neste sentido, não
é possível assegurar a competitividade das empresas e
do destino sem que se garanta uma oferta de qualidade,
diversificada e diferenciada, assente no património cultural
e natural, assim como no aproveitamento dos recursos
endógenos distintivos. Um programa de valorização da
oferta turística permite sistematizar e priorizar a atuação,
seja no contexto do desenvolvimento de oferta por parte
das empresas, seja no contexto do desenvolvimento de
infraestruturas ou outros investimentos que permitam
melhorar a sua envolvente de atuação, reforçando a
competitividade do destino Portugal e, em consequência,
das próprias empresas do setor.

ATIVIDADES

• Consensualizar a priorização da atuação ao nível do


investimento na valorização da oferta turística nacional;
• Sistematizar um quadro de instrumentos de apoio
financeiro ao desenvolvimento dos investimentos
subjacentes às prioridades de valorização da oferta;
• Desenvolver ações de sensibilização junto das empresas
e demais agentes do setor quanto ao quadro de
prioridades de atuação para a valorização da oferta;
• Monitorizar os resultados obtidos face aos objetivos
fixados.

65
6 4
PROGRAMA OS PROGRAMAS
DE IMPLEMENTAÇÃO
DE QUALIFICAÇÃO
E EMPREGO PROGRAMA
DE QUALIFICAÇÃO
PRETENDE-SE QUALIFICAR OS E EMPREGO
PROFISSIONAIS DE TURISMO PARA A
EXCELÊNCIA DO SERVIÇO E DA GESTÃO,
ATRAVÉS DOS SEGUINTES PROJETOS:

PROJETO 31 PROJETO 32
ORGANIZAR A EDUCAÇÃO DESENVOLVER AS
E FORMAÇÃO PARA O SETOR PROFISSÕES ESTRATÉGICAS
DO TURISMO PARA O TURISMO

FUNDAMENTO FUNDAMENTO

É fundamental articular os planos de formação, a nível Existe um conjunto de profissões que pela sua importância
nacional e regional, para uma melhor organização da oferta para o setor devem ser consideradas estratégicas e em que
formativa entre os agentes nacionais e os operadores a qualificação dos profissionais, quer ao nível técnico, quer
regionais e por forma a otimizar os recursos e a evitar ao nível comportamental, deve ser exemplar. Por outro lado,
excessos ou défices de formação nas diferentes regiões há necessidades emergentes que revelam novas funções
do país. É também importante o desenvolvimento de que têm de ser bem enquadradas e desenvolvidas pelo
estudos de diagnóstico e prospetivos sobre a evolução contributo decisivo para o crescimento do turismo.
das qualificações do setor. A multiplicidade de cursos com É também importante qualificar profissionais para
designações e curricula semelhantes mas com saídas segmentos de mercado especiais como seniores,
profissionais e níveis de equivalências diversos (para o portadores de deficiência ou mobilidade reduzida (turismo
mesmo curso/profissão) carece de organização. Assim, inclusivo).
existe a necessidade de criar referenciais agregadores da
oferta formativa do setor, organizados por segmentos de Estudos realizados recentemente identificam várias profissões
atividade, que contribuam para uma melhor racionalização ou funções estratégicas no setor do turismo. Reconhecemos
de recursos. uma seleção das mesmas: 1) técnicos de desenvolvimento
da oferta turística; 2) especialistas em marketing, distribuição
ATIVIDADES e vendas (incluindo novos canais); 3) cozinheiros, técnicos de
cozinha/pastelaria; 4) especialistas no atendimento e serviço
• Organizar os referenciais de oferta formativa e saídas ao turista, incluindo restauração e bebidas; 5) técnicos de
profissionais do setor; manutenção e operação de infraestruturas e equipamentos
• Estruturar a oferta formativa atual em articulação com turísticos; 6) especialistas em gestão e maximização de
referenciais de formação; proveitos (revenue e yield management); 7) técnicos de
• Reorganizar a oferta formativa da rede de escolas de qualidade, ambiente e sustentabilidade no turismo; 8) gestores
hotelaria e turismo por segmentos de especialização; e guias de turismo de natureza e de circuitos turísticos
• Criar um fórum para articular os projetos técnico- religiosos e culturais para espaços naturais; e 9) gestores
pedagógicos das entidades com competências formativas (chefias intermédias e de topo).
na área do turismo;
• Desenvolver novas ofertas formativas (atendendo às ATIVIDADES
necessidades emergentes) com base em referenciais de
formação; • Lançar ações de formação (formação contínua) e cursos
• Desenvolver mecanismos de colaboração na divulgação específicos (formação inicial) nas áreas críticas para o
na Internet da oferta formativa; desenvolvimento das profissões estratégicas do turismo;
• Realizar um estudo de diagnóstico sobre a evolução das • Envolver todas as entidades que formam nas áreas de
qualificações do setor. turismo em Portugal;
• Realizar uma conferência nacional sobre profissões
estratégicas e formação necessária às mesmas.

66
6 4
OS PROGRAMAS
DE IMPLEMENTAÇÃO

PROGRAMA
DE QUALIFICAÇÃO
E EMPREGO

PROJETO 33 PROJETO 34
PROPORCIONAR UMA BASE DE QUALIFICAR OUTROS PROFISSIONAIS
FORMAÇÃO COMUM E TRANSVERSAL PARA O TURISMO E A INTERAÇÃO
PARA OS PROFISSIONAIS DO TURISMO COM O TURISTA

FUNDAMENTO FUNDAMENTO
Para que a experiência do turista que visita Portugal O momento económico e social que Portugal atravessa,
seja homogénea na qualidade é necessário alinhar o com níveis de desemprego elevados, justifica que exista uma
desempenho dos profissionais que atuam no setor preocupação grande para a requalificação de profissionais
assegurando a existência de competências base de outros setores para integrarem uma atividade estratégica
essenciais. O emprego no setor do turismo é dominado para o país como é o turismo. Por outro lado, a interação
por (i) profissionais não formados em turismo e por (ii) um com o turista não está circunscrita às profissões do turismo:
conjunto de profissões de forte cariz técnico. A formação é transversal à população e a um conjunto alargado de
existente está particularmente direcionada para a profissionais que devem ser competentes e empáticos
vertente especializada, descurando outras competências nessa relação, como por exemplo os elementos das forças
fundamentais. de segurança, já com trabalho específico nestas matérias.
A formação específica de taxistas, polícias, lojistas,
Entende-se que a elevação do nível de qualificações dos bilheteiros de espetáculos, entre outros, com especial
profissionais do setor deverá ter por base um conjunto de enfoque nas zonas frequentadas pelos turistas é fator
competências essenciais que assegurará o desenvolvimento fundamental para potenciar a satisfação do turista.
de conhecimento fundamental para a boa relação com o
turista em domínios como o acolhimento, o atendimento, o ATIVIDADES
serviço, a história, a geografia, a arte/cultura, a gastronomia
e a língua inglesa e alemã. • Articular com parceiros a (i) identificação de
desempregados para integrar funções específicas; a (ii)
ATIVIDADE formação profissional a esses desempregados; e a sua (iii)
integração no mercado de trabalho na função identificada;
• Lançar um programa de formação específico para • Lançar ações de formação específicas de curta duração
empregados do setor que não têm qualquer formação nas para a população e profissionais não diretamente
áreas do turismo. empregados no setor do turismo.

67
6 4
OS PROGRAMAS
DE IMPLEMENTAÇÃO

PROGRAMA
DE QUALIFICAÇÃO
E EMPREGO

PROJETO 35 PROJETO 36
PROMOVER O EMPREGO DISSEMINAR CONHECIMENTO
JOVEM NO SETOR SOBRE AS NOVAS TENDÊNCIAS
DO TURISMO E A INOVAÇÃO NO SETOR

FUNDAMENTO FUNDAMENTO

A captação de jovens para trabalharem no setor do É necessário intervir no sentido de melhorar o conhecimento
turismo é uma prioridade. Nesta atividade em constante no setor, aumentando a capacidade de atualização dos
evolução, com uma forte dimensão internacional e em que seus profissionais e a sua sensibilização para inovar nos
a criatividade e o empreendedorismo são críticos para o produtos e serviços disponibilizados. É importante chamar
desenvolvimento, é fundamental o rejuvenescimento dos a Portugal o conhecimento sobre a inovação, introdução
recursos humanos. A integração de jovens qualificados de novas práticas, dinâmicas e processos desenvolvidos
para trabalharem no turismo em conjunto com os atuais a nível global. Para tal, deve procurar-se a participação
profissionais do setor pode contribuir para uma cadeia de de entidades, nomeadamente as que operam a nível da
valor mais sustentável e uma experiência turística melhor, educação, inovação e desenvolvimento e que lideram
desde a captação à fidelização e recomendação. internacionalmente o conhecimento sobre estas temáticas.
Fomentar o desenvolvimento da liderança dos gestores e do
ATIVIDADES empreendedorismo como alavancas da economia nacional
e do turismo em particular.
• Dinamizar e promover para o turismo programas
multissetoriais de apoio ao emprego e ao ATIVIDADES
empreendedorismo jovem;
• Acentuar a oferta de formação inicial de jovens • Montar uma rede de partilha e intercâmbio de informação
em hotelaria e turismo, com enfoque especial no e boas práticas do estado da arte nas várias áreas do
empreendedorismo e nos domínios do serviço ao turista; turismo a nível mundial;
• Lançar uma campanha de dinamização do emprego jovem • Realizar uma sessão anual (com workshop e conferência),
no turismo, valorizando as profissões do setor. com o envolvimento de entidades e personalidades de
reconhecido mérito e a participação de empresários e
gestores;
• Promover os temas relacionados com o desenvolvimento
de capacidades de liderança e empreendedorismo nos
cursos de formação inicial e contínua na área do turismo.

68
7 4
PROGRAMA OS PROGRAMAS
DE IMPLEMENTAÇÃO
DE PLATAFORMAS
E CANAIS PROGRAMA
DE PLATAFORMAS
DE DISTRIBUIÇÃO E CANAIS
DE DISTRIBUIÇÃO
NOVAS FORMAS DE APRESENTAR O
PRODUTO, CONTACTAR E DIALOGAR
COM O CLIENTE, ATRAVÉS DOS
SEGUINTES PROJETOS:

PROJETO 37 PROJETO 38
CRIAR REFERENCIAL PREPARAR AS EMPRESAS
PARA REPRESENTAÇÃO PARA AS REDES DIGITAIS
DAS EMPRESAS NA INTERNET
FUNDAMENTO
FUNDAMENTO
A intensificação do uso da tecnologia teve um efeito
A presença das empresas na Internet requer o paradoxal na atividade turística: se por um lado tornou o
desenvolvimento de conteúdos e a apresentação de alcance da oferta muito maior (multiplicação de canais de
serviços de modo a maximizar a visibilidade e a capacidade comunicação e distribuição), criou também uma enorme
de interação com o cliente final e com intermediários. As complexidade de gestão do relacionamento com os clientes
empresas, especialmente as PME, têm hoje uma presença e intermediários. Universalizar o acesso à tecnologia e
limitada no seu alcance e capacidade para se articular com suportar a competitividade implica atuar ao nível dos
outros serviços no destino ou na distribuição. Melhorar esta destinos por forma a facilitar os contextos diferenciadores
presença significa dispor de um referencial que identifique da sua oferta, reforçar a cooperação na partilha de
claramente a informação e os serviços a disponibilizar num investimentos e custos, promover as competências e apoiar
formato que facilite a interoperabilidade no contexto das o desenvolvimento tecnológico de vanguarda.
redes digitais e o seu relacionamento com o cliente.
As plataformas tecnológicas que suportam a gestão e
Ainda que o mercado de tecnologias forneça serviços promoção do destino devem criar condições para: (i) dar
parcelares que respondem a estas necessidades, verifica- visibilidade às empresas facilitando a comercialização da
se a inexistência de integração das várias componentes sua oferta (canal direto ou através de intermediários); (ii)
de gestão e de linhas de orientação para a satisfação facilitar a integração de serviços de vários fornecedores
de requisitos mínimos de eficiência na Internet, sendo criando propostas de consumo mais integradas; (iii) facilitar
importante mobilizar as empresas e os fornecedores o acesso das empresas à tecnologia, especialmente das
de tecnologia para a criação de um modelo global de PME, promovendo o acesso à utilização de ferramentas
informação e serviços para a representação das empresas partilhadas de gestão, marketing, inteligência de negócio
na Internet e a definição de modelos de interoperabilidade business intelligence, gestão de conteúdos, etc..
que facilitem a sua integração e o seu alinhamento com
iniciativas internacionais de estandardização (Open Travel ATIVIDADES
Alliance, TOURISMLink, etc.).
• Identificar e analisar as plataformas de destino existentes
ATIVIDADES e o seu desempenho e extensão funcional;
• Desenvolver componentes de serviços colaborativos
• Promover um estudo sobre a eficiência da presença na necessários ao cumprimento das novas necessidades das
Internet das empresas turísticas em Portugal; empresas;
• Criar um grupo de colaboração com todas as partes • Certificar plataformas de destino (disponibilização dos
interessadas para a criação e gestão de um referencial serviços mínimos às empresas).
de presença na Internet e para a promoção da
interoperabilidade; Estas iniciativas serão articuladas com a iniciativa PME
• Promover uma campanha de sensibilização junto das PME Digital, que visa preparar as micro, pequenas e médias
para os requisitos de uma presença eficiente na Internet. empresas para a economia digital.

69
8 4
PROGRAMA OS PROGRAMAS
DE IMPLEMENTAÇÃO
DE INTELIGÊNCIA
DE MERCADO PROGRAMA
DE INTELIGÊNCIA
E I&DT DE MERCADO
E I&DT
PROCURAR NOVOS CLIENTES OU
NECESSIDADES NÃO SERVIDAS E
NOVOS PARCEIROS, ATRAVÉS DOS
SEGUINTES PROJETOS:

PROJETO 39 PROJETO 40
APROFUNDAR DINAMIZAR PROJETOS
O CONHECIMENTO DE I&DT COM INCIDÊNCIA
DE MERCADO NO TURISMO

FUNDAMENTO FUNDAMENTO

A concorrência crescente na atividade turística requer A crescente competitividade no mercado favorece a


das empresas uma maior capacidade de observação introdução de tecnologias inovadoras que facilitem a
dos mercados – conhecimento profundo da estrutura e diferenciação e reduzam os custos de operação das
comportamento da procura, das estruturas de distribuição empresas. A identificação de novas tecnologias ou a
e dos seus agentes, dos média tradicionais e das redes adaptação de tecnologias recentes a este propósito
digitais relevantes, da oferta de destinos concorrentes, pode contribuir para novas vantagens de mercado. O
etc. A identificação de comportamentos, segmentação desenvolvimento do diálogo entre os centros de investigação
fina, antecipação de tendências, análise de concorrência, e as empresas poderá conduzir à emergência de projetos
são atividades onerosas e difíceis de estruturar, sendo de I&DT aplicados que tragam vantagem ao setor do
importante ganhar escala para assegurar um adequado turismo e contribuam, simultaneamente, para o reforço
conhecimento dos mercados e apoiar as empresas e internacionalização de um cluster tecnológico setorial,
na utilização destes recursos para a definição do seu tirando partido das competências e do trabalho realizado
posicionamento e da sua atuação tática, articulando a pelo Polo de Competitividade do Turismo.
aquisição/recolha de informação e a sua difusão seletiva Uma abordagem estruturada ao I&DT para o turismo
(segmento/produto). contribuirá para a mobilização de recursos de apoio nacional
e internacional (UE) à investigação em favor de projetos com
ATIVIDADES incidência no setor.

• Elaborar e consensualizar um quadro de prioridades que ATIVIDADES


suporte os programas de desenvolvimento de produtos
e destinos da estratégia nacional de turismo e identificar • Dinamizar uma plataforma de discussão e de promoção
pacotes de informação segmentados a recolher e das iniciativas em torno dos temas e prioridades de I&DT
prospetar; nas áreas das TIC’s e eficiência ambiental;
• Identificar agentes relevantes nos mercados internacionais • Formalizar o processo de adesão à rede (instituições,
para a recolha e análise da informação local; empresas e especialistas);
• Criar uma plataforma para viabilizar a cooperação no • Identificar projetos específicos de I&DT;
acesso à informação crítica de mercado, estabelecendo • Explorar oportunidades de cooperação e financiamento
condições de associação de entidades e empresas na internacional;
encomenda e acesso aos dados. • Incluir o domínio na agenda de cooperação internacional.

70
5 MONITORIZAÇÃO
DO PENT
MONITORIZAÇÃO
DO PENT

O PENT deverá • O Comité Diretivo, no qual o


Gabinete do Secretário de Estado
No quadro da gestão do PENT
deverão ser realizadas reuniões
ter uma estrutura do Turismo, a Confederação do bimestrais;

própria para o Turismo Português e o Turismo


de Portugal acompanham o • A Coordenação dos Projetos,
acompanhamento processo de implementação das no qual o responsável de cada
da sua soluções apresentadas pelos
vários intervenientes (incluindo as
projeto acompanha a sua
execução, faz o relatório periódico
implementação relacionadas com ajustamento dos resultados e se relaciona
e mobilização do de objetivos a novos contextos) com as regiões e outras partes

setor. A estrutura e se relacionam com entidades


externas. No quadro da gestão do
interessadas envolvidas à medida
das necessidades. No quadro
pode dividir-se PENT deverá ser realizada pelo da gestão do PENT deverão ser

em três áreas menos uma reunião semestral,


com a participação ativa dos
realizadas reuniões mensais.

principais: parceiros relevantes para refletir


sobre as temáticas de turismo;

• A Gestão de Programas, no qual


parceiros e os responsáveis de
cada projeto monitorizam o seu
desenvolvimento e os adequam
ao contexto de forma sistemática.

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Nota do Editor
Documento redigido segundo
o Novo Acordo Ortográfico.

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