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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA


INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
PRÓ-REITORIA DE ENSINO

PORTADOR DE DIPLOMA E
TRANSFERÊNCIA EXTERNA 2019/1

PROVA DE REDAÇÃO
INSTRUÇÕES:
• Só abra esse caderno após a autorização do fiscal da sala.
• Este caderno contém o tema, a coletânea de textos para a Prova de Redação e a Folha de Rascunho da
Redação. A coletânea possui textos variados que objetivam orientar o desenvolvimento do tema e da
proposta escolhida. A leitura e o uso dessa coletânea são obrigatórios, entretanto você não deve copiá-la.
Transcrições serão aceitas desde que estejam a serviço de seu texto e venham destacadas entre aspas.
• Para rascunho da Prova de Redação, somente utilize a Folha de Rascunho da Redação, própria para esse fim.
• Você receberá um Caderno de Resposta da Prova de Redação para onde deverá ser transcrita a redação.
Lembre-se de que seu Caderno de Resposta da Redação é nominal e insubstituível, portanto, não faça
rasuras, emendas ou dobraduras.
• Será atribuída nota ZERO se a redação fugir do tema proposto; se o candidato utilizar apenas alguma palavra
ou expressão referente ao tema, mas sem a articulação de ideias que configurem o seu desenvolvimento; se
o texto for considerado caótico, comprometendo o seu sentido; se o texto configurar cópia ou colagem de
textos presentes na coletânea; se for escrita de forma ilegível; se for redigida em forma de verso; se for feita
com lápis, grafite ou com caneta que não seja da cor azul ou preta; se o texto não tiver no mínimo 7 (sete)
linhas ou ainda se constar qualquer tipo de identificação (verdadeira ou fictícia) no Caderno de Resposta da
Redação.
• Você não deve assinar o Caderno de Resposta da Redação e nem apresentar qualquer tipo de identificação,
seja verdadeira ou fictícia.
• Você não precisa indicar no Caderno de Resposta da Redação a proposta escolhida.

ATENÇÃO:
• É proibido utilizar, durante a realização das provas, qualquer aparelho eletrônico (bip, telefone celular, relógio
de qualquer tipo, walkman, discman, mp3, Ipod, agenda eletrônica, calculadora, notebook, palmtop, receptor,
gravador ou outros equipamentos similares). Também não é permitido consultar livros, revistas, folhetos e
anotações. O candidato que for surpreendido portando qualquer desses itens será eliminado do
processo seletivo.
• A duração das provas é de 2 (duas) horas, já incluído o tempo destinado à identificação do candidato e ao
preenchimento do Caderno de Resposta da Redação.
• Somente será permitida a saída definitiva de candidatos da sala de realização da prova, levando consigo o
Caderno de Provas, depois de decorrida 1 (uma) hora.
• Os três últimos candidatos só poderão deixar a sala juntos e após assinarem a ata de realização das provas.
• Não retire o grampo destas folhas. Não haverá grampeador para repará-las.

BOA PROVA!
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Tema:
AGROTÓXICOS: a fronteira entre os lucros do agronegócio e os danos ao meio ambiente e
à saúde

TEXTO 1

Mais veneno nas lavouras


Vasconcelo Quadros

Com uma taxa de consumo beirando 7 litros per capita/ano, a maior do mundo, e uma lei que libera o uso de agrotóxicos
no cultivo com limites de 200 a 400 vezes maiores do que o permitido na Europa, os agricultores querem mais veneno nas
lavouras. A proposta dos ruralistas, representada no substitutivo do deputado Luiz Nishimori, tira a concessão e manutenção do
registro dos produtos das alçadas da Anvisa e do Ibama, que cuidam, respectivamente, dos impactos na saúde humana e
ambientais, para se transformar em prerrogativa exclusiva do Ministério da Agricultura (Mapa). No território de Maggi, como
sabem os ruralistas, a tendência é priorizar mecanismos e ferramentas que alavanquem o agronegócio.
Aos órgãos de saúde e meio ambiente caberia apenas o papel de homologar laudos de avaliação de risco fornecidos pelo
fabricante. Produtos com substâncias cancerígenas, teratogênicas ou que possam provocar distúrbios hormonais prejudiciais à
formação de fetos poderiam ser registrados e só seriam proibidos se oferecerem “risco inaceitável”, comprovado pelos órgãos
oficiais. (...)
Anvisa, Ibama, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, e Fiocruz são os principais adversários do projeto, bombardeado
também por ONGs, pelo Instituto Nacional do Câncer, pela Fiocruz e outras 280 entidades, além do Ministério Público Federal,
que o qualificou como um “passeio” inconstitucional. As entidades advertem que, se o uso exagerado de agrotóxicos já produz
danos comprovados, o quadro pode ficar ainda mais agudo diante da possibilidade de aprovação do novo marco. Muitos
produtos proibidos em outros países, dizem as entidades, poderão ser consumidos largamente no Brasil.
Uma das advertências mais incisivas veio de uma Nota Técnica assinada pela presidente do Ibama, Suely Araújo, e outros
três dirigentes do órgão. “O registro dos agrotóxicos, com participação efetiva dos setores de saúde e meio ambiente, é o
procedimento básico e inicial de controle a ser exercido pelo poder público e sua manutenção e aperfeiçoamento se justificam
na medida em que seja, primordialmente, um procedimento que previa a ocorrência de efeitos danosos ao ser humano, aos
animais e ao meio ambiente”, diz a nota.

Disponível em: <https://apublica.org/2018/06/o-agro-nao-e-pop/>. Acesso em: 26 nov. 2018.

TEXTO 2

Por que os agrotóxicos são usados?


Gaspar Yamasaki – Engenheiro Agrônomo

Agrotóxicos são produtos utilizados na agricultura para controlar insetos, doenças ou plantas daninhas que causam danos
às plantações. Os agrotóxicos também podem ser chamados de defensivos agrícolas ou agroquímicos, mas, apesar dos
diferentes nomes, todos possuem o mesmo significado.

Os insetos e as doenças
Naturalmente, insetos e doenças atacam as plantas cultivadas, a fim de obter alimento para sua sobrevivência e
proliferação. O problema é que seu crescimento é geralmente muito grande, podendo gerar danos irreversíveis à lavoura,
causando perdas de qualidade e segurança alimentar dos produtos agrícolas, bem como grande redução na quantidade
produzida.
O mercado não aceita grãos, frutas ou legumes severamente atacados por fungos ou bactérias, que além de possuir
características indesejáveis de sabor e visual, também podem gerar sérias intoxicações alimentares. Ao mesmo tempo, no
campo, o fazendeiro não consegue sobreviver se a sua lavoura não produzir o suficiente para cobrir as suas despesas com
adubos, terras, mão de obra, tratores, transporte etc.

As plantas indesejáveis
Quando o feijão é plantado, não só as sementes de feijão germinam, mas várias outras sementes de outras plantas que
ficaram no solo também germinarão. Essas plantas são chamadas de plantas daninha e competem com o que plantamos,

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absorvendo os nutrientes dos adubos aplicados, a água da irrigação e a luz para a fotossíntese. Nessa competição, em geral
quem perde é justamente o que foi plantado. Se deixadas, as plantas daninhas causam grandes perdas na produção que podem
chegar a até 90%. Além disso, a colheita pode ficar mais cara, demorada e gerar misturas de sementes indesejáveis nos grãos,
podendo torná-los impróprios ao consumo humano ou animal.
De modo simplificado, separamos os agrotóxicos em 3 grupos:

Inseticidas: destinados ao controle de insetos, ácaros, nematóides e moluscos;


Fungicidas: usados no controle de doenças causadas por fungos, bactérias e vírus;
Herbicidas: destinados ao controle de plantas daninhas.

À medida que a população cresce, e a agricultura começa a produzir em maior quantidade, os plantios começam a ficar
mais densos e as plantas ficam cada vez mais próximas umas das outras. Do mesmo modo que as doenças se manifestam em
maior intensidade onde há aglomerados de pessoas, as pragas e doenças agrícolas também se espalham mais fácil em grandes
aglomerados de plantas. Sendo assim, com o aumento da população mundial, não só houve aumento na incidência de doenças
humanas, mas também na incidência de doenças de plantas.
Utilizar agrotóxicos não é simplesmente uma questão de opção. Na grande maioria das vezes, o seu uso é necessário e por
vezes indispensável para manter a produção de alimentos nos níveis necessários. O uso de agrotóxicos no Brasil hoje é
extremamente controlado e fortemente regulamentado por leis específicas, de modo que, quando usados corretamente, eles
não representam qualquer risco para a saúde humana ou animal.

Disponível em: <https://www.cultivando.com.br/por-que-sao-usados-agrotoxicos/>. Acesso em: 26 nov. 2018. [Adaptado]

TEXTO 3

Disponível em: <http://www.nanihumor.com/2017/12/agrotoxico-no-brasil.html>. Acesso em: 26 nov. 2018.

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TEXTO 4

A agroecologia é um sistema de produção agrícola alternativa que busca a sustentabilidade da agricultura familiar
resgatando práticas que permitam ao agricultor pobre produzir sem depender de insumos industriais como agrotóxicos, por
exemplo. – Charge por Latuff no Humor Político.

Disponível em: < https://www.ecodebate.com.br/2016/03/01/agroecologia-e-alternativa-para-cultivo-agricola-mais-sustentavel/>. Acesso em: 26 nov. 2018.

TEXTO 5

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Disponível em: <https://reporterbrasil.org.br/2017/11/agrotoxicos-alimentos-brasil-estudo/>. Acesso em: 26 nov. 2018.

PROPOSTA: ARTIGO DE OPINIÃO

O artigo de opinião é um texto de caráter expositivo-argumentativo encontrado, frequentemente, em jornais e revistas.


Esse texto traz a interpretação, análise ou opinião de quem escreve o artigo sobre determinado fato, assunto ou tema de
relevância de forma a convencer o leitor a aceitar uma ideia, mudar uma atitude e adotar uma postura.
Escreva um artigo de opinião para um jornal de circulação nacional, discutindo, a partir dos dados apresentados na
coletânea e de fatos mais recentes, o tema: AGROTÓXICOS: a fronteira entre os lucros do agronegócio e os danos ao meio
ambiente e à saúde. Apresente argumentos e/ou contra-argumentos pautados em nossa realidade que permitam a construção
de uma análise crítica sobre a temática. Não assine o texto.

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FOLHA DE RASCUNHO DA REDAÇÃO

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