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EDER ANTONIO DA SILVEIRA PEREIRA

GIVANILDO APARECIDO ZANFORLIN


LUIS HENRIQUE COMAR RONDINI
DANILLO CORREA
RAUL COSTA

Relatório Técnico – Projeto de automatização dos processos de


produção de uma fabrica de biscoitos utilizando (CLP)

UNIFEV-CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOTUPORANGA

JUNHO/2015
EDER ANTONIO DA SILVEIRA PEREIRA
GIVANILDO APARECIDO ZANFORLIN
LUIS HENRIQUE COMAR RONDINI
DANILLO CORREA
RAUL COSTA

Relatório Técnico - Projeto de automatização dos processos de


produção de uma fabrica de biscoitos utilizando (CLP)

Relatório técnico apresentado à Unifev ̶̶ Centro


Universitário de Votuporanga ̶̶ Para a obtenção
da nota bimestral de trabalho referente a
disciplina de Linguagens de Programação para
CLP, sob a orientação do professor Fabio Durão.

UNIFEV-CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOTUPORANGA

JUNHO/2015
AGRADECIMENTOS

Agradecimento a todos participantes do grupo pela realização do projeto realizado em


laboratório, pelo empenho de todos para concluir o relatório técnico.

Agradecemos também ao professor Fabio Durão que ministra a disciplina de Linguagens de


Programação para CLP, pela sua dedicação em passar seus conhecimentos teóricos e práticos
para realização do projeto.

Agradecemos também a instituição Unifev que dispôs o laboratório de eletrotécnica para


realizarmos ̶̶o ̶̶estudo ̶̶pratico ̶̶sobre ̶̶os ̶̶CLP’s.
RESUMO

A proposta do trabalho foi fazer a automatização dos processos de produção de uma fábrica
de biscoitos fazendo com que esses processos sejam automatizados e façam o processo
automaticamente. A automação industrial é uma forma que muitas empresas encontraram de
melhorar o processo de produção de seus produtos. Um das vantagens de se usar a automação
industrial é o fato de que as máquinas, aliadas aos avanços tecnológicos e a informática,
conseguem fazer melhor e mais rapidamente o trabalho de um homem. Outra vantagem da
automação industrial é o capital, uma máquina custa um valor muito alto, porém o dono da
empresa irá arcar com o valor da manutenção do aparelho. Se ele contratasse pessoas para
fazer o trabalho da máquina teria que custear planos de saúde, licença, férias e vários outros
benefícios que o trabalhador tem direito perante a lei.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Diagrama em Blocos de um Sistema de Automação ....................................... 8


Figura 2 - Janela de configuração do contador na programação ladder. .......................... 9
Figura 3 - Tabela descreve cada parâmetro de configuração do contador. .................... 10
Figura 4 - CLP CLIC02 da WEG com um módulo de ampliação .................................. 11
Figura 5 - Diagrama para explicação do processo .......................................................... 13
Figura 6 - Programação ladder seleção de receitas......................................................... 14
Figura 7 - Programação ladder IHMs ............................................................................. 14
Figura 8 - Programação ladder bobina do contador ....................................................... 15
Figura 9 - Programação ladder start do processo ........................................................... 15
Figura 10 - Programação ladder acionamento da válvula e esteira 1 ............................. 16
Figura 11 - Programação ladder sensores ....................................................................... 16
Figura 12 - Programação ladder processo embalagem ................................................... 17
Figura 13 - Montagem do circuito .................................................................................. 18
Sumário

1 Objetivo ......................................................................................................................... 7

2 ̶̶Introdução ̶̶sobre ̶̶“Controlador ̶̶Lógico ̶̶Programável” .................................................. 7

2.1 ̶̶Histórias ̶̶do ̶̶CLP’s ..................................................................................................... 7

2.2 Funcionamento do CLP .............................................................................................. 8

2.3 Contadores .................................................................................................................. 9

2.4 Programação ............................................................................................................. 10

2.5 Linguagem em Ladder .............................................................................................. 10

2.6 CLP CLIC02 ............................................................................................................. 11

2.7 Quais as vantagens de se utilizar um CLP ................................................................ 11

3 Projeto de um misturador utilizando CLP para controle de vazão e capacidade ........ 13

3.1 Montagem ................................................................................................................. 13

3.2 Procedimentos .......................................................................................................... 14

4 Discussões sobre o projeto .......................................................................................... 18

5 Conclusão .................................................................................................................... 19

6 Bibliografia .................................................................................................................. 19
1 Objetivo

O trabalho tem como objetivo propor e relacionar a parte teórica com


a prática realizando a automatização dos processos de produção de uma fábrica de
biscoitos, esses processos serão controlados por CLP. Empregar contadores na
automação de processos, de forma a contar eventos e tomar ações baseadas nestes.

2 Introdução sobre “Controlador Lógico Programável”

Os CLP’s podem ser definidos, segundo a norma ABNT, como um


equipamento eletrônico digital compatível com aplicações industriais. O termo em
inglês é PLC, que significa Programmable Logic Controller.

2.1 Histórias do CLP’s

Antes da evolução da Era Eletrônica na indústria já existia a


necessidade crescente de se automatizar os processos de fábrica. Mas naquela época, o
que as fazia era controlar esses processos por meio de grandes placas com um
amontoado de relés que, a cada acionamento, executavam uma ação programada. A
programação destas diversas placas era feita por meio de cabos plugáveis, do mesmo
modo que se fazia com as conexões telefônicas de tempos remotos. Cada configuração
de cabos executava ações específicas. Todas estas placas eram presas à outra placa
maior.
Desta forma, além de uma operacionalidade muito baixa, existiam
outros problemas: alto consumo de energia, difícil manutenção, modificações de
comandos dificultados e onerosos com muitas alterações na fiação ocasionando número
de horas paradas, além das dificuldades em manter documentação atualizada dos
esquemas de comando modificado.
Com a industrialização da eletrônica, os custos diminuíram, ao mesmo
tempo em que a flexibilidade aumentou, permitindo a utilização de comandos
eletrônicos em larga escala. Mas alguns problemas persistiram, e quem sentia estes
problemas de forma significativa era a indústria automobilística, pois a cada ano com o
lançamento de novos modelos, muitos painéis eram sucateados, pois os custos para
alteração eram maiores do que a instalação de novos painéis.
O Controlador Lógico Programável (CLP), nasceu dentro da General
Motors, em 1968, devido a grande dificuldade de mudar a lógica de controle dos painéis
de comando a cada mudança na linha de montagem. Tais mudanças implicavam em
altos gastos de tempo e dinheiro. Nascia assim um equipamento bastante versátil e de
fácil utilização, que vem se aprimorando constantemente, diversificando cada vez mais
os setores industriais e suas aplicações.

2.2 Funcionamento do CLP

De modo simples, o CLP funciona basicamente por um sistema de


controle sobre processos. Para que esse controle seja correto e preciso é preciso que o
processo que se deseja controlar seja monitorado, papel este desempenhado por
sensores. O CLP então atua sobre o processo com base nas leituras dos sensores, por
meio de atuadores.

Figura 1 - Diagrama em Blocos de um Sistema de Automação


2.3 Contadores

O contador é uma função de muita utilização em projetos de


automação, pois através deste é gerado uma série de lógicas para controle, como:
contagem de peças, posicionamento e etc.

O CLIC – 02 possui 31 contadores, cada contador pode operar em 9


modos de contagem diferentes:

 1 modo para contador de pulso;


 6 modos para contador de uso geral;
 2 modos para contagem de alta velocidade.

Cada contador possui 6 parâmetros para configuração:

Figura 2 - Janela de configuração do contador na programação ladder.


Figura 3 - Tabela descreve cada parâmetro de configuração do contador.

2.4 Programação

Para que um CLP funcione corretamente ele precisa ser programado


para desempenhar a função que desejarmos. Isso quer dizer que ele não vem pronto de
fábrica para ligar onde quisermos, é preciso que se diga a ele o que fazer com as
informações que o mesmo receber através de suas entradas.

2.5 Linguagem em Ladder

Foi a primeira que surgiu para programação dos Controladores


Lógicos Programáveis. Considerando que na época, os técnicos e engenheiros
eletricistas eram normalmente os encarregados na manutenção no chão de fábrica, a
linguagem Ladder deveria ser algo familiar para esses profissionais. Assim ela foi
desenvolvida com os mesmos conceitos dos diagramas de comandos elétricos que
utilizam bobinas e contatos.
A função principal de um programa em linguagem Ladder é controlar
o acionamento de saídas, dependendo da combinação lógica dos contatos de entrada. O
diagrama de contatos Ladder é uma técnica adotada para descrever uma função lógica
utilizando contatos e relés. Sua notação é bastante simples. Um diagrama de contatos é
composto de duas barras verticais que representam os polos positivos e negativos de
uma bateria.

2.6 CLP CLIC02

A WEG, com fábrica situada no Brasil, desenvolveu, entre muitos de


seus produtos, um CLP de baixo custo para aplicações simples. O mesmo denomina-se
CLIC02. Este CLP é do tipo modular, ou seja, se necessário podem ser acrescentadas
partes que ampliam seu poder de ação e controle, permitindo um uso em escala maior.

Figura 4 - CLP CLIC02 da WEG com um módulo de ampliação

2.7 Quais as vantagens de se utilizar um CLP

A resposta é muito simples de responder custo, praticidade,


localização de falhas, operações complexas, flexibilidade, tempo de processamento e
expansão.
Custo: Hoje em dia quando há necessidade de se utilizar mais de cinco relés em um
sistema, os CLP se tornam economicamente mais viável.

Praticidade: Depois de desenvolvido e testado, o programa pode ser gravado em um


computador ou CLP e transferido para quantos equipamentos o usuário possa ter, isso
viabiliza a produção em série de máquinas e equipamentos, além do fato de que, uma
vez testado e qualificado, o programa não sofre alteração.

Localização de falhas: O CLP, por ser um equipamento microprocessador, traz ao


usuário a facilidade de interação com o hardware via software, assim se torna muito
prática e fácil à localização de falhas nos sistemas criados pelo usuário.

Operações complexas: Os ̶̶CLP’s ̶̶possuem ̶̶uma ̶̶grande ̶̶variedade ̶̶de ̶̶funções ̶̶e ̶̶rotinas ̶̶
avançadas, podem executar desde tarefas simples e repetitivas até grandes cálculos
matemáticos, trigonométricos além da manipulação de variáveis numéricas com
números inteiros e com ponto flutuante, isso dá ao projetista uma série de recursos
impossíveis de se utilizar com a lógica convencional de relés.

Flexibilidade: Como a aplicação é executada em um ambiente virtual nas memórias e


processadores da CPU, as mudanças no projeto podem ser realizadas apenas com a
adição ou exclusões de linhas no programa fonte, existem equipamentos que permitem
essa mudança em ambiente on-line, assim o equipamento ou linha de produção não
sofrem paradas para intervenção da manutenção.

Tempo de processamento: Em certas aplicações é solicitado ao CLP que processe


informações ̶̶ de ̶̶ forma ̶̶ rápida ̶̶ e ̶̶ precisa ̶̶ isso ̶̶ não ̶̶ é ̶̶ problema, ̶̶ existem ̶̶ CPU’s ̶̶ que ̶̶
processam informações provenientes dos dispositivos de entrada em frações de
milissegundos. Assim, por mais rápido que seja o processo industrial, sempre haverá um
modelo de CLP que atenda à necessidade.

Expansão: Atualmente, existem no mercado equipamentos capazes de se comunicar


com tudo que existe em chão de fabrica, isto é, equipamentos como computadores,
sensores, dispositivos de pesagem, interfaces de operação (IHM), softwares
supervisórios, ̶̶até ̶̶mesmo ̶̶outros ̶̶CLP’s ̶̶de ̶̶fabricantes ̶̶diferentes, ̶̶enfim ̶̶a ̶̶capacidade ̶̶de ̶̶
expansão e interação com outros dispositivos ̶̶é ̶̶fato ̶̶comprovado ̶̶na ̶̶maioria ̶̶dos ̶̶CLP’s
existentes no mercado atual.
3 Projeto de automatização dos processos de produção de uma fabrica
de biscoitos utilizando (CLP)

Foi esboçado pelo professor em sala um diagrama básico de


explicação dos processos de produção da fábrica de biscoitos, explicando passo a passo
e detalhadamente todos os processos a serem realizados na programação ladder.

Figura 5 - Diagrama para explicação do processo

3.1 Montagem

Materiais:

 3 botoeiras N/A
 6 sinaleiros
 Fios
 1 CLP modelo CLW-02/20VR-D
 1 CPU para programação
 Fonte de Tensão 24 Volts
3.2 Procedimentos

Agora iremos explicar passo a passo todos os processos de todas as


partes da programação em ladder, a explicação será feita através de imagens tiradas da
programação.

Figura 6 - Programação ladder seleção de receitas

A figura 6 representa o inicio da programação é aonde é feito a


seleção de receitas, cada pulso aplicado em Z1 é selecionado uma receita através dos
contadores C1, C2 e C3.

Figura 7 - Programação ladder IHMs

A figura 7 mostra as bobinas H1, H2, H3 e H4 essas bobinas servem


para mostrar no display do CLP os nomes de cada receita selecionada.

 H1 > SELECIONAR RECEITAS


 H2 > BISCOITO DE CHOCOLATE
 H3 > BISCOITO DE MORANGO
 H4 > BISCOITO DE BAUNILHA

Figura 8 - Programação ladder bobina do contador

A figura 8 mostra o acionamento da bobina M10 de memória do


contador 1, quando selecionada a receita o contador irá energizar essa bobina que
memoriza o acionamento de uma determinada saída que neste caso será C1.

Figura 9 - Programação ladder start do processo

Depois de selecionada a receita, vamos seguir dando um start no


programa para que o processo da fábrica comece, esse processo acontece quando Z2 é
acionado energizando a bobina M01 que sela para que continue energizada, a bobina
M01 que dará seguimento no resto do processo.
Figura 10 - Programação ladder acionamento da válvula e esteira 1

Quando Z2 é acionado dando start no processo, Q1 que representa a


válvula que libera os biscoitos e Q2 esteira que leva os biscoitos até o saco, serão
acionados automaticamente como mostra a figura 10.

Figura 11 - Programação ladder sensores


A figura 11 mostra os sensores I1, I2 e I3.

O sensor I1 é colocado no final da primeira esteira com a finalidade de


contar o número de biscoitos que passa por ele, este número de biscoitos é denominado
por cada contador de cada receita (C4, C5 e C6), atingindo o número de biscoitos o
sensor liga a seladora que é representada pela bobina Q3, o processo de selamento dura
três segundos que é representado por T1, depois de selado o saco a esteira 2 que é
representada por Q4 leva o saco até a caixa, o sensor I2 atua quando ele percebe a
presença do saco de biscoitos desligando a esteira e rezetando todo o processo para que
ele volte até atingir o número de sacos que é representado pelos contadores (C7, C8 e
C9), atingindo o numero de sacos a caixa é fechada e levada pela esteira Q5 até o pallet,
a esteira Q5 desliga quando o sensor I3 percebe a presença da caixa, em seguida a
lâmpada Q6 é acessa para mostrar que o pallet esta pronto para ser levado pela
empilhadeira, o numero de caixas por pallet é representado pelos contadores (C10, C11
e C12).

Figura 12 - Programação ladder processo embalagem


Montagem do circuito para teste de funcionamento

Depois da programação realizada em Ladder e transferida para o CLP,


foi feita a montagem do circuito para testarmos e comprovarmos que o projeto rodou
perfeitamente.

Figura 13 - Montagem do circuito

4 Discussões sobre o projeto

Tendo em vista que o projeto da fábrica de biscoitos é bem mais


elaborado que os anteriores, tiveram algumas dificuldades extras por se tratar de uma
lógica mais detalhada, levando um tempo mais longo para sua execução, tendo que
refazer varias vezes para que o programa rodasse de acordo com o proposto pelo
projeto.
5 Conclusão

Concluímos que a parte lógica do projeto e a parte pratica que envolve


a montagem do circuito e testes ocorreu perfeitamente, neste projeto aprendemos coisas
novas como a utilização de contadores, hoje no senário industrial é muito útil e utilizado
para os processos de produção das indústrias, aumentando a nossa visão em relação ao
CLP e em relação à automação industrial.

6 Bibliografia

Apostila sobre Controladores Lógicos Programáveis – LADDER

Micro Controlador Programável CLIC-02 – Manual do Usuário disponibilizado pelo site da


WEG

www.engelogic.com.br/arquivos

www.pharmaster.com.br/artigos

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