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AFA 2011/2012 – RESUMO TEÓRICO – MATEMÁTICA

TEORIA BÁSICA DE FUNÇÕES


APOSTILA DE REVISÃO Definição: dados dois conjuntos A e B, uma relação f: A→B é
MATEMÁTICA – FRENTE 1 chamada função quando associa a cada elemento de A um único
elemento de B. O domínio de f é o conjunto A, o contra-domínio de f é
o conjunto B e a imagem de f é o subconjunto de B formado por todos
CONJUNTOS os elementos que estão em correspondência com os elementos de A.

1 - Noções Básicas Classificações


a) sobrejetora: conjunto-imagem = contradomínio.
Conjunto: é uma coleção de elementos. b) injetora: se x1,x2 ∈A, com x1≠x2, então f(x1)≠f(x2).
a) vazio: não possui elementos c) bijetora: função injetora e sobrejetora
b) unitário: possui um único elemento d) função par: f(x) = f(-x)
c) universo: conjunto que possui todos os elementos e) função ímpar: f(x) = -f(-x)
obs: existem funções que não são nem pares nem ímpares.
Relação de pertinência: se x é um elemento do conjunto A ⇒ x ∈ A .
Caso contrário, x ∉ A . Função composta: chama-se função composta, ou função de uma
função, à função obtida substituindo-se a variável independente x por
Subconjunto: se todos os elementos de um conjunto A pertencem a uma outra função.
um conjunto B então A é subconjunto de B, ou seja, A ⊂ B (A está
contido em B).

Operações com conjuntos:


a) união: A ∪ B = { x, x ∈ A ou x ∈ B}
b) intersecção: A ∩ B = { x, x ∈ A e x ∈ B}
c) diferença: A − B = { x, x ∈ A e x ∉ B} Função inversa: se f:A→B é uma função bijetora, então existe uma
função f-1:B→A tal que se f(x)=y ⇒ f-1(y)=x.
Complementar: se A ⊂ B então o complementar de A com relação à Obs: para determinar a função inversa, escreve-se y = f(x), e troca-se
x por y e y por x na expressão. Isolando-se y obtemos então a
B é o conjunto C BA = B − A . expressão da função inversa de f.
Exemplo:Sendo f(x) = 3x + 6 e g(x) = log(x) − 1 encontre as inversas.
O número de elementos da união de dois conjuntos pode ser y = 3x + 6 y = log(x) − 1
obtido pela seguinte relação: n( A ∪ B) = n( A ) + n(B) − n( A ∩ B) x = 3y + 6 x = log(y) − 1
3y = x − 6 log(y) = x + 1
Conjunto das partes: dado um conjunto A, o conjunto das partes de
A, P(A), é o conjunto de todos os possíveis subconjuntos de A. Se A 1 y = 10 x +1
y = x−2
possui n elementos, então P(A) possui 2n elementos. 3 g−1(x) = 10 x +1
−1 1
2 – Conjuntos Numéricos f (x) = x − 2
3
Números naturais: N = {0, 1, 2, 3, ...}
Função composta com a inversa: se f é uma função inversível então
Números inteiros: Z = {..., -2, -1, 0, 1, 2, 3, ...} f f −1(x) = x.

Números racionais: Q = {a/b, com a,b ∈ Z e b ≠ 0}


Obs: o conjunto dos números racionais é formado por todas as frações
e por dízimas periódicas.

Números irracionais: são todos os números que não podem ser


escritos como uma fração de dois números inteiros. É o conjunto I.
Obs: todas as dízimas não-periódicas são irracionais.

Números reais: R = {x, x é racional ou x é irracional}.

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FUNÇÕES E EQUAÇÕES 4- Função exponencial

1- Função do 1o grau Definição: f(x) = ax, onde a é constante positiva.

Definição: f(x) = a.x + b, com a ≠ 0. Seu gráfico sempre é uma reta. a) a > 1
f é crescente
x2>x1 ⇒ y2>y1
Imagem = IR+

b) 0<a<1
f é decrescente
x2>x1 ⇒ y2<y1
Função decrescente Função crescente
Imagem = IR+
Zero da função do 1o grau: valores onde f(x) = 0.
−b
ax + b = 0 ⇒ x =
a Equação exponencial: são equações que possuem termos com
o expoentes. Observe que a equação ax = 0 não tem solução, isto é, a
2- Função do 2 grau
função exponencial não possui raiz. a x > 0 ∀x ∈
Definição: f(x) = ax 2 + bx + c , com a ≠ 0. Seu gráfico é uma parábola.
5- Função logaritmo

Logaritmo: se a > 0, a ≠ 1 e b > 0 então loga b = x ⇔ a x = b .


Conseqüência lógica: aloga b = loga ab = b
Definição: f(x) = loga x.
a) a>1:

f é crescente
Imagem = IR
Domínio = IR+
Zeros da função do 2o grau: ax2+bx+c=0
Δ = b 2 − 4.a.c
−b± Δ b) 0<a<1:
x=
2.a
Aqui, temos:
a) se ∆>0: duas raízes reais (o gráfico de f corta o eixo x em dois f é decrescente
pontos distintos). Imagem = IR
b) se ∆=0: uma raiz real (o gráfico de f tangencia o eixo x) Domínio = IR+
c) se ∆<0: duas raízes complexas conjugadas (o gráfico de f não
passa pelo eixo x).
⎛ −b − Δ ⎞
Vértice: ⎜ ; ⎟
⎝ 2a 4a ⎠
Função biquadrada: f(x) = ax 4 + bx 2 + c ⇒ f(x) = ay 2 + by + c | y = x 2 Propriedades dos logaritmos
logc b
3- Função modular 1) loga (b.c) = loga b + loga c 4) loga b =
logc a
Definição: f(x) = x 2 = x m
2) logan bm = .loga b 5) loga b = loga c ⇔ b = c
n
⎛b⎞
3) loga ⎜ ⎟ = loga b − loga c
⎧ x, x ≥ 0 ⎝c⎠
f ( x) = ⎨
⎩− x , x < 0 Quantidade de algarismos: tomando-se um número aleatório b com
n algarismos, temos que:
10n-1 ≤ b < 10n
Equação modular: uma equação modular é uma equação do tipo log(10n-1) ≤ log(b) < log(10n)
n - 1 ≤ log(b) < n
f ( x ) = g( x ) , onde f(x) e g(x) são funções. Para resolver tais equações n ≤ log(b) + 1 < n + 1
devemos estudar o sinal de f e aplicar a definição de módulo: Assim, sendo c a parte inteira do log(b): n = c + 1.
⎧f(x), quando f(x) ≥ 0
f(x) = ⎨ Equação logarítmica: equação do tipo loga f ( x ) = g( x ) . Deve ser
⎩− f(x), quando f(x) < 0
resolvida a partir das propriedades de logaritmos.
⎧f(x) = g(x), quando f(x) ≥ 0 Observação: resolver uma equação é o mesmo que encontrar os
f(x) = g(x) ⇒ ⎨
⎩−f(x) = g(x), quando f(x) < 0 zeros de uma função. Normalmente, as equações são mistas, ou seja,
são misturas de várias funções diferentes, o que torna difícil montar
Inequação modular: sendo a ≥ 0 :
um modo de resolução específico para cada equação.
f(x) < a ⇔ −a < f(x) < a
f(x) > a ⇔ f(x) < −a ou f(x) > a

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INEQUAÇÕES Inequações produto e quociente: são inequações que envolvem o


produto e/ou quociente de funções. É preciso montar um quadro de
Inequação do 2º grau: f(x) = ax 2 + bx + c , com a ≠ 0 estudo de sinais das funções envolvidas.
Ex: Sejam a,b,c,x1,x 2 ,x 3 ,x 4 ∈ ; a,b > 0; c < 0; x1 < x 2 < x3 < x 4 ;
a<0 f(x) < 0, ∀x ∈ f(x) = a.(x − x1 ) , g(x) = b.(x − x 2 ).(x − x 3 ) , h(x) = c.(x − x1 ).(x − x 4 ) e
∆<0
a>0 f(x) > 0, ∀x ∈
a<0 f(x) ≤ 0, ∀x ∈ f(x).g(x)
∆=0 q(x) =
a>0 f(x) ≥ 0, ∀x ∈ h(x)
f(x) < 0, ∀x ∈ [ −∞,x1] U [x 2 , +∞] x
a<0 f(x)
1+++++++++++++++++++++++++
- - - - - - - -+
f(x) > 0, ∀x ∈ [x1,x2]
∆>0
f(x) > 0, ∀x ∈ [ −∞,x1] U [x 2 , +∞] x2 x3
a>0
f(x) < 0, ∀x ∈ [x1,x2] g( x ) ++++++++++++ ---------- +++++++++++

x1 x4
Δ<0 h( x ) - - - - - - - -+ + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + - - - - - -

f ( x ).g( x ) x1 x2 x3 x4
q( x ) = ++++++++++++ ----------- ++++++ ------
+ a<0 h( x )

a>0 _
Pelo quadro de sinais acima, sabemos que:
• x ∈ ( −∞,x1 ) ∪ (x1,x 2 ) ⇔ q(x) > 0
• x ∈ (x 3 ,x 4 ) ⇔ q(x) < 0
• x ∈ {x 2 ,x 3 } ⇔ q(x) = 0
Δ=0 • q(x) não está definida em x1 e x4
a>0 a>0
Inequações exponenciais e logarítmicas:
se a > 1: a x > an ⇔ x > n
+ +
_ _ loga f(x) > loga g(x) ⇔ f(x) > g(x) > 0
loga f(x) > k ⇔ f(x) > ak e loga f(x) < k ⇔ 0 < f(x) < ak

se 0 < a < 1: a x > an ⇔ x < n


Δ>0 loga f(x) > loga g(x) ⇔ 0 < f(x) < g(x)

a<0 loga f(x) > k ⇔ 0 < f(x) < ak e loga f(x) < k ⇔ f(x) > ak

SEQÜÊNCIAS
+ + a>0 +
1- Progressão aritmética
_ x1 x2 _ x1 _ x2
Definição: seqüência na qual a diferença entre dois termos
consecutivos é sempre constante.

Termo geral: a n = a1 + (n − 1).r


Obs: generalizando para uma equação polinomial de grau n, ao (a1 + a n ).n
percorremos os valores possíveis de x, temos que em toda raiz de Soma dos n primeiros termos: S n =
2
multiplicidade ímpar há alteração do sinal da função, enquanto em
raízes de multiplicidade par não há alteração do sinal.
2- Progressão geométrica
Inequação modular: se a<0: f(x) > a ∀x ∈ Definição: seqüência na qual o quociente entre dois termos
se a ≥ 0 : f(x) < a ⇔ −a < f(x) < a consecutivos é sempre constante.
Termo geral: a n = a1qn−1
f(x) > a ⇔ f(x) < −a ou f(x) > a
a1(1 − qn )
Soma dos n primeiros termos: S n =
1− q
a1
Soma de uma PG infinita: S=
, onde, |q| < 1
1− q
Dica: representar os termos de uma PA como ..., x − r,x,x + r ,... ou
r r x
..., x − , x + ,... e de uma PG como ..., ,x,xq ,... ou
2 2 q
x. q x. q
..., , x. q , x. q.q ,... pode facilitar a resolução de questões
q2 q
de geometria e polinômios onde alguns dados formam seqüências.

Somatório e Produtório:
n n

∑a
i =1
i = a1 + a2 + a3 + ... + an ∏a
i =1
i = a1.a2 .a3 .....an

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MATRIZES ⎛ a11 a12 a1n ⎞ ⎛ λ ⋅ a11 λ ⋅ a12 λ ⋅ a1n ⎞


⎜ ⎟ ⎜ ⎟
a a22 a2 n ⎟ λ ⋅ a21 λ ⋅ a22 λ ⋅ a2 n ⎟
Definição: Uma matriz m x n é uma tabela de m.n números dispostos A = ⎜ 21 ⇒λ⋅A=⎜
em m linhas e n colunas. Se m = n, a matriz é dita matriz quadrada de ⎜ ⎟ ⎜ ⎟
ordem n. Um elemento na i-ésima linha e na j-ésima coluna é indicado ⎜⎜ ⎟ ⎜⎜ ⎟
⎝ am1 am 2 amn ⎟⎠ ⎝ λ ⋅ am1 λ ⋅ am 2 λ ⋅ amn ⎟⎠
por aij . Assim, uma matriz Am x n é apresentada como:
Em particular, a matriz (–1).A é dita matriz oposta a A e representada
⎛ a11 a12 a1n ⎞
por – A.
⎜ ⎟
a a22 a2 n ⎟
A = ⎜ 21 ⎛1 π ⎞ ⎛ 4 4π ⎞
⎜ ⎟ Exemplo: Se A = ⎜
⎜⎜ ⎟ ⎟⎟ , então 4 ⋅ A = ⎜⎜
⎜ −2 ⎟⎟ e a matriz
⎝ am1 am 2 amn ⎟⎠ ⎝ 5⎠ ⎝ −8 4 5 ⎠
⎛ −1 −π ⎞
Exemplo: As matrizes A, B e C abaixo têm tamanhos oposta a A é a matriz A = ⎜
⎜ 2 − 5 ⎟⎟
.
respectivamente, 3 x 2, 3 x 1 e 1 x 4. ⎝ ⎠
⎛ 4 0 ⎞ ⎛ 15 ⎞ Produto de duas matrizes: Dadas duas matrizes A e B, sendo A de
⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎛ 3 ⎞ tamanho m x n, e B de tamanho n x p (ou seja, o número de colunas
A = ⎜ 37 500!⎟ , B = ⎜ −23 ⎟ , C = ⎜ 2 − 1 −17 2 + 6i ⎟
⎜ 2 ⎟ de A deve ser igual ao número de linhas de B), definimos o produto
⎜1 − i π ⎟ ⎜ e2 ⎟ ⎝ ⎠
⎝ ⎠ ⎝ ⎠ A.B como sendo uma matriz de tamanho m x p (ou seja, com o
número de linhas de A e o número de colunas de B), onde cada
Matriz Transposta: Dada uma matriz A, de tamanho m x n, definimos elemento do produto C = A.B é dado por:
a matriz transposta de A, representada por AT, como a matriz de n
tamanho n x m, obtida de A transformando suas m linhas em colunas, cij = ∑ aik ⋅ bkj = ai1 ⋅ b1 j + ai 2 ⋅ b2 j + +ain ⋅ bnj
ou de modo equivalente, suas n colunas em linhas. k =1
Em outras palavras, o elemento da matriz produto C, na i-ésima linha
⎛ 4 0 ⎞ e na j-ésima coluna, é obtido multiplicando-se os elementos
⎜ ⎟ ⎛4 37 1 − i ⎞
Exemplo: A = ⎜ 37 500!⎟ ⇔ AT = ⎜⎜ ⎟⎟ correspondentes na i-ésima linha da matriz A e na j-ésima coluna da
⎜1 − i π ⎟⎠ ⎝ 0 500! π ⎠ matriz B, e depois somando esses n produtos.

⎛2 0⎞
Igualdade entre matrizes: Duas matrizes são iguais quando têm o ⎜ ⎟ ⎛ 7 −3 ⎞
Exemplo: Se A = ⎜ 3 −2 ⎟ e B = ⎜ ⎟ , então:
mesmo número de linhas, o mesmo número de colunas, e seus termos
⎜ −1 4 ⎟ ⎝2 1 ⎠
correspondentes são iguais. Assim: ⎝ ⎠
⎧m = n ⎛2 0⎞ ⎛ 2⋅7 + 0⋅2 2 ⋅ ( −3) + 0 ⋅ 1 ⎞ ⎛ 14 −6 ⎞
⎪ ⎜ ⎟ ⎛ 7 −3 ⎞ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟
Am x n = Bp x q ⇔ ⎨p = q A ⋅ B = ⎜ 3 −2 ⎟ ⋅ ⎜ ⎟ = ⎜ 3 ⋅ 7 + (−2) ⋅ 2 3 ⋅ (−3) + (−2) ⋅ 1⎟ = ⎜17 −11⎟
⎪a = b , ∀i, j ⎜ −1 4 ⎟ ⎝ 2 1 ⎠ ⎜ (−1) ⋅ 7 + 4 ⋅ 2 ( −1) ⋅ (−3) + 4 ⋅ 1⎟ ⎜ 1 7 ⎟⎠
⎩ ij ij ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝
Por outro lado, o produto B ⋅ A não está definido, uma vez que o
Exemplo: As matrizes P e Q abaixo, ambas quadradas de ordem 3,
número de colunas de B não é igual ao número de linhas de A.
são iguais para todo valor real de x.
Matriz Nula: A matriz nula de tamanho m x n é a matriz que tem zeros
⎛ 1 ⎞ em todas as suas entradas.
⎜1 − sen 2 x + cos 2 x ⎟ ⎛ 20
2
−1
log 9 3 1 ⎞
⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎛0 0 0⎞
P = ⎜ 3! |1 − 2 | 1 ⎟ e Q=⎜ 6 2 −1 tg 45° ⎟ Exemplo: A matriz nula 2 x 3 é ⎜ ⎟.
⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎝0 0 0⎠
⎜ 23 − 1 − 5 | 5 x
| ⎟ ⎜ 8 2 5x ⎟
⎜ 2 ⎟ ⎝ ⎠ Matriz Identidade: A matriz identidade de ordem n é a matriz
⎝ ⎠ quadrada n x n que tem o número um em sua diagonal principal e zero
Adição de matrizes: Dadas duas matrizes A e B, de mesmo tamanho em todas as outras entradas.
m x n, definimos a soma A + B como sendo outra matriz, também de
⎛1 0 0⎞
tamanho m x n, cujos termos são a soma dos termos correspondentes ⎜ ⎟
das matrizes A e B. Assim: Exemplo: A matriz identidade de ordem 3 é ⎜ 0 1 0 ⎟ .
⎜0 0 1⎟
⎛ a11 a12 a1n ⎞ ⎛ b11 b12 b1n ⎞ ⎝ ⎠
⎜ ⎟ ⎜ ⎟ Matriz Inversa: Dizemos que uma matriz quadrada A, de ordem n,
a a22 a2 n ⎟ ⎜ b21 b22 b2 n ⎟
A + B = ⎜ 21 + = admite inversa, ou é inversível, quando existe uma outra matriz B,
⎜ ⎟ ⎜ ⎟
⎜⎜ ⎟ ⎜ ⎟ também quadrada de ordem n, tal que A ⋅ B = B ⋅ A = I n , onde In
⎝ am1 am 2 amn ⎟⎠ ⎜⎝ bm1 bm 2 bmn ⎟⎠
denota a matriz identidade de ordem n. Quando tal matriz B existe, ela
⎛ a11 + b11 a12 + b12 a1n + b1n ⎞ é dita matriz inversa de A e denotada por B = A–1.
⎜ ⎟
a +b a22 + b22 a2 n + b2 n ⎟ ⎛ ⎞ ⎛ 1 ⎞
= ⎜ 21 21 ⎜
1

3
0⎟ ⎜
3
0⎟
⎜ ⎟
⎜⎜ ⎟ ⎜ 2 2 ⎟ ⎜ 2 2 ⎟
⎝ am1 + bm1 am 2 + bm 2 amn + bmn ⎟⎠ ⎜ 3 1 ⎟ ⎜ 3 1 ⎟
Exemplo: As matrizes A = ⎜ 0⎟ e B = ⎜ − 0⎟
⎜ 2 2 ⎟ ⎜ 2 2 ⎟
⎛1 π ⎞ ⎛ 7 5−π ⎞
Exemplo: Sejam A=⎜ ⎟⎟ , B = ⎜⎜ ⎟ .Então, ⎜ 0 0 3⎟ ⎜ 1⎟
⎜ −2 20 ⎟⎠ ⎜ ⎟ ⎜ 0 0 ⎟
⎝ 5⎠ ⎝ −4 ⎜ ⎟ ⎜ 3⎟
⎝ ⎠ ⎝ ⎠
⎛8 5 ⎞
A+ B =⎜ ⎛1 0 0⎞
⎜ −6 3 5 ⎟⎟ ⎜ ⎟
⎝ ⎠ são inversas uma da outra, pois A ⋅ B = B ⋅ A = ⎜ 0 1 0 ⎟ = I 3 .
Multiplicação de uma matriz por um número: Dados um número λ e ⎜0 0 1⎟
⎝ ⎠
uma matriz A, de tamanho m x n, definimos o produto λ.A como sendo
outra matriz, também de tamanho m x n, onde cada termo é o produto
do número λ pelo elemento correspondente da matriz A. Assim:

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DETERMINANTES SISTEMAS LINEARES

Menor complementar: chamamos de menor complementar relativo a Sistemas lineares: são sistemas de equações onde o maior expoente
um elemento aij de uma matriz M, quadrada e de ordem n>1, o é 1:
determinante Dij , de ordem n - 1, associado à matriz obtida de M ⎧a11 x1 + a12 x2 + ... + a1n xn = b1
quando suprimimos a linha e a coluna que passam por aij. ⎪a x + a x + ... + a x = b
⎪ 21 1 22 2 2n n 2
Cofator ou complemento algébrico: número relacionado com cada ⎨
elemento aij de uma matriz quadrada de ordem n dado por Aij = (-1)i+j ⎪
.Dij. ⎪⎩am1 x1 + am 2 x2 + ... + amn xn = bm
Teorema de Laplace: O determinante de uma matriz M, de ordem A solução de um sistema linear é uma n-upla (r1, r2, ..., rn) que satisfaz
n≥2, é a soma dos produtos de uma fila qualquer (linha ou coluna) as m equações acima.
pelos respectivos cofatores.
Forma matricial
Cálculo do determinante para ordens 1 e 2
A = (a ) ⇒ det A = a = a ⎛ a11 a12 ... a1n ⎞⎛ x1 ⎞ ⎛ b1 ⎞
⎜ ⎟⎜ ⎟ ⎜ ⎟
⎛a b⎞ ⎜ a21 a22 ... a2 n ⎟⎜ x2 ⎟ ⎜ b2 ⎟
⎟⎜ ⎟ = ⎜ ⎟
a b
A = ⎜⎜ ⎟⎟ ⇒ det A = = ad − bc ⎜
⎝c d⎠ c d
⎜ ⎟⎜ ⎟ ⎜ ⎟
⎜a ... amn ⎟⎠⎜⎝ xn ⎟⎠ ⎜⎝ bn ⎟⎠
⎝ m1 am 2
Cálculo do determinante para ordem 3 (Regra de Sarrus)
I - Repetem-se as duas primeiras colunas (ou linhas); Sistema Homogêneo: o sistema é chamado homogêneo quando
II - Multiplicam-se os elementos com direções iguais à da diagonal b1=b2=...=bn=0.
principal, atribuindo a estes produtos sinais positivos;
Classificação de sistemas lineares
III - Multiplicam-se os elementos com direções iguais à da diagonal
a) possível e determinado: só possui 1 solução;
secundária, atribuindo a estes produtos sinais negativos;
b) possível e indeterminado: possui infinitas soluções;
IV - A soma algébrica de todos os produtos obtidos corresponde ao
c) impossível: não possui soluções.
determinante procurado.
Obs: se m≠n, o sistema jamais será possível e determinado.
⎡a b c ⎤ a b c a b
⎢ ⎥ Sistema de Cramer (ou Normal)
A= ⎢d e f ⎥ ; d e f d e ⇒ É todo aquele em que a matriz incompleta dos coeficientes A’ é
⎢⎣g h i ⎥⎦ g h i g h quadrada (m = n) e também det A’ ≠ 0 (D ≠ 0)
− − − + + + Regra de Cramer:
⇒ det A = aei + bfg + cdh - bdi - afh - ceg Todo sistema normal é possível admitindo uma e só uma solução,
D
dada por: α i = i , onde Di é o determinante da matriz obtida pela
Propriedades D
1) somente as matrizes quadradas possuem determinantes. substituição da i-ésima coluna pela coluna dos termos constantes.
2) det(A) = det(At).
Sistemas equivalentes: sistemas que possuem o mesmo conjunto-
3) o determinante que tem todos os elementos de uma fila iguais a solução.
zero, é nulo. Propriedades:
4) se trocarmos de posição duas filas paralelas de um determinante, 1) trocando de posição as equações de um sistema, obtemos outro
ele muda de sinal. sistema equivalente;
2) multiplicando uma ou mais equações de um sistema por um número
5) o determinante que tem duas filas paralelas iguais ou proporcionais real K≠0 obtemos um sistema equivalente ao anterior.
é nulo.
Escalonamento: método para resolver sistemas lineares de qualquer
6) det(A-1) = 1/det A. ordem. Para escalonar um sistema adotamos o seguinte
procedimento:
7) det(A.B) = det A.det B
a) Fixamos como 1º equação uma das que possuem o coeficiente da
8) se A é matriz quadrada de ordem n e k é real então 1º incógnita diferente de zero.
det(k.A) = kn. det A b) Utilizando as propriedades de sistemas equivalentes, anulamos
todos os coeficientes da 1ª incógnita das demais equações.
Existência da matriz inversa: Uma matriz A possui inversa se e c) Repetimos o processo com as demais incógnitas, até que o sistema
somente se tem determinante não-nulo. se torne escalonado.
Exemplo de sistema escalonado possível e determinado:
⎧a11x1 + a12 x 2 +...+ a1n x n = b1
⎪ a 22 x 2 +...+ a 2n x n = b 2


⎪ ................................
⎪⎩ a mn x n = b n
em que aii ≠ 0 , ∀i , 1 ≤ i ≤ n

Observa-se que a matriz incompleta A’ é tal que:


⎡ a11 a12 ... a1n ⎤
⎢ 0 a 22 ... a 2n ⎥
det A’ = det
⎢ ⎥ = a . a ..... a ≠ 0
⎢ .........................⎥ 11 22 nn

⎢ ⎥
⎣ 0 0 ... a mn ⎦
Logo o sistema é normal e pela regra de Cramer, (S) é possível e
determinado.

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Grandezas diretamente proporcionais: duas grandezas são


APOSTILA DE REVISÃO diretamente proporcionais quando, aumentando-se ou diminuindo-se
uma delas, a outra aumenta ou diminui na mesma proporção.

MATEMÁTICA – FRENTE 2 X
Y
=K

Grandezas inversamente proporcionais: duas grandezas são


MATEMÁTICA BÁSICA
inversamente proporcionais quando, aumentando uma delas, a outra
diminui na mesma proporção, ou, diminuindo uma delas, a outra
1- Potenciação
aumenta na mesma proporção.
Definição: seja n um número inteiro diferente de zero. Assim, dado X.Y = K
um número real a, temos a n = a × a × ... × a . Regra de três simples direta: uma regra de três simples direta é uma
n vezes forma de relacionar grandezas diretamente proporcionais.
Propriedades X W X W Y.W
=K = ⇒ = ⇒X=
1) se a ≠ 0 ⇒ a 0 = 1 5) a n .a m = a n + m Y Z Y Z Z
1 an
2) a −n = 6) = an − m Regra de três simples inversa: uma regra de três simples inversa é uma
an am forma de relacionar grandezas inversamente proporcionais.
3) (a.b)n = a n .b n A C
7) (a n )m = a n.m A.B = K = C.D A.B = C.D ⇒ =
n D B
⎛a⎞ an
4) ⎜ ⎟ = n Regra de três composta: regra de três composta é um processo que
⎝b⎠ b relaciona grandezas diretamente proporcionais, inversamente
proporcionais ou uma mistura dessas situações
2- Radiciação
Grandeza Grandeza Grandeza
Definição: radiciação é a operação inversa da potenciação. Assim, se Situação ...........
1 2 n
n é um inteiro tal que n > 1, temos: b n = a ⇒ b = n a 1 A1 B1 ........... X1
2 A2 B2 ........... X2
Propriedades
1 Aqui, temos dois casos:
1) a n = n a 1) se todas as grandezas são diretamente proporcionais à grandeza n,
n.p
basta resolvermos a proporção:
n
2) a m.p = a m X1 A1.B1.C1.D1.....
=
3) n
a.b = n a .n b X2 A 2.B2.C2.D2.....
2) se algumas das grandezas são inversamente proporcionais à grandeza
4) mn
a = m⋅n a n, basta invertermos a posição dessa grandeza. Suponha, por exemplo,
que a grandeza 2 é inversamente proporcional à grandeza n:
Racionalização de denominadores: a racionalização de X1 A1.B2.C1.D1.....
denominadores consiste em transformar um denominador irracional, =
X2 A 2.B1.C2.D2.....
indicado por um radical, em um denominador racional, sem alterar sua
fração. 6- Matemática financeira
n n−p n n−p Aqui, j simboliza juros, i simboliza a taxa de juros, t é o tempo, C é o
1 1 a a
1) = . = capital aplicado e M é o montante final (capital + juros).
n p
a
n p
a
n n−p
a a
Juros Simples: somente o capital inicial aplicado rende juros.
1 1 a+ b a+ b a+ b j = C.i.t
2) = ⋅ = =
a- b a- b a+ b ( a) - ( b)
2 2 a−b
M = C + c.i.t = C + j
1 1 a- b a- b a- b Juros Compostos: após cada período, os juros são incorporados ao
3) = ⋅ = =
a+ b a+ b a- b ( a) - ( b)
2 2 a−b capital, proporcionando juros sobre juros.
M = C.(1 + i) t
3- Produtos Notáveis
j = M−C
a 2 − b 2 = (a + b)(a − b)
BINÔMIO DE NEWTON
(a + b) 2 = a 2 + 2.a.b + b 2
Fatorial: Define-se o fatorial de um número natural n de maneira
(a − b) 2 = a 2 − 2.a.b + b 2
recursiva:
(a + b) 3 = a 3 + 3.a 2 .b + 3.a.b 2 + b 3 ⎧0! = 1
3 3 2 2 3 ⎨
(a − b) = a − 3.a .b + 3.a.b − b ⎩n ! = n ⋅ (n − 1)!, n ≥ 1
a 3 − b 3 = (a − b)(a 2 + ab + b 2 ) Assim, n! = n ⋅ (n − 1) ⋅ ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 .
3 3 2 2
a + b = (a + b)(a − ab + b ) Exemplo: 5! = 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1 = 120 .
4- Aritmética Número binomial: Dados dois números naturais n e k, definimos o
Teorema fundamental da aritmética: todo número inteiro pode ser ⎧ n!
⎛n⎞ ⎪ , se n ≥ k
decomposto como produto de seus fatores primos. número binomial ⎜ ⎟ = ⎨ k !(n − k )!
Máximo divisor comum: maior número inteiro que divide ⎝k⎠ ⎪0, se n < k

simultaneamente uma série de números dados.
Mínimo múltiplo comum: menor número que é múltiplo ⎛ 3⎞ ⎛ 4⎞ 4!
simultaneamente de uma série de números dados. Exemplo: ⎜ ⎟ = 0 e ⎜ ⎟ = =6
⎝ 5⎠ ⎝ 2⎠ 2!(4 − 2)!
Propriedade: a.b = mdc(a; b).mmc (a; b)
⎛n⎞ ⎛n ⎞
5- Regra de Três Propriedade: ⎜ ⎟ = ⎜ ⎟ ≠ 0 ⇒ k = p ou k + p = n
⎝k⎠ ⎝ p⎠

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Triângulo de Pascal: Colocando-se os números binomiais não-nulos Combinações: Faz distinção apenas em relação à natureza dos
de maneira organizada, segundo a qual os binomiais de mesmo termo elementos, mas não leva em conta a ordem em que os mesmos são
superior estão na mesma linha, e os binomiais de mesmo termo dispostos no problema.
inferior estão na mesma coluna, formamos o triângulo de Pascal. ⎛n⎞ n!
1 Cn , k = ⎜ ⎟ =
⎝ ⎠
k k !( n − k )!
1 1
1 2 1 Exemplo: O número de maneiras de escolher 2 alunos dentre os 40
1 3 3 1 ⎛ 40 ⎞
presentes em uma sala de aula é dado por ⎜ ⎟ = 780
1 4 6 4 1 ⎝2 ⎠

PROBABILIDADE
Relação de Stifel: Se somarmos dois termos consecutivos numa
mesma linha do triângulo de Pascal, o resultado dessa adição é o Definição: A probabilidade de um evento E ocorrer é a razão entre o
número binomial imediatamente abaixo da segunda parcela, ou seja, número de casos favoráveis e o número de casos possíveis.
N
⎛n ⎞ ⎛ n ⎞ ⎛ n +1 ⎞ p( E ) = F
⎜ ⎟+⎜ ⎟=⎜ ⎟ NP
⎝ p ⎠ ⎝ p + 1⎠ ⎝ p + 1 ⎠
Como 0 ≤ N F ≤ N P , temos que 0 ≤ p( E ) ≤ 1 .
Esta relação nos dá um método extremamente rápido e eficiente para
construir o triângulo de Pascal até a linha desejada. Exemplo: Ao lançarmos um dado com seis faces, vamos denotar os
seguintes eventos:
Propriedade: A soma dos elementos da n-ésima linha do triângulo é A – sair o número 2;
igual a 2n, ou seja, vale a identidade: B – sair um número ímpar;
n
⎛n⎞ ⎛n⎞ ⎛n⎞ ⎛ n⎞ C – sair o número 7;
∑ ⎜ ⎟=⎜ ⎟+⎜ ⎟+ +⎜ ⎟ = 2
n
D – sair um número menor que 10.
k =0 ⎝ k ⎠ ⎝ 0 ⎠ ⎝1 ⎠ ⎝ n⎠
1 1
Então: p ( A) = , p ( B ) = , p(C ) = 0 e p ( D ) = 1
Binômios de Newton: são todas as potências da forma ( a + b) n , com 6 2
n natural.
Evento União: A probabilidade do evento união de dois eventos, A e
⎛n⎞
n
B, é dada por p( A ∪ B) = p ( A) + p ( B) − p ( A ∩ B) .
(a + b) = ∑ ⎜ ⎟ a n − k b k
n

k =0 ⎝ k ⎠

⎛3⎞ ⎛3⎞ ⎛3⎞ ⎛3⎞


A B
Exemplo: ( a + b)3 = ⎜ ⎟ a 3b 0 + ⎜ ⎟ a 2b1 + ⎜ ⎟ a1b 2 + ⎜ ⎟ a 0b3 =
⎝0⎠ ⎝0⎠ ⎝ 0⎠ ⎝ 0⎠
a 3 + 3a 2b + 3ab 2 + b3

⎛n⎞
Termo geral do binômio: Tk +1 = ⎜ ⎟ a n − k b k
⎝k ⎠ S
Exemplo: Se queremos o terceiro termo do desenvolvimento de Quando p( A ∩ B) = 0 , temos que p( A ∪ B) = p ( A) + p ( B) , e nesse
(a + b) 4 , fazemos k = 2 nessa fórmula para obter caso dizemos que os eventos A e B são disjuntos ou mutuamente
exclusivos.
⎛ 4⎞
T3 = ⎜ ⎟ a 4 − 2b 2 = 6a 2b 2 Exemplo: No lançamento de um dado de seis faces, seja A o evento
⎝ 2⎠
“número primo” e B o evento “número par”. Temos que A = {2,3,5} e
ANÁLISE COMBINATÓRIA B = {2, 4,6} , de modo que A ∩ B = {2} . Assim, a probabilidade do
Permutações: 1 1 1 5
evento união é p ( A ∪ B ) = p ( A) + p ( B ) − p ( A ∩ B ) = + − = .
Pn = n! 2 2 6 6

Exemplo: O número de anagramas da palavra UNICAMP é 7! = 5040. Probabilidade do Evento Complementar: Se um evento E tem
probabilidade p ( E ) de ocorrer, então seu evento complementar,
Permutações circulares:
Pn = (n − 1)! denotado por E C , ocorre com probabilidade p ( E C ) = 1 − p ( E ) .
Exemplo: Refazendo o exemplo anterior de outro modo, considere o
Exemplo: O número de maneiras distintas de dispor sete pessoas
evento E em que o número que sai no dado não é nem primo nem par.
numa mesa circular é (7 – 1)! = 720
Temos que E = {1} , e A ∪ B = E C , logo:
Permutações com elementos repetidos:
1 5
n! p( A ∪ B) = p( E C ) = 1 − p( E ) = 1 − =
Pn a ,b , = 6 6
a !b!
Probabilidade Condicional: É a probabilidade de ocorrer um certo
Exemplo: O número de anagramas da palavra MACACA é:
evento A, sabendo já ter ocorrido um outro evento B, ou seja, é a
6! probabilidade de ocorrer o evento A, dado que ocorreu B.
P63,2 = = 60
3!2!
Arranjos: Faz distinção tanto em relação à ordem quanto em relação
à natureza dos elementos do conjunto.
n!
An , k =
(n − k )!
Exemplo: A quantidade de números de três algarismos que podemos
5!
formar com os elementos do conjunto {1, 3, 5, 7, 9} é = 60
(5 − 3)!

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Essa probabilidade é denotada por p( A | B ) , e vale: GEOMETRIA ANALÍTICA


p( A ∩ B)
p( A | B) = Distância de dois pontos
p( B) y
Exemplo: Ao lançarmos um dado de seis faces, a probabilidade de B
yB d= ( xB − x A )
2
+ ( yB − y A )
2

obtermos o número 2 (evento A), sabendo que saiu um número par d yB − y A


(evento B) é: A
( x) + ( y )
2 2
yA ou d=
1
xB − x A
p( A ∩ B) 6 1
p( A | B) = = = . x
p( B) 1 3
xA xB
2
Olhando esse resultado sob outro aspecto, isso quer dizer que se já Ponto médio
sabemos que saiu um número par, nosso espaço amostral não mais é y
o conjunto {1, 2, 3, 4, 5, 6}, mas sim o conjunto B = {2, 4, 6}, ou seja, o
espaço amostral foi reduzido, e a probabilidade condicional nos indica yB
B
a chance de obter a face com o número 2 não mais no espaço todo, yM M
mas no novo espaço amostral B. ⎛ x + xA y B + y A ⎞
yA A M = ( xM , y M ) = ⎜ B , ⎟
⎝ 2 2 ⎠
Exemplo: Tenho três moedas honestas e uma moeda com duas
caras. Sorteio, ao acaso, uma dessas quatro moedas e verifico que o
x
resultado é cara. Qual a probabilidade de eu ter sorteado uma das
xA xM xB
moedas honestas?
Chamemos de A o evento sortear uma moeda honesta, e B o evento
obter cara no lançamento de uma das moedas. Então: Equações da reta
3 1 y
⋅ ax + by + c = 0 (eq. geral)
p( A ∩ B) 4 2 3 B
p( A | B) = = = yB y − y A = m. ( x − x A )
p( B) 3 1 1
⋅ + ⋅1 5
4 2 4 A y = m.x + q (eq. reduzida)
yA
Independência de Eventos: Quando o evento A independe da ⎧⎪ x = x A + αt (eq. paramétrica)
q ⎨
ocorrência do evento B, dizemos que A e B são eventos ⎪⎩ y = y A + βt
independentes. Nesse caso, temos p ( A | B) = p ( A) , e portanto θ x yB − y A β
xA xB m = tg ( θ ) = =
p ( A ∩ B ) = p ( A) ⋅ p ( B) . xB − x A α
Ensaios de Bernoulli: Se um evento E tem probabilidade p de
acontecer num determinado experimento, então ao realizarmos n m: coeficiente angular q: coeficiente linear
experimentos idênticos, todos nas mesmas condições, a probabilidade
de que o evento E ocorra exatamente k vezes é dada por: Distância de Ponto a Reta
⎛n⎞ k n−k P ( x0 , y0 )
⎜ ⎟ ⋅ p ⋅ (1 − p )
⎝k ⎠ r ( ax + by + c = 0 )
Exemplo: Ao lançar um dado de seis faces três vezes seguidas, a
probabilidade de que o número 6 saia exatamente uma vez é dada por
.
⎛ 3⎞ ⎛ 1 ⎞
1
⎛5⎞
2
25 ax0 + by0 + c
⎜ ⎟⋅⎜ ⎟ ⋅⎜ ⎟ = d P ,r =
⎝1 ⎠ ⎝ 6 ⎠ ⎝6⎠ 72 a 2 + b2
Exemplo: Ao lançarmos um dado de seis faces três vezes seguidas, a
probabilidade de que o número 6 saia pelo menos uma vez pode ser
Posição relativa entre retas:
calculada de duas maneiras. A primeira é pensar que o número 6 sai
pelo menos uma vez quando ele sai exatamente em uma das três
vezes, ou quando ele sai exatamente em duas das três vezes, ou - Retas paralelas:
quando ele sai nos três lançamentos. Assim teríamos: r s
1 2 2 1 3 0 r // s ⇔ mr = ms (r ) ∩ (s ) = ∅
⎛ 3⎞ ⎛ 1 ⎞ ⎛ 5 ⎞ ⎛ 3 ⎞ ⎛ 1 ⎞ ⎛ 5 ⎞ ⎛ 3⎞ ⎛ 1 ⎞ ⎛ 5 ⎞ 91
⎜ ⎟⋅⎜ ⎟ ⋅⎜ ⎟ + ⎜ ⎟⋅⎜ ⎟ ⋅⎜ ⎟ + ⎜ ⎟ ⋅⎜ ⎟ ⋅⎜ ⎟ = ⎧⎪mr = ms
1 6 6 2 6 6
⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ 3 6 6 216 r =s⇔⎨
⎪⎩qr = qs (r ) ∩ (s ) = r = s
A segunda maneira é pensar no evento complementar. O evento
complementar de “sair o número 6 pelo menos uma vez” é o evento
“não sair o número 6 nenhuma vez”. A probabilidade deste último é
0 3 - Retas concorrentes (não perpendiculares)
⎛ 3 ⎞ ⎛ 1 ⎞ ⎛ 5 ⎞ 125
dada por ⎜ ⎟ ⋅ ⎜ ⎟ ⋅ ⎜ ⎟ = . Logo, a probabilidade do evento s
0
⎝ ⎠ ⎝6⎠ ⎝6⎠ 216 ( r ) ∩ ( s ) = {P}
complementar vale 1 −
125
=
91 θ r
mr − ms
tg (θ ) =
216 216 1 + mr .ms

- Retas (concorrentes) perpendiculares


s
r
. ( r ) ∩ ( s ) = {P}
r ⊥ s ⇔ mr .ms = −1

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Área do triângulo Equações reduzidas – centro em (x0, y0)


y xA y A 1 ( x − x0 )
2
( y − y0 )
2

- A1A2 // Ox: + =1
A 1 a2 b2
yA S ABC = xB y B 1
( y − y0 ) ( x − x0 )
2 2
2
xC yC 1 - A1A2 // Oy: 2
+ 2
=1
yC C a b
HIPÉRBOLE: Dados dois pontos F1 e F2 distantes 2c. Uma hipérbole
yB de focos em F1 e F2 é o conjunto dos pontos P(x,y) cujo módulo da
B
x diferença das distâncias a F1 e F2 é constante e igual a 2a, com
xA xB xC 2a<2c.
y c 2 = a2 + b2
Condição de alinhamento de três pontos B1 ( b,0 ) c
e = >1
xA yA 1 a
A, B e C estão alinhados se, e somente se xB yB 1 = 0 A1 ( −a,0 ) O A 2 ( a,0 ) x
xC yC 1 F1 ( −c,0 ) F2 ( c,0 )

c
Área de polígonos (triangularização de polígonos) B2 ( −b,0 )
Dado um polígono P qualquer, uma triangularização de P é uma
divisão de P em n triângulos T1, T2, ..., Tn , desde que:
- a união de todos os triângulos é igual ao polígono; e O: centro F1, F2: focos A1, A2: vértices e: excentricidade
- a intersecção deles, dois a dois, seja vazia, uma reta ou um ponto. A1A2: eixo real (2a) B1B2: eixo imaginário ou conjugado (2b)
F1F2: distância focal (2c)
SP = ST 1 + ST 2 + ST 3 + ... + STn
Exemplo: Equações reduzidas – centro em (x0, y0)
( x − x0 ) ( y − y0 )
2 2
A7
- A1A2 // Ox: − =1
a2 b2
( y − y0 ) ( x − x0 )
2 2
A8
T4 - A1A2 // Oy: − =1
2 2
A1 T5 a b
T2
T3
T1 PARÁBOLA: Dados um ponto F e uma reta d (F∉d). Uma parábola é
A5 o conjunto dos pontos P(x,y) eqüidistantes de F e d.
A2 A6
A3 T6 d y
SP = ST 1 + ST 2 + ST 3 + ST 4 + ST 5 + ST 6 V ' V = VF = p
2
A4 e⊥d

V' V F ( p 2,0 ) x
Equação Da Circunferência
y (−p 2,0 ) e

r
( x − xC ) + ( y − yC )
2 2
yC = r2
F: foco V: vértice V’F: p – parâmetro e: eixo de simetria
Equações reduzidas – centro em (x0, y0)
x
- e // Ox: ( y − y 0 ) = 2p ( x − x 0 )
2

xC
- e // Oy: ( x − x 0 ) = 2p ( y − y 0 )
2

Obs: uma equação na forma Ax 2 + Bxy + Cy 2 + Dx + Ey + F = 0


⎛ D E ⎞ RECONHECIMENTO DE UMA CÔNICA
representa uma circunferência de centro ⎜ − 2A , − 2A ⎟ e raio Dada uma equação do 2o grau redutível à forma
⎝ ⎠
(x - x 0 )2 + (y - y 0 )2 =1
D2 + E2 − 4AF k1 k2
r= , desde que A = C ≠ 0, B = 0 e D2 + E2 − 4AF > 0
2A
k1 = k 2 Circunferência
CÔNICAS
k1>0, k2>0 e k1>k2 Elipse de eixo maior horizontal
ELIPSE: Dados dois pontos F1 e F2 distantes 2c. Uma elipse de focos
em F1 e F2 é o conjunto dos pontos P(x,y) cuja soma das distâncias a k1>0, k2>0 e k1<k2 Elipse de eixo maior vertical
F1 e F2 é constante e igual a 2a, com 2a > 2c.
y k1>0 e k2<0 Hipérbole de eixo real horizontal
a2 = b2 + c 2
B1 ( b,0 )
k1<0 e k2>0 Hipérbole de eixo real vertical
c
e = <1 Rotação de eixos
a a a
As coordenadas de um ponto P(x,y) após a rotação de eixos de
x um ângulo θ são dadas por (x`,y`) tais que
A1 ( −a,0 ) F1 ( −c,0 ) O F2 ( c,0 ) A 2 ( a,0 ) x = x`.cosθ - y`.senθ y = x`.senθ + y`.cosθ
Interpretação de uma equação do 2o grau
Dada a eq. geral do 2o grau:
B2 ( −b,0 ) Ax2 + 2Bxy + Cy2 + 2Dx + 2Ey + F = 0
é sempre possível eliminar o seu termo retângulo (2Bxy) através
O: centro F1, F2: focos A1, A2, B1, B2: vértices A1A2: eixo maior (2a) de um rotação de eixos de um ângulo θ tal que
B1B2: eixo menor (2b) F1F2: distância focal (2c) e: excentricidade
A=CÆθ=π/4 A ≠ C Æ tg 2θ = 2B/(A – C)

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NÚMEROS COMPLEXOS z6 = −1 = 1.[cos( π) + i.sen( π)]

Definição: são todos os números na forma z = a + b.i, com a,b ∈ IR e ⎡ ⎛ π + 2kπ ⎞⎟ ⎛ π + 2kπ ⎞⎟⎤
z = 6 1. ⎢cos ⎜⎜ ⎟ + i.sen⎜⎜ ⎟⎥
i é a unidade imaginária, com i2 = -1. Também são representados na ⎢ ⎜⎝ 6 ⎠⎟ ⎝⎜ 6 ⎠⎟⎥⎦

forma z = (a, b), como um par ordenado de números reais. ⎛ π kπ ⎞ ⎛ π kπ ⎞
Obs: se b = 0, o número z é um número real; se a = 0 e b ≠ 0, o z = cos ⎜⎜ + ⎟⎟ + i.sen⎜⎜ + ⎟⎟
número z é chamado imaginário puro.
⎜⎝ 6 3 ⎠⎟ ⎝⎜ 6 3 ⎠⎟
Com k = 0, 1, 2, 3, 4, 5
Conjugado: z = a − b.i Im(z)
1
Módulo: | z | = a + b 2 2 Im(z)
Forma trigonométrica:
z = z .(cos α + i.sen α )
b P (z = a + bi) π π
Obs: o ângulo α é chamado |z| 3 3
π
argumento do número 6 Re(z)
complexo, e é medido a θ π π
3 3
partir do eixo real no sentido 0 a Re(z)
anti-horário. π π
3 3

Forma exponencial: z = z .e iα

-1
Operações com números complexos
Sejam z1 = a + b.i e z2 = c + d.i:
z1 z 2 = (ac − bd) + (ad + bc )i POLINÔMIOS E EQUAÇÕES ALGÉBRICAS
z1 + z 2 = (a + c ) + (b + d).i
z1 z .z
z1 − z 2 = (a − c ) + (b − d).i = 1 2 Definição de polinômio: seja n um número natural. Um polinômio de
z2 z 2 .z 2 grau n é toda expressão do tipo
dica: use a propriedade distributiva na multiplicação P( x) = a0 + a1 x + a2 x 2 + ... + an x n ,
Multiplicação e divisão na forma trigonométrica onde os valores a0, a1, ..., an são constantes.
Exemplos:
z1 = z1 (cos α + i.senα )
P1( x ) = x − 2
z 2 = z 2 (cos β + i.senβ)
P2 ( x ) = 2 x 2 − 3 x + 1
z 1 .z 2 = z 1 . z 2 .[cos( α + β) + i.sen(α + β)]
P3 ( x ) = 2 x 3 − 12 x 2 + 24 x − 16
z1 z1
= .[cos( α − β) + i.sen( α − β)] P4 ( x ) = x 2 − 2 x + 2
z2 z2
P5 ( x ) = x 2 − 2ix − 1
Potenciação e radiciação: se z = |z|.(cos θ+ i. sen θ) e n é um
número inteiro então: Polinômios idênticos: dois polinômios são idênticos quando seus
termos correspondentes são iguais.
n n ⎡ ⎛ θ + 2kπ ⎞ ⎛ θ + 2kπ ⎞⎤
z n = z [cos(nθ) + i.sen(nθ)] z =n z .⎢cos⎜ ⎟ + i.sen⎜ ⎟⎥ ⎧a = 1
⎣ ⎝ n ⎠ ⎝ n ⎠⎦ ⎪
Exemplo: ax 3 + bx 2 + cx + d = x 3 − x 2 ⇔ ⎨b = −1
Obs: encontrar a raiz n-ésima de um número complexo z é resolver a ⎪c = d = 0
equação rn = z. Essa equação é de grau n, logo, possui n raízes. ⎩
Assim, fazendo k = 0, 1, 2, ..., n - 1 na equação acima, encontramos,
para cada k, uma raiz diferente, formando um polígono regular de n Polinômio identicamente nulo: um polinômio é identicamente nulo
lados no plano de Gauss. quando P(x) = 0, independente do valor de x. Nesse caso, todos os
Exemplos: coeficientes de P são nulos.
z3 = −27 = 27. ⎡⎣cos (π) + i.sen(π)⎤⎦ Exemplo: P( x ) = 0 x n + 0 x n −1 + ... + 0 = 0
⎡ ⎛ π + 2kπ ⎞⎟ ⎛ π + 2kπ ⎞⎟⎤ ⎡ ⎛ π + 2kπ ⎞⎟ ⎛ π + 2kπ ⎞⎟⎤
z = 3 27 ⎢cos ⎜⎜ ⎟ + i.sen⎜⎜ ⎟⎥ = 3 ⎢cos ⎜⎜ ⎟ + i.sen⎜⎜ ⎟⎥ Equação polinomial ou algébrica: uma equação algébrica é um
⎢ ⎜⎝ 3 ⎠⎟ ⎜⎝ 3 ⎠⎟⎥ ⎢ ⎜⎝ 3 ⎠⎟ ⎝⎜ 3 ⎠⎟⎥⎦
⎣ ⎦ ⎣ polinômio igualado a zero, ou seja:
Com k = 0, 1, 2 a0 + a1 x + a2 x 2 + ... + an x n = 0 .
Im(z)
Assim, resolver uma equação algébrica é o mesmo que encontrar as
raízes de um polinômio.

Teorema fundamental da álgebra: se P(x) é um polinômio de grau n


então ele possui n raízes (reais ou complexas), e pode ser fatorado
em:
2π π
3 3 Re(z)
P( x) = an ( x − r1 )( x − r2 )...(x − rn )
-3

onde r1, ..., rn são as n raízes desse polinômio.
2π 3 Exemplos:
3
P2 ( x ) = 2 x 2 − 3 x + 1 = 2( x − 1)( x − 1 )
2
P3 ( x ) = 2 x 3 − 12 x 2 + 24 x − 16 = 2( x − 2 )3

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Teorema das raízes complexas: se P(x) é um polinômio com Teorema das raízes racionais: seja P(x) um polinômio de grau n com
coeficientes reais e o número complexo a + bi é raiz de P(x) então seu coeficientes inteiros. Se P admite uma raiz racional p/q, com p e q
conjugado, a – bi, também é raiz. primos entre si, então p é divisor de a0 e q é divisor de an.
Exemplo: Relembrando o teorema fundamental da álgebra temos: Exemplos: As raízes de P2 ( x ) = 2 x 2 − 3 x + 1 são 1/2 e 1, pertencem a
P4 ( x ) = x 2 − 2 x + 2 = ( x − (1 + i ) ) ( x − (1 − i ) )
{−1, −1 2,1 2,1} . Já em P4 ( x ) = x 2 − 2 x + 2 , nenhum dos valores
Note que o polinômio P5 ( x ) = x 2 − 2ix − 1 admite x = i como raiz, mas possíveis (-2, -1, 1 e 2) zeram o polinômio, pois suas raízes (1 + i,1 − i)
não admite seu conjugado, ( P5 ( −i ) = −4 ). O Teorema das raízes não são racionais.
complexas só é válido para polinômios com coeficientes reais.
Relações de Girard
Divisão de polinômios: dividir um polinômio P(x) por um polinômio
D(x) significa encontrar dois polinômios Q(x) (quociente) e R(x) (resto) a) ax 2 + bx + c = 0
que satisfaçam a condição P(x) = Q(x).D(x) + R(x). b c
P( x) D(x) x1 + x 2 = − x1.x 2 =
a a
R(x) Q( x)
Nota: Sendo n, d, r e q o grau dos polinômios P(x), D(x), R(x) e Q(x), b) ax 3 + bx 2 + cx + d = 0
respectivamente. Temos que r = d − 1 e n = d + q . c d
b
x1 + x 2 + x 3 = − x1.x 2 + x1.x 3 + x 2 .x3 = x1.x 2 .x 3 = −
a a a
Dispositivo prático de Briot-Ruffini: receita de bolo para a divisão
de P(x) por (x-a):
a an an−1 a1 a0 c) an x n + an −1xn −1 + ... + a1x + aO = 0

an a.a n + an−1 .... Sendo Sp a soma de todos os possíveis produtos das n raízes p a p.
Passo 1: escrever todos os coeficientes ordenadamente, conforme o a a n a
p a
esquema acima; S1 = − n −1 S2 = n − 2 ... Sp = ( −1) . n − p ... Sn = ( −1) O
Passo 2: copia-se o primeiro coeficiente; an an an an
Passo 3: multiplica-se o primeiro coeficiente pela raiz e soma-se com o
segundo coeficiente;
Passo 4: faz-se a mesma coisa com o número obtido no passo
anterior, até o último coeficiente;
Passo 5: o último número obtido é o resto da divisão, enquanto os
outros são os coeficientes do polinômio Q(x).

Exemplos: Encontre Q(x) e R(x) da divisão de:


a) P3 (x) ( = 2x 3
)
− 12x 2 + 24x − 16 por P1(x) ( = x − 2) .
2 2 -12 24 -16
2 -8 8 0
Q(x) = 2x 2 − 8x + 8 ⎫⎪
⎬ ⇒ 2x − 12x + 24x − 16 = (2x − 8x + 8).(x − 2) + 0
3 2 2

R(x) = 0 ⎪⎭
b) P4 (x) (= x 2
)
− 2x + 2 por (x − 1)

1 1 -2 2
1 -1 1
Q(x) = x − 1⎫
⎬ ⇒ x − 2x + 2 = (x − 1).(x − 1) + 1
2

R(x) = 1 ⎭

Teorema do resto: o resto da divisão de P(x) por (x-a) é igual a P(a).


De fato, P3 (2) = 0 e P4 (1) = 1 .

Generalizando: Na divisão de P(x) por um polinômio D(x) de grau n


podemos obter R(x), de grau n − 1 , utilizando as raízes de D(x) na
equação P( x ) = D( x ).Q( x ) + R( x ) . Assim, para o obter os coeficientes
a0 ,a1 ,..., an-1 do polinômio R( x ) = a0 + a1x + ... + an −1x n −1 basta resolver
⎧R( x1 ) = P( x1 )

⎪R( x2 ) = P( x2 )
o sistema linear: ⎨ onde x1 ,x2 ,...,xn são raízes de D(x)

⎪R( x ) = P( x )
⎩ n n

Exemplo: Da divisão do polinômio P3 ( x ) por ( x 2 − 3 x + 2 ) , de raízes


1 e 2, temos :
P3 ( x ) = ( x 2 − 3 x + 2 ) .Q( x ) + R( x )
x = 1 ⇒ P3 ( 1) = 0.Q( 1) + R( 1) ⎧a + b = −2
⇒⎨ ⇒ R( x ) = 2 x − 4
x = 2 ⇒ P3 ( 2 ) = 0.Q( 2 ) + R( 2 ) ⎩2a + b = 0

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Triângulo
APOSTILA DE REVISÃO Pontos notáveis

MATEMÁTICA – FRENTE 3 - Ortocentro(O): encontro das alturas(h).


A
HC .H B
GEOMETRIA PLANA .
•O
c b
Retas paralelas cortadas por uma transversal
hB hC
t hA
a B .
b C
r HA a
- Incentro(I): encontro das bissetrizes(b) e centro do círculo inscrita no
c
d triângulo
⎧a = d = e = h
r // s ⇒ ⎨ A
⎩b = c = f = g
e
f s bA .
c .
b
g •
h I
bB bC
.
B C
Teorema de Tales a
- Circuncentro(Ci): encontro das mediatrizes(m) e centro do círculo
a b circunscrito ao triângulo
r1 r1 // r2 // r3 A
A1 B1
r2 A1A 2 A2A3 A1A 3
A2 B2 k= = = c m A b.
r3 B1B2 B2B3 B1B3 . mC
A3 B3 mB
• Ci
k: constante de proporcionalidade .
C
B a
Ângulos na circunferência

A
β = AB
φ - Baricentro (Ba): encontro das medianas(M) que se dividem na razão
C AB 2:1. Também conhecido por centro de gravidade do triângulo.
α =γ = A
2
θ α ϕ β AB - CD
θ=
2 b
c
D MC Ba MB
AB + CD •
ϕ=
2 MA
B B C
a
α: ângulo inscrito β: ângulo central Φ: ângulo do segmento
θ: ângulo excêntrico externo φ: ângulo excêntrico interno Semelhança de Triângulos
A1 C2
Potência de pontos
B
G c1 b1 b2 a2
F h1 .
h2
.
A B1 a1 C1 A 2 c2 B2
H D Se A ˆ =C
ˆ = Aˆ , Bˆ = Bˆ e C ˆ ,então os triângulos ABC e A1B1C1 são
1 1 1

E a 2 b 2 c 2 h2 a 2 + b 2 + c 2
semelhantes de razão k = = = = = = ...
AB = AC AD.AE = AF.AG a1 b1 c1 h1 a1 + b1 + c1
C 2 (k: razão entre linha homólogas)
AB = AD.AE HC.HG = HD.HE
Polígonos Teorema fundamental e Base do triângulo médio
A A
Soma dos ângulos internos: Sai = 180º.(n − 2)
Soma dos ângulos externos: Sae = 360º (polígonos convexos) M N
O P
n(n − 3)
Número de diagonais: nd =
2 B C B C

Ângulos internos de um polígono regular: ai = 180º.(n − 2) n ⎧MN // BC


OP // BC ⇒ ΔABC ~ ΔAOP ⎧ AM = MB ⎪
⎨ ⇔ ⎨ BC
Obs: Todo polígono regular é inscritível e circunscritível. ⎩ AN = NC ⎪MN =
⎩ 2

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Relações Métricas no Triângulo Retângulo A B


Escaleno: AD ≠ BC
A. ⎧a2 = b2 + c 2 ˆ = Bˆ e Cˆ = Dˆ
Isósceles: AD = BC , A
⎪ 2
⎪b = a.n ˆ ˆ ˆ ˆ
N Retângulo: A = C = 90º ou B = D = 90º
⎪ 2 M
c b ⎨c = a.m AM = MC
AB // MN // CD
⎪b.c = a.h Base Média: ⇔ AB + CD
h BM = MD MN =
⎪ C D 2
⎪h2 = m.n
m . n ⎩
B a C
Circunferência, círculo e suas partes:
Área do Triângulo
A
a+b+c
a.h p=
S= 2 C = 2π r
r 2
c b a.c.sen(θ)
h R S= r
2
S = π .r 2
θ S = p. ( p − a ) . ( p − b ) . ( p − c )
.
B a C
a.b.c
S=
4R C: comprimento da circunferência

S=
( a + b + c ) .r = p.r Coroa Circular:
2

3
Área do triângulo eqüilátero: S = 2

4
r
R
S = π . (R 2 - r 2 )
Quadriláteros
Trapezóide: quadrilátero que não possui lados paralelos.
Paralelogramo: quadrilátero que possui lados opostos paralelos.
A B
S = b.h
M ⎧ AB = CD,AC = BD Setor Circular:
h ⎧⎪ AB // CD ⎪

⎪⎩ AC // BD
⇒ ⎨ Aˆ = D,B ˆ + B = 180º
ˆ ˆ = C,A
L = θr
. ⎪ AM = MD,CM = MB
C
b
D ⎩ r θ r2
Retângulo: paralelogramo que possui os quatro ângulos congruentes. θ L S=
2
ou
A. .B r
S = b.h θ
M S= .π r 2 ; θ em graus
h ˆ =D
Aˆ = Bˆ = C ˆ = 90º 360º
AM = BM = CM = DM L: comprimento do arco
. .
C b D Áreas de Figuras Semelhantes: Se, em duas figuras semelhantes, a
Losango: paralelogramo que possui os quatro lados congruentes. razão entre as linhas homólogas é igual a k, a razão entre as áreas é
A B igual a k2.

TRIGONOMETRIA
M
. Trigonometria no triângulo retângulo:
cateto oposto ,
seno =
h DM.d hipotenusa
C . D S = .h = cateto adjacente
2 cos seno =
d DM hipotenusa
AB = AC = BD = CD =
cateto oposto
tagente =
AD ⊥ BC cateto adjascente

Quadrado: paralelogramo que possui os quatro lados e os quatro


ângulos congruentes (Retângulo e Losango). Trigonometria em um triângulo qualquer:
A. .B S= 2
Lei dos Senos
AB = AC = BD = CD = a b c

= ∧
= ∧
= 2R
ˆ =D
Aˆ = Bˆ = C ˆ = 90º sen A sen B senC
M. Lei dos Cossenos
AD = BC = d = 2. ∧
a2 = b2 + c2 – 2bc . cos A
AD ⊥ BC ∧
b2 = a2 + c2 – 2ac . cos B
. . 2
C AM = BM = CM = DM = . ∧
D 2 c2 = a2 + b2 – 2ab . cos C
Trapézio: quadrilátero que possui um par de lados paralelo.

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Principais relações trigonométricas Esboço: y = cos(x)


sen 2α + cos2 α = 1 y
sen α 1 cos α
tg α = , cot g α = =
cos α tg α sen α +1
x
1 1
cos sec α = , sec α =
sen α cos α -2π -π π
0 2π 3π 4π
sen(α ± β ) = senα ⋅ cos β ± cosα ⋅ sen.β • • −π π • • • x
−3π 3π 5π 7π
cos(α ± β ) = cos α ⋅ cos β ∓ senα ⋅ sen.β 2 2
2 2 2 2
tg α ± tg β x
tg (α ± β ) = -1
1 ∓ tg α ⋅ tg β
⎛p±q⎞ ⎛p∓q⎞
sen p ± sen q = 2 ⋅ sen ⎜ ⎟ ⋅ cos ⎜ ⎟
⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠ Esboço: y = tg(x)
⎛p+q⎞ ⎛ p−q⎞ y
cos p + cos q = 2 ⋅ cos ⎜ ⎟ ⋅ cos ⎜ ⎟
⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠
⎛p+q⎞ ⎛p−q⎞
cos p − cos q = −2 ⋅ sen ⎜ ⎟ ⋅ sen ⎜ 2 ⎟
⎝ 2 ⎠ ⎝ ⎠

Arcos e Ângulos: Considerando a circunferência abaixo de centro


O e raio R e os pontos A e B, temos: X • X 0• X • X • X x
-π −π π π 3π 2π 5π
−3π
2 2 2 2
•B 2

α α= .
• • A R
O

GEOMETRIA ESPACIAL

Prismas
Ciclo trigonométrico (centro na origem e raio 1):
sen(x) Cubo
B d=a 3
P d SL = 4a2
P2 • a
ST = 6a2
a V = a3
A’ x • A a
• SL: área lateral
O P1 cos(x) ST: área total
V: volume

Paralelepípedo reto retângulo

B’ d = a 2 + b2 + c 2
d SL = 2a ( b + c )
a
ST = 2(ab + ac + bc)
Funções trigonométricas: c
As funções trigonométricas são todas periódicas. As funções básicas, V = abc
b
y=sen(x), y=cos(x), y=sec(x) e y=cosec(x) têm período 2π , enquanto
SL: área lateral
as funções básicas y=tg(x) e y=cotg(x) têm período π . ST: área total
V: volume
Esboço: y = sen(x)
y Prisma qualquer

+1
x
−π 3π SL = PBase .aL

2 aL h = aL .sen ( θ ) ST = SL + 2SBase
2 3π 2 aL
• -π • • • x • aL
π π V = SBase .h = SBase .aL .sen ( θ )
3π 2π 5π 4π 9π x θ

2 2 2 2
x SL: área lateral ST: área total V: volume PBase: perímetro da base
-1 aL: aresta lateral h: altura θ: ângulo entre aL e Base

⎧⎪h = aL
Prisma reto: θ = 90º ⇒ ⎨
⎪⎩SL = PBase .h

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Prisma regular: prisma reto, cujas bases são polígonos regulares. Sólidos semelhantes
São sólidos que possuem lados homólogos (correspondentes)
Cilindro proporcionais. A razão de semelhança k entre esses sólidos é a razão
SL = 2πRg entre dois elementos lineares homólogos. Assim:
R
ST = SL + SB = 2πR (R + g) h A V
= k 1 = k2 1 = k3
V = πR h 2 H A2 V2
g Onde:
h h = g.sen ( θ )
h, A1, V1 – altura, área, volume do menor sólido;
H, A2, V2 – altura, área, volume do maior sólido.
cilindro reto: ⎧⎪SL = 2πRh
θ θ = 90º ⇒ h = g ⇒ ⎨ Relação de Euler: V – A + F = 2
⎪⎩ST = 2πR (R + h )
g: geratriz R: raio da base h: altura θ: ângulo entre geratriz e base

Cilindro eqüilátero: h = 2R

Piramides

ST = SB + SL
SB .h
V=
3
h A A 2 = h2 + a 2
Pirâmide regular:
SL = p.A
.
O a

h: altura O: centro da base A: apótema da pirâmide = altura da face


a: apótema da base SB, SL e ST: área da base, lateral e total
p: semiperímetro da base

Pirâmide regular: a base é um polígono regular e a projeção


ortogonal do vértice sobre a base é o centro da mesma.

Tetraedros notáveis

Tetraedro tri-retângulo
...
Tetraedro regular

Cone

Cone reto

g2 = h2 + R2
g SL = πRg
h ST = πR (R + g)
πR2h
. R V=
3

g: geratriz h: altura R: raio da base

Cone qualquer: em um cone não reto ( ou oblíquo) não faz sentido


falar em geratriz, temos, portanto, apenas a fórmula do volume.
πR2h
V=
3

Esfera

SE = 4πr 2
4 3
VE = πr
3

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SISTEMA REFERENCIAL
APOSTILA DE REVISÃO Movimento e repouso: Movimento e repouso são conceitos relativos,

FÍSICA – PARTE 1 pois dependem do referencial adotado.


Um sistema referencial bem definido, com uma, duas ou três
dimensões, é importante não apenas para se observar o movimento
CINEMÁTICA ou repouso de um corpo, mas principalmente para orientar e organizar
as grandezas envolvidas. Uma grandeza é positiva quando o vetor ao
PREFIXOS DE GRANDEZAS MATEMÁTICAS qual ela se refere (ou sua componente) aponta no sentido crescente
Diminutivos Aumentativos do eixo referencial e negativa quando aponta no sentido oposto.
Nome: Símbolo: Valor: Nome: Símbolo: Valor: Assim, temos movimento:
deci d 10-1 deca da 101 Progressivo: v > 0
centi c 10-2 hecto h 102 Retrógrado: v < 0
mili m 10-3 quilo k 103 Acelerado: v .a > 0 (o | v | aumenta)
micro µ 10-6 mega M 106 Retardado: v .a < 0 (o | v | diminui)
nano n 10-9 giga G 109
pico p 10-12 tera T 1012
Exemplos de Sistemas Referenciais:
femto f 10-15 peta P 1015
atto a 10-18 exa E 1018 x y V
Vy
CONSTANTES FUNDAMENTAIS DA FÍSICA
Nome: Símbolo: Valor:
Velocidade da Luz no vácuo c 3,0.108 m/s Vx g
Carga Elementar e 1,6.10-19C Vy Vy é positivo
Constante Gravitacional G 6,67.10-11m3/s2kg g é positivo
Vx é nulo Vy é positivo
Constante Universal dos Gases R 8,31 J/mol.K Vx é positivo
Número de Avogadro NA 6,02.1023mol-1 g é negativo
Aceleração da Gravidade na g 9,8 m/s2 y
Superfície Terrestre x

UNIDADE DE GRANDEZAS NO SI CINEMÁTICA ESCALAR

Referência: Nome: Símbolo: a) Movimento Retilíneo Uniforme - M.R.U.


Comprimento metro m O que caracteriza o M.R.U. é o corpo apresentar:
Massa quilograma kg v = Constante ≠ 0
Tempo segundo s a=0
Força Newton N ΔS
Pressão Pascal Pa v = vm =
Δt
Energia Joule J
Conversão de velocidade:
Temperatura Kelvin K
Carga Coulomb C km 1000m 1 m
1 = =
Corrente Ampère A h 3600s 3,6 s
Ângulo radianos rad m km
Potência Watt W ⇒ 1 = 3,6
s h
Resistência Ohm Ω
Potencial Elétrico Volt V
Equação Horária do MRU:
Capacitância Farad F
Freqüência Hertz Hz ΔS
v= ⇒ S = S0 + v .(t − t0 )
Δt
CONVERSÃO DE UNIDADES PARA O SI
b) Movimento Retilíneo Uniformemente Variado – M.R.U.V.
Nome da unidade: Símbolo: Valor no SI Apresentam MRUV corpos sujeitos a uma aceleração constante e não
centímetro quadrado cm2 10-4 m2 nula na direção do movimento:
centímetro cúbico cm3 10-6 m3 Δv v − v 0
litro L ou l 10-3 m3 a = Constante ≠ 0 ; a = am = =
Δt t − t0
grau º π/180 rad
Equações do MRUV:
grama g 10-3 kg
tonelada ton 103 kg v = v 0 + a.(t − t0 ) (V x t)
grama por centímetro cúbico g/cm3 103 kg/m3 a.(t − t0 )2
kilometros por hora km/h 1/3,6 m/s S = S0 + v 0 .(t − t0 ) + (S x t)
2
kilograma-força kgf | g | . N ≈ 9,8 N v 2 = v 02 + 2.a.ΔS (V x S)
atmosfera atm 1,0.105 Pa
centímetro de mercúrio cmHg 1333 Pa Para obter dados a partir dos gráficos use:
caloria cal 4,186 J
quilowatt-hora kW.h 3,6.106 J Obtém-se: Método: Gráfico: Método: Obtém-se:
elétron-volt eV 1,6.10-19 J
Velocidade
cavalos (Horse Power) HP 745,7 W s xt tgα
Instantânea
NOTAÇÃO CIENTÍFICA
Variação do Aceleração
Para se escrever um numero N em notação cientifica este deve estar Espaço
ÁREA v xt tgα
instantânea
num intervalo tal que: 1 ≤ N < 10 e estar acompanhado de uma
20Variação
potência de dez. Exemplos:
75 → 7,5 . 101
da ÁREA a xt
Velocidade
910 → 9,10 . 102 c) Gráfico do MRU e MRUV:
10 → 1,0 . 101
1
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Exemplo: barco com velocidade relativa em relação ao rio:


M.R.U. M.R.U.V.
s VBARCO-TERRA
s VBARCO-RIO

α VRIO
t t

Trajetória do barco em
v v relação à Terra

α
t t LANÇAMENTOS

Vertical: No lançamento vertical deve-se dar atenção ao referencial


adotado. Temos duas situações possíveis:
a a
Lançamento Vertical para cima: Onde V0y e g apresentam,
obrigatoriamente sinais opostos. No caso abaixo:

t t
V0 > 0

g<0
VETORES

Adição de dois ou mais vetores: Graficamente podemos usar a


Regra do paralelogramo ou o Método Poligonal para visualizarmos o
Vetor soma: Lançamento Vertical para baixo: V0y e g apresentam,
obrigatoriamente mesmos sinais. No caso a seguir:
c
s
V0 > 0
a b
g>0
Regra do Paralelogramo Método Poligonal

Para calcular o módulo desta soma devemos observar o valor do


ângulo Θ. Se:
Θ = 0º → S = A + B Horizontal: Trata-se de um lançamento em duas dimensões onde a
velocidade inicial do corpo apresenta componente não nula apenas na
Θ = 180º → S = A − B direção horizontal e ainda, o movimento na direção vertical será
acelerado enquanto o horizontal é uniforme. Desta forma:
Θ = 90º → | S | 2 =| A | 2 + | B | 2
V0 x ≠ 0 =constante
Θ ≠ 0º, 90º ou 180º → | S |2 =| A |2 + | B |2 +2. | A | . | B | .cosθ
OBS: Neste último caso atente à mudança no sinal do termo que V0 y = 0 (M.R.U.V.)
acompanha o cosseno. Cuidado para não usar o sinal negativo como
se faz em triângulos na LEI DOS COSSENOS.

Caso especial:
Se Θ = 120º e | A |=| B | , então: | S |=| A |=| B |

MOVIMENTO EM DUAS DIMENSÕES Lançamento Obliquo: Assim como o lançamento horizontal, é uma
composição de M.R.U.V na direção vertical e M.R.U., na horizontal
Princípio de Galileu: Quando um corpo realiza um movimento em com V0 ≠ 0 em ambas as direções. A trajetória, sem resistência do ar,
várias direções simultaneamente podemos estudar o movimento de deve ser parabólica.
cada direção separadamente como se os demais não existissem.

Vy V Vx = V .cosθ
Vy = V .senθ
θ v 20
A= sen 2θ
g
Vx
Velocidade Relativa
Seja VA a velocidade de um corpo A em relação a um referencial
qualquer e VB a velocidade de um corpo B em relação ao mesmo
referencial. Então a velocidade de A em relação a B V AB pode ser MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME

descrita como: VAB = VA − VB , ou VA = VAB + VB

2
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Trata-se de um movimento com velocidade v constante em módulo, 2º CASO: FREQÜÊNCIAS IGUAIS


mas que apresenta uma aceleração acp de módulo constante e ω2
ω1
direção perpendicular a esta velocidade. Assim, em um Movimento
Circular, temos: ω

R1
R2
acp 1 1
T = →f =
acp
f T Discos compartilhando o mesmo eixo central para rotação devem
2π apresentar mesma velocidade angular. Desta forma:
ω = 2π f = V V R
T ω A = ωB ⇒ A = B ⇒ VA = A .VB
R A RB RB
θ = θ0 + ω.t
MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES
ΔS = Δθ .R | V |2
acp = =| ω |2 .R
O M.H.S. pode ser definido como um sistema que apresenta uma
v = ω.R R
força resultante diretamente proporcional à distância em relação a um
ponto, em torno do qual ocorre oscilação. As equações do M.H.S. são:
X = A. cos(θ0 + ω.t )
V = − A.ω.sen(θ 0 + ω.t )
MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORMEMENTE VARIADO
a = − A.ω 2 .cos (θ0 + ω.t ) = −ω 2 .x
Ocorre quando a aceleração vetorial não é perpendicular nem paralela C
Assim, temos que FR = m.a ⇒ −C.x = −m.ω .x ⇒ ω =
2 2
ao vetor velocidade tangencial do móvel. Assim, esta pode ser , com C a
decomposta nestas componentes tangencial e radial, de tal forma que m
a soma destas acelerações se definem: constante de proporcionalidade entre a distância em relação ao ponto
de oscilação e a força resultante.

Oscilador massa-mola: É dado por um corpo oscilando


exclusivamente devido à força de restituição elástica.
k
ω=
m
m
MOVIMENTO RETILÍNEO X MOVIMENTO CIRCULAR T = 2.π . -A A
k
As equações destes movimentos são análogas e estão resumidas na
F = −k . X
tabela abaixo:
Movimento Retilíneo Movimento Circular
S = S0 + V .t θ = θ0 + ω.t k. X 2 m.v 2 k.A2
EM = + = Eelást + Ecin =
2 2 2
a 2 at 2
S = S0 + V0 .t + t θ = θ0 + ω0 .t + t Pêndulo Simples: Um corpo oscilando no ar (sem resistência)
2 2
caracteriza um pêndulo simples. Para pequenos ângulos (θ < 15 ) ,
o
V = V0 + a.t ω = ω0 + at .t
tem-se um M.H.S. e as equações podem ser escritas como:
V 2 = V0 2 + 2.a.ΔS ω 2 = ω0 2 + 2.at .Δθ
g
ω=
MOVIMENTO CIRCULAR: POLIAS E ENGRENAGENS l
l
1º CASO: VELOCIDADES ESCALARES IGUAIS T = 2.π .
ω2 g
ω1 B
•B
A A
• R2 R1
R2
R1
• ω2
• • DINÂMICA
ω1 •
Leis de Newton:

Primeira Lei – Inércia: A lei da inércia prevê que todo corpo que
Sistemas de polias compartilhando correias ou engrenagens apresenta Resultante de Forças Externas nula deve preservar sua
conectadas devem apresentar mesma velocidade tangencial. Assim: velocidade vetorial constante, seja esta nula (V=0) ou não (MRU).
Segunda Lei – Princípio Fundamental da Dinâmica: “Um ponto
VA = VB ⇒ 2.π .RA .fA = 2.π .RB .fB material submetido à ação de forças cuja resultante é não nula adquire
RB R uma aceleração de mesma direção e sentido da resultante sendo seu
fA = .fB ou TA = A .TB módulo diretamente proporcional ao módulo da força resultante”.
RA RB A segunda lei mostra que a resultante das forças externas aplicada
Duas engrenagens A e B quaisquer, com número total NA e NB de sobre um corpo pode ser nula ou, quando existe aceleração: FR=m.a.
dentes (proporcional ao comprimento) pode ter seu movimento Terceira Lei – Ação e Reação: Declara que para toda força aplicada
observado contando o respectivo Nx em uma volta completa (2.π.Rx). (ação) por um corpo A sobre um corpo B, surgirá uma outra força
Assim, teremos: (reação) de mesma intensidade, na mesma direção, mas em sentido
VA = VB ⇒ ( 2.π .RA ) .fA = ( 2.π .RB ) .fB oposto ao da ação, e esta última é aplicada por B em A. Por estarem
aplicadas em corpos diferentes, uma ação não anula sua reação
NB N correspondente.
N A .fA = NB .fB → fA = .fB ou TA = A .TB
NA NB

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Tipos de Força: São conhecidos quatro tipos de força na natureza | N |=| Py | . Assim, sempre que precisarmos do módulo da Normal
dos quais estudaremos apenas dois (as outras são a Força Forte e a
Força Fraca, tipos de força que estão relacionadas à Física Nuclear): (para calcular Fat, por exemplo), deveremos tomar o valor correto.
BLOCOS
a) Forças de Campo: São forças que podem ser aplicadas mesmo Para resolver exercícios envolvendo blocos com sucesso devemos
quando não existe contato direto entre os corpos do sistema. Exemplo: seguir os seguintes passos:
força peso, força elétrica, força magnética. 1º: Desenhe todos os corpos envolvidos separadamente, para melhor
visualizar as Forças externas atuantes;
b) Forças de Contato: Quando existe contato entre corpos. Podem 2º: Faça o diagrama de Forças para cada corpo identificando todas
sempre ser decompostas em uma componente normal e outra elas;
tangencial. Usualmente são particularizadas estas decomposições: 3º: Aplique a 2ª Lei de Newton em cada corpo separadamente
Normal: Força de reação ao contato entre superfícies, sempre obtendo uma equação para cada um deles;
perpendicular ao plano tangente às superfícies. 4º: Resolva o sistema de equações obtido de forma a encontrar as
Força de Atrito: A força de atrito se opõe localmente (na região de variáveis desejadas.
contato entre as duas superfícies) ao movimento ou à tendência do
movimento de cada corpo. O máximo módulo da força de atrito DINÂMICA DO MOVIMENTO CIRCULAR
estático pode ser calculado por Fat = μe .N , onde μe é o coeficiente de
Sempre em um Movimento Circular Uniforme, deve existir uma Força
atrito estático, e N é o módulo da força normal entre os corpos em
Resultante Centrípeta responsável pelo surgimento da aceleração
contato. O módulo da força de atrito dinâmica é sempre calculado por
centrípeta, que apresenta módulo dado por:
Fat = μd .N , onde μd é o coeficiente de atrito dinâmico.
m.vT 2
Fat Gráfico de um corpo Fcp = m.acp = = m.ω 2 .R
sujeito a uma força R
externa F e o A direção é radial, no sentido do centro da curva de raio R.
Devemos nos lembrar do fato desta força ser uma resultante de
μe.N comportamento da força
forças, isto é, não existe uma força efetivamente centrípeta e sim
de atrito (crescente até
resultado da soma de forças atuando no corpo. Desta forma, todas as
μd.N uma força de atrito
forças estudadas (Forças de Campo e de Contato) serão utilizadas
estático máximo, quando
inicia-se o movimento, para resolver estes exercícios.
com uma força de atrito No caso do Movimento Circular Uniformemente Variado, a força
dinâmico constante) resultante pode ser decomposta em uma componente radial (Fcp) e
0 outra tangencial (Ft). Ainda assim, a equação acima é válida para Fcp,
F embora o valor de vT varie com o tempo. Observe que, nesse caso, o
Tração: É a força existente nos fios e cordas quando estes são módulo de Fcp também varia com o tempo.
esticados/tracionados/tensionados. GRAVITAÇÃO
Força Elástica: A força elástica é uma força de restituição, isto é, ela Leis de Kepler
sempre é oposta a deformação x causada no corpo em questão. Esta Lei de Órbitas: Todos os planetas se movem em órbitas elípticas em
força respeita a lei de Hooke: F = −k.x onde k é a constante elástica torno do Sol, o qual ocupa um dos focos da elipse.
da mola (ou elástico) e deve ser medido em N/m, no SI.
Planeta2

Obs.: Associação de Molas: Molas associadas irão distribuir ou Sol F2 F1


transimitir as forças de entre elas. Para encontrar a constante de um
mola equivalente com keq usamos: Planeta1

Lei das Áreas: O vetor raio que une o sol a um planeta varre áreas
iguais no plano da órbita em tempos iguais.

1 1 1
Série: = + + ... Paralelo: k eq = k 1 + k 2 + ... Portanto: Área varrida A é proporcional ao tempo Δt , ou seja:
k eq k 1 k 2
A1,2 Δt1,2
=
PLANO INCLINADO A3,4 Δt3,4

Plano inclinado: O eixo X e Y saem de seu padrão horizontal e Lei dos Períodos: Os quadrados dos períodos de revolução dos
vertical, respectivamente, para acompanhar a inclinação do plano planetas em torno do Sol são proporcionais aos cubos dos raios
(conservando a perpendicularidade entre ambos). Assim, pode-se médios de suas órbitas.
realizar a decomposição da força Peso em duas componentes: T2
T 2 = k .R 3 ou =k
R3
Rmáx + Rmín 4.π 2
Px = P .senα Onde: R = ,e k = (utilizando gravitação de Newton)
2 G.M
Py = P.cos α
Onde α é o ângulo de inclinação
do plano.

No caso mais simples, ocorre movimento apenas na nova direção X.


Devemos atentar que nesta situação a Força Normal deve ser
aplicada na nova direção do eixo Y, tornando, no caso mais simples,

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retardado Observação: a) Força resultante nula ∑ Fext = 0 ;


A constante K é uma b) A soma dos momentos, em relação a qualquer ponto, deve ser nula
constante característica ∑ M0 = 0 ;
Vmáx Sol Vmin de cada sistema solar.
c) As velocidades de rotação e de translação devem ser nulas.

HIDROSTÁTICA
acelerado
Densidade: É a razão entre a Pressão: Quando aplicamos uma
Rmin Rmáx
massa e o volume de um corpo: força F sobre uma superfície de
área A exercemos uma pressão p
m sobre esta igual a:
Gravitação Universal de Newton: μ= F
V p=
Qualquer partícula no universo atrai outra partícula segundo a A
equação:
G.M.m Pressão de uma coluna de liquido (ou efetiva): Devido ao peso do
FG = liquido acumulado sobre uma superfície, ele exercerá uma pressão
R2
sobre esta:
Campo gravitacional: p = μliq .g.h onde: h = altura da coluna do liquido.
É uma propriedade do espaço em torno de um corpo de massa M que Em caso de a coluna estar exposta à atmosfera aberta, então a
provoca uma força de atração (peso) em qualquer outro corpo de pressão total (ou absoluta) sobre o ponto imerso sob a coluna será:
massa m próximo. p = μliq .g.h + patm
A aceleração gravitacional g depende inversamente da distância
entre os centros de massa dos corpos:
É sempre comum relacionar a força de atração universal de Newton
com Peso ou com uma Resultante centrípeta. Nestes casos temos: Princípio de Pascal: O acréscimo de pressão dado ao ponto a
transmite-se integralmente a todos os pontos do líquido. Assim:
h
F1
A2
F1 F
= 2 A1
A1 A2

F2
Gravitação e Peso: Gravitação e Resultante Centrípeta:
líquido
G.M G.M Empuxo: Todo corpo imerso, total ou parcialmente, num líquido
g= v=
R2 R recebe uma força vertical, de baixo para cima, denominada empuxo,
cujo módulo é igual ao peso da porção de líquido deslocada pelo
corpo.
Onde: R = RTerra + h

ESTÁTICA E E = μL . VDESL . g
1) Equilíbrio do ponto material
A condição necessária e suficiente para o equilíbrio dinâmico de um
ponto material é que a força resultante sobre ele seja nula: TRABALHO

F1 Trabalho: É uma expressão de energia dada por:


F2 W = F .d .cosθ
F1
F2
F3 F3 (W: Work = trabalho)
R = F1 + F2 + F3 = 0
Sendo a força resultante nula, o polígono de forças é fechado. Nesse Esta expressão somente pode
caso, temos o estado de repouso ou de M.R.U. ser usada no caso de a força F
Se a velocidade resultante também é nula, o corpo está em equilíbrio ser constante.
estático.
No caso de F não ser constante, o trabalho por de ser calculado pela
área do gráfico F x d:
2) Momento de uma força F em relação a um ponto O
Momento (ou Torque) de uma Força: É o efeito de rotação causado
por uma Força: N
Area = W
| M0 |=| F | ⋅d =| F | ⋅ ⋅ sen θ , que é o produto da força F pelo braço d
de aplicação.
0 F
A Casos particulares:
d M=±Fd a) Trabalho da força peso
A força peso é sempre vertical e dirigida para baixo não tendo portanto
O sinal do Momento depende de uma convenção arbitrária. componente horizontal.
Por exemplo: Quando a força F tende a girar o corpo no sentido anti-
horário o momento é considerado positivo.

3) Equilíbrio de um corpo extenso


Para o equilíbrio estático de um corpo extenso temos três condições:
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+ trabalho dessa força, o efeito é o mesmo, embora não se possam


somar os trabalhos vetorialmente:
B Desta forma, independentemente
da trajetória seguida pelo corpo, ∑W Fi = WFRe sul tan te
y2 o trabalho da força peso é i
A P
expresso por: W AB = – PΔy
y1 POTÊNCIA E RENDIMENTO
zero Potência: Pode ser definida pela quantidade de energia utilizada
(transformada) em um determinado intervalo de tempo.
b) Trabalho da força elástica
Se a energia transformada é um trabalho W (motor ou resistente),
F temos a relação:
F2 N (F2 + F1 )( x2 − x1 ) W E
W =A = = P= =
F1 2 Δt Δt
W kx 2
kx 2
k Como em um sistema real a energia total ET de um sistema nunca é
= − 2 + 1 = ( x12 − x22 ) convertida integralmente em trabalho havendo sempre uma dissipação
x1 x2 x 2 2 2
ED, podemos calcular o rendimento observando a parcela de energia
A B útil EU efetivamente convertida em trabalho.
EU PU
Trabalho de um sistema de forças η= =
Quando um sistema de forças atuar em um corpo cada força realiza ET PT
trabalho independente das outras. Como o trabalho é uma grandeza E T = EU + ED logo, PT = PU + PD
escalar, o trabalho total corresponde à soma dos trabalhos de cada
N
uma das forças atuantes no corpo, isto é WS = ∑ WI IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO
I =1

Teorema da energia cinética Centro de Massa: É o ponto onde pode ser supostamente
O trabalho da resultante das forças entre A e B é a variação da concentrada toda a massa de um sistema de corpos, para que certas
energia cinética entre esses pontos. análises possam ser feitas. Suas coordenadas podem ser dadas por:
m.v 2 X A .M A + X B .MB + X C .MC + ...
WAB = ΔEc , onde é definida EC = X CM =
2 M A + MB + MC + ...
ENERGIA POTENCIAL YA .M A + YB .MB + YC .MC + ...
YCM =
A energia gasta ao levantar um corpo desde o solo até uma altura h M A + MB + MC + ...
fica retida no campo gravitacional. Pode-se observar este fato notando Z A .M A + ZB .MB + ZC .MC + ...
que ao soltarmos o corpo ele entra em movimento acelerado ZCM =
M A + MB + MC + ...
aumentando, deste modo, a energia cinética. Assim, define-se então a
energia potencial gravitacional (Epgravit.) de um corpo como sendo o Lembrando que em corpos homogêneos (densidade uniforme) e
trabalho realizado contra a força gravitacional ao deslocá-lo desde o simétricos, o centro de massa é o centro geométrico.
solo (ponto de referência) até a altura considerada. Da mesma forma
define-se a energia potencial elástica Epelast. como o trabalho realizado Quantidade de movimento: A quantidade de movimento de um corpo
ao se deformar a mola de um valor x. Então: está relacionada a sua massa inercial. Assim:
kx 2 Q = m.v
Epgravit. = mgh e Epelast. = A quantidade de movimento de um sistema pode ser calculada como a
2
O trabalho para estas forças independe da trajetória. Nesses casos só soma das quantidades de movimento de cada corpo de sistema.
interessa a posição inicial e final. Assim:
n
QSIST = ∑ mi .Vi = ( ∑ mi )VCM
WAB = -ΔEp onde WAB é o trabalho das forças que serão chamadas de
conservativas (quando seu trabalho entre dois pontos independe da
i =1
trajetória).

ENERGIA MECÂNICA Princípio da Conservação da Quantidade de Movimento: “A


quantidade de movimento de um sistema isolado (sem forças
Energia Mecânica: É definida como a soma entre as energias cinética externas) é invariável”.
e potenciais do corpo ou sistema estudado. Assim:
Impulso: Quando aplicamos uma força sobre um corpo ou sistema de
EM = EC + EP corpos durante um intervalo de tempo, provocamos uma variação na
quantidade de movimento deste:
Sistema Conservativo: Em um sistema conservativo a energia
I = ΔQ onde:
mecânica total não se dissipa, isto é:
ΔEM = 0 , ou E MInicial = E MFinal I = F .Δt

Daí pode-se concluir que: Colisões: Considera-se o sistema isolado (o impulso das forças
ΔEC = −ΔEP externas é desprezível)
Sistema Não-Conservativo: Em um sistema não conservativo parte ΔQ = 0
da energia mecânica total se dissipa, isto é: QAntes = QDepois
ΔEM = EDis , ou E MInicial = E MFinal + E Dis

Teorema da Energia Cinética: É válido para um sistema conservativo


ou não, onde as forças envolvidas realizam um trabalho total
equivalente à variação da energia cinética.
ΔEC = WRe sul tan te
Observe que se somarmos os trabalhos de cada força ou se
encontrarmos a força resultante vetorialmente e calcularmos o

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VA VB
(a)
A B

Colisão !
VA' VB '
(b )

A B

Durante as colisões pode haver conservação de Energia Cinética ou


não. Devido esta perda de energia o coeficiente e chamado coeficiente
de restituição elástica dado por:
v ' − v ' A v Afastamento
e= B =
v A − vB v Aproximaçao
Colisão (completamente) Inelástica: Não ocorre conservação de
energia cinética e apresenta e = 0.
Colisão Parcialmente Elástica: Não ocorre conservação de energia
cinética e apresenta e tal que: 0 < e <1
Colisão Perfeitamente Elástica: Ocorre conservação de energia
cinética e apresenta e =1
Colisão Super Elástica: Não ocorre conservação de energia cinética
e apresenta e tal que: e >1. Este é um caso especial onde a energia
final é maior que a inicial. Logo, para que esta ocorra é necessário que
haja uma fonte de energia externa (ex.: energia química de uma
explosão)

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APOSTILA DE REVISÃO Na Refração Regular podemos calcular o ângulo de refração através


da Lei de Snell-Descartes:

FÍSICA – PARTE 2
ÓPTICA GEOMÉTRICA
n1.sen iˆ = n2 .sen rˆ
Fontes de luz: Onde
Primárias ou corpos luminosos: Possuem luz própria. c c
Secundárias ou corpos iluminados: Não possuem luz própria. n1 = ; n2 =
v1 v2
Classificação dos Feixes Luminosos: São classificados conforme
seu comportamento:

Ângulo Limite: Se n2>n1 então podemos ter um ângulo que limita a


refração do meio 2 para o 1 resultando numa reflexão total na
superfície de separação dos meios. Este ângulo é dado por:

n1 sen L = n2 sen90º
n2
sen L =
Propagação da luz n1
A luz se propaga, no vácuo, com velocidade c=3.108 m/s,
aproximadamente.

Princípio da propagação retilínea da luz: “Nos meios transparentes


e homogêneos a luz se propaga em linha reta”. Dioptro Plano: As distâncias entre a imagem (i) observada em
relação ao dioptro e o objeto (o) em relação ao dioptro relacionam-se
Princípio da independência dos raios: “Os raios luminosos, ao se com os índices de refração dos meios que definem esse dioptro pela
cruzarem, não influem um sobre a propagação dos outros”. h hobservador nobservador
expressão : = = .
Princípio da reversibilidade dos raios luminosos: “Se um raio H hobjeto nobjeto
luminoso executa um certo caminho, um outro poderá fazê-lo em
sentido contrário” ou “A trajetória seguida pela luz independe do
sentido de percurso.”

Meios de propagação
Embora a luz, como onda eletromagnética não precise de um meio
material para se propagar, quando esta se propaga nesses meios,
esses podem fazer com que os raios luminosos sejam ou não
enxergados de forma nítida, não nítida ou não sejam enxergados.
Logo, estes meios podem ser:

Transparentes: A luz atravessa homogeneamente.


Translúcidos: A luz atravessa estes corpos mas pode haver
difusão dos raios. Através deles não vemos os objetos com
nitidez.
Opacos: A luz não atravessa estes corpos, antes é refletida ou PRISMAS
absorvida.
Prismas: Podemos observar o desvio produzido por um prisma sobre
REFRAÇÃO DA LUZ um raio luminoso incidente através de:

Refração:
É o fenômeno de propagação causado pela mudança da velocidade
da onda (no caso, a luz) quando ela atravessa a superfície de desvio(δ ) ⇒ δ = i1 + i 2 − A
separação entre dois meios de densidades diferentes (dioptro). A
Refração pode ocorrer com ou sem desvio da trajetória do raio de luz A = r1 + r2
(quando a incidência é perpendicular). δ MÍNIMO ⇒ i1 = i 2 e r1 = r2
δ MÍNIMO = 2i − A

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LÂMINAS DE FACES PARALELAS


Rotação de espelho plano: Com o auxílio da figura abaixo pode-se
Assim como o prisma, uma lâmina de faces paralelas provoca um mostrar que: β = 2α , onde β é o ângulo entre a direção do raio
desvio em um raio luminoso incidente segundo a equação abaixo: refletido antes da rotação e a direção do raio refletido depois da
rotação do espelho plano de um ângulo α .

e • sen( i − r )
d =
cos r

REFLEXÃO LUMINOSA

Reflexão Regular da Luz ESPELHOS ESFÉRICOS


Na reflexão regular da
luz, o ângulo entre o raio Raios notáveis: Nos espelhos esféricos gaussianos podemos
incidente e a Normal da observar a repetição das seguintes reflexões luminosas:
superfície refletora é
igual ao ângulo entre
esta Normal com o raio
refletido. Além disso, o
raio incidente e o raio
refletido são coplanares.

ESPELHOS PLANOS

Propriedade fundamental: Nos espelhos planos as distâncias do


objeto e sua imagem ao espelho são sempre iguais. A imagem é
enantiomorfa em relação ao objeto.

Translação de Espelho Plano: Enquanto deslocamos um espelho de


um ponto E para outro E’, podemos observar a velocidade relativa
entre o objeto e sua imagem:
Assim quando
deslocamos um
espelho, as
imagens nele
formadas se
deslocam duas
vezes mais, em
relação ao objeto.
Com isto a
aceleração da
imagem também é
o dobro da
aceleração do
espelho.

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Para calcular a posição da imagem, do objeto, o raio de curvatura, a


distância focal ou ainda a ampliação linear podemos utilizar das
seguintes equações:

Onde:
O = Centro Óptico
F = Foco Objeto
F’ = Foco Imagem
O sinal de f, p e p’ podem ser interpretados através do gráfico abaixo, A = Anti-Principal Objeto
onde estão sobrepostos e compartilhando o mesmo Eixo Principal A’ = Anti-Principal Imagem
(EP) e Vértice, dois espelhos sendo um côncavo e outro convexo:

1- Todo raio de luz que incide paralelamente ao EP desvia na


direção do foco imagem.
2- Todo raio de luz que incide na direção do foco objeto emerge
da lente paralelamente ao EP.
3- Todo raio de luz que incide na direção de um Anti-Principal
Objeto desvia na direção do Anti-Principal imagem.
4- Todo raio de luz que incide no vértice do espelho não desvia.

O sinal de p e p’ podem ser interpretados através do gráfico abaixo,


onde estão sobrepostos e compartilhando o mesmo EP e Vértice,
duas lentes sendo uma convergente e outra divergente:

p p’

Onde o eixo horizontal define f, p e p’ e, o eixo vertical define i e o.

LENTES ESFÉRICAS

Raios notáveis: Nas lentes esféricas gaussianas, analogamente aos


Onde o eixo horizontal é a sobreposição de dois eixos antiparalelos:
espelhos esféricos, podemos observar a repetição das seguintes
um contínuo e outro tracejado. Estes definem p > 0 para a esquerda
refrações luminosas:
(tracejado) e p < 0 para a direita, e p’ < 0 para a esquerda e p’ >0
(contínuo) para a direita e, o eixo vertical define i e o,(estamos
considerando que o raio incide na lente pelo lado esquerdo, o que
define o espaço objeto e sai da lente pelo lado direito, o que define o
espaço imagem). Para a distância focal:
f > 0 → Lentes Convergentes
f < 0 → Lentes Divergentes

Para lentes são válidas também as equações de Gauss:


1 1 1
= +
f p p'
i p'
A= =−
o p
E ainda, podemos calcular a vergência (ou divergência) da lente
através de:
1
D =V =
f
unidade de V no S.I : di (dioptria) : 1 di = 1m-1

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Equação dos fabricantes de lentes: Presbiopia: Com o envelhecimento, o PP tende a se afastar do olho
Ação corretiva: Faz-se da mesma forma que em caso de
A fórmula dos fabricantes de lentes ou fórmula de Halley é a Hipermetropia. No caso de miopia e hipermetropia ocorrerem junto
equação para calcular a vergência de uma lente, ou seja, o “grau” com a Presbiopia, pode-se usar óculos para perto e para longe ou
de uma lente. lentes bi-focais.

Astigmatismo: Defeito devido a planicidade da córnea, que apresenta


1 ⎛n ⎞ ⎛ 1 1 ⎞ diferentes raios de curvatura para cada secção considerada.
V = = ⎜ lente − 1⎟ ⋅ ⎜ + ⎟ Ação corretiva: Lentes Cilíndricas.
f ⎝ next ⎠ ⎝ R1 R2 ⎠
Estrabismo: Desvio do eixo óptico.
Ação corretiva: Lentes Prismáticas.
nlente: Índice de refração da lente.
next:Índice de refração do meio externo que envolve a lente. ELETROSTÁTICA
R1 e R2: Raios de curvatura das faces da lente.
ELETRIZAÇÃO
Associação de lentes: Eletrização – Processo de perda ou ganho de partículas subatômicas
Quando associamos sistemas óticos, um mesmo ponto pode com carga, geralmente elétrons, por um determinado corpo.
funcionar como objeto e imagem.
Observe a próxima figura. Carga Elétrica – Quando um corpo possui falta ou excesso de
elétrons em relação ao número de prótons, dizemos que tal corpo está
eletricamente carregado. O excesso de elétrons caracteriza uma
carga negativa, enquanto a falta de elétrons caracteriza uma carga
positiva.

A B D C A unidade de carga elétrica no SI é o Coulomb (C).


Atração e Repulsão entre cargas elétricas – Mediante experiências,
verificamos que cargas elétricas de mesmo sinal se repelem, enquanto
cargas elétricas de sinais opostos se atraem.
Condutores – Corpos com grande número elétrons livres, nos quais
as partículas portadoras de carga elétrica têm muita facilidade de se
movimentar, como, por exemplo, os metais.
A ampliação total é o produto das ampliações de cada lente:
Isolantes – Corpos com reduzido número de elétrons livres, nos quais
A = A1.A2 .....AN as partículas portadoras de carga elétrica têm certa dificuldade de se
movimentar, como, por exemplo, os não-metais.
A distância focal equivalente é dada por:
Processos de Eletrização – Processos de troca de cargas elétricas
1 1 1 1
VEQ = = + + ... + entre dois ou mais corpos. Nesses processos, devemos observar que
feq f1 f2 fN não há criação nem destruição de cargas, ou seja, a carga elétrica
total do sistema é sempre conservada, fato este que é conhecido por
Princípio de Conservação das Cargas Elétricas.
DEFEITOS DA VISÃO E CORREÇÕES: Eletrização por Atrito

Normal

Miopia Hipermetropia
Miopia: O Ponto Remoto PR encontra-se no infinito e o Ponto próximo
PP a menos de 25cm do globo ocular (O globo ocular é mais
“profundo” que o regular).
Ação corretiva: Lente Divergente de distância focal f = − ppróximo

Hipermetropia: O Ponto Remoto PR é virtual e o Ponto próximo PP a


mais de 25cm (ponto próximo ideal, olho normal) do globo ocular (O
globo ocular é menos “profundo” que o regular).
Ação corretiva: Lente Convergente de distância focal:

1 1 1
= + Chama-se serie triboelétrica a relação ordenada de substâncias em
f p p o n to p p o n to que, ao atritarmos duas delas, a que figura antes se eletriza
p r ó x im o p r ó x im o positivamente e a que figura depois, negativamente.
id e a l r e al

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Serie Triboelétrica
pele de gato - vidro polido - marfim - lã - penas - madeira - papel -
seda - goma-laca - vidro despolido
Eletrização por Contato – Processo de eletrização de dois corpos
condutores, estando um deles eletrizado e o outro neutro, através do
contato entre eles. O corpo neutro adquire uma carga elétrica de
mesmo sinal que a do corpo já inicialmente eletrizado.

3° passo: Desconectamos o fio terra do induzido e afastamos o


bastão para bem longe. Desta forma, o induzido fica com um excesso
de carga positiva.

FORÇA ELÉTRICA E CAMPO ELÉTRICO


Lei de Coulomb
Dois corpos eletricamente carregados exercem um sobre o outro uma
força elétrica cuja intensidade é diretamente proporcional ao módulo
de cada uma das cargas e inversamente proporcional ao quadrado da
distância que os separa. A força será de atração se as cargas tiverem
sinais opostos, e será de repulsão se as cargas tiverem mesmo sinal.
Eletrização por Indução
• Fenômeno da indução eletrostática
Ao aproximar um corpo eletrizado, os elétrons pertencentes ao
corpo neutro são atraídos por uma força F1 enquanto os prótons |Q |⋅| q |
FEL = k
r2
se mantém na outra extremidade do corpo repelidos pela força F2 ,
como mostra a figura abaixo:

Campo Elétrico – É capaz de produzir uma força elétrica numa carga


de prova colocada na região onde ele atua. Definimos o campo
elétrico como o vetor:
F
E=
q
onde q é carga de prova.
Uma carga elétrica puntiforme Q cria ao seu redor um campo elétrico
cujo módulo é dado por:
|Q |
E =k 2
r
O campo elétrico será de afastamento se a carga for positiva, e de
aproximação se a carga for negativa. Representamos este
Como d1 < d 2 então F1 > F2 e o corpo neutro é atraído. Este comportamento através das linhas de força.
fenômeno é denominado indução eletrostática.

Processo de eletrização de indução

1° passo: Ao aproximar o indutor carregado negativamente(B) ele


induz uma separação de cargas na esfera A neutra (induzido) como é
mostrado abaixo

Observe a configuração das linhas de força quando aproximamos


2° passo: Mantendo o indutor na mesma posição, ligamos o induzido duas cargas elétricas de mesmo módulo, de acordo com o sinal delas:
à terra. Note que os elétrons do induzido migram para a terra, Cargas elétricas de mesmo sinal:
descarregando essa carga negativa. A carga positiva do induzido
continua concentrada à esquerda devido à atração da carga negativa
do indutor.

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Podemos, assim, olhar para o potencial gerado por essa carga elétrica
como uma função que associa a cada ponto do espaço um número
real que é o potencial criado pela carga naquele ponto. Assim, se um
determinado ponto P do espaço está na região onde atuam n cargas,
o potencial resultante ali será a soma do potencial gerado por cada
carga:
VRES = V1 + ⋅ ⋅ ⋅ + Vn

Observe que diferentemente do campo elétrico, que é um vetor, o


potencial elétrico é um número real, positivo ou negativo, dependendo
do sinal da carga elétrica que gera esse potencial.
Cargas elétricas de sinais opostos:
Energia Potencial Elétrica
Uma carga elétrica q colocada num ponto do espaço submetido a um
potencial VP adquire uma energia potencial elétrica dada por:
EPOT = q ⋅ VP

Se tal potencial foi gerado por uma carga Q a uma distância r desse
ponto, podemos escrever a energia potencial elétrica desse sistema
como:
q ⋅Q
EPOT = k
r

Campo elétrico gerado por placas paralelas muito longas (Campo


elétrico uniforme): Trabalho no campo elétrico uniforme
Uma carga elétrica imersa num campo elétrico uniforme, ao ser
deslocada de um ponto A para um ponto B, sofre um trabalho da força
elétrica dado por:

τ = q ⋅ (VA − VB ) = −ΔE POT


Elétrica

A exigência de as placas paralelas serem longas é para podermos


desprezar os efeitos da borda, e assim poder considerar que o campo
elétrico é uniforme, ou seja, é um vetor constante (em módulo, direção
e sentido).
Se um corpo está submetido à ação de mais de um campo elétrico, o
campo elétrico resultante que age sobre ele será dado pela soma
Diferença de potencial no campo elétrico uniforme (ddp)
vetorial dos campos elétricos atuantes:
Num campo elétrico uniforme, a diferença de potencial entre dois
ERES = E1 + E2 + ⋅ ⋅ ⋅ + En pontos A e B é dada por:
E ⋅ d = VA − VB

CONDUTOR EM EQUILÍBRIO ELESTROSTÁTICO

Um condutor eletrizado encontra-se em equilíbrio eletrostático


quando não há movimento de cargas elétricas em seu interior.

Conseqüências :

• O campo elétrico é nulo no interior de um condutor em


equilíbrio eletrostático
• O potencial elétrico é constante no interior e na superfície de
um condutor em equilíbrio eletrostático.
• A carga elétrica se aloja na superfície do condutor.

POTENCIAL ELÉTRICO E ENERGIA POTENCIAL ELÉTRICA


Potencial Elétrico
Dada uma carga elétrica Q , definimos o potencial gerado por essa
carga a uma distância r como a grandeza escalar dada por:
Q
V =k
r

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B) Em paralelo

CAPACITORES
Capacitores – Armazenam energia potencial elétrica, através do
acúmulo de cargas, quando submetidos a uma diferença de potencial
fornecida por uma bateria. Posteriormente podemos aproveitar essa ELETRODINÂMICA
energia elétrica, por exemplo, descarregando-a num resistor.
Capacitância CORRENTE ELÉTRICA E RESISTORES
A quantidade de carga (Q) que um capacitor consegue armazenar de Corrente Elétrica – Movimento ordenado de cargas elétricas.
acordo com a diferença de potencial fornecida (U) define a sua
capacitância (C): Sentido convencional da corrente – Aquele dos portadores de carga
Q = C ⋅U elétrica positiva, ou seja, de pontos de maior potencial para pontos de
menor potencial.
Energia armazenada num capacitor – A energia potencial elétrica
que um capacitor consegue armazenar é dada por: A quantidade de carga transportada será sempre um múltiplo inteiro
C ⋅U2 Q2 da carga elétrica elementar (Quantização da Carga Elétrica):
EC = Q ⋅ U = = Q = n⋅e
2 2 ⋅C
onde e=1,6x10-19 C (coulomb)
Capacitor de placas paralelas – Sua capacitância pode ser calculada
Intensidade média da corrente elétrica
em função da área de suas placas (A) e da distância que as separa
(d), sendo ε a permissividade elétrica do meio: |Q |
i=
Δt
No Sistema Internacional de Unidades (SI), a corrente elétrica é dada
em ampère (A).
1 A = 1C/1s

Quando a corrente varia ao longo do tempo, a carga total será dada


pela área sob a curva da corrente em função do tempo:
ε ⋅A
C=
d
Q = Área (numericamente)

Associação de capacitores
a) Em Série

1ª Lei de Ohm
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A diferença de potencial aplicada num resistor é o produto da


resistência do mesmo pela corrente que o atravessa:
U = R ⋅i
a ddp é dada em volt (V) e a resistência elétrica é dada em ohm (Ω ).

tg ϕ = R (numericamente)

2ª Lei de Ohm
A resistência é diretamente proporcional ao comprimento e
inversamente proporcional à área do resistor. A constante de
proporcionalidade é chamada de resistividade, e é uma característica
do material do resistor:
L
R=ρ • A corrente elétrica total iTOTAL é a soma das correntes em cada
A
Obs.: resistor da associação:
a) Nos metais, a resistividade aumenta com o aumento da i TOTAL = i1 + i2 + i3
temperatura, de acordo com a equação:
• A resistência equivalente entre os terminais da associação é dada
ρ = ρ0 (1 + αΔT ) por:
1 1 1 1
onde: ρ é a resistividade na temperatura T , dado em Ω . m = + +
REQ R1 R2 R3
ρ0 é a resistividade na temperatura T0 , em Ω . m
α é o coeficiente de temperatura do material, dado em °C –1 Para duas resistências quaisquer em paralelo, vale a relação
ΔT = T - T0 R ⋅R
b) a condutividade elétrica( σ )é o inverso da resistividade, ou seja: REQ = 1 2 (“produto pela soma”)
R1 + R2
1
σ=
ρ Para N resistências iguais a R em paralelo, vale a relação:
Associação de Resistores R
REQ =
N
1) Em Série
Propriedades Potência elétrica dissipada num resistor
• Todos resistores são percorridos pela mesma corrente elétrica Para qualquer aparelho elétrico submetido a uma ddp U e percorrido
• A ddp total entre os terminais da associação é a soma das ddp’s em por uma corrente elétrica i, podemos afirmar que a potência elétrica
cada resistor: deste aparelho é dada por:
U TOTAL = U1 + U2 Pot = U ⋅ i
• A resistência equivalente entre os terminais da associação é a soma
1J
das resistências : No SI, a potência elétrica é dada em W (watt) ⇒ 1W =
REQ = R1 + R2 1s

Especificamente, para um resistor, os portadores de carga que


constituem a corrente elétrica, ao colidirem com as moléculas do
material deste resistor, dissipam energia sob a forma de calor,
provocando o aquecimento do mesmo, fenômeno este conhecido por
efeito Joule.

Combinando a relação acima com a 1º lei de Ohm, podemos obter,


duas equações para a potência elétrica dissipada num resistor:
U2
2) Em paralelo Pot = e Pot = R ⋅ i 2
R
Propriedades
• Todos resistores são submetidos à mesma tensão elétrica (U) ou Obs.:
ddp . Energia elétrica consumida por um aparelho elétrico:
E el = Pot . Δt
No SI : Joule (J) ⇒ J = W . s
Unidade prática : quilowatt-hora (kWh) ⇒ kWh = kW . h
3 6
1 kWh = 1 x 10 J/s x 3600 s = 3,6 x 10 J

GERADORES E RECEPTORES
Gerador Elétrico
Elemento do circuito responsável por transformar alguma
outra forma de energia, geralmente mecânica ou química (baterias),
em energia elétrica, fornecendo uma diferença de potencial ao circuito.
Essa diferença de potencial permite a circulação de uma corrente no

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circuito. A energia que o gerador fornece por unidade de carga é sua


força eletromotriz (f.e.m) ε.

• ε (f.e.m) é a ddp total


gerada pelo gerador
• r.i é a ddp dissipada
na forma de calor
• U é a ddp fornecida
pelo gerador para um
aparelho

U = ε − ri

Neste caso, o gerador equivalente da associação apresentará as


seguintes características:
Tanto a f.e.m (ε) como a ddp entre os terminais do gerador( U ), são ⎧Eeq = ε
1J ⎪
dadas em volt. 1V = . ⎨ r
1C ⎪req =
⎩ 3
• Quando temos um circuito aberto: i = 0 ⇒ U = ε
Potências de um gerador
ε Partindo da equação do gerador vista anteriormente, temos:
• Quando temos um curto-circuito: U = 0 ⇒ iCC =
r U = ε − ri
Multiplicando por i, ambos os membros da igualdade, obtemos:
Curva característica do gerador iU = i ε − ri 2
Note que os elementos i ⋅ U , i ⋅ ε e r ⋅ i 2 têm dimensão de potência
elétrica. Identificando cada uma delas, vem:

PotTOTAL = i ⋅ ε é a potência total gerada


PotÚTIL = i ⋅ U é a potência fornecida ou útil
PotDISSIPADA = r ⋅ i 2 é a potência dissipada na forma de calor

O rendimento elétrico de um gerador mede quanto da energia


gerada e transmitida aos portadores de carga (potência total gerada)
está sendo efetivamente fornecida (potência útil) ao circuito. É dado
por:
PotÚTIL Ui U
η= = =
PotTOTAL ε i ε

Receptor Elétrico
• U é a ddp total consumida pelo
receptor (esta ddp é fornecida por um
gerador ou outra fonte de energia).
• ε’ é a força contra-eletromotriz
(f.c.e.m) que pode ser interpretada
Associação de geradores como sendo a ddp útil ou aproveitada
pelo receptor (ela representa a
a) Geradores em série: conversão de energia elétrica em
alguma outra forma de energia, exceto
calor!. Por exemplo, se o receptor em
questão for um ventilador, então ε’
representa a energia mecânica de
rotação das pás do ventilador)
• r’.i é a ddp dissipada na forma de
O gerador equivalente da associação apresentará uma f.e.m ε eq e calor.
resistência interna req dados por: Nestas condições, a equação de um receptor é dada por: U = ε '+ r ' i
⎪⎧ε eq = ε1 + ε 2 Curva característica do receptor

⎪⎩req = r1 + r2

b) Geradores iguais em paralelo:

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Potências de um receptor
Partindo da equação do receptor, temos:
U = ε '+ r ' i
Multiplicando por i, ambos os membros da igualdade, obtemos:
iU = i ε '+ r ' i 2
Novamente, os elementos i ⋅ U , i ⋅ ε ' e r '⋅ i 2 têm dimensão de
potência elétrica. Identificando cada uma delas, vem:

PotÚTIL = i ⋅ ε ' é a potência útil ou aproveitada


PotTOTAL = i ⋅ U é a potência total consumida pelo receptor Amperímetro Ideal
Mede a intensidade da corrente que passa por ele. Deve ser
PotDISSIPADA = r '⋅ i 2 é a potência dissipada na forma de calor colocado em série no trecho do circuito onde se quer medir a corrente.
O amperímetro ideal possui resistência interna NULA.
O rendimento de um receptor mede quanto da energia elétrica Amperímetro Real
fornecida (potência total consumida) pela corrente está sendo
efetivamente convertida (potência útil) pelo receptor em outra forma de
energia que não o calor. É dado por:
i MEDIDA = iS + iG
Potútil ε 'i ε '
η= = =
PotTOTAL Ui U
RG .iG = RSHUNT .iS
MALHAS E LEIS DE KIRCHHOFF
1ª Lei de Kirchhoff (Nós) – Expressa a conservação da carga
elétrica: “A soma das intensidades das correntes que chegam a um nó
é igual à soma das intensidades das correntes que saem deste nó”. Voltímetro Ideal
Mede a diferença de potencial do trecho de circuito entre seus
extremos. Deve ser colocado em paralelo com o trecho em que se
quer medir a tensão elétrica. O voltímetro ideal possui resistência
interna infinita, praticamente impossibilitando a passagem de
corrente através de si.

i1 + i 2 = i 3 Voltímetro Real

UMEDIDA = UM + UG

2ª Lei de Kirchhoff (Malhas) – Expressa a conservação da energia


ao longo de um caminho fechado de um circuito:
Ponte de Wheastone
Associação de resistores utilizada na prática para medir resistências
Em qualquer malha (percurso fechado) de um circuito elétrico, a desconhecidas. Na disposição da figura, o galvanômetro indica a
soma das tensões elétricas ao longo dessa malha é nula passagem de corrente no trecho BC. Quando a corrente através do
galvanômetro for nula, dizemos que a ponte de Wheastone está em
equilíbrio. Nesse caso, temos uma relação de “multiplicação em x”
entre as resistências da associação:

i g = 0 ⇔ R1 ⋅ R4 = R2 ⋅ R3

MEDIDORES ELÉTRICOS

Galvanômetro ELETROMAGNETISMO
É um aparelho destinado a medir correntes e tensões elétricas de
pequena intensidade (na prática em torno de 1 mA). O velocímetro do ÍMÃS E CAMPO MAGNÉTICO
automóvel (ponteiro indicando velocidades) é um bom exemplo de
galvanômetro. 1) Características dos Ímãs
• Atraem principalmente Ferro, Níquel, Cobalto e outras ligas
Características do galvanômetro
metálicas como o aço.
(Ímã natural : magnetita : Fe3 O4)
O galvanômetro (G) comporta-se como um resistor , cuja resistência
é chamada de RG (resistência interna). • Possuem dois pólos distintos : Norte e o Sul
iG é a corrente medida pelo galvanômetro.

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A extremidade do ímã que se alinha com Norte Geográfico é o pólo


Norte deste ímã, e a extremidade do ímã voltada para o Sul
Geográfico é o pólo Sul deste ímã.
• Atração e Repulsão entre dois imãs
Pólos de mesmo nome se repelem (ex: N –N ou S – S)
Pólos de nomes opostos se atraem (ex: N – S ou S – N)
• Inseparabilidade dos pólos de um ímã (domínios magnéticos de
Weiss)
Como não existem monopólos magnéticos, ou seja, pólos magnéticos
isolados (só Norte ou só Sul), quando um ímã se quebra ou é cortado,
dá origem a novos ímãs, como mostra a figura abaixo:

William Gilbert , em 1600, revela em seus estudos sobre magnetismo


que “A Terra é um gigantesco ímã”, sendo o SUL deste imenso imã
localizado no pólo NORTE GEOGRÀFICO e o NORTE deste ímã
localizado no pólo SUL GEOGRÁFICO (vide figura). É por esta razão
2) Campo Magnético – É a região do espaço na qual um pequeno que o pólo norte de uma bússola tende a apontar para o pólo norte
corpo de prova (carga elétrica q) fica sujeito à ação de uma força de geográfico, pois sente a atração do SUL MAGNÉTICO.
origem magnética.
Experiência de Oersted (1824)

“Toda corrente cria, no espaço que a envolve, um campo


magnético”

Uma corrente elétrica passando num fio é capaz de defletir uma


bússola colocada nas proximidades do fio, indicando a presença de
um campo magnético, criado pela corrente

3) Fontes de Campo Magnético


a) Campo Magnético criado por uma corrente num fio longo e
retilíneo (“corrente reta”)
As linhas de indução são circulares ocupando um plano perpendicular
à direção do fio (vide figura)

As linhas de indução de um imã “nascem” no pólo norte e “morrem”


no pólo sul. Elas servem para visualizar o campo magnético além de
dar uma noção da sua intensidade. Próximo aos pólos, o campo
magnético é mais intenso, pois ali existe maior concentração de linhas.

O campo magnético é representado por um vetor B , cuja direção é


tangente à linha de indução e de sentido tal que acompanha o da linha
de indução. A intensidade do vetor campo magnético é dada em tesla
(T)

Um fio longo, transportando uma corrente i, cria, a uma distância d do


Nestas condições BK > BL fio, um campo magnético B com as seguintes características:

μ ⋅i
• Módulo: | B |=
2π ⋅ d
onde μ é a permeabilidade magnética do meio. No vácuo, temos
μ0 = 4π ⋅ 10−7 T ⋅ m / A .
• Direção: Tangente à linha de indução (circular com centro no fio)
Uma bússola (ou agulha magnética)
nos pontos considerados (A, C, D e P da figura).
sempre se alinha com a direção do
• Sentido: Dado pela regra da
vetor B . O pólo Norte indica o sentido mão direita envolvente (o
de B . polegar representa a corrente
elétrica e os demais dedos
representam o campo
Campo Magnético Terrestre magnético).

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B) Campo Magnético criado por uma espira circular(“corrente FORÇA MAGNÉTICA DE LORENTZ
circular”).
Quando passamos uma corrente elétrica i por uma espira circular de
Numa carga elétrica q em movimento, com velocidade vetorial v ,
raio R, surge no centro dessa espira um campo magnético B com as
seguintes características: mergulhada numa região onde atua um magnético B , que forma um
ângulo θ ( 0° ≤ θ ≤ 180° ) com o vetor velocidade v , surge uma força
Fm atuando nessa carga, dita força magnética de Lorentz, com as
Linhas de indução do campo seguintes características:
criado por uma espira circular.
Note a semelhança com o
campo criado por um ímã. A
face de cima da espira
comporta-se como um pólo
norte de um imã, enquanto que
a face de baixo da espira
representa um pólo sul.

μ ⋅i
• Módulo: | B |=
2⋅R
•Direção e Sentido: Dados pela regra da mão direita, polegar no
sentido de circulação da corrente, demais dedos indicam a direção e o • Módulo: | Fm |=| q | ⋅ | v | ⋅ | B | ⋅senθ
sentido do campo magnético no centro da espira.
•Direção: A Força magnética é perpendicular ao campo magnético B
c) Campo Magnético criado no interior de uma bobina chata – e à velocidade v .
Dispondo n espiras circulares concêntricas de mesmo raio R, com •Sentido: Dado pela
cada uma delas transportando uma corrente i, todas circulando no regra da mão
mesmo sentido, o campo magnético criado no eixo comum contendo esquerda. O polegar
os centros dessas espiras será dado por: indica o sentido da
μ ⋅i força magnética Fm ,
• Módulo: | B |= n
2⋅R o dedo indicador
•Direção e Sentido: Dados pela regra da mão direita, polegar no fornece o sentido do
sentido de circulação da corrente, demais dedos indicam a direção e o campo magnético
sentido do campo magnético no eixo comum das espiras, B e o dedo médio
analogamente ao caso para uma espira. indicará o sentido da
velocidade v da
partícula q.
Essa regra vale para partículas positivamente carregadas (q > 0). Se a
partícula estiver com carga elétrica negativa (q < 0), devemos inverter
o sentido do vetor encontrado de acordo com a regra da mão
esquerda.
1) Dinâmica de uma carga elétrica q lançada no interior de um
campo magnético uniforme
1ºcaso: Carga elétrica q lançada paralelamente ao campo
magnético B ( θ = 0° ou θ = 180° )
Note que o campo magnético criado pela bobina chata se assemelha ao A força magnética será nula, e desprezando os atritos e as ações
campo magnético criado por um imã. gravitacionais, a partícula seguirá uma trajetória retílinea com
velocidade vetorial constante, em movimento retilíneo e uniforme
d) Campo magnético criado (MRU).
por um solenóide – Um
solenóide, ou bobina longa, com
n voltas ao longo do seu
comprimento L, transportando
uma corrente i, cria no seu
interior um campo magnético
com as seguintes características:
n
•Módulo: | B |= μ ⋅ ⋅ i
L
onde μ é a permeabilidade
magnética do material do núcleo
(na figura é o ferro)

•Direção e sentido: Dados pela regra da mão direita, polegar no


sentido de circulação da corrente, os demais dedos indicam a direção 2ºcaso: Carga elétrica q lançada perpendicularmente ao campo
e o sentido do campo magnético no seu interior. De modo alternativo, magnético B ( θ = 90° ) :
também poderíamos enrolar os dedos ao longo do sentido de
circulação da corrente, e o polegar nos dá a direção e sentido do A força magnética atuará como resultante de natureza centrípeta . No
campo magnético no interior do solenóide. vácuo, a partícula descreverá uma circunferência em movimento
Observação: Num solenóide ideal, assumimos que o campo circular uniforme (MCU).
magnético é uniforme no seu interior, e nulo fora dele.

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3) Força magnética entre dois fios paralelos


Quando dois fios de
mesmo comprimento ,
transportando correntes
i1 e i2 , são dispostos
paralelamente um ao
outro a uma distância d,
aparece uma força
magnética Fm de
interação entre eles dada
por:
μ ⋅ i1 ⋅ i 2 ⋅
| Fm |=
2π ⋅ d

Tal força será de atração se as correntes estiverem no mesmo


sentido, e será de repulsão se as correntes estiverem em sentidos
opostos.
Obs.: Considera-se o caso de fios longos em relação à distância que
O raio (R) e o período (T) desse movimento são dados por: os separam.
m⋅ | v | 2π ⋅ m FLUXO MAGNÉTICO E INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA
R= e T=
| q |⋅| B | |q |⋅|B |
Fluxo Magnético
3ºcaso: Carga elétrica q lançada obliquamente ao campo Definimos o fluxo magnético como sendo o número de linhas de um
magnético B ( 0° < θ < 180°, θ ≠ 90° ) campo magnético B que atravessam perpendicularmente uma
determinada área A. Calculamos esse fluxo através de:
Decompomos a velocidade em uma direção paralela ao campo
magnético e em outra perpendicular ao campo, obtendo uma φ =| B | ⋅A ⋅ cosθ
composição de dois movimentos: onde θ é o ângulo formado entre o campo magnético B e o vetor
Na direção paralela, movimento retilíneo e uniforme.
No plano perpendicular, movimento circular uniforme. normal n à área A, de acordo com a figura:
A composição desses dois movimentos nos dá a forma do movimento
resultante, uma trajetória helicoidal (hélice cilíndrica).

no SI : Φ é dado em weber (Wb). Wb =T.m2

Fenômeno da Indução Eletromagnética

Sempre que houver uma variação de fluxo magnético através


de uma espira, nela surgirá uma corrente elétrica denominada
2) Força Magnética sobre um condutor corrente elétrica induzida
Num fio de comprimento , transportando uma corrente i, imerso num
campo magnético B , que forma Lei de Lenz
um ângulo θ ( 0° ≤ θ ≤ 180° ) É usada para determinar o sentido da corrente induzida.
com o fio, surge uma força
O sentido da corrente induzida é tal que origina um fluxo
magnética Fm com as seguintes magnético induzido (na espira), que se opõe à variação do fluxo
características: magnético indutor(ìmã)
• Módulo: | Fm |=| B | ⋅i ⋅ ⋅ senθ
• Direção : A Força magnética é
perpendicular ao campo
magnético B e ao condutor.
• Sentido: Dado pela regra da
mão esquerda, dedo indicador
no sentido do campo magnético
B , dedo médio no sentido da
corrente i (em lugar da
velocidade v , na força de
Lorentz), o polegar dá a direção
e o sentido da força magnética
Fm .

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Obs. Importante:
Sempre que a indução eletromagnética é produzida por um
movimento, surge uma força contrária a este movimento. Veja
este exemplo:

Força Eletromotriz Induzida – A f.e.m. induzida quando variamos o


fluxo magnético através de uma espira é dada por:
Δφ
E=−
Δt
O sinal negativo nessa expressão indica que a força eletromotriz
induzida tende a criar um campo que contraria a variação do fluxo a
que a espira está submetida, de acordo com a lei de Lenz.
No caso de termos N espiras concêntricas, a f.e.m. induzida será dada
por:
Δφ
E = −N
Δt
Condutor retilíneo mergulhado num campo magnético uniforme –
Considere um circuito elétrico montado com um resistor de resistência
R e um condutor, de comprimento L, que se move perpendicularmente
aos trilhos, com velocidade constante v , submetido a um campo
magnético uniforme B , de acordo com a figura:

A força eletromotriz induzida no circuito será dada por:


E = R ⋅ i =| B | ⋅L⋅ | v |

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C = m ⋅ c é chamada de capacidade térmica de um corpo, e c é o calor


APOSTILA DE REVISÃO específico sensível de um corpo.
⎧Q > 0 ⇔ Δθ > 0 ⇔ corpo recebe calor
FÍSICA – PARTE 3 ⎨
⎩Q < 0 ⇔ Δθ < 0 ⇔ corpo cede calor
Calor Latente – Calor responsável por produzir exclusivamente uma
TERMOMETRIA, CALORIMETRIA E DILATAÇÃO mudança de estado físico num determinado corpo. É dado por:
Q = m⋅L ,
TERMOMETRIA
onde L é o calor latente da mudança de estado.
Temperatura – É a grandeza física escalar que associamos ao estado
de agitação das partículas que constituem um corpo. ⎧Q > 0 ⇔ L > 0 ⇔ mudança endotérmica

A unidade de temperatura no SI é o Kelvin (K), sendo esta uma das ⎩Q < 0 ⇔ L < 0 ⇔ mudança exotérmica
sete unidades básicas do Sistema Internacional de Unidades. Mudanças endotérmicas são aquelas em que o corpo absorve calor
Entretanto, em muitos países são utilizadas outras escalas. No Brasil, para mudar de estado, como por exemplo, a fusão e a vaporização,
a temperatura é medida em graus Celsius (°C), e em alguns países enquanto as exotérmicas são aquelas em que o corpo libera calor ao
como os Estados Unidos e Inglaterra, em graus Fahrenheit (°F). mudar de estado, como por exemplo, a solidificação e a liquefação.
Para podermos relacionar uma mesma temperatura em diferentes
escalas, devemos estabelecer uma conversão entre essas escalas.
fusão vaporização
Escalas de Temperatura – Conversão
Uma forma de conversão de temperatura é a partir dos pontos de SÓLIDO LÍQUIDO GASOSO
fusão e ebulição de uma substância qualquer. Com isso, podemos
obter a seguinte relação:
C F − 32 T − 273 X − XF solidificação liquefação
= = =
5 9 5 XV − X F
sublimação
onde X é a medida numa escala arbitrária, sendo XF e XV as medidas
correspondentes às temperaturas de fusão e vaporização da água, ou Numa substância pura submetida à pressão constante, enquanto
outra substância qualquer, nessa escala. transcorre uma mudança de estado, a temperatura se mantém
°C °F K °X constante.

100 °C 212 °F 373 K XV Gráfico de mudança de estado:

Temperatura

C F T X
T2
VAPORIZAÇÃO
0 °C 32 °F 273 K XF TV

Observe que uma variação de 100 °C corresponde a uma variação de FUSÃO


TF
180 °F e a uma variação de 100 K. Em particular, variações de
temperatura nas escalas Celsius e Kelvin são iguais. Temos que:
T1
5
ΔC = ΔT = ΔF
9 Calor
CALORIMETRIA Quando colocamos diversos corpos, a diferentes temperaturas, em
contato térmico, ocorrem trocas de calor entre eles até que seja
Energia Térmica – É a soma das energias cinéticas de todas as atingido o equilíbrio térmico. Durante esse processo, podem ocorrer
partículas que constituem um corpo. inclusive mudanças de estado físico de alguns deles. Se pudermos
Calor – É a energia térmica em trânsito de um corpo para outro, desprezar as perdas de calor para o ambiente (por exemplo, num
motivada por uma diferença de temperatura entre eles. Sendo uma sistema adiabático), a temperatura final de equilíbrio pode ser
forma de energia térmica, sua unidade de medida no SI é o Joule (J), encontrada impondo a conservação da energia do sistema.
embora, na prática, seja bastante utilizada também a caloria Equilíbrio Térmico: ∑ QCEDIDO + ∑ QRECEBIDO = 0
(1 cal = 4,186 J). Lembrando que uma caloria alimentar, representada
por Cal (“C” maiúsculo) equivale a 1000 calorias físicas. PROPAGAÇÃO DO CALOR
Assim, só existe troca de calor entre dois corpos se entre eles
existir uma diferença de temperaturas. O calor se transfere do Condução – A energia térmica vai sendo transmitida de uma molécula
corpo mais quente para o corpo mais frio, até que os dois atinjam a para outra do corpo. O fluxo de calor que se estabelece nesse caso
mesma temperatura final de equilíbrio. será diretamente proporcional à área A e à diferença de temperatura
Quando dois corpos estão à mesma temperatura, dizemos que eles Δθ , e inversamente proporcional ao comprimento L (espessura).
estão em equilíbrio térmico, e nesse caso não há troca de calor entre
eles. Q k ⋅ A ⋅ Δθ
φ= =
Δt L
Lei Zero da Termodinâmica – Dados três corpos A, B e C, se A está
em equilíbrio térmico com B, e B também está em equilíbrio térmico Convecção – A energia térmica é transmitida através do
com C, então A e C estão em equilíbrio térmico entre si. deslocamento de porções do material.
Calor Sensível – Calor necessário para produzir exclusivamente uma Radiação – A energia térmica é transmitida através de ondas
variação na temperatura de um determinado corpo. É dado por: eletromagnéticas (ondas de calor).
Q = m ⋅ c ⋅ Δθ = C ⋅ Δθ

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Os fenômenos da condução e da convecção necessitam de um meio ΔVLÍQUIDO = Δ VFRASCO + ΔVAPARENTE


material para sua ocorrência, enquanto a radiação, por ser
com
transmissão através de ondas eletromagnéticas, pode ocorrer no
vácuo (como o calor vindo do Sol, por exemplo). γ LÍQUIDO = γ FRASCO + γ APARENTE

DILATAÇÃO
GASES PERFEITOS
Dilatação Linear – Quando a variação das medidas de um corpo,
devido a uma variação de temperatura, é significante em apenas uma A equação de Clapeyron relaciona as três variáveis de estado de um
dimensão, temos a dilatação linear. gás: pressão, volume e temperatura.
p ⋅V = n ⋅ R ⋅ T
Onde n é o número de mols do gás, R é a constante universal dos
L0 atm ⋅ L J
gases perfeitos: R = 0,082 = 8,31
mol ⋅ K mol ⋅ K

ΔL = L0 ⋅ α ⋅ Δθ Se a pressão é constante (transformação isobárica):


Δθ
ΔL V = k1 ⋅ T (Lei de Gay-Lussac)
L = L0 ⋅ (1 + α ⋅ Δθ )
V

L = L0 + ΔL

Dilatação Superficial – Quando a variação das medidas de um corpo,


devido a uma variação de temperatura, é significante em apenas duas
dimensões, temos a dilatação superficial. Se a superfície considerada
possuir um orifício, este irá dilatar/contrair comportando-se como se
fosse constituído do mesmo material que a superfície.
T

S0

Se o volume é constante (transformação isométrica):


p = k2 ⋅ T (Lei de Charles)
ΔS = S0 ⋅ β ⋅ Δθ p
Δθ
S = S0 ⋅ (1 + ⋅β ⋅ Δθ )

S = S0 + ΔS

Dilatação Volumétrica – Quando a variação das medidas de um


corpo, devido a uma variação de temperatura, é significante em todas
as dimensões, temos a dilatação superficial. Da mesma forma que a T
dilatação superficial, o volume interno delimitado por um objeto
volumétrico, comportar-se-á da mesma forma como se fosse
constituído do material do próprio objeto.
Se a temperatura é constante (transformação isotérmica):
ΔV = V0 ⋅ γ ⋅ Δθ V = V0 ⋅ (1 + γ ⋅ Δθ ) k
p = 3 (Lei de Boyle-Mariotte)
V
p

Δθ
V0 V = V0 + ΔV

Relação entre os coeficientes de dilatação:


α β γ
= =
1 2 3
V
Dilatação em Líquidos – Nos líquidos, ocorre exclusivamente a
dilatação volumétrica. Porém, como o líquido estará sempre contido
dentro de um recipiente, devemos também levar em conta o efeito da Quando o número de mols permanece constante durante a
dilatação, devido à variação de temperatura, sobre o frasco que o transformação, temos a Lei Geral dos Gases Perfeitos:
contém. Visualmente, o que observamos é apenas a dilatação p1 ⋅ V1 p2 ⋅ V2
=
aparente. Para obtermos a dilatação real, devemos somar a dilatação T1 T2
aparente com a dilatação do recipiente.

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Numa mistura de k gases perfeitos, supondo que eles não reajam Relação entre CP , CV e R → CP − CV = R
entre si, temos que nM = n1 + ... + nk
Portanto: Energia interna
pM ⋅ VM p1 ⋅ V1 p ⋅V Todos os corpos são formados por partículas (átomos e moléculas).
= + ... + k k Estas partículas estão em constante movimento e ainda exercem
TM T1 Tk
forças mútuas (Gravitacional, Eletromagnética, etc.). Ao movimento
das partículas associa-se a energia cinética (de translação e/ou de
TERMODINÂMICA
vibração e/ou de rotação) enquanto que às ações mútuas associa-se a
energia potencial. O somatório de todas essas formas de energia é
Trabalho – Dizemos que um gás realiza trabalho quando sofre uma
denominado ENERGIA INTERNA OU ENERGIA PRÓPRIA.
transformação na qual o seu volume aumenta, e que ele recebe
trabalho quando sofre uma transformação na qual o seu volume Teorema de Boltzmann
diminui. Quando a transformação sofrida pelo gás é caracterizada
através de um gráfico da pressão em função do volume, o módulo do “Se um sistema de moléculas se encontra em equilíbrio
trabalho é numericamente igual à área delimitada pela curva e pelo térmico, para uma temperatura absoluta T, então a energia
eixo das abscissas. cinética média se distribui igualmente entre todos os graus
p de liberdade, e é igual a 12 ⋅ k ⋅ T , onde k é a constante de
N
| τ | = Área(curva ) Boltzmann.”

⎧τ > 0 ⇔ Volum e aum entou ⇒ Os gases monoatômicos apresentam como único movimento

⎨τ < 0 ⇔ Volum e dim inuiu definido para as moléculas deste gás é o movimento de translação.
⎪τ = 0 ⇔ Volum e constante Como este movimento pode ser decomposto em três direções, tem-se
⎩ três graus de liberdade.
Podemos dizer que para gases monoatômicos, a energia interna é
3
V dada por U = n ⋅ R ⋅ T , onde n = é o número de mols; R = constante
2
Em particular, numa transformação isobárica (a pressão constante), universal dos gases; T = temperatura absoluta.
temos:
1ª Lei da Termodinâmica – O calor (recebido ou fornecido) por um
p gás é em parte convertido em trabalho (realizado ou recebido) e parte
convertido em energia interna.
Q = τ + ΔU

O enunciado da 1ª Lei da Termodinâmica expressa a conservação da


p0 energia de um sistema: o calor que não é aproveitado em forma de
trabalho é armazenado sob a forma de energia interna.
As convenções de sinal são as seguintes:

⎧Q > 0 ⇔ Calor recebido pelo gás


V ⎪
⎨Q < 0 ⇔ Calor cedido pelo gás
V1 V2 ⎪
⎩Q = 0 ⇔ Transformação Adiabática ⇔ τ = −ΔU
τ = p0 ⋅ ΔV = p0 ⋅ (V2 − V1 )
⎧τ > 0 ⇔ ΔV > 0 (Expansão) ⇔ Gás realiza trabalho

Tipos de aquecimento de um sistema ⎨τ < 0 ⇔ ΔV < 0 (Compressão) ⇔ Gás recebe trabalho
Os mais importantes tipos de aquecimento de um determinado ⎪τ = 0 ⇔ ΔV = 0 (Transformação Isómétrica) ⇔ Q = ΔU
sistema são o aquecimento isobárico (a pressão constante), o ⎩
aquecimento isotérmico (a temperatura constante) e o aquecimento
isocórico (ou isovolumétrica ou isométrica: a volume constante). ⎧ΔU > 0 ⇔ ΔT > 0 (Aquecimento)

O calor recebido tanto a pressão quanto a volume constante por um ⎨ΔU < 0 ⇔ ΔT < 0 (Resfriamento)
sistema varia sua temperatura sendo, portanto, um calor sensível. ⎪ΔU = 0 ⇔ ΔT = 0 (Transformação Isotérmica)
a) Quantidade de calor sensível num aquecimento isobárico (QP) ⎩
QP = m ⋅ cP ⋅ ΔT , sendo que:
Num ciclo, a área dentro da curva fechada dá o módulo do trabalho
→ m é a massa realizado (sentido horário, τ > 0 ) ou recebido (sentido anti-horário,
→ cP é o calor específico à pressão constante. τ < 0 ). Além disso, a variação de energia interna num ciclo é nula
→ ΔT é a variação de temperatura.
( ΔUCICLO = 0 ).
A massa pode ser dada por: m = n ⋅ M (n é o número de mols e M é a
massa molar). Assim:
QP = n ⋅ M ⋅ cP ⋅ ΔT = n ⋅ CP ⋅ ΔT , onde CP = M ⋅ cP é o calor molar à
pressão constante do gás.
b) Quantidade de calor sensível num aquecimento isocórico (QV)
A quantidade de calor é dada por: QV = m ⋅ cV ⋅ ΔT , onde:
→ m é a massa
→ cV é o calor específico à volume constante.
→ ΔT é a variação de temperatura.
A massa pode ser dada por: m = n ⋅ M (n é o número de mols e M é a
massa molar). Assim:
QV = n ⋅ M ⋅ cV ⋅ ΔT = n ⋅ CV ⋅ ΔT , onde CV = M ⋅ cV CV é o calor molar à
volume constante do gás.

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p
P
N
Q1
| τ | = Área(curva) P1 1

P2 2
T1=T2

P4 4
3 T3=T4
P3
V
V V1 V4 V2 V3

Máquinas Térmicas – Uma máquina térmica realiza trabalho retirando Q2


calor de uma fonte quente, a uma temperatura T1 e rejeitando calor
para uma fonte fria, a uma temperatura T2 (com T2 < T1 ).
OBS.: Máquinas de refrigeração realizam os processos citados acima
de maneira inversa, retirando calor da fonte fria, sofrendo trabalho e
RESERVATÓRIO QUENTE cedendo calor para a fonte quente.
T1
Q1
ONDAS
Bomba Ger. de vapor Turbina
(condensador) Onda – É toda perturbação que se propaga.
W A propriedade fundamental de uma onda é que ela transporta energia
sem transportar matéria.
Quanto à natureza, uma onda pode ser:
(W) Condensador Mecânica – propaga-se apenas em meios materiais.
(evaporador) Eletromagnética – propaga-se tanto em meios materiais quanto no
(Turbina) (Bomba) vácuo.
Q2
RESERVATÓRIO FRIO Quanto à direção de vibração, uma onda pode ser:
Transversal – a direção de propagação é perpendicular à direção de
T2 vibração.
Longitudinal – a direção de propagação é a mesma da direção de
O trabalho realizado, nesse caso, será dado pela diferença entre o vibração.
calor retirado da fonte quente e o calor rejeitado para a fonte fria: Mista – ocorre propagação tanto na direção de vibração quanto numa
direção perpendicular a ela.
τ = Q1 − Q2
Elementos de uma onda:
A eficiência da máquina térmica será dada pela fração do calor Período (T) – Intervalo de tempo que uma onda leva para completar
fornecido pela fonte quente ( Q1 ) que é efetivamente convertido em uma oscilação.
Frequência (f) – Número de ciclos que a onda completa num
trabalho ( τ ). determinado intervalo de tempo.
τ Q2 Comprimento de onda ( λ ) – Distância que a onda percorre num
η= = 1−
Q1 Q1 intervalo de tempo igual a um período.
Amplitude (A) – Máxima distância que um ponto da onda atinge na
A 2ª Lei da Termodinâmica, entretanto, diz que a eficiência de uma vertical a partir da posição de equilíbrio.
máquina térmica nunca será igual a 100%. Velocidade de propagação – Razão entre a distância percorrida e o
. intervalo de tempo correspondente.

2ª Lei da Termodinâmica – Uma máquina térmica operando num λ


ciclo não consegue transformar integralmente todo o calor que recebe A
em trabalho. O rendimento máximo é aquele conseguido no ciclo de
Carnot.
T
ηMÁX = 1 − 2 (rendimento do ciclo de Carnot), com:
T1
λ v
T2 Q2
=
T1 Q1
λ
Relação fundamental: v = = λ ⋅f
T
O ciclo de Carnot está representado abaixo, operando entre duas
adiabáticas (23 e 41), e duas isotermas (12 e 34). Equação da Onda:
2π 2π
y ( x; t ) = A ⋅ cos(k ⋅ x − ω ⋅ t + φ0 ) = A ⋅ cos( x− t + φ0 )
λ T
Intensidade de uma onda esférica – Uma onda tridimensional se
propaga em todas direções como uma superfície esférica, e sua

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intensidade ( I ), a uma distância r da fonte de origem dessas ondas, é


Pot Pot
dada por I = =
S 4π ⋅ r 2
E
Onde Pot = TR é a potência transmitida pela onda, definida como o
Δt
quociente da energia ( E TR ) que a onda está transportando por uma
determinada área S que a mesma atravessa.
Corda submetida a tensão – Quando uma corda, de densidade linear
μ , está sendo mantida tensa pela ação de uma força F , podemos
relacionar a velocidade de propagação de uma onda nessa corda com
o módulo da força tensora através da relação de Taylor: λ
Superposição de Ondas – Quando dois pulsos propagando-se em
|F | sentidos opostos se encontram, temos uma superposição desses
v=
μ pulsos. Após o encontro, os pulsos continuam seu caminho sem que
nenhuma propriedade (período, velocidade, frequência, etc) tenha se
REFLEXÃO DE ONDAS alterado.
Ângulo de incidência (i) = Ângulo de reflexão (r)
Na reflexão de uma onda, permanecem inalterados: o comprimento
de onda, a frequência e, por conseguinte, a velocidade de
propagação.
Haverá inversão de fase na reflexão se a onda estiver se
propagando de um meio menos para um meio mais refringente.
Caso contrário não haverá inversão de fase.
Normal

Ondas incidentes Ondas refletidas Interferência Construtiva – ocorre quando as amplitudes das ondas
se somam.
Interferência Destrutiva – ocorre quando as amplitudes das ondas se
cancelam.
Análise das diferenças de caminhos:
Ondas em concordância de fase:
Interferência construtiva:
Δr = n ⋅ λ, n ∈ Z
Interferência destrutiva:
λ
Δr = n , n ímpar ∈ Z
I R 2
REFRAÇÃO DE ONDAS Ondas em oposição de fase:
Interferência construtiva:
Na refração de uma onda vale a Lei de Snell-Descartes, onde:
n1 ⋅ sen( i ) = n2 ⋅ sen( r ) , λ
Δr = n , n ímpar ∈ Z
2
c Interferência destrutiva:
onde n = é o índice de refração de cada meio.
v Δr = n ⋅ λ, n ∈ Z

ONDAS ESTACIONÁRIAS

i Ondas estacionárias –
Numa corda de
n1 comprimento L, e com
seus dois extremos fixos,
n2 podemos produzir pulsos
idênticos de onda
r propagando-se em
sentidos contrários. O
resultado é a formação
de ondas estacionárias.
O número de ventres
Na refração de uma onda, permanecem inalteradas: a fase e a que se formam dão
frequência da onda. origem ao n-ésimo
DISPERSÃO E INTERFERÊNCIA DE ONDAS harmônico, como ilustra
a figura ao lado.
Difração – Mudança da direção de propagação da onda ao passar por
uma fenda de tamanho comparável ao seu comprimento de onda. Assim, o número de ventres formados corresponde ao número de
vezes em que o comprimento total da corda foi subdividido em meio
comprimento de onda.
λ v
L = n , com n = 1; 2; 3; 4;... ⇒ fn = n
2 2L

TUBOS SONOROS

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⎧+, se o observador se aproxima


Tubos Abertos: No numerador: ⎨
λ v ⎩−, se o observador se afasta
L=n , com n = 1; 2; 3; 4;... ⇒ fn = n (semelhante a onda
2 2L ⎧−, se a fonte se aproxima
No denominador: ⎨
estacionária numa corda) ⎩+, se a fonte se afasta

Ou ainda, podemos considerar o sinal de acordo com o sistema de


referencial abaixo considerando os movimentos progressivos
como positivos e retrógrados com sinal negativo.

Sentido de
movimento

Tubos Fechados:
λ v
L = ( 2n − 1) , com n = 1;2;3;4;... ⇒ f( 2n −1) = ( 2n − 1)
4 4L

ACÚSTICA
Altura de um som – distingue sons de baixa frequência (graves)
daqueles de alta frequência (agudos).
Intensidade – distingue os sons fortes dos fracos, está relacionada à
amplitude da onda emitida.
Timbre – distingue a fonte que emite o som, está relacionado à forma
da onda emitida.
Intensidade de um som em relação a uma referência:
⎛I ⎞
S − S0 = k ⋅ log ⎜ ⎟
⎝ I0 ⎠
Efeito Doppler-Fizeau – Variação da frequência percebida por um
observador que está em movimento relativo em relação a uma fonte
emissora de ondas. A frequência aparente é dada por:
⎛ v ± vO ⎞
fAP = ⎜⎜ S ⎟⎟ f
⎝ vS ∓ vF ⎠
A convenção de sinais, nesse caso, é a seguinte:

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APOSTILA DE REVISÃO
DIFERENÇAS FORMAIS ENTRE
PORTUGUÊS BRASILEIRO E PORTUGUÊS EUROPEU

PORTUGUÊS – INTERPRETAÇÃO Pronomes Pessoais e de tratamento: em algumas regiões do Brasil,


o pronome de tratamento você ganhou estatuto de pronome pessoal, e
nessas áreas houve uma quase extinção do uso do tu e do vós. O
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA você em Portugal é uma forma de tratamento semi-formal, já no Brasil
é a forma mais comum de se dirigir a qualquer pessoa, excetuando-se
A rigor, podem ser de três tipos: pessoas mais velhas ou, em situações formais, superiores
hierárquicos ou autoridades
Histórica: A variação linguística histórica pode ser reconhecida ao se
comparar pelo menos dois estados sucessivos da língua. Embora
pareça que ambas as variantes não coexistam no tempo, o processo Uso dos pronomes pessoais e formas de tratamento
não é tão simples. Primeiramente uma variante é apenas mais uma, 1.ª p. sin. Eu falo
restrita a um grupo de falantes. Se ao se propagar ela for adotada por
um grupo que tem expressividade socioeconômica, esta variante Brasil: pouco usado
2.ª p. sin. Tu falas
passa a ser a normal, se fixando na escrita, e a antiga fica restrita ao Portugal: informal
grupo de falantes mais velhos, caindo por fim em desuso. Portanto, Ele/Ela Você no Brasil: informal
por algum tempo, as variantes convivem. As variantes históricas em Você Você em Portugal: semi-formal
desuso normalmente têm menos prestígio do que as atuais. 3.ª p. sin. fala
Senhor/Senhora Senhor/Senhora: sempre formal
A gente A gente: sempre informal
Geográfica: Em uma mesma comunidade linguística, pode-se notar
variação conforme se afasta de um ponto em direção à outro. Essas 1.ª p. pl. Nós falamos
diferenças podem ser na forma de pronunciar os sons, nas Brasil: não se usa
construções sintáticas e no uso característico do vocabulário. Esse 2.ª p. pl. Vós falais
Portugal: usa-se pouco
tipo de variação é gradual e não necessariamente respeita as
fronteiras políticas, que são claramente definidas. Eles/Elas Vocês: sempre informal
3.ª p. pl. Vocês falam Senhores/Senhoras: sempre
Social: Mesmo falantes de uma mesma região geográfica se Senhores/Senhoras formal
expressam de maneiras diferentes, resultado de seu domínio da
língua, que é um processo constante, que se origina no contato entre Uso de reflexivos e da voz passiva sintética: há no PB uma
os falantes. Esse tipo de variação é o resultado da tendência para tendência de se omitir o uso dos pronomes reflexivos em alguns
maior semelhança entre os atos verbais dos membros de um mesmo verbos, exemplo: eu lembro ao invés de eu me lembro, ou eu deito ao
setor sociocultural da comunidade. Além do fator social, o nível de invés de eu me deito. Em particular, verbos que indicam movimento
instrução, o sexo, a idade, influenciam a expressão linguística de como levantar-se, sentar-se, mudar-se, ou deitar-se são normalmente
maneira isolada ou coordenada. Embora a divisão de uma tratados como não-reflexivos no PB coloquial. O uso da voz passiva
comunidade linguística em setores sociais não necessariamente analítica é também muito mais comum em PB do que em outras
impeça a comunicação, indica a estratificação da sociedade e do nível variantes, onde a voz passiva sintética com a partícula apassivadora -
ao qual pertence o falante e seu grau de prestígio. se é preferida. Como exemplo, é muito mais comum dizer-se no Brasil
a partida foi disputada do que a partida disputou-se ou a partida se
Há, também, as variantes linguísticas, muito abordadas nos disputou.
vestibulares. Todos os falantes adotam diversas formas de acordo
com as circunstâncias, mesmo que tenham o mesmo meio social e Pronomes oblíquos: o PB tem tendência proclítica; o PE tem
regional. Há uma adequação do falante às finalidades específicas de tendência enclítica.
uma situação, resultante de uma seleção dentre o conjunto de formas
que constitui o saber linguístico individual, sendo tantas as variedades
quanto às situações. Como o estilo adotado varia conforme o grau de PB PE
reflexão e preparo, pode-se abstrair as formas intermediárias e
Eu o convido Convido-o
reconhecer duas extremas: o “informal”, com grau mínimo de reflexão,
e o “formal”, resultado de “grande elaboração”. No estilo informal não Ele me viu Ele viu-me
há grande reflexão e serve para o uso cotidiano e “há um mínimo de
consciência na seleção das formas linguísticas empregadas”. Já o Eu te amo Amo-te
formal se presta às necessidades intelectuais e não cotidianas e a
seleção é consciente. O resultado é maior adesão às normas aceitas Ele se encontra Ele encontra-se
como prestigiosas pela sociedade. Esta modalidade formal é mais
comum na escrita, devido à possibilidade de revisão. Me parece Parece-me

Gerúndio: infinitamente mais presente no PB.

PB PE Observações
Este tipo de estrutura é tão
Eu estou Eu estou a usado que pode dar a ideia de
cantando cantar que em Portugal não se usa
gerúndio
Neste caso (verbo ir,
A vida vai A vida vai
expressando mudança
moldando a moldando a
gradual), é sempre usado o
pessoa... pessoa...
gerúndio
Há casos (como nos verbos
O governo O governo
continuar e acabar) em que no
continua continua a
Brasil também se pode não
defendendo... defender...
usar o gerúndio

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FUNÇÕES DA LINGUAGEM — Já disse que sim!


— Eu também. Está tão bonita!”
Elementos fundamentais da comunicação — Ah, bem, é que eu...
emissor - emite, codifica a mensagem — Ah, é.
receptor - recebe, decodifica a mensagem (Dalton Trevisan)
mensagem - conteúdo transmitido pelo emissor
código - conjunto de signos usado na transmissão e recepção da Metalinguística: o objetivo é o uso do código para explicar o próprio
mensagem código. É o que acontece com textos que interpretam outros textos,
referente - contexto relacionado a emissor e receptor com dicionários, com poemas que falam da poesia, como ‘Procura da
canal - meio pelo qual circula a mensagem poesia', de Carlos Drummond de Andrade, cujo trecho transcreve-se
A linguagem sempre varia de acordo com a situação, abaixo:
assumindo funções que levam em consideração o que se quer
transmitir e que efeitos se espera obter com o que se transmite. Não faças versos sobre acontecimentos.
Assim, analisando qualquer texto, qualquer imagem, pode-se Não há criação nem morte perante a poesia.
depreender que a língua funciona para atingir um objetivo. Não há Diante dela, a vida é um sol estático,
comunicação neutra. Há sempre um contexto, uma necessidade, uma não aquece nem ilumina.
situação pessoal determinando o que se diz, por intermédio de um As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam.
discurso que pode ser informativo, autoritário, apelativo ou poético. Não faças poesia com o corpo,
Deste modo, pode-se falar em funções da linguagem. Analisar as esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão
funções da linguagem nos textos alheios ajuda-nos a descobrir os lírica.
objetivos que direcionaram sua elaboração. Aplicá-las aos nossos
ajuda-nos a planejar melhor sua comunicabilidade e eficiência. As Poética: o objetivo é dar ênfase à elaboração da mensagem . O
funções da linguagem são as seguintes: emissor constrói seu texto de maneira especial, realizando um
trabalho de seleção e combinação de palavras, de ideias ou de
Referencial ou denotativa: seu objetivo é traduzir a realidade imagens, de sons e/ ou de ritmos. Explora-se bastante a conotação.
(referente ), informando com máximo de clareza possível. Nos textos
científicos e em alguns jornalísticos predomina essa função. Não sinto o espaço que encerro
Nem as linhas que projeto
Em 1665¸ Londres é assolada pela peste negra (peste bubônica) que Se me olho a um espelho, erro —
dizimou grande parte de sua população, provocando a quase total Não me acho no que projeto
paralisação da cidade e acarretando o fechamento de repartições (Mário de Sá-Carneiro)
públicas, colégios etc. Como consequências desta catástrofe, Newton
retornou a sua cidade natal, refugiando-se na tranquila fazenda de sua ATENÇÃO: As funções da linguagem não existem isoladas em cada
família, onde permaneceu durante dezoito meses, até que os males da texto. Embora uma delas acabe predominando, elas convivem,
peste fossem afastados, permitindo seu regresso a Cambridge. mesclam-se, entrecruzam-se o tempo todo, obtendo-se de suas
Este período passado no ambiente sereno e calmo do campo foi, combinações os mais diferentes efeitos. No último exemplo, por
segundo as palavras do próprio Newton, o mais importante de sua exemplo, temos a combinação das funções poética e emotiva.
vida. Entregando-se totalmente ao estudo e à meditação, quando tinha
apenas 23 a 24 anos de idade, ele conseguiu, nesta época, realizar FIGURAS/VÍCIOS DE LINGUAGEM
muitas descobertas, desenvolvendo as bases de praticamente toda a
sua obra. As figuras de linguagem são estratégias literárias que o
(Antônio Máximo e Beatriz Alvarenga. In. Curso de Física. São Paulo: escritor pode aplicar no texto para conseguir um efeito determinado na
Harbra, 1992. v. 1, p. 196.) interpretação do leitor. Abaixo, a classificação, o conceito e um
exemplo das principais figuras de linguagem, em ordem alfabética
Emotiva ou expressiva: o objetivo é expressar emoções, para facilitar a consulta:
sentimentos, estados de espíritos. O que importa é o emissor , daí o
registro em primeira pessoa. Aliteração: Repetição de fonemas consonantais.
"Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando..." (Guimarães
Estou tendo agora uma vertigem. Tenho um pouco de medo. A que Rosa)
me levará minha liberdade? O que é isto que estou te escrevendo?
Isto me deixa solitária. Anacoluto: Quebra na construção sintática.
(Clarrice Lispector) "O homem daqui, acho que o conceito de felicidade é muito subjetivo"
(Rachel de Queiroz)
Conativa ou apelativa: o objetivo é convencer o receptor a ter Anáfora: Repetição da mesma palavra no come- co de cada um dos
determinado comportamento, através de uma ordem, uma invocação, membros da frase.
uma exortação, um súplica, etc. Os anúncios publicitários abusam Água de fonte... Água de oceano... água de pranto...água de rio..."
dessa linguagem. Os discursos autoritários também. (Manuel Bandeira)

O arauto proclamou: Antítese: Aproximação de ideias opostas.


Meu estimado povo.Que as bênçãos de Deus, senhor todo-onipotente, "Eu, que sou cego, mas só peço luzes...
desçam sobre vocês. Visando combater os gastos desnecessários e que sou pequeno, mas só fito os Andes..." (Castro Alves)
luxo. Visando dar igualdade geral ao país, com objetivo de eliminar Antonomásia: Designação de uma pessoa por algum atributo a que
invejas, rancores, entre irmãos, o Governo, em acordo com as fábricas esteja ligado.
de calçados, determinou que a partir deste momento será fabricado O poeta dos escravos. (para Castro Alves)
para toda a nação um só tipo de sapato, masculino e feminino.
Fechado, liso e encontrável apenas na discreta e tão bonita cor preta. Apóstrofe: Evocação de um ser, animado ou não; corresponde ao
( Ignácio de Loylola Brandão, Zero. ) vocativo.
"Ó mar salgado, quanto do teu sal
Fática: o objetivo é apenas estabelecer, manter ou prolongar o são lágrimas de Portugal" (Fernando Pessoa)
contato (através do canal ) com o receptor: As expressões usadas nos
cumprimentos, ao telefone e em outras situações apresentam este tipo Assíndeto: Omissão intencional da conjunção
de função. "Soltei a pena, Moisés dobrou o jornal, Pimentel roeu as unhas."
(Graciliano Ramos)
— Como vai, Maria?
Assonância: Repetição de fonemas vocálicos.
— Vou bem. E você?
"Desejo de ser eu mesmo de meu ser me deu." (Fernando Pessoa)
— Você vai bem, Maria?

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Catacrese: Metáfora desgastada de uso popular. Vícios de linguagem são palavras ou construções que deturpam,
As pernas da cadeira estão bambas. desvirtuam ou dificultam a manifestação do pensamento, seja pelo
desconhecimento das normas cultas, seja pelo descuido do emissor.
Elipse: Omissão de um termo facilmente subentendido. Abaixo, a classificação dos principais conceitos:
“Sou ave de rapina / sou mulher e sou menina" (Polleti)
Ambiguidade: é a possibilidade de uma mensagem admitir mais de
Epístrofe: Repetição da mesma palavra no final de cada um dos um sentido. Ela geralmente é provocada pela má organização das
membros da frase. palavras na frase.
Gestos largos, vaidades largas, consciências largas... "A mãe encontrou o filho em seu quarto." (No quarto da mãe ou do
Eufemismo: Suavização de uma palavra ou expressão desagradável. filho?)
Ele faltou com a verdade. "Como vai a cachorra da sua mãe?" (Que cachorra? a mãe ou a
cadela criada pela mãe?)
Gradação: Sequência de palavras com intensificação ou atenuação Barbarismo: erros de pronúncia, grafia, morfologia etc, tais como
gradual no sentido. "adevogado" ou "eu fazi".
"Já se supunha um príncipe, um gênio, um deus..." (Machado de
Assis) Cacofonia: é um som desagradável ou obsceno formado pela união
das sílabas de palavras contíguas. Por isso temos que cuidar quando
Hipérbato: Inversão na ordem direta dos termos da oração. falamos sobre algo para não estarmos ofendendo a pessoa que ouve.
"De tudo, ao meu amor serei atento "A boca dela é linda!"
Antes, e com tal zelo, e sempre..." (Vinícios de Moraes) "Dê-me uma mão, por favor."
Hipérbole: Exagero na expressão, produzida por emoção intensa. "Ela se disputa para ele."
Chorarei rio de lágrimas, se me deixares. "Vou-me já, pois estou atrasado."
"Eu amo ela demais !!!"
Ironia: Sugestão, pela entonação ou contexto, do contrário do que se
pensa. Plebeísmo: normalmente utiliza palavras de baixo calão, gírias e
"A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças." outras deste mesmo tipo
(Monteiro Lobato) "Ele era um tremendo mané!"
"Tô ferrado!"
Metáfora: Comparação mental por alguma relação de semelhança. "Tá ligado nas quebradas, meu chapa?"
"O amor é um grande laço." (Djavan) "Esse bagulho é 'radicaaaal'!!! Táh ligado manow ?"
Metonímia: Dois elementos se condensam por uma relação de Pleonasmo: repetição inútil e desnecessária de termos em uma
interdependência. frase.
Eu leio Saramago. (no caso, a obra, o livro dele) "Ele vai ser o protagonista principal da peça".
"Meninos, entrem já para dentro!"
Onomatopeia: Criação de palavras para imitar sons.
"Estou subindo para cima."
Ouvia-se o blém-blém do sino da igreja a cada hora.
Prolixidade: é o excesso de palavras para exprimir poucas ideias. Ao
Paradoxo: Reunião de ideias contraditórias num só pensamento.
texto prolixo falta objetividade que, quase sempre, compromete a
" (o amor) ...é um contentamento descontente" (Camões)
clareza e cansa o leitor.
Paronomásia: Uso de palavras parecidas no som, mas diferentes no
Solecismo: é uma inadequação na estrutura sintáctica da frase com
sentido.
relação à gramática normativa do idioma. Há três tipos de solecismo:
Se você não pede, o Paraná perde.
de concordância:
Perífrase: Designação de um lugar por seus atributos ou "Fazem três anos que não vou ao médico." (Faz três anos que não
características marcantes. vou ao médico.)
Cidade Maravilhosa (Rio de Janeiro) "Aluga-se salas nesse edifício." (Alugam-se salas nesse edifício.)
de regência:
Pleonasmo: Redundância com objetivo enfático. "Ontem eu assisti um filme de época." (Ontem eu assisti a um filme
"Chovia uma triste chuva de resignação." (Manuel Bandeira) de época.)
Polissíndeto: Repetição de conjunção coordenativa. "Eu namoro com Fernanda." (Eu namoro Fernanda.)
"trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua" (O. Bilac) de colocação:
"Me empresta um lápis, por favor." (Empresta-me um lápis, por
Prosopopeia: Atribuição de ações, qualidades ou sentimentos a seres favor.)
inanimados. "Me parece que ela ficou contente." (Parece-me que ela ficou
O telefone gritava enlouquecido. contente.)
Quiasmo: Repetição com inversão na ordem dos termos (ab-ba). "Eu não respondi-lhe nada do que perguntou." (Eu não lhe respondi
"Tinhas a alma de sonhos povoada nada do que perguntou.)
e a alma de sonhos povoada eu tinha" (O. Bilac) Eco: ocorre quando há na frase terminações iguais ou semelhantes,
Silepse: Concordância ideológica. provocando dissonância.
Pessoa: Os brasileiros somos otimistas. "Fala em desenvolvimento é pensar em alimento, saúde e educação."
Número: A multidão assistia satisfeita, aplaudiam e acreditavam.
Gênero: Achava Josefina feio, então todos a chamavam de Jô. AMBIGUIDADE/POLISSEMIA

Sinestesia: Fusão de sensações perceptíveis por diferentes órgãos Ambiguidade: é a duplicidade de sentido. Como recurso estilístico,
de sentidos. pode propositalmente sugerir significados diversos para um mesmo
"Geme um gemido aveludado, lilás" (Monteiro Lobato) enunciado.
O cachorro do seu irmão avançou sobre o amigo.
Zeugma: Omissão de um termo já mencionado.
Ele leciona Física e eu, Química. Polissemia: é a propriedade que uma mesma palavra tem de
apresentar vários significados.
Ele ocupa um alto posto na empresa.
Abasteci meu carro no posto da esquina.
Os convites eram de graça.
Os fiéis agradecem a graça recebida.

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IMPLÍCITOS: PRESSUPOSTOS E SUBENTENDIDOS em si indeterminável, mas que estão subordinados uns aos outros,
quanto à respectiva informação relativa.
Toda unidade de conteúdo, capaz de ser decodificada,
possui, necessariamente, no enunciado, um suporte linguístico CHARGES/TIRINHAS
qualquer. Esse suporte possui na própria superfície estrutural uma
unidade de conteúdo - simples ou não - que envolve aspectos lexicais, Charge: é um estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar, por
sintáticos, semânticos e pragmáticos: é a chamada “materialidade meio de uma caricatura, algum acontecimento atual com uma ou mais
linguística”. Tem ele também uma ancoragem, caracterizadora de personagens envolvidas. Muito utilizadas em críticas políticas no
todos os conteúdos explícitos, mas igualmente de certos tipos de Brasil, é sempre contundente. Mais do que um simples desenho, a
conteúdos implícitos: são os pressupostos e os subentendidos. Esses charge é uma crítica político-social onde o artista expressa
conteúdos implícitos são resultantes de um cálculo composicional que graficamente sua visão sobre determinadas situações cotidianas
aplica certos dados extra-enunciativos. Vejamos o exemplo a seguir: através do humor e da sátira. Ideais para delinear os campos de cores
A justiça decidiu. fortes e contrastantes das figuras, contribuindo para um forte impacto
No enunciado, o que, à primeira vista, parece estar afirmado visual e uma estética bem agradável ao espectador. Para entender
claramente, em verdade suscita dúvidas naquele alocutário que uma charge não precisa ser necessariamente uma pessoa culta, basta
desejar ou necessitar de uma informação que está aí codificada. Basta estar por dentro do que acontece ao seu redor.Constitui uma
que ele indague: Quem decidiu? E a resposta virá imediatamente da linguagem bastante fácil de ser assimilada e absorvida pelo grande
própria assertiva: A Justiça. Justiça tem o papel de agente e sujeito público em geral, podendo atingir sua ampla diversidade nos aspectos
gramatical na estrutura sintática. Permite uma rápida análise da econômico, social e faixa etária.
estrutura de superfície em uma configuração semântica simples. Do Tirinhas: As histórias em quadrinhos são enredos narrados quadro a
ponto de vista gramatical e sintático tudo é muito simplório e parece quadro por meio de desenhos e textos que utilizam o discurso direto,
muito lógico. A retórica é perfeita. A metonímia está em ação. característico da língua falada. Os quadrinhos têm como objetivo
Mas... semanticamente: Quem é Justiça? Decisões são principal a narração de fatos procurando reproduzir uma conversação
tomadas por seres humanos (racionais). Que implícito é este? Que natural, na qual os personagens interagem face a face, expressando-
interpretação deve substituir o termo Justiça? Qual a razão desse se por palavras e expressões faciais e corporais. Todo o conjunto do
recurso metonímico? Percebe-se, então, uma estratégia retórica quadrinho é responsável pela transmissão do contexto enunciativo ao
usada para aumentar a eficácia do discurso e a interação leitor. Assim, o contexto é obtido por meio de descrições detalhadas
comunicativa. Estratégia usada para que se percebam, da melhor através da palavra escrita. Nas HQs, esse contexto é fruto da
maneira possível, os objetivos da interação verbal, tais como: dicotomia verbal / não verbal, na qual tanto os desenhos quanto as
compreensão, aceitação do discurso e sucesso do ato de expressão palavras são necessárias ao entendimento da história. Se os
(fala ou escrita). quadrinhos, como já citado, procuram reproduzir uma conversação
Enunciados desse gênero, em geral, são bastante breves e natural através da palavra escrita, torna-se necessário o estudo das
verificados, na maior parte, no uso linguístico cotidiano. Banais, na duas modalidades, oral e escrito, que constituem o mesmo sistema
aparência, e amplamente utilizados, contudo são facilmente linguístico. Como os quadrinhos também utilizam a linguagem não
perceptíveis e identificáveis por um conhecedor da Língua Portuguesa. verbal, que é fundamental na transmissão de sua mensagem, não se
Ora, os conteúdos ancorados diretamente possuem aí um ou vários pode deixar de citar a importância dos elementos específicos de um
suportes significantes específicos inscritos na sequência à qual se quadrinho como o requadro, o balão, e as legendas que auxiliam os
ligam. Aqueles ancorados indiretamente se enxertam sobre um ou recursos linguísticos (discurso direto, onomatopeia, expressões
mais conteúdos hiperordenados, sem possuírem significante próprio, populares), não verbais (gestos e expressões faciais) e
salvo a considerar este como virtualmente presente, mas oculto na paralinguísticos (prolongamento e intensificação de sons) na
estrutura superficial, isto é, elidido. compreensão da narrativa.
É sabido que discursos agem de modo eficaz, em grande
parte, graças a passageiros clandestinos presentes nas mensagens - GÊNEROS TEXTUAIS
os conteúdos implícitos, levando-os a inferências, nas quais atuam
pressupostos e subentendidos. Cabe ressaltar que qualquer Podemos, grosso modo, classificar os tipos de texto da seguinte
proposição implícita passível de extração de um enunciado e de forma:
dedução do respectivo conteúdo literal, combinando informações de Textos Jornalísticos
estatuto variável (interna ou externamente) constitui uma inferência. Textos Científicos/Divulgação Científica
Surge, então, um questionamento: de que modo levar Textos Literários
alguém a pensar em alguma coisa, se essa coisa não é dita (afirmada Textos Narrativos
ou expressa) e integra em alguma parte um enunciado? Querer dizer Textos Argumentativos
é, para um enunciado, significar. Mas querer dizer (afirmar/expressar) Textos Filosóficos
é para um enunciador ter a intenção deliberada de transmitir a outrem Mais do que decorar as características de cada um deles, é pertinente
uma informação. Ora, se pressupostos não constituem, em princípio, o saber lê-los, mesmo porque os diferentes gêneros misturam-se a cada
objeto essencial da mensagem, são, contudo, veiculados pelo contexto e os exercícios dos vestibulares fazem abordagens diversas,
enunciado, no qual se acham intrínseca e incontestavelmente dependendo do contexto discursivo em questão.
inscritos.
Em suma, os pressupostos são ditos, sem que se lhes queira COESÃO E COERÊNCIA
dizer. Uma afirmação do gênero Joaquim deixou de fumar relaciona-se
a: atualmente, ele não fuma mais; algum dia fumou ou era hábito dele Coesão: diz respeito à presença dos elementos coesivos no texto, tais
fumar. O conteúdo é enunciado explicitamente (posto), à medida que como conjunções, preposições, pronomes e advérbios.
representa o anúncio, é o objeto confesso da enunciação. Ora, os Coerência: diz respeito à relação harmoniosa entre as ideias
pressupostos se não constituem, em princípio, o objeto essencial da presentes em um texto, ao conteúdo: não deve haver contradição.
mensagem, são veiculados pelo enunciado do qual são depreendidos. Por um lado, coesão e coerência não se confundem. Por
Em João parou de jogar, a ação expressa pelo verbo parar veicula um outro lado, pode-se dizer que a coesão decorre da coerência. Se há
pressuposto (lexical) na base do qual se edifica a inferência sentido, há coesão, ainda que sem a presença concreta dos
pressuposta (e pela abreviação, o pressuposto): antes, João jogava. elementos coesivos.
Pressupostos são unidades de conteúdo que devem ser
necessariamente verdadeiras para que o enunciado que as contém INTERTEXTUALIDADE/INTERDISCURSIVIDADE
possa ser a ele atribuído um valor de verdade. Uma estrutura, cujo(s)
pressuposto(s) seja(m) julgado(s) falso(s), não produz o mesmo efeito É relação que se estabelece entre diferentes textos e
que uma outra na qual o(s) pressuposto(s) seja(m) considerado(s) diferentes discursos. Cada caso é um caso, portanto, cada questão
verdadeiro(s). No primeiro caso, rejeita-se ou refuta-se; no segundo, a que exigir a leitura de mais de um contexto ao mesmo tempo deve ser
aceitação do valor de verdade será plena. trabalhada nas suas peculiaridades, segundo o movimento exigido
Na realidade, a um mesmo enunciado se ligam diferentes pelo exercício.
níveis hierarquizados de pressupostos, cujo caráter informativo não é

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RELAÇÕES LINGUÍSTICAS

Sinonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou


mais que apresentam significados
Cômico - engraçado
Débil - fraco, frágil
Distante - afastado, remoto iguais ou semelhantes.

Antonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou


mais que apresentam significados diferentes, contrários.
Economizar - gastar
Bem - mal
Bom – ruim

Homonímia: É a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de


possuírem significados diferentes, possuem a mesma estrutura
fonológica.

As homônimas podem ser:


Homógrafas heterofônicas ( ou homógrafas) - são as palavras
iguais na escrita e diferentes na pronúncia.
Ex.: gosto ( substantivo) - gosto (1.ª pess.sing. pres. ind. - verbo
gostar)
Conserto ( substantivo) - conserto (1.ª pess.sing. pres. ind. -
verbo consertar)
Homófonas heterográficas ( ou homófonas) - são as palavras
iguais na pronúncia e diferentes na escrita.
Ex.: cela (substantivo) - sela ( verbo)
Cessão (substantivo) - sessão (substantivo)
Cerrar (verbo) - serrar ( verbo)
Homófonas homográficas ( ou homônimos perfeitos) - são as
palavras iguais na pronúncia e na escrita.
Ex.: cura (verbo) - cura ( substantivo)
Verão ( verbo) - verão ( substantivo)
Cedo ( verbo ) - cedo (advérbio)

Paronímia: É a relação que se estabelece entre duas ou mais


palavras que possuem significados diferentes, mas são muito
parecidas na pronúncia e na escrita.
Ex.: cavaleiro - cavalheiro
Absolver - absorver
Comprimento – cumprimento

Denotação - uso geral, comum, literal, finalidade prática, utilitária,


objetiva, usual.
Ex.: A corrente estava pendurada na porta.
corrente- cadeira de metal, grilhão (dicionário /Aurélio)

Conotação - uso expressivo, figurado, diferente daquele empregado


no dia-a-dia, depende do contexto.
Ex.:" A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir." ( Chico Buarque)
corrente- opinião da maioria

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OBS: se com a retirada do prefixo ou do sufixo não existir aquela


APOSTILA DE REVISÃO palavra na língua, houve parassíntese (infeliz existe e felizmente
existe, logo houve prefixação e sufixação em infelizmente;
PORTUGUÊS – GRAMÁTICA ensurde não existe e surdecer também não existe, logo
ensurdecer foi formada por parassíntese)
CRASE d) regressiva ou deverbal - redução da palavra primitiva
(frangão > frango gajão > gajo, rosmaninho > rosmano, sarampão
Crase é a fusão de duas vogais idênticas. Representa-se graficamente > sarampo, delegado >delega, flagrante > flagra,
a crase pelo acento grave. comunista>comuna). Cria substantivos, que denotam ação,
Fomos à piscina: à artigo e preposição derivados de verbos, daí ser chamado também derivação
Ocorrerá a crase sempre que houver um termo que exija a preposição deverbal (amparo, choro, vôo, corte, destaque, conserva, fala,
a e outro termo que aceite o artigo a. pesca, visita, denúncia etc.).
OBS: para determinar se a palavra primitiva é o verbo ou o
Casos obrigatórios substantivo cognato, usa-se o seguinte critério: substantivo
- locuções adverbiais formadas por preposições e palavra feminina: às denotando ação constitui-se em palavra derivada do verbo, mas
presas, às escondidas. se o substantivo denotar objeto ou substância será primitivo
- locuções prepositivas: à frente de, à custa de. (ajudar > ajuda, estudar > estudo ≠ planta > plantar, âncora >
- locuções conjuntivas: à medida que, à proporção que. ancorar)
- em certos pronomes demonstrativos quando vêm precedidos de e) imprópria ou conversão - alteração da classe gramatical da
verbos regidos pela preposição a: Vamos àquela festa; Refiro-me palavra primitiva ("o jantar" - de verbo para substantivo, "é um
àquilo que você disse. judas" - de substantivo próprio a comum, damasco por Damasco)
- quando se subentendem as expressões à moda de; à maneira de:
sapatos à Luís XV; bife à milanesa. - Hibridismo - são palavras compostas, ou derivadas, constituídas por
- com numerais indicando horas: às duas horas, às quatorze horas. elementos originários de línguas diferentes (automóvel e monóculo- gr
Antes de nomes de lugares que admitem artigo: Foi à Itália; Voltei à e lat / sociologia, bígamo, bicicleta - lat e gr / alcalóide, alcoômetro - ár.
Europa. e gr. / caiporismo - tupi e gr. / bananal - afric e lat. / sambódromo - afric
- antes das palavras casa e terra se estiverem determinadas: Fui à e gr / burocracia - fran e gr)
casa do médico; Voltaremos à terra de nossos ancestrais.
- Onomatopeia - reprodução imitativa de sons (pingue-pingue,
Casos em que não há Crase zunzum, miau, zinzizular)
- antes de verbo: Voltamos a contemplar a lua.
- antes de palavras masculinas: Gosto muito de andar a pé; - Siglonimização - formação de siglas, utilizando as letras iniciais de
Passeamos a cavalo. uma sequência de palavras (Academia Brasileira de Letras - ABL). A
- quando a preposição estiver no singular seguida de um substantivo partir de siglas, formam-se outras palavras também (aidético, petista,
no plural: Vamos a festas infantis. uergiano)
- antes de nomes de lugares que não admitem artigo: Irei a Curitiba.
- antes de pronomes de tratamento, exceção feita a senhora, - Redução – corte de um dos segmentos da palavra
senhorita e dona: Dirigiu-se a V.Sa. com aspereza; Dirigiu-se à (metropolitano=metrô; microcomputador=micro)
senhora com aspereza.
- antes de pronomes que repelem o artigo: Não vou a qualquer parte; - Estrangeirismo – palavra estrangeira empregada na língua
Fiz alusão a esta aluna. portuguesa (shopping)
- em expressões formadas por palavras repetidas: Estamos frente a
frente; Estamos cara a cara. - Neologismo – palavra de criação recente ou usada em novo sentido
- diante de artigos indefinidos: Vamos a uma feira na semana que (“ficar”)
vem.
- Na locução a distância, quando esta não estiver determinada: Ficou
a distância, observando; Ficou à distância de 10 metros, PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS
observando.
- Se não houver hífen, flexionam-se como substantivos simples:
Crase facultativa girassol - girassóis.
- Antes de nome próprio feminino: Refiro-me à (a) Juliana.
- Antes de pronome possessivo feminino: Dirija-se à (a) sua fazenda. - Com hífen, vão para o plural as palavras variáveis e permanecem no
- Depois da preposição até: Dirija-se até à (a) porta. singular as invariáveis e os radicais e prefixos:
Couve-flor (couves-flores)
PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS Bóia-fria (bóias-frias)
Quinta-feira (quintas-feiras)
- Composição - junção de radicais. São dois tipos de composição, em Ex-aluno (ex-alunos)
função de ter havido ou não alteração fonética. Guarda-costa (guarda-costas)
a) justaposição - sem alteração fonética (girassol, sexta-feira) Sempre-viva (sempre-vivas)
b) aglutinação - alteração fonética, com perda de elementos
(planalto, pernalta). Gera perda da delimitação vocabular e a - Se houver preposição, somente a primeira palavra vai para o plural:
existência de um único acento fônico Água-de-colônia (águas-de-colônia)
Mula-sem-cabeça (mulas-sem-cabeça)
- Derivação - palavra primitiva (1 radical) acrescida, geralmente, de
afixos. São cinco tipos de derivação. - Se for onomatopeia ou palavra repetida, somente a segunda palavra
a) prefixal - acréscimo de prefixo à palavra primitiva (in-feliz, des- vai para o plural:
leal) Reco-reco (reco-recos)
b) sufixal - acréscimo de sufixo à palavra primitiva (feliz-mente, Bem-te-vi (bem-te-vis)
leal-dade)
c) prefixal e sufixal – acréscimo de prefixo e sufixo à palavra ATENÇÃO AOS CASOS ABAIXO:
primitiva. Sem o prefixo ou sem o sufixo, a palavra já tem sentido o saca-rolhas (os saca-rolhas)
completo (des-envolv-ido, des-leal-dade). o leva-e-traz (os leva-e-traz)
c) parassintética ou parassíntese - acréscimo simultâneo de o padre-nosso (os padre-nossos ou os padres-nossos)
prefixo e sufixo à palavra primitiva (en+surdo+ecer / o grão-duque (os grão-duques)
a+benção+ado / en+forca+ar). o arco-íris (os arco-íris)

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PLURAL DOS ADJETIVOS COMPOSTOS Lembre-se de que, quando o verbo for transitivo direto terminado em
R, S ou Z e à frente surgir o pronome O ou A, OS, AS, as terminações
Flexiona-se, em geral, apenas o último elemento do adjetivo desaparecerão. Exemplos: Vou cantar a música = Vou cantá-la;
composto. Pode-se seguir os seguintes passos para formar o plural Cantarei a música = Canta-la-ei.
dos adjetivos compostos: Os verbos dizer, trazer e fazer são conjugados no Futuro do Presente
- analisa-se o último termo, isoladamente: se for adjetivo, vai para o e no Futuro do Pretérito, perdendo as letras ze, ficando, por exemplo,
plural. Se ele, sozinho, não for adjetivo, permanece no singular; direi, dirás, traria, faríamos. Na formação da mesóclise, ocorre o
- o primeiro elemento permanece sempre no singular. mesmo: Direi a verdade = Di-la-ei; Farão o trabalho = Fa-lo-ão;
Exemplos: lutas greco-romanas, turistas luso-brasileiros, entidades Traríamos as apostilas = Tra-las-íamos.
sócio-econômicas, olhos verde-claros. ATENÇÃO: Se o verbo não estiver no início da frase e estiver
conjugado no Futuro do Presente ou no Futuro do Pretérito, no Brasil,
EXCEÇÕES tanto poderemos usar Próclise, quanto Mesóclise. Exemplo: Eu me
Azul-marinho / azul celeste: permanecem sempre invariáveis. queixarei de você ou Eu queixar-me-ei de você; Os alunos se
Surdo-mudo: flexionam-se os dois elementos. esforçarão ou Os alunos esforçar-se-ão.
Adjetivos que se referem à cor e o segundo elemento é um
substantivo: permanecem invariáveis ÊNCLISE é a colocação dos pronomes oblíquos átonos depois do
Exemplos: crianças surdas-mudas, calças azul-marinho, cortinas verbo. Usa-se a ênclise, principalmente, nos seguintes casos:
azul-celeste, tintas branco-gelo, camisas verde-limão. - Quando o verbo iniciar a oração: Trouxe-me as propostas já
Permanecem, também, invariáveis adjetivos com a composição COR assinadas; Arrependi-me do que fiz a ela.
+ DE + SUBSTANTIVO: blusa cor-de-rosa; blusas cor-de-rosa. - Com o verbo no imperativo afirmativo: Por favor, traga-me as
propostas já assinadas; Arrependa-se, pecador!!
COLOCAÇÃO DE PRONOMES ÁTONOS ATENÇÃO: Se o verbo não estiver no início da frase e não estiver
conjugado no Futuro do Presente ou no Futuro do Pretérito, tanto
PRÓCLISE: colocação dos pronomes oblíquos átonos antes do verbo. poderemos usar Próclise, quanto Ênclise. Exemplos: Eu me queixei de
Usa-se a próclise, obrigatoriamente, quando houver palavras atrativas. você ou Eu queixei-me de você; Os alunos se esforçaram ou Os
São elas: alunos esforçaram-se.
- Palavras de sentido negativo: Ela nem se incomodou com meus
problemas. Colocação pronominal nas locuções verbais
- Advérbios: Aqui se tem sossego, para trabalhar. - Auxiliar + Infinitivo ou Gerúndio: Quando o verbo principal da
- Pronomes Indefinidos: Alguém me telefonou? locução verbal estiver no infinitivo ou no gerúndio, há, no mínimo, duas
- Pronomes Interrogativos: Que me acontecerá agora? colocações pronominais possíveis. Em relação ao verbo auxiliar,
- Pronomes Relativos: A pessoa que me telefonou não se identificou. seguem-se as mesmas regras de colocação pronominal em tempos
- Pronomes Demonstrativos Neutros: Isso me comoveu deveras. simples, ou seja, próclise, em qualquer circunstância (menos em início
- Conjunções Subordinativas: Escrevia os nomes, conforme me de frase); mesóclise, com verbo no futuro; e ênclise, sem atração, nem
lembrava deles. futuro. Em relação ao principal, deve-se colocar o pronome depois do
ATENÇÃO: Não ocorre próclise em início de frase. O certo é Traga- verbo (ênclise).
me essa caneta que aí está; e não Me traga essa caneta. - Auxiliar + Particípio: Quando o verbo principal da locução verbal
Outros usos da próclise estiver no particípio, o pronome oblíquo átono só poderá ser colocado
- Em frases exclamativas e/ou optativas (que exprimem desejo): junto do verbo auxiliar, nunca após o verbo principal.
Quantas injúrias se cometeram naquele caso!; Deus te abençoe,
meu amigo! EMPREGOS DA PARTÍCULA “SE”
- Em frases com preposição em + verbo no gerúndio: Em se tratando
de gastronomia, a Itália é ótima; Em se estudando Literatura, não se FUNÇÕES MORFOLÓGICAS
esqueça de Carlos Drummond de Andrade. - Substantivo
- Em frases com preposição + infinitivo flexionado: Ao nos O se é a palavra que estudaremos.
posicionarmos a favor dela, ganhamos alguns inimigos; Ao se
referirem a mim, fizeram-no com respeito. - Conjunção subordinativa
- Havendo duas palavras atrativas, tanto o pronome poderá ficar após Pergunte ao seu irmão se ele quer vir.
as duas palavras, quanto entre elas: Se me não ama mais, diga-me; - Partícula integrante do verbo
Se não me ama mais, diga-me. O operário queixava-se por seu baixo salário.
ATENÇÃO: Se o verbo não estiver no início da frase, pode ocorrer
próclise também, mesmo não havendo palavra atrativa: Ele se - Partícula expletiva ou de realce
arrependeu do que fizera. Sorriu(-se) enigmaticamente.
- Partícula apassivadora ou pronome apassivador (VTD)
MESÓCLISE: a colocação dos pronomes oblíquos átonos no meio Construíram-se escolas no Brasil.
do verbo. Usa-se a mesóclise quando houver verbo no Futuro do Ofereciam-se bons empregos naquela firma.
Presente ou no Futuro do Pretérito, sem que haja palavra atrativa
alguma, apesar de, mesmo sem palavra atrativa, a próclise ser - Pronome reflexivo
aceitável. O pronome oblíquo átono será colocado entre o infinitivo e Júlia deitava-se após o almoço.
as terminações ei, ás, á, emos, eis, ão, para o Futuro do Presente, e
- Pronome reflexivo-recíproco
as terminações ia, ias, ia, íamos, íeis, iam, para o Futuro do
Os jogadores atropelaram-se pela bola.
Pretérito. Por exemplo, o verbo queixar-se ficará conjugado da
seguinte maneira: FUNÇÕES SINTÁTICAS
Futuro do Presente Futuro do Pretérito - Sujeito do infinitivo
queixar-me-ei queixar-me-ia Aninha deixou-se iludir com a conversa.
queixar-te-ás queixar-te-ias
- Objeto direto
queixar-se-á queixar-se-ia
O cão sacudiu-se todo molhado após o banho.
queixar-nos-emos queixar-nos-íamos
Rapidamente cobriu-se com a manta.
queixar-vos-eis queixar-vos-íeis
queixar-se-ão queixar-se-iam - Objeto indireto
Para se conjugar qualquer outro verbo pronominal, basta-lhe trocar o O pedestre dava-se o direito de empurrar os passantes.
infinitivo. Por exemplo, retira-se queixar e coloca-se zangar, Paulo impôs-se uma difícil decisão.
arrepender, suicidar, mantendo os mesmos pronomes e desinências:
- Índice de indeterminação do sujeito (VI ou VTI)
zangar-me-ei, zangar-te-ás...
Trabalha-se até nos feriados.
Acredita-se em duendes.

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3) Oculto/Desinencial/Elíptico: embora conhecido, não vem


VOZES DO VERBO
expresso na oração. Exemplo: Telefonamos para a escola hoje (nós).
4) Indeterminado: não se consegue identificar. Exemplos: Falam
Voz verbal é a flexão do verbo que indica se o sujeito pratica, ou
muito de você. (verbo na 3a. pessoa do plural); Come-se bem aqui
recebe, ou pratica e recebe a ação verbal.
(verbo intransitivo na 3a. pessoa do singular + partícula se); Precisa-se
de empregados (verbo transitivo indireto na 3a. pessoa o singular +
- Voz Ativa: quando o sujeito é agente, ou seja, pratica a ação verbal
partícula se).
ou participa ativamente de um fato. Exemplos: As meninas exigiram
5) Inexistente: a oração não tem sujeito. Exemplos: Neva lá fora;
a presença da diretora; A torcida aplaudiu os jogadores; O médico
Choveu muito ontem (verbos que indicam fenômeno da natureza); Faz
cometeu um erro terrível.
muito anos que não a vejo; Há muitos anos não a vejo (verbos fazer e
- Voz Passiva: quando o sujeito é paciente, ou seja, sofre a ação
haver no sentido de tempo); Há três pessoas na sala (verbo haver com
verbal.
sentido de existir); É primavera; São três horas (verbo ser indicando
Voz Passiva Sintética: A voz passiva sintética é formada por
tempo).
verbo transitivo direto, pronome se (partícula apassivadora) e
sujeito paciente. Exemplos: Entregam-se encomendas; Alugam-
Tipos de Predicado
se casas; Compram-se roupas usadas.
1) Verbal: tem por núcleo um verbo que indica ação ou fenômeno da
Voz Passiva Analítica: a voz passiva analítica é formada por
natureza. Exemplos: O executivo tem um computador; Ventou muito
sujeito paciente, verbo auxiliar ser ou estar, verbo principal
ontem; A professora fala demais durante as aulas.
indicador de ação no particípio - ambos formam locução verbal
2) Nominal: exprime qualidade ou estado do sujeito por meio de um
passiva - e agente da passiva. Exemplos: As encomendas foram
verbo de ligação. O núcleo é a palavra que exprime qualidade ou
entregues pelo próprio diretor; As casas foram alugadas pela
estado. Exemplos: O garoto está atento às mudanças no mundo;
imobiliária; As roupas foram compradas por uma elegante
Ficaram muito tristes por causa da morte do cachorro.
senhora.
3) Verbo-Nominal: possui dois núcleos, um que indica ação e outro
- Voz Reflexiva: há dois tipos.
que indica qualidade ou estado. Exemplos: O ônibus chegou atrasado
Reflexiva: será chamada simplesmente de reflexiva, quando o
(chegar é verbo de ação e atrasado é predicativo do sujeito); Eu
sujeito praticar a ação sobre si mesmo.
nomeio você rei (nomear é verbo de ação e rei é predicativo do
Exemplos: Carla machucou-se; Osbirvânio cortou-se com a
objeto).
faca; Roberto matou-se.
Reflexiva recíproca: será chamada de reflexiva recíproca,
Predicado Verbal – verbos transitivos e intransitivos
quando houver dois elementos como sujeito: um pratica a ação
1) Intransitivos: não precisam de complementos para que tenham
sobre o outro, que pratica a ação sobre o primeiro. Exemplos:
sentido completo. Exemplo: A moça chegou; A moça chegou ontem da
Paula e Renato amam-se; Os jovens agrediram-se durante a
França.
festa; Os ônibus chocaram-se violentamente.
2) Transitivos: precisam de complementos para que tenham sentido
completo. Os verbos transitivos podem ser:
Passagem da ativa para a voz passiva
- Diretos: exige objeto direto (sem preposição): Exemplo: Os
Para efetivar a transformação da ativa para a passiva e vice-versa,
alunos leram as revistas.
procede-se da seguinte maneira:
- Indiretos: exigem objeto indireto (com preposição). Exemplo:
Todos gostamos de flores.
- O sujeito da voz ativa passará a ser o agente da passiva.
- Diretos e Indiretos (ou bitransitivos): pedem um objeto direto
- O objeto direto da voz ativa passará a ser o sujeito da voz passiva.
e m objeto indireto. Exemplo: A loja entregou as mercadorias ao
- Na passiva, o verbo ser estará no mesmo tempo e modo do verbo
cliente.
transitivo direto da ativa.
ATENÇÃO: Não confundir o objeto direto preposicionado com o
- Na voz passiva, o verbo transitivo direto ficará no particípio.
objeto indireto. O objeto direto preposicionado completa um verbo
Exemplo:
transitivo direto (VTD), ao passo que um objeto indireto completa um
Voz ativa: A torcida aplaudiu os jogadores.
verbo transitivo indireto (VTI). Geralmente, o objeto direto é
Sujeito = a torcida.
preposicionado por uma questão de estilo. Exemplo: O ladrão sacou
Verbo transitivo direto = aplaudiu.
da arma (o verbo sacar é transitivo direto e o objeto direto a arma está
Objeto direto = os jogadores.
preposicionado).
Voz passiva: Os jogadores foram aplaudidos pela torcida.
Sujeito = os jogadores.
Predicado Nominal – verbo de ligação
Locução verbal passiva = foram aplaudidos.
Os verbos ser, estar, ficar, andar, parecer, permanecer, cair,... são,
Agente da passiva = pela torcida.
geralmente, de ligação, mas nem sempre.
- Na oração Eu ando rápido, o verbo andar é de ação, portanto, temos
FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO
um predicado verbal e rápido é adjunto adverbial. Já na oração Eu
ando doente, o verbo andar é ligação, portanto, temos um predicado
Frase Nominal: toda comunicação linguística sem verbo, capaz de
nominal e doente é predicativo do sujeito.
estabelecer comunicação.
- Não devemos confundir verbo de ligação com verbo auxiliar. Na
Exemplo: Que homem rico!
oração O menino está cansado, estar é verbo de ligação, portanto
temos predicado nominal e cansada é predicativo do sujeito. Já na
Frase Verbal: toda comunicação linguística com verbo, capaz de
oração O menino está correndo, o verbo estar é auxiliar do principal
estabelecer comunicação.
correr, portanto, temos um predicado verbal com verbo intransitivo.
Exemplo: O homem tem muito dinheiro.
Adjunto Adnominal, Adjunto Adverbial e Complemento Nominal
Oração: todo enunciado linguístico construído em torno de um verbo.
1) Adjunto Adnominal: qualifica o substantivo e é variáve. Exemplos:
O menino é alto (alto = masculino singular); Os meninos são altos
Período: enunciado constituído de uma ou mais orações.
(alto = masculino plural); A menina é alta (alta = feminino singular); As
Período Simples: apenas uma oração.
meninas são altas (altas = feminino plural).
Período Composto: duas ou mais orações.
2) Adjunto adverbial: refere-se ao verbo e é invariável. Exemplos: O
menino canta alto; Os meninos cantam alto; A menina canta alto; As
TERMOS DAS ORAÇÕES
meninas cantam alto (em todos os casos, alto permanece invariável
por referir-se, sempre, ao verbo cantar).
Tipos de Sujeito
3) Complemento Nominal: completa o sentido de uma palavra
1) Simples: tem apenas um núcleo. Exemplos: A multidão gritava;
(substantivo, adjetivo, advérbio) de significação transitiva. A
Pedro é feliz.
preposição é obrigatória. Exemplos: Ela tem confiança em você (em
2) Composto: tem mais de um núcleo. Exemplos: Pedro e Maria são
você complementa o nome confiança); Estamos ansiosos pelos
felizes; A caneta e o lápis estão sobre a mesa.
resultados (pelos resultados complementa o nome ansiosos).

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ATENÇÃO: É comum haver confusão entre o complemento nominal e 3) Adjetivas


o adjunto adnominal, quando este é formado por locução adjetiva. O - Restritivas: restringem o sentido do nome a que se referem.
complemento nominal o alvo da ação expressa pelo nome: amor a Exemplo: Gostei muito o vestido que ganhei.
Deus; medo de assaltos; compositor de músicas; eleição do - Explicativa: explicam o termo a que se referem a aparecem,
presidente. O adjunto adnominal, por sua vez, representa o agente sempre, entre vírgulas. Exemplo: O rio São Francisco, que
da ação expressa pelo nome: discurso do presidente; farinha de atravessa vários estados brasileiros, é enorme.
trigo; amor de mãe; empréstimo do banco.
CONCORDÂNCIA NOMINAL
Período Composto Por Coordenação
As orações se ligam pelo sentido, não sintaticamente. As orações Regra geral: O adjetivo e as palavras adjetivas (artigo, numeral e
coordenada podem ser de dois tipos: pronome) concordam em gênero e número com o substantivo a que se
1) Assindéticas: não são introduzidas por conjunção. Exemplo: refere: Revistas novas (Feminino – Feminino; Plural - Plural).
Comeu, pulou, dançou. - Quando o adjetivo é posposto a vários substantivos do mesmo
2) Sindéticas: são introduzidas por conjunção. Podem ter várias gênero, ele vai para o plural ou concorda com o substantivo mais
classificações: próximo: Tamarindo e limão azedos (azedo).
- Aditiva: ideia de adição, acréscimo. Exemplo: A aluna fez a - Se os substantivos forem de gêneros diferentes, o adjetivo pode ir
prova e foi embora. para o plural masculino ou pode concordar com o substantivo mais
- Adversativa: ideia de contraste, oposição. Exemplo: O próximo: Tamarindo e laranja azedos (azeda).
professor elaborou um exercício simples, mas a aluna achou a - Quando o adjetivo posposto funciona como predicativo, vai
prova muito difícil. obrigatoriamente para o masculino plural: O tamarindo e a laranja são
- Alternativa: ideia de alternância. Exemplo: Ou o professor azedos.
elabora o exercício ou desiste de aplicar a prova. - Quando o adjetivo vem anteposto aos substantivos, concorda com o
- Conclusiva: ideia de dedução, conclusão. Exemplo: O mais próximo: Ele era dotado de extraordinária coragem e talento.
professor não elaborou a prova, portanto não poderá aplicá-la na - Quando o adjetivo anteposto funciona como predicativo, pode
data planejada. concordar com o substantivo mais próximo ou pode ir para o
- Explicativa: ideia de explicação, motivo. Exemplo: O professor masculino plural: Estavam desertos a casa e o barraco; Estava
não elaborou a prova porque ficou doente. deserta a casa e o barraco.
- Um só substantivo e mais de um adjetivo: O produto conquistou o
Período Composto por Subordinação mercado europeu e o americano.
A oração principal é sempre incompleta, ou seja, alguma função (o substantivo fica no singular e repete-se o artigo); O produto
sintática – desempenhada pela oração subordinada – está faltando. As conquistou os mercados europeu e americano (o substantivo vai para
orações subordinada podem receber as seguintes classificações: o plural e não se repete o artigo)
1) Adverbiais
- Causais: expressam a causa da consequência expressa na Outros casos de concordância nominal
oração principal. Exemplo: Chegou atrasado ao encontro, porque - Bastante:
estava em uma reunião. - Função adjetiva: variável - refere-se a substantivo: Ele tem
- Consecutivas: expressam a consequência, o resultado da bastantes amigos.
causa expressa na oração principal. Exemplo: A reunião atrasou - Função adverbial: invariável - refere-se a verbo, adjetivo e a
tanto que ele se atrasou para o encontro. advérbio: Eles trabalham (verbo) bastante; Elas são bastante
- Proporcionais: expressam proporção. Exemplo: À medida que simpáticas (adjetivo).
a reunião avançava, ele se atrasava para o encontro. ATENÇÃO: Nessa regra, podemos incluir ainda as seguintes
- Temporais: expressam tempo. Exemplo: Logo que ele palavras: meio, muito, pouco, caro, barato, longe. Só variam se
chegou, arrumou os trabalhos. acompanhar o substantivo.
- Finais: expressam finalidade, objetivo. Exemplo: Professores, - Palavras como: quite, obrigado, anexo, mesmo, próprio, leso e
tenham mais argumentos para pedir aumento salarial. incluso são adjetivos. Devem, portanto, concordar com o nome a que
- Condicionais: expressam condição, obstáculo. Exemplo: Se ele se referem. Exemplos: Nós estamos quites com o serviço militar; Ela
partir, o projeto será cancelado. mesma fez o café.
- Comparativas: expressam comparação. Exemplo: Sua família é ATENÇÃO: A expressão "em anexo" é invariável: As cartas seguem
tão importante quanto seu trabalho. em anexo.
- Concessivas: expressam uma concessão. Exemplo: Mesmo - Se nas expressões: "é proibido", "é bom", "é preciso" e "é
que trabalhe muito, não será recompensada. necessário", o sujeito não vier antecipado de artigo, tanto o verbo de
- Conformativas: expressa um acordo, uma conformidade. ligação quanto o predicativo ficam invariáveis. Exemplo: É proibido
Exemplo: Conforme havíamos combinado, o viagem será entrada.
cancelada. - Se o sujeito dessas expressões vier determinado por artigo ou
pronome, tanto o verbo de ligação quanto o predicativo variam para
2) Substantivas concordar com o sujeito: É proibida a entrada.
- Objetivas Diretas: exercem a função de objeto direto do verbo - As palavras: alerta, menos e pseudo são invariáveis: Os
da oração principal. Exemplo: Paulo José observa que o anti- vestibulandos estão alerta; Nesta sala há menos carteiras.
heroísmo é uma característica forte dos personagens da - Nas expressões "o mais ... possível" e "os mais ... possíveis" , o
cultura latino-americana. adjetivo "possível" concorda com o artigo que inicia a expressão:
- Objetivas Indiretas: exercem a função de objeto indireto do Carro o mais veloz possível; Carros os mais velozes possíveis.
verbo da oração principal. Exemplo: A nova máquina necessitava
de que os funcionários supervisionassem mais o trabalho. CONCORDÂNCIA VERBAL
- Predicativas: exercem a função de predicativo do sujeito da
oração principal. Exemplo: Meu consolo era que o trabalho Regra geral: O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa:
estava no fim. Bancários iniciam campanha eleitoral.
- Subjetivas: exercem a função de sujeito da oração principal. - Quando o sujeito composto vier anteposto ao verbo, o verbo irá para
Exemplo: É difícil que ele venha. o plural: O milho e a soja subiram de preço.
- Completivas Nominais: exercem a função de complemento ATENÇÃO:
nominal da oração principal. Exemplo: Tenho necesidade de que - Quando os núcleos do sujeito forem sinônimos, o verbo poderá ficar
você me aconselhe. no singular ou no plural: Medo e terror nos acompanha
- Apositivas: exercem a função de aposto de algum nome da (acompanham) sempre.
oração principal. Exemplo: Só espero uma coisa: que você seja - Quando os núcleos do sujeito vierem resumidos por tudo, nada,
aprovado. alguém ou ninguém, o verbo ficará no singular: Dinheiro, mulheres,
bebida, nada o atraía.

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- Quando o sujeito for formado por núcleos dispostos em gradação possibilidade de eles participarem (e não “deles participarem”) do
(ascendente ou descendente) o verbo ficará no singular ou no plural: festival de música; É hora de as noções de civilização contaminarem
Uma briga, um vento, o maior furacão não os inquietava as mentes e gestos dos brasileiros. (e não “das noções”); A questão
(inquietavam). consiste em os brasileiros adotarem medidas mais rigorosas contra as
- Quando o sujeito composto vier posposto ao verbo, o verbo irá para infrações de trânsito. (e não “consiste nos”).
o plural ou concordará apenas com o núcleo do sujeito que estiver
mais próximo: Chegou o pai e a filha ou Chegaram o pai e a filha. acesso a, para grato a, por
- Quando o sujeito composto for formado por pessoas gramaticais acostumado a,com hábil em
diferentes, o verbo irá para o plural na pessoa que tiver prevalência. A adaptado a habituado a
1a. pessoa prevalece sobre a 2a. e a 3a.; a 2a. prevalece sobre a 3a.: admiração a, por horror a, de
Eu, tu e ele fizemos o exercício; Tu e ele fizeste / fizeram. afável com, para com idêntico a
- Quando os núcleos do sujeito vierem ligados pela conjunção "ou" , o aflito com, por igual a, para
verbo ficará no singular se houver ideia de exclusão. Se houver ideia agradável a, de impaciência com
de inclusão, o verbo irá para o plural: Pedro ou Antônio será o alheio a, de impróprio para
presidente do clube. (Exclusão); Laranja ou mamão fazem bem à alusão a indeciso em
saúde. (Inclusão) análogo a insensível a
- Com a expressão "um dos que" o verbo ficará no singular ou no ânsia de, por junto a, com, de
plural. O plural é construção dominante: Você é um dos que mais apto a, para liberal com
estudam (estuda). ansioso de, para, por natural de
- Quando o sujeito for constituído das expressões "mais de", "menos atentado a, contra necessário a, para
de", "cerca de" o verbo concordará com o numeral que segue as aversão a, para, por nocivo a
expressões: Mais de uma pessoa protestou contra a lei; Mais de ávido de obediência a
vinte pessoas protestaram contra a decisão. bacharel em ojeriza a, por
ATENÇÃO: Com a expressão "mais de um" pode ocorrer o plural: benéfico a, para oportunidade de, para
quando o verbo dá ideia de ação recíproca (troca de ações): Mais de capacidade de, para paralelo a
uma pessoa se abraçaram; quando a expressão "mais de um" vêm capaz de, para; fácil de parco em, de
repetida: Mais de um amigo, mais de um parente estavam certeza de, em passível de
presentes. compatível com preferível a
- Se o pronome interrogativo ou indefinido estiver no singular o verbo constituído de, por prejudicial a
só concordará com ele. Se esses pronomes estiverem no plural o contemporâneo a, de prestes a
verbo concordará com ele ou com o pronome pessoal: Qual de nós contíguo a proeminência sobre
viajará?; Quais de nós viajarão (viajaremos)? contrário a propício a
- Quando o sujeito for um coletivo, o verbo ficará no singular: A curioso de, por próprio de, em
multidão gritava desesperadamente. devoção a, para com, por próximo a, de
ATENÇÃO: Quando o coletivo vier seguido de um adjunto no plural, o descontente com relacionado com
verbo ficará no singular ou poderá ir para o plural: A multidão de desejoso de relativo a
torcedores gritava (gritavam) desesperadamente. diferente de respeito a, com, para com, por
- Quando o sujeito de um verbo for pronome relativo "que", o verbo doutor em satisfeito com, de, em, por
concordará com o antecedente deste pronome: Sou eu que pago. dúvida acerca de, em, sobre semelhante a
- Quando o sujeito de um verbo for um pronome relativo "quem", o entendido em sensível a
verbo concordará com o antecedente ou ficará na 3º pessoa do escasso de sito em
singular concordando com o sujeito quem: Sou eu quem paga (pago). essencial a, para situado em
- Quando o sujeito for formado por nome próprio que só tem plural, fanático por suspeito de
não antecipado de artigo, o verbo ficará no singular; se o nome próprio favorável a vazio de
vier antecipado de artigo, o verbo irá para o plural: Minas Gerais generoso com vizinho a, de
possui grandes fazendas; Os Estados Unidos são uma nação
poderosa. REGÊNCIA VERBAL
- Os verbos impessoais ficam sempre na 3º pessoa do singular: Faz 5
anos...; Havia crianças na fila. Também fica na 3º pessoa de singular A relação entre o verbo (termo regente) e o seu complemento (termo
o verbo auxiliar que se põe junto a um verbo impessoal formando uma regido) é orientada pela transitividade dos verbos, que podem se
locução verbal: Deve haver crianças na fila apresentar diretos ou indiretos, ou seja, exigindo um complemento na
- Com os verbos "dar", "bater", "soar", se aparecer o sujeito"relógio", a forma de objeto direto ou indireto. Lembrando que o OBJETO DIRETO
concordância se fará com ele; se não aparecer com o sujeito "relógio"; é o complemento do verbo que não possui preposição e que também
a concordância se fará com o número de horas: O relógio deu cinco pode ser representado pelos pronomes oblíquos "o", "a", "os", "as". Já
horas; Deram cinco horas no relógio da matriz. o OBJETO INDIRETO vem acrescido de preposição e igualmente
- Quando o sujeito for formado por um pronome de tratamento, o verbo pode ser representado pelos pronomes "lhe", "lhes". Cuidado, porém,
irá sempre para 3º pessoa: com alguns verbos, como "assistir" e "aspirar", que não admitem o
Vossa Excelência leu meus relatórios? emprego desses pronomes. Os pronomes "me", "te", "se", "nos" e
- O verbo parecer, seguido de infinitivo, admite duas construções: "vos" podem, entretanto, funcionar como objetos diretos ou indiretos. A
flexiona-se o verbo parecer e não se flexiona o infinitivo (Os prédios seguir, um quadro de verbos cujas regências podem causar dúvidas:
parecem cair); flexiona-se o infinitivo e não se flexiona o verbo
parecer (Os prédios parece caírem). Verbo Classificação Significado Exemplo
Aspirou o perfume
REGÊNCIA NOMINAL VTD inalar
da rosa.
Aspirar
Ele aspirava a um
Não há regras específicas, pois a regência de uma palavra é um caso VTI almejar
cargo político.
particular. Cada palavra pede seu complemento e rege sua
estar presente, Ontem assisti a um
preposição. A seguir, você terá vários nomes acompanhados da VTI
presenciar filme iraniano.
preposição ou preposições que regem. Procure associar esses nomes
O médico assiste o
entre si ou aos verbos de que derivam. acompanhar,
VTD ou VTI doente (ou ao
ATENÇÃO: Quando o complemento de um nome ou verbo tiver a prestar assistência
Assistir doente)
forma de oração reduzida de infinitivo, não se deve fazer a contração
da preposição com o eventual sujeito desse infinitivo. A preposição, morar, residir (rege
afinal, introduz toda a oração, e não apenas o sujeito dela. É bom adjunto adverbial Minha comadre
VI
lembrar que o sujeito jamais é introduzido por preposição: Existe a com a preposição assiste em Santos.
"em")

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VTD Convocar, fazer vir Chamem a polícia! O aluno respondeu


O pai chamava a questão.
invocar (exige a Responder VTD ou VTI dar resposta
VTI desesperadamente A balconista
preposição "por")
pela filha. respondeu à cliente.
Chamar Cognominar, (exige a
Chamava-o Simpatizava com a
qualificar, Simpatizar e preposição "com";
irresponsável. VTI ideia.
VTD ou VTI denominar + Antipatizar não são
Chamava-o de Simpatizei com ele.
predicativo do pronominais)
irresponsável.
objeto Visou o alvo e
VTD mirar, pôr visto
Cheguei ao cinema atirou.
(exige a
20 minutos Homem sem
preposição "a"
Chegar e Ir VI atrasado. Visar ter em vista, escrúpulos, só
quando indicam
Vou ao cinema 2 VTI pretender (exige a visava a uma
lugar)
vezes por semana. preposição "a") posição de
O carro custou destaque.
VTD Valer
quarenta mil reais. Namorar VTI Namorar a alguém.
Custar
Custou-me aceitar
VTI Ser difícil
suas desculpas. FUNÇÕES SINTÁTICAS DOS PRONOMES RELATIVOS
Que chateação!
(quando não
VTD Esqueci o nome Para analisar a função sintática do pronome relativo, pode-se usar o
pronominais)
dele. seguinte artifício: troca-se o pronome pelo seu antecedente. A função
(quando que cabe ao termo perguntado cabe ao pronome relativo.
Esquecer e pronominais
Lembrar VTI Esqueci-me do livro.
exigem a - Sujeito
preposição "de") Julia, que me emprestou o livro, é aluna nova.
cair no (Julia me emprestou o livro)
Esqueceram-me as
VTI esquecimento / vir Conheci a pessoa a qual dará minhas aulas.
chaves em casa.
a lembrança (A pessoa dará minhas aulas)
Os jornais
dar notícias, - Objeto direto
VTD informaram o
esclarecer A máquina que nós compramos é boa.
público.
Informar (Nós compramos a máquina)
A secretário
VTDI (mesmo sentido) informou a nota ao O candidato o qual o povo elegeu não fez o que prometeu.
aluno. (O povo elegeu o candidato)

O vizinho implicou-o - Objeto indireto


VTD embaraçar Ele é o projeto de que participo.
no caso.
(Participo do projeto)
Sua participação A recepcionista com a qual me informei é competente.
Implicar não implica (Informei-me com a recepcionista)
VTD causar; envolver
nenhuma
consequência. - Complemento Nominal
O cliente implicou As reformas a que somos favoráveis não sairão tão cedo.
VTI antipatizar (Somos favoráveis às reformas)
com o vendedor.
(exigem adjuntos Minha família, a quem a separação foi difícil, recuperou-se bem.
Moro em São Paulo. (A separação foi difícil à minha família)
Morar e Residir VI adverbiais com a
Resido em Jundiaí.
preposição em)
- Predicativo
Necessitava o seu Sua aparência não diz o que ele é na verdade.
Necessitar VTD ou VTI carecer; precisar apoio; Necessitava (Ele é o (aquilo) na verdade)
do seu apoio. Hoje sei a pessoa leal que você é.
O bom motorista (Você é a pessoa leal)
Obedecer e (exigem a
VTI obedece às leis do
Desobedecer preposição "a")
trânsito. - Adjunto adverbial
(quando o objeto é O avião em que nós viajamos fez escala em Recife.
VTD Paguei a conta. (Viajamos no avião)
coisa)
(quando o objeto é Perdoei aos O trecho da rodovia, onde o chofer parou, é perigoso.
Pagar e Perdoar VTI (O chofer parou no trecho da rodovia)
pessoa) inimigos.
Paguei a conta ao
VTDI - Adjunto adnominal
feirante.
indicar com Ele precisou o lugar Os funcionários cujos crachás foram entregues são ótimos.
VTD (Os crachás dos funcionários foram entregues)
certeza do encontro.
Precisar Precisamos de - Agente da passiva
VTI ter necessidade melhores condições Estes são os farmacêuticos por quem os remédios foram analisados.
de vida. (Os remédios forma analisados pelos farmacêuticos)
quere antes, Prefiro o amor à ATENÇÃO: Os pronomes relativos onde, como e cujo exercem
VTDI
escolher guerra. sempre funções sintáticas de adjunto adverbial de lugar, adjunto
Preferir Preferimos a alegria, adverbial de modo e adjunto adnominal, respectivamente. Os demais
dar primazia a,
VTD não aceitamos a pronomes relativos podem exercer várias funções, dependendo do
determinar-se por
dor. emprego na oração.
Ela queria o disco Exemplos: Não encontramos as galinhas que fugiram (as galinhas =
VTD desejar antecedente; que = pronome relativo; função = sujeito); O sujeito
da Gal.
Querer estimar, querer Eu quero a meus sensível que ele era tornou-se um cético (o sujeito sensível =
VTI bem (exige a amigos e sempre antecedente; que = pronome relativo; função: predicativo do
preposição "a"). lhes quis. sujeito).

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INTERROGATIVE PRONOUNS
APOSTILA DE REVISÃO Os pronomes interrogativos em inglês são os primeiros elementos que
INGLÊS podem aparecer numa sentença interrogativa.

- What (o que, qual) - Why (por que)


INTRODUCTION TO VERBS / AUXILIARY VERBS - Where (onde) - Which (qual)
- When (onde) - Whose (de quem)
QUANTO À FUNÇÃO - Who (quem) - How (como)
Os verbos em Inglês distribuem-se em 2 grupos, quanto à função:
verbos auxiliares e verbos principais. - Existe também o pronome Whom que tem o mesmo significado de
Who, sendo entretanto, mais formal.Se houver uma preposição, é
Verbos Auxiliares obrigatório o uso do Whom.
Os verbos auxiliares são aqueles usados para dar suporte aos verbos - Apesar de What e Which terem o mesmo significado, o Which só é
principais, indicando o tempo verbal. São divididos em verbos usado quando temos uma escolha a fazer.
auxiliares comuns, especiais e modais.
Verbos auxiliares comuns - indicam o tempo verbal mas não O caso How + Adjective
possuem tradução. Em inglês é muito comum utilizarmos compostos usando how +
- do/does (presente) adjetivo, onde how assume o valor de quão.
- did (passado) - how old (quão velho/ quantos anos)
- will (futuro) - how far (quão longe/ qual a distância)
- would (condicional) Esta forma vem sempre seguida de construções com o verbo to be.
Verbos auxiliares especiais - indicam o tempo e têm tradução. - How far is it from your house to the mall?
Sendo auxiliares e principais ao mesmo tempo.
- to be O caso do What e do How
- to have Existem ainda algumas construções interrogativas que usam what e
Ex: Do they have money? (inglês Americano) how que merecem destaque.
Have they money? (inglês Britânico) - what for (para que)
Verbos auxiliares modais - what about (que tal)
Os auxiliares modais são aqueles têm tradução, mas não indicam - what + be + like (como é)
tempo verbal.
- can (poder) – exprime habilidade , possibilidade ou permissão PRONOMES PESSOAIS
(informal) Também chamados de pronomes subjetivos, exercem na frase função
- may , might (poder) – exprimem possibilidade ou permissão (formal) de sujeito, vindo antes do verbo principal.
- must (dever) – exprime obrigação Singular
- should, ought to (dever) – exprimem conselho, recomendação. 1ª pessoa I (eu)
Obs: alguns gramáticos consideram will e would como modais. 2ª pessoa You (você)
3ª pessoa He (ele)
Verbos principais She (ela)
Os verbos principais exprimem as ações da frase. It (ele, ela) – neutro
- to run (corer, gerenciar, dirigir) Plural
- to play (jogar, jogar, brincar) 1ª pessoa We (nós)
Convém lembrar que alguns verbos auxiliares podem ter na frase valor 2ª pessoa You (vocês)
de principais. 3ª pessoa They (eles, elas)
- to be (ser)
- to do (fazer) PRONOMES OBJETIVOS
- to have (ter) Os pronomes objetivos fazem função de objeto.
Singular
QUANTO À FORMA 1ª pessoa Me
Quanto à forma os verbos podem ser regulares ou irregulares. Esta 2ª pessoa You
divisão é feita com base nas formas de passado e particípio passado. 3 pessoa Him (o, lhe)
Verbos regulares Her (a, lhe)
Aqueles que recebem apenas o acréscimo de –ED. It (o, a, lhe) neutro
- to work, worked, worked Plural
- to study, studied, studied 1ª pessoa Us (nos,conosco)
2ª pessoa You (vocês)
Verbos irregulares 3ª pessoa Them (os, as, lhes)
Este rol de verbos faz a sua conjugação sem seguir regras definidas.
- to cut, cut, cut PRONOMES REFLEXIVOS
- to bring, brought, brought Singular
1ª pessoa Myself
Estrutura da pergunta
2ª pessoa Yourself
A língua inglesa tem uma particularidade, inexistente na língua
3ª pessoa Himself
portuguesa, de sempre ter um verbo auxiliar para indicar o tempo
Herself
verbal em suas perguntas. Com isso, a estrutura em inglês é bem
Itself
definida, apresentando-se da seguinte forma:
Plural
- Pronome interrogativo / Verbo auxiliar / Sujeito / Verbo principal /
1ª pessoa Ourselves
Complemento?
2ª pessoa Yourselves
Ex: What do you want from me?
3ª pessoa Themselves
Estrutura da resposta
Em inglês temos dois tipos de respostas: a curta e a longa. Suas POSSESSIVOS
estruturas são: Em Português, quando queremos descrever a posse de algo, usamos
Curta – yes + sujeito + auxiliar (afirmativa) um pronome possessivo. Em inglês temos uma diferença entre os
– no + sujeito + auxiliar + not (negativa) chamados adjetivos possessivos e pronomes possessivos.
Longa – yes + sujeito + verbo + complemento (afirmativa)
– no + sujeito + auxiliar + not +verbo + complemento (negativa)

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Adjetivos Possesivos - É importante ressaltar que no inglês americano considera-se também


Como o próprio nome sugere, adjetivos possessivos são aqueles a sílaba tônica da palavra. Se essa não cair na primeira sílaba
usados obrigatoriamente antes de um substantivo. (contada de trás pra frente), não acontece a dobra da vogal.
São eles: My, your, his, her, its(singular), our, their (plural) Cancel – canceling
Para indicar posse para pronomes indefinidos (somebody, anybody,
etc.)usamos His pois pertencem à 3ª pessoa do singular. USOS:
a) É usado para descrever uma ação em progresso no presente.
Pronomes Possessivos - I´m studying English at the moment.
Os pronomes possessivos, já que são pronomes, substituem o nome b) É usado para descrever ações que são exceções à rotina.
(substantivo), não admitindo , portanto, que apareça depois dele o - I eat pizza every day, but today I´m eating a hot dog.
substantivo. c) É usado para descrever planos para o futuro.
São eles: Mine, yours, his, her, its, (singular) e ours, yours, theirs - Joe is flying to NY tomorrow.
(plural).
ATENÇÃO:
Uma construção muito comum usando o pronome possessivo é: - Como o Present Continuous Tense é usado para descrever ações,
A/AN + SUBSTANTIVO + OF + PRONOME POSSESSIVO alguns verbos que não são de ação principalmente os de sentimento,
Ex: He´s a very good friend of mine. pensamento e sentido, não se apresentam nas formas deste tempo.
Verbos como: like, love need, want, hate, believe, understand, depend
PRONOMES DEMONSTRATIVOS see, seem etc. são exemplos destes verbos.
Os pronomes demonstrativos em inglês são representados por This e - Dois verbos, entretanto, “look” e “feel” podem ser usados tanto no
That (singular) e These e Those (plural). Usamos This e These para presente simples como no presente contínuo.
indicar objetos próximos. Usamos That e Those para indicar objetos - Para o verbo “think” temos duas possibilidades. Quando este for
distantes. traduzido por achar, entender, não utilizaremos o presente contínuo.
Podem ainda ser usados: Quando ele tiver a tradução de pensar podemos usá-lo no presente
a) Para se referir a palavras anteriormente usadas. contínuo.
Ex: You remind me good times, those of Knights, Kings and Queens.
b) Para enfatizar a palavra much. As Formas Interrogativas e Negativas
Ex: I don´t love you that much. Estas formas do presente contínuo seguem absolutamente as
c) Como advérbio de intensidade. mesmas formas já estabelecidas anteriormente para o verbo “to be”,
Ex: I´m not that bad. com a inversão entre o sujeito e verbo para a forma interrogativa e a
inserção do “not” após o verbo “to be” para a forma negativa.
THE PRESENT TENSES - Is she driving home?
- They are not eating at this moment.
Vamos começar nossa viagem pela gramática inglesa falando dos
tempos verbais. O primeiro a ser visto é logicamente, o presente. SIMPLE PRESENT
Vamos iniciar pelo verbo TO BE (ser, estar). Ele faz sua conjugação O uso do “Simple Present” se caracteriza pela presença de auxiliares
própria. “do” e “does” na pergunta e na afirmativa pela ausência do auxiliar e
pela inclusão de “-s” ou “-es” ou
Verbo To Be Forma Negativa Forma Interrogativa “-ies” nas formas da 3ª pessoa do singular. Na negativa, temos a
I am I am not Am I? utilização do auxiliar “don´t” ou “doesn´t” (3ª pessoa do singular).
You are You are not Are You?
He is He is not Is He? Regras especiais para o uso na 3ª pessoa do singular
She is She is not Is she? Já citamos anteriormente que os verbos no presente na 3ª pessoa do
It is It is not Is it? singular sofrem uma alteração quando usados na forma afirmativa.
We are We are not Are we? Essas alterações seguem certos padrões estabelecidos.
You are You are not Are you? a) Verbos terminados em: -ss, -sh, -ch, -x, -z e –o; acrescenta-se o
They are They are not Are they? sufixo –es para a 3ª pessoa do singular.
- kiss – kisses
Obs: O verbo na forma interrogativa negativa obrigatoriamente deverá - do – does
vir na forma contracta. b) Verbos terminados em “-y “: se o “–y” for precedido de uma
consoante retiramos o “–y” e acrescentamos “-ies”. Se o “–y” for
PRESENT CONTINUOS TENSE precedido de uma vogal acrescentamos apenas o “–s”.
O Presente Contínuo é feito em inglês utilizando-se o verbo to be + - fly – flies
gerúndio do verbo principal da frase. c) Todos os outros verbos recebem apenas –s para formar a 3ª
pessoa do singular.
O gerúndio - read – reads
O gerúndio é formado em inglês através da inserção do sufixo –ing ao
infinitivo do verbo. Obs: o verbo “have” na 3ª pessoa do singular ficará “has”.
To go – going
USOS
Algumas regras devem ser seguidas: a) ações habituais
a) Verbos terminados em –IE, muda-se o –IE para –Y. - He watches tv everyday.
Lie – lying b) verdades absolutas
b) Verbos terminados em –E perde-se o –E e acrescenta-se –ING. - water boils at 100ºC.
Give – giving
Formas Negativas e Interrogativas
Obs: 1. Esta regra aplica-se aos verbos terminados em –E, pois os
verbos terminados em –EE seguem a regra geral: Agree – agreeing Estrutura da Forma Interrogativa
2. O verbo to be é exceção a esta regra, pois forma o gerúndio com o PRONOME INTERROGATIVO + VERBO AUXILIAR + SUJEITO +
simples acréscimo do –ING. VERBO PRINCIPAL + COMPLEMENTO
3. CVC = Consoante/vogal/consoante
Para os verbos terminados em CVC faremos a duplicação da última Como o auxiliar será “do” para todas as pessoas e “does” apenas para
consoante, antes de colocarmos o –ING: Get - getting a 3ª pessoa (he/she/it) teremos:
- Do you like beer?
- Does she sing well?

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Estrutura da Forma Negativa THE PAST TENSES


Na forma negativa temos a presença dos auxiliares negativados
“don´t” e “doesn´t”. Sendo que “don´t” será usado para todas as Os verbos no passado são regidos pelo auxiliar “did”.
pessoas com exceção do “doesn´t” que é apenas para a 3ª peesoa do A estrutura da pergunta será:
singular.
PRONOME INTERROGATIVO + DID + SUJEITO + VERBO
Formas Enfáticas do “do” e “does” PRINCIPAL + COMPLEMENTO?
Como vimos, o presente se caracteriza pela omissão dos auxiliares
“do” e “does” na forma afirmativa. Entretanto, é possível a utilização Na resposta afirmativa teremos, então, o verbo flexionado no passado
destes auxiliares para dar ênfase ao que se quer dizer. –ED ou na forma irregular.
- I do love you Na forma negativa teremos os auxiliar did + not = didn´t e o verbo na
sua forma infinitiva sem o to.
INDEFINITES AND THERE + TO BE
Verbo TO BE
Verbo There to be = haver, existir O verbo to be no passado tem suas formas variando
Ele concorda sempre com o substantivo que lhe seguir. Os aproximadamente como no presente. Para o singular temos “was” e
substantivos incontáveis são sempre singulares (líquidos, grãos,etc.) E para o plural temos “were”
os contáveis no plural. A conjugação completa seria, levando em conta que na forma
interrogativa temos a inversão do sujeito e que na forma negativa
Singular – There is (forma afirmativa) apenas acrescentamos o “not” ao verbo to be (a forma contracta é
– There is not /There isn´t (forma negativa) “wasn´t” para o singular e “weren´t” para o plural):
– Is there? (forma interrogative)
Plural – There are (forma afirmativa) Interrogative Negative
– There are not/There aren´t (forma negative) I was Was I? I wasn´t
– Are There? (forma interrrogativa) You were Were you? You weren´t
He was Was he? He wasn´t
Indefinites Pronouns She was Was she? She wasn´t
Os pronomes indefinidos em inglês são representados por “some”, It was Was it? It wasn´t
“any” e “no” e seus correlatos. (“somewhere”, “anywhere”, “nowhere”, We were Were we? We weren´t
“nobody”, “anybody”, “Nobody”...) You were Were you? You weren´t
They were Were they? They weren´t
Uso do “Some”
“Some” quer dizer “algum, alguma, alguns, algumas”.
VERBO THERE TO BE
Seus principais usos são:
Este verbo faz sua conjugação no passado seguindo a conjugação do
a) Frases afirmativas.
verbo to be.
– There is some time I don´t see you.
Então teremos
b) Frases interrogativas quando se espera uma resposta
Singular
afirmativa.
– There was (forma afirmativa)
– Would you lend me some money?
– There wasn´t (forma negativa)
c) Em ofertas, oferecimentos.
– Was there? (forma Interrogativa)
– Would you like some coffee?
Plural
d) Antes de numerais significando “aproximadamente”
– There were (forma afirmativa)
– I have some friends in this city.
– There weren´t (forma negativa)
– Were There? (forma Interrogativa)
Uso do “Any”
“Any” tem absolutamente o mesmo valor semântico de “some”
(algum/alguma), só diferindo no uso, pois em inglês não temos o duplo
PAST CONTINUOUS TENSE
negativo.
Seus principais usos são:
O Past continuous tense é formado pela união do verbo “to be “ no
a) Em sentenças negativas
passado (was/were) com o gerúndio do verbo princiapal. Então:
– I don´t have anything to tell you.
b) Em frases Interrogativas Past Continuous = Was/Were + Verbo+ing
– Is there anybody there?
c) Em “Conditional sentences” inferidas por if e unless. As mesmas regras de aplicação do gerúndio valem aqui.
– Call me if you need anything.
USOS:
d) Em frases afirmativas significando “qualquer”.
a) demonstrar que uma ação é concomitante à outra no passado.
– You can visit me any time.
- I was taking a shower when my parents arrived.
b) exprimir uma ação em progresso no passado.
Uso de “No”
- We were having a lot of fun yesterday at this time.
É usado no sentido de “nenhum, nenhuma”.
É usado:
a) Em frases negativas, com o verbo usado na forma afirmativa. VERBOS REGULARES E IRREGULARES
– I have nothing to tell you. Os verbos regulares são caracterizados pelo acréscimo do –ED às
formas infinitivas. Já os verbos irregulares não seguem nenhuma
Obs: Atenção para a diferença de “none” (nenhum) e “no one” regra.
(ninguém). None é utilizado com função pronominal, não As regras que norteiam o uso do sufixo –ED para verbos regulares são
necessitando, portanto, de um substantivo após ele, enquanto parecidas com as utlizadas para o acréscimo de –es na 3ª pessoas do
que “no” obrigatoriamente será seguido de um substantivo, por singular, Ou seja;
exercer função adjetiva. a) quando o verbo terminar e –y precedido de consoante, retiramos o
Ex: Are there any chairs to sit? –y e acrescentamos –ied.
I saw no chairs / I saw none. – bury – buried
b) Quando o verbo terminar em –y precedido de vogal, acrescentamos
o –ed.
– play – played
c) CVC – Se ocorrer o caso de Consoante + Vogal + Consoante e o
verbo for oxítono deveremos dobrar a consoante final.
– grab – grabbed
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Obs: Se o verbo não for oxítono, a regra cai por terra. E para isso PLURALS
preciamos conhecer a pronúncia dos verbos.
– open – opened Regra Geral
O plural em inglês faz-se, basicamente, da mesma forma que em
PASSADO COM “USED TO” Português, ou seja, com o acréscimo de –s ao radical original da
Uma forma de uso comum em inglês é o passado com “used to”. Ela palavra.
se refere a uma ação que era praticada no passado, mas não - car – cars
acontece mais hoje em dia. Pode ser traduzida como “costumava”.
– I used to come here when I was a child. Casos Especiais
a) Palavras terminadas em: s, ss, ch, x , z acrescentamos –es.
ARTICLES - kiss – kisses
Obs.: Palavras terminadas em “ch” com som de “k”, fazem seu
ARTIGO DEFINIDO (“THE”) plural com o simples acréscimo de –s.
Usos: - monarch – monarchs
a) Quando estamos falando de alguma coisa específica, definida. b) Os caso dos “y” e do “o”
- The man I saw seemed unhappy. “Y” antecedido de consoante, suprime-se o “–y” e
b) Quando falamos de um único todo. acrescenta-se “–ies”.
- The sun is our star. - enemy – enemies
c) Nomes de acidentes geográficos (rios, mares, oceanos, grupos “O” acrescenta-se apenas o “–es”.
de ilhas etc.). - hero – heroes
- The Amazon river is the largest one in Brazil. Se, no entanto, o “-y” e o “-o” forem precedidos de uma vogal,
Obs: Antes de nomes de ilhas e montanhas omitimos o artigo acrescenta-se apenas o “-s”
definido. - toy – toys
- It must be very cold at the topo f Mount Everest. - radio – rádios
d) Antes de instrumentos musicais. Obs: quando as palavras terminadas em “-o” forem de origem
- I used to play the sax when I was younger. não-inglesa, ou forem palavras reduzidas (apócopes), ainda que
e) Diante de Superlativo e Comparativo especial. este esteja precedido de consoante, adiciona-se apenas o “-s”.
- She´s the best friend I have. - bamboo – bamboos
- The better he works, the more satisfied his boss is. - piano – pianos
f) Diante das palavras “movies”, “Theater”, “cathedral” e “office” c) O caso do “f”
- I went to the movies yesterday. Normalmente aprendemos como regra que o plural de palavras
g) Antes de países formados por união de Estados que tenham terminadas em “-f” é “-ves”, mas na verdade esta regra não é
no nome as palavras “Union”, “United”, “States”, “Kingdom”, verdadeira. O fato é que algumas palavras muito comuns do dia-
“Republic”, etc. a-dia seguem esta forma, o que dá a impressão que esta
- I´d love to travel to the U.S.A. on my next vacation. definição é regra. São elas:
- wife - wives, life - lives, knife - knives, self - selves, half - halves,
Omissão do artigo definido “THE”: shelf - shelves thief - thieves, loaf- loaves, wolf - wolves, leaf -
a) Diante de palavras de sentido geral, não-específico. leaves, calf - calves.
- Money is important, but it is not everything.
b) Diante de nomes próprios, inclusive de países. Há também um grupo de substantivos que têm plural duplo
- Jane is as tall as Leo. - scarf – scarfs/scarves
Obs: Se o nome próprio estiver no plural, referindo-se à família, o - dwarf – dwarfs/dwarves
artigo deve ser usado. - wharf – wharfs/wharves
- The Simpsons are very funny. - sheaf – sheafs/sheaves
c) Diante de possessivos. - hoof – hoof/hooves
- My house is not so small. - elf – elfs/elves
d) Diante de nomes de refeições e compostos “substantivo +
numeral” Plurais Irregulares
- They are staying at room 23. Não seguem regras. (Estes são bastante explorados nas provas de
vestibulares).
O ARTIGO INDEFINIDO (“A/AN”) Man – men Louse – lice
Os artigos indefinidos singulares (um,uma) em inglês são Woman – women Die - dice
representados pelas palavras A/AN. É importante lembrar que estes Tooth – teeth Child – children
artigos são exclusivamente singulares, não podendo, em hipótese Foot – feet Sheep – sheep
alguma, serem seguidos de palavras no plural. Goose - geese Ox – oxen
Mouse – mice
A diferença do uso de A/AN.
Costuma-se dizer que A é usado antes de consoantes e AN é utilizado Plurais de palavras Latinas e Gregas.
antes de vogais. Na verdade o que determina é o som consonatal e o O plural se faz como faziam nestas línguas.
som vocálico. Bacterium – bactéria
Note que os sons iniciais são de semivogal (u - /yu/; eu - /yu/; ya - Datum – data
/ya/), logo devem ser precedidos de A. ex: a uniform Genius – genii
E o som do “h” mudo, deve ser precedido de AN. ex: an hour Crisis – crise
Medium – media
Uso do Artigo Indefinido:
a) Antes de uma situação em que tenhamos adjetivo + Plural de palavras compostas
substantivo: He´s a nice boy. Commander-in-chief – commanders-in-chief
b) Quando não se quer determiner um substantive, dando apenas Godfather – godfathers
uma ideia vaga.: I saw a car passing.
c) Em expressões de tempo, medida, frequência, etc.: He works Substantivo Incontáveis, Adjetivos e Coletivos.
tem hours a day. É importante lembrar que substantivos incontáveis são sempre
seguidos de verbos no singular. (news, advice, furniture, information,
Omissão: chocolate, milk, coffe, tea, sugar progress,etc.)
a) Antes de substantivos incontáveis: She wants to eat bread. - The news is good.
b) Antes de palavras no plural: They are nice people. Adjetivos em inglês também são incontáveis.
- I deserve a two-month vacation.

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PERFECT TENSES
Números e Medidas
Quando usados como medida definida não apresentam forma plural, PRESENT PERFECT CONTINUOUS
porém , se expressarem quantidades indefinidas, têm plural. Estrutura: SUJEITO + HAVE/HAS + BEEN + VERBO +ING
- His house cost three million dollars. Ele é utilizado quando queremos enfatizar que estamos fazendo algo
há bastante tempo.
Substantivos Invariáveis Ex: Mr. Smith has been teaching Math for twenty years.
São eles: deer, sheep, series, species, etc. Obs: Geralmente nestes casos aparecem as palavras “whole” ,
“entire”or “ages”.
FUTURE TENSES Ex: She´s been waiting for him the whole life.

FUTURO COM “WILL” PAST PERFECT TENSE


Indica situações em que não se tem certeza da ação que se pretende Estrutura: SUJEITO + HAD + VERBO PRINCIPAL NO PAST
praticar. PARTICIPLE
Forma Interrogativa - WILL + Sujeito + verbo + complemento? Ele é utilizado quando temos duas ações (no passado) e uma occore
Forma Negativa – Sujeito + WILL NOT + verbo + complemento. antes da outra.
Forma Afirmativa – Sujeito + WILL + verbo + complemento. Ex: When I arrived, they had already gone.
Resposta curta – Yes, suj. + WILL / No, suj. + WON´T. Obs: Se as ações acontecerem concomitantemente, o segundo verbo
vai para o “Past Continuous”.
FUTURO COM “GONG TO” Ex: When I arrived home, they were leaving.
Este tempo é chamado de “futuro imediato”, por indica situações em
que se tem certeza da ação que se pretende praticar. A tradução PAST PERFECT CONTINUOUS
dever ser: “vou”, “vai”, “vamos”, etc. e na “estamos indo”! Estrutura: SUJEITO + HAD + BEEN + VERBO NO GERÚNDIO (ING).
Ex: We are going home after class. (Nós vamos para casa depois da Ele é utilizado para descrever uma ação prolongada que ocorreu no
aula). passado, por um período de tempo, mas que está terminada no
É bom lembrar que também existe outro auxiliar de futuro o “SHALL”, momento da fala.
que no entanto, pertence ao inglês Britânico e é usado em situações Ex: I had been reading this book since last year, but now I finishedit!
de extrema formalidade, significando “pode. O uso mais coloquial do Diferente de:
“shall” é como “let´s”. I have been reading this book since last year, and I continue reading it!
Ex: Shall we dance?
FUTURE PERFECT TENSE
MODAL VERBS Estrutura: SUJEITO + WILL HAVE + VERBO NO PARTICÍPIO
Ação falada no presente sobre uma ação futura, que vai estar
Can, Could (poder) – exprimem habilidade, possibilidade, teminada àquela época.
probabilidade ou permissão (informal) Ex: By this time next year, I will have passed the “vestibular”!!!
May, Might (poder) – exprimem possibilidade, probabilidade ou
permissão (formal) GERUND AND INFINITIVE
Must (dever) – exprime obrigação, possibilidade acentuada.
Should, ought to, had better (dever) – exprimem conselho, INFINITIVE WITH “TO”
recomendação. a) Pode funcionar como sujeito da frase.
Obs: “Could” é a ideia passada de “Can”. Ex: To work here is a great pleasure for me.
As formas negativas são: b) Após Pronomes Relativos (how, what, where,etc.)
Can´t/ cannot Shouldn´t Ex: I don´t know what to do.
Couldn´t Had better not c) Após Expressões Numéricas, de Quantidade e de Posição.
May not Ought to (não tem forma negativa) Ex: She was the first to arrive.
Might not Needn´t (inglês coloquial nos EUA) d) Após Adjetivos.
Mustn´t Ex: Feel freee to go whenever you want.
e) Após certas Expressões Verbais (used to , to be used to, can´t
PERFECT TENSES afford, to be about)
Ex: She was supposed to be hired today.
PRESENT PERFECT TENSE f) Após os seguintes Verbos. (Appear, ask, care, decide, expect,
Estrutura: fail, forbid, have, hesitate, hope, invite, learn, manage, order,
Forma Afirmativa: SUJEITO + HAVE/HAS + VERBO PRINCIPAL NO prepare, refuse, remind, seem, swear, teach, tell, want, warn,
PAST PARTICIPLE. wish.
Forma Negativa: Sujeito + have not/ has not + verbo no particípio. Ex: Don´t tell me they expected to reach me, I was driving a
Forma Interrogativa: Have/Has + sujeito + verbo no particípio. Ferrari.
g) Após alguns Verbos seguidos por Pronomes Objetivos.
USO: Ex: They want him to shut up forever.
a) Tempo indefinido no passado. h) Para indicar Finalidade, Propósito.
Ex: I have seen this film before. Ex: He has bought this book in order to learn English.
b) Ações que começaram no passado e vêm até o presente.
Ex: We have lived here for two years. INFINITIVE WITHOUT “TO”
c) Ações que podem acontecer dentro do período em que se a) Após Modais e Auxiliares.
fala. Ex: We should talk now.
Ex: Have you read the newspaper this morning? b) Após “make” and “let”, em construções com pronomes
d) Acompanhado das seguintes palavras objetivos.
JUST (acabar de fazer) – I have just arrived. Ex: He alwyas makes us laugh.
EVER (alguma vez, já) – Have you ever climbed a mountain? Let me go!
ALREADY (já) – they have already finished dinner. c) Depois de preposições “but” and “except”
NEVER (nunca) – She has never been to Rio. Ex: I want you to do nothing but win.
YET (ainda não) – The secretary hasn´t finished typing yet. d) Após “would rather” and “had better”
SINCE (desde) _ We have been dating since Carnival. Ex: I´d rather have lunch now.
FOR (por) – I have been here for two months.
e) Lately(ultimamente), Recently (recentemente) GERÚNDIO se forma em Inglês, via de regra, por meio do acréscimo
Ex: I have worked very hard lately. do –ING ao tempo infinitivo.

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Usos: c) They are looking for Sue.


a) Como Sujeito da oração 1) So are we.
Ex: Learning a foreign language is required nowadays, 2) We are too.
b) Proibições Curtas
Ex: No Smoking! Obs: Cuidado com construções no “Simple Present” em que o verbo
Stop talking! principal seja “to have” para não confundir com o “Present Perfect”.E
c) Após Preposições ou Locuções Preposicional. cuidado também com as construções irregulares no passado que
Ex: In my opinion, when you feel like doing something, you podem parecer “Simple Present”.
should do it.
d) Após alguns Verbos Caso Negativo
Como: admit, avoid, consider, defer, deny, enjoy, finish, forgive, Para as frases negativas usamos “either” e “neither”. Usamos a
imagine, keep, mind, miss, postpone, practice, recall, resent, estrutura 1 para “neither” e a estrutura 2 para “either”.
resist, risk, suggest, Examples:
Ex: He suggested eating out. I won´t need to come to work tomorrow.
We must risk taking he wrong way. 1) Neither will I.
I resisted talking to her. 2) I won´t either.
e) Após algumas Expressões:
Como: to be worth, it´s no good, it´s no use, can´t stand, to be Obs: Como não podemos negar duas vezes, e o neither é uma palavra
used to, to be accustomed to. negativa, notem que o auxiliar fica na forma afirmativa.
Ex: she is accustomed to take her dog to a walk every day. Atentem-se também para o fato de que palavras negativas já tornam a
f) Gerúndio + elemento possessive frase negativa. Portanto atenção com o “never”, “seldom”, “scarcely”,
Ex: Would you please excuse my forgetting? “nothing”, etc.
The bad weather prevented us from going to the beach.
TAGS QUESTION – GENETIVE CASE
GERÚNDIO E INFINITIVO
Certos verbos podem se apresentar tanto no gerúndio quanto no TAGS QUESTION
infinitivo. Também chamada de “Tag-Endings”. Sua formação é bastante
São eles: begin, cease, continue, dislike, dread, forget, hate, intend, simples.
hate, intend, like, love, mean, permit, plan, prefer, recommend, regret, Ex: She speaks English, doesn´t she?
remember, start, try. They understood the lesson, didn´t they?
Ex: She forgot to post/ posting. Jane has been to the USA, hasn´t she?

Particularidades: Os trechos que temos após as vírgulas são o que chamamos de “Tag
Remember + gerúndio – refere-se a uma lembrança do passado. Questions”, que nada mais são que confirmações sobre as sentenças
Ex: I remember hearing my mother tell me stories when I was a anteriores às vírgulas.
child. Os passos para fazermos as “Tag-Questions” corretamente, são:
Remember + infinitivo – sugere algo a ser lembrado. a) Identificar o tempo verbal da frase principal;
Ex: Remember to pay the dentist next time you go there. b) Identificar o verbo auxiliar;
c) Identificar se a frase é afirmativa ou negativa;
Stop + gerúndio – parar de, deixar de. d) Se a frase for afirmativa, utilizar o verbo auxiliar na negativa e
Ex: He stopped smoking two weeks ago. vice-versa;
Stop + infinitivo – papar para (sugere a interrupção de uma ação e) Repetir o pronome pessoal relativo ao sujeito da frase.
para iniciar outra).
Ex: She stopped to greet me. Casos Especiais
Existem alguns casos especiais para os quais devemos atentar, pois
Verbs of Perception trazem pequenas particularidades, como veremos.
Após verbos que indicam percepção física, podemos empregar - O caso do “Let´s”
tanto o gerúndio como o infinitivo sem o “to”. Esses verbo são: Toda vez que tivermos uma frase com “let´s”, o complemento
Feel, hear, listen, look, notice, observe, perceive, see, watch. será “shall we?”
Ex: Let´s study a little bit more, shall we?
Uso Idiomático do verbo “Take”
Podemos usar o verbo “to take” como sujeito impessoal “it”, para - O caso do Imperativo
expressar o período de tempo necessário para completar uma Toda vez que tivermos uma frase no imperative, a “tag question”
ação. será “will you”?
Ex: He prepared the medicine in 45 minutes. Ex: Do your homework, will you?
It took him 45 minutes to prepare the medicine.
- O caso do “There to be”
REJOINDERS Quando o verbo usado na frase for o verbo “there to be” não
teremos sujeito, visto que este verbo é impessoal. No lugar então
Rejoinders são frases curtas usadas em inglês para concordar, tanto do pronome pessoal usaremos “there”.
afirmativamente como negativamente, com uma frase previamente Ex: There has been a lot of new information, hasn´t there?
dita. Utilizam-se os conectivos “so”, “too”, “either”, “neither”. Existem
duas formas para cada caso e sua dinâmica é extremamente simples. - O caso dos indefinidos e impessoais
Estrutura: Quando nos depararmos com uma situação onde temos
1) Conectivo + auxiliar + sujeito pronomes indefinidos ou impessoais (somebody, someone,
2) Sujeito + auxiliar + conectivo everybody,etc.) teremos dificuldade em definir qual será o
Caso Afirmativo pronome pessoal a ser usado. Dois caminhos então se fazem
Para frases afirmativas usamos o “so” e “too”. Usamos a estrutura 1 possíveis:
para “so” e a estrutura 2 para “too”. 1) Se pudermos definir a pessoa/gênero por algum outro
Examples: elemento da frase, usaremos o pronome correspondente, ou;
a) I like milk very much. 2)se não conseguirmos, usaremos “he” (corrente gramatical mais
1) So do I. antiga) ou “they” (corrente gramatical mais nova, embalada pela
2) I do too. igualdade dos sexos).
b) I have been to the USA. Example: Each student brought a gift, didn´t he?
1) So has she. , didn´t they?
2) She has too.

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Cuidados Especiais
a) Cuidado com os verbos cuja forma no passado seja igual a do Podemos ainda usar construções com os sufixos –ing e –ed para
presente. Procure pelos advérbios de tempo ou na falta deles, formar adjetivos como nos casos de “tiring” e “tired”.
pelas particularidades do tempo verbal.(acréscimo de –s ao verbo
na 3ª pessoa do singular do presente simples). Advérbios:
b) Cuidado com o verbo “to have” que pode funcionar tanto como Advérbios são palavras que atuam na frase como modificadores de
verbo auxiliar quanto como verbo principal. verbos, adjetivos ou até mesmo outro advérbio. Já os adjetivos são
c) Cuidado com as contrações, pois algumas são iguais para modificadores de substantivos.
formas diferentes (´d – “would” ou “had”, ´s – “is” ou “has”). Example:
Nestes casos, aconselhamos olhar para o verbo principal e ver - She works hard every day. (hard qualifica o verbo work)
com qual auxiliar sua forma é compatível. - She had a hard day yesterday. (hard qualifica o substantivo day)
d) Cuidado com palavras negativas, que tornam as frases
negativas. São exemplos deste tipo de palavra “never”, “seldom”, Formação de Advérbios
“rarely”. “scarcely”, etc. Formam-se advérbios em inglês (principalmente os de modo e
intensidade) geralmente pelo acréscimo de –ly ao adjetivo.
GENETIVE CASE (POSSESSIVE) Adjetivo +LY = Advérbio
Em inglês quando queremos indicar posse usamos o “genetive case”. Calm – calmly Interesting – interestingly
(´s) Painless – painlessly Beautiful – beautifully
As regras que o delimitam são as seguintes: Readable – readably Logical - logically
a) Quando o possuidor estiver no singular ou no plural não
terminado com –s (como “men”, “women”, “children”,etc.), a Notem que quando o adjetivo termina em –y, como sempre acontece
formação do “genetive case” obedece os seguinte critério. com –y posposto à consoante, teremos a substituição do –y por –i.
POSSUIDOR + ´S + ELEMENTO POSSUÍDO Nas construções com –able e –ible o –e final cai e o substituímos por
Example: The wallet of the man = The man´s wallet. –y.
b) Quando o possuidor estiver no plural terminado em –s, o
“genetive case” se forma da seguinte maneira. Advérbios Perigosos: Advérbios com a mesma forma dos adjetivos
c) POSSUIDOR + ‘ + ELEMENTO POSSUÍDO Devemos tomar muito cuidado com alguns advérbios, pois sua
Example: The house of my relatives = My relatives´house. construção se faz através da não-alteração do adjetivo, ou seja,
Obs: adjetivo e advérbio possuem a mesma forma. São eles:
I) Quando tivermos substantivos compostos e nomes próprios Fast, hard, high, low, late, early, enough.
acompanhados de títulos, os substantivos compostos são tratados Example: John was a fast driver.(adjetivo)
como substantivos simples. Quando o possuidor for representado por He used to drive very fast. (advérbio)
um nome próprio, acompanhado de um sobrenome ou título, apenas o
último elemento receberá o “genetive case” Posição de Advérbios
Examples: Dentre os vários tipos de advérbios que existem (modo, tempo, lugar,
- The bedroom of the commander-in-chief = The commander-in- intensidade, frequência) cada um tem uma posição preferencial para
chief´s bedroom. aparecer na frase. Assim:
- The reign of Alexander, the great = Alexander, the great´s reign. a) Advérbios de Modo: vêm, geralmente, no final das orações.
II) Nomes próprios seguem a regra geral, mas os que terminarem Ex: She types quickly.
naturalmente em “s” podem admitir duas formas (com ‘s ou apenas b) Advérbios de Tempo: podem vir tanto no final quanto no início
com ‘) Os que sejam bíblicos ou clássicos, entretanto, recebem da oração.
apenas ´. Ex: I will talk to them tomorrow. ou Tomorrow I will talk to them.
Examples: c) Advérbios de Lugar: vêm, geralmente, no final das orações.
- The dog of Carlos = Carlos´dog ou Carlos ´s dog. Ex: They come here everyday.
- The law of Moses = Moses´law. d) Advérbios de Frequência: são usadas antes do verbo principal
III) Quando tratarmos de vários possuidores, e apenas uma coisa ou após o verbo auxiliar.
possuída, acrescentamos o “genetive case” ao último. Para o caso de Ex: She has never studied Chesmitry.
cada um ter seu próprio elemento possuído, acrescentamos o Alguns advérbios de frequência, entretanto, quando possuírem sentido
“genetive case” a todos. negativo ou restritivo, podem se apresentar no início da oração, desde
Examples: que haja a inversão do verbo auxiliar com o sujeito.
- The stepfather of Frank and Lia – Frank and Lia´s stepfather. Ex: Seldom does he speak with her.
- The houses of Paul and Michel – Paul´s and Michel´s houses.
IV) O “genitive case” é muito usado elipticamente, quando nos Ordem de Advérbios na frase
referimos a um local muito conhecido, ou quando o elemento possuído Podemos ter, numa mesma frase, vários advérbios sendo usados
for facilmente subentendido. concomitantemente. Neste caso usaremos a seguinte sequência:
Example: The house of my grandma = My grandma´s.
V) Podemos fazer uso do “genitive case” com a preposição “of ” e modo / lugar / tempo (manner / place / time)
construir uma construção idiomática.
Example: One of Lennon´s songs = A song of Lennon´s. Example: He was looking surprisingly to the picture yesterday.
Manner Place Time
ADJECTIVES AND ADVERBS
Se o verbo for de Movimento, porém, usaremos outra sequência:
Ordem dos Adjetivos na frase
Quando precisamos usar mais de um adjetivo na frase devemos lugar / modo / tempo (place / manner / time)
seguir uma ordem. Temos então:
opinião / tamanho / idade / forma / cor / origem / material Example: They go to work by bus every Friday.
Example: Nice heavy old solid white Italian leather shoes.
Quando tivermos dentro da frase vários advérbios do mesmo tipo, virá
Formação de Adjetivos primeiro a informação mais específica dentre estes advérbios. Em se
Existem vários sufixos que podem ser agregados aos substantivos tratando de advérbios de modo, usaremos primeiro o menor.
para formar adjetivos. Daremos apenas alguns exemplos já que estes Example: My baby was born in the morning, on July 1st, in 1999.
sufixos serão objeto de uma lista mais à frente.
Substantivo + sufixos = Adjetivo
Hunger – hungry Read – readable
Danger - dangerous Trouble – troublesome
Brazil – Brazilian Beauty – beautiful
Pain – painless Logic – logical
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QUANTIFIERS COMPARATIVO DE INFERIORIDADE


Estrutura: LESS adjetivo/advérbio THAN (menos … que)
Quanto à abordagem podemos dividir os substantivos em inglês em Ex: Kate seemed less interested than Paula.
contáveis e incontáveis. Devemos ter cuidado porque as palavras que É aconselhável evitar o uso de Comparativo de Inferioridade com
são consideradas contáveis em nosso idioma não o são adjetivos curtos. Deve-se procurar usar o antônimo no
necessariamente em inglês. Comparativo de Superioridade.

Substantivos Contáveis COMPARATIVO DE SUPERIORIDADE


Todos os substantivos contáveis aceitam formas de plural. Temos Primeiro devemos identificar se o adjetivo/advérbio é longo ou
então como exemplo: “chair”, “ball”, “problem”,etc. curto. Depois então montar a estrutura:
Adjetivos / Advérbios curtos
Substantivos Incontáveis Estrutura: Adj. / Adv. + ER THAN (mais … do que)
Como vimos, os substantivos incontáveis são sempre Example: My car is cleaner than yours.
apresentados em suas formas singulares. Consideramos Adjetivos / Advérbios longos
incontáveis em inglês todos os líquidos, pós, grãos, línguas, e Estrutura: MORE adj. / adv. Longo THAN
campos de estudos, esportes, doenças (exceto “colds”, “coughs” Example: He´s more adventurous than I am.
e “headaches”) e substantivos abstratos (especialmente os que Exceções:
terminarem com o sufixo –ness) Palavras dissílabas terminadas em –id, -ive, -al, -ish, -ous, -
- Palavra então como “money”, “milk”, “sugar”, “salt”, “rice”, ed, -ic, -ful, -ing.
“English”, “chemistry”, “hockey”, “tennis”, “influenza”, “câncer”, Exmaple: acid – more acid
“love”,etc. Obs:
É importante ressaltar que já que estas palavras não podem 1) Para os adjetivos curtos temos a mesma regra do CVC.
expressar uma ideia numérica, é vedado o uso de expressões Ex: hot – hotter
numéricas antes delas,incluído aí o uso dos artigos indefinidos “a” 2) Quando tivremos uma palavra terminada em –y antecedido de
e “an”. consoante devemos retirar o –y , substituindo-o por –i e
acrescentando –er.
Expressões para contabilizar incontáveis Ex: happy – happier
O que fazer então quando quisermos dar uma ideia numérica a estes
substantivos? Simples. Inserimos entre o substantivo e o numeral uma Dupla forma Comparativa
expressão contável adjetiva, geralmente com a forma (“a” ou “an” + Alguns adjetivos admitem tanto a forma sintática (curta) quanto a
substantivo + of + incontável). analítica (longa).
Expressões como “a piece of “, “a bit of “, “a bottle of “, etc. Example: pleasant – more pleasant / pleasanter
É importante salientar que algumas palavras, embora incontáveis Common – more common / commoner
genericamente, podem ser usadas em casos particulares (informais)
no plural contendo uma ideia implícita. Comaparativo Especial
Example: He asked for two Cokes. Como veremos logo à frente, o uso do artigo definido “THE” é uma
característica do superlativo. Porém uma forma muito explorada em
Quantificadores provas é o chamado comparativo especial.
Algumas palavras em Inglês servem para quantificar coisas ou THE MORE ... THE MORE
situações. A essas palavras damos o título de quantificadores. Os ex: The more I see you the more I want you.
principais que temos são:
“how much”, “how many”, “many”, “a few”, “a little”, “a lot of”,”plenty”, THE MORE … THE LESS
“too”, “very”, “quite”, “rather”, e “enough”,etc. ex: The more I demanding a person is the less worries she´ll have
at work.
É possível usar “too much” e “too many” em frases positivas, bem THE adj/adv+ER … THE adj/adv+ER
como “only a little” e “only a few” em frases com sentido negativo. Ex: The harder he works the happier his boss will be.

Adjetivos e palavras invariáveis SUPERLATIVE


Sabemos que os Adjetivos em inglês também são invariáveis, Quando temos uma coisa acima de todas as outras. Não há
portanto, quando tivermos uma construção adjetiva ( a mais superlativo de igualdade, então teremos apenas os superlativos de
comumente usada é substantivo+numeral+substantivo, o 1º Inferioridade e Superioridade.
substantivo, como faz parte de uma locução adjetiva, deverá ficar no SUPERLATIVO DE INFERIORIDADE
singular. Estrutura: THE LEAST adj. / adv. (o menos)
Ex: They jumped a three-foot fence. Example: Money is the least important thing when you try to be
Há um outro grupo de palavras que mantém sua forma quer no happy.
singular, quer no plural. São exemplos: deer, sheep, series, species, Obs: Assim como o comparativo de inferioridade, devemos evitar
etc. o uso de adjetivos curtos.
Segue esta regra também adjeivos pátrios com terminação –esse, -
SUPERLATIVO DE SUPERIORIDADE
sh, -ss, -ch (Portuguese, Spanish,etc.)
Adjetivos / Advérbios curtos:
Estrutura: THE adj / adv +EST
COMPARATIVE AND SUPERLATIVE
Ex: He is the kindest man I´ve ever seen.
Exceções:
Antes de irmos às definições, podemos dizer que quanto ao tamanho
Good – the best
os adjetivos dividem-se em longos e curtos. Os chamados curtos são
Bad – the worst
aqueles que possuem até duas sílabas. Ex: hot, clean,etc. Os
Far – the farthest/furthest
adjetivos longos são aqueles que possuem mais de duas sílabas.
Adjetivos / Advérbios longos:
Podemos citar como exemplo: beautiful, expensive,etc.
Estrutura: THE MOST adj. / adv.
Ex: She is the most interesting person I know.
COMPARATIVE
O comparativo é usado em inglês basicamente da mesma forma que é SUPERLATIVO ABSOLUTO
usado em Português, nas suas três formas básicas: comparativo de a) forma normal: most, very, very much, highly, absolutely,
igualdade, inferioridade e superioridade exceedingly, extremely, perfectly etc.
COMPARATIVO DE IGUALDADE b) ex: he was most kind to me.
Estrutura: AS adjetivo/advérbio AS ( tão ... quanto) c) linguagem coloquial: awfully, terribly, prettily, jolly, just, simply,
Ex: Sue is as beautiful as Sandy too, only, etc.
Forma negativa: NOT SO … AS Ex: I am awfully tired.

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RELATIVE CLAUSES PREPOSITIONS

Os Pronomes e advérbios relativos são aqueles que, assim como em O problema deste tópico em inglês é o grande número de regras e
Português, se relacionam a um termo anterior da oração. Eles os casos diferentes que regem as mesmas preposições. Comecemos por
substituem para evitar sua repetição. Se este termo for um sujeito, um ver as principais preposições e suas traduções mais comuns. Atenção
objeto ou um adjunto adnominal, teremos pronomes relativos. ao fato de que algumas palavras aqui vistas como preposições podem
Vejamos: assumir outras funções morfológicas (advérbios, conjunções). Temos
George is American. George lives in Cuba. as preposições simples e as compostas.
George, who is American, lives in Cuba. Simples Compostas
About=sobre (assunto),aproximadamente Aside from = além de
Vejamos agora os principais pronomes relativos: Along = ao longo de, junto com Due to = devido à
WHO / WHOM / WHOSE / WHICH / THAT / WHAT Beneath = abaixo de For fear of = por medo de
Examples: Besides = além de In back of = em auxílio à
It wasn´t me who told her about the secret. Despite = apesar de In the back of = atrás de
(who = I/me = sujeito) Except = exceto Instead of = apesar de
The girl, whom you are looking for, has just left the room.
(whom = the girl = objeto) Diferença entre IN, ON e AT
The glasses which you broke were grandma´s. “IN” é usado para indicações pouco específicas, “ON” é usado
(which = glasses = objeto) com situações mais específicas e “AT” para conceitos bem
explicitados.
Se o termo substituído for adjunto adverbial, teremos advérbios Exemplo:
relativos. São eles: WHERE / WHEN / WHY Quando falamos de tempo, mês é um conceito mais genérico que
Examples: dia, que é por sua vez, mais genérico que hora. Assim sendo,
Georgia is a place where I would like to live. usaremos, IN para meses, ON para dias e AT para horas. (obs:
I clearly remember the day when I met him. este exemplo é apenas uma linha mestra, um guia, não sendo
Fazendo um breve resumo a cerca dos usos principais dos relativos, uma verdade absoluta)
teremos:
WHO (que, quem) – usado para pessoas Verbos / Adjetivos com Múltipla Regência
WHICH (que, o qual) – usado para coisas, objetos e animal. Sem alteração no sentido
WHOSE (cujo) – usado para posse (coisas, pessoas, objetos) To agree ON/ABOUT – concordar a respeito de algo
THAT (que, o qual) – usado tanto para pessoas, quanto para To be amazed AT/BY – ser surpreendido
objetos. To quarrel ABOUT/OVER – discutir sobre
WHERE (onde) – usado para lugares. To quarrel WITH – discutir com
WHEN (quando) – usado para tempo.
WHY ( porque) – usado para causa, motivo. Com alteração no sentido
To be good at – ser bom em algo
Obs: Lembre-se que os pronomes relativos nada tem a ver com as To bet on – apostar em
formas destes enquanto pronomes interrogativos. To consist of – ser formado por
É importante fazer distinção entre os dois tipos de orações relativas: To point to – indicar

Orações Definidoras e Orações Não-Definidoras CONJUNCTIONS


Orações definidoras São conectivos usados para ligar duas orações subordinadas,
Corresponde em Português às orações subordinadas adjetivas emprestando seu sentido a uma delas.
restritivas. Sua principal função é restringir a palavra substituída.
Sua principal característica é a ausência de vírgulas para separá- Classificação
la da oração principal. QUANTO À FORMA
Example: My sister who is twenty-one is a very beautiful woman. Simples : but, it, for, etc.
Orações não-definidoras Compostas: even if, as well as, etc.
Corresponde em Português às orações subordinadas adjetivas
explicativas. Sua principal função é dar uma informação extra, QUANTO AO SIGNIFICADO
adicional, acerca do termo substituído. Temporais: after, before,etc.
Sua característica marcante e que a torna de fácil identificação é Causais: because, for,etc.
o fato de vir entre vírgulas.
Example: Shakespeare, who wrote Hamlet, was English. QUANTO FUNÇÃO
Coordenativas: and, but,etc.
O caso do “WHOM” Subordinativas: after,because,etc.
O pronome relativo “whom” tem o mesmo significado de “who”, sendo,
entretanto, mais formal, e muito menos usado. Conjunções Comumente Usadas
Existem, ainda, regras que norteiam seu uso.”Whom” só pode ser I ) After – depois que
usado quando o termo substituído na oração, tiver função de objeto. É II) Although, Though – embora
muito constante nestes casos, a presença de uma preposição (para o III) And – e
caso de objeto indireto, após certos verbos). IV) As – enquanto, como, visto que
Se esta preposição vier imediatamente antes do pronome relativo V) AS if, As though – como se
(muito pouco comum, mas possível), é obrigatório o uso de “whom”.
Example: The girl, at whom you were looking, has just left the room. PHRASAL VERBS
(who – não pode ser usado nesta construção)
Phrasal Verbs são compostos de verbo + preposição ou verbo +
Omissão do Pronome Relativo advérbio que aparecem demais em inglês. Existem três tipos de
Em inglês, mormente no inglês falado, toda vez que for possível a phrasal verbs: de ênfase, de sentido e os propriamente ditos.
omissão de um termo, ele será omitido. A omissão do pronome Os “Phrasal Verbs” de ênfase são aqueles nos quais a preposição ou
relativo tem algumas regras muito simples. o advérbio serve apenas para enfatizar o verbo principal.
1ª) Apenas “who”, “whom”, “which” e “that” podem ser omitido. Ex: Help out (ajudar)
2ª) Apenas podemos omitir o pronome relativo quando ele não Os “Phrasal Verbs” de sentido são aqueles nos quais a preposição ou
estiver fazendo a função do sujeito. o advérbio empresta seu sentido ao verbo.
3ª) Apenas orações definidoras podem sofrer omissão do Ex: look up (olhar para cima)
pronome relativo.

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Os “Phrasal Verbs” propriamente ditos são aqueles nos quais a To Found (ed) = fundar
preposição ou o advérbio forma com o verbo um conjunto que tem o h)To leave, left, left = deixar (partir)
significado completamente diverso do sentido original do verbo. To let, let, let = deixar (permitir)
Ex: bring up (educar filhos) i)To miss (ed) = perder (sentir falta)
To lose, lost, lost = perder (deixar de ter)
SPECIAL DIFFICULTIES j) To Tell, told, told = contar (somebody)
a) After e Afterwards To say, said, said = dizer (something)
After (depois) é preposição e como tal deve ser seguida de
substantivo
Afterwards (depois) é advérbio. FALSE COGNATES
b) Former, Latter e The First, The Last Um cognato é uma palavra relacionada à outra em sua origem.
Former indica o primeiro de duas pessoas ou coisas, Latter Um falso cognato é quando a palvra aparenta ter a mesma origem de
indica o Segundo, o último de duas coisas. outra, mas não o tem.
The first indica o primeiro de mais de duas coisas ou Observe alguns exemplos:
pessoas.
INGLÊS - PORTUGUÊS PORTUGUÊS - INGLÊS
c) In the End e At the End
In the end = finalmente
At the end = no fim Actually (adv) - na verdade ..., o fato é que Atualmente - nowadays, today
d) At Present, Presently e Actually
Actually = really Attend (v) - assistir, participar de Atender - to help; to answer; to see, to
At present = now, nowadays examine
Presently = soon
e) On the way e In the way Audience (n) - plateia, público Audiência - court appearance; interview
On the way = à caminho
In the way = no caminho Balcony (n) - sacada Balcão - counter
f) On time e In time
On time = na hora Baton (n) - batuta (música), cacetete Batom - lipstick
In time = a tempo
g) If e Whether Beef (n) - carne de gado Bife - steak
If = se (sempre introduz uma condição)
Whether = se (não introduz condição, implica se ou não) Camera (n) - máquina fotográfica Câmara - tube (de pneu) chamber
g) Too e Either (grupo de pessoas)
Too = também (frases afirmativas)
Either = também (frases negativas) Cigar (n) - charuto Cigarro - cigarette
h) Either, Neither e Any, None
Either = qualquer um (entre duas pessoas ou coisas) Collar (n) - gola, colarinho, coleira Colar - necklace
Neither = nenhum ( entre duas pessoas ou coisas)
Any = qualquer um (entre mais de duas pessoas ou coisas) College (n) - faculdade, ensino de 3º grau Colégio (2º grau) - high school
None = nenhum (entre mais de duas pessoas ou coisas)
i) As far as, Until (till) e Even Compromise (v) - entrar em acordo, fazer Compromisso - appointment; date
As far as = até (distância) concessão
Until = até (tempo)
Even = até mesmo Contest (n) - competição, concurso Contexto - context
j) Too e Very
Too = muito ( antes de adjetivos e advérbios no grau normal) Convenient (adj) - prático Conveniente - appropriate
Very = muito (antes de adjetivos e advérbios no grau
comparativo) Costume (n) - fantasia (roupa) Costume - custom, habit
k) Each other e One another
Each other = se, indica reciprocidade de ação entre duas Defendant (n) - réu, acusado Advogado de defesa - defense attorney
pessoas.
One anothre = se, indica reciprocidade de ação entre mais Design (v, n) - projetar, criar; projeto, estilo Designar - to appoint
de duas.
l) Lose e Loose Editor (n) - redator Editor - publisher
lose = perder
loose = solto, livre Educated (adj) - instruído, com alto grau de Educado - with a good upbringing, well-
escolaridade mannered, polite
VERBOS QUE CONFUNDEM
a) To hang – pode ser regular ou irregular Exciting (adj) - empolgante Excitante - thrilling
To hang, hanged, hanged
To hang, hung, hung Genial (adj) - afável, aprazível Genial - brilliant
b) To rise e To raise
To rise, rose, risen = levanter-se, erguer-se (intransitivo) Graduate program (n) - Curso de pós- Curso de graduação - undergraduate
To raise, raised, raised = levanter, erguer (transitivo) graduação program
c) To Steal e To rob
To steal, stole, stolen = furtar (coisas, objetos) Grip (v) - agarrar firme Gripe - cold, flu, influenza
To rob, robbed, robbed = roubar (pessoas, casas,etc.)
d) To borrow e To lend Idiom (n) - expressão idiomática, linguajar Idioma - language
To borrow, borrowed, borrowed = pedir emprestado
To lend, lent, lent = emprestar Ingenuity (n) - engenhosidade Ingenuidade - naiveté / naivety
e) To remember e To remind
To remember (ed) = lembrar-se Injury (n) - ferimento Injúria - insult
To remind (ed) = ser lembrado
f) To Lie, Lay, Lain = jazer, situar-se Intend (v) - pretender, ter intenção Entender - understand
To lie (d) = mentir
To Lay, laid, lad = pôr, colocar (cuidadosamente) Journal (n) - periódico, revista Jornal - newspaper
g) To find , found, found = encontrar especializada

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DOUBLE PASSIVE
Lecture (n) - palestra, aula Leitura - reading
Em todos os exemplos vistos até o momento apenas utilizamos verbos
trasitivos diretos. Podemos ter construções, entretanto, usando verbos
Legend (n) - lenda Legenda - subtitle transitivos diretos e indiretos. É o que chamamos de “Double Passive”.
Example:
Mayor (n) - prefeito Maior - bigger Mary offered a book to grandma. (ativa)
A book was offered (by Mary) to gradma. (passiva)
Motel (n) - hotel de beira de estrada Motel - love motel, hot-pillow joint Grandma was offered a book (by Mary). (passiva)
IMPERSONAL PASSIVE
Novel (n) - romance Novela - soap opera A voz passiva impessoal é usada para indicar expressões genéricas.
Corresponde, em Português, à voz passiva sintética. É usada
Office (n) - escritório Oficial - official principalmente com verbos de opinião: “allege”, “believe”, “consider”,
etc.
Parents (n) - pais Parentes - relatives Para esta construção temos duas formas possíveis.
People say he is a nice boy. (ativa)
Particular (adj) - específico, exato Particular - personal, private It´s said he is a kind boy. (passiva)
He is said to be a nice boy. (passiva)
Pasta (n) - massa (alimento) Pasta - paste; folder; briefcase CAUSATIVE FORM
Usamos o “Causative form” quando estivermos nos referindo a uma
Policy (n) - política (diretrizes) Polícia - police ação que não foi praticada por nós. Embora a construção sugira isso.
Por exemplo, se você diz “Cortei o cabelo ontem” em inglês seria: “I
Port (n) - porto Porta - door cut my hair yesterday”, neste caso foi você mesmo que cortou.
O “Causative form” seria – “I had my hair cut”, o seu cabelo foi cortado
Prejudice (n) - preconceito Prejuízo - damage, loss por alguém.
PASSIVE CAUSATIVE
Prescribe (v) - receitar Prescrever - expire Existe uma estrutura que define explicitamente quem pratica a ação. É
o que chamamos de “Passive Causative”.
Pretend (v) - fingir Pretender - to intend, to plan Example: I had the hairdresser to cut my hair.
I got the hairdresser to cut my hair.
Private (adj) - particular Privado - private
REPORTED SPEECH
Procure (v) - conseguir, adquirir Procurar - to look for O discurso direto em inglês se faz basicamente, da mesma forma que
em Português.
Pull (v) - puxar Pular - to jump As principais transformações são:
a) mudança do sujeito
Push (v) - empurrar Puxar - to pull b) mudança do tempo verbal
c) mudança dos advérbios
Range (v) - variar, cobrir Ranger - to creak, to grind d) mudança de ordem dos termos da oração
Mudança do Sujeito
Realize (v) - notar, perceber, dar-se conta, Realizar - to carry out, make come true, Devemos atentar para o fato de que quando nos reportamos ao
conceber uma ideia to accomplish que foi dito por alguém, o referencial muda.
Mudança do Tempo Verbal
Recipient (n) - recebedor, agraciado Recipiente - container Esta é, a principal mudança que ocorre nos exemplos abaixo.

Stupid (adj) - burro Estúpido - impolite, rude Direct Speech Reported Speech Example
He said: "I want some oranges."
Trainer (n) - preparador físico Treinador - coach Simple Present Simple Past
He said he wanted some oranges.
Turn (n, v) - vez, volta, curva; virar, girar Turno - shift; round Present They said: "We are studying hard."
Past Continuous
Continuous They said they were studying hard.
Vegetables (n) - verduras, legumes Vegetais - plants She said: "I needed you, but uou
weren't here."
Simple Past Past Perfect
She said she had needed him, but he
PASSIVE VOICE hadn't been there.
Past Perfect Tom said: "I was talking to Mary."
A voz passiva é utilizada quando procuramos enfatizar, em uma frase, Past Continuous
Continuous Tom said he had been talking to Mary.
o que foi feito em detrimento de quem fez (que é enfatizada na voz
ativa). Podemos dizer que a voz passiva expressa o que acontece ao They said: "We've worked together."
Present Perfect Past Perfect
sujeito. They said they had worked together.
I said: "I'm going to visit Jim"!
A construção da voz passiva em inglês se faz absolutamente da Going to- Future was/were going to.
I said I was going to visit Jim"
mesma forma que em Português. Vejamos:
Example: Para os modais, temos a seguinte correspondência:
The boy saw the accident. (voz ativa) Discurso direto Discurso indireto
The accident was seen by the boy. (voz passiva)
“I may be able to graduate in She said (that) she might be able to graduate in
Após identificar os termos da oração, passo a passo teremos então a three and a half years.” three and a half years.
seguinte regra: “I have to try and do my best She said (that) she had to try and do her best
1) O objeto da ativa se transforma no sujeito paciente. always.” always.
2) Inserimos o verbo “to be” no mesmo tempo do verbo principal
“I must call home as often as I She said (that) she had to call home as often as she
da ativa.
can.” could.
3) O verbo principal da ativa vai para o “Past Participle”
4) Inserimos a partícula apassivadora “by” “I ought to take some extra- She said (that) she ought to take some extra-
5) O sujeito da ativa vira agente da passiva curricular courses.” curricular courses.
“I should purchase a second-hand She said (that) she should purchase a second-hand
computer.” computer.
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AFA 2011/2012 – RESUMO TEÓRICO – INGLÊS

Algumas outras alterações também são necessárias, como a


conversão de advérbios:
Discurso direto Discurso indireto
now ––––––––––––––––––––––––––––› then
here ––––––––––––––––––––––––––––› there
today –––––––––––––––––––––––––––› that day, yesterday
tonight ––––––––––––––––––––––––––› that night
yesterday ––––––––––––––––––––––––› the day before
tomorrow ––––––––––––––––––––––––› the next / following day
this week / month / year ––––––––––––› that week / month / year
last week / month / year ––––––––––––› the previous week / month / year
next week / month / year –––––––––––› the following week / month / year
a year ago –––––––––––––––––––––––› the year before

CONDITIONAL SENTENCES

Sentenças Condicionais, também chamadas de “IF-Clauses”, são


orações introduzidas principalmente pela partícula “if”. Podemos ter
quatro tipos de sentenças condicionais: “First Conditional”, “Second
Conditional”, “Third Conditional” e “Zero Conditional”.
Vejamos como elas se estruturam:

First Conditional
Também chamada de “Future Possible” porque é uma ação falada no
presente acerca de um acontecimento possível no futuro.

Estrutura: IF + SIMPLE PRESENT ----------------------------→ will


going to
can
may
imperative

Example: If I come earlier, I´ll let you know.

Second Conditional
A segunda Condicional é também chamada de “Present Unreal”
porque é uma ação falada no passado acerca de um acontecimento
não ocorrido ou irreal no presente.

Estrutura: IF + SIMPLE PAST ------------------------→ would


was / were going to
could
might

Example: If he studied more he would know the subjects better.


Obs: O verbo “to be” na second conditional é sempre “were”
Ex: If I were you, I´d go with them

Third Conditional
Também chamada de “Past Unreal” porque é uma ação falada no
passado perfeito acerca de um acontecimento não ocorrido ou irreal
no passado.

Estrutura: IF + PAST PERFECT------------------------------→ could have


(had + past participle) would have
might have

Example: If I had talked to him before , he would have done it.

Zero Conditional
Ela é chamada assim porque na realidade ela não é uma condicional.
É utilizada quando falamos de situações imutáveis ou verdades
universais.

Estrutura: IF + SIMPLE PRESENT ----------------------→ Simple Present


Example: If (when) you heat water, it boils at 100ºc.

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