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CESÁRIO VERDE

Poeta parnasiano, Cesário Verde não dá a conhecer aquilo que sente; não é sua
intenção dar a conhecer-se; procura descrever os objectos, pintá-los, despertar nos outros
ideias e sensações. Propõe uma explicação para o que observa com objectividade e, quando
recorre à subjectividade, apenas transpõe, pela imaginação transfiguradora, a realidade
captada numa outra que só o olhar de artista pode notar.
«Camponês preso em liberdade pela cidade», como o define Caeiro, é um poeta-pintor
que capta as impressões da realidade que o cerca com grande objectividade. É
intencionalmente realista, atento a pormenores mínimos que servem para transmitir as
percepções sensoriais. Da cidade de Lisboa, por onde deambula, descreve as ruas soturnas e
melancólicas, com sombras e bulício, e absorve-lhes a melancolia, a monotonia, o «desejo
absurdo de sofrer». Nesta cidade projecta imagens da mulher formosa, fria e altiva, os vícios e
as fantasias mórbidas. Do campo, canta a vida rústica, de canseiras, a sua vitalidade e saúde. É
o campo útil onde o poeta se identifica com o povo. A invasão simbólica da cidade pela
vitalidade e pelo colorido saudável dos produtos do campo surge, por exemplo, no poema
«Num bairro moderno». Neste poema e noutros, as descrições de quadros e tipos citadino
retratam Lisboa em diversas facetas e segundo ângulos de visão de personagens.
Interessou-lhe o quotidiano da realidade que o cercava com o à-vontade do prosador
realista, preocupando-se apenas com a expressão clara, objectiva e concreta. A notação
objectiva e sóbria das graças e dos horrores da vida da cidade ou a profunda vitalidade da
paisagem campestre são uma tentação constante na sua poesia.
A obra de Cesário influenciou grande parte dos escritores portugueses do século XX e
continua a ter uma grande importância graças às marcas realistas, naturalistas,
impressionistas, parnasianas e mesmo pré-simbolistas, mas também pelas polaridades
temáticas que vão desde a oposição cidade/ campo à antítese morte/ vida, sem esquecer a
cidade-mulher ou a mulher fatal e lúbrica.

PARNASIANISMO

O parnasianismo é uma escola literária que defende a «arte pela arte», ou a «arte
sobre a arte». Iniciada em França, em meados do século XIX, esta tendência artística procura a
confecção perfeita através de uma poesia descritiva, baseada, muitas vezes, em temáticas
greco-latinas. Há quem lhe chame o «Realismo em poesia».
Tem como principais características:

• A reacção contra o romantismo, defendendo a objectividade temática contra o


sentimentalismo, os excessos de imaginação, o lirismo intimista, o subjectivismo
excessivo e a indisciplina da linguagem;
• A obsessão pela beleza na perfeição formal;
• O retorno ao racionalismo e às formas poéticas clássicas, como os sonetos, as odes
ou as éclogas;
• A busca da impessoalidade e da impassibilidade; a arte pela arte;
• As temáticas religiosas, mitológicas, ligadas ao exotismo e à natureza inanimada.
A poesia é, para o parnasiano, um fruto paciente de sabedoria, um reiterado trabalho
de perfeição em ritmo e em rima.

O vocábulo parnasianismo deriva de Parnaso, um dos maiores montes da Grécia, na


região da Fócida, que os antigos gregos consagraram a Apolo, o deus das musas e da
poesia.

POETIZAÇÃO DO REAL (OBJECTIVIDADE/ SUBJECTIVIDADE); O QUOTIDIANO NA POESIA;


«APREENSÃO IMPRESSIONISTA DO REAL»

Em Cesário Verde, há um enorme interesse pelo real, cujas impressões das formas
naturais tenta captar. Próximo do Realismo e do Naturalismo, não busca a conformação com a
realidade nem as circunstâncias sociais que a justificam, mas há um reviver constante de
imagens sensíveis que lhe permitem traduzir impressões para reconstruir a realidade. Ele
próprio tenta descobrir-se para lá dessa mesma realidade.
Nos seus poemas, há uma dimensão naturalistas que, em «Contrariedades», o leva a
dizer das redacções dos jornais que «A crítica segundo o método de Taine/ Ignoram-na». E há
uma proximidade ao Realismo que, em «O Sentimento dum Ocidental», permite que diga que
a frustração é «Não poder pintar/ Com versos magistrais, salubres e sinceros,/ A esguia difusão
dos vossos reverberos,/ E a vossa palidez romântica e lunar!» Cesário não só surpreendeu os
aspectos da realidade, mas soube perfeitamente fazer uma reflexão sobre as personagens e
certas condições.
Sensível a todas as pulsações da cidade e atraído pelo campo, há em Cesário Verde
uma preocupação em traduzir o real quotidiano com as suas emoções. Poeta do quotidiano, a
capacidade de poetizar o real surge dentro de si próprio, conseguindo visionar situações
vividas no dia-a-dia, pela sua atenção permanente ao que o rodeia. A poesia do quotidiano
nasce da impressão que o «fora» deixa no «dentro» do artista. Por isso, é fácil compreender as
suas ligações coincidentes com a pintura impressionista, que procede exactamente do mesmo
modo em face da realidade plástica: o artista procura surpreender o «momento» em que os
objectos, imersos numa dada relação de luz e sombra, ganham a sua inteira individualidade,
ou melhor, o artista diligencia fixar a «impressão» que as coisas lhe deixam na sensibilidade,
numa infinitesimal fracção de tempo.
A representação do real quotidiano é, frequentemente, marcada pela captação
perfeita dos efeitos da luz e por uma grande capacidade de fazer ressaltar a solidez das
formas, embora sem menosprezar uma certa visão subjectiva. Interpenetrando elementos
realistas e naturalistas com elementos de reacção idealista, Cesário Verde consegue traduzir
uma realidade multifacetada, através de uma grande plasticidade estética. Mais do que
reproduzir o real objectivo, Cesário procura representar a impressão que o real deixa em si
próprio. Daí poder-se afirmar que há um desvio do Realismo a favor de uma «apreensão
impressionista do real».
Note-se que o Impressionismo, como fenómeno literário, surge no interior do
Realismo-Naturalismo com as variações estéticas e culturais do fim do século. A par da
reprodução impessoal, objectiva, exacta e minuciosa do real, própria do realismo, surge a
impressão instantânea que a realidade provoca no momento da sua captação. Cesário procura
captar factos, sem referir causa ou efeito, preferindo as formas impessoais, as construções
nominais, as sinestesias. Este último recurso permite-lhe materializar o abstracto ou imaterial
e o seu estado de espírito.

BINÓMIO CIDADE/ CAMPO (DIALÉCTICA DAS EXPERIÊNCIAS CAMPESTRE E URBANA)

Cesário canta o quotidiano da cidade de Lisboa e do campo que conheceu em Linda-a-


Pastora.
O contraste cidade/campo é um dos temas fundamentais da poesia de Cesário e
revela-nos o seu amor ao rústico e ao natural, que celebra por oposição a um certo repúdio da
perversidade e dos pseudovalores urbanos e industriais. Consegue mostrar a tradição de um
país profundamente rural, que tem dificuldade em evitar os benefícios e os malefícios da
industrialização e do avanço da civilização urbana.

CAMPO CIDADE
• Espaço eufórico • Espaço disfórico
• Lugar da salvação • Espaço da perdição
• Lugar da vida, do nascimento e • Lugar da morte
da fertilidade • Lugar dos funerais
• Lugar dos casamentos e dos • Lugar da doença
baptizados • Lugar das limitações – sociais,
• Lugar da saúde físicas e sexuais
• Lugar do fim de todas as • Espaço da perversidade e da
limitações – sociais, físicas e sujidade,
sexuais • Lugar da indiferença em relação
• Espaço da pureza aos problemas sociais,
• Espaço da humanidade • Lugar da opressão
• Lugar da liberdade • Lugar da tristeza e da infelicidade
• Lugar da alegria e da felicidade • …
• …

A oposição cidade/campo conduz simbolicamente à oposição morte/vida. É a morte


que cria em Cesário a repulsa à cidade por onde gostava de deambular, mas acaba por
aprisioná-lo Cesário reconhece a certeza da morte e identifica-a com a cidade soturna, com os
«focos de epidemia», cheia de solidão e de miséria. A salvação para a sua vida parece surgir no
campo.
RELACIONAMENTO ESTÉTICO COM A IMAGÉTICA FEMININA

A cidade surge associada à mulher fatal e á morte, enquanto o campo se une à imagem
da mulher angélica e da vida. Associada à cidade, surge a mulher fatal, servindo para retratar
os valores decadentes e a violência social.

A mulher fatal surge na poesia de Cesário intensamente, incorporando um valor


erótico que simultaneamente desperta o desejo e arrasta para a morte. O poeta vê esse corpo
belo e luminoso ao mesmo tempo que o fantasia pelo poder da sedução. Mas se, por um lado,
desse corpo de mulher irradia uma luz que o torna cada vez mais nítido e sensual, por outro
lado, há um pressentimento de fatalidade que lentamente o transforma em símbolo da morte.

Cesário, frequentemente, dá-nos conta da voluptuosidade da mulher fascinante, mas


acaba por se sentir humilhado. Na vida social, encontra um paralelo entre as classes poderosas
que, como as burguesinhas ricas, o fascinam, e as classes oprimidas, que têm de se remeter á
sua baixa condição.

QUESTÃO SOCIAL - REALISMO DE INTENÇÃO BASICAMENTE NATURALISTA

Por influência de Baudelaire e dos naturalistas franceses, Cesário procura pintar


«quadros por letras, por sinais», criando uma pintura literária e rítmica de temas comuns e
realidades comezinhas. Interessa-se pelo conflito social e do campo e da cidade, procurando
documentá-lo e analisá-lo, embora sem a intensidade da dissecação naturalista.

INVOCAÇÃO DA ARTE POÉTICA: MODELO DE NATURALIDADE E DE «SERENO REALISMO


VISUAL»

Sensível ao estímulo visual, Cesário procura reter diversas impressões visuais e outras
para sobrepor imagens que acabem por traduzir e reiterar a visão do que o rodeia e traduzir a
sua inspiração pessoal. Não está interessado em cantar motivos idealistas, mas coisas simples
que observa a cada instante. Por isso é considerado um poeta do concreto e do quotidiano. O
assunto mais simples e trivial torna-se grandioso e objecto de reflexão.

Cesário não hesitou em descrever, nos seus poemas, ambientes que, segundo a
concepção de poesia então vulgarizada, não tinham nada de poético. Para que as suas
descrições fossem o mais possível exactas, preocupou-se, sobretudo, com o à-vontade do
prosador realista, em escolher as palavras que reflectissem a realidade. O realismo de Cesário
não contém poesia em si próprio, mas está implícita, disfarçada sob a observação – terra-a-
terra – da realidade.

A sua obra caracteriza-se, também, pela técnica impressionista, ao acumular


pormenores das sensações captadas e pelo recurso às sinestesias, que lhe permitem transmitir
sugestões e impressões da realidade. As palavras, por vezes, antecipam o simbolismo, ao
serem imagens de luz e de cor que sugerem.

Na linha da estética parnasiana, mostra-se preocupado com a perfeição (a


musicalidade, a harmonia, a escolha de sons…), com o rigor formal, com a regularidade
métrica, estrófica e rimática.
A nível morfossintáctico, recorre à expressividade verbal, à adjectivação abundante,
rica e expressiva, por vezes em hipálage, à precisão vocabular, ao colorido da linguagem; e tem
uma tendência para as frases curtas e acumulativas, para a construção oracional, sem
preocupações com as relações lógico-gramaticais.

O MITO DE ANTEU

Em Cesário Verde, o campo, ou melhor, a terra, apresenta-se salutar e fértil. Afastado


da terra da sua infância e enfraquecido pela cidade doente, o poeta reencontra a energia
perdida quando volta para o campo.

È dentro desta concepção de uma terra que revitaliza que podemos encontrar o mito
de Anteu.

De acordo com a mitologia, Anteu, filho da Gea (Terra) e de Posídon, era um gigante
muito possante, que vivia na região de Marrocos, e que era invencível enquanto estivesse em
contacto com a mãe-terra. Desafiava todos os recém-chegados para uma luta até à morte.
Vencidos e mortos, os seus cadáveres passavam a ornar o templo do deus do mar, Posídon.
Hércules, de passagem pela Líbia, entrou em combate contra Anteu e, descobrindo o segredo
da sua invencibilidade, conseguiu esmagá-lo, mantendo-o no ar.

O mito de Anteu permite caracterizar o novo vigor que se manifesta quando há um


reencontro com a origem, com a mãe-terra. É assim que se pode falar deste mito em Cesário
Verde na medida em que o contacto com o campo parece reanimá-lo, dando-lhe forças,
energias, saúde. O mito de Anteu surge em Cesário para traduzir o esgotamento gerado pelo
afastamento da terra, do espaço positivo do campo.

SÍNTESE

• Cesário Verde interessa-se pelo real, procurando descrever com objectividade os


objectos, pintá-los, despertar nos outros ideias e sensações.

• Cesário é um poeta-pintor que capta as impressões da realidade. Próximo do


Realismo e do Naturalismo, presta atenção aos pormenores mínimos que servem
para transmitir as percepções sensoriais.

• Propõe uma interpretação da cidade de Lisboa, por onde deambula, descreve-a,


absorve-lhe a melancolia e a monotonia, projecta nela imagens da mulher
formosa, fria e altiva.

• Do campo, canta a vida rústica, de canseiras, a sua vitalidade e saúde.

• Interessou-lhe o quotidiano da realidade.

• Poeta do quotidiano, tenta visionar situações vividas no dia-a-dia, revelando uma


atenção permanente ao que o rodeia.
• Impressionista, procura surpreender o «momento» em que os objectos «ganham a
sua inteira individualidade».

• Cesário consegue traduzir uma realidade multifacetada, através de uma grande


plasticidade estética.

• O contraste cidade/ campo é um dos temas fundamentais da poesia de Cesário e


revela-nos o seu amor pelo rústico e natural, que celebra, por oposição a um certo
repúdio da perversidade e dos pseudovalores urbanos e industriais.

• A oposição cidade/campo conduz simbolicamente à oposição morte/vida. É a


morte que cria em Cesário uma repulsa à cidade por onde gostava de deambular,
mas que acaba por aprisioná-lo.

• O tempo é um perpétuo fluir e a esperança só é possível para as novas gerações.

• A cidade surge associada à mulher fatal e à morte, enquanto o campo se una à


imagem da mulher angélica e da vida. Há uma sexualização da cidade e do campo
que incorpora as alegorias da morte e da vida.

• Cesário procura pintar «quadros por letras, por sinais», criando uma pintura
literária e rítmica de temas comuns e realidades comezinhas.

• Sensível ao estímulo visual, Cesário procura reter diversas impressões visuais e


outras para sobrepor imagens que acabem por traduzir e reiterar a visão do que o
rodeia e traduzir a sua inspiração pessoal.

• A obra de Cesário caracteriza-se, também, pela técnica impressionista, ao


acumular pormenores das sensações captadas e pelo recurso às sinestesias, que
lhe permitem transmitir sugestões e impressões da realidade.

• Em Cesário, o campo, ou melhor, a terra, apresenta-se salutar e fértil. Dentro desta


concepção de uma terra que revitaliza podemos encontrar o mito de Anteu, ou
seja, no contacto com o campo, o sujeito poético parece reanimar-se, sentindo
forças, energias, saúde.

• O Parnasianismo tem como principais características: a reacção contra o


Romantismo; a defesa da objectividade temática; a obsessão pela perfeição
formal; o retorno ao racionalismo e às formas poéticas clássicas; a busca da
impessoalidade e da impassibilidade; a arte pela arte.
Questão social

A crítica de Cesário Verde, à sociedade dos finais do século XIX, é outra temática retratada.

Os quadros citadinos que o poeta tão bem pinta com a sua técnica realista permitem-nos ter
uma visão das transformações que se operam na cidade, nomeadamente ao nível da
sociedade burguesa. E Cesário, não fica alheio a tais mutações, quer sociais, quer económicas,
quer culturais, que observa quando deambula pelas ruas da cidade.

O drama da injustiça social é acentuado, por exemplo, no composição “Num bairro moderno”,
não só pelo contraste das classes sociais, mas acima de tudo pela atitude de desdém com que
o criado trata a vendedeira “rota” e “pequenina”, sintoma claro de injustiça social.

Cesário recusa, assim, hierarquias sociais, pois o contacto humano com a vendedeira, na ajuda
que lhe oferece, anula a sua própria relação de membro integrante de uma classe socialmente
privilegiada, parecendo, aliás, esse contacto revigorar-lhe o espírito.

Deste modo, o poeta coloca-se ao lado dos desfavorecidos, vítimas da opressão social da
cidade, e vai denunciando as circunstâncias sociais injustas, por exemplo no retrato da
engomadeira, tuberculosa, sozinha, a engomar, que se mantém a “chá e pão”.

O poeta compadece-se assim, com o drama da engomadeira, que vive miseravelmente as


humilhações de um quotidiano citadino, sem esperanças, porque também ele se sente
humilhado pela rejeição e critica dos seus versos. Há portanto, uma espécie de analogia dos
dois seres que, embora em situações antagónicas, sentem a dor e a humilhação.

A última composição de Cesário Verde – “provincianas” -, que aliás, não chegou a concluir
devido à tuberculose que o vitimou, parece apontar para o tema das injustiças sociais, para as
diferenças entre as classes sociais, que o poeta denunciava. No entender de Joel Serrão, esta
composição marcaria o início de uma nova fase na obra do escritor. Sobre a mesma
composição, escreveu Jacinto do Prado Coelho que o contraste entre o egoísmo dos ricos e a
miséria dos pobres é tema que fica em suspenso.
Evolução poética de Cesário Verde

Podemos, então, apresentar esquematicamente a evolução poética de Cesário Verde em três


fases:

A poesia de Cesário Verde

  

Primeira fase (1873-74) Segunda fase (1875-76) Terceira fase (1877-84)

  

A “crise romanesca” O naturalismo O quotidiano campo/cidade

  

O idealismo romântico a par das O realismo acentuado pelos A descrição do real. Fase
tendências literárias e estéticas contrastes pictórica do poeta
da época

  

Poesias Poesias Poesias

  

“Responso” “Deslumbramentos” “Num bairro moderno”

“Esplêndida” “Humilhação” “Cristalizações”

“Setentrional” “O sentimento de um ocidental”

“Ironias do desgosto” “De tarde”

“Contrariedades” “Nós”
síntese de conhecimentos

Temáticas

• Imaginética feminina;

• Sentimento da humilhação ligado ao erotismo da “mulher fatal”;

• Binómio cidade/campo;

• Poetização do real;

• Questão social associada ao realismo e naturalismo;

• Movimento deambulatório do poeta pelas ruas da cidade;

Análise dos poemas de Cesário Verde


“ Contrariedades” - A critica sócio cultural.

“ Deslumbramentos”, “A débil”, “Manhãs Brumosas” – A diversidade dos perfis


femininos.

“ De tarde” – A aguarela impressionista.

“ Nós” – O campo e a cidade.

“Cristalizações” – Apologia do povo trabalhador, num ambiente citadino.

“ Sentimento de um ocidental” – A visão nocturna da cidade – Realismo/ Simbolismo

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