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Beatriz Segura da Silva – 20674169 – Centro – Noturno

Christopher Recacho – 20683055 – Centro – Noturno


Kaique Deus – 20673752 – Centro – Noturno

Ensaios Não Destrutivos em Avaliação de Patologias


Estruturais

SÃO PAULO
2019
Sumário

1. Introdução .............................................................................................3
2. Tipos de Ensaios ..................................................................................4
2.1. Ultrassonografia ...........................................................................4
2.2. Esclerometria ...............................................................................4
2.3. Pacometria ...................................................................................5
2.4. Potencial de Corrosão ..................................................................6
2.5. Termografia Infravermelha............................................................6
2.6. Umidade Superficial .....................................................................7
2.7. Monitoramento de Fissuras ..........................................................7
2.8. Tomografia Ultrassônica ..............................................................8
2.9. Maturidade do Concreto ..............................................................8
2.10. Resistência à Penetração ............................................................9

3. Bibliografia ..........................................................................................10

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1. Introdução
As patologias podem ser definidas como uma análise dos desgastes ocorridos nos
materiais das construções. Esses danos podem se manifestar de várias maneiras.
Logo, a aplicação de ensaios não destrutivos pode ser uma estratégia interessante
para fiscalizar o estado das estruturas, pois possibilitam a coleta de informações do
estado da estrutura, além de condições físicas e parâmetros que estão associados aos
processos de deterioração ou risco de danos.

As vantagens desses ensaios são: proporcionar pouco ou nenhum dano à estrutura,


serem aplicados com a estrutura em uso e identificar problemas que possam ainda
estar em estágio inicial, possuem um menor custo se comparado com métodos
destrutivos e, através de seu uso, podemos tomar medidas preventivas e permitir uma
maior vida útil da estrutura.

Basicamente, existem dois métodos de ensaios não destrutivos para aplicação em


estruturas de concreto. A primeira consiste em métodos utilizados para determinar a
resistência do material, como o ensaio de dureza superficial (esclerometria),
resistência à penetração e método da maturidade. A segunda classe inclui métodos
que medem outras características e defeitos internos do concreto, por meio de
propagação de ondas e termografia infravermelha. Além destes métodos, existem
ainda outros que fornecem informações sobre armaduras para localizar barras,
especificar seu diâmetro e o potencial da corrosão.

Há várias situações associadas à construção civil nas quais o emprego de métodos de


ensaios não destrutivos pode ser considerado atraente:

 Controle tecnológico em pré-moldados ou construções in situ;


 Aceitação ou rejeição, de materiais fornecidos;
 Esclarecimento de dúvidas a respeito da mão de obra envolvida em mistura,
lançamento, compactação ou cura do concreto, transporte;
 Monitoramento do desenvolvimento da resistência visando remoção de fôrmas,
duração da cura, aplicação de protensão ou de cargas, remoção de
escoramento;
 Localização e determinação da extensão de fissuras, vazios e falhas de
concretagem;
 Determinação da posição, diâmetro ou condições das armaduras; Determinação
da uniformidade do concreto;
 Aumento do nível de confiança de um pequeno número de ensaios destrutivos;
 Verificar a deterioração do concreto resultante de sobrecarga, fadiga, fogo,
ataque do meio ambiente;
 Avaliação do potencial de durabilidade do concreto;
 Monitoramento de mudanças das propriedades do concreto no decorrer do
tempo;
 Fornecimento de informações para mudanças de utilização da estrutura.

Nota-se que a maior parte das aplicações estão relacionadas à avaliação de defeitos
em estruturas de concreto já endurecido. Esta é hoje a finalidade principal do uso de
métodos de ensaios não destrutivos na construção civil.

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2. Tipos de ensaios

2.1. Ultrassonografia

Segundo a NBR 8802/1994, esse ensaio é utilizado para determinar a velocidade de


propagação de ondas longitudinais, obtidas por pulsos ultrassônicos, através de um
componente de concreto. Vem sendo amplamente utilizada em diversas aplicações
como, por exemplo: análise de falhas, avaliação da integridade física de juntas de
concretagem, avaliação de injeções de resina aplicadas em fissuras, análise de falhas
no interior das estruturas de concreto com consequente avaliação de sua qualidade
e/ou comprometimento estrutural além da determinação da resistência do concreto.

Figura 1: Aparelho de Ultrassonografia

2.2. Esclerometria

O ensaio de esclerometria é especificado pela NBR 7584 "Concreto Endurecido –


Avaliação da Dureza Superficial pelo Esclerômetro de Reflexão". Segundo essa NBR,
esse método fornece informações sobre a dureza superficial do concreto comparação
de concretos com um referencial e estimativa da resistência à compressão do
concreto, deve ser empregado principalmente em circunstâncias onde haja análise da
uniformidade da dureza superficial do concreto.

A realização do ensaio de esclerometria consiste em uma massa martelo que,


impulsionada por mola, choca-se com a área a ser ensaiada, são aplicados nove ou
dezesseis impactos com uso do aparelho na área analisada, onde são obtidos índices
esclerométricos, pelo qual determina-se a resistência à compressão do elemento
estrutural analisado. Quanto maior a dureza da superfície, menor a parcela da energia

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que se converte em deformação permanente, e maior deve ser o recuo ou a reflexão
da massa martelo. O equipamento utilizado no ensaio é chamado de esclerômetro de
reflexão.

Figura 2: Aparelho de Esclerometria

2.3. Pacometria

Possibilita a identificação do posicionamento e diâmetro dos vergalhões metálicos na


massa de concreto. Adicionalmente, com a utilização do equipamento, pode-se ainda
estimar a espessura da camada de recobrimento das armaduras. Em ambos os casos,
não há necessidade de danificação da estrutura em análise. O ensaio ainda auxilia no
corte do concreto, evitando que as barras sejam cortadas.

Figura 3: Aparelho de Pacometria

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2.4. Potencial de Corrosão
Avalia a probabilidade de corrosão em cada ponto de medição, por meio de uma
célula de cobre/sulfato de cobre e um voltímetro de alta impedância. É recomendada a
utilização deste ensaio para mapear toda a estrutura e determinar as áreas
necessárias para executar uma recuperação. Trata-se de ensaio semi-destrutivo, que
pode identificar zonas sujeitas à corrosão antes que as mesmas entrem em estado
avançado, cuja recuperação induziria a custos significativos.

Figura 4: Exemplo de um ensaio de Corrosão

2.5. Termografia Infravermelha


É baseada no princípio fundamental de que anomalias abaixo da superfície dos
materiais afetam o fluxo de calor. Com esse método, é possível detectar grandes
defeitos, vazios internos e delaminações dentro das estruturas de concreto, além de
identificação de zonas sujeitas a umidade. Utilizam-se equipamentos que detectam
infravermelho para a análise das alterações térmicas, através dessas mudanças no
fluxo de calor, localizam-se diferenças na temperatura da superfície. Medindo essa
temperatura em certas condições de fluxo de calor, pode-se determinar a localização
das anomalias.

Todavia os resultados da termografia são apresentados em formas de termogramas.


Uma área de defeito tem condutividade térmica diferente e se revela como uma área
resfriada ou com manchas quentes.

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Figura 5: Exemplo do resultado de um mapeamento de termografia

2.6. Umidade Superficial


Através de equipamento especial, que trabalha através do princípio da constante
dielétrica do material, determina-se a umidade superficial de diversas superfícies. O
equipamento não necessita da penetração de sondas ou outros dispositivos, bastando
colocá-lo sobre o local a ser medido.

Figura 6: Exemplo de um ensaio de umidade

2.7. Monitoramento de Fissuras

Através do emprego de crack gauges especiais, realizamos o monitoramento da


abertura de fissuras em estruturas de concreto. O equipamento consiste numa régua
de policarbonato, transparente, com dois cursores laterais que se movimentam quando
a estrutura também se movimenta. Resistente às intempéries, podendo estar meses
seguidos ao relento sem perder precisão nas medidas nem qualidade do material.

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Figura 7: Grampo Crack Gauge

2.8. Tomografia Ultrassônica

A tomografia ultrassônica é um método não destrutivo que possibilita diagnósticos do


concreto que podem ser utilizados para melhorar o controle de qualidade do mesmo e
auxiliar na tomada de decisão de serviços de reparo ou reabilitação das estruturas de
concreto.

A aplicação desta ferramenta é um meio eficiente para criar uma representação


tridimensional de defeitos internos, que podem estar presentes em um único elemento.
Através da utilização do tomógrafo é possível proceder a um controle de qualidade das
estruturas de concreto armado com a finalidade de determinar a sua integridade e a
presença de defeitos na estrutura, tais como: fissuras, heterogeneidades, falhas de
concretagem, entre outros.

Figura 8: Tomógrafo

2.9. Maturidade do Concreto

Utilizado para estimar a resistência do concreto, a partir do seu histórico de tempo e


temperatura. Sendo assim, é possível realizar o cálculo do tempo necessário para que
elementos estruturais sejam desmoldados após atingirem uma resistência suficiente
às cargas decorrentes do andamento da obra.

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O ensaio mostra a importância das variações térmicas e suas influências sobre o
desenvolvimento da resistência da estrutura.

Figura 9: Exemplo da realização do ensaio de maturidade

2.10. Resistência à Penetração


Utiliza um penetrômetro Windsor, que por sua vez dispara um pino contra o concreto.
O comprimento do pino que fica exposto é uma medida da resistência à penetração do
concreto. Esta medida pode ser relacionada com sua resistência à compressão.

Esse é um teste de dureza, e seus inventores afirmam que a penetração da sonda


reflete a força de compressão em uma área localizada. O ensaio também pode ser
realizado com disparos através da madeira. Com isso, é possível estimar a resistência
da estrutura antes da retirada das fôrmas.

Figura 10: penetrômetro Windsor

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3. Bibliografia

Engracon; ” ENSAIOS DESTRUTIVOS E NÃO DESTRUTIVOS PARA ESTRUTURAS EM


CONCRETO ESTRUTURAL OFERECIDOS PELA ENGRACON ENGENHARIA E
ARQUITETURA LTDA”; (http://www.engracon.com.br/artigos/11453910463.pdf); Acesso em:
07/10/2019;

Lorenzi, Alexandre; “Emprego de ensaios não destrutivos para inspeção de estruturas de


concreto”;
(https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/143976/000998171.pdf?sequence=1)
Acesso em: 07/10/2019;

Santos, Altair; “Métodos de ensaios não destrutivos para estruturas de concreto”


(https://www.cimentoitambe.com.br/metodos-de-ensaios-nao-destrutivos-para-estruturas-de-
concreto) Acesso em: 07/10/2019;

Votorantim; “VEJA COMO FUNCIONAM ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS COMO O ENSAIO


DE ESCLEROMETRIA”; (https://www.mapadaobra.com.br/inovacao/veja-como-funciona-
ensaio-de-esclerometria/) Acesso em: 07/10/2019.

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