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A Resistência Como Analisador de Saúde Mentral - Contribuições Da Análise Institucional PDF
A Resistência Como Analisador de Saúde Mentral - Contribuições Da Análise Institucional PDF
PALAVRAS-CHAVE Saúde mental. Rede social. Ciências sociais. Fóruns de discussão. Equipe
de assistência ao paciente.
ABSTRACT The article analyzes a resistance movement of a Collegiate Forum of Mental Health
in Campinas (SP), whose current situation endangers its innovative history and networked care
in the mental health area, due to organizational rigidity and tension between the current muni-
cipal government and the partner organization in this area. They were made observations, in-
terviews and Institutional Analysis was adopted as theoretical and methodological framework.
It concludes that resistance movements are of great importance for the professionals of that ne-
twork, and its analysis is fundamental to the qualification of shared care, enabling a more effec-
tive confrontation to the conjunctural adversity.
KEYWORDS Mental health. Social networking. Social sciences. Discussion forums. Patient care
team.
1 Serviço de Saúde Dr.
Cândido Ferreira (SSCF) –
Campinas (SP), Brasil.
dvdob@yahoo.com.br
2 Universidade Estadual
de Campinas (Unicamp),
Faculdade de Ciências
Médicas (FCM),
Departamento de Saúde
Coletiva – Campinas (SP),
Brasil.
slabbate@lexxa.com.br
Saúde Debate | rio de Janeiro, v. 40, n. 110, p. 120-133, JUL-SET 2016 DOI: 10.1590/0103-1104201611009
A resistência como analisador da saúde mental em Campinas (SP): contribuições da Análise Institucional 121
vivência, oficinas de trabalho, serviços de época, havia dois convênios: Saúde Mental saúde objetiva assegurar
retaguarda especializada
urgência psiquiátrica e serviços de residên- e PSF. O primeiro correspondia exclusiva- a equipes e profissionais
cia terapêutica (FIGUEIREDO; SANTOS, 2008). Esse mente à área da saúde mental enquanto o encarregados da atenção
a problemas de saúde, de
processo relaciona-se à Reforma Psiquiátrica segundo referia-se aos profissionais contra- maneira personalizada
Brasileira que teve início mais concretamen- tados para a área da saúde em geral, incluin- e interativa. Opera com
o conceito de núcleo
te no final da década de 1970, na conjuntu- do AB, hospitais e serviços de urgência. O e de campo. Assim:
ra da redemocratização, fundada na crítica principal aspecto de irregularidade aponta- um especialista com
determinado núcleo,
ao sistema da saúde mental do nosso País, do pelas instâncias do judiciário era de que apoia especialistas com
ao saber psiquiátrico e às instituições da os trabalhadores não poderiam ser contrata- outro núcleo de formação,
objetivando a ampliação
psiquiátrica clássica (AMARANTE, 1995). dos por uma organização (SSCF) e estarem da eficácia de sua
Um marco importante desse processo sob gestão de outra (Prefeitura), como era atuação. Trata-se de uma
metodologia de trabalho
em Campinas ocorreu durante a década de o caso dos profissionais contratados via complementar àquela
1990, quando a Prefeitura Municipal esta- Convênio PSF. prevista em sistemas
hierarquizados, a saber:
beleceu uma parceria de cogestão com o No convênio a ser extinto, estavam incluí- mecanismos de referência
Sanatório Dr. Cândido Ferreira – fundado dos alguns apoiadores institucionais de saúde e contrarreferência,
protocolos e centros
no início do século XX. A partir disso, este mental e muitos profissionais da área de de regulação. O Apoio
passou a integrar a rede municipal de saúde. saúde mental que atuavam na AB. O encerra- Matricial pretende
oferecer tanto retaguarda
Entretanto, a expansão dos serviços substi- mento do convênio foi anunciado em janeiro assistencial quanto suporte
tutivos ocorreu mais intensamente a partir de 2012, mas sofreu prorrogações para que a técnico-pedagógico às
equipes de referência”
de 2001, com o incremento da parceria com transição provocasse menos desassistência, (CUNHA; CAMPOS, 2011,
o renomeado Serviço de Saúde Dr. Cândido de modo que os 1.308 funcionários fossem p. 964).
demitidos mediante reposição de vagas via com a Reforma Sanitária e tem ocorrido com
concurso público. Houve várias discussões a Reforma Psiquiátrica, pois a
em espaços colegiados e de controle social
para que, além do número de trabalhadores, ênfase nos processos de regulação como
fosse mantido um modelo de atenção à saúde indutores da política do SUS transforma a
mental coerente com a Reforma Psiquiátrica. potencialidade criativa e transformadora da-
No decorrer dessa crise, que resultou no queles atores em uma servidão às normas e
encerramento do Convênio PSF, também portarias. (LUZIO; YASUI, 2010, p. 22).
ocorreram mudanças no Convênio de Saúde
Mental, pois incorporou todos os Caps e De tal forma que para Luzio e Yasui (2010,
outros equipamentos de saúde mental, além p. 23):
de, temporariamente, manter os profissio-
nais de saúde mental alocados na AB até A sua institucionalização [da Reforma Psiqui-
a conclusão das reposições via concurso átrica] transformou o Ministério da Saúde em
público. seu principal ator e indutor chefe dos ritmos
O governo municipal eleito em 2013 não e dos rumos do processo. Parece não haver
reconheceu a lei de cogestão, que mantinha mais espaço para experiências que não sigam
uma relação mais estreita entre SSCF e a os parâmetros estabelecidos nas portarias,
Prefeitura, fazendo emergir questionamen- que, ironicamente, têm como inspiração as
tos relacionados com a ocupação de prédios experiências do Caps e dos Naps, as quais
públicos pelos serviços gerenciados pelo trazem a marca da invenção e da criação que
SSCF e a cessão de profissionais concursa- se construíram e obtiveram seu reconheci-
dos para serviços gerenciados pelo SSCF. mento antes dessas regulações.
Além desse movimento para separar as duas
organizações, passa a haver questionamen- O Ministério da Saúde implanta, em
tos a respeito do número de trabalhadores 2013, novos registros de produção (Raas –
por serviço, tomando como parâmetro as di- Registro das Ações Ambulatoriais de Saúde,
retrizes gerais do Ministério da Saúde, sem BPA/I – Boletim de Produção Ambulatorial
considerar os aspectos peculiares de cada Individualizado, e BPA/C – Boletim de
serviço. É dado início ao processo de enxu- Produção Ambulatorial Consolidado) para
gamento das equipes, com a não reposição qualificar as informações das ações desen-
de algumas vagas dos profissionais demiti- volvidas em saúde (BRASIL, 2013). Em Campinas,
dos ou que pedem demissão. Ocorre também entretanto, tornaram-se instrumentos para
um movimento de reconfiguração de alguns o estabelecimento de metas para definir o
serviços, como as residências terapêuticas repasse financeiro da Prefeitura para o SSCF,
e o núcleo de internação, provocando uma instaurando um clima de produtivismo entre
redução ainda maior no número de profis- os trabalhadores e gestores.
sionais contratados. Tal situação denuncia a presença da lógica
A inovação técnica e prática vai cedendo neoliberal na atual gestão da saúde do muni-
ao enquadramento jurídico e às portarias cípio, introduzindo mecanismos do mercado
ministeriais. Todavia, essa convergência não nas políticas públicas. Souza e Cunha (2013)
é exclusiva de Campinas. Luzio e Yasui (2010) apontam a existência de um avanço do
alertam que a tendência à regulamentação é modelo empresarial capitalista na nossa so-
um risco quando os processos de transfor- ciedade, de tal forma que se estabelece como
mação vão perdendo as bases nos movimen- natural que: “As famílias, os indivíduos, os
tos sociais e deslocam o foco de luta para o bairros, as instituições públicas, ainda que
interior do aparelho estatal, como ocorreu educacionais ou de saúde, devem ser geridas
como uma empresa” (SOUZA; CUNHA, 2013, p. 657). mental, tais como: Reafirmando o Contrário
Tal perspectiva nega a saúde e a educação (2013), Resiste Campinas (2013 e 2014) e
como direitos de todo o cidadão, conforme Mostra de Práticas de Saúde Mental (2015).
determina a Constituição Federal de 1988. Também foram redigidas cartas-manifesto
Em meio a toda essa transformação, direcionadas à Prefeitura, e ocorreram ma-
houve, em Campinas, a contratação de novos nifestações no Conselho Municipal de Saúde
profissionais, via concurso público, para e em outros espaços públicos. Até mesmo
ocupar os cargos na AB e para os futuros o tradicional bloco de carnaval Unidos do
Centro de Atenção Psicossocial Infantil e Candinho2 aderiu ao tom de protesto ao
Capsad (Centro de Atenção Psicossocial adotar a resistência como tema em 2014 (Arte
Álcool e Drogas). Certamente algo positivo e Resistência) e 2015 (Resistir com Arte).
dentro dessa conjuntura difícil por ser um A história e o acúmulo de práticas deixam
investimento da Prefeitura nessa área. Por marcas, mas os atuais sujeitos, no cotidia-
outro lado, demonstra um certo desinvesti- no, são desafiados a definir seus rumos e a
mento na parceria com o SSCF para novas lutar por eles. Em estudo recente, Oliveira
empreitadas, mantendo-o reduzido às suas (2014) identificou a relevância do apoio matri-
atuais ‘obrigações’. cial na área de saúde mental em Campinas,
A implantação dos serviços mais recentes mas que esse arranjo não tem encontrado
na saúde mental como o Consultório na Rua suporte da gestão municipal, que investe
(2012) e a Unidade de Acolhimento (2013), pouco em espaços para reflexão da prática e
que eram aventados desde 2010, ocorreu da formação profissional e adota uma lógica
seguindo as definições ministeriais e bene- produtivista e desvalorizadora dos espaços
ficiando-se do financiamento federal, no de encontro. A autora conclui que “realizar
bojo das publicações de portarias, decretos Apoio Matricial em Campinas atualmente
e planos de ‘enfrentamento do crack’ entre significa empreender resistência política e
2009 e 2011. Pode-se dizer, sem querer retirar que a cogestão ainda constitui uma proposta
o mérito e a potencialidade desses serviços, contra hegemônica” (OLIVEIRA, 2014, p. 147).
que tais implantações tiveram um caráter
mais reativo e oportunista do que de criação
de alternativas para os problemas locais. O Fórum Colegiado
A situação tornou-se mais preocupan- de Saúde Mental: um
te quando o governo municipal passou a
atacar o modelo da Reforma Psiquiátrica,
dispositivo singular para
como ocorreu em abril de 2013, com o construção do cuidado em
anúncio de implantação do Cratod (Centro rede
de Referência de Álcool Tabaco e outras
Drogas), em uma parceria com o governo No âmbito da saúde mental em Campinas,
do estado de São Paulo, criando, certamen- há os Fóruns Colegiados de Saúde Mental,
te, um fluxo propício e ágil para internações espaços coletivos que existem nos cinco dis-
em comunidades terapêuticas e internações tritos de saúde da cidade, com composições
compulsórias. Tal iniciativa provocou pro- e dinâmicas variadas, sem perder a dimensão
testos tanto no dia do seu anúncio como em colegiada, que tem como objetivo a “pactua-
manifestação organizada, no mês seguinte, ção dos projetos de saúde mental na perspec-
diante do Paço Municipal. tiva da construção de redes de cuidado, seja a 2 O Bloco Unidos do
Diante dessas mudanças, trabalhadores, partir da discussão de casos ou não” (DORIGAN, Candinho, organizado por
usuários e trabalhadores
gestores, usuários, familiares e acadêmicos 2013, p. 76). Segundo essa autora, trata-se de do SSCF, desfila pelas ruas
promoveram eventos em defesa da saúde uma experiência singular de Campinas todos os anos desde 1993
a AI nos anos 1960/70 na França, propuse- que cada instituição convive o tempo todo
ram um referencial teórico que articulou com sua negação. Assim, uma instituição
teoria e prática, buscando, seja sob a forma pode, inclusive, produzir o fracasso de sua
de investigação, seja de intervenção, abordar profecia inicial, ou seja, negar o objetivo que
como os sujeitos formam e colaboram para justificou sua fundação e até desaparecer.
provocar dialeticamente movimentos ino- Decorre daí,
vadores/instituintes nos grupos e organiza-
ções. (L’ABBATE, 2012). [...] o conceito de ‘autodissolução’ que cor-
Para Lourau (2004b, 2014), as instituições responde a um modo de desaparecimento
são dialeticamente constituídas por mo- súbito das formas sociais, mas também do
mentos instituídos e instituintes que resul- processo permanente de degradação que al-
tam em processos de institucionalização. tera seu projeto [inicial], sua ideologia, seu
Como instituído, entende-se a ordem es- funcionamento. (MONCEAU, 1997, p. 47, tradução
tabelecida, os valores, os modos de repre- nossa, grifo nosso).
sentação e de organização considerados
normais, assim como os procedimentos Trata-se da negação sempre presente na
habituais de previsão (econômica, social e dinâmica do trabalho. Os conceitos de ins-
política). Por outro lado, a contestação e a titucionalização e autodissolução, portanto,
capacidade de inovação podem ser coloca- não podem ser dissociados, pois o primei-
das como sendo instituintes. Dessa forma, ro contém, de certo modo, o segundo, visto
o instituído depende do instituinte para que qualquer instituição pode algum dia se
progredir, enquanto o instituinte depende dissolver. Os efeitos das suas contradições,
do instituído para seguir com o projeto de traduzidas mais comumente como ‘tensões’
transformação permanente. e/ou ‘conflitos’ mais ou menos ‘latentes’,
Monceau (1997), na perspectiva da socio- podem crescer ou permanecer imperceptí-
análise – a AI em situação de intervenção veis por muito tempo e serem atualizados
–, elaborou um conceito de resistência repentinamente.
operatório e dinâmico, com a finalidade A ‘transdução’, conceito atribuído a
de ampliar sua utilização no trabalho de Gilbert Simondon, com inspiração nas leis
formação que ele realizava com os pro- da Física (SIMONDON, 1989 apud COMBES, 1999), re-
fessores franceses de ensino primário e fere-se ao movimento de um acontecimento
secundário. Ainda que Monceau tenha ou partícula que aos poucos provoca uma
trabalhado no campo educacional, e em desorganização dos campos de força, em um
outro contexto social, considerou-se a determinado grupo ou instituição (GUILLIER;
possibilidade de aplicar este conceito de SAMSON, 1997-1998)3.
resistência, visando compreender melhor De acordo com Lourau (2004a, p. 213):
a atuação dos profissionais no Fórum
Colegiado de Saúde Mental que funciona Simondon procura pensar a relação sujeito-
em uma das regiões de Campinas. -objeto com base na ‘transdução’. Como no 3“Conceito atribuído a
Para melhor situar o problema da resis- espectro das cores, dois polos extremos e pe- Simondon, a transdução
designa o movimento pelo
tência, Monceau (1997) analisa três movimen- riféricos [o preto e o branco] são finais, limi-
qual um acontecimento,
tos quanto à existência/permanência das tes. É a partir do centro (o verde-amarelo) que uma partícula propaga
instituições: institucionalização, autodisso- se sucedem as várias cores localizáveis e de- pouco a pouco uma
desorganização dos
lução e transdução. O movimento de ‘insti- signáveis, fundando-se umas nas outras. Este campos de forças,
tucionalização’ é descrito como o processo movimento, resultado de potencializações e criadora de formas novas”
(GUILLIER; SAMSON,
pelo qual a instituição se produz, o que nem atualizações é a transdução. 1997-8, p. 29, tradução
sempre é puramente positivo, na medida em nossa).
Momento
Destruição do poder
DEFENSIVO
Intransigência Sobrevivência
RESISTÊNCIA
Momento Momento
OFENSIVO INTEGRATIVO
Integração
conflituosa
Construção de um Assimilação
poder alternativo
movimentos para qualificação da sua finali- Alguns podem achar que é muito tempo. Mas eu
dade de compartilhamento do cuidado, in- acho que isso é necessário para lógica de traba-
clusive oportunizando a análise das práticas lho em rede, as construções conjuntas e o traba-
profissionais, com abertura para revisões lho junto com a Atenção Básica.
e novas construções entre seus membros e
gestores. Dentro de um processo de desloca- A resistência empreendida por esse cole-
mento da prática profissional frequentemen- tivo também é um analisador da desvalori-
te proporcionado pelos desafios cotidianos e zação do trabalho em rede na saúde mental
pelas análises empreendidas nesse Fórum, na atual conjuntura, considerando que se
um dos membros argumenta que: trata de um coletivo que só conseguiu se
institucionalizar recentemente e sofreu uma
O Fórum deve funcionar e ser priorizado, porque ameaça de dissolução após menos de um ano
é uma espécie de formação a longo prazo do do seu funcionamento. Entretanto, além de
profissional. Sem falar nos ganhos pessoais. Ele defender a sua preservação, o coletivo in-
aumenta a autoestima profissional e a autocon- tegrou profissionais de CS da Prefeitura e
fiança. Eu acho que o profissional munido desse Caps do SSCF – em um movimento oposto
sentimento, rende bem melhor. ao que ocorre entre as entidades no âmbito
municipal –, evidenciando a forte disposi-
Além da gestão, esse movimento de resis- ção-investimento-implicação desses diver-
tência permite analisar a força do enquadre sos profissionais com o trabalho em rede,
diante da inovação na atual conjuntura cam- com a qualidade da saúde mental e com os
pineira, pois um Fórum que evidentemente princípios do Sistema Único de Saúde (SUS),
estava, a partir da identificação das neces- mesmo diante das ameaças de desmonte e
sidades locais, conseguindo desenvolver fragmentação.
diversas ações dentro das proposições de
cuidado em rede, foi atravessado por uma
indicação de que estava ‘fazendo demais’. Considerações finais
O que leva a interpretar que o enquadre das
produções na área de saúde mental (parâme- A resistência, ao expor movimentos de con-
tros definidos em políticas e portarias) indica tradição, pode alimentar diversas análises.
a necessidade de haver ‘ações de articulação Pela dialética, as contradições são sempre
em rede’, mas esse não pode ser muito: ‘deve fontes para entender os movimentos institu-
apenas existir’. O que é um grande equívoco, cionais. As resistências podem ser movimen-
pois para esse Fórum, por exemplo, a frequ- tos de comodismo ou retaliação, mas podem
ência maior de encontros é o que permite a ser movimentos de sustentação de boas prá-
construção do trabalho em rede, segundo ticas em conjunturas de precarização. Para
os entrevistados porque há muitos usuários que as resistências possam sair da paralisia
que demandam a construção de estratégias e adquirir movimento, elas devem ser ana-
de compartilhamento, visto que os casos lisadas em coletivo incluindo às dimensões
apresentam alto nível de complexidade e há institucionais que as permeiam. A recusa à
barreiras de acesso e dificuldades de segui- proposta, por exemplo, deve servir de ele-
mento do cuidado em outros serviços devido mento de análise para a situação.
à alta vulnerabilidade dessa população e Há um processo em que a regulamenta-
distância dos demais equipamentos públi- ção e o enquadre têm sobressaído na saúde
cos. Uma profissional do Centro de Atenção mental em Campinas, o que reduz horizontes
Psicossocial, que participa do Fórum, enfati- mais criativos e singulares. As saídas para os
za a importância dessa frequência: frequentes desafios, dessa forma, tornam-se
Referências
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